A Redenção Verdadeiros Companheiros de Sangue 04
Rogan Owens vive uma vida de miséria secreta. Três anos atrás, ele perdeu seu companheiro, que não poderia sair do armário e reconhecer a sua obrigação. Ele sofreu em silêncio desde então, assumiu como alfa o clã do seu companheiro. Rogan fica radiante quando ele descobre Julian vivo. Ele tem tantas perguntas. Onde Julian esteve? O que são as cicatrizes longas em seu corpo? O mais importante, porque é que Julian fugiu dele. Rogan finalmente chega a aceitar que o seu companheiro nunca vai querer ele, só ate Julian decidir que é hora de voltar para casa. Mas alguém não quer Julian e Rogan juntos, mesmo que isso signifique a morte de Julian para esse tempo real. Entre tentar resolver o mistério de quem quer Julian morto, eles mal têm tempo para aprender a amar um ao outro. Será que o que eles sentem um pelo outro vai torna-los mais fortes ou será a sua queda?
Prólogo ― Eu sou inocente! ― ele vociferou. ― Você não pode me punir sem provas. ― Temos todas as provas de que precisamos, Julian Gallagher, ― Ancião Belikov respondeu, balançando a cabeça como se desagradado pelo protesto de Julian. ― Você foi considerado culpado de um dos piores crimes que um membro de um clã pode cometer o crime de traição. ― Eu não traí ninguém! ― Julian gritou. ― A evidência diz o contrário. ― A evidência está errada. Eu sou inocente das acusações apresentadas contra mim. Eu nunca faria nada que trouxe prejuízo para o meu clã, não importa o que a sua evidência diz. ― Julian tinha que fazer esses homens verem a razão. Ele não traiu seu clã. Ele nunca iria trair seu clã. ― Se você me ouvir... ― Já chega. ― Ancião Belikov gritou enquanto ele levantou a mão. Julian sentiu o silêncio sinistro que caiu sobre a pequena área como um peso de chumbo em volta do seu pescoço. Ele olhou de um homem para o outro até que ele olhou para os rostos de todos os cinco e sabia que ele estava condenado. Eles não estavam prontos a ouvir a razão. ― Isso é errado! ― Julian gritou. Ele podia ver outro homem puxar algo da fogueira e andar em direção a ele. Ele começou a luta entre os dois executores do conselho de grande porte que o prendiam.
― Talvez você devesse ter pensado nisso antes de você trair o seu clã, Julian. ― Eu não traí meu clã. ― Essa não é a decisão deste conselho. ― Conselho? ― Julian zombou. ― Este não é um conselho, é uma piada. Julian resmungou como o Ancião Belikov se adiantou e bateu-lhe no rosto. Ele lambeu o rastro de sangue do seu lábio partido e olhou para cima para olhar para o homem. ― Como eu disse, uma piada. ― Você, Julian Gallagher, foi considerado culpado por este Conselho. Você será levado a partir deste lugar, despojado de sua posição como Alfa do seu clã, sua punição será condizente com o seu crime e o seu e status. ― Punido? ― A lutas de Julian parou quando ele engoliu em seco. ― Você não quer dizer atacado? ― É a decisão deste conselho que puni-lo, Julian Gallagher. O seu nome será riscado de todos os registros gravados. Nenhum clã vai aceitá-lo em seu meio ou reconhecer a sua existência a partir de hoje. ― Você não pode fazer isso ― Julian sussurrou. ― Eu tenho um companheiro. O que há para ele? A carranca que cobria o rosto do homem enviou um frio na espinha de Julian. Ele não ia gostar do que o ancião tinha a dizer, e ele sabia disso. ― Onde está esse companheiro, Julian? ― o ancião perguntou quando ele acenou com a mão ao redor da pequena área. ― Por que ele não está ao seu lado para defendê-lo? Julian não tinha uma resposta para isso. Ele sabia que o seu companheiro estava no fundo do armário e tendo um momento difícil para
chegar a um acordo com o seu acasalamento. Mas eles eram companheiros, destinados a ficar juntos. Rogan deveria estar aqui. ― Qual é o nome deste suposto companheiro? Julian apertou os lábios com firmeza. Se ele fosse ser punido e banido, ele se recusou a arrastar o seu companheiro com ele. Rogan era tudo no mundo para ele, mais precioso para ele do que até mesmo o clã que governava. Ele não iria trair o seu companheiro como, ele não iria trair o seu clã. ― Isso é o que eu pensei, ― o homem disse depois de alguns minutos de silêncio. ― Nenhum membro do clã deixaria seu companheiro enfrentar o conselho sozinho. Como o companheiro que você diz que tem não está aqui, então eu só posso presumir que ele não existe, ou ele acredita que você seja tão culpado quanto fazemos. Julian respirou fundo e se esforçou para se afastar quando o homem do fogo estendeu uma tigela pequena de metal para o Ancião Belikov. O liquido se mexeu no interior, e Julian conseguiu sua primeira boa olhada a tortura a que ele estava prestes a suportar. ― Isso é errado ― Julian gritou desesperadamente. ― Eu não posso ser considerado culpado sem julgamento. ― Você perdeu o seu direito a um julgamento quando você traiu o seu clã. ― Eu não traí o meu clã! ― Julian gritou, mas suas palavras pareciam cair em ouvidos surdos. Os homens segurando seus braços o obrigaram a ficar de joelhos. Julian resmungou quando alguém pegou um punhado dos seus cabelos e empurrou sua cabeça para trás. ― Julian Gallagher, você foi considerado culpado pelo crime de traição. ― Ancião Belikov falou as palavras formais do conselho, mas Julian
sabia que ele estava fazendo isso apenas para os homens que os rodeiam. Ancião Belikov nunca se importou com uma sagacidade sobre as regras do conselho. Ele se preocupava com o poder, o seu poder. ― O conselho irá puni-lo por isso. ― Querido menino ― Ancião Belikov riu. ― Eu sou o conselho. Julian sentiu o primeiro corte antes das palavras do Ancião Belikov ter mesmo deixado seus
ouvidos. Ele empurrou e tentou afastar-se,
recusando-se a emitir um som. Ele não daria ao Ancião Belikov a satisfação de ouvi-lo implorar. Quando o segundo e depois o terceiro cortes foram feitos através de sua pele, Julian se perguntou quanto tempo ele poderia manter essa promessa a si mesmo, especialmente quando viu o sorriso maligno no rosto Ancião Belikov. Os olhos Julian se arregalaram quando a tigela de prata líquida foi trazida para mais perto dele. Ele sentiu medo de verdade pela primeira vez desde que ele tinha sido sequestrado de sua cama no meio da noite. Shifters não curam de prata. Agonia encheu Julian quando a prata líquida foi derramada sobre os cortes feitos na sua pele momentos antes. Ele cerrou os dentes e se esticou, tentando superar a dor. Mas a agonia continuou, piorando a cada momento que passava. Os chutes e socos adicionados à sua tortura entre os cortes só aumentou a sua dor. A mente de Julian começou a vagar enquanto uma dor se misturava a outra. Ele não entendia por que ele tinha sido escolhido pelo Ancião Belikov para ser torturado, e ele nunca teria a chance de perguntar. Julian duvidava que ele iria sobreviver aos ferimentos.
Julian ficou triste com esse conhecimento. Ele nunca chegaria a ver o seu companheiro novamente, segurar o homem em seus braços ou sentir seu beijo doce. Ele nunca conseguiria convencer o seu companheiro a sair do armário e vivem lado a lado com ele. Julian só podia esperar que o Ancião Belikov nunca soubesse o nome do seu companheiro. Julian não tinha dúvidas de que o ancião era mau o suficiente para ir atrás dele. Por mais que ele se arrependeu, Julian poderia morrer feliz sabendo que o seu companheiro estava seguro. Julian olhou com olhos brilhantes quando ouviu a risada baixa do Ancião Belikov. O homem realmente estava muito feliz. Ele tinha o direito de ser. Não havia um centímetro do corpo de Julian que não gritava de agonia. ― Você vai pagar por isso, Belikov ― Julian sussurrou. ― Você pode estar certo, menino, mas não antes do seu companheiro. ― Belikov riu depois se inclinou perto do ouvido de Julian. ― Rogan, não é esse o nome dele? ― ele sussurrou. Julian rugiu em fúria, a dor no seu corpo de repente esquecida quando ele percebeu que o Ancião Belikov estava brincando com ele o tempo todo. O ancião sabia exatamente quem era o companheiro de Julian. De onde sua força súbita veio, Julian não tinha ideia. E ele não se importava. Ele era apenas grato que lhe deu a capacidade de se afastar dos homens segurando-o de joelhos e se levantar. Julian arrancou a taça de prata líquida longe do homem segurando-a e jogou-a de volta no seu rosto. Ele ouviu o homem pular enquanto ele gritava. Ele ignorou a dor que veio das gotas de prata que espirraram no seu pescoço e peito, voltando sua atenção para o Ancião Belikov. O homem foi se afastando lentamente, o medo em seus olhos brilhando a luz do fogo.
― Você vai morrer antes de você tocar em um fio de cabelo da cabeça do meu companheiro ― Julian rosnou. ― Você primeiro. Ancião Belikov jogou algo no fogo, e ele explodiu, enviando labaredas no céu noturno. A força da explosão empurrou Julian de volta. Ele caiu de costas no chão, incapaz de manter seus gritos para si mesmo quando seu corpo pegou fogo e queimou. Ele rolou de lado a lado até que as chamas se apagaram. A dor em seu corpo tornou difícil respirar, pensar. Julian sabia que precisava fazer alguma coisa, mas ele estava tendo dificuldade de lembrar o que era exatamente. Ele olhou para a noite escura e observou uma sessão de estrela no céu. Ele não queria se mover. Ele não queria fazer nada. Mesmo o pulso batendo no seu pescoço causou-lhe dor. Julian só queria ficar ali e esperar a morte. ― Ei, cara, você está bem? Julian viu um homem magro em cima dele e ficou tenso, à espera de mais dor para adicionar à agonia já correndo através do seu corpo. ― Eu vi a explosão da estrada ― disse o homem quando ele puxou o casaco e colocou-o suavemente sobre Julian. ― Você só fica ai e não se mova. Eu estou chamando uma ambulância. ― N-não ambulância ― Julian sussurrou. A última coisa que ele precisava era ser levado a um médico ou hospital humano. Ele ia acabar em alguma laje em um laboratório do governo como um experimento científico. ― Filho, você está ferido. Você realmente precisa de um médico. ― Por favor.
― Eu não sei se eu posso consertar isso. ― O homem olhou Julian cima e para baixo, fazendo uma careta. ― Eu não sou um médico. ― Por favor. O homem suspirou profundamente. ― Tudo bem, mas uma vez que isto é tudo mais, você vai me dizer o que diabos está acontecendo. Esta não foi uma explosão simples. Eu vi pessoas correndo bem antes de eu te encontrar. ― Juro só preciso de ajuda. ― Vou levá-lo para o meu carro. ― Obrigado, uh... ― Thomas, Thomas Miller. ― O homem mais velho sorriu. ― Eu diria que foi um prazer te conhecer, mas, dadas as circunstâncias... Julian rangeu os dentes quando ele estendeu a mão. ― Julian Gallagher.
Capítulo Um
Três anos mais tarde...
― A adaptação deve levar apenas um par de meses. Eu tenho a minha melhor equipe trabalhando nisso. Mas, antes de chegar a isso, temos que reforçar as fundações e tijolos exteriores. Este é um edifício muito antigo.
Rogan Owens sorriu do outro lado da mesa de Thomas Miller, o arquiteto que ele contratou para recolocar um antigo asilo que ele tinha comprado e coloca-lo em funcionamento para a comunidade e centro vivo. ― Eu entendo, mas o tempo é essencial. Tenho pessoas prontas para se mudar para o edifício no momento em que estiver terminado. ― Esta é uma empresa muito grande, Sr. Owens, eu espero que você entenda isso. O antigo asilo nem sequer foi utilizado em 50 anos. O local foi construído a mais de cem anos atrás. Vai levar algum tempo para garantir que é seguro antes mesmo de começar a convertê-lo para atender às suas necessidades. ― Por favor, me chame de Rogan. ― E eu sou Thomas. ― Thomas, eu espero que você entenda a necessidade de conveniência aqui. O Centro Gallagher é o meu projeto mais importante. O primeiro de vários que espero finalmente abrir em todo o país. Rogan cruzou as mãos e descansou-as na mesa, enquanto tentava decidir quanta informação dizer ao arquiteto. Nem todo mundo aprovou a visão de Rogan de um centro onde os jovens homossexuais podem encontrar aconselhamento, cuidados de saúde, e um lugar seguro para viver até que eles estivessem bem. Não ajudou que ele absolutamente não poderia dizer a Thomas que os jovens gays que Rogan tinha em mente também eram shifters. Esse era um segredo que ele nunca poderia divulgar, pelo menos não para quem ele não conhecia e confiasse explicitamente. ― Eu não entendo, e como eu disse, eu tenho a minha melhor equipe no trabalho. Se o meu chefe não pode fazer o trabalho, ninguém pode. ― Ele tem experiência em fazer esse tipo de coisa?
― David tem vindo a construir coisas por anos. ― Thomas riu e recostou-se na cadeira. ― O homem tem o toque. Ele pode transformar uma pilha de tijolos e arame farpado em um condomínio de três quartos em uma semana. Eu tenho toda a confiança que David pode ter a segurança do seu asilo marcada, escorada, e adaptada no tempo especificado. ― Bom, muito bom. ― Rogan assentiu distraidamente. ― E ele entende as necessidades especiais que eu preciso para este edifício? Thomas vasculhou a pilha de papéis sobre a mesa em frente a ele, por um momento, em seguida, puxou um fora e espalhou-o sobre a mesa. ― Você está se referindo aos quartos no porão que você quer armado? Rogan assentiu e ficou de pé. Ele olhou para as plantas que Thomas tinha espalhadas sobre a mesa tentando lê-las. Finalmente, ele balançou a cabeça e riu. ― Eu não posso ler uma coisa sobre isto. Isso parece só um monte de linhas azuis para mim. Thomas sorriu. ― É preciso um pouco de entendimento e uma tonelada de obsessão para aprender a ler projetos. Você realmente tem que gostar, ou seu cérebro vai explodir. ― Thomas apontou para uma pequena seção sobre o papel. ― Isto é o que você está procurando aqui. Rogan olhou, mas, novamente, parecia ser apenas um monte de linhas azuis para ele. ― E isso mostra o que eu preciso fazer? Thomas assentiu. ― As paredes serão reforçadas com concreto e vergalhões de aço. A porta será de três centímetros de espessura com barras de aço sólido dentro. E a janela será removida e coberta com uma parede. Ela vai ser basicamente uma célula. Rogan podia ouvir a confusão tingido a voz de Thomas com um pouco de animosidade. Ele sabia que o homem não compreendia a necessidade de
uma célula em um centro comunitário e instalação residencial, e ele realmente nunca faria. Rogan não poderia dizer a Thomas que era para o caso de um dos jovens shifters tornar-se selvagem e perigoso. Ele poderia dizer-lhe outra coisa, no entanto, algo que faria mais sentido para um ser humano. ― Esta instalação é uma zona livre de drogas, e nós temos um monte de jovens que saem das drogas. Precisamos de algum lugar onde eles podem com segurança se desintoxicar antes de iniciar o nosso programa de aconselhamento. Ser viciado não vai ajudá-los a chegar à frente ou fazer a sua transição para a vida adulta muito bem sucedida. Teremos também que mostrar aos moradores que eles estão seguros. Com estes quartos, podemos ajudar os jovens a sair das drogas e manter os outros seguros. ― É uma célula bloqueada o melhor lugar para eles? ― Thomas perguntou. ― Não seria melhor eles estarem em um hospital ou algo assim? ― Para muitas pessoas, essa é uma boa opção, mas nem todos podem pagar uma internação hospitalar ou se sente seguro nesse tipo de ambiente. Nós receberemos a maioria dos jovens que foram expulsos de suas famílias, porque eles são gays e não têm outro lugar para ir. ― Isso faz sentido, eu acho. ― Muitas instalações de tratamento são baseadas na fé, e muitas religiões não aceitam a homossexualidade. Esses jovens precisam de um lugar para se limpar, onde ser gay não é tratado como uma doença. É duro o suficiente sair das drogas. É ainda mais difícil quando está sendo dito a você que o que você sente é errado ou pecaminoso. E Rogan sabia tudo sobre isso. Tinha sido dito a ele por sua família por anos que ser gay era errado. Ele até começou a acreditar nisso até que ele
conheceu Julian Gallagher e aprendeu que o que sentia não era errado. Na verdade, era muito bom. Rogan sempre lamentou não ter percebido isso a tempo de salvar Julian ou dizer ao homem o quanto ele era amado. Rogan apertou os lábios e desviou o olhar de Thomas antes que o homem visse a tristeza que Rogan tentou tão difícil esconder de todos. Às vezes, ele foi bem sucedido e ninguém sabia da angústia segundoa-segundo que Rogan sofria. Outras vezes, Rogan não poderia manter seu desespero trancado. Quando os momentos em que os pensamentos de Julian se tornaram demais para suportar, Rogan geralmente se escondia em seu escritório e bebia até um estado de estupor ou ia para um longo tempo para a floresta sozinho. ― Sobre esta escultura que você quer colocar na entrada, você tem um artista em particular em mente para criá-la ou... ― Vou fazer isso sozinho ― disse Rogan quando ele virou-se para enfrentar Thomas e sentou-se. ― Trabalho em metal é um hobby meu. A escultura está quase pronta agora. Rogan pegou a sua pasta de couro e tirou o desenho que ele tinha feito da escultura, entregando-a a Thomas. ― É assim que ela vai ser quando estiver concluída. ― Muito bom. ― Thomas sorriu, apontando para as palavras gravadas na obra de arte. ― E estas palavras aqui? Eu presumo que elas têm algum significado forte para a instalação? ― Com a responsabilidade vem a liberdade e com a liberdade vem a responsabilidade ― Rogan repetiu a frase desenhada no papel, ele assentiu. ― Aprendi da maneira mais difícil que a liberdade tem um preço e esse preço é a responsabilidade por nossas ações.
― Eu sempre acreditei que era verdade. ― Bem, eu não aprendi, até que fosse tarde demais, e eu perdi alguém muito próximo a mim por causa da minha loucura. Eu aprendi a aceitar quem eu sou e ganhei a minha liberdade, mas o custo foi muito alto. ― É por isso que você está abrindo esse lugar? ― Eu não quero mais ninguém passando pelo que eu passei. Se eu posso oferecer a esses jovens um lugar seguro para ser quem são, um lugar que não tem nenhum julgamento sobre quem cuidar, então talvez eu possa salvar alguém de cometer os mesmos erros que eu. ― O objetivo de muito nobre. Rogan riu e coçou o queixo. ― Sim, bem, é o mínimo que eu posso fazer para honrar a memória de Julian. Ele merecia muito mais do que eu. ― Julian? ― Julian Gallagher, meu parceiro. ― Rogan sorriu quando ele imaginou o rosto de Julian em sua mente. ― Ele morreu por causa das minhas ações tolas, ou inações para ser mais preciso. Eu estava com muito medo do que todo mundo iria dizer para sair do armário. Por isso, eu não estava lá quando Julian mais precisava de mim, e ele morreu. É algo com o que eu vou ter que viver resto da minha vida. ― Eu suponho que isso significa que você está fora do armário agora? ― E mais um pouco. ― Rogan riu. Ele não tinha certeza de por que ele estava contando a um estranho sua história de vida, mas algo sobre o homem se sentiu como se ele pudesse ser confiável. ― Depois que Julian morreu, estar escondido no armário não parecia importar mais. ― Diga-me sobre ele.
― Certamente você não está interessado em ouvir o meu conto triste ― Rogan zombou. ― Eu provavelmente iria entedia-lo até a morte. ― Não, por favor, eu quero ouvi-lo. Eu tenho um amigo que estava em uma situação semelhante à sua, mas eu não tenho certeza de que ele saiu, assim como você tem. Talvez, se eu ouvir a sua história, eu possa dar-lhe alguma esperança. ― Tem certeza? ― Eu tenho certeza ― disse Thomas. ― Pare-me quando você se cansar. ― Eu não imagino que eu vou. Rogan pensou que Thomas podia ser um pouco sobre o lado ímpar, mas o homem era brilhante quando ele veio para a modernização de edifícios, o melhor na indústria. Se ele queria ouvir o triste história de Rogan, Rogan lhe diria. ― Julian era lindo ― Rogan começou. ― Seu sorriso iluminava uma sala, e ele tinha um para cada pessoa que ele conhecia. Ele pisava em uma sala, e haveria silêncio absoluto, porque todo mundo ficava chocado com a forma como ele era bonito. Mas ele era mais do que um rosto bonito. Ele era bonito por dentro, também. ― Parecem bastantes cativante. ― Oh, ele era. Eu era muito estúpido para vê-lo antes que fosse tarde demais. Ele me ofereceu o mundo, e eu queria manter isso em segredo porque tinha medo do que todo mundo iria dizer, como eles nos tratariam. Rogan apertou as mãos em seguida, rapidamente deixou cair em seu colo, escondendo sua agitação de Thomas. ― Eu acho que se ele tivesse vivido, poderíamos ter sido capazes de resolver as coisas. Eu poderia até
mesmo ter saído do armário todo o caminho. Nós apenas não tivemos tempo suficiente juntos. ― Você disse que ele morreu. Você se importa que eu pergunte o que aconteceu? ― Eu realmente nunca soube todos os detalhes, só o que eu tenho sido capaz de reunir ― Rogan olhou para Thomas, querendo que o homem visse que ele estava dizendo a verdade. ― Você tem que entender, eu ainda estava escondendo quem eu era e o que eu sentia. Ninguém sabia que eu era gay, exceto eu e Julian. ― Então o que aconteceu? ― Meus pais me enviaram a um encontro com a filha de um amigo deles. Eu não podia dizer não, ou todo mundo gostaria de saber por quê. ― E você não pode ter isso? ― Não, então eu fui ao encontro. Eu sabia que meus pais queriam um jogo entre nós, mas eu esperava que eles iriam esquecer se eu saísse com ela, pelo menos até que eu pudesse descobrir como decepcioná-la. Foi estúpido, mas eu pensei que era a única coisa que eu podia fazer. Eu não entendi até eu voltar e ver que Julian havia sido sequestrado. ― Sequestrado ― Thomas exclamou. Rogan assentiu. ― Alguém o levou da sua própria cama. ― Será que eles pegarão quem fez isso? ― Não, mas eu acho que sei quem fez isso. Eu apenas não fui capaz de provar isso. Eu quero um dia, e então eles vão pagar pelo que fizeram com Julian. ― Rogan cerrou os punhos novamente sob a mesa, enquanto tentava controlar sua raiva. ― Eles torturaram Julian, queimando-o vivo. ― Meu Deus!
― Tudo o que eu encontrei foram as suas cinzas e isso. ― Rogan levantou seu punho e puxou a manga de sua camisa, mostrando a pulseira de ouro trançado em torno de seu pulso. ― Isto era de Julian. Ele nunca a tirava. Eu achei que eles o mataram. ― Não houve corpo? Rogan fez uma careta. ― Não, não havia sinais de luta e sangue por toda parte, mas tudo o que eu pude encontrar foram cinzas. ― Você tem certeza que ele morreu, então? Ele não poderia ter escapado? Rogan sorriu, seu sentimento de coração pesado. ― Não, se Julian tivesse vivido, ele teria encontrado uma maneira de voltar para mim. Ele me amou. ― Rogan engoliu em seco, o pedaço de lágrimas se formando em sua garganta, fazendo difícil falar. ― Talvez quase tanto quanto eu o amava. ― Então, você acha que eles o mataram porque ele era gay? ― Thomas perguntou depois de um momento de silêncio que encheu a sala. ― Eu não sei. Talvez. Julian era uma pessoa muito importante de onde viemos, o chefe de sua família, e é uma família muito grande. Muita gente procurava por ele para obter orientação. Liderança parecia vir facilmente para Julian. Eu acho que um monte de outras pessoas que estavam com inveja disso. ― O que sobre a sua família? Eles sabiam que ele era gay? ― Ah, sim. ― Rogan riu. ― Julian nunca se escondia de ninguém, não como eu fiz. Ele estava orgulhoso de quem ele era e se recusou a deixar que alguém rebaixar ele por saber como ele se sentia. ― Você parece ser bastante orgulho disso agora.
― Aprendi com Julian. Mesmo que ele não possa ver, saindo do armário era o mínimo que eu poderia fazer para compensar os erros que cometi quando Julian estava vivo. E talvez, um dia, ele vá me perdoar. ― Você pode ter cometido alguns erros, Rogan, mas pelo que você me disse, você não foi responsável pelo que aconteceu com Julian. Eu não acho que haja nada para perdoar. ― Se eu tivesse sido fiel aos meus sentimentos por Julian, em vez de tentar viver uma mentira, eu teria ficado com ele naquela noite. Eu teria sido capaz de salvá-lo. ― Rogan cerrou os punhos novamente. Ele teve esta discussão antes com outras pessoas, e ele sabia que estava certo. Julian morreu
porque
ele
tinha
sido
muito
estúpido
para
amar
o
homem
abertamente. ― Você não o matou, Rogan. ― Eu poderia muito bem ter. Julian morreu... ― Rogan fechou os olhos por um momento, enquanto as lágrimas ameaçavam transbordar de seus olhos. Ele respirou fundo e abriu os olhos de novo. ― Julian morreu sozinho sem nunca saber o quanto eu o amava. Ele morreu pensando que eu tinha vergonha dele. Ele não merecia isso. ― Parece-me, filho, que você precisa repensar o que aconteceu e perdoar a si mesmo. Você não tem controle sobre as ações dos outros, apenas de si mesmo. ― Thomas apontou para o desenho da escultura em cima da mesa. ― Não é o que isto significa? Rogan pensou que Thomas era um homem muito inteligente, mas ele não entendia a vida que Rogan viveu. Thomas não entendia o quanto Rogan tinha traído Julian, e Rogan não poderia explicar a ele. Thomas era humano. ― Eu acho que é algo a se pensar ― disse Rogan enquanto ele se levantava. Ele se abaixou e pegou o desenho e colocou de volta em sua pasta.
― Obrigado por ouvir a minha história. Espero que agora você entenda por que o Centro Gallagher é tão importante para mim. Thomas se levantou também, estendendo a mão. ― Você deve vir para o canteiro de obras um destes dias, dê uma olhada no que a minha equipe tem feito até agora e o que nos resta para completar. Eu acho que você vai ficar impressionado. Minha equipe é muito boa. Rogan apertou a mão de Thomas. ― Eu gostaria. ― Por que você não me dá uma chamada na próxima semana, e eu posso fazer arranjos para o meu chefe lhe mostrar? ― Pode deixar. Rogan pegou sua maleta e se dirigiu para a porta o mais rápido que pôde, sem olhar como ele estava com pressa. Ele gostava de Thomas Miller, mas no momento, ele queria ficar sozinho. Pensar em Julian sempre o deixava deprimido. Nos três anos desde a morte de Julian tinha ocorrido muitas mudanças na vida de Rogan, algumas boas, outras não tão boas. Rogan só queria que Julian tivesse estado lá para ver tudo acontecer. Ele teria rido como um bobo. A única coisa que mudou na vida de Rogan é que ele sentia que Julian estaria mais orgulho por Rogan ter saído do armário. Se o homem estivesse de pé diante dele hoje em uma multidão cheia de pessoas, Rogan teria gritado seu amor para todo mundo ouvir. Rogan apenas desejava que ele tivesse sido tão corajoso quando Julian estava vivo. Isso pode ser o maior arrependimento de Rogan. Julian morreu sem saber o quanto Rogan o amava. Mas Rogan não sabia o quanto ele amava Julian até que o homem tinha morrido. E aí já era tarde demais.
Quando Rogan soube do sequestro e da morte de Julian, ele tinha ficado furioso e as pessoas ainda estavam falando sobre isso hoje. Em qualquer lugar em que Rogan ia, shifters lhe davam um amplo espaço, fazendo tudo em seu poder para não irritá-lo no caso disso aconteceu de novo. Rogan tinha certeza de que ele tinha ficado um pouco louco por um tempo. Sua tristeza, embora tenha diminuído um pouco pelo tempo, ainda o enchia com uma necessidade de vingança. Mas Rogan tinha aprendido muito com Julian, mesmo que ele não soubesse disso na época. Ele iria aguardar o seu tempo até que pudesse provar quem matou o seu companheiro, e então ele iria fazer com eles o que fizeram com Julian. Rogan estendeu a mão e passou a mão sobre a parte de trás do seu pescoço, sentindo a tensão nos músculos agrupados lá. Mesmo sabendo que Julian estava morto, e muito longe deste mundo, Rogan ainda sentia uma conexão com o seu companheiro. Ele só lamentou o fato de que ele nunca havia permitido que Julian o reclamasse totalmente. Ele tinha estado com muito medo na época. A Família de Rogan tinha estado chateada quando souberam que ele era gay. Eles haviam ficado horrorizados quando souberam que ele estava acasalado a um homem. Seu pai tinha exigido que Rogan parasse de causar problemas e se casasse com uma mulher de sua escolha. Rogan se recusou. Ele nunca poderia negar o seu companheiro novamente, mesmo que seu companheiro estivesse morto. A recusa, deu a Rogan duas coisas, ele perdeu a família que o desaprovava, mas ganhou outra quando ele foi morar com o clã de Julian. A maioria dos membros do clã aceitou o direito de Rogan estar lá como companheiro de Julian. Os poucos que não aceitaram se mudaram para novos clãs.
Sem Julian para liderar seu clã, eles olharam para Rogan como o companheiro do alfa. Ele tinha estado inseguro e assustado com a perspectiva no início, mas desde que ele tinha assumido, Rogan tinha aprendido por que Julian amava tanto. Um clã shifter era como uma grande família alargada. Cada nascimento era celebrado, cada morte lamentada. Rogan tinha a necessidade de proteger o clã e ver o seu bem-estar não só tinha ganhado novos membros no clã, mas reforçou seu clã, até que era um dos mais fortes da região. Ninguém era rejeitado devido à sua preferência sexual, ou ser acasalado a um ser humano. Todo mundo era aceito, desde que seguisse às regras estabelecidas por Julian antes de morrer, as de Rogan atualmente e as que os regem pelo Conselho dos Anciões. Rogan pensou que Julian ficaria orgulhoso do que ele havia feito com o clã desde que o homem morreu. Ele queria que Julian tivesse orgulho dele também, e de alguma forma compensar os erros que cometeu, mesmo que nunca fosse o suficiente. Nada do que ele poderia fazer seria o suficiente por deixar Julian morrer. Rogan balançou a cabeça, tentando se livrar dos seus pensamentos sombrios. Eles nunca lhe fizeram qualquer outro bem do que enviá-lo para uma depressão. A última tinha sido a pouco menos de um ano atrás, no aniversário da morte de Julian. Rogan tinha bebido por uma semana. Ele estava esperando que ele fosse capaz de lidar com aniversário deste ano um pouco melhor. O Centro Gallagher tinha dado a Rogan algo a mais para pensar que não fosse a morte de Julian. Ele havia lhe dado um vigor renovado e uma razão para sair da cama todas as manhãs. Rogan sabia que ele estava um pouco obcecado com a construção do lugar, mas ultimamente parecia ser tudo no que ele conseguia pensar. Ele queria que fosse perfeito.
Rogan estava abrindo a porta da empresa de arquitetura quando seu celular tocou. Ele tirou do bolso e apertou o botão quando ele passou pela porta e foi para a calçada. ― Rogan. ― Ei, Rogan, é Asher Stone ― a voz respondeu. ― Você tem alguns minutos? ― Certamente, o que há? ― Eu estava esperando que você pudesse me fazer um pequeno favor. ― Qualquer coisa ― Rogan respondeu automaticamente. Ele não conseguia pensar em nada que ele não faria pelo Alfa Asher Stone. O homem era uma lenda entre a sua espécie. Muitos pensaram que ele era assim por seu trabalho para obter as mudanças nas leis sobre companheiros homossexuais. Muitos também o achavam uma abominação pelo mesmo trabalho. Rogan achava que o homem era um herói. ― Não diga isso, até ouvir o que tenho a dizer. ― Asher riu. ― Então, qual é esse favor? ― Rogan perguntou quando ele abriu a porta do carro e jogou sua pasta dentro. ― Bem, você sabe que o meu companheiro, Darren, é um veterinário, certo? ― Sim. ― Rogan ficou tenso quando ele começou a ter uma sensação estranha, como se estivesse sendo vigiado. ― Esta ninhada de filhotes que veio ontem à noite e... As palavras de Asher desapareceram quando Rogan tentou olhar casualmente ao redor. Se alguém o estava observando, ele não queria que eles soubessem que ele sabia que estava sendo observado. Na primeira, ele
não viu nada fora do lugar. As pessoas iam e vinham, sem pagar-lhe uma atenção mais do que era normal. Quando Rogan olhou para o edifício que tinha acabado de sair, de repente ele sentiu que não conseguia respirar, como se todo o ar utilizável tivesse sido sugado dos seus pulmões. O celular caiu dos dedos de Rogan quando ele deu um passo mais perto do edifício. Um homem alto com cabelo castanho na altura dos ombros estava olhando para ele da porta do edifício. Normalmente, Rogan teria apreciado o corpo tonificado e musculoso do homem e seguido em frente. Ele não havia estado mais do que visualmente atraído por outro homem desde que ele conheceu Julian. O que chamou a atenção de Rogan e fez seu coração trovejar em seu peito foram os profundos olhos azuis de aço olhando para ele. Em todos os seus anos, Rogan nunca tinha visto alguém que tinha olhos azuis como os de Julian, não até agora. ― Julian. Ele sussurrou quando ele deu outro passo mais perto desse homem que parecia tão com o seu Julian. O rosto era um pouco diferente, o corpo do homem mais preenchido, mais musculoso. Mas Rogan não pensou que duas pessoas no mesmo planeta poderiam ter olhos como os de Julian. ― Julian. ― Ele disse um pouco mais alto. O homem parecia estar congelado, apenas olhando para ele. Nem um músculo se moveu, nem mesmo um fio de cabelo. Ele só olhou atentamente com os profundos olhos azuis de aço. Rogan começou a se mover em direção ao homem, quando o som de uma buzina estridente fez saltar e balançar ao redor. Um carro estava a poucos centímetros dele, o homem por trás do volante sacudindo o punho.
Rogan corou quando percebeu que seu pé estava no meio da rua, a porta do carro aberta e bloqueando o tráfego. Ele rapidamente fechou a porta e em seguida, abaixou-se para pegar o celular no chão. Quando ele se levantou, virou-se e dirigiu-se para o homem mais uma vez. O coração de Rogan caiu quando tudo o que ele encontrou foi um local vazio onde o homem estava apenas um segundo antes. Ele correu para a porta na intenção de encontrá-lo. Ele olhou em todos os lugares, mas quando ele não conseguiu identificar o homem na calçada, ele pensou que poderia ter ido para dentro do prédio. Rogan abriu a porta e correu para dentro. Ele não podia ver ninguém, exceto a recepcionista atrás do balcão de boas-vindas. Rogan rapidamente atravessou a entrada e esperou por ela para reconhecê-lo. ― Posso ajudar? ― Um homem acabou de chegar aqui, cabelos castanhos, olhos azuis... ― Ah. ― A mulher sorriu. ― Você quer dizer o Sr. Miller. ― Miller? ― O coração de Rogan se afundou ainda mais. ― David Miller, ― ela disse. ― Ele é o filho do dono. ― Você tem certeza que o seu nome é David Miller? ― Ah, sim, o Sr. Miller trabalha aqui desde muito antes da minha contratação. Ele é o filho do Miller e Filho escritório de arquitetura. ― A mulher sorriu. ― Eu o reconheço em qualquer lugar. ― Oh, ok, obrigado. ― Rogan tinha vontade de gritar de frustração e decepção. Ele sabia que não poderia ser Julian. Julian estava morto. Mas, por um momento, por um momento muito breve, ele pensou que poderia ser Julian, e seu coração havia cantado com alegria.
― Quer deixar um recado? ― Não, obrigado. ― Rogan afastou-se da recepcionista e começou a voltar para o seu carro. Seus pés pareciam que estavam vinculados a pesos de chumbo com cada passo que dava. Era tudo o que podia fazer para continuar caminhando. Rogan entrou no carro e fechou a porta. Ele agarrou o volante e descansou a cabeça em suas mãos trêmulas. Levou vários momentos antes que ele pudesse se recompor o suficiente para ligar o carro. Quando ele fez, seu celular tocou, e Rogan de repente lembrou-se que ele estava tendo uma conversa com o Alfa Stone quando ele avistou o homem que se parecia tanto com Julian. Rogan fez uma careta e virou seu telefone aberto, esperando que Asher não estivesse chateado. ― Asher, desculpa, eu deixei cair meu celular debaixo do carro e não conseguia tirá-lo. ― Oh, bem, não há problema. Quando foi que você me perdeu? ― Você estava dizendo algo sobre o seu companheiro ser um veterinário. ― Oh, bem, então você sabe que o meu companheiro, Darren, é um veterinário, certo? Bem, esta ninhada de filhotes que chegou ontem à noite e... Rogan suspirou. Ele sabia onde esta conversa estava indo e ele sabia que, depois de desligar na cara, ele não seria capaz de dizer não. Parecia que ele tinha acabado de adotar um novo cão. Talvez ele desse o nome de Julian. ― Só me diga sobre os filhotes e onde eu preciso buscar.
Capítulo Dois
Julian olhou pela janela do segundo andar enquanto Rogan foi embora. Seu coração estava congelado em seu peito, incapaz de se mover, incapaz de bombear o sangue para o seu cérebro. Ele não conseguia agarrarse a qualquer outro pensamento do que ele tinha acabado de ver seu companheiro. ― Por que você não me disse que Rogan Owens nos contratou? ― ele perguntou depois de alguns instantes. ― Você nunca perguntou. Julian se virou para olhar para seu pai adotivo, Thomas Miller, o homem que o havia salvado na noite em que ele tinha sido atacado. ― Você sabe quem ele é, o que ele é. Por que não disse não? ― Eu queria conhecê-lo ― disse Thomas simplesmente. ― Você esta louco? ― Julian agarrou. ― E se ele descobre que eu estou aqui? ― O que se faz? Isso seria tão ruim assim? Julian invadiu todo o grande escritório e bateu as mãos para baixo sobre a mesa de Thomas. ― Você sabe o que seria. Você viu o que eles fizeram para mim. Se eles descobrem que eu ainda estou vivo, Rogan não terá uma chance. ― Ele ainda te ama, Julian. ― Não seja ridículo. ― Julian bufou. ― Rogan Owens tem muito medo de sair do armário para amar alguém.
― Isso não é o que ele disse. ― Então ele está mentindo. ― Julian tinha certeza disso. Ele teve tempo para pensar sobre o seu acasalamento com Rogan e sabia que as coisas nunca teriam funcionado para eles. Rogan estava longe demais no armário para ser um parceiro adequado. Ao mesmo tempo, Julian poderia ter aceitado um companheiro no armário, mas não mais. Muita coisa tinha mudado na sua vida para voltar ao que era antes. Ele não era o mesmo homem. Ele nem parecia o mesmo. Julian passou os dedos ao longo das cicatrizes no lado do rosto, seguindo-as até onde mergulhou sob a gola da sua camisa. Ele sabia que se estava ali nu, ele poderia seguir as cicatrizes por todo o caminho de um lado do seu peito para o seu quadril. Ele tinha feito isso antes. Ele sabia onde cada cicatriz estava, quão grande elas eram, e lembrou-se da dor que ele sofreu ao recebê-las. Não era algo que ele pensou que ele jamais esqueceria. Mesmo agora, três anos depois, Julian ainda acordava no meio da noite gritando, os lençóis encharcados de suor e seu coração batendo de medo. ― Eu conversei com ele, Julian. Eu não acho que ele é o mesmo homem que ele era quando você o conheceu. Ele mudou, e para melhor, eu acho. ― Bom para ele. Julian sabia que ele era amargo. Levara algum tempo para entender que a raiva que sentia não era dirigida a Rogan, mas de si mesmo. Rogan era Rogan. Ele era bonito, por dentro e por fora. Ele era perfeito aos olhos de Julian. Julian só não era perfeito aos olhos de Rogan. Tudo começou com ele sendo um homem. Rogan estava com muito medo de ser gay e aceitar o que
eles poderiam ter tido juntos. Logicamente, Julian sabia que não poderia forçar alguém a amá-lo, até mesmo seu companheiro. Na realidade, Julian queria enfurecer-se com a injustiça de tudo isso. Todos os shifters sabiam que eles tinham companheiros predestinado. O companheiro de Julian passou a ser apenas um homem que nunca o aceitaria ou iria amá-lo. Por mais que ele tentasse dizer a si mesmo que ele aceitou isso, ele sabia que não o fez. Ele ainda tinha sonhos com Rogan, fantasias que só vinham à tona quando ele estava dormindo e não podia forçá-los fora. Ele acordou muitas vezes coberto com seu próprio esperma, seu pau na mão, ofegante após sonhar que tinha estado com Rogan. Uma parte dele viveu aquele tempo, sabendo que eles seriam os únicos que teria com Rogan. Outra parte odiou, todos e cada um. Eles o lembravam o que ele nunca poderia ter, que ele nunca poderia ter. Mesmo Rogan magicamente aceitando que ele era gay, ele nunca iria querer Julian agora, e Julian sabia. Ele não era mais o homem bonito que tentou convencer Rogan que precisavam ser acasalados. Ele foi marcado, fisicamente, mentalmente e emocionalmente. As cicatrizes do lado de fora do seu corpo apenas espelhavam aquelas do lado de dentro. Ele nunca poderia ser o homem que Rogan merecia, especialmente desde que ele era um homem. Rogan claramente queria ser acasalado a uma mulher. ― Julian, você realmente precisa considerar. ― Não. ― Julian. ― Não! ― ele disse um pouco mais alto. ― Se você quer que eu fique trabalhando aqui, então você não está dizendo a Rogan sobre mim de
qualquer maneira. Tanto quanto ele está preocupado, eu sou o David Miller, seu filho. Ele não precisa saber nada diferente. ― Eu gostaria que você reconsiderasse, Julian. ― Eu não vou. Thomas suspirou profundamente. ― Eu acho que você está sendo estúpido sobre isso, Julian, mas se esse é o seu desejo, então eu vou aceitá-lo. ― É. ― Julian empurrou a mão pelo cabelo. ― Mas esta é assim que tem que ser. ― Muito bem. Julian quase desejou que Thomas discutisse com ele sobre isso. Então ele poderia ter uma razão para dar para a necessidade que ele tinha de ver Rogan novamente. Aqueles poucos segundos de pé quando viu Rogan perto do seu carro não tinha sido suficiente. Vendo Rogan a cada segundo de cada dia não seria suficiente. Não importa qual era a distância entre eles ou o pouco tempo que tiveram juntos, Julian sempre precisaria de Rogan. Eles eram companheiros. Todo outro homem no planeta empalidecia ao lado de Rogan. Julian não tinha sequer sentiu uma ideia do desejo de outro homem desde que conheceu Rogan. Sua vida sexual não existia. Sua vida era uma porcaria. ― Eu preciso voltar para o local de trabalho. ― Julian, você nunca disse por que você parou. Julian franziu o cenho. ― Eu... uh... Eu queria que você soubesse que a revisão de segurança foi concluída. Podemos passar para a adaptação do local. ― E você não poderia ter me chamado para isso?
― Eu tinha algumas dúvidas sobre a transformação e eu queria verificar com você. ― Ah. Thomas Miller pode não ter sido o seu pai biológico, mas Julian ainda pode lê-lo como um livro. Thomas pensou que Julian teve outros motivos para voltar para o escritório. Ele estava certo. Julian tinha vindo de volta para descobrir por que eles estavam reformar um prédio para abrigar shifters. ― É só pegar as plantas. Thomas riu e virou-se para pegar as plantas fora da mesa atrás dele. Ele se virou e colocou-as sobre a mesa. ― Eu estava indo ao longo destes com Rogan. Ele queria ter certeza de que tenha suas modificações especiais. ― Você sabe para o que são estes, não é? ― Julian apontou para a pequena secção que seria uma célula. ― Desintoxicação de drogados? Julian revirou os olhos. ― Estes são para a contenção de shifters. ― Isso não é o que Rogan disse. ― Eu aposto. ― Julian se inclinou para trás e cruzou os braços sobre o peito. ― O que eu estou curioso é porque Rogan precisa de uma célula para shifter. ― Eu só posso te dizer o que eu sei. ― E isso seria o que? ― Eu não tenho certeza que você quer saber. ― Thomas ― Rogan quer abrir o Centro Gallagher para que os jovens gays tenham um lugar seguro para ficar enquanto eles ficam longe das drogas e
coloquem sua merda junta. Ele planeja oferecer serviços de habitação, desintoxicação, cuidados médicos e de aconselhamento para homens gays que foram expulsos de suas casas, porque eles eram gays. Julian educou suas características, tentando não deixar mostrar o seu choque. ― Centro Gallagher? ― Centro Gallagher foi nomeado depois que o seu parceiro morreu. As mãos de Julian tremiam quando ele pegou uma cadeira e sentouse, atordoado pelas palavras de Thomas. ― Rogan pensa que estou morto? Julian sempre se perguntou por que Rogan nunca procurou por ele. Ele assumiu no momento que foi porque Rogan não queria ser acasalado a um homem. Ele nunca sonhou que Rogan poderia pensar que ele estivesse morto. ― Ele faz ― Thomas disse suavemente. ― Ele procurou por você, mas só encontrou sua pulseira e algumas cinzas, as cinzas que ele acredita que é tudo o que restou do seu corpo. ― Ele realmente acha que eu estou morto? ― O inferno, Julian, Rogan pensa que ele te matou. ― Mas, ele não tem nada a ver com os homens que tentaram matarme. Você sabe disto. ― Eu faço, mas Rogan não. Ele acredita que, se ele tivesse saído do armário quando teve a chance, ele poderia ter sido capaz de salvá-lo. ― Não. ― Julian sacudiu a cabeça. ― Ele não poderia tê-los impedido. Eles queriam me punir por algo que acreditavam que eu fiz. Rogan não teve nada a ver com isso. Se ele estivesse lá, eles só o teriam matado, também. Por que você acha que eu fiquei longe dele todo esse tempo? ― Porque você é um idiota florescendo. ― Tomé.
― Bem, você é. ― Thomas esfregou as mãos pelo seu rosto, em seguida, as dobrou juntas, apoiando os cotovelos sobre a mesa. ― Julian, eu aceitei tudo o que você me disse, sem dúvida, mas desta vez acho que você está errado. Você não viu a dor nos olhos de Rogan, quando ele estava falando sobre seu amante morto. Eu fiz, e eu acredito que ele quis dizer cada palavra que ele me disse. ― Eu não posso arriscar, Thomas. ― Por que ― Thomas jogou uma mão no ar, apontando para o rosto de Julian. ― É por causa das suas cicatrizes? Se Rogan te ama de verdade, as cicatrizes não importam. ― Não! ― Julian gritou, mesmo que isso fizesse o seu estômago apertar apenas por imaginar a reação de Rogan se ele desse uma boa olhada nas cicatrizes que marcavam sua pele. Rogan o conhecia de quando ele era bonito, não a figura, desarrumada que ele era agora. Ele tinha visto crianças correndo e gritando dele. Ele não podia ver o mesmo olhar nos olhos de Rogan. Ele iria murchar e morrer se ele visse piedade ou repulsa nos olhos de Rogan. Ele preferia que o homem se lembrasse dele como ele era antes. ― Ninguém pode saber que eu ainda estou vivo, Thomas. Se o Ancião Belikov souber que ele não me matou, não só a minha vida estaria em perigo, mas todos que me conhecem. O homem é comprovadamente insano. ― Eu não acho que você vá esquecer. ― Thomas franziu o cenho. ― Mas eu ainda acho que ele merece saber que você ainda está vivo. Julian cerrou os punhos e descansou sobre a mesa. ― Eu não posso, Thomas. Você tem que entender isso. Esta é a melhor coisa para todos. Eu tenho que permanecer morto. ― Você acha que é possível? E se Rogan for na obra? E então?
― Foda! ― Julian inclinou a cabeça para frente e apoiou-a contra seus punhos cerrados, enquanto tentava pensar em alguma maneira de evitar Rogan se ele parasse no canteiro de obras. ― Bobby! Bobby pode me ajudar. Ele parece o suficiente comigo e pode passar por mim. ― Bobby? ― Thomas zombou. ― Você é louco? O menino não tem um osso sério em seu corpo. ― Ele vai fazê-lo se eu pedir para ele. ― Bem! ― Thomas bufou e revirou os olhos. Ele balançou o dedo para Julian. ― Mas se isso der errado para nós, você lidar com isso. Julian riu. ― De acordo. ― Bom, agora vai. ― Thomas fez um movimento o enxotando com as mãos. ― Saia daqui antes que eu o demita por faltar ao trabalho. Julian riu quando ele ficou de pé e saiu da sala, mas o sorriso caiu de seu rosto no momento em que ele fechou a porta atrás dele. Ele sabia que às vezes ele precisava dar um show para Thomas, ou o homem estaria mais preocupado com ele do que normalmente era. Thomas Miller tinha salvado a vida de Julian, não só por salvá-lo quando ele foi espancado e queimado, mas dando a Julian uma nova vida. A partir do momento em que ele conheceu Thomas, o homem não tinha sido nada além de bom para Julian. Por isso, Julian odiava mentir para Thomas, mas ele não viu outra escolha. Ele não queria ter Thomas envolvido na vida que ele tinha vivido antes. Thomas era humano, e poderia ser uma coisa muito perigosa no mundo shifter. Só tinha sido ao longo dos últimos anos que os seres humanos foram aceitos, mesmo no mundo shifter, parte da obra de outro Alfa chamado Asher Stone. Alfa Stone era acasalado a um ser humano, e um homem para isso. Ele
trabalhou duro para mudar as coisas de modo que o seu companheiro estaria seguro no mundo shifter. Mas, depois de ser torturado elo Ancião Belikov e vários de seus seguidores, Julian não podia correr o risco, não com Thomas e não com Rogan. Era apenas melhor se as coisas ficassem do jeito que estavam. Não importa o quanto Julian desejava que pudessem ser diferentes. Julian se afastou da parede e caminhou para a escada. Ele precisava colocar a sua mente de volta ao trabalho e fora do homem que ele não podia ter. Julian tinha que continuar dizendo a si mesmo que tinha uma boa razão para isso. Talvez em algum momento, ele pudesse até começar a acreditar.
― Julian, ele está a caminho para o seu local de trabalho. ― Certo ― Julian agarrou apertado o seu telefone celular na mão. ― Por que você não me avisou que Rogan tinha contratado minha empresa para reformar o seu novo edifício? ― Eu não sabia, até ontem, Julian. Até então, já era tarde demais. ― Você deveria ter me ligado no momento em que descobriu. ― Eu não podia! Eu não estive sozinho desde que eu descobri. Rogan quer tudo preparando para receber os visitantes, e eu estive trabalhando para que este lugar esteja pronto.
Visitante Julian sentiu um arrepio de medo enchê-lo. ― Quem são os visitantes? ― Alfa Asher Stone e seu companheiro estão vindo para o jantar. ― Alfa Stone? Eu não estava ciente de que ele e Rogan se conheciam. ― Eles se conheceram há algum tempo em um dos encontros dos Alfas. Eles parecem levar estar se dando muito bem. Julian rosnou baixo em seu peito. ― Ambos têm companheiros. Ele não tem nenhum negócio de gostar de mais ninguém. ― Como se você tivesse uma palavra a dizer sobre isso ― Gertrude bufou. ― Você o deixou, Julian. Rogan pensa que você está morto. Tanto quanto as regras são, ele está livre para encontrar outro companheiro, e não há nada que você possa fazer sobre isso a menos que você decida voltar dos mortos. ― Gertie! ― Você não me chame de Gertie, jovem ― Gertrude estalou. ― Você tem um companheiro bem aqui esperando por você, e você ainda se recusa a voltar para casa, para ele, para que ele saiba que você ainda está vivo. Você não tem absolutamente nenhum direito de ficar chateado quando ele decide encontrar conforto em outro lugar. Julian suspirou. Gertrude estava certa, e ele sabia disso. Isso não o fazia sentir menos raiva ou inveja. Rogan lhe pertencia. O homem não tinha o direito de buscar conforto em qualquer outro lugar. Julian não tinha. Ele sabia que estava sendo razoável, mas ele não conseguia evitar. Apenas o pensamento de Rogan nos braços de outra pessoa fez Julian tão irritado que suas unhas cravaram nas palmas da sua mão. Ele cerrou os dentes e tentou manter seu grunhido dentro da sua garganta. Ele realmente queria
rugir de raiva e mandar que Rogan fosse trancado longe de qualquer um que, pudesse mesmo pensar em olhar para ele de uma forma sexual. ― Basta manter um olho nele, Gertie, por favor. ― Não é o que eu sempre faço? ― Você tem, Gertie, e eu não posso agradecer o suficiente. Você tem sido de grande valia para mim. Gertrude suspirou profundamente. ― Julian, você realmente deve pensar em voltar para casa. Três anos é tempo suficiente para ficar longe. ― Eles ainda estão lá fora, Gertie. Você sabe disto ― Rogan precisa de você, Julian. Seu clã precisa de você. ― Eu pensei que você disse que Rogan estava liderando o clã muito bem. ― Ele está, mas ele não é você. Ele é o companheiro do alfa não o alfa. Ele faz o melhor que pode, e isso é muito bom, mas este clã precisa do seu alfa. Rogan precisa do seu alfa. ― Gertie. ― Ouça-me, meu jovem. Conheço você desde que você usava fraldas. Eu vi você crescer no homem que é hoje. Eu sei que você pensa que está fazendo o que é melhor para todos, mas você não está. Nós precisamos que você volte para casa. ― Eu não posso, Gertie. Eu não posso ter a chance deles irem atrás de Rogan. ― Droga, garoto! ― Gertrude estalou, o que surpreendeu Julian. Não porque ela estava gritando com ele, mas porque ela estava xingando. Gertrude nunca xingou. ― Eles já estão tentando vir atrás dele, e desta vez você não está aqui para protegê-lo.
― O que? ― Valentina Belikov começou a farejar Rogan novamente. ― Gertrude baixou a voz como se tivesse falando calmamente. ― Ela tem o apoio do seu pai, Julian. Rogan vem tentando colocá-la fora, mas eu não sei quanto tempo ele pode fazer isso. Ela é muito insistente. ― Droga! ― Julian esfregou a parte de trás do seu pescoço com a mão, a tensão em seus músculos, tornando-os doloridos. ― Tudo bem, dá-me algum tempo para pensar em algo. Eu vou te ligar de volta quando eu puder. ― Basta pensar rapidamente, Julian. Acabei de fazer tudo o que posso para dissuadir Valentina, mas eu não sei quanto tempo mais eu posso segurar ela. Se ela não está ligando para falar com Rogan, ela está caindo por aqui. Essa mulher está determinada a obter Rogan em suas garras. Julian não poderia impedir seu grunhido neste momento. ― Basta mantê-la longe, enquanto você pode, mas tome cuidado. Os Belikovs são venenos. Eles vão derrubar qualquer um que estiver no seu caminho, incluindo você, Gertie. ― Oh, acredite em mim, eu sei exatamente o que eles são capazes, Julian. Eu passei três anos sem o meu alfa por causa deles. ― Rogan é o seu alfa agora, Gertie. ― Você é o meu alfa, Julian. Rogan está apenas em pé até você chegar em casa. Julian abriu a boca para discutir com Gertie, uma discussão que tinham tido uma centena de vezes nos últimos três anos, mas Gertie desligou na cara dele. Julian olhou para o seu telefone celular por um momento e depois começou a rir. Gertrude nunca se importou que ele era o alfa. Ela deu a sua opinião sobre se ele queria ou não. Isso era uma coisa que ele amava sobre a mulher
que tinha sido sua babá e, em seguida, sua governanta. Ela disse a ele o que pensava, não importa o seu status. Balançando a cabeça em suas palhaçadas, Julian deslizou seu telefone de volta no bolso. Ele precisava formar algum tipo de plano para proteger Rogan e o resto de seu clã dos Belikovs. Ele só não tinha a menor ideia do que fazer, sem permitir que todos soubessem que ele ainda estava vivo.
Capítulo Três
Rogan não conseguia parar de pensar no homem com olhos azuis de aço que ele tinha visto em pé fora da empresa. Havia algo sobre ele, algo que intrigou Rogan. Pensamentos do homem tinham invadido seus sonhos, mesmo nos últimos dias, transformando-o de um estranho para Julian. Rogan estava determinado a chegar ao fundo do mistério de quem era o homem. Ele estava indo para começar por fazer uma aparição surpresa na empresa de arquitetura de Thomas Miller e pedir uma visita ao canteiro de obras. De lá, Rogan planeja ter informações do homem a respeito do seu filho. Pelo menos, esse era o plano. ― Rogan, querido. Rogan se encolheu. Ele rapidamente abriu a porta do carro e saiu, em seguida, virou-se lentamente para enfrentar a mulher que o chamou.
Colocando um sorriso em seu rosto que ele não sentia, ele cumprimentou a única pessoa que espera nunca mais ver. ― Valentina, eu não estava esperando por você. Inferno, ele não tinha sequer ouvido o carro dela parar, mas ele podia ver o seu pequeno carro vermelho conversível esportivo atrás dela. Por sorte, não estava bloqueando a saída. Ele não duvidava que Valentina iria colocá-lo na passagem para fazer exatamente isso para evitar que ele saísse. ― Eu só tinha que te ver, querido. Rogan não conseguia entender o porquê. Ele tinha mostrado a Valentina que ele não estava interessado nela, mas ela não parecia desistir. Ela perseguiu seus movimentos, chamando-o ou aparecendo em sua casa várias vezes por semana. Ela parecia não compreender o conceito de que Rogan preferia os homens. ― Eu estava de saída. O pequeno beicinho que atravessou os lábios vermelho rubi de Valentina poderíamos ter trabalhado em outros homens. Rogan só achou frustrante. Ele particularmente não gostava quando ela se inclinava sobre ele, e seu perfume exagerado enchia os seus sentidos. A fragrância sempre parecia por um tempo mesmo depois que ela foi embora. ― Certamente você tem pouco tempo para mim Rogan. ― Não realmente, Valentina. Eu tenho uma reunião no centro. ― É o seu centro não é? ― Valentina realmente babava quando ela cruzou os braços sobre o estômago. Rogan não perdeu que eles pareciam fazer um caminho direito sob os seios, empurrando-os para o nível máximo de transbordamento possível. Ele quase revirou os olhos. A onda do seu cabelo loiro, as unhas perfeitamente
cuidadas, mesmo a camisa apertada que ele tinha certeza de que era um tamanho muito pequeno não fez nada para ele. Valentina simplesmente não entendia isso. ― Sim, é o meu centro. Eu tenho um encontro com o arquiteto e verificar alguns dos detalhes com ele. ― Eu esperava que pudéssemos sair para almoçar juntos. ― Eu não posso, Valentina, não hoje. ― Rogan fez uma careta quando ele percebeu que teria que jogar a Valentina algum tipo de osso. Enquanto ele não se importava de adoça-la, o pai dela era outro assunto, e o homem adorava a filha a ponto de ser obsessivo. ― Talvez a gente possa se reunir na próxima semana. ― Eu não sei por que você tem que abrir este centro de qualquer maneira. ― Valentina xingou e jogou seu longo cabelo loiro por cima do ombro como se isso pudesse fazer Rogan mudar de ideia. ― Parece estúpido para mim. Eu acho que o dinheiro poderia ser melhor gasto em seu clã, e não em um centro que atende aos seres humanos. Rogan estava plenamente consciente do desdém de Valentina com a ideia por trás do centro. Ela fez isso mais do que claro em várias ocasiões. Foi à mesma atitude que ele recebeu de um monte de gente. Eles pareciam não entender a sua necessidade de fornecer uma rede de segurança para jovens gays que não tinham mais para onde ir. Rogan pensou que talvez a única pessoa que teria verdadeiramente entendido era Julian. Ele só queria que ele tivesse sido capaz de compartilhar seu sonho com o homem. ― O Centro Gallagher irá tratar os seres humanos e shifters, Valentina. ― O Centro Gallagher? ― Valentina zombou. É assim que você esta chamando ele?
― Eu não consigo pensar em um nome melhor. ― Rogan apertou o batente da porta quando seu temperamento começou a se elevar em sua cabeça. ― Julian teria adorado a ideia. ― Julian, Julian, Julian, ― Valentina rebateu. Seu rosto corou de repente quando seus traços se apertaram. ― Quando você vai parar de falar sobre esse homem? Ele se foi há três anos, Rogan. Ele não vai voltar. As pessoas vão começar a se perguntar sobre você se você continuar obcecado com um homem morto. ― As pessoas podem pensar o que quiserem. Eu me recuso deixar que a morte de Julian seja em vão. ― Eu estou doente e cansada de ouvir você falar de Julian. Rogan arqueou uma sobrancelha. ― Então, talvez, você não devesse me parar por tantas vezes, Valentina, porque eu não tenho nenhuma intenção de não falar sobre Julian. Ele era meu companheiro. ― Ele está morto! ― O pé de Valentina bateu no chão. Ele provavelmente teria feito mais impacto se fosse de madeira ou cimento. Em vez disso, o calcanhar direito afundou cravado no chão de terra macia. Rogan mal conseguia manter o seu riso para si mesmo, enquanto observava Valentina
lutar para puxa o sapato para fora da sujeira. ― Eu
aprecio você parar para conversarmos, Valentina, mas eu preciso ir, ou eu vou-me atrasar para a minha reunião. ― Rogan virou-se para subir em seu carro quando a voz estridente de Valentina parou em suas trilhas. ― Papai acha que este seu centro é repugnante. Quando ele souber que você está chamando de Centro Gallagher, ele vai ficar muito chateado, Rogan. Julian está morto!
Rogan
olhou
por
cima
do
ombro,
tentando
manter
suas
características neutras quando ele realmente queria estrangular Valentina. ― E é por isso que ele é chamado o Centro Gallagher não de Centro Julian. Rogan se afastou de Valentina e entrou no carro. Ele fechou a porta e clicou o bloqueio apenas quando ela tentou correr para frente, mas seu calcanhar ainda estava preso no chão. Ignorando seu grito indignado, Rogan ligou o carro e rapidamente saiu da garagem. Valentina ainda estava de pé na entrada com o pé preso no chão quando Rogan foi embora. Só quando ela desapareceu da vista que Rogan percebeu que discutir com ela pode não ter sido muito inteligente. Ela pode causar uma série de problemas para ele, se ela fosse chorando para o pai dela. E se ela não conseguisse o que quer, que geralmente era o que ela fazia. Foi à única razão para Rogan não lhe dizer para ir passear há séculos. Ele não podia suportar a mulher, mas a aturava, porque ele não conseguia encontrar uma maneira de se livrar dela e não deixar seu pai irritado. Apesar do que Valentina, Ancião Belikov, ou seus pais queriam, Rogan não estaria saindo com Valentina de qualquer maneira. Não só ela não era o seu tipo, e nunca poderia ser. Ela não era Julian. Rogan queria que ela o deixasse em paz. Ele não ia se casar com Valentina, ou namorar com ela, ou dormir com ela, ou o que quer que ela queria. Havia uma parte de ele ter saído do armário que as pessoas não pareciam entender. Isso significava que ele gostava de homens. Rogan estaria mais inclinado para se ligar com o irmão de Valentina se ela tinha um irmão. Chegando na cidade, Rogan estacionou seu carro do outro lado da rua e um estacionamento um pouco abaixo na rua longe da entrada da empresa de arquitetura. Ele queria ter o seu carro à mão em caso dele precisar dele de repente, mas ele também não queria avisar a ninguém que ele estava chegando.
Ele observou o prédio por alguns minutos, vendo as pessoas ir e vir. Miller e Filho escritório de arquitetura parecia ser um lugar movimentado. Finalmente decidir que ele não estava chegando a lugar nenhum sentado em seu carro, Rogan abriu a porta e começou a subir. Assim quando ele se levantou, notou a porta do escritório de arquitetura abrir e três homens saírem. Rogan se debruçou sobre o seu carro quando reconheceu dois dos homens, sendo um deles Thomas Miller e sendo o outro o homem com os profundos olhos azuis de aço. O terceiro homem, ele não conhecia. Rogan os observou andar pela calçada e subir em dois carros separados. Ele rapidamente voltou para o seu carro e ligou o motor, observando atentamente para ver em que carro o homem de olhos azuis subiu. Uma vez entrando no tráfego, Rogan puxou atrás dele. Ele tentou ficar alguns carros atrás enquanto ele o seguiu, mas não tão longe que ele perdesse o carro. O coração de Rogan bateu em seu peito enquanto seguia atrás deles. Ele ainda não sabia quem era o cara, mas ele estava determinado a descobrir até o final do dia. Poderia ter sido diferente se ele não tivesse visto os olhos do homem, mas ele tinha, e agora ele não conseguia parar de pensar sobre eles. Quando os veículos entraram na rua indo para o novo centro Gallagher, Rogan começou a sentir-se nervoso e tonto, tudo ao mesmo tempo. Passar pelo local sem aviso prévio seria facilmente explicado como o dono do lugar. Ele tinha isso a seu favor. Mas ele ainda estava nervoso com a possibilidade de realmente confrontar o homem de olhos azuis. Uma gota de suor descia pela sua testa quando ele puxou para uma parada na borda do canteiro de obras. Rogan podia ver os outros dois veículos irem mais para o canteiro de obras e parar, todos os homens saíram. Juntaram-se e começaram a falar, outro homem no local caminhando até eles.
Rogan os assistiu falar por alguns minutos. Ele não queria que eles soubessem que ele os seguira do escritório, mesmo que ele tivesse. Havia algo estranho sobre isso. Quando Thomas foi para o seu carro e pegou um conjunto de projetos e voltou e os espalhou sobre o capô do outro carro, Rogan sabia que era hora de mostrar a cara. Ele saiu do seu carro e se dirigiu para os quatro homens, com o coração batendo rápido o tempo todo. Apenas a alguns metros de distância do seu destino, alguém entrou na frente de Rogan, cortando-o de sua meta. ― Ei, cara, isso é um canteiro de obras ― disse o homem. ― Você não viu os sinais de não ultrapasse, não? Rogan arqueou uma sobrancelha. ― Eu o dono do lugar. ― Ah. ― O homem franziu a testa. ― Bem, você ainda não deve estar na obra sem escolta ou um capacete de segurança. Há um monte de coisas perigosas acontecendo aqui, e você pode se machucar. ― Eu aprecio sua preocupação, no entanto, o Sr. Miller me disse para parar a qualquer hora para ver o progresso. ― Rogan apontou passando o homem. ― E eu vejo que ele está ali. O homem olhou por cima do ombro. ― Sr. Miller? Rogan rangeu os dentes quando os quatro homens olharam em seu caminho. Tanto para surpreendê-los. Ele ficou ainda mais frustrado quando o homem com os olhos azul aço disse algo para Thomas, então, rapidamente saiu na direção oposta. Rogan queria rosnar. ― Rogan? ― Thomas perguntou como ele andou. ― Eu não estava esperando por você aqui no canteiro de obras. ― Eu estava na área e decidi aparecer. ― Rogan deu de ombros. ― Desculpe, não chamar primeiro.
― Ah, não, isso está perfeitamente bem. ― Thomas riu, mesmo que ele parecia muito nervoso. ― Este é a sua obra depois de tudo. ― Você tem alguns minutos para me mostrar ao redor, deixe-me ver o que você fez até agora? ― Sim, sim, claro. ― O seu filho vai se juntar a nós? Thomas empalideceu, o que surpreendeu Rogan. ― Uh, sim, isso seria ótimo. Por que você não esperar aqui até que você possa obter um capacete de segurança, e eu vou chamar David? ― Thomas virou-se e correu de volta para os dois homens que ele tinha estado falando. Ele começou a falar e gesticulando com a mão. Rogan não poderia dizer exatamente o que estava acontecendo, mas poucos minutos depois, outro homem veio correndo com três capacetes na mão, que ele entregou a Thomas. Thomas colocou um na cabeça e entregou um para o outro homem que havia chegado do escritório com ele. Juntos, os dois homens se aproximaram de Rogan. ― Rogan, eu gostaria que você conhecesse meu filho, David Miller, ― Thomas disse quando ele entregou o capacete de segurança restante para Rogan. ― Este e o seu filho. ― Os olhos de Rogan se estreitaram quando ele olhou para o homem. Ele tinha aparência semelhante ao homem de olhos azuis aço, mas não igual. E seus olhos, sendo azul, eram mais pálido, um azul mais claro. Este não era o mesmo homem. ― Sim, sim, claro, este é o David. Rogan tinha sérias dúvidas, mas estendeu a mão para o homem de qualquer maneira. ― Rogan Owens.
― Prazer em conhecê-lo, Sr. Owens, ― disse o homem. ― Por favor, me chame de David. Rogan colocou o capacete na cabeça e sorriu para Thomas. Ele queria ver quanto tempo Thomas ia jogar o seu pequeno jogo. O homem se parecia como David, mas não era o mesmo homem. Rogan sabia no fundo de sua alma. ― Então, mostre-me o que você já fez até agora. ― Certamente, venha por aqui. Rogan arqueou uma sobrancelha e seguiu Thomas. O homem estava apenas um pouco pálido, um pouco nervoso. Havia definitivamente algo acontecendo aqui além de alguém agir como seu filho. Rogan só não sabia o que era. ― O que você acha do meu pequeno projeto, David? ―
Rogan
perguntou. ― Seu pai parece pensar que você pode tê-lo feito a tempo e dentro do orçamento. Você concorda? ― Bem, eu certamente acho que é um projeto interessante. O que fez você decidir comprar um asilo para o seu centro? ― Um, a localização. Estamos longe o suficiente da cidade e não teremos que nos preocupar com toneladas de tráfego. Dois, o projeto de construção em si se encaixa com as minhas necessidades. E três, o preço era de terra-direita barato. O aspirante a David riu. ― Eu posso ver isso. ― O Estado vem tentando descarregar essa propriedade há vários anos, mas muitas pessoas não querem um asilo ou assumir a tarefa de demolilo. Com cada um dos quartos individuais, uma vez que transformá-los em salas regulares, em vez de células, e a cozinha industrial e refeitório e mais os
espaços do escritório, eu acho que vai atender às necessidades do centro muito bem. ― É um conceito interessante que você tem ― disse David. ― Parece estranho estar reformando um asilo de loucos para ser um centro residencial. Estes lugares podem ser um pouco assustadores. ― Eu acho que há um pouco de diversão no mesmo. ― Rogan riu enquanto ele seguia os dois homens para o interior do edifício através das duas grandes portas da frente. ― O melhor uso para uma instalação desse tipo do que dar às pessoas novas vidas? ― As reformas estão indo realmente muito bem ― Thomas interrompeu ― Acabamos de terminar a inspeção de segurança e escorar a fundações. Houve um pouco de atualizações elétricas e hidráulicas que precisavam ser feitas para trazer a construção dentro do código, mas agora que isso foi feito, nós vamos começar a trabalhar sobre a adaptação de cada um dos quartos como você especificou. ― Parece que você já conquistou muita coisa nos últimos cinco dias. ― Eu disse que minha equipe era uma das melhores ― disse Thomas. ― David vai tê-lo feito no prazo. Rogan olhou para o imitador de David para ver como ele estava levando as palavras de Thomas. Mais uma vez, a crença de Rogan que este não era o mesmo homem foi reforçada quando ele não apresentou uma única reação. Rogan não estava nem um pouco surpreso. ― Você acha que pode fazer o trabalho a tempo, David? ― Wha-oh, sim. ― Mesmo as células no porão?
Os olhos do homem se arregalaram, e ele rapidamente se virou para olhar para Thomas. ― Células... uh, sim, eu acredito que nós podemos obter todo o lugar feito para a sua satisfação no prazo. Rogan torceu os lábios enquanto ele tentava não sorrir. Este homem não tinha ideia do que Rogan estava falando. Este não era David. Rogan cruzou as mãos atrás das costas e continuou a seguir Thomas e o homem misterioso através do edifício, acenando com a cabeça quando eles apontaram alguma coisa e fazendo comentários aqui e ali. Ele queria ver as melhorias que foram feitas no edifício, mas a sua mente estava presa em quem era o outro homem e onde ele estava. Ele teria que elaborar outro plano para encontrá-lo. Ele iria esperar fora do recinto até que o homem saísse, então seguilo. Rogan sorriu quando o novo plano começou a se formar em sua cabeça. De repente, ele não podia esperar para voltar para o seu carro, para que ele pudesse esperar até que os olhos azuis saíssem. E então a perseguição iria começar.
Rogan esfregou os olhos, em seguida, tirou a mão de volta em seu colo e continuou observando pela janela do seu carro. Ele estava sentado em seu carro pelo que pareceram horas, desde que ele deixou o centro e
estacionou em uma rua pequena apenas para baixo do caminho da entrada do local. Quando ele formou o plano, isso tinha sido simples, estacionar o seu carro na estrada e esperar até que os olhos azuis saísse. Ele o seguiria e confrontaria o homem, para descobrir quem ele realmente era. Então, talvez, as visões de Julian iriam diminuir. O sol estava começando a se pôr. A maioria dos trabalhadores no local já havia saído, incluindo Thomas. Rogan sabia que o Sr. olhos azuis tinham que sair logo, a menos que ele estivesse planejando passar a noite no local de trabalho. Quanto mais pensava sobre isso, mais ele se perguntava se poderia ser uma possibilidade. O homem estava obviamente tentando evitar Rogan. Que melhor maneira de fazer isso do que se esconder no centro? Até este segundo, Rogan nunca teria pensado nisso. Depois de mais uma hora de espera, Rogan começou a suspeitar de que sua avaliação estava certa. O homem não ia deixar o canteiro de obras. Isso não significa que Rogan não ia enfrentá-lo, no entanto. Rogan teria apenas que faze-lo lá. Rogan saiu do seu carro e fechou a porta silenciosamente. Ele não queria que ninguém o ouvisse chegando, se ele pudesse evitar. Rogan atravessou a rua e caminhou para o lado em direção à rua para o centro. Assim que ele chegou ao portão principal, ele ouviu um ruído nos arbustos. Rogan congelou então inclinou a cabeça para um lado para que ele pudesse ouvir melhor. Levou um momento para estreitar de onde os ruídos estavam vindo, e pelo tempo que ele fez, eles estavam indo na direção oposta de onde ele estava.
Rogan foi nessa direção. Quanto mais rápido ele correu, mais rápido o ruído se afastou dele. Rogan sabia que ele estava no caminho certo quando ele alcançou a borda da calçada e um vislumbre de algo marrom se movendo para dentro da floresta que existia em um lado da propriedade. Rogan entrou no bosque e deslocou. No momento em que ele fez, os aromas da floresta encheram seus sentidos. Rogan foi momentaneamente sobrecarregado, não tendo mudado em algumas semanas. Ele tinha estado muito ocupado tentando obter o seu centro para cima e para fora do chão. Agora, ele se perguntou como ele tinha ido tanto tempo sem isso. Quando outro cheiro, um forte cheiro masculino, encheu os sentidos de Rogan, foi tudo o que ele podia fazer para não gemer. Ele conhecia esse cheiro. Ele nunca poderia esquecê-lo. Rogan saiu correndo pela floresta, seguindo o aroma doce que ele já cheirava até que chegou a uma pequena clareira. Parado no meio da clareira ao lado de um pequeno riacho ondulante havia um grande lobo castanho escuro olhando para ele. Ele pode não ter visto o lobo em quase três anos, mas Rogan teria reconhecido em qualquer lugar. JULIAN. Rogan avançava lentamente, apreensão, enchendo-o com cada passo. Ele não entendia como Julian poderia estar bem na frente dele quando o homem deveria estar morto. Talvez ele estivesse sonhando. Com certeza parecia um sonho. Assim que ele estava perto o suficiente, Rogan caiu no chão e se arrastou até Julian então rolou para trás. Ele estremeceu quando Julian mordeu o seu pescoço, não duro o suficiente para quebrar a pele, mas o suficiente para deixar Rogan sabe que ele aceitou o gesto submisso de Rogan. Depois que Julian tirou os dentes, Rogan mudou para a forma humana. Ele
jogou os braços ao redor do pescoço de Julian, lágrimas de alegria enchendo os seus olhos. Seu companheiro estava vivo. ― Oh Deus, Julian, eu senti tanto sua falta ― Rogan gritou quando ele abraçou Julian, afundando os dedos na pele escura do lobo. ― Onde você estava? O que aconteceu com você? Por que você não voltou para mim? Rogan sentou-se e agarrou o focinho de Julian para que ele pudesse olhar na cara dele. ― Mude, Julian, por favor, eu quero falar com você. Eu quero ver você. Eu-Julian, onde você está indo? ― Rogan perguntou quando Julian de repente afastou-se dele e começou a recuar. ― Julian, por favor, nós precisamos conversar. O que você está fazendo Julian! Rogan não entendia por que Julian estava se afastando dele. O homem devia estar muito feliz que eles estavam juntos novamente. Rogan começou a entrar em pânico, o coração disparado quando Julian continuou a se afastar dele. ― Julian, não, fica e fala comigo, ― disse Rogan quando ele estendeu a mão para ele, mas Julian saltou para fora do caminho. Julian de repente virou-se correndo para a borda da floresta. ― Julian, por favor, não me deixe novamente. Rogan ainda se ajoelhou no chão, os olhos procurando na linha de árvore, onde Julian desapareceu. ― Julian, por favor ― Rogan sussurrou enquanto as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. ― Sinto muito! Rogan sabia que Julian tinha motivos para odiá-lo, mas ele nunca pensou que o seu companheiro iria fingir estar morto para ficar longe dele. Ele supôs que ele só podia culpar a si mesmo. Ele tinha traído Julian e merecia o que ele tinha. Foi apenas difícil de entender o fato de que o seu companheiro o odiava o suficiente para esconder a morte dele.
Rogan caiu para frente e apoiou a cabeça no chão, cheio de tristeza. As lágrimas que ele estava segurando caíram dos olhos, cegando-o para qualquer coisa, mas a imagem em sua cabeça de Julian fugiu. Assistindo Julian fugir dele era como perdê-lo mais uma vez. E Rogan não sabia se ele sobreviveria, não desta vez. Rogan sentou-se e limpou as lágrimas dos olhos. Ele ficou de pé e começou a voltar para o carro, um novo plano se formando em sua cabeça. Ele precisava falar com Julian, para descobrir uma maneira de sair deste pesadelo. Tinha que haver uma solução razoável, lógica. Tinha que haver alguma maneira de que ele e Julian pudessem preencher a lacuna entre eles. Eles foram feitos para ficar juntos.
― Onde ele está? ― Rogan gritou enquanto ele invadiu escritório Thomas Miller no dia seguinte. Ele viu o homem pulando de sua cadeira de surpresa e invadiram toda a sala em direção a ele. ― Onde está Julian? ― Eu não sei de quem você está falando ― disse Thomas rapidamente, quase demasiado. Rogan se aproximou da mesa e agarrou Thomas pela gola da camisa e lhe deu uma boa sacudida. ― Você está mentindo para mim. Eu quero saber onde Julian está, e eu quero saber agora. ― Eu... eu não conheço nenhum Julian.
― Mentiroso. ― Por favor, eu... ― Rogan, deixe-o ir. Rogan virou-se para ver Julian em pé na porta, com os braços cruzados sobre o peito. As sobrancelhas estavam reduzidas em um gesto severo, sua voz muito alfa. ― Julian. ― Vamos Rogan solte o Thomas,. Ele não tem parte nisso. Rogan ainda não tinha percebido que ele ainda segurava o homem em suas mãos até que Julian disse algo. Ele soltou as mãos e alisou camisa de babados do homem. ― Desculpe! ― Sim, claro, não há problema ― disse Thomas quando ele endireitou suas roupas. Suas mãos tremiam um pouco, e ele empurrou através do seu cabelo, olhando para Julian. ― Thomas, podemos ter um momento, por favor? Thomas acenou com a cabeça e fez uma saída precipitada. Rogan olhou para Julian a porta se fechou atrás de Thomas, bebendo na mera presença do homem. Fazia tanto tempo desde que ele tinha tido a chance de olhar para Julian, realmente olhar para ele. ― Julian. ― Você não deveria estar aqui, Rogan. Você precisa sair. ― Como você pode dizer isso? ― Rogan perguntou. Palavras de Julian sentiu como punhais esfaqueamento o seu coração. ― Você é meu companheiro.
― Julian Gallagher foi seu companheiro ― ele disse simplesmente. Nenhum toque de emoção apareceu no rosto de Julian. ― Meu nome é David Miller agora. ― Julian, David, eu não me importo. Você ainda é meu companheiro. ― Não, eu não sou. Eu não tenho sido seu companheiro em um tempo muito longo. Rogan franziu a testa. Essa conversa não estava indo do jeito que ele pensava que seria. Eles eram companheiros. Julian deveria ter estado muito feliz que eles tinham se encontrado outra vez, mas ele parecia estar tentando o seu melhor para manter Rogan longe. ― Julian. ― David. ― Você sempre será Julian para mim. ― Meu nome é David, agora, e eu tenho uma vida aqui, uma vida que eu gosto. ― Tudo bem, então eu vou vir para cá. ―
Ele não se importava
onde estavam, enquanto eles estivessem juntos. ― Não. ― Mas... Julian cruzou as mãos atrás das costas e começou a andar casualmente ao redor do grande escritório. Ele poderia estar tendo uma conversa com alguém sobre nada. Nada em suas características ou na sua postura mostrou que eles estavam tendo uma conversa de coração para coração. ― É hora de você sair, Rogan, e eu não quero que você volte.
― Julian, você não pode dizer isso. ― Rogan parecia que seu coração estava quebrando em seu peito com o olhar impassível no rosto de Julian. Ele parecia que estava quebrando tudo de novo. ― Eu quero dizer isso. Eu não quero você aqui. ―
Como
você
pode
dizer
isso,
Julian?
―
Rogan
gritou
desesperadamente. ― Nós somos companheiros. Nós temos que estar juntos. Já não sente a dor da nossa separação? Por que Julian não poderia entender isso? ― Dor ― Julian de repente estalou. Seu rosto ficou vermelho quando a raiva encheu seu rosto. ― Você quer ver como a dor se parece, Rogan? Eu vivo com ela a cada segundo de cada dia. Rogan assistiu em crescente horror enquanto Julian desabotoou a camisa e puxou os lados separados, mostrando as cicatrizes que cobriam um lado do seu corpo do seu quadril para o lado do seu rosto. Rogan levantou a mão para chegar em Julian, só para deixá-lo um momento mais tarde, quando ele pegou o olhar zangado nos olhos azul aço de Julian. ― Isto é dor, Rogan, ― Julian zombou. ― Isto é o que acontece quando eles derramam prata em você e jogão fogo em você. Esta é a dor real. E eu sinto todos os dias, a cada segundo, durante os últimos três anos. Isto é o que eles fizeram para mim. Rogan chupou em uma respiração irregular. Ele sabia o que Julian estava dizendo, e isso matou um pedaço dentro de mim. Ele observou Julian abotoar sua camisa de volta e afastar-se dele. Rogan de repente sabia que os sonhos que ele teve de se reunir com Julian nunca iriam acontecer. Isso é tudo o que eles eram, sonhos.
― Eu sinto muito ― Rogan sussurrou enquanto ele caminhava em direção à porta e abriu-a. ― Eu sei que não mereço, mas, por favor, me perdoe. Eu nunca quis que isso acontecesse com você. ― Rogan... Rogan levantou a mão para parar Julian. Ele não achava que ele poderia ouvir outra palavra. Ele descansou a cabeça contra a porta por um instante e fechou os olhos enquanto lágrimas de angústia escorriam deles. Julian o odiava, e ele tinha todo o direito de ter ódio. Ele pagaria a cada dia pelo resto da sua vida por causa da traição de Rogan, e não havia nada que Rogan pudesse fazer para corrigi-lo. Ele enviou seu companheiro para o inferno. ― Eu não vou incomodá-lo novamente ― Rogan sussurrou. Ele se recusou a olhar para trás, quando ele saiu do escritório. Ele sabia que jamais seria capaz de sair, se ele fizesse. Ele iria cair de joelhos e implorar a Julian por outra oportunidade. Ele não era forte o suficiente para ir embora se ele visse Julian novamente. E indo embora parecia ser tudo o que Julian queria dele. Rogan poderia ao menos dar-lhe isso. ― Adeus, David.
Capítulo Quatro
― E é isso? Ele simplesmente foi embora? ― Bobby perguntou. Julian assentiu.
― Ele não disse nada? ― Não, ele me disse adeus e foi embora. ― Parece-me que ele lhe deu exatamente o que você pediu, então ― disse Thomas. Julian assentiu, mas o seu coração gritou em protesto. Rogan tinha dado a ele exatamente o que ele pediu, mas não era realmente o que Julian queria. O que ele realmente queria, ele sabia que nunca poderia ter. O preço era muito alto. ― Você não parece muito feliz com isso ― Bobby continuou. Julian fez uma careta. ― Eu não estou, mas é o que tem que ser feito. ― Eu não estou tão certo sobre isso, David. ― Bobby abaixou a cabeça um pouco, então inclinou para o lado, como se estivesse pensando muito. ― Eu quero dizer, é o que realmente tem que ser feito, ou é a melhor solução para você? ― O que você quer dizer? ― Julian pediu com cautela. Bobby tinha sido o seu melhor amigo há algum tempo, e o homem o conhecia muito bem. Mas havia algumas coisas que mesmo Bobby não sabia. ― Você tem se escondido longe do mundo desde muito antes de eu te conhecer. Você é reservado e misterioso, que deixa todos os caras loucos, e algumas mulheres. Todos pensam que é um show, mas eu conheço você. Eu sei a verdade. Você está se escondendo por causa das suas cicatrizes. As mãos de Julian foram para o lado do seu pescoço quando ele engoliu em seco. ― Você não sabe o que você esta falando.
― Não? ― Bobby perguntou. ― Em todo o tempo que eu te conheço, eu nunca vi você olhar para um homem, muito menos sair com um. Eu pensei por muito tempo que você estava envergonhado por suas cicatrizes, mas agora eu estou começando a pensar que não tem nada a ver com as suas cicatrizes e tudo a ver com Rogan. ― Eu pensei que você acabou de dizer que eu estou me escondendo atrás das minhas cicatrizes? ― Julian agarrou. ― Você esta, David. Em vez de agarrar-se ao que você poderia ter com este homem, você está se escondendo por trás das suas cicatrizes. Você tem algo sendo entregue a você em uma bandeja de prata, algo especial. E você está jogando-o fora porque você está com medo. ― Ele está certo, David. Os olhos de Julian estalaram sobre Thomas, e um pequeno grunhido começou a construir em sua garganta. O que Bobby ou Thomas sabem sobre ter medo? Eles nunca tinham sido torturados ou queimados vivos. Eles não tinham ido através da dor, Julian tinha sofrido. ― Eu vi o desespero nos olhos de Rogan, quando ele veio ao meu escritório na semana passada. ― Thomas balançou o dedo para Julian. ― Esse homem precisa de você mais do que ele precisa de sua próxima respiração. Você seria estúpido por jogar isso fora. ― Há alguma parte disto que nenhum de vocês está se agarrando ― Julian colocou para fora. ― Se eu me mostrar e as pessoas ficarem sabendo que eu ainda estou vivo, eles vão tentar matar a todos que me interessa, incluindo vocês dois. Bobby empalideceu e lambeu os lábios. Thomas bufou e revirou os olhos. Julian não sabia que reação tratar primeiro, o súbito medo de Bobby ou a descrença de Thomas.
― Suas vidas estarão em perigo se alguém souber que eu ainda estou vivo. ― Rogan sabe que você ainda está vivo ― disse Thomas, ― e nós não estamos mortos ainda. Tente novamente. ― Rogan nunca iria tentar me matar, mas as outras pessoas. ― Julian bateu na mesa com o punho com frustração, ajudou a anular a sua raiva por um momento. ― Que parte disso você não está entendendo? ― Se Rogan não é uma ameaça para você, então parece-me que talvez ele possa ser um trunfo. ― Não! ― Julian estalou, sua raiva, de repente voltando com força total. ― Absolutamente não. Eu não vou colocar a vida de Rogan em perigo. ― Eu acho que você está muito atrasado, David. A vida de Rogan já está em perigo e foi desde que você o deixou. ― Thomas fez uma careta. ― Eu ouvia as histórias que você disse sobre os últimos anos da sua vida antes. Eu sei que tipo de vida Rogan está levando. Se eles ainda não foram atrás dele, eles vão. Julian cerrou os punhos e fechou a boca para impedir-se de gritar com Thomas e Bobby. Eles simplesmente não entendiam como as coisas eram em um clã shifter. Eles foram criados no mundo humano, onde as pessoas eram razoáveis. Shifters muitas vezes eram governados por suas emoções. ― É apenas uma questão de tempo, David, e você sabe disso. ― Thomas... ― Você sabe que eu estou certo, David. ― Você apenas não... ― as palavras de Julian foram interrompidos pelo toque de seu telefone celular. Ele rapidamente pegou e respondeu, o
toque único dizendo-lhe imediatamente quem estava chamando. ― Sim, Gertie? ― Você precisa voltar para casa. ― Gertie... ― Agora, Julian ― disse Gertrude. Julian estremeceu quando ele detectou um indício de pânico na voz de Gertrude, algo que ele nunca tinha ouvido falar em todos os anos que ele a conheceu. ― O que está acontecendo? ― Rogan chegou em casa há vários dias. Eu poderia dizer imediatamente que algo tinha acontecido com ele, mas ele se recusou a discutir o assunto. Ele se trancou no seu quarto, e ele não saiu desde então. ― Então? ― Julian perguntou. ― Ele já fez isso antes. ― Não assim, Julian. Para o último par de dias todos nós o ouvimos gritando e gritando, quebrando móveis ao redor do quarto. Hoje, não houve nada, nem um som. ― Gertrude exalou duramente. ― Eu estou com medo, Julian. Eu posso sentir o cheiro de sangue. Julian sentiu seu rosto pálido, e um suor frio sobre sua pele. ― Sangue ― ele sussurrou. ― Você pode sentir o cheiro de sangue? ― Julian, por favor, eu preciso que você volte para casa. ― Eu estarei ai assim que eu puder. ― Julian agarrou o telefone fechado antes que Gertrude pudesse responder, seu único pensamento para chegar ao seu companheiro. Ele olhou para os dois rostos preocupados em frente a ele. ― Eu tenho que ir. Alguma coisa aconteceu com Rogan. Thomas deslizou para fora da cabine e se levantou, Bobby logo atrás dele. ― Nós vamos com você ― disse Thomas, com firmeza.
― Thomas. Thomas levantou a mão. ― Você pode discutir com a gente ou você pode aceitar o fato de que estamos indo. De qualquer maneira, quanto mais rápido chegarmos a Rogan, mais rápido você pode garantir que ele esta seguro. Julian olhou para Bobby, apenas para encontrá-lo ali de pé, com os braços cruzados sobre o peito e um sorriso em seus lábios. Julian revirou os olhos. ― Tudo bem, você pode ir, mas sei que para onde estamos indo é diferente de tudo que você já experimentou em sua vida. ― Oh, por favor, eu fui ao bar com você na noite de amador, ― Bobby bufou e acenou com a mão para Julian. ― Não há nada mais assustador do que uma drag queen que perdeu um concurso de beleza. ― Uma drag queen não tem nada sobre um clã, Bobby, acredite em mim sobre isto. Quando eu digo que eles podem te comer vivo, eu não estou brincando. As sobrancelhas de Bobby subirão juntas quando uma expressão confusa atravessou o seu rosto. Thomas riu e deu um tapa nas costas dele. ― Vamos, vamos explicar no caminho.
Julian estava envolto em um grande abraço no momento em que ele entrou pela porta da cozinha da sua velha casa. Ele resmungou, de repente,
lembrando o quão forte Gertrude realmente era, em seguida, abraçou-a de volta. ― Ei, Gertie. ― Eu senti sua falta, rapaz. ― Eu senti de você, também, Gertie. Gertrude apertou-o mais uma vez, forçando o ar dos pulmões de Julian, em seguida, deixou cair os braços ao redor dele e cruzou-os sobre o peito. Ela deu um passo para trás e começou a bater o pé, um sinal claro de que ela estava chateada. ― Agora, Gertie ― Julian começou, segurando as mãos em sinal de rendição. Ele podia ser o alfa do seu clã, mas Gertrude era muito assustadora quando ela esta com raiva. ― Você não me venha com Gertie, Julian Gallagher, ― Gertrude estalou. ― Esperei três anos para que você tirasse a cabeça da sua bunda. Ele não deveria que ter vindo a isto. Julian abriu a boca para argumentar, ou tentar aplacar Gertrude quando ouviu um bater de palmas atrás dele. Ele se virou para ver Thomas batendo palmas. Julian arqueou uma sobrancelha para Thomas conforme o homem passou por ele e pegou a mão de Gertrude. Ele ficou chocado quando Thomas trouxe a mão à boca e colocou um pequeno beijo nelas. ― Thomas Miller, minha senhora. Eu tenho tentado há muito tempo que Julian veja a razão, mas você colocou muito mais eloquente do que eu. Gertrude olhou por um momento, aparentemente atordoada, depois riu alto. ― Eu acho que eu vou gostar de você, Thomas Miller.
Julian piscou enquanto observava o homem que ele considerava um pai paquerar e encantar a mulher que ele considerava uma mãe. Talvez voltar para casa iria criar mais drama do que se pensava inicialmente. ― Thomas, por que você não ficar aqui e faz companhia a Gertie? Eu preciso ir lá para cima e descobrir o que está acontecendo com Rogan. ― Você continua, Julian, ―
Gertrude disse, acenando com a mão
livre para ele. A outra ainda estava agarrada nas mãos de Thomas. ― Eu vou cuidar bem dos seus amigos. ― Você pode querer obter para Bobby uma bebida forte. ― Julian apontou para o seu amigo de pé na porta. ― Ele está parecendo um pouco confuso. Ele não sabia sobre shifters até que expliquei no caminho até aqui. ― Oh, pobres querido ― Gertrude disse conforme ela se afastou de Thomas e caminhou para Bobby. ― Você acabou de entrar em um mundo louco, e eu vou pegar algo para acalmar seus nervos. Julian sacudiu a cabeça e saiu da cozinha, indo para as escadas. Ele sabia que Thomas e Bobby estavam em boas mãos com Gertrude. Ela não permitiria que nenhum mal chegasse a eles. Julian tinha certeza de que os dois homens já tinham um lugar no seu coração mole. Isso não é necessariamente uma coisa ruim. Se alguém pudesse protegê-los, Gertrude podia. Julian estava feliz era o meio da noite, quando ele subiu as escadas e foi até o quarto que costumava ser seu. A casa estava vazia de outros membros do clã, exceto aqueles que viviam aqui, e eles estavam dormindo. Ele queria evitar tantas pessoas quanto podia, até que ele soubesse exatamente o que estava acontecendo com Rogan. Julian tentou a maçaneta da porta e encontrou-o trancada. Ele bateu de leve, mas não recebeu resposta. ― Rogan?
Julian começou a ficar preocupado quando ele ainda não recebeu uma resposta. Ele agarrou a maçaneta da porta e virou-o tão duro quanto ele poderia, então, balançou todo o peso de seu corpo contra a porta. Ela rangeu, mas não se mexeu. Julian fez de novo, mais uma vez, até que o bloqueio estalou. Julian tropeçou no quarto quando a porta se abriu. Ele parou e olhou em torno do quarto em choque. Ele estava completamente destruído. Cada pedaço de mobília estava destruída no chão. Nenhuma imagem permaneceu pendurada nas paredes. As próprias paredes estavam cheias de buracos, como se alguém tivesse dado socos repetidamente. O local parecia uma zona de guerra. Também estava vazia. Julian sabia que Rogan tinha que estar aqui em algum lugar, porque a porta estava trancada por dentro. Ele olhou rapidamente para o quarto e decidiu que Rogan não estava nele antes de fazer o seu caminho para o banheiro. O que Julian encontrou no banheiro roubou o fôlego dos seus pulmões e quase fez o seu coração parar de bater. O medo de Julian não era Rogan sentado nu na banheira de imersão grande no banheiro, de costas para Julian quando ele se inclinou contra uma extremidade da banheira. Foram os pequenos cortes em todo corpo de Rogan que horrorizou Julian. ― Você meio que se acostuma a eles depois de algum tempo, não é? As súbitas palavras de Rogan abalou Julian, especialmente desde que as costas do homem estavam viradas para ele. Ele não percebeu até Rogan falou que o homem sabia que ele estava no quarto. Julian avançou lentamente, sem saber por que Rogan estava coberto de cortes sangrando até que viu a faca em sua mão. ― Rogan, o que você está fazendo?
― Eu queria saber... ― As palavras sussurradas de Rogan foram desaparecendo. ― Você queria saber o que, Rogan? ― ele perguntou baixinho, não querendo assustar Rogan. Julian atingiu o lado da banheira. Conforme ele se ajoelhou, ele teve sua primeira boa olhada em Rogan e quase não conseguiu segurar seu grito de descrença. Centenas de pequenos cortes sangrando cobriam o corpo de Rogan, dos seus tornozelos todo o caminho até o pescoço. Rogan segurava uma faca na mão, lentamente, cortando outro pequeno corte em seu braço. Julian começou a chegar para a faca para tirar isso de Rogan, quando viu o homem chegar para uma pequena garrafa na borda da banheira. ― Rogan! ― Julian exclamou quando viu Rogan derramar alguma coisa sobre o corte que ele tinha acabado de fazer e percebeu que era prata líquida, a mesma coisa que tinha feito as cicatrizes no corpo de Julian. Julian pegou a garrafa e a faca e rasgou-as da mão de Rogan, jogouos através do banheiro. Ele ouviu o espelho sobre a pia quebrar conforme a faca e a garrafa de prata líquida caíram contra ele, mas ele não se importou. Ele poderia substituir o espelho. Ele não poderia substituir Rogan. ― O que você está fazendo, querido? A cabeça de Rogan caiu para trás contra a borda da banheira. Julian respirou fundo quando viu o cansaço e dor nos olhos dourados de Rogan. Os dedos de Rogan tremiam conforme ele estendeu a mão para acaricia-lo contra o lado do rosto de Julian. ― É realmente parar de sentir depois de um tempo. ― Oh, bebê, o que você fez? ― Julian não poderia encontrar um lugar no corpo de Rogan que não tinha um corte.
― 1035 ― Rogan disse enquanto ele olhou para o seu corpo. Ele parecia confuso e desconectado do fato de que ele estava sangrando por toda a banheira. ― Um para cada dia desde que você morreu. ― Rogan. ― O coração de Julian estava rompendo com cada palavra que saia dos lábios de Rogan. ― Eu pensei... Eu pensei que se eu estivesse na banheira então Gertrude não teria uma bagunça para limpar ― Rogan franziu a testa, de repente, as sobrancelhas desenhando juntas. ― Mas eu acho que eu fiz uma bagunça no quarto, não foi? ― Você fez ― Julian sussurrou através das lágrimas que entupiam a sua garganta. ― Quer dizer a Gertrude que eu sinto muito? ― Se nós nos mudamos para o quarto e limpar a bagunça, você não tem nada que se desculpar. Gertie nunca tem que saber. Rogan parecia pensar sobre isso por um momento, mas Julian não tinha certeza se a mente do homem estava fazendo muito sentido. ― Estou muito cansado, Jul ― Rogan engoliu em seco e desviou o olhar. ― Estou realmente cansado, David. Eu só quero dormir por algum tempo. Talvez possamos limpar o quarto mais tarde. Uma onda de apreensão encheu Julian quando os olhos de Rogan tremeram fechados. Julian estendeu a mão e balançou Rogan por seus ombros. ― Rogan, acorda. Abra os olhos para mim, bebê. Deixe-me ver aqueles olhos de ouro. Os olhos de Rogan tremeram novamente e abriram lentamente. Ele virou a cabeça e olhou para Julian. O coração de Julian doía quando ele assistiu a alegria no rosto de Rogan desaparecer lentamente. ― Olá, David ― disse
Rogan, como se eles não tivessem falado momentos antes. ― O que você esta fazendo aqui? ― Eu vim para ver você. ― Por que? ― Rogan parecia realmente confuso. Julian se perguntou se o homem ainda sabia que ele estava coberto de centenas de pequenos cortes sangrando. ― Eu senti sua falta. ― Senti a sua, também. ― Rogan franziu a testa. ― Mas eu não tenho que lhe dizer isso. ― Por que você não deveria me dizer que você sentiu minha falta, Rogan? ― Julian perguntou. Ele puxou uma toalha fora do armário de toalhas e apertou-a sobre o corpo nu de Rogan, então ele agarrou os braços de Rogan e tentou pressioná-lo a seus pés. Ele precisava tirar Rogan fora da banheira e para o quarto onde pudesse deita-lo. ― Você não é meu companheiro mais ― disse Rogan, em um sussurro agonizante. Julian sufocou um grito, assustado com a maneira que Rogan parecia dobrar-se em si mesmo. Ele parou de puxar os braços de Rogan e estendeu a mão para segurar o rosto do homem entre suas mãos, forçando Rogan a olhar para ele. ― Rogan, eu sempre serei seu companheiro. ― Não, você não tem que dizer isso. ― Rogan engoliu em seco e desviou o olhar. ― Eu sei o que eu fiz. Eu não culpo você por me odiar. Eu só... ― Rogan olhou para trás por um momento, seus olhos se encheram de lágrimas. ― Eu sei que não quer dizer muita coisa agora, mas eu quero que você saiba o quanto estou triste. Eu nunca quis que você se machucasse.
― Oh, Rogan. ― Julian se inclinou para pressionar sua testa contra a de Rogan. ― Você sempre será meu companheiro, meu bem, e eu não odeio você. Eu nunca poderia te odiar. ― Mas eu... Julian fungou, lutando contra as lágrimas que ameaçavam se derramar pelo seu rosto. Ele inclinou-se um pouco para trás e balançou a cara de Rogan. ― Você me escuta, Rogan Owens. Você não me machucou. Você não fez isso comigo. O que me aconteceu não foi culpa sua. ― Eu deveria ter estado lá. Se eu não estivesse tão preocupado com o que as outras pessoas poderiam dizer, eu teria aceitado o nosso acasalamento, e poderia estar lá para te salvar. ― Bebê, não havia nada que poderia ter sido feito. Se você estivesse lá, eles só teriam te machucado como eles me machucaram. ― Julian tentou sorrir, para tranquilizar Rogan que ele estava dizendo a verdade. ― Serei eternamente grato que você não estava lá. Eu nunca quis que você sofresse o que eu sofri. ― Eu deveria ter estado lá. ― E você teria estado, Rogan. ― Julian de repente sabia que ele falava a verdade com uma clareza que o surpreendeu. ― Você teria, eventualmente, aceitado o nosso acasalamento e vindo para mim. Só porque você não estava lá no momento não faz de você responsável pelo que aconteceu comigo. ― Jul ― Rogan lambeu os lábios. ― David, eu... Julian sorriu conforme ele esfregou o dedo sobre os lábios de Rogan, acalmando-o. ― Meu nome é Julian. Julian teve grande alegria na forma como os olhos de Rogan se arregalaram. Ele teve prazer ainda mais na respiração gaguejada que veio de
seu companheiro conforme ele baixou os lábios e beijou o homem. Os lábios de Rogan eram quentes e exuberantes, mas congelados no lugar. Julian lambeu-os com a língua depois recostou-se apenas uma fração. ― Você não quer me beijar, Rogan? A boca de Rogan caiu aberta em estado de choque, e era a oportunidade necessária para Julian. Ele rapidamente se inclinou para frente novamente e cobriu os lábios de Rogan, enfiando a língua dentro da boca do homem, antes que ele pudesse protestar. Fazia tanto tempo desde que ele sentiu o toque dos lábios de Rogan sobre os dele. Julian não pode deixar de gemer quando Rogan moveu, hesitante devolvendo o beijo. Pouco a pouco, Rogan começou a responder mais até que Julian sentiu as mãos do seu companheiro apertar seus ombros. Julian empurrou mais profundo o beijo, explorando a boca de Rogan com a língua. Ele queria explorar o corpo de Rogan da mesma maneira intensa, mas ele estava com medo de tocá-lo em qualquer lugar, menos em seu rosto. Foi o único lugar em Rogan que ele poderia achar que não estava cortado e sangrando. Julian finalmente, relutantemente, se afastou de Rogan, mas apenas um par de centímetros. Ele passou sua mão no lado do rosto do homem quando ele tomou em suas características atordoados. ― Vamos tirar você deste banheira, bebê. Julian não esperou por um acordo de Rogan, não que ele pensasse que iria conseguir um. Rogan só olhava para ele como se ele estivesse em algum tipo de transe. Julian ficou de pé e puxou Rogan. Não foi uma tarefa fácil considerando que Rogan era maior do que ele. Felizmente, Rogan parecia seguir as instruções de Julian e saiu da banheira depois seguiu para o quarto. Julian soltou Rogan só por um momento
e varreu tudo para fora da cama, exceto os lençóis e cobertores, que ele puxou para trás, Rogan poderia subir. ― Vamos lá, bebê, suba. ― Eu não quero estragar os lençóis. ― Rogan franziu a testa e virouse em direção ao banheiro. ― Eu realmente deveria voltar para a banheira. ― Não, Rogan, você realmente deve ficar na cama ― Julian disse, ele agarrou o braço de Rogan e virando de volta para a cama. ― Vamos lá, bebê, eu não o segurei em meus braços, em quase três anos. Se você chegar na cama, eu posso te abraçar. Julian estava agradecido quando Rogan não discutiu com ele, só subiu entre os lençóis e se deitou. Julian puxou os cobertores por cima de Rogan em seguida, tomou um momento para pegar o celular e ligar para baixo para Gertrude, pedindo a ela para chamar um médico. Ele empurrou os sapatos dos seus pés, em seguida subiu na cama. ― O médico vai estar aqui em breve para dar uma olhada em você. Vamos apenas ficar aqui até ele chegar. Julian podia ver os olhos de Rogan ir para as cicatrizes em seu pescoço e depois se encherem de lágrimas. Ele fez o seu melhor para não se encolher quando Rogan estendeu a mão para tocá-lo. Desde que ele havia curado dos seus ferimentos, ninguém havia tocado suas cicatrizes, exceto ele. Manteve-se ainda, pairando sobre Rogan quando os dedos do homem roçaram levemente a parte de cima das cicatrizes de Julian no lado de sua face. Quando Rogan atingiu o colarinho da sua camisa, seus olhos se voltou para Julian. ― Eu sinto muito. Julian caiu na cama ao lado de Rogan e puxou o homem em seus braços. Quando Rogan não se moveu, Julian empurrou sua cabeça para baixo
até que descansou contra seu peito. Ele ficou momentaneamente atordoado em silêncio em como era bom sentir e manter seu companheiro em seus braços novamente depois de todo o tempo que se passou. Por um lado, era como se nunca tivesse deixado Rogan. O homem se encaixava nos braços de Julian como se tivesse sido feito para estar lá. Por outro lado, Julian sentiu como se tive se passado cem anos desde que ele tinha segurado Rogan. ― Eu senti falta de você, Rogan ― Julian disse suavemente, finalmente se confrontando com o conhecimento de que sua separação foi mais culpa dele do que de qualquer outra coisa. ― Eu nunca deveria ter saído, mas eu pensei que era a única maneira de salvá-lo. ― Salve-me de quê? ― Os homens que me levaram ― Julian respondeu. ― Ancião Belikov. Rogan estufou. ― Belikov? Ele é o homem que fez isso com você? Julian assentiu. ― Sim. ― Mas por quê? ― Eu nunca realmente soube. Ele disse que o Conselho de Anciãos tinha me considerado culpado por trair o meu clã, e eu seria punido e banido, despojado do meu status como Alfa. ― Mas isso não é verdade ― Rogan gritou quando ele se levantou e olhou para Julian. ― Você nunca iria trair o seu clã. Todo mundo sabe disso. O canto da boca de Julian desenhou-se quando ele sorriu. ― Eu não acho que ele se importava, bebê. Não era sua intenção me punir por algo que ele achava que eu tinha feito. Ele estava tentando me matar. E ele quase conseguiu. Se Thomas não tivesse me encontrado, eu estaria morto agora.
― Thomas Miller, o seu chefe? ― Sim, ele me salvou, me deu tratamento médico e escondeu-me até que eu pude curar. ― Julian sorriu desta vez. ― Agora ele está lá embaixo encantado com Gertie. As sobrancelhas de Rogan se ergueram. ― Gertrude pode ser encantada? ― Parece que sim. ― Eu acho que milagres acontecem. ― Rogan riu quando ele colocou a cabeça no peito de Julian. Julian apertou os braços em torno de Rogan e acariciou as mãos para cima e para baixo nas costas do homem. As costas de Rogan pareciam ser um dos poucos lugares em seu corpo que não foi cortado. Julian assumiu que era porque o homem não poderia alcançá-lo, mas pelo menos ele poderia tocá-lo de forma segura lá. ― Eles acontecem, Rogan. Você e eu estamos aqui no mesmo lugar é a prova disso. ― Eu ainda não entendo por que você está aqui, David. ― Julian ouviu o estresse de Rogan colocado sobre a última palavra e fez uma careta. Ele poderia estar segurando seu companheiro em seus braços, mas chegar até ele ia ser muito mais difícil. Ele tinha muito para compensar. ― Eu estou aqui porque é aqui que eu pertenço. ― Você sempre pertenceu aqui. E isso não o impediu de sair antes. Julian suspirou quando ouviu a amargura na voz de Rogan. Ele percebeu que tinha muito a ser perdoado. Ele tinha feito quase tanto dano a Rogan como o Ancião Belikov tinha feito a ele, apenas que as cicatrizes de Rogan eram emocionais.
― Eu sinto muito, Rogan. Eu não deveria ter saído, e eu nunca vou me perdoar por isso. Eu estava machucado, e eu não sabia em quem podia confiar. ― Você poderia ter confiado em mim. Julian virou a cabeça e pegou o queixo de Rogan, forçando seu rosto ao encontro dele. ― Eu sempre confiei em você, Rogan, sempre. Você é a única pessoa no mundo que eu sabia que nunca iria me trair. Os olhos de Rogan caíram. ― Mas eu traí você, não foi? ― Não, você não traiu. Você estava com medo. Eu entendo isso. Mas também acredito que, eventualmente, você teria aceitado a nós e viria para mim. Eu sei no fundo do meu coração. Você nunca me traiu, Rogan. ― Eu deixe isso acontecer com você ― Rogan gritou. ― Não, você não deixou. O que me aconteceu não teve nada a ver com você. Eu lhe disse isso. Ancião Belikov estava tentando me matar, Rogan. Eu não tenho absolutamente nenhuma dúvida de que ele teria matado você, se você estivesse lá. ― Eu estava em um encontro ― Rogan sussurrou. ― Você foi... ― Em um encontro ― Rogan terminou por ele. ― Por que? ― Julian tinha que perguntar antes de pular para conclusões. Depois de ver a angústia de Rogan, Julian sabia que tinha de haver uma explicação plausível. Rogan se preocupava com ele muito para trair seu vínculo de acasalamento dessa forma. Rogan deu de ombros. ― Meus pais que marcaram, e eu estava com muito medo de dizer que não. Eu pensei que se eu saísse com Valentina, eles iriam ficar longe de mim até que eu pudesse entender as coisas entre a gente.
― Valentina Belikov? ― Sim. ― Rogan olhou para ele, franzindo a testa. ― Por que? ― Parece um pouco estranho para mim que você estava fora em um encontro com Valentina Belikov no exato momento em que o seu pai me sequestrou e tentou me matar, especialmente considerando que o Ancião Belikov sabia que você é era meu companheiro. ― Ele sabia? ― Ah sim, ele sabia. ― Mas eu não tinha contado a ninguém ainda. ― Ainda parece muito mais que uma coincidência para mim. ― Julian fez uma careta. ― Eu diria que nós dois estávamos exposto desde o início. ― Mas por quê? ― Rogan perguntou. ― Nós nunca fizemos nada para Ancião Belikov ou Valentina. Por que eles nos odeiam tanto? ― Eu não sei, querido, mas eu suspeito que vamos descobrir em breve. Uma vez que eles saibam que eu estou de volta para ficar, eles serão obrigados a fazer alguma coisa. Ancião Belikov não pode deixar de fora o que ele fez para mim. Ele poderia ser banido. ― Você ― Julian sentiu o engolir em seco de Rogan contra sua pele e apertou seus braços ao redor do homem para dar-lhe coragem. ― Você vai ficar? ― Eu gostaria, Rogan. ― Julian inclinou-se e virou-se para olhar para Rogan. Ele acariciou a mão para o lado do rosto pálido de Rogan. ― Se você me deixar.
Antes que Rogan pudesse responder, a porta se abriu e Gertrudes entrou, seguido por dois outros homens. Julian se debruçou sobre Rogan para protegê-lo até que ele reconheceu o Alfa Asher Stone. ― Julian. ― Asher pareceu chocado ao vê-lo. ― Alfa Stone ― Julian respondeu conforme ele se inclinou para trás. ― É bom ver você. ― Eu não estava à espera de ver você, ― Asher respondeu. Ele arqueou uma sobrancelha. ― Nunca mais. ― Relatórios da minha morte foram um pouco prematuros. ― Eu tenho certeza de que você tem muito o que discutir ― o outro homem, um estranho, disse, ― mas eu realmente gostaria de dar uma olhada no meu paciente. Julian rosnou. Ele não sabia quem era este homem, e ele não estava disposto a deixar ninguém perto do seu companheiro que ele não conhecia. Ele passou muitos anos deixando Rogan cuidar de si mesmo. Era o momento de intensificar e ser um verdadeiro companheiro para o homem. ― Supere-se já, ― o homem estalou quando ele deixou cair um saco de couro de médico sobre a cama. ― Eu sou o médico que você pediu. Agora caia fora do meu caminho antes que eu o tenha removido. ― Dary, eu suspeito que não é a maneira de conseguir o que você quer com Julian, ― Asher disse quando ele se adiantou para embrulhar um braço ao redor da cintura do homem. ― Você pode perguntar muito bem. ― Eu não tenho tempo para isso. Meu paciente está sangrando por todo o lugar, e se eu não parar agora, pode ser tarde demais. ― O homem fez um gesto de enxotar com as mãos. ― Agora, mova-se!
Julian
de
repente
entendeu
que
ele
estava
enfrentando
o
companheiro muito humano de Asher Stone. Ele tentou se lembrar daquilo, conforme ele subiu para a cabeceira da cama atrás de Rogan e estabeleceu o corpo do seu companheiro de volta contra ele. Ele arqueou uma sobrancelha para o médico. ― Melhor?
Capítulo Cinco
― Acho que vai funcionar. Rogan olhou para trás e para frente entre Julian e Darren conforme eles argumentaram. Ele não tinha certeza se eles estavam realmente irritados um com o outro ou se eles estavam apenas conversando. A tensão na sala era tão espessa que qualquer pedaço de conversa seria uma distração. Não ajudou que Darren começou a tocar seus cortes. A dor estava começando a voltar com uma vingança. Os cortes machucaram no começo, mas depois de algum tempo, todos eles pareceram um tipo de combinação junto até que ele não sentiu nada. Rogan sabia que havia algo errado sobre isso, mas no momento ele não conseguia entender o que exatamente era. Tudo o que parecia estar fazendo qualquer sentido para ele foi a sensação do peito de Julian atrás dele, movendo para cima e para baixo conforme o homem respirava. Cada respiração era um bálsamo para a alma cansada de Rogan. Isso significava que Julian estava vivo.
― Agora, o que você fez para si mesmo, meu amigo? Rogan olhou para cima. ― Ei, Darren, você trouxe o meu cachorro? ― Uh?! ― Darren olhou por cima do ombro para Asher por um momento. Ele tinha um pequeno sorriso em seu rosto quando ele se virou para Rogan. ― Ainda não, ela não está completamente recuperada para sair da clínica. Eu acho que mais uns dois dias vai fazê-lo, no entanto. ― Ela está bem, não é? ― Oh, sim, tão certo como a chuva. Ela é simplesmente muito pequena, e eu quero ter certeza que ela fique cheia de nutrientes antes de entregá-la. Eu acho que ela foi tirada da sua mãe um pouco cedo demais. Isso é tudo. Ok, isso fez sentido para Rogan. ― Os filhotes não devem ser tirados das suas mães antes que tenham idade suficiente. ― Não, não, você está absolutamente correto. Rogan estremeceu quando os dedos de Darren sondaram uma área particularmente sensível logo abaixo do umbigo. Ele esticou os braços e as pernas para fora quando começou a doer, então balançou de volta contra Julian. ― Você está bem, querido? Rogan empurrou sua cabeça para trás contra o peito de Julian. ― Doendo. ― Bem ― Darren disse ― Eu não acho que vai ficar melhor em breve. ― O quanto está ruim, doutor? ― Julian perguntou. ― Eu não vou mentir para você, Julian. É muito ruim. ― David ― Rogan sussurrou. ― O nome dele é David Miller.
― David? Mas eu pensei que... Rogan sentiu o suspiro de Julian atrás dele mais do que o ouviu, mas ele não entendeu isso. O suspiro parecia frustrado. Rogan estava apenas fazendo o que Julian queria. Se ele precisava ser David Miller, a fim de ficar, ele seria David Miller. ― Meu nome é Julian Gallagher. Eu tenho sido David Miller desde que foi atacado. ― Então seria por isso que todo mundo achava que estava morto ― disse Asher. ― Nós não conseguimos encontrar nem um fio de cabelo de você, Julian. ― Essa é a maneira que tinha de ser no momento ― disse Julian. ― E agora o que mudou? ― Nada mudou. Eu pensei que eu estava protegendo Rogan e o resto do meu clã por ficar longe. Eu descobri que eu estava errado. Eles estão em perigo tanto sem mim, como eles estão comigo. Sendo esse o caso, eu prefiro estar ao lado do meu companheiro. ― Um dia desses, vocês grandes tipos alfa ruins vão se lembrar de perguntar-nos antes de tomar decisões que afetam tanto nossas vidas ― disse Darren, então acenou para baixo em Rogan. ― Ou coisas como esta acontecem. ― Darren. Rogan podia ouvir o aviso na voz de Asher e inclinou a cabeça para olhar em toda a sala para o homem. De alguma forma, ele não estava surpreso que Asher estava com os braços cruzados sobre o peito enquanto olhava para Darren.
Ele riu, incapaz de parar a si mesmo, e olhou para Darren. ― Sendo o tipo cadela alfa assume um significado totalmente novo com esses caras, não é? ― Oh, você não tem ideia. ― Darren riu. ― Embora, você devia ter visto a expressão no meu rosto pela primeira vez, que ele me chamou de cadela alfa. Eu estava pronto para neutralizar ele. Os olhos de Rogan se arregalaram quando Darren enfiou a mão no saco e tirou uma seringa grande e duas pequenas garrafas de líquido, uma de prata e uma clara. ― O que é isso? ― pediu conforme Darren começou a aspirar o líquido a partir de cada frasco com a seringa. Darren terminou com a seringa e colocou as garrafas de volta em sua bolsa. Ele suspirou profundamente quando ele olhou para Rogan, a seringa ainda segura na mão. ― Rogan, você tem envenenamento de prata, que é o que acontece quando você joga prata líquida em sua corrente sanguínea. Isso também significa que você está morrendo, Rogan. ― Não! ― Julian gritou, enrijecendo trás de Rogan. Os braços que haviam estado descansando contra o peito de Rogan se apertaram. ― Você pode consertá-lo. Eu sei que você pode. ― Eu poderia ser capaz de consertá-lo, e sublinho a palavra posso. ― Darren disse mantendo a seringa na mão. ― Este é basicamente um coquetel de envenenamento de prata, um criado por mim mesmo depois de um incidente em nossa casa quando alguém tentou usar a prata para nos prejudicar. ― Um coquetel de envenenamento de prata? ― Julian perguntou. ― O que há nele? ―
― O nitrato de prata e Wolfsbane, na verdade. ― Darren riu. ― Uma combinação estranha, mas parece fazer o trabalho. No entanto, há perigos em usá-lo, e eu quero que você esteja plenamente conscientes deles antes de usálo em você. ― Que perigos? ― Julian perguntou, sua voz soando tensa. ― Estou usando nitrato de prata, que é basicamente prata. Ele já foi chamado lunar cáustica porque a prata era chamada de luna pelos antigos alquimistas. Luna é derivado do nome latino para a lua. Tenho certeza que você ver a conexão lá. ― Sim. ― Wolfsbane, também conhecido como aconitum, é utilizada para prolongar a condição de lobo no caso de um lobisomem que vem sob a influência da lua cheia. Tomado internamente, nomeadamente aconitum age muito na sua circulação, a respiração, e do sistema nervoso, diminuindo sua velocidade. Aconitum é usado também para matar lobisomens se eles usam, cheiram, ou comem. ― E isso significa o quê? ― Julian perguntou. ― A combinação de nitrato de prata e wolfsbane irá conduzir o veneno do sistema de Rogan. Mas não vai ser fácil. Ele vai experimentar uma sensação de queimação, formigamento, dormência na boca e no rosto, e queimação no abdômen. ― Ele já viveu pior. ― Isso não é tudo, Julian ― Darren olhou pensativo. ― Quando ele sai do tratamento, ele vai estar feroz. ― Pode ser, você quer dizer?
― Não. ― Darren balançou a cabeça. ― Eu quero dizer que ele será feroz. ― Isso não está parecendo mais divertido ― Rogan reclamou. ― Então talvez você devesse ter pensado nisso antes de você derramar prata líquida em seus cortes ― Darren respondeu em seguida, ele levantou a seringa novamente. ― Há apenas uma maneira de tirar a prata de seu sistema, Rogan, e é isso. Rogan sentiu no peito de Julian um ronco contra suas costas, e um rugido profundo soou atrás dele. Ele estendeu a mão e acariciou uma das pernas em torno dele em cada lado de seu corpo. ― Eu vou ficar bem. ― Não, você não vai ― disse Darren. Rogan olhou para ele. O homem precisava aprender quando calar a boca. Julian estava tenso o suficiente sem Darren adicionar a isto. ― Rogan, você precisa entender o que você está indo para percorrer antes de eu fazer isso. ― Vai doer, e eu vou ficar feral. Você já disse isso. ― Rogan, ― Asher disse ― se não pudermos trazer você de volta de ser selvagem, você vai ter que ser sacrificado para a segurança de todos. ― Droga. ― Rogan baixou a cabeça contra o peito de Julian novamente quando as palavras de Asher afundaram. Ele realmente sabia como foder as coisas. Ele estava apenas começando a realizar seu sonho de ter Julian de volta em sua vida, e ele podia perdê-lo novamente. Não é que algumas coisas apenas são uma merda? ― O que acontece se não fizer isso? ― Julian perguntou. ― Ele vai morrer ― Darren respondeu. ― A prata entrou na corrente sanguínea. Eu não posso pegá-lo com uma pinça. Esta é a única maneira de tirá-lo do seu sistema.
― Não ha outra maneira? ― Não. ― O que precisamos fazer? ― Uma vez que eu aplique este coquetel em Rogan, ele vai forçar a prata do seu sistema. Durante esse tempo, você não pode tocá-lo. A prata provavelmente irá derramar dos cortes que ele já tem. No entanto, o processo irá fazê-lo ir feral. Rogan vai mudar. Ele não será capaz de se conter. Isso é um efeito colateral do Wolfsbane. ― Eu não vou deixá-lo, de novo não ― disse Julian. ― Eu já fiz isso e olha o que aconteceu. ― Você não fez isso, Julian ― disse Rogan quando ele inclinou a cabeça para trás para olhar para Julian. ― Você não é culpado pelo que aconteceu comigo. ― E você não é o culpado pelo que aconteceu a mim. Um pensamento súbito atingiu Rogan. Ele sentou-se e olhou para Darren, apontando para a seringa que o homem ainda tinha na mão. ― Esse coquetel seu, poderia ajudar Julian? Eles queimaram ele e derramaram prata sobre ele. Os cantos dos lábios de Darren inclinado para baixo em uma careta quando ele balançou a cabeça.
― Eu receio que não, Rogan. As lesões de
Julian já estão curadas. Há muito dano tecidual nas cicatrizes para reverter o que aconteceu com ele. Rogan sentiu como encontrar um buraco profundo, escuro, subindo, e curvando-se a chorar. As cicatrizes no corpo de Julian não o incomodavam, além do fato de que elas eram um testemunho do horror que Julian tinha sofrido.
A beleza que Rogan sempre tinha achado quando olhava para Julian ainda estava lá. As características naturalmente bonitas de Julian nunca poderiam ser marcadas por cicatrizes, não importa o quão devastadora que parecia. Ele só esperava que pudesse aliviar Julian de algumas das memórias que se recusaram a sair porque estavam queimadas em seu corpo. E talvez ele quisesse aliviar alguns de seus próprios sentimentos de culpa também. Não importa o que Julian dissesse, Rogan sabia que se ele tivesse estado ao lado do homem, ele poderia tê-lo salvado. ― As cicatrizes te incomodam tanto? Rogan inclinou a cabeça para trás para olhar para Julian, seus olhos não indo para os olhos do homem, mas as cicatrizes no lado do seu rosto. Ele estendeu a mão e acariciou as pontas de seus dedos sobre as cicatrizes no lado do rosto de Julian. ― Somente na medida em que elas representam o que você passou. ― Rogan, de repente se sentia exausto. A turbulência da semana passada estava finalmente começando a cobrar o seu preço sobre ele. Ele fechou os olhos e apoiou a cabeça no ombro de Julian, pressionando a mão contra o lado do pescoço de Julian. ― Você ainda é tão sexy como você era, no dia em que te conheci. ― Sim? Rogan sorriu pela ansiedade mal disfarçada que ele podia ouvir na voz de Julian. ― Sim. ― Uh, eu odeio quebrar este momento comovente, mas a pressão de sangue de Rogan está começando a cair. Se vamos fazer isso, então temos que chegar a ele. Julian, você pode querer se mover.
― Eu não vou sair. ― Eu não disse que você tinha, mas a prata que vai sair de Rogan ainda pode te machucar. ― Eu tive pior ― disse Julian. ― Eu não vou sair. ― Julian. ― Darren, ― Asher disse suavemente, ― deixe estar. ― Tudo bem ― Darren bufou. ― Rogan, eu preciso do seu braço. Precisamos fazer isso enquanto ainda temos uma chance de fazer a diferença. ― Então, já me furar. ― Rogan suspirou e deixou o braço cair ao lado dele. Um momento depois, ele estremeceu quando sentiu a agulha da seringa entrar no seu braço. A sensação de queimação iniciada a partir do local da injeção e se moveu lentamente pelo braço. ― Oh merda, isso dói ― ele sussurrou e abriu os olhos quando a sensação aumentou. Moveu-se lentamente ao longo de seu corpo inteiro até que ele sentiu como se lava quente corresse em suas veias. Rogan apertou as mãos e apertou os lábios para tentar não gritar de dor. ― Eu tenho você, bebê ― Julian sussurrou. Rogan sentiu os braços de Julian apertar ao redor dele e virou o rosto no pescoço do homem. Ele respirou profundamente, quando a dor invadiu cada célula do seu corpo. Era diferente de tudo o que ele imaginava, ainda pior do que os cortes em seu corpo ou a sensação da prata conforme ele derramou sobre esses cortes. Sua cabeça latejava como se alguém estivesse batendo nela com uma britadeira. Rogan sentiu algo escorrer pelos lados do seu corpo. No início, ele pensou que era suor até que ouviu Julian assobiar. Então, ele percebeu que era a prata saindo do seu corpo.
Ele lutou com os braços de Julian, empurrando-se para longe do homem. Quando Julian tentou puxá-lo de volta, Rogan fugiu para longe, de repente, não sentiu nada, além o ar atrás dele. Ele gritou quando ele caiu ao lado da cama e aterrissou no chão frio e duro. Julian e Darren estavam instantaneamente ao seu lado, estendendo a mão para ele. Rogan levantou a mão para detê-los. ― Não, não me toque. Eu não quero que essas coisas chegue em vocês. Darren fez o que ele pediu e voltou, mas Julian apenas balançou a cabeça e continuou chegando para ele. ― Nós temos passado tempo suficiente sozinhos com dor ― Julian disse conforme ele passou os braços em torno de Rogan novamente. ― É hora de começarmos a compartilhar um com o outro. ― Não quero que você se machuque mais ― sussurrou Rogan, embora ele fosse grato por estar de volta nos braços de Julian. A dor de alguma forma, era menor quando Julian estava segurando ele. ― A única maneira que eu vou ser ferido é se estivermos separados de novo. ― Ok. ― Rogan estava com muita dor para discutir com Julian. Ele podia sentir a prata sendo forçada para fora do seu corpo, mas mais do que isso, ele podia sentir seu corpo começando a mudar. Ele lutou tão duro quanto podia, não querendo virar fera. Ele agarrou os braços de Julian quando ele sentiu-se perder a batalha. ― Julian. ― Eu estou aqui, Rogan ― Julian disse passando os dedos sobre a lateral do rosto de Rogan. ― Eu não vou deixar você ir. Rogan podia ouvir os outros falando no quarto, suas vozes levantadas como se eles estivessem discutindo. Ele tentou ouvir o que eles estavam
dizendo, se fixar em qualquer uma das vozes, mas tudo o que conseguia ouvir era um alto ruído em seus ouvidos. Ele chegou para Julian quando o pânico o encheu. Ele não conseguia discernir a voz de Julian sobre o ruído claro enchendo sua cabeça e estava com medo que ele estivesse perdendo o homem. A lava queimando em suas veias parecia assumir um calor ainda maior, queimando-o até que Rogan sentiu que seu corpo inteiro estava em chamas. Ele sabia que a carne iria começar a cair do seu corpo a qualquer momento. Ele estava morrendo. Não havia outra explicação. O sol tinha acabado de voltar para seu mundo frio, depois de três anos de escuridão, e ele iria morrer antes que ele pudesse se divertir. ― Julian. Rogan gritou. Seu corpo arqueado para o ar, e seu corpo endureceu tão apertado como uma corda de arco. O estrondo em sua cabeça ficou mais alto, abafando tudo, exceto o seu rugido de angústia quando ele mudou em sua forma de lobisomem, a de um homem, mas com características de lobo. Garras prorrogado a partir de seus dedos. Pelo crescendo para cobrir todo o seu corpo, mesmo quando seu corpo aumentou de tamanho, crescendo mais musculoso, mais perigoso. Afiados dentes caninos caíram de suas gengivas, cortando seus lábios quando ele tentou pressioná-los juntos. A mente de Rogan cresceu nebulosa, já não preenchida com pensamentos de perder seu companheiro. Agora, a única coisa que ele podia pensar era escapar do tiroteio de dor através do seu corpo. Rogan rosnou quando ele se levantou e pulou do outro lado da sala. Ele caiu em suas mãos e pés, em seguida, virou-se para olhar ao redor do quarto, surpreso de encontrá-lo quase vazio quando ele tinha ouvido pessoas falando.
Um rosnado baixo trabalhou seu caminho até sua garganta quando ele olhou no quarto destruído e seu único ocupante. Rogan arreganhou os dentes para o homem. Seus rosnados aumentaram quando o homem simplesmente cruzou os braços sobre o peito e arqueou uma sobrancelha para ele. Foi um movimento agressivo por parte do homem, uma intenção de transmitir o fato de que ele não se intimidou com o rosnado ameaçador de Rogan. Rogan inclinou a cabeça para um lado, confuso com o desafio que ele podia sentir que vinha do homem. Ele era o alfa do seu clã. Este homem devia estar de costas, mostrando a barriga para Rogan. Rogan rosnou novamente e fingiu pular no homem, puxando para trás no último segundo. O homem não se moveu, nem sequer um músculo. Rogan começou a circular o homem, olhando-o com cuidado. O homem nem sequer se moveu quando Rogan se inclinou e cheirou-o. Seu pulso nem acelerou, e Rogan não entendia até que o cheiro do homem o alcançou. Rogan congelou com o perfume mais maravilhoso que já cheirou encheu seus sentidos. Seu corpo instantaneamente passou de cauteloso e preocupado em duro e com tesão. Desta vez, seu grunhido encheu-se de necessidade conforme ele esfregou o rosto contra a perna do homem. Ele queria rolar no cheiro saindo do homem, para saturar seu corpo na doce fragrância. Rogan estremeceu quando sentiu a mão do homem se estabelecer em seu cabelo. O simples toque foi suficiente para apaziguar a dor em Rogan. Ele empurrou sua cabeça para cima no toque suave do homem, querendo mais, precisando de mais. ― Bom menino! Rogan acalmou, se arrepiando com essas palavras. Elas não soavam bem para ele. Ele se inclinou e se afastou do homem, observando-o.
Tensão começou a tornar os músculos na parte de trás do seu pescoço doendo. Ele rosnou baixo em sua garganta. A facilidade com que o homem andava pelo quarto incomodava Rogan. Ele não parecia ter medo de Rogan nem um pouco. Rogan ficou tenso quando se preparava para saltar sobre o homem. De repente, sentiu uma profunda necessidade de fazer o homem se submeter a ele, para parar de ignorar o fato de que Rogan era o dominante no quarto. ― Você não quer fazer isso, amor ― o homem avisou. Rogan ignorou as palavras do homem como se ele nunca tivesse falado e pulou. Seu objetivo era a garganta do homem. Ele nunca fez isso. Antes de Rogan poder apertar os dentes no pescoço do homem, ele encontrouse no chão, um peso grande, pressionando-o por trás. Rogan gritou e tentou tirar o homem fora dele. Com a sua luta ele não ganhou nada, além de um pouco de dor do chão duro e um conjunto de dentes muito afiados em volta do seu pescoço. Rogan congelou com o toque dos caninos do homem em sua pele. Havia algo de perturbador sobre a sensação dos dentes na sua nuca, algo que a mente de Rogan teve um tempo difícil para processar. Ele gostou, o que confundiu o inferno fora de Rogan. Também deixou com raiva. Rogan renovou sua luta para se libertar. Ele faria o homem se submeter a ele mesmo que fosse à última coisa que ele faria. Rogan tentou se virar de costas para que ele pudesse agarra e morder o homem pressionando por cima dele, mas os dentes no seu pescoço se recusaram a deixa-lo ir. Ele empurrou-se sobre suas mãos e joelhos, na esperança de desalojar o homem dessa maneira, mas tudo o que ele ganhou foi um forte tapa em sua bunda. Rogan rosnou então congelou quando sentiu algo longo e
duro imprensar contra ele por trás. A necessidade que ele tinha de dominar o homem foi subitamente temperada com sua necessidade de sentir algo dominá-lo. O alfa que Rogan tinha sido nos últimos três anos guerreou com tudo o que ele estava sentindo, cada célula do seu corpo estava gritando para ele submeter-se a dominância natural que ele podia sentir no homem prendendo-o ao chão. Rogan estremeceu quando garras afiadas apertaram a pele do seu quadril, segurando-o no lugar. Quando dois dedos de repente, entraram em seu traseiro, Rogan empurrou de volta contra eles, até que percebeu o que ele estava fazendo, e então ele rosnou e começou a lutar novamente. Ele era alfa. Ele não deveria submeter-se, não importa o quanto ele queria. A mão cavando em seu quadril e os dentes em seu pescoço evitava que Rogan se afastasse. Ele não o impedia de lutar. Rogan pulou quando sentiu os dedos em sua bunda puxar livre apenas para lhe dar um tapa na bunda de novo. Ele gritou e lutou quando o eixo rígido atrás dele, de repente se empurrou para ele. Ele tentou se afastar dos dentes no seu pescoço quando ele mesmo reconheceu o fato de que ele estava empurrando de volta contra o pênis empurrando em seu traseiro. Seu corpo começou a vibrar quando o homem atrás dele bateu nele uma e outra vez. Ele nunca se sentiu tão completo, tão satisfeito, tão dominado. O que o homem estava fazendo com ele foi simplesmente um atoprimo de posse. Não havia nenhuma outra maneira em torno disso. Eletricidade parecia passar por ele quando os afiados dentes caninos em seu pescoço se afundaram, Rogan tremeu conforme o sangue escorria do seu pescoço. Ele sentiu algo dentro dele romper e gritou quando ele cobria o chão debaixo dele com a sua liberação repentina. Sua mente turvou e ele subiu a um êxtase, impressionante e estremecendo.
― Meu. A simples palavra estava cheia de posse e ecoou na cabeça de Rogan. O cheiro áspero masculino do homem combinado com o cheiro de sexo enchia o quarto. Ambos os aromas cercaram Rogan, saturando-o, afundando-se em cada poro do seu corpo até que ele sabia que pertencia ao homem. ― Companheiro ― Rogan suspirou silenciosamente em exaustão agradável. Depois de tantos anos de agitação e dor, Rogan, finalmente, sentiu que ele estava em paz. Tudo estava certo em seu mundo, porque o seu mundo estava lá com ele, nele, sobre ele, possuindo-o. Rogan tinha sido reivindicado por seu companheiro lobo. Foi o único pensamento em sua cabeça enquanto ele dormia. Julian tinha finalmente chegado em casa e reivindicado ele.
Capítulo Seis
Julian sabia que ele segurava seu companheiro em seus braços antes mesmo de ele abrir os olhos. A sensação do homem, seu simples cheiro, ambos chamando Julian. Ele acariciou as mãos para baixo pelos lados de Rogan quando ele abriu os olhos. Sua respiração ficou presa na garganta com a beleza do homem dormindo pacificamente em seus braços, queixo quadrado, a testa suavemente curva, e nariz romano forte. Mas o pequeno sorriso de satisfação no rosto de Rogan foi o mais bonito de todos.
E ele pertencia a Julian, cada centímetro delicioso. Julian tinha reivindicado Rogan justo e completo na noite anterior. Seu vínculo nunca poderia ser quebrado agora. Eles estavam acasalados e seria até o dia em que morressem. Julian não poderia estar mais feliz com a perspectiva. Ele sabia que ainda tinha muito a fazer para Rogan, e ele o faria. Ele só precisava obter um reconhecimento do terreno antes de descobrir a melhor maneira de proteger Rogan e o seu clã. Ele precisava começar por tomar um banho, vestir-se, em seguida, informar seu clã que ele estava de volta. Ia ser com certeza um choque para todos, menos Gertrude. Ela era a única que ele tinha mantido contato com o passar dos anos. Ele precisava de uma maneira de manter um olho em seu companheiro. Gertrude era a escolha lógica, mesmo que ela mordesse o seu traseiro cada vez que ele falou com ela. Julian inclinou-se e colocou um pequeno beijo na testa de Rogan depois saiu da cama. Se ele ia começar a viver sua vida novamente, ele queria estar limpo primeiro. Um salto energético entre seus passos conforme ele fez o seu caminho para o banheiro até que ele viu a banheira. Ainda estava manchada do sangue de Rogan e trouxe de volta a memória de que ele quase perdeu o seu companheiro. Julian caiu contra a parede quando ele olhou para a banheira, lembrando-se dos cortes de Rogan e do corpo deitado sangrando dentro dela. Era uma memória que ele jamais iria esquecer. Estava gravada em sua mente. Julian se afastou da parede e caminhou até a banheira. Ele tentou ignorar as gotas de sangue espalhadas por toda a porcelana branca e ligou a água. Uma toalha e um sabonete tomou conta da maior parte das manchas. Esfregar duro tomou conta do resto.
Quando ele tinha terminado e a banheira brilhou mais uma vez limpa, Julian entrou no chuveiro e lavou-se. Uma vez que o cabelo foi lavado e sua pele estava limpa, ele inclinou a cabeça para frente e encostou-a contra a parede do chuveiro, deixando o spray da água quente para baixo na parte de trás do seu pescoço. Por mais que ele se enchesse de alegria por finalmente ter reivindicando seu companheiro, ele ainda podia sentir a tensão no pescoço do estresse da situação. Ele nunca queria encontrar Rogan em uma banheira de sangue novamente. Isso quase o destruiu. Julian ainda não sabia que tipo de homem ele iria encontrar quando Rogan finalmente acordasse. Rogan não estava exatamente em seu juízo perfeito, ou o corpo, na noite anterior, quando Julian o reivindicou. Ele não sabia o que esperar. Ele sabia o que ele esperava, no entanto. Ele esperava que Rogan estivesse tão radiante quanto ele, que eles estavam agora para sempre ligados. Não importa o que acontecesse em suas vidas, daqui em diante estavam unidos, juntos. Por direito e lei shifter, e não poderiam ser separados. A marca de acasalamento na parte de trás do pescoço de Rogan provava isso. O fato de isso estaria sempre lá para todo mundo ver enviou um arrepio de emoção através de Julian. Ele gemeu quando seu pênis encheu apenas com o conhecimento de que sua marca estaria para sempre em seu companheiro, proclamando a sua ligação. Julian virou o chuveiro desligado e saiu, pegando uma toalha conforme ele fez. Ele fez um rápido trabalho de secagem e colocou roupas limpas. Felizmente, e um pouquinho estranho, todas as suas roupas ainda estavam no armário. Rogan nunca jogou qualquer uma fora. Ele endireitou-se no banheiro, deixando cair sua roupa suja no cesto e pendurando a toalha molhada em seguida, voltou para o quarto. Ainda
estava uma bagunça. Realmente não tinha tido tempo para limpá-lo na noite anterior. Julian levou muito mais tempo para tirar os olhos do homem nu, dormindo em sua cama do que ele fez para ele arrumar o quarto. Havia várias peças de mobiliário que não poderiam ser salvos. Julian empilhou ao lado da porta para ser retirado. O restante dos itens quebrados foram arrastados e jogados no lixo do banheiro. Julian estava saindo do banheiro quando viu a porta do quarto se abrir. Ele pulou para trás e apertou-se contra a lateral do aro da porta, enquanto observava uma mulher loira correr para a sala e ao lado da cama. Ele ficou tenso, pronto para saltar e defender seu companheiro quando suas palavras escorriam pelo seu pânico. ― Rogan, querido ― ela gritou, suas mãos correndo por Rogan. ― Eu ouvi sobre o que aconteceu com você, meu pobre querido, eu vim cuidar de você. Julian revirou os olhos e saiu do banheiro. ― Rogan já tem alguém para cuidar dele, Valentina. ― Julian! ― Eu mesmo. ― Ele quase riu ao ver a expressão chocada no rosto de Valentina, apenas mal se impedindo, pressionando os lábios juntos. ― O que você está fazendo aqui, Julian? ― ela retrucou. ― Você deveria estar morto. ― Você quer dizer banido, não é, Valentina? O rosto de Valentina empalideceu, e Julian sabia que ele a tinha. Ela estava com o pescoço até o fundo nessa confusão com seu pai. Ela esperava que ele estivesse morto, e não apenas banido.
― Eu gostaria que você se afastasse de Rogan. ― Você não pode tê-lo, ― Valentina rebateu. ― Ele é meu. Julian podia ver seus dedos perfeitamente cuidados apertar em torno do braço de Rogan. Ele tinha que saber sobre o estado mental de Valentina. Seus olhos estavam um pouco vidrados, mas a fúria neles estava brilhando direto. Era óbvio que Valentina o odiava com cada fibra do seu ser. ― Estou com medo que eu tenha que discordar com você sobre isso, Valentina. Rogan é meu. Ele sempre foi. Ele sempre será. ― Rogan é meu. Papai prometeu ele para mim. Estamos para nos acasalar. Julian cruzou os braços sobre o peito, quando ele lentamente caminhou até a beirada da cama. Ele tentou agir casualmente, mas ele podia sentir a tensão crescendo em seus músculos. Valentina estava tentando reivindicar a alguém que lhe pertencia. ― É um
pouco
tarde para isso, Valentina ― Julian disse
cuidadosamente, tentando medir as suas palavras, mas querendo mostrar o seu ponto de vista para a mulher. ― Eu reivindiquei Rogan na noite passada. Ele já esta acasalado, e nem mesmo seu ilustre pai pode mudar isso. Apesar de tudo, Julian não estava preparado para o grito que encheu o ar quando Valentina se levantou e correu para a porta. Seu rosto ficou vermelho conforme ela bateu o pé, olhando para Julian. ― Espere até eu falar com papai ― ela gritou. ― Rogan será meu. ― Por cima do meu cadáver! ― Eu gostaria de nada melhor, mas da próxima vez eu vou ter certeza que seja bem feito. Da próxima vez você vai estar morto.
Julian estremeceu quando a porta bateu atrás de Valentina. Ela estava totalmente em chamas. Julian não tinha dúvidas de que ela iria correr em linha reta para o seu pai, o que significava que ele tinha pouco tempo para se preparar. Ou Ancião Belikov estaria vindo para ele ou o Conselho. De qualquer maneira, todos em torno dele estariam em perigo. ― Bem, você está certamente fazendo amigos rápido. Julian virou-se, o cenho franzido rapidamente se transformando em um sorriso quando viu os olhos dourados de Rogan olhando para ele. Ele rapidamente atravessou o quarto para sentar-se ao lado da cama ao lado de Rogan, pegando sua mão. ― Rogan, como está se sentindo? ― Surpreendentemente bem, considerando o que aconteceu. ― Qualquer dor? Uma luz de rubor encheu o rosto de Rogan. ― Defina dor. Julian franziu o cenho. ― Alguma coisa dói? ― Bem, há uma dor definitiva no meu traseiro. ― Rogan riu. ― Mas diferente disso eu me sinto bem, ótimo, na verdade. De repente, compreendeu o significado por trás das palavras de Rogan, e aproveitando que o homem encantador tinha acordado, Julian se esticou na cama ao lado do seu companheiro. ― Eu imagino que eu possa ajudá-lo com essa dor, se quiser. ― Não, vestido você não pode. ― Quer apostar? ― Julian sorriu quando ele se moveu, pressionando os lábios contra os de Rogan. A aceitação do homem foi instantânea, que emocionou Julian até os dedos dos pés. Um grunhido de satisfação se
construiu na garganta de Julian quando ele sentiu Rogan se inclinar para o beijo, sua boca abrindo e permitindo que Julian entrasse. Foi uma sensação inebriante, ter tal aceitação. Isso fez Julian doer. A necessidade de dominar Rogan novamente e reclamá-lo era quase irresistível. Ele tinha sido muito duro com Rogan na noite passada, e ele queria ser um pouco mais suave desta vez. Rogan merecia. Julian manteve seus lábios pressionados contra Rogan, suas línguas explorando juntas conforme eles exploraram um ao outro. Ele empurrou contra Rogan até que o homem rolou de costas, em seguida, moveu-se por cima dele. A sensação da pele de Rogan sob suas mãos levou Julian louco. Era macio e sedoso, quente e duro. Parecia perfeito sob os dedos de Julian. Ele empurrou o cobertor para baixo, tanto quanto podia, querendo explorar mais da pele de Rogan. ― Julian ― Rogan gemeu quando ele puxou a sua camisa, ― tire suas roupas. Já faz tanto tempo... Eu quero sentir você. ― Eu primeiro. Julian não deu a Rogan a chance de dizer mais nada. Ele reivindicou a boca do homem com uma fome que rapidamente consumiu ambos. Ele podia sentir o peito de Rogan se movendo rapidamente para cima e para baixo quando ele ofegou. Julian moveu os lábios longe da boca de Rogan e beijou uma pequena trilha pelo seu rosto em sua garganta. Ele lambeu o pequeno pulso que batia contra os seus lábios. O doce sabor da pele do homem explodiu em sua língua. Julian gemeu, nunca tinha sentido nada melhor em sua vida. Moveu-se ainda mais para baixo do corpo de Rogan, querendo explorar mais, mais um gosto. Ele nunca tinha provado algo tão doce e masculino. Ele tomou um interesse particular nas gêmeas em tons marrom
que decoravam peito de Rogan. O sabor azedo lá era mais forte, mais masculino do que doce. Julian deu-lhes uma atenção especial, esfregando sua língua entre eles, em seguida, delicadamente mordendo. Rogan se contorcia embaixo dele. Os altos gemidos que encheram o quarto também atravessou a alma de Julian. Ele esperou anos para ouvir os suaves sons vindos do seu companheiro, mais tempo do que qualquer um deve ter que esperar. Ele não achou que ele algum dia se cansaria de ouvi-los. E os gemidos se tornaram mais altos quanto mais baixo do corpo de Rogan, Julian foi. Ele se transformou em um corpo tremendo e completo com gemidos no momento em que Julian pairava sobre o pênis duro de Rogan. Ele gentilmente soprou a ereção. ― Porra, Julian, o que você está fazendo? Julian sorriu enquanto lambia as pequenas gotas de sêmen na ponta do pênis de Rogan. “Estou me divertindo”, Julian disse através do seu vínculo. ”O que você está fazendo?” “Perdendo a minha mente, porra!” ― Bom! ― Julian riu em seguida, voltou para o que ele estava fazendo, admirando o pau grosso sólido na frente do seu rosto. Mas ele queria fazer mais do que admirar. Ele queria provar. Julian abriu a boca e engoliu todo o comprimento de Rogan. ― Julian! ― Rogan gritou quando ele arqueou para o ar. Julian engoliu em seco, tentando não vomitar quando o pênis duro de Rogan foi empurrado ainda mais em sua boca. Seus movimentos tiveram um efeito adicional quando os músculos da sua garganta suavemente massageou o pênis de Rogan.
― Como o que, bebê? ― Oh Deus, não pare ― Rogan gemeu. ― Eu nunca... ― Nunca o que, companheiro? ― Julian tinha que perguntar. Ele ficou intrigado com a súbita intensidade que ele podia ouvir na voz de Rogan. ― Nunca senti nada... nada como isso. Surpreso, Julian olhou para o rosto de Rogan. A cabeça do homem estava se movendo de um lado para o outro no travesseiro com abandono selvagem. Suas mãos estavam apertadas nos lençóis, além do seu corpo. Seu rosto estava vermelho. Rogan parecia tão sexy como o inferno. ― O que você acha? ― Julian perguntou quando passou a sua língua pela ponta, lambendo as gotas de pré-sêmen encontradas lá. Ao mesmo tempo, Julian lambeu os dedos, em seguida, voltou atrás e pressionou dois deles em seu próprio traseiro. Ele reivindicou Rogan a noite passada e montou-o com força. Desta vez, ele queria ser o reivindicado. Ele sabia exatamente como o lindo pênis de Rogan era, e o quão grande. Rogan era ainda maior do que ele. O pensamento do homem batendo em sua bunda fez Julian tão duro como pedra. Julian soltou o pênis de Rogan e trabalhou seu caminho até as bolas do homem, sugando-as suavemente em seguida, lambendo-as com a língua. As pernas de Rogan se espalharam, dando mais acesso a Julian. Rogan puxou os joelhos depois deixou-os cair para o lado. Julian olhou para cima e gemeu com a imagem libertina que do seu companheiro. Ele parecia totalmente pervertido espalhado do jeito que ele estava com um suave brilho de paixão fazendo sua pele parecer corada. Julian não aguentava mais. Ele precisava sentir Rogan dentro dele antes que ele explodisse.
Ele rapidamente colocou mais dois dedos em sua bunda, estendendose o mais rápido que podia. Julian fez uma careta de desconforto, mas não muito. Ele gostava um pouco de dor com o seu prazer. Ele gostava de saber que ele estava sendo levado. ― Você está pronto para mim, bebê? ― Julian perguntou em voz alta. ― Sim, Deus, sim! Julian sorriu e puxou os dedos da sua bunda. Ele observou o choque e espanto começar a cobrir o rosto de Rogan quando ele subiu para frente e montou o corpo do homem. Os olhos de Rogan se arregalaram, até que dominou seu rosto. Sua boca aberta. Quando
Julian
começou
a
abaixar-se
no
pênis
duro
do
seu
companheiro, Rogan agarrou seus quadris e o segurou. Sua respiração pareceu gaguejar em seu peito com cada centímetro de carne dura que desapareceu no corpo de Julian. ― Foda Julian, isso é... isso é..., isso é fantástico. ― a cabeça de Rogan caiu para trás contra o travesseiro e parecia pressionar para ele, arqueando sua garganta. ― Eu nunca imaginei... Julian congelou quando as palavras de Rogan filtraram em seu cérebro cheio de paixão. ― Você nunca imaginou o que? ― Eu nunca imaginei que seria tão bom. Julian engoliu em seco, o nó na garganta o que torna quase impossível falar. Ele lambeu os lábios secos antes de tentar falar de novo. ― Certamente você já fez isso antes, Rogan.
Rogan balançou a cabeça. ― Não até ontem à noite. ― Mas... ― Julian lambeu os lábios novamente. Os olhos dourados de Rogan, de repente, presos em Julian. Eles estavam intensos, mas cheio de uma emoção avassaladora. ― Eu nunca quis ninguém além de você. ― Nossa, Rogan. ― Julian fez uma careta. ― Você tem estado sozinho todo esse tempo? ― Meu companheiro estava morto. Eu deveria ter saído para festas? ― Não, mas eu pelo menos, esperava que você... ― as palavras de Julian pararam quando Rogan começou a sacudir a cabeça. ― Nunca? ― Eu sempre quis somente a você. As palavras de Rogan eram muito para Julian tomar, especialmente sabendo que ele era o único que tinha mantido o seu companheiro de experimentar a alegria de estar com um homem. Por outro lado, Julian estava emocionado até os dedos dos pés que nenhum outro homem jamais havia estado com seu companheiro. Rogan tinha guardado a experiência e tudo para ele, mesmo que ele não soubesse que ele estava guardando. Os olhos de Rogan se arregalaram quando Julian de repente sorriu. ― Então deixe-me mostrar o que você está perdendo. Julian plantou seus braços sobre o peito de Rogan e ergueu-se até que apenas a ponta do pênis inchado de Rogan permaneceu em sua bunda. Ele observava os olhos de Rogan, quando ele bateu de volta para baixo, espetando-se no pênis enorme do homem. Os olhos de Rogan rolaram em sua cabeça. Suas mãos apertadas em torno dos quadris de Julian. Um gemido longo, com fome caiu dos seus lábios.
― Mais uma vez, Julian, ― Rogan engasgou. Julian fez de novo e de novo até que ele trabalhou um ritmo constante. Cada toque do comprimento duro de Rogan no corpo de Julian criou uma dor deliciosa. Julian olhou para Rogan para ver o seu companheiro a observá-lo. ― Preciso foder você ― sussurrou Rogan. ― Você está me fodendo. Rogan rosnou quando ele se moveu de repente, rolando Julian nas costas. Os braços de Rogan em volta das coxas de Julian, e o homem começou a bater nele antes de Julian recuperar a respiração. ― Necessidade... de... foder... você! ―
Rogan resmungou entre
golpes poderosos. Julian ficou chocado com o comportamento de Rogan, especialmente considerando que o homem nunca tinha feito isso antes. Os dentes de Rogan foram descobertos, os lábios bem apertados. Seus caninos tinham até escorregado sobre seu lábio inferior. Ele parecia feroz. Ele parecia quente. “Você quer me morder, companheiro?” Julian sussurrou na mente de Rogan. “Você quer me reivindicar como seu, Rogan, e deixar a sua marca na minha pele para que todos saibam que eu pertenço a você?” Julian viu os olhos de Rogan desviar para a sua garganta, e então o homem engoliu em seco. ― Julian. Julian inclinou a cabeça para trás, expondo sua garganta para o seu companheiro. Ele gritou quando Rogan o mordeu, não de dor, mas pelo prazer
intenso que inundou o seu corpo. Era impressionante, o envio de Julian em um orgasmo espiral tão intenso, que ele tinha certeza que ele perdeu a consciência por um instante. Quando Julian abriu os olhos alguns momentos mais tarde, foi apenas a tempo de ver Rogan jogar a cabeça para trás. Seu rugido de liberação enchendo o quarto. Sêmen quente encheu o traseiro de Julian conforme Rogan continuou a bater nele, cavalgando o seu orgasmo durante vários segundos antes de finalmente desmoronar em cima dele. Julian esfregou as mãos pelas costas suadas de Rogan. Ele começou a ficar preocupado quando o corpo de Rogan continuou a tremer. Julian se inclinou para trás e tentou dar uma olhada no rosto de Rogan, mas o homem enterrou a cabeça no pescoço de Julian. ― Rogan, ― Julian sussurrou, ― o que há de errado? Rogan balançou a cabeça, recusando-se a falar, mas Julian podia sentir as lágrimas do homem escorrendo em sua pele. Julian acariciou a mão pelo cabelo de Rogan. Ele virou a cabeça e beijou Rogan no lado de sua cabeça. ― Eu não posso corrigi-lo se você não me disser o que está errado, bebê. Rogan balançou a cabeça novamente. Julian sabia que tinha de estar algo drástico acontecendo para Rogan chorar. O homem era muito autoconfiante e forte para ceder às suas emoções facilmente. Julian tentou dar o seu apoio acariciando os dedos pelos cabelos de Rogan uma e outra vez. Ele plantou beijinhos no lado da cabeça de Rogan, até que ele sentiu o homem começar a relaxar. Quando o corpo de Rogan, finalmente, estabeleceu-se e ele se inclinou para trás, seus olhos estavam avermelhados. Ele parecia ter
dificuldade em encontrar os olhos de Julian. Julian colocou os dedos sob o queixo de Rogan e ergueu o seu rosto para cima até que seus olhos se encontraram. ― Eu amo você, Rogan. As palavras eram simples, mas elas pareciam encher o rosto de Rogan com alegria. Ele lentamente começou a sorrir, embora mais lágrimas estivessem enchendo seus olhos. ― Sim? ― ele murmurou, quase como se ele estivesse com medo de confiar nas palavras que Julian falou. ― Sim ― disse Julian. Ele sorriu e tirou o cabelo ondulado preto do rosto de Rogan. ― Eu sempre te amei. E eu sei que não é desculpa para o que eu fiz, mas fiquei fora, porque eu te amava. Eu não queria que nada acontecesse com você. Rogan franziu as sobrancelhas. ― Mas... ― Eu sei, foi estúpido, mas foi à única maneira que eu poderia pensar em protegê-lo. Ancião Belikov quase me matou. Se Thomas não tivesse me encontrado, eu não teria feito isso durante a noite. Levei semanas para curar, até mesmo para lembrar o meu nome. Não era como se ele pudesse me levar para um hospital. Thomas tinha que me tratar em sua casa. ― Eu gostaria de ter estado lá ― Rogan sussurrou. ― Eu queria que você estivesse lá, também, bebê. Isso só não foi possível. Ancião Belikov tinha que acreditar que eu estava morto. Eu não estava em condições de me proteger. ― Eu teria protegido você ― rosnou Rogan.
― Você me protegeu, Rogan. Você foi a única coisa que me manteve vivo. ― Julian fez uma careta ao lembrar-se da época em que ele estava curando. Ele tinha tido tanta dor que o pensamento do perigo que Rogan estava era tudo o que o impediu de desistir. ― Eu deveria ter estado lá. ― Teria, Poderia, Deveria ter, Rogan Nós dois cometemos erros, e ambos sofremos por isso. O que importa agora é que estamos juntos novamente. Você me reivindicou. Eu reivindiquei você. E ninguém pode tirar isso de nós. ― O que acontece quando Belikov vir atrás de você de novo ― Rogan perguntou. ― Porque você sabe que ele vai vir atrás de você no momento que ele souber que você não está morto. Ele não pode permitir que você viva, Julian. Você está andando, falando a prova de que ele mentiu para todos. As mãos de Julian apertaram Rogan quando ele puxou o seu companheiro perto do seu peito. ― Então, nós lutamos companheiro, porque eu não estou te deixando uma segunda vez. Rogan tinha um sorriso em seu rosto quando ele se inclinou para trás. ― As coisas mudaram um pouco desde que você se foi, Julian. Eu conheço algumas pessoas que podemos chamar para nos ajudar. ― Ah? ― Julian perguntou, inclinando a sobrancelha. ― Como você se sente sobre os vampiros?
Capítulo Sete
― Você tem certeza sobre isso, Rogan? Rogan olhou por cima do ombro para Julian. O homem parecia incrivelmente nervoso. Seu rosto parecia tenso, os lábios pressionados firmemente juntos. Ele ficou olhando pela janela da frente, então começou a andar antes de olhar novamente. Rogan sabia que Julian tinha razão para estar nervoso. Quando ele saiu, seu clã não estava envolvido com vampiros. A tensão entre clãs de vampiros e lobos era de longa data, e era isso que Julian estava acostumado. Ele não estava acostumado a ser amigo deles ou convidar um para a sua casa. ― Vai ficar tudo bem, Julian. Joel é diferente de qualquer vampiro que você já conheceu, acredite. Além disso, ele está acasalado a dois lobos. Ele tem interesse em manter a paz. ― Sim, e como isso funciona? ― O que? ― A coisa toda de dominância entre Grayson Cane e Caleb Redding. Se bem me lembro, eles não estavam em desacordo só um com o outro, ambos eram cães muito superiores, se você sabe o que eu quero dizer. Rogan riu. ― Eles ainda são cães muito superiores. A única pessoa a quem Caleb se submete é Grayson. Ele não se submeter nem para Joel. ― E essa pessoa Joel, ele está bem com isso? Rogan riu. ― Sim, ele está bem, é um cara muito bom, desde que você não tente o seu lado ruim. Seu nome é, na verdade, Alejandro Silvano. Joel é uma espécie de apelido. Significa Justiça, Ordem, Ética e Direito. Ele é um mediador do conselho.
O rosto de Julian empalideceu. ― Mediador do conselho? Você está louco? O conselho é o que nos trouxe nesta posição em primeiro lugar. ― Não, Ancião Belikov nos colocou nesta posição, não o conselho e não Joel. ― Rogan balançou o dedo para Julian. ― E eu estaria disposto a apostar quase tudo que o conselho não sabe nada sobre isso. ― Quase tudo? ― Os cantos da boca de Julian começaram a inclinarse. ― Eu não vou apostar você. ― Você ainda não pode confiar neles, Rogan. O município tem sua própria agenda, e não tem nada a ver com o que é bom para os clãs de lobos. ― Eu não confio em ninguém, exceto em você, Julian eu aprendi minha lição da maneira mais difícil. ― E os seus amigos? Não é por isso que você os convidou aqui? ― convidei-os aqui, porque nós precisamos de ajuda, e eles são os únicos em quem confio para nos ajudar. Isso não significa que eu confio neles tanto quanto eu confio em você. ― Como você pode saber disso? ― Julian perguntou. ― Até algumas semanas atrás, você não tinha me visto em três anos. Como você sabe que pode confiar em mim? ― Você é meu companheiro. ― Era simples para Rogan. Se ele não podia confiar em seu companheiro, em quem ele poderia confiar? Julian era a outra metade da sua alma. Julian soltou um suspiro. ― Uau, você realmente sabe como dizer muito em poucas palavras. ― Eu estou errado?
― Não. ― Julian sacudiu a cabeça. ― Eu acredito na mesma coisa. Você é a única pessoa no planeta que eu sei de fato que não vai me apunhalar pelas costas. ― Posso fazer a mesma pergunta que você fez. Como você pode se sentir assim depois de todo esse tempo? ― Você era um homem honrado na época. Eu não vejo nenhuma razão para isso ter mudado. ― Eu poderia ter mudado muito nos últimos três anos, Julian ― Rogan sorriu. ― Eu tenho me acostumado a ser o alfa do nosso clã. Talvez o poder passasse para a minha cabeça. Julian olhou por um momento e depois começou a rir. ― Tudo bem, seja o alfa. Eu não me importo. Só não ria de mim quando eu exigir ser o companheiro alfa. Rogan sorriu quando se aproximou e passou os braços ao redor da cintura de Julian. Ele inclinou-se e agarrou um beijo rápido, então olhou nos olhos do seu companheiro. ― Que tal somente companheiro e deixar por isso mesmo? ― Parece perfeito. Rogan riu. ― Diga isso de novo depois que eu trouxer um vampiro em sua casa. ― ― Nossa casa ― Julian lembrou a Rogan. Rogan abriu a boca para dizer a Julian que era a sua casa quando ouviu um carro parar do lado de fora. Rapidamente foi até a janela e olhou para fora por entre as cortinas brancas. ― Eu acho que nossos amigos estão aqui. ― Perfeito.
Rogan olhou para Julian. Ele parecia nada animado. Seus traços empalideceram novamente. Os cantos da sua boca foram fechados em uma carranca. Seus olhos azul aço virou um azul acinzentado fosco. ― Julian, vai ficar tudo bem. Confio nestes homens. Embora não seja de conhecimento comum e precisa ser mantido entre nós, o filho de Joel é o Alfa Garret Silvano. Seu companheiro é Dean Stone, que é irmão do Alfa Asher Stone e ex-beta. Julian piscou. Ele parecia atordoado por um momento e depois começou a rir. ― Uau, é um grande círculo, não é? ― É uma grande família, Julian. Quanto mais perto dos nossos laços estão os outros clãs, e até mesmo outros clãs de vampiros, mais forte nos tornamos. ― Rogan sorriu e deu de ombros. ― de onde você acha que eu tenho algum apoio financeiro para o meu centro? ― Eu acho que eu realmente nunca pensei sobre isso. ― Joel é encarregado. ― Você tem investidores? ― Eu não chamaria Joel exatamente de um investidor. Mais como uma parte interessada. Ser gay, e com seu filho gay, Joel concordou comigo que
era
necessário
haver
algum
tipo
de
facilidade
para
os
jovens
homossexuais, sejam eles humanos, lobo, ou até mesmo um vampiro, onde poderiam receber aconselhamento, tratamento médico, e um teto seguro sobre suas cabeças, onde ser gay não fosse um problema. Julian inclinou a cabeça para um lado, enquanto considerava Rogan. ― Você queria que eles fossem capazes de ter opções. ― Eu não queria que eles tivessem que perder seus companheiros, porque não havia opções abertas para eles. ― Rogan fez uma careta. ― Eu não queria que passassem pelo que eu passei.
― Você já conversou com a sua família? ― Não. ― Rogan empurrou a mão pelo cabelo, fazendo uma careta quando ele se lembrou do seu último contato com a sua família. ― Quando eu decidi ficar com você como alfa, minha família lavou suas mãos sobre mim ― Rogan riu asperamente. ― Bem, eu não diria que é exatamente verdade. Depois que percebi que eu estava assumindo você e me recusei a aceitar a noiva que escolheram para mim, então eles lavaram as mãos. ― Eles ainda tentaram te casar? ― Sim. Valentina ainda aparece a cada duas semanas. Ela está convencida de que eu, de repente, me tornarei hétero e me casaria com ela, ela tem o total apoio do seu pai e da minha família. Eles querem fundir nossos clãs sob um pacto de companheiros. ― Eu espero que você perceba que é impossível ter uma aliança de companheiro agora que estamos unidos, certo? Rogan sorriu, de repente se sentindo melhor sobre a situação. ― Só mais uma vez você me salvou de um destino pior que a morte. ― Rogan estremeceu. ― Você pode imaginar o que é ser acasalado a Valentina? ― Eu ouvi o meu nome sendo mencionado? Um frio repentino de mau pressentimento passou pela espinha de Rogan. Ele se virou para ver Valentina de pé na porta, seu pai de pé bem atrás dela. O sorriso de satisfação nos lábios de Valentina assustou Rogan. A mulher era maliciosa e trabalhou muito para conseguir o que queria na vida. Rogan de repente teve a sensação de que estava prestes a fazê-lo. ― Valentina, Ancião Belikov. ― Rogan assentiu para o ancião, em deferência à sua posição no conselho, não porque ele sentiu qualquer respeito pelo homem. Rogan o detestava. Valentina era má, mas tinha aprendido tudo com o seu pai. ― Eu não sabia que tínhamos um compromisso.
― E eu não sabia que você iria quebrar um mandato do Conselho tão facilmente, Rogan, ― Ancião Belikov disse quando seguiu sua filha pela sala. Seus olhos foram rapidamente para Julian então rapidamente de volta para Rogan. ― Esta pessoa foi banida de todos os clãs. Eu não posso acreditar que você está associado com ele. ― Esta pessoa é meu companheiro. ― Ele é um ultraje! ― O ancião gritou. ― Ele é meu companheiro. ― Rogan não gritou porque isso seria rude e desrespeitoso, mas ele colocou aço, tanto quanto podia em sua voz. ― Ele está morto aos olhos de todos os clãs. Rogan sorriu e cruzou os braços sobre o peito enquanto se sentou na beirada da mesa. ― Tudo bem, então não deve haver qualquer problema. Se ele está morto, então eu não estou quebrando nenhuma lei. ― Por que você me odeia tanto? ― Julian perguntou. ― O que foi que eu fiz para você? Ancião Belikov ignorou as palavras de Julian como se reconhecê-las o faria real. Valentina não foi tão contida. Ela virou-se para olhar para Julian. Seus olhos estavam cheios de tanto ódio que Rogan de repente se preocupou com a vida do seu companheiro. ― Você tomou Rogan de mim ― ela gritou. ― Ele nunca foi seu. As sobrancelhas de Rogan se ergueram na testa quando o rosto de Valentina ficou vermelho, e ela bateu o pé. Ela podia ser uma mulher madura, e considerada muito bonita na maioria dos círculos, mas no momento, ela parecia uma criança pequena fazendo uma birra, porque ela não estava recebendo o seu brinquedo favorito.
Rogan tinha a forte sensação de que ele era esse brinquedo. Ele nunca tinha beijado Valentina ou a tocado de alguma forma. Ele não tinha sequer segurado a sua mão. Além desse encontro que eles tiveram há três anos, ele mal se associava com ela. Ele não tinha ideia de como ele tinha sequer chegado a estar sob o seu radar. ― Rogan é meu ― disse Valentina. ― Ele sempre foi meu, e eu não vou desistir dele. ― Eu reivindiquei Rogan, e ele me reivindicou. Estamos unidos, Valentina ― Julian respondeu.
― Não há nada que você possa fazer sobre
isso. O coração de Rogan pareceu parar de bater em seu peito enquanto observava os próximos segundos como se eles estivessem se movendo em câmera lenta. Julian não tinha ideia de quão louca Valentina era. Ela precisava ser tratada como um animal feroz, com uma quantidade extrema de precaução. Valentina gritou e se lançou sobre Julian. Seu rosto assumiu a aparência de uma possessão demoníaca, toda enrugada e até ficou vermelho de raiva. Suas garras estendidas quando ela saltou, e Rogan sabia que eles estavam destinados a Julian. Ela planejava tirar a sua vida. Rogan moveu-se tão rápido quanto podia, jogando-se entre Valentina e o seu companheiro. Ele estremeceu quando sentiu as garras de Valentina afundar em seus ombros. Quase imediatamente, ele podia sentir o sangue começar a escorrer do seu corpo, saturando sua camisa. Não foi um golpe mortal, mas doía como o inferno. ― Você não vai prejudicar o meu companheiro! ― Rogan rosnou. Ele agarrou os pulsos de Valentina e puxou-os para longe do seu corpo, arrancando suas garras de sua pele. Dando-lhe um pequeno empurrão,
Rogan empurrou Valentina longe dele e Julian. Quase instantaneamente, ele sentiu algo que Julian colocou contra a ferida que sangrava em seus ombros. ― Você atacou o meu companheiro alfa, Valentina ― Julian disse atrás dele. ― Isso é um crime punível com a morte. Mesmo seu pai não pode tirá-la dessa. ― Como você não existe ― Ancião Belikov disse, ― então não há ofensa. ― Eu posso estar morto para você, velho, mas Rogan ainda tem o posto de alfa. Como tal, o crime existe, se estou vivo ou morto. ― Então, você estará morto. ― Rogan endureceu quando Ancião Belikov apontou para vários homens de pé atrás dele. Eles entraram na sala e ficaram ao lado do ancião. O ancião apontou para Julian. ― Por favor, cuidem para que o homem seja levado sob custódia para estar diante do conselho por violar o mandato do conselho. É para ficar sob custodia até o momento em que o conselho possa decidir sobre o seu destino. ― Não ― Rogan retrucou ― você não vai levá-lo. ― Você não tem voto na matéria, Rogan. Ele quebrou um mandato do Conselho por voltar a este clã. ― Ancião Belikov sorriu maliciosamente. ― Eu imagino que o conselho terá muito a dizer sobre isso. O homem ao lado do Ancião começou a avançar. Eles pararam quando Rogan deixou seus caninos para baixo e mostrou suas garras. Ele não ia deixar o ancião afastar Julian novamente, não sem uma luta. Ele se lembrou do que aconteceu da última vez, e ele não ia deixar isso acontecer novamente. ― Eu vi o que acontece quando as pessoas estão sob sua custódia, ancião. Eu não tenho nenhuma intenção de permitir que você danifique o meu companheiro uma segunda vez. Se você quiser que uma aparição perante o conselho seja garantida, que assim seja, mas você não vai levar o meu
companheiro de casa. Vamos comparecer perante o conselho de bom grado, mas vamos por nossa conta. ―
Você
realmente
espera
que
eu
confie
que
você
vai
voluntariamente comparecer perante o conselho? ― Eu garanto isso. ― E eu tenho que acreditar nisso? ― Se você não acredita em Rogan ― disse uma voz forte da entrada, ― então você pode acreditar em mim. Eu vou assegurar que Rogan Owens apareça perante o conselho. Um pouco da tensão dos ombros de Rogan relaxaram quando ele olhou para além do Ancião Belikov para ver Joel e seus companheiros de pé na porta. Joel parecia um pouco divertido quando ele passeou pela sala. Seus companheiros maiores do que a vida caminhava atrás dele, protegendo o vampiro. ― Ancião Belikov, ― Joel disse quando deu ao homem um pequeno aceno de cabeça, ― tão bom ver você de novo. ― Silvano ― o ancião disse, acenando com a cabeça para trás. Rogan quase riu ao ver a expressão ferida no rosto do Ancião Belikov. O ancião claramente não esperava ver um líder de um clã vampiro e mediador do conselho vindo em salvamento de Rogan e Julian. ― Então, qual é a questão aqui, Ancião Belikov? ― Joel perguntou quando ele olhou entre as várias pessoas na sala. Rogan queria rir, mas ele sabia que agora não era o momento de fazê-lo. Joel poderia ser um cara assustador quando ele queria ser. Ele nem sequer tinha que se tornar violento. Só ali, seus longos cabelos negros descendo pelas costas e seus profundos olhos azuis, tendo em cada
movimento, ele eram intimidantes. E estranhamente, exceto Valentina, Joel era a menor pessoa na sala. ― Eu não acredito que isso é da sua preocupação, vampiro ― Belikov zombou. ― Eu não pedi pelos serviços de um mediador. Rogan sorriu desta vez e ergueu a mão no ar. ― Eu fiz. Os olhos do Ancião Belikov estalaram para Rogan quando o homem virou-se para encará-lo. ― Você ligou para um mediador? ― Sim. O Ancião Belikov se irritou por um momento, então fez um gesto em direção à porta. ― Vamos, Valentina. ― O que? ― Valentina gritou. ― Não! Você disse que eu poderia ter Rogan. Eu o quero. ― Faça o que eu digo Valentina, ― Ancião Belikov disse severamente. ― Não há nada que possamos fazer sobre isso agora. Uma vez que eles forem diante do conselho, vamos ver quem sai por cima. ― Eu vou esperar um telefonema do conselho, então ― disse Rogan. Ancião Belikov caminhou em direção à porta, empurrando sua filha na frente dele. Ele parou na porta e apontou para Joel. ― Eu espero que você se certifique que eles apareçam, mediador. Do contrario isso não seria muito bom no seu registro. Joel sorriu. ― Eu vou ver isso pessoalmente, ancião. ― Veja o que você faz. Rogan não deu um suspiro de alívio, até que ele viu o Ancião Belikov, Valentina, e seus guardas de pé fora da sala. Alguns momentos depois, um carro do lado de fora destruiu a garagem.
― Meu, meu, ― Joel demorou lentamente quando ele se virou para olhar para Rogan, ― se eu soubesse que era uma festa, eu teria trazido presentes. ― Você estar aqui é um presente bastante grande, Joel ― Rogan riu quando ele estendeu a mão e apertou a de Joel. ― E como sempre, o seu tempo foi impecável. ― Sim ― disse Grayson, ― Eu pensei que a cabeça do Ancião Belikov ia explodir. ― Ele certamente não estava feliz em ver qualquer um de vocês aqui. ― Rogan balançou a cabeça lentamente. ― Eu não acho que ele esperava que tivesse uma luta. ― Estou feliz que você não fez ― disse Joel. ― Se você tivesse atacado o Ancião Belikov, essa conversa seria um ponto discutível. Qualquer ataque contra um ancião é imediatamente punido com a morte. ― Você percebe que um número significativo destas regras do clã precisa ser mudado, certo? ― Rogan perguntou. ― Eles estão errados, desatualizados. Não deveria ser contra a lei por nós nos defendermos contra um ataque de um ancião. ― Primeiro, você precisa provar que foi um ataque ― disse Joel. Joel cruzou os braços sobre o peito e se inclinou para trás em Grayson e Caleb. Ambos os homens pareciam cercar Joel, protegendo-o. Parecia certo que companheiros maiores de Joel seriam de proteção, exceto que Rogan sabia que Joel era mais forte do que os dois. Ele apenas se escondeu e deu a impressão de ser mais fraco. ― Então como nós vamos fazer isso? ― Julian perguntou quando ele se adiantou para ficar ao lado de Rogan. Ele gesticulou para as cicatrizes em
seu pescoço. ― Eu não posso nem mesmo provar que ele fez isso, e eu estava lá. Joel franziu a testa e se moveu para frente, parando apenas quando ele começou a alcançar e tocar no pescoço Julian. ― Você se importa? Julian sacudiu a cabeça e virou para o lado. Rogan tentou manter o rosnar para si mesmo quando Joel começou a tocar as cicatrizes de Julian. Ele sabia que ele falhou quando Grayson e Caleb ficaram tensos e agarraram Joel, puxando-o para longe de Julian. Rogan sentiu seu rosto corar quando os dois homens se viraram para olhar para ele. ― Desculpe ― Rogan deu de ombros. ― Eu acho que eu não tenho um monte de controle quando se trata de outras pessoas tocando meu companheiro. As sobrancelhas de Joel se arquearam. ― Não é assim que deve ser? Julian riu e passou o braço em torno da cintura de Rogan. ― Eu gosto dele dessa maneira. Rogan olhou rapidamente para baixo quando ele sentiu seu rosto queimar vermelho novamente. Ele podia ouvir os outros na sala rindo, mas sabia que eles estavam apenas divertindo-se com o seu desconforto. Eles não queriam dizer nada com isso. Além disso, ganhou um beijo rápido na bochecha de Julian, e qualquer constrangimento valeu a pena. ― Então, me diga, Julian ― disse Joel ― o que exatamente aconteceu com o Ancião Belikov há três anos? Rogan deu-me a história breve, mas eu gostaria de ouvir isso de você. Rogan sentiu Julian ficar tenso ao lado dele. Estendeu a mão e agarrou a mão de Julian, dando-lhe um aperto de encorajamento. ― Vá em frente, querido, diga. Confio em Joel, Grayson, e Caleb. Eles precisam saber
exatamente o que aconteceu para que eles possam nos ajudar a sair desta situação. Julian respirou fundo e soltou o ar lentamente. A tensão não deixou o seu corpo, menor. Rogan sabia que não seria fácil para Julian reviver sua tortura nas mãos do Ancião Belikov, mas Joel precisava saber tudo. Rogan estava certo de que havia alguma maneira de provar que o ancião era um monstro. ― Eu estava em casa dormindo. ― Aqui? ― Joel perguntou. Julian assentiu. ― Sim, no andar de cima Eu estava tendo um momento difícil para dormir por causa de tudo o que estava acontecendo com Rogan. ― E isso foi? Rogan fez uma careta quando Julian olhou para ele. ― Vá em frente e diga-lhes. Eu não tenho nada a esconder. Eu sei o que eu fiz. Julian engoliu em seco e olhou para Joel. ― Rogan não estava aceitando muito o nosso acasalamento. Ele estava sendo resistente ao saber que o seu companheiro era um homem. Nós deveríamos nos encontrar no dia seguinte e discutir as coisas. Eu estava animado porque eu sabia que eu poderia convencer Rogan que estávamos destinados a ficar juntos. ― Meus pais me ensinaram a minha vida inteira que ser atraído por homens estava errado. Naquela noite, eles me arranjaram um encontro com Valentina. Eu não queria ir, porque eu sabia quem era o meu companheiro e Julian e eu estava começando a nos inclinar nessa direção, por assim dizer. Mas eu pensei que se eu saísse com Valentina, meus pais iriam sair de cima de mim e me dar tempo para decidir o que eu queria.
― Você estava com Valentina Belikov na noite em que Julian foi atacado? Rogan não ouvir qualquer desprezo na voz de Joel, apenas curiosidade. ― Sim, eu estava. ― Isso parece um pouco estranho para mim ― disse Joel. ― Que coincidência, se você não se importa a minha palavra. ― Isso é o que eu pensei, também, ― disse Julian. ― Eu não sabia até ontem à noite que Rogan tinha saído em um encontro com Valentina na época. Pareceu-me um pouco coincidência demais. ― Então, o que aconteceu quando foi levado? ― Joel perguntou. ― Eu ouvi um barulho. Antes que eu pudesse sair da cama e investigar, Ancião Belikov entrou com vários de seus guardas. Eles me levaram para um lugar na floresta e começaram a me torturar. ― Julian acenou para as cicatrizes em seu pescoço. ― Como você pode ver, eles usaram prata em minhas feridas. ― Ele nunca disse por que você foi levado? ― Ancião Belikov disse que eu tinha sido considerado culpado do crime de traição, mas ele nunca disse exatamente o que eu fiz. Eu não estava em posição de perguntar. ― Não há nenhum registro do seu julgamento. ― Isso porque não havia um. Ancião Belikov disse que eu tinha perdido o meu direito a um julgamento quando eu traí meu clã. Eu era para ser despojado da minha posição como alfa do meu clã e meu nome ser retirado de todos os registros. Eu estava sendo punido pelo crime de forma condizente com o meu status.
― Não, você não entende, Julian ― disse Joel. ― Eu olhei nos registros do Conselho, antes de virmos para cá. Não há qualquer registro de seu julgamento ou o mandato do Conselho para ser banido. O único registro que o conselho tem é da sua morte. ― O que? ― Julian sussurrou. ― Certamente há um registro em algum lugar. Essa foi à razão dada pelo Ancião Belikov quando ele me levou, para me punir por qualquer crime que ele pensou que eu fiz. ― Estou começando a me perguntar sobre isso, mas não é algo que eu possa provar agora ― disse Joel. ― Você se lembra de quem estava lá? Julian sacudiu a cabeça. ― Além de Ancião Belikov, não. Sei que havia alguns outros homens lá porque o ajudaram a me segurar, enquanto eu fui torturado, mas depois de algum tempo, meio que se transformou em um grande borrão. Eu não me lembro de muito além da dor. ― O que aconteceu depois? ― Joel perguntou. ― Como você sobreviveu? Julian sorriu. ― Ancião Belikov começou a ameaçar Rogan, e eu perdi a cabeça. ― Julian, disse que o Ancião Belikov sabia que éramos companheiros ― disse Rogan. Ele ainda estava atordoado com a notícia. Ele sempre pensou que ele e Julian eram os únicos que sabiam sobre o seu acasalamento, até que ele anunciou aos seus pais depois que Julian se foi. ― No começo, eu não achei que ele sabia, mas ele mencionou Rogan pelo nome. Ele disse que Rogan seria punido assim como eu. Foi quando eu quebrei longe dos homens me segurando e tentei atacar o ancião. Eu não ia deixa-lo encostar um único dedo no meu companheiro. ― Essa é a forma como deve ser ― disse Grayson. Ele olhou para Joel e Caleb. ― Nós protegemos nossos companheiros a todo custo.
Julian assentiu. ― Então, Ancião Belikov sabia que eram companheiros, e sua filha queria Rogan. Isso faz com que o fato de que Rogan estava em um encontro com ela no momento do seu ataque um pouco mais do que suspeito, não acha? ― Como assim? ― Rogan perguntou. ― Eu acredito que Ancião Belikov planejou ter você fora do caminho quando ele tomou Julian. Que melhor maneira de fazer isso, com a certeza de que estava em um encontro com sua filha? Ele o manteve fora do caminho e assegurou que a culpa não seria colocada em sua cabeça quando Julian estivesse morto. ― Banido, você quer dizer? ― Rogan disse. ― Não. ― Joel balançou a cabeça. ― Eu acredito que o bom ancião não tem qualquer intenção de deixar Julian vivo. Isso interferiu em seus planos para acasalar Rogan e Valentina. ― Mas eu nunca iria acasalar com Valentina. ― Tenho certeza que o Ancião Belikov pensou que poderia convencêlo de forma diferente. Se bem me lembro, no momento você não estava fora do armário. Se Ancião Belikov assumiu que Julian era a única coisa entre você e Valentina, matar Julian era o passo lógico. Rogan de repente sentiu como se não pudesse respirar. Ele passou os braços em torno de Julian e puxou o homem contra o seu peito. Seu coração batia com medo em seu peito. ― Oh, Deus, eu fui à razão que Belikov tentou matá-lo.
Capítulo Oito
Um par de horas mais tarde, Julian inclinou-se contra a lateral da mesa e observou o ritmo de Rogan. Nada do que ele, ou qualquer outra pessoa, disse parecia acalmar Rogan. O homem estava convencido de que tinha sido a razão por Julian ser levado pelo Ancião Belikov. Rogan estava praticamente desmoronando diante dos olhos de Julian. Julian desejou que Joel e seus companheiros tivessem ficado em torno um pouco mais de tempo e o ajudasse a acalmar Rogan. Seu companheiro parecia confiar nos três homens. Infelizmente, Joel queria falar com alguns contatos seu no conselho para ver que tipo de influência o Ancião Belikov realmente tinha no conselho. Joel e seus companheiros saíram logo depois. ― Como você acha que o Ancião Belikov sabia que éramos companheiros? Julian piscou surpreso com as palavras bruscas de Rogan, depois de tanto silêncio. ― Eu não sei. Tanto quanto eu sei, não era de conhecimento comum. Contou a alguém? ― Você está falando sério? ― Rogan riu. ― Eu estava tão profundo no armário que teria levado um trem de carga para me tirar de lá. ― Bem, eu não disse a ninguém, exceto Gertrude, e ela não teria contado a ninguém. Eu teria dito ao meu clã, mas eu queria que você estivesse de pé ao meu lado quando eu anunciasse. ― Sim, sobre isso... ― Rogan segurou as mãos e torceu ligeiramente. ― Eu realmente sinto muito. Eu devia ter aceitado o nosso
acasalamento a partir do minuto em que te conheci. Eu senti o vínculo entre nós. Eu estava com muito medo de reconhecê-lo. ― Eu entendo, Rogan, eu realmente entendo. Você não foi criado no mesmo clã liberal que eu fui. Seus pais lhe ensinaram a desprezar qualquer um que era diferente do que você, especialmente os gays. Não é de admirar que tivesse medo de aceitar o nosso acasalamento. ― Você sabe que já não é verdade, certo? Julian sorriu e estendeu a mão e Rogan atravessou a sala e a tomou. Puxou Rogan em seus braços, passando a mão suavemente ao lado do rosto de Rogan. ― Eu sei disso, bebê. Eu sempre soube. Sou muito irresistível. Você teria caído eventualmente. Um pouco da tensão parecia deixar o corpo de Rogan quando ele riu. ― Você pensa assim, né? ― Eu sei que sim. ― Prove. Julian levantou uma sobrancelha. Ele estava sendo desafiado por seu companheiro? Totalmente perfeito. Julian sorriu e caiu de joelhos na frente de Rogan. Ele olhou para cima enquanto ele trabalhava no zíper do homem e libertou seu pênis. Mantendo os olhos grudados em Rogan, Julian se inclinou para frente e chupou profundo o pênis do homem em sua boca. Rogan gemeu. Seus olhos fecharam brevemente antes de estalar novamente abertos a olhar para baixo para Julian. O fogo ardente de repente queimando nos olhos dourados de Rogan lhes transformou em um profundo âmbar marrom. ― Droga ― Rogan gemeu. Suas mãos pousaram sobre os ombros de Julian e segurou firme. ― Você parece tão sexy fodendo com meu pau em sua boca.
Julian chupou duro e rápido. Não era como se ele quisesse que Rogan gozasse rapidamente, mas mais o que isso ele queria que o homem esquecesse tudo ao redor. Julian engoliu a grossa ereção de até a raiz, agarrando os seus quadris. Ele passou a língua ao redor da cabeça do pênis de Rogan, então rodou sua língua em torno dele e chupou duro. Depois de alguns momentos, Rogan foi além de quaisquer outros sons, mas rápido ofegante. Suas mãos se abriram e apertavam os ombros de Julian. Julian o queria contorcendo-se, no limite, até que ele não conseguisse segurar o seu orgasmo mais. Julian observou Rogan apertar a mandíbula e inclinar a cabeça para trás. Ele aprofundou sua sucção, movendo-se mais rápido. Poderia dizer que Rogan estava apenas a momentos de distância de gozar. Julian sentiu Rogan engrossar e endurecer em sua boca. Rogan rugiu, chamando o nome de Julian antes que ele explodisse no fundo da sua garganta. Julian engoliu avidamente, saboreando o gosto salgado do sêmen quente do seu amante como um tiro em sua boca. Ele engoliu em seco várias vezes até que ele sentiu o pênis de Rogan amolecer e, lentamente, permitiu que ele escapasse livre. Julian cuidadosamente colocou o pênis de Rogan de volta dentro das suas calças e fechou-a, em seguida, ficou de pé. Os olhos de Rogan pareciam vidrados. Seu rosto estava vermelho do seu orgasmo. Julian sorriu e roubou um beijo rápido do seu companheiro. ― Eu disse que era irresistível. ― Ok, você ganha ― murmurou Rogan sonhadoramente. ― Você é fácil. ― Você não tem ideia. ― Rogan riu e inclinou-se para Julian. ― Então, o que vamos fazer sobre o Ancião Belikov e sua filha? ― Vencer.
― Julian. ― Estou falando sério ― disse Julian. ― O que temos é precioso demais para desistir sem lutar, e eu me recuso a perder. Felizmente, seus amigos podem descobrir algo que podemos usar para fazer Belikov recuar. Se não, então vamos lutar. ― Julian, não podemos lutar contra todo o conselho de lobo. Perdemos. ― Ah, mas nós não vamos brigar com todo o conselho lobo. Na verdade, eu duvido seriamente que eles estão mesmo envolvidos. ― O que? Julian apertou os braços em protesto quando Rogan afastou-se dele, mas quando o homem insistiu, deixou-o ir. ― Como você pode dizer isso? ― Porque eu acredito que seja verdade ― Julian respondeu. ― Eu não acho que o conselho tem algo a ver com isso. Eu acho que eles nunca fizeram. Eu nem acho que eles têm uma pista sobre o que está acontecendo. Belikov fez tudo isso por conta própria. A respiração de Rogan gaguejou em seu peito enquanto ele respirou fundo. ― Você está falando sério. ― Perfeitamente ― Julian cruzou os braços sobre o peito e encostouse à mesa de novo. ― Pense sobre isso, querido. Belikov e seus homens me tiraram da minha cama, no meio da noite. Não houve julgamento. E de acordo com Joel, não há sequer um registro do meu banimento, apenas a minha morte. Isso faz sentido para você? ― Você acha que a coisa toda era uma armação? ― Eu faço.
Rogan agarrou a cabeça com as mãos por um momento e depois deixou cair para os lados. ― Nossa, Julian, você sabe o que você está dizendo? ― Muito bem. ― Se Belikov está usando sua posição como um ancião para matar pessoas, quais são as chances de que você seja o primeiro? ― Não é boa. Com a maneira eficiente que Belikov e seus guardas tinham trabalhado todos esses anos, Julian tinha certeza de que ele era um de uma longa fila de pessoas que o ancião tinha torturado e possivelmente matado. Ele se perguntou se eles saberiam quantos haviam sofrido nas mãos do ancião. ― Tem que haver alguma maneira de provar isso, Julian. ― Como? ― Julian estendeu as mãos. ― Eu duvido seriamente que o homem mantenha registros de todas as pessoas que ele matou. Isso seria suicídio. ― Eu desejo ― Rogan bufou. Julian riu. ― Isso resolveria a maioria dos nossos problemas, mas não todos eles. Nós ainda temos o conselho e Valentina para lidar. Rogan bufou novamente. Não era um som atrativo, mas o tipo apropriado dadas as circunstâncias. ― Valentina eu posso lidar. Ela é louca, mas ela vai ter a imagem em breve. É o conselho que me preocupa. ― Agora que estamos unidos, não há nada que o conselho possa fazer contra nós. ― Eu acreditarei nisso quando eu vir. Passei há dançar muito tempo a sua música pensando que o conselho não tinha uma mão nisso.
― Você pode estar certo, mas a nossa principal preocupação tem de ser o Ancião Belikov. Até que o tenhamos fora de cena, não estamos seguros, Rogan. Julian se perguntou se suas palavras eram uma espécie de presságio. No momento em que estavam fora de sua boca, à janela atrás dele quebrou. Algo
voou
pela
janela,
e
a
sala
começou
a
se
encher
de
fumaça
imediatamente. Rogan e Julian correram para a porta do escritório, ao mesmo tempo. Julian arrancou um grande pedaço da sua camisa, em seguida, rasgou o material ao meio. Ele entregou uma metade para Rogan e cobriu a boca com a outra. Ele empurrou Rogan através da porta do escritório, assim que outra janela foi quebrada. Julian podia ver pontos de laser vermelho aparecerem nas paredes sobre a sua cabeça enquanto ele seguia atrás de Rogan. Balas explodiram buracos na parede atrás dele. Julian empurrou Rogan para o chão, de madeira dura com tal força que derrapou por toda ela, batendo em uma parede. Tão rápido quanto podia, ele puxou Rogan a seus pés e começou a correr para as escadas. ― Existe mais alguém em casa? ― Gertie deve estar na cozinha ― Rogan respondeu. ― Eu não sei onde seus companheiros estão. Ninguém mais da matilha deveria estar aqui no início da manhã. ― Precisamos protegê-los. ― Corre para a cozinha. Julian assentiu, mantendo-se para baixo no caso de mais balas começarem a voar novamente. Ele rapidamente fez o seu caminho para a
cozinha na parte de trás da casa, rezando para que Gertie tivesse ouvido as janelas quebrando ou as balas e colocou todos em segurança. Assim quando ele e Rogan virou a esquina do corredor, balas encheram a entrada. Julian colocou uma explosão de velocidade e correu em torno do canto, achatando-se contra a parede, logo que ele estava fora da linha de visão. Rogan estava bem atrás dele, ofegante. ― Quem diabos está atirando em nós? ― Rogan quebrou. ― Meu palpite? Ancião Belikov ou sua filha. ― Por quê? ― Porque eu sou a prova viva de que o ancião é um bom filho de uma cadela. ― Então, por que eles estão com o objetivo em mim? ― Os danos colaterais? ― Julian riu quando Rogan deu-lhe um olhar inexpressivo. ― Eu só estou dizendo. ― Que tal em vez de dizer, você começa a fazer ― Rogan apontou para a porta da cozinha, ― Vá, e entre, porra. Julian assentiu e correu em direção do arco da cozinha. Ele caiu de joelhos e agarrou sua cabeça quando a dor explodiu em seu crânio de alguém bater-lhe com algo duro. Sua visão turvou por alguns momentos. Quando clareou e ele olhou para cima, certo de que, ele tinha acabado de levar um tiro ou algo assim. Ele encontrou
Gertrude
de
pé
por
cima
dele,
uma
ameaçadoramente em suas mãos. ― Por que diabos você fez isso? ― Julian gritou.
frigideira
agarrada
Os lábios Gertrudes finos. Ela plantou uma mão no quadril e acenou a frigideira para ele com a outra. ― E talvez você deva anunciar a si mesmo antes de entrar na minha cozinha. Eu poderia ter quebrado a sua cabeça. Julian não era estúpido. Ele sabia melhor do que discutir com Gertrude, mesmo que fosse sua cozinha, tecnicamente. Gertrude governou como fez na maioria da casa. Julian ajudou Rogan a seus pés, esfregando a parte de trás da sua cabeça. Ele tinha um ovo de ganso de bom tamanho. ― Onde estão Thomas e Bobby? ― Na despensa, onde mais? Eu tive que colocá-los em algum lugar quando as balas começaram a voar ― respondeu Gertrudes. Ela largou a frigideira em cima do balcão e colocou a mão livre em seu quadril. ― E quem está atirando para cima da minha casa? ― Não temos certeza, mas acho que pode ser o Ancião Belikov. ― Blah ― Gertrude acenou com a mão em um gesto de desprezo. ― traidor fraco, se você me perguntar. O homem nunca teve a coragem de olhar na cara ao tentar matá-lo. Ele sempre tinha que ter alguém para fazer seu trabalho sujo. Julian piscou em choque. ― Uh, desculpe-me? ― Você me ouviu. ― Eu ouvi o que disse, mas eu não tenho certeza do que você quis dizer. ― Como se fosse difícil de descobrir, menino? ― Gertrude pegou a frigideira. ― Eu preciso bater-lhe novamente para sacudir o seu cérebro? Julian rapidamente levantou ambas as mãos. ― Não, não, meu cérebro já sacudiu bastante, muito obrigado. Eu só queria saber o que você
quis dizer com o que você disse. Eu nem sabia que você conhecia o Ancião Belikov. ― Oh, por favor, Nicky tem sido um espinho no meu lado desde a escola primária. ― Nicky? ― Julian estalou. ― Você chama-o de Nicky? ― Esse é o seu nome que você conhece Nikolai Belikov. ― O que você quis dizer sobre o Ancião Belikov tentando matar as pessoas, Gertrude, ― Rogan perguntou. ― Você sabe algo que possa ajudarnos quando formos perante o conselho? ― Nicky é um valentão. Ele sempre foi um provocador. E só piorou depois que sua esposa faleceu. Ela, pelo menos, tinha sido capaz de mantê-lo na linha por alguns anos. ― Gertrude esfregou o queixo. ― Agora que eu penso sobre isso, sua morte foi um pouco suspeita. ― Como assim? ― Julian perguntou. ― Ela morreu caindo em um lance de escadas. A única testemunha do acidente foi sua filha, Valentina. Ela era sua única filha. Valentina disse que ela estava apenas entrando pela porta da frente quando ela ouviu a mãe gritar e cair da escada. Não havia ninguém na casa. ― Valentina, hein? ― Julian perguntou. ― Isso parece um pouco suspeito para mim. Um estrondo de repente soou no corredor. Julian ficou tenso por um momento, seus olhos encontrando Rogan. ― Vá, eu vou pegar Thomas e Bobby. Rogan assentiu e agarrou Gertrude pelo braço, levando-a para a porta dos fundos levando para fora para o pátio. Julian correu para a despensa
e abriu a porta. Surpreendentemente, ele pegou a lata de pêssegos que Bobby lançou contra ele. ― Dolorosa, mas pouco eficaz ― Julian disse antes de colocar a lata na prateleira da despensa então gesticulou para os dois homens segui-lo. ― Vamos, rapazes, não temos muito tempo aqui. Corra para a porta de trás o mais rápido que puderem e mantenha sua cabeça para baixo. Essas são balas de verdade eles estão atirando em nós. Thomas correu para a porta dos fundos. Bobby congelou na porta da despensa, com o rosto pálido. ― Balas? Eles estão atirando balas em nós? Balas de verdade? ― Ele chiou. ― Mova-se, Bobby! ― Julian agarrou. ― Agora! Bobby correu. Julian sorriu e correu atrás dele. Ele seguiu para a cozinha então em direção à porta dos fundos. Julian começou a correr pela porta atrás de Bobby, quando ouviu um tiro. Um segundo depois, a agonia explodiu em seu ombro. Julian agarrou seu ombro, quando ele caiu para fora da porta e bateu no chão com um baque pesado e doloroso. Quando Julian afastou a mão do seu ombro e olhou para ele, estava coberto de sangue. Ele apertou a mão em seu ombro e lutou para se levantar, escapar mais alto em sua mente. Assim quando Julian ficou de joelhos, ele ouviu um barulho na porta. A esperança de Julian teve uma morte rápida quando viu o homem armado de pé na porta da cozinha, uma grande arma ameaçadora apontada, em sua direção. Julian começou a se levantar até que o homem fez um gesto com a arma para ele ficar onde estava. Suspirando profundamente, Julian se acomodou em seus joelhos e esperou para ver se ele ia viver passado os próximos minutos.
O homem armado saiu da porta e saiu para um lado, mantendo a arma apontada para Julian. Um momento depois, Valentina saiu da cozinha. Ela não estava armada, mas o olhar cheio de alegria em seu rosto disse a Julian que era o mais perigoso dos dois. ― Valentina ― Julian disse simplesmente. ― Eu lhe disse que Rogan seria meu. ― Então, você decidiu me matar, então? ― Eu estou apenas levando o castigo que deveria ter recebido há três anos. ― Valentina riu asperamente, soando um pouco louca e muito psicótica. ― Você já está morto, tanto quanto todos estão preocupados. Ninguém vai saber a diferença se eu matar você agora. ― Eu vou. Julian fechou os olhos. A angústia o encheu quando ouviu a voz de Rogan atrás dele. Este era o último lugar que ele queria que o seu companheiro estivesse. Ele estava preparado para enfrentar a sua própria morte. Ele não estava preparado para Rogan vir a ser prejudicado. ― Rogan, querido, você realmente não deveria estar aqui. “Sim, querido” disse Julian mentalmente quando ele abriu os olhos e virou para olhar para Rogan ― você não deveria estar aqui. ― Onde mais eu poderia estar, além de ao lado do meu companheiro? Julian revirou os olhos. ― Em algum lugar seguro seria a minha escolha. ― Não está acontecendo. Vou para onde você for.
― Bem ― , Julian disse quando olhou para Valentina, ― se nós não descobrirmos uma maneira de sair dessa bagunça, parece que podemos estar indo direto para o inferno. ― Então, me diga, Valentina ― Rogan disse, ― há uma razão para que você trazer homens armados a minha casa? Julian ficou tenso e cheio de ansiedade quando Valentina inclinou a cabeça ligeiramente, uma carranca confusa em seu rosto. De repente, ele teve o sentimento profundo de que Valentina era ligeiramente desequilibrada. Ela parecia totalmente perplexa com a hostilidade de Rogan. “Amor, cuidado” Julian advertiu Rogan através da sua ligação. “Eu não acho que Valentina tem todos os seus remos na água.” “Sim, eu posso ver isso”, Rogan respondeu silenciosamente. Para Valentina, ele falou em voz alta. ― Eu acredito que eu lhe fiz uma pergunta, Valentina. Por que você trouxe homens armados a minha casa? ― Bem, para salvar você, querido, por que mais? ― Para me salvar de quê? Julian sentiu os olhos de Valentina nele como um peso morto. Onde ela parecia tonta e confusa antes, no momento em que desembarcou em Julian, eles começaram a escurecer com raiva e ódio tão feroz, Julian sacudiu. Ele não se lembrava de alguma vez alguém odiá-lo tanto. ― Ele tem que morrer Rogan, ― Valentina disse antes de olhar para Rogan. ― Você não entende, querido. Se ele não morrer e for embora, nunca podemos estar juntos. Ele vai destruir tudo. ― Valentina, eu quero que você me escute muito cuidadosamente ― Rogan começou.
Julian de repente teve uma ideia do que Rogan ia dizer e o medo pelo seu companheiro o encheu isso o teria levado de joelhos, se ele estivesse de pé. Ele ergueu a mão no ar, indo em direção Rogan como se ele pudesse impedi-lo de falar. Era tarde demais. ― Eu nunca vou cruzar com você, Valentina ― Rogan disse, ― nem mesmo se Julian morre. Eu não quero você. Eu nunca quis você. Isso está tudo em sua própria mente retorcida. Não importa o que você faça para Julian, nunca haverá nada entre nós. Valentina parecia atordoada. ― Você não pode dizer isso, não depois de tudo o que significamos um para o outro. ― Valentina, saímos em um encontro, um ― Rogan levantou um único dedo. ― E isso foi há três anos. Isso não faz um relacionamento. ― Não! ― Valentina gritou. ― Eu sei que você me ama. Eu sei que a única coisa que está entre nós é esse homem. ― Valentina apontou para Julian. ― Papai me disse isso. Julian se animou. ― Rogan, pergunte a ela sobre o que o pai dela disse. ― Seu pai lhe disse o que exatamente, Valentina? ― Ele disse que seriamos acasalados. Ele prometeu. ― Quando isso aconteceu, Valentina? ― Rogan acenou com as mãos no ar, terminando com eles em seus lados. ― Ninguém nunca me disse nada. O rosto de Valentina instantaneamente suavizou. ― Oh, querido, eu sinto muito. Com tudo o que você passou, eu posso entender como você pode esquecer, mas papai me garantiu que ele tinha falado com você, que era isso que você queria. ― Estamos tão fodidos ― Julian sussurrou.
― Eu sei que foi há três anos, mas com certeza você se lembra de alguma coisa? ― Bem... ― Rogan começou. ― É claro que você faz. ― Valentina sorriu. Valentina parecia muito segura de si mesma enquanto ela caminhava em direção Rogan. Quanto mais perto ela chegava, mais a tensão preenchia o corpo de Julian. Ele não sabia o que Valentina tinha planejado, mas a necessidade de proteger o seu companheiro estava indo ultrapassar. Julian apertou os lábios para não rosnar quando Valentina colocou a mão no peito de Rogan. Ele queria rasgar a mulher longe do seu companheiro em seguida, rasga-la em dois. Ninguém tinha o direito de tocar Rogan exceto ele. ― O que você quer que eu diga Valentina? ― Rogan perguntou. ― Eu não me lembro de falar com o seu pai. ― Não se preocupe, querido ― disse Valentina como ela deu um tapinha no peito de Rogan. ― Eu sei exatamente o que fazer. ― então? ― Rogan perguntou. ― Claro, querido. Papai me ensinou anos atrás como conseguir o que eu quero uma lição que eu aprendi bem. Eu sei como lidar com essa situação para que nada caia para trás em você. Rogan franziu a testa. ― Eu não entendo, Valentina. Então, o que não cai para trás em mim? ― Ora, a morte de Julian, é claro. ― Valentina sorriu. De repente, ela parecia mais animada. ― Papai sempre disse que se você tem que eliminar alguém, que assim seja, mas nunca deixe qualquer traço do seu envolvimento.
Por que você acha que a sua família o encorajou a sair naquele encontro comigo na noite que Julian foi levado. Você precisava de um álibi. ― Você está falando sério? ― Rogan perguntou. ― Perfeitamente. Julian ficou nervoso quando Valentina se afastou de Rogan para enfrentá-lo. Seu sorriso era malicioso, e Julian sabia que significava a sua sentença. Valentina parecia estar demasiadamente feliz para uma situação tão tensa. ― Agora, uma vez que eu cuidar de Julian, nada vai ficar no nosso caminho. Julian piscou. Valentina estava totalmente dispensando as palavras de protesto de Rogan a alguns minutos atrás. Ela torceu-as ao redor, até que se encaixaram em seu pequeno mundo perfeito. Ela não estava levando um não como resposta. ― E como você pretende me matar, Valentina? ― Prata pareceu funcionar da última vez ― disse Valentina. ― Dificilmente ― Julian riu asperamente. ― Eu ainda estou aqui. ― É verdade ― disse Valentina quando ela tirou um frasco grande de prata líquida do bolso. Ela puxou uma arma do outro e apontou-a para Julian. ― Mas da última vez, lhe foi dada a oportunidade de escapar quando você surpreendeu o papai. Eu não sou tão facilmente de assustar. ― Então, você sabe que seu pai tentou me matar? ― É claro, quem você acha que forneceu a prata? ― Você? ― Julian engasgou. ― Eu aprendi a muitos anos que a prata líquida era mais venenosa para um lobo do que a prata sólida. Prata sólida, tal como uma bala, pode ser
arrancada para fora do corpo. Uma vez que isso acontece, o corpo começa a cicatrizar. Prata líquida, no entanto, uma vez que entra na corrente sanguínea não há cura. Você vai morrer de uma morte lenta e agonizante. Julian percebeu quase no mesmo momento em que Rogan que Valentina não sabia sobre o coquetel de prata de Darren. Ele podia dizer pelo olhar estranho que Rogan lhe deu. Isso lhes deu uma vantagem. Ele esperava. ― Além disso, desta vez eu tenho meu querido Rogan para me ajudar. ― Valentina chegou de volta e tocou no peito de Rogan. ― Tenho certeza que ele percebe o quão errado você é para ele. Basta olhar para você, ajoelhando-se no chão como um cão. Rogan nunca se rebaixaria para associarse com alguém como você. ― E você acha que é melhor para ele? ― Julian bufou. ― Eu posso lhe dar filhotes ― Valentina estalou quando ela acenou a arma no ar. ― Eu posso governar ao seu lado. Com a influência do meu pai, será aceito em cada clã de lobo sob o domínio conselho. Seremos realeza. Rogan limpou a garganta até Valentina se virar para olhar para ele. ― Hum, eu consigo uma palavra a dizer sobre isso? ― Claro, querido. ― Então, eu digo que você perdeu a cabeça do caralho, Valentina. Julian caiu sobre seu traseiro, enchendo-o de choque quando viu Rogan pegar a arma da mão de Valentina com uma mão e um dar soco nela na mandíbula com a outra. Valentina caiu como uma caixa de pedras, no chão. Julian olhou, esperando que ela se movesse. Ela não o fez. Mas o homem armado com ela fez. Ele levantou o rifle em suas mãos e apontou-a para Rogan. Julian rosnou. Ele pulou e mergulhou em direção ao homem, mudando enquanto ele fez. O homem virou o cano do fuzil em sua direção, assim quando Julian pousou sobre ele.
Julian apertou o cerco contra o braço do homem tão duro quanto ele podia. Um gosto desagradável acobreado encheu a boca ao mesmo tempo que os gritos do homem encheram os seus ouvidos. Ele sentiu algo bater em sua cabeça e percebeu que o homem estava batendo nele com o punho. Julian começou a arrancar, rosnando quando ele puxou a carne rasgada em sua boca. ― Julian, é o suficiente. Julian rosnou novamente, não querendo soltar o braço no caso de o homem tentar ir atrás de Rogan. ― Julian! Basta! Julian parou de rosnar e soltou. Ele virou a cabeça para olhar para Rogan, surpreso ao vê-lo de pé a poucos metros de distância. Ele soltou o braço depois lambeu o sangue de suas costeletas. Era realmente um gosto desagradável, ao contrário de seu companheiro que tinha gosto de céu. ― Venha aqui, bebê ― Rogan fez um gesto com a mão. Julian olhou para o homem deitado no chão. Ciente de que ele estava incapacitado, Julian voltou sobre o seu companheiro. Sua recompensa foi um longo arranhão atrás das orelhas, e Rogan sabia exatamente o local para arranhar. As pernas de Julian começaram a bater em êxtase. Rogan agachou-se ao lado de Julian e passou os braços em volta do seu pescoço
― Oh, Deus, bebê, eu estava com tanto medo de que eu ia
perder você de novo. Julian deslocou e encontrou-se de bunda nua e ainda envolto nos braços de Rogan. Era exatamente onde queria estar. É claro que teria sido bom se Rogan estivesse nu também, mas os mendigos não poderiam ser exigentes. Julian levaria o que ele poderia obter.
― Nunca vai acontecer, Rogan ― Julian disse. ― Eu estou aqui para ficar desta vez. ― É melhor você estar, ou eu vou chicotear o seu traseiro, alfa ou não alfa. Julian começou
a
rir,
até
que
seus
desintegrada de Valentina. Julian estremeceu.
olhos
caíram
na forma
― Porra, Rogan, essa mulher
está totalmente maluca. ― É o que parece ― disse Rogan quando levantou a cabeça e olhou por cima do ombro. ― o que diabos vamos fazer? ― Pergunte a eles. Julian se virou para ver Joel, Grayson, Caleb, e outros dois homens de pé, perto da lateral da casa. Ele não reconheceu os dois homens, mas ele entendeu as carrancas profundas de desgosto em seus rostos. Julian se levantou rapidamente, querendo encarar o que estava por vir de pé. ― Você sabe providenciar os mais notáveis encontros, Julian, ― Joel disse e começou a andar mais perto. ― Vocês simplesmente tem que planejar a minha próxima festa. Eu conheço os clientes mais interessantes para convidar. ― Ah? Joel fez um gesto para os dois homens que caminhavam ao lado dele. Julian podia sentir o cheiro deles e sabia que era um vampiro e um era um lobo. Ele ainda não sabia quem eles eram e sentiu a necessidade de se aproximar de Rogan. ― Eu gostaria de apresentá-lo ao Ancião Carmichael do Conselho Lobo e Luca Ancião do Conselho Vampiro. ― Joel sorriu e juntou as mãos na
frente dele. ― Eu contei a eles a sua história, e eles escolheram vir aqui e falar com você pessoalmente. Se soubesse que você tinha outros hóspedes, eu teria chamado primeiro. Julian sorriu e inclinou-se para o braço de Rogan cuidadosamente embrulhado em torno dos seus ombros. ― Eu diria que a sua chegada foi no tempo perfeito, como sempre.
Capítulo Nove
― Como você está se sentindo? ― Rogan perguntou como ele se sentou na beirada da mesa de Julian. Fazia mais de um mês, que tinham lutado com Valentina e seus guardas. O escritório ainda estava um pouco de caótico, mas estava lentamente voltando ao normal. Os trabalhadores haviam acabado de reparar os buracos de bala hoje. Havia ainda uma série de danos do ataque para arrumar, mas a casa estava voltando ao normal dia a dia. Rogan não podia esperar pelo dia em que ele não olhasse para as paredes e lembrasse quando ele quase perdeu Julian pela terceira vez. Ele estava ficando malditamente cansado da vida do seu companheiro estar constantemente em perigo. Julian suspirou e deixou cair sua caneta sobre a mesa. ― Rogan, eu já lhe disse uma centena de vezes. Eu me sinto bem. Foi apenas um pequeno buraco de bala. Ele curou quase tão rapidamente quanto eu mudei. Não há nem mesmo uma cicatriz. Você precisa parar de se preocupar.
― Sim ― Rogan bufou. ― Como se isso fosse acontecer. Julian riu e recostou-se na cadeira. ― Você poderia pelo menos fingir que eu sou o alfa. ― Oh, eu não tenho nenhum problema em deixar você ser o alfa. ― Rogan balançou as sobrancelhas. ― Eu sempre gostei de você em cima. Você é muito bom nisso. ― Você pensa assim, não é? ― Julian apoiou os cotovelos sobre a mesa e apertou as mãos. Ele apoiou o queixo nas mãos. ― O que mais eu sou bom? Rogan sorriu. Era muito bom ter uma oportunidade para brincar. ― Estar em seus joelhos. ― A boca de Julian caiu aberta. Rogan se aproximou e colocou o dedo sob o queixo de Julian e levantou, fechando a boca. ― Cuidado, meu bem, eu poderia tomar isso como um convite. Julian revirou os olhos. ― Espertinho. ― É verdade ― disse Rogan, ― mas eu sou seu espertinho. Julian riu. ― Você é. ― Thomas chamou, e as novas paredes do centro estão prontas ― disse Rogan. ― Ele disse que se você quiser pode ir vê-lo a qualquer momento. Acho que vale a pena ser acasalado ao filho adotivo do dono. Julian sorriu. ― Ele faz um bom trabalho. Você vai gostar. ― Como você sabe? Você não viu o lugar em quase um mês. ― Eu confio em Thomas. Se ele diz que vai construir uma central superior de taxa, em seguida, ele vai fazê-lo. Além disso, você projetou. Agora que Thomas sabe o que você realmente quer, ele está colocando todos os seus recursos no lugar.
Rogan riu. ― Oh, você não sabe da missa a metade. Ele foi falar com Joel. Eles já encontraram um site que quer verificar um par de cidades mais para o próximo centro. ― É uma causa nobre, Rogan. ― É a sua causa. Eu não quero que ninguém passe pelo que eu passei, nós passamos. Eu acho que todo mundo precisa de escolhas, mesmo shifters gays. ― Eu concordo ― Julian assentiu. Rogan franziu o cenho quando Julian de repente sorriu. ― O que? ― Thomas veio me ver mais cedo. ― Ah? ― Parece que ele queria pedir formalmente a minha permissão para prosseguir com Gertie. A boca de Rogan caiu aberta. ― Jura, Rogan, ele estava todo educado e merda, me chamando de senhor e filho. Você teria estourado de rir. Eu imagino que agora mesmo ele está tentando o romantismo dela com flores e chocolates ou algo tão antigo. Rogan sorriu. ― Eu acho que é doce. ― Doce? ― Julian latiu com o riso. ― Você conheceu Gertrude? Ela vai ter Thomas correndo em círculos dentro de uma semana. ― Talvez. ― Rogan deu de ombros. ― Mas eu acho que já é tempo dela ter algo em sua vida, além de se preocupar com a gente. Thomas sabe o que somos, e se ele quer Gertrude e ela o quer, então eu digo sim a eles. ― Você é um romântico.
Rogan franziu o cenho e cruzou os braços sobre o peito. ― Então, o que se eu sou? ― Devo esperar flores e chocolates também? ― Você deve esperar ter o seu rabo chutado, se continuar a tirar sarro de mim. A diversão no rosto de Julian imediatamente caiu. ― Bebê, Eu amo sua veia romântica, quase tanto como eu te amo. Se você quiser me trazer flores e chocolate, em seguida, faça-o. Apenas lembre-se que eu tenho o direito de fazer o mesmo. O rosto de Rogan brilhou com um resplendor suave. ― Sim? Você não acha que é muito feminino? ― Eu acho que nós estamos autorizados a expressar nosso amor um ao outro de qualquer maneira que acharmos conveniente. ―
Julian sacudiu
um dedo para Rogan. ― E ninguém tem o direito de dizer o contrário. Se eles não são inteligentes o suficiente para encontrar alguém que lhes traz presentes românticos, então muito ruim para eles. Rogan riu nervosamente. Ele amava Julian e queria mostrar isso ao homem a cada minuto de cada dia, mas se acostumando a ter seu companheiro de volta em sua vida em uma base de tempo integral levaria algum tempo para se acostumar. Um pedaço de notas rabiscadas às pressas na mesa chamou a atenção de Rogan. Ele estendeu a mão e agarrou-o, começando a ler as divagações de Julian. Rogan reconheceu alguns dos nomes dos membros do conselho, mas que era sobre ele. ― O que é isso? ― , Perguntou ele. ― Joel chamou. Ele queria me atualizar sobre o que estava acontecendo com Valentina e Ancião Belikov.
― E? ― Rogan perguntou quando Julian não falou mais. ― Foi decidido que tanto o Conselho Lobo e o Conselho Vampiro vão ser convocados quando for o julgamento, de modo que não há favoritismo. E eles serão julgados por seus crimes. Valentina foi levada em custódia daqui de casa. Ancião Belikov foi localizado e preso ontem. ― Ontem? ― Rogan gritou. Ele ficou de pé e começou a andar, empurrando a mão pelo cabelo. ― Você quer me dizer que ele esteve solto todo este tempo? Eu pensei que o conselho estava tentando levá-lo sob custódia semanas atrás. ― Eles foram, mas Belikov tem estado escondido todo esse tempo. ― Julian bateu os dedos sobre a mesa. ― Parece que ele ainda tem alguns amigos lá fora em algum lugar. ― Isso é um pensamento assustador. ― Meus sentimentos exatamente. ― Então, o que agora? Julian sacudiu a cabeça. ― Eu não sei bem. Joel disse que os dois conselhos tem um pouco mais de investigação a fazer. As nossas não foram às únicas vidas que Nikolai e Valentina Belikov ameaçaram. O conselho quer se assegurar que eles cavarão a sujeira, tanto quanto possível antes de colocá-los em julgamento. ― Perfeito, e nesse meio tempo? Eles estão indo para mantê-los sob custódia ou o quê? ― Ah, sim, Joel garantiu-me que ambos foram levados para um local seguro que eles não serão capazes de escapar. ― Eu acredito nisso quando eu vir.
― Eu sei que é difícil de acreditar, Rogan, mas eles vão ser tratados, pelo que fizeram a nós e aos outros. Belikov e sua filha vão pagar por seus crimes. Rogan queria acreditar em Julian, mas ele tinha esperado tanto tempo para ver a justiça ser feita, que tinha começado a pensar que nunca iria acontecer. Nikolai e Valentina Belikov tinham muito a responder. Rogan só podia esperar e rezar para que eles conseguissem o que estava vindo para eles. ― Há algo mais, Rogan. ― Não há sempre. ― Seus pais estão sendo acusados como cúmplices também. Rogan engoliu em seco. ― Os meus pais? ― Eles sabiam Rogan. Eles podem não ter sabido exatamente o que o Ancião Belikov ia fazer para mim, mas eles estavam envolvidos com a tentativa de separar um casal. Eles voluntariamente combinaram aquele encontro com Valentina com o pleno conhecimento de que o Ancião Belikov ia me fazer desaparecer. Rogan sentou-se na cadeira em frente à mesa de Julian e baixou a cabeça em suas mãos. ― Nossa, Julian, os meus pais? ― Eu sinto muito, Rogan. Rogan recostou-se na cadeira e balançou a cabeça. ― Não, você não tem nada que se desculpar. Eu acho que sempre soube que meus pais estavam envolvidos de alguma forma. Eles eram tão insistentes que eu fosse nesse encontro. Eu só queria calá-los. Eu não sabia que era parte de um plano enorme, elaborado para levar o meu companheiro de mim.
― Faz você pensar o que teria acontecido se você tivesse dito que não, né? ― Julian sorriu. ― Eu acho que eles descobririam outra maneira de me tirar da foto. Rogan
considerou
por
um
momento
e
pensou
que
Julian
provavelmente estava certo. Se ele se recusasse a sair com Valentina todo esse tempo atrás, seus pais teriam acabado por descobrir outra maneira de eliminar Julian da vida de Rogan. ― Eles realmente não queriam que eu fosse acasalado a você, Julian. Eu gostaria de poder explicar-lhe o que era. Eu sei que isso não é desculpa para o que fiz naquela época, mas pode fazer você entender. A insistência constante sobre como o mal era ser gay ou mesmo atraído por homens... ― Rogan balançou a cabeça. ― Foi assim toda a minha vida, a cada dia de merda. Se eu sequer olhasse para outro homem, meus pais vinham para cima da minha bunda. Chegou a um ponto em que eu apenas enterrei essa parte de mim e parei de olhar. ― Até que eu apareci. Rogan riu. ― Sim, você foi uma surpresa enorme. Não só eu estava atraído por você, mas nós éramos companheiros. O puxão do vínculo com você era mais do que eu podia suportar. Porque você acha que eu o evitei tanto? ― Porque você não conseguia manter suas mãos longe de mim? ― Eu nunca fui capaz de manter as mãos longe de você. ― Rogan esfregou as mãos sobre seu rosto enquanto ele se lembrou de como atraído por Julian ele tinha sido. A obsessão de tocar seu companheiro, de estar perto dele, apenas para ouvi-lo respirar, não tinha diminuído em todo esse tempo. ― Eu não tenho certeza se eu vejo o problema, então. ― Julian riu. ― Eu nunca tive um problema com as suas mãos sobre mim.
― Julian, eu estava tentando ser hétero, lembra-se? Eu ia ser um bom menino e encontrar uma garota para me estabelecer, não um homem. Então você entrou na minha vida, e meu mundo explodiu. ― Você teria preferido que eu nunca entrasse na sua vida? ― Nem diga isso! Rogan piscou, de repente percebendo que suas garras haviam estendido e escavado na parte superior da mesa de madeira quando ele gritou com Julian. Ele sentiu o rubor facial e extraiu suas garras, cruzando as mãos no colo. ― Sinto muito. ― Não, não ― Julian acenou com a mão em um gesto de desprezo. ― É bom saber que você reage tão fortemente à ideia de nós nunca estamos juntos. Eu apenas me preocupo com os nossos móveis. O rosto de Rogan corou ainda mais. ― Eu espero que você entenda que eu nunca quis jogar sua vida no caos absoluto, Rogan. Nós éramos companheiros, embora, e nós estávamos destinados a ficar juntos. Eu queria dar-lhe o tempo para se acostumar com a ideia. Eu nunca teria forçado você. ― Nossa, Julian, eu sei disso. Você nunca me pressionou a nada. Eu estava com tanto medo de decepcionar os meus pais, e eu tinha visto o que aconteceu com os outros homens que saíram do armário. Eu não queria que isso acontecesse comigo, mas depois que você se foi nada disso importava mais. ― Eu ouvi sobre a raiva que você entrou depois que eu desapareci. Acredite ou não, eu mantive o controle sobre você através de Gertrude. Eu acho que eu não poderia deixar você ir completamente, mesmo quando eu pensei que nunca ia voltar.
― você sempre vai voltar. Rogan sabia como sabia o seu próprio nome. Eles podem ter estado separados pelo tempo e distância, mas eles ainda eram companheiros. A necessidade de estar juntos foi vitoriosa. Julian teria cedido no fim e voltado para casa. ― Você pensa assim, não é? ― Eu sei que sim ― disse Rogan quando ficou de pé. E começou a desabotoar a camisa, sorrindo quando ouviu Julian inalou rapidamente. Ele tirou a camisa e jogou-a no chão ao lado da sua cadeira. O olhar de pura luxúria no rosto atordoado de Julian fez o pênis de Rogan endurecer. Os feromônios de Julian teriam feito se o olhar não tivesse. Julian o queria, e nem sequer tentou esconder. ― Você me quer muito para ficar longe para sempre. ― Rogan caminhou lentamente ao redor da borda da mesa. Ele podia sentir os olhos famintos de Julian devorando-o a cada passo. Quando ele chegou do lado de Julian na mesa, Rogan fugiu até que ele estava entre Julian e a mesa. ― Você não quer, Julian? ― Deus, sim! Rogan assistiu o desejo ardente nos olhos de Julian começar a queimar quando ele arrastou as mãos pelo seu peito. Julian levou em cada movimento que ele fazia. Ele beliscou seus mamilos, gemendo quando o prazer percorreu seu corpo quando ele puxou-os. Seu pênis estava pulsando em seu jeans, batendo contra o seu zíper. Rogan moveu lentamente as mãos pelo seu peito até que ele alcançou os botões e zíper que abriam sua calça. Ele viu Julian engolir em seco quando ele puxou o botão livre, então baixou lentamente o zíper. ― Você quer me tocar.
Não era uma pergunta, mas Julian assentiu rapidamente de qualquer maneira. Rogan sorriu quando ele chutou os sapatos debaixo da mesa e, em seguida, puxou as bordas da suas calças de lado, exibindo seu pênis duro, doendo para Julian lentamente ao mesmo tempo. No momento em que seu pênis apareceu livre e Rogan pode empurrar seu jeans para baixo de suas pernas, Julian estava mordendo o lábio e segurando os braços da cadeira com tanta força que Rogan ouviu o estalo da madeira. Os olhos de Julian estavam fixos no pau grosso de Rogan. Rogan estendeu a mão e agarrou seu pênis, dando a si mesmo um par de movimentos firmes. ― Você gosta disso, bebê? Julian assentiu novamente. O homem parecia além da fala no momento. Rogan ergueu-se para cima da borda da mesa, em seguida, levou a bunda dele até a borda. Ele levantou as pernas e plantou nos braços da cadeira de Julian, espalhando seus joelhos tão distantes quanto podia. Ele sabia que de onde Julian estava o homem tinha uma visão clara do seu pau, suas bolas, e sua bunda. Ele só esperava que Julian apreciasse o show tanto quanto Rogan se dando. Rogan continuou lentamente acariciando seu pênis enquanto ele se aproximou e enfiou os dedos na boca de Julian. Ele gemeu quando Julian gemeu e chupou-os em sua boca, rodando sua língua sobre as pontas. ― Você sabe como é bom ter a sua língua fazendo isso com o meu pau? Julian se afastou por um momento, os olhos grudados onde Rogan estava acariciando a si mesmo.
― Eu poderia... ― Julian engoliu em seco
novamente. ― Eu poderia fazer isso.
― Uh-uh, eu tenho algo planejado. ―
Rogan levou os dedos que
Julian tinha deixado molhados e pressionou-os contra o seu buraco dolorido. Olhos
de
Julian
cresceu
redondo,
enquanto
observava
Rogan
empurrá-los em seu buraco, todos os três ao mesmo tempo. Rogan assobiou da queimadura de três dedos entrando em sua bunda ao mesmo tempo, roubando-lhe o fôlego. Ele sabia que a dor pararia em um momento, mas valeu a pena o olhar de espanto atordoado no rosto do seu companheiro. ― Você gosta disso, Julian? ― Rogan sussurrou. ― Você gosta de me observar me foder? Julian assentiu. ― Você quer me reivindicar, Julian? Você quer bater o seu grande pau gordo na minha bunda? ― Rogan piscou surpreso quando Julian rosnou e os braços da cadeira quebraram. Ele olhou para baixo para ver um grande pedaço no braço. ― Eu acho que você faz. Julian levantou-se e começou a chegar para ele. Rogan levantou a mão para detê-lo. ― Livre-se das roupas em primeiro lugar. Rogan foi surpreendido com a rapidez que Julian tirou a roupa, embora duvidasse que elas pudessem ser utilizáveis novamente. Eles foram rasgadas em pedaços. Quando Julian foi para alcançá-lo novamente, Rogan parou pela segunda vez. ― Obter o lubrificante. Julian puxou a gaveta da mesa tão rápido que ele veio todo o caminho para fora e caiu no chão. Rogan riu enquanto Julian procurou pela gaveta e pegou o lubrificante, estendendo-o para ele.
Rogan pegou o lubrificante e colocou no topo. Ele derramou um esguicho saudável para fora em seus dedos em seguida, empurrou-os em seu traseiro, tocando-se agradavelmente e lubrificado. Uma vez que isso foi feito, ele baixou os pés da cadeira e derramou um pouco mais de lubrificante nos seus dedos. ― Precisamos prepará-lo, também. Rogan empurrou Julian de volta o suficiente para que ele pudesse cair de joelhos. Ele não fez uma pausa antes mesmo de envolvendo pau de Julian profundo em sua boca. Gotas de pré-sêmen explodiram em sua língua quando ele bateu-a sobre a pequena fenda na ponta. Os quadris de Julian resistiram, e um gemido alto encheu a sala. Rogan sugava o comprimento de Julian para baixo e engoliu antes de lamber o seu caminho de volta para a ponta. Ele fez isso várias vezes, girando a língua em toda a ponta em seguida, sob a coroa do pau de Julian. “Eu quero isso, bom e duro quando você transar comigo” Rogan enviou para o seu companheiro através do seu vínculo. ― duro... com certeza que eu poderia bater pregos agora. Rogan segurou a base do pênis de Julian com a mão coberta de lubrificante e começou massagear o homem para cima. Ele manteve sua boca em torno da cabeça do pênis de Julian, chupando e lambendo a ponta. Ele alcançou passado o pênis de Julian e agarrou seu saco massageando-o entre os dedos. ― Mas é melhor você se apressar ― Julian gemeu quando ele começou a empurrar-se na boca de Rogan. ― Eu não tenho certeza de quanto tempo mais eu posso aguentar. ― Então eu acho que devemos ter certeza de que você está pronto.
Rogan manteve sua boca ao redor do pênis de Julian quando ele agarrou o lubrificante de novo e esguichou um pouco mais em seus dedos. Ele jogou o lubrificante sobre a mesa atrás dele, em seguida, estendeu a mão entre as pernas de Julian. ― rápido, bebê. Rogan sentiu Julian descansar as mãos sobre a mesa, quando ele espalhou suas pernas. No momento Julian estava aberto para ele, Rogan empurrou um dedo lubrificado no traseiro do homem. Ele gemeu quando o corpo de Julian parecia sugá-lo direto para dentro. ― Deus, eu amo sua bunda. ― Você pode tê-la. ― Eu pretendo. Só preciso prepará-lo primeiro. Julian resmungou. Rogan pressionou um segundo dedo no traseiro de Julian e começou a espalhar os dois ao redor. Julian estremeceu, mas ele não se afastou. ― Mais, Rogan, preciso de mais. Rogan preparou Julian, empurrando um terceiro dedo no traseiro apertado do homem. Julian foi lentamente se soltando, mas ele ainda estava muito apertado para Rogan poder levá-lo sem desconforto. Ele empurrou um quarto dedo e começou a se mover em torno deles. Julian gritou e começou a foder os dedos de Rogan, empurrando de volta contra eles. ― O inferno, sim, mais duro, Rogan, foda-me mais duro. Rogan passou os dedos na medida em que eles iriam em seguida, curvou-os até que sentiu o local doce que ele estava procurando. Ele agarrou Julian com uma mão e arrastou os dedos sobre a glândula de prazer com o outro.
― Rogan! ― Julian gritou. Seu corpo enrijeceu por um momento, então ele empurrou seu pênis profundamente na boca de Rogan. Creme quente encheu a boca de Rogan, mesmo como o círculo de músculos na bunda de Julian apertou o cerco contra os seus dedos. Rogan gemeu ao redor do pênis de Julian quando ele engoliu a última gota que o homem tinha para lhe dar. Ele podia sentir o seu próprio pênis pulsar em resposta ao orgasmo do seu companheiro e sabia que se ele não entrasse profundamente dentro de Julian nos próximos segundos, ele nunca faria. Rogan tirou o pênis de Julian e rapidamente ficou de pé. Ele passou o braço sobre a mesa e limpou-a, sem se importar que tudo caísse no chão. Levantou o corpo de Julian em seus braços, levantou o homem sobre a mesa e colocou-o de volta contra o topo. ― Eu vou te foder tão duro que você vai me sentir na sua bunda na próxima semana. ― Rogan rosnou quando ele agarrou os quadris de Julian e puxou o homem para a borda da mesa. Passou os braços em volta das coxas de Julian e levantou seu traseiro para o ar, espalhando suas coxas. Assistindo a cabeça do seu pênis contra a entrada de Julian quase enviou Rogan sobre a borda. Cada centímetro do seu pênis que se afundou no seu companheiro era um afrodisíaco visual. Era melhor que um filme pornô. Ele não era um homem pequeno, por qualquer meio. Ele era realmente maior no comprimento e na largura do que quase todos os que ele conhecia. A visão do seu pau enorme espalhando a bunda de Julian quando ele entrou nele era uma das coisas mais quentes que Rogan já tinha visto.
Ele diminuiu seus impulsos, para que ele pudesse apreciá-lo, desde que ele podia. Mas depois de um momento, ele foi para a raiz, até o último centímetro enterrado firmemente no traseiro de Julian. É claro, puxando para fora era tão bom, mas não foi tão fácil. Os músculos internos de Julian pareciam a apertá-lo mais apertado quando ele puxou, como se eles não quisesse deixar o pau de Rogan. Rogan puxou até que apenas a ponta ficou então lentamente empurrou para trás novamente. Ele fez isso várias vezes até que ele ouviu o gemido de Julian. Olhando para cima, Rogan ficou chocado ao ver o pau de Julian cheio de novo. O pênis do homem estava tão duro e tão inchado que parecia que ele não tinha gozado há pouco. ― Você gosta disso, não é? ― Rogan disse em voz alta. Sua voz soou estranha na sala em silêncio. Ele começou a se retirar devagar, mantendo os olhos no rosto de Julian desta vez. ― Você gosta de sentir cada centímetro do meu pênis dentro e fora da sua bunda. ― Sim! Rogan manteve seus braços em volta das coxas de Julian e inclinouse sobre o peito do homem. Não só dando-lhe uma oportunidade para beijar o seu companheiro, mas ele espalhou Julian aberto cada vez mais. Rogan gemeu quando se sentiu afundar um pouco mais quando ele empurrou para dentro. ― Amo ter você dentro de mim ― Julian sussurrou. Rogan sorriu. ― Então você vai adorar isso. Rogan deixou a mudança vir sobre ele, mudando a sua forma de lobisomem, meio homem, meio lobo. Seus ossos rachados quando ele cresceu, passando de um metro e oitenta e cinco da altura para quase dois metros e meio de altura. Pelo preto brotou ao longo dos seus braços e pernas, em
seguida, seu corpo inteiro. Seus dentes caíram e as garras estendidas de seus dedos. A respiração de Julian prendeu em sua garganta quando sua cabeça caiu para trás contra a mesa. Rogan sabia que o homem estava sentindo seu pau crescer. Ele mal conseguia se mover como estava. Quando ele mudou em sua forma de lobisomem, não só os braços e as pernas ficavam maiores, mas seu pênis cresceu também. Rogan parou, à espera de Julian se acostumar com o seu tamanho aumentado. Finalmente, Julian relaxou e começou a respirar normalmente de novo. Rogan tirou o cabelo marrom suado para trás do rosto corado de Julian. ― Melhor? ― Sim. ― Você está pronto para eu foder você agora? Julian assentiu. Rogan se moveu lentamente novamente, puxando até que a cabeça do seu pênis era tudo o que restava na abertura apertada de Julian. Ele arqueou uma sobrancelha, preocupado quando o corpo de Julian começou a tremer e os olhos do homem caíram fechados. ― Você está bem, querido? ― Mais uma vez. Rogan empurrado para frente em seguida, puxou um pouco. Os tremores constantes no corpo de Julian aumentaram em força. Rogan parou, preocupado que ele estava machucando o seu companheiro. Nenhuma quantidade de prazer que ele estava experimentando jamais valeria a pena ferir Julian. ― Julian?
Rogan foi um pouco surpreso pelo brilho feroz nos olhos de Julian quando eles abriu e olhou para ele. O homem parecia possuído quando ele rosnou. ― Foda-me! Rogan piscou para a demanda clara na voz de Julian. Era uma mistura de determinação de aço e de autoridade. Julian estava usando sua voz alfa em Rogan para conseguir o que queria e que nenhum membro do seu clã poderia recusar. Rogan não queria de qualquer maneira. Ele se inclinou para trás e segurou as coxas de Julian firmemente com as mãos. Cerrando os dentes para o prazer que ele sabia que estava por vir, Rogan empurrou de volta para Julian com nenhuma consideração pela carne do homem. Julian gritou e arqueou o corpo para Rogan. ― duro, caramba ― Julian rosnou. ― Foda-me como gostaria de fazer isso. Rogan segurou as coxas de Julian com tanta força que seus dedos ficaram com a pele branca. Ele sabia que Julian teria grandes hematomas na parte da manhã, mas uma ordem era uma ordem. Rogan começou um ritmo duro, dirigindo seu pau no corpo de Julian com toda a sua força de lobisomem. Os gritos e gemidos de Julian encheram a sala, ofuscando sua exigência, ofegante. Quanto mais duro Rogan bateu em Julian, mais alto seus gritos se tornavam. Suor caindo de seus corpos, os sons de sua carne batendo juntas com os gritos de prazer. Julian de repente, levantou os braços sobre a cabeça e agarrou a borda da mesa. Seus olhos azul aço encontraram os de Rogan. ― Eu vou gozar. Rogan ficou um pouco mais do que surpreso já que ele não havia tocado o pênis de Julian desde que afundou em sua bunda. Ele olhou o pau de
Julian para vê-lo saltar para trás e para frente com cada impulso, batendo contra o abdômen de Julian. Grande quantidade de pré sêmen vazou da ponta, escorrendo pelos lados. ― Então goza, meu amor ― Rogan começou a bater em Julian ainda mais rápido, dirigindo-se tão profundo como ele poderia ir. Ele estava fascinado pela maneira como o pênis de Julian engrossou diante dos seus olhos, a cabeça girando em um vermelho irritado. Ele quase perdeu o ritmo de suas estocadas quando Julian de repente gritou seu corpo explodindo. Sêmen, cremoso branco disparado do pau de Julian. Banhando todo o seu peito. Até que praticamente estava banhado nele. ― Isso é tão gostoso, Julian. ― Sim ― Julian ergueu a mão como se para fazer algum gesto depois caiu de volta para o seu peito. ― Sua vez. Rogan diminuiu o impulso para baixo mal se movendo, apenas lazer entrando e saindo do buraco tremendo de Julian. Foi à única maneira que ele poderia deixar de gozar. Ele sorriu para Julian. ― Uh-uh, eu não consegui a minha bunda toda lubrificada se não sentir você me foder. Os olhos de Julian se arregalaram. ― Não posso. ― Ah, sim, você pode. ― Rogan fez questão de manter seu impulso mais lento, movendo-se apenas o suficiente para manter seu pau duro e fechado no traseiro de Julian. ― Eu vou ter você duro novamente, Julian, e então você vai me foder até amanhã. ― Você é louco ― Julian engasgou. ― Eu já gozei duas vezes. Eu não posso voltar. ― Quanto você quer apostar?
Rogan soltou uma das coxas de Julian. Ele passou a mão pelo sêmen no abdômen de Julian então pegou o pau amolecido do homem. Usando o sêmen como lubrificante, ele começou a acariciar o pênis de Julian. Ele podia sentir Julian se abalar com cada movimento da sua mão. O homem tinha que estar incrivelmente sensível agora. Isso ajudaria a causa de Rogan. ― Rogan, ― Julian gemeu, ― eu não posso. ― Você pode, e você vai. ― Rogan usou à voz alfa que ele tinha desenvolvido por necessidade, quando se manteve em pé para Julian, nos últimos três anos. ― Nós não vamos sair desta sala até que eu sinta esse pau na minha bunda. Eu não me importo quanto tempo eu tenha que te foder. ― Você é um filho da puta. Rogan riu. ― Mas eu sou o seu filho da puta. Julian de repente sorriu. ― Sim. Demorou um pouco, mas finalmente Rogan sentiu o pênis de Julian começam a ter interesse no que ele estava fazendo. Pouco a pouco, o pênis em sua mão começou a endurecer. A respiração de Julian começou a pegar, se tornando ofegante. Rogan aumentou o ritmo de suas estocadas. Ele dobrou os joelhos o suficiente para que ele pudesse ter mais força e vindo de um ângulo diferente. Ele queria Julian duro, e quanto mais rápido, melhor. Estar dentro do seu companheiro por tanto tempo sem gozar era quase mais do que ele poderia continuar a fazer. ― Eu vou entrar na sua bunda, amor, e então você vai me foder até eu voltar. ― É... ― Julian ofegava pesadamente e lambeu os beiços. ― Você está tentando nos matar?
― Não ― Rogan sorriu. ― Estou mostrando como vivo realmente estamos. ― Droga! Uma vez que pau de Julian estava duro novamente, Rogan sabia que era hora de ele gozar. Ele estava tão perto da borda de qualquer maneira, um vento rápido, provavelmente, poderia ter enviado ele sobre a borda. Ele agarrou as coxas de Julian novamente e inclinou a bunda do homem para cima. ― Não goze até que você esteja com as bolas profundas na minha bunda, entendeu? Julian assentiu. ― Certo, você fode comigo até gozar então eu fodo você até que você volte. ― E você pode gozar depois disso. ― Eu provavelmente vou morrer se eu fizer. ― Foda-me na sua forma de lobisomem ― Rogan disse quando ele começou a empurrar mais rápido e mais forte. ― Você não precisa nem ser gentil sobre isso. Eu gosto de áspero. Foda-me como você sempre quis. Eu prometo a você, eu vou amar cada segundo. Em vez de agarrar a borda da mesa, Julian estendeu a mão e passou os dedos ao redor de seu pênis. Ele começou a acariciar seu pênis. Com a outra mão, Julian começou a brincar com seus mamilos, puxando-os, apertando-os entre os dedos. Rogan gemeu na inebriante visão de Julian jogar com ele mesmo. ― Você é tão sexy, Julian, ― ele sussurrou. ― Sim? ― Julian respondeu. ― Você gosta de me ver eu tocar a mim mesmo?
― Oh, sim. É muito quente. ― Que tal isso? Os olhos de Rogan quase saltaram para fora da sua cabeça quando Julian soltou o seu pênis e chegou a suas pesadas bolas para quebrar os dedos ao redor do seu pênis, onde seus corpos se encontravam. Rogan podia sentir os dedos de Julian sobre ele e o prazer de afundar no traseiro apertado do homem ao mesmo tempo. ― Ah, foda-se! A cabeça de Rogan caiu para trás em seus ombros quando o seu corpo ficou sobrecarregado. Ele dirigiu-se tão profundamente no acolhedor corpo de Julian quanto ele poderia então congelou quando seu orgasmo varreu-o como uma onda. Ele tremia quando surto após surto de gozo do seu corpo e encheu o de Julian. O corpo de Rogan derreteu e voltou para humano. Ele não podia recuperar o fôlego. Ele sentiu suas pernas começarem a entrar em colapso sob ele e agarrou a borda da mesa. ― Julian. ― Oh, não, você não ― Julian rosnou quando ele se afastou e pulou da mesa. ― Eu tenho ordens para fode-lo até amanhã. Assuma a posição, amor. Você está prestes a ser fodido. Rogan caiu sobre a mesa onde Julian tinha estado um momento antes. Ele agarrou a borda com as mãos e abriu as pernas, empurrando a bunda para o ar e apresentando o seu buraco dolorido para o seu companheiro. Rogan gritou de surpresa quando ele sentiu a mão de Julian descer em sua bunda. Um momento depois suas bochechas foram abertas e gel frio escorria sobre ele. Rogan choramingou quando os dedos de Julian empurraram para dentro dele, quatro ao mesmo tempo.
Ele queria ser fodido. Ele queria uma vida dura. Ele estava recebendo exatamente o que ele queria, e o simples pensamento de Julian não tratá-lo como vidro fez seu pau se contrair com juros. ― Ah sim, Julian, assim. Os dedos de Julian se afastaram de sua bunda e suas bochechas foram espalhadas novamente. Rogan sentiu o pelo nos braços de Julian quando eles roçavam contra ele e sabia que o seu companheiro havia mudado novamente. A conclusão lógica era que ele estava prestes a ser empalado em um pau quase tão grande quanto o dele. ― Foda-me, companheiro! Os dedos de Rogan se cravaram na madeira da mesa, quando o pênis enorme de Julian violou ele, empurrando profundamente. A mordida de dor foi gloriosa. Julian encheu cada centímetro dele. A sensação do pau de Julian arrastando contra a sua próstata, quando ele puxou e empurrou de novo foi o êxtase. As garras de Julian cavando as bochechas de Rogan quando eles fizeram. Rogan começou a choramingar quando Julian começou a dar palmadas nas suas bochechas entre empurrões, alternando as faces. Rogan nunca soube que as bochecha seriam espancada. Ele estava certo de que a sua bunda iria ficar vermelha. Ele simplesmente não conseguia reunir qualquer preocupação sobre isso. Ele adorava a sensação de Julian açoita-lo. O pênis de Rogan estava duro e dolorido agora. Ele estendeu a mão para
agarrá-lo,
com
a
intenção
de
acariciar-se
quando
um
tapa
particularmente duro pousou em sua bunda. Rogan gritou e se virou para olhar para Julian sobre seu ombro. ― Não tocar ― Julian rosnou. ― Mantenha as mãos na borda da mesa.
Rogan sorriu e se virou, atingindo-se e envolvendo as mãos em torno da borda da mesa. Ele achou divertido quando ele recebeu outro tapa na bunda, este um pouco mais suave. Um para a punição, uma para o elogio, o quão estranho era isso? Julian começou a se mover mais rápido e mais forte, empalando Rogan em seu pau com tanta força que Rogan precisava endurecer as pernas e forçar-se de volta contra Julian apenas para se manter de voar fora da mesa. ― Você me diz quando está prestes a gozar, Rogan. Rogan assentiu rapidamente. ― Eu não posso ouvir você, companheiro. ― Sim! ― Bom menino ― Rogan recebeu outro tapa. O corpo de Rogan começou a doer, aumentando o prazer rasgando seu corpo. As bochechas da sua bunda estavam quentes e doloridas. Sua bunda doía do grande pau batendo nele. Mesmo seus quadris feridos de onde as garras de Julian fincaram. E Rogan gostou de cada mordida dor. ― Se desencoste por um momento. Rogan franziu a testa, confuso, mas fez o que Julian pediu. Julian colocou a camisa na mesa em seguida, agarrou seu pênis e apertou-o contra seu estômago, segurando-o lá. ― Ok, estamos de volta. Rogan entendeu quando ele se deitou de volta sobre a mesa. Seu pênis estava aninhado na camisa de Julian, pressionado entre o seu corpo e a mesa. Quando Julian começou a empurrar novamente, Rogan soltou um gemido longo. Toda vez que Julian empurrava nele, levou o pau de Rogan na camisa. Com o peso do seu corpo pressionando-o para baixo sobre a mesa, ele
não apenas fazia doer o seu pau, mas ele sentiu como se estivesse sendo massageado pela camisa de Julian. ― Oh, Deus, mais rápido, Julian. Rogan resmungou quando Julian obrigou. Seu corpo estava em sobrecarga sensorial. O cheiro de sexo que encheu o ar era forte, mas não tão forte quanto o cheiro da excitação do seu companheiro. Adicionando o ofegante pesado e os gemidos e... ― Julian vou... Rogan gritou quando os caninos afiados de Julian se afundaram na sua nuca. O sangue que escorria instantaneamente pelo seu pescoço era nada comparado com o sêmen que saiu do seu corpo e cobriu a mesa quando o orgasmo de Rogan explodiu do seu corpo. Julian rugiu ao redor da carne na boca. Rogan sentiu uma série de golpes curtos e um longo, onde Julian dirigiu-se em sua bunda e ficou lá. Líquido quente encheu sua bunda, cada tiro poderoso contra o seu ponto ideal, tornando na visão de Rogan, o prazer continuou fazendo o seu caminho através do seu corpo. Ele fechou os olhos e deitou a cabeça sobre a mesa, incapaz de fazer qualquer coisa, além de respirar, e mesmo isso estava tomando um esforço. Ele sorriu fracamente quando sentiu Julian extrair os dentes e lamber as gotas de sangue, então, plantar um pequeno beijo na sua testa. ― Amo você, Rogan. ― Te amo, Julian ― Rogan abriu os olhos e sorriu para Julian. ― Eu lhe disse que você poderia gozar de novo. ― Então você fez. ― Os dedos de Julian acariciaram o lado do rosto de Rogan. ― Mas ainda temos um pequeno problema, meu amor.
― Ah? ― Minhas pernas não funcionam, e nem as suas. Quem vai levar nossas bundas lá para cima? Rogan riu e virou-se ligeiramente, envolvendo seu braço em volta dos ombros de Julian. ― Podemos ficar aqui até que alguém nos encontre. ― Sim, e mostrar a sua bunda nua para todo o clã? ― Julian riu. ― Então, não vai acontecer. Rogan gritou quando a mão de Julian desceu em sua bunda ― Esta bunda pertence a mim. Não é, e ninguém vai ver, além de mim. ― Não é? ― Rogan franziu a testa. ― Não é não é uma palavra. ― É também. ― Não, não é. ― Rogan revirou os olhos. ― É óbvio que eu preciso lhe ensinar a maneira correta para um alfa se comportar. Não se preocupe, porém, amor. Eu tenho muita experiência de ser um alfa. Julian riu. ― Ah, então você acha que pode me redimir? O sorriso de diversão caiu do rosto de Rogan quando ele segurou o lado do rosto de Julian e olhou em seus olhos azul aço. ― Eu acho que estamos ambos machucados, não é? ― Não, amor, nós dois sofremos o suficiente. Eu acho que é hora de acreditar que o que temos juntos é exatamente o que merecemos. E que ninguém se atreva a tentar levá-lo para longe de nós de novo. Rogan piscou as lágrimas e levantou uma sobrancelha, tentando não deixar Julian saber o quanto suas palavras o afetaram. ― Isso é uma ordem, alfa?
Julian flexionou os quadris, arrancando um suspiro rápido de Rogan quando o pênis do homem moveu dentro dele. ― Sim, mesmo se eu tiver que bater em você. Rogan engoliu com o calor que ele podia ver começar a construir nos olhos de Julian quando as mãos do homem esfregado sobre a sua bunda doendo. ― Ok.
Fim