ATMOSFERA
Em breve vai começar uma nova estação, muitas tendências já foram apresentadas e para te ajudar, a #RELLUS reuniu tudo que rolou nas temporadas de verão internacional que vão bombar pelo mundo nas próximas temporadas. Para entender toda essa atmosfera, começamos compartilhando o ranking dos 10 melhores desfiles internacionais de verão, que o FFW listou, confira.
LOEWE
Na Loewe, Jonathan Anderson também trouxe uma atmosfera mais pé no chão, com lindos vestidos em algodão que fazem nossa antena consumista acender na hora: quero esse vestido pro verão! As roupas são sexy ao jeito de Anderson, leves, ventiladas e com uma riqueza de cores, materiais e texturas que tornam cada look único, ainda que contenham a mesma atmosfera e direcionamento criativo. “Queria algo que as pessoas tivessem vontade de chegar perto e tocar”, disse o estilista à Cathy Horyn. Um sneaker pontudo, inspirado em uma sandália marroquina, chamou atenção no desfile. Quando questionado no backstage sobre esse, que parece um sapato de elfo, Jonathan diz: “eles fazem a gente rir”. É a leveza que vem de dentro e contagia todo o espírito da coleção.
BURBERRY
“Estou tentando me colocar numa situação em que eu enxergue as coisas com frescor”, comentou Christopher Bailey no backstage do desfile. Decorrente ou não da influência de Gosha Rubchinskiy, com quem Bailey colaborar recentemente, o Verão 18 da Burberry veio, sim, soprar novos ares e uma pitada extra de jovialidade sobre a marca. Isso sem perder em nada o seu espírito britânico, com foco no outerwear. Novas leituras da padronagem em xadrez permearam toda a coleção: de bonés e bolsas a golas de casacos. Jaquetas Harrington, trench coats, corpulentos tricôs Fair Isle, motivos militares apareceram combinados a casacos e calças esportivas de plástico e tecido tecnológico ou ainda a vestidos de renda e organza, resultando num mix arrojado de tecidos, proporções e texturas que deram vida a peças essencialmente básicas. Uma coleção “um pouco mais honesta, um pouco menos polida”, definiu o estilista.
CALVIN KLEIN
Raf Simons tem tirado a Calvin Klein da zona de conforto olhando para a própria cultura americana. Filmes de terror, pop art, cheerleaders e cowboy são alguns dos motivos desta coleção, uma das mais bonitas, instigantes e inteligentes da semana de Nova York. Simons adora TV e filmes e diz que vê no trabalho do ator uma liberdade que falta na indústria da moda. “A moda abraçou demais a expectativa dos espectadores”, disse à Vogue US. E de fato, não há mesmo muitos riscos. O desfile é uma composição de texturas e tons e de imagens que podem enganar à primeira vista. Por exemplo, os vestidos que parecem camisolas, lindas, simples e leves, mas usadas por cima de uma camiseta com uma imagem de Andy Warhol, a do acidente de carro – ou com a foto estampada na própria peça. Ou ainda as saias, vestidos e trench coats com silhueta 50s, mas feitos em material pesado, emborrachado ou no nylon que vemos em barracas, com cordas e tudo. É um outro olhar para a feminilidade, trazendo uma atmosfera mais sombria, misturando o sonho e horror made in USA. “Raf é um artista. Poucos designers de fato querem olhar para a cultura de uma maneira crítica”, disse Sterling Ruby após, artista e colaborador de Raf que
HELMUT LANG
Foi a coleção mais Helmut Lang desde que o próprio Lang deixou a marca, em 2005, um vislumbre da energia que ressoava nos shows de Lang nos anos 90 e início dos 2000. A nova fase da marca tem por trás Isabella Burley, editorachefe da Dazed, na direção criativa e com a ideia de trazer um estilista por temporada para interpretar a marca. Quem assina esse desfile – muito bom – é Shayne Oliver, da Hood by Air, que trabalhou com os ícones criados por Lang, focando no sexo fetichista, uma das vertentes nas criações de Lang. Energia, criatividade e contemporaneidade de sobra para entender os significados de uma das marcas mais influentes e cults do mundo.
MARC JACOBS
Cenários mirabolantes, trilha sonora comovente, imagens isca de Instagram. Não houve nada disso na apresentação Verão 18 de Marc Jacobs. Apenas as modelos cruzando uma passarela longuíssima, vagarosamente entrando em foco no campo de visão dos convidados. Sem trilha alguma, foi a coleção que ecoou em alto e bom som, com um splash de cores vibrantes, bastante brilho e estampas dramáticas, que soou como algo tão frescoroso quanto reminiscente de temas e formas já comuns na trajetória de Jacobs como estilista. Parcas com estampas maxi, vestidos lindos com bordados, ternos oversized, tracksuits de nylon… tudo com a precisão e sofisticação do “sob medida”, mas com um ar informal.
CÉLINE
Os casacos (com um corte primoroso, obviamente) vieram como mutação entre jaqueta e capa; os coletes desconstruídos, quase pelerines; os vestidos ganharam o balanço fascinante das franjas, silhueta box e também a intervenção de cores pintadas a mão. Phoebe Philo faz roupas práticas com um traço sutilmente fantasista, tão usáveis quanto desejáveis. Faz o sutiã de ráfia costurado sobre um vestido parecer algo simples de vestir da mesma maneira que, em suas mãos, a banal combinação entre rosa e amarelo num look blazer e saia parece ter saído de um universo de sonho. “Leveza”, “amor” e “otimismo” foram palavras usadas pela estilista para descrever a coleção. “Ela reconhece que maturidade não precisa ser sinônimo de monotonia mas mais um tipo de audácia inteligente”, resumiu Vanessa Friedman, em sua crítica para o The New York Times.
LOUIS VITTON
Demorou, mas ele conseguiu! Nicolas Ghesquiére saiu da Balenciaga como um dos estilistas mais cultuados dos anos 2000, por conta de sua visão criativa e de inovação que despertou a marca de um sono profundo. Na Louis Vuitton, ele se debruçou em uma silhueta rígida que pouco ajudava: não eram peças que provocavam desejo e suas incursões pelos tapetes vermelhos também não pareciam bem sucedidas. Tudo mudou com este desfile, quando Ghesquiére une passado, presente e futuro em uma coleção com diversas peças que funcionam sozinhas ou como proposta de look. As modelos usavam tênis e shorts de corrida em tons pastel (só que de seda) com casacos resplandecentes com shape masculino do século 18. Misturando períodos e trazendo pra perto elementos do streetwear, a coleção de Nicolas é um exercício de contemporaneidade. Sobre escolher os tênis para a passarela, ele simplesmente diz que é como as meninas se movimentam hoje – e essa frase basta para entender como Nicolas e sua equipe trabalharam neste desfile. Os casacos e coletes ricos e maravilhosos, com shorts, calças e saias descomplicados e que já nascem com uma etiqueta de cool.
J W ANDERSON
Jonathan já explorou formas radicais em suas coleções passadas e neste verão, optou por mostrar peças mais usáveis e simples – ou a sensação de calma antes da tempestade, como disse aos jornalistas no backstage. “A mídia nos deixa malucos e às vezes temos que tirar a camada superficial e voltar ao básico, para as coisas que já conhecemos, roupas que podemos usar”. Assim, looks após look, fica fácil se identificar com as peças calmas, frescas e jovens como vestidos, saias, tops e bustiês (ainda se usa esse nome? rs) tomara que caia, e em uma grande variação de tons, que vai dos pastéis ao preto, passando por terrosos e pelas listras com uma combinação incomum de cores, bem ao estilo do estilista.
UNDERCOVER
Jun Takahashi é uma das mentes mais brilhantes da moda contemporânea. Cada desfile é um espetáculo em criatividade e técnica e desta vez não foi diferente. Em uma parceria com Cindy Sherman, Takahashi aplicou imagens da artista em muitas de suas roupas, como um vestido camiseta ou uma jaqueta que, ao fechar, juntava-se as duas metades de um rosto. Ele chamou gêmeas (algumas de mentira, outras de verdade) para desfilarem juntas, muitas vezes pareciam bonecas, com seus vestidos, paradinhas e de mãos dadas. Essa ideia foi perfeita para mostrar que muitas das peças são dupla face, além de criar uma atmosfera estranha e misteriosa como experiência para quem assistia. O desfile termina com duas gêmeas que lembravam as irmãs do filme O Iluminado, de Stanley Kubrick.
VERSACE
De vez em quando a moda perde o medo de parecer piegas e não se envergonha em fazer emocionar. Com o desfile em homenagem a Gianni, a Versace comoveu convidados trazendo à tona a lembrança vivaz de um tempo de ouro encarnada pelas supermodelos e embalada por Freedom 90.
TENDÊNCIAS GERAIS
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CORES + MATERIAIS + ESTAMPADOS
CORES
Reunimos 6 grupos de cores das passarelas de Nova York, Londres, Milão e Paris que servirão de inspiração para o #VERÃO19
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BRILHANTES
Os Brilhantes continuam a receber muita atenção nesta temporada. O vermelho, talvez o mais importante, aparece em dois tons. O Amarelo é outra cor de potência, variando em três tons. Além dos laranjas, rosas e verdes.
PASTEIS
Os pastéis vão dos românticas até os inspirado no esporte. Uma variedade de azuis, purpuras, amarelos, verdes e cinzas, fazem parte da família dos pasteis.
MÉDIOS
Os tons médios não são compostos por azuis, rosas, e verdes
TERROSOS
Os tons de terra apresentam uma gama bonita e quente liderada pela combinação cobre e ouro. Outras opções mais neutras incluem verdes, argila e nude.
NEUTOS
Os Neutros estão mais náuticos do que nunca. Varias opções de azuis, incluindo azul profundo, azul acinzentado e azul claro. Tons bege e cáqui (que super combinam com os azuis) são uma alternativa para o off-white. O preto e branco permanecem indispensáveis e o creme torna-se cada vez mais popular.
PRECIOSOS
Os tons Preciosos oferecem uma seleção enxuta de cinco cores. Vermelho, azuis, rosas e duas opções de verdes.
MATERIAIS
Esta temporada trouxe uma variedade de materiais e elementos interessantes para as passarelas. As bases transparentes causaram impacto. Chiffon, organza e tule, por exemplo, criam imagens interessantes em camadas. Materiais tradicionalmente vistos no inverno, como pele, jacquard e veludo, são aplicados de maneiras inesperadas e as cores fortes os transformam em materiais de verão. Os naturais de algodão, couro e linho dominam a passarela na forma de camisetas e jaquetas, enquanto os náilons e PVC adicionam um toque único aos looks.
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MATERIAIS
CHIFFON: 336 looks COTTON J.: 150 looks COTTON S.: 257 looks CROCHET: 017 looks CUTWORK: 075 looks EMBROIDERED: 030 looks FUR: 035 looks JACQUARD: 078 looks LACE: 195 looks LEATHER: 273 looks
CHIFFON
COTTON JERSEY
COTTON SHIRTING
CROCHET
CUTWORK
EMBROIDERED SHEER
FUR
JACQUARD
LACE
LEATHER
MATERIAS
LINEN: 110 looks METALLIC: 086 looks NETTING: 068 looks NYLON: 118 looks ORGANZA: 115 looks PATENT LEATHER.: 051 looks PVC: 053 looks REPTILE: 016 looks
LINEN
METALLIC
NETTING
NYLON
ORGANZA
PATENT LEATHER
PVC
REPTILE
MATERIAIS
SATIN: 179 looks SHEER MESH: 019 looks SILK CHARMEUSE: 255 looks SUEDE: 032 looks SUITING: 242 looks SWEATSHIRT: 074 looks SWISS DOT: 043 looks TULE: 239 looks VELVET: 060 looks
SATIN
SHEER MESH
SILK CHARMEUSE
SUEDE
SUITING
SWEATSHIRT JERSEY
SWISS DOT
TULLE
VELVET
ESTAMPADOS
Organizamos quatro grupos com os temas que mais apareceram nos desfiles de verão. Nomeamos estes grupos como: Básicos, Orgânicos, Singular e Jornada. Uma fonte de inspiração para criações autorais.
BÁSICOS
Os básicos são padrões de estampas essenciais para nosso dia a dia. Nesta estação eles aparecem principalmente como quadriculados, blocos de cores, listras e, em alguns casos, a vibe retrô influencia o design das formas. Uma novidade nesse grupo é a logomania usada repetidamente em pequena escala, dando uma sensação de listas.
CHECK IT
CHECKERS
CLEAN STRIPES
COLOR BLOCK
COLORFUL STRIPE
GINGHAM
HACKED PLAID
LOGOMANIA
LOGO REPEAT
XADREZ CLÁSSICO
MONOCHROMATIC STRIPE
PINSTRIPES
POLKA DOTS
PREP START
RETRO REPEAT
ORGÂNICO
Estampas inspirados na natureza foram imensamente exploradas nesta temporada. Os florais dominaram e variam bastante, desde os maiores e coloridos, passando pelos delicado e românticos, ate os jardins mais sombrios. Tiveram também algumas fotorrealísticas, com imagens de pôr-do-sol e colinas. E claro que não poderia faltar o clássico "animal print"
ANIMAL ATTRACTION
CAMOUFLAGE
DARK GARDEN
FLORAGASM
GENTLE GARDEN
OCEANIA
REPTILIAN
PICTURE PERFECT
STARK FLORALS
WORN WALLPAPER
SINGULAR
Todos estão em busca de originalidade e a estampa é uma ferramenta nessa tarefa. Vimos na temporada imagens artísticas fortes. Desde pintura estilizadas, respingos, passando por degradês e rabiscos, até roupas que falam em overdoses de textos e logotipos.
ARTSY DYES
CARTOON EXISTENCE
CONFETTI
DARK SIDE
FAMILIAR FACE
HECTIC EXPRESSIONISM
KITSCH APPEAL
LOTS TO SAY
MIXED PRINT
MUSEUM OF ME
OMBRE DYES
SKETCH PAD
VERBIAGE
JORNADA
Viajar sempre nos inspiram e nesta temporada muitas estampas foram inspiradas em passeios pelo mundo. Os países asiáticos tem sido a forte de inspiração preferida dos criativos. China, Japão e Coréia são apenas alguns dos países que apareceram em forma de estampas. Além de formas tribais africanas, tapeçaria da indiana e as folhagens dos países tropicais.
CLUB MED
EAST ASIA
JETSET
TRAVELING TRADITION
TRIBAL AWAKENING