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Editorial: La Décima
from Relvado #10
La Décima Editorial | Por Wladimir Dias
La Décima. Para o Real Madrid, ela demorou 12 anos para chegar. Aqui, na Relvado, foi preciso pouco mais de um ano e meio. Obviamente, isso não é uma comparação, mas uma brincadeira que não se presta a nada, senão à demonstração do quão importante é o momento vivido pela publicação. A humanidade, por alguma razão, definiu que ciclos marcados por múltiplos de 10 têm relevância. Aqui, o fim deste primeiro ciclo confirma que conseguimos manter nossos compromissos, com o conteúdo e a periodicidade.
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O número traz também a proposta de reflexão. Há coisas que foram feitas e não mais serão, como também existe um leque de possibilidades em aberto. Os objetivos de curto e de longo prazo
permitiram o caminhar, sobretudo em momentos de desânimo. Este percurso, em que seguimos, é tortuoso. Não apenas por se tratar de um produto ainda novo, mas também por estar inserido em um contexto que não favorece o surgimento de novidades jornalísticas, que não se contentam com o rumor e a especulação. Porém, confirmamos que é possível fazer um produto futebolístico que entretenha sem ser banal.
Não há quem conduza a Relvado full-time. Labutamos em outras frentes, temos formações diferentes, idades desiguais. Sofremos no dia a dia por distintas agremiações (sim, é claro que, como vocês, também temos uma camisa em constante vai e vem, do varal para o corpo, e vice-versa). No entanto, se essas vidas guardam dessemelhança, também revelam o amor comum pelo futebol, a grande história, a narrativa. Então, enxergamos na chegada da Relvado #10 uma vitória. A publicação persiste. O impresso já chegou. E, se me permitem uma confidência, o processo de produção é trabalhoso, mas todo o esforço vale a pena quando pegamos o primeiro rascunho de um texto e, com verdadeira admiração pela produção uns dos outros, nos sentamos à editar e lapidar.
La Décima também traz o rompimento de novas barreiras, como vocês vão perceber na chegada ao clímax desta publicação, a entrevista. Olhamos para fora, sem perder de vista o que está ao redor. Afinal, um dos motivos de o futebol ser tão apaixonante, é sua universalidade em meio à diversidade. Fomos a Gana e estivemos em Pernambuco. Rimos um pouco de Berlusconi e batemos bola com Mia Hamm. Pintamos a cara, tatuamos o corpo e nos vestimos com a pompa e a circunstância que uma Copa do Mundo pede. Visitamos nanicos e gigantes. Passeamos pelo imaginário e, com saudade, flertamos com a infância. Como vocês logo verão.
Esta edição, este marco, reforça nosso pacto original, com o esporte e suas histórias. Enquanto este acordo estiver vigente, estaremos por aqui. De dois em dois meses. Esperando pela vinda de La Vigésima, La Trigésima, La Cuadragésima… Ah! Antes que vocês, caros leitores, avancem aos textos, ouçam bem: obrigado.