relvado #2 O Rijeka era mais conhecido pela torcida organizada, Armada, que pelo desempenho em campo. Dinamo e Hajduk sempre foram os clubes croatas de maior destaque – mesmo antes da dissolução do campeonato iugoslavo (com mais títulos nacionais e resultados continentais mais expressivos para a equipe de Split). O crescimento vertiginoso dos azuis está ligado à independência da Croácia, ao fortalecimento do partido democrata, e posterior vitória de Franjo Tudjman, e ao cartola Zdravko Mamic. O time da capital chegou a trocar de nome duas vezes (primeiro, HASK Gradanski; depois Croatia Zagreb) porque o presidente acreditava que “Dinamo” era uma alcunha “stalinista, bolchevique ou repressiva demais”. O intuito era retomar uma cultura pré-comunista numa Croácia que nascia sob a liderança dele – mesmo que a decisão de mudar o nome não tenha agradado a principal organizada, a Bad Blue Boys. Uma reportagem do Nacional mostrou com detalhes a ação das agências de inteligência croatas, que buscavam alinhar o título do campeonato de 1999 para Zagreb através de contatos com árbitros, dirigentes e jornalistas. O Rijeka tinha chance de vencer aquele torneio, porém, teve um gol mal anulado contra o Osijek, aos 44 minutos do segundo tempo. [Clique aqui para ler a matéria do Nacional, em croata] Mamic é outro personagem fundamental na história recente. Na década de 2000, o mandatário foi acusado por fãs, jornalistas e outros oficiais sobre os casos de nepotismo e negociações indevidas (sejam por brechas no regulamento ou transações obscuras) que beneficiavam o clube. Atualmente, ele responde legalmente às acusações de fraude, evasão de impostos e corrupção. O próprio Rijeka foi beneficiado pelo sistema. Em 2013, o Dinamo ofereceu ajuda ao time que estava próximo a declarar falência. Este auxílio foi realizado de forma financeira e com
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