relvado #2 alviverdes entre 1888 e 1897, quando saiu de cena para se aposentar como futebolista. Logo em seguida, assumiu como técnico do time profissional e só deixou o cargo em 1940. É seguro dizer que o Celtic teve uma fase pré e pós Maley. Com o norte-irlandês no comando, foram 16 títulos da Liga Escocesa e outros 14 da Copa da Escócia. A sua chegada, em uma era basicamente amadora, representava uma maneira diferente de treinar um time. Willie não ministrava treinos e sequer ficava à beira do campo, assistindo tudo do camarote da diretoria. O técnico sequer mostrava sua escalação antes das partidas: por meio de publicações em jornais de Glasgow, ele indicava quem jogaria a cada rodada. Maley deu prioridade absoluta à formação de atletas jovens, e foi baseado nessa política que o Celtic se fez gigante. Recentemente, o elenco de Brendan Rodgers quebrou o recorde centenário de 62 jogos invicto, sequência conseguida nos idos de 1917. Apesar do aspecto inovador de sua passagem, sem falar nos numerosos títulos, Willie não era unanimidade entre os torcedores e diretores. Filho de um soldado britânico e monarquista convicto, o norte-irlandês foi o responsável por colocar uma bandeira do Reino Unido em uma das flâmulas oficiais do Celtic. Republicanos no comando do clube de Glasgow barraram todas as tentativas de erguer um monumento em homenagem a Maley. Anos depois, um movimento de torcedores reconheceu plenamente a importância histórica do treinador e pediu que suas origens e convicções políticas fossem esquecidas em nome da gratidão por tudo que Maley havia feito. “Não é o credo e nem a nacionalidade que contam. É o homem em si”, dizia Willie, em uma frase que foi usada mais tarde como um mantra pela torcida e até mesmo costurada na camisa de jogo do Celtic. Até hoje não existe estátua para Maley nas imediações de Parkhead ou do Celtic Park. Foram 1611 jogos, com 1039 vitórias, 314 empates e 258 derrotas. Um aproveitamento de 64%. É comum ouvir o nome
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