Borussia Dortmund Magazine

Page 1

BORUSSIA

DORTMUND 110 ANOS DE HISTÓRIA


SUMÁRIO BALLSPIELVEREIN BORUSSIA 09 e. V. DORTMUND..................................04 O ESQUADRÃO IMORTAL: ERA DE OURO..................................................06 SALA DE TROFÉUS......................................................................................10 SALA DE ÍDOLOS.........................................................................................11 REVIERDERBY: O MAIOR CLÁSSICO ALEMÃO...........................................13 O BRASIL NA ALEMANHA...........................................................................14 BORUSSIA DORTMUND TOP XI..................................................................16 DEDÊ E BORUSSIA DORTMUND..................................................................18



Ballspielverein Borussia 09 e. V. Dortmund O clube foi fundado em 19 de dezembro de 1909 por um grupo de jovens infelizes com o clube Trinity Youth, que era patrocinado pela Igreja Católica, onde jogavam futebol sob o olhar severo e antipático do pároco local. Os fundadores foram Franz e Paul Braun, Henry Cleve, Hans Debest, Paul Dziendzielle, Franz, Julius e Wilhelm Jacobi, Hans Kahn, Gustav Müller, Franz Risse, Fritz Schulte, Hans Siebold, August Tönnesmann, Heinrich e Robert Unger, Fritz Weber e Franz Wendt. O nome Borussia vem do latim e significa Prússia, mas foi tirado da cerveja Borussia. A equipe começou a jogar com camisas listradas azul e branco com uma faixa vermelha e shorts pretos. Em 1913, eles vestiram as listras pretas e amarelas tão familiares hoje. Nas décadas seguintes, o clube desfrutou de um modesto sucesso jogando em ligas locais. Eles quase foram a falência em 1929, quando eles fizeram a contratação de alguns jogadores profissionais e isso deixou a equipe profundamente endividada. Eles sobreviveram apenas através da generosidade de um torcedor que cobriu o déficit da equipe de seu próprio bolso. A década de 1930 assistiu à ascensão do Terceiro Reich, que reestruturou organizações esportivas em todo o país para se adequar aos objetivos do regime. O presidente do Borussia foi substituído quando ele se recusou a se juntar ao Partido Nazista e alguns membros que secretamente usaram os escritórios do clube para produzir panfletos antinazistas foram executados nos últimos dias da guerra. O clube teve sucesso no recém-criado Gauliga Westfalen, mas teria que esperar até depois da Segunda Guerra Mundial para fazer um grande avanço. Foi nessa época que o Borussia desenvolveu sua intensa rivalidade com o Schalke 04 de Gelsenkirchen, o time mais bem-sucedido da época. Como qualquer outra organização na Alemanha, o Borussia foi dissolvido pelas autoridades de ocupação dos Aliados após a guerra, numa tentativa de distanciar as instituições do país de seu passado recente nazista. Houve uma curta tentativa de fundir o clube com dois outros - Werksportgemeinschaft Hoesch e Freier Sportverein 98 - como Sportgemeinschaft Borussia von 1898, mas foi com o nome de Ballspiel-Verein Borussia (BVB) que eles fizeram sua primeira aparição na final da liga nacional em 1949. FONTE: Wikipedia


TOGETHER WE CAN

TOGETHER WE WILL


ESQUADRÃO IMORTAL 1994 - 1997 COMEÇO DÍFICIL

REIS ALEMÃES

Em 1991, o Borussia fez uma de suas melhores contratações da história ao anunciar como técnico Ottmar Hitzfeld, vindo com uma bagagem vitoriosa no futebol suíço. O trabalho do treinador começou razoavelmente bem, com o time voltando ao pelotão de elite da Bundesliga, mas ainda incapaz de brigar por títulos. Foi então que na temporada 1992-1993 os alemães alcançaram uma final continental: a Copa da UEFA. Porém, o sonho de conquistar uma taça europeia novamente (a última havia sido a Recopa da UEFA de 1966) foi para o espaço com uma acachapante derrota de 6 a 1 no placar agregado para a Juventus (3 a 1 na Alemanha e 3 a 0 na Itália). Muitos poderiam criticar o trabalho de Hitzfeld por perder uma final com essa diferença de gols, mas a Juventus era uma seleção com Peruzzi, Júlio César, Kohler, Dino Baggio, Antonio Conte, Andreas Möller, Roberto Baggio e Vialli. Depois da derrota, o técnico do Borussia soube recompor o elenco e viu na rival italiana peças que seriam ótimas para reforçar o time do Borussia. Tempo depois, o clube anunciou as contratações de Júlio César, Kohler, Paulo Sousa e Möller, que se juntariam ao líbero Matthias Sammer como os grandes talentos que dariam ao time de Dortmund a força que faltava para brigar, enfim, por conquistas.

Na temporada 1994-1995 o Borussia mostrou força de elenco, perdeu apenas uma partida em casa e faturou depois de 32 anos o Campeonato Alemão, com 20 vitórias, nove empates e cinco derrotas em 34 jogos. Os destaques foram os triunfos sobre Bayern München (1 a 0), 1860 München (4 a 0) e Stuttgart (4 a 0) em casa, além de um 4 a 0 no Hamburgo e um 6 a 1 no Köln, ambos fora de casa. O time conseguia levantar a Bundesliga demonstrando muito talento e a inteligência tática e técnica de Ottmar Hitzfeld, que conseguia extrair de seus jogadores o máximo e montar uma equipe forte defensivamente e muito rápida quando chegava ao ataque, com muita pontaria e precisão, reflexo direto de um dos melhores ataques do torneio naquele ano (67 gols) e também da melhor defesa (33 gols sofridos). Michael Zorc, com 15 gols, e Andreas Möller, com 14, foram os destaques do time no torneio. O defensor Matthias Sammer começava naquela temporada a se transformar num dos maiores jogadores da Alemanha e da Europa com muita qualidade técnica e atuações memoráveis, muito graças à adaptação feita por Hitzfeld ao recuar o jogador para a posição de líbero. O técnico dizia na época que Sammer tinha tudo para ser o “Beckenbauer dos anos 90”.


BASE DA SELEÇÃO E NOVO ENCONTRO COM A JUVENTUS Na nova temporada, o Borussia manteve a estrutura vencedora e aperfeiçoou ainda mais seu estilo de jogo, cada vez mais forte e letal. O time se reforçou trazendo o atacante Heiko Herrlich, artilheiro da Bundesliga passada com 20 gols. O Borussia serviu nesse período como base da seleção da Alemanha que venceria a Eurocopa de 1996 com jogadores como Stefan Reuter, Jürgen Kohler, Matthias Sammer, Steffen Freund e Andreas Möller. Até mesmo o esquema tático da seleção era o mesmo que o do Borussia, um 5-2-1-2, com três defensores (sendo Sammer líbero), laterais avançados, dois volantes que também ajudavam no ataque, um meia e dois atacantes. Referência, o Borussia foi ainda melhor na Bundesliga e conseguiu o bicampeonato, com 19 vitórias, 11 empates e somente quatro derrotas em 34 jogos. Foram 76 gols marcados (melhor ataque) e 38 gols sofridos (melhor defesa). O time mais uma vez deu show jogando em casa, acumulando grandes vitórias sobre Bayern München (3 a 1), Eintracht Frankfurt (6 a 0), Stuttgart (6 a 3) e Köln (3 a 0). Michael Zorc foi de novo o goleador da equipe com 15 gols marcados, apenas dois atrás do artilheiro do torneio, Fredi Bobic, do Stuttgart. Na Liga dos Campeões, a equipe reencontrou a Juventus na fase de grupos e perdeu o jogo de estreia na competição em casa por 3 a 1. Na sequência, empate fora de casa contra o Rangers em 2 a 2 (gols de Herrlich e Kree) e vitória em casa sobre o Steaua Bucareste por

1 a 0 (gol de Lars Ricken). No returno, empate sem gols contra o mesmo Steaua na Romênia, revanche e vitória sobre a Juventus em pleno estádio Delle Alpi por 2 a 1 (gols de Zorc e Ricken) e empate em casa com o Rangers em 2 a 2 (gols de Möller e Riedle). A equipe alemã se classificou em segundo no grupo e avançou até as quartas de final. Nela, o time deu azar e topou com o super Ajax de van der Sar, Reiziger, Blind, Bogarde, Ronald de Boer, Davids, Kluivert e Litmanen, que venceu os dois jogos (2 a 0 na Alemanha e 1 a 0 na Holanda) e eliminou o Borussia da competição. Mais tarde, os holandeses chegariam à final, mas perderiam para a Juventus. A participação do Borussia não foi como a esperada, mas o técnico Hitzfeld soube o que fazer para o time voltar ao torneio e ter um desempenho melhor.


NOVA SUPERCOPA E O AUGE DE SAMMER

CAMINHADA EUROPÉIA

Em 1996, o Borussia levantou mais uma Supercopa da Alemanha depois de vencer, nos pênaltis, o Kaiserlautern por 4 a 3 após empate em 1 a 1 no tempo normal. Naquele ano, Matthias Sammer ganhou o maior prêmio de sua carreira ao ser condecorado com a Bola de Ouro da revista France Football como o maior jogador da Europa na temporada, um feito histórico para o craque. Além disso, as reformas no estádio Westfalenstadion iam a todo vapor. Logo, a casa do Borussia se transformaria num verdadeiro caldeirão para mais de 75 mil torcedores. A torcida tinha a certeza de que a temporada 1996-1997 seria ainda melhor que as anteriores. Algo de bom estava para acontecer…

O Borussia estreou no grupo B da Liga com vitória por 2 a 1 sobre o Widzew Lódz em casa, com dois gols de Herrlich. Na partida seguinte, vitória incontestável por 3 a 0 sobre o Steaua Bucareste fora de casa, com gols de Ricken, Heinrich e Chapuisat. Para encerrar o turno, mais um triunfo, 1 a 0, sobre o Atlético de Madrid em pleno Vicente Calderón, com gol de Reuter. No returno, o Atlético deu o troco e venceu os alemães por 2 a 1 em Dortmund, mas o Borussia seguiu bem e empatou em 2 a 2 com o Widzew fora de casa gols de Lambert e Kohler, e goleou o Steaua em casa por 5 a 3, com dois gols de Chapuisat, um de Trestschok, um de Riedle e outro de Zorc. O time estava classificado para a segunda fase.

SUSTO E A PERDA DO TÍTULO NACIONAL Pouco depois de Sammer vencer a Bola de Ouro, o craque sofreu uma séria contusão no joelho que afastaria o líbero de várias partidas do Borussia na temporada. A ausência do grande líder, bem como a idade avançada de muitos jogadores, custou caro ao clube, que não conseguiu repetir os feitos das temporadas anteriores e viu o Bayern retomar a coroa na Bundesliga Mas, sem dúvida, a grande esperança do Borussia estava na Liga dos Campeões, torneio de tiro curto que desgastaria bem menos as estrelas do time de Dortmund.

Nas quartas de final, o Borussia encarou o Auxerre. No primeiro jogo, em Dortmund, Riedle, Schneider e Möller deram a vitória por 3 a 1 para os alemães. Na volta, Ricken fez o gol solitário de mais um triunfo do Borussia que colocou os alemães na semifinal. A próxima etapa seria um desafio e tanto para a equipe, pois o adversário seria ninguém mais ninguém menos que o Manchester United de Gary Neville, Irwin, Beckham, Giggs, Roy Keane, Solskjaer e Éric Cantona.


COMO DOMAR UM TITÃ Na semifinal, o Borussia fez dois duelos muito equilibrados contra os ingleses do Manchester United. Mesmo com um ataque muito poderoso e criativo, o time inglês não conseguiu impor seu jogo na primeira partida, em Dortmund, onde um chutaço de Tretschok garantiu a vitória alemã por 1 a 0. Na volta, em Old Trafford, o fortíssimo sistema defensivo do Borussia funcionou de novo, o Manchester United não fez

gol, e os alemães venceram novamente por 1 a 0, gol de Ricken, garantindo a equipe pela primeira vez em uma final de Liga dos Campeões. O adversário? Uma equipe que desde 1993 não saía da garganta do torcedor do Borussia: a Juventus, então campeã europeia e mundial.

A MAIOR CHANCE DE VINGANÇA O estádio olímpico de Munique, na Alemanha, parecia receber uma torcida só, a do Borussia, beneficiado pelo fato de a final ser em seu país. O time tinha a grande chance de conseguir a tão sonhada revanche da final da Copa da UEFA de 1993, quando a Juventus aplicou 6 a 1 no placar agregado pra cima dos alemães. Mas a tarefa não seria fácil. Aquela Juventus era ainda melhor que o time de 1993 e contava com vários craques: Peruzzi, Ciro Ferrara, Deschamps, Di Livio, Jugovic, Zidane, Boksic, Vieri e Del Piero. Porém, o técnico Ottmar Hitzfeld tinha todo o conhecimento e experiência necessários para domar e vencer a Juventus, afinal, ele havia enfrentado o time italiano em 1993, na Copa da UEFA, e na Liga dos Campeões de 1995-1996.

Aos 34´, escanteio cobrado e Riedle, de novo, marcou o segundo gol numa cabeçada fulminante. O técnico italiano Marcello Lippi foi para o tudo ou nada no segundo tempo e colocou Del Piero na equipe. O craque diminuiu para a Velha Senhora aos 64´, de letra, mas a reação durou pouco. Lars Ricken, jovem talismã do Borussia naquela Liga, entrou aos 70´, foi para o meio de campo, andou um pouco, o Borussia engatou um contra-ataque, Ricken recebeu e, em seu primeiro chute no jogo, alguns segundos depois, marcou por cobertura um golaço no goleiro Peruzzi: 3 a 1. Era o gol final para decretar uma vitória histórica: Borussia Dortmund campeão europeu!

Pela primeira vez desde 1983 uma equipe alemã No jogo, o Borussia quis definir o confronto logo voltava a levantar a maior de todas as taças do continente! E o time amarelo e negro entrava no primeiro tempo e comandou as ações. para o seletíssimo grupo de times alemães que Aos 29´, depois de um levantamento na área, Riedle abriu o placar para o Borussia. ostentam a “velhinha orelhuda” em suas galerias de troféus. FONTE: Imortais do futebol por Guilherme Diniz


Sala de TrofĂŠus

01 04 06 08 FONTE: Wikipedia


Sala de Ă?dolos

RICKEN 393 Jogos 63 gols

SAMMER 156 Jogos 23 gols

RIEDLE 114 Jogos 36 gols

ROMAN 450 Jogos

FONTE: Wikipedia



REVIERDERBY Em setembro de 2017, em seu perfil oficial no Twitter, o Borussia lançou uma campanha afirmando que “futebol e nazismo simplesmente não se encaixam”. Além disso, a própria torcida já deu diversas manifestações contrárias ao movimento. Dentro de campo, algumas partidas acirraram ainda mais a rivalidade. Em 1972, por exemplo, uma vitória por 3 a 0 do Schalke As razões que explicam o tamanho da riva- em Gelsenkirchen ajudou a rebaixa a equipe lidade entre ambos os times são diversas. rival para a segunda divisão, de onde o time A primeira dessas remonta à fundação das aurinegro sá sairia anos depois. Em 2007, poagremiações. O Schalke foi fundado em 1904 rém, o Borussia se vingaria tirando o título por um grupo de jovens protestantes de Gel- dos Azuis Reais com uma vitória por 2 a 0 em senkirchen, enquanto a equipe de Dortmund casa na penúltima rodada. surgiu em 1909, devido a um grupo de cristãos insatisfeitos com o time de padres locais. A derrota tirou a equipe de Neuer, Rafinha Outro motivo que acirrou a rivalidade de e Özil do topo da tabela e praticamente deu ambas equipes foi a relação dessas com o na- o título ao Stuttgart. Para apimentar ainda zismo. Os Azuis Reais dominavam o futebol mais, um avião sobrevoou o estádio provoalemão nos anos que antecederam a Segun- cando os visitantes com os dizeres: “Vocês da Guerra Mundial. Adolf Hitler, sabendo nunca serão campeões”, lembrando que o da força que o esporte tinha de conquistar as clube azul e branco não tem nenhum troféu massas, se utilizou da equipe para promoção da Bundesliga. do partido nazista. Isso faz com que, até os dias atuais, muitos pensem que o ditador torcia para o Schalke 04 ou que o clube tenha FONTE: Fox Sports apoiado por livre e espontânea vontade o governo da época. Do outro lado, o Dortmund sempre se posicionou contra o movimento, chegando a sofrer bastante por isso. Nos anos em que o partido nazista esteve no poder, há relatos de que dirigentes do clube aurinegro tenham sido fuzilados por fazerem oposição ao governo. A luta da equipe contra a ideologia persiste até os dias atuais.


O BRASIL NA ALEMANHA Ewerthon, 38 anos, Atacante. Revelado pelo Corinthians no finzinho do século passado, teve uma longa carreira na Europa. Além do Dortmund, clube pelo qual foi campeão alemão em 2002, também defendeu Zaragoza, Stuttgart, Espanyol e Terek Grozny (Rússia). Depois de largar o futebol, Ewerthon abriu uma construtora e hoje trabalha levantando prédios. No ano passado, fez parte do elenco do Dortmund que disputou um torneio de veteranos em São Paulo.

Evanilson, 44 anos, Lateral Direito. Campeão alemão de 2002 pelo Dortmund, foi contratado da equipe de 1999 a 2005. Durante esse período, disputou duas edições da Copa das Confederações pela seleção brasileira. Apesar do sucesso que fez na Europa, Evanilson não conseguiu brilhar no futebol nacional depois que voltou para cá - encerrou a carreira em 2013, defendendo o Botafogo (PB). Hoje em dia, dá aulas de futebol de areia em Minas Gerais, seu estado natal.

Felipe Santana, 33 anos, Zagueiro. Um dos raros jogadores que defenderam Borussia Dortmund e Schalke 04, o brasileiro fez mais sucesso no time aurinegro do que em seu arquirrival. Felipe Santana defendeu o Borussia entre 2008 e 2013 e fez parte da conquista de dois títulos alemães e de um vice-campeonato da Champions. O defensor retornou ao Brasil em 2017 para jogar no Atlético-MG, mas rescindiu contrato um ano depois e não voltou mais a atuar profissionalmente.


Amoroso, 45 anos, Atacante. Um dos jogadores mais importantes do Dortmund neste século, o brasileiro foi o grande nome do time que conquistou o título alemão de 2002 e terminou a competição como artilheiro, com 18 gols. Em 2016, sete anos depois de deixar os gramados, retomou a carreira em uma parceria com o Boca Ratón, time que disputa uma das inúmeras ligas menores do “soccer” nos Estados Unidos. Amoroso está aposentado novamente, mas ainda atua como embaixador do clube americano.

Dedê, 41 anos, Lateral Esquerdo. Disputou 391 partidas oficiais pelo Borussia Dortmund entre 1998 e 2011 e é o quinto jogador que mais vestiu a camisa aurinegra em todos os tempos. O lateral atravessou todo o período de crise financeira que ameaçou a equipe na primeira década dos anos 2000 e foi embora depois de o time se reerguer e ser novamente campeão alemão. Dedê aposentou-se no Eskisehirspor, da Turquia, e depois trabalhou de janeiro a setembro de 2015 como auxiliar-técnico do clube.

FONTE: Uol por Rafael Reis


BORUSSIA DORTMUND TOP XI O XI de sempre do Borussia Dortmund, com Robert Lewandowski, Marco Reus e Sammer.

Uma instituição alemã e européia, o Borussia Dortmund tem sido o lar de alguns dos melhores talentos do futebol do mundo. Com cinco títulos da Bundesliga, quatro Copas da DFB e uma Liga dos Campeões da UEFA na sala de troféus de clubes, certamente nunca houve uma falta de poeira estelar ao redor do Signal Iduna Park, mas quais jogadores seriam o XI de todos os tempos?


Toda linha Volkswagen com1 parcela sรณ em

2021 A par t ir de

R$ 136. 000, 00


Ex-Atlético-MG, Dedê recusou Barcelona e Bayern para virar ídolo do Borussia Dortmund Toda vez que comparece ao Signal Iduna Park, Dedê é ovacionado como se ainda fosse o lateral-esquerdo do Borussia Dortmund. Em 13 anos de Alemanha, o brasileiro conquistou títulos, respeito e o eterno carinho da torcida aurinegra, uma das mais fanáticas do mundo.Depois de jogar oito anos na base do Atlético-MG, Dedê subiu aos profissionais - em 1995 com apenas 17 anos. “Estreei contra o Vila Nova-MG no Independência, porque os titulares estavam excursionando na China. Eu era muito franzino e alguns tinham dúvidas, mas pude aproveitar”.

Em 1996, Dedê começou a ter mais chances e se consagrou no ano seguinte no Campeonato Brasileiro, quando foi eleito o melhor lateral-esquerdo pelo Prêmio ESPN Bola de Prata Sportingbet. “Eu assinei um pré-contrato em dezembro com o Bayer Leverkusen, em dezembro, que pagou meio milhão de dólares. Depois, eles pagariam 7 milhões pelo meu passe”. Ele começou a fazer aulas de alemão e iria se apresentar no meio de 1998, mas o Leverkusen desistiu da transferência em março.


“O empresário Juan Figer atravessou o negócio e vendeu para eles, pelo mesmo valor, o Zé Roberto, que estava no Real Madrid e iria para Copa do Mundo”, explicou. “Foi a melhor coisa que me aconteceu. No primeiro momento eu fiquei muito chateado, mas em agosto o Borussia Dortmund veio atrás de mim. Eu já conhecia o time por ter vencido o Mundial de Clubes em cima do Cruzeiro. A base era a mesma quando eu cheguei e eles me ajudaram muito”, contou. Dedê sentiu dificuldades nos primeiros meses de Alemanha porque não tinha tradutor ou internet. Além disso, não conseguiu se dar bem com o método de ensino do professor de alemão que o clube disponibilizou a ele. “Viajava de ônibus com um toca-fitas ouvindo palavras em alemão e português e ia treinando. Assim, aprendi bastante e passei a me comunicar melhor”, afirmou. Dentro de campo foi tudo mais fácil. Em pouco tempo, ele virou titular da equipe que mantinha a base campeã da Champions League de 1997. Em 2002, Dedê conquistou o título Alemão pelo Dortmund com uma equipe que tinha Amoroso, Rosicky, Lehmann e Koller. “O time começou a ser montado, mas o objetivo era ser campeão só depois de dois anos, mas as coisas começaram a acontecer”, contou.

“O Leverkusen era uma máquina, e o Bayern tinha um timão. Na última rodada, nós levamos um gol do Werder e fomos para o intervalo em terceiro”, contou. Na etapa final, porém, o Dormtund conseguiu uma virada espetacular com a ajuda dos brasileiros. Dedê deu um passe para o atacante Ewerthon, que entrou no segundo tempo e fez o gol do título. Logo após a conquista, Dedê recebeu uma oferta do Bayern de Munique. “Eu era titular do Dortmund, que à época pagava muito dinheiro. Não compensava eu sair para ser reserva do Lizarazu, que era um grande lateral”, recordou. O Barcelona, que também tentou a contratação do brasileiro, ficou ainda mais perto de levá-lo. “Eu fui à casa do antigo presidente do Borussia e mostrei a proposta. Ele me disse: ‘Você não vai’. E pagou a mesma coisa que eu receberia na Espanha. Na época, a diferença não era tão grande e o Barcelona não pagava esses super salários de hoje em dia”, contou.

DANKE FÜR ALLES, DEDÊ! FONTE: ESPN por Vladimir Bianchini


O Borussia Dortmund em parceria com a Evonik Industries e a Bundesliga, apresenta um pouco da sua história nessa revista desenvolvida para aqueles, que além de tudo, ainda continuam aqui nos apoiando. Diagramação/ Edição Renan Felipe Leitold Roteiro Renan Felipe Leitold Finalização Renan Felipe Leitold Arquivos *Material disponível na internet para consulta*


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.