CAU Unileste-MG
ARQUITETURA E TECNOLOGIA Revolu莽玫es tecnol贸gicas por uma perspectiva arquitet么nica
Renan Oliveira
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
ARQUITETURA E TECNOLOGIA Revoluções tecnológicas por uma perspectiva arquitetônica
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo do CentroUniversitário do Leste de Minas Gerais como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Professor orientador: Vinícius Àvila
Aos meus professores por toda informação passada que em algum momento se tornaram conhecimento. À Jéssica, pelo auxílio e companhia. Aos meus pais por todo apoio
“Em uma sociedade que assiste à possibilidade de as máquinas emitirem e receberem informações auditivas, hápticas, proprioceptivas, o corpo se vê ampliado por novas possibilidades de ação sobre a máquina.” (TRAMONTINO; REQUENA, 2007)
RESUMO A evolução da sociedade aliada ao desenvolvimento de técnicas que se tornaram tecnologias ao longo da
história
humana,
refletem diretamente
na
produção da arquitetura, apresentando parte do potencial intelectual do homem. Assim como a trajetória
da
formação
dos
grupos
sociais,
primórdios da sociedade, até a contemporaneidade transparece essa força, nos tempos atuais que assim denominamos contemporâneos, não cabe ser diferente.
Apresenta-se por estes caminhos uma
contextualização
através
de
revoluções
tecnológicas relevantes alterações nos modos de vida humana por uma perspectiva de cunho arquitetônico.
Palavras Chaves: sociedade, técnicas, tecnologias, arquitetura, sociedade, contemporaneidade.
ABSTRACT The
evolution
development
of of
society
together
techniques
that
with
the
became
technologies throughout human history, reflect directly on the architectural production, with part of the intellectual potential of man. As well as the history of the formation of social groups, society's beginnings to the contemporary transpires that strength in our times that call so contemporary, it is not to be different. We present in these ways contextualization
through
relevant
technological
revolutions changes in the modes of human life by an architectural slant perspective.
Key
words:
society,
techniques,
architecture, society, contemporary
technologies,
SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO ............................................. 13 1.1 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA ........................ 37 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ................................... 15
1.3 OBJETIVOS ............................................................ 16 1.4 JUSTIFICATIVA ...................................................... 16
1.5 ESTRUTURA DE TRABALHO ................................ 18 2 - AS REVOLUÇÕES NA SOCIEDADE ............. 26 2.1 REVOLUÇÃO AGRÍCOLA ...................................... 26 2.2 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL .................................... 33
2.3 REVOLUÇÃO DIGITAL ........................................... 41 3- A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA ............. 47 4 - ARQUITETO E ARQUITETURA NA ERA DIGITAL ........................................................... 51 5 - O SEMINÁRIO DE TCC1 .............................. 60 6 - UMA POSSIBILIDADE PARA UMA NOVA ARQUITETURA ................................................. 69
7 - CONCLUSÃO ............................................... 81 REFERÊNCIAS.................................................. 84
1 - INTRODUÇÃO Imaginar o nosso mundo sem qualquer ligação ou dependência do mundo virtual vem se tornando cada vez mais difícil. As gerações que se renovam com o desenrolar dos tempos atuais assumem cada vez mais os meios digitais. Fruto de modificações sociais que surgem como consequência de avanços tecnológicos. As formas atuais de tecnologia, informatizadas,
fazem
parte
de
itens
de
dependências das gerações presentes e futuras. A conectividade com as máquinas e a interatividade através delas, inspira novos rumos. Assim, tais constatações
indiciam
caminhos
de
novas
experiências nos espaços habitáveis, evidenciando uma ligação direta entre o homem, as máquinas e arquitetura. [...] È mesmo possível que formas 13 13
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
recentes de se relacionar com o tempo e espaço, trazidas no bojo da cibercultura, permitam ao homem contemporâneo desfrutar de uma cognição e uma nova subjetividade. O ciberespaço suporta tecnologias que
amplificam,
modificam cognitivas
exteriorizam
numerosas
e
funções humanas.
(TRAMONTANO; REQUENA, 2007, p.4).
Conhecer as tecnologias disponíveis atualmente com um olhar crítico sobre sua inserção na sociedade torna-se instigante na medida em que as questionamos e as vemos desenvolver. O trabalho que seguirá buscará em outros tempos avanços tecnológicos distintos da presente era, a fim de desencadear o pensamento questionador a partir de informações e conhecimentos sobre o assunto
14
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
proposto a partindo de perspectivas de profissionais de campos diversos com tecnologias diversas.
1.1 APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA
O surgimento de novas tecnologias, como as dos meios
informatizados,
disponíveis
na
contemporaneidade, traz uma série de ferramentas para auxiliar o homem em suas mais diversas atividades. Enquadram-se aqui, e principalmente, os "profissionais de criação" e suas novas formas de trabalhar e comunicar, sejam em um ciberespaço ou qualquer
outro
meio
informatizado.
Toma-se,
portanto, o homem e estas tecnologias como principais objetos de estudo para o avanço em nosso
campo.
Neste
nicho,
propõe-se
um
aprofundamento na assimilação destas tecnologias de
informação
com
o
meio
profissional
da
arquitetura, a fim de entender a atuação das 15
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
evoluções tecnológicas sobre a vida humana, e como consequência, na arquitetura produzida pelo homem. 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
Encara-se o presente trabalho com o intuito de desenvolver ideias sobre o tema tecnologia na amplitude de suas subjetividades. No entanto, tomase como problema das pesquisas as relações sociais presentes no quotidiano contemporâneo, a fim de desvendá-las através da história humana. Parte-se, portanto do pressuposto da interferência nos
recentes
presença
de
padrões
de
sociabilidade
equipamentos
oriundos
pela do
desenvolvimento das tecnologias pelo intelecto humano.
1.3 OBJETIVOS 16
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
Despertar-se sobre o futuro do mundo digital e suas contribuições faz-se necessário aos agentes de diversos campos e seguimentos profissionais. A produção de softwares, aplicativos, sensores e produtos que auxiliam nossas atividades, são uma exemplificação das possibilidades de domínio em busca de progresso. Os dispositivos informatizados já existentes tomam cada vez mais espaço em nossas
vidas.
Buscar
nas
tecnologias
atuais
ferramentas que possivelmente otimizem nossas produções além de novas possibilidades deste cunho para o campo da arquitetura, faz-se um dos objetivos.
A arquitetura e o design, enquanto disciplinas das ciências
sociais
ferramentas
e
aplicadas,
informatizadas
e
atreladas
às
automatizadas,
trazem uma possível aproximação do arquiteto a seus clientes, como por exemplo, através de 17
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
compartilhamento de arquivos e informações via internet.
Tendo
o
principal
alvo
e
homem(cliente), discorrendo
como
sobre
seu suas
necessidades e desejos, a contemporaneidade progride tomando partido das novas e inúmeras possibilidades virtuais. Entender o comportamento social e posicionamento da sociedade em relação à evoluções tecnológicas
é também objetivo do
presente trabalho. O trabalho se dará em busca de respostas à questionamentos
como:
Como
se
deram
as
relações do homem com as técnicas e tecnologias em
outros
influenciaram
tempos?Como o
pensamento
as
tecnologias e
produção
arquitetônica no decorrer da história humana?O que é ou foi inovador no contexto arquitetônico nos momentos pós revoluções? 1.4 JUSTIFICATIVA 18
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
Compreendendo todo o contexto e situação atual que nos cerca, surgem-se questionamentos sobre a forma de lidar com as novas ferramentas em disponibilidade. Assim, acerca do uso como meio e princípio ficam nítidas as influências de tais no produto arquitetônico. Os usos das plataformas digitais de trabalho dispostas no mercado para o campo de arquitetura são cada vez mais presentes na vida dos profissionais. O que antes serviria para o auxílio no processo enquanto ferramentas de representação e comunicação passam a exercer maiores influências nos projetos: [...] Grandes avanços na tecnologia do
design
estão
habilitando
os
arquitetos a repensar a forma e o espaço pelo uso de novos métodos construtivos e novos materiais. A complexidade e o dinamismo do mundo contemporâneo não podem 19
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
ser simplesmente encaixados nas linhas simples e ortogonais e nos blocos da arquitetura do século 20. È nosso
dever
ir
além
dessa
compartimentagem, buscando uma arquitetura do século 21 que acolha a
riqueza,
as dificuldades e
interconectividade
de
vida
a
atual.
(DANTAS, 2015, p. 135)
Os produtos arquitetônicos da contemporaneidade sofrem de toda forma alguma influencia dos meios digitais. O nível de influencias destas ferramentas é cabível, segundo determinações dos profissionais, seja por conhecê-las ou desconhecê-las ou mesmo acessá-las.
Fazer
uso
da
informática
requer
conhecimentos que nos permitam operar máquinas e entender o funcionamento e suas ferramentas. O computador através de sistemas como o Computer Aided Design(CAD), por exemplo, é uma ferramenta de auxílio à produção dos desenhos de projeto 20
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
deixando o ato de projetar à incumbência da criativa do arquiteto. No entanto, as demandas de projeto e a conturbação da vida contemporânea introduzem uma dinâmica a uma velocidade diferente do século passado. Assim, investiga-se a velocidade das informações em diferentes tempos, na busca de saber de que forma tal relação aconteceu com influências mútuas entre a produção arquitetura e a velocidade dos acontecimentos possíveis pelas tecnologias disponíveis.
Criticar a eficiência do gerenciamento do ambiente de
uma
empresa
consequentemente
de
o
uso
arquitetura das
e
tecnologias
numéricas informatizadas em todos os processos envolve o entendimento de questões pertinentes a diversas formas de uso de tais tecnologias. Neste tocante,
parte-se
do
pressuposto
do
uso
predominante destas neste universo, buscando 21
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
ainda maior interatividade dos profissionais com as máquinas. O que pretende-se na busca desta interatividade é, também, várias formas de se pensar, perceber e consequentemente administrar os processos de trabalho, a fim de conquistar relevantes mudanças que culminarão em uma arquitetura melhor condizente com o contexto social atual.
Todo o conhecimento que se possa adquirir sobre as tendências tecnológicas digitais, impulsiona a adentrar no futurismo que, embora tão comumente pensado como “produções de Hollywood”, faz-se cada vez mais real e presente. As mudanças da sociedade em função destas reais presenças trazem-nos indagações sobre o cunho produtivo a que podemos delegá-las. 1.5 ESTRUTURA DE TRABALHO 22
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
A realização do trabalho requereu uma estrutura de pesquisa para a contextualização e análise de perspectivas de profissionais conhecedores de assuntos
que
necessário
permeiam o
levantamento
tema. de
Assim,
dados
foi
sobre
revoluções tecnológicas presentes na sociedade em épocas diversas. As pesquisas e desenvolvimento se deram no período letivo compreendido entre o mês de agosto ao mês de dezembro. Estes se deu por referências teóricas alcançadas no seguinte cronograma: - No mês de agosto foram feitas e entregues uma pesquisa inicial a fim de ter um ponto de partida referenciados
em
pensamentos
e
trabalhos
desenvolvidos por outros autores de propriedade sobre os assuntos. - No mês de setembro seguiu-se com análises das referencias bibliográficas encontradas e escolhidas até então para referenciar possíveis constatações, 23
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
assim como material com potencial de analogias. Neste mês ainda, foi montada uma proposta de seminário para a Semana da Escola Politécnica, para que se pudesse compartilhar um pouco das experiências adquiridas ao se desenvolverem as pesquisas até o momento. - O mês de outubro se desenvolveu a partir do seminário e sua análise crítica sobre a contribuição dos alunos nas discussões que ocorreram nele. Novas informações sobre a contemporaneidade e situação atual sobre uso das tecnologias puderam ser
adicionadas
responder
a
ao
trabalho
no
questionamentos
objetivo
de
levantados
previamente. - No mês de novembro, fez-se necessário a revisão do conteúdo desenvolvido, bem como corrigi-lo para uma entrega ao professor orientador para que sejam feitas as considerações finais da contribuição deste para o desenvolvimento das ideias. Foi 24
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
possível também a elaboração de uma proposta para
desenvolvimento
da
segunda
etapa
do
Trabalho de Conclusão de curso(TCC2). - A finalização da monografia e sua entrega para o avaliador externo se dá no mês de dezembro. Para que pudesse finalizá-la fez-se necessário revisar mais uma vez o trabalho, corrigido sobre a perspectiva do professor orientador, assim estragálo para uma avaliação final.
25
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
2 - AS REVOLUÇÕES NA SOCIEDADE 2.1 A REVOLUÇÃO AGRÍCOLA
O desenvolvimento da técnica há muito acompanha o
homem
em
sua
evolução.
Para
que
se
sobrevivesse até os dias de hoje, técnicas que caminhassem paralelas ao desenvolvimento das atividades humanas de cunhos diversos foram desenvolvidas.
No
entanto,
muitas
delas
se
desenvolveram para muito alem do que auxílio à sobrevivência. A busca por uma vivência pautada em
outras
características
que
se
tornaram
relevantes ao longo do tempo, fez com que novas técnicas e tecnologias fossem surgindo para suprir necessidades e anseios humanos.
Escolheu-se em primeiro lugar, tratar de uma revolução ocorrida em um tempo que ainda não 26
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
havia sociedade. Na verdade, o momento em que nós, enquanto grupo, nos tornamos sociedade. A revolução agrícola marcou a transição de duas eras, onde detentores de técnicas que apenas lhes permitiam a exploração e caça do que se podia extrair da abundância de determinados territórios, deram outro rumo à vivência em grupo, se obrigando sofisticadas
a
partir para
de a
técnicas tecnologia,
ainda
pouco
desenvolvida
segundo o aperfeiçoamento destas. Em um primeiro momento, extraia-se até o ponto em que se podia da produção natural até poderem partir para outros territórios,
sendo
assim
denominados
grupos
nômades. A vida sedentária marca a tomada de um novo rumo em um momento pós-tomo, tendo consigo as consequências das mudanças de costume. Sair da vida nômade para criar novos padrões de vivência em grupos sedentarizados requer drásticas mudanças na 27
forma
de
se
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
organizar. A sedentarizarão exemplificada na figura 1, apresenta a representação do início da formação da sociedade: Figura 1 As primeiras sociedades produtoras.
Fonte: Wordpress (2012).
28
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
A revolução neolítica marca uma série de mudanças de hábitos dos povos da época, tanto da interrelação social dos membros dos grupos, como da própria forma de organização de trabalho. Quando ainda eram amparados pela extração do que a terra produzia por si, sendo nômades, as técnicas das quais se tinha domínio serviam para o sustento dos pequenos grupos, em um momento de pequena densidade
demográfica.
Conforme
afirmam
Castanheira, Oliveira e Silvestre em seu artigo Revolução Neolítica Da Recoleção à Produção (2014, p. 5): [...]
A
economia
destas
ditas
comunidades é especificamente uma economia de recoleção, ou seja, obtinham do meio o próprio sustento. Exploravam diversas áreas como a caça (veados, javalis, entre outros), pesca 29
(peixe,
crustáceos,
entre
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
outros) e claro, uma recolha de leguminosas/frutos.
O período neolítico se deu em um momento de alteração climática, que se coincide com o término do período glacial. Este ocorrido culminou em uma série de alterações na fauna e na flora devido à elevação do nível dos mares. Focando-se, no entanto, em falar das tecnologias, o que se pode extrair de relevante da revolução agrícola que ocorreu em um tempo tão distante? Na verdade,
pode-se
ressaltar
o
marco
social
consequente do domínio de novas técnicas e evoluções nas formas de viver e se organizar em grupo. O momento em que ficam para trás as características da vida nômade, com técnicas necessárias para a vida nômade. A vida sedentária da início a organização dos grupos em sociedade e com ela as mudanças e domínio de novas 30
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
tecnologias que os aproximem desta forma de viver. A agricultura e domesticação de animais como formas de sobrevivências dão início a um novo período, com novas técnicas e novas descobertas. A sedentarizarão se deu em um processo lento, aderido pelo homem gradativamente. A convivência de
grupos
nômades
com os
novos
grupos,
sedentários, desencadeou um processo de troca que deu início à relações de comércio. As trocas vieram, principalmente, pelo armazenamento de excedentes
produzidos
pelos
sedentários
ao
dominarem técnicas de agricultura. Ferramentas que pudessem auxiliar os integrantes desta
nova
forma
de
agrupamentos
sociais
precisaram ser desenvolvidas. A nova forma de se obter alimento exigia novos instrumentos, o cultivo passa a ser entendido em sua forma diferente da 31
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
extração.
O
machado
polido,
cerâmica
e
a
tecelagem são avanços que podem ser citados dentro do período neolítico.
A fixação dos grupos em territórios exigia a produção de abrigos para a proteção de seus integrantes. A produção de casas de plantas retangulares construídas pelo domínio de técnicas como uso da argila e amontoamento de pedras permitiam a construção das paredes destas, que recebiam coberturas em caniços ou mesmo pedras. Os primórdios das habitações produzidas pelo homem desenvolvia-se ainda em torno de um programas pouco amplos, exigido para os modos de viver e habitar. Assim, apresentamos a presença da arquitetura como reflexo de um período fértil de mudanças sociais e tecnológicas:
32
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
Figura 2 Habitação no Neolítico.
Fonte: Wordpress (2011).
2.2 A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
O momento de revolução vivido na sociedade pelo surgimento da indústria abrange seus diversos setores com transformações e desenvolvimento revolucionárias. As mudanças no modo de vida e 33
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
produção da sociedade se deram a uma velocidade jamais experimentada, apresentando mais uma vez na
sociedade
um
momento
de
revolução
denominado Revolução Industrial.
O modo de produção artesanal se fazia vigente na produção
das
população
de
atividades caráter
predominantes.
majoritariamente
A rural
assumia a agricultura como principal forma de vida. A inserção da máquina na vida humana reconfigura suas formas de trabalho. Uma nova forma de lidar com o tempo e suas produções insere nova dinâmica na sociedade. A presença de mecanismos em uma possível constante evolução estendem os limites humanos mais uma vez.
Os elementos trazidos pela industrialização são a concretização de uma nova fase para a vida humana. As novas possibilidades representaram 34
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
grandes avanços. Novos materiais para novos conceitos.
Novas
possibilidades
para
novas
proposições. Assim se apresentará efetivamente os novos conceitos e possibilidades como reflexos na arquitetura, que será conhecida, principalmente, pelo movimento
moderno, do qual falaremos
adiante.
O potencial maquínico, industrial, agora se impõe sobre a arte do ofício. As atividades realizadas até então
por
aqueles
que
detinham a
técnica,
poderiam ser realizadas por qualquer um capaz de operar a máquina em sua simplicidade exigida para o exercício de tal função, podendo produzir ainda em outras escalas.
Falar da Revolução Industrial leva-se a falar de uma de
suas
grandes
consequências
para
a
configuração da cidade. O fenômeno do êxodo rural 35
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
trazido pelo grande interesse despertado pelas indústrias, leva da área rural para a cidade um enorme número de trabalhadores. O aumento da densidade demográfica de forma desordenada reconfigura e aumenta as proporções das cidades, ou mesmo cria novas.
As transformações na estrutura da sociedade alteram também as relações sociais. Os modos de vida na cidade e as formas de vivenciá-la são novas experiências. Ir para o trabalho, enfrentar suas políticas e funções e retornar ao lar, são parte de uma nova rotina. A interatividade no interior das fábricas se diferencia da interatividade da vida rural antes predominante.
As novas cidades que surgiam do crescimento urbano influenciaram a criação de novas disciplinas que nasciam com intuito de resolver e/ou minimizar 36
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
uma série de considerados fenômenos sociais da vida urbana. A filosofia, a economia estudava agora estes fenômenos. [...] Também há novas necessidades sociais e profissionais, vinculadas a novos espaços, como escritórios, estações
ferroviárias,
edifícios
industriais e etc. Há também a carência no setor habitacional, com a formação de uma nova classe social, o proletariado. SILVA (1996, p. 35)
Um dos momentos marcantes consequente da Revolução Industrial para a arquitetura e design foi a criação da Bauhaus. Esta, criada pelo arquiteto Walter Gropius, trata-se de uma escola alemã originada do campo das artes vivenciadas por outras escolas como a Escola de Belas Artes e a Escola de Artes Aplicadas. Banhan (1979, p. 16 apud SILVA, 1996, p. 24) deu por suas palavras uma definição da Bauhaus: “...uma escola dedicada 37
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
à arquitetura da Idade da Máquina e ao projeto de produtos da máquina, utilizando uma estética da Idade da Máquina ". A figura 3, apresenta uma imagem das instalações da escola Bauhaus:
Figura 3 Bauhaus.
Fonte: Blog Herança Cultural (2011, p. 1).
A criação da Bauhaus se deu em um momento pós Primeira Guerra Mundial, onde a Alemanha se encontrava em um estado político e econômico delicado por deixar a guerra derrotada. Assim, a 38
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
ideia da união de escolas de arte para fundar a Bauhaus
parte
de
Gropious
com
apoio
de
esquerdistas alemães, no intuito de melhorar os produtos industriais e ligar interesses artísticos a interesses do estado. A Bauhaus estatal nasceu em Weimar tendo como uma de suas responsabilidades responder a anseios de reestruturação do Estado Alemão.
Falar do momento de fundação da Bauhaus e aos contextos atribuídos a tal escola de arquitetura, fazem-se relevantes para o entendimento de consequências da revolução industrial para a sociedade. Assim, podemos ver a influência de disciplinas de cunho criativo como arquitetura e design
exercendo
influências
sobre
campos
políticos e econômicos. Tomamos a Bauhaus para exemplificar grandezas das disciplinas citadas que
39
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
desencadearam momentos pós-tomos como o movimento moderno antes citado.
Atribui-se às evoluções da arquitetura trazidas pela Revolução Industrial, a criação e produção de materiais que deram origem a novas técnicas e tecnologias que, culminaram posteriormente na produção da arquitetura moderna. O movimento moderno é referenciado também à Bauhaus acima citada: [...] Os novos materiais e/ou a produção maciça deles, como o aço, o
vidro
e
redirecionam
o
concreto as
armado,
discussões
arquitetônicas, com a criação de novos elementos que, se tornaram paradigmas
da
arquitetura
moderna:coberturas
transparentes,
grandes
estruturas,
vão
livres
maiores e balanços. Também são 40
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
novos os temas dessa sociedade industrial
e
urbana
emergente:
pontes, ferrovias, metrô, galpões industriais,
estações
e
rodovias
redefinem o caráter dos grandes projetos,
antes
restritos
aos
monumentos públicos. (SILVA, 1996, p. 35)
2.3 A REVOLUÇÃO DIGITAL
Considerou-se a Revolução digital para o presente trabalho a partir da criação do computador e a difusão das redes digitais. Assim, parte-se de um momento
posterior
à
2º
Guerra
Mundial,
considerado força motriz para produção de tais inventos de relevâncias se fazem revolucionárias.
O aparecimento do primeiro computador sinalizou os primórdios de uma crescente modificação 41
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
cultural. Impulsionada pela criação de redes que interligassem estas máquinas, as modificações sociais se manifestaram a partir da consolidação destas. O arquiteto Guto Requena fala em seu artigo A Hipermídia na Arquitetura: Esboços de uma nova
Interatividade
sobre
estas
modificações
culturais (2004, p. 2): [...]
A
popularização
dos
computadores e a disseminação dos computadores computers)
na
pessoais
(personal
década
de
80
instaurou uma nova ordem cultural. Com o advento da internet e sua consequente disseminação, iniciouse
profundamente
uma
nova
produção cultural condizente com o seu tempo e agregando os novos padrões emergentes.
42
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
A década de 90 foi marcada por uma forte difusão da internet, o que consequentemente culminou em um
termo
muito
globalização.
A
usado
nesta
globalização,
década, vem
a
como
consequência de uma conectividade em expansão onde o mundo pôde se conectar por inter-relações em rede mundial, onde se viu uma potencialização da comunicação social.
Ainda que muitos considerem tão recente esta difusão das tecnologias digitais, no século XXI, os primórdios se deram ainda no século passado. Em uma análise cronológica de mudanças tecnológicas pelas quais estamos tratando aqui, podemos ainda dizer que, tratam-se de consequências de uma revolução
atual
pautada
e
entendida
como
sequência de uma revolução anterior, a revolução Industrial. Tanto na revolução industrial quanto na revolução
digital,
as
tecnologias 43
disponíveis,
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
trouxeram novos objetos para fazerem parte da vida humana. Na revolução digital, no entanto, destacase a popularização e inserção de tais em outros ambientes diferentes que não tenham caráter industrial.
A presença das tecnologias em alta nos anos 90 se escancarava
nas
tv's
em
programações
dos
diversos tipos. A disseminação das redes e tecnologias de informação passou a tomar grandes proporções dentro das residências. A presença de novos objetos nas residências surtia influência na dinâmica das famílias, bem como em sua própria configuração.
Mesmo
programas
infantis,
demonstravam aparelhos antes pouco difundidos.
A troca de informações, tão necessárias na sociedade
contemporânea,
acontece
a
uma
velocidade maior do que se podia imaginar no 44
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
século passado. Esta troca não só tem relevância na atualidade como foi o principal motivo do invento das redes como a internet, ainda no século passado. Assim, podemos notar esta necessidade do homem em si comunicar e trocar informações. As mídias criadas anteriormente como o jornal, o rádio e a tv são exemplificações de tecnologias desenvolvidas para suprir a tais anseios humanos. As tecnologias que têm marcado as recentes gerações,
marcam
a
transição
das
técnicas
analógicas para técnicas numéricas digitais. Assim, ressaltamos através desta, alteração na percepção de tempo e espaço. As formas com as quais se desencadeiam nosso acesso a informação no século XXI, são as principais causadoras destas alterações.
O
surgimento
de
uma
recente
forma
de
manifestação das tecnologias numéricas, busca 45
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
com uma nova forma de interação do homem com o ciberespaço
acessado
em
um espaço
físico.
Tratamos da automação residencial. Possibilidades como novas formas de exibição de imagem e também controle de diversos aparelhos dotados de tecnologias que permitem controle à distancia, estão no bojo da automação residencial. Fatores considerados atualmente de grande relevância como, segurança e comunicação são dos motivos que
culminam
na
criação
equipamentos e tecnologias.
46
destes
novos
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
3 - A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA Viver na sociedade contemporânea implica uma série de comportamentos ligados à algum meio eletrônico. Notadamente, aparelhos de vários tipos e espécie fazem parte da vida do homem atual. Em situações de trabalho, em ambiente profissional, em situações familiares em uma residência ou mesmo em lazer em qualquer lugar que esteja.
Podemos exemplificar com uma simples situação como a escrita de uma palavra esquecida ou a busca por um endereço desejado. Ilustra-se assim, o quanto nos pegamos fazendo uso de tecnologias digitais em situações comuns da vida quotidiana. Frente a uma tela bidimensional de um computador, um tablet ou um celular, resolvem-se algumas de nossas situações conforme o protocolo da vida urbana atual. Uma pesquisa realizada pela agência 47
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
de marketing social We Are Social em 2015, mostra dados do acesso a internet por parte dos brasileiros no ano de 2014, por intermédio dos dispositivos eletrônicos existentes atualmente, visto através da figura 4 : Figura 4 Presença digital do brasileiro.
Fonte: Blog PMWEB (2015).
As mudanças de atitude em um “pequeno” intervalo de tempo são resquícios de uma revolução. As 48
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
metamorfoses da vida humana e os rompimentos com os costumes tradicionais transformam-se em objetos de estudos multidisciplinares. As novas dinâmicas sociais envolvem questões culturais de consequentes evoluções de estudos e discussões. As tecnologias trouxeram consigo tais modificações nas estruturas sociais, trazendo, portanto novos problemas a serem enfrentados.
Um termo muito usado na contemporaneidade para definir comportamentos sociais alavancados pela disseminação de ambientes virtuais é interatividade que no Aurélio tem sua definição da seguinte forma: 1.Caráter
ou
condição
de
interativo
2.Capacidade(de um equipamento, sistema de comunicação ou de computação, etc.) de interagir ou permitir interação(DICIONÁRO AURÉLIO),
A
interação e a conexão com as máquinas,tem trazido benefícios ao homem contemporâneo no que tange 49
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
a qualidade na realização de suas atividades. No entanto, é atribuído a elas também atitudes de egoísmo e solidão presente nos dias atuais.
50
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
4 - ARQUITETO E ARQUITETURA NA ERA DIGITAL Os marcos deixados pela evolução das tecnologias dentro
da
arquitetura
são
de
simples
exemplificações. A contextualização deixada no presente trabalho evidencia marcos de rompimentos históricos por quebras de paradigmas tecnológicos e
consequentemente
sociais.
As
revoluções
vivenciadas pelo homem refletem em seus meios. Em tese, o homem muda e muda-se a cidade, muda-se a arquitetura se muda-se o homem, mantendo-se este ciclo sem uma perfeita lógica respectiva.
Na era digital não é diferente o quanto as influências
das
momento
atual
arquitetônica.
tecnologias fazem
Direta
ou 51
disponíveis
parte
da
neste
produção
indiretamente
esta
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
influência aprece nos processos de projeto. Termos como "Arquitetura Virtual" são vistos com frequência nos meios, expondo um potencial impalpável originado do imaginário arquitetônico: [...] A matéria prima da arquitetura deixa de ser "matéria", deixa de ter esse vínculo material. A arquitetura na era digital tem como elemento básico não mais a fixibilidade do espaço
ou
da
matéria,
mas é
construída através das oscilações numéricas
binárias,
compondo
imagens, compondo o imaginário entre números. (SILVA, 1996, p. 183)
A simulação digital tão comumente vista entre arquitetos vem tomando cada vez mais espaços nos projetos arquitetônicos. Grandes escritórios como de Frank Gehry e Zaha Hadid, fazem uso de softwares com plataformas de trabalho que auxiliem 52
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
com a possível precisão nas etapas de projeto. O valor que é dado a tais softwares é conhecido, entre outros fatores, pela
otimização
dos serviços.
Através dos mesmos, são possíveis simulações dos modelos virtuais da arquitetura que se quer produzir. Cores, texturas e volumetria estão entre as características editáveis dos modelos simulados. A produção de desenhos técnicos como plantas, cortes e elevações também são produções cabíveis a estas ferramentas. A produção de objetos arquitetônicos
por
meios
destes
processos
permitem experimentações antes em um intervalo de tempo infinitamente maior, o que se apresenta hoje,
como
uma
grande
vantagem frente
à
velocidade exigida pela vida contemporânea.
Tomamos este espaço para citar parte do trabalho do arquiteto Frank Gehry, acima citado. Nos processos de projetação, além do uso de softwares 53
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
na produção de maquetes virtuais, são também simulados seus projetos por meio de maquetes físicas. Um processo misto que, representa para o arquiteto, maior riqueza na produção de sua arquitetura. A equipe de Gehry faz uso do software Katia para suas simulações em três dimensões. No entanto, há também no processo, o uso de scaners com guia a laser para a obtenção das informações do modelo físico para uso em meio digital.
A busca por discussões à repeito da produção arquitetônica atual vem à tona também para tentar entender o quando se evoluiu frente às evoluções tecnológicas. Ao compararmos a lógica de produção dos modelos arquitetônicos produzidos em meios digitais, percebemos que ainda é bem próxima à produção de alguns anos atrás. Falamos das perspectivas e vistas dos modelos dos edifícios apresentados.
O
caminho 54
percorrido
para
a
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
produção
destes
se
dá
agora
por
meios
informatizados. Para prosseguir com pensamentos questionadores
à
respeito
das
informações
apresentadas, cita-se as palavras de Silva (1996, p. 161): [...] O computador abole todas as referências
reias
e,
sobretudo,
canônicas da arquitetura até então: no universo digital não há horizonte ou gravidade, não há materialidade concreta,
não
elementos
sólidos
intransponíveis,
não
há
tempo
cronológico,
não
há
noção
e
apriorística de escala, determinando pontos de vista.
Falar de tecnologia nos dias atuais traz à mente de muitos, em primeira instância, exemplares de cunho informatizado. Por tal superficial constatação, uma breve contextualização de revoluções tecnológicas 55
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
que ocorreram na história da sociedade se fez necessária, a fim de expor o quão marcantes e relevantes foram para que chegássemos até os dias de hoje. Assim, se busca as novas perspectivas e conhecimentos para desmistificação do termo ao senso comum.
Uma
alternativa
popularização
dos
usual
possibilitada
computadores
e
pela
avanços
consequentes das tecnologias de informação são as maquetes eletrônicas. A produção de softwares por diversas empresas do ramo de arquitetura e engenharia os popularizaram nos meios citados. Assim,
surgiram
novas
possibilidades
de
metodologias de projeto com interação homem máquina.
A produção de modelos digitais atua diretamente no caminho do universo da imaginação para o modelo 56
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
arquitetônico. Ainda que usado em fase posterior uma
à
fase
de
anteprojeto
utilizada
em
metodologias de projeto. As simulações com suas possibilidades de experimentação carregam consigo consequências
no
processo
e
produção
dos
arquitetos.
Aos arquitetos, conhecer e entender de novas metodologias e softwares disponíveis não quer dizer evolução
da
arquitetura.
As
vantagens
e/ou
desvantagens das tecnologias de informação no caminho da imaginação à arquitetura, vão do aumento do potencial arquitetônico com as formas de experimentação ao condicionamento do projeto em modelos pré modelados no processo de criação. Assim, assumir essas tecnologias, apesar de atual, não traz efetivamente no pacote o "sucesso” na produção arquitetônica.
57
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
Fala-se dos meios informatizados, com base no funcionamento
de
tais,
através
de
cálculos
matemáticos. Portanto, adentra-se no universo das simulações, necessário à nossas discussões, com o entendimento de que simula-se a razão por meio de cálculos e que, a razão, no entanto, existe virtualmente intangível e desprendida de certos fatores do mundo real. O mundo numérico ao qual se tem acesso, se faz paralelo a este mundo real.
Em algum momento dos processos de atuação do arquiteto no exercício de sua profissão vai estar o homem. Na verdade, os projetos e a prestação dos serviços giram em torno deste de alguma maneira. Discorre-se sobre as metodologias da projetação com e sem o uso das tecnologias de informação envolvendo o profissional. Para se ressaltar a proximidade do homem, tido então como objeto para o qual se converge, pode-se ainda se 58
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
questionar sobre a comunicação do arquiteto com ele, enquanto objeto de estudo. Falar de um ideal de comunicação seria um tanto improvável, mas pode-se buscar entender o quão necessário se faz aproximar a arquitetura do homem mediado pelos processos do arquiteto.
59
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
5 - O SEMINÁRIO DE TCC1
O seminário de TCC1 (trabalho de conclusão de curso um) aconteceu durante a Semana da Escola Politécnica do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (UNILESTE), no período de 5 a 9 de outubro deste ano de 2015.
Com o objetivo de apresentar aos participantes presentes o caminho percorrido no desenvolvimento do TCC1, até o período descrito, foram feitas apresentações
do
tema
com
a
metodologia
escolhida por cada aluno. Assim, preparamos uma palestra oral acompanhada por slides, mesclada com a apresentação de um vídeo complementar ao tema.
60
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
A palestra se deu no dia 07 às 17:00 horas, com a apresentação do tema Arquitetura e Tecnologia. A estrutura
desta
foi
montada
de
forma
a
contextualizar os participantes sobre o tema. Este, apesar de amplo, foi tratado de forma breve apresentando os avanços tecnológicos paralelos aos avanços da sociedade.
As revoluções das quais foram tratadas no momento de contextualização foram a Agrícola, no período
neolítico,
Revolução
Digital.
a
Revolução
As
três
Industrial
revoluções
e
foram
apresentadas em ordem cronológica, a fim de viajarmos no tempo, desde meados dos anos 6000 a.C., até a contemporaneidade.
A estrutura definida para esta apresentação se deu de
forma
a
organizar
as
ideias
para
uma
apresentação e aprofundamento textual para o 61
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
presente trabalho. Ancorado em pesquisas para a obtenção de informações dos períodos históricos citados, foi possível conciliar o conteúdo a uma lógica
de
questionamentos
que,
nos
fizeram
entender os momentos de avanços tecnológicos que
desencadearam
grandes
mudanças
na
sociedade. As mudanças principais citadas foram quanto
à
sua
organização
política,
social,
econômicos e ainda alguns dos outros seguimentos.
Passear pelo momento longínquo da revolução agrícola, no período neolítico, foi o ponto de partida. De forma a ressaltar as mudanças na forma de vida humana, apresentamos a transição da vida nômade para a vida sedentária. As novas formas de se obter alimento exigiram o domínio de novas técnicas, principalmente para a agricultura e domesticação de animais. A produção de novas ferramentas para o plantio e cultivo dos alimentos está entre estas 62
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
técnicas. A nova organização do trabalho e social dos grupos é também nova exigência da vida sedentária. O que se tem de evolução destas formas de organização social, são os primórdios da sociedade organizada da forma que vivemos hoje na contemporaneidade.
As mudanças na forma de vida e organização social no período Neolítico, não poderiam deixar de convergir,
neste
trabalho,
para
a
arquitetura
produzida na época. Deixar a vida nômade acarretou também novas formas de se abrigar.
A segunda revolução da qual tratamos foi a Revolução
Industrial.
A
fim
de
destacar
as
consequências dos avanços tecnológicos para a sociedade em outro momento histórico, saltamos para o século XVII. A invenção das máquinas e produção de novos materiais alterou mais uma vez 63
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
a velocidade em que andava a sociedade de forma revolucionária. Dentre as invenções citadas no período estão as máquinas a vapor, sobretudo as locomotivas. Foram citados também inventos como os automóveis, possíveis também pelos avanços tecnológicos da Revolução Industrial.
Apresentar produção
as de
mudanças arquitetura,
relevantes
para
impulsionadas
a
pelos
produtos das indústrias, não poderia ficar para trás. No
entanto,
o
que
pudemos
enfatizar
está
diretamente ligado à produção do movimento moderno. Tecnologias como o concreto armado foram possíveis, dentre outros fatores, graças à produção industrial do aço. As consequências destes avanços revolucionários para a arquitetura são também as possibilidades que deram origem às características da arquitetura moderna, como os grandes vãos, as janelas em fita, os pilotis e etc. 64
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
A revolução digital foi a terceira revolução usada para entender o quanto os as avanços tecnológicos influenciam a sociedade e consequentemente a arquitetura. Ao apresentar as duas primeiras revoluções citamos as mudanças na sociedade e suas consequências na produção arquitetônica. Indo de encontro à sociedade contemporânea, adentramos na era da informação trazida pela Revolução digital.
Um diálogo sobre o uso atual das tecnologias de informação de forma até imperceptível pela nossa geração fez- nos compreender com exemplos dos participantes,
o
quanto
temos
nos
tornado
conectados às máquinas e através delas. Aparelhos eletroeletrônicos são vivenciados como extensão do corpo humano, constatado por um breve olhar nos utensílios dos presentes. Dentre os utensílios 65
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
estavam, em sua maioria, os smartphones, fruto das produções tecnológicas de massa atual.
Os argumentos usados durante a contextualização histórica dos avanços tecnológicos nos levaram ao conhecimento
dos
avanços
mútuos
entre
a
sociedade, a tecnologia e a arquitetura. A revolução digital, termo talvez novo para muitos presentes, nos
trouxe
cronologia
à
contemporaneidade
natural.
Apesar
de
em
citarmos
uma as
consequências na produção arquitetônica em vários tempos, ainda houve uma proposital subjetividade na reflexão dos avanços tecnológicos da revolução digital para a arquitetura produzida atualmente nos moldes conhecidos por eles. Assim, se fizeram possíveis alguns questionamentos a respeito do quanto temos feito evoluir nossa arquitetura através do conhecimento e uso de tecnologias atuais. A
66
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
contextualização apresentada se deu de forma a termos tais questionamentos como ponto principal.
A conclusão do trabalho apresentado se deu após a apresentação de um vídeo que apresentava visões futurísticas sobre nossas cidades, residências e ambientes profissionais. Nele, a mediação de tecnologias digitais na execução de tarefas do quotidiano
se
fazia
presente
fortemente.
As
considerações finais nos levaram a instigar os presentes terminando a apresentação com a seguinte
pergunta:
quais
serão
as
novas
possibilidades para a nova arquitetura?
A metodologia aplicada para a apresentação do trabalho foi definida levando em consideração os futuros profissionais a assumirem o mercado, entendendo que existe uma responsabilidade sobre eles de adentrarem e apresentarem o novo. Assim, 67
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
as tecnologias vigentes atualmente se apresentam como uma alternativa na apresentação criativa de novas possibilidades.
68
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
6 – UMA POSSIBILIDADE PARA UMA NOVA ARQUITETURA TCC2 A compreensão de fatos históricos até então apresentados
e
argumentados,
clareiam
as
perspectivas sobre os rumos das atuais influências tecnológicas sobre a vida humana e contextos social. Os padrões de sociabilidade possibilitados por tecnologias difundidas na contemporaneidade sugerem novos questionamentos a partir deste panorama. A relevância das modificações sociais de pequena e grande escala, nos possibilitam objetos de estudos práticos de cunho social no que tange à interatividade em caminhos contemporâneos.
O
papel
do
arquiteto
permanece
o
mesmo
independente do momento histórico. Portanto cabese a este, responsabilidade de mediar o homem à 69
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
concretização de seus anseios e necessidades por meio das técnicas e/ou tecnologias possíveis. O novo, termo a que atribuímos os as iniciativas para espaços requerem do profissional uma perspectiva única e incompreensível até o momento por máquinas.
A
diversidade
social,
cultural
e
étnica
contemporânea enriquece a plataforma de atuação do arquiteto e urbanista. O respeito a tal diversidade proporciona
uma
infinidade
de
concepções
concretizadas de forma tangível, impalpável e/ou digital. Portanto, mantemos nossas indagações sobre o quanto fazemos uso de nossas ferramentas e metodologias para obtenção de peculiaridades destas naturezas. Não se trata da busca de um ideal para aplicação de métodos em prol da produção arquitetônica, mas de especulações e questionamentos de caráter evolutivo. 70
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
A progressão dos estudos das tecnologias de informação, bem como outras tecnologias, nos leva a
ambições
contribuições
arquitetônicas. recorrentes
Acreditamos
para
o
em
seguimento,
propondo o aumento da interatividade do homem com o homem, do homem com a máquina e da “máquina com a máquina”.
Para dar seguimento a nosso aprofundamento arquitetônico por viés tecnológico, propomos para o trabalho
prático
da
etapa
posterior,
o
desenvolvimento do projeto de uma instalação que vise maior interatividade do corpo com o espaço construído através de fronteiras, ou falta delas, entre o físico e o digital. Assim, encararemos como problemática a exposição do corpo à experiências sensoriais
em
um
receptáculo
principalmente, tecnologias digitais. 71
mediada
por,
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
Chegamos até a proposta do TCC2, com maior amadurecimento da ideia de que o mundo digital é uma realidade paralela à nossa realidade. Assim, entendemos a busca por novas possibilidades da interação do homem com seu habitat e suas formas de trabalho, como uma necessidade para os arquitetos.
A convicção construída no presente trabalho, de que
novas
possibilidades
para
o
uso
das
tecnologias numéricas devem ser exploradas a fim de se fazer possível estímulos ao corpo, são premissas definidoras de nossa proposta para o TCC2. Partimos daí, com novos questionamentos que moverão o trabalho futuro, bem como, o quanto o homem pode ser participante ativo do mundo digital?Quais são as fronteiras entre o real e o virtual?Em buscas de respostas traremos um 72
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
projeto para, principalmente, rasos entendedores do processo de transição da era analógica para digital que, tenham vivido a transição do mundo analógico para
o
domínio
das
tecnologias
numéricas,
possuidores de experiências do século passado.
O TCC2 será desenvolvido com o intuito de criação de um produto de viés artístico, no qual se farão presentes
subjetividades
trazidas
pelos
questionamento acima citados. Para tal definimos como o contexto de inserção a região do Vale do Aço, com objetos de experimentação nos moldes descritos.
Assim,
escolhemos
alguns
projetos
desenvolvidos recentemente como obras análogas em busca de um melhor entendimento da proposta. 8.1 EMOTIVE CARTOGRAPHY (CASA COR SÃO PAULO 2015)
73
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
O projeto concebido pelo arquiteto Guto Requena, trata-se do Bar Stella Artois apresentado no evento da Casa Cor São Paulo 2015. Nele, o arquiteto tornou o ambiente escolhido em um espaço híbrido que por suas palavras um "imenso observatório de emoções".
O uso de tecnologias numéricas está presente em todo o ambiente. Uma coleta de informações, em tempo real, de emoções postadas em redes sociais através de hashtags, transforma em projeções nas paredes, gráficos sobre o quanto as pessoas sentem as 6 emoções escolhidas para o trabalho. Torna-se possível visualização estes dados gerados a partir das hashtags de amor, alegria, surpresa, raiva, medo e tristeza. Uma música, sem fim, também é gerada a partir dos dados obtidos, sendo uma propagação de tons obtidos através de cálculos numéricos destes dados. Ainda, há neste 74
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
espaço, a presença de um sensor que ao ser tocado pelo visitante altera a velocidade das imagens projetadas de acordo com os batimentos cardíacos coletados pelo sensor.
A proposta do trabalho se deu a fim de proporcionar experiências áudio visuais, pautadas em tendências comportamentais
atuais
de
conectividade
e
interatividade. Nas figuras abaixo(6 e 7), podemos ver
a
conformação
espacial,
funcionamento descrito.
75
bem
como
o
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
Figura 6 Bar Stella Artois.
Fonte: Blog Heranรงa Cultural (2011, p. 1).
76
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
Figura 7 Bar Stella Artois.
Fonte: Blog Herança Cultural (2011, p. 1).
8.2 TUITERATURA
O espaço proposto no projeto para a exposição com o tema Tuiterapia, envolve de maneira híbrida a dualidade da realidade concreta e virtual. Assim, procura-se uma desmaterialização do espaço. A 77
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
mostra aconteceu em São Paulo no Sesc Santo Amaro com a interação do espaço com a rede social Twitter.
Uma tela de 16metros de comprimento por 3 metros de altura, colocada em um ambiente escuro, a fim de
proporcionar
uma
ambiência
onde
se
transpareça a ligação do mundo analógico com o digital, transforma as sensações do corpo humano em experiências sensoriais em uma espécie de imersão digital. A presença de sensores permite captar a presença dos visitantes espelhando suas silhuetas na tela interativa. As experiências são divididas em momentos de projeções de imagens na tela de poesias de poetas brasileiros renomados e poesias de tuiteiros sob as sombras dos corpos espelhados. No final da tela, um teclado projetado permite ao visitante criar poesias através das letras escolhida com os movimentos do corpo.e as envie 78
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
para a mostra. A presença de um banco no ambiente
permite
que
os
sensores
captem
visitantes sentados e emita twitters sonoros. O banco tem também a função de proporcionar experiências
sensoriais
literárias
à
deficientes
visuais com twitters impressos em braile. As figuras 8 e 9 apresentam o espaço em uso:
Figura 8 Tuiterapia.
Fonte: Blog Herança Cultural (2011, p. 1). 79
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
Figura 9 Tuiterapia.
Fonte: Blog Heranรงa Cultural (2011, p. 1).
80
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
7 – CONCLUSÃO As ideias desenvolvidas no presente trabalho nos permitiram entender uma série de relações do homem com o mundo que o cerca. Estas relações se manifestam de acordo com o período de vigência de técnicas e tecnologias criadas pelo homem. A clareza com que estas constatações se manifestam ao final deste trabalho são possíveis devido às especulações
feitas
mediantes
aos
questionamentos
que o moveram a cerca das
tecnologias.
A existência de equipamentos e tecnologias que passaram a desencadear uma relação do mundo concreto com o mundo virtual são confirmações encontradas na busca pelos rumos que a sociedade contemporânea tem seguido. Contudo, percebemos o quanto o campo da arquitetura, de forma geral e 81
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
não generalizada, tem sido pouco preciso em estabelecer
efetivamente
novas
possibilidades
oriundas desta relação.
As revoluções nas quais aprofundou-se aqui, evidenciam relações das evoluções tecnológicas aliadas às evoluções sociais e arquitetônicas. As discussões contemporâneas condizentes com o tempo atual contextualizado nos capítulos supra descritos são ainda subjetivas tais relações com a realidade social-tecnológica do século XXI. Por tal efeito
se
fará
necessário,
para
a
evolução
arquitetônica pretendida, novos questionamentos por partes dos arquitetos em busca de teorias aplicáveis
de
forma
coerente
à
constantes
evoluções tecnológicas que se darão cada vez mais rápidas, Portanto, conclui-se que as revoluções tecnológicas até a contemporaneidade tiveram acompanhamento quase que simultâneo pelas 82
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
mudanças arquitetônicas. Na contemporaneidade, nos tempos de uma revolução digital, fica no entanto
pouco
evidente
o
quanto
tem-se
concretizado tal consequente acompanhamento. Parte daí a tentativa de apresentar a exemplificação de um caminho no trabalho que se seguirá no TCC2.
83
ARQUITETURA E TECNOLOGIA
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ARQUITETURA E TECNOLOGIA
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CAU Unileste-MG