EDIÇÃO 2 | ANO 2
Smart ENERGY
O MERCADO DE ENERGIA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO SÃO POSSÍVEIS COM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Um mix de fontes renováveis na matriz elétrica alivia o sistema, impulsiona o crescimento de regiões e reduz a emissão de carbono
STARTUPS DE ENERGIA DÃO UM NOVO GÁS AO PAÍS Contribuir para o aumento de energias renováveis traz vantagem competitiva às empresas e desenvolvimento socioeconômico
O Tecpar é uma empresa pública do Governo do Estado e tem 77 anos de atividade. Os negócios do Instituto são divididos em quatro grandes unidades: Soluções Tecnológicas, para dar apoio às empresas que buscam inovar; Empreendedorismo Tecnológico Inovador, com suas incubadoras tecnológicas e com os parques tecnológicos, como o Parque Tecnológico da Saúde; Educação, com qualificação para o mercado privado e ainda com desenvolvimento de capacitações para servidores municipais de prefeituras paranaenses; e Indústria Farmacêutica e Biotecnológica, com desenvolvimento e produção de kits diagnósticos veterinários, vacina antirrábica e produção de medicamentos de alto valor agregado para a saúde pública brasileira. O Instituto foi escolhido pelo Ministério da Saúde para ser um dos fornecedores oficiais de medicamentos mono clonais, que serão produzidos nos próximos anos. Além disso, o instituto atende demandas do Governo do Estado, sendo executor de projetos na área de energias renováveis e empreendedorismo tecnológico.
Saiba mais sobre o instituto em www.tecpar.br
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PÁGINAS SMART
NOVOS CAMINHOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA DEPENDE DE MUDANÇA NA GOVERNANÇA POLÍTICA
Expediente:
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
STARTUPS DE ENERGIA DÃO UM NOVO GÁS AO PAÍS
COPEL COMERCIALIZADORA AUXILIA CONSUMIDOR EM TRANSIÇÃO PARA MERCADO LIVRE DE ENERGIA
Revista Smart Energy Publicação Trimestral com apoio do Governo do Estado do Paraná, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e TECPAR Conselho Editorial: João Carlos Gomes (Presidente) Júlio C. Felix (Vice-Presidente) Celso Romero Kloss Renata Abreu Vilmar Faria Silva Design Gráfico e Diagramação: Biarticulado Estúdio Coordenação de Jornalismo
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO SÃO POSSÍVEIS COM GERAÇÃO DISTRIBUÍDA
Jornalista Responsável: Kristiane Rothstein DRT 3378/13/09 Editora: Camile Triska DRT 10131/PR Produção: Expressa Comunicação
OPINIÃO
A ESTRATÉGIA EUROPEIA PARA O MERCADO DE ENERGIA
FIQUE POR DENTRO
CURIOSIDADES, EVENTOS E CURSOS
Tiragem: 3.000 exemplares Projeto Smart Energy Paraná Endereço: Rua Professor Algacyr Munhoz Mader, 3775 - Cidade Industrial de Curitiba, Curitiba - PR 81310-020 Informações e contatos comerciais: www.smartenergy.org.br smartenergy@smartenergy.org.br smartenergybrasil
Foto: Divulgação
EDITORIAL Energia: inovação, tecnologia e planejamento estratégico O impacto da Geração Distribuída na relação produtor versus consumidor de energia nos próximos anos tende a acelerarse muito fortemente. Essa condição trará grandes mudanças no mercado de energia, em particular na geração, uso e comercialização de energia elétrica. O histórico de geração de energia elétrica em nosso Estado é surpreendente. A principal hidrelétrica brasileira, Itaipu, está aqui em nossas fronteiras com o Paraguai. As imponentes hidrelétricas de Segredo, Salto Caxias, Foz do Areia, Pedro Viriato Parigot de Souza, entre outras, são nossas. Nosso parque gerador ainda inclui termelétricas, usinas eólicas, CGHs e PCHs. Somos destaque no âmbito nacional e internacional em biomassa como fonte primária para geração de energia. O Biogás ganha enorme expressão produtiva quando aproveitados, de forma organizada, os imensos resíduos da avicultura, bovinocultura e suinocultura. Temos grande potencial para a fabricação de pellets e briquetes. A energia solar fotovoltaica é altamente promissora. Esse formidável contexto de oportunidades que temos no Paraná precisa ser bem aproveitado, sendo que a inovação e a tecnologia são facilitadoras nesse processo. Empresas públicas de energia, saneamento e gás, institutos de tecnologia, centros de desenvolvimento da indústria, universidades públicas desenvolvem estudos, processos e produtos para o melhor aproveitamento das fontes energéticas e inteligência na sua geração e uso. O Estado do Paraná tem que preparar-se e antecipar-se às tendências do setor energético. Para tanto, é preciso planejamento de médio e longo prazo, com metas e ações claras. É o momento para pensarmos, governo e sociedade, na realização de um Planejamento Energético Paranaense. Recomendo que o projeto Smart Energy Paraná centralize expectativas nesse tema para debate e apresentação de proposta na Conferência Internacional de Energias Inteligentes 2017, que acontecerá de 18 a 20 de outubro, nas dependências da Federação das Indústrias do Estado do Paraná. Bem-vindos à segunda edição da Revista Smart Energy. João Carlos Gomes Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná
Páginas SMART Novos caminhos para o DESENVOLVIMENTO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS Nesta edição, iniciamos uma nova sessão, as Páginas Smart. Nosso primeiro entrevistado é Júlio C. Felix, uma das maiores autoridades do país em Ciência e Tecnologia Ano a ano, iniciativas em energias renováveis surgem no Brasil, mostrando que o país tem vocação sustentável e pode, sim, se transformar num celeiro de ideias do assunto. Mesmo assim, alguns entraves dificultam os avanços e desestimulam o mercado, que patina em seu alicerce começando pela falta de regulamentação. Isso e a falta de habilidades e competência de mão de obra são apontadas pelo diretor-presidente do Tecpar e presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), Júlio C. Felix, como grandes desafios para o desenvolvimento da área. Júlio C. Felix é o entrevistado que inaugura as Páginas Smart, seção de entrevista da Revista Smart Energy. Ele nos recebeu durante o workshop “A atuação sustentável dos institutos de pesquisa face aos novos modelos de desenvolvimento tecnológico e inovação”, que ocorreu em abril, em Curitiba, e reuniu representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do governo paranaense e da comunidade científica e tecnológica nacional. Em pauta, o papel das incubadoras, o Parque Tecnológico e as dificuldades que a área de energias renováveis enfrentam no país.
Revista Smart Energy: Como as incubadoras podem ajudar nos projetos de energias renováveis? Júlio C. Felix: Nós já temos, em várias instituições que trabalham com empreendedorismo inovador, empresas voltadas para essa área. Em especial, o Parque Tecnológico de Itaipu, que já tem como princípio demandar o que é preciso para poder incorporar à empresa. Agora, nós precisamos mobilizar o outro projeto do Estado que é o Parque Tecnológico Virtual do Paraná (PTV Paraná), para que avance na linha de atrair empresas voltadas para a área de energias renováveis.
Júlio C. Felix - Presidente do TECPAR
“Quando comecei a trabalhar aqui, na década de 1980, um grande desafio era a relação entre universidade e empresa. Nós estamos em 2017, e hoje voltamos a discutir isso. Ou seja, sabemos qual é o problema”. 6 | SmartEnergy
RSE: As incubadoras podem servir para essa finalidade de colaborar com o projetos de energias renováveis? JF: Tenho certeza que sim, nós temos esse papel. O caminho dos Parques Tecnológicos e o caminho das incubadoras são extremamente produtivos para isso e devemos utilizar. O Estado fornece ferramentas para que os dois projetos trabalhem juntos. O Parque Tecnológico Virtual tem, justamente, o papel de tornar o ambiente do Estado do Paraná, como um todo, em um ambiente empreendedor do ponto de vista tecnológico.
Júlio C. Felix na abertura do workshop "A atuação sustentável dos institutos de pesquisa face aos novos modelos de desenvolvimento tecnológico e inovação”
RSE: E o que falta pra isso? Qual é o maior entrave? JF: No caso de energias renováveis, na minha visão pessoal, o maior entrave que temos é o regulatório. Nós não desenvolvemos mais essa área porque a legislação não favorece o empreendedorismo. RSE: E de que forma esse processo pode ser viabilizado? JF: O que discutimos no workshop “A atuação sustentável dos institutos de pesquisa face aos novos modelos de desenvolvimentotecnológicodeinovação” também vale para as energias renováveis. São vários os caminhos. Se é a legislação que cria obstáculos temos que mobilizar as entidades, as empresas e as instituições interessadas dentro das assembleias, das câmaras e do parlamento em geral. O outro ponto é uma estratégia para criar instrumento de capacitação de startups nessa área. Ainda temos muito pouca coisa sendo desenvolvida nesse sentido.
“No caso de energias renováveis, na minha visão pessoal, o maior entrave que temos é o regulatório”, afirma Júlio C. Felix. RSE: O que mais a área de energias renováveis pode aproveitar do que foi discutido aqui no workshop? JF: O intuito desse evento, que também aplica-se à área de energias renováveis, é o de chamar a atenção para o fato de que as instituições de pesquisa não estão conseguindo identificar e atender às demandas do mercado por não entendê-las. Instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação estão fechando ou encolhendo, seja na área de energia ou biotecnologia. E não só as públicas, mas as instituições privadas também! Algo está errado, porque esse é o momento em que mais precisamos dessas competências, mas, essas instituições estão deixando de existir. Portanto, a discussão hoje é
exatamente debater o que está errado e propor caminhos. Isso vale para a área de energias renováveis, que tem dois problemas muito sérios: a regulamentação e a baixa quantidade de competências já desenvolvidas. RSE: Como unir as pontas: universidade, empresas/entidades e o governo? É um grande desafio, não é? JF: Estou no sistema de Ciência e Tecnologia do país há muito tempo. Quando comecei a trabalhar no TECPAR um grande desafio que a gente discutia, isso na época de 1980, era a relação entre universidade e empresa. Nós estamos em 2017, e hoje voltamos a discutir: a relação entre universidade, empresas e governo. Ou seja, sabemos qual é o problema, mas não identificamos até agora a solução. Precisamos encontrar uma fórmula para a boa relação no uso das competências que são desenvolvidas dentro da universidade e transformá-las em resultados reais para a sociedade.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA depende de mudança na governança política Descentralizar a geração de energia elétrica é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do país
As alterações climáticas, a necessidade da redução da emissão de carbono e o aumento da eficiência das energias renováveis mostram a importância de uma mudança da matriz energética em todo o mundo, que hoje é baseada em hidrelétricas e termoelétricas. Desde 2015, quando foi assinado um acordo por 195 partes da 21ª Conferência das Partes (na COP-21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), em Paris, na França, surgiu um novo ambiente político global, mais preocupado em reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. “As energias renováveis estão no centro desse debate, o que favorece o Brasil. O grande potencial de energia hidrelétrica, aliado aos resíduos de biomassa, de energia solar e energia eólica, colocam o país em posição favorável ante aos debates em curso”, observa a professora Dra. Claudia Cristina Machado, coordenadora do curso de pós-graduação em Sustentabilidade e Governança Corporativa da FAE Business School. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia de 2016, nosso país possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com um índice de 43,9% de energia renovável de toda a oferta interna
de energia, o que representa cerca de três vezes o indicador mundial. Então, por que as fontes renováveis ainda são tão pouco utilizadas? Para a professora Dra. Danielle Carstens, pesquisadora na área de Inovação e Sustentabilidade da Universidade Positivo, o papel controlador e direcionador da trajetória da matriz energética do Estado dificulta o processo de transição energética. “Apesar de possuir uma matriz de energia elétrica predominantemente renovável, o Brasil possui uma trajetória do setor construída a partir de grandes centrais hidrelétricas. Uma mudança nisso depende fortemente de iniciativas governamentais e da legitimação dos atores que fazem parte deste sistema, que passam a enxergar a transição da energia para fontes renováveis não como uma ameaça, mas, sim, como uma necessidade de mudança para a sustentabilidade”, avalia. Nesse cenário, uma alteração na governança é fundamental para que a transição energética para fontes renováveis de energia seja possível e também promova um desenvolvimento social e econômico. “O planejamento e a gestão da energia emerge como um tema central no processo de governança para a sustentabilidade e está presente na pauta das maiores economias do mundo”, 8 | SmartEnergy
comenta Danielle e acrescenta: “A geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis traz um potencial de geração de emprego, renda, desenvolvimento de novas tecnologias e novos conhecimentos em um mercado extremamente promissor para o Brasil.” Para que haja uma boa administração que viabilize a transição energética, uma solução é seguir os modelos dos processos de governança corporativa, como observa Claudia Machado. “Esse tipo de governança auxilia na construção de mecanismos de gestão, por meio do monitoramento dos processos, que asseguram a ética, a transparência e o compliance das estratégias e práticas organizacionais. Tudo isso, assegura que os riscos sejam controlados e que essas práticas da organização estejam alinhadas com os interesses dos acionistas e demais partes interessadas”, explica.
Modelo alemão Um exemplo da governança corporativa que está sendo utilizado na transição energética é o caso da Alemanha. A meta do país é ter 60% do consumo de energia oriundo de fontes renováveis até 2050. Hoje esse índice está em 33%. “Uma das principais características particulares das
Foto: Pexels
empresas germânicas é a presença no sistema de Governança de dois conselhos, o de Administração e o de Supervisão, esse último com a coparticipação dos funcionários. O país ainda conta com o Código Único de Governança Corporativa que orienta as companhias locais na implantação e controle das melhores práticas”, conta Claudia Machado. O modelo alemão é uma referência mundial em termos de políticas para a transição da energia. Um dos aspectos mais importantes é o papel do governo como um agente facilitador e não executor das políticas para a transição da energia por fontes renováveis. “Muitos outros países também adotaram políticas de incentivo para as fontes alternativas de energia ao oferecer subsídios fiscais e modelos de tarifas prêmio, conhecidas internacionalmente por “Feed in Tariff”, que remuneram financeiramente o microgerador de energia elétrica de fontes renováveis, além de programas de incentivo às energias alternativas”, aponta Danielle Carstens. Contudo, Danielle alerta que, por mais sucesso que tenham diversos tipos de governança, um modelo nunca deve ser copiado e, sim, estar aplicado à realidade e ao contexto social no qual está inserido. “O momento econômico e institucional são diferentes em cada país, assim como as condições de irradiação, bem como o sistema nacional de energia elétrica de cada país é distinto. No caso do Brasil, ainda temos muito a desenvolver na integração entre os diversos atores do sistema nacional de energia elétrica e no estabelecimento de políticas que fomentem o uso e a disseminação de fontes renováveis de energia no país, por exemplo”, diz a pesquisadora. Nos países em desenvolvimento, como o caso do Brasil, um dos elementos centrais de um modelo de governança envolve a análise dos impactos econômicos e sociais que a tecnologia e o seu desenvolvimento podem trazer ao país. “Aqui, a transição energética se faz necessária para viabilizar a diversificação da atual matriz energética nacional, extremamente dependente da energia hidráulica e
proporcionar a geração de empregos e a movimentação positiva da economia nesse setor”, salienta Danielle Carstens.
Ecossistemas de Inovação Uma nova governança também facilitaria o acontecimento de grupos que ajudam no desenvolvimento e transição energética, como é o caso do Ecossistema de Inovações. Por meio dele, pessoas, empresas e organizações interagem para desenvolver projetos inovadores. “No Ecossistema de Inovações as ações são frutos do esforço conjunto de quatro principais atores: governo, academia, empresas e a sociedade civil organizada”, observa o professor Dr. Luiz Márcio Spinosa, do curso de pós-graduação em Gestão Urbana da PUCPR. No Ecossistema de Inovação o trabalho ocorre por meio da geração de conhecimento, tecnologia e especialistas das universidades, da facilitação e dos incentivos legais do governo das empresas que absorvem o conhecimento e da tecnologia para gerar novos produtos e serviços inovadores e a sociedade civil, que deve mobilizar os recursos para um avanço sustentável. “Uma referência significativa de um Ecossistema de Inovação é o movimento Triple Helix (criado na Europa), que reúne participantes de todas essas áreas, em todo o mundo, para ajudar a criar sistemas de inovação”, conta o professor. Apesar disso, utilizar mais os Ecossistemas de Inovação para ajudar no desenvolvimento socioeconômico e, consequentemente, na transição energética, é dificultado por falta de políticas públicas. “É preciso mais vontade política. Já existem investimentos que ajudam no início de novos Ecossistemas de Inovação, porém, falta o governo racionalizar melhor esses investimentos”, ressalta Luiz Márcio Spinosa.
Realidade paranaense No Paraná, a alta taxa do ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços - é apontada como 9 | SmartEnergy
um dos maiores problemas no incentivo à adoção de energias renováveis. Para João Arthur Mohr, consultor do Conselho de Infraestrutura da Fiep, é necessário que o governo do Estado faça a adesão ao Convênio ICMS 16 (de 22 de abril de 2015), do Conselho Nacional de Política Fazendária, que regulamenta a geração distribuída. “Nós estamos entre os únicos quatro estados que ainda não aderiram. E o valor desse subsídio para o governo é irrisório, portanto, não tem explicação para não ser feito”, assegura o consultor. Sem esse convênio com a Confaz, Mohr comenta que se cria uma desvantagem não só para o cidadão ou empresário, mas também para a economia do Estado. “Aqui, o cidadão ou empresário terá um tempo de retorno do investimento, que realizou no sistema de produção de energia própria, muito maior do que em outros estados, o que acaba desestimulando essa prática. Isso afasta investimentos e geração de empregos de no Paraná”, enfatiza. No entanto, ele destaca que também é preciso a conscientização dos empresários criando uma maior transição energética para fontes renováveis, além de práticas para promover mais eficiência energética. “O problema não está só com o governo, porque em algumas áreas já houve um avanço político e linhas de financiamento. Os empresários e a população precisam se conscientizar mais”, ressalta. Hoje, já existem linhas de financiamento e incentivos para compra e instalação de equipamentos ou desenvolvimento de projetos para produção de energia solar, biogás, microgeradores eólicos e para construção de PCHs. Também existem subsídios da Aneel para programas de eficiência energética em empresas. “Os empresários precisam entender a importância de economizar e produzir sua própria energia, ir atrás dos incentivos e ajudar a cobrar novas políticas públicas. Afinal, investir em eficiência energética traz economia e competitividade para a empresa e todo o Estado”, observa João Arthur Mohr.
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
STARTUPS DE ENERGIA dão um novo gás ao país Contribuir para o aumento de energias renováveis traz vantagem competitiva às empresas e desenvolvimento socioeconômico
a
se adequar aos compromissos de
enquanto dão vantagem competitiva
redução de emissão de gases de
redução de emissão de carbono
e agregam valor ao negócio da
efeito estufa, as mudanças climáticas
assumidos pelo Brasil na COP-21.
empresa ou empreendedor.
e o consumo crescente de energia
Mas, como fazer tudo isso? Além dos
Para incentivar quem tem projetos ou
elétrica são problemas que precisam
investimentos federais, é fundamental
ideias inovadoras na área de energia,
ser solucionados na matriz energética
que as empresas e profissionais
mas não sabe como começar ou
brasileira.
busquem cada vez mais a inovação.
não tem dinheiro para investir, a
O Governo Federal tem o objetivo de
Somente assim, é possível criar novas
Revista Smart Energy indica algumas
aumentar em 23% a participação de
soluções, projetos e tecnologias que
empresas que podem ajudar a tirar as
outras fontes renováveis de energia
alavanquem
suas ideias do papel.
na matriz energética até 2030, para
energético e socioeconômico do país,
A
preocupação
mundial
com
o
desenvolvimento
10 | SmartEnergy 10 | SmartEnergy
Foto: Divulgação
Intec: Geração de novas tecnologias e negócios Pioneira no Paraná e a quinta do Brasil,
cidade de Curitiba e outra na cidade
e apoio em editais de fomento e
a Incubadora Tecnológica (Intec) do
de Jacarezinho, ambas no Paraná.
estratégias de marketing digital.
Instituto de Tecnologia do Paraná,
A
A
inaugurada em 1989, tem o objetivo de
de
estimular e oferecer apoio na geração
acompanham todo o processo de
e consolidação de empresas com
desenvolvimento do negócio, ajudando
Saiba mais através do telefone
base tecnológica. Para isso, oferece
na solução de problemas tecnológicos
(41) 3316-3176 ou pelo site:
uma
e de gestão, além de oferecer suporte
www.intec.tecpar.br/comoincubar.
infraestrutura
completa
na
incubadora
oferece
prototipagem
e
laboratório
equipes
que
de
Intec
também
interesse
da
publica
obras
comunidade
empreendedora.
IBQP: Entrando no mundo das startups Com um conjunto de propostas que
inovação. O objetivo é levar novas
incremento;
auxiliam a incorporar a cultura das
competências
e
que querem gerar alto impacto;
startups e inovação em organizações,
empreendedores
eles
profissionais que querem se atualizar
o Instituto Brasileiro da Qualidade
possam gerar maior impacto nas suas
com a cultura das empresas do novo
e
através
áreas de atuação”, explica Fernando
milênio e jovens que desejam criar a
Corporate,
Lorenz, idealizador e sócio-diretor da
sua startup. “Qualquer pessoa que
leva a filosofia e as ferramentas
Startup Corporate do IBQP.
queira inovar pode participar do
de transformação do mundo das
Podem
startups para os profissionais. “Nosso
interessadas
programa foi desenvolvido com as
produtos,
mais modernas técnicas para gerar
empreendimentos
do
Produtividade programa
–
IBQP,
Startup
aos
profissionais
para
participar na
serviços
que
empresas inovação
de
intraempreendedores
programa. Ele não exige nenhum background”, afirma Lorenz.
e
processos;
Mais informações pelo site:
que
precisam
www.startupcorporate.co.
11 | SmartEnergy
IBQP - Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade
Trend Innovation Labs: Suporte e investimento para projetos no
de soluções inovadoras que tenham
comenta. Além de profissionais e
desenvolvimento de soluções, oferecer
alto impacto e aplicação”, diz Luciano
empreendedores,
suporte administrativo e facilitar os
Carstens, idealizador e sócio-diretor
participar do programa os estudantes
investimentos são os objetivos da Trend
da Trend Innovation Labs.
da área de energia e desenvolvimento
Innovation Labs - uma aceleradora e
Entre os benefícios em participar do
sustentável. O pré-requisito é estar
incubadora de startups de tecnologias
programa, Carstens cita o fato dos
desenvolvendo soluções voltadas à
aplicadas às àreas de Energia e
profissionais terem a oportunidade
melhoria da qualidade de vida ou
Geração Distribuída, Meio Ambiente
de entrar em contato com clientes
já ter soluções, mas que necessitem
e
Sustentável,
em potencial e, assim, ter uma melhor
do auxílio e da aproximação com o
Indústria 4.0, Smart Cities e Saúde. “A
orientação no desenvolvimento de
mercado e clientes.
empresa exerce um papel facilitador
soluções.
e de incentivo ao desenvolvimento de
os trabalhos feitos aqui para centros
soluções disruptivas, que auxiliem na
de
transformação da qualidade de vida
internacionais
das pessoas e no desenvolvimento
interesse em investir nos projetos”,
Auxiliar
as
startups
Desenvolvimento
“Também
pesquisa
e
podem
apresentamos
desenvolvimento
que
também
possam
ter
Os interessados devem encaminhar um e-mail com um resumo do projeto para contato@trendlabs.com.br.
Hub Verde: Escritório colaborativo de sustentabilidade Fortalecer a atuação de profissionais
grupos de interesse: promoção de
local. “O Hub Verde não tem receita
que se dedicam a defesa do Meio
energias
limpas;
proveniente de aluguel, pois queremos
Ambiente
consumo
consciente;
e
desenvolvimento
de
resíduos
sólidos;
redução
do
criar algo realmente revolucionário. A
práticas sustentáveis, assim como
desperdício
áreas
taxa de rateio é calculada conforme
criar um ambiente de troca de ideias
verdes e unidades de conservação,
horas de trabalho e o funcionamento
e
oportunidades
meio ambiente e espaço cultural
é regido por seu Estatuto Social, pelo
de negócios é a proposta do Hub
urbano”, enumera Aristides Athayde,
seu Regimento Interno e por sua Carta
Verde,
idealizador do Hub Verde.
de Princípios”, conta Aristides Athayde.
intercâmbio um
de
espaço
de
trabalho
de
alimentos;
colaborativo voltado para o setor de
Hoje, o espaço já conta com 45
sustentabilidade. “O compromisso do
profissionais de diversas áreas, de
Hub é com a defesa do meio ambiente
advogados a biólogos. O ingresso ao
e práticas sustentáveis em diversos
Hub Verde é gratuito e voluntário, basta
trabalhar no escritório colaborativo,
setores. Entre os profissionais que já
apenas aderir à Carta de Princípios
pode entrar em contato pelo e-mail:
atuam no espaço, surgiram alguns
e participar do rateio dos custos do
aristidesathayde@hotmail.com.
12 | SmartEnergy
Quem desejar participar do grupo e
Curitiba VALE DO SILÍCIO COM GOSTINHO DE PINHÃO Transformar a cidade de Curitiba em referência de inovação na América Latina. Esse é o objetivo do Vale do Pinhão, lançado pela Prefeitura Municipal de Curitiba e pela Agência de Desenvolvimento de Curitiba no início deste ano. O projeto é um ecossistema de inovação, ou seja, uma comunidade com universidades, incubadoras, startups, empresas, investidores, movimentos culturais, sociedade, entre outros, que buscam maneiras inovadoras para fortalecer a criação de soluções e tecnologias que impulsionem um desenvolvimento da cidade. “Temos gente preparada para buscar as melhores soluções para a cidade. Curitiba é campo de teste para grandes marcas, deu certo aqui, dá certo em qualquer lugar. Aliado a isso, temos um cenário de 88% dos universitários querendo empreender, é um grande campo a ser explorado”, considera Tiago Francisco da Silva, diretor técnico da Agência de Desenvolvimento de Curitiba, coordenadora do Vale do Pinhão. O projeto irá realizar uma série de ações integradas de incentivo à tecnologia, criação de novas empresas e educação voltada à cultura da inovação e
Foto: César Brustolin
Projeto quer transformar Curitiba em referência de inovação
Tiago Francisco da Silva, diretor técnico da Agência de Desenvolvimento de Curitiba, coordenadora do Vale do Pinhão
Vale do Pinhão reúne universidades, empresas e sociedade em busca de novas soluções e tecnologias para o desenvolvimento da cidade. classificadas em três pilares principais. “As ações irão fomentar o crescimento do ecossistema, com a busca de mais atores e aumento da quantidade de ideias e startups; a internacionalização, trazendo conceitos de inovação e tecnologia mais atuais do mundo, fomentando soluções para o planeta e não apenas locais; e inovação na gestão, ao colocar Curitiba como campo; experimental de soluções para cidades e desenvolvimento de inovações pelos funcionários da prefeitura”, diz.
A sede e o ponto de início do Vale do Pinhão é o Engenho da Inovação, antigo Moinho Rebouças: um espaço de 1.600 m2² onde serão realizados os eventos e palestras do projeto e também contará com um coworking e uma incubadora. O local foi reformado e ganhou uma iluminação cênica fotovoltaica, alimentada pelas placas instaladas nas arcadas laterais do prédio. A partir dali, haverá uma ligação entre as universidades e empresas que fizerem parte do projeto. A primeira ação para criar essa ligação foi a instalação de uma estação de bicicletas elétricas no térreo do prédio, que irá compor uma rede de ciclomobilidade compartilhada entre todos os locais que irão fazer parte do Vale do Pinhão.
Empresas do Vale do Pinhão De acordo com Silva, já é grande a procura de empresas locais e internacionais que querem ser parceiras do Vale do Pinhão. Para participar, ele explica que é necessário, além de ter projetos ou soluções inovadoras, ir aos eventos e palestras e ficar
atento ao lançamento do edital de chamada de soluções para Curitiba e o cadastramento das startups da cidade, que ocorrem ainda no primeiro semestre deste ano. Também está sendo estruturado um Conselho Municipal de Inovação, cuja 13 | SmartEnergy
primeira meta é desenvolver a Lei de Inovação de Curitiba. “Na lei estarão previstos os incentivos da cidade para o desenvolvimento das soluções, que devem ir desde prioridade na abertura das empresas até ao incentivo fiscal em tributos”, revela o diretor.
Além da Prefeitura de Curitiba e Agência de Desenvolvimento de Curitiba, outras empresas também fomentam o Vale do Pinhão: SebraePR, o Sistema Fiep - Federação das Indústrias do Paraná, o Sesi-PR, SenaiPR e IEL-PR, ACP (Associação Comercial
do Paraná), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomercio-PR) e o Instituto de Tecnologia do Paraná - TECPAR. As universidades envolvidas no projeto são a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Universidade Positivo (UP) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Saiba mais: www.valedopinhao. agenciacuritiba.com.br
Referência de inovação O projeto segue o modelo do Vale do Silício, região no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, que abrange as cidades de Palo Alto, Santa Clara, San José, Campbell, Cupertino, Fremont, Los Altos, Los Gatos, Menlo Park, Mountain View, Milpitas,
Newark, Redwood City, Saratoga, Sunnyvale e Union City. A região é considerada a principal referência em empreendedorismo inovador, pois ali são desenvolvidos novos projetos inovadores e de tecnologia há cerca de 50 anos. Entre as empresas que fazem
parte do Vale do Silício, estão Apple, Facebook, Google, HP, Intel e Microsoft, Adobe, Oracle, diversas incubadoras, aceleradoras e fundos de investimento e a Universidade de Stanford.
Conheça quais serão as ações do Vale do Pinhão, baseadas em três pilares: Inovação na Prefeitura
Crescimento
Internacionalização
Experimenta Curitiba Feira de Soluções para a Cidade Cidadão e Funcionário Inovador Bando de Oportunidades para Curitiba Busca de Soluções para Curitiba
Curitibinhas Inovadores Inovação na Comunidade Inova Universitários Inovação nas Empresas Curitiba – Cidade das Startups Lei de Inovação Fundo Municipal de Inovação Conselho Municipal de Inovação
Eleva Curitiba Conexão Internacional Treinamento e Capacitação para Inovação Vale do Pinhão na WEB Engenho da Inovação Agenda do Vale do Pinhão Coworkings Municipais Inovação e Cultura
14 | SmartEnergy
Maringá NORTE DO PARANÁ TEM APOIO PARA PROJETOS DE INOVAÇÃO Centro de Inovação Maringá estimula novos projetos e tecnologias das empresas da região Desde 2012, as empresas de Maringá, na região norte do Estado do Paraná, contam com um centro de apoio à inovação: o
Centro de Inovação Maringá – CIM. A instituição, de direito privado e sem fins lucrativos, articula a interação entre empreendedores
e diversas áreas do conhecimento para estimular o desenvolvimento econômico. Para isso, promove projetos e outras iniciativas.
Conheça quais são : Interação AcademiaMercado
Projeto Café do Conhecimento
Neste projeto, alunos de graduação e pós-graduação desenvolvem pesquisas que podem ser aplicadas de forma prática nas empresas e entidades da sociedade civil de Maringá e região ou mesmo serem usadas pelo Poder Público ou para abrir um negócio próprio. Para participar, é necessário se inscrever nos editais lançados durante o ano, pelos quais são escolhidos os melhores projetos.
Essa iniciativa promove palestras para discutir tópicos relevantes do processo de inovação nas empresas e seus efeitos na competitividade das empresas. Podem participar empresários, professores e gestores de entidades associadas.
Armazém Digital do Paraná
Para saber mais sobre as iniciativas e também se informar sobre os editais voltados para projetos de inovação que são lançados em todo o Brasil, basta acessar o site www. centrodeinovacaodemaringa.org. br ou a página www.facebook.com/ pg/armazemdigitalmaringa.
Foto: Divulgação
Com o objetivo de promover o desenvolvimento da capacidade de inovação de Maringá e da sua Região Metropolitana, foi criado o Armazém Digital do Paraná, um parque tecnológico de tecnologia
da informação. O projeto é administrado por um comitê gestor. O Centro de Inovação de Maringá é a entidade responsável pela Secretaria Executiva do Projeto e apoia técnica e administrativamente as atividades do Comitê Gestor. Além disso, o CIM possui um cargo no Conselho de Administração da entidade Armazém Digital.
15 | SmartEnergy
COPEL COMERCIALIZADORA auxilia consumidor em transição para MERCADO LIVRE DE ENERGIA Empresa ajuda pequena indústria e comércio nos trâmites burocráticos e oferece serviço de consultoria
16 | SmartEnergy
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Ter maior competitividade é essencial para a indústria e o comércio. E uma das maneiras de conseguir isso é entrar para o Mercado Livre de Energia ou a Ambiente de Contratação Livre (ACL). Embora muitos consumidores acreditem que somente a grande indústria, com 3000 kW ou mais de demanda contratada, pode participar desse mercado, também é possível para a pequena indústria e comércio fazer a migração para esse modelo de contrato. “A partir de 2011, uma mudança na lei permitiu que empresas menores, com demanda contratada de 50 kW, pudessem entrar para o Mercado Livre de Energia. Contudo, elas foram enquadradas na lei como consumidor especial, ou seja, podem adquirir somente energia incentivada – que é proveniente de recursos renováveis, como de usinas eólicas, solares, biomassa ou hidroelétricas”, explica Franklin Miguel, diretor-presidente da Copel Comercializadora. Ainda assim, até 2015 não havia sido registrada muita procura das empresas menores pelo Mercado Livre de Energia. No entanto, com a chegada da crise econômica, esse comportamento mudou. De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, do fim de 2015 até o primeiro bimestre de 2017, houve um aumento de 81% no número de associados. “A pequena indústria precisou começar a buscar ainda mais competitividade no mercado, pois começou a ser pressionada pela grande indústria, que precisa reduzir ao máximo os custos para sobreviver”, avalia Franklin Miguel. Nesse cenário, a Copel Comercializadora foi criada para atender esse consumidor com demanda menor. “Como as nossas usinas já estavam todas contratadas pela grande indústria, precisamos pensar em outra forma de atender a pequena indústria e o comércio. Então, a empresa foi criada em abril de 2016, com o objetivo de comprar energia de diversos fornecedores para atender esses novos clientes”, esclarece o diretor-
Franklin Miguel, diretor-presidente da Copel Comercializadora
“Negociar com o Mercado Livre de Energia é como negociar com agentes de viagens: precisa pesquisar não somente o melhor preço, mas também quais empresas realmente entregam o que vendem, quais empresas têm melhor atendimento, entre outros aspectos” presidente da Copel Comercializadora. A empresa procura os melhores preços em diversos geradores, como pequenas centrais hidrelétricas, usinas eólicas, usinas fotovoltaicas e outras de energias renováveis para oferecer a energia com o preço mais barato possível. “Além dessa busca pelos melhores preços, temos um serviço de consultoria, que auxilia o cliente a descobrir qual a duração mais adequada de um contrato, o melhor momento para comprar novamente a energia e como calcular o consumo para não errar a quantidade na hora da compra. O mercado de energia depende da hidrologia, os preços mudam a cada mês e empresas menores, geralmente, não têm alguém responsável especialmente por essa área para fazer uma pesquisa constante”, observa. 18 | SmartEnergy
Migração para o Mercado Livre de Energia Esse trabalho de consultoria é um serviço utilizado pelos Institutos Lactec, um dos primeiros clientes da Copel Comercializadora. Para Luiz Fernando Vianna, diretor-presidente dos Institutos Lactec, a consultoria foi fundamental. “Eles auxiliaram e deram segurança, tanto para os gestores dos Institutos Lactec quanto para nossa equipe técnica, em relação à migração segura e com economia efetiva nos nossos custos com energia elétrica”, revela. O diretor-presidente da Copel Comercializadora, Franklin Miguel, conta que a empresa observa o mercado diariamente e indica ao cliente o melhor momento para comprar mais energia ou para alongar um contrato sem o risco de fazer um mau negócio. “Negociar com o Mercado Livre de Energia é como negociar com agentes de viagens: precisa pesquisar não somente o melhor preço, mas também quais empresas realmente entregam o que vendem, quais empresas têm melhor atendimento, entre outros aspectos”, frisa. A migração do mercado regulado para o livre é um processo burocrático, com vários pré-requisitos e cautelas necessárias. “Como é algo mais complexo, com diversas regras, nós fazemos gratuitamente toda a documentação para o cliente. Isso é um diferencial da empresa e acreditamos ajudar nessa transição, já que orientamos todas as etapas para não existirem erros”, conta. A primeira etapa é fazer uma adequação no aparelho de medição da empresa. “Essa parte de transmissão de dados é responsabilidade do consumidor e custa entre R$ 10 a R$ 30 mil, dependendo de como é o estado da instalação elétrica do local”, explica Franklin Miguel. O envio da energia continua sendo realizado pela distribuidora e não é incluído na negociação de preços de energia. “Mas quem compra energia de fontes incentivadas tem desconto de 50%
nessa distribuição da energia”, salienta. Também é necessário se associar à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para poder realizar a compra de energia no mercado livre. Depois de completadas todas essas
etapas, ainda é preciso observar um detalhe: a data de vencimento do contrato no Mercado Regulado de Energia. “Todos os contratos que temos com as distribuidoras de energia têm uma data de vencimento, que é
renovado automaticamente todos os anos. É preciso ficar atento a essa data para não pagar multa de rescisão”, orienta Miguel.
Mercado livre traz economia de 10 a 20% vantagem do mercado livre. Você não fica sujeito aos aumentos e tarifas fixas da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pode planejar melhor seu orçamento”, avalia o diretor-presidente da Copel Comercializadora.
“Caso ha ja sobra de energia, ela pode ser vendida novamente para a comercializadora, mas é preciso cuidar para não acabar vendendo por um preço menor do que pagou.” aconselha Franklin Miguel. Outro aspecto fundamental é medir adequadamente a quantidade de energia necessária para o período do contrato. “O consumidor pode comprar mais energia
a qualquer momento, mas os preços podem estar altos justamente na hora em que ele precisar. Assim, é necessário saber o quanto se gasta e, depois, regular o consumo para se adequar o contrato”, explica e acrescenta: “Caso haja sobra de energia, ela pode ser vendida novamente para a comercializadora, mas é preciso cuidar para não acabar vendendo por um preço menor do que pagou.” E além de toda a questão financeira, o Mercado Livre de Energia ajuda no incentivo à utilização de energias renováveis “muitas empresas, principalmente multinacionais, procuram esse ambiente para poder contratar somente energia de fontes renováveis. É um contrato que agrega valor de sustentabilidade”, considera Franklin Miguel. Foto: Divulgação
Os consumidores que migram para o Mercado Livre de Energia costumam ter de 10% a 20% de redução na conta de energia elétrica. “Sabemos que muitas empresas pequenas têm uma conta de luz que representa apenas 5% do total do orçamento mensal, e a economia com o mercado livre pode não parecer muito grande. Então, a dica é: se a sua fatura de luz custa a partir de R$ 100.000,00, vale a pena procurar o Mercado Livre de Energia”, aconselha Franklin Miguel. É importante lembrar que o mercado de energia é volátil. Então, saber aproveitar as reduções maiores que acontecem em determinadas épocas é um ótimo benefício. “Em 2016, a economia com a compra de energia chegava a 50%. Poder aproveitar essas épocas de baixa de preço para comprar energia é uma
Os Institutos Lactec foram um dos primeiros clientes da Copel Comercializadora. 20 | SmartEnergy
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O Parque Tecnológico Virtual do Paraná é um conjunto de instituições de ciência e tecnologia (ICTs), núcleos de inovação tecnológica (NITs), empresas de base tecnológica, incubadoras e parques tecnológicos, centros de promoção de empreendedorismo, entidades prestadoras de serviços tecnológicos, instituições de ensino e pesquisa e demais organizações para centralizar os ativos tecnológicos e processos de negócios em uma plataforma única, permitindo o envolvimento direto de todos os setores da sociedade.
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Eficiência energética e desenvolvimento socioeconômico são possíveis com GERAÇÃO DISTRIBUÍDA Um mix de fontes renováveis na matriz elétrica alivia o sistema, impulsiona o crescimento de regiões e reduz a emissão de carbono
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Rodrigo Lopes Sauia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – Absolar
O crescimento da geração distribuída é cada dia maior. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, somente nos dois primeiros meses de 2017, foram 612 novas instalações, que representa um crescimento de 83%. O Paraná é o quinto estado em pontos totais de geração. Contudo, essa energia gerada pelos próprios consumidores corresponde somente a 0,05% da matriz elétrica. “Ainda existem entraves burocráticos e operacionais para se efetivar uma conexão na distribuidora de energia. Enquanto no Japão, por exemplo, se consegue uma conexão em cinco dias, no Brasil, mesmo que
tudo siga rigorosamente as normas e procedimentos, dificilmente se consegue uma conexão em menos de dois meses”, compara Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída – ABGD. A falta de linhas específicas de financiamento para o setor também é um problema, de acordo com Evangelista. “O ideal seria que a prestação do financiamento fosse menor do que o valor da energia economizada, o que não acontece hoje”, lamenta. Para Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – ABSOLAR, ainda é fundamental que todos os estados adiram ao Convênio ICMS 16, de 22 de abril de 2015, do Conselho Nacional de Política Fazendária, que autoriza conceder isenção nas operações internas relativas à circulação de energia elétrica. “O governo do Paraná, assim como Santa Catarina, Amazonas e Amapá, ainda não aderiu ao convênio. Com isso, o Estado fica atrasado no incentivo à geração distribuída. Além disso, com a adesão é possível que as empresas e a população invistam em novas tecnologias, melhorem a matriz energética com mais geração de energia e aumentem a arrecadação do Estado”, observa o presidente executivo da ABSOLAR.
Desenvolvimento Econômico Geração de empregos, redução de gastos para empresas e população, investimentos em novas tecnologias e outros benefícios são criados pelo aumento da geração distribuída na matriz energética. “A instalação e fabricação dos diversos sistemas para a geração distribuída proporciona um potencial de geração de empregos locais e atrai novas empresas, novas tecnologias e novos fabricantes para o país. Já os consumidores, têm um alívio financeiro, o que também cria um aumento de competitividade para 23 | SmartEnergy
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Em dezembro de 2015, o governo federal lançou o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD). A previsão é de que até 2030, cerca de 2,7 milhões de unidades consumidoras possam gerar sua própria energia. Essa geração pode chegar a 23.500 MW (48 TWh produzidos) de energia limpa e renovável – equivalente à metade da geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Para isso, estão sendo investidos R$ 100 bilhões e, em março de 2016, houve a reformulação da Resolução Normativa da Aneel nº 482/2012, que criou novas medidas para facilitar o acesso à microgeração e minigeração.
Elbia Silva Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica – Abeeólica
os empresários. Isso sem mencionar o impacto ambiental positivo pela redução dos gases e carbono”, considera Rodrigo Sauaia. Hoje, a energia solar é a mais utilizada na geração distribuída, de acordo com informações do Ministério de Minas e Energia, representando 99% dentro da geração distribuída. A expectativa é que até 2030 sejam produzidos 25 gigawatts, o que representaria 10% da capacidade instalada em toda a matriz energética brasileira. “No futuro, esperamos que a maioria dos telhados possam gerar parte da energia da demanda, contribuindo para a autonomia e a redução de gastos, para tornar os centros menos deficitários no consumo de energia elétrica”, conta o presidente executivo da Absolar. Outras fontes renováveis também estão em expansão dentro da matriz elétrica brasileira. A energia eólica deverá passar de uma proporção de 5,3% para 6,5% de 2016 para 2017. Nesse caso da energia eólica, diversos fatores explicam uma expectativa de crescimento constante, segundo Elbia Silva Gannoum, presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica – Abeeólica. “O enorme potencial dessa fonte de energia pode ser explicada pela ótima qualidade dos ventos brasileiros e também pelo forte investimento das empresas que, nos últimos cinco anos, construíram
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uma cadeia produtiva nacional para sustentar os compromissos assumidos”, observa. O biogás e biometano, ainda pouco explorado no país, também despontam com ótimas perspectivas. Um relatório de 2013 da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura mostra que são perdidos 50% dos alimentos no Brasil. Esses resíduos são matéria-prima para a produção do biogás. Nos setores da cana-de-açúcar, da produção dos alimentos (agronegócio) e nos resíduos urbanos temos possibilidade de obter biogás para cerca de 15% do total da energia elétrica consumida no país. “Significa dizer que a reciclagem dos resíduos orgânicos, necessária para a sustentabilidade ambiental de todas as atividades que os produzem, pode ser também investimentos economicamente ativos, pois produzem ativos energéticos, que podem ser remunerados pelo mercado, produzindo novas rendas e empregos nas várias atividades econômicas necessárias para a implantação dos projetos”, pondera Cícero Bley, presidente da Associação Brasileira de Biogás e Biometano - Abiogás. Já as CGHs representam 0,34% da geração nacional. Mas, considerando as CGHs que ainda estão em construção, pode-se estimar que se chega a 1% até final do ano, de acordo com a Aneel.
Cleber Leites, diretor de CGHs da Associação Brasileira de PCHs e CGHs - Abrapch.
As PCHs tem participação de 3,27% e passarão para 4,07% até dezembro. Esse aumento contribui para o desenvolvimento local das regiões onde são construídas. “As PCHs e CGHs fomentam uma cadeia econômica e pulverizam o investimento por se tratar de inúmeras obras espalhadas pelo país, diminuindo o risco de implantação, risco de colapsos do sistema e o risco hidrológico, pois em tempos de estiagem num lugar sempre haverá outro local com chuvas e assim sucessivamente”, afirma Cleber Leites, diretor de CGHs da Associação Brasileira de PCHs e CGHs - Abrapch. 24 | SmartEnergy
Outra vantagem desse tipo de fonte renovável é que as CGHs dispensam concessão, permissão ou autorização, apenas precisam ser comunicadas ao poder concedente, a Aneel. “Com a aprovação da lei 13.360, advinda da medida provisória 735, as CGHs passaram a ter sua potência máxima em até 5 MW, que dispensa uma série de processos necessariamente burocráticos, como estudos de inventários hidrelétricos e estudos de projetos básicos. Isso evita diversos custos desnecessários e que, às vezes, inviabilizam o empreendimento”, aponta Cleber Leites. Cada fonte com suas vantagens, todas são complementares e imprescindíveis na geração distribuída, que promove a eficiência energética. “Essa eficiência ocorre por meio da diversificação do uso das fontes de energia e pela minimização das perdas inerentes à transmissão e distribuição, além dos benefícios indiretos como balanceamento dos fluxos de potência, economia em investimentos de transmissão, entre outros. Essa é uma das áreas que mais cresce no mundo e todas as projeções indicam que continuará crescendo, pois todos cada vez mais irão procurar energias oriundas de fontes renováveis”, afirma o presidente da ABGD, Carlos Evangelista.
OPINIÃO A estratégia europeia para O MERCADO DE ENERGIA Por Ali Türkelli - Founder & Managing Partner – Eurohub Consultancy Group
Um dos principais objetivos da União Europeia (UE), em termos da Estratégia Europa 2020, é fazer a transição energética para um sistema competitivo. Para isso, há vários desafios a enfrentar; como recursos cada vez mais escassos, crescentes demandas energéticas e alterações climáticas. Um dos principais instrumentos que a UE desenvolveu para fazer face a esses desafios é o Programa Horizon 2020 (H2020). O Desafio Energético está estruturado em torno de sete objetivos específicos e áreas de investigação: reduzir o consumo de energia e de carbono; fornecimento de eletricidade de baixo custo e baixo teor de carbono; combustíveis alternativos e fontes de armazenamento de energia; uma rede
elétrica europeia única e inteligente; novos conhecimentos e tecnologias; tomada de decisão robusta e engajamento público; aproximação do mercado de inovação em energia e TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação. Para o período entre 2014 a 2020 foi atribuído um orçamento de aproximadamente 6 bilhões de euros para projetos de pesquisa em áreas relacionadas à energia não nuclear. Atualmente, a chamada de edital para participação do Programa Horizon 2020 entre, 2016 e 2017, enfatizou a Eficiência Energética em seis grandes áreas: Consumidores, Edificações, Instituições Públicas, Indústrias, Produtos e Serviços, Climatização e Financiamento à Inovação. O programa destaca-se por promover: investigação e demonstração de tecnologias e soluções mais eficientes do ponto de vista energético; a redução de barreiras de mercado e de governança, fomentando o financiamento, regulamentações e o aperfeiçoamento de habilidades e conhecimentos. As prioridades atuais para a cooperação UE-Brasil no H2020 são: investigação e bioeconomia marinhas, segurança alimentar, agricultura sustentável; energia, particularmente 25 | SmartEnergy
tecnologias de biocombustíveis; redução das emissões de CO2 no setor dos transportes; nanotecnologia; cloud computing; fusão nuclear; mobilidade e o setor de transportes. Durante a última década, o Brasil avançou em vários indicadores relacionados ao desempenho científico e tecnológico. Isso se reflete no crescente número de pesquisadores, no crescimento das despesas com P&D e no número de bolsas de pósgraduação, bem como em indicadores de publicações científicas e, mais modestamente, de patentes. Como mencionado anteriormente, o Programa Horizon 2020 é a ferramenta que a Europa utiliza para desenhar seu futuro. Esse programa reúne as instituições mais competitivas em todo o continente. As instituições brasileiras podem ganhar muito participando dele, adquirindo know-how, produtos inovadores, acesso a mercados e recursos financeiros e engajamento em redes científicas de referência mundial.
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Fique por DENTRO! Para o cidadão
Rede Energia e Cidadania Para ter uma voz mais ativa em discussões e planejamentos do setor de energia, um grupo de consumidores em Curitiba acaba de criar a Rede Energia e Cidadania. O objetivo é fazer as pessoas conhecerem mais sobre as políticas do setor e se envolverem em práticas de redução e eficiência energética. “O setor da energia é composto por Geração, Transmissão, Distribuição e Consumo. Nos três primeiros, existe um referencial de planejamento e gestão. Mas o último, o consumo, tornou-se um componente passivo, não atuante e sem a noção do que lhe compete como componente definidor da quantidade de energia que deve estar disponível para atender as suas necessidades”, conta Cícero Bley, presidente da Abiogás – Associação Brasileira de Biogás e Biometano, e um dos idealizadores da iniciativa. Aqui no Brasil, essa é uma iniciativa inédita, de acordo com Bley. “Esse tipo de rede só existe em alguns países europeus, como Grã-Bretanha e Escandinávia”, revela. O grupo iniciou no mês de março e a primeira reunião ocorreu na Universidade Livre do Meio Ambiente – Unilivre. Em abril, já ocorreu uma segunda atividade na Paróquia Nossa Senhora das Vitórias, na Vila Hauer. O grupo ganhou respaldo com o tema da Campanha da Fraternidade 2017, que é a Preservação dos Biomas Brasileiros. No encontro, os consumidores
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Consumidores criam iniciativa inédita no setor de energia brasileiro
Cícero Bley idealizador da Rede Energia e Cidadania
“Esse tipo de rede só existe em alguns países europeus, como Grã-Bretanha e Escandinávia”, revela Cícero Bley. conversaram com especialistas que explicaram como a energia desperdiçada (inclusive em nossas casas) ou usada de forma ineficiente impacta a fauna, flora e a vegetação. Para a Deborah Munhoz, uma das participantes da Rede Energia e Cidadania e responsável pela 26 | SmartEnergy
organização da primeira reunião, fazer parte desse projeto é importante para ajudar a transformar a comunidade. “À medida que os membros vão se conectando, começam naturalmente a colaborar entre si, trocam informações, divulgam soluções tecnológicas, indicam formas de resolver problemas, ficam sabendo sobre cursos na área, fecham negócios e organizam eventos sobre o tema”, diz. “Essa autonomia, protagonismo e interação com os outros membros e com a comunidade ajudam na criação de ações que estimulam a Educação Energética, a Eficiência Energética e as fontes de Energia Renováveis, pois há um fluxo constante de informações entre todos”, afirma.
Para fazer parte da Rede Energia e Cidadania, basta enviar um e-mail para solicitar informações de como participar. apoio@redeenergiaecidadania.org.br
Mais informações sobre a Rede Energia e Cidadania pelo telefone (41) 3254-3734, pelo e-mail contato@ redeenergiaecidadania.org.br ou na página na página www.facebook. com/energiaecidadania.org.br.
Para a indústria
Câmara Técnica de Energia Fiep A indústria paranaense já conta com uma aliada importante em temas relacionados à energia: a Câmara Técnica de Energia Fiep. Criada no final de 2016, ela tem como principais objetivos ajudar a garantir o fornecimento de energia e gás natural nas quantidades e qualidades necessárias e com um custo competitivo para a indústria. “Antes, esses assuntos eram tratados pelo Conselho Temático de Infraestrutura da Fiep. Mas, com o crescimento das novas fontes de geração de energia, geração distribuída, mercado livre de energia, eficiência energética e possibilidades de alterações nos custos de energia, percebemos que era necessário criar um câmara específica para esse tema”, conta João Arthur Mohr, consultor do Conselho de Infraestrutura da Fiep. Podem participar representantes de entidades do setor produtivo, associações, universidades, institutos e indústrias interessadas. Periodicamente, são realizadas reuniões com palestra sobre um tema específico e discussões sobre assuntos relevantes para a indústria naquele momento. “Já recebemos como palestrante os diretores da Copel Comercializadora de Energia, que explicaram sobre mercados livre e cativo de energia, e da diretoria de Novos Negócios para falar sobre a construção de uma Central Termoelétrica no litoral do Paraná abastecida por Gás Natural”, conta João Mohr.
Foto: Fiep
Custo mais competitivo e garantia de fornecimento de energia e gás natural
A coordenação da Câmara Técnica de Energia Fiep é do empresário Rui Brandt, representante da Fiep no Conselho de Consumidores da Copel Distribuidora.
O trabalho da Câmara Técnica de Energia Fiep é dividido em cinco grupos: o GT Informação, para disseminar informações sobre os temas em congressos e seminários, informativos e Portal Smart Energy; o GT Políticas Públicas, que negocia questões dessa área com os poderes públicos; o GT Planejamento Estratégico para definir planos de ações estaduais; o GT Econômico, focado em questões relacionadas à parcerias e consórcios; e o GT Gás Natural, que procura garantir o fornecimento e implantação do gás natural.
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Em todas as reuniões, são feitos convites aos representantes das indústrias no Estado, mas caso a instituição não tenha recebido e queira participar, é só entrar em contato com a Fernanda pelo telefone (41) 3271-9032 ou e-mail: conselho.infraestrutura@fiepr.org.br
A Câmara Técnica de Energia Fiep é coordenada por Rui Brandt, presidente do SINPACEL e representante da Fiep no Conselho de Consumidores da Copel Distribuidora. O Conselho de Infraestrutura é coordenado pelo presidente da Fiep, Edson Campagnolo.
Fique por DENTRO! Confira os eventos do setor entre os meses de maio a julho CIERS – Congresso Internacional de Energias Renováveis e Sustentabilidade O evento discutirá o estado atual das energias renováveis e da sustentabilidade no Brasil e em diversos países, assim como atrair investimento estrangeiro, contribuir para o desenvolvimento de produções locais e apoiar o desenvolvimento, a pesquisa e a inovação. O tema deste ano será “A atual realidade das energias renováveis e da sustentabilidade no Brasil e no mundo”. Data: 16 a 18 de maio Local: Brasília/DF Mais informações e inscrições: www.ciers.org.br Enase – Encontro Nacional dos Agentes do Setor Elétrico Um dos principais eventos político-regulatório do setor, o Enase reúne centenas de especialistas em dois dias de discussões de altíssimo nível, networking e oportunidades de negócios. Data: 17 e 18 de maio Local: Rio de Janeiro/RJ Mais informações e inscrições: www.enase.com.br Exposolar Brasil – II Congresso Brasileiro de Energia Solar e II Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar O evento conta com congresso e feira, para discutir e mostrar as principais tendências, inovações e tecnologias no setor de energia solar. Data: 17 a 19 de maio Local: São Paulo/SP Mais informações e inscrições: www.exposolarbrasil.com.br Ambiental Mercantil Expo Bahia 2017 O evento conta com uma feira, simpósio e seminários técnicos, reunindo profissionais, investidores e instituições interessados em soluções ambientais inovadoras e eficientes. Entre os temas abordados estão dessalinização, energias renováveis e tratamento de resíduos. Data: 23 a 25 de maio Local: Salvador/BA Mais informações e inscrições: www.congressobiomassa.com
Enersolar + Brasil – 6ª Feira Internacional de Tecnologias para Energia Solar Ecoenergy – 7º Congresso de Tecnologias Limpas e Renováveis para a Geração de Energia O evento apresentará as mais recentes tecnologias, produtos e serviços voltados para o setor de energias sustentáveis, renováveis e limpa. Data: 23 a 25 de maio Local: São Paulo/SP Mais informações e inscrições: www.enersolarbrasil.com.br Brasil Solar Power Um dos principais congressos sobre energia solar fotovoltaica no Brasil, o evento discute as tendências do setor de energia solar tanto na geração centralizada quanto na micro e mini geração distribuída. Data: 5 e 6 de julho Local: Rio de Janeiro/RJ Mais informações e inscrições: www.brasilsolarpower.com.br Proteção e automação de Usinas Hidrelétricas e PCHs O evento abordará as principais tecnologias e métodos para proteção da Unidade Geradora e automação completa de Usinas e PCHs, além de demonstrar as melhores práticas para implementação de um sistema de segurança cibernética. Data: 29 de junho Local: Campinas/SP Mais informações e inscrições: www.selinc.com/pt/events/118947/ CIBIO 2017 - 2º Congresso Internacional de Biomassa O evento tem o objetivo de discutir o cenário da Matriz Energética Nacional e temas ligados à geração de energia a partir da biomassa no Brasil e no mundo. Também apresentará soluções, tecnologias e informações sobre o crescimento da Biomassa na Matriz Energética Brasileira. Data: 20 a 22 de junho Local: Curitiba/PR Mais informações e inscrições: www.congressobiomassa.com
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Quer estudar mais sobre energias renováveis? Confira cursos e treinamentos com inscrições abertas.
MBA em Operações Agroindustriais no Setor da Bioenergia Data: inscrições abertas Local: Maringá/Paraná Carga horária: 480 horas Mais informações e inscrições: www.udop.com.br
Sistemas Fotovoltaicos On/Off Grid Data: inscrições abertas Duração: 32 horas Locais: Curitiba, Maringá e Londrina/Paraná Mais informações e inscrições: www.ecodot.com.br Interpretação de Oscilografias Data: inscrições abertas Carga horária: 24 horas Local: Curitiba/Paraná Mais informações e inscrições: www.selinc.com/pt/selu/courses/P1/
MBA em Controladoria, Custos e Planejamento no Setor da Bioenergia Data: inscrições abertas Local: Maringá/Paraná Carga horária: 480 horas Mais informações e inscrições: www.udop.com.br
Introdução à proteção de sistemas elétricos Data: inscrições abertas Duração: 40 horas Local: Curitiba/Paraná Mais informações e inscrições: www.selinc.com/pt/selu/courses/P3/ MBA em Estratégia e Gestão Agrícola no setor da Bionergia Data: inscrições abertas Local: Maringá/Paraná Carga horária: 480 horas Mais informações e inscrições: www.udop.com.br
Atualização em Energias do Biogás Data: inscrições abertas Local: Foz do Iguaçu/PR Carga horária: 110 horas Mais informações e inscrições: www.pti.org.br Pós-Graduação em Energia Fotovoltaica - Modalidade EaD Data: inscrições abertas Local: Unilivre - Universidade Livre do Meio Ambiente Carga Horária: 420horas Mais informações e inscrições: www.unilivre.com.br/pos-graduacao
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CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIAS INTELIGENTES
CENTRO DE EXPOSIÇÕES FIEP
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Inscrições Abertas *PRAZOS DE ENTREGAS DOS RESUMOS E OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE O EVENTO NO PORTAL:
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