TFG - Habitação Estudantil | Edifício Habitacional Estudantil do Butantã

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HABITAÇÃO ESTUDANTIL EDIFÍCIO HABITACIONAL ESTUDANTIL DO BUTANTÃ



HABITAÇÃO ESTUDANTIL EDIFÍCIO HABITACIONAL ESTUDANTIL DO BUTANTÃ

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação Orientador: João Sodré Renata de Avelar Reis São Paulo |Novembro de 2018



Agradeço primeiramente a Deus por me dar saúde e sabedoria ao longo de toda minha vida e também força, persistência e garra durante todos esses anos como universitária. Ao meus pais Marcos e Vilma pelo apoio incondicional, incentivo, amor e por me acompanhar em todos os momentos de luta e dedicação. Ao meu noivo Daniel pelas noites em que me acompanhou fazendo maquetes e a todo tempo me motivou. Ao professor João Sodré que acreditou na minha competência, agradeço o apoio е confiança. E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu muito obrigado.



O presente trabalho final de graduação trata-se da elaboração de um projeto arquitetônico e uma pesquisa que buscou explorar o campo da habitação estudantil, desde o entendimento histórico, contextual até a elaboração de um projeto pensado para ser implantado na região do Butantã, região esta, onde estão localizadas as principais universidades da cidade de São Paulo que geram grandes deslocamentos de estudantes de cidades de todo o país.

Palavras Chave: Habitação | Alojamento | Coletividade | Moradia Estudantil


Agradecimentos Resumo CAPÍTULO 01

| INTRODUÇÃO

1.1. Apresentação do tema 1.2. Justificativa 1.2.1. Experiência Pessoal 1.2.2. Demanda da Universidade de Sâo Paulo 1.2.3. Direito à moradia 1.3. Objetivos 1.3.1. Objetivos Específicos CAPÍTULO 02

| FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Alojamento Estudantil 2.1.1. História 2.1.2. Importância no Brasil 2.1.3. Cenário Internacional CAPÍTULO 03

| FUNDAMENTAÇÃO PROJETUAL

3.1. CRUSP - Conjunto Habitacional da Universidade de São Paulo 3.1.1. Implantação 3.1.2. O Projeto


3.2. Pavilhão Suíço 3.2.1. Implantação 3.2.2. O Projeto 3.3. Baker House - A casa do estudante de MIT 3.3.1. Implantação 3.3.2. O Projeto 3.4. Simmons Hall de MIT 3.4.1. Implantação 3.4.2. O Projeto CAPÍTULO 04| CONTEXTUALIZAÇÃO

4.1. Localização 4.1.1. Sobre o bairro 4.1.1.1. Estação Butantã 4.1.1.2. Instituto Butantã 4.1.1.3. Cidade Universitária 4.1.1.4. Casa Banderista 4.1.1.5. Vila Butantã CAPÍTULO 05| LEVANTAMENTOS

5.1. Transporte e Mobilidade 5.2. Equipamentos 5.3. Gabarito 5.4. Uso do Solo

CAPÍTULO 06| TERRENO

6.1. Sobre a rua do terreno 6.1.1. Fotos da rua 6.2. Sobre o terreno 6.2.1. Fotos do terreno 6.3. Legislação 6.4. Justificativa CAPÍTULO 07| PROJETO

7.1. Implantação e Partido 7.2. Programa e Projeto 7.3. Maquete Eletrônica

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Apresentação do tema O tema escolhido para esse trabalho final do curso de Arquitetura e Urbanismo foi a questão da habitação e dentro dela um edifício habitacional destinado para estudantes universitários que será implantado na região do Butantã, bairro este onde estão localizadas diversas universidades sendo elas privadas e principalmente as públicas na famosa Cidade Universitária que é o maior núcleo universitário da cidade de São Paulo e reúne a maioria das unidades de ensino, espaços de pesquisas, laboratórios, Museus e Bibliotecas da Universidade de São Paulo (USP), o que faz com que muitos alunos de todo o estado e muitas vezes até de fora busquem se deslocar para a cidade de São Paulo em busca de uma moradia temporária para o tempo de sua formação universitária. A proposta busca complementar a oferta desse tipo de moradia na região mencionada, uma vez que o Conjunto Residencial da USP (CRUSP) não tem conseguido atender toda a demanda, fazendo com que os alunos para que possam conseguir uma vaga no alojamento tenham que passar por um processo de inscrição e por uma seleção através de renda para ser avaliada a veracidade da necessidade para então conseguir uma moradia. Além de atender a grande demanda da USP, a proposta visa atender também os outros alunos das Universidades privadas da região como por exemplo a Universidade São Judas Tadeu, FMU, Cruzeiro do Sul e a UNIESP que também promovem grandes deslocamento de estudantes para essa mesma região do Butantã. Esse trabalho tem como premissa não somente ofertar vagas para ajudar a suprir a grande demanda de moraria estudantil da região, mas visa também analisar e atender as principais e diferentes necessidades desse público em questão, trazendo conforto, priva10


cidade ao mesmo tempo em que se incentiva a vivência das relações coletivas em espaços para estudo, trabalho, lazer e integração ao meio urbano através de mecanismos projetuais e urbanísticos, uma vez que a Cidade Universitária é muito conhecida como um espaço recluso que não oferece muitas relações com a cidade e seu entorno.

Justificativa Experiência Pessoal Resido na cidade de Guarulhos que é uma cidade vizinha e pertence a região metropolitana de São Paulo, onde está localizada nossa universidade. Todos os dias durante os cinco anos de minha graduação, tive que percorrer aproximadamente uma hora e meia para ir e uma hora e meia para voltar no trajeto entre minha residência até a universidade, totalizando aproximadamente três horas do dia dedicadas somente ao deslocamento residência - faculdade. Por mais que não seja considerada uma distância tão grande, vivenciei muito desgastes que me levaram a diversas vezes a pensar em me mudar para morar próximo a universidade e poder desfrutar melhor do meu tempo para estudo, lazer e descanso. Entre tanto ao pesquisar puder perceber os altos valores imobiliários nas zonas mais centrais e então eu não tive a possibilidade de efetivar essa pretensão. Penso que se eu tivesse tido a oportunidade de habitar um alojamento estudantil próximo de minha faculdade, eu teria em torno de três horas a mais no dia para poder me dedicar mais aos meus estudos e ter ainda sim um melhor aproveitamento do curso ao mesmo

tempo que poderia ter também uma melhor qualidade de vida. Nota-se que minha experiência pessoal trata-se de um percurso considerado de curto a médio e totaliza uma parcela de tempo destinado a deslocamento que é muito considerável na vida de um estudante. Todos os anos milhares de alunos deixam suas cidades para estudar na cidade de São Paulo que reúne inúmeras universidades públicas e particulares em todo o território do município, e outros alunos que assim como eu, moram em cidades vizinhas e passam mais tempo do seu dia no deslocamento de suas residências até a faculdade do que o próprio tempo que permanece na mesma.

Demanda da Universidade de São Paulo Segundo dados publicados no site USP Digital, as dezessete faculdades localizadas dentro da Cidade Universitárias receberam no ano de 2016, aproximadamente 37.971 alunos de graduação e pós-graduação matriculados, sem contabilizar os alunos frequentadores dos prédios de pesquisas. O CRUSP - Conjunto Habitacional da Universidade de São Paulo, dispõe da capacidade de somente 1.500 vagas. Conclui-se que a quantidade de vagas de moradias não chegam a representar nem 4% da quantidade de alunos matriculados.

Fonte: Diagrama produzido pela autora com dados obtidos no site USP Digital.

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A USP oferece moradia no CRUSP para alunos de baixa renda vindos de outras cidade, entretanto como dispõe de poucas unidades comparado ao número de alunos que recebe todos os anos, ela depende das vagas disponibilizadas dos alunos que se formam e vão embora. Ou seja, poucas vagas ficam disponíveis para atender uma enorme demanda. Sempre no início do ano é feito uma seleção de moradores, onde os alunos devem fazer uma inscrição, passar por entrevistas com assistentes sociais e entregar os documentos socioeconômicos e aguardar o resultado. Para fazer essa seleção a USP busca dar preferência para alunos que comprovem ter baixa renda.

Direito à moradia A habitação é uma necessidade indispensável de todo e qualquer indivíduo e é dever do governo criar e promover mecanismos e investir em políticas públicas para assegurar aqueles que estão em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O direito de moradia digna começou a ser discutido nos meados do século XX, e a partir disso tornou-se um dos requisitos considerados para a dignidade do ser humano, assegurado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) conforme a citação: Artigo 25º – 1. Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros 12

casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade. No âmbito educacional a questão da moradia é mencionada na Lei 9.394 de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional como um dos quesitos mais importantes para uma educação de qualidade.

Objetivos Propor um edifício que atenda as principais e diferentes necessidades dos alunos universitários, oferecendo moradia apropriada, espaços que estimulem a coletividade e implantação pensada para fazer a conexão do edifício com a cidade, inserindo-os na mesma.

Objetivos Específicos 1. Complementar a oferta de unidades de habitação para universitários que estudam na região; 2. Inserir e integrar os universitários a cidade, estimulando-os através localização e implantação do projeto; 3. Propor espaços que possibilitem relações coletivas, bem estar, lazer e convivência; 4. Usar de mecanismos projetuais para agregar qualidade ao andar do pedestre no entorno do edifício, trazendo relações entre o público e o privado.


Alojamento Estudantil História Os primeiros modelos de Universidades surgiram como uns dos principais acontecimentos da Idade Média, ainda entre os séculos XII e XIII pela Inglaterra, Espanha e Portugal. Foi então nesse contexto que surgiram as primeiras referências de “campus”, lugar este configurado pelos edifícios da universidade como prédios de aulas, laboratórios, Museus e entre eles equipamentos e espaços ao ar livre com carácter público, ou seja de uso coletivo. Essa configuração resultava em um espaço de grande interação social, desde membros da comunidade universitária, moradores, vizinhança, trabalhadores e até frequentadores. A partir do século XX, todo esse conceito foi sofrendo mudanças sob influências da nova “Cidade Universitária Moderna”, que propunha agora áreas delimitadas geograficamente até cercadas e muradas, fazendo com que esses espaços entre os equipamentos da universidades deixassem de ter o uso compartilhado e a consequência disso foi a diminuição da interação social. Esse “novo campus” passa a não mais interferir na dinâmica da cidade e também não ser mais interferido pela mesma. Foi então nesse contexto onde esses novos campus se transformaram em Cidades Universitárias contidas entre áreas delimitadas, com seus próprios centros de vivências e equipamentos que então surgiram os alojamentos universitários para promover a habitação de alunos, professores e funcionários dentro das Cidades Universitárias. A primeiras residências universitárias foram criadas como alojamentos coletivos dentro da universidade na construção das primei13


ras universidades europeias, pois acreditava-se que a aprendizagem era baseada na convivência do aluno com o professor e essa influência veio até os dias de hoje.

Cenário Internacional No cenário internacional é possível notar que as universidades promovem maiores investimentos em habitações estudantis, pois a maioria das universidades possuem alojamentos adequado a quantidade de alunos. Muitos desses alojamentos foram projetados por grandes nomes da arquitetura e tiveram grande importância, como por exemplo o Pavilhão Suíço que tornou-se grande referência do Movimento Moderno, projetado por Le Corbusier e a Casa Brasileira de também de Le Corbusier e Lúcio Costa, ambos na Cidade Universitária de Paris.

Importância no Brasil No brasil a residência universitária cumpre a função social de promover habitação preferencialmente ao grupo de estudantes que não tem condições de alugar uma residência por conta própria. Como a oferta de habitação estudantil é baixa, alunos que possuem alguma mínima condição acabam optando por morar em repúblicas menores ou dividirem apartamentos com outros colegas. Atualmente o Ministério da Educação tem criado formas de promover maior acessibilidade ao ensino superior e a partir disso criou diversos programas que facilitam o acesso à universidade, como por exemplo, o ProUni (Programa Universidade Para Todos), o FIES (Financiamento Estudantil) e também criou um grande siste14

ma de seleção unificada, o SiSU (Sistema de Seleção Unificada) que é um sistema que distribui vagas em todo o Brasil, a partir da nota conquistada pelos alunos no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). De acordo com essa nova política, a Universidade que o aluno vai estudar é definida com base na classificação conquistada a partir da nota do Enem, e esse sistema promove grande deslocamentos de alunos em todo Brasil, com isso a importância das residências universitárias tem aumentado nos últimos anos, principalmente por causa dessas novas políticas que fazem com que os alunos deixem suas cidades de origem para morar em outras cidades durante o tempo de sua formação.


Durante meu trabalho de pesquisa e desenvolvimento projetual busquei analisar referências que trouxessem uma carga positiva no intuito de entender como é tratada a importante e fundamental questão do uso coletivo - o que com certeza traz a vida ao edifício e enriquece as relações interpessoais - ao mesmo tempo em que se atenta com a individualidade. Busquei também nas referências em que estudei e que serão aqui apresentadas colher informações sobre o programa de necessidades desse público a qual o projeto será destinado. O projeto do Edifício Estudantil do Butantã tem como partido uma lâmina (bloco horizontal) influenciado pelo formato do terreno escolhido, sendo assim busquei reunir para estudo edifícios que propusessem o mesmo uso (habitação estudantil) e que tivessem massas volumétricas com a mesma proposta.

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CRUSP - Conjunto Habitacional da Universidade de SĂŁo Paulo

Fonte: Imagem retidada do site: http://www5.usp.br/english/campus-life/housing/?lang=en - acesso em 28 de agosto de 2018.

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Arquiteto: Eduardo Kneese de Mello, Joel Ramalho Júnior e Sidney de Oliveira. Ano do projeto: 1961 Localização: Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira, São Paulo, SP - Brasil Desde a construção da Cidade Universitária já se pensava na necessidade de construir um alojamento para os alunos da cidade Universitária, mas foi somente no início da década de 60 que deu início ao processo de licitação para que fosse elaborado o projeto do CRUSP. Dentre vários arquitetos que participaram, quem venceu o processo foi o arquiteto Eduardo Kneese de Mello e elaborou o projeto do Conjunto Residencial da USP.

Implantação

jetado para serem suspensos por esbeltos pilotis para promover grande permeabilidade, maior visibilidade ao pedestre e também maior controle de acesso aos edifícios. A proposta previa a construção de um conjunto de doze edifícios que abrigariam sessenta unidades de alojamentos, sendo, dez unidades por andar com 40 m² aproximadamente cada uma delas. O programa previu para cada pavimentos espaços de uso compartilhado como espaços de estar, enfermaria, lavanderia, uma cozinha comum para os alojamentos do pavimento e uma espaço técnico para o descarte do lixo. Cada unidade do alojamento recebeu um espaço para estudos, sanitários, sala de banho e um dormitório para estudantes. A cada duas unidades há um terraço comum entre elas que tem a função de promover a ventilação ajudar na proteção do calor da fachada em dias quentes.

Os conjunto foi implantado no decorrer de um eixo coberto projetado para promover a circulação dos moradores entre os blocos. No projeto original foram dispostos seis blocos para cada lado do eixo, porém foram construídos somente cinco para cada lado. Entre um bloco e outro foi previsto uma distância de aproximadamente oitenta metros, o que resultou em grandes espaços de jardins, espaços de permanência e também em uma boa insolação e ventilação para o projeto.

O Projeto Os blocos foram construídos em concreto pré-fabricado e pro-

Fonte: Imagem da revista Acrópole Edição 303 com edição de análise da própria autora.

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Fonte: Imagem da revista Acrópole - Edição 303 com edição de análise da própria autora.

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Pavilhão Suíço

Fonte: https://lizondopr234.wordpress.com/2015/02/10/actividad-residencia-atletas-2015-02-16/ - acesso em 10 de maio de 2018.

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Implantação Arquiteto: Le Corbusier Ano do projeto: 1931 Localização: Cidade Universitária Internacional de Paris, França.

A implantação foi pensada cuidadosamente para solucionar a problemática das cotas de nível, pois o terreno na qual o projeto foi implantado era consideravelmente acidentado. Le Corbusier então optou por implantar o edifício em uma cota diferente da cota do terreno, criando uma espécie de patamar para assentar o edifício.

Fonte: http://arquitectamoslocos.blogspot.com.br/2010/12/la-escalera-torcida.html - Acesso em 10 de maio de 2018.

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O projeto O programa foi ditribuido em um térreo e mais quatro pavimentos. No térreo o arquiteto centralizou espaços de atividades com carácter mais público. Nos três seguintes pavimentos distribuiu as unidades de alojamentos, sendo elas quinze por andar juntamente com alguns espaços coletivos de uso básico.

E por fim o quarto pavimento que foi destinado a espaços de apoio, vivência e lazer, todos de uso coletivo. O Edifício é muito conhecido por ser uma referência do Modernismo. No projeto Le Corbusier utilizou os cinco pontos da arquitetura moderna em seu projeto, resultando em unidades elevadas por pilotis, abrigando atividades públicas no térreo, fachadas livres, janelas em fita.

Fonte: http://www.guiaconstruirereformar.com.br/obra_26-pavilhao_suico.htm - acesso em 10 de maio de 2018.

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Fonte: https://www.archdaily.com.br - acesso em 02 de abril de 2018 - Imagem com edição de análise da própria autora.

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Baker House - A Casa do estudante de MIT

Fonte: https://www.archdaily.com.br - acesso em 09 de abril de 2018.

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Arquiteto: Alvar Aalto Ano do projeto: 1948 Localização: Cambridge, Estados Unidos A Baker House é um projeto muito conhecido e estudado até os dias de hoje por seu formato curvilíneo sua implantação estratégica e o seu sistema construtivo.

Implantação

O projeto

O edifício está localizado ao logo do lado norte do rio Charles, e desde o início do projeto, o arquiteto buscou formas de fornecer a maior visão possível do rio Charles para os dormitórios. Após a tentativa se fazer um bloco retilíneo com os dormitórios voltados para o rio, o arquiteto optou pela curva sinuosa para que pudesse aumentar a densidade do projeto, ou seja aumentar a quantidade de dormitórios ao mesmo tempo que conseguiria permitir a vista para o rio a todos eles.

O projeto conta com 43 dormitórios por andar sendo 22 deles com formatos diferente que foram resultantes através da forma do edifício. Em uma das fachadas estão voltadas os dormitórios e na outra, os espaços de apoio e uso coletivo dos estudantes e os espaços de serviço.

Fonte: https://www.archdaily.com.br - acesso em 02 de abril de 2018.

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Simmons Hall de MIT

Fonte: https://www.architecturerevived.com/simmons-hall-mit-massachusetts/ - acesso em 02 de abril de 2018.

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Arquiteto: Steven Holl Ano do projeto: 1999/2002 Localização: Cambridge, Estados Unidos O Simmons Hall é um grande edifício muito conhecido pela dimensão do seu projeto, conta com aproximadamente duzentos mil metros quadrados. Foi projetado por Stenven Holl para ser um edifício memorável como uma espécie de skyline da cidade.

Implantação O terreno onde o projeto foi implantado possui uma testada muito longa, o que resultaria em um edifício longitudinal. A principal preocupação do arquiteto ao pensar na implantação era que o edifício resultasse em uma enorme massa como uma espécie de murro na cidade, então Holl optou por criar sim essa grande massa horizontal, entretanto projetou grandes vazios para permitir grandes passagens de ar e luz.

O projeto O partido do projeto era que o edifício fosse capaz de promover a maior interação possível entre os alunos moradores do edifício. O conjunto possui dez andares e totaliza aproximadamente 350 unidades de habitação, corredores de circulação horizontal largos, simulando uma pequena cidade. Holl projetou o edifício para ser uma espécie de uma esponja ao captar a luz natural, então criou umas espécies de pulmões do edifício através de vazios, onde reuniria espaços de convivência entre os alunos. 26

Fonte: https://www.archdaily.com.br - acesso em 02 de abril de 2018.


Localização São Paulo é a maior capital da América Latina e reúne em torno de setenta universidades e faculdade públicas e privadas, e dentre elas as que mais se destacam são a UNESP, Mackenzie e a USP. A USP é a maior universidade pública do país e o seu maior polo está localizado no distrito do Butantã, na famosa Cidade Universitária que reúne diversas faculdades, instituto de pesquisas, laboratórios científicos e Museus, responsáveis pelos grandes deslocamentos de alunos universitários para essa região. Visto isso, a região escolhida para a implantação do projeto foi o bairro do Butantã, localizado na zona oeste da cidade de São Paulo, bairro este muito povoado e ocupado por alunos universitários. Algumas das principais preocupações de estudantes que vem para estudar na cidade de São Paulo é a busca de baixos valores, fácil acessibilidade ao transporte público e proximidades das centralidades da cidade.

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Fonte: Google Earth Pro - acesso em 08 de abril de 2011.

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Sobre o bairro Butantã em tupi tem como significado como “terra socada e muito dura”. A região que hoje é denominada como bairro do Butantã, era antigamente a rota dos Jesuítas e dos Bandeirantes que se descolocavam-se do litoral para o interior do país. Em torno de 1760 após a expulsão dos Jesuítas e essas terras foram confiscadas e vendidas. O bairro então começou a desenvolver-se em torno de 1900 sobre esses sítios e com a implantação do Instituto Butantã e da Cidade Universitária, cresceu e até hoje se mantém como um bairro predominantemente residencial. O limite do bairro é dado pelo Rio Pinheiros, entretanto conta

com aproximadamente 13 quilômetros quadrados de área. Segundo os dados do Censo 2010 o bairro comporta uma população de aproximadamente 54.196 habitantes que é economicamente bem diversificada, pois ao mesmo tempo em que o bairro é ocupado por alunos e professores da Cidade Universitária, famílias de classe média e alta, há também favelas como a São Remo localizada na extremidade do bairro. O Butantã é conhecido como um bairro arborizado e de ruas largas, e vem se desenvolvendo no decorrer dos anos, há poucos anos ganhou uma estação da linha amarela e possui diversos equipamentos culturais, históricos e educacionais.

Estação Butantã Localizada na extremidade da famosa Avenida Vital Brasil a estação foi inaugurada em 2011. A estação faz parte da linha amarela do metrô, fazendo a ligação da zona Oeste ao centro de São Paulo e também a estação Pinheiros que possibilita a transferência para a rede de trens da CPTM.

Fonte: http://www.viaquatro.com.br/linha-4-amarela/estacoes/butanta?stationid=10498 - acesso em 05 de setembro de 2018.

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Parque Instituto Butantã É conhecido como um dos maiores centros de pesquisas biomédicas do mundo além de ser um importante ponto turístico, pois atualmente conta com um parque e os Museus Histórico, Biológico, de Microbiologia do Instituto Butantã e o Museu de Saúde Pública Emílio Ribas.

Fonte: http://portalbiomedico.com.br/programa-de-aprimoramenteo-profissional-do-instituro-butantan-lato-sensu/ - acesso em 05 de setembro de 2018.

Cidade Universitária A Cidade Universitária como dito anteriormente é um dos maiores polos estudantis da cidade de São Paulo e é onde estão a maioria das unidades de ensino, pesquisa e extensão da universidade. Em sua estrutura conta com espaços de pesquisas, hospitais, museus e bibliotecas.

Fonte: https://jornal.usp.br/atualidades/cidade-universitaria - acesso em 05 de setembro de 2018.

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Casa Banderista do Butantã A Casa Bandeirista é um raro exemplar de uma típica casa do período colonial, construída por escravos em taipa de pilão. Atualmente o edifício abriga um pequeno Museu que reúne peças e mobiliário da época colonial e recebe eventos, exposições e é aberta à visitação. É considerada um importante ponto turístico histórico cultural da cidade de São Paulo além de ser um registro material da memória do bairro.

Fonte: http://blog.hsvab.eng.br/2010/09/22/casa-bandeirista-do-butanta/ - acesso em 05 de setembro de 2018.

Vila Butantã Espaço descontraído onde reúnem-se trailers de gastronomia gourmet e diversos eventos gastronômicos, é um espaço badalado e bastante frequentado pelas pessoas moradoras do bairro e até de fora.

Fonte: https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/10/7f/85/entrada-vila-butantan.jpg- acesso em 05 de setembro de 2018.

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Transporte e Mobilidade Do ponto de vista de mobilidade, o projeto será implantado em uma região muito privilegiada, pois sua localização permite acessos rápidos por diversos modais: - Veículos particulares: o terreno possibilita fácil acesso para veículos particulares pois tem acesso rápido para importantes avenidas articuladoras da região, as marginais do rio Pinheiros, e a Rodovia Raposo Tavares. - Bicicletas: o terreno está localizado em uma região rodeada por diversas ciclovias, que possibilitam trajetos curtos e médios. - Transporte Público Terrestre: o projeto será implantado entre duas avenidas que são importantes articuladoras da região onde comportam diversas linhas e corredores de ônibus. - Metrô e trem: o terreno está a três quadras da estação Butantã que pertence a linha amarela do metrô e faz o acesso da zona oeste ao centro da cidade de São Paulo e também a estação Pinheiros que possibilita a transferência para a CPTM - linha de trem.

Ciclovia Linha de ônibus Túneo do Metrô Parada de Ônibus Estação de Metrô

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Equipamentos A análise do levantamento de equipamentos localizados na região onde será implantado o conjunto, mostra que além das universidades apontadas nos levantamentos anteriores, a região conta com diversas instituições de ensino. No âmbito da saúde conta com uma unidade básica de atendimento e um Hospital de médio porte, entre outros equipamentos de segurança, cultura e a estação do metrô que é relativamente nova e ainda está atraindo outros equipamentos para a região.

Universidades Escola Hospital Policia Cultura Praça 34


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Gabarito De acordo com o levantamento do gabarito dos edifícios do entorno, pode-se notar que o terreno da proposta está localizado na região onde predominam os poucos edifícios altos presentes na região.

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Uso e Ocupação do Solo A partir da análise do estudo de uso de solo da região, pode-se notar que o terreno da proposta está localizado em uma região de transição entre uma área bem comercial com outra área de carácter predominantemente residencial.

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O terreno escolhido está localizado na Rua Santa Rosa Júnior, no distrito do Butantã, em um importante nó da região. Encontra-se no cruzamento da Rua Caxingui que faz o acesso da Avenida Vital Brasil – uma importante via articuladora da região, rica em comércio, que termina no viaduto Eusébio Matoso, (faz o acesso com a região de pinheiros e com a Avenida Faria Lima) – com o início da Raposo Tavares, via que começa com carácter de avenida no Butantã e transforma-se em uma importante rodovia do Estado, terminando na divisa do estado com o Mato Grosso do Sul. A rua onde está localizado o terreno da proposta é uma rua larga, consideravelmente arborizada e predominantemente residencial, entretanto com comércios em sua extremidade mais próxima a avenida Vital Brasil.

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Fonte: fotografias de autoria prรณpria.

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O terreno escolhido possui uma área de aproximadamente 6.670 m² e está localizado em um grande nó da região, fazendo esquina com uma rua calma de edifícios residenciais com duas avenidas ricas em comércio e movimentadas. Atualmente o terreno da proposta comporta um kart, possui uma testada longa e no fundo do lote passa uma rede de alta tensão.

Fonte: fotografias de autoria própria.

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Legislação Urbana De acordo com o zoneamento dado pelo Plano Diretor da cidade de São Paulo, o terreno escolhido para a implantação do projeto faz parte de uma determinada área demarcada como Zona de Eixo de Estruturação da Transformação Urbana – ZEU, zona esta, que tem como principal objetivo de aproximar a população das infraestruturas de transportes, entretanto permite usos residenciais e não residenciais com densidade construtiva e demográficas relativamente altas.

Fonte: Tabela elaborada pelo próprio autor com dados do PDE de SP.

Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx# - acesso em 05 de setembro de 2018.

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Justificativa O Kart que está ocupando o terreno da proposta concentra pequeno número de usuários e geralmente limita-se aos fins de semana. É um terreno que tem uma localização privilegiada, pois está assentada em um importante nó e em uma região de grande desenvolvimento e de grande infraestrutura como metrô e importantes vias que ligam muitas regiões importantes de São Paulo. A partir do zoneamento da cidade pude constatar que o terreno como dito anteriormente está localizado em uma ZEU, zona esta que possibilita altos coeficientes construtivo de habitação.

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Implantação e o partido O terreno escolhido para a implantação do projeto possui o comprimento aproximadamente 160 metros e 30 metros de profundidade com uma grande esquina, o que consequentemente induziu o partido do projeto a ser um edifício em lâmina alongada.

O Edifício foi implantado alinhado aos edifícios do lote ao lado norte para que pudesse manter uma calçada grande e fluída e na outra extremidade do terreno onde há uma grande esquina foi implantado uma grande praça.

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O programa O programa de necessidades do edifício foi elaborado a partir duas categorias, sendo elas espaços de acesso PÚBLICO e os de acesso PRIVADO. Buscando diferentes formas para que fosse possível que o estudante universitário que irá habitar esse edifício pudesse interagir com a cidade foi implantado no térreo esse espaço com carácter mais público com 18 lojas de que trazem as fachadas ao alinhamento da calçada fazendo com que o andar do pedestre torne-se mais agradável e um restaurante localizado na extremidade do terreno que se abre para uma grande praça projetada na esquina. Na parte de tras do terreno ficaram reunidos os usos de apoio e suporte com o bicicletário, o espaço para as vagas de estacionamento PNE e a área técnica das caixas d’água.

PÚBLICO

PRIVADO

PAV. TÉRREO 44


Os espaços de acesso privado do edifício foram organizados nos demais treze pavimentos - sendo um coletivo e os outros doze de habitação - e foi pensado também a partir de outras duas categorias, os ESPAÇOS DE HABITAÇÃO e os ESPAÇOS COLETIVOS para atender as principais e ao mesmo tempo as diferentes necessidades de um indivíduo que se encontra na fase universitária. Podemos dividir essas necessidades em quatro principais grupos, sendo eles: CONVIVÊNCIA, ESTUDO, MORADIA E SUPORTE. A maioria dos espaços coletivos de convivência, lazer e estudo foram distibruídos no primeiro andar que foi totalmente destinado as relações coletivas, onde propus uma academia, espaço de estudo e leitura, espaço de trabalho (coworking) com área de reunião e uma área de estar sendo todos esses espaços intercalados por praças de permanência.

PÚBLICO HABITAÇÃO

CIRCULAÇÃO

USO COLETIVO

PRIMEIRO PAVIMENTO 45


Assim como os projetos de referência analisados no pavimento tipo do meu projeto, distribui as unidades ao longo de uma circulação horizontal estruturada por uma modulação estrutural regular, com dois blocos de circulação vertical, e um núcleo lateral que reúnem os usos coletivos como, lavanderia, copa e sala de tv e espaço de estar para a convivência do dia a dia.

Cada pavimento possui quatorze unidade sendo elas seis unidades de 75 m e oito de 37 m. Visando as atividades coletivas foi proposto um refeitório e uma lavanderia para o uso compartilhado por pavimento de habitação.

CIRCULAÇÃO HORIZONTAL CIRCULAÇÃO VERTICAL USO COLETIVO

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SEGUNDO PAVIMENTO Unidades de casal, compartilhada e familiar PNE

TERCEIRO PAVIMENTO Unidades de casal e familiares

PAVIMENTO TIPO (do terceiro ao décimo segundo) Unidades compartilhadas e “semi-coletivas”

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Do âmbito da moradia foram projetadas quatro diferentes tipos de unidades visando as particularidades de cada estudante, sendo elas: - “semi-coletivas”: unidades com banheiro e copa coletivas e quatro dormitórios individuais, distribuição esta que permite maior privacidade entre os moradores, pois irão compartilhar os espaços comuns da unidade e terão seus dormitórios como um espaço mais privativo; - unidades compartilhadas: para dois alunos com quarto em comum;

- unidades de casal; - unidades familiares: unidades destinadas para alunos que já possuem famílias formadas; E por fim, as unidades PNE abrangendo três categorias (compartilhada, casal e familiar) para portadores de necessidades especiais.

UNIDADE SEMI-COLETIVA

UNIDADE COMPARTILHADA


UNIDADE COMPARTILHADA

UNIDADE FAMILIAR

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Bibliografias | HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. | VIGLIECCA, Héctor. O Terceiro Território: Habitação Coletiva e a Cidade. 1. ed. Brasil: Editora Vigliecca, 2015.

Revistas | Acrópole, 1964, nº. 303, p.95

Trabalhos Acadêmicos | BARROS, Raquel Regina Martini Paula. Habitação coletiva. A inclusão de conceitos humanizadores no processo de projeto. São Paulo, Annablume, 2011. | VILELA JÚNIOR, Adalberto José. Uma visão sobre alojamentos universitários no Brasil. Anais do V Seminário Docomomo Brasil. São Carlos. São Paulo. Disponível: http://www.docomomo. org.br - acesso em 2 de abril de 2018. | DELABRIDA, Zenith N. C. Variáveis individuais, sociais e do ambiente físico em residências universitárias. Tese pela Univ. Federal do Sergipe, 2014.

54


Documentos | São Paulo. PDE - Plano Diretor Estratégico da Cidade de São Paulo

Legislação

| https://www.archdaily.com.br/br/785156/classicos-da-arquitetura-pavilhao-suico-le-corbusier/ | https://www.researchgate.net/Figura-50-Plantas-dos-pavimentos-CRUSP-1961-Fonte-acervo-FAU-USP-Redesenho-Evie_ fig15_270642982 - Acesso em 2 de abril de 2018.

| https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/marco-regulatorio/plano-diretor/ | Assembleia Geral da ONU. “Declaração Universal dos Direitos Humanos”. “Nações Unidas”, 217 (III) A, 1948, Paris, https://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Transla- | https://uspdigital.usp.br/ tions/por.pdf Acessado em 7 de maio de 2018. | https://www.caflaviana.com/single-post/2015/09/01/Bolsas-as-possibilidades-ao-alcance-dos-calouros Norma Técnica

| ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços, e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2001.

| ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9077. Saída de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001.

Sites |geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx# Acesso em maio/2018;

| https://lizondopr234.wordpress.com/2015/02/10/actividad-residencia-atletas-2015-02-16/ | http://arquitectamoslocos.blogspot.com.br/2010/12/la-escalera-torcida.html | http://www.guiaconstruirereformar.com.br/obra_26-pavilhao_ suico.htm | http://archiveofaffinities.tumblr.com/post/11368038424/alvar-aalto-senior-dormitory-typical-floor-plan | Google Earth Pro

| https://usplivre.wordpress.com/2012/breve-historia-do-crusp/; 55


Confira o projeto na Ă­ntegra em escala ampliada que segue anexo ao caderno.



. .D.C M.M

RU AS

AP ETU B

A

RU A

FACHADA LESTE

AVE N

IDA

VIT

AL B

RAS IL

RENGA AVENIDA ALVA

A OVI

ROD R AP

NG I X CA

S AR E TAV

DA

NI E V A

OSO

UI

FACHADA OESTE

RU

CU

AB

U UER

RI IJA

RUA

NG A C A

FACHADA SUL

CAPACIDADE

PAVIMENTOS

(PESSOAS POR UNID.)

PAV.

* CA

PERMITIDO

PROJETADO

4,0

2,80

TO

0,7

0,38

AP

0,25

0,27

01

01

COBERTURA

01

01

01

01

01

01

01

01

QUANT. DE UNIDADES

UNID. SEMI-COMPARTILHADA

04

60

UNID. COMPARTILHADA

02

82

UNID. COMPARTILHADA PNE

02

02

UNID. PARA CASAIS

02

10

UNID. PARA CASAIS PNE

02

02

UNID. FAMILIAR

04

10

UNID. FAMILIAR PNE

04

02

01

01

01

CAPACIDADE TOTAL DE HABITANTES

480 TOTAL DE UNIDADES

168 ORIENTANDA: RENATA DE AVELAR REIS

TOTAL DE UNIDADES PNE

PLANTA: MIN. EXIGIDO PROJETADO

01

3% 5,04 06 UNIDADES

01

04

01

ESCALA 1:750

N

01/08

07

04

E DESCARGA

ACESSO SOCIAL

02 02

02 02

127.200 L 200L/PESSOA

480 hab. x 200 L SP - 2 DIAS

03

ACESSO SOCIAL

02 02

3,60 x 2,55 x 2,30 3,60 x 2,55 x 2,30

CAP.

212.000 L 84.800 L 127.200 L

2,90 x 5,50 x 8,00

02 02

02 02

Anexo da Lei 16.402 - quadro 4A

VAGA DE BIKE

02

LOJAS

1 VAGA POR UNID. 168 VAGAS

03

PORTARIA

04

APOIO

05

DESPENSA/DEPOSITO

1 VAGA POR UNID.PNE 06 VAGAS

03

02 02

06

Subcategoria de Uso R2V-3

3,60 x 2,55 x 2,30 3,60 x 2,55 x 2,30

02 02

01

84.800 L

96.000 L

192.000 L 20.000 L

02 02

05

06

COZINHA

07 ORIENTANDA: RENATA DE AVELAR REIS PLANTA:

ESCALA 1:250

02/08

N


08

09

11

10

ESCALA 1:250

COBERTURA ESCALA 1:250

ACADEMIA

08 09 10

N

ESCALA 1:250

ORIENTANDA: RENATA DE AVELAR REIS

11

03/08

PLANTA:

ESCALA 1:250

10,00 2,18

2,18

0,67

2,10

2,10

0,67

2,18

7,50

7,50

7,50

4,65

0,67

UNIDADE DE CASAL PNE

UNIDADE FAMILIAR PNE

UNIDADE COMPARTILHADA PNE

ESCALA 1:50

ESCALA 1:50

ESCALA 1:50

2,85

4,31

7,50

7,50 2,85

2,85

7,50

0,67

4,65

2,18

4,65

2,18

2,85

0,67

4,65

2,10

2,85

2,10

4,65

0,67

4,65

2,18

10,00

2,85

10,00

ORIENTANDA: RENATA DE AVELAR REIS PLANTA:

ESCALA 1:250 ESCALA 1:50

04/08

N


ESCALA 1:250

10,00

10,00 2,18

2,18

0,11

2,20

4,31

0,67

2,18

7,50 2,85

7,50

7,50 2,85

2,85

7,50

2,80

0,67

4,65

0,67

2,85

2,10

4,65

2,10

4,65

0,67

4,65

2,18

2,80

0,31

UNIDADE DE CASAL

UNIDADE FAMILIAR

ESCALA 1:50

ESCALA 1:50

0,10

0,10

ESCALA 1:250 ESCALA 1:50

ORIENTANDA: RENATA DE AVELAR REIS

N

05/08

PLANTA:

ESCALA 1:250

10,00

10,00

2,20

2,20

2,15

2,15

0,67

2,18

7,50

7,50

7,50 2,85

2,85

7,50

2,80

0,67

4,65

2,18

2,18

2,85

0,67

4,65

2,10

2,85

2,10

4,65

0,67

4,65

2,18

2,80

6,18

UNIDADE DE CASAL

UNIDADE SEMI-COMPARTILHADA

ESCALA 1:50

ESCALA 1:50

1,60

2,23

ORIENTANDA: RENATA DE AVELAR REIS PLANTA:

ESCALA 1:250 ESCALA 1:50

06/08

N


CORTE AA

CORTE BB

ORIENTANDA: RENATA DE AVELAR REIS PLANTA:

CORTES LONGITUDINAIS

ESCALA 1:250

07/08

CORTE CC

CORTE DD

DET. VENEZIANAS PLANTA ESCALA 1:20

VISTA FRONTAL (MODELO 3D) ESCALA 1:20 CORTE EE ESCALA 1:25

ORIENTANDA: RENATA DE AVELAR REIS PLANTA:

CORTES E DET.

ESCALA 1:25 ESCALA 1:250

08/08


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