PARADOXO EM ATOS
Cia de Artes Decรกlogo JALC
Descrição: O que seria de uma sociedade sem suas contradições, sem suas imersões e porque não dizer que as contradições são necessárias para que possamos entender a energia Vital da existência humana. Em um mundo onde o ritmo e a temporalidade das manifestações se torna cada vez mais agitado é que vem a ser proposto esta intervenção performática na qual uni as técnicas tableaux, de coro e corifeu, da literatura poética ao caos dos pontos de ônibus da cidade, a espaços educacionais entre outros, para elucidar a frase "mais do que maquinas precisamos de humanidades" sendo uma contradição para com a rotina atual dos contemporâneos em relação ao elemento tempo e a qualidade de vida.
Paradigmas Paradoxais
Descrição: Carregar a culpa das pessoas traz um fardo energético pesado, por observar o mundo e perceber como ele esta cruel e como tudo pode ser diferente se alguém escutar os “Trabalhadores do Sofrimento” e como tudo pode se modificar ao despertar da poesia.
Etapas da ação: Verificar as possibilidades e autorizações para utilização dos arredores do polo cultural do Jd. Ângela Promover uma oficina de poesia sobre cultura de paz com os integrantes da cia. Elaborar nas performances poéticas de duração variadas Desenvolver e entregar rosas poéticas a todos que prestigiarem os paradoxos.
Gênero: Performance Cortejo: Flautistas Ideia de saída é tocar “Vem, vamos embora... esperar não é saber” Tableaux: 1 minuto cada, totalizando 10 minutos Origami: 20 por pessoa Definição: Ser algo contraditório da rotina Rotina? Negativo da alegria, mensageiros do sofrimento
Poesias 1. CAVALO DE TRテ的A
Venham, venham todos Caminhar e sorrir Venha, venham todos Alegrar e se divertir
Venha no seu tempo, Com seu ritmo, Sua destreza Espalhar novos motivos
De Histテウrias contadas Histテウrias sonhadas Histテウrias de VIDA
Venham, venham todos
Sem receio,
Mas com o frio na barriga.
2. ?
Da janela do meu quarto Cai agua sem chover SĂŁo lagrimas dos meus olhos Com saudade de vocĂŞ
3. ?? Quando me perder e por um mero acaso encontrar você, me abrace, demoradamente me abrace, faça que os nossos seres se toquem, que o universo conspire ao ponto de unir os espíritos ao momento impar de nossa história e assim possa me sentir um pouco menos... só!
4. CONFUSÃO
A cidade aparenta estar cheia As pessoas estão apressadas, correm o tempo todo Passam por mim e até olham... Mas ninguém me vê! Os sentidos estão apurados, aflorados Mas não é possível perceber Falam, gritam, sussurram, mas nada dizem Não conseguem compreender Estão juntas, em grupos, bandos ou quadrilhas Porém no íntimo, estamos todos sós! Se pegam, beijam, abraçam, amassam Mas não se tocam Amanhecem, acordam, levantam E não despertam Estudam, aprendem, trabalham Mas não se preenchem Não encontram um sentido. Sentido? Quem disse que tinha que ser assim? Entre observações, julgamentos, pensamentos ou criticas Já não é possível lembrar de mim! Não apenas lembrar, perguntar, entender, ajudar... Qual motivo nos faz viver? Se não por dia, ao menos uma vida tentar salvar!
5. QUANDO RESOLVI OLHAR AS ESTRELAS!
Deitei meu corpo cansado, Queria que fosse ao teu lado Mas de fato Estou a evitar os maus tratos; Descansei minha mente estressada Queria que fosse com risada Mas de fato Estou a negar as metรกforas; Repouso meu espirito alado Queria nรฃo repousar Mas de fato Estou a partir, no silencio do mar!
6. LAMENTO
Lamento por não estar ai, por não faze-la sorrir por varias vezes sumi;
Lamento, sobre o sereno, que pego todos os dias pela luta travada sem fim por angustias que solitariamente convivo;
lamento... por não entender os caminhos, que para muitos são tão sofridos e para outros tão queridos
Lamento... por fazer tão pouco por ti. Lamento... Por fazer tão pouco por ti Lamento... Por fazer tão pouco por ti!
7. QUEBRE AS CORRENTES
Quebra a corrente que te prende No passado e no presente Joao, Manuel, Rodolfo ou Vicente Homens de luta, homens decentes Mesmo que indigentes InvisĂveis e dementes Em busca da algo Quebramos as correntes
8. A PROCURA
Quando corro E não consigo encontrar você Tudo parece perdido, porque você não estava lá Cai uma gota muito dolorosa de saudade Dos momentos que passamos juntos Sinto que você faz falta na minha caminhada E com isso questiono: O Amor é a Vida?
9. RECADO Queria poder amar, Mas o amor que acredita é diferente do meu, é Um amor que aprisiona que não permite o outro Viver. Queria poder sonhar, Mas o sonho que acredita é diferente do meu, é Um sonho que acontece apenas ao adormecer, Tornando-se impossível de acontecer. Queria poder viver, Mas a vida que acredita é diferente da minha, é Uma vida triste, sombria cheia de normas, Burocracias, sistemas falhos que viciam. Enfim, eu queria, mas desisti.
10. HOJE, Queria mudar tudo... Reescrever a história, Ir embora Mas aprendi A não ser covarde A encarar Sem as virtudes, Os vícios, Ou a pura maldade, Aprendizado este Que não devia ter aprendido, Mas enfim...
11. ENFIM... DIÁLOGO DE UM ÔNIBUS! Não me deram o direito de falar, Me lançaram em terras estranhas, Formaram minha idoneidade na porrada, Violento me educaram a não brincar, Pois a brincadeira é para os bacanas, que tinham grana Essa que precisei para me cuidar, Já que dentista só se fosse particular Saúde básica! Stand up na comunidade, É (silencio) Ah tempos não vejo a tal da dignidade... E ainda quer discutir sobre maioridade, Fale a verdade, sem sacanagem... Pois se chegamos a esse ponto É melhor descermos no meio do transito E provar que nossa vida, é de um mero acaso!
12. A VIDA E A NOITE A noite, na rua eu não posso mais Brincar, correr, namorar jamais; A noite, na rua se tornou o mesmo que o dia Entre tristezas e duvidas, não existe cidadania: Ontem ocorreu mais um numero não importa qual Apenas menciono que ocorreu mais um, entre vários Sem respeito, com descaso, algo voltado a tirania Que aos olhos acomodados da rotina, criam subsídios Do que, por que, sei lá eu responder Coisas que se pronuncio alto, corro o risco de morrer Pois a situação aqui é assim, e não como editam Os jornais, as revistas e os não menos imperdoáveis botequins de esquina “Os moradores na rua, são torturados pelo ódio e pelo fogo. Enquanto nosso dinheiro, NOSSOS representantes põe no bolso.” E o que fazemos para mudar esta ocasião? Já que hoje a moda numero 1 é a omissão O que digo para alguns é perca de tempo, mas desejo de coração Que a noite, lembra aquela do inicio, Do doce luar do raiar do céu, Volte a ser palco de pipas, bolas e peões De meninas, meninos e porque não dizer de todos sem exclusão!
13.
ORAÇÃO
Cada Flecha que temos, não nos pertence, estão conosco para que as lance, conforme o caminho a ser seguido; se caminhar por estradas escorregadias, daremos passos lentos e eficazes, se a jornada nos ofertar passagens largas, seremos rápidos e ágeis. Na chuva saciaremos nossa sede com cada gota que o céu deixar cair, reconheceremos ao chegar do inverno os limites físicos e apreciaremos os ventos, o frio e a poesia que trazem consigo, e se o tempo for ruim naquele dia, saberemos que é o momento do descanso e logo que melhore voltaremos a perseguir aquilo que muitos professam ser improvável, e nós, o nosso objetivo de sermos: MAIS QUE UM GRUPO, UMA FAMÍLIA, A NAÇÃO
14.
ANGELA VIVE
Sonho de poucas palavras, Somos de fato, Algo além da jornada, Jornada traçada por poucos, em milhares No sufoco, Na violência, Na estreita passagem O Angela conspira na cinzenta cidade, nas cores vermelha, marrom e verde, Conforme nos perdemos pelas suas extremidades! Angela sinônimo de sonhos Dignos em poder ir e vir, de cultuar nossas culturas, de estudar, Na pratica dos esportes e lazer O foco não pode ser a troca Que troca? Silencio para não os ofender com minha risada Na ironia do canto Que nos encanta Angela vive, Mesmo que nos matem... Mesmo que nos matem, ANGELA VIVE!