TFC - Envelhecimento ativo moradia para o idoso

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ENVELHECIMENTO ATIVO: MORADIA PARA O IDOSO

CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

RENATA SILVA VILELA

RIBEIRÃO PRETO 2016



ENVELHECIMENTO ATIVO: MORADIA PARA O IDOSO

Trabalho final de graduação apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do Prof. Me. ANDRÉ L. AVEZUM.

RIBEIRÃO PRETO 2016



AGRADECIMENTOS

As palavras me faltam ao final dessa jornada longa e cansativa. Mais não poderia despedir dela sem aqui deixar minha homenagem as pessoas que amo, e que de uma forma ou de outra fizeram parte dessa minha conquista. Pai, mãe, meus amores vocês são a luz que guia meu caminho, vocês são a força que me faz levantar e lutar todos os dias. Vocês são a inspiração que me desafiam a fazer diferente. Obrigada pelos ensinamentos! Aos meus amados irmãos, muito obrigada por acreditarem em mim e principalmente por me aturarem, me tornei mais difícil do que de costume. (Risadas) Marco Aurélio meu amor, meu amigo obrigado por não me deixar surtar, por manter minha calma e me fazer acreditar que seria capaz. À minha família linda, por sua capacidade de me apoiar e acreditar que eu poderia chegar ao fim dessa jornada. Em especial, minha Tia Lourdes, as minhas primas Caroline, Áuria, Valéria, Luciene e minha amiga Deise. Aos meus queridos Mestres toda gratidão pela generosidade em dividir seus conhecimentos comigo. Saudades eterna meu querido Chicó! André Avezum, meu querido orientador, obrigada pela ajuda, o carinho, a paciência e por confiar em minha capacidade. Aos meus novos amigos e colegas, adorei dividir esses 5 anos com vocês, faria tudo novamente. E não poderia terminar sem o meu muito obrigada as minhas lindas amigas Priscila Santos, Ingrid Santos, Marília Borelli, Miriã Martins, Camila Cavalieri e meus bonitos Gabriel Aukar e Higor Rocha que vou levar para vida. E a Deus nosso senhor, pela proteção!



SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.............................09 INTRODUÇÃO...............................11 CAPÍTULO I – Envelhecimento Ati..........15 CAPÍTULO II – O Desenho Universa.........25 CAPÍTULO III – Escolha da Área...........31 CAPÍTULO IV – Leitura Projetual..........41 CAPÍTULO V – Programa de Necessidade.....61 CAPÍTULO VI – Premissas Projetuais.......69 CAPÍTULO VII - O PRJOJETO................75 REFERÊNCIAS.............................107



APRESENTAÇÃO

O projeto se refere a importância da moradia do idoso ser implantada em um meio urbano consolidado, com o intuito de aproximar esse idoso e estimular seu convívio com o mundo. No Brasil existe uma cultura de um idoso dependente, isolado ou até mesmo abandonado. A proposta do projeto é reunir condições para que esse quadro se inverta, de forma a dar autonomia e dignidade a essa população que a cada ano se torna maior. O projeto está sendo proposto na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, no bairro Campos Elíseos, um dos mais antigos da cidade e com o segundo maior número de moradores idosos. A estrutura do projeto se desenvolveu a partir da escala da vizinhança, de uma topografia plana para a maior integração desse idoso. A implantação busca inserir um elemento que permita que seu morador transite entre o público, semi-público e o privado de maneira a agregar qualidade de vida, autonomia em comunhão com seu entorno. O projeto pretende com sua implantação aproximar os idosos da vizinhança, do bairro e traze-los de volta à ativa, de volta à cidade em um contexto de morador autônomo e usuário ativo do meio urbano. A Vila da Maturidade contará com 42 apartamentos, o convívio interno, ficará por conta da diversidade de atividades que serão oferecidas aos moradores e a comunidade no seu entorno proporcionando assim essa comunhão. Um jardim interno proporcionara conforto com segurança e atividades diversas. O projeto tem um perfil de abraçar seus moradores, mais sem o sufocar, permitindo que os mesmos possam ter acolhimento e envolvimento quando for de sua vontade. A Vila da Maturidade ainda vai oferecer alguns serviços cotidianos, saúde, e lazer e atividades em grupo para melhor cuidado desses idosos. Além de restaurante e serviço de uma nutricionista para atender seus moradores.

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Com a inserção desse idoso em uma comunidade que possui uma vasta gama de serviços, instituições, comércio, e um grande número de moradores de diferentes faixas etária, permitirá que seus laços com a comunidade se tornem fortes no sentido de trazer esse idoso a ativa novamente, não como instituições já existente, com a pratica de internamento, mais sim com a prática de dar a esse idoso um lar, acolhimento, aconchego, que o mantenha em atividade e em convívio com a sociedade.


INTRODUÇÃO

A população mundial cresce a cada dia. Segundo Camarano e Pasinato (2004) apud Schussel (2012), o rápido crescimento no número de idosos no mundo vem se apresentando como um fenômeno social e biológico sem precedente na história, e, ao mesmo tempo, representa uma das principais conquistas da humanidade no século XXI e se tornará um de seus principais desafios. Na sociedade brasileira não é diferente e nossa população idosa aumenta a cada ano. As estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,2014) mostram que somos aproximadamente 202 milhões de brasileiros, e que 26,1 milhões são de pessoas idosas. Baseados nessas estatísticas existem mudanças no aspecto da população, que “obrigam” gestores públicos, estudiosos e pesquisadores a fazerem uma avaliação do que está acontecendo nas políticas públicas e sociais, e dessa forma buscar desenvolver projetos que acolham toda essa população de idosos. O quadro que predomina no cenário do Brasil sobre o envelhecimento é do idoso dependente e vulnerável econômica, física e socialmente. Em contrapartida existem linhas de pensamento que prega o envelhecimento ativo como um processo de melhoramento da qualidade de vida, com saúde, segurança e participação ativa dessa população. Para dar seguimento a esse conceito, a Organização Mundial de Saúde (OMS ,2005) criou o programa “Cidade Amiga do Idoso” que sugere às cidades, infraestruturas urbanas, ações que permitem o bem estar e envelhecimento ativo. O fenômeno do envelhecimento populacional está sendo bastante debatido nos últimos anos e tem chamado a atenção de vários profissionais para a importância de buscar maneiras de melhorar a qualidade de vida, o convívio social, e sua independência. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU,2003) apud Schussel (2012), o plano internacional de ação sobre o envelhecimento, adotado nas assembleias sobre o envelhecimento populacional, a ONU, estabelece três objetivos principais e dois importantes no

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que se refere à moradia e condições de vida: a) O envelhecimento dentro da comunidade em que ele vive com preferências pessoais e a possibilidade de uma moradia acessível ao idoso; b) Promover a independência do idoso com moradia que promova a independência, considerando sua necessidade ou não de ajuda. A cidadania do idoso pode ser considerada um dos maiores avanços obtidos pela sociedade. Atualmente são muitos os mecanismos e meios de proteção da pessoa idosa, especialmente depois da aprovação do Estatuto do Idoso. (Cielo; Vaz 2009, p.33).

O interesse nesse assunto nos traz o questionamento, se essas leis estão sendo cumpridas, e como anda a vida desses idosos no Brasil? Como eles habitam? Como lhes é dado esse direito? Do ponto de vista da legislação, O Estatuto do Idoso, Capitulo IX, Da Habitação, em seus artigos 37 e 38, estabelece que: O idoso tem o direito de uma moradia com seus familiares diretos, ou substitutos, ou ainda desacompanhados de seus familiares se assim for de sua vontade. Nos programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso tem prioridade na aquisição de imóvel para sua própria moradia. É de suma importância conhecer quem é o idoso, suas necessidades e carências para verificar se as mesmas estão sendo supridas a contento e se as leis estão sendo cumpridas, propiciando uma etapa feliz e digna da vida de cada um. ” Segundo (Cielo; Vaz 2009, p. 46).

Considerando toda essa discussão mundial sobre o envelhecimento e nossa falta de costume em lidar com esse fato, é importante observar as novas questões discutidas e os conceitos apresentados para a melhor solução desse novo quadro que se apresenta atualmente. Pensando em resolver a questão do espaço que o idoso vive, a proposta é buscar um projeto que além de acessibilidade, conforto, traga também o espaço do convívio e a integração desse idoso. Observando o idoso, todas as discussões e o meio em que


ele vive, podemos perceber o descaso que se encontra em nossa sociedade. A proposta de uma moradia vai além do espaço físico. A proposta é projetar espaços para integrar o idoso a sociedade de forma ativa resgatando sua independência e dignidade, fazendo prevalecer seu envelhecimento ativo. Nossas leis conferem esse direito ao idoso, mais infelizmente ainda são muito precárias. Com esse projeto arquitetônico, o foco principal será o idoso e suas necessidades no habitar, circular, se socializar, e prover melhor bem estar e saúde. O projeto busca trazer uma leitura funcional, que traga aconchego, que convide seu morador idoso a receber a família e amigos, conviver em sociedade e viver na cidade. Que o convide a se tornar cada vez mais importante e ativo na nossa sociedade. O projeto será inserido em uma área com infraestrutura de comércio e serviços com o propósito de trazer o idoso participando ativamente dentro da sociedade local.

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CAPÍTULO I

O ENVELHECIMENTO ATIVO A terceira idade Segundo Griz; Amorim e Loureiro as alterações na organização dos espaços domésticos contemporâneos seguidas de mudanças sociais atuais e seu reflexo na composição e nas relações familiares. O espaço é pensado segundo a organização familiar, sem pensar no envelhecimento de seus membros. Novas estruturas familiares e novos personagens passam a compor o grupo doméstico – pais separados com filhos de diferentes uniões, casais sem filhos, casais de mesmo sexo, solteiros, acolhimento de idosos. O fato é que cada vez mais os arranjos familiares coexistem, mas a predominância de determinado arranjo nem sempre são ideais, em especial, com relação à população mais velha que integra esse grupo doméstico. Ao contrário de outros países, a família brasileira não vê com bons olhos a transferência de seus parentes para instituições de longa permanência para idosos. A decisão pela internação desse idoso é vista como um ato de abandono, além do fato de que tais instituições são vistas como um lugar de exclusão e isolamento ou, simplesmente, “um lugar para morrer”. Uma consequência dessa atitude é a baixa oferta de instituições de longa permanência que ofereça a esse idoso uma moradia digna. Esse preconceito da família brasileira soma-se ao fato da legislação brasileira estabelecer que a família é responsável pelo cuidado do idoso. A sensação de “abandono” desse idoso se dá por retirarem dele o “poder” de decisão, juntamente com a falta de instituições que faça valer seu direito como cidadão, que agregue esse idoso a sociedade e não recluso somente ao convívio doméstico. “Soma-se, ainda, o fato de a atual legislação brasileira estabelecer que a família é responsável pelo cuidado do idoso. Isso justifica, de certa forma, o fato de que 90% dos idosos brasileiros morem em casas particulares. ” (CAMARANO, 2007) apud GRIZ; AMORIM e LOUREIRO (2008).

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Segundo Chamowicz (1997), o estado, não venceu os desafios e nesse contexto de importantes desigualdades regionais e sociais, os idosos não encontram amparo adequado no sistema público de saúde e previdência, acabando por perder autonomia e qualidade de vida. A crescente demanda de uma população que envelhece, existe atualmente ou há perspectivas de oferta adequada de cuidados e serviços nas áreas de saúde e assistência social. No entanto, o contexto de desigualdade e a velocidade com que ocorrem estas transformações no Brasil apontam para uma complexidade crescente nas alternativas de atenção às necessidades desta nova estrutura etária emergente. A autonomia do idoso podem ser mais importantes que a própria questão da morbidade, pois se relacionam diretamente à qualidade de vida. As disparidades entre as condições sociais, econômicas e de saúde dos idosos indicam que, para um planejamento adequado, é fundamental identificar as demandas específicas de idosos residentes em regiões diversas e pertencentes a diferentes classes sociais. Garantir que continuarão sendo úteis e produtivos o maior tempo possível ao longo de suas vidas, exercendo atividades adequadas às suas potencialidades, é um direito que lhes deve ser assegurado pelo conjunto da sociedade e uma alternativa para a redução real do coeficiente de dependência.

O idoso na sociedade Brasileira Em 2000, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas com 60 anos ou mais era de 14.536.029, contra 10.722.705 em 1991. Esse crescimento traz a consciência da existência da velhice como uma questão social. Questão esta que pede grande atenção, pois está diretamente relacionada com crise de identidade; mudança de papéis; aposentadoria; perdas diversas e diminuição dos contatos sociais. Esses dados retratam uma realidade preocupante na vida dos idosos


que é: o envelhecimento sem qualidade e a carência no aspecto político e social que deem suporte para um envelhecimento saudável. Todos os seres vivos são regidos por um determinismo biológico e sendo assim, o envelhecimento envolve processos que implicam na diminuição gradativa da possibilidade de sobrevivência, acompanhada por alterações regulares na aparência, no comportamento, na experiência e nos papéis sociais. Segundo Mendes; Gusmão; Faro e Leite (2005) diante dessa visão, o envelhecimento é entendido como parte integrante e fundamental no curso de vida de cada indivíduo. As tensões psicológicas e sociais podem apressar as deteriorações associadas ao processo de envelhecimento. Percebe-se no indivíduo que envelhece uma interação maior entre os estados psicológicos e sociais refletidos na sua adaptação às mudanças. A habilidade pessoal de se envolver, de encontrar significado para viver, provavelmente influencia as transformações biológicas e de saúde que ocorrem no tempo da velhice. Assim, o envelhecimento é decisivamente afetado pelo estado de espírito, muito embora dele não dependa para se processar. Neste aspecto destacamos a aposentadoria, momento em que o indivíduo se distancia da vida produtiva. Na vida do homem, a aposentadoria muitas vezes acontece como uma descontinuidade. Há uma ruptura com o passado, o homem deve ajustarse a uma nova condição que lhe traz certas vantagens, como o descanso, lazer, mas também graves desvantagens como desvalorização e desqualificação. A aposentadoria foi concebida como uma instituição social, assegurando aos indivíduos renda permanente até a morte, correspondendo a crescente necessidade de segurança individual que marca as sociedades da nossa época. Os estudos sobre a aposentadoria revelam que, é comum o idoso entrar em crise. A retirada da vida de competição, a autoestima e a sensação de ser útil se reduzem. No início a maioria dos idosos se sentem satisfeitos, pois lhe parece ser muito bom poder descansar. Aos poucos, descobrem que sua vida se tornou inútil. Nessa descoberta observamos o verdadeiro problema, sua marginalização, e muitas vezes o seu isolamento do mundo. Percebendo que ninguém precisa dele por ele estar isolado

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e excluído da sociedade, ele se torna cada dia mais angustiado dificultando assim o seu convívio em sociedade. O idoso também enfrenta uma queda do nível de renda que, por sua vez, afeta a qualidade de vida bem como a saúde. Quanto a se manter ou até se reinserir no mercado de trabalho, notamos que o progresso tecnológico gera dificuldade da parte do idoso em compreensão e manuseio o incapacitando se manter produtivo. A integração e participação dos idosos na sociedade, como instrumento de direito próprio de cidadania, sendo considerada população idosa o conjunto de indivíduos com 60 anos.

A Lei nº 8.842/94 criou o Conselho Nacional do Idoso, responsável pela viabilização do convívio, integração e ocupação do idoso na sociedade, através, inclusive, da sua participação na formulação das políticas públicas, projetos e planos destinados à sua faixa etária. Conselho Nacional do Idoso (1994) apud Mendes; Gusmão; Faro e Leite (2005, p. 425)

As políticas públicas governamentais têm procurado implementar modalidades de atendimento aos idosos tais como, Centros de Convivência e os Centros Dia ou Centros de Cuidados Diurno – espaço destinado à prática de atividade física, cultural, educativa, social e de lazer, como forma de estimular sua participação no contexto social que se está inserido. Mais ainda é necessário se construir espaços para essa geração madura, que pode e continuará ativa. No contexto atual, os cidadãos precisam mudar a maneira de agir perante os idosos. Ainda é muito precária a atuação governamental efetiva, voltada para este segmento da população. Sabe-se que até mesmo as iniciativas de caráter privado estão mais direcionadas para o assistencialismo, isso acaba afastando o idoso favorecendo seu isolamento da sociedade a qual pertence. Tanto a família como a comunidade deve ter destaque na criação de uma estrutura, um novo caminho para esse idoso, bem como proporcionar caminhos para que ele possa tomar com segurança a decisão de estar ativo na sociedade. Em todas as fases da vida a família exerce uma importância fundamental


no fortalecimento das relações, embora muitas vezes a família tenha dificuldades em aceitar e entender o envelhecimento de um ente, tornando o relacionamento familiar mais difícil. Esse idoso acaba tornando-se cada vez mais dependente. O idoso necessita estar engajado em atividades que o façam sentir-se útil. A atividade em grupo é uma forma de manter o indivíduo engajado socialmente, onde a relação com outras pessoas contribui de forma significativa em sua qualidade de vida. A imposição de padrões estéticos de produtividade e de socialização aponta para a exclusão do idoso e é por meio da compreensão das necessidades desse idoso que devemos almejar a vida longa, mais com uma melhor qualidade de vida. As modalidades do tipo de atendimentos Segundo Queiroz (2010), existem várias modalidades de atendimentos não-asilar, ou se caracterizam pelo fato de os idosos passarem apenas parte do seu dia fora de sua residência, ou caso não residam mais com suas famílias ainda possam manter um ambiente familiar como nos casos das Repúblicas de Idosos, Casa Lar ou Família Acolhedora. Estas modalidades sem regime de internato têm como objetivo dar suporte às famílias que possuem idosos com dependência ou não, de forma que os idosos continuem inseridos nos seus lares, na sua comunidade, em ambiente familiar não necessitando recorrer à institucionalização. Existem diversas modalidades de atendimento não-asilar com o intuito de atender as diferentes demandas dos idosos. São elas: Os Centros de Convivência para Idosos tem como objetivo oferecer apoio social, de forma diurna, com a conservação do idoso em seu meio familiar. De acordo com Domingos & Menezes (2005) apud Queiroz (2010) a lógica dos Centros de Convivência tem na grupalidade a medida para o fortalecimento da autodeterminação, contribuindo para a autonomia, o envelhecimento saudável, a prevenção do isolamento social e o exercício da cidadania. Os Centros de Convivência para Idosos possuem espaços planejados para os idosos e seus familiares, com atividades de convívio e recreio que visam

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diminuir o isolamento social, aumentar o apoio social, bem como as relações intergeracionais. Realizam um trabalho preventivo com os idosos, com o intuito de difundir conhecimentos geriátricos sobre a saúde, procurando fazer as pessoas idosas permanecerem ativas. Outro papel dos centros é o de buscar a promoção do sujeito idoso através do desenvolvimento de sua cidadania. Os Centros Dia são entendidos como um conjunto de serviços que visam a manutenção dos idosos no meio familiar, eles prestam serviço de apoio à família que durante o dia oferece atenção às necessidades básicas, terapêuticas e socioculturais dos idosos, com diferentes graus de dependência, visando promover sua autonomia e manutenção em sua residência atual. O atendimento se dá em oito horas por dia, sendo prestados serviços de atenção à saúde, fisioterapia, apoio psicológico, atividades ocupacionais, lazer e outros, de acordo com as necessidades dos usuários. O Centro Dia possui como finalidade reabilitar o idoso, segundo Quaresma (1996, como citado em Marques e Calheiros, 2006) apud Queiroz (2010) seus objetivos são: A prestação de serviços que satisfaçam necessidades básicas, pondo à disposição das pessoas idosas as diferentes formas de ajuda adequadas à sua situação, reuniões de relações interpessoais ao nível dos idosos com diferentes grupos etários, a fim de evitar o isolamento, e apoio direto às famílias das pessoas idosas, permitindo proporcionar um espaço formativo e de apoio às suas atividades na relação com o familiar idoso. O Hospital-Dia Geriátrico consiste no atendimento aos idosos com quadros de agravos à saúde que necessitem de cuidados, orientação terapêutica e reabilitação com possibilidade de volta ao convívio familiar. De acordo com o Ministério da Saúde (Portaria nº. 2.414, de 23 de março de 1998) as características do hospital dia são: Parágrafo 1º - O Hospital-Dia Geriátrico possui uma estrutura assistencial visto que os idosos são enviados para realizarem ou complementarem tratamentos médicos, terapêuticas, fisioterápicos ou de reabilitação que seriam de estadia


prolongada em Hospital Geral ou também com a finalidade de evitar uma internação com fins exclusivamente terapêuticas. Parágrafo 2º - O objetivo do Hospital-Dia Geriátrico é cuidar do paciente idoso durante todo o dia, com a finalidade de mantê-lo em seu microambiente, sem necessidade de hospitalizá-lo, facilitando sua permanência no domicílio nos momentos difíceis, que por alterações biopsicossociais se toma perigosa sua estadia no lar, onde não há um apoio familiar contínuo. A Casa Lar de Idosos, de acordo com a Portaria nº. 2.874, de 30 de agosto de 2000 (Ministério da Previdência e Assistência Social), é uma modalidade de atendimento que é uma alternativa de residência para pequenos grupos, de no máximo oito idosos, com mobiliário adequado e pessoa habilitada para apoio às necessidades diárias do idoso. Destina-se principalmente aos idosos que apresentem algum tipo de dependência e que não podem receber cuidados em sua casa. Este tipo de residência para idosos possui o intuito de oferecer atendimento a grupos menores de idosos, mantendo assim um ambiente familiar. A Residência em República de Idosos é uma importante alternativa de residência para idosos independentes, também organizada em pequenos grupos, conforme o número de usuários, e cofinanciada com recursos da aposentadoria, benefício de prestação continuada, renda mensal vitalícia e outras. Em alguns casos a República pode ser viabilizada em sistema de autogestão (Portaria nº. 2.874, de 30 de agosto de 2000, Ministério da Previdência e Assistência Social). A Família Acolhedora é um atendimento em famílias cadastradas e capacitadas para oferecer abrigo às pessoas idosas em situação de abandono, sem família ou impossibilitadas de conviver com suas famílias (Portaria nº. 2.874, de 30 de agosto de 2000, Ministério da Previdência e Assistência Social). Oficina Abrigada de Trabalho, de acordo com o Decreto N. 1.948 – de 3 de julho de 1996, é um local destinado ao desenvolvimento, pelos idosos, de atividades produtivas,

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proporcionando-lhes oportunidade de elevar sua renda, sendo regida por normas específicas. O Atendimento Domiciliar: é o serviço prestado ao idoso que vive só e seja dependente, a fim de suprir suas necessidades de vida diária. Esse serviço é prestado em seu próprio lar, por profissionais da área de saúde ou por pessoas da própria comunidade (Decreto N. 1.948 – de 3 de julho de 1996). Do ponto de vista legal as modalidades de atendimento não asilar para idosos devem ser priorizadas, uma vez que, além de serem menos onerosas, garantem a inserção do idoso na sociedade e na família e permitem o desenvolvimento da autonomia e independência. Tal posição fica clara na PNI – Lei 8.842 de 4 de janeiro de 1994, no artigo 4º, inciso 3, que prevê a priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam condições que garantam sua própria sobrevivência, assim como estabelecem a Constituição de 1988 e o Estatuto do Idoso. As modalidades de atendimento ao idoso que seguem o modelo asilar são definidas pelo Decreto nº 1.948, de 03 de julho de 1996, artigo 3°, como o atendimento, em regime de internato, ao idoso sem vínculo familiar ou sem condições de prover a própria subsistência, de modo a satisfazer as suas necessidades de moradia, alimentação, saúde e convivência social.

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CAPÍTULO II

O DESENHO UNIVERSAL O Desenho Universal no espaço para o idoso. Segundo Tomasini e Alves (2006), atualmente, não se dispõe de um levantamento detalhado sobre o idoso institucionalizado no Brasil, masse julgarmos pelas projeções das estatísticas que apontam o aumento do número de idosos, pode-se prever o aumento do número de instituições de longa permanência. Por outro lado, sabemos que a institucionalização costuma trazer uma serie de prejuízos aos idosos, tais como perdas de autonomia, identidade e a segregação geracional. Essa nova realidade deve nos fazer refletir sobre novos papeis a serem desenvolvidos pelas instituições de longa permanência, não somente com a preocupação de reduzir os prejuízos, mas promover qualidade de vida e o desenvolvimento pessoal de seus moradores. É necessário repensar esses locais no sentido de garantir resultados favoráveis ao envelhecimento ativo. Não se pode falar de idosos institucionalizados sem antes fazer referências a imagens negativas frequentemente associadas a entidades que os abrigam, para as quais a denominação popular asilo continua a prevalecer. Segundo Tomasini e Alves (2006) apud Born e Boechat (2002, p. 768).

Atualmente, podemos observar que algumas instituições têm passado por modificações significativas, organizando-se com equipes de diferentes áreas do conhecimento que interagem de forma interdisciplinar. Podemos citar alguns profissionais como, médicos, assistentes sociais, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, arquitetos e outros. A permanência do idoso em sua própria casa ou apartamento, sem dúvida, corresponde à melhor alternativa de moradia no sentido

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de se estimular a continuação de uma vida saudável, ativa e independente na terceira idade. Se analisarmos as estatísticas quanto ao envelhecimento e aumento da longevidade da população brasileira, acredita-se que cada vez mais essa demanda por moradias para idosos tende a aumentar nas próximas décadas. Para que os idosos possam atingir uma velhice mais satisfatória, a sociedade precisa oferecer condições ambientais adaptadas às condições desse idoso, dando condições para seu envelhecimento bemsucedido, tornando-o mais independentes. Segundo Barbosa (2015) paralelamente à permanecia do idoso numa instituição de longa permanência, a moradia do idoso tem sido tema incorporado nas várias linhas de pesquisa que busca atender as novas exigências desse mundo que envelhece. As consequências do envelhecimento populacional repercutem na área da construção civil. Arquitetos e Urbanistas, designer de interiores também estão se adequando a essa nova demanda populacional, afim de responder positivamente aos anseios dos idosos, contribuindo com um projeto arquitetônico mais humano, atingindo o maior número de pessoas possível, a preocupação do arquiteto é prover a satisfação do usuário, promovendo o conforto, segurança e bem-estar. A arquitetura no Brasil passa por um período de marcantes alterações que podem ser observadas nas normas técnicas, na concepção arquitetônica e construções de modo geral. Segundo a ABNT de acessibilidade, NBR 9050 é uma norma extensa que define aspectos relacionados às condições de acessibilidade no meio urbano. Estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construções, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade (inclusão), indicando especificações que visam proporcionar à maior quantidade possível de pessoas independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade a utilização segura do ambiente ou equipamento. Porém a norma é um trabalho em evolução e não um produto acabado, razão pela qual se faz necessário avaliar as condições ambientais para verificar o atendimento as necessidades das pessoas com deficiências. Entre os pressupostos


adotados foram empregadas: acessibilidade, desenho universal, barreira arquitetônica e tecnologia assistida. Além disso, a norma ressalta: dimensão do módulo de referência da cadeira de rodas (incluindo a área necessária para sua manobra), referências para alcance manual e visual, formas de comunicação e sinalização horizontal e vertical, como é o caso da implantação do piso tátil e o Braille, dimensionamento de circulação, rampas e escadas, características de piso, especificações de equipamentos eletrônicos como elevador, plataforma elevatória para percurso vertical e inclinado e esteira rolante horizontal e inclinada, estacionamentos e também banheiros. Seria então injusto afirmar que na arquitetura contemporânea nada fez em prol do conforto, do bem-estar e da inclusão social, entretanto, o caminho da chamada arquitetura inclusiva ainda é bastante longo. No estudo da arquitetura inclusiva é de fundamental importância que sejam consideradas a avaliação da percepção, conforto ambiental e a acessibilidade nos espaços construídos. Para tanto é necessário conhecer a definição deste termo. Segundo Campos (2013) “O Design Universal” é um novo paradigma que surgiu dos conceitos de “barrier-free”, “accessible design” e “assistive technology”. A ideia é que os ambientes forneçam um nível adequado de acessibilidade inclusive às pessoas não totalmente aptas, com limitações físicas, temporárias ou definitivas, mas que não podem ser separadas ou estigmatizadas por isto. À medida em que a expectativa de vida aumenta, devido aos progressos da medicina e à melhoria da qualidade de vida, há um crescente interesse no Design Universal. Mesmo sem que muitos percebam, o Design Universal já faz parte da vida cotidiana. Um exemplo: na informática o comando “Desfazer” existente em todos os programas é uma forma de inclusão, e na Arquitetura os exemplos são muitos. Faixas com textura diferenciada no piso orientam aqueles com deficiência visual, os mictórios e cabines telefônicas para pessoas baixas ou em cadeira de rodas, rampas para acesso nas calçadas e nos edifícios, são todos itens do Design Universal que, felizmente, começaram a ser incorporados nas edificações. Em nosso atual

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ambiente, não encontramos com facilidade residências que possuam ambientes propícios à segurança e a comodidade de pessoas idosas. Não se costuma planejar um imóvel pensando no envelhecimento, o que acontece posteriormente são adaptações, que na grande maioria das vezes são insatisfatórias. O princípio do desenho universal facilita o uso de tudo, por todos. A meta é conseguir projetar um espaço que consiga: - Uso igualitário - Flexibilidade de uso - Uso simples e intuitivo - Informações facilmente perceptíveis - Baixo esforço físico - Tamanho e espaço adequados ao uso pelos idosos e deficientes. Na prática, estas ideias se transformam em coisas como: - Superfícies suaves nas entradas, sem escadas; - Portas e corredores internos mais largos; - Alavancas para abertura de porta, nada de botões redondos; - Botões nos painéis de controle que podem ser distinguidos pelo tato - Iluminação apropriada para cada área. - Placas de instruções com tamanho de letra adequado à quem não enxerga bem; - Uso de símbolos (ícones) ao lado das etiquetas com texto; - Linhas de visão e texturas bem demarcadas ao longo dos caminhos; - Rampa de acesso dentro das piscinas, para fácil saída; A lista é longa. Segundo Barbosa (2015) no caminhar desta grande conquista que é a arquitetura inclusiva, a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) revisou recentemente suas recomendações para fins técnicos de dimensionamento dos espaços ampliando a abordagem da acessibilidade. A revisão da NBR 9050, norma técnica para projetos arquitetônicos e urbanos, demonstra uma maior conscientização da importância da inclusão social, entretanto, para que os resultados sejam positivos, é necessário que haja, também, a devida aplicação e fiscalização destas recomendações registradas na norma, bem como um planejamento municipal


de acessibilidade. Para uma arquitetura inclusiva é fundamental ter conforto ambiental e acessibilidade nos espaços construídos. A definição desses termos são: A c e s s i b i l i d a d e A acessibilidade almejada visa atender a todas as pessoas nos diversos tipos de edificações, independentemente de suas condições físicas, limitadas ou fora do “padrão” estabelecido por uma escala humana desejável. As habitações para idosos é uma delas, e deve ser planejada de modo a possibilitar o deslocamento com segurança, possibilitando assim o idoso a participar efetivamente das atividades. Numa conceituação mais técnica, o termo acessibilidade é definido como “a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos”. ABNT NBR 9050 (2015). Conforto A adequação dos espaços à diversidade humana, a fim de se incorporar os princípios da equidade dos direitos de participação de todos, não é uma tarefa fácil, considerando que não foi nem ao menos considerada nas décadas anteriores. Vivemos cercados por obstáculos dificultando nossa circulação. Além de barreiras econômicas, o homem ainda enfrenta as barreiras do preconceito, tão difíceis de serem superadas. A arquitetura mundial, e principalmente a arquitetura no Brasil, vive hoje num período de grandes desafios, conduzindo o arquiteto ao aprimoramento profissional, à percepção da diversidade humana, à interpretação de um todo e ao uso da sua criatividade para superar e encontrar soluções. O conforto ambiental, nos ambientes construídos contribui para o bem-estar, saúde física, equilíbrio mental e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. O conforto do idoso é abordado genericamente sob o ponto de vista hidrotérmico, relativo a satisfação do homem com as condições de umidade e temperatura ambiente; lumínico, resultado da luminosidade local; acústico, com respeito à qualidade sonora, minimizando ruídos e ecos; e antropodinâmico, que se refere aos movimentos requeridos pelas diversas atividades humanas.

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CAPÍTULO III

ESCOLHA DA ÁREA A área de implantação do projeto está localizada no Bairro Campos Elíseos, no quarteirão atrás da Avenida Saudade. Fica localizada entre as ruas, Paraíba, Patrocínio e Conde Francisco Matarazzo, na Cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo. O bairro também possui uma topografia plana, importante para locomoção dos idosos.

CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

Fonte:google mapas. Imagem 1, criada pela aluna Renata Vilela.

O bairro Campos Elíseos é um dos mais antigos da cidade de Ribeirão Preto e possui uma população idoso considerável, por isso a escolha do bairro.

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BAIRRO CAMPOS ELÍSEOS

Fonte:google mapas. Imagem 2, criada pela aluna Renata Vilela.

O bairro ainda possui uma variedade de serviços, instituições e comércios na escala da vizinhança, que são de suma importantes na integração dos idosos, além de facilitar sua independência e cotidiano. Um bairro com diferentes faixas etárias e fácil locomoção tanto pelas ruas do bairro com no uso do transporte público e até mesmo algumas linhas de ônibus para cidades vizinhas, além de comodidade o fará se sentir acolhido a cidade, a comunidade, mantendo esse idoso ativo e interativo ao meio em que vive.


ÁREA DE INTERVENÇÃO

Fonte:google mapas. Imagem 3, criada pela aluna Renata Vilela.

A topografia do lote escolhido é quase inexistente. Na área de implantação há somente uma curva. A área possui um desnível de 0,70cm apenas, proporcionando um projeto com acessibilidade favorável. O lote possui uma área de 5477.3687 metros, e um perímetro de 305.8991.

[35]


TOPOGRAFIA E DESNÍVEIS

Área:5477.3687 Perímetro:305.8991

Fonte:google mapas. Imagem 4, criada pela aluna Renata Vilela.

FIGURA FUNDO

Fonte:Mapa em Autocad. Imagem 5, criada pela aluna Renata Vilela.

Os campos Elíseos é um bairro tradicional de Ribeirão Preto com muitas construções, sua grande maioria de pequenas casas.


GABARITO

Fonte:Mapa em Autocad. Imagem 6, criada pela aluna Renata Vilela.

O gabarito do entorno é composto por residências com até 2 pavimentos com a altura de até 9 metros, possibilitando assim um projeto com aproveitamento da luminosidade. A legislação exige que os imóveis possuam cinco (5) metros de recuo frontais e dois (2) metros de fundo, a fachadas pode-se encostar de um (1) dos lados, o outro lado deve ter um metro e meio (1,5) com janelas acima de um metro e oitenta de altura (1,80), e dois metros (2) em caso de janelas de dormitórios.

[37]


GABARITO

Fonte:Mapa em Autocad. Imagem 7, criada pela aluna Renata Vilela.

O mapa mostra uma grande concentração de comércio e algumas áreas institucionais na Avenida da Saudade que é a mais movimentada. Os estabelecimentos que prestam serviços já são mais distribuídos ao longo do bairro. O bairro apesar de ser bem ocupado possui uma quantidade considerável de áreas sem uso, casas abandonadas e vazios, o que causa no bairro espaços hostis, e muitas vezes acaba sendo ocupado por lixo, entulho, moradores de rua e usuários de droga, causando um pouco de insegurança. As residências são em número maior quando se adentra mais no bairro. A área não possui muitas praças, e é carente de arborização.


MAPA DE FLUXO VIÁRIO

Fonte:Mapa em Autocad. Imagem 8, criada pela aluna Renata Vilela.

A Avenida da Saudade é entrada para muitos visitantes e trabalhadores que chegam de outros bairros e cidades vizinhas de Ribeirão Preto, também possui um comercio muito forte, além de muitos equipamentos e instituições. A Avenida São Paulo distribui esse fluxo e leva também a saída de Ribeirão Preto. A avenida também possui um grande número de comércios e alguns equipamentos e instituições. E serve como passagem para pessoas que pretendem acessar a Avenida Brasil e a saída de Ribeirão Preto. A Rua Patrocínio e a Rua José de Alencar, fazem o papel de distribuidora do fluxo dentro do bairro e passagem para outros bairros. A Rua Patrocínio leva a Rua Luiz Barreto, uma arterial importante que marca os limites dos Campos Elíseos. As Ruas locais possuem um fluxo apenas para suprir as necessidades do bairro e locomoção dos moradores. E as Travessas apenas para seus moradores e visitantes.

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MAPA DE FLUXO VIÁRIO - INTENSIDADE

Fonte:Mapa em Autocad. Imagem 9, criada pela aluna Renata Vilela.

O fluxo alto de carros ocorre na Avenida da Saudade. A área escolhida é margeada por três ruas. As Ruas Paraíba e Patrocínio, possuem fluxo médio. A terceira rua é a Conde Francisco Matarazzo, que possui fluxo baixo. Todas essas informações foram levadas em conta para a escolha da área de implantação da Villa da Maturidade, já que o objetivo é fazer com que os idosos estejam inseridos no bairro e possam ter uma vida ativa juntamente com a comunidade do bairro.


O bairro possui uma variedade de serviços, instituições e comércio na escala da vizinhança, importante na integração desses idosos facilitando sua independência, sua vida cotidiana. O transporte público possui pontos ao redor da área escolhida. O bairro Campos Elíseos é um dos mais antigos da cidade de Ribeirão Preto e possui uma população idoso considerável, por isso a escolha do bairro.

MAPA DE EQUIPAMENTO

Fonte:Google Mapa. Imagem 10, criada pela aluna Renata Vilela.

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CAPÍTULO IV

LEITURA PROJETUAL Lar de idosos em Parafita, Portugal Arquitetos: Grupo Iperforma Localização: Largo da Igreja, Perafita, Portugal Área:3515.0m²

4455-469

Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 1.

Este projeto refere-se a um Lar de Idosos dimensionado para cerca de 60 unidades em Perafita (Porto, Portugal). Foi inserido no Centro Social e Paroquial Padre Ângelo Ferreira Pinto, junto à igreja local. Constituído por dois edifícios interligados ao nível do piso superior através de um corpo metálico e envidraçado, o projeto foi pensado de forma a propiciar uma correta distribuição de funções ao longo dos diferentes pisos, estabelecendo uma independência de circuitos entre funcionários de apoio a diversos serviços, e entre os moradores, visitantes e técnicos administrativos.

[43]


IMPLANTAÇÃO

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 11, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.

No edifício principal concentram-se espaços sociais como a recepção, sala de convívio e atividades, cantina e cozinha, gabinete médico e gabinete de enfermagem, salas de reuniões e gabinetes administrativos, balneário e vestiário para funcionários, lavandaria ou ainda cabeleireiro.


PLANTA TÉRREA

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 12, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.

LEGENDA CIRCULAÇÃO ATIVIDADES E LAZER SAÚDE SERVIÇO

[45]


Os 40 quartos (duplos ou individuais) distribuem-se pelo piso superior de ambos os edifícios. PLANTA SUPERIOR

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 13, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.

LEGENDA CIRCULAÇÃO ATIVIDADES E LAZER SAÚDE MORADIA


Os espaços possuem cores e números grandes para melhor identificação dos idosos.

Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 2.

Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 3.

[47]


O edifício secundário é elevado a partir do solo, criando um espaço ideal de lazer para os moradores em dias de chuva, ou servindo como complemento à área de estacionamento. O material usado é metal, concreto e vidro. CORTE

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 14, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.

LEGENDA CIRCULAÇÃO ATIVIDADES E LAZER SAÚDE SERVIÇO

FACHADA

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 15, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.


Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 4.

O projeto Lar de Idosos em Perafita, Portugal, e formado por dois blocos que possibilita a circulação, no primeiro piso e no piso superior por via de uma passarela criada entre os blocos, essa divisão possibilita a circulação de seus moradores em ambos andares. O uso da comunicação visual foi a forma encontrada pelos arquitetos para trazer dinâmica e utiliza-se de números e cores para melhor entendimento de seus moradores, além de espaços de convivência interna e externa, proporcionando o convívio de seus moradores.

Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 5.

[49]



Lar dos idosos Peter Rosegger Arquitetos: Dietger Wissounig Architekten Localização: Graz, Áustria Ano do projeto: 2014

Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 6.

O projeto lar da terceira idade possui dois pavimentos. O térreo foi instalado em um antigo pavilhão que se eleva em uma parte da cidade com um ambiente urbano bastante diverso. O lar é compacto e possui formato de quadrado, com cortes assimétricos que servem para dividir a Casa em seu conceito espacial de oito habitações de comunidades, quatro em cada pavimento. Estão agrupados em torno de um pátio central que se alonga de uma das laterais à outra do primeiro pavimento e é parte de um terraço coberto. Existe também uma área de estar central na forma de um átrio "jardim climatizado de dois pavimentos. As fachadas relativamente fechadas dos níveis superiores são revestidas com madeira sem tratamento.

[51]


Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 7.

As habitações dos residentes abrigam uma certa novidade. Desde o entorno familiar de um pequeno apartamento com uma sala de estar e dormitório e a criação de um flat de atenção residencial que consiste numa pequena sala com janela, com um dormitório e um banheiro, necessitando um pouco mais de espaço que os outros flats padrões. O posicionamento da área de estar central permite um fácil acesso para os residentes e funcionários. Os materiais naturais, assim como a luz natural que entra pelo teto do átrio criam espaços compartilhados e facilmente navegáveis. A distribuição das unidades residenciais permite aos residentes mais hiperativos caminhar pelo edifício sem encontrar obstáculos importantes.


Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 8.

No projeto da casa, a arquitetura cria um fundo que traz calma e estabilidade à vida no lar. Por trás do desenho flexível encontrase uma construção muito funcional com normas de habitações passivas e tecnologias atuais.

Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 9.

[53]


PLANTA TÉRREA

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 16, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.

LEGENDA CIRCULAÇÃO ATIVIDADES E LAZER MORADIA SERVIÇO


O projeto Lar de Idosos Peter Rosegger em Graz, Áustria, traz um átrio “jardim interno” que é o centro da edificação. Além disso cada complexo possui seu próprio jardim e proporciona o encontro de seus moradores. Os apartamentos têm todos seus banheiros adaptados, a luz natural foi muito utilizada pelo arquiteto dentro dos quartos e principalmente em seus jardins. Com o uso das tecnologias atuais com desenho flexível e materiais naturais como madeira o ambiente ficou leve e aconchegante, e com uma luz natural aplicada a favor do projeto trazendo alegria para os ambientes.

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 17, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.

LEGENDA CIRCULAÇÃO ATIVIDADES E LAZER MORADIA

[55]



Casa para terceira idade Arquitetos: MVRDV Localização: Amsterdã, Holanda Ano do Projeto:1997

Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 10.

O Wozoko foi construído para suprir a uma população especifica da Holanda. O projeto é de um jovem escritório de arquitetos holandeses, o MVRDV, que deu resposta ao problema de grande densidade populacional da Holanda. Esse projeto em especifico é de apartamentos para idosos e apresenta 100 unidades. As unidades foram construídas numa área de Amsterdã que estava ameaçada pela perda de área verde. O escritório MVRDV calculou que apenas 87 das 100 unidades propostas caberiam na área determinada seguindo as normas de iluminação natural. A partir disso surgiu

[57]


a ideia de suspender em balanço as unidades restantes. A estrutura é ocultada dentro do bloco principal sob um revestimento em madeira que cria um senso de instabilidade entre as conexões das finas paredes da fachada. CORTES

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 18, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 19, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.

LEGENDA CIRCULAÇÃO ATIVIDADES E LAZER MORADIA SERVIÇO


PLANTA TÉRREA

PRIMEIRO PAVIMENTO

SEGUNDO PAVIMENTO

TERCEIRO PAVIMENTO

QUARTO PAVIMENTO

QUINTO PAVIMENTO

SEXTO PAVIMENTO

SÉTIMO PAVIMENTO

OITAVO PAVIMENTO

Fonte: Revista eletrônica Archdaily, Imagem 20, legenda criada pela aluna, Renata Vilela.

[59]


Fonte: Revista eletrĂ´nica Archdaily. Foto 11.


O Wozoco, é um condomínio para idosos na Holanda. O espaço foi aproveitado ao máximo, com a criação de “gavetas”, com essa soluçao o projeto teve aumento de sua metragem, sem sair da área designada à construçao. Toda a circulação é feita internamente, e todos os apartamentos tem vista para a cidade. O térreo teve uma de suas partes elevadas, criando assim um areas de circulação, convívio e envolvimento com a comunidade.

Fonte: Revista eletrônica Archdaily. Foto 12.

[61]



CAPÍTULO V

PROGRAMA DE NECESSIDADES O programa de necessidades foi desenvolvido a partir de estudos Projetuais aplicados nos três exemplos apesentados anteriormente. Com o aumento da população idosa a cada ano, a proposta é oferecer um projeto que proporcione o envelhecimento ativo dessas pessoas. O desenvolvimento do projeto será realizado com o máximo flexibilidade e integração entre os ambientes e seu entorno. E terá 42 apartamentos, cada apartamento terá 56,90 M ².

DIVISÃO FUNCIONAL O projeto será dividido em setores de acordo com as atividades que serão desenvolvidas mais ainda sim terão integração entre si. 1 ADMINISTRAÇÃO -

Recepção / hall Banheiro sem- público Secretaria Sala de reuniões Almoxarifado Copa Banheiro do administrativo

2 SAÚDE -

Pronto atendimento Consultório Farmácia Área de descanso para enfermeiros Banheiro

3 HABITAÇÃO -

Quartos Banheiro Cozinha Sala de jantar Sacada

[63]


4 SERVIÇOS - Apartamento do zelador - Carga e descarga de materiais - Cozinha - Despensa de alimentos - Refeitório - Banheiros - Lavanderia comunitária - Depósito de material de limpeza - Deposito da manutenção - Vestiário dos funcionários - Guarita - Estacionamento - DEPOSITO LIXO - Gerador - Caixa d’água -Reservatório 5 ATIVIDADES E LAZER - Salão para atividades múltiplas - Sala de informática e biblioteca - Área de ginástica - Banheiros - Sala de terapia ocupacional e aulas diversas - Área de meditação e relaxamento. - Cabelereiro, manicure, pedicura PRÉ-DIMENSIONAMENTO Cada espaço e suas funções e a área de ocupação mínima, tudo segundo o código de Obras da cidade de Ribeirão Preto.


[65]



ORGANOGRAMA

FLUXOGRAMA

[67]



[69]



CAPÍTULO VI

Justificativa do Projeto O projeto pretende resgatar a cidadania, dignidade e vida social do idoso. Para isso o uso do espaço será levado a seu extremo, buscando harmonia entre o projeto, comunidade e seus futuros moradores. O conceito de intervalo é a chave para eliminar a divisão entre áreas com diferentes demarcações territoriais. A questão está, portanto, em criar espaços intermediários que, embora do ponto de vista administrativo possam pertencer quer domínio público quer ao privado, seja igualmente acessível para ambos os lados, isto é, quando é inteiramente aceitável, para ambos os lados, que o “outro” também possa usá-lo. (Hertzberger, 1999, p. 40)

A implantação terá a preocupação com o bem-estar, convívio, acessibilidade e principalmente em proporcionar a seus moradores um envelhecimento ativo e digno, com sua inserção em uma comunidade que possui equipamentos na escala da vizinhança. Desta forma o isolamento será nulo, por que a implantação proporcionara uma camada de envolvimento com a comunidade com espaços intermediários entre público, semi-público e privado, que dará a opção a seus moradores de relacionar-se com a comunidade ou se recolher se for assim de sua vontade. A área escolhida o bairro Campos Elíseos é um dos mais antigos de Ribeirão Preto e com topografia mais plana. O terreno possui um desnível de apenas 70 centímetros, que proporciona um projeto totalmente acessível. Além de possuir um fluxo de carros de médio para baixo, possibilitando que seus moradores usufruam de todos os serviços, comércio e equipamentos existentes na área, que se desenvolveu pensando na escala da vizinhança. A leitura projetual e o levantamento foram essenciais para essa escolha. O projeto se desenvolverá de fora

[71]


para dentro. Com calçadas de 3 metros e arborização que trará sombra e conforto térmico, juntamente com faixas de pedestres elevadas, sinalização sonora e visual para segurança dos pedestres e moradores. Na parte de fechamento do edifício usaremos muros intercalados com grades e vegetação fechada para proporcionar conforto térmico e bloquear um pouco do barulho e ainda possibilitar a integração visual com a rua. Todas as três fachadas terão tratamentos diferentes e todas terão sua importância para trazer unidade ao projeto e interação com a comunidade. A fachada escolhida para ser a entrada localiza-se na Rua Patrocínio, e trará aberturas grandes para melhor ventilação, iluminação, integração do espaço interno e externo, pequenos jardins vão compor com a calçada e áreas de convívio. A recepção, e o hall de espera e banheiros semi-públicos. Logo na entrada uma vista do jardim interno e do átrio já poderão ser contempladas por moradores e seus visitantes. Em os pavimentos a circulações terá medidas iguais ou maior que um metro e oitenta (1,80) de largura proporcionando melhor circulação e atendendo as regras de acessibilidade. O projeto foi dividido em blocos, um com sua importância. O bloco da Rua Patrocínio, terá seu térreo destinado ao uso de seus moradores e da comunidade. Os três andares voltados para o cuidado da saúde, da beleza e do bem-estar de seus moradores. O terraço será usado como ponto de encontro e proporcionará a contemplação do entorno do edifício. As escadas e elevadores estarão localizados nas extremidades dos blocos para melhor circulação e comodidade seus usuários. O bloco da Rua Paraíba será destinado a moradia, terá sua construção iniciada no térreo para proporcionar maior acessibilidade há moradores com mobilidade reduzida. Esse bloco também possui áreas de convívio dos moradores, com salas de jogos, redários, espaços de leitura, ou apenas pontos de encontros para bate papo. O bloco da Rua Conde Francisco Matarazzo, terá apartamento do zelador e um salão para eventos que poderá proporcionar uma renda extra o condomínio. Os três andares acima serão destinados a moradia, este bloco também


possui áreas de conviivo entre seus moradores e sua cobertura terá uma horta, criando assim mais uma atividade para seus moradores. A construção será em estrutura metálica e a vedação será em alvenaria aparente (Tijolos de barro) na parte externa, esse material além de conforto térmico, cria um ambiente acolhedor que remeta as lembranças dos tempos da infância. As paredes internas terão fechamento dos ambientes em Steel frame e Dry Wall, acabamentos de piso e revestimento cerâmico, os fechamentos serão de esquadrias de PVC e vidros duplos para melhor eficiência acústica e térmica. O piso das áreas em comum será de cimento queimado com rezina acetinada que é de fácil limpeza e é antiderrapante. O interior das salas, banheiro e outros terão piso adequados a cada ambiente seguindo todas as regras de segurança e acessibilidade. A segunda edificação será composta por dois blocos de moradias ligados por passarelas, proporcionando segurança e comodidade. Os edifícios terão corredores voltados para o interior, com vista para o jardim, e varandas serão criadas na parte externa dos corredores entres os apartamentos, isso criará áreas de encontro nos andares. Os apartamentos serão todos mobiliados com intuito de preservar a ocupação adequada dos ambientes mantendo todos os espaços com acessibilidade segundo as normas da ABNT. Barras de apoio e piso antiderrapante serão instalados nos banheiros. A cozinha estará equipada com geladeira, fogão, forno, microondas, conjugado com a sala de jantar vem com um conceito aberto criando amplitude ao espaço. Na sala de estar o sofá se transformará em cama, caso o morador precise de acompanhante durante a noite. O quarto possui um tamanho ideal para circulação e se necessário por quaisquer eventualidades, ser transformado em um quarto semileito, um quarto que atende a algumas necessidades hospitalares sem estar no hospital. Um grande jardim fecha essa implantação e proporciona a seus moradores com área para meditação, aparelhos de ginastica ao ar livre, pequenos recantos verdes com um espelho d’água que proporcionaram um equilíbrio tanto na temperatura quanto na qualidade do ar, trazendo a tranquilidade

[73]


e harmonia no condomínio. Todas essas áreas destinada as atividades cotidianas para mantes corpo e mente ativos. Duas áreas de carga e descarga foram criadas. Uma na Rua Conde Francisco Matarazzo com movimento de baixa intensidade, para cargas grandes, e a segunda na Rua Patrocínio, para receber cargas menores, que se encontra na área de abastecimento do comércio. A Vila ainda conta um sistema de captação de agua da chuva, área para separação de lixo, deposito de máquinas e equipamentos para manutenção, além de deposito para armazenamento de produtos de limpeza e outros. O intuito do projeto A Villa da maturidade é proporcionar um cotidiano tranquilo, para uma longevidade sadia e ativa de seus moradores. A implantação terá a preocupação com o bem-estar, convívio, acessibilidade e principalmente com a preocupação de proporcionar a seus moradores um envelhecimento ativo e digno. Com sua inserção em uma comunidade que possui equipamentos na escala da vizinhança. Desta forma o isolamento será nulo, por que a implantação proporcionara uma camada de envolvimento com a comunidade com um mix de áreas públicas, semi-públicas e privada, que poderá ser optada por seus moradores de relacionar com a comunidade ou se recolher se for assim de sua vontade. O intuito do projeto e proporcionar um cotidiano tranquilo, para uma longevidade sadia e ativa.


[75]



CAPÍTULO VII

O PROJETO

[77]


IMPLANTAÇÃO


ÁREA CARGA E DESCARGA

C

0.00

60.62 64.96

ÁREA DE SERVIÇO

RESERVATÓRIO

BANCA

LOJA

1.

50

LANCHONETE

CIRCULAÇÃO

JARDIM INTERNO

D

SALÃO D

C

A RESTAURANTE

RESERVATÓRIO

CIRCULAÇÃO S

B

B

50 1.

50 1.

50 1.

50 1.

50 1.

50 1.

1.

50

S

RESERVATÓRIO

1.70

C

1.20

RECEPÇÃO

73,21

ESTACIONAMENTO

0.00

0.00

82,52 E

RUA PATROCÍNIO

DECK

ESTACIONAMENTO

HALL / CIRCULAÇÃO

RUA CONDE FRANCISCO MATARAZZO

7.67

A

E

DEP.

DEP.

A

B

RUA PARAÍBA

ESC 1: 500

0.00

20.74


TÉRREO


ESC 1: 250


PRIMEIRO PAVIMENTO


ESC 1: 250


SEGUNDO PAVIMENTO


ESC 1: 250


TERCEIRO PAVIMENTO


ESC 1: 250


QUARTOPAVIMENTO


ESC 1: 250


COBERTURA


ESC 1: 250


CORTES AA - BB


15.90

12.75

ESC 1: 250

CAIXA D´ÁGUA

9.60

6.45

3.30

0.15 0.00

0.00

ESCALA GRÁFICA

0 1

5

10

PLACA SOLAR

PLACA SOLAR

PLACA SOLAR 15.90

CAIXA D´ÁGUA

CAIXA D´ÁGUA

14.80

15

CAIXA D´ÁGUA

PLACA SOLAR CAIXA D´ÁGUA

12.75

9.60

6.45

3.30

0.15 0.00 0.60

ESCALA GRÁFICA

0 1

5

10

15


CORTES CC - DD


ESC 1: 250 ESCALA GRÁFICA

0 1

5

10

15

ESCALA GRÁFICA

0 1

5

10

15


CORTE EE - FACHADA A


PLACA SOLAR

15.90 CAIXA D´ÁGUA

ESC 1: 250

12.75

9.60

6.45

3.30

0.15 0.00

0.00

ESCALA GRÁFICA

0 1

5

10

15

ESCALA GRÁFICA

0 1

5

10

15


FACHADAS B - C


ESC 1: 250 ESCALA GRÁFICA

0 1

5

10

15

ESCALA GRÁFICA

0 1

5

10

15


PERSPECTIVA



PERSPECTIVA



PERSPECTIVA



PERSPECTIVAS




REFERÊNCIA

ABNT- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Disponível em: http://www.abnt.org. br/

CIELO, PATRÍCIA FORTES LOPES DONZELE VAZ, ELIZABETE RIBEIRO DE CARVALHO. A legislação Brasileira e o idoso. Disponível em: http://www.portalcatalao. com/painel_clientes/cesuc/ painel/arquivos/upload/temp/ d69c5c83201f5bfe256b30a1bd46cec4.pdf CÓDIGO DE OBRAS DE RIBEIRÃO PRETO, SP, 2007. https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ J321/pesquisa.xhtml?lei=25704 ESTATUTO DO IDOSO e Normas Correlatas Senado Federal Secretaria especial de editoração e Publicações subsecretaria de edições técnicas, Estatuto do Idoso e Normas Correlatas. Disponível em: https:// www.faneesp.edu.br/site/documentos/ estatuto_idoso_normas_correlatas.pdf

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HERTZBERGER H. Lições de Arquitetura. Editora 2º ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. IBGE (2014) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/ OMS (2005) Organização Mundial de Saúde. Disponível em: http://www.who.int/eportuguese/ publications/pt/ ONU – Organização das Nações Unidas Disponível em: http://www.un.org/ en/index.html SCHUSSEL, ZULMA DAS GRAÇAS LUCENA - Os Idosos e a Habitação. http:// revistas.pucsp.br/index.php/kairos/ article/view/13665/12674 GRIZ Cristiana, AMORIM Luiz Manuel do Eirado, LOUREIRO Claudia. A família e a casa: papai ainda sabe tudo? http://periodicos.pucminas.br/index. php/Arquiteturaeurbanismo/article CHAIMOWICZ, FLÁVIO, A saúde dos idosos brasileiros às vésperas do século XXI: problemas, projeções e alternativas. Rev. Saúde Pública, 31 (2): 184-200, 1997.A situação social do idoso no Brasil: uma breve consideração http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=S010321002005000400011&script=sci_ abstract&tlng=eses


MENDES, MÁRCIA R.S.S. BARBOSA, GUSMÃO, JOSIANE LIMA DE, FARO, ANA CRISTINA MANCUSSI E LEITE, RITA DE CÁSSIA BURGOS DE O. A situação social do idoso no Brasil: uma breve consideração. http://www.scielo.br/ scielo.php?pid=S010321002005000400011&script=sci_ abstract&tlng=eses CAMPOS, IBERÊ M. Design Universal na Arquitetura http://www.forumdaconstrucao.com.br/ conteudo.php?a=32&Cod=94 TOMASINI, SÉRGIO LUIZ VALENTE, ALVES, SIMONE Envelhecimento bem-sucedido e o ambiente das instituições de longa Permanência. http:// perguntaserespostas.com.br/seer/ index.php/rbceh/article/view/119 BARBOSA, ANA LÚCIA GÓES M. Espaços edificados para o idoso: condições de conforto. http://www.forumdaconstrucao.com.br/ conteudo.php?a=32&Cod=1325 REVISTA ELETRÔNICA ACHDAILY Lar de Idosos em Perafita / Grupo Iperforma http://www.archdaily. com.br/br/767045/lar-de-idosos-emperafita-grupo-iperforma

[111]


REVISTA ELETRÔNICA ACHDAILY Lar de Idosos Peter Rosegger / Dietger Wissounig Architekten http://www.archdaily.com.br/ br/760936/lar-de-idosos-peterrosegger-dietger-wissounigarchitekten REVISTA ELETRÔNICA ACHDAILY Casa para a Terceira Idade / BCQ Arquitectes http://www.archdaily.com.br/br/01120183/casa-para-a-terceira-idadeslash-bcq-arquitectes QUEIROZ, GLEICIMARA ARAÚJO Qualidade de vida em instituições de longa permanência para idosos: considerações a partir de um modelo alternativo de assistência http://www.ufsj.edu.br/portal2repositorio/File/mestradopsicologia/ Selecao%202015/Dissertacao_ Gleicimara%20.pdf


[113]


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