JUNHO/2014
Educação ganha espaço Confira a tabela dos jogos da Copa do Mundo
Consórcio quer revisão da Lei da Billings
Vanderlei Siraque questiona obra da Brookfield
Editorial
Junho/2014
Hora é de mais educação S e por um lado, empresas têm dificuldades para encontrar mão de obra qualificada, por outro, estudantes e profissionais apostam em cursos técnicos para inserção no mercado de trabalho e ascensão na carreira. Em resposta à demanda do empresariado, as escolas técnicas atendem a diversos segmentos e, inclusive, contribuem no desenvolvimento e divulgação de novas profissões, como a Escola Senai Mário Amato, em São Bernardo. A instituição se prepara para atender empresas que trabalham com nanotecnologia - manipulação de átomos e moléculas que resultam em componentes minúsculos, usada por vários tipos de indústrias. Em Diadema, o Polo de Cosméticos utiliza essa tecnologia na manipulação de maquiagem. Também em busca de oportunidades de trabalho e de reconhecimento profissional, brasileiros investem em cursos de idiomas, cuja procura tem aumentado nas escolas especializadas. O inglês permanece em primeiro lugar no ranking das línguas mais requisitadas. E, com foco na estabilidade financeira, candidatos lotam as salas de aulas de empresas especializadas em concursos públicos. A procura por cursos preparatórios ultrapassa 20% . Na educação infantil, há 13,4 mil crianças à espera de vagas em creches no ABC, apesar da redução do déficit de 33% em comparação ao ano passado, quando o número de pequenos era de quase 20 mil. O problema é maior em São Bernardo, onde 4.896 crianças aguardam vagas. Ensino à parte, o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de
2
Indice
4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 31
junho, foi comemorado na região. A celebração seria melhor se houvessem projetos concretos de implantação ou ampliação de áreas verdes. Por enquanto, existem penas planos de revitalização. O problema está na construção de equipamentos públicos em em áreas verdes. Há também descaso do Poder Público em relação à questão hídrica. A poluição dos rios e córregos continua a ameaçar a saúde da população. Em entrevista exclusiva a RD Ideias, João Ricardo Guimarães, coordenador do Grupo de Trabalho Meio Ambiente, do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, afirma que é preciso fiscalização e revisão da Lei Específica da Billings. A RD Ideias traz, também nesta edição, os preparativos da Reality Expo Noivas, que deve gerar R$ 9 milhões de negócios; a possibilidade de avanços na negociação entre Brasil e Saab no projeto de caças Gripen; os cuidados com doenças respiratórias no inverno; a expectativa de vendas dos brechós com a chegada do frio, e a cobrança do deputado federal, Vanderlei Siraque (PT), por investigação da atuação da empresa Brookfield, em Santo André. Boa leitura!
Jornalistas e editores responsáveis: Airton Resende - Mtb 16.372 airton@reporterdiario.com.br Maria do Socorro Diogo - Mtb 16.283 msdiogo@reporterdiario.com.br Reportagem: Leandro Amaral leandroamaral.jornalista@gmail.com Luan Siqueira luan@reporterdiario.com.br Tiago Oliveira tiago@reporterdiario.com.br Brenno Souza brenno@reporterdiario.com.br Caio Soares caio@reporterdiario.com.br Ivana Andrade ivana@reporterdiario.com.br Diagramação: Flória Napoli Projeto gráfico: Rubens Justo Fotos: Agência Brasil, Banco de Dados RD, Eric Romero, Evandro Oliveira/ PMSA, Morgana Volpato, PMSBC, Pedro Diogo e Divulgação. Capa: C
Airton Resende Diretor do Jornal Repórter Diário
Editorial - Hora é de mais educação Radar - Siraque cobra investigação da Câmara sobre Brookfield Política - ABC quer fiscalização e revisão da Lei Específica da Billings Meio Ambiente - Cidades revitalizam parques Economia - Brechós aguardam inverno para esquentar vendas Economia - Brasil pode avançar negociação com Saab após recusa da Suíça Economia - Pesquisa aponta perfil da indústria química no ABC Esporte - A Copa do Mundo é nossa Educação - Demanda por aulas preparatórias para concursos é crescente Educação - 13 mil crianças estão sem creches Educação - Demanda no ensino de idiomas ultrapassa 10% Educação - Cursos técnicos estão em alta Artigo - O consumo e a Copa Moda - Reality Expo Noivas deve gerar R$ 9 milhões em negócios Cultura - Kevin Costner traz ação e suspense em 3 Dias para Matar Saúde - Doenças respiratórias voltam a ameaçar 2
Departamento Comercial: Claudia Polimeni comercial@reporterdiario.com.br Tecnologia: André Resende resende@gmail.com Suporte operacional: Pedro Diogo Endereço: Rua Álvares de Azevedo, 210 Conjuntos 41/42 - Centro Santo André - SP - CEP 09020-140 Tels.: 11 4436-3965 - 4427-7800 Internet: www.reporterdiario.com.br www.twitter .com/reporterdiario É proibida a reprodução do conteúdo sem prévia autorização por escrito dos editores. A Revista RD Ideias não se responsabiliza pelos conceitos e informações emitidos nos artigos de terceiros.
Tiragem auditada por:
Junho/2014
Radar
Siraque cobra investigação da Câmara sobre Brookfield O
deputado federal Vanderlei Siraque (PT) surpreendeu o público durante discurso no Seminário Regional da Indústria Química, Petróleo e Minérios no ABCDMRR, no mês de maio, em Mauá. Sem qualquer parcimônia, diante de autoridades das sete cidades da região, o parlamentar criticou veementemente a operação da empresa Brookfield, em Santo André. “Mudaram o zoneamento da Cidade Pirelli e resolveram entregar o local para a operação de uma empresa envolvida em um sistema de corrupção em São Paulo. Preferiram tirar um centro empresarial para colocar um arranha-céu. É preciso saber quem vai morar nesses apartamentos. Aliás, a Câmara poderia investigar a atuação dessa empresa na cidade”, disparou o petista. A afirmação foi feita no momento em que Siraque defendia a ampliação do zoneamento industrial de Santo André, tendo em vista que reduziu o dempenho da indústria química no último ano. Uma das principais queixas do setor petroquímico é a falta de áreas livres destinadas à expansão das atividades.
Hospital 1
A polêmica sobre a reforma e reabertura total do Hospital São Caetano ganhou mais um capítulo. O secretário de Saúde, Mario Checkin, afirmou que vai pedir ajuda do Consórcio Intermunicipal Grande ABC para conseguir verba e, com isso, indenizar os proprietários do terreno e tornar o empreendimento público. Essa é a condição para que os governos estadual e federal possam encaminhar investimentos na reforma e manutenção do espaço. Atualmente, o coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde do Consórcio da entidade é Homero Nepomuceno Duarte, titular da Pasta em Santo André. É aguardar e ver as cenas dos próximos capítulos...
Hospital 2
O secretário de Saúde tem dito também, em São Caetano, que sua área tem obtido considerável melhora na avaliação por parte dos moradores. Segundo Checkin, a saúde hoje, embora ainda tenha desafios a superar, está em torno da nota 7, atribuída pelos usuários do sistema público local. Resta saber quando as maiores conquistas serão concretizadas para quem utiliza o serviço na ponta, os residentes em São Caetano. Aliás, o fato não é só em São Caetano. Todos os municípios da região metropolitana enfrentam problemas em relação à gestão da área. Todas as pesquisas de opinião apontam saúde, segurança e educação como os principais problemas ou calcanhares de Áquiles das administrações públicas. 4
Junho/2014
Vanessa tem nova derrota na Justiça
A situação da deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) está cada vez mais complicada. O Tribunal Superior Eleitoral manteve a decisão de que a parlamentar foi protagonista de abuso Vanessa quer do poder econômico no pleito passado. Se a dedisputar reeleição cisão não for revertida, Vanessa estará inelegível na eleição de outubro deste ano, quando ela pretende disputar a reeleição.
Em ritmo de campanha, Dilma volta ao ABC
Dilma visitará Santo André
Maranhão rompe fronteiras do partido
O prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), tem tido visibilidade no cargo não só pelas conquistas obtidas na gestão. O tucano também nutre bom trânsito no PT. Tanto que já conseguiu verGabriel transita bas federais e até o atendimento de uma UPA (Unidade também no PT de Pronto Atendimento). Resta saber como se dará o apoio dele nas urnas em outubro.
Aprovação de contas vira dilema para Aidan
Aidan espera sinal verde
Chiquinho do Zaíra repete articulação na Câmara
O ex-secretário e ex-prefeiturável Chiquinho do Zaíra, hoje vereador em Mauá, tem dado trabalho na Câmara. Assim como fez na gestão de Leonel Damo, Chiquinho articulou um grupo de Chiquinho busca vereadores na Câmara que tem amolado o prefei- Dib dará apoio a Padilha mais espaço to Donisete Braga (PT). Tanto que o petista deve ceder espaço ao grupo.
Castropil seria vice preferencial de Pinheiro
Castropil é cotado para vice
Segundo fontes da política de São Caetano, quando estava em pauta a escolha do vice do então vereador e candidato a prefeito, a preferência de Paulo Pinheiro, recaia sobre o capitão da PM Robinson Castropil. Porém, na última hora, pesou a questão de gênero e Lucia Dall’Mas foi a escolhida. Hoje Lucia está rompida com o Paço.
A presidente Dilma Rousseff prepara nova visita a região nos próximos dias. Ela esteve em São Bernardo no dia 28 de maio e prometeu retornar ao ABC em 28 de junho, para participar de cerimônia de entrega de unidades habitacionais em Santo André. O Planalto ainda avalia a possibilidade de a mandatária visitar Diadema na mesma data, também para entregar apartamentos do Minha Casa, Minha Vida.
A aprovação das contas do ex-prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PSB), ganhou contornos dramáticos. Apesar de ter a contabilidade aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado, o socialista tem encontrado dificuldades de ter sinal verde da Câmara. Os vereadores, sob o argumento de análise, têm adiado a votação.
Dib apoiará PT nas eleições de outubro
Nunca antes na história do País a política foi tão dinâmica. O ex-prefeito de São Bernardo, William Dib (PSDB), hoje deputado federal, já revelou que deverá apoiar, no reduto paulista, a candidatura do petista Alexandre Padilha. Em São Bernardo, Dib e o PT sempre foram como água e óleo.
Nairo Ferreira divide opiniões no A zulão
A permanência do presidente da AD São Caetano, Nairo Ferreira, vive realidade difusa. De um lado, parte dos aliados de primeira hora acha que o dirigente deve parar no time. Outros acham que Nairo Ferreira está na berlinda Nairo deve continuar. Independentemente da decisão, o clima entre o presidente do clube e o prefeito Paulo Pinheiro já esteve melhor.
Ausência de Michels causa polêmica
Os dias em que o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV ), ficou ausente, causaram dor de cabeça para a administração. Michels ficou fora de Diadema por uma semana no final de maio e foi acusado pela oposição de não ter obedecido a linha de sucessão para escolher o substituto – o secretário de Assuntos Jurídicos, Fernando Moreira Machado, foi quem comandou a cidade no período. Na avaliação do Partido dos Trabalhadores, o prefeito deveria ter passado o cargo para a vice, Silvana Guarnieri (PTB) ou para o presidente da Câmara, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT). Como Guarnieri está em licença médica, Maninho é que ocuparia a cadeira. O PT chegou a ir à Justiça contra Lauro Michels, mas não obteve sucesso. A prefeitura ressalta que A Lei Orgânica do Município atribui ao prefeito “o direito de ausentar-se do município pelo prazo de 15 dias sem a necessidade de requerer sua licença perante a Câmara de Vereadores” 5
Lauro Michels enfrenta oposição
Política
JUNHO/2014
“A lógica é o município assumir a responsabilidade”, diz João Ricardo Guimarães
ABC quer fiscalização e revisão da Lei Específica da Billings O
ABC tem dialogado com o governo estadual no intuito de obter revisão da atual Lei Específica da Billings. A discussão visa agilizar a emissão de licenciamentos nas áreas por meio da descentralização. Hoje, a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) centraliza todo o sistema de modo a tardar a emissão que, em média, demora dois anos. O assunto é um dos temas destacados por João Ricardo Guimarães, secretário de Gestão Ambiental em São Bernardo e coordenador do Grupo de Trabalho do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que pauta o segmento na região. Em entrevista à RD Ideias, Guimarães destaca que a aprovação do projeto de lei, a entrar em pauta até o final do ano na Assembleia Legislativa, vai representar mais eficiência nas ações de urbanização e infraestrutura nas áreas de mananciais. João Ricardo também comenta sobre a crise no abastecimento de água no Estado de São Paulo. Para o coordenador, a justificativa do governo, que atribui à falta de chuva o problema nos reservatórios, é uso de má fé, pois o cenário é previsto há muito tempo e não houve nenhuma execução. No bate-papo com a revista, em razão do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, o secretário comenta, ainda, sobre a possibilidade da inspeção veicular no ABC, além de outras prioridades do Grupo de Trabalho.
Repórter Diário: Quais avanços podem ser destacados na gestão ambiental? João Ricardo: Nós temos muitos avanços na região. As prefeituras se organizaram para aperfeiçoar a fiscalização das licenças ambientais. A lógica é o município assumir a responsabilidade descentralizando o serviço da Cetesb. Isso ajudaria muito. No âmbito do Consórcio esse diálogo também existe no sentido de termos uma revisão na Lei Específica dos Mananciais. Estamos revendo para que obras de urbanização e infraestrutura possam ocorrer e serem licenciadas. Quanto, por exemplo, se tira o esgoto perto de uma represa estamos melhorando o local. Mas essa lei precisa ser revista para ser mais ágil. RD: Mas hoje não se pode fazer essas obras? JR: As prefeituras podem desde que sejam licenciadas pelo Estado. O governo não tinha procedimentos claros de como se fazia isso. Nós conseguimos dialogar e evoluir este item com o Estado. Mesmo assim ainda é demorado. Hoje, em média, esse licenciamento demora dois anos. Isso não pode ocorrer se o que está em jogo é uma obra para melhorar a qualidade da água da represa. RD: O diálogo avançou até que ponto? JR: A previsão é ter um projeto de lei na Assembleia Legislativa, ainda este ano, para ser aprovado. Não queremos e nem vamos flexibilizar ou facilitar a lei, mas que ela possa permitir 6
Junho/2014
obras de melhorias para os moradores da beira da represa. RD: O ABC terá inspeção veicular? JR: A legislação nacional prevê apenas que cidades acima de um determinado porte tenham programa. Segundo a lei federal, no Estado de São Paulo teria o programa apenas na Capital. Porém, estamos no aguardo de uma legislação estadual neste assunto. Acho que isso é importante, mas o Estado demora para assumir essa responsabilidade. RD: Tem alguma conversa sobre uma unidade de controle do ar regional? JR: Neste aspecto, dois fatores são importantes: o fomento do transporte coletivo para a redução do número de carros nas ruas e o combustível. Porém, ambos dependem pouco dos encaminhamentos municipais. São Bernardo, por exemplo, tem um pacote de intervenções no que tange à mobilidade urbana, mas isso não interfere no transporte de passagem. Por isso destacamos tanto a necessidade de uma política estadual. RD: E o problema da falta de água, é devido à seca ou falta investimento? JR: Não é possível atribuir a São Pedro, uma vez que São Paulo não buscou novas fontes de abastecimento em meio à escassez hídrica. Os planos para as novas fontes foram debatidos, houve planejamento, mas faltou a execução que caberia ao poder estadual. Por isso, é usar da má fé quando se atribui a São Pedro o problema da capacidade dos reservatórios. RD: A utilização da represa Billings para suprir o abastecimento estadual gera impacto na região? JR: Não há impacto ambiental. Falta ampliar o número de cidades que são atendidas pela Billings. É preciso ter interligação entre os reservatórios. A Billings pode abastecer mais gente desde que haja esta conexão. RD: Corremos o risco de ficarmos sem água ou enfrentarmos racionamento? JR: É um estrago para a atividade econômica. A perspectiva de faltar água pode afugentar os empresários. Existem algumas empresas que pensam na logística de abastecimento próprio com caminhão pipa. Isso não pode acontecer. RD: Quais outros temas estão pautados nesta área dentro do Consórcio? JR: Estamos discutindo a integração para fiscalizar as áreas de mananciais. Precisamos, neste sentido, de aporte do governo estadual para aquisição de materiais de tecnologia. Essa força tarefa deve ser concretizada até o final do ano. O Consórcio desenvolveu também catálogo de empresas que listou as prestadoras de serviços voltadas a descarte de entulho. Esse credenciamento é importante, pois indica as empresas que trabalham sério e não fazem o descarte irregular. Por fim, discutimos a destinação final do resíduo sólido, por exemplo, São Bernardo que está em vias de concretizar a usina para transformar o lixo em energia. RD: O Plano Diretor Regional está em pauta? JR: Essa é uma situação de evolução que todos nós deveremos passar. Neste momento, este item passa por discussão técnica no Consórcio. Depois vamos apresentar aos prefeitos. Penso que não precisamos de um único plano para os sete municípios, mas de sete planos – cada cidade com o seu – convergentes e sem pontos conflitantes.
Consórcio pede revisão da legislação para para que obras de urbanização e infraestrutura possam ocorrer e serem licenciadas nos mananciais
7
Meio ambiente
Junho/2014
Repaginado, o Parque do Paço, em Diadema, está de cara nova
À
Cidades revitalizam parques o Parque Celso Daniel, reinaugurado em abril último após investimentos de R$ 5 milhões. Para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, Santo André programou brincadeiras, trilhas, caminhadas e apresentações teatrais no Parque do Pedroso, além de palestras e oficinas de culinária sustentável. Mauá, um dos poucos municípios com Secretaria de Meio Ambiente, se prepara para revitalização dos parques da Gruta de Santa Luzia e Ecológico do Guapituba. Além destes, há no município o Parque do Paço. Para homenagear o verde, a data, a cidade realizou o Circuito Tela Verde, com apresentação de vídeos do Ministério do Meio Ambiente, além de debates e orientação técnica. Na semana, Parques da Gruta e Ecológico Guapituba contaram com trilhas e monitores, com explicações sobre os conceitos de preservação dos recursos naturais e histórico desses locais. A confecção da maquete móvel reciclável, com orientação sobre poluidores, aquecimento global e preservação ambiental; o plantio de 24 mudas de árvores nativas no Paço; e curso sobre conceitos ambientais básicos, biodiversidade e equilíbrio ecológico, problemas urbanos, cooperativa e coleta seletiva para catadores da Coopercata fizeram parte da programação. Em Diadema, série de ações em comemoração ao Meio Ambiente ocorreu nas áreas verdes. No Parque do Paço, revitalizado e entregue à população em maio, está prevista instalação de uma lanchonete. Já o Parque Ecológico Fernando Vitor de Araújo passa por reforma. Serão feitas intervenções no sistema
s vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, e o fechamento da RD Ideias, o cenário no ABC era de falta de projetos concretos para criação ou ampliação das áreas verdes, exceto Diadema. Em alguns municípios há somente planos de revitalização de parques, porém sem datas definidas para início das obras. Em São Caetano, a justificativa é a falta de terrenos. Por causa disso, a cidade apenas desenvolve ações de manutenção dos sete parques - Chico Mendes, Catarina Scarparo D’Agostini, Santa Maria, Escola Municipal de Ecologia Jânio da Silva Quadros, Cidade das Crianças, Espaço de Lazer e Recreação José Agostinho Leal, além do Bosque do Povo, que vai ganhar quiosque e bancos. Para celebrar a data, a cidade realizou palestras e debates nos teatros, além de programação especial por meio do Projeto Meio Ambiente Cultura, no Chico Mendes. O parque é um dos orgulhos de São Caetano. Possui 140 mil m², sete quadras poliesportivas, mesas para jogos, lago, além de outras atrações. Santo André também investe na reforma dos parques, como o Antonio Pezzolo, popularmente chamado Chácara Pignatari, em Utinga. Anunciada com exclusividade para a RD Ideias, a revitalização começa em agosto e inclui nova iluminação com leds e reformas na pista de caminhada e academia. Depois, será a vez do Parque Central, com cerca de 345 mil m² e o maior da cidade. O primeiro a receber melhorias foi 8
Junho/2014
viário de modo a dar mais segurança aos pedestres. As obras estão em fase final de acabamento. A cidade também articula a implantação do Parque Linear da Represa Billings - Eldorado, com recurso aprovado no FID (Fundo de Interesses Difusos), da ordem de R$ 4,2 milhões a fundo perdido. A proposta foi apresentada em abril, com critérios de preservação e minimização de impactos ao meio ambiente. O Parque Jardim Botânico, principal cartão postal de Diadema, está em processo de revitalização. Há planos para criação de orquidário, como instrumento de educação ambiental e contemplação das espécies. As trilhas são recuperadas por meio de aplicação de técnicas de paisagismo, e foi criado espaço de plantas medicinais, mais acessível ao visitante. No lago será instalada bomba a fim de oxigenar a água e ativar cascata. As comemorações do Meio Ambiente contaram com plantio de mudas por duas escolas do município, além de caminhada ecológica, teatro de fantoches, trilhas e diversas oficinas. No dia 8, seguindo exemplo do Parque Celso Daniel, em Santo André, foram entregues as obras de revitalização do Parque Ecológico Fernando Vitor de Araújo Alves. Em São Bernardo, não está prevista nenhuma obra de revitalização nas seis áreas verdes. Já Ribeirão Pires não informou sobre reformas, ampliação e implantação de áreas verdes. A cidade conta com dois parques municipais, Milton Marinho de Moraes e Pérola da Serra.
Para mestre, investimento público é muito pouco O ABC tem grande potencial ambiental, mas há muito o que se fazer pelo poder público, principalmente em termos de investimentos, de acordo com a professora de Meio Ambiente, Educação Ambiental e Ecologia da USCS – Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Marta Ângela Marcondes, também mestre em Políticas Públicas Ambientais. Ao fazer análise sobre o cenário na região, Marta diz que uma das preocupações é a construção de equipamentos públicos, como escolas e UBSs – unidades básicas de saúde, em áreas verdes, o que acontece com frequência. “Isso não faz sentido, pois há poucos espaços verdes no ABC. Elas devem ser mantidas e ampliadas. Equipamentos públicos podem ser construídos em outros espaços. É preciso mudança de postura por parte das prefeituras”, ressalta. A professora destaca que áreas públicas, como parques, praças e jardins, são espaços com vegetação arbórea importantes para os centros urbanos. Contribuem na redução da poluição, equilíbrio da temperatura e umidade d o a r, m a n u t e n ç ã o d a p e r m e a b i l i d a d e d o s o l o para evitar enxurradas e inundações, além de
serem usados para lazer e recreação. Na opinião de Marta Ângela Marcondes, é preciso haver discussões sobre o tema entre poder público e sociedade. Além disso, tem de haver planejamento voltado para área de infraestrutura verde. “Dessa forma, pode se pensar em plantios de árvores nos principais corredores dos municípios, por exemplo”, acrescenta a ambientalista. De acordo com a professora, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de, no mínimo 12 m² de área verde por habitante na área urbana, mas como nunca foi feito censo no ABC não é possível saber como está o cenário na região.
9
Rios - Sobre a questão hídrica, o descaso é grande no ABC, na visão de Marta, que estuda os rios da região há 11 anos. A professora explica que os rios Tamanduateí e dos Meninos, além do Ribeirão dos Couros e córregos Utinga e Moinhos possuem classificação 4, o que significa qualidade péssima. Às águas estão contaminadas e poluídas há anos. Há grande quantidade de lixo na beira dos rios, que possuem grupos de bactérias nocivas à saúde. “A situação é complicada”, afirma. Segundo a especialista, os municípios têm feito ações, mas insuficientes para se reverter o quadro. “Faltam obras de engenharia, discussões sobre o assunto e programas de educação ambiental efetivos”, ensina a mestre.
Rio Tamanduateí, que corta o ABC, é um dos mais poluídos
Marta Ângela Marcondes diz que a sociedade precisa participar
Comportamento
Junho/2014
Dos populares aos refinados, brechós atraem público eclético, que busca qualidade e preço acessível
Brechós aguardam inverno para esquentar vendas C
do sai na loja por R$ 50. Para facilitar a escolha, o espaço é organizado em áreas feminina, masculina e infantil. Além disso, há seções de calçados, cama, mesa e banho e artigos gerais para casa. No Brechó Versátil, com 12 anos de atividades e três unidades em Santo André, a expectativa é que as vendas dobrem no inverno. A proprietária Valeria Pujol Lustoza, que administra a empresa em parceria com os filhos, Vanessa e Felipe, conta que a procura por peças seminovas de época é grande. O público é misto, por isso tem artigos para todos os gostos, roupas populares e de grifes. Na loja, os itens mais comercializados no inverno são botas, jaquetas, blusas e casacos. O sucesso do Brechó, ao longo dos anos, se deve a diversos fatores, entre eles a organização dos itens. Também há seções masculina, feminina e infantil. Os calçados são limpos e em excelente condição de uso. As peças são únicas, a não ser quando comprados lotes de lojas que foram fechadas. Outro diferencial do Versátil são as vitrines, modernas para despertar atenção dos consumidores. “É estratégico, por isso estamos sempre renovando”, destaca Valéria.
om estilos diferenciados e artigos para todos os gostos, os brechós viraram tradição em Santo André, cidade com maior concentração de estabelecimentos, seguida por São Bernardo. E é no inverno, considerado o Natal para o segmento, que as vendas esquentam, por causa do preço das coleções para o frio, normalmente bem mais caras. O setor é forte e faz sucesso até com comércio eletrônico. Por isso, os lojistas não veem a hora de chegar a nova estação, que começa no dia 21 de junho. No Brechó da Márcia, um dos pioneiros no município, com 16 anos, a expectativa é de aumento de 40% nas vendas com o frio. “Como no ano passado não tivemos inverno, o movimento não foi bom. Então, esperamos que a situação seja melhor neste ano”, diz o sócio-proprietário, Paulo Rubens Veri. Após passar por várias reformas, o brechó oferece cerca de 5 mil cabides de roupas seminovas, como casacos de lã, blazers e agasalhos, os mais comercializados no inverno. A procura é grande pelas peças, que são lavadas, higienizadas e passadas. Márcia Regina Veri, sócia-proprietária da casa, diz que fazer compras em brechós é vantajoso, pois os preços são bons. Um casaco que custa mais de R$ 150 no merca10
Junho/2014
Imagem negativa - Sobre o preconceito em relação a brechós, a comerciante diz que diminuiu desde a época em que abriu a primeira unidade, em 2002. “Acontece, de vez em quando, de uma pessoa ou outra entrar aqui e achar que é loja. Aí, percebe os preços baixos e sai pedindo desculpa por ter entrado no lugar errado”, conta. O otimismo também é presente no Brechó Tucano, cuja projeção é de alta de 100% das vendas no inverno. O proprietário, André Luiz Marinho, também conta que o movimento dobra no inverno. “Quanto mais frio melhor para nós”, comenta. Marinho explica que, como as roupas de frio são mais caras, os clientes optam por preços mais acessíveis no brechó, que trabalha com roupas importadas, de grife, diferencial que atrai o consumidor. Segundo o comerciante, nos últimos tempos a presença masculina no brechó surpreendeu. “Nós trabalhamos com saldos de fábricas de calçados de couros de marcas conhecidas, o que atrai atenção dos homens”, diz. No Brechó Alternativa Moda, há 18 anos em São Bernardo, o frio deve contribuir para o aumento de 80% das vendas, de acordo com a proprietária, Vera Lúcia Failla. A procura por roupas de inverno no estabelecimento é intensa nesse período, principalmente pelos preços baixos e marcas de grifes. O brechó foi um dos pioneiros no comércio eletrônico das mercadorias do ABC neste segmento. As vendas on-line representam 90% do faturamento da empresa, que atende o varejo e atacado. Com a queda de temperatura, as peças mais comercializadas são sobretudos, jaquetas de couro, além de blusas de lã e cacharrel. “Estas últimas, por exemplo, custam R$ 5. Nós também vendemos casacos de couro para clientes fora do Brasil”, diz Vera.
Peças de luxo e alta moda atraem clientela exigente Com conceito diferenciado e especializado em roupas e acessórios de marcas famosas nacionais e importadas, o Dona Chic Brechó espera um crescimento de 20% das vendas no inverno. “Nossas roupas têm preços especiais, o que atrai os clientes. Além disso, as peças têm bom caimento e ótima qualidade”, afirma Liza Matrone, sócia-proprietária. Um casaco de marca, que custa de R$ 1,2 mil a R$ 1,5 mil no mercado, custa de R$ 200 a R$ 250 no brechó. De acordo com a empresária, todas as roupas são seminovas e acompanham a tendência de moda. “São modernas, higienizadas e em estado perfeito de uso. Algumas vêm até com etiqueta, o que mostra que nem foram usadas”, diz. As peças mais procuradas no inverno são jaquetas, calças, blusas, tshirts e botas. Para fidelizar a clientela, o brechó oferece consultoria para orientar as pessoas como combinar as peças com acessórios. “Na verdade, muitos pensam que somos loja”, destaca Liza. No Dona Chic Brechó, em atividade há 4 anos, há também bijuterias, calçados, bolsas e uma variedade de acessórios. Funciona em casa centenária, cuja estrutura original foi mantida. No ambiente interno, a decoração mescla vintage (referência às décadas de 1920 a 1960) e moderno.
Dona Chic Brechó, em Santo André, oferece até serviço de consultoria
11
Economia
Junho/2014
Expectativa de Luiz Marinho é de que a nova fábrica de caças comece a sair do papel ainda este ano
Brasil pode avançar negociação com Saab após recusa da Suíça
A
Histórico - Os suíços rejeitam nas urnas a compra dos caças Gripen, da Saab, e deixam o Brasil como único cliente externo para o novo modelo de aviões que ainda será produzido. A Saab se apressou, no dia 17 de maio, em garantir que os planos para a fabricação do novo jato não serão modificadas. Mas fontes do setor militar na Europa apontam que, enquanto o contrato com o Brasil não for finalizado, o projeto será alvo de questionamentos pelo mercado e de incertezas. O governo da Suíça anunciou que compraria 60 jatos da Saab. Mas, para que o projeto fosse viabilizado, a empresa sempre indicou que a produção dos novos modelos do Gripen precisaria contar com a exportação de pelo menos 20 jatos. Em 2011, o governo suíço havia fechado acordo para a compra de 22 jatos que custariam aos cofres públicos US$ 3,4 bilhões. A Saab havia oferecido produzir parte dos aviões na Suíça, concedendo contratos de até US$ 450 milhões para as empresas nacionais. Mas nem isso foi suficiente para convencer a população a votar a favor da compra. O assunto foi a referendo popular depois que a oposição ao contrato conseguiu reunir 50 mil assinaturas e forçou a votação, alegando que não existia justificativa para o gasto num país que há 200 anos não vai à guerra. No dia 17 de maio, 53,4% dos suíços disseram “não” à iniciativa. Para Jo Lang, um dos porta-vozes da campanha contrária à aquisição, o gasto foi o principal motivo da rejeição. Segundo Lang, além dos US$ 3,4 bilhões, os suíços gastariam mais US$ 10 bilhões em manutenção.
recusa dos suíços sobre a compra de caças suecos produzidos pela Saab poderá representar um impacto positivo ao Brasil. Com o não do país europeu, a empresa praticamente apostará as fichas no mercado brasileiro, onde ganhou a parada que resultou na compra de 36 caças pela FAB (Força Aérea Brasileira). O fato permitirá aos gestores brasileiros terem poderosa carta na manga de negociação. Ciente do cenário, o Brasil poderá exigir maiores contrapartidas da empresa sueca para transferir tecnologia, emprego e renda, além de melhor negociação. Jefferson da Conceição, secretário de Desenvolvimento Econômico Trabalho e Turismo (SDET), de São Bernardo, afirma que ainda não conversou sobre o assunto com o prefeito Luiz Marinho (PT). “Mas o fato é algo que poderá ser favorável ao Brasil”, comenta. Procurado pela RD Ideias, Marinho não havia comentado até o fechamento desta revista sobre o assunto. O prefeito foi o responsável por colocar a empresa sueca no centro do debate quando a discussão estava praticamente encaminhada, ainda em 2010, para a vitória dos caças produzidos na França, pela Dassault. À época, o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, chegou a vir ao Brasil, em um desfile de 7 de setembro para tratar do assunto diretamente com o ex-presidente Lula. Além dos franceses e suecos, os americanos também estavam na concorrência. 12
Junho/2014
Promessas - A Saab garantiu que seu programa do Gripen será mantido. “Respeitamos o processo na Suíça”, declarou Håkan Buskhe, CEO da empresa. Com isso, as ações da Saab perderam terreno. Mas a empresa garante que isso não tem um impacto na negociação com o Brasil.
Suecos anunciam investimentos de R$ 363 milhões em fábrica Executivos da Saab já acertaram com o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), o investimento que será feito na cidade. A multinacional anunciou que vai investir, inicialmente, US$ 150 milhões (cerca de R$ 363 milhões) na instalação de uma fábrica de caças no município. A empresa vai produzir aeroestruturas para o Gripen NG, novo modelo de caça adquirido pelo Brasil. Em dezembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a Saab será a fornecedora dos aviões de combate. O contrato, de cerca de US$ 4,5 bilhões, prevê que serão entregues 36 aeronaves a partir de 2018. De acordo com Dan Jangblad, vice-presidente executivo da Saab, cerca de 80% da estrutura do Gripen será produzida no Brasil. Para Marinho e Jairo Candido, presidente do Grupo Inbra, uma das parceiras da Saab, no País, a nova fábrica deve começar a sair do papel ainda em 2014 e a expectativa é que empregue mil profissionais, inicialmente. Para o prefeito, o nú-
mero de empregos pode crescer se considerado que outros países estão de olho nos caças suecos e, dessa forma, a produção em São Bernardo pode ser exportada. O local de instalação da fábrica ainda não foi especificado, mas segundo Candido, será no mesmo terreno onde Marinho pretende implantar um Polo de Defesa, nas proximidades do rodoanel, em área de aproximadamente 500 mil metros quadrados.
13
Em reunião com Marinho, Saab confirmou que 80% da estrutura do Gripen será feita no Brasil
Economia
Junho/2014
Polo Petroquímico de Capuava, em Santo André
Pesquisa inédita aponta perfil da indústria química no ABC O
faturamento da indústria química no ABC é de R$ 49,5 bilhões por ano, o que representa 13,7% da indústria química brasileira. São 1.330 empresas que empregam 50.169 pessoas na região. O salário médio é de R$ 3.038,00, valor 2,3 vezes maior do que a média da indústria de transformação no Brasil. O Valor Adicionado Fiscal é de R$ 10,2 bilhões (2011), o que contribui para o desenvolvimento econômico. Os dados são da pesquisa A importância da indústria química local para o desenvolvimento econômico do Grande ABC, divulgada em maio pela Braskem e pela consultoria Maxiquim. Apesar do peso econômico da indústria na região, o levantamento destaca que o setor tem perdido produtividade e representatividade nos últimos 10 anos, já que tem crescido em ritmo mais lento do que a média brasileira. “O estudo deixa claro que a indústria química da região é uma cadeia industrial complexa, com participação importante no contexto brasileiro”, afirma o sócio da Maxiquim, João Luiz Zuñeda, que fez a apresentação da pesquisa. O presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Luiz Marinho, destacou a importância da pesquisa para tomada de decisões. “É fazer a provocação de quais soluções devemos ter para preservar e retomar o processo de crescimento e recuperação do espaço perdido no segmento. Estamos provocando o parque industrial para as novas oportunidades de atuação no polo da indústria de defesa e no fornecimento ao setor do petróleo e
gás” afima o também prefeito de São Bernardo. Para o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Giovanni Rocco, a pesquisa traz informações de qualidade para a tomada de decisões mais assertivas e de proatividade no gerenciamento dos desafios. Ressaltou também o trabalho de qualificação profissional com o Pronatec Brasil Maior, a qualidade da mão de obra, os projetos para o fortalecimento e o aumento da competitividade de micro e pequenas empresas na região. O vice-presidente da Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem, Marcelo Cerqueira, falou sobre a importância de trabalhar em cadeias. “Acreditamos em modelos de cadeias produtivas com alinhamento entre empresários, os diferentes segmentos e a base da petroquímica e da química, e também do poder público”, disse Marcelo Cerqueira. O presidente da Frente Parlamentar, deputado federal Vanderlei Siraque, falou da necessidade de envolvimento do governo estadual. “Faltam incentivos no Estado de São Paulo, e estamos perdendo oportunidades para outros Estados do País”, defendeu. O estudo demonstra alto impacto das indústrias da região no cenário brasileiro, com concentração de segmentos: 63% da indústria de tintas e vernizes, 45% de transformação de borrachas, 33% de produtos de limpeza doméstica e 24% de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Também destaca a alta presença de micro e pequenas empresas, que somam 91,8% das empresas no ABC. As médias empresas representam 16% e as grandes, 1,1%. 14
Junho/2014
Gestores querem retomar discussões sobre setor
Lei contribuiu na expansão do Polo Petroquímico
O ABC quer retomar, como ocorreu na década de 1990, o grupo de trabalho regional debruçado sobre o setor químico e petroquímico. Este foi um dos assuntos discutidos em Mauá, durante o seminário que apresentou a primeira pesquisa regional sobre a indústria química nos sete municípios. Apesar de ter evoluído na formação dos APLs (Arranjos Produtivos Locais), a região perdeu a discussão regional ao deixar de debater de forma específica o tema no Consórcio Intermunicipal Grande ABC. “É mais do que necessário, pois o ABC perdeu 1/3 da indústria química. O PIB químico regional era para ser de R$ 75 bilhões e foi de R$ 50 bilhões”, disse o deputado federal Vanderlei Siraque (PT). É preciso, com urgência, rever pontos do plano diretor como a definição, novamente, da avenida dos Estados, como rota industrial, tendo em vista que a avenida Industrial em Santo André, Siraque acrescentou que perdeu essa vocação por falhas na legislação. Na mesma linha, o prefeito anfitrião, Donisete Braga (PT), disse que a atuação do Grupo de Trabalho do Consórcio foi decisiva em 2002 para expandir a atuação do Polo e garantir a presença do setor na região. “Esse seminário possibilita uma grande articulação para vencermos as batalhas, inclusive sobre questão tributária”, destacou.
Em outubro de 2002, uma alteração na lei permitiu a ampliação do Polo Petroquímico de Capuava. O texto aprimorou o projeto de lei sancionado, à época, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) versava sobre a expansão de alguns setores industriais na região metropolitana. A principal mudança foi a especificação do zoneamento das áreas. A nova redação determinou que as ins e ias (empresas incompatíveis com interesses metropolitanos) poderiam ser instaladas em Zeis (zona estritamente industriais) e Zups-1 (Zonas Predominantemente Industrial). Outra preocupação da mudança na lei, na ocasião, foi quanto a manutenção dos padrões de qualidade do ar. A terceira alteração foi a retirada do item que tratava da compensação ambiental. A lei 1817, promulgada em 1978, impedia que alguns setores industriais, localizados na região metropolitana, fossem expandidos por questões ambientais. As empresas petroquímicas e de papel e celulose estavam inclusas nas restrições, sob alegação de que poderiam causar consequências danosas. Com a alteração da lei, o Polo Petroquímico foi expandido nos anos seguintes com investimentos de U$ 2 bilhões e a geração de 30 mil novos empregos. O Polo Petroquímico, naquela oportunidade, era responsável por 18% da produção nacional do setor.
15
A COPA DO MU
Pela segunda vez na história, o Brasil sedia o Mundial da FIFA. Veja
A
Copa do Mundo no Brasil chegou. Um sonho que parecia distante, hoje é realidade aqui. Em 2003, ficou definido que a competição deste ano teria de acontecer em um país da América do Sul. Além dos brasileiros, argentinos e colombianos se manifestaram para sediar o evento, mas desistiram. Em 2006, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) escolheu o Brasil como o único representante do continente. Até que, em 2007, a Fifa fez o anúncio oficial que o Brasil seria sede da competição mundial. A partir daí a escolha das cidades que iriam receber os jogos se tornou disputa. Dezoito capitais candidataram-se para receber as partidas do Mundial. As 12 escolhidas foram Belo Horizonte (Estádio do Mineirão), Brasília (Estádio Mané Garrincha), Cuiabá (Arena Pantanal), Curitiba (Arena da Baixada), Fortaleza (Estádio do Castelão), Manaus (Arena Amazônia), Natal
GRUPO A
(Arena das Dunas), Porto Alegre (Estádio BeiraRio), Recife (Arena Pernambuco), Rio de Janeiro (Estádio do Maracanã), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Arena Corinthians). Em dezembro de 2013 aconteceu o fato que todos aguardavam, o sorteio dos grupos. O Brasil, como país-sede, encabeçou o grupo A, que contou com Croácia, México e Camarões. O tão temido grupo da morte ficou no D, com Uruguai, Inglaterra, Itália e Costa Rica. Já o eterno rival brasileiro, a Argentina, caiu no grupo F, com a Bósnia, Irã e Nigéria. No dia 7 de maio de 2014, o técnico Luiz Felipe Scolari convocou os 23 jogadores que vão disputar a Copa do Mundo com a camisa amarelinha. Não era esperada nenhuma novidade entre os atletas, como aconteceu em copas passadas. A única surpresa foi a presença do zagueiro Henrique, do Nápoli da Itália, que a torcida brasileira esperava o jogador Miranda, vice-campeão da
GRUPO C
Jogo
Data
Hora
Local
1
12/6
17h
São Paulo
Equipes
Jogo
Data
Hora
5
14/6
13h
B.Horizonte
México X Camarões
6
14/6
22h
Recife
Brasil X México
21
19/6
13h
Brasília
Brasil X Croácia
Local
Equipes Colômbia X Grécia C. do Marfim X Japão
2
13/6
13h
Natal
17
17/6
16h
Fortaleza
18
18/6
19h
Manaus
Camarões X Croácia
22
19/6
19h
Natal
Japão X Grécia
33
23/6
17h
Brasília
Camarões X Brasil
37
24/6
17h
Cuiabá
Japão X Colômbia
34
23/6
17h
Recife
38
24/6
17h
Fortaleza
Local
Croácia X México
GRUPO B
Colômbia X C.do Marfim
Grécia X C.do Marfim
GRUPO D
Jogo
Data
Hora
3
13/6
16h Salvador
Equipes Espanha X Holanda
Jogo
Data
Hora
Local
7
14/6
16h
Fortaleza
Equipes Uruguai X Costa Rica
4
13/6
19h Cuiabá
8
14/6
19h
Manaus
19
18/6
16h Rio de Janeiro
Espanha X Chile
23
19/6
16h
São Paulo
20
23/6
13h Porto Alegre
Austrália X Holanda
24
20/6
13h
Recife
Itália X Costa Rica
23/6
13h Curitiba
Austrália X Espanha
39
24/6
13h
Natal
Itália X Uruguai
23/6
13h São Paulo
40
24/6
13h
B.Horizonte Costa Rica X Inglaterra
35 36
Chile X Austrália
Holanda X Chile
Inglaterra X Itália Uruguai X Inglaterra
UNDO É NOSSA
a a tabela de jogos e como o País se preparou para a competição Liga dos Campeões da Europa, com o Atlético de Madrid. O goleiro Júlio César também foi questionado pelo fato de estar atuando na Liga Americana, por meio do modesto time Toronto do Canadá. Confrontos - No dia 12 de junho, às 17h, a seleção brasileira entra em campo para enfrentar a Croácia, na Arena Corinthians. O adversário pode não ter grande nome no cenário mundial, mas possui jogadores que se destacam por atuação em times renomados. É o caso de Mario Mandžuki, principal jogador croata que não estará em campo na estreia contra o Brasil. O atacante do forte Bayern, de Munique, está suspenso, pois foi expulso na partida em que garantiu os croatas no mundial, diante da Islândia pela repescagem. O seu substituto será o brasileiro Eduardo, naturalizado croata. Outro jogador que pode desequilibrar é Modric. O atleta foi um dos
GRUPO G
GRUPO E Jogo
Data
principais nomes do título do Real Madrid na Liga dos Campeões da Europa deste ano. No dia 17 de junho, às 16h, o Brasil enfrenta o México, em Fortaleza, no Castelão. Os mexicanos são considerados pedra no sapato dos brasileiros. Em quatro jogos na história do confronto houve duas vitórias para cada lado. O principal jogador é Chicharito Hernandez, atacante do Manchester United é esperança dos mexicanos na Copa do Mundo. O último jogo da fase de grupos ocorre no dia 23 de junho, às 17h, em Brasília, no Mané Garrincha, contra o Camarões. A seleção camaronesa é uma das mais tradicionais na África. Samuel Eto’o é o principal jogador da equipe e o maior artilheiro do país com 55 gols. O atleta teve passagens por Barcelona, Inter de Milão e, atualmente, veste as cores do Chelsea. Confira abaixo a tabela completa da primeira fase.
Hora
Local
9
15/6
13h
Brasília
10
15/6
16h
Porto Alegre
25
20/6
16h
Salvador
26
20/6
19h
Curitiba
41
25/6
17h
Manaus
42
25/6
17h
Rio de Janeiro
Equipes
Jogo
Data
Hora
Local
Equipes
Suíça X Equador
13
16/6
13h
Salvador
França X Honduras
14
16/6
19h
Natal
Suiça X França
29
21/6
16h
Fortaleza
Honduras X Equador
30
22/6
19h
Manaus
EUA X Portugal
Honduras X Suíça
45
26/6
13h
Recife
EUA X Alemanha
46
26/6
13h
Brasília
Local
Equador X França
GRUPO F
Alemanha X Portugal Gana X EUA Alemanha X Gana
Portugal X Gana
GRUPO H
Jogo
Data
Hora
Local
11
15/6
12
16/6
16h Curitiba
27
17/6
13h B.Horizonte
28
21/6
19h Cuiabá
Equipes
Jogo
Data
Hora
19h Rio de Janeiro Argentina X Bósnia
15
17/6
13h
B.Horizonte
Irã X Nigéria
16
17/6
19h
Cuiabá
31
22/6
13h
Rio de Janeiro
Nigéria X Bósnia
32
22/6
16h
Porto Alegre
C. do Sul X Argélia
26/6
17h
São Paulo
C. do Sul X Bélgica
26/6
17h
Curitiba
Argentina X Irã
43
25/6
13h Porto Alegre
Nigéria X Argentina
47
44
25/6
13h Salvador
Bósnia X Irã
48
Equipes Bélgica X Argélia Rússia X C. do Sul Bélgica X Rússia
Argélia X Rússia
Educação
Junho / 2014
Na Central de Concursos, em Santo André, a procura por cursos é alta
Demanda por aulas preparatórias para concursos é crescente A
No Instituto de Educação ABC, em São Bernardo, a demanda crescente por cursos levou a instituição a oferecer novos. Os mais procurados são os federais, para trabalhar nos Ministérios, seguidos da polícia, cujo maior público é jovem, de tribunais (oficiais de Justiça), setor bancário (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), além das áreas de Direito, fiscalização e ensino público. Para Priscila Oliveira, responsável pelo atendimento, a semelhança das disciplinas pode enganar e parecer que fica fácil para estudar. “A prova tem o mesmo nível de exigência, então a dedicação é imprescindível”, diz. Priscila destaca a importância dos cursos online, que são boas ferramentas para quem não tem muito tempo para estudar. No entanto, diz que o lazer precisa ficar um pouco de lado, em detrimento das horas de estudo. Com relação ao perfil dos candidatos, depende muito do concurso. “Jovens da chamada geração Y, de 18 a 25 anos, buscam seu primeiro emprego, já que a carreira pública não pede experiência prévia, diferentemente da particular”, afirma. Outro tipo de público são os adultos, com idades entre 35 a 40 anos, e que já possuem emprego e buscam estabilidade ou melhores salários.
disputa por vagas públicas tem levado milhares de candidatos às salas de aula de empresas especializadas em concursos no Brasil. No ABC, o cenário é o mesmo. A procura por cursos preparatórios ultrapassa 20% na comparação com o ano passado. Na Central de Concursos, em Santo André, o movimento têm crescido de 25% a 30%, conforme o diretor José Luis Romero Baubeta. A maioria dos interessados busca estabilidade financeira. Para alçancar o objetivo, o executivo recomenda antecipação dos estudos, pelo menos seis meses de curso. Alguns podem durar até um ano e meio, caso de nível médio, e de três a quatro anos para nível superior. De acordo com Baubeta, as chances são as mesmas para todos alunos. Passa quem se prepara e estuda. Para quem pensa em prestar concurso, mas está em dúvida em relação a escolha do curso, o diretor esclarece que a maioria das disciplinas é semelhante para qualquer prova. O planejamento dos estudos é muito importante, segundo o diretor. Muitos candidatos levam de três a quatro anos para passar, e que é necessário entender a maneira de estudar e o modo de preparo para este tipo de exame. Baubeta diz que a relação candidato/vaga é normalmente alta e feita para contagem, mas não demonstra a realidade do concurso, já que muitos candidatos não aparecem para fazer a prova. Existem também os chamados “paraquedistas”, que não sabem o que querem fazer e prestam a prova por prestar. “Normalmente, apenas 5% a 8% estão realmente preparados para o exame”, completa.
Dedicação é a chave A técnica de enfermagem, Isabel Ribeiro, que acaba de passar no concurso estadual para assistente social, assumirá o posto em julho. O sucesso se deve à preparação por meio de curso preparatório, que fez durante três meses por R$ 500. O curso é destinado a diversas áreas, já que as matérias são amplas e abrangentes. “Valeu a pena. O curso foca bastante as provas”, conta. Após passar no primeiro concurso, Isabel já se prepara para outro. Fará curso online para prestar concurso da Previdência Social. “Mesmo com o fórum online para tirar dúvidas, o presencial é mais real, fica mais claro”, comenta Isabel Ribeiro.. A administradora de empresas, Diana Ceni, também investiu em curso preparatório específico para tribunais com duração de seis meses. Após a conclusão, prestou concursos para o Tribunal de Justiça e Previdência Social. Como não foi aprovada em ambos, resolveu apostar em outro curso para disputar vaga na Receita Federal. Com investimentos de R$ 3 mil, estudou durante oito meses. Em sala de aula, percebeu que o nível de exigência e competitividade era muito alto. As principais dificuldades foram sentidas nas disciplinas de exatas, consideradas seus pontos fracos. Nesse período, conseguiu voltar ao mercado de trabalho e, por enquanto, não pensa em concursos novamente. 18
Educação
Junho/2014
Desafio de zerar déficit na região é complexo, de acordo com GT Educação do Consórcio Intermunicipal
13 mil crianças estão sem creche D
iminuiu o número de crianças da região que estão à espera de vagas em creches. De acordo com as prefeituras, cerca de 13.400 pequenos do ABC aguardam na fila..O número é 33% menor do que em 2011, quando a fila chegava a quase 20 mil pessoas. A comparação entre os períodos revela avanços na redução do déficit, mas por outro lado mostra que ainda há um longo caminho a percorrer. A cidade com a maior fila é São Bernardo, onde 4.896 crianças aguardam por vagas – há três anos a lista de espera na cidade era mais do que o dobro desse montante: 10 mil crianças. A fila em Santo André se manteve em 2 mil crianças, mesmo número de 2011. Mauá conseguiu reduzir o déficit de 4.230 vagas para 3 mil. Diadema fez movimento contrário: o déficit aumentou no município: de 3,2 mil vagas em 2011, para 3,5 mil vagas hoje. São Caetano diz que não há fila de espera na cidade.
Furando a fila - As prefeituras alegam também que o desafio de reduzir o déficit esbarra em decisões judiciais que atrapalham o atendimento da demanda de forma justa. A queixa das administrações é que algumas famílias conseguem obter determinações judiciais para garantir vagas nas creches, passando na frente de outras crianças que estão no aguardo há meses. “Qualquer família que procura a Vara de Infância consegue vaga por meio de liminar e inviabiliza a lista de espera”, explica a secretária adjunta de Educação de Santo André, Ana Lúcia Sanches. “Às vezes, uma criança que está em vulnerabilidade social não consegue entrar na creche porque a família não tem acesso a um advogado”, acrescenta. O principal critério utilizado pelas prefeituras da região para definir a prioridade para distribuição de vagas é justamente a vulnerabilidade social, que nem sempre é levado em conta pela Justiça.
Desafios para avançar - O desafio de zerar o déficit é complexo, na visão do GT (Grupo de Trabalho) Educação do Consórcio Intermunicipal Grande ABC. Os motivos que levam as administrações a não conseguir dar conta da demanda são variados. “Um dos problemas é dificuldade de terreno. Não é tão simples ampliar o número de creches. Uma unidade que tenha recebido, por exemplo, um investimento de R$ 5 milhões vai necessariamente atender um número muito reduzido de crianças”, afirma a coordenadora do GT Educação do Consórcio e secretária adjunta de Educação de Santo André, Ana Lúcia Sanches.
Promessas - As prefeituras prometem adotar medidas para tentar reduzir a fila de espera por creches na região. Em junho, Diadema vai inaugurar a creche Betel, que receberá 128 crianças de 0 a 3 anos. De acordo com o governo Lauro Michels (PV), até o final deste ano outras duas unidades serão entregues: Sagrado Coração (com 150 vagas) e Ilhéus (que atenderá 200 crianças). Em 2015 está prevista a inauguração de mais três unidades em Diadema. O município conta com 47 creches, sendo 28 conveniadas e 19 diretas. Santo André pretende inaugurar 16 creches até o final da 20
Junho/2014
Região tem poucos planos municipais para educação
gestão Carlos Grana (PT), o que vai resultar na criação de 3 mil vagas. A mais recente unidade educacional entregue pela administração foi o CESA (Centro Educacional de Santo André) Luiz Gushiken, que funciona como escola e também como creche. São Bernardo conta com 44 unidades escolares que atendem a faixa etária de 0 a 3 anos, incluindo 34 creches que fazem atendimento exclusivo a essa faixa etária. Conta ainda com 28 creches conveniadas. Há previsão de construção de novas EMEBs (Escolas Municipais de Educação Básica) exclusivas para atendimento à faixa etária de 0 a 5 anos (educação infantil), além de CEUs (Centros de Artes e Esportes Unificados) em regiões onde há maior concentração de demanda. Mauá planeja abrir pelo menos 1.300 vagas em creches nos próximos três anos. “Há um investimento muito grande no sentido de reduzir a fila de espera. Oito unidades da cidade serão ampliadas”, garante a secretária de Educação de Mauá, Lairce Rodrigues Aguiar. Em maio, foi inaugurado em Mauá o novo prédio da Escola Municipal Darci Fincatti, no Jardim Esperança, que acrescentou mais 170 vagas de creches. Uma das unidades que será ampliada fica no Jardim Bom Recanto, e começa a passar por obras no segundo semestre. A gestão Saulo Benevides (PMDB), em Ribeirão Pires, estuda criar 1.074 vagas de ensino infantil em 2016. Por meio de convênio com o governo do Estado, pelo programa Creche Escola, estão previstas as construções de cinco unidades na cidade. Um dos bairros contemplados será Ouro Fino, na região do Jardim Sol Nascente. As obras no local já começaram.
Consideradas por especialistas como ferramentas essenciais para melhorar a educação, os planos municipais de Educação ainda não são realidade no ABC. A ideia é que cada município aprove um documento que contenha metas, objetivos e prazos para a área, tendo como inspiração o Plano Nacional de Educação (PNE). Apenas as prefeituras de Mauá e Santo André já possuem textos aprovados. “Há uma indicação do MEC (Ministério da Educação) que tenhamos os planos municipais, que vão dizer justamente quais são as nossas metas. E quem não define meta, não define caminhos que temos de percorrer”, afirma a coordenadora do GT Educação do Consórcio Intermunicipal, Ana Lúcia Sanches. Somente após cada cidade ter seu plano municipal poderá ser discutida a possibilidade de criar um Plano Regional de Educação – ideia que foi ventilada no Consórcio Intermunicipal há cerca de três anos durante o Ciclo de Palestras Educação realizado pelo Repórter Diário. A aprovação do PNE em Brasília está atrasada. O plano, que estabelece diretrizes de 2011 a 2022, tramita no Congresso desde 2010. Diretrizes e metas - Entre as diretrizes previstas no PNE estão a erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento escolar, superação das desigualdades educacionais, melhoria da qualidade do ensino e formação para o trabalho. Uma das metas é universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
21
Creche Eremita Gonçalves da Costa, em Diadema
Educação
Junho/2014
Procura por cursos de inglês na Fisk, em Santo André, cresceu 15%
E
Demanda no ensino de idiomas ultrapassa 10%
m meio à disputa acirrada por vagas no mercado de trabalho e exigências cada vez maiores por parte das empresas na hora da contratação, a procura por cursos de idiomas cresce no ABC. Em algumas escolas, o aumento do número de matrículas ultrapassa 10%, principalmente inglês. Até abril, na Access International School, em São Bernardo, e na Fisk, em Santo André, a procura por cursos de idiomas cresceu, em média, 15%, desde o mesmo mês do ano passado, principalmente por alunos com faixa etária de 30 anos. Na Fisk, o número de matrículas registradas, do início do ano até o momento é de 1,5 mil. “São pessoas que sentem a necessidade de se manterem no emprego ou buscam por cargos melhores”, explica o diretor-superintendente da Fundação Fisk, Elvio Peralta. O inglês é um dos idiomas mais procurados, e a Copa do Mundo não tem nenhuma ligação com a crescente demanda por cursos neste ano. “A expectativa era alta. Pensávamos que teria muita procura em virtude da Copa, mas vimos que as cidades que tiveram este aumento foram as turísticas, como Rio de Janeiro. No ABC, a Copa não influencia”, diz. Na Access, a diretora Bruna Tadross Ferrari também não vê ligação entre a Copa e o aumento na procura. O foco da busca é por motivos profissionais ou de estudo. Em relação aos idiomas, ressalta que quem não sabe falar inglês, encontra dificuldades no mercado de trabalho. Em relação ao espanhol, o curso de língua inglesa é ainda o mais pro-
22
curado. “Percebemos que muitos adultos estão estudando. Os pais também estão mais conscientes sobre a importância do idioma para seus filhos”, afirma. A procura por idiomas, especialmente inglês, é frequente também no Senac São Paulo - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. O fato é atribuído às exigências do mercado de trabalho, principalmente pelos setores de hotelaria e serviços, que crescem e aumentam a demanda por profissionais que falem uma segunda língua, de acordo com coordenadora de idiomas, Elza Maria de Oliveira Ventrilo. O italiano foi outro idioma que também teve crescimento. A procura pelo curso na Spazio Italiano, de Santo André, teve alta de 15% do início do ano até o momento. De acordo com a diretora, Teresa Drago, a busca pelo idioma ocorre, principalmente, por parte de descendentes italianos ou que tenham interesse na cultura do país e pretendem viajar para lá. Teresa diz que a língua italiana tem procura também por quem trabalha em empresas que exijam o idioma. Segundo a diretora, a maioria dos estudantes possui idade acima de 17 anos. Na contramão dos outros idiomas, o francês teve queda na procura este ano. Na Aliança Francesa, em Santo André, com média de 70 alunos novos por semestre, houve queda de quase 15% do movimento, segundo o diretor Mathieu Claudel. “Acreditamos que em ano de Copa do Mundo, a língua francesa tenha ficado para trás nas prioridades dos alunos. Mas, a expectativa é de que tudo volte ao normal no segundo semestre”, conta o francês.
Junho/2014
Idioma é diferencial na hora da contratação
Estudantes apostam em segunda língua para crescer
O idioma pode ser decisivo na hora da contratação ou promoção, segundo a diretora de Recursos Humanos da Catho, Angélica Nogueira, ao destacar que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente no que diz respeito à formação e educação continuada. “Um profissional que almeja crescimento em sua carreira e não fale mais de um idioma, corre o risco de perder oportunidades até mesmo de uma nova colocação no mercado”, diz. A dirigente acrescenta que os idiomas fazem parte dos requisitos esperados de um candidato e, portanto, ter conhecimento de uma ou mais língua estrangeira é diferencial relevante no processo seletivo. Diz que a exigência do novo idioma depende muito da necessidade na área e do cargo em que o profissional vai atuar. “Mesmo não sendo empresas multinacionais, podem utilizar outros idiomas com parceiros, alguns programas, fornecedores, principalmente em áreas como TI, comércio exterior e turismo”, explica. Angélica afirma que o inglês continua sendo o idioma mais procurado, seguido do espanhol, pois são línguas muito usadas em contatos com investidores internacionais, reuniões com clientes, fornecedores ou encontros internacionais e áreas ligadas à tecnologia”, diz. Para Angélica, o mercado busca profissionais com foco na carreira, que saibam aplicar os conhecimentos adquiridos na formação, e que tenham vontade de crescer. O profissional deve ser proativo, comprometido, curioso e aberto a mudanças, pois nem sempre iniciará carreira que tem vocação.
Com ajuda dos pais e dedicação aos estudos em um curso de idiomas, a estudante de Psicologia, Bárbara Barros, foi contemplada com oportunidade de trabalho. Após se inscrever como estagiária na faculdade onde estuda, a jovem foi selecionada para atuar no setor de Informação na Copa. A conquista se deve ao fato de falar inglês, um dos requisitos da vaga. “As palestras sobre o trabalho e até as entrevistas foram todas feitas em inglês, se eu não fosse fluente, não conseguiria o trabalho”, relata. A estudante será responsável pela separação e entrega das credenciais da mídia internacional. A estudante de Jornalismo, Natália Blanco, está em busca de curso de idiomas para estudar fora do País. Natália quer fazer intercâmbio por meio da faculdade. Como chegou a estudar espanhol, há alguns anos, pretende retomar ao curso e relembrar o aprendizado. Apesar de não precisar do idioma em seu trabalho atual, a futura jornalista tem planos e esperança de utilizá-lo no futuro. “Um dia posso ter oportunidade de trabalhar ou viver em outro país, sem contar o fato que me interesso muito por política e relações internacionais. Querendo ou não são áreas que demandam o conhecimento de outros idiomas“, acrescenta. Para as estudantes, o idioma foi e é essencial para suas carreiras. Ambas acreditam que a fluência numa língua estrangeira pode ser um diferencial na hora de disputar vaga de emprego.
23
Spazio Italiano, em Santo André, atrai público acima de 17 anos
Educação
Junho/2014
Alunas são do curso de Estética, no Senac Santo André
Cursos técnicos estão em alta A
escassez de mão de obra qualificada é problema para empresas de muitos segmentos. Levantamento da Fundação Cabral, feito em 2013, revela que 91% das companhias brasileiras têm dificuldade para contratação de profissionais, principalmente compradores e técnicos. A deficiência da formação básica é uma das causas e a área de produção é a mais carente, no caso de técnicos. Diante do cenário, ao mesmo tempo em que as grandes escolas técnicas correm atrás para formar pessoal qualificado para o chão de fábrica, tentam se alinhar com as últimas necessidades do mercado. É o caso da Escola Senai Mário Amato, em São Bernardo, quase pronta para ingressar com ensino na área de nanotecnologia, que cria partículas em pequenas dimensões e está cada vez mais presente nos produtos, como calçados, automóveis e roupas para prática de esportes. “Montamos dois laboratórios. Estamos conversando com algumas empresas que pretendem desenvolver seus produtos com essa tecnologia. Assim que isso acontecer, surgirá uma nova profissão. E nós criaremos um curso para atender à demanda”, afirma Claudemir Facco de Oliveira, diretor da unidade. O dirigente lembra que, em Diadema, o Polo de Cosméticos já desenvolve maquiagens, cremes faciais e outros produtos a partir da nanotecnologia. Para Oliveira, o problema da falta de profissionais técnicos é complexo e deve ser analisado com cautela. A questão não pode ser generalizada, pois há segmentos que não passam pelo problema e há fatores que justificam a escassez de mão de obra qualificada. Um deles é a oferta dos salários, que em alguns segmentos é baixa e não desperta interesse dos trabalhadores. Já outro fato está relacionado ao nível de desconhecimento dos profissionais sobre as áreas de trabalho. A maioria dos jovens, segundo Oliveira, busca cursos e empregos que tenham relação com tecnologia. “Profissionais com idades entre 19 e 20 anos, que se formam técnicos não querem trabalhar no chão de fábrica, que paga bem. Porque falta conhecimento sobre esse
segmento, assim como de outros. O governo poderia tomar para si a iniciativa para essa divulgação”, sugere. Na unidade há 1,4 mil alunos matriculados em diversos cursos. Os mais concorridos são Química e Plástico, com 4 a 5 candidatos por vaga; ao contrário de Cerâmica, que tem baixa procura, com apenas 1 aluno por vaga. Pronatec - Com mais de 38 mil inscrições, desde fevereiro deste ano, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) é a nova oportunidade para o jovem que busca inserção no mercado de trabalho por meio de curso técnico gratuito no ABC, cujos setores em alta são defesa, metal mecânico e plástico. A implantação do programa é parceria entre o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC, que está no aguardo dos recursos do governo federal para iniciar os trabalhos. “A qualquer momento podemos começar”, acredita Rafael Marques, presidente da instituição e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Segundo Marques, os cursos mais procurados no Pronatec são também os mais inusitados: desenho militar, controle e tráfego aéreo e sensores de avião. “Isso mostra a movimentação da região para as Forças Armadas”, analisa. Mais de mil empresas do ABC estão envolvidas no projeto. “Ainda falta formação técnica para as empresas, que estão sempre à procura de algo novo”, diz. Na visão do sindicalista, formado no Senai em técnico eletrônica, o curso técnico para o jovem estudante é importante. “As pessoas ficam mais críticas. Vejo como uma conquista pessoal, além de conseguir boa remuneração e ficar mais informado”, completa. Moacyr Vezzani Neto, técnico de desenvolvimento profissional da área de Administração e Negócios do Senac Santo André, afirma que os alunos oriundos do curso técnico são absorvidos imediatamente pelo comércio e indústria. “No caso de logística, mais de 80% dos formandos nessa área são contratados quando formados”, diz. Em razão da forte procura pelo curso de logística, a unidade do Senac oferece entre 35 a 40 vagas por turma. No entanto, a lista de interessados chega a 400, que entram em contato com a instituição, pessoalmente, por telefone ou internet, e depois são avisados sobre as vagas.
24
Eclético - Segundo Vezzani Neto, as empresas têm investido na qualificação dos trabalhadores por meio de cursos de aperfeiçoamento. São profissionais que atuam no mercado há mais de duas décadas e estão na faixa de 30 a 50 anos de idade. Mas, o perfil do público da unidade é eclético, diz. Começa com jovens com idade de 16 e 17 anos, porque o curso técnico é vantajoso, rápido, possui alto índice de empregabilidade e atende à demanda das empresas. “Os cursos técnicos abrem as portas do candidato no mercado”, acrescenta o representante do Senac Santo André. A unidade possui 1.650 alunos matriculados em mais de 10 cursos técnicos. Os mais procurados são segurança do trabalho, informática e administração.
Artigo
Junho / 2014
O consumo e a Copa I
ndiscutivelmente, o povo brasileiro se interessa por duas coisas: carro e futebol, não necessariamente nesta ordem. Recentemente lembramos os 20 anos da morte de Ayrton Senna, dispensando maiores comentários a respeito do assunto, pois qualquer espaço seria pouco para falar do que o piloto representou e representa ainda para o Brasil. Contudo, hoje ficamos com a outra paixão: o futebol! Não é novidade para ninguém que o tal legado que a Copa da FIFA deixaria ficou muito aquém da expectativa de qualquer cidadão – torcedor ou não, até mesmo daquele mais otimista. E quando se fala em Copa do Mundo várias questões passam pela cabeça do consumidor. Como será o evento? Haverá ações de cambistas? Os preços dos produtos poderão sofrer reajustes estratosféricos por causa do aumento da demanda? Os serviços públicos deixarão de funcionar em razão dos jogos? Os hoteis poderão praticar tarifas diferentes das habituais? Em relação ao transporte, haverá meios de locomoção adequados que permitam chegar em tempo aos locais desejados, independentemente se aéreo ou terrestre? Enfim, acredito que essas sejam apenas algumas indagações do brasileiro, que busca respostas acerca dos seus direitos. Todavia, ponderamos algumas observações importantes para ajudar o leitor, ora consumidor. A forma de venda de ingressos da FIFA dificultou ao máximo a ação de cambistas e do torcedor. Portanto, será muito difícil a presença desses negociantes na porta dos estádios. Se mesmo assim o torcedor se deparar com algum cambista, deve recusar as ofertas mirabolantes, pois correrá risco de comprar ingressos falsos e, ainda, perder dinheiro. Caso não consiga comprar ingresso, a dica é reunir amigos para assistir jogos em outros locais. Outra questão fica por conta do preço dos produtos. Em se tratando de comida e bebidas, sempre caberá a boa e velha pesquisa de preços, considerando locais onde o consumidor frequenta e já conhece os valores praticados. Se houver abuso nos preços, basta indagar ao gerente o porquê do aumento repentino. O importante é demonstrar a insatisfação. Com relação aos hoteis, a regra é a mesma, pesquisar muito e evitar lugares que, sabidamente, reajustaram seus preços de forma abusiva. É preciso ressaltar que o preço é livre, mas o abuso pode ser rechaçado. Quanto aos serviços públicos, estes poderão funcionar em horários reduzidos. Já
os considerados essenciais deverão funcionar, no mínimo, em esquema de plantão. E também, mas não menos importante, o transporte. As passagens de ônibus e metrô não poderão ser reajustadas em razão da Copa do Mundo, pois são tarifas públicas. A mesma dica vale para bandeirada dos táxis. Em relação ao transporte aéreo, caberá ao consumidor buscar a melhor oferta, e ficar sempre atento às regras para mudança de horários e locais de embarque. Se os atrasos ultrapassarem o período de duas horas, os passageiros terão direito à assistência material, como lanche, bebida e comunicação. Se o atraso for de até quatro horas, além da assistência material, o passageiro poderá obter acomodação, se for o caso, incluindo transporte até o local adequado. Em casos de atrasos superiores a quatro horas, além dos itens já mencionados, a empresa aérea deverá oferecer ao passageiro a opção de reacomodação em outro voo da preferência do cliente ou o reembolso da passagem. A escolha é sempre do consumidor. Por fim, o consumidor deverá ficar muito atento às promoções feitas pelo varejo, especialmente na compra de televisores de última geração. Dois cuidados são imprescindíveis; primeiro, muita atenção à oferta e ao que a loja promete. Qualquer que seja a vantagem oferecida deverá ser feita por escrito, com regras claras e condições que permitam sua validade. Também é importante que o consumidor guarde folders ou tire fotos nas lojas das promoções anunciadas. O segundo ponto é o cuidado com o endividamento. O parcelamento, na maioria das vezes, pode ser tornar o grande vilão de quem não se programou direito para a compra do produto. Não é por que está barato que devemos comprar, principalmente coisas das quais não precisamos. Lembrem-se, ninguém dá nada de graça, os juros estão embutidos nas parcelas do produto. Opte sempre pelo desconto à vista. Depois de tudo isso, só nos resta desejar aos nossos leitores, uma boa Copa do Mundo!
26
Ana Paula Moraes Satcheki é advogada, professora universitária especializada em Direito das Relações de Consumo e sócia do escritório Satcheki Advogados
O Colégio São José oferece inovações pedagógicas no desenvolvimento de seus alunos. Cursos: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Período Integral (Ed. Infantil ao 5º ano). Disciplinas Complementares: Empreendedorismo, Matemática Financeira, Geopolítica e Ensino Religioso. Projeto Mentelnovadora: (Jogos de Tabuleiro) Possibilita o desenvolvimento de habilidades cognitivas, sociais, emocionais e éticas por meio de jogos de raciocínio. Projeto Inovaeduc: (Netbooks em sala de aula) Explora diferentes recursos tecnológicos na ampliação do conhecimento.
Projeto Matemática Fácil: Auxilia os Alunos em suas dificuldades que envolvam o raciocínio matemático. Projeto Tutorial: Tem por objetivo desenvolver e valorizar o hábito pela pesquisa e estimular a troca de conhecimentos entre os alunos de diferentes séries, de maneira harmônica e positiva. Extracurriculares: Certificado Microsoft Office Specialist, Ginásticas Ritmica Desportiva (GRD), Violão, Piano, Natação, Ballet, Futsal, Basquete e Judô. Cursos Técnicos: (Período Noturno) (A partir do segundo semestre de 2014) - Curso Técnico em Contabilidade - Curso Técnico em Administração - Curso Técnico em Logística
Nossa Proposta Pedagógica é a perfeita união entre teoria e prática, assim como a integração social entre família, comunidade e escola, construindo aprendizagens significativas, permeadas pelos princípios Palotinos: Unidade, Caridade e Cooperação, educando por inteiro, formando pessoas capazes de fazer a diferença na socidade.
Rua Dr. Fláquer, 334 São Bernardo - SP
(11) 4122-9171
www.saojose.palotinas.com.br
MODA
Junho/2014
Vestidos dos anos 1930, 1940 e 1950 serão destaques na feira
Reality Expo Noivas deve gerar R$ 9 milhões em negócios A
s tendências e novidades para transformar festas de 15 anos e casamentos em glamour podem ser conferidas na 6ª edição da Reality Expo Noivas & Debutantes, de 25 a 27 de julho, no Clube Atlético Aramaçan, em Santo André. Com um mercado que movimenta R$ 30 milhões ao ano no ABC, deve gerar R$ 9 milhões em negócios, segundo a organização. A expectativa de público é de 8 mil visitantes, dos quais 1,4 mil noivas e debutantes. A cada edição, o crescimento real do número de participantes é de 10%. O presidente da Associação Rua das Noivas do ABC, Márcio Casablanca e as coordenadoras do Reality, Cibele Mestre e Kell Francis, anteciparam à RD Ideias os detalhes. Vestidos dos anos 1930, 1940 e 1950, com caimento e cores mais leves, serão destaques da feira. O uso de pérolas artificiais, na vestimenta e buquês, também estará em alta. As flores estão menos coloridas, com evidência das cores branca e champagne. “Trata-se de um resgate da cultura, mas com tudo repaginado para o mundo de hoje”, explica Cibele Mestre. Para as debutantes, a novidade fica por conta dos MCs (mes-
tres de cerimônia), que estão em evidência no mundo da música e muito requisitados por jovens para animar as festas. Por isso a feira terá participação de dois MCs, que desfilarão como debutantes, entre eles Kauana, de Santo André. As apresentações da profissional no Youtube têm cerca de 170 mil visualizações. O nome do outro MC será surpresa. Com a modernidade das câmeras de gravação e a qualidade full HD (alta definição), as empresas investem na maquiagem 4D, que consiste em pigmentos importados utilizados na base e na própria sombra da noiva, para esconder imperfeições. Outra novidade é que os famosos chás de cozinha são substituídos pelos de lingerie e de beleza. Se no tradicional chá, a noiva faz lista para ganhar utensílios domésticos, agora renovam o guarda-roupa com lingeries ou comésticos, em uma celebração divertida com as amigas. A Reality também trará tendências de culinária, dança, penteados, decoração, foto e vídeo, entre outros. Mercado - De acordo com Márcio Casablanca, o mercado de casamento continua em expansão. As empresas não oferecem mais serviços apenas para o dia da cerimônia. Há preparação anterior, principalmente para as noivas, que encontram atendimento para diversos tratamentos de estética, de emagrecimento e até plástica. Um ponto importante, segundo Casablanca, é lembrar que o matrimônio é a união entre duas famílias, e as celebrações deixam de ser grandes eventos. “Realizações mais intimistas e aconchegantes estão caindo no gosto das pessoas”, diz. O empresário ressalta que o mercado quer mais espaço, e a realização de mais de uma edição da Reality por ano é uma forma de acomodar todo mundo, pois tem gente que tem preferência pelo primeiro semestre, assim como alguns preferem o segundo. “Para que o nosso evento não fique isolado do grande mercado, São Paulo, abrimos cerca de 15% do espaço para empresas da Capital, que também trazem novidades e motivação para o ABC”, afirma. Casablanca diz que a cidade sede do evento, Santo André, não tem espaço que comporte um evento de maior porte e que permita, portanto, um crescimento maior do que o apresentado. Por isso, uma das metas é levar a Reality para São Paulo, para que haja integração entre os mercados, com novidades de ambas as regiões. Cartórios - A união entre casais no papel se mantém estável no ABC. Os cartórios da região apresentam pouca variação na quantidade de casórios em comparação com 2013. Em Santo André, até abril, foram média de 150 a 160 uniões mensais, enquanto no ano anterior ocorreram cerca de 170 uniões por mês. O município que teve um leve aumento foi São Caetano, que passou de 60 para 72 casamentos mensais, de acordo com informações do 1º Cartório de Registro Civil. São Bernardo é a cidade que se manteve estável, com cerca de 300 casórios em ambos os anos, entre janeiro a abril. 28
Cinema
Junho/2014
Kevin Costner traz ação e suspense em 3 Dias para Matar
E
Livros
m junho, grandes nomes de Hollywood marcam presença nas telonas. Estrelas, como Kevin Costner e Daniel Radcliffe, estreiam filmes ou dão continuidade a sucessos, exemplo Como Treinar seu Dragão. A principal novidade vem com Kevin Costner, personagem da ação e suspense 3 Dias para Matar. No filme, Ethan Runner, antigo agente secreto internacional está à beira da morte. Seu último desejo é reatar com sua filha, com quem perdeu contato há muito tempo. Ao temer não
Ford - o Homem Que Transformou o Consumo e Inventou A Era Moderna
ter tempo hábil para encontrar a filha, o homem descobre a existência de uma potente droga que pode ser a salvação. O preço é aceitar um último trabalho. O filme custou R$ 28 milhões. Harry Potter - Outra novidade é Versos de um Crime. Conhecido pela trama de Harry Potter, Daniel Radcliffe está no longa-metragem. O drama se passa em 1944, quando Allen Ginsberg (Daniel Radcliffe) sai da casa dos pais rumo à universidade, onde precisa lidar com
o sentimento de culpa por ter deixado a mãe ( Jennifer Jason Leigh). O sonho é se tornar escritor, mas logo se sente incomodado pelo modelo certinho de poesia que o curso ensina. Não demora muito para que Allen conheça Lucien Carr (Dane DeHaan), jovem provocador que apresenta o universitário ao mundo da contracultura. Logo nasce uma grande amizade entre os dois, que se torna algo mais quando Allen passa a sentir atração por Lucien. Indicação 14 anos. Chega também em junho a continuação Como Treinar seu Dragão 2. Desta vez, depois de convencer o seu vilarejo que os dragões não devem ser combatidos, Soluço convive com seu dragão Fúria da Noite, e estes animais integram pacificamente a rotina dos moradores da ilha de Berk. Entre viagens pelos céus e corridas de dragões, Soluço descobre uma caverna secreta, onde centenas de novos dragões vivem, e não estão dispostos a viver em harmonia com os habitantes da ilha. Enquanto o perigoso Dragon Rider ameaça acabar com a paz no local, Soluço e Fúria da Noite se unem novamente para provar que homens e animais devem ser parceiros.
Pensar com os pés
O Trem dos Órfãos
Muito se sabe sobre a Ford e seus primórdios, mas ainda pouco se sabe como tudo começou. Nascido num mundo movido a vapor, Henry Ford, jovem fazendeiro, juntou trabalho duro, imaginação e habilidades inatas de mecânico, para transformar a indústria no início do século 20. Se tornou ícone com suas invenções que marcaram o mundo moderno. Enquanto alguns encaravam o automóvel como máquina inútil e sem aplicação prática, Ford construiu o primeiro carro em sua casa com US$ 28 mil. Depois fundou a Ford Motor Company, em1903. O livro apresenta abordagem nova para a biografia de um grande visionário.
Todo mundo sabe que o futebol é uma paixão nacional. Mobiliza multidões e exalta ânimos. O que poucos percebem é a semelhança desse esporte com a vida em seus momentos de sofrimento, determinação e sucesso. Com inteligência e perspicácia, Allan Percy reúne 50 máximas do mundo do futebol sobre temas essenciais como autoestima, desenvolvimento pessoal, carreira, relacionamentos, gerenciamento do tempo e até alimentação. Cada capítulo de Pensar com os pés é aberto pelo aforismo de um craque ou de um grande treinador, que é analisado e aplicado ao nosso dia a dia. A obra é um manual para vencer as partidas do cotidiano.
Quando Vivian Daly, de 91 anos, decide se livrar de seus pertences antigos, a senhora recebe a ajuda de Molly, adolescente órfã e rebelde, disposta a prestar serviços para não acabar no reformatório. Ao reviver cada momento marcante de sua história, Vivian conta para Molly sobre sua família irlandesa pobre que foi de barco para Nova York em busca de nova vida, e acabou morta num incêndio. Como única sobrevivente, Vivian é levada por um trem com outras centenas de crianças que teriam seu destino decidido pela sorte.Seriam elas adotadas por famílias gentis e amáveis, ou teriam de encarar uma infância e adolescência de servidão e trabalho pesado?
Autor: Richard Snow Editora: Saraiva Preço sugerido: R$ 44,90 Número páginas: 416
Autor: Allan Percy Editora: Sextante Preço sugerido: R$ 19,90 Número páginas: 128
Autor: Christina Baker Kline Editora: Planeta do Brasil Preço sugerido: R$ 49,90 Número páginas: 304
30
Junho/2014
Saúde
Doenças respiratórias voltam a ameaçar
Idosos, crianças até 5 anos, indígenas, gestantes, presidiários e doentes crônicos são mais vulneráveis a desenvolver à gripe A/H1N1
O
inverno se aproxima e também as preocupações com as doenças respiratórias, comuns nesta época do ano. Com as baixas temperaturas, os riscos de contaminação aumentam. Dor de cabeça, febre, coriza, dor de gargantae tosse são indicativos de gripe, um dos males mais temidos, especialmente o tipo H1N1, conhecido como Influenza A ou gripe suína, cujo vírus causou pandemia mundial em 2009. É por esse motivo que o médico Márcio Abreu Neis, professor de Pneumologia da Faculdade de Medicina do ABC, incentiva a vacinação contra a doença. Acrescenta que o frio, clima seco e poluição favorecem o quadro de crises relacionadas às doenças pulmonares e alérgicas, como asma, bronquite, enfisema, rinite, sinusite e edema. O especialista alerta para casos de pneumonia – infecção que se instala no pulmão -, que são intensificados no inverno. Causada por diferentes tipos de microorganismos, como bactérias, parasitas e fungos, a gripe é um dos principais motivos de morte de crianças e idosos no mundo. Diante do cenário, Neis recomenda atenção redobrada nas casas de repouso. “Como o risco de mortalidade é alto entre a população acima de 60 anos, as vacinas têm de estar em dia. Se houver sintoma da doença, deve-se procurar auxílio médico imediatamente”, explica. A pneumonia é
um risco também aos portadores com doenças crônicas, como diabetes, asma, insuficiência hepática, e com histórico de alcoolismo e tabagismo. Dicas - Antes da chegada do inverno, que começa dia 21 de junho, quem sofre de problemas alérgicos e respiratórios deve se prevenir e procurar o médico para traçar estratégias de tratamento de combate e redução das crises, segundo Neis. Já os asmáticos devem lavar as roupas de inverno e de cama antecipadamente. A umidade e mofo são prejudiciais à saúde, além de desencadeadores da doença. A poeira doméstica também é vilã. A recomendação do pneumologista é manter a casa sempre arejada e limpa. No entanto, ao invés de varrer é melhor passar pano úmido. Sobre o uso de aspiradores, o médico orienta a utilização de equipamentos adequados, que não deixam escapar detritos. Para se evitar a gripe, é necessária alimentação balanceada e rica em vitamina C, que aumenta a imunidade do organismo contra a doença. A recomendação é evitar locais aglomerados, tomar vacinas anuais e manter hábitos de higiene. E como as mãos são os principais transmissores da gripe, o médico recomenda a lavagem com frequência. Ao tossir e espirrar, é preciso cobrir a boca e o nariz com lenço de papel.
31