Rl dezembro

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RL MAGAZINE | p. 14

Aironense à frente de hotel em Guimarães Nº 175 • ANO XV • NOVEMBRO 2013 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

SANTA LUZIA

Fomos à festa! REPORTAGEM | p. 10 e 11

JOANE

Árvores de Natal recicladas p. 07

EM FOCO

Contadores de histórias PUBLICIDADE

p. 03

JOANE | p. 07 e 22 ATC vai a votos em Março mas Custódio admite não concorrer à presidência Associação de Reformados vai a votos pela primeira vez

VERMIL | p. 09 Realiza-se hoje funeral do trabalhador assassinado em Angola

RONFE | p. 16 e 17 Paulo Silva mostra a sua colecção com mais de 100 camisolas do Vitória

CASTELÕES | p. 08 S. Silvestre da Juventude espera mais de 700 atletas este domingo


2 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

MOGEGE | DESFILE DE PAIS NATAL A Associação Desportiva Carril de Mogege promove, no dia 24 de Dezembro, a partir das 13.30 horas, o desfile de pais natal com distribuição de brinquedos e guloseimas pelas crianças da freguesia.

SANDRA FERREIRA

Uma mala com histórias e carinho para crianças e idosos

J

mada por crianças, outras por idosos. Num caso como no outro, todos eles “ávidos e receptivos e muito carentes de actividades que os descentralizem do espaço diário e do quotidiano pessoal”. Os idosos, adianta , adoram p a r t i l h a r e c o n v i v e r. E c o n tam, também eles, as suas histórias, “por vezes chocantes”. Acima de tudo, afirma

Nas suas acções com crianças e idosos, Sandra Ferreira conta e ouve histórias. Algumas chocantes, que revela que os idosos são extremamente ávidos de carinho

Sandra , “são extremamente ávidos de carinho”. Neste momento a escritora está a desenvolver o subprojeto Pinóquio, através do qual dá novas vidas à história do boneco de madeira como forma de “d e s p e r t a r o s m a i s j o v e n s para a abertura de mentes ávidas de cultura”. “No final os jovens ficam com a ideia de que não somos

formigas em fila, ao serviço de outros, mas dotados de liberdade para recriar”. Atenta ao que se passa à sua volta , Sandra Ferreira gostava de ver mais investimento na cultura a nível local. “É imperioso um maior investimento nesta área, com tertúlias, recolha de histórias e do património fotográfico. A sociedade carece de cultura”.

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á passou por cadeias, h o s p i t a i s , l a r e s , e s co l a s e bibliotecas: Sandra Ferreira é uma conta dora de histórias que, com o seu projecto “Eco.Grafias d a M e m ó r i a I n f â n c i a / Ve lhice” anda há quatro anos, e de forma altruísta, a lutar pelo “aprimoramento do ser humano”. Através da narração oral, do uso de técnicas de expressão linguística e gestual e da psicologia do desenvolvimento c o g n i t i v o e s e n s ó r i o - m o t o r, ela desfia lendas e histór i a s . Tu d o p a r a “ f o m e n t a r e estimular o espírito crítico” e o gosto pela leitura e a esc r i t a , “d u a s c o m p e t ê n c i a s chave para a elasticidade cerebral”. Nos últimos anos, Sandra Ferreira , que é também escritora , já colaborou com o Museu Martins Sarmento, Pa ç o d o s D u q u e s d e B r a g a n ça , Hospital de Guimarães e co m a s b i b l i o t e c a s d a r e g i ã o . Já passou por instituições de J o a n e , R i b a d ’A v e , C a s t e l õ e s , Po u s a d a d e S a r a m a g o s , o r a com exposições, workshops de escrita , leitura e pintura; ora com histórias para miúdos e graúdos. “ Po r v e z e s s o u a b o r d a d a n a rua e são tantos os rostos que já quase nem recordo!”, confessa ao RL . Umas vezes a plateia é for-


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 3


4 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

JOANE | JANTAR DE NATAL DOS CURSOS EFA UM COLECTIVO À PROCURA DEdos NOVAS Os formandos e formadores CursosIDEIAS EFA (educação e formação de Numaadultos) fa promoveram no dia 13 de Dezembro um jantar de Natal, no refeitório do Agrupamento de Escolas de Padre Benjamim Salgado. Não faltaram as tradicionais iguarias natalícias e a música alusiva à quadra.

Quer entrar num filme? R E A L I Z A D O R D E J OA N E P R O C U R A A C T O R E S : R A PA Z D O S 1 5 A O S 2 5 A N O S E C A SA L C O M I DA D E E N T R E O S 3 5 E O S 5 5 A N O S . S E S S Õ E S D E C A S T I N G R E A L I Z A M - S E E M JA N E I R O . O r ea l i z a d o r H é l d e r Fa r i a , d e Jo a n e , e s t á à p ro c u ra d e f igurantes para o seu novo f ilme, uma curta-metragem que será filmada entre Março e Abril do próximo ano. O filme ficcional, tem como título provisório “O ar que respiramos”, e enquadra-se no projeto final de Mestrado em Cinema que o autor está a fazer na Universidade da B e i r a I n t e r i o r. O filme será filmado na totalidade na região, pretende mostrar um pouco da conjuntura de crise económica q u e o p a í s a t r av e s s a a t r av é s d e u m c a s o p r o b l e m á t i c o e d i s f u n c i o n a l d e u m a f a m í l i a p o r t u g u e s a . Pa r a r e a l ç a r e s t e teor verídico e actual, o realizador pretende trabalhar com pessoas da região. As sessões de casting realizam-se no dia 17 de Janeiro (sexta-feira), das 16:00 às 21:00 horas, no auditório da antiga Junta de Freguesia de Joane. Procura-se rapaz dos 15 aos 25 anos, e homem e mulher dos 35 aos 55 anos.


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 5

OPINIÃO | Pag. 24 SÁ MACHADO “Rankings” QUINTINO PINTO “Coisas que tramam sempre os mesmos...os portugueses”

20 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER

LOCAL

ASSOCIAÇÕES

editorial

CICLISMO ACV | DO ATLETISMO AO áreas principais da actividade O desporto é uma das o longo l d e Ve r m o i m , q u e , a d a A s s o c i a ç ã o C u t u ra moda a alargar o número de dos anos, tem vindo conta com secções de lidades: além, do atletismo, e ginástica . ciclismo, andebol, BTT

JOAQUIM FORTE

ES

No princípio era o teatro VERMOIM • ASSOCIAÇÕ

O último RL deste ano

Cultural estagnação, a Associação Depois de um período de novo da terra, está de volta com de Vermoim, a mais antiga projectos dinamismo e com muitos

ara m uns panos pretos p a tapar as janelas co oo á muitos filmes, com a luz não entrar. Vi l . ta o vice-presidente ucha e Estica””, con as ciação de Ver - “B ndonou as primeir a mais antiga asso m 1985 a ACV aba ado a vida cul- E e numa arrecadação moim e tem marc talações, fixando-s de associativa da ins Freguesia. A falta tural, desportiva e a sede da Junta de , há quatro anos, d imeiro período de r p m u a u o v e l s freguesia desde que e õ ç ção. condi igentes deitaram período de estagna nação” até que os dir “renasceu” após um m terreno Cultural de “estag u o o ã d ç n a i a c t i o e s v s o A r a p a , 7 , 7 e 9 ” Fundada em 1 ural, “mãos à obra s pontos tua no âmbito cult m privado, num do Vermoim (ACV) ac des- cedido por u omeçaram teatro, e no âmbito tes da freguesia, c com um núcleo de smo. mais distan s recentel, ginástica e atleti a sede social. Mai portivo, com futebo nos, a construir a sala na ol, feita há dois a ram a dispor de um A aposta no andeb sceu, mente passa primária) : foi a que mais cre tiva (antiga escola revelou-se acertada e n s . Casa Associa de teatro. ma centena de jov s ensaios do grupo envolvendo hoje u titui- usada para o lações ve nas origens da ins ona das suas insta d é V C A a , e j o H Carlos Carvalho este a preortivo, cou, há dois anos, par e um ringue desp ção, à qual regresso o foi o e d i s p õ e d da década génese da associaçã onstruir no início sidir à direcção. “A egue- m e ç a d o a c Vermoim era uma fr teatro e o atletismo. avam 3 pessoas que se junt sia muito apagada e 1 para fazer alguma coisa e Carlos Azevedo nos cafés quiseram t e . Carlos Carvalho (direita) n e g i r i d o a d r o c e frente r , à ” ada distintas que a terra fosse fal e i a s , (esquerda): duas gerações a, foi na Casa Ar Associação O começo, adiant e d i - da dinâmica recuperada pela go do tempo e à m melhorada ao lon b a l - Cultural de Vermoim. des: primeiro uns da das possibilida tro e m palco para tea neários, depois u tadodas para os espec por último banca ingo. ojectados ao dom res dos filmes pr esidente da ACV, r p e c i v , o d e v e z A Carlos abiesses tempos. “H recorda-se bem d mo o essoal da ACV, co tuei-me a ver o p atlea fazer provas de actual presidente, tarde a jogar futebol à tismo de manhã, RL. noite”, recorda ao e a fazer teatro à am o outras pessoas tiver Tal como ele, muitas . “Teom o cinema na ACV primeiro contacto c alho v r magem do Carlos Ca nho bem presente a i

Luís Pereira

É

Apesar de tudo, caro leitor, ainda há boas notícias. Não se trata, claro está, de nenhum investimento avultado nas terras de cada um dos leitores. Nem tampouco do anúncio do fim da crise que tem levado o País a um rumo de contornos preocupantes. São notícias mais “simples”. Mas cá da nossa terra. Por exemplo: a iluminação pública vai ser reposta em todo o concelho de Famalicão, depois de dois anos com muitas ruas mergulhadas numa escuridão que lembra tempos muito recuados. A Câmara de Famalicão resolveu presentear os munícipes com a religação dos postes que haviam sido suprimidos como forma de poupar na factura da electricidade. Outra boa notícia, simbólica mas nem por isso desprovida de importância: a Junta de Freguesia de Joane mostrou como, de forma simples, se pode ter iniciativa e envolver a comunidade. Ao

orrlos Carvalho, rec de 90, salienta Ca as” muitas “brincadeir dando, de entre as um licação do “Grilo”, dessa altura, a pub nas que conheceu ape jornal trimestral des. s que deixou sauda quatro edições ma . E nhou sempre a ACV O desporto acompa çou ongo dos anos. Come também cresceu ao l ezinhas” e comper b o p s e õ ç i d n o c “ r por te ara orneios da zona”, p tição resumida a “t onsdinâmica após a c passar a ter nova , do mais recentemente trução do ringue e, em t V C A a e j o H . o v i t r o pavilhão gimnodesp atos tebol nos campeon duas equipas de fu tas s e veteranos, 30 atle concelhio de seniore u a utenção e revitalizo na ginástica de man m, (veteranos), que te secção de atletismo dez noma por parte dos porém, gestão autó ural stas valências é nat atletas. Com todas e gias: “em qualquer r e n i s e d a h l i t r a p a j que ha o de o de teatro, o grup iniciativa do núcle pação e os i c i t r a p a m u r e t r ginástica que r de ambém querem faze jovens do andebol t do. lifica Carlos Azeve figurantes”, exemp da tribui o “renascer Carlos Carvalho a u na ue novo que entro dinâmica” ao sang nte, ão que, semanalme ACV, uma associaç um as, tem 250 sócios e lida com 300 pesso ano. l euros para o novo orçamento de 70 mi ebol nter a aposta no and A direcção pensa ma e transporte. “Só d a t i s s e c e n l a t a r mas pa s do orvem dez mil euro as deslocações abs edo. explica Carlos Azev orçamento anual”, so a nda, mas nem por is O dinheiro não abu s do r. Cobrir as bancada ACV deixa de sonha r um balneários e realiza campo, melhorar os algumas das aspirações. festival de teatro, são

desafiar o movimento associativo local a confeccionar árvores de Natal a partir de material reciclado, a autarquia liderada por António José Oliveira deu um sinal de que está atenta, que tem ideias (sem necessidade de dinheiro), ao mesmo tempo que contribuiu para incutir “energia” nas associações. Santa Luzia, em Airão Santa Maria, comprova bem o chavão segundo o qual “a tradição ainda é o que era”. A festa deste ano teve os ingredientes que se esperam de romarias do género. Do lado da religiosidade, a pequena capela recebeu muitos fiéis. Do lado dos “apetites terrenos”, não se verificaram motivos para decretar a morte dos costumes. As tasquinhas da zona conheceram um acréscimo de clientela e, como diz o povo, “tiraram a barriga de misérias”, despachando vinho a copo e petiscos de textura e sabor variados. O RL esteve por lá e dá conta do colorido festivo nas páginas centrais.

PAGS. 20,21 | ASSOCIAÇÕES Depois de um período de estagnação, a Associação Cultural de Vermoim, a mais antiga da terra, está de volta com novo dinamismo e com muitos projectos.

Esta é a última edição deste ano. Como habitualmente foi antecipada uns dias para assinalar o Natal. Passou-se, portanto, mais um ano a garantir, com muito esforço, a publicação de um jornal, assistindo ao desaparecimento de alguns títulos vizinhos e ao desfiar das queixas dos que ficam. No caso concreto do RL, cada edição esconde as dificuldades que não são muito diferentes daquelas que sentem as pessoas no geral e as micro-empresas. Quando a crise aperta, o mercado publicitário (única receita deste jornal) retrai-se e isso dificulta a já de si difícil missão de garantir que o jornal chegue aos locais habituais. Espera-se que o novo ano que se avizinha seja de mudanças. Por fim, uma nota para endereçar aos leitores, anunciantes e amigos deste jornal votos de Bom Natal e feliz ano novo.

o que se diz “Pagamento feito a cristina ferreira (apresentadora da tvi) gera polémica política”. Jornal de Notícias

“Cristina Ferreira (TVI) ganha 5000 euros para conduzir desfile Artemoda Famalicão”

“Câmara de Famalicão repõe toda a iluminação pública no concelho”

Jornal de Notícias

Opinião Pública

“Cristina Ferreira usou a sua página do Facebook para desmentir as notícias que davam conta de que a apresentadora tinha recebido cinco mil euros para apresentar um desfile (em Famalicão)”.

“Ministro da Educação Nuno Crato desconfia dos professores licenciados nas escolas superiores de educação”.

Revista FamaVip

“Cachet de 5000 euros de Cristina Ferreira, apresentadora do Artemoda 2013, domina reunião da Câmara de Famalicão”.

Público

“Greve, protestos, boicote e lágrimas no dia da prova dos professores”. Público

“Preço das portagens mantém-se no próximo ano”. Público

Opinião Pública

Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda - Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail geral@reporterlocal.com Membros detentores de mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira Director Joaquim Forte ( joaquim.forte@gmail.com) Redacção Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) Paginação Filipa Maia Colaboradores Fernanda Faria; João Moura; Luís Santos; Sérgio Cortinhas; Quintino Pinto Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514

“O que vemos é o PS com um comportamento desviante a pegar num boato como forma de ofuscar o êxito da iniciativa (Artemoda Famalicão)”. Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão. Opinião Pública

“Governo aprova idade de reforma aos 66 anos a partir do próximo ano”. Público

“Três secretários de Estado deixam o Governo” Jornal de Notícias


6 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

LOCALIDADES

JOANE | EARO NA S. SILVESTRE DO PORTO A Escola de Atletismo Rosa Oliveira participou n a 2 0 ª S . S i l v e s t r e C i d a d e d o P o r t o . Va s c o B a t i s t a (M35) foi 17º e Henrique Paredes (M50) foi 8º. Em f e m i n i n o s , R o s a O l i v e i r a ( M 4 0 ) f i c o u e m 5 º l u g a r.

C

ustódio Oliveira considera que o governo português teve uma postura de “falta de respeito” ao retirar o estatuto de utilidade pública à Associação Teatro Construção, de Joane. Após a notícia da última edição do RL, o presidente da associação convocou a imprensa, no passado dia nove de Dezembro, para prestar esclarecimentos sobre este processo. “O despacho que surge em Diário da Republica é apenas parte de um texto maior onde se diz claramente que a ATC mantémse como uma instituição com interesse público por ser IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social). Mesmo assim, claramente que a imagem da ATC sai prejudicada. Não se percebe porque é que o Governo perde tempo com estas coisas, até porque nós somos de Utilidade Pública e IPSS. Houve aqui uma grande falta de respeito para com a instituição”, acusou Custódio Oliveira. O dirigente fez notar ainda que a notícia do Repórter Local terá causado “alarme” e “inquietação” entre funcionários e utentes da associação. “Era tudo mais simples se o extracto que vem no Diário da República explicasse que a associação não perde qualquer direito nem dever que tinha até agora. Claramente que o Governo prejudicou-nos ao retirar o estatuto, quanto mais não seja prejudicou a nossa imagem”, afirmou o dirigente.

ATC QUER REACTIVAR POJECTO DA CASA DAS FONTES Apostar no Festival de Teatro, que completa 40 anos, e assinalar os dez anos dos Camin h o s d e S a n t i a go s ã o p ro j e c t o s p a ra 2 0 1 4

“Estado prejudicou-nos ao retirar à ATC estatuto de Utilidade Pública” Custódio Oliveira considera que a decisão do Governo resulta num claro prejuízio para a imagem da ATC mas garante que a associação não perde qualquer direito nem dever que tinha até agora. Quanto às eleições internas, marcadas para Março do próximo ano, o dirigente, que lamenta a “frágil participação” dos sócios na ATC, não revela se é ou não candidato a presidente.

SÓCIOS POUCO PA R T I C I PAT I V O S No mesmo encontro, Custódio Oliveira mostrou desagrado face à “frágil” participação dos sócios na vida da ATC e chegou a desejar a existência de críticos porque, “quando existem, contribuem imenso para a dinâmica da associação”, concluindo que, “para o bem da ATC, oxalá houvesse disputa eleitoral”. A esse nível, adiantou, “atravessamos um ciclo mais frágil, existe demasiado ‘deixa cor-

rer’ entre os sócios”, desabafou Oliveira, que falava a respeito das eleições internas, adiadas para Março do próximo ano. Sem negar uma recandidatura - “Agora nunca digo nunca” – o dirigente, que foi candidato do PS à Câmara de Famalicão, recorre à ambiguidade para dizer que é uma certeza a sua continuidade na ATC, mas não confirma que seja na presidência. “Depois veremos”, atirou. L u í s Pe r e i r a

A Associação Teatro Construção vai a votos depois de t e r a p rova d o o o r ç a m e n t o para 2014, que ronda os 1 , 9 m i l h õ e s d e e u ro s . Vo l t a r a d a r v i d a à C a s a das Fontes e ao terreno contíguo e apostar no F e s t i v a l d e Te a t r o ( q u e co m p l e t a 4 0 a n o s ) s ã o a s grandes apostas para o p ró x i m o a n o . N o c a s o d a C a s a d a s Fo n tes, o projecto previsto (inicialmente na área da saúde, depois na deficiê n c i a ) p a ro u “ p o r f a l t a d e financiamento” e a nova aposta não tem ainda con tornos definidos. “Certo é que a partir de Janeiro a casa ganhará vida”, garan t e C u s t ó d i o O l i ve i ra . No ano novo que se aviz i n h a a A s s o c i a ç ã o Te a t ro Construção quer ainda celebrar os dez anos dos “Caminhos de Santiago”: para Junho está a ser preparada uma “grande excursão a Compostela”, co m p l e m e n t a d a , n o l o c a l , com uma festa incluindo teatro, artes circenses e m ú s i c a . A i n i c i a t i va , co n tudo, não inviabiliza a caminhada que anualmente a instituição organiza por a l t u ra d a Pá s co a .

PROTAGONISTAS PAULO CUNHA

CUSTÓDIO OLIVEIRA

NUNO MACHADO

PAULO SILVA

PAULO MACIEIRA

O PRESIDENTE

INDECISO

O GERENTE

O COLECCIONADOR

O VETERANO

Acabado de chegar ao cargo de presidente da Câmara de Famalicão, conseguiu quase unanimidade na eleição para presidir ao Conselho Regional do Norte, organismo ligado à CCDR Norte.

O presidente da ATC ainda não sabe se vai ou não ser candidato a novo mandato nas eleições que foram adiadas para Março. Por agora mostra-se preocupado com a pouca participação dos sócios.

Aos 34 anos, Nuno Machado, natural de Airão Santa Maria, e depois de um percurso ligado à cultura, assumiu um novo desafio: dirigir o Hotel da Oliveira, um quatro estrelas situado em pleno Centro Histórico de Guimarães.

A sua paixão pelo Vitória de Guimarães é tanta que não se contenta com acompanhar o clube. Em casa tem mais de 300 camisolas usadas por gerações de jogadores e cachecóis de vários clubes, nacionais e estrangeiros.

Aos 40 anos, Paulo Macieira continua a ser uma referência do enduro na região. Afastado desde 2007, devido a lesão, nem por isso deixou a paixão pelos motos e ao fim-de-semana lá vai para o monte “saltar pedra”.


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 7

POUSADA | ASSEMBLEIA DE FREGUESIA Reúne este domingo, pelas 16:45 horas, a Assembleia de Freguesia de Pousada de Saramagos. Os principais assuntos da agenda são a votação do Regimento para o mandato 2013-2017 e do Plano de Actividades e Orçamento.

LOCALIDADES

JOANE • ESCOLAS

Bandeira das ciências hasteada na escola secundária Projecto da Universidade do Minho visa aproximar os ensinos secundário e superior Redacção

S

e o leitor entrar na escola secundária de Joane, sede do Agrupamento Padre Benjamim Salgado, vai deparar, num dos mastros, com uma nova bandeira, ao lado da portuguesa, do concelho e da Europa: trata-se da bandeira “A Minha Escola de Ciências” e foi hasteada no dia 17.O projecto, que abrange 18 escolas dos distritos de Braga e Viana do Castelo, é coordenado pela Escola de Ciências da Universidade do Minho e visa promover a aproximação entre os ensinos secundário e superior. Para a subdirectora do agrupamento, Teresa Mota, o acto de hastear a bandeira simboliza o empenho e compromisso da escola na “promoção da cultura científica”. O embaixador do projecto no Agrupamento, André Pereira, referiu que aquele “abre uma ponte de ligação com a Universidade do Minho”. O hasteamento da bandeira do projecto AMEC é um acto simbólico, que vem dar visibilidade ao compromisso assumido pelo Agrupa-

A bandeira “A Minha Escola de Ciências” foi hasteada no dia 17 na sede do Agrupamento de Escolas Padre Benjamim Salgado de Joane. O projecto abrange 18 escolas dos distritos de Braga e Viana do Castelo, é coordenado pela Escola de Ciências da Universidade do Minho e visa promover a aproximação entre os ensinos secundário e superior.

Árvores de Natal recicladas Dezasseis associações de Joane responderam ao desafio lançado pela Junta de Freguesia e decoraram o Largo 3 de Julho com árvores de Natal feitas em material reciclado. A autarquia pretendia dar o colorido de Natal ao centro da vila e para isso contou com a ajuda das associações, que construíram árvores recorrendo aos mais variados tipos de materiais - esferovite, troncos de árvores mortas, cortiça e metal.

A m o n t ra d a s á r vo r e s d e N a t a l e s t á exposta no Largo 3 de Julho e a autarquia deseja que a iniciativa tenha seguimento, de preferência com um maior número de participantes. “Pretendemos fazer um regulamento e transformar a montra num concurso entre associações. A ideia será ainda a de descentralizar a iniciativa , distribuindo as árvores por vários pontos da vila”, explica António Oliveira , presidente da Junta de Joane.

mento de Joane com a promoção da literacia científica e tecnológica. Tem financiamento da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, Ciência Viva, no âmbito do programa “Escolher Ciência”. Visa aproximar as escolas das universidades, numa perspectiva de partilha de recursos e de estímulo ao prosseguimento de estudos em áreas científicas e tecnológicas. O projecto inclui acções a realizar na Escola de Ciências da Universidade do Minho e nas escolas parceiras, através dos seus núcleos criados para dinamizarem iniciativas multidisciplinares que fomentem nos alunos o gosto pelas áreas científicas do conhecimento. As conferências e palestras promovidas por investigadores nacionais e internacionais e as actividades experimentais em áreas como Biologia, Geologia, Física, Química, Matemática, Informática, Robótica, Astronomia, possibilitam o aprofundamento de conhecimento. A conclusão do projecto está prevista para Maio, com a realização de um Congresso final com participação das escolas.


8 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

LOCALIDADES

JOANE | FESTA DE NATAL DA EARO O p r e s i d e n t e d a C â m a r a d e Fa m a l i c ã o , P a u l o C u n h a , m a r cou presença no jantar de Natal da Escola de Atletismo Rosa Oliveira . Na ocasião foram entregues os prémios aos atletas campeões regionais e campeões a nível nacional (veteranos).

joane • ESCOLAS

Anjos, demónios e ciência Associação de Pais promoveu palestra no âmbito do projecto “Pais com Ciência”.

Anjos e demónios lado a lado com a ciência? Assim à primeira vista parece uma aliança pouco natural, mas foi o que se passou, no passado dia 10 de D e z e m b ro , n o A g r u p a m e n t o d e E s c o l a s Pa d r e B e n j a m i m Salgado de Joane. Os alunos do nono ano assistiram à palestra “A n j o s , d e m ó n i o s , m a t é r i a e antimatéria”, promovida pela Associação de Pais e Encarregados de Educação, n o â m b i t o d o p r o j e c t o “ Pa i s com Ciência”, do Ciência Viva . A “espinhosa missão” coube a Pe d r o Te i x e i r a d e A b r e u , investigador do Laboratório de Instrumentação e Física Elementar de Partículas e docente do Departamento de Física do Instituto S u p e r i o r Té c n i c o , e m Lisboa. Te n d o c o m o p o n t o d e partida as cenas iniciais do f i l m e “A n j o s e D e m ó n i o s ” , baseado no romance de Dan Brown (o mesmo autor do célebre “O Código Da Vinci”), que se desenrolam

no Conselho Europeu para a Pe s q u i s a N u c l e a r, e m Genebra , o orador apontou algumas “incongruências científicas” que se verificam em tais cenas. O investigador centrouse nas actividades desenvolvidas naquele Conselho de pesquisa (conhecido pela designação original CERN), em particular as descobertas mais recentes, como o bosão de Higgs, também co n h e c i d o co m o “ a Pa r t í c u l a de Deus”. Os dois cientistas que desenvolveram a teoria do bosão de Higgs foram este ano distinguidos com o Prémio Nobel da Física. Apesar da complexidade do tema - que poderia afastar qualquer plateia não especializada -, P e d r o Te i x e i r a c o n s e g u i u surpreender e motivar os alunos utilizando analogias do dia-a-dia e mostrando q u e é p o s s í v e l f a z e r, aprender e aplicar física co m u m a a n á l i s e m a i s a t e n t a e cuidada dos fenómenos e situações diárias.

CASTELÕES

S. Silvestre da Juventude Realiza-se este domingo, dia 22, a S.Silvestre da Juventude de Castelões. A organização, a cargo da Associação Desportiva de Castelões, com o apoio da Junta local e da Câmara Municipal de Fa m a l i c ã o , p r e t e n d e r e a f i r m a r a prova como uma das mais importantes do calendário regional. Apadrinhada pela atleta Rosa Oliveira, a prova conta com as presenças confirmadas de Dulce Fé l i x , R i c a r d o R i b a s e R u i Pe d ro Silva . A competição centra-se nos

escalões de formação, de benjamins A até juvenis, contando ainda c o m u m a c o r r i d a p o p u l a r. Pa r a a l é m d o p r é m i o d e p a r t i c i p a ção, serão entregues taças às três primeiras equipas por escalão, troféus e medalhas para os cinco primeiros por escalão, um prémio para o atleta mais idoso, e haverá ainda um prémio surpresa a ser sorteado por todos os presentes, assim como a entrega de um presunto à equipa que tiver mais atletas em prova .


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 9

LOCALIDADES

FAMALICÃO | NUNO SÁ REELEITO NO PS N u n o S á f o i r e e l e i t o p r e s i d e n t e d a C o m i s s ã o Po l í t i c a c o n c e l h i a d o P S d e Fa m a l i c ã o . N a s e l e i ç õ e s d o d i a sete de Dezembro, a Lista A obteve 306 votos (80 por cento) e a Lista B, encabeçada por Paulo Folhadela , ficou-se pelos 76 votos (20 por cento).

VERMIL • TRAGÉDIA

JOANE

ATC quer fazer história com o I Corta-Mato de Natal A A s s o c i a ç ã o Te a t r o C o n s t r u ç ã o d e J o a n e o r g a n i z a , no próximo dia 29, o primeiro Corta Mato de Natal e a terceira Caminhada e Corrida Solidária . A s i n i c i a t i va s i n s e r e m - s e n o p ro g ra m a “ N a t a l S o l i d á rio” e decorrem nos terrenos da antiga estamparia . A ATC q u e r “ f a z e r h i s t ó r i a ” c o m a i n i c i a t i v a . E a c i m a de tudo criar tradição para que o corta-mato se repita todos os anos. As inscrições são gratuitas para os mais jovens e custam um euro a partir do escalão de juniores. To d o s o s p a r t i c i p a n t e s s ã o c o n v i d a d o s a e n t r e g a r um bem de consumo não perecível que servirá para a elaboração de cabazes de Natal que serão distribuídos pelas famílias mais carenciadas.

Vai a sepultar hoje vermilense morto em Angola Corpo de Paulo Sérgio Marques, de 33 anos, chegou esta quinta-feira à capela de S. Roque, em Vermil, onde está em câmara ardente. O vimaranense foi assassinado no passado dia três de Dezembro, após resistir a um assalto em Luanda, onde se encontrava há cinco anos ao serviço de uma empresa de Guimarães.

FAMALICÃO

Dois anos depois, luzes públicas apagadas são repostas pela Câmara D o i s a n o s d e p o i s , a C â m a r a M u n i c i p a l d e Fa m a l i c ã o vai repor a iluminação pública em todo o concelho, religando os postes que foram desligados no âmbito da política de poupança do consumo de energia. A medida, implementada a nível nacional, motivou reclamações dos munícipes. No caso de Fa m a l i c ã o , e s t a d e c i s ã o n ã o s i g n i f i c a , s e g u n d o a Câmara , que se ponha de lado a necessidade de poupar nos custos da electricidade. “ Va m o s s u b s t i t u i r a s l â m p a d a s d e m e r c ú r i o p o r lâmpadas de vapor de sódio, ampliar a rede servida por reguladores de fluxo energético e começar a introduzir a tecnologia Led em algumas situações”, explica o presidente da Câmara . A operação de religar todos os postes de iluminação pública vai arrancar de imediato e será feita de forma progressiva , devendo durar alguns meses.

Redação

R

ealiza-se esta sextafeira o funeral de Paulo Sérgio Ferreira, o vermilense assassinado em Angola. O corpo chegou ontem, quinta-feira, à freguesia de Vermil, de onde é natural. Foi atacado à facada quanto tentava ajudar um colega, na sequência de uma tentativa de assalto levada a cabo por desconhecidos, nos arredores de Luanda. O corpo encontra-se desde ontem em câmara ardente na capela de S. Roque. O funeral realiza-se às 15:30 horas, com missa de corpo presente na igreja de Vermil, indo o corpo a sepultar no cemitério local. Paulo Sérgio Ferreira, natural de

Vermil mas com última residência portuguesa em Airão Santa Maria, estava a trabalhar em Angola há cerca de cinco anos, ao serviço de uma empresa com sede em Guimarães. Ño final de um jantar no passado dia três de Dezembro, foi com um grupo de amigos a um café, nos arredores de Luanda, capital angolana, onde, á saída, Paulo Sérgio e um colega foram atacados por um grupo de desconhecidos que pretendiam assaltá-los. Depois dos primiros confrontos, o trabalhador de Vermil tentou auxiliar o colega e foi atingido por uma facada. O vermilense ainda foi levado para uma clínica local mas acabou por falecer pouco depois na sequência da gravidade do ferimento provocado pela fa-

cada. Quanto aos assaltantes, as autoridades angolanas ainda não dispõem de informações sobre as suas identidades. A chegada do corpo esta quinta-feira, depois do percurso desde o aeroporto Francisco Sá Carneiro, foi marcada por intensa emoção por parte da família e dos amigos mais chegados que marcaram presença na deposição da urna na Capela de S. Roque, após vários dias de espera. Paulo Sérgio Ferreira era descrito como sendo uma pessoa que evitava conflitos e que se empenhava a sério em ultrapassar os obstáculos que lhe surgiam pela frente. “Nunca desistiu da vida e por isso resolveu tentar melhorar a vida em Angola”, referiu um familiar.

O corpo de Paulo Sérgio Ferreira, de 33 anos, encontra-se em câmara ardente na capela de S. Roque em Vermil. O funeral realiza-se às 15:30 horas, com missa de corpo presente na igreja da freguesia, indo o corpo a sepultar no cemitério local. Paulo Sérgio Ferreira, natural de Vermil mas com última residência portuguesa em Airão Santa Maria, estava a trabalhar em Angola há cerca de cinco anos, ao serviço de uma empresa de Guimarães. Ao tentar defender um amigo durante um assalto, em Angola, foi atingido com uma facada


10 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

LOCALIDADES

VERMOIM | JANTAR DE NATAL DA ACV Centenas de pessoas participaram no jantar de Natal d a A s s o c i a ç ã o C u l t u r a l d e Ve r m o i m , r e a l i z a d o e m Joane. A festa serviu de reconhecimento aos atletas, actores, dirigentes e patrocinadores da colectividade.

FAMALICÃO • aUTARQUIA

Paulo Cunha preside ao Conselho Regional do Norte

P

aulo Cunha é o novo presidente do Conselho Regional do Norte, um órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), que integra os 86 presidentes de Câmara da região, organizações sociais, económicas, ambientais e científicas e representantes dos serviços regionais de vários ministérios. O presidente da Câmara Municipal de Famalicão foi eleito por maioria folgada (69 votos a favor, dois contra e quatro brancos). “Paulo Cunha torna-se desta forma num dos principais actores políticos do Norte de Por-

tugal, assumindo um papel de relevo na distribuição e aplicação do próximo ciclo comunitário (2014-2020) na região”, salienta o gabinete do autarca famalicense. Acompanhar as actividades da CCDRN e a execução dos programas operacionais de financiamento comunitário, pronunciar-se sobre os projectos de relevância e dar parecer sobre os planos e programas de desenvolvimento regional, nomeadamente sobre a aplicação de investimentos da administração central na região, são algumas das competências do Conselho Regional. A CCDRN é um organismo desconcentrado do Ministé-

rio do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional. O autarca de Famalicão não está isolado neste Conselho Regional do Norte: na mesma ocasião, Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, do PS, foi eleito vogal da Comissão Permanente daquele Conselho Regional, que é composto pelo presidente e vice-presidente e por um número de vogais eleitos por escrutínio secreto. Recentemente, Domingos Bragança passou a integrar o Conselho Geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses, órgão deliberativo entre Congressos.

JOANE

Fraternidade Nun Álvares assinalou 30 anos

A F ra t e r n i d a d e N u n o Á l va r e s d e J o a n e co memorou 30 anos no passado dia oito de Dezembro. O programa incluiu um convívio no Centro Social da Paroquia , uma romagem ao cemitério e missa presidida pelo pároco de Joane, que felicitou a Fraternidade pelo seu “papel determinante” no seio da comunidade. Na efeméride participaram, entre outros, o vereador Mário Passos, da Câmara de Fa m a l i c ã o , o p r e s i d e n t e d a Ju n t a d e Jo a n e , António Oliveira , e os presidentes da Direcção Re g i o n a l d e B r a g a e d a M e s a d o C o n s e l h o Nacional da Fraternidade.

GUIMARÃES

Assembleia Municipal na Plataforma das Artes

As sessões da Assembleia Municipal de G u i m a r ã e s v ã o p a s s a r a d e c o r r e r, a p a r t i r de 27 de Dezembro, na Plataforma das Artes e da Criatividade (antigo mercado). A mudança prende-se com a diminuição do número de deputados resultante da agregação de freguesias. Ao fim de 18 anos no Auditório da Universidade do Minho, o órgão deliberativo do concelho de Guimarães muda de local, depois de ter passado, entre outros locais, p e l a C â m a r a , S e m i n á r i o Ve r b o D i v i n o e Pa l á c i o V i l a F l o r, o n d e r e u n i u e n t r e 1 9 8 6 e 1995. A última sessão deste ano tem uma extensa ordem de trabalhos, da qual se destaca a a discussão e votação das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2014.


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 11

GUIMARÃES | MÁRIO LAGINHA E O JAZZ O pianista Mário Laginha abre, no dia oito de Janeiro, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, o ciclo “Histórias de Jazz em Portugal”. O músico vai falar sobre a sua carreira artística profissional e a cena actual do jazz em Portugal, seguindo-se um concerto.

JOANE

Vai uma dança? Para os leitores que não dizem não a um “pézinho de dança”, eis aqui uma boa notícia. Acaba de ser criada a Associação Joanense Unidança, apostada em desenvolver actividades na área da dança. A apresentação pública está agendada para o dia 18 de Janeiro (21:30 horas), nas antigas instalações da fábrica Unimoda, numa p a r c e r i a co m a E s co l a d e D a n ç a G é m e o s M o r e i ra . “ D a n ç a r n ã o é s ó u m d e s p o r t o , é a r t e e co n h e c i m e n t o ” , s a l i e n t a o n o v o projecto, que promete a presença, na estreia, de “alguns dos melhores dançarinos nacionais”.

Mas atenção: a entrada não é gratuita . A AJU conta com 15 dançarinos federados, todos de Joane, e surgiu, segundo Ricardo Carneiro, secretário d a A s s e m b l e i a G e r a l , “c o m o f o r m a d e facilitar a obtenção de apoios públicos para realização de espectáculos”. Os interessados terão de inscrever-se e pagar uma mensalidade para aceder às aulas da associação, uma das quais (“aula social”) destinada a principiantes e curiosos. Além das aulas, a associação quer promover espectáculos de dança profissional em Joane, revela aquele responsável.


12 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

SANTA LUZIA Em dia de festa é um corrupio de gente em volta da capela de Santa Luzia, uma espécie de “rotunda” na estrada que liga Joane, Vermil e Airão S. João. Os devotos são às centenas, em busca de protecção da santa.

SANTA LUZIA

Entre vinho palhete e pão caseiro, ao som dos bombos Luís Pereira

E

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m dia de Santa Luzia, o palhete e a chouriça cozida são reis e senhores em Airão Santa Maria, principalmente ali pelas imediações da capela da santa. Há 40 anos que a história se repete na Mercearia Agra , a mais mítica e antiga casa da freguesia onde artigos de mercearia e tasca convivem no mesmo espaço. A 13 de Dezembro, faça chuva ou faça sol, dezenas de forasteiros visitam a casa para provar o vinho palhete saído da pipa que por esse dia é encetada. A procura é tanta que, embalados pelo sucesso da tradição, hoje outras casas e até instituições locais seguem a moda, recriando t a s q u i n h a s . Te m o s , a s s i m , a t é a o e n t a r d e c e r, u m a e s p é c i e d e “d i s p u t a ” p a r a cativar a clientela . Maria Agra , proprietária


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 13

A TRADIÇÃO AINDA É O QUE ERA Manda a tradição que os verdadeiros festeiros da romaria de Santa Luzia passem, depois de cumprida a promessa na capela, pela Casa Agra. Mercearia e tasca à moda do minho, balcão corrido, canecas de vinho e petiscos servidos pelo casal Agra.

da mercearia, garante que a pureza do seu palhete e a antiguidade da tradição dão-lhe a vantagem. “O palhete que aqui se vende é da nossa casa . Passa tudo pelas minhas mãos: faço a poda e venero as vides. As pessoas sabem que o vinho é puro e natural”, assegura a mulher de 58 anos, sem mãos a medir para servir os festeiros que ali desaguam na mira de uma boa malga de vinho, atacada por um naco de pão com chouriça cozida . O dia de Santa Luzia é, para gerações, ponto de encontro de amigos. Entre uma e outra malga de palhete rega-se o convívio, com pão e chouriça cozida a acomp a n h a r. A n o s h o u v e e m que meia pipa de palhete era vendida nesse dia. “A n t i g a m e n t e v e n d i a - s e muito. Agora , vende-se alguma coisinha . Um almude de vinho dá muita malga. Já houve anos de se vender às meias pipas (250 litros). Agora também são mais casas a vender e a aldeia é cada vez mais pequena”, recorda Maria Agra . Neste dia, dezenas de pessoas percorrem as tascas que rodeiam a capela da santa. Mas

são sobretudo os de fora da freguesia que fazem questão de cumprir a tradição. Maria Agra explica que a c h o u r i ç a co z i d a , “d e fazer lamber os dedos”, é preparada dias antes, quase em simultâneo com as fornadas de pão caseiro que depois são empurradas por um palhete que não tem segredos (ver caixa), mas tem a vantagem de ser encetado naquele dia. “A s p e s s o a s n o t a m . E x i gem qualidade e fazem comparações com os anos anteriores e com a concorrência . O palhete deste ano não recebeu queixas. Só o encetamos neste dia. Se o fizermos antes oito dias, o vinho a p a n h a a r. A s s i m , e s t á “tocadinho” e abafadinho e, quando aberto, sabe melhor”, explica. Pe l o m e n o s n a M e r c e a r i a Agra o espírito da tradição há-de manter-se por muitos anos. Ou não fosse este o dia do ano mais forte de um negócio cada vez mais em desuso. “É uma tradição. Só se eu morrer cedo porque, s e D e u s q u i s e r, e l a v a i manter-se. Quando eu f a l h a r, j á n ã o h a v e r á quem faça o palhete natural”, assegura a dona da casa.

O RUFAR DOS BOMBOS ANIMA A FESTA

Diz quem lá esteve, e que percebe destas andanças, que a festa de Santa Luzia deste ano foi a melhor que Airão Santa Maria viu nos últimos anos. Foi a mais bonita e a mais concorrida de gente. Com o seu colorido e animação, o encontro da Confraria de Bombos tem ganho adeptos de ano para ano e atrai fregueses das vizinhanças. “A festa foi muito bonita. Desde há 10 anos que vinha sendo pobre mas esta coisa dos bombos veio dar uma nova alegria. Juntou-se muita gente, não me lembro de ver tanto povo junto aqui”, notou Maria Agra.

SANTA LUZIA O SEGREDO DE UM BOM VINHO PALHETE Em dia de romaria de Santa Luzia, Maria Agra desfiou ao RL os passos para obter “um bom, vinho palhete”. Aqui ficam. “Separamos as chamadas uvas espadeiras (espadal). O vinho é ralado e tirado logo de seguida, é o chamado “vinho de bica aberta”. Não se deixa levantar fervura para não ganhar cor. Depois de retirado, o vinho permanece 24 horas numa primeira vasilha, para poisar e eliminar as primeiras borras. Depois é estrefegado e fica a ferver numa

segunda vasilha. Terminada a fervura, vai-se abatocando lentamente. Não pode ser de uma só vez, se não ele explode, é como uma bomba! Tenho por tradição deixá-lo estar assim até ao dia de S. Martinho. Nesse dia, voltamos a estrefegálo para outra vasilha. Não lhe acrescento nada. Há quem lhe deite produtos, mas eu não o trato porque, como é bebido na Santa Luzia, não tem tempo para estragar-se. Não são segredos, tem as suas voltas a dar para o vinho ficar bom”.


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REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 15

FAMALICÃO | MÚSICA FOLK NA CASA DAS ARTES O músico Cass McCombs actua no dia 18 de Janeiro na Casa das Artes de Famalicão. A seu lado terá Jon Shaw, Dan Lead e Dan Allaire. Os bilhetes custam 10 euros (ou cinco para portadores do Cartão Quadrilátero).

NUNO MACHADO

Nuno Machado, 34 anos, natural de Airão Santa Maria, tem um percurso ligado à cultura. Depois de ter sido programador durante a Capital Europeia da Cultura, aceitou um novo e diferente desafio: dirigir o Hotel da Oliveira, um quatrro estrelas situado em pleno Centro Histórico de Guimarães. É um dos lugares mais emblemáticos do centro histórico de Guimarães, ali mesmo ao lado da igreja . Quem por ali passa, ou quem descansa numa das esplanadas do largo, já se f a m i l i a r i z o u c o m o H o t e l d a O l i v e i r a - q u e j á f o i Po u s a d a d e Po r t u g a l - , c o m a s u a e s p l a n a d a e o “ e n t r a e s a i ” d e t u r i s t a s . A dirigir esta unidade hoteleira de quatro estrelas está Nuno Machado, natural de Airão Santa Maria e com fortes l i g a ç õ e s a Ve r m i l , t e r r a o n d e v i v e u d o s 1 2 a o s 1 8 a n o s . Um novo desafio no percurso deste dinamizador cultural, responsável, por exemplo, pela programação do S. Mamede durante a Capital Europeia da Cultura 2012. Um desafio que começou em Janeiro deste ano mas que começou a ter a sua parte mais visível a partir da abertura d o “ n o v o ” h o t e l , a 2 0 d e J u n h o . “A a f l u ê n c i a d e c l i e n t e s t e m vindo a crescer - espanhóis, franceses e cada vezmais russos, O mês mais forte foi Outubro. A Capital da Cultura ajudou a dar mais visibilidade à cidade, com novos equipamentos culturais e com muito boas renovações urbanas”. Nuno viveu em Airão Santa Maria até aos 12 anos, altura em q u e a f a m í l i a s e m u d o u p a r a Ve r m i l . D e s s e t e m p o r e c o r d a “ o contacto com a natureza e a liberdade de viver no campo”, características que se vão perdendo à medida que as freguesias mais rurais se aproximam cada vez mais das vivências citadinas. “Recordo os preparativos do presépio, ir ao musgo, arranjar o pinheiro; de fazer barcos com cascas de pinheiro, e acima de tudo das amizades e ligações familiares”, recorda Nuno Machado. No tempo de escola , prossegue, “ia a pé, às seis da manhã, até à Labruge (em Joane) para apanhar o autocarro para a escola . Uma coisa que hoje é impensável”. O novo desafio na área da hotelaria não significa pôr de lado a cultura . “Continuo a ter ligações a esse universo, através da produção de eventos. Quando existe uma ligação forte, e quando há paixão, é difícil deixar a cultura”. Mas, admite, e m Po r t u g a l , e m a i s a i n d a f o r a d e L i s b o a , é c o m p l i c a d o v i v e r só desta área. E a paixão não paga o sofá que precisamos de comprar para equipar a casa”, brinca .

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Aironense à frente do Hotel da Oliveira


16 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

BRAGA | FAMALICENSE NO THEATRO CIRCO O famalicense Paulo Brandão volta a assumir a direcção artística do Theatro Circo, em Braga, já a partir de Janeiro. O programador que esteve no arranque da Casa das Artes de Famalicão regressa para assumir a gestão cultural da sala de espectáculos.

PAULO SILVA

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Uma colecção com mais de 100 camisolas do Vitória


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 17

FAMALICÃO | NATAL ECOLÓGICO ATÉ DIA SEIS Está patente até seis de Janeiro, no Parque da Devesa, em Famalicão, a exposição “Natal Ecológico 2013”. A iniciativa contou com a participação de 1227 crianças de 17 instituições educativas e de solidariedade social do concelho que fizeram peças de Natal a partir de material reciclável.

A paixão de Paulo Silva pelo Vitória de Guimarães é tanta que ele não se contenta com acompanhar o clube. Em casa, guarda mais de 100 camisolas usadas por gerações de jogadores vitorianos e cachecóis de vários clubes, nacionais e estrangeiros. com os jogos europeus, elucida o colecionador. “Ainda agora, adeptos do Lyon (França) que não vieram a Guimarães, querem o bilhete para colecção”. Os bilhetes são agora a menor das concentrações de Paulo Silva que se dedica, sobretudo, a conseguir camisolas usadas. A mais antiga da sua coleccção é de 1985, de um jogador brasileiro, mas tem também camisolas que vieram da Argentina e da Bulgária. “Um património assinalável”, refere Paulo Silva, que não esconde o seu principal objectivo: “juntar as camisolas que o Vitória teve desde a sua fundação”. A colecção vai para lá das camisolas vitorianas, inclui muitas de “jogadores de todo o mundo”, conseguidas através da Internet, “a ferramenta de pesquisa por excelência”. O valor mais alto que pagou, por três vezes, por uma camisola foi de 180 euros. Paulo Silva , que está desempregado, sonha trabalhar em parceria com o Vitória

na dinamização do museu vitoriano. E já houve conversas nesse sentido, despertadas por uma sua ida recente à televisão. “Seria a cereja no topo do bolo”, atira. Paulo Silva não consegue destacar a camisola mais importante da sua colecção (“todas têm valor”), religiosamente guardada num quarto lá de casa e onde sonha, um dia, construir um museu pessoal. Das mais recentes, destaca as que estão ligadas à conquista da primeira Taça de Portugal. Antes das camisolas, os cachecóis foram a sua aposta. Hoje são mais de 300, de vários clubes, mas já se desfez de alguns, porque “o coleccionismo é dispendioso” e para arranjar dinheiro para “o que realmente interessa, que são as camisolas”. Paulo Silva vai expor o seu espólio na Casa do Povo de Ronfe, nos próximos dias 28 e 29 (10:00-18:00 horas), ao público em geral e a coleccionadores e possuidores deste tipo de material. LUIS PEREIRA

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Fervoroso adepto do Vitória de Guimarães, Paulo Silva tem uma invejável colecção de camisolas usadas por gerações de jogadores vitorianos. Os bilhetes dos jogos foram o passaporte para o coleccionismo. Depois juntoulhes mais de 300 cachecóis de vários clubes. Paulo Silva, sócio do Vitória desde os 16 anos, começou a seguir o clube do coração a partir do momento em que ganhou independência financeira. Guardava os bilhetes dos jogos e, por intermédio de amigos, começou a entrar no mundo das trocas entre coleccionadores. “Uma coisa levou a outra. No colecionismo percebi que há colecções de coisas inimagináveis. Na minha base de trocas, tenho mais de mil bilhetes”, descreve. A base de trocas serve para coleccionadores de todo o mundo adquirirem o bilhete de um jogo a que não assistiram mas ao qual atribuem simbolismo. Acontece muito


18 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

FAMALICÃO | BOMBEIROS ENTREGAM CABAZES A Associação Humanitária dos Bombeiros de Famalicão vai distribuir, este sábado, 250 cabazes de Natal por famílias carenciadas do concelho. Ao todo serão distribuídas oito toneladas de alimentos recolhidos pela corporação. A entrega será feita em sintonia com os presidentes de Junta.

A QUEDA A 20 MINUTOS DO FIM

A paixão pelo motocrosse

Luís Pereira

Aos quarenta anos, Paulo Macieira continua a ser uma referência na região no mundo do enduro e do motocrosse. Uma lesão afastou-o, em 2007, da alta competição, onde competiu três anos em campeonatos nacionais, mas não há fim-de-semana que passe sem que “salte pedra” de monte em cima das duas rodas. O joanense cedo se habitou ao mundo das duas rodas. Filho do proprietário de uma conhecida e antiga casa de bicicletas e motas onde, de resto, também trabalha desde tenra idade, Paulo Macieira entrou nas competições de motocrosse aos 18 anos. “A minha família sempre esteve ligada ao mundo das duas rodas. O meu pai tem uma oficina, que herdou do meu avô e onde trabalho desde os 12 anos. Foi pela mão de um tio, que também tinha sido um grande piloto de motocross,

que comecei nas provas”, desfia Paulo Macieira. Começou em provas locais de, de seguida, aventurou-se no campeonato regional-norte, tendo-se destacado durante muitos anos. Em 2005 deu o salto para a competição nacional conseguindo, logo na estreia, ficar em sexto entre centena e meia de pilotos. “Dei o salto para o nacional depois de treinar mais a sério. Fiz o nacional de enduro e consegui terminar em quinto”, recorda. Hoje, tal como antes, o enduro é a modalidade que mais o atrai, por se disputar em monte e em pista fechada, sempre com elevada dificuldade. Actualmente participa no campeonato de enduro inter-regiões, em que os melhores de cada concelho competem entre si, mas na memória guarda a

dureza da experiência no nacional da modalidade. “Devido ao elevado grau de dificuldade, só os melhores se atrevem a ir pelos trilhos mais rápidos, tentando ganhar tempo”, explica. Macieira não se cansa das motos, apesar de trabalhar com elas diariamente. Prefere as de cross às de pista. E ao fimde-semana lá segue para o monte. “Andar de mota é uma sensação de enorme liberdade. ”. Mas nem tudo são rosas na competição. Que o diga o corpo de Paulo Macieira que guarda marcas da dureza do motocrosse, como um braço aleijado numa prova em 2009, em Valongo, em que esteve lado a lado com os melhores pilotos portugueses (ver caixa). A idade “vai pesando”, admite, mas colocar as motos de lado, isso é que não, garante o veterano.

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PAULO MACIEIRA

Paulo Macieira recorda: “Em 2009 corri ao lado dos melhores portugueses numa prova de resistência em Valongo. Estavam lá nomes conhecidos, que participam no Dakar, como Paulo Gonçalves e Mário Patrão, gente que não brinca. Andava em sexto ou sétimo, à frente de campeões nacionais, quando a dada altura tive o azar de cair, partindo-se a tampa da bomba de água da moto, a 20 minutos do fim. Mesmo aleijado no braço, consegui terminar em 11º. O azar desse dia foi tanto que os prémios monetários eram até à décima posição”. Muitos jovens amantes do motocrosse que se iniciam na competição, ainda hoje se aconselham com Macieira. “Os tempos não estão fáceis para ninguém. Uma moto mais ou menos aperfeiçoada e semi-nova ronda os quatro, cinco mil euros”, assegura, salientando, porém, que se trata de um investimento avultado apenas no início. A idade não tem feito reduzir o seu entusiamo pelas motos e pela competição. Nestas coisas, argumenta, é o espirito que conta, admitindo, porém, que aos 40 anos “a idade pesa mais um bocado” e já não anda com tanta regularidade. “Mas posso dizer à boca cheia que ainda hoje vou com gente nova e que compete e não fico muito atrás deles. Apesar dos médicos dizerem que os ossos vão ficando mais frágeis, eu não me imagino sem as motos”, assegura.


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 19

por D. VIRINHA

Faça-se luz! Quando, há cerca de dois anos, as Câmaras, seguindo directrizes do a c t u a l G ove r n o , co m e ç a ra m a d e s l i g a r postes de iluminação pública, ouviuse de tudo. De um lado as queixas dos munícipes co n t ra o r e g r e s s o à “ i d a d e d a s t r e va s ” ; do outro, os defensores da medida apontando a necessidade de o povo se habituar a novos hábitos mais co n s e n t â n e o s co m o e m p o b r e c i m e n t o nacional. Po i s b e m , a go ra , o n ovo p r e s i d e n t e d a C â m a r a d e Fa m a l i c ã o - e c o m o e l e o u t ro s a u t a r c a s - a n u n c i a “ u m a p r e n d a no sapatinho dos famalicenses” que consiste na religação de todos os postes de iluminação pública. Ainda bem, senhor presidente! Não só os munícipes agradecem como o concelho f ica mais agradável, sem aquela obscuridade em que mergulharam (e estão ainda mergulhadas) algumas ruas. Que se faça, pois, luz!

VOLTEM, CRÍTICOS, QUE ESTÃO PERDOADOS!

Paulo Cunha cilindra colega de partido e autarca de Braga Pa u l o C u n h a é o n o v o p r e s i d e n t e do Conselho Regional do Norte, u m ó r g ã o co n s u l t i vo d a C o m i s s ã o de Coordenação e Desenvolvimento Regional. A sua eleição foi quase por unan i m i d a d e ( 6 9 v o t o s a f a v o r, d o i s contra e quatro brancos) mas Pa u l o C u n h a t e v e q u e s e “ b a t e r ” pelo cargo, tendo por principal “opositor” nada mais nada menos que o presidente da Câmara Municipal de Braga , Ricardo Rio, t a m b é m e l e d o P S D. Po u c o s d i a s a n t e s d a e l e i ç ã o , o a u t a r c a d e B ra g a , q u e s u c e d e u a o reinado de Mesquita Machado, era apontado por certa imprensa como “potencial candidato” ao cargo e o preferido pelos 86 autarcas da região que têm assento n o C o n s e l h o . Ve n c e u o a u t a r c a de Famalicão, também presidente d a d i s t r i t a l d e B r a g a d o P S D.

QUERIDO, MUDEI O LARGO!

A A s s o c i a ç ã o Te a t r o C o n s t r u ç ã o d e c i d i u adiar para Março do novo ano as eleições internas. Até lá, resta aguardar pela apresentação de listas ou então assistir ao cenário dos últimos anos, com uma lista ú n i c a e n c a b e ç a d a p o r C u s t ó d i o O l i v e i ra . O p r e s i d e n t e d a ATC a p ro v e i t o u u m r e c e n te encontro com a imprensa para enviar a l g u n s r e c a d o s p a ra d e n t ro d a i n s t i t u i ç ã o , e m p a r t i c u l a r p a ra o s s ó c i o s . S e g u n d o e l e , reina a apatia entre os associados, o que não é nada bom para a dinâmica de uma d a s m a i o r e s i n s t i t u i ç õ e s d o co n c e l h o . D e tal forma o dirigente está agastado com a falta de participação que suspirou de s a u d a d e s p e l o s c r í t i co s q u e , a q u i e a l i , n o p a s s a d o r e c e n t e , d i r i g i a m d u ra s c r í t i c a s à g e s t ã o d a co l e c t i v i d a d e . S e rá q u e o s u s p i ro vai surtir efeito e os críticos vão surgir p a ra f a z e r e m o g o s t o a C u s t o d i o O l i v e i ra ?

À primeira vista até parece que a terra começou de rep e n t e a ge r m i n a r j i p e s ! N a d a d i s s o , é a p e n a s u m a p rova d e todo-terreno, uma das muitas actividades da Associação C u l t u ra l d e Ve r m o i m . O Largo 3 de Julho, considerado “a sala de visitas” de Joane, não teve direito a cerimónia de inauguração. As más línguas dizem que tal se deveu ao pouco arrojo da intervenção. A verdade é que a Junta de Freguesia de Joane tem-se esforçado no sentido de dinamizar aquele miolo central, que bem necess i t a d o e s t á d e v i d a . Va i d a í , e m v e z d e r e c o r r e r a o s d e c o r a d o r e s de um célebre programa de televisão que, de surpresa , renova casas de portugueses, a Junta desafiou as associações da terra para criarem árvores de Natal a partir dos mais diversos materiais reciclados. O resultado está exposto no Largo. Uma boa ideia , ao mesmo tempo ecológica e criativa .


20 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

ASSOCIAÇÕES

ACV | DO ATLETISMO AO CICLISMO O desporto é uma das áreas principais da actividade d a A s s o c i a ç ã o C u t u ra l d e Ve r m o i m , q u e , a o l o n g o dos anos, tem vindo a alargar o número de moda lidades: além, do atletismo, conta com secções de ciclismo, andebol, BTT e ginástica .

VERMOIM • ASSOCIAÇÕES

No princípio era o teatro Depois de um período de estagnação, a Associação Cultural de Vermoim, a mais antiga da terra, está de volta com novo dinamismo e com muitos projectos Luís Pereira

É

a mais antiga associação de Vermoim e tem marcado a vida cultural, desportiva e associativa da freguesia desde que, há quatro anos, “renasceu” após um período de estagnação. Fundada em 1977, a Associação Cultural de Vermoim (ACV) actua no âmbito cultural, com um núcleo de teatro, e no âmbito desportivo, com futebol, ginástica e atletismo. A aposta no andebol, feita há dois anos, revelou-se acertada: foi a que mais cresceu, envolvendo hoje uma centena de jovens. Carlos Carvalho esteve nas origens da instituição, à qual regressou, há dois anos, para presidir à direcção. “A génese da associação foi o teatro e o atletismo. Vermoim era uma freguesia muito apagada e 13 pessoas que se juntavam nos cafés quiseram fazer alguma coisa para que a terra fosse falada”, recorda o dirigente. O começo, adianta, foi na Casa Areias, melhorada ao longo do tempo e à medida das possibilidades: primeiro uns balneários, depois um palco para teatro e por último bancadas para os espectadores dos filmes projectados ao domingo. Carlos Azevedo, vice-presidente da ACV, recorda-se bem desses tempos. “Habituei-me a ver o pessoal da ACV, como o actual presidente, a fazer provas de atletismo de manhã, a jogar futebol à tarde e a fazer teatro à noite”, recorda ao RL. Tal como ele, muitas outras pessoas tiveram o primeiro contacto com o cinema na ACV. “Tenho bem presente a imagem do Carlos Carvalho

a tapar as janelas com uns panos pretos para a luz não entrar. Vi lá muitos filmes, como o “Bucha e Estica””, conta o vice-presidente. Em 1985 a ACV abandonou as primeiras instalações, fixando-se numa arrecadação da sede da Junta de Freguesia. A falta de condições levou a um primeiro período de “estagnação” até que os dirigentes deitaram “mãos à obra” e, aproveitando um terreno cedido por um privado, num dos pontos mais distantes da freguesia, começaram a construir a sede social. Mais recentemente passaram a dispor de uma sala na Casa Associativa (antiga escola primária) usada para os ensaios do grupo de teatro. Hoje, a ACV é dona das suas instalações e dispõe de um ringue desportivo, começado a construir no início da década

Carlos Carvalho (direita) e Carlos Azevedo (esquerda): duas gerações distintas à frente da dinâmica recuperada pela Associação Cultural de Vermoim.

de 90, salienta Carlos Carvalho, recordando, de entre as muitas “brincadeiras” dessa altura, a publicação do “Grilo”, um jornal trimestral que conheceu apenas quatro edições mas que deixou saudades. O desporto acompanhou sempre a ACV. E também cresceu ao longo dos anos. Começou por ter “condições pobrezinhas” e competição resumida a “torneios da zona”, para passar a ter nova dinâmica após a construção do ringue e, mais recentemente, do pavilhão gimnodesportivo. Hoje a ACV tem duas equipas de futebol nos campeonatos concelhio de seniores e veteranos, 30 atletas na ginástica de manutenção e revitalizou a secção de atletismo (veteranos), que tem, porém, gestão autónoma por parte dos dez atletas. Com todas estas valências é natural que haja partilha de sinergias: “em qualquer iniciativa do núcleo de teatro, o grupo de ginástica quer ter uma participação e os jovens do andebol também querem fazer de figurantes”, exemplifica Carlos Azevedo. Carlos Carvalho atribui o “renascer da dinâmica” ao sangue novo que entrou na ACV, uma associação que, semanalmente, lida com 300 pessoas, tem 250 sócios e um orçamento de 70 mil euros para o novo ano. A direcção pensa manter a aposta no andebol mas para tal necessita de transporte. “Só as deslocações absorvem dez mil euros do orçamento anual”, explica Carlos Azevedo. O dinheiro não abunda, mas nem por isso a ACV deixa de sonhar. Cobrir as bancadas do campo, melhorar os balneários e realizar um festival de teatro, são algumas das aspirações.


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 21

TEATRO DE VOLTA ÀS ORIGENS O teatro esteve na génese da ACV e foi revitalizado há cerca de dois anos. Hoje é das secções que mais visibilidade dá à instituição. O regresso do grupo (hoje composto por 20 jovens, sobretudo da freguesia) nasceu de um desafio de Leonel Rocha , vereador n a C â m a ra d e Fa m a l i c ã o e a u t o r d e a l g u m a s p e ç a s levadas à cena pela secção de teatro. As estreias das peças do grupo (duas por ano, em média) enchem o s a l ã o p a r o q u i a l d e Ve r m o i m . A l é m d i s s o , t e m s i d o convidado para festivais e para recriar tradições locais, c o m o “ O D e s e n c a n t a r d a M o u r a ” . “A p o p u l a ç ã o a d e r e em massa. As 400 pessoas que juntamos nas estreias exemplificam bem a sede de cultura desta gente”, comenta Carlos Azevedo.

ANDEBOL APOSTA DA ACV O andebol começou timidamente, por persistência de dois jovens praticantes da modalidade, no âmbito e s c o l a r, m a s q u e n ã o t i n h a m r e s p o s t a s n o c o n c e l h o para prosseguirem. Ao fim de algumas semanas, cativou perto de cem jovens (rapazes e raparigas dos cinco aos 18 anos) que semanalmente representam a ACV nos diversos escalões. É, de resto, o único clube do concelho nesta modalidade, salienta o presidente d a A C V.

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ASSOCIAÇÕES

ENCENAR NÚMEROS HISTÓRICOS A recuperação da secção de teatro tem permitido à AC V p a r t i c i p a r e m e ve n t o s l i g a d o s à r e c r e a ç ã o de tradições ou e ventos históricos, dentro e fora de Vermoim.


22 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

VERMOIM | FESTA DE NATAL A J u n t a d e F r e g u e s i a d e Ve r m o i m , e m p a r c e r i a c o m a Associação de Pais das escolas da Estalagem e Agra Maior e Recreio do João, promoveram no passado domingo a habitual festa de Natal.O programa incluiu música e jogos.

joane • ASSOCIAÇÕES

Associação de Reformados vai a votos pela primeira vez Pe l a p r i m e i ra ve z n o s e u considerável percurso, a Associação de Reformados de Joane vai a votos. As eleições devem ocorrer já no próximo mês de Janeiro e para já há uma potencial candidata à presidência. Se não aparecer mais nenhuma candidatura , a Associação dos Reformados deverá ser presidida por uma quase jovem: Marta Carvalho (na foto), de 38 anos, funcionária administrativa . A sua candidatura ainda não está confirmada (“é quase certa”, diz) e surge, segundo a própria , como forma de corresponder ao desejo do falecido avô, Joaquim Oliveira , fundador d a i n s t i t u i ç ã o . “A a v a n ç a r, a minha candidatura só pretende contribuir para organizar a casa”, garante

Marta Carvalho. A associação, admite, “sempre funcionou bem” e n u n c a t e v e “c a r g o s a t r i b u ídos”. Só que, adianta, “os tempos são outros e há exigências burocráticas, até para concessão de apoios, que ninguém quer assumir pelo peso da responsabilidade. A minha mãe tem estado mais à frente das coisas mas sente-se cansada. Decidi ajudar para organizar a associação, que d e ve ro m p e r co m o ‘d e i x a andar’ e começar a cumprir com os estatutos e ter uma vida associativa normal, com eleições periódicas”, explica. Os estatutos da Associação de Reformados não colocam entraves à admissão de sócios. Por exemplo, não é necessário ser-se reformado para ser associado ou dirigente. Ou

seja, independentemente da idade e da condição profissional, qualquer pessoa pode fazer parte da associação. Marta Carvalho revela que até agora reuniu apenas com os sócios da sua zona de residência , que a convenceram a envolver-se num projecto mais organizado para a associação. A colectividade, embora tenha sede em Joane, tem uma área de abrangência mais alargada , com associados das freguesias de Po u s a d a , M o g e g e , Ve r moim e Airão S. João. O seu peso é indesmentível, basta lembrar que conta actualmente com cerca de dois mil sócios, apesar de serem menos de metade os que têm as quotas em dia . De resto, para verificar isso mesmo e para tentar

reforçar as receitas, está actualmente em curso um processo de actualização

de quotas com vista ao acto eleitoral. L .P

PUBLIREPORTAGEM

Bater à porta certa! conta com um espaço comercial que reúne roupa , acessórios e calçado. A “ Po r t a 1 8 8 ” t e m a o d i s por do cliente o que de melhor existe de calçado português, com os vários

segmentos e diversificados preços. “Criámos um espaço diferente em Joane que reúne o conceito de calçado e roupa . Penso que a vila nunca teve algo do gé-

nero”, diz o proprietário, Jorge Correia . Aberta num espaço moderno com dois p i s o s , a “ Po r t a 1 8 8 ” s i t u a - s e junto ao Centro Escolar de Joane e concentra as marcas de calçado e de roupa

d e r e f e r ê n c i a . “A v a r i e d a d e de produtos é tal que pode vir uma família inteira que encontrará, pela certa , calçado e roupa aos gostos de cada elemento da família”, assegura Jorge Correia .

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A oferta comercial em Joane vai-se divesificando, num claro sinal de que, apesar das dificuldades, ainda há quem arrisque num projecto arrojado. Desde Outubro que a vila



24 DEZEMBRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

PORTUGAL E A POBREZA “Portugal faz parte da lista negra dos países com uma taxa de pobreza superior à média europeia de 16%. Um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês”. JOAQU IM LIMA , CI DADE H OJE

OPINIÃO

Sá Machado

Vereador do PS na Câmara Municipal de Famalicão

Os rankings O concelho de Vila Nova de Famalicão foi classificado como “o melhor concelho para estudar”. Apesar de não conhecer os critérios que determinaram a classificação, julgo termos razões para ficar satisfeitos com tal desempenho. É evidente que estes resultados não deixam de refletir as políticas implementadas pelo anterior governo, que apostou claramente na educação, ao privilegiar o investimento na renovação das escolas, na construção de centros escolares, no plano tecnológico e na priorização do ensino do Inglês. Tem mérito a Câmara, porque soube candidatar-se aos meios postos à disposição pelo Governo e tem mérito a comunidade escolar que soube potenciar os investimentos feitos, de que são face visível os resultados divulgados recentemente e relativos

ao “PISA 2012”. Outro indicador conhecido recentemente, é relativo à transparência do poder local. Aqui, estamos longe de ser os primeiros, ficando Famalicão em 56º. Tendo em conta os meios de que dispõe a nossa Câmara, quando comparada com outras, o resultado obtido é preocupante. Este índice de transparência, avalia a qualidade da informação colocada à disposição dos cidadãos e assume particular importância, quando os municípios executam orçamentos de milhões, como é o caso de Famalicão, que em 2012 apresentou para 2013 um orçamento de 86 milhões de euros. O escrutínio dos cidadãos será tanto melhor, quanto melhor for a informação e as práticas da Câmara. Assim e a partir de sete dimensões - a saber: Informação sobre a Or-

O concelho de Famalicão foi classificado como “o melhor concelho para estudar”. Tem mérito a Câmara Municipal, porque soube candidatar-se aos meios postos à disposição pelo Governo e tem mérito a comunidade escolar que soube potenciar os investimentos feitos.

ganização, Composição Social e Funcionamento do Município; Planos e Relatórios; Impostos, Taxas, Tarifas, Preços e Regulamentos; Relação com a Sociedade; Contratação Pública; Transparência Económico-Financeira; e Transparência na área do Urbanismo - foi possível avaliar os municípios e chegar a conclusões óbvias. Famalicão podia e devia publicar mais e melhor informação para escrutínio dos cidadãos. Podia alargar a mais empresas os convites para apresentarem propostas/ orçamentos para a execução de obras. Podia ter práticas mais transparentes que não suscitassem dúvidas. A transparência do município está longe de ser satisfatória. Poderia melhorar podendo desde logo publicar este indicador no seu sítio na internet. Contudo, a nossa Câmara

esconde o mau que é e gasta milhares de euros em publicidade (jornais e outdoors) a anunciar que é o melhor Concelho para estudar. NOTA FINAL: Apesar do voto contra dos Vereadores do PS e do Orçamento de Estado para 2014 agravar a situação dos portugueses, a Câmara Municipal de Famalicão vai aumentar as taxas relativas ao abastecimento de água, recolha de lixo e saneamento. Os vereadores do PS bem lembraram as dificuldades que se vão agravar em 2014. Os vereadores do PS lembraram que em 2013 (ano de eleições), por causa da crise, as taxas não foram aumentadas. Contudo, em 2014, ano após eleições, as taxas são aumentadas para além da taxa de inflação homologada. Boas festas.

Coisas que tramam sempre os mesmos 1. A TMN, a Vodafone e a Optimus não concertaram preços nas ofertas nos chamados “tarifários tribais”, onde os preços dentro da mesma rede ou para um grupo de amigos são consideravelmente mais baixos. Ocasionalmente, leio os ditos jornais ditos de negócios e foi num desses que vi tal notícia e como selo de garantia duma autoridade que se diz da Concorrência e que supostamente devia defender os consumidores dos abusos de quem tem mais poder no mercado. É certo que este organismo demorou dois anos a analisar o teor da queixa apresentada por uma associação de defesa do consumidor pelo que o estudo deve ter sido sério, rigoroso e eu sei lá que mais. O problema é que nunca vi a dita Autoridade concluir que no mercado das telecomunicações, da eletricidade ou da venda de gasolina não há, pura e simplesmente, concorrência! Nada. A AC acha

que em Portugal não se passa nada. 2. O problema é que eu acho que se passa. Vamos numa qualquer autoestrada e comparamos preços entre gasolineiras. O que é que concluímos? Que são iguais! Liberaliza-se o mercado da eletricidade e supostamente temos concorrência entre a EDP, GALP, Endesa e afins. O que é que concluímos? Que na generalidade dos casos as ofertas prometem mundos e fundos, descontos e afins e, contas feitas, acabamos por pagar mais! E assim sucessivamente. Começo a desconfiar que Portugal é o único país do mundo onde as leis da Economia funcionam precisamente ao contrário. A concorrência gera benefícios para consumidores? Em Portugal é mentira! Quem se lixa são sempre os mesmos. Os portugueses! 3. Se a isto juntarmos uma União Europeia que permite a coexistência de

Quintino F. Pinto Jurista. Joane

regimes fiscais, digamme como pode Portugal querer concorrer com o que seja? Recentemente, o senhor Presidente da Comissão Europeia permitiu-se opinar sobre o desemprego jovem que em Portugal está acima dos 40%. Pois, o cavalheiro acha que, tirando uns anúncios de uns apoios e incentivo a que se contratem jovens para estagiar em empresas e instituições públicas durante um ano e ao fim desse tempo, olho da rua, a União Europeia não tem que ter política comum nenhuma cabendo a cada Estado desenrascar-se e tratar do assunto por si. Não está mal. Podia ter feito como o nosso Primeiro-Ministro que os mandou emigrar. Fica é a dúvida se é para cada um tratar de si para que precisamos dum Durão Barroso principescamente pago em Bruxelas e até da União Europeia? 4. E da “troika”, precisamos? Sim, que estamos

tesos! E precisamos que os tipos continuem com aquele discurso em que o FMI diz que está tudo mal e a Comissão diz que não? Não! É que já lá diz o ditado que se errar é humano, diabólico é persistir no erro. Tenho para mim que está à vista de todos que Portugal não se aguenta sozinho, que se calhar precisa dum segundo resgate ou até duma reestruturação da dívida (perdão parcial da dívida). O FMI também já afirma que os estudos, projeções e variáveis estavam errados. Vítor Gaspar disse-o na sua carta de demissão. A realidade contraria as previsões e mostra que a Economia em vez de melhorar da gripe, passou para um estado de pneumonia. Ora, se assim é, porque insiste a “troika” que nos calhou em sorte que as coisas podem estar mal, o remédio a matar o paciente mas é para continuar com o tratamento? São mesmo burros ou acreditam piamente no que fazem?



Volkswagem Polo TDI 2003

12.750€

Marca

Modelo

Ano

Cilindrada

Preço

Opel

Vivaro 9 lugares

2004

1870

8.750.00.€

peugeot

207 1.4 hdi

2007

1398

6.750.00.€

Opel

Corsa 1.3 CDTI

2008

1248

8.850.00.€

Volkswagen

Polo 1.4 TDI

2009

1422

7.590.00.€

Chrysler

Voyager 2.5 TD

1996

2499

4.750.00.€

Mini

One D 1.4

2006

1364

13.250.00.€

Seat

Ibiza 1.4 TDI

2008

1422

7.650.00€

Toyota

Avensis 2.0 D4D

2008

1998

12.750.00.€

Nissan

Terrano 3.0 TDI

2004

2953

6.750.00.€

opel

astra 1.3 cdti

2008

1248

9.990.00.€

opel

corsa 1.2

2002

1199

3.750.00.€

BMW

316 I Compac

1996

1595

3.790.00.€

Renault

Megane 1.5 DCI

2008

1461

11.500.00.€

Fiat

Punto 1.7 TD

1998

1698

2.750.00.€

Kia

Sportage Jeep

1998

1998

3.950.00.€

boas festas


REPÓRTER LOCAL • DEZEMBRO DE 2013 • 27

TOME NOTA

UM NATAL PERTO DE SI AIRÃO S. JOÃO

JOANE

Natal dos Tesos

Corta-mato de Natal

Presépio no lugar do Salguei ro. Canções de Natal ao redor da fogueira , 18:00 horas, dia 22 de Dezembro. República dos Tesos, Airão S. João.

A ATC organiza , no próximo dia 29, o I Corta Mato de Natal e a terceira Caminhada e Corrida solidárias, nos terrenos da antiga estamparia . As inscrições são gratuitas para os mais jovens e custam um euro a partir do escalão d e j u n i o r e s . To d o s o s p a r t i cipantes são convidados a entregar um bem de consumo não perecível que servirá para a elaboração de cabazes de N a t a l q u e s e rã o d i s t r i b u í d o s pelas famílias mais carenciadas.

MOGEGE

Desfile e ofertas A Associação Desportiva Carril de Mogege promove, no dia 24 d e D e z e m b ro , a d i s t r i b u i ç ã o de brinquedos e guloseimas pelas crianças da freguesia. 11 anos de existência, Os pais natais, saem da sede da associação pelas 13:30 horas, percorrendo todas as ruas da freguesia , distribuindo brinquedos e guloseimas.

FAMALICÃO

Concerto de Natal

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Canções de Natal em Famalicão, na Igreja Matriz , com o grupo “Contratadeiras”, este domingo, dia 22 de Dezembro, às 17:00 horas. As Contratadeiras, a co m p a n h a d a s p e l o g r u p o d e músicos “Contrariadores”, vão interpretar canções ao Menino retiradas do cancioneiro tradicional e do imaginário musical, como “Canção de Embalar ”, “Ó meu menino” , “Esta noite é de N a t a l ” , “ Ve n h a m v e r o D e u s Menino”, entre outras.


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