Rl fev 2014

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RL MAGAZINE | PAG 09

BRUNO MARTINS Nº 178 • ANO XV • FEVEREIRO 2014 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

Um homem e um palco “Pousada saiu defraudada com orçamento da Câmara” “Candidatura à Junta de Joane seria muito aliciante” ENTREVISTA | PAG 13 ANTÓNIO SOUSA, Presidente da junta DE POUSADA

JOANE | p. 03 e 16 Joane, Mogege e Ronfe pressionam Câmaras para arranjo de via esburacada Novo projecto da ATC é uma Universidade Sénior

RONFE | p. 04 e 18 Um duelo de números entre Executivos

ANTÓNIO PEIXOTO

Sucesso na Alemanha jovem joanense É UM CASO DE SUCESSO NA PRODUÇÃO DE VÍDEOS E NA FOTOGRAFIA. EM ESTUGARDA LIDERA UM GRUPO DE 15 PESSOAS NUMA AGÊNCIA DE PUBLICIDADe.

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RL MAGAZINE | PAG 11

Sessão da Assembleia de Freguesia foi suspensa por entre polémica

VERMIL | p. 06 Polémica por causa de funcionárias

CULTURA | p. 17 Joane discutiu “A esumanização” com o escritor Valter Hugo Mãe


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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2014 • 3

RONFE | “UMA IGREJA MAIS FIEL E MAIS CATÓLICA” A Pa r ó q u i a d e R o n f e o r g a n i z a s á b a d o , d i a 1 5 , n o S a l ã o Paroquial, às 16:00 horas, uma conferência alusiva ao tempo quaresmal. O jornalista António Marujo f a l a r á d o s “d e z m a n d a m e n t o s p a r a u m a I g r e j a m a i s fiel e mais católica”.

EM FOCO

A

s autarquias de Joane, Ronfe e Mogege preparam-se para tomar uma posição conjunta para reivindicar das Câm a r a s d e Fa m a l i c ã o e d e Guimarães um célere entendimento que viabilize uma urgente intervenção numa via que serve as três freguesias. Em causa está uma via municipal na fronteira das três freguesias: em Joane é designada por Rua da Restauração, em Ronfe p o r R u a d e C i m a d e Pe l e . Fa c e a o e l e va d o g ra u d e degradação do piso, e uma vez que está sob jurisdição d e d o i s M u n i c í p i o s , Fa m a licão e Guimarães têm-se furtado a fazer obras. Po r i n i c i a t i v a d a J u n t a d e Joane, localidade onde vive o maior número de habitantes afectados, os presidentes das três autarquias decidiram elaborar um documento a exigir de ambas as Câmaras a resolução do problema . “Sendo um pedido feito a três, espera-se que as Câmara se sintam forçadas a olhar de uma vez por todas para o problema e agilizem a intervenção naquela rua”, explica, ao RL , António Oliveira, presidente da Junta de Joane. Segundo este autarca, o piso terá ficado ainda mais degradado com o tráfego automóvel de trabalhadores das várias empresas existentes nas imediações que utilizam a via como alternativa ao trânsito da Estrada Nacional 206. “Unindo esforços queremos que, num futuro muito p ró x i m o , s e p o s s a p ro c e d e r à repavimentação e algu-

FRASES “Sendo um pedido feito a três, espera-se que as Câmaras Munic i p a i s d e Fa m a l i c ã o e Guimarães se sintam forçadas a olhar de uma vez por todas para o problema e a g i l i z e m a i n t e r ve n ção naquela rua”. “Unindo esforços queremos que, num futuro muito próximo, se possa proceder à repavimentação e a algumas alterações naquela rua”

Uma rua esburacada, três freguesias e dois municípios A união faz a força, já diz o ditado. E foi a pensar nessa ideia que as Juntas de Freguesia de Joane, Ronfe e Mogege decidiram unir esforços para exigir das Câmaras de Famalicão e Guimarães uma intervenção que ponha termo ao estado de degradação que se verifica numa via municipal na fronteiras daquelas três localidades. A carta reivindicativa segue dentro de momentos.

“Serem as juntas a pagar a reparação é uma questão não se co l o c a p o r q u e a v i a é d a re s p o n s a b i l i d a d e dos Municípios e não d a s Ju n t a s ” . A N TÓ N I O O L I V E I R A , P re s i d e n t e d a Ju n t a d e Jo a n e

mas alterações”. A presidente da Junta de Ronfe, Adelaide Silva, considera que “faz todo o sentido” a tomada de posição conjunta das três localidades e até vê na iniciativa uma porta aberta p a r a o u t ro s e n t e n d i m e n t o s que ajudem a solucionar problemas que afectem os cidadãos destas freguesias. “Muitas vezes, os problemas de uma população não dizem respeito apenas a uma determinada freguesia”, salienta Adelaide Silva .

Nenhum dos autarcas quer pensar no insucesso desta tomada de posição, descartando a possibilidade de uma intervenção suportada p e l o s co f r e s d a s t r ê s J u n t a s . “ E s s a q u e s t ã o n ã o s e co l o c a porque a via é da responsabilidade dos Municípios e não das Juntas”, argumenta António Oliveira . Até ao fecho da edição, o RL não conseguiu chegar à fala com José Lima , presidente da Junta de Mogege, que também subscreve a tomada de posição. L u í s Pe r e i r a

“A tomada de poisç ã o e m co n j u n t o f a z t o d o o s e n t i d o . Po d e s e r u m p r i m e i ro p a s so para que surjam outros entendimentos. Muitas vezes os problemas de uma população não diz e m re s p e i t o a p e n a s a uma determinada f re g u e s i a ” . A D E L A I D E S I LVA , P re s i d e n t e d a Ju n t a d e Ro n f e

PROTAGONISTAS

BRUNO MARTINS

ANTÓNIO OLIVEIRA

ANTÓNIO SOUSA

MIGUEL AZEVEDO

CUSTÓDIO OLIVEIRA

SUPER ACTOR

INICIATIVA

À ESPREITA

RETIRADO

SEM CONCORRÊNCIA

É o que se pode dizer de alguém que decide abraçar um desafio de actuar durante 60 minutos, sozinho em palco, sem controladores de luz e som. Espectáculo com estreia a 20 de Março, na Casa das Artes.

Junatamente com os presidentes de Mogege e Ronfe, protagoniza uma união de esforços para reivindicar com mais peso junto das Câmaras de Famalicão e Guimarães. Fica a porta aberta para iniciativas do género.

O p r e s i d e n t e d a Ju n t a d e Pousada tem sobre as costas a legitimidade de uma votação de 70 por cento dos votos nas eleições de Setembro e confessa que concorrer em Joane seria um desafio muito aliciante.

O actual líder do núcleo de Joane do PSD já anunciou que não contem com ele para novo mandato. Depois da derrota nas eleições de Setembro, o PSD joanense surge como pouco atraente para os militantes.

Está desfeito o tabu: Custódio Oliveira é o único candidato à p r e s i d ê n c i a d a ATC n a s eleições de 22 de Março. Uma recandidatura que é uma aposta na continuidade, face à ausência de concorrência.


4 FEVEREIRO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

VALORES POLÉMICOS

AFINAL, QUANTO DEVE A JUNTA DE RONFE A UMA EMPRESA DE CONSTRUÇÃO? DE QUEM É A RAZÃO? NÃO HÁ RESPOSTAS CLARAS A ESTAS PERGUNTAS RONFE • POLÉMICA

Guerra de números

Ex-presidente acusa autarca de agir de “má-fé”, mas Adelaide Silva mantém as acusações sobre uma dívida alegadamente herdada do seu antecessor. Luís Pereira

É

um duelo de números entre o anterior e a actual presidente da Junta de Ronfe. António Sousa acusa a actual líder do executivo, Adelaide Silva, de agir de “máfé”. Em causa está a entrevista da autarca publicada na última edição deste jornal, na qual se refere a uma divida de oito mil euros herdada do executivo anterior. Adelaide Silva afirmou-se surpreendida com a dívida da Junta a uma empresa de construção que teve de negociar para colocar fim ao conflito em tribunal. António Sousa reage (ver direito de resposta na pág. 18) e alega que, na reunião de transmissão de poderes, a Junta eleita em Setembro terá ficado ao corrente da situação e que a dívida é de 2.800 euros e não de oito mil. Assegura também que são dívidas que Daniel Rodrigues terá herdado, em 2002, da Junta PS de Serafim Marques. Confrontada com estes dados, Adelaide Silva justifica a diferença de valores (de 2.800 euros

para oito mil euros) como consequência do acumular de juros ao longo de 10 anos. “A dívida era de 2700 euros mas em 2004. A somar à dívida estão os juros e os honorários do advogado”, contrapõe. O candidato derrotado nas últimas eleições diz que a Junta de Daniel Rodrigues terá tentado um acordo com a empresa, mas sem sucesso. A NIRVAR acabou por interpor uma acção em tribunal que corria até que o actual executivo PS resolveu negociar, fixando o valor em quatro mil euros a pagar em prestações. Sousa alega que a Junta a que presidiu sempre negou reconhecer as notas de débito de juros de mora emitidas pela empresa, por considerar que o assunto “deveria ser dirimido em sede própria”. Por isso, critica o actual executivo por ter desistido da acção, aceitando como justos os juros reclamados. “Os juros jamais seriam aceites em tribunal”, alega. Adelaide Silva nega que não tenha procurado obter mais informações sobre o processo e alude à falta de documentação e

à desorganização que levaram o executivo a desistir da acção. “O Sr. Sousa sabe que foi realizada outra reunião, em que ele esteve presente com o advogado da Junta. Depois disso procurámos os documentos que podiam servir para a defesa no processo, mas sem eles ficámos numa situação muito delicada. A falta de recibos de Janeiro a Julho de 2002 tornou complicado apoiar a decisão de continuar a acção em Tribunal”, argumenta a autarca. Sobre a autoria da contratação das empreitadas em causa, que António Sousa assegura ser de Serafim Marques, Adelaide Silva refuta tal tese com a acta de transmissão de poderes em 2002, onde se refere um saldo positivo deixado pelo executivo socialista. E frisa que depois de conhecida a dívida, Daniel Rodrigues terá adjudicado obras à mesma empresa. “Falei com o Sr. Serafim e com a Dra. Isabel Machado que referiram ter deixado tudo esclarecido na acta de transmissão de poderes e que não ficaram dívidas. Dos trabalhos efectuados pela

NIRVAR foram emitidas diversas facturas e feitos vários pagamentos. Só que os recibos não condizem com as notas de pagamento, situação que foi reclamada apenas pelo telefone. Do que conseguimos apurar existe uma diferença de 2.651,57 euros, entre o valor facturado e o valor pago”, assegura Adelaide Silva. O ex-presidente entende que o Tribunal acabaria por dar razão à Junta, mas Adelaide Silva discorda. “A nossa decisão foi ponderada para não comprometer a execução orçamental deste ano. A continuar em tribunal ou a surgir uma decisão desfavorável, podia ficar em causa a execução orçamental da Junta. Acertámos um plano ajustado às nossas possibilidades financeiras e a única coisa que pode ficar comprometida são os vencimentos do Executivo. O processo começou em 2004 e até 2013 nada tinha ficado decidido. Situação que tendia a agravar-se com prolongamento do processo em tribunal”, remata Adelaide Silva.

RONFE • AUTARQUIA

Suspensa sessão da Assembleia de Freguesia Luís Pereira

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A Assembleia de Freguesia de Ronfe prevista para a passada quinta-feira não chegou a reunir por alegadas irregularidades na convocação da sessão. A coligação PSD/PP não teve acesso aos documentos que seriam analisados no encontro e ameaçou impugnar a mesma.

“Um embuste”, acusa o presidente da Mesa, Vítor Mendes (PS), que acabou por não dar continuidade aos trabalhos. O encontro tinha carácter extraordinário. Na ordem de trabalhos constavam autorizações e delegações de competências na Junta para a celebração de contratos e protocolos, nomeadamen-

te em matéria de gestão de refeitórios escolares. “Recusamo-nos a participar numa votação sobre algo que desconhecemos. Até ao início da sessão não nos foi entregue qualquer documentação que seria alvo de apreciação e votação. Opusemo-nos à realização da sessão, sob pena de impugnar qualquer deci-

são tomada”, justificam os eleitos do PSD-PP. Face à ameaça, a sessão foi cancelada, mas Vítor Mendes não poupa nas críticas à atitude da oposição, que considera “um embuste” que desrespeita “a legitimidade dos órgãos eleitos pela maioria dos eleitores”. Vítor Mendes acusa ainda a coligação de tentativa

de “intimidação” ao ameaçar com a impugnação. “Por via do sucedido e da perda das condições de manutenção da ordem na sessão, os trabalhos foram adiados, após ponderação dos acontecimentos”, explica o eleito. Desconhece-se para já a nova data para a realização de nova Assembleia de Freguesia.


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2014 • 5

OPINIÃO | Pag. 18 Crónica de JOÃO MOURA : “A culpa da chuva é do governo!”

REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO

ENTREVISTA

editorial

POUSADA • AUTARQUIA

“Saímos defraudados com o Orçamento da Câmara”

JOAQUIM FORTE

Notas soltas sobre casos e talentos Passado o período de instalação dos novos órgãos autárquicos saídos das eleições de Setembro de 2013, e volvido aquele período destinado a “conhecer os cantos à casa”, começam a surgir casos que propiciam discussão acalorada entre intervenientes locais da vida política e que podem levar o leitor a franzir o sobrolho, primeiro, e a retirar as suas ilacções, depois, face à informação que vai sendo conhecida (e que não é a definitiva). O RL dá conta de dois casos: um deles na nova União de Freguesias de Airão Santa Maria, Airão S. João e Vermil; o outro ligado a Ronfe. Num e noutro, o que está em causa são acusações dos actuais líderes dos respectivos Executivos face a heranças dos anteriores. Na União, o presidente da Junta, António Carvalho, manifesta ao RL o espanto face ao estado das contas que diz ter encontrado na extinta Junta

DE 2014 • 13

PASSOS SANTOS NATAL DE PAIS | PROCISSÃO | DESFILE DOS JOANE lizou-se no MOGEGE r e s , r e ada ´ Á l v acrianças i d a d e N u npelas guloseimas F r a t eer n n i z a d a p e l auedos O rAg aAssociaçãinq S a n t o s Pa s s o s , cissão do Senhor dos ssado domingo a pro p afreguesia. oquial. Presidido lorico e a igreja par entre a capela de Ce ulminou com o Azevedo, o ritual c pelo padre António ário comboniano. eito por um mission sermão quaresmal f

“CONCORRER EM JOANE SERIA ALICIANTE”

to a rondar Com um orçamen ses projecos 60 mil euros, es estimentos tos significam inv de apoio que necessitam municipal… o orçamento Este ano teremos ue estou na mais baixo desde q lta de protoJunta. Deve-se à fa não temos e a r a m â C a m o c colos no imediato. expectativa de os ter as algumas Foram defraudad relação à expectativas em Câmara? zes em votar Ponderei várias ve orçamento favoravelmente o ANTÓNIO SOUSA te ano. Seria da Câmara para es e o faria. A Presidente da Junta de Freguesia a primeira vez qu (PSD) ada saiu defreguesia de Pous de Pousada de Saramagos çamento da fraudada com o or Câmara para 2014. er a Paulo Já deu a conhec isfação? Cunha essa insat te da Câmara Falei com o presiden e no resto do Luís Pereira que me garantiu qu rente; só por mandato seria dife avor. Diz-se isso é que votei a f ficia freguee n e b a r que a Câma partidária: sias da mesma côr l a c o l o a s a t s i r u t o contrário. se aqui está a prova d u por se que atraís rojectos em do (o PSD/PP perde exemplo, as original. Há vários p edora nas nivela Quando oiço, por A vitória esclarec ação de uma o votos). ane, não as vista. Desde a coloc ) foi a con- quatr reclamações de Jo tro ipitado ter anunautárquicas (70% no local até ao Cen preender. Aliás, a ito? Não foi prec m c e i o f l c p o é o h r l g i a s b i n a e o r h c t l a o v d a o o firmaçã um acordo de c é que o PSD tivo. É verdade que r a m s e m p r e ciado acho estranho como uestão Interpreta As três vitórias fo rentabilizado com Vermoim na q r e s par de tors o a r a c i s r , e e é d a t o x a i p e , l a d a v c e a o n l t a n o de J sias, em crescendo. Co es não estão regação de fregue s verbas que mas as oportunidad igeiramente da ag nar públicas muita er? r com um resultado l ão veio a acontec la Câmara. A É preciso pondera melhor que que n chegam a Joane pe cisões perdidas. r. superior. Não sou ito anos tomei de s, por exeminvestimento a faze abalho está Em o Rua dos Estudante tiram votos. bem o os outros mas o tr fazer nos Louela Câmara e impopulares e que re está O que quer plo, foi toda feita p à vista. gasto im, acima de tudo, o que deve ter-se lá u e t i r o u Para m reiros? t i q d o e r ã r e c n z a i e d a d a a s u u o o g o P r e Ch resse de eis e nunca l e projecto ap esias mais o i n t e valores consideráv da. O Temos loca fantil, Pousada das fregu de dormir na para para um parque in e nota essa g o s t o ouvi falarem dela. ntualidade. vado atrasadas. Onde s ulo Cunha? acordo era numa eve lências. Uma para O que espera de Pa oim/ com três va a diferença? na hipótese Verm Pousada mas é aos 12 anos, outr c o b r i m o s a Mas Começou mal para ia era crianças at Em poucos anos eira para ada, a sua fregues que termine ra jovens e uma terc 100% com a Pous isso não significa e u enquanto que pa q a r d a freguesia em quase a p z i m r u a d á r n e u s c e o . s ã o i . Ampliámos mal, pelo contrár ogege seniores. N rede de saneamento lução Pousada/M ser recoradicional. Resulta tava lotado; na so Como gostaria de seria infantil tr um cemitério que es ao domínio stelões, Pousada ? de uma cedência na escola de e Ca dado em Pousada criámos condições de uma União… pousadenses stamos a trabalhar mos a Junta sede Acredito que haja erível público e e Matinhos; aproximá o assim, seria pref de Pousada com a Comissão de ciativo. Fi- Mesm que gostem tanto que a em parceria do movimento asso os investir gregação a duas do e haja algum Moradores. Prevem uatro anos. uma a como eu. Duvido qu zemos 26 obras em q reguesias. e fique pronto stava de ser “mini vila”. três f - 40 mil euros e qu que goste mais. Go Pousada é hoje uma m um novo autar e t e g e g o sidente que e M r p o . u o o a m n s a o leiçõe recordado c uanto este O resultado das e so dá esperança q a e sabia por , quer aproveitar abilidade? ca, is deu tudo o que podi o dos No Outeiro menta a respons o… olução do conflit as margens do Ri o trabalho. à res esta terra. Permite continuar es territoriais? um pequeno tera sucessão? intervenção limit Já está a preparar o deu A Junta tem tro de Nos próximos anos a s anos o Tribunal nã o natural. A e está a negociar ou ostando no Há doi Será uma sucessã s freguesias, reno ciação será à superfície, ap razão a nenhuma da encontrada dentro dimensão. Se a nego r á r o i e a s m o ã ç u n l â o t s s n i a lazer. ecorreram para porto, é nesse que as nada está os resulta- que r uma chegar a bom da actual equipa m lazer. Que leitura faz d perior. Aguarda-se uiremos a zona de as fregue- cia su decidido. p e c t a t i v a s constr dos autárquicos n nos, vê-se decisão. Temos ex será na margem do Daqui a quatro a novo Certo é que sias vizinhas? entes, tanto com o ica? a foi a única difer afastado da polít quem rio Pele. Nesta zona, Pousad tivo de Mogege, com xpectativas. etende construir? ão PSD/PP a execu Não tenho grandes e mo em O que se pr freguesia da coligaç os conversações, co a pretensão das iante uma clarecedor. tivem ões M a i s d o q u e Não seria desaf ter um resultado es ao apoio das oposiç os, até por? im, todas relação pessoas irem a banh datura em Joane o i d l m a r n e e a d V c i o O d . s n a a i u u t , q p o r e ã a r c t e Ex as as au te aliciante curso de água, no V a freguesia em amb Seria extremamen nânime nas que o usão PS. Pousada é um seria uma votação u ce que o partido to, pretende-se rec e m u r e n a u i p q m e i a d i m e o é ã m n e . r s o a p d r s m o a c o um socialista m bleias sobre um a soa indicada. as margens de dand entemente Assem ache que seria a pes a a desper- perar trabalha, independ soa que proagístico à área de Pousada continu tico aspecto pais Sempre fui uma pes da cor política. com o paro potencial turís ma situação lazer. No Maninho, a d o f i c o u diçar curei consensos. U os m e v Com que result l o v e ra Formosa? d ntidos d , a e s r P a a d g a n d r e e r do? dessas teria de t Deve- q u e d e m e mais surpreendi réplica no Parque da pessoas, no Outeiro da União de Com a esses consensos. de dar o monte às Claramente com o ha-se a expectativa volver o rio. es e Vermil. sa tin eres- queremos de Freguesias das Airõ dade e despertar int f o s s e t ã o publici Nunca pensei que

de Freguesia de Vermil. Em concreto, refere-se a uma gestão que considera pouco abonatória dos anteriores autarcas, principalmente no que respeita à falta de dinheiro da auarquia para pagar três funcionárias que tinha ao seu serviço. Marçal Mendes (que foi Secretário no Executivo liderado pelo empresário Armando Vidal) contrapõe acusando o presidente da União de estar a “sacudir a água do capote” em matéria de responsabilidades. Em Ronfe o caso não é muito diferente e podemos dizer que teve origem na entrevista da presidente da Junta, Adelaide Silva, ao último número do RL. A Junta decidiu pagar uma dívida a uma empresa para evitar que o caso continuasse em tribunal e a acumular juros. A nova autarca diz que é um exemplo da gestão do executivo anterior, liderado por António Sousa, que faz, neste número, a “defesa da honra”.

DIAS DE ONTEM

PAG. 13 | ENTREVISTA António Sousa, reeleito em Setembro com 70 por cento dos votos, em Pousada, confessa ao RL que encabeçar uma candidatura à Junta de Joane seria “extremamente aliciante”

O actor Bruno Martins, director e fundador do Teatro Didascália, de Joane, decidiu enfrentar um daqueles desafios aliciantes e exigentes. O seu novo espectáculo, com estreia agendado para o dia 16 de Março, na Casa das Artes, é mais do que uma peça de um homem só; é uma prova de fogo. Um único actor em palco, também responsável pela iluminação e pelo som, numa peça sobre a solidão quotidiana. Bruno Martins é, de resto, um exemplo do talento que brota desta região em torno de Joane, bem patente nos muitos casos que o RL tem vindo a destacar nas suas páginas - tal como se verifica nesta edição, com o caso de António Peixoto, um joanense radicado na Alemanha que tem dado provas no mundo do vídeo e da fotografia. Como refere o artista ao RL, Joane é uma terra que tem muito talento mas que não está a ser devidamente aproveitado.

o que se diz “AVENIDA HUMBERTO DELGADO (EM FAMALICÃO) VAI TER RADARES DE VELOCIDADE” Título do Opinião Pública

“PS faz balanço crítico de quatro meses de governação (do novo Executivo da Câmara Municipal de Famalicão)”

“PSP registou no distrito de Braga 60 acidentes no Carnaval” Guimarães Digital

Opinião Pública

“Deixar pago um café, pão, uma refeição, vestuário ou medicamentos em favor de quem mais precisa é a sugestão que o Arcebispo de Braga faz a todos os crentes e não crentes neste período quaresmal” Joane, Década de 80 A foto tem assinatura da página do Facebook “Joane Admirável”. Pela velhinha escola preparatória de Joane passaram gerações de alunos. Os pavilhões e a terra batida deram lugar, na década de 90, às instalações actuais da escola Bernardino Machado. A foto traz recordações e memórias de centenas de pessoas que são desaf iadas nessa página do Facebook a colocar “like” a quem por lá passou. Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda - Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail geral@reporterlocal.com Membros detentores de mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira Director Joaquim Forte ( joaquim.forte@gmail.com) Redacção Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) Paginação Filipa Maia Colaboradores Fernanda Faria; João Moura; Luís Santos; Sérgio Cortinhas; Quintino Pinto Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514

“Famalicense que atropelou peregrinos a caminho de Fátima apanha pena suspensa” Opinião Pública

“Doentes com cancro da pele e da próstata são os que mais esperam por cirurgia” Público

Diário do Minho

“O mais difícil está para vir” “PSD/CDS apresenta programa eleitoral (para as Europeias) em jeito de tweets e “101 dálmatas” Público

“Por cá, cortam-nos os salários e as pensões e dizem que os nossos vencimentos ainda estão demasiado altos. Por lá, pela União Europeia, é um “regabofe” inconcebível, ofensivo e inaceitável!” Mário Martins, O Povo Famalicense

Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, Expresso

“Nuno Melo orgulhoso por liderar lista do CDS-PP às Eleições Europeias” Cidade Hoje

“O tráfego de voz nas redes móveis subiu 9,6% no quarto trimestre do ano passado, face a igual período de 2012, anunciou a Anacom” Jornal de Notícias


6 FEVEREIRO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

RONFE | ORÇAMENTO PARTICIPATIVO R o n f e r e c e b e n o d i a 2 9 a A s s e m b l e i a Pa r t i c i p a t i v a d a z o n a Oeste do concelho de Guimarães com vista à elaboração do Orçamento Participativo. A sessão, na Escola Abel Salazar, pelas 14:30 horas, destina-se às populações de Ronfe, Airão S. João, Airão Santa Maria , Vermil, Oleiro s, Brito, Leitões e Figueiredo.

LOCALIDADES UNIÃO • POLÉMICA

“Vermil tinha três funcionárias mas não tinha dinheiro para salários” Novo Executivo da União acusa PSD-PP de ter pactuado com ilegalidades na autarquia de Vermil Luís Pereira

E

stá instalada a primeira contorvésia política na União das Freguesias de Airão Santa Maria, Vermil e S. João. Em causa está a situação laboral das três funcionárias da extinta autarquia de Vermil (governada nos últimos mandatos por Armando Vidal, do PSD). António Carvalho, presidente da União (PS), constatou que as três funcionárias estavam em situação ilegal. “Nunca percebemos como é que uma Junta tão pequena tinha necessidade de três funcionárias sem sequer conseguir suportar os respectivos vencimentos”, conta o autarca. Duas funcionárias prestam serviços no Jardim de Infância (JI) - fototutelado pela autarquia. A terceira dava apoio aos alunos da escola primária e assegurava outras tarefas “que não eram da sua competência”, segundo Carvalho. O contrato das funcionárias do JI estaria caducado desde 2011 mas a Junta de Vermil continuou a assegurar os vencimen-

ANTÓNIO CARVALHO “Nunca percebemos como uma Junta tão pequena tinha necessidade de três funcionárias sem sequer conseguir suportar os respectivos vencimentos”.

tos. “Foram admitidas em 2006 por concurso público. Em 2009 deveria ter havido novo concurso, o que não aconteceu. Mesmo assim, a lei determina um período máximo de dois anos de renovação automática sem concurso. Ou seja, desde 2011 que os contratos estão caducados”, explica o autarca. No caso da outra funcionária, a situação é ainda mais ilegal, sustenta. “A Junta contratou uma funcionária para desempenhar trabalhos que não

“A Junta está a sacudir a água do capote” MARÇAL MENDES O antigo Secretário da Junta de Vermil nega a existência de ilegalidades e discorda com a solução da Junta da União.

são da responsabilidade de uma autarquia. Foi admitida sem concurso público e não tinha qualquer contrato, apesar de a Junta pagar os vencimentos e descontos”, afirma. “Com isto, em Dezembro, a nova Junta não tinha dinheiro para pagar vencimentos”, remata. O assunto “aqueceu” a última Assembleia de Freguesia. Segundo António Carvalho, Marçal Mendes, candidato do PSD-PP derrotado em Setembro e ex- Secretá-

Como reage às ilegalidades apontadas por António Carvalho na contratação das funcionárias de Vermil? Foi feita por concurso público como estipula a lei. Os contratos, após renovações, terminavam em 2009 e não foi feito novo concurso porque, ao tempo, a contratação de pessoal em funções públicas estava suspensa por disposição legal. A Junta de Vermil optou por proteger as funcionárias. A Junta teria que ter um quadro de pessoal obrigatório porque presta serviços públicos, situação que não se verifica nas Juntas de Airão Sta. Maria e Airão S. João e que agora a actual Junta decidiu alargar à

rio da Junta de Vermil, terá reconhecido o erro. Um facto que o visado desmente (ver caixa). “Nós tinhamos duas alternativas: ou teríamos de justificar muito bem a necessidade e, havendo autorização, seria um concurso público, pondo em risco o posto das actuais funcionárias, ou a solução que estamos a implementar, garantindo a continuidade das funcionárias”, esclarece António Carvalho. As funcionárias passam

Freguesia de Vermil, decisão esta ferida de legalidade. Havia ou não contrato com a funcionária da escola? Se o contrato de trabalho não constar de forma escrita considera-se sem termo, ou seja, o trabalhador é efectivo. Armando Vidal desconhecia a existência da terceira funcionária? Esta afirmação revela uma imaginação fértil do Sr. Carvalho e demonstra falta de postura institucional para com o seu anterior homólogo. Assume esses erros? Não há erros. Houve decisões e cada Junta toma as decisões que considera melhores para o serviço público.

assim para a alçada da Associação de Pais e, em contrapartida, a Junta da União assegura, através de um subsídio anual, o valor dos vencimentos. Quanto à funcionária da escola, a Junta negociou uma indemnização de 1.500 euros. “Sempre quisemos resolver a ilegalidade e proteger as funcionárias. Vermil passa a ter duas funcionárias que asseguram o serviço que antes era feito por três”, conclui António Carvalho.

Concorda com a solução do actual executivo? Nada tenho a apontar quanto à solução da funcionária da escola.Em relacção ás do JI, ao transferir as funcionárias para a Associação de Pais a Junta está a instrumentalizar as Associações de Pais colocando todas as funcionárias das três freguesias ao seu serviço numa situação de insegurança, podendo dar origem a situações fraudulentas. António Carvalho demonstra que não está à altura do cargo para o qual foi eleito porque não assume as responsabilidades que lhe pertencem, sacudindo-as para as Associações de Pais.


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2014 • 7

vermil | torneio de sueca e porco no espeto A C o m i s s ã o d e F e s t a s d e S . M i g u e l - O - A n j o , d e Ve r m i l , o r g a n i z a e s t e s á b a d o , dia 15, um torneio de Sueca . A iniciativa decorre junto à igreja local e conta ainda com porco no espeto. O torneio, cuja inscrição é de cinco euros, tem início marcado para as 14 horas e atribui prémios às três melhores equipas. A receita da iniciativa reverte a favor das festividades de Setembro.

JOANE

Despiste automóvel provocou cinco feridos

VERMIL • AUTARQUIA

Voluntárias afastam-se do serviço de enfermagem Executivo da União garante continuidade do Posto de Enfermagem na sede de Vermil

Um despiste no dia 28 de Fevereiro, em Laborins, junto à feira de Joane, p ro v o co u c i n co f e r i d o s l i g e i ro s , e n t r e os quais uma criança de um ano. Um desnível entre a via e a berma e a chuva terão estado na origem do acidente. A viatura capotou e ficou imobilizada num terreno junto a uma serração. No local estiveram os Bomb e i r o s Fa m a l i c e n s e s e u m a V i a t u r a M é d i c a d e E m e r g ê n c i a e Re a n i m a ç ã o . Os feridos foram transportados para o H o s p i t a l d e Fa m a l i c ã o e r e c e b e r a m alta no mesmo dia.

JOANE

Corta-mato ATC: à terceira foi de vez

À terceira foi de vez: depois de ter sido adiado duas vezes, devido ao mau termpo, o I Corta-mato e C o r r i d a S o l i d á r i a d a AT C d e J o a n e , nos terrenos da antiga estamparia, ficou marcado pelo sucesso. Além de ter registado muitos atletas participantes nos diferentes escalões e distâncias, a prova registou uma assinalável presença de público. Uma i n i c i a t i v a p a r a r e p e t i r, g a r a n t e a ATC .

JOANE

Academia no pódio

Seis dos dez atletas da academia joanense Alex Ryu Jitsu subiram ao pódio do Campeonato Regional L i g h t - C o n t a c t , n o d i a o i t o , e m Va l e S . Cosme. Filipe Ferreira ( juniores; 6367kg); Jorge Abreu (iniciados; 1,70m) e Rui Moreira (iniciados; 1,40m) sagraram-se campeões regionais. Helena Abreu ( júnior; 65-71Kg); Luís Pe r e i ra ( j ú n i o r ; 5 6 - 6 0 K g ) e R u b e n Costa (infantis; 1,20m) alcançaram títulos de vice-campeões regionais. A A c a d e m i a v a i p a r t i c i p a r, e m A b r i l , com oito atletas no IV Mundial ICKKF World All Styles Championship, em Va g o s ( A v e i r o ) .

Luís Pereira

A

ANTÓNIO CARVALHO

mudança do modelo de funcionamento do posto de enfermagem na Junta de Vermil não foi bem recebida pela Associação Caritativa, ligada à paróquia, responsável pelo serviço. O novo Executivo da União decidiu manter o serviço de enfermagem mas aproximando-o do modelo de Airão Santa Maria e S. João. “As enfermeiras prestavam o serviço em nome do grupo paroquial. A Junta anterior cedia o espaço, comprava o material e, anualmente, atribuía um subsídio ao grupo. Fizemos uma reunião com as enfermeiras e propusemos-lhes o pagamento de uma retribuição igual à que se paga nas outras freguesias.

AZEVEDO NÃO É CANDIDATO AO PSD DE JOANE Depois da derrota nas Eleições Autárquicas, há poucos interessados na liderança do núcleo

“ Tudo fizemos para manter o excelente trabalho das enfermeiras, mas estas decidiram acabar com o serviço na Junta”

Recusaram e propuseram continuar em forma de voluntariado. Aceitámos a proposta e, em contrapartida, a Junta atribuiria um subsídio anual ao grupo equivalente ao valor que é pago às enfermeiras de Airão Santa Maria e São João”, explica António Carvalho. Depois de terem aceite a proposta, as voluntárias mudaram

Miguel Azevedo não se recandidata ao cargo de presidente do núcleo de Joane do PSD. Ao RL, o actual líder confirma a intenção de não se recandidatar a um acto eleitoral que aguarda apenas publicação do edital da convocatória no jornal do PSD, e que deve decorrer entre final de Abril e início de Maio. Desgastado com um mandato “trabalhoso”, que envolveu a escolha do candidato às eleições autárquicas (e que se revelou ineficaz), Azevedo já havia assumido a “inteira responsabilidade” pelo fracasso eleitoral e pretende agora dedicar-se apenas ao exercício do mandato na As-

de ideias. Uma surpresa, confessa Carvalho, revelando que elas se mostraram indignadas por terem sido acusadas, por colegas do grupo, de pactuarem com a Junta “Tudo fizemos para manter o excelente trabalho das enfermeiras, mas estas decidiram acabar com o serviço na Junta”. O serviço, no entanto, continua, agora assegurado por uma enfermeira remunerada pelo trabalho que presta, uma vez por semana. Para o pároco, tudo não terá passado de “mal entendidos”. “Fui apanhado de surpresa. A autarquia agiu de boa-fé, mas houve quem achasse que se estava a aproveitar. Quando o presidente veio falar comigo já as coisas estavam num estado irreversível”, lamenta o padre José Castro.

sembleia de Freguesia de Joane. Ao contrário do que tem sido habitual, as eleições para o núcleo não têm despertado interesse e motivações, desconhecendo-se interessados em suceder a Miguel Azevedo. Segundo apurou o RL, a solução para evitar que o núcleo caia num vazio directivo nos próximos dois anos (anos de “travessia no deserto”, depois do desaire autárquico), deverá, em última análise, sair da actual direcção. Neste sentido, a hipótese do novo líder ser alguém com assento na Assembleia de Freguesia será a que maior consenso reunirá.


8 FEVEREIRO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

FAMALICÃO

FAMALICÃO EUROPEU J á e s t á a f u n c i o n a r, n a B i b l i o t e c a M u n i c i p a l , a p r i m e i r a A n t e n a d e I n f o r m a ç ã o E u r o p e i a d o Va l e d o A v e , r e s u l t a d o d e u m p r o t o c o l o e n t r e o m u n i c í p i o f a m a l i c e n s e e o I n s t i t u t o Po l i t é c n i c o d o C á v a d o e d o A v e . Tr a t a - s e d e u m e s p a ç o a b e r t o a o s c i d a d ã o s que faculta acesso facilitado à informação sobre a UE.

FAMALICÃO • ACÇÃO SOCIAL

Câmara vai atribuir 185 bolsas de estudo a alunos do superior Reforço da política de acção social do municipio representa um investimento de 156 mil euros

VALE DO AVE

Região procura empreendedores com novas ideias Estão abertas as inscrições para o “Desafio Empreendedor”, um concurso de ideias de negócio a desenvolver nos municípios da Comunidade I n t e r m u n i c i p a l d o A v e ( Fa m a licão, Guimarães, Barcelos e Braga) pela Rede de Empree n d e d o r i s m o d o A v e ( I N . AV E ) . O desafio pretende fomentar a capacidade empreendedora d a p o p u l a ç ã o d o Va l e d o A v e e estimular o desenvolvimento de novos projectos empresariais que incorporem inovação e diversificação no tecido empresarial existente. Mais i n f o r m a ç õ e s e m w w w. i n av e . p t .

FAMALICÃO

Oportunidades de financiamento para a agricultura

A

Câmara Municipal de Famalicão aprovou, esta quinta-feira, por unanimidade, a atribuição de bolsas de estudo a 185 alunos do concelho que frequentam o ensino superior. A medida visa “proporcionar melhores condições de acesso e frequência do ensino superior aos jovens famalicenses” e custa 156.350 euros. O presidente da autarquia, Paulo Cunha, salienta que a medida traduz “uma aposta no futuro” que confirma a prioridade concedida pelo município à área da ação social num período “particularmente difícil”que afecta os famalicenses.

156350 €

VALOR QUE A CÂMARA DE FAMALICÃO vai investir em 185 bolsas de estudo PARA alunos do ensino superior. O autarca lembra que a política de atribuição de bolsas foi uma das áreas prioritárias sinalizadas pelo executivo e aponta como meta o aumento de 50 por cento da verba disponível. Por agora, realça o autarca, esse aumento é de 25 por cento mas “prova que

estamos no bom caminho”. Em 2013, a autarquia famalicenseinvestiu 120 mil euros no apoio a 145 alunos. “Hoje temos 185 jovens do cocnelho, por força deste apoio, com melhores condições para frequentar, espero com êxito, os seus cursos superiores. São quase 160 mil euros que vamos utilizar de receitas municipais para satisfazer esta necessidade”, acrescenta o autarca. “Criar condições para que 185 famalicenses possam concluir o seu plano de ensino é a melhor aposta que podemos fazer para que eles no futuro possam dar o retorno a este investimento”, conclui Paulo Cunha.

DIA INTERNACIONAL DA “FAMALICÃO MADE IN” QUER MULHER: FAMALICÃO LANÇA ESTIMULAR ECONOMIA DO CAMPANHA CONCELHO A Câmara Municipal de Famalicão, em parceria com o Núcleo de Crianças da Amnistia Internacional Portugal, assinala, este sábado, oito de Março, o Dia Internacional da Mulher. As comemorações contam também com a colaboração do Lions Clube e da Delegação da Ordem dos Advogados. No mesmo dia o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, lança a campanha “A Dignidade tem um Rosto”, no Parque da Juventude, às 10:30 horas. Para esta campanha foram convidadas mulheres famalicenses para darem a cara de forma positiva, em áreas de actuação diversificadas (política, investigação, voluntariado, entre outras). Na mesma altura será promovida uma venda de produtos realizada exclusivamente por mulheres e que conta já com 80 vendedoras inscritas.

A Câmara de Famalicão vai lançar uma campanha de valorização e afirmação do seu território, que servirá de base à imagem corporativa do programa “Famalicão Made IN” apostado em estimular a competitividade económica do município. A ação pretende reforçar a associação da marca Famalicão a um bom município para viver e para investir. Os recursos humanos qualificados, a localização geográfica no norte do País, a rede de empresas de referência são alguns dos “trunfos” associados ao concelho. Paulo Cunha dá como exemplo as empresas de referência internacional sediadas no concelho, como a Continental Mabor, a Leica, a Louropel, a Riopele e a Salsa. “Famalicão é um concelho com marca e que marca”, refere o autarca lembrando que o município é o terceiro mais exportador de Portugal.

A Associação para o Desenv o l v i m e n t o I n t e g r a d o d o Va l e do Ave, a Confederação de A g r i c u l t o r e s d e Po r t u g a l e a C â m a r a M u n i c i p a l d e Fa m a l i c ã o organizam, no próximo dia 26 de Março, pelas 14:30 horas, na Biblioteca Municipal, uma sessão de informação sobre oportunidades de financiamento para a Agricultura . A Política Agrícola Comum 2014-2020 e o Programa de Desenvolvimento Rural 20142020 são os temas em debate.

FAMALICÃO

Assembleia ganha casa nova no antigo tribunal A Assembleia Municipal (AM) d e Fa m a l i c ã o t e m n o v a s i n s talações, situadas no antigo Tr i b u n a l J u d i c i a l . O e s p a ç o f o i inaugurado pelos presidentes da AM, Nuno Melo, e da Câm a r a M u n i c i p a l d e Fa m a l i c ã o , Pa u l o C u n h a . Este último refere que as novas instalações significam um maior conforto e qualidade para aquele órgão municipal, já que passa a dispor de auditório para as reuniões e permite a concentração de todos os serviços. As novas instalações incluem um gabinete para o presidente, gabinetes administrativos e salas de reuniões.


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2014 • 9

FAMALICÃO | RUI VELOSO TRIO Rui Veloso apresenta o seu espetáculo em trio no grande auditório da Casa das Artes de de Famalicão, nos dias 14 e 15 de Março, às 21:30 horas. Na companhia dos músicos Alexandre Manaia e Berg (vencedor do programa Factor X), Rui Veloso apresenta os seus grandes êxitos.

Um homem e um palco

“ O N E M A N A LO N E ” : A N O VA P E Ç A D O T E AT R O D I DA S C Á L I A , D E J O A N E , É U M E N O R M E D E S A F I O À R E S I S T Ê N C I A F Í S I C A E C R I AT I VA D O Ú N I C O A C TO R E M PA LC O , B R U N O M A R T I N S , TA M b È M D I R E C TO R A R T Í S T I C O D O G R U P O . E S T R E I A D I A 2 0 D E M A R Ç O N A C A S A DA S A R T E S D E FA M A L I C Ã O operando ao mesmo tempo a própria luz que o ilumina e a música que acompanha a cena . A peça retrata a vida de um padeiro, solitário, que a altas horas da noite, nos intervalos de cozedura do pão, se diverte a brincar com os seus instrumentos de trabalho, numa tentativa de escape ao quotidiano do seu ofício monótono e repetitivo. Bruno Martins, diretor artístico da companhia , único actor da peça e simultâneamente

operador de luz e som, salienta que o facto do espetáculo ser todo ele conduzido por uma só pessoa, funciona como uma espécie de metáfora à criação artística contemporânea. Uma metáfora ás condições de trabalho, na maioria das vezes precárias, em que os artistas se vêem o b r i g a d o s a t r a b a l h a r, agravadas com a actual conjuntura socioeconómica . “É uma peça para um super actor e m p r e e n d e d o r, q u e na falta de melhores

co n d i ç õ e s d e c i d e a s s u m i r todas as funções do espectáculo, que vão desde a interpretação dos vários personagens até aos técnicos que operam a luz e o som”, diz . O espectáculo é uma comédia divertida que assenta no jogo físico do a c t o r, n a s u a c a p a c i d a d e de se multiplicar nas várias personagens que dão vida às suas fantasias e de surpreender através dum espectáculo onde a magia é aliada da simplicidade.

O espectáculo é uma c o - p r o d u ç ã o d o Te a t r o Didascália e Casa das Artes de Famalicão e estará em cena nos dias 20 (estreia) e 21 de Março, às 21:30 horas. A criação, interpretação e cenografia pertence a Bruno Martins e a direção é de Sérgio Agostinho. Para mais informações sobre o grupo e sobre a peça: w w w. t e a t r o d a d i d a s c a l i a . com; www.facebook. com/teatrodadidascalia .

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É um desafio à resistência física e criativa de Bruno Martins, o director do Te a t r o D i d a s c á l i a e ú n i c o actor em palco a nova peça, “Onde Man Alon”, com estreia agendada p a ra 2 0 d e M a r ç o , n a C a s a d a s A r t e s d e Fa m a l i c ã o . “One Man Alone” é o que se pode, de facto, chamar “um espetáculo a solo”. Sem contracena , nem operador de luz nem de som, um único actor vê-se assim obrigado a prosseguir o seu espectáculo i n t e r p r e t a n d o e


10 FEVEREIRO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

AIRÃO SANTA MARIA | TEATRO NO SALÃO O G r u p o d e Te a t r o S . J o ã o B o s c o t r a z a A i r ã o S a n t a M a r i a a c o m é d i a “A p a n h a d o e m F l a g r a n t e ” . O e s pectáculo é apresentado sábado, dia 15, às 21:15 horas, no Salão Paroquial. A entrada é gratuita .

Rusga de Joane

23 anos a dançar

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E S P E C TÁ C U LO “ V I V Ê N C I A S D ` O U T R O R A” MARCOU EFEMÉRIDE O G r u p o E t n o g rá f i co R u s g a d e Jo a n e a s s i n a l o u o seu 23º aniversário com um espectáculo na C a s a d a s A r t e s d e Fa m a l i c ã o , e s t e d o m i n g o , nove de Março. O espectáculo musical e e t n o g rá f i co “ V i v ê n c i a s d ’ O u t ro ra ” co n t o u co m o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova

d e Fa m a l i c ã o e i n c l u i u r e t ra t o s d o q u o t i d i a n o d a s g e n t e s d e o u t ro ra d e Fa m a l i c ã o , d o s trabalhos no campo e das festas e das romarias que marcaram o final do século XIX e o início do século XX. O espectáculo incluiu elementos da Rusga de Joane e cerca de 20 folcloristas provenientes de várias cidades do país e de comunidades

portuguesas no estrangeiro. O grupo de Joane, fundado em 1991, desenvolve a sua actividade na área da divulgação das tradições etnográficas e do património imaterial. É o mais novo entre os três ranchos da vila joanense.


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2014 • 11

PA I X Ã O P E L A F OTO G R A F I A A f o t o g r a f i a é u m a d a s p a i x õ e s d e A n t ó n i o Pe i x o t o . O seu portefólio soma admiradores no sítio http:// cargocollective.com/antoniopeixoto. “Quando nos dizem que basta olhar para a foto e fica-se a perceber q u e m é o s e u a u t o r, é a m e l h o r d a s c r í t i c a s ” , c o m e n t a .

O Homem da câmara de filmar A N TÓ N I O P E I XOTO , 2 8 A N O S , D E J O A N E , T E M C O N H E C I D O U M D U P LO S U C E S S O N A P R O D U Ç Ã O D E V Í D E O S E N A F OTO G R A F I A , N A A L E M A N H A , O N D E L I D E R A U M G R U P O D E 1 5 P E S S O A S N U M A P R E S T I G I A DA A G Ê N C I A D E P U B L I C I DA D E . LUÍS PEREIRA

Há pelo menos um português que está agradecido ao país de Angela Merkel pelas oportunidades que lhe deu. António Peixoto, joanense de 28 anos, tem conhecido duplo sucesso na produção de vídeos e na fotografia. A primeira sob a forma de profissão, a segunda por passatempo. L i c e n c i a d o e m t e c n o l o g i a s d e co m u n i c a ç ã o multimédia, com especialização em a u d i o v i s u a l , A n t ó n i o Pe i x o t o l i d e r a u m a equipa de 15 editores de uma agência

publicitária que trabalha em mais de 50 línguas e para marcas como a Microsoft , B M W e a Po r s c h e . O percurso do joanense passou pela Irlanda, por um estágio na Câmara do Po r t o e p o r m u i t a s e n t r e v i s t a s d e e m p r e g o , duas em Berlim e uma em Estugarda, onde acabaria por estagiar seis meses. “Gostaram por mim, convidaram-me a ficar como editor de vídeo e hoje sou responsável por uma equipa de 15 pessoas”, conta .

O reconhecimento do seu trabalho pode l e vá - l o , n o s p ró x i m o s t e m p o s , a t é L o n d r e s , M i a m i , Tó q u i o , M a d r i d e S i n g a p u r a , capitais para onde a agência Simpleshow pretende expandir-se. “Na Alemanha, as empresas investem no potencial dos funcionários. Pagam workshops, acreditam nos trabalhadores. Em Portugal há medo de se perder o trabalho, na Alemanha as empresas têm medo de perderem os seus empregados”, considera .

J O A N E , T E R R A N ATA L A n t ó n i o Pe i x o t o v i s i t a f r e q u e n t e m e n t e J o a n e , o n d e p e r m a n e c e m f a m i l i a r e s e a m i g o s . E a p a r t i r d e Estugarda , é através do RL , na versão na Internet , que “mata saudades” de Joane, onde já expôs as s u a s f o t o g r a f i a s . Vo l t a r, p o r é m , e s t á f o r a d e q u e s t ã o . “J o a n e t e m u m p o t e n c i a l i n c r í v e l . J á t r o u x e c á alemães que se mostraram espantados por não se explorar os talentos jovens que existem cá”, remata .


12 FEVEREIRO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

JOANE | ESCRITORES NA SEMANA DA LEITURA A escritora Maria João Lopo de Carvalho participa esta quarta-feira, dia 12, às 10:00 horas, na Biblioteca Escolar Bernardino Machado, na Semana da Leitura. O escritor João Tordo (na foto) é outro dos convidados da iniciativa que decorre até 14 de Março.

CASA DAS ARTES

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JP SEM GELO

JP SEM GELO A C a s a d a s A r t e s d e Fa m a l i c ã o r e ce b e u o e s p e c t á c u l o d o n ovo d i s co d e J P S i m õ e s . D u a s h o ra s i n t e n s a s , d i ve r t i d a s , e c l é t i c a s , d u ra n t e a s q u a i s o c a n t o r e co m p o s i t o r m o s t ro u a s u a m e s t r i a co m o vo c a l i s t a e e n t e r t a i n e r, n ã o d e f ra u d a n d o a s ce n t e n a s d e e s p e c t a d o r e s . O n ovo disco, “Roma”, de 2013, apresenta sonoridades diversificas, que vão do jazz ao afro-beat , passando pelo samba e rock. JP Simões, bem servido por um excelente naipe de músicos, apresentou o a l i n h a m e n t o d o d i s c o , c o m t e m a s c o m o “ O Po r t u g u ê s Vo a d o r ” , “Rio-me de Janeiro” e “Gosto de me Drogar”, entre outros. E não esqueceu a sátira à actualidade política .


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2014 • 13

JOANE | PROCISSÃO SANTOS PASSOS MOGEGE | DESFILE DOS DE PAIS NATAL O rAg aAssociaçãinquedos n i z a d a p e l a F r a t eer n i d a d e N u npelas ´ Á l v acrianças r e s , r e ada lizou-se no guloseimas p afreguesia. s s a d o d o m i n g o a p r o c i s s ã o d o S e n h o r d o s S a n t o s Pa s s o s , entre a capela de Celorico e a igreja paroquial. Presidido pelo padre António Azevedo, o ritual culminou com o sermão quaresmal feito por um missionário comboniano.

ENTREVISTA

“CONCORRER EM JOANE SERIA ALICIANTE”

POUSADA • AUTARQUIA

“Saímos defraudados com o Orçamento da Câmara” ANTÓNIO SOUSA Presidente da Junta de Freguesia de Pousada de Saramagos (PSD)

Luís Pereira

A vitória esclarecedora nas autárquicas (70%) foi a confirmação do trabalho feito? As três vitórias foram sempre em crescendo. Contava, até, com um resultado ligeiramente superior. Não sou melhor que os outros mas o trabalho está à vista. Chegou a dizer que tirou Pousada das freguesias mais atrasadas. Onde se nota essa diferença? Em poucos anos cobrimos a freguesia em quase 100% com a rede de saneamento. Ampliámos um cemitério que estava lotado; criámos condições na escola de Matinhos; aproximámos a Junta do movimento associativo. Fizemos 26 obras em quatro anos. Pousada é hoje uma “mini vila”. O resultado das eleições aumenta a responsabilidade? Permite continuar o trabalho. Nos próximos anos a intervenção será à superfície, apostando no lazer. Que leitura faz dos resultados autárquicos nas freguesias vizinhas? Nesta zona, Pousada foi a única freguesia da coligação PSD/PP a ter um resultado esclarecedor. Exceptuando Vermoim, todas são PS. Pousada é uma freguesia socialista mas premeia quem trabalha, independentemente da cor política. Com que resultado ficou mais surpreendido? Claramente com o da União de Freguesias das Airões e Vermil. Nunca pensei que fosse tão

nivelado (o PSD/PP perdeu por quatro votos). Não foi precipitado ter anunciado um acordo de cavalheiros com Vermoim na questão da agregação de freguesias, que não veio a acontecer? Em oito anos tomei decisões impopulares e que retiram votos. Para mim, acima de tudo, está o interesse de Pousada e não gosto de dormir na parada. O acordo era numa eventualidade. Mas na hipótese Vermoim/ Pousada, a sua freguesia era secundarizada enquanto que na solução Pousada/Mogege e Castelões, Pousada seria sede de uma União… Mesmo assim, seria preferível uma agregação a duas do que a três freguesias. Mogege tem um novo autarca, isso dá esperança quanto à resolução do conflito dos limites territoriais? Há dois anos o Tribunal não deu razão a nenhuma das freguesias, que recorreram para a instância superior. Aguarda-se uma decisão. Temos expectativas diferentes, tanto com o novo executivo de Mogege, com quem tivemos conversações, como em relação ao apoio das oposições em ambas as autarquias. O ideal seria uma votação unânime nas Assembleias sobre um acordo. Pousada continua a desperdiçar o potencial turístico da Pedra Formosa? Com a réplica no Parque da Devesa tinha-se a expectativa de dar publicidade e despertar interes-

se que atraísse turistas ao local original. Há vários projectos em vista. Desde a colocação de uma réplica no local até ao Centro Interpretativo. É verdade que o local poderia ser rentabilizado mas as oportunidades não estão perdidas. É preciso ponderar bem o investimento a fazer. O que quer fazer nos Loureiros? Temos local e projecto aprovado para um parque infantil, com três valências. Uma para crianças até aos 12 anos, outra para jovens e uma terceira para seniores. Não será um parque infantil tradicional. Resulta de uma cedência ao domínio público e estamos a trabalhar em parceria com a Comissão de Moradores. Prevemos investir 40 mil euros e que fique pronto este ano. No Outeiro, quer aproveitar as margens do Rio… A Junta tem um pequeno terreno e está a negociar outro de maior dimensão. Se a negociação chegar a bom porto, é nesse que construiremos a zona de lazer. Certo é que será na margem do rio Pele. O que se pretende construir? Mais do que a pretensão das pessoas irem a banhos, até porque o curso de água, no Verão, é diminuto, pretende-se recuperar as margens de dando um aspecto paisagístico à área de lazer. No Maninho, com o parque de merendas, devolvemos o monte às pessoas, no Outeiro queremos devolver o rio.

Com um orçamento a rondar os 60 mil euros, esses projectos significam investimentos que necessitam de apoio municipal… Este ano teremos o orçamento mais baixo desde que estou na Junta. Deve-se à falta de protocolos com a Câmara e não temos expectativa de os ter no imediato. Foram defraudadas algumas expectativas em relação à Câmara? Ponderei várias vezes em votar favoravelmente o orçamento da Câmara para este ano. Seria a primeira vez que o faria. A freguesia de Pousada saiu defraudada com o orçamento da Câmara para 2014. Já deu a conhecer a Paulo Cunha essa insatisfação? Falei com o presidente da Câmara que me garantiu que no resto do mandato seria diferente; só por isso é que votei a favor. Diz-se que a Câmara beneficia freguesias da mesma côr partidária: aqui está a prova do contrário. Quando oiço, por exemplo, as reclamações de Joane, não as consigo compreender. Aliás, acho estranho como é que o PSD de Joane deixa escapar de tornar públicas muitas verbas que chegam a Joane pela Câmara. A Rua dos Estudantes, por exemplo, foi toda feita pela Câmara e acredito que deve ter-se lá gasto valores consideráveis e nunca ouvi falarem dela. O que espera de Paulo Cunha? Começou mal para Pousada mas isso não significa que termine mal, pelo contrário. Como gostaria de ser recordado em Pousada? Acredito que haja pousadenses que gostem tanto de Pousada como eu. Duvido que haja algum que goste mais. Gostava de ser recordado como o presidente que deu tudo o que podia e sabia por esta terra. Já está a preparar a sucessão? Será uma sucessão natural. A solução será encontrada dentro da actual equipa mas nada está decidido. Daqui a quatro anos, vê-se afastado da política? Não tenho grandes expectativas. Não seria desafiante uma candidatura em Joane? Seria extremamente aliciante mas não me parece que o partido ache que seria a pessoa indicada. Sempre fui uma pessoa que procurei consensos. Uma situação dessas teria de ter garantidos esses consensos.


14 FEVEREIRO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

por D. VIRINHA

Ainda sobre calendários... Na última edição d´O MOsquito demos a conhecer o caso do calendário de 2014 que não apresentava nenhum feriado. Escreveu-se que isso seria influência da troika e dos troikistas portugueses que estão verdadeiramente apostados em “esmifrar” o povo... Afinal a coisa é mais simples. S a b e m o s q u e o g o v e r n o , p e l a m ã o d o p r e z a d o M i g u e l Re l v a s ( q u e e s t á de regresso) decidiu fazer como os livros das Selecções do Readers Digest : condensou várias freguesias numa só com o objectivo de poupar uns cobres. E daí resultou, como é sabido, que as fregues i a s d e A i r ã o S a n t a M a r i a , A i r ã o S . J o ã o e Ve r m i l s e j u n t a r a m n u m a União (embora aqui e acolá as coisas não andem muito unidas!). A Junta é só uma mas em matéria de calendários cada “freguesia” tem o seu. Aquele a que O Mosquito fez referência perternce a Airão Santa Maria - é o tal que não tem nenhum feriado. Mas a “freguesia” de Airão S. João também quis ter o seu calendário: e este, sim, apresenta os feriados que ainda não foram cilindrados pelo rolo compressor da austeridade.

O CALENDÁRIO DE AIRÃO S. JOÃO NÃO ESTÁ ACERTADO COM O DE AIRÃO SANTA MARIA!

UM AZAR DOS GRANDES! E j á v ã o t r ê s d a t a s ! A A s s o c i a ç ã o Te a t r o C o n s t r u ç ã o d e J o a n e t e m e s b a r r a d o n u m d a q u e l e s o b s t á c u l o s d i f í c e i s d e t r a n s p o r. A s u a caminhada solidária, que visa ajudar pessoas necessitadas, esteve inicialmente prevista para a época do Natal do ano que passou. O mau tempo não permitiu que se realizasse e a organização viu-se obrigada a marcar nova data , a dois de Março. E de novo a chuva fez das suas, impedindo a realização da iniciativa . O sol lá acabou por dar o ar da sua graça no passado domingo, dia nove, que permitiu, finalmente, que os participantes se fizessem ao t e r r e n o d a a n t i g a e s t a m p a r i a . Fo i p o r u m a b o a c a u s a , ó S . Pe d r o !

O PSD DO VIZINHO O PSD de Joane vai a votos para eleger a nova direcção do núcleo, actualmente liderada por Miguel Azevedo. Este dirigente já anunciou que não pretende recandidatar-se, concentrando as suas atenções no mandato na Assembleia de Freguesia. Numa força que sofreu, em Setembro, uma derrota desgastante, é natural que não haja muito entusiasmo (pelo menos visível) quanto às eleições, pelo contrário; impera uma certa apatia . Será a essa a p a t i a q u e s e r e f e r e o p r e s i d e n t e d a J u n t a d e Po u s a d a , A n t ó n i o S o u s a , t a m b é m e l e d o P S D, q u a n d o m a n i f e s t a e s t ra n h e z a p e l o silêncio do PSD joanense no que toca à publicitação dos investim e n t o s f e i t o s p e l a C â m a r a d e Fa m a l i c ã o n a V i l a ? António Sousa até diz que candidatar-se pelo PSD em Joane seria um desafio aliciante. Estará ele a passar um cartão vermelho às últimas escolhas de candidatos do partido para o desafio autárquico em Joane?

JÁ AGORA! SERÁ O JOANENSE NUNO MELO, EURODEPUTADO DO CDS-PP, UM APRECIADOR DO UNIVERSO DISNEY E DA HISTÓRIA DOS 101 DÁLMATAS? HAJA ALEGRIA!

Não, não se trata de uma vedeta da música nem um sacerdote de novas igrejas. É apenas um dos 800 séniores que desfilaram no Carnaval do Multiusos de Guimarães organizado pela Câmara Municipal. Os foliões esqueceram os cortes das pensões e deram as mãos à alegria carnavalesca . E ninguém leva a mal.

O C a r n a v a l d e Fa m a l i c ã o d e s t e a n o c o n s e g u i u u m f e i t o : t e v e d i r e i t o a peça no noticiário televisivo. Sem um programa muito definido, o desfile apoiado pela Câmara Municipal resultou numa boa prom o ç ã o p a r a o c o n c e l h o . A l é m d o d e s f i l e s é n i o r, a f e s t a c o n t o u c o m acalorada animação e muita sátira troikista!


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2014 • 15

ASSOCIAÇÕES

FÓRUM DE REGRESSO Fundado em 1993, o Fórum de Airão está de regresso ao desporto e ao recreio, depois de um interregno de dois anos.

AIRÃO S. JOÃO • ASSOCIAÇÕES

O regresso do Fórum O futebol sempre esteve na base da associação que depois de dois anos de actividade suspensa regressou ao campeonato popular com 25 atletas da terra.

Luís Pereira

À

17.ª jornada do campeonato da segunda divisão da Associação de Futebol Popular de Guimarães, o Fórum de Airão ocupa a oitava posição, com duas vitórias, 10 empates e cinco derrotas. O regresso a esta prova marcou o reerguer da instituição fundada em 1993, depois de, em 2010, ter suspendido actividade durante dois anos. “A paragem fez bem ao Fórum. Serviu para ganhar saudades”, admite Domingos Forte, que já faz parte da história da associação: foi fundador, ocupou por várias vezes o lugar de presidente e assume actualmente as funções de vice-presidente. Passada a neblina, o Fórum conta hoje com 25 atletas da terra, num regresso às origens e ao espírito que esteve na base da fundação da mais emblemática instituição da freguesia. “No início da década de 90, Airão S. João não tinha nenhuma associação. Um grupo de pessoas motivadas pelas gentes e pela freguesia decidiu fundar um clube. O futebol era a forma mais eficaz de cativar a juventude e, por isso, sempre foi o forte da instituição”, recorda o vice-presidente. Mas nem só da bola viveu e vive o Fórum. O atletismo chegou a ser pujante, com provas organizadas na freguesia. A celebração do S. Martinho e os passeios-convívios mantêm-se como marcas da associação. Se agora a Junta local e a Associação de Pais organizam, em conjunto com o Fórum, a Festa de

Natal das crianças, outrora, e durante muitos anos, coube à associação a exclusividade de tal iniciativa. ORÇAMENTO DE 3000 EUROS Privilegiado por um amplo recinto desportivo cedido pela Junta de Freguesia, o Fórum de Airão rentabilizou-o com a construção de balneários, há cerca de 15 anos. Para a história ficam os jogos no campeonato regional - de início na terceira divisão, posteriormente na primeira - e as centenas de jovens que se formaram, enquanto atletas e cidadãos, naquela instituição que chegou a ser dirigida por mulheres. “Hoje o dinheiro escasseia e há pouca gente interessada em trabalhar. Daí que, de mandato para mandato, têm sido sempre as mesmas pessoas na direcção, rodando nos cargos. Tenho esperança que da malta nova que está agora motivada a jogar pelo clube surjam interessados em continuar o trabalho”, refere Domingos Forte. Com um orçamento a rondar os três mil euros por época, o clube tem os pés bem assentes na terra e não ambiciona grandes voos. A grande luta, para já, é não deixar morrer a associação. “A estrutura mantém-se pequena, funcionando como o país: um passo de cada vez. Pode ser que um dia as coisas melhorem e o clube possa voltar aos campeonatos regionais. O importante, para já, é que o clube não se extinga”, frisa o dirigente. Com cerca de 100 associados, o Fórum quer melhorar o ringue

Domingos Forte: fundador do Fórum, já foi presidente da direcção. Actualmente é vice-presidente e um dos principais dinamizadores do clube de Airão S. João

desportivo. Projecto e vontade existem, mas o dinheiro escasseia. “Os resultados nem sempre são o mais importante. O importante no Fórum foi o que ele representou na formação, até ao nível cívico, de dezenas de jovens. Para a história ficarão sempre registados grandes jogos que tivemos em casa, como os disputados com o Serzedelo, o Cabeceiras, o Celorico e o Santa Maria”, realça o dirigente. Actualmente, aos sábados à tarde, os adeptos do clube têm voltado a deliciar-se com as partidas da bola, com uma média de assistência considerável para um clube que acaba de reerguer-se depois de dois anos adormecido.


16 FEVEREIRO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

VERMIL | CARNAVAL DAS CRIANÇAS O desfile de carnaval da Escola e Jardim de Infância a n i m o u a s r u a s d e Ve r m i l , n o p a s s a d o d i a 2 8 d e F e v e reiro. Não faltaram as fantasias de heróis de bandadesenhada e uma passagem de modelos.

JOANE • ASSOCIATIVISMO

Universidade Sénior D. Dinis é o novo projecto da ATC Universidade Sénior D. Dinis dirige-se a adultos a partir dos 50 anos

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A ATC de Joane vai lançar uma universidade Sénior para “cultivar e partilhar saberes”. O novo projecto pretende captar os melhores professores e proporcionar aos seniores um espaço de “felicidade e de realização pessoal”, nas palavras de Custódio Oliveira, presidente da ATC. D. Dinis empresta o nome ao projecto por ser o rei fundador da universidade e da identidade nacional. Destinado a adultos (a partir dos 50 anos), a US funcionará nas instalações da ATC até há pouco ocupadas com o Pólo de Joane da Biblioteca Municipal. Português, inglês, informática, artes e expressões, desporto, dança e hidroginástica fazem parte da oferta educativa. A Universidade Sénior D. Dinis não dará qualquer certificação académica aos frequentadores mas está aberta a qualquer interessado, independentemente da escolaridade que possui. “Não queremos ter lucro com o projecto, mas não podemos ter prejuízo. A US tem de se auto-sustentar. Fizemos um estudo entre as US que existem e iremos praticar os preços mais baixos”, assegura Custódio Oliveira.

Dez euros é o valor de referência quer para a inscrição, quer para cada uma das disciplinas a que o aluno adira. A formação de turmas e o arranque das aulas dependem do número de inscrições, que podem ser feitas na secretaria da ATC, por telefone (252993906) e por correio electrónico (geral@atc.pt). LUÍS PEREIRA

JOANE

Custódio Oliveira outra vez único candidato à presidência da ATC

Está desfeito o tabu: Custódio Oliveira é o único candidato à presid ê n c i a d a ATC n a s e l e i ç õ e s d o d i a 22 de Março. Oliveira confirmou ao RL que encabeça novamente a única lista e que esta, no essencial, “será constituída pelos actuais dirigentes”. A novidade, diz o actual presidente, reside no reforço de elementos do Conselho Superior composto por cerca de 50 pessoas. “Queremos recompor o Conselho S u p e r i o r d e f o r m a a r e v i t a l i z a r. Quando este órgão funcionou muito b e m , a ATC g a n h o u c o m i s s o . Q u e r o u m co n s e l h o e x i g e n t e e q u e i m p r i m a dinâmica”, diz Custódio Oliveira . As eleições deveriam ter lugar no f i n a l d o a n o p a s s a d o m a s f o ra m a d i a das para 22 de Março com o pretexto de permitir o aparecimento de uma eventual segunda lista candidata. Gorada tal possibilidade, Custódio O l i v e i r a c o n t i n u a r á à f r e n t e d a ATC pelo menos até Dezembro de 2016.


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2014 • 17

RONFE | CASA DO POVO ASSINALA 80 ANOS A C a s a d o Po v o d e R o n f e a s s i n a l a 8 0 a n o s n o s f i n s - d e - s e m a n a d e 2 1 a 2 3 e 2 8 e 2 9 d e M a r ç o . A f e s t a i n c l u i a c t u a ç õ e s d a s s e c ç õ e s d a i n s t i t u i ç ã o ; u m a “ F l o w e r Po w e r ” a n i m a d a por DJ´s e pelo comediante Hugo Sousa ; insufláveis para as crianças e demonstração d e j u d o . Te r m i n a c o m a s e s s ã o s o l e n e q u e i n c l u i h o m e n a g e n s a p e s s o a s l i g a d a s à i n s tituição e apresentação de uma música dedicada à efeméride, do cantor Jonel.

JOANE • CULTURA

VALTER HUGO MÃE Em Joane a falar de desumanização

O

O grande desafio foi a distância a que a personagem está da minha vida . Estar dentro dos pensamentos de alguém que vive experiências que eu nunca poderei viver”, respondeu o escritor de Vila do Conde. U m e x e m p l o : p a r a o e s c r i t o r, a p r i meira menstruação da personagem foi um dos episódios mais marcantes d o p ro c e s s o d e e s c r i t a . “ F i z p e r g u n t a s a várias amigas próximas sobre o que sentiram quando tiveram a primeira

menstruação. Diziam-me que não se recordavam. Isso deixou-me furioso porque na minha cabeça de homem não podia conceber que a primeira menstruação não fosse uma coisa importante. O orgulho da menina que se sente senhora tinha de ser importante na vida de uma mulher”, contou Hugo Mãe. A experiencia levou-o a concluir que a humanidade “pertence à mulher” ficando para o homem o papel de

“assistencialismo”. “Um homem s o z i n h o é u m b i c h o q u a l q u e r. U m a coisa estúpida da natureza com a mesma importância que uma pedra . Este romance foi feito para pensarmos em não tomar as coisas como certas. Somos perdedores uns dos outros e muitas vezes de nós mesmos. Agredimo-nos uns aos outros, constantemente, e envelhecemos brutos”, reflectiu o escritor com a plateia joanense. LP PUBLICIDADE

e s c r i t o r Va l ter Hugo Mãe assumiu, em Joane, não ser “ b o a p e s s o a ” e q u e “A D e sumanização”, título do seu último livro, serviu para “repensar o que é ser gente” e o que é “merecer ser gente”. “Quando era miudinho, era boa pessoa e tenho pena de não ter continuado a sê-lo. Este livro foi um exercício de me desumanizar para voltar a ser gente”, disse o escritor na apresentação do romance no pólo de Joane da Biblioteca Municipal. A história centra-se numa menina a na sua vivência depois da perda da irmã. “Comecei o livro várias vezes, precisamente porque a menina que estava a inventar não me parecia suficientemente real. Até que houve um momento em que ela me pareceu real e tudo começou a fazer s e n t i d o ” , d i s s e o e s c r i t o r. O p ú b l i co q u e e n c h e u a s a l a questionou o autor sobre a mudança de registo que se verifica neste último livro, face aos anteriores. “A c a d a l i v r o q u e r o s a i r d a minha zona de conforto e colocar-me em perigo e n q u a n t o a u t o r.


18 FEVEREIRO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

A SAGA DOS BAIXOS SALÁRIOS “Há milhares de jovens, incluindo licenciados, que pagam p a r a t r a b a l h a r, n a e s p e r a n ç a d e f a z e r c u r r í c u l o , o u d e u m q u a l q u e r co n t ra t o n o f u t u ro ” . M A N U E L C A R VA L H O DA

OPINIÃO

SILVA , JN

A culpa da chuva é do governo! Aqui donde vos escrevo a chuva teima em cair. Ela penetra no telhado, como se ele fosse feito de papel e vem-me cumprimentar com um sorriso trocista. Deixa-me pena. Não a convidei e ela aparece, fazendo questão de me trazer prendas, como manchas negras no tecto, rios pelas paredes abaixo e erupções pela tinta acima. Não tenho nada para ela. Pergunto-me quantos feridos a chuva já fez por aí fora, sem ninguém a culpar e a prender. A culpa da chuva é do governo (com letra minúscula claro) que não a prende e que a cria. A chuva é fruto de todo o negativismo criado pelos governantes nas

pessoas, uma imposição da troika e uma medida anunciada em orçamento de estado, que estava escondida algures em letras minúsculas, numa alínea mais recôndita, da página mais entediante do chato relatório final, mas com a qual concordamos. Visto de outra forma: a culpa da chuva também é nossa, pois aceitamos um governo. Se procurarmos previsões meteorológicas a resposta é clara (na verdade escura). Previsão de tempo para os próximos dias: chuva, chuva, e, imagine-se…chuva! Já a previsão do governo para os próximos tempos é: austeridade, austeridade, e, imagine-se…austeri-

dade! Chover e molhar numa previsão, sacrifício e esforço noutra, mas a palavra de ordem para as duas é: afogar-se! Quando éramos pequenos a chuva não nos importava, antes pelo contrário. Saltávamos de poça em poça alegremente e tínhamos gosto em jogar futebol à chuva. Até nos esquecíamos do guardachuva em casa ou na escola (de propósito ou não já não sei dizer). Desde que nos ensinaram a palavra governo perdemos todos um pouco da nossa inocência. Lembro-me bem. Quando escreveram palavras a branco, no quadro negro, como governo, governantes e políticos, o

caos instalou-se. Algumas raparigas gritaram de medo, com as mãos no cabelo, alguns rapazes vomitaram, outros deram pontapés debaixo das mesas em protesto. Agora, já ninguém se importa. Os políticos instalaram-se, a chuva instalou-se, a idade instalou-se e a palavra crise também. E assim continua. Os governantes deixam-nos tristes e velhos sem nos apercebermos, impingindo-nos vidas que não são as que queremos e as que merecemos viver. Eu não mereço esta chuva a cair, a visitar-me, a agredirme, sobretudo quando é Primavera em mim (e quase no calendário). Tu mereces?

João Moura

Jornalista e escritor

DIREITO DE RESPOSTA

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Ao abrigo do art . 24º da Lei da Imprensa, pretende o cidadão Antonio Sousa exercer o seu direito a resposta na sequência da entrevista dada pela Senhora Adelaide Silva , presidente da Junta de freguesia de Ronfe, ao Repórter Local e publicada na edição de Janeiro, com o pedido de publicação desta mesma carta na próxima edição do v/jornal. Na edição de Janeiro do RL é publicada uma entrevista à Presidente da Junta de F r e g u e s i a d e Ro n f e , n a q u a l s ã o p ro f e r i d a s a l g u m a s d e clarações que deturpam a verdade, não são rigorosas e levantam um conjunto de dúvidas que devem ser esclarecidas. 1 – A Sra. Presidente mostra-se surpreendida com aspectos de ordem

financeira e de organização. Ora , toda e qualquer despesa e receita da Junta de Freguesia está devidamente documentada e na r e u n i ã o p a ra a t ra n s m i s s ã o de dossiers, prévia à trans i ç ã o d e p o d e r, f o r a m d i s ponibilizadas informações detalhadas da situação económica e financeira e transmitidos todos os assuntos pendentes à data. Até ao presente não houve qualquer pedido de esclarecimento adicional por parte do actual executivo da Junta de Freguesia . 2 – Aborda de uma forma insensata e com má-fé a existência de uma divida de oito mil euros quando, na sua actual condição de Presidente de Junta , à Srª Adelaide Silva, se exige r i g o r, s e n t i d o d e r e s p o n s a bilidade e que seja eluci-

dativa nas afirmações que profere. Importa clarificar que a alegada divida se refere a obras executadas no ano de 2001, portanto, ainda no mandato do Presidente Serafim Marques. Em 19 de Janeiro de 2002, na transição do poder para a nova Junta , elaborou o executivo cessante uma acta de final de mandato (documento que serviu de base para a prestação de co n t a s ) o n d e s e e n co n t ra m detalhadas todas as facturas e valores em dívida bem como os meios financeiros ao dispor da Junta . Acontece que nessa listagem não consta a factura posteriormente reclamada p e l o e m p r e i t e i ro , p e l o q u e o executivo em funções entendeu que o pagamento da mesma estaria a ser indevidamente exigido.

3 – Importa esclarecer que a dívida reclamada era de € 2.651,57 (valor convertido de escudos) e não os € 8.000,00 a que a Srª Adelaide Silva se refere na entrevista . Após troca de correspondência sobre o assunto entre a Junta de Freguesia e o empreiteiro, não houve qualquer a p ro x i m a ç ã o d a s p o s i ç õ e s , pelo que o reclamante entendeu avançar para o tribunal. No período em que decorria o contencioso na justiça, houve lugar à emissão de notas de débito de juros de mora , tendo a Junta de Freguesia recusado proceder ao seu reconhecimento uma vez que o assunto deveria ser dirimido em sede própria . Acrescente-se ainda que o s j u ro s d e m o ra d e b i t a d o s jamais seriam aceites em

tribunal, por sobrevalorização das taxas praticadas mas também por prescrição temporal, conforme determina a lei. Po r é m , e n t e n d e u o a c t u a l executivo desistir de dar continuidade ao processo, preferindo antes negociar com a empresa em causa a suposta dívida do ano de 2001. Abstenho-me aqui de fazer qualquer juízo de valores quanto à decisão tomada pela Junta de Freguesia de Ronfe, no entanto, mantenho a minha opinião de que seria em sede judicial que este assunto, depois de ouvidos todos os testemunhos das partes, deveria ser esclarecido e resolvido. Ronfe, 26 de Fevereiro 2014 Antonio Sousa


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