RL edição fevereiro

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VERMOIM

JOÃO PEREIRA

Paixão pelo ciclismo

VERMIL | p. 08 Escola assaltada duas vezes

P. 09 Nº 167 • ANO XIV • FEVEREIRO 2013 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

AIRÃO STª Mª | p. 08 Idosa burlada ficou sem fio em ouro e alianças

EM FOCO | p. 3 e 4

Esta capela é pública ou é privada? Particular põe acção em Tribunal contra a Junta de Joane e reivindica propriedade da Capela da Senhora da Carreira AUTÁRQUICAS | p. 14, 15 e 16

OPINIÃO CARLOS REGO:

ADELAIDE SILVA:

Xavier Oliveira:

candidato PSD-PP às Freguesias de Vermil, Airão e Santa Maria

a candidata do PS diz que é possível fazer mais por Ronfe

tenta tirar carga “Rosa Laranjopartidária da Pastel” candidatura em Joane pelo PSD-PP

MIGUEL AZEVEDO: “Xavier Oliveira, por Joane”

Actor da ATC estreia-se na encenação

DESPORTO | p. 17 Desportivo de Ronfe “espeta” 12-0 ao Melgaço Atletas da ARPO e FC Vermoim na selecção distrital de futsal

MOSQUITO | p. 17 Danças políticas e outros ritmos, por D. Virinha

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Marçal Mendes:

JOANE | p. 10

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REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2013 • 3

QUE FUTURO PARA A CAPELA DA CARREIRA?

EM FOCO

Em Fevereiro de 2003, o RL destacava , na capa , o estado da Capela Senhora da Carreira . Dava conta da degradação e da falta de energia . Junta de Freguesia e Paróquia mantinham alguns contactos com vista a decidir a qual destas entidades caberia a propriedade, e manutenção, da capela . Mas nada ficou decidido, como se sabe.

JOANE • TRIBUNAL

Privado coloca Junta em tribunal e reivindica posse da Capela da Carreira Aquela que terá sido a primeira igreja de Joane corre o risco de ser considerada legalmente propriedade privada Luís Pereira

A

propriedade da Capela da Nossa Senhora da Carreira de Joane está a ser discutida no Tribunal de Famalicão. A acção deu entrada em 2010 e começou a ser julgada no passado dia 26. A herdeira dos terrenos onde a capela está implantada, natural de Pousada de Saramagos, reclama a propriedade do templo, argumentando que o mesmo integra a Quinta da Lapa, que herdou, e quer obrigar a Junta de Joane (ré no processo) a entregar as chaves daquela que, segundo alguns, terá sido a primeira igreja da vila. Na ausência de escrituras e documentos evidentes, a Junta recusa que a capela seja propriedade privada e quer impugnar os registos por usucapião. Alega que nunca, em décadas, alguém reclamou ser dono da capela e sustenta a defesa em documentação histórica, alguma com séculos de existência. A Junta joanense invoca ainda o culto religioso que tem lugar na capela, há décadas, sobretudo pela população da zona,

e o facto de, em 1989, ter restaurado o edifício com dinheiros públicos, sem objecções de nenhum particular. Na primeira sessão foram ouvidas todas as testemunhas: três indicadas pela autora da acção e as restantes pela autarquia: Orlando Oliveira, presidente da Junta de Joane à data do restauro, o pároco e duas zeladoras da capela. O templo está situado no centro de três terrenos de cultivo, separados por uma estrada e por um caminho de servidão (Rego de Chaves). A estrada permite acesso directo à capela, bastando para tal subir umas escadas. A capela fica na extremidade de um desses terrenos (Quinta da Lapa), herdado pela autora da acção. Nenhuma testemunha negou que, depois do restauro e antes, quando só restavam ruínas, o espaço da capela e logradouro estivesse separado do terreno privado por muros. A dúvida reside na separação: se foi feita para dividir o público do privado ou se foi ocasional, sendo a capela parte da Quinta da Lapa.

FRASES “Nunca fui ouvida sobre as obras de restauro na capela e ninguém pediu autorização para as fazer, mas a capela sempre foi da quinta da Lapa”. Maria Azevedo

“A Junta fez obras sem nunca duvidar que a capela era pública. A capela é da freguesia nem que seja por força do imemorial”. Orlando Oliveira

“A capela da carreirA era propriedade da Igreja que, por não a usar, a passou para a Junta de Joane”, Pá r o c o d e J o a n e

P R I VA DA O U P Ú B L I C A ? Há mais de 50 anos que esta quinta pertence à família da autora da acção. Os primeiros proprietários eram quatro irmãos que, mais tarde, por partilhas, entregaram a propriedade a apenas uma das irmãs, recentemente falecida e que deixou a quinta a uma sobrinha (a autora da acção). Maria Azevedo, tia da autora, assegurou em tribunal que nunca terá sido negada à família a propriedade da capela. “Nunca fui ouvida sobre as obras de restauro na capela e ninguém pediu autorização para as fazer, mas a capela sempre foi da quinta”, disse em tribunal. O jardineiro da família testemunhou no mesmo sentido, assegurando que a antiga proprietária da quinta se terá assumido, em conversas, como dona legítima da capela. O filho da autora da acção relatou as suas memórias de infância. “As pessoas diziam que a capela não era nossa mas os meus tios sempre se afirmaram como donos e tinham escritura. Na altura do restauro, a Junta falou com o meu tio Joaquim, que consentiu as

obras, tendo ficado acordado que a Junta entregaria uma chave da capela à nossa família, o que não veio a acontecer”, disse a testemunha em tribunal. Orlando Oliveira, à data presidente da Junta, nega que tenha havido tal acordo. “Nunca falei com ninguém a pedir autorização para as obras e nunca ninguém as questionou. A única conversa que tive com o senhor Joaquim foi sobre a necessidade de fazer o muro divisório entre a capela e o campo. Nessa conversa ele usou termos como separação do que era “nosso” (da Junta) do que era deles (privado). Conversei várias vezes com a dona Lindinha, até porque chegou a haver interesse da Câmara em adquirir o campo contíguo à capela, e ela nunca fez referência à alegada propriedade da capela”, disse Orlando Oliveira. O advogado joanense foi das testemunhas principais dado o envolvimento que teve, enquanto autarca, nas obras de restauro (ver caixa na página seguinte). “A Junta fez obras sem nunca duvidar que a capela era pública. A capela é da freguesia nem que seja por


4 FEVEREIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

EM FOCO

força do imemorial (usucapião)”, reforçou. A Paróquia nunca reivindicou a propriedade do templo mas sempre esteve envolvida na gestão religiosa. Das três chaves da Capela, uma está na posse do pároco, que gere e autoriza a actividade religiosa. Manuel Silva afirmou que em 60 anos de pároco nunca alguém reivindicou a propriedade privada da capela. “Sempre esteve delimitada do campo e, antes das obras, esteve completamente abandonada. A paróquia nunca lá fez obras porque estava com outras em curso e o dinheiro não chegava para tudo. Quando a Junta tomou a iniciativa, ficámos contentes. Uma vez, a dona Olinda perguntou-me sobre a história da capela, mas nunca me disse que era dona dela”. O pároco evocou um documento de 1454, entregue por um historiador de Coimbra, que refere que já nessa data terão sido pedidas indulgências à Santa Sé para a necessidade de obras na capela. “Aquilo era propriedade da Igreja que, por não a usar, a passou para a Junta”, assegurou o sacerdote. Goreti Marques e Olívia Torrinha, duas das três mulheres que desde 1989 zelam pela capela, são detentoras da terceira chave. “Fui nomeada zeladora no dia da inauguração do restauro. Quando pequena, eu e os meus irmãos e amigos sempre brincámos no terreno da capela, nunca ninguém nos impediu nem nunca ninguém me exigiu que entregasse a chave a algum dono da capela. Só nos últimos tempos é que as pessoas da zona começaram a ouvir dizer que havia donos da capela”, disse Goreti Marques. Olívia Torrinha recordou a alegria popular quando o restauro ficou concluído e a importância do templo para os habitantes das ruas de Regada, Fontes e Torre. De resto, adiantou, familiares dos alegados proprietários “viram-me muitas vezes a assear a capela e nunca me disseram nada”. Por isso, “se fosse privada viriam pedir-me satisfações. Falei muitas vezes com a falecida Lindinha que me chegou a dizer que nunca lá tinha entrado”, assegurou a zeladora. A próxima sessão ficou marcada para o dia 13 de Março, pelas 9:30 horas, para alegações finais e posterior sentença da juiza.

RONFE | VIA SACRA AO VIVO O Grupo Acreditar de Ronfe organiza uma via-sacra cantada ao vivo no próximo dia 23 de Março (sábado), às 21:30 horas, no Salão Paroquial. A entrada é livre.

Uma capela com importância histórica A Capela da Senhora da Carreira (também conhecida por Senhora da Lapa) terá servido de primeira igreja paroquial de Joane. Ela surge citada nas actas de visitação do século XVI. A configuração actual só existe desde 1989, altura em que a Junta de Freguesia a restaurou. Antes era um conjunto de ruínas, com o pequeno logradouro cheio de silvas. O restauro aparece pela primeira vez inscrito no plano de actividades da Junta de 1986, estando a co n c l u s ã o m e n c i o n a d a n o p l a n o d o a n o s e g u i n t e . N a s c o n t a s d a a u t a r q u i a d e 1 9 8 6 , a q u e o RL t e v e acesso, consta como concretizado em despesa a verba de 397 contos (2.000 euros) na rubrica “c a m i n h o s e e s t ra d a s / S e n h o ra d a C a r r e i ra ” . Além disso, Orlando Oliveira assegura que a obra foi comparticipada por fundos europeus (antigo FEDER) em cerca de dois mil contos (10 mil euros), uma versão que contraria a afirmação feita em tribunal pelo advogado da autora da acção, de que “nunca foi lá gasto um tostão”. Segundo notícia do extinto jornal Vila Nova , a inauguração do restauro da capela decorreu a 10 de Junho de 1989, com a presença de Agostin h o Fe r n a n d e s , e n t ã o p r e s i d e n t e d a C â m a r a d e Fa m a l i c ã o : “ O t e m p l o d a S e n h o r a d a C a r r e i r a f o i inaugurado no passado dia 10 de Junho, após a bênção solene das autoridades religiosas. Depois foi o arraial a cargo do Grupo Musical da Casa d o Po v o , o R a n c h o D a n ç a s e C a n t a r e s d e J o a n e e o G r u p o Pe d ra d ` Á g u a ” ( V i l a N ova d e 1 5 d e Junho de 1989). A capela tem o interior revestido a pedra , um altar com as imagens das senhoras da Carreira e d e Fá t i m a . J á f o i u s a d a p a r a c a t e q u e s e ; v e l ó rios e algumas, poucas, missas (a mais recente integrada num acampamento dos escuteiros).

SENHORA DA CARREIRA S Ó T E V E F E S TA EM 1990 T ES T E M U N H O DE BERNARD I N O P ERE I RA “Em Abril de 1990, uma comissão fez a festa em honra da santa . O pároco não queria, apesar de ter concordado com ela na inauguração; dizia que já havia muitas festas em Joane. O Orlando Oliveira apoiou-

nos e organizámos a festa à revelia do padre. Mas para a missa do domingo era preciso autorização do abade para vir u m p a d r e d e f o r a . Fa l á m o s c o m muitos mas, sem papel, todos r e c u s a ra m . Pe d i m o s à Z i r i n h a (pessoa influente na paróquia) para interceder junto do abade e ela conseguiu convencê-lo. Com o papel, no domingo de manhã fomos a Santiago de Antas tentar arranjar padre, m a s n ã o c o n s e g u i m o s . Fa l á m o s com um seminarista de Ronfe mas recusou-se porque ainda

não era padre mas indicou-nos uns missionários de Leiria que estavam de visita . Um deles fez a missa , a primeira que se fez na capela. Da festa sobraram cerca de 30 contos e para adoçar o bico ao abade, entregámos-lhe o dinheiro, mas ele disse logo que não haveria mais festas. Ainda comprámos uma imagem d a S e n h o ra d e Fá t i m a p a ra a p ro c i s s ã o d e v e l a s d e 3 1 d e M a i o , mas até isso acabou porque nos copiaram a ideia no centro de Joane”. PUBLICIDADE

LOCALIDADES


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2013 • 5

OPINIÃO | PáginaS 16, 18, 19 Quintino Pinto: ” Troikas(s) e baldrocas”; João Moura : “Os dias correm como cavalos selvagens...”. Carlos Rego: “ Rosa laranjo-pastel”; Miguel Azevedo: “ Xavier Oliveira , por Joane” Dominique Machado: “Empregado desempregado”.

editorial JOAQUIM FORTE

14 FEVEREIRO DE 2013 • REPÓRTER

LOCAL

AUTÁRQUICAS 2013 JOANE • PSD-PP

CANDIDATO S ENTREVISTAS COM OS ndidaturas noticiário sobre ca Devido ao intenso mos neste uicas, não publica às Eleições Autárq didatos às ntrevista com os can número a habitual e O espaço ão e de Guimarães. C â m a r a s d e Fa m a l i c ma edição. os leitores na próxi volta ao contacto d

“Problemas de Joane devem ser encarados como oportunidades”

M A N D ATÁ R I O S

A sombra dos partidos

er Oliveira para Os esforços de Xavi o plano as trarelegar para segund os núcleos de dicionais figuras d PP traduzem-se Joane do PSD e do os mandatários. também na escolha d os Melo, pouco O advogado Doming lides, é o mans a t s e d r o d a t frequen ura . datário da candidat e uma partida. m u “O Xavier prego convite porque Primeiro recusei o a minha internão sou político e me-se ao Grupo venção pública resu e. Só por muita Desportivo de Joan bei por aceitar”, insistência é que aca tário, ciente de confessou o manda bro será “tarefa que vencer em Outu cúlea, mas não árdua, mesmo her impossível”. da JSD na dinaApesar do empenho tura (sobretudo mização da candida , a escolha do nas redes sociais) uventude recaiu mandatário para a j ra do aparelho sobre uma figura fo n a n d e s , m e m b ro p a r t i d á r i o : D i o g o Fe r mole” e da joanense “Coro n a b a d centro das decisões ciação de Estupresidente da Asso diz que Joane deve estar no Cabeça de lista do PSD-PP dantes do liceu. e os da com as interpara o futuro porqu A sessão contou ain a p e l a p o s i- v i r a d o vem e d a r r e t a s s o fazer uma “campanh n tes dos núcleos a n d e s d a i venções dos pres ir rumores problem Luís Pereira nitiva” e procurou dilu uel Guimarães) arados como oportu de Joane do PP (Man o p ó s i t o s . ser enc r p s . u a e r i s e s v i o l a O o r t e i n . v ) a vedo Azevedo - qu s”, disse Xa e do PSD (Miguel Aze o dia em que apre parências, há dade da e” de confirmar e “Por detrás das a idato afirmou ain que cometeu a “gaf sentou publicament não se vêm O c a n d ar “de razões que, por vezes, o candidato da Joane não pode est Paulo Cunha como a candidatura pelo m ver. O meu que as para a Câmara a Municipal. O e ou não se quere oane costas voltad coligação à Câmar PSD-PP à Junta d e o é claro: gosto de J e para ninguém al de Famalicão” s autárqui- desafi facto não é novidad ra fazer o M u n i c i p Joane nas próxima estou disponível pa vesse descolada e i t ez que alguém s v o e a u e r o i s t e i o v m e i m r o o p ã c n “ a a i r o i f e mas cas, Xavier Oliv pela minha terra”. , devendo estar des partidárias mais incó- melhor ra e d o c o n c e l h o ” com responsabilida assunto, porventura es de António Olivei s decisões”. licamente, uma o socialista Os nom o PS “no centro da revelou, solene e pub modo, do seu passad achado, candidato d antou Xavier Oliapresentada na dversários de Sá M ente O desafio, adi candidatura que será ao lado dos (agora) a tubro e actual presid por “fazer mais e Abril, segundo d a s c o i s a s em Ou , não veira, passa primeira semana de políticos. “Gosto ta, respectivamente olocar a Junta de suspendi a da Jun es- m e l h o r ” e p o r c urou o RL . p a mas sala, , na s o claras e, por isso, d o t e d , Paulo Cunha , o p e r t e n ç o foram invocadost e s n o d i s c u r s o , F r e g u e s i a “ a o s e r v i ç o Com a sua presença militância do PS. Nã alicido até presen ente da Câmara fam (PSD-PP) tiveram que não tem aconte d i a o s c i e t r í s p l i o o e p D c a i “ i v l : í a l m o a b f á a r t a s a ae pouc jeito de p da distrital de a”. Mas lamentou “a fio de fazer até em cense e presidente ma realidade, agor mas une-nos o desa o cívica” dos joanen, filhos viram a mes s transmitir um ” i a u r q r e , t D a S t P s e participaçã o r d . o s a p a g r c a i o r h n B tagó mais e mel mas com visões an à mobilização da o das estruturas o que se, apelando sinal da determinaçã começou por dizer. s vamos criticar pel o o ã N star tudo para o . o o , p ã s a ç a a v l m i u e t p a s o t a p c erá concelhi Em noite de expe . O nosso discurso s jectivo que tem ropósito de fizeram ganhar Joane – um ob candidato traçou o p ra s . u t a d i d n a c s a m i s i d o g o ra d o n a s ú l t

N

A propósito de uma capela... “Das capelas erigidas em Joane, a da Senhora da Carreira, situada no lugar da Lapa, é a mais antiga. Crê-se até ter sido o primeiro templo religioso construído na paróquia (sec. XIV). Toda a importância atribuída a esta capela deve-se ao facto de se situar junto à Igreja do Divino Salvador de Joane. Em 1987 e 1988, a Junta de Freguesia de Joane procedeu a obras de restauro, de forma a dar à capela a dignidade de outrora. Actualmente a sua veneração está ao cuidado de uma comissão denominada para o efeito”. Este é um texto que se pode encontrar, por exemplo, no sítio da Internet da Junta de Freguesia de Joane. É um texto a que muitos joanenses se habituaram ao longo de décadas. Mas por detrás do discuso “hagiográfico” estão dados mais terrenos que dizem muito da forma como, às vezes, se (mal)tra-

JOÃO PEREIRA Aos 16 anos o jovem atleta de Ve r m o i m , c a m p e ã o n a c i o n a l d e Ciclocrosse, foi chamado de novo p a r a a s e l e c ç ã o . “A n d a r s o b r e rodas é extraordinário”, diz João Pe r e i r a , q u e d e d i c a t o d o s o s d i a s cerca de 100 quilómetros aos treinos - na estrada e em casa , na “bicicleta fixa”.

sos – de tudo ste Oliveira e curio d i a s da vitória de rio do Centro tou conversas nos se compôs o auditó A pergunta alimen ade de um pouco uvir o que o ntação. A curiosid Estou cá só para o seguintes à aprese em-se C u l t u r a l . “ onfidenciou mo de outros prend s tem para dizer”, c muitos e o nervosis o ex- socialista no re o eleitorado que te do PSD. com a incógnita sob as que um militan -se em passar a tar. Se há socialist Oliveira empenha r e i v a X socialista pode cap m é b m a t ndependente o outro lado, há e uma candidatura i podem passar para ou-se mensagem d ocinada pelo D-PP. E isso verific , apesar de ser patr a i r á d i t r a p a e . descontentes no PS D S P istribuído no uns “históricos” do primeiro panfleto d na ausência de alg ampata em PSD-PP. O construída para a c m der social-democra í e l g , a o m d i e v a e e z l A a l t e a u N g i M a hispreocupação nomes que fizeram rova disso: há uma Joane, invocou os am na nha são a p candidato, o s nem todos estiver iar a imagem do tória do núcleo ma er do de evidenc ok e o slogan sé Machado, ex-líd a página no Facebo sessão, caso de Jo mento ato da endereço d or Joane” em detri o Carvalho, candid “Xavier Oliveira P núcleo, e de Porfíri DS-PP, remetidos vezes. ótipos do PSD e do C coligação por três s; autarcas dos log difícil. E até o o s d i i a t r m a a p r s u i t o i d e l s e o d d s r i a Figuras habitua o e de para um lug deverá surgir P de todo o concelh , Miguel Azevedo, “ e militantes PSD-P nte de líder do PSD rios”, segundo e o anterior preside momentos obrigató fora deste (o actual migos apenas nos esença); família e a Ronfe marcaram pr os fonte laranja. d i c n e v n o c s a t s i l a i s soc do candidato; algun

ta o património - e em Joane falar de “desrespeito” pelo património aviva certas memórias... A capela da Carreira, é certo - e isso saberão certamente os estudiosos do património -, não tem sido bem tratada. Não só pelos “poderes” locais, e mais centrais, mas também pelos joanenses. O facto de estar na periferia da vila pode justificar o alheamento a que parece ter sido votada desde há muito. Outra razão será a ausência de uma prática frequente de culto e o facto de não fazer parte das “prioridades” da paróquia. O processo que corre em tribunal em torno da propriedade da capela atesta igualmente uma certa forma de agir do poder local - sendo aquele que está mais perto das pessoas, e sendo merecedor de elogios, também mostra uma certa ligeireza, descuido até, no trata-

protagonistas DESPORTIVO DE RONFE É um resultado “do outro mundo”, um daqueles resultados que só acontecem de longe a longe: o Desportivo de Ronfe marcou 12 golos num único jogo. Aconteceu em Melgaço, frente à equipa local. O feito é ainda mais importante se considerarmos o facto de a equipa de Ronfe não ter sofrido um único golo. É mais um sinal da boa época que a colectivo orientado por Eduardo Pereira está a fazer na série A da III Divisão Nacional de futebol.

Quem esteve

Oliveira? na apresentação de Xavier

PAG. 14, 15, 16 | AUTÁRQUICAS As movimentações já começaram: nesta edição conheça os candidatos do PSD-PP à União Vermil/Airão e Santa Maria e do PS em Ronfe

mento do património local e dos trâmites “oficiais” que devem presidir a actos como a propriedade de imóveis, pelo menos daqueles que os cidadãos se habituaram a considerar “do domínio público”. Acordos verbais, meias palavras - não é, infelizmente, a primeira vez que ouvimos falar destes termos em Joane em questões ligadas ao “registo de propriedade”. Se a capela permanecer “pública”, por força de uma decisão judicial, que esta disputa em tribunal sirva de lição, fazendo com que todos, mas principalmente os poderes autárquico e religioso, passem a justificar a razoabilidade dessa hipotética decisão. Caso contrário - para manter a capela fechada, a degradar-se, sem qualquer serventia pois que fique nas mãos dos privados que agora parecem ter “acordado” para a existência do edifício.

o que se diz SIMÃO BARROS A crise parece estar a fazer b e m a o Te a t r o C o n s t r u ç ã o . Sem dinheiro, o grupo profissional de Joane virouse para a “prata da casa”. O resultado são duas peças de t e a t r o , “A m o r p a r a d o i s ” e “(des)Culpa!”, dirigidas por Simão Barros. A aventura do actor na encenação resultou do desafio da direcção do grupo e pode ser vista como efeito da conjuntura financeira: em vez de convidar um e n c e n a d o r e x t e r n o , a ATC optou pela “prata da casa”.

“famalicão tem o maior número de famílias de acolhimento do país” Título do Correio do Minho

“Presidente da Associação Comercial e Industrial de Guimarâes antevê fecho de estabelecimentos comerciais”

“O jovem famalicense Paulo Lima, de 20 anos, foi distinguido no concurso Young Creative Chevrolet na área de vídeo”

Guimarães Digital

Portal da Câmara Municipal

Estudantes da Universidade do Minho usam roupa da caridade”

“Os utentes que faltem a uma consulta de especialidade hospitalar, para a qual tenham sido convocados, podem ter de pagar a respetiva taxa moderadora se não apresentarem uma justificação “plausível”, segundo uma portaria publicada em Diário da República”

Jornal de Notícias

”Minho tem todas as condições para se constituir como marca” Carvalho da Silva

“As manifestações de dois de Março conseguiram juntar mais de um milhão de pessoas em 40 cidades, segundo a organização de “Que se lixe a Troika” Jornal de Notícias

Jornal de Notícias

“Lech Walesa (ex-presidente da Polónia e Prémio Nobel da Paz) defende que o lugar dos homossexuais é fora do Parlamento” Público

Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail geral@reporterlocal.com Membros detentores de mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira

Director Joaquim Forte ( joaquim.forte@gmail.com) Redacção Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) Paginação Filipa Maia Colaboradores Luís Santos; Sérgio Cortinhas; João Moura; Quintino Pinto Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514


6 FEVEREIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

Fórum

JOANE | RECOLHER PARA RECICLAR ATC e s t á a r e co l h e r v e l a s u s a d a s n o c e m i t é r i o d e J o a n e co m vista à sua reciclagem. Em colaboração com a Junta de Freguesia d e Jo a n e , a ATC e s t á t a m b é m a r e co l h e r ro u p a s , b r i n q u e d o s e m a t e r i a l e s co l a r p a ra r e c i c l a r. Pa ra co l a b o ra r, b a s t a d e p o s i t a r o m a t e r i a l n u m d o s co n t e n t o r e s co l o c a d o s n a v i l a .

DÁ QUE PENSAR!

DIAS DE ONTEM

Dezenas de empresas aumentaram salários dos trabalhadores Trabalhadores de várias dezenas de empresas conseguiram este ano aumentos salariais entre 1,5% e 3%, na sequência de processos reivindicativos ou de luta, refere a CGTP. A central sindical fez um levantamento de mais de 30 empresas nas quais foram acordados aumentos salariais nos primeiros dois meses do ano, com efeitos retroativos a 01 de janeiro. Na Continental Mabor, de Famalicão, o aumento do salário foi de 2,2%, o do prémio de antiguidade foi de 3,5% e o do subsídio de refeição foi de 3%. T odos estes aumentos foram conseguidos na sequência da apresentação de cadernos reivindicativos por sindicatos que negociaram diretamente com as empresas. FONTE: Lusa

Estudantes da Universidade do Minho já usam roupa da caridade Muita da roupa e calçado recolhidos na Universidade do Minho no âmbito de uma campanha de solidariedade não chegam às instituições previstas: ficam na própria acade mia, solicitados por estudantes em dificuldades. “Há cada vez mais estudantes que procuram roupa nos nossos serviços”, garante Carlos Silva, administrador dos Serviços de Ação Social da Universidade do Minho. Em Fevereiro, na UM foram atribuídas 400 peças de roupa a estudantes que pediram ajuda. “As carências estão a aumentar. Além de poupar nas refeições, os estudantes estão a procurar calçado e roupa”, revela.

MOGEGE, 1998 A década de 90 foi fértil no investimento público em sedes das autarquias. A da foto documenta a cosntrução do edifício da sede da Junta de Mogege. Seria o início do despoltar de um novo dinamismo naquela zona da freguesia .

Uma questão de números

FONTE: Jornal de Notícias

ReguiLa 51

buracos na rua divino salvador em joane O estado em que se encontra esta parte da Rua Divino Salvador, em Joane (perto da igreja e do salão paroquial) não é de uma rua repavimentada há pouco tempo. Quem ali passa de carro vê-se e deseja-se para escapar aos buracos! De quem é a responsabilidade?

21

famílias famalicenses vão usufruir, durante um ano, de ajuda da Câmara Municipal para pagar a renda da casa de habitação.

n ú m e ro d e m e d a l h a s co n q u i st a d a s p o r a t l e t a s d a E s co l a d e Atletismo Rosa Oliveira, de Joane, nos nacionais de pista co b e r t a e m Po m b a l .

12-0

3152

resultado da vitória do Desport i vo d e Ro n f e n o j o g o f r e n t e a o Me l g a ç o , d a s é r i e A d a I I I D i v i s ã o Nacional de futebol, no dia três de Março.

m i l h õ e s d e e u ro s , é a fo r t u n a de Américo Amorim, o mais r i co d o s p o r t u g u e s e s s e g u n d o a r e v i s t a Fo r b e s .


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2013 • 7

LOCALIDADES

JOANE | PROCISSÃO DE SANTOS PASSSOS A tradição cumpriu-se: no dia 17, realizou-se a procissão d o s S a n t o s Pa s s o s e n t r e a c a p e l a d e C e l o r i c o e a i g r e j a d e Jo a n e , o n d e p e r m a n e c e rá a t é a o D o m i n g o d e R a m o s . A p e s a r d a c h u va m u i t o s d e vo t o s m a r c a ra m p r e s e n ç a n o ritual, este ano marcado pela ausência do pároco Manuel Silva , por motivos de saúde.

joane • educação

Escola sem dinheiro para formadores dos cursos EFA Luís Pereira

Quatro cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA), da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, de Joane, estão há alguns meses sem formadores das disciplinas práticas. Como são cursos com dupla certificação, a falta de formadores está a impedir que os formandos os terminem. Não sendo financiados, alguns alunos já desistiram. Fartos da situação, formandos e professores fizeram um abaixoassinado a pedir respostas ao Ministério da Educação e Ciência (MEC). Os cursos de Agente em Geriatria; Cozinheiro; Técnico de Acção Educativa e Técnico

de Cozinha e Pastelaria foram aprovados para entrar em funcionamento em 2011, mas, em Setembro de 2012 (quando os formandos se preparavam para iniciar o segundo e último ano), a direcção da escola não foi autorizada pelo MEC a contratar professores para a parte técnica. E assim, diz Hermenegildo Almeida, adjunto do director da Secundária, “a escola não pode fazer nada sem autorização superior”. Os cursos continuam a de corre r mas apenas na componente teórica. Resultado: em vez das 22 horas semanais, os formandos só têm 16. “Ninguém recebe nestes cursos porque não são financiados. Quem está, está mesmo porque quer

aprender, alguns vêm de fora de propósito. O que mais nos preocupa é este descrédito que defrauda os alunos, começando alguns a desistir”, argumenta o responsável. O RL colocou várias questões sobre este caso ao MEC que, através do gabinete de imprensa, se limitou a responder de forma lacónica e oficial: “A situação é conhecida, estando a ser analisadas as razões que a determinaram. Trata-se de situação não expectável, porquanto a autorização de funcionamento concedida, com base na proposta da escola, não apontava para qualquer problema superveniente”, escreve a assessora de imprensa do MEC.

GUIMARÃES

Câmara recolhe ideias para Orçamento Participativo Até final de Abril deste ano, a Câmara Municipal de Guimarães está a recolher propostas dos munícipes no â m b i t o d o O r ç a m e n t o Pa r t i c i p a t i v o . Os contributos dos vimaranenses podem ser apresentados por via electrónica (uma proposta por cidadão) ou, presencialmente, em Assembleias Pa r t i c i p a t i v a s q u e s e r ã o o r g a n i z a d a s no concelho (até duas propostas). Po d e m p a r t i c i p a r c i d a d ã o s c o m i d a d e igual ou superior a 18 anos naturais, residentes, trabalhadores ou estudantes no concelho de Guimarães. A s p ro p o s t a s p o d e m r e s p e i t a r a i n v e s timentos, manutenções, programas ou actividades.

GUIMARÃES

Associação Comercial critica erros camarários que afectaram comércio O presidente da Associação Comercial e Industrial de Guimarães acusa a Câmara Municipal de ter cometido erros que prejudicaram o comércio local. C a r l o s Te i x e i r a d á c o m o e x e m p l o s a falta de um parque de estacionamento na zona mais central da cidade e a falta de iluminações no último Natal. Aquele responsável diz ainda que a autarquia não tem apoiado os comerciantes face às elevadas taxas municipais que pratica .

FAMALICÃO

Câmara apoia provas concelhias de atletismo

joane • polícia

Gasóleo, batatas e cebolas furtados do Centro Social Luís Pereira

G

asóleo, batatas e cebolas foram furtados do Centro Social da Paróquia de Joane na madrugada do dia 18 de Fevereiro. Só de manhã, na abertura das instalações, é que as primeiras funcionárias da instituição se aperceberam da ocorrência. O assalto foi consumado através de uma entrada lateral do salão paroquial. Depois de cortarem a rede que separa o salão do Centro Social, os assaltantes vasculharam todas as carrinhas que se encontravam no parque de estacionamento.

assalto provocou prejuízo de 130 euros. assaltantes retiraram combustível das carrinhas, levaram batatas, cebolas, escadas de alumínio, uma bateria e um macaco de um automóvel. a gnr de joane tomou conta da ocorrência.

De seguida arrombaram as tampas dos depósitos de combustível para retirarem o conteúdo, e levaram vários sacos de batatas e cebolas que se encontravam no exterior do edifício, três escadas de alumínio, uma bateria e um macaco de uma das viaturas. A GNR de Joane e o Núcleo de Investigação Criminal estiveram no local a proceder às investigações. O RL apurou junto de fonte do Centro Social que não foi possível descobrir a identidade dos assaltantes pelas impressões digitais recolhidas. A instituição revela que o prejuízo andará à volta dos 1300 euros.

A C â m a ra M u n i c i p a l d e Fa m a l i c ã o vai criar um calendário concelhio de atletismo (CCA ) com vista a organizar cerca de vinte provas promovidas anualmente no concelho, através de associações e clubes desportivos. A i n i c i a t i v a i n t i t u l a d a “ C o r r e Fa m a licão” tem como objetivo criar um calendário concelhio de atletismo prestando apoio às associações na organização e promover a qualidade logística e organizativa das mesmas.


8 FEVEREIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

LOCALIDADES

RONFE | furtadas armas antigas Vá r i a s a r m a s a n t i g a s f o r a m f u r t a d a s d e u m a c a s a e m Ronfe. Os larápios entraram na residência depois de arrombarem a porta e levaram 10 espadas e seis bacamartes (arma de fogo de carregar pelo cano). O c a s o e s t á a s e r i n v e s t i g a d o p e l a G NR d e G u i m a r ã e s .

VERMIL • POLÍCIA

AIRÃO SANTA MARIA

Idosa burlada ficou sem fio em ouro

A escola de Vermil foi assaltada no passado dia 15. No espaço de meio ano, foi o segundo assalto ao estabelecimento. A falta de alarme e a débil segurança de portas e janelas têm facilitado os assaltos. Neste último, foram levados uma máquina fotográfica, um leitor de DVD e uma quantia em dinheiro não revelada. Ao que o RL apurou, os assaltantes terão entrado por uma janela de uma das salas do rés-do-chão. A Associação de Pais da escola de Vermil, con-

tactada pelo RL, assegura estarem a ser feitos esforços junto da Câmara de Guimarães para instalação de um alarme. Para já, a associação vai pedir a colaboração da Junta de Freguesia para reforçar a segurança das janelas. No outro assalto, em Maio do ano passado, foram roubados dois computadores (um portátil e um fixo), diversos DVD´s e material audiovisual.

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Escola assaltada duas vezes

Mais um caso de burla a um idoso. Desta vez foi em Airão Santa Maria. Uma mulher de 73 anos ficou sem um fio em ouro, duas alianças e três medalhas. O caso passou-se na Rua Nossa Senhora da Misericórdia quando a idosa foi abordada por dois homens que se apresentaram como familiares. A conversa foi tão convincente que a mulher ficou sem um fio em ouro que tinha três medalhas e duas alianç a s . Pa r a c o n v e n c e r a i d o s a , o s burlões entregaram-lhe uma caixa contendo um perfume e dois relógios. Depois puseramse em fuga deixando a idosa estupefacta. A G NR d e G u i m a r ã e s , q u e t o m o u conta da ocorrência , refere que tem aumentado este tipo de burlas tendo como alvo idosos isolados e aconselha a prudência sempre que haja abordagens por parte de desconhecidos.


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2013 • 9

FAMALICÃO | CONCURSO DE FOTOGRAFIA Estão abertas até um de Abril as inscrições para o concurso de fotografia “ Turismo Industrial” da Câmara Municipal de Famalicão. Os prémios são de 400, 300 e 200 euros. Os trabalhos selecionados serão exibidos no Museu da Indústria Têxtil, a partir de 18 de Maio. Informações em www.museudaindustriatextil.org.

João Pereira Paixão pelo

F

oi campeão nacional de ciclocrosse de juniores e, no passado fim-de-semana, foi chamado, pela segunda vez , a integrar o estágio da selecção nacional de ciclismo d e e s t r a d a . C o m 1 6 a n o s , J o ã o Pe r e i r a , d e Ve r m o i m , é j á c o n s i d e r a d o u m a p r o m e s s a n o c i c l i s m o n a c i o n a l . “A n d a r s o b r e rodas é extraordinário, dá sensações fantásticas, e ser campeão nacional é algo impossível de descrever”, refere o a t l e t a a o RL . Tr e i n a d i a r i a m e n t e e n t r e 8 0 a 1 0 0 quilómetros em bicicleta. Em tempo de aulas, treina às quartas-feiras e aos fins-de-semana; nos restantes dias, a bicicleta fixa que tem em casa é o seu mundo. “O ciclismo exige tanto de preparação física como de preocupação com a saúde, nomeadamente com o que se come; temos de evitar ao máximo os f r i t o s e o s d o c e s ” , e x p l i c a J o ã o Pe r e i r a . Há cinco anos, na sequência de uma das engenhocas que tentava fazer na sua bicicleta velhinha, precisou de um cabo que acabaria por trazê-lo para a competição. “Procurei o Filipe, que é hoje o meu t r e i n a d o r, q u e m e d e s a f i o u a e n t r a r a p a r a a escola de ciclismo Carlos Carvalho”.

Em 2012, paralelamente à competição de ciclismo de estrada , decidiu aventurar-se na modalidade de ciclocrosse. Depois de s e s a g r a r, e m A v i d o s , c a m p e ã o r e g i o n a l d o M i n h o , co m u m a b i c i c l e t a e m p r e s t a d a , J o ã o Pe r e i r a f e z a p r o v a n a c i o n a l d e V i l a Real, disputando o título nacional com duas dezenas de atletas no seu escalão. Foi primeiro e conquistou para a escola Carlos Carvalho o primeiro título de campeão nacional. Foi o início de uma “relação de amor” e de muitas provas. A r e g u l a r i d a d e d o a t l e t a d e Ve r m o i m está na base da sua chamada à selecção nacional de ciclismo de estrada . Entre mais de cem atletas federados, João Pereira foi selecionado para o grupo restrito (uma dúzia) que participou, na Abadia, no estágio da selecção. Não é, contudo, a primeira vez que representa a selecção nacional mas é “muito motivador”. O jovem não tem dúvidas que o ciclismo será a sua vida e quer ser “um alto ciclista de estrada” e mostra-se satisfeito por ver a modalidade a cativar muitos jovens da região. “A o d o m i n g o a e s t r a d a e s t á c h e i a d e pessoas a andar de bicicleta e isso é m o t i v a n t e ” , c o n c l u i . L u í s Pe r e i r a

Aos 16 anos, atleta de vermoim, campeão nacional de ciclocrosse, foi chamado de novo para a selecção. “Andar sobre rodas é extraordinário”, diz joão pereira, que dedica todos os dias cerca de 100 quilómetros aos treinos.

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ciclismo


10 FEVEREIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

FAMALICÃO | MIGUEL ÂNGELO DEPOIS DOS DELFINS “ P r i m e i ro ” é o d i s c o d e e s t r e i a a s o l o d e M i g u e l  n g e l o , após 25 anos com os Delfins, entre outros projetos como a Resistência e o recente Movimento. Agora a solo, Miguel Ângelo apresenta-se na Casa das Artes de Fa m a l i c ã o n o d i a 9 d e M a r ç o , à s 2 1 : 3 0 .

Um actor encenador

SIMÃO BARROS O a c t o r d o Te a t r o C o n s t r u ção de Joane aventurou-se na encenação teatral

A crise aguça a criatividade. Sem dinheiro, o grupo Teatro Construção “descobriu” encenadores dentro de portas

A

crise parece estar a fazer bem ao Teatro Construção. Sem dinheiro, o grupo profissional de Joane virou-se para a “prata da casa”. O resultado são duas peças encenadas por um dos actores da companhia: “Amor para dois” e “(des)Culpa!”. A primeira estreou no passado dia 15 e será reposta a 22 e 23 de Março, no Centro Cultural. “Tudo o que sabemos sobre o amor é que o amor existe”. Esta frase, que fecha a peça, resume, segundo Simão Barros, o enredo do espectáculo, que o grupo vai tentar levar a países lusófonos. Com 14 momentos distintos, a peça intercala textos de autores lusófonos (de José Luís Peixoto a Manuel Alegre passando por

Vinícius de Moraes e Mia Couto), ditos em palco por Romeu Pereira e Elsa Pinho. A aventura de Simão Barros na encenação resultou do desafio da direcção do grupo e pode ser vista como efeito da conjuntura financeira: em vez de convidar um encenador externo, a ATC optou pela prata da casa. A peça aguarda, agora, aprovação de financiamento da DirecçãoGeral das Artes. “É um espectáculo muito sensitivo, um registo muito diferente. O grupo está associado a um teatro mais popular e esta foi a oportunidade de formar novos públicos”, diz Simão.

nal da Mulher (oito de Março) a peça “(des)Culpa!”, que aborda a violência doméstica com base em casos concretos recolhidos na região. “Há pessoas vítimas de violência doméstica muito próximas de nós. Queremos obrigar a que as pessoas falem e reflictam sobre o fenómeno que tem crescido exponencialmente com a crise”, revela Hélder Melo. Encenada igualmente por Simão Barros,a peça interpretada por Hélder Melo e Dora Oliveira, é reposta no dia nove de Março. O grupo anuncia, por outro lado, que deixará de permitir a entrada de público no auditório após o início da peça (21:30 horas).

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA Com texto original de Hélder Melo, outro actor da companhia ATC, estreia no Dia Internacio-

F E S T I VA L D E T E AT R O O Festival de Teatro Construção, o terceiro mais antigo do país (28 edições), decorreu sob o

signo dos “brutais cortes” no financiamento, o que obrigou a organização a dividir o evento em dois actos: um em Dezembro de 2012 e outro em Janeiro deste ano. Sem dinheiro, a ATC alega que não pode contratar companhias sonantes e, consequentemente, não atrai público. Um cenário que poderá repetirse na edição deste ano, que está a ser preparada debaixo de incertezas. Para contornar as dificuldades, a ATC associou-se ao projecto asscociativo da Capital Europeia da Cultura 2012, trazendo a Joane “projectos menos conhecidos”, desenvolvidos por grupos amadores do concelho de Guimarães e de Vermoim, e “ensaiou” a apresentação de teatro infanto-juvenil ao domingo de manhã, com uma “adesão surpreendente” de público.

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Luís Pereira


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2013 • 11

JOANE | FINAL SIX EM BASQUETEBOL A A c a d e m i a d e B a s q u e t e b o l d a AT C e a A s s o c i a ç ã o d e Basquetebol de Braga realizam, nos dias nove e 10 de M a r ç o , e m J o a n e , a F i n a l S i x d o To r n e i o D i s t r i t a l d e S u b - 1 2 “ P r o f . M á r i o C o s t a ” . AT C , B C B a r c e l o s , G D A S , SC Braga , SC Maria da Fonte e VSC Guimarães são as equipas participantes.

Notícia do RL gera onda de solidariedade

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A história de Diego Iglésias, de 22 anos, que sofre de paralisia cerebral, gerou uma verdadeira onda de solidariedade em torno da recolha de tampinhas, papel e cartão, para adquirir uma cadeira de rodas para o jovem de Pousada de Saramagos.

Luís Pereira

A notícia publicada no RL, na edição passada, contando a história de Diego Iglésias, gerou uma verdadeira onda de solidariedade em torno da recolha de tampinhas, papel e cartão, para aquisição de uma cadeira de rodas compatível com o corpo do jovem de Pousada de Saramagos. Diego Iglésias, de 22 anos, padece de paralisia cerebral e vive numa cama adaptada. A história revelada por este jornal foi partilhada, na rede social Facebook, por mais de 700 pessoas. Na sequência da notícia, a Segurança Social de Braga contactou os pais e começou a acompanhar o caso. “Depois de sair no jornal, fomos contactados por uma assistente social que está a ver o que pode ser feito”, adiantou Paulo Dinis, padrasto de Diego. Desde a notícia, os pais de Diego já trocaram mais cartão por dinheiro mas também já foram informados que a cadeira aumentou de preço. Diego precisa de 10 toneladas de tampinhas para conseguir a cadeira que lhe trará mais conforto, fazendo com que deixe de passar os dias na cama. As peças da cadeira podem ser adquiridas em troca de dinheiro. Para tal, a família recolhe, simultaneamente, papel e cartão que conseguem converter em dinheiro para aquisição de, pelo menos, uma das peças da cadeira. Se o conseguirem, reduzem o número de toneladas de tampinhas necessárias para as restantes peças. “Com a notícia, mais pessoas ficaram a saber e mais gente tem contribuído com tampinhas. O jornal contribuiu muito para a divulgação”, relata Paulo Dinis. As tampinhas, o papel e o cartão devem ser directamente entregues na residência de Diego Iglésias (casa 38 da Rua das Lameiras/Outeiro, em Pousada de Saramagos). Mais informações, contactar a família do jovem pelo telemóvel 965371307).


12 FEVEREIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

FAMALICÃO | PRÉMIO CAMILO Eduardo Palaio recebeu o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco 2012 das mãos de presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Armindo Costa, pelo seu livro “Caixa Baixa”.

FAMALICÃO | dia da mulher O Dia Internacional da Mulher (oito de Março), é comemorado em Famalicão. O programa inclui um concurso de artes, uma mega-dança na Praça 9 de Abril e uma sessão solene no Museu da Indústria Têxtil.

E já lá vão 15 anos! O número um do Repórter Local (depois do número zero) saiu em Março de 1998, no seio do Centro de Apoio Local. Ao longo de 15 anos do jornal conheceu altos e baixos. Em 2008 quase desapareceu acompanhando o definhar da associação onde nasceu. Os tempos são difíceis e o futuro é uma incógnita, mas uma coisa já ninguém lhe retira: o RL é uma voz interventiva, criativa e “bairrista”. Já saiu o RL? Este mês não sai o RL? As perguntas que nos dirigem muitos leitores, assim que se aproxima mais uma data de saída do jornal, dizem muito da forma como a leitura do RL é encarada. Muitos querem ler as últimas da política local, outros companham cada novo talento que é divulgado nas nossas páginas - e ao fim de 15 anos são dezenas, alguns “repetentes”; outros ainda não dispensam a opinião. Quando o RL surgiu, em 1998, alguns dedicaram parte do seu tempo livre a congeminar explicações subterrâneas para a dedicação de uma associação e dos seus elementos a um jornal: uns diziam que o jornal visava objectivos políticos locais, outros que era um meio estratégico para lutar pelo “concelho de Joane”. Mas muitos encararam desde sempre o jornal como um meio de comunicação social, feito com sacrifícios, para “dar conta” do pulsar de uma região esquecida pelos jornais das cidades. A tarefa tem vindo a ser cumprida, com dificuldade certamente, e hoje o RL é um jornal graficamente atractivo, interventivo, criativo nas suas versões em papel e digital, mas também no contacto diário com os leitores via Facebook.

NÚMERO 1 Março de 1998 Um dos destaques da primeira página era a construção da escola EB2,3 de Ronfe. O outro era a presença do piloto joanense José Araújo no R a l y d e Po r t u g a l .

o número zero saiu com data de fevereiro de 1998. no próximo número, edição de março, vamos dedicar um especial aos 15 anos deste jornal que surgiu como actividade do centro de apoio local, associação de cariz juvenil e cultural criada em 1993.


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2013 • 13

futebol • joane e ronfe

Ronfe “espetou” doze golos sem resposta

atletismo • corta-mato escolar

Alunos de Joane no pódio de prova nacional

Depois do êxito regional no Corta Mato Escolar, o Agrupamento de Escolas P. Benjamim Salgado deu nas vistas no Corta-Mato nacional. Na prova, a equipa feminina de juvenis do Agrupamento joanense foi primeira e a equipa

masculina ficou em quarto lugar. “Foi o culminar de um período de intensa e cuidada preparação que contou com o apoio da atleta Rosa Oliveira”, escreve a direcção da escola em nota às redacções.

FUTSAL • POUSADA O Desportivo de Ronfe já fez história na série A da III divisão nacional de futebol, ao marcar, num só jogo, 12 golos sem resposta. O resultado aconteceu na última jornada, no dia três, na deslocação a Melgaço. A jornada 21 ficou também marcada pelo regresso do Ronfe ao segundo lugar da tabela e pelo primeiro jogo sem o médio Miguel. Depois de ter regressado esta época ao clube da sua terra, onde se formou, saindo por uma época para o Oliveirense, Miguel, de 24 anos, foi dispensado pelo técnico Eduardo Pereira e encontra-se sem clube para o resto da época. A próxima jornada joga-

se no domingo, dia 10. O Ronfe tem já garantida a presença no campeonato da promoção, que se joga na segunda fase. JOANE DESCOLA DA LINHA DE DESPROMOÇÃO A vitória em casa frente ao Limianos, no dia três, pode ter sido decisiva para o GD de Joane descolar dos lugares de despromoção. A equipa de Francisco Costa venceu com um golo apontado de cabeça por Sócrates (foto), aos 67 minutos. Ao fim de 22 jornadas, o Joane ocupa o 14º lugar, com 18 pontos, a três da zona de despromoção. Em Fevereiro, o clube contrariou a tendência de derrotas

e empates que vinha acumulando e que o colocaram muito perto da “linha de água”. A primeira vez que desocupou o último lugar foi a 17 de Fevereiro, ao vencer em casa o Padorense, por 2-1. Antes, o Joane tinha perdido em Vizela por 3-2, no dia 10; e empatado a uma bola com o Vilaverdense, no dia três. Em cinco jornadas, o GDJ somou sete dos seus actuais 18 pontos. No próximo jogo a equipa tem pela frente um dérbi concelhio, com a deslocação a Ribeirão (terceiro na tabela). A oito jornadas do fim da época, dos 22 jogos o Joane venceu quatro, empatou seis e perdeu 12.

Atletas na Selecção Distrital de Braga

Daniel Carvalho e Vasco Pereira, atletas de futsal da Associação Recreativa Pousadense, foram chamados à selecção de sub-15 da Associação de Futsal de Braga. A equipa de iniciados da ARPO, onde jogam os atletas, não tem sido muito feliz

nos resultados desta época mas isso não foi impeditivo para a Associação de Futsal de Braga reconhecer talento na equipa de Pousada. Para a mesma selecção foram ainda chamados os atletas Pedro Silva, Simão João e Miguel Cunha, do FC Vermoim.


14 FEVEREIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

AUTÁRQUICAS 2013 joane • PSD-PP

ENTREVISTAS COM OS CANDIDATOS Devido ao intenso noticiário sobre candidaturas às Eleições Autárquicas, não publicamos neste número a habitual entrevista com os candidatos às C â m a r a s d e Fa m a l i c ã o e d e G u i m a r ã e s . O e s p a ç o volta ao contacto dos leitores na próxima edição.

“Problemas de Joane devem ser encarados como oportunidades”

Cabeça de lista do PSD-PP diz que Joane deve estar no centro das decisões Luís Pereira

N

o dia em que apresentou publicamente a candidatura pelo PSD-PP à Junta de Joane nas próximas autárquicas, Xavier Oliveira não evitou o assunto, porventura mais incómodo, do seu passado socialista ao lado dos (agora) adversários políticos. “Gosto das coisas claras e, por isso, suspendi a militância do PS. Não pertenço a esta família política (PSD-PP) mas une-nos o desafio de fazer mais e melhor por esta terra”, começou por dizer. Em noite de expectativas, o candidato traçou o propósito de

fazer uma “campanha pela positiva” e procurou diluir rumores quanto aos seus propósitos. “Por detrás das aparências, há razões que, por vezes, não se vêm ou não se querem ver. O meu desafio é claro: gosto de Joane e estou disponível para fazer o melhor pela minha terra”. Os nomes de António Oliveira e de Sá Machado, candidato do PS em Outubro e actual presidente da Junta, respectivamente, não foram invocados na sala, mas estiveram presentes no discurso, até em jeito de parábola: “Dois filhos viram a mesma realidade, mas com visões antagónicas. Não os vamos criticar pelo que fizeram. O nosso discurso será

virado para o futuro porque os problemas da nossa terra devem ser encarados como oportunidades”, disse Xavier Oliveira. O candidato afirmou ainda que Joane não pode estar “de costas voltadas para a Câmara Municipal de Famalicão” e “como se estivesse descolada do concelho”, devendo estar “no centro das decisões”. O desafio, adiantou Xavier Oliveira, passa por “fazer mais e melhor” e por colocar a Junta de Freguesia “ao serviço de todos, o que não tem acontecido até agora”. Mas lamentou “a pouca participação cívica” dos joanense, apelando à mobilização da população.

Quem esteve na apresentação de Xavier Oliveira? A pergunta alimentou conversas nos dias seguintes à apresentação. A curiosidade de muitos e o nervosismo de outros prendem-se com a incógnita sobre o eleitorado que o exsocialista pode captar. Se há socialistas que podem passar para o outro lado, há também descontentes no PSD-PP. E isso verificou-se na ausência de alguns “históricos” do PSD. Miguel Azevedo, líder social-democrata em Joane, invocou os nomes que fizeram a história do núcleo mas nem todos estiveram na sessão, caso de José Machado, ex-líder do núcleo, e de Porfírio Carvalho, candidato da coligação por três vezes. Figuras habituais dos dois partidos; autarcas e militantes PSD-PP de todo o concelho e de fora deste (o actual e o anterior presidente de Ronfe marcaram presença); família e amigos do candidato; alguns socialistas convencidos

da vitória deste Oliveira e curiosos – de tudo um pouco se compôs o auditório do Centro Cultural. “Estou cá só para ouvir o que o socialista nos tem para dizer”, confidenciou um militante do PSD. Xavier Oliveira empenha-se em passar a mensagem de uma candidatura independente e apartidária, apesar de ser patrocinada pelo PSD-PP. O primeiro panfleto distribuído no Natal e a imagem construída para a campanha são a prova disso: há uma preocupação de evidenciar a imagem do candidato, o endereço da página no Facebook e o slogan “Xavier Oliveira Por Joane” em detrimento dos logótipos do PSD e do CDS-PP, remetidos para um lugar de leitura mais difícil. E até o líder do PSD, Miguel Azevedo, “deverá surgir apenas nos momentos obrigatórios”, segundo fonte laranja.

M A N D ATÁ R I O S

A sombra dos partidos Os esforços de Xavier Oliveira para relegar para segundo plano as tradicionais figuras dos núcleos de J o a n e d o P SD e d o P P t r a d u z e m - s e também na escolha dos mandatários. O advogado Domingos Melo, pouco frequentador destas lides, é o mandatário da candidatura . “O Xavier pregou-me uma partida . Primeiro recusei o convite porque não sou político e a minha intervenção pública resume-se ao Grupo Desportivo de Joane. Só por muita insistência é que acabei por aceitar”, confessou o mandatário, ciente de que vencer em Outubro será “tarefa árdua, mesmo hercúlea, mas não impossível”. Apesar do empenho da JSD na dinamização da candidatura (sobretudo nas redes sociais), a escolha do mandatário para a juventude recaiu sobre uma figura fora do aparelho p a r t i d á r i o : D i o g o Fe r n a n d e s , m e m b ro da banda joanense “Coromole” e presidente da Associação de Estudantes do liceu. A sessão contou ainda com as intervenções dos presidentes dos núcleos de Joane do PP (Manuel Guimarães) e do PSD (Miguel Azevedo). Azevedo que cometeu a “gafe” de conf irmar Paulo Cunha como o candidato da coligação à Câmara Municipal. O facto não é novidade para ninguém mas foi a primeira vez que alguém com responsabilidades partidárias revelou, solene e publicamente, uma candidatura que será apresentada na primeira semana de Abril, segundo a p u r o u o RL . Com a sua presença , Paulo Cunha , vice-presidente da Câmara famalicense e presidente da distrital de B r a g a d o P SD , q u i s t r a n s m i t i r u m sinal da determinação das estruturas concelhias em apostar tudo para ganhar Joane – um objectivo que tem s i d o g o ra d o n a s ú l t i m a s c a n d i d a t u ra s .


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2013 • 15

GUIMARÃES | TORCATO RIBEIRO PELA CDU Torcato Ribeiro é o candidato da CDU à Câmara Muni cipal de Guimarães. Cândido Capela D ias é o candidato à Assembleia Municipal. “ Trata-se de uma candidatura d e c i d a d ã o s c u j a v o z c o n t a ” , d i z To r c a t o R i b e i r o . O c a n d i d a t o d i s s e , n a a p r e s e n t a ç ã o , q u e “ G u i m a rã e s va i muito além do centro histórico”.

AUTÁRQUICAS 2013

união de freguesias • PSD-PP

Marçal Mendes candidato à União de Freguesias Secretário da Junta de Vermil recua na intenção de se afastar das lides autárquicas

Luís Pereira

M

arçal Mendes será o candidato da coligação PSD-PP na União de Freguesias de Airão Santa Maria, Vermil e Airão S. João, nas próximas eleições autárquicas. Armando Vidal, actual presidente da Junta de Vermil, mostrou-se indisponível. O líder da concelhia PSD de Guimarães e candidato do partido à Câmara desdobrou-se em “reuniões” para convencer o actual secretário da Junta de Vermil, que acabou por aceitar o desafio, deixando, assim, cair a garantia dada há pouco tempo, ao RL, de que não estava nos seus horizontes qualquer envolvimento nas lides autárquicas (ver caixa). Segundo apurou o RL, Mendes está já no terreno “a tentar encontrar plataformas de entendimento” com pessoas de Airão Santa Maria (a maior das três freguesias da União). Aqui, o PSD não conta com “figuras de relevo” pelo que a

estratégia de Marçal (terá sido uma das condições que impôs para aceitar o desafio) passará por “figuras apartidárias” descontentes com a Junta do PS. A determinação de Armando Vidal em manter-se afastado (pelo menos no tocante ao PSD) obrigou o partido a procurar uma alternativa. Ela acabou por recair em Marçal Mendes, um social-democrata que tem, discreta mas eficazmente, feito o seu caminho nas estruturas locais do partido e que agora chega ao lugar cimeiro de uma candidatura depois de ter sido, nos últimos anos, o “braçodireito” de Armando Vidal na Junta de Vermil. Marçal Mendes confirma que foi abordado pelo PSD para ser candidato, mas prefere salientar que “este é o tempo de entendimentos” com vista a encontrar “as pessoas certas”. Das eleições de Outubro sairá uma nova realidade de organização nestas três freguesias, fruto da agregação. Desde logo uma só Junta e uma só Assembleia para um universo populacional de 3700 pessoas. Os partidos procuram, por

isso, consensos entre figuras destas três localidades cientes de que a vitória eleitoral não se alcança apenas com os votos dos eleitores da freguesia onde reside o cabeça de lista. No lado do PS, a aposta deverá recair em António Carvalho, actual presidente da Junta de Santa Maria, que terá a seu lado, segundo apurou o RL, o presidente da Junta de Airão S. João, Domingos Forte, bem como independentes ligados ao movimento associativo.

PING-PONG Os avanços e recuos de Marçal Mendes Setembro de 2012 Marçal Mendes anunciou, em d e c l a r a ç õ e s a o RL , a i n t e n ç ã o d e d e i x a r a J u n t a d e Ve r m i l p o r indisponibilidade profissional. Po u co d e p o i s r e c u o u a l e g a n do não estarem reunidas as condições necessárias “para a continuação de um bom funcionamento” da Junta .

“INDEPENDENTEMENTE DO Q U E V I E R A A C O NT E C E R NO ÂMBITO DA REFORM A A D M I N I ST R AT I VA D A S FREGUESIAS NÃO SEREI C A N D I D ATO E M 2 0 1 3 ” “CASO A REFORMA DA R E O R G A N I Z AÇ Ã O T E R R I TO R I A L N Ã O AVA N C E A S FREGUESIAS ACABARÃO POR MORRER” “A S F R E G U E S I A S C O M M A I O R ÍN D I C E D E H A B I TA NT E S E E Q U I PA M E NTO S COLECTIVOS DEVEM SER C O NS I D E R A D A S C O M O P R E F E R E N C I A I S P Ó LO S D E AT R A C Ç Â O D A S F R E G U E S I A S C O NTÍ G U A S ”

RONFE • PS

Adelaide Silva é a aposta do PS Licenciada em Serviço Social, 39 anos, não é militante do PS e diz que “está à vista de todos que é possível melhor pela vila” A concelhia de Guimarães do PS escolheu uma mulher para cabeça de lista à Junta de Ronfe. Adelaide Silva, de 39 anos, licenciada em Serviço Social, vai tentar acabar com a maioria do PSD nesta vila. Conhecida pela sua ligação aos movimentos religiosos (sobretudo à JOC), Adelaide Silva não tem militância partidária mas resolveu aceitar o desafio que lhe foi dirigido por Domingos Bragança, líder da concelhia socialista de Guimarães e candidato à Câmara Municipal. Colocando de parte “as lutas partidárias”, Adelaide Silva afirma que “está à vista de todos que é possível fazer mais e melhor em Ronfe” para que “as pessoas sintam que vale a pena viver na vila”.

O principal adversário de Adelaide Silva será António Sousa, actual presidente da Junta e candidato da coligação PSD-PP, mas a candidata do PS recusa a ideia de partir em desvantagem. “Tudo dependerá do “julgamento do povo”, diz. Quanto à campanha, a licenciada em Serviço Social garante que “não haverá campanha pela negativa”. A candidatura do PS em Ronfe entra agora numa fase de auscultação da população para colher contributos para o programa. “As pessoas criticam a falta de brio que existe em Ronfe”, refere. Quanto às grandes obras projectadas para a vila, Adelaide Silva assume que o Centro Escolar é “essencial” e garante que é um projecto que está “agendado”.

A candidata rejeita a tese da descriminação de Ronfe por parte da Câmara Municipal, defendida pela Junta PSD-PP. “A culpa nunca é só de um lado e é muito fácil apontar o dedo a quem está à nossa frente. Há falta de diálogo entre Junta e Câmara e o argumento da diferença de cores partidárias não colhe, porque há freguesias do concelho que são PSD que têm obra e boas relações com a Câmara. Ronfe não é discriminada, o que existe é a falta de iniciativa da parte da Junta”, afirma a candidata. A candidatura já trabalha na composição da lista. A apresentação pública ainda não tem data marcada mas deverá ocorrer ainda durante este mês de Março. LP


16 FEVEREIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

JOANE | CANDIDATO VISITA ASSOCIAÇÕES O candidato do PSD-PP à Junta de Joane visitou a Escola de Atletismo Rosa Oliveira , no passado dia dois. Xavier Oliveira defendeu que o apoio às associações d e v e s e r “ u m a p r i o r i d a d e ” d a J u n t a e a p o n t o u a EAR O como ”excelente exemplo” do funcionamento de uma associação desportiva de caracter formativo”.

AUTÁRQUICAS 2013 OpiNIÃO

Rosa laranjo-pastel

Xavier Oliveira, por Joane

Carlos Rego

Miguel Azevedo

Membro da Assembleia de Freguesia de Joane (PS)

Presidente do Núcleo de Joane do PSD

“Para o ano, em conjunto com as associações da freguesia, vamos dinamizar um verdadeiro desfile de Carnaval que afirme o evento de Joane como o principal entre Famalicão e Guimarães”. E assim, laconicamente, ficamos todos a conhecer a primeiríssima ideia para Joane do candidato laranjo ex-rosa: um carnaval, por decreto. Só por esta ideia, de nariz vermelho, merece perder. A ideia sobre o carnaval não é fruto do acaso, é sequência imediata de um carácter e de uma escolha. Da emoção do espanto à quase anedota, o anúncio desta candidatura suscitou as mais diversas reacções, verdadeira cambalhota política onde duas máscaras se mostram: a do objecto escolhido e a dos sujeitos escolhedores, e daí o carnaval: ele o entrudo e os outros os seus farsantes. A leveza e o porreirismo com que ele pairava sobre as coisas da vida pública, políticas ou associativas, não lhe davam a conhecer vontade autêntica sobre uma qualquer carreira política. O estigma oliveira, nas suas diferentes nuances, de quem ele será mais um portador, também não indicava qualquer pretensão. A mansidão, e mais uma vez o tal porreirismo, com que ele aceitava um lugar subalterno nas listas rosa, a incapacidade, e mais uma vez a tal leveza, em exigir uma posição elegível nas tais listas. A mansidão ou a preguiça ou o desinteresse na gestão do seu percurso político ou outro. O que ele não soube procurar em lugar próprio deu-lhe a providência uma candidatura com a necessária cambalhota política em troca de um mais que certo presente municipal. A perca ou a meretrização do carácter, do receptor e do dador. As variadas tentativas de branqueamento por alguns dos seus apaniguados, desde os simples até

Vinte e dois de Fevereiro é uma data de enorme simbolismo para Joane. Foi apresentada aos Joanenses a primeira candidatura às eleições autárquicas deste ano, liderada por Xavier Oliveira. Num auditório do Centro Cultural da Juventude completamente lotado, está dado início a um combate político cujo objetivo é o de ganhar as eleições de outubro. O concelho de Famalicão e Joane em particular estão hoje diferentes e confrontados com novos e sérios problemas; mas também novas oportunidades se abrem para todos. Considero que é tempo de Joane se abrir a um novo ciclo. A freguesia de Joane apagou-se na região. Há muito que possui um executivo sem energia, sem ideias, sem criatividade e sem vontade. Um executivo quezilento, sempre de costas voltadas com a Câmara Municipal e com um presidente para quem a junta de freguesia apenas serve para gerir a sua carreira politica. Um executivo com um vogal a tentar fazer de presidente e um presidente de fazer de conta. Enfim, três anos de faz de conta que deram para perceber o que nos espera. Certo é que Joane e os Joanenses têm perdido e muito com esta situação. É tempo de dizer basta! Muitos Joanenses que nos últimos 20 anos apoiaram as listas do partido socialista estão hoje convencidos, que esse modelo e estilo de gestão esgotou. Os tempos são outros e claramente são necessárias outras respostas. A candidatura apresentada, está alicerçada em dois partidos que tiveram a capacidade e o arrojo de ultrapassar

os demais, alguns deles também já lavados, não diminuem este acto de perversão do candidato ex-rosa e agora laranjo. A cambalhota, objecto de crítica geral severa e justa em qualquer outro protagonista de uma qualquer área político-social, não é de todo aceitável só porque se trata de alguém próximo, de um “amigo”, por muito engraçado que ele seja. Se em comportamento semelhante acusamos o outro, o que está longe, de corrompido, não podemos alegremente afagar o pelo do que está próximo, do “amigo”. A coerência é importante e fica-nos bem, não necessitamos de a perder junto com ele. A pervertida cambalhota deixará, já está a deixar, o sujeito fragilizado em qualquer acção futura, a todos os estigmas que ele acarreta acrescente-se mais este, o de alguém disponível para actos de favores, favorecida que foi a sua aparição e ambição na coisa pública. Também oportunista e calculista a atitude dos farsantes, dos que o escolheram e o impuseram. Com esta candidatura resolveram alguns problemas: um candidato que una o dividido laranjal, um lavar de mãos em caso de derrota (não se trata propriamente de um genuíno laranjo), a possibilidade de colheita extraordinária de votos. A esperteza saloia como disfarce da incapacidade de resolverem as suas pretensões com elevação. Perante esta autêntica devassa de valores numa forma de fazer política onde vale tudo e em nada diferente a certos regimes pouco ou nada recomendáveis, o nojo por este carnaval que nos oferece este entrudo e os seus farsantes: a meretrização da política e de quem dela se serve. Tudo isto a despertar, para os atentos, o direito à indignação por esta falta de ética, por esta degradação da política.

as fronteiras partidárias. A candidatura em causa é uma coligação entre dois partidos e os Joanenses, independentes, que querem abrir um novo ciclo, mais dinâmico e mais participado, não é por acaso que o slogan da candidatura é Xavier Oliveira, Por Joane. Com esta opção há que renovar a forma de fazer política em Joane. Temos de criar novas respostas e sobretudo saber fazer com que todos os Joanenses participem na construção do futuro da nossa freguesia. A candidatura de Xavier Oliveira quer ganhar Joane porque acredita que é capaz de fazer melhor do que o PS de Sá Machado e António Oliveira tem feito. Xavier Oliveira é alguém com um percurso profissional alicerçado no valor do trabalho, da honestidade e no mérito; é alguém com conhecimento impar da realidade económica, social e associativa da freguesia; é alguém com capacidade de mobilização das forças cívicas; tem disponibilidade para se dedicar plenamente à freguesia, tem um vasto currículo de participação politica e cívica e por isso é a pessoa certa para liderar um projeto suprapartidário, orientado apenas para a valorização de Joane. Em Joane, nunca como hoje a seguinte frase de John F. Kennedy fez tanto sentido, “a mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.” O futuro de Joane está nas mãos dos Joanenses. Por Joane, que sejam também eles capazes de ultrapassar barreiras e escolher um caminho diferente mas melhor para a freguesia de Joane.

CARTAS E N T R E V I S TA D E ANDRÉ COELHO LIMA Miguel Larangeiro, Deputado do PS na Assembleia da República . “ N a e n t r e v i s t a q u e o D r. André Coelho Lima deu ao vosso jornal, na edição de janeiro de 2013, é referido que na questão da reorganização do território

eu teria votado favoravelmente na Assembleia Municipal de Guimarães e contra na Assembleia da República . Fa l s o . O Pa r t i d o S o c i a l i s t a respeitou todas as decisões das suas estruturas locais e acompanhou-as na votação na Assembleia da República , no respeito pelo princípio que sempre

defendemos de envolvimento das populações. Assim, coerentemente, votei favoravelmente a proposta da Câmara Municipal de Guimarães na Assembleia Municipal e na Assembleia da República. Ta l v e z n e m t o d o s p o s s a m dizer o mesmo”.

M I N I AT U R A S É C O M E L E Joaquim Andrade | Artesão de Ronfe Quero, por este meio, agradecer o facto de me ter sido dada a oportunidade, através da reportagem que fizeram comigo, na última edição, de dar a conhecer o meu trab a l h o . Po r q u a n t o o u v i ,

a opinião foi favorável, graças à forma como vocês compuseram o texto. De outra forma o impacto não teria sido o mesmo. Agradeço todo o vosso empenho e colaboração. Parabéns e muito obrigado. Um até sempre e muitos êxitos para o Repórter Local.


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2013 • 17

por D. VIRINHA

ISTO VAI AQ U E C E R !

( algum a s leit uras at enta s feita s por um a m es tra das ar t es ocultas )

E O PS? E n q u a n t o o c a n d i d a t o d o P SD PP à Junta de Joane anda numa verdadeira azáfama - uma apresentação solene profissional e muito concorrida, visitas a associações, dinamização de u m a p á g i n a n o Fa c e b o o k - o mais que evidente candidato do PS, António Oliveira, continua tranquilo, quase em meditação. É claro que não consegue iludir o nervosismo natural nestas coisas das disputas eleitorais, mas vai dando sinais de não se preocupar muito com o que vem do seu ex-camarada de partido Xavier O l i v e i r a . “A s c o i s a s f a z e m - s e com calma e no seu tempo”, diz quem o acompanha . E quando será?

A R epública ficou tesa É sempre desolador dar notícias do fim de projectos que, aqui e ali, mostraram vitalidade. É o c a s o d a R e p ú b l i c a d o s Te s e s d e Airão S. João. A “nova versão” de um movimento juvenil que surgiu após o 25 de Abril, com outros protagonistas, desenvolveu algumas iniciativas

culturais e desportivas e prometia “mover céu e terra” no objectivo de “mobilizar” Airão S. João. Pois bem, é com pesar que se assiste ao silenciar do grupo, até mesmo na blogosfera . O blog R e p ú b l i c a d o s Te s o s e s t á “ t e s o ” desde Março... de 2012.

S ão precisos dois para o tango? Quem olha para a imagem fica com a sensação de que os dois protagonistas em primeiro plano de preparam para uma dança de salão. Xavier Oliveira , candidato do PSD-PP à Junta de Joane, parece estender a mão para levar o parceiro, Miguel A z e v e d o , l í d e r d o P SD l o c a l , para uma dança, sob o olhar amistoso de Paulo Cunha , o vice-presidente da Câmara de Fa m a l i c ã o e l í d e r d a d i s t r i t a l d e B r a g a d o P SD . Na verdade a imagem foi regis-

tada na sessão de apresentação pública de Xavier Oliveira como candidato da coligação. O Centro Cultural de Joane encheu d e m i l i t a n t e s d o P SD e d o P P, de amigos do candidato e de apoiantes de fora do concelho. Organizada de forma profissional, a sessão serviu para insuflar ánimo naqueles que estão com a candidatura corporizada em Xavier Oliveira sob orientação de Miguel Azevedo. Agora resta esperar por outras candidaturas.

candidato à c â mara A Paulo Cunha , actual vicep r e s i d e n t e d a C â m a ra d e Fa malicão e líder da distrital de B r a g a d o P SD s ó f a l t a m e s m o a formalidade da apresentação o f i c i a l co m o c a n d i d a t o à C â m a ra . Nâo falta quem se lhe refira já, e m p ú b l i c o , c o m o “c a n d i d a t o à C â m a r a d e Fa m a l i c ã o ” . M i g u e l Azevedo, de quem se espera também um certo protagonismo

nas eleições deste ano, a nível municipal, discursou na concorrida sessão de apresentação de Xavier Oliveira e disse-o com todas as letras: “Paulo Cunha , à frente da Câmara Municipal d e Fa m a l i c ã o ” . Re c e n t e m e n t e , a J u n t a d e Ve r m o i m , n u m d o c u mento oficial, também se referiu a Pa u l o C u n h a c o m o “c a n d i d a t o à Câmara”.


18 FEVEREIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL

ronfe |formação em primeiros socorros Nos próximos sábados, dias 9 e 16, a Junta de Freguesia de Ronfe promove uma acção de formação de primeiros socorros. A acção realiza-se nas instalações da C a s a d o Po vo l o c a l , a s i n s c r i ç õ e s s ã o g ra t u i t a s e l i m i t a d a s à s va g a s e x i s t e n t e s .

OPINIÃO

LOCALIDADES

Quintino Pinto

Troika(s) e baldrocas

Jurista | Joane

1 - A bendita “troika” está em Portugal para mais um exame. Se o exame fosse sério, Vítor Gaspar seria fulminado com grossa raposa (se estiver habituado à linguagem de passarinho em que os meninos não chumbam porque ficam retidos, uma raposa é o mesmo que chumbar, não passar de ano). O nosso Gaspar, com aquela cara de sonso, chumbaria fulminado pois não acerta um único número. Reparem que, ao fim de uns míseros cinquenta e poucos dias, já o Orçamento de Estado está todo roto, pior que as meias dum pobre de pedir! Recessão? Desemprego? Crescimento económico? Défice? Não acertou uma. Zero. O menino Gaspar é uma inutilidade. O pior é que o tipo já há muito deixou a escola e agora pensa ser ministro das Finanças. E

isso, para os portugueses, é um pesadelo pois o moço sempre que se engana, vai-nos ao … bolso! 2 – Por falar em enganos, que dizer do famoso engano numa minúscula lei onde um malandro qualquer terá trocado um “da” por um “de”? Apelando diretamente ao bom senso do leitor, digam-me qual a diferença entre “presidente de Câmara” e “presidente da Câmara”? Não veem nenhuma? Pois, então somos dois; quer dizer, três que até Paulo Rangel (eurodeputado do PSD e que participou nos trabalhos da célebre lei) não vê nenhuma! Mas Cavaco descobriu, qual Einstein da limitação dos mandatos, que a lei tinha sido alterada e, vai daí, escreveu uma carta a Assunção Esteves. Espera aí … o Presidente da República descobre uma coisa que, na sua opinião, pode ser fulcral para as eleições

João Moura

Jornalista e escritor | Joane

Talvez a felicidade seja como o mês de Fevereiro: curta. Talvez a alegria seja como o Carnaval: passageira. Um dia, és uma criança da escola a desfilar no dia Carnaval com o equipamento desportivo da tua equipa preferida em visita ao campo do Joane. Os jogadores acham que és talentoso e oferecem-te umas meias já rotas e uma camisola de treino que só vais usar daqui a muitos anos. Anos depois, estão a tirar-te as chuteiras e o equipamento no mesmo campo, porque já não tens lugar na equipa. A vida é assim: efémera (como

o mês de Fevereiro e o Carnaval) e inconstante. Num segundo és feliz por não pagares uma consulta médica. No seguinte, estás triste, ao perceberes que só está isento quem não tem posses. Um dia levas umas calças para um casamento. Noutro, levas as mesmas calças para um funeral. Um dia o teu pai aperta-te os cordões das sapatilhas. Noutro, apertas tu os cordões ao teu filho. Seja como for, tudo vale a pena, e torna-se mais fácil acreditar em mudança. É assim que espero sempre boas novas. A cura do cancro, um jornal com

não há por aí ninguém que queira replicar à nossa escala o fenómeno Beppe Grillo, o tal que passou rapidamente de palhaço da política ao senhor 25% dos votos em Itália?

autárquicas e o melhor que arranja é escrever uma carta à Presidente da Assembleia da República? Não se lembrou de o participar aos grupos parlamentares? E diretamente

aos portugueses? Ou a descoberta é tão idiota que até o autor tem vergonha dela? 3 – Contudo, no meio da confusão, ninguém parece ter reparado nuns senhores (a Imprensa Nacional Casa da Moeda) a quem a República confiou a publicação do seu Diário e que, segundo eles, foram os autores da proeza de trocar o tal “da” pelo “de”. Sabendo disto, e sendo o Diário da República a Bíblia das leis e similares que por cá se fazem, não acham estranho que um tipo qualquer mude uma lei? Por ordem de quem e com que critério? 4 – Por falar em ordem, não sei se sabem mas o maior partido da oposição (o tal cuja direção anda toda contente por ter um avanço de cinco pontos na sondagens em relação ao PSD) vai brevemente a votos para eleger o seu Secretário-Geral. Diz-se

que António José Seguro, enquanto perguntava publicamente “qual é pressa” a propósito de eleições, tinha posto o aparelho a recolher assinaturas para a sua lista ao Congresso, mas já na história de Eurico Figueiredo (que acusou os órgãos nacionais de lhe negarem acesso aos endereços de correio eletrónico dos militantes do PS) não se diz. Foi o próprio que o disse, publicamente. A ser verdade, resta concluir que o maior partido da oposição está entregue … e mais não digo! 5 – Quer dizer, por acaso até … pergunto: não há por aí ninguém que queira replicar à nossa escala o fenómeno Beppe Grillo, o tal que passou rapidamente de palhaço da política ao senhor 25% dos votos em Itália? Não há, em Joane, ninguém que queira ser o nosso Grillo? Ou a nossa Grilla?

Os dias fogem como cavalos selvagens nos montes Espero que o carteiro me traga uma carta escrita pessoalmente pelo Ministro - e outra pelo excelentíssimo Presidente - com um cordial pedido de desculpas (e um convite para uma bebedeira no Palácio) por ser mais um jovem à deriva

a página da necrologia onde conste claramente o falecimento da fome, da guerra e da crise. Espero que o carteiro me traga uma carta escrita pessoalmente pelo Ministro - e outra pelo excelentíssimo Presidente - com um cordial pedido de desculpas (e um convite para uma bebedeira no Palácio) por ser mais um jovem à deriva. Anseio por notícias de amigos e amores há muito perdidos e de pessoas que já não têm morada entre nós. Por um abraço a sair de um envelope e uma carta que me diga que não estou errado, que tudo vai

mudar e importar mais do que nunca. Quero saber que vou viver mais uns trezentos anos e que não vou morrer sozinho, e que mesmo assim, quando cair, existe vida para além da morte que me sustente. Uma declaração assinada em mão pelo futuro garantindo que vou ser feliz e que o sonho vai ser sempre o meu guia. Quero eu e queremos todos nós. O problema é que a espera é longa. Longa como o ano inteiro. Mais vale começar a fazer algo por isso. É que Fevereiro e a alegria do Carnaval já passou.


REPÓRTER LOCAL • FEVEREIRO DE 2013 • 19

JOANE | ELEIÇÃO NA JOANE BTT A Associação Joane BTT vai eleger novos dirigentes durante a Assembleia Geal agendada para o dia 29 de Março, pelas 21:30 horas, na antiga escolha de Montelhão. Listas e propostas devem ser apresentadas até ao dia 22

Empregado desempregado

O Sítio do Pica-Pau Amarelo Crónicas do Brasil

Dominique Machado (Foto: Renata Truyts)

“Um ‘é’ cinco, três ‘é’ dez reais!” – megafoneia o vendedor de abacaxi. “O melhor da região, diretamente do agricultor”, diz em jeito de locutor. “Três então”, peço eu. Feito isto vou atirar o lixo onde se encontra um “catador” de latas e sucatas que as vende depois no sucateiro. É assim que se sustenta. Compro um gelado no vendedor ambulante (se pedirmos também tem cerveja mas é segredo) encostado a um quiosque que faz negócio com água de coco e caldo de cana. Passeio alegre afora saltimbancos lançam as massas ao ar e pedalam habilmente em um alto monociclo de forma a ganhar uns trocos. Adiante, está um dos muitos artesãos de rua dando forma a folhas de bananeira para turista comprar. São apenas alguns exemplos de pessoas que têm que comer e dar de comer aos de sua casa. Existe, no Brasil, o trabalho informal, não declarado e bem alternativo. Cada um arranja o melhor “trampo” para se

“virar”. O Bidu, por exemplo, puro amante de cachaça (também conhecida por esfolagato) arruma lixo, arranja a esplanada e carrega o estoque para uma padaria. Existem também aqueles que guardam lugares na fila, por exemplo, em postos médicos. Há bem pouco tempo, um mecânico comentou-me, rindo, que no Brasil tem que se aprender a viver sem dinheiro e sem trabalho efetivo. Refleti e sobre isso vos escrevo. Um caso é o do senhor anónimo da foto, em São Paulo. Faz anos que anda com esse cartaz ao peito pedindo dinheiro na rua. Diz que está desempregado há sete anos mas de ano para ano o número parece não mudar… A verdade é que os trocos lá caem e ele continua, nesse seu (des)emprego. Por cá fazem de tudo para ganhar a vida, não se preocupam se andam sujos, descalços, de fato e gravata. As autoridades fazem “vista grossa”. Nesta parte do Brasil só fica desempregado quem quer!

Vendo duas Licenças de táxis em Joane 917514596 Porfírio Carvalho



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