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RONFE
Joaquim Andrade,
miniaturas é com ele! p. 09
Nº 166 • ANO XIV • JANEIRO 2013 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE
JOANE | EM FOCO p. 03
DESPORTO | p. 13
Joanense Nuno Sousa foi campeão mundial de aves na Bélgica RL MAGAZINE | p.10 e 11
Ana Azevedo é a terceira melhor do mundo em futsal ECONOMIA | p. 07
Única empresa PME Excelência da região é de Joane ENTREVISTA | p. 14 e 15
“Autarcas devem cumprir os mandatos até ao fim” André Coelho Lima, candidato do PSD-PP à Câmara de Guimarães CARNAVAL | p. 19
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Desfiles, bailes, máscaras e música
Família acusa hospital de negligência Idosa morreu no Hospital de Famalicão ao fim de quase duas horas de espera para ser atendida, nas Urgências.
POUSADA | p. 12 Diego sofre de paralisia e precisa de uma cadeira de rodas
RONFE | p. 08 Lar está pronto mas abertura depende da Segurança Social
JOANE | p. 06 Espaço Mutante já está em cena na antiga escola primária
OPINIÃO | p. 18 “Nós, os gatos”, a estreia de João Moura no RL
MOSQUITO | p. 16 “Ai aguenta, aguenta!”
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REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2013 • 3
JOANE | RECONDUÇÃO NA FRATERNIDADE José Lima foi reconduzido no cargo de presidente da Fraternidade Nun’ Álvares de Joane, no domingo, três de Janeiro. Bento Fernandes, Joaquim Baptista , José Rafael, Emília Costa e Vítor Machado completam a equipa directiva .
EM FOCO JOANE
Família acusa hospital de negligência na morte de idosa Octogenária terá estado quase duas horas nas urgências à espera de ser atendida, acabando por falecer Luís Pereira
U
ma família de Joane acusa a administração do Hospital de Famalicão de negligência na morte de Rosa Sousa ocorrida a quatro de Janeiro. A joanense terá falecido nos braços de uma familiar antes de ser atendida e, segundo a família, após uma hora e 45 minutos de espera. Com 80 anos, Rosa Sousa sofria de hipertensão e era cuidadosa com a sua saúde - nunca antes se tinha registado qualquer episódio de urgência. Na fatídica data, diz a filha Lucinda, “ela fez análises de rotina e as tensões estavam muito boas. Foi ao consultório particular do médico de família para fazer uns exames e no regresso sentiu-se mal. Dei-lhe chá, pensando que seria má disposição, mas ela começou a vomitar”. A família resolveu comunicar com o médico de família, cerca das 19:00 horas. Os níveis de diabetes com valores acima dos 300, alertaram o especialista que recomendou a ida às urgências. Por insistência da família, o médico escreveu um relatório, em carta fechada, que acompanhou a idosa na ida, de ambulância, ao hospital de Famalicão. “Ficámos mais descansados pensando que a carta garantiria celeridade quando lá chegássemos”, explica Conceição Afonso, outra das filhas. A família garante que Rosa Sousa deu entrada nas urgências pelas nove da noite. Depois da triagem, foi encaminhada com a pulseira amarela (uma hora de máximo de tempo de espera). A carta do médico, alega a família, permaneceu sempre ao lado da idosa, em cima da maca onde viria a falecer. “O primeiro problema foi ter sido mal avaliada na
triagem. Na recepção, a carta do médico foi aberta e lida pelo funcionário, que lhe atribuiu a pulseira, mas mais ninguém a voltou a abrir até à sua morte. Às 22:30 horas a minha mãe ainda não tinha sido atendida, estava gelada, com fome e vómitos contínuos. Insistimos várias vezes para que fosse apressado o atendimento, mas ninguém quis saber”, alegam. Fartos de esperar, os familiares ponderaram encaminhar a idosa para outro hospital. Mas já era tarde: Rosa Sousa piorava minuto a minuto enquanto a família desesperava. “Esteve ali quase duas horas com o envelope em cima da cama sem ser atendida. Não se via qualquer médico, reclamámos, mas ninguém nos prestava atenção”, conta Conceição. A família da idosa alega que em mais de hora e meia só viram um médico. “Ele abeirou-se da minha sogra, pôs-lhe a mão no pulso e disse-me que estaria para breve,
ROSA SOUSA Com 80 anos, Rosa Sousa sofria de hipertensão e era cuidadosa com a sua saúde. entrou no hospital de famalicão às 21:00 horas e faleceu quase duas horas depois. a família diz que a morte podia ter sido evitada e agora está a ponderar se recorre aos tribunais
virando costas”, descreve Idília, a nora. Rosa Sousa faleceu pouco depois. Idília gritou, surgiu um médico que tocou a uma campainha e depois surgiram enfermeiros e médicos. A idosa faleceu às 22:45 horas. Sete minutos depois de a levarem, comunicaram o óbito. “Uma enfermeira leu, depois, a carta do médico, à nossa frente. Com prepotência disse-nos que a carta não dizia nada de especial. Concluímos que os médicos e verdadeiros especialistas só leram a carta depois dela morta”, lamenta Conceição. A família fez o luto e voltou ao hospital para apresentar queixa mas ainda não decidiu se recorre ou não aos tribunais. “Foi notória a falta de meios e de médicos. A morte era evitável se tivesse havido uma assistência imediata, ou num espaço de tempo razoável, e ela não sofreria tanto. Duvido que alguma vez fizessem o mesmo com os familiares dos administradores”, desabafa Lucinda.
“Não queremos dinheiro, mas apenas que este tipo de desenlaces obrigue o hospital a ter melhores serviços e que as pessoas sejam tratadas com humanidade”, finaliza Conceição Afonso. O RL tentou obter esclarecimentos junto da administração do Centro Hospitalar do Médio Ave, enviando uma mensagem por correio eléctrónico. Na resposta, o presidente do Conselho de Administração, José Maria Dias, referiu: “No CHMA existe um Gabinete do Utente que trata processualmente todas as reclamações, que exigem um procedimento de averiguações e uma resposta ao reclamante. O email por vós enviado foi já direccionado para o Gabinete do Utente que o tratará conforme os normativos existentes”. Até à hora do fecho desta edição, o RL não recebeu nenhuma informação adicional sobre as dúvidas e queixas levantadas pela família de Rousa Sousa.
4 JANEIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL
Fórum
JOANE | XAVIER OLIVEIRA APRESENTA-SE X av i e r O l i v e i ra a p r e s e n t a p u b l i c a m e n t e a s u a c a n d i d a t u ra , p e l o P S D - P P, à J u n t a d e F r e g u e s i a d e J o a n e , n o p ró x i m o d i a 2 2 . A c a n d i d a t u ra s e rá a p r e s e n t a d a p u b l i c a m e n t e n u m a s e s s ã o n o C e n t ro C u l t u ra l d e Jo a n e , p e l a s 2 1 : 3 0 h o ra s , q u e d e v e rá co n t a r co m n o t áv e i s d o s p a r t i d o s d a co l i g a ç ã o .
DIAS DE ONTEM Câmara de Famalicão investe mais de um milhão de euros nas refeições escolares A Câmara Municipal de Famalicão vai investir mais de um milhão de euros com a alimentação escolar das crianças do ensino pré-primário e do 1.º ciclo do ensino básico no corrente ano lectivo. Para o presidente da Câmara, Armindo C o s t a , e s t e m o n t a n t e t e m u m p e s o b a s t a n t e s i g n i f i c a t i vo nas contas do município, mas representa “boa despesa corrente”, uma vez que visa garantir “uma alimentação equilibrada” e suprir “carências alimentares” das crianças. O bolo reparte-se desta forma: 479 mil euros para as escolas em que a Câmara tem gestão direta e 615 mil euros para os serviços geridos por entidades gestoras (associações de pais, juntas de freguesias e centros sociais). FONTE: Gabinete Imprensa da Câmara Municipal
Mais de dois milhões de pessoas passaram por Guimarães durante a Capital Europeia da Cultura Mais de dois milhões de pessoas passaram por Guimarães no ú l t i m o a no p o r c a u s a d a C a p i t a l E u ro p e i a d a C u l t u ra . A organização tinha apontado o objectivo de atrair 1,5 milhões de visitantes, mas os números apresentados esta semana mostram que a meta foi ultrapassada: mais de dois milhões de pessoas passaram por Guimarães no último ano, tendo feito duplicar os indicadores turísticos habituais. A CEC contribuiu também para uma alteração nos hábitos de consumo dos turistas tradicionais da cidade, aumentando o número de pernoitas e os gastos na economia local.
JOANE, 1976 D u ra n t e m u i t o t e m p o , e s t e f o i u m c e n á r i o f a m i l i a r e m Jo a n e : e m p r i meiro plano a igreja “ velha” e mais ao fundo a “nova”, com um taipal de madeira , provisório. O avanço da “nova” le vou àquilo que é sobejamente conhecido: a demolição da “ velha”, em 1978.
Uma questão de números
FONTE: Público
ReguiLa
Uma piscina em vermil? não, um buraco na estrada Em Ronfe, a Junta local está revoltada com o impasse na construção da piscina; ali ao lado, em Vermil, a população já tem uma piscina! É pequena, é certo, mas pelo menos está num local central. Agora a sério: um buraco destes em plena via é um perigo para os automobilistas. Não há uma entidade que providencie uns quilos de alcatrão para tapar este buraco?
2000000
500
dois milhões de pessoas passaram por Guimarães no último ano por causa da Capital Europeia d a C u l t u ra .
a l u n o s d a s e s co l a s B e r n a r d i n o Machado e Benjamim Salgado participaram no Corta Mato E s co l a r ( fo t o ) .
1000000
1000000
u m m i l h ã o d e e u ro s é o c u s t o d o novo Arquivo Municipal de Famalicão, que vai concentrar todos os documentos da história do Município actulmente dispersos e m vá r i o s e d i f í c i o s
A C â m a ra d e Fa m a l i c ã o va i investir um milhão de euros co m a a l i m e n t a ç ã o e s co l a r d a s crianças do ensino pré-primário e d o 1 . º c i c l o d o e n s i n o b á s i co n o co r r e n t e a n o l e c t i vo
REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2013 • 5
OPINIÃO | PáginaS 17, 18 Quintino Pinto: ”Questões de coerência” Dominique Machado: “Se Deus é brasileiro, é obra do Diabo”; João Moura : “Nós, os gatos”.
editorial JOAQUIM FORTE
Combater o descrédito O novo ano ainda há pouco começou e não falta já matéria devidamente habilitada para causar apreensão ao comum dos cidadãos. O glossário do novo ano não diverge muito daquele que usámos ou nos habituámos a ouvir e ver em 2012: crise, troika, défice, cortes, Estado Social, impostos, desemprego, crescimento zero, duodécimos... Mas há sinais que nos permitem perspectivar que do caos em que parecemos estar mergulhados pode surgir um novo movimento, um reforço de exigência, uma nova atitude dos cidadãos fartos de assistirem, quotidianamente, a um espectáculo de que sai desprestigiada a classe política, os partidos e a Democracia. A cada novo caso que surge relacionado com uso indevido (o mesmo é dizer “mafioso”) dos dinheiros públicos por parte de protagonistas políticos centrais e municipais, por parte de grandes gestores de grandes grupos económicos - cá como em Espanha, como em Itália... -, ao mesmo
JOAQUIM ANDRADE A nossa região é fértil em “artistas”. O R L tem dado a conhecer muitos deles: artesãos, cantores, mestres... Nesta e di ç ão , r e ve l am o s a a r t e d e Joa q ui m A n d ra d e , r e f o r m a d o t ê x t i l , “ f a z e d o r ” de miniaturas - como a que acaba de fazer da igreja de Ronfe, em madeira .
LOCAL
AUTÁRQUIC AS 2013 de entrevistas edição um conjunto O RL começa nesta 3, em Outubro. s Autárquicas de 201 em torno das Eleiçõe atos às câmaras s principais candid Começamos com o uamos com os Fa m a l i c ã o e co n t i n de Guimarães e de uesias. candidatos nas freg
ENTREVISTA
G
uimarães foi Capital Europeia da Cultu ra em 2012 e é, idade presentemente, C orto. Europeia do Desp face a isto, fácil, Vai ser araconvencer os vim nenses de que o concelho é mal gerido? ça dos Merecer a confian provimaranens es para um jecto de futuro não implica ja mal que o concelho se ão do gerido. A governaç lhães Dr. António Maga e mas foi marcante e fort a os r o g a e , m i f o a chega que se vimaranenses têm ual o questionar sobre q para projecto que querem o seu futuro e esse projecto visto, não é, nem pode ser gestão como um prémio à autárquica do passado. es foi António Magalhã e? um bom president fazer Ainda é cedo para lhe para o epílogo. Aproveitou mais fazer obras, umas consensuai s do que outras. uitas O PSD opôs-se a m iabiv delas mas também . Teve lizou muitas outras um período de governação forte e marcante. Que críticas faz? Um investimen to demasia e do centrado no edificado upado muito pouco preoc invescom as pessoas. O o centimento é demasiad muito tralizado na cidade e frepelas pouco distribuído sência guesias. Há total au de capacidade do Município de no domínio da captação do investimen to, promoção ento emprego e desenvolvim económico. ança g a r B s o g n i m o D nova pode trazer uma or p e r a s n e p e forma d jectar o concelho? dificuldaVejo com alguma com o de que possa romper
“António Magalhães teve uma governação forte e marcante”
do PSD-PP André Coelho Lima, candidato à Câmara Municipal de Guimarães
continuar Luís Pereira sta- A cidade deve fazer o parque de e aioria dos rias a merecer a m aprocionamento. Por vá mas o resto fundament o. O PSD d a d e investimen tos os, razões: competitivi pode ser vou todos os instrument i c o e do concelho não as no do comércio histór mo e equipamentos e obr votado ao ostracis “É completamente disracionalida de económica âmbito da CEC. O PSD a abandono. É uma absoluta teD S P privado o o e u q pontos, o s l pusessem a f alguns (se cordou em obra prioridade a requalifica r o PCP explorar, pagariam a ros cívicos nha começado po assim como o PP e hões ção dos cent e poupavam 25 mil discordaram de outros. estar contra a Capital das vilas. de euros). Que pontos discordan O PSD criticou a agre opeia da Cultura r u E uma são no Estas eleições tes foram esses? i c a gação de freguesias Guimarãe s 2012” tinha oportunidade ún é que que O A nossa preocupaçã o concelho. o r a para o PSD chega que ver com a sustentabi contestam : o processo tos. poder? o PSD “ Te n h o d ú v i d a s q u e lidade dos equipamen - em si, no qual ento Em tese sim, mas depen Não houve planeam Governo têm res os cidadãos ganhem tos factores. e o 012. i 2 u e m d e s d a i o e u p d o e , d a s o e m d a a r co pa a l g u m a co i s a ( s al- ponsabilid vo da Não coloco cenário ptada em O segundo objecti stou solução ado agregação de fregue eixar ternativos porque e CEC passava por d c i d o Guimarãe s? sias)” firmemente conven e não conbases aos agentes culturais pre - As duas coisas, epois PSD que serei o próximo vimaranenes para d cordo em nada que o quem sidente da Câmara. scina de Ronfe de 2012, que é como i p responsabilidades A a “ h n e t a m u a j a s euro Teme que h egodiz, 115 milhões de (o PS assinou e n foi uma mera promess culPSD penalizaçã o do PSD-PP depois. Os agente ciou o memorando , o s a e l e i t o ra l q u e o P S hores do nas autárquic as como turais têm hoje mel do cumpriu-o) . Discordo e s dução fez e que depois não çõ reflexo do desgaste condições para pro processo, as popula ! Isso PSD-PP do Governo? entantes cumpriu” artística e cultural? de e o s s e u s r e p r e s Não perco um segundo uvidos. A ficou aquém do esperado. não d e v i a m s e r o passado. ue as sono com aquilo que e Guimarães É irreal pensar-se q icado “Pode acontecer que o nem da proposta d m i m O PSD está pacif a m i r e i d s e a d v i n t e a i p r e c s da d s a t a indústri foi feita nas cos intername nte? candidato (às uniões ecouvir minha vontade de mudar. reconverter o tecido pacipopulação e sem o l u s e r custou s a i fez s e Nunca terá estado tão S e . u o g h e l r governo e f o c de zeiO que nómico do con se ninguém. Disponibili , ficado como está. O projecto ões é mas tinha de ser feito, residente t a n t e s d a a g re g a ç ã o lançar estas quest por e os me junto do p autárquico foi aprovado C, eu , de as pessoas virem qu ser-se contra a CE como Airão S. João pena do PS e do presidente o s unanimidad e. sacrifícios valeram a azerm vou ali e já venho! ser do C â m a r a p a r a f Airão Santa Maria e O PSD começou por e distinguire m o trigo artiDo lado do positivo… Eurouma reforma desp crítico da Capital Vermil) seja indicado foi a tive joio, as coisas até podem A CEC de Guimarães vindo darizada, mas não peia da Cultura, .O pelo CDS” funcionar a nosso favor. melhor CEC portuguesa nenhuma. a sua d e pois a suav iz ar d a c o m u m i n - resposta nternar i o o c t n n o e um C m i c e ndo h n o c o e t r n ve c o n - Não apresenta posição. Foi um e bem vestimento mais ativo, o cional correu muito ima“A criação do ensino em m a p a a l t e r n o cidade positivo para Gu m s na i r u t o d o ou v c centrado i t o c l e o j c e o ob secundári o em Ronfe fre- PSD não se rães? atindetrimento das mofoi razoavelmente que numa posição có É completam ente falso seria um factor de , sem guesias? gido. A cidade ficou por que da? o PSD tenha começado ta. A f ixação da populaçã o Temos uma cidade de m modelo dúvida, mais boni posmas A p r e s e n t a r u estar contra a CEC. Não ral é stão todos nos orgulhamos q u e e s t á a f u g i r p a ra reabilitação do Tou remos seria inquinar a que so permitir que ent a mas dois terços da população ” timos para a uma obra lindíssim r a p s Famalicão ó lançados, n s” e dela. em “soundbite ão se do concelho vive fora é impensável que n Mana altura, por António para tenha aproveitado mo de galhães, sem o míni
FRASES
tempo que os “poderes representativos”, escudados em “maiorias legitimadas pelo voto”, impõem sacrifícios aos cidadãos - a cada caso desses, de que se desprende uma opaca nebulosidade, é o descrédito que se instala, é a Democracia, entendida como “o pior de todos os sistemas com excepção de todos os outros”, que está em causa, que definha, abrindo caminho a homens providenciais ou oligarquias de salão para quem os garantismos de um Estado de Direito Democrático são uma maçada! O novo ano já tem ar de velho mas mesmo assim atrevemo-nos a desejar que assim seja, que os partidos saibam perceber que alguma coisa tem que mudar, de facto e não apenas no campo teórico das boas intenções; que a relação com os cidadãos deve pautar-se, acima de tudo, pela confiança, não apresentando um discurso quando se está na oposição e praticando o seu contrário uma vez no Governo. E que os cidadãos se mobilizem, activamente, em partidos ou movimentos cívicos, em
protagonistas ANDRÉ COELHO LIMA É o rosto da nova geração do PSD de Guimarães e candidato já conf irmado à Câmara local, em aliança com o CDSPP. Na primeira de várias entre vistas que o RL publica até Outubro, em torno das Eleições Autárquicas, Coelho L ima assume a sua postura crítica em relação ao PS e à Câmara vimaranense, mas reconhece que a governação do actual presidente do município, António Magalhães, é forte e marcante. Em tom crítico, diz que Ronfe não tem s i d o t r a t a d a co m o m e r e c e , d a n d o o exemplo do processos em torno da co n s t r u ç ã o d a s p i s c i n a s e d o C e n t ro Escolar.
14 JANEIRO DE 2013 • REPÓRTER
PAG. 14, 15 | ENTREVISTA As críticas, os elogios, as propostas do candidato do PSD-PP à Câmara Municipal de Guimarães, André Coelho Lima.
defesa das bases fundamentais que estiveram na génese do Poder Constituinte do País. Este é um ano de Eleições Autárquicas. Há uma nova realidade territorial e administrativa, que implicou a eliminação de muitas freguesias e a agregação de outras, com os protagonistas político-partidários preocupados em não surgirem aos olhos dos seus fregueses como responsáveis pelas mexidas que outros, dos mesmos “clubes”, trataram de aprovar e impor nos gabinetes da capital. E por ser ano de eleições locais, o RL começa nesta edição um conjunto de entrevistas a candidatos, partindo do patamar Municipal para o das Freguesias. Esta edição chega às mãos dos leitores com um ligeiro atraso. Pelo facto, apresentamos as nossas desculpas.
o que se diz JOAQUIM PINTO O administrador da empresa JOAPS tem razões para estar satisfeito. Numa conjuntura de crise e num sector tradicional como é o têxtil, apresenta um volume de negócios superior a cinco milhões de euros, em 2012, e perspectiva a mesma tendência neste ano. Algumas - mas não as únicas - razões que justificam a i n c l u s ã o d a J OA P S n a l i s t a d a s empresas PME Excelência . A única da região que consta desta selecção. O discurso do empresário surpreende: quando considera baixos os salários no têxtil e quando acusa a impunidade de que parecem gozar empresários que fecham empresas e não pagam aos trabalhadores.
Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail geral@reporterlocal.com Membros detentores de mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira
“SE OS SEM-ABRIGO AGUENTAM PORQUE É QUE nós não aguentamos?” Fernando Ulrich, presidente do BPI “Ana Azevedo, do FC Vermoim, foi eleita a terceira melhor jogadora do mundo de futsal”
“Governo quer juízes a poupar nos transportes e nas impressões”
Cidade Hoje
“A Universidade de Dusseldorf, no oeste da Alemanha, decidiu retirar o título de doutora à ministra alemã da Educação, Annette Schavan, acusada de ter plagiado a sua tese de doutoramento”
Capital Europeia da Cultura atraiu dois milhões de visitantes a Guimarães” Público
Público
Diário de Notícias
“Câmara Municipal de Guimarães vai abandonar o Quadrilátero Urbano (que integra também as câmaras de Famalicão, Braga e Barcelos) em protesto contra a forma “promíscua e nada inocente” como foram publicadas notícias sobre aquela entidade”
“O ‘ministro’ do Vaticano para a Família encorajou o reconhecimento dos direitos de casais não casados, incluindo de casais homossexuais” Diário de Notícias
Guimarães Digital
“Guimarães vai ter uma prova do Campeonato de Portugal de Ralis
“Governo avança em 2014 com linha TGV entre Lisboa e Madrid” Jornal de Notícias
Guimarães Digital
Director Joaquim Forte Redacção Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) Paginação Filipa Maia | Colaboradores Luís Santos; Sérgio Cortinhas; João Moura; Quintino Pinto | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514
6 JANEIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL
LOCALIDADES
JOANE | HOMICÍDIO DE SEPTUAGENÁRIA NÃO FOI PREMEDITADO O h o m i c í d i o d e O d e t e C a s t ro , d e 7 3 a n o s , e m A b r i l d o a n o p a s s a d o , e m J o a n e , n ã o f o i p l a n e a d o . O s o b r i n h o , A r m i n d o C a s t ro , e s t á e m p r i s ã o p r e v e n t i va e r e s p o n d e rá por homicídio simples. O Ministério Público refere que o estudante, de Fafe, agiu na sequência de uma discussão em torno de heranças, “desferiu um empurrão na sua tia , fazendo com que esta caísse; depois, pegou numa almofada e asf ixiou-a”.
JOANE • cultura
Espaço Mutante já está em cena Luís Pereira
O
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novo Espaço Mutante do Teatro Didascália de Joane já está em actividade. Tratase de uma plataforma que pretende promover talentos e projectos artísticos locais. Oficinas de expressão dramática (para crianças e jovens); uma “Funky Root” (dança de Popping, variante de hip-hop) e uma oficina de corpo e movimento, são algumas das actividades de arranque. Na inauguração do espaço, o vice-presidente da Câmara de Famalicão,. Paulo Cunha, realçou a decisão do Município em ceder as escolas às associações, resolvendo, à uma “”o problema das associações sem espaços condignos” e “o problema da ocupação das antigas
escolas”. Paulo Cunha considera que o Espaço Mutante terá o seu espaço na cena cultural, sem que isso represente “concorrência” para outros que já existem. Sá Machado, presidente de Junta de Joane, mostrou-se “duplamente satisfeito” com o “projecto cultural arrojado”, considerando que vai reforçar uma área “em que Joane está manca”. Ao mesmo tempo, vincou o autarca, é uma homenagem a Faria Martins, actor que iniciou a ideia, pai dos actores responsáveis pelo projecto. O Espaço Mutante aceita propostas e sugestões artísticas de quem quiser contribuír, através do endereço electrónico mutante@teatrodidascália.com. O jornal RL é parceiro desta iniciativa.
REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2013 • 7
JOANE | PARLAMENTO JOVEM NA SECUNDÁRIA A crise e o emprego jovem foram os temas principais d o Pa r l a m e n t o Jove m d o A g r u p a m e n t o d e E s co l a s Padre Benjamim Salgado, de Joane, que contou com Hugo Soares, deputado à Assembleia da República e líder da JSD nacional.
LOCALIDADES
À MARGEM DA INAUGURAÇÃO
“Não votei a favor do Orçamento Municipal”
“Entregar escolas foi um investimento”
Sá Machado, presidente da Junta de Freguesia de Joane, garante não ter votado favoravelmente o orçamento municipal, contrariando a informação avançada pelo gabinete de comunicação da Câmara de Famalicão. Segundo a Câmara, todos os presidentes de Junta do concelho terão votado a favor do orçamento camarário na sessão de Dezembro da Assembleia Municipal. Sá Machado nega.“Há um engano que tem de ser desfeito. Eu abstive-me no orçamento municipal. Não votei contra mas é falso que tenha votado a favor. Fiquei surpreendido quando vi esse engano em alguns jornais”, disse ao RL. Contactado pelo RL, o gabinete de imprensa do Município mantém a afirmação. “Junto dos serviços da AM comprova-se que, na votação global do documento, não há registo de abstenções”.
Paulo Cunha, vice-presidente da Câmara Municipal de Famalicão, considera que projectos como o Espaço Mutante, de Joane, são positivos porque não implicam investimentos de raíz por parte do poder local. “Ao entregarmos as escolas às associações, estamos a fazer um investimento na vila, ao contrário de outros municípios que optaram pela venda”. Paulo Cunha aproveitou para anunciar que está para breve (“alguns meses”) a deslocalização do Pólo da Biblioteca Municipal de Joane (actualmente nas instalações da ATC) para as piscinas, o que que vai permitir “melhores condições para aumentar a frequência daquele espaço por parte dos leitores”.
joane • economia
PME Excelência para a JOAPS Empresa tem 27 trabalhadores e em 2012 facturou mais de cinco milhões de euros Luís Pereira
A
Joaps é a única empresa da região a figurar na lis ta das PME de excelência, divulgada no início deste ano. A empresa de malhas de Joane, com 27 trabalhadores, facturou mais de cinco milhões de euros em 2012, e Joaquim Pinto, administrador, prevê cenário semelhante em 2013, no que este empresário entende como “sinal de que a empresa tem sido gerida de forma séria”. No mercado desde 1996, a Joaps nasceu da aquisição da tecelagem da Sonicarla e antes de se fixar em Joane esteve em Vermoim. A confiança, diz Joaquim Pinto, está na base do sucesso. “Sou avesso a que os empresários digam que trabalham muito, a maioria não trabalha muito porque quem dirige, não executa. Nas PME´s ainda há empresários que não confiam nos seus trabalhadores, essa é uma visão retrógrada”, comenta Joaquim Pinto. Sobre o futuro do sector, Joaquim Pinto mostra-se céptico e vaticina pouco tempo de vida para o têxtil “tal como ele está”. Não acabará no país, adianta, mas passará por uma transformação em que a criatividade terá papel fundamental, sendo a produção entregue a outros países. Apesar disso, Joaquim Pinto considera que a descida de ordenados aumenta as expectativas do sector. “Havendo uma diminuição do nível de vida do país, as indústrias pobres florescem”, argumenta.
JOANE
Alunos e professores debateram problema dos resíduos
Os formandos e professores d o C u r s o E F A d e Té c n i c o d e Instalações Elétricas do Agrup a m e n t o d e E s c o l a s Pa d r e B e n jamim Salgado, promoveram, no passado dia 30 de Janeiro, a segunda palestra “Resíduos sólidos e urbanos - tratamento e valorização”. Sofia Oliveira , da empresa Resinorte, alertou para a problemática dos resíduos sólidos urbanos e para a necessidade de se reduzir e reutilizar os resíduos. No final, foi distribuído material de divulgação pelos participantes, um miniecoponto e um mini-pilhão.
POUSADA
Nos 32 anos da ARPO, houve festa e olhos postos no futuro
TRÊS PERGUNTAS
“Ninguém vai preso por não pagar” Qual o caminho para o país sair da crise? A troika deveria cá estar por muitos mais anos. O erro que está a cometer é só tratar do problema económico, que tem estado sempre acima do sistema político. O país precisa de reformas políticas a montante das económicas, receio estarmos a construir a casa pelo telhado. S e n ã o s e i n v e r t e r, a t r o i k a v o l t a daqui a meia dúzia de anos. Te v e m u i t o s t r a b a l h a d o r e s a recusar receber em duodécimos? To d o s r e c u s a r a m . É - m e i g u a l . A
empresa goza de uma situação económica e financeira muito boa. Pe n s a d e s p e d i r ? N ã o . S e a l g u m d i a f e c h a r, a empresa tem que estar precavida para não ficar a dever um tostão. É uma barbaridade que os empresários não façam isso, despedindo sem pagar ou atrasando salários. Não faz sentido a impunidade dos abusos de muitos empresários. Ninguém v a i p r e s o p o r n ã o p a g a r, n ã o há responsabilidades. Ninguém investe num país onde nada a c o n t e c e a q u e m f i c a a d e v e r.
A A s s o c i a ç ã o R e c r e a t i v a Po u s a dense (ARPO) assinalou, no dia 26 de Janeiro, no polivalente do Centro Social da freguesia , o seu 32.º aniversário com um festival de reis. A festa contou com actuações dos alunos do quarto ano da escola de Matinhos e dos diversos grupos paroquiais e r e l i g i o s o s . O s “A m i g o s d a s Concertinas” de Airão Santa Maria e o Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Joane abrilhantaram a festa . Alberto Couto, presidente da ARPO, anunciou para breve o arranque das obras no polidesportivo, e Leonel Rocha , da C â m a r a d e Fa m a l i c ã o , e l o g i o u a ideia de juntar os movimentos da freguesia na festa.
8 JANEIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL
JOANE | RANCHO INFANTIL COM NOVA SEDE O Grupo Infantil e Juvenil de Danças e Cantares de Joane inaugurou a sua nova sede no passado dia 19 de Janeiro, no âmbito dos festejos dos seus 33 anos, na antiga escola primária de Giestais. Na inauguração estiveram o presidente da Junta , Sá Machado e o vereador da Câmara d e Fa m a l i c ã o L e o n e l R o c h a .
Ronfe • equipamento
Centro Social Paroquial é inaugurado em Abril
Entrada em funcionamento dependente de protocolos com a Segraunça Social
Luís Pereira
O
Centro Social de Ronfe será inaugurado no próximo mês de Abril, mas a entrada em funcionamento está dependente da aprovação de protocolos com a Segurança Social. O equipamento ficou concluído no final de Janeiro, seguindo-se,
segundo João Silva, “dois meses para tratar do licenciamento” e, por fim, a marcação da data de inauguração. “A grande dificuldade tem a ver com a Segurança Social, da qual depende a atribuição dos protocolos”, referiu, ao RL, o pároco. Sem a definição dos aspectos de financiamento, a paróquia diz que “não pode dar cer-
tezas” quanto à data de abertura, em particular às pessoas que já se encontram em “lista de espera” para o lar. Sem esses protocolos, reitera o sacerdote, “é difícil colocar o Centro a funcionar. Estamos dependentes da resposta do Estado para podermos informar quantos lugares existem e fazer a avaliação de cada candidato para
RONFE
Caminhada solidária: fraca adesão mas resultado positivo A caminhada solidária do passado dia 26, para ajudar o novo lar da paróquia , rendeu dois mil euros. A iniciativa “Caminhar vai ajudar”, promovida pela Junta d e F r e g u e s i a e C a s a d o Povo , pretendeu contribuir para o f inanciamento da obra da Pa róquia que deve ser inaugurada em Abril (ver notícia ao lado). A população não aderiu em massa mas a organização não se queixa, até porque foram vendidas “muitas t-shirts” (três euros cada). “Muita gente não caminhou mas ajudou através da compra das tshirts”, justificou António Sousa, presidente da Junta . A verba resultante da iniciativa “é simbólica” face ao montante total do investimento do Centro Social. “É um dever da Junta apoiar as causas locais. O lar é uma obra emblemática que vai m a r c a r g e ra ç õ e s e q u e p r e c i s a d e apoio financeiro”, disse Sousa .
apurar o valor que poderão pagar. Sem esses protocolos, terão de pagar muito”. O Centro representa um investimento de 2,8 milhões de euros. Mais de metade a cargo da paróquia. “As pessoas continuam a dar bastante. Temos a situação controlada, o pior será depois, para pagar a dívida”, refere João Silva. PUBLICIDADE
LOCALIDADES
REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2013 • 9
FAMALICÃO | Olímpiadas da floresta O Parque da Devesa, em Famalicão, recebe no próximo dia 13 de Março a prova nacional “Olimpíadas da Floresta”. A prova insere-se no Projeto de Sensibilização e Educação Florestal da População Escolar.
Ronfe Uma igreja
em miniatura
Joaquim Andrade demorou um ano e gastou 400 euros para recriar a igreja em madeira
J
oaquim Andrade ocupou todo o ano de 2011 a reproduzir fielmente, em miniatura, a igreja paroquial de Ronfe em madeira. O desafio partiu do filho deste artesão, reformado t ê x t i l d e 5 9 a n o s . “A i g r e j a é a referência que mais identifica a freguesia e por isso escolhi-a”, conta o ronfense. O artesão perdeu a conta às vezes que passou pelo templo para tirar medidas e pormenores. “Medi-a em todo o comprimento, com a ajuda do meu filho, para tirar a escala . A altura era impossível medir rigorosamente, por isso medi uma pedra , multiplicando a medida pelo número de pedras que tem a igreja até ao topo”, relata o artista. Nada foi deixado ao acaso. O pára-raios, a imagem de S. Tiago e até os suportes dos sinos, foram reproduzidos em madeira. “Ia muitas vezes ao local tirar fotografias para dissipar dúvidas e porque havia pormenores que tinha de fotografar para reproduzir de forma fiel, como a inscrição junto à porta”,
informa Joaquim Andrade. A brincadeira entreteve o ronfense durante um ano e ficou-lhe por 400 euros. “ Tive alguma dificuldade em arranjar o material para os vitrais. Não seria honesto se dissesse que não me sinto orgulhoso pelo que fiz”, confessa Andrade, salientando que tem as portas de sua casa abertas para mostrar a o b r a a o s i n t e r e s s a d o s . “J á expus os meus trabalhos em Joane e Brito, lamento não o ter feito ainda em Ronfe”, refere. Quanto à mais recente obra, Joaquim Andrade afasta qualquer possibilidade de vender a miniatura da igreja . Antes desta o b r a , o a r t e s ã o “c o n s t r u i u ” uma miniatura da sua casa (uma escala de 90 por 60 c e n t í m e t r o s ) . “ Te m t u d o a o m a i s f i e l p o r m e n o r, até uns cortinados, feitos p e l a m i n h a m u l h e r, e m c r o c h é . Te m à v o l t a d e quatro mil componentes; só cada janela leva 18 peças”, explica. Os trabalhos em madeira surgiram na vida de Joaquim Andrade há cerca de s e i s a n o s . “ To m e i - l h e o gosto e a partir daí lanceime a restaurar os utensílios
A “brincadeira” dA miniatura entreteve joaquim andrade durante um ano e ficou-lhe por 400 euros
agrícolas que tenho pelo jardim - semeadores, arados, sachadores, engaços, cilindros, carro de bois, m á q u i n a d e s u l f a t a r. N o f i m l e m b r e i - m e d e o s c o p i a r, um por um, em miniaturas de madeira . Quando estavam esgotados todos os utensílios, recriei a minha
casa”, recorda . O espólio de trabalhos em madeira inclui miniaturas das capelas de S. Miguel e de Santo António (mandada construir em Ronfe pelo sacerdote joanense A n t ó n i o To r r i n h a ) . O a r t e são prepara-se para recriar a Capela do Barreiro. PUBLICIDADE
Luís Pereira
10 JANEIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL
BASQUETEBOL | RAPAZES DA ATC VICE-CAMPEÕES A equipa masculina de sub-16 da Academia de Basquetebol da Associação Teatro Construção, de Joane, sagrou-se vice-campeã d i s t r i t a l , g a r a n t i n d o o a c e s s o a o To r n e i o I n t e r - A s s o c i a ç õ e s . A equipa júnior terminou o campeonato distrital em terceir o l u g a r, d e p o i s d e v e n c e r o V i t ó r i a d e G u i m a r ã e s ( 6 0 - 4 9 ) , ficando apurada para o mesmo torneio.
Luís Pereira
A
Os nossos campeões Na bola, no atletismo, no judo: eles levam o nome da região bem longe, dentro e fora de Portugal refere a jogadora, veio “acrescentar mais fama”, mas não trouxe nenhum “convite que não pudesse recusar”. “Estou num bom momento da minha carreira e espero que o pico dela aconteça quando a selecção nacional for campeã do mundo, de preferência já em 2014. Este ano, já houve outra portuguesa entre as dez melhores e tenho certeza que outras mereciam estar. É um reconhecimento internacional do futsal feminino nacional”. MELISSA ANTUNES De facto, além de Ana Azevedo, este ano a es-
colha das 10 melhores do mundo contemplou outra jogadora portuguesa: Melissa Antunes (na foto pequena), da Rede Jovem de Mogege. “Se, de alguma forma, esta nomeação tem inspirado outras raparigas para apostarem no futsal feminino, já valeu a pena ser nomeada”, disse ao RL. Melissa Antunes é natural de Braga e foi através do treinador Bruno Azevedo que chegou à Rede Jovem. Antes jogou em Gualtar e no Maria da Fonte. Este ano foi eleita a oitava melhor jogadora do mundo da modalidade. “Fiquei muito orgulhosa
pelo meu clube e pela selecção”, disse ao RL. Melissa garante que irá continuar a representar o clube de Mogege, apesar do aumento dos convites, alguns do estrangeiro, verificado após a nomeação. “Os meus objectivos passam por ficar em Mogege, mas não fecho completamente a porta. A nomeação trouxe-me alguma projecção nacional e internacional mas outras companheiras de selecção também mereciam estar entre as 10”, sublinha Melissa, que espera festejar, em 2014, o título mundial com a selecção nacional.
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na Azevedo, jogadora de futsal do Futebol Club de Vermoim, foi considerada, pelo segundo ano consecutivo, a terceira melhor do mundo na modalidade. Mas nem por isso a jogadora, natural de Castelões, pensa em deixar o clube que representa há um ano. A distinção é feita pelo site “Futsal Planet”, de acordo com escolhas de treinadores, seleccionadores e jornalistas internacionais. Pelo segundo ano consecutivo, a melhor do mundo foi a brasileira Vanessa. “O Vermoim é e será a minha equipa em Portugal. Só mudarei se for para o estrangeiro e quando aparecer uma proposta irrecusável”, assegura a jogadora ao RL. Ana Azevedo tem tido notoriedade nacional, tem sido chamada com regularidade à selecção e brilhou no último mundial, contribuindo para que Portugal chegasse à final, que perdeu para o Brasil (a jogadora foi escolhida para o cinco ideal da competição). A renomeação para as 10 melhores do mundo não causou “a mesma admiração do ano passado”, e Ana Azevedo considera que Vanessa foi uma justa vencedora. O prémio não é reconhecido oficialmente pela FIFA mas é o único que faz a avaliação anual destas atletas. A distinção,
REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2013 • 11
CAMPEÕES | ANDRÉ SILVA (EARO)
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André Silva, atleta da Escola de Atletismo Rosa Oliveira, de Joane, sagrou-se campeão regional nos 3.000 metros em pista coberta . O atleta soma ainda o título de terceiro melhor da zona norte, com um t e m p o d e 8 , 5 3 : 5 8 m i n u t o s . Ta m b é m e m p i s t a c o b e r t a ,
ESCOLA ROSA OLIVEIRA | QUATRO VICE-CAMPEÕES A Escola de Atletismo Rosa Oliveira , de Joane, tem quatro atletas vice-campeões regionais de Corta Mato Curto. Com 45 atletas em prova, a equipa joanense foi a mais representada no último Campeonato Regional de Corta-Mato Curto. Obteve o segundo lugar no escalão juvenil feminino (Sílvia Oliveira); juniores f e m i n i n o s ( J é s s i c a Po n t e s ) ; e m s u b - 2 3 ( A n d r é S i l v a ) e Ve t e r a n o s f e m i n i n o s (Rosa Oliveira). Ao nível colectivo, foi campeã regional em juniores masculinos, juvenis femininos e em veteranos masculinos e femininos.
CLÁUDIA PEREIRA | CAMPEÃ REGIONAL DE CROSS Cláudia Pereira é campeã regional de Cross Curto (veteranas). O título, alcançado no início do ano em Vieira do Minho, foi o primeiro da atleta ao serviço d a A s s o c i a ç ã o M o i n h o d e Ve r m o i m , d e p o i s d e t e r deixado o Braga, em Outubro. A atleta foi ainda segunda na classificação geral individual.
CASA DO POVO DE RONFE | CAMPEÃO DE JUDO O campeão e o vice-campeão de judo (escalão juniores) da zona norte são de Ronfe. José Dias (ao centro, na foto) venceu Paulo Lopes, colega de equipa da Casa do Povo (o medalhado ao lado, na foto), sagrando-se campeão zonal da modalidade (-81 quilos). O título foi disputado em Oliveira de Azeméis, garantindo a José Dias a presença no campeonato nacional de juniores.
SECUNDÁRIA DE JOANE | IDEIAS EMPREENDEDORAS S a r a G o m e s , f i n a l i s t a d o C u r s o P r o f i s s i o n a l d e Té c n i c o de Multimédia da secundária de Joane, foi terceira no concurso “O meu projecto é empreendedor” da Rede M u n i c i p a l “ Fa m a l i c ã o E m p r e e n d e ” . A i d e i a d e S a ra Gomes foi a terceira melhor a concurso, de um total de 24, e recebeu 100 euros de prémio. João Alves, do mesmo curso, conquistou uma menção honrosa .
12 JANEIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL
AIRÃO SANTA MARIA | CRISTIANA JÁ TEM UMA CADEIRA NOVA Em Maio de 2011, o RL deu a conhecer o talento de Cristiana Marques, de Airão Santa Maria, no Boccia. Em Janeiro de 2012, a jovem com paralisia cerebral voltou ao jornal por causa da campanha de tampinhas para comprar uma cadeira de rodas moderna. O objectivo foi alcançado e desde Dezembro que Cristiana sai de cadeira nova para todo o lado. “Desde que a campanha saiu no RL , gerou-se uma cadeia solidária. Estou-vos muito grata”, diz hoje Cristiana Marques.
Vamos ajudar Diego a ter uma cadeira nova!
Diego Iglésias, de Pousada de Saramagos, tem passado os seus 22 anos numa cama adaptada, em casa dos pais. As raras e penosas saídas têm quase sempre como único destino o hospital. O jovem sofre de paralisia cerebral e as profundas deformações do seu pequeno e frágil corpo impedem-no de fazer as coisas simples do comum dos mortais. Dormir de barriga ao alto ou simplesmente sentarse mais de cinco minutos na cadeira de rodas, são tarefas árduas. A luta dos pais para dar a dignidade de vida e conforto a Diego tem passado, desde há um ano, pelas campanhas das tampinhas. Diego poderá dar mais passeios de carro e sair mais vezes da cama se tiver uma cadeira de rodas especial. Está a 10 toneladas de tampinhas de o conseguir, e isso está ao alcance do contributo de cada um. “Trabalho 12 horas por dia e ocupo as manhãs na recolha das tampas. Nunca pedi dinheiro a ninguém, quero apenas que me entreguem tampas, cartão e papel para chegar ao fim e poder dizer que consegui com o meu esforço e luta”, apela Paulo Dinis, o incansável pai adoptivo de Diego (“é como se fosse meu filho”, garante). Diego nasceu de parto normal e no primeiro ano de vida tudo apontava para a continuação dessa normalidade. Das primeiras dificuldades de movimentação até ser diagnosticada a doença, foi um passo. “É um bebé autêntico. Até aos 17 anos esteve num colégio especial, depois optámos por trazê-lo para casa”, relata a mãe, Ana Maria,
que há cinco anos ficou sem emprego por causa do filho. A pensão de 200 euros de Diego é uma migalha para os custos das fraldas e medicamentos. Dispor de 8.500 euros para comprar a cadeira é impensável para o casal. “Ele precisa de uma cadeira com assento moldado ao seu corpo, porque tem uma grande deformação na coluna. A cadeira que tem é usada quase só para comer porque ele não consegue estar mais de cinco minutos nela. Passa o dia na cama. A cadeira especial mudaria tudo no que toca ao conforto do Diego”, assegura Paulo Dinis. Há um ano que os pais de Diego correm mundo para arranjar tampinhas. Até hoje conseguiram cinco das quinze toneladas necessárias para a cadeira. “Como o Diego nunca sai de casa, as pessoas não o reconhecem nas fotos como sendo de cá e não o associam como sendo nosso filho, e isso tem dificultado”, afirma Paulo. O casal quer conseguir, o mais rápido possível, as tampas que darão o conforto ao jovem. Trabalham nisso, incansavelmente, todos os dias. Em casa já não há espaço. “Precisava de um terreno onde me deixassem colocar um contentor para recolher todo o cartão”, apela Paulo. Se pretender ajudar o Diego, contribuindo com tampinhas, cartão e papel, pode fazê-lo directamente na residência do casal, na Rua das Lameiras (Outeiro), casa 36, em Pousada, ou no infantário local e no café S. Miguel, em Joane. Para mais informações, pode contactar o telemóvel 965371307. L . P.
REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2013 • 13
ornitologia • joane
Joanense Nuno Sousa é campeão na Bélgica
atletismo • ac vermoim
Maratona de Viana
A secção de atletismo da Associação Cultural de Vermoim participou na Meia Maratona de Viana de Castelo. Todos os atletas daquela instituição ficaram na
primeira metade da tabela classificativa. Filipe Ribeiro foi o melhor classificado, 102º lugar no escalão sénior, entre os 2.251 atletas.
andebeol • ac vermoim
Empate dos infantis vitória das juvenis O joanense Nuno Sousa, de 35 anos, sagrou-se campeão do mundo de Ornitologia no mundial que decorreu de 23 a 27 de Janeiro, na Bélgica. Ao RL, este amante do mundo das aves confessa que a paixão começou em miúdo, mas que “só há 10 anos” é que está federado como criador. O percurso deste joanense ao longo dos últimos 10 anos “foi sempre em crescendo” no que toca a participações nas várias provas que se realizam em todo o País e em três mundiais (Portugal, Espanha e Bélgica). Foi neste último que Nuno Sousa esteve presente, no final de Janeiro, lado a lado com centenas de expositores e de 23 mil aves. Estas competições, refere Nuno Sousa, estão abertas a qualquer pessoa “desde que esteja inscrita em alguma federação ou clube ornitológico
(em Portugal há vários) e desde que as aves estejam devidamente anilhadas”. A competição implica a sujeição das aves a vários parâmetros de avaliação. “Concorremos com os melhores do mundo. As aves têm de ser preparadas ao pormenor, ao longo do ano, para nesta altura estarem no seu esplendor. Há várias classes nas quais chegam a concorrer 30 aves iguais, mas só três é que podem medalhar”, esclarece. As aves são colocadas em gaiolas iguais e avaliadas por um juiz especializado naquela espécie específica, no tocante a tamanho, porte, plumagem, condição e estrutura. “Uma pena, uma unha ou qualquer outro pequeno defeito, leva à penalização da ave e lá se vai um campeão. Só com muito trabalho, conhecimento genético e dedicação é que se faz um campeão”, garante Nuno Sousa.
A equipa de andebol de infantis masculinos da Associação Cultural de Vermoim empatou (24-24), no passado dia 26, na Póvoa de Lanhoso. No dia seguinte, a
equipa feminina de juvenis venceu por 2016 frente à Juventude do Mar, de Esposende e a de infantis venceu, por 27-5, a equipa do CA Barrosas, de Felgueiras.
FUTSAl • arpo
Triunfo em VN Sande A equipa de iniciados da Associação Recreativa Pousadense venceu, no passado sábado, por 2-1, o Vila Nova de Sande, em jogo da 12.ª jornada
do campeonato distrital de futsal. Os golos da equipa de Pousada foram apontados na segunda parte por Daniel Carvalho e João Fernandes.
aluga-se casa t2 na labruge
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14 JANEIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL
ENTREVISTA
G
uimarães foi Capital Europeia da Cultu ra em 2012 e é, presentemente, Cidade Europeia do Desporto. Vai ser fácil, face a isto, convencer os vimaranenses de que o concelho é mal gerido? Merecer a confiança dos vimaranenses para um projecto de futuro não implica que o concelho seja mal gerido. A governação do Dr. António Magalhães foi marcante e forte mas chega ao fim, e agora os vimaranenses têm que se questionar sobre qual o projecto que querem para o seu futuro e esse projecto não é, nem pode ser visto, como um prémio à gestão autárquica do passado. António Magalhães foi um bom presidente? Ainda é cedo para lhe fazer o epílogo. Aproveitou para fazer obras, umas mais consensuais do que outras. O PSD opôs-se a muitas delas mas também viabilizou muitas outras. Teve um período de governação forte e marcante. Que críticas faz? Um investimento demasia do centrado no edificado e muito pouco preocupado com as pessoas. O investimento é demasiado centralizado na cidade e muito pouco distribuído pelas freguesias. Há total ausência de capacidade do Município no domínio da captação de investimento, promoção do emprego e desenvolvimento económico. Domingos Bragança pode trazer uma nova forma de pensar e projectar o concelho? Vejo com alguma dificuldade que possa romper com o passado. O PSD está pacificado internamente? Nunca terá estado tão pacificado como está. O projecto autárquico foi aprovado por unanimidade. O PSD começou por ser crítico da Capi tal Europeia da Cultura, vindo d e pois a suav iz ar a sua posição. Foi um evento positivo para Guimarães? É completamente falso que o PSD tenha começado por estar contra a CEC. Não posso permitir que entremos em “soundbites” lançados, na altura, por António Magalhães, sem o mínimo de
AUTÁRQUICAS 2013 O RL começa nesta edição um conjunto de entrevistas em torno das Eleições Autárquicas de 2013, em Outubro. Começamos com os principais candidatos às câmaras d e G u i m a rã e s e d e Fa m a l i c ã o e co n t i n u a m o s co m o s candidatos nas freguesias.
“António Magalhães teve uma governação forte e marcante” André Coelho Lima, candidato do PSD-PP à Câmara Municipal de Guimarães
Luís Pereira
fundamento. O PSD aprovou todos os instrumentos, equipamentos e obras no âmbito da CEC. O PSD discordou em alguns pontos, assim como o PP e o PCP discordaram de outros. Que pontos discordantes foram esses? A nossa preocupação tinha que ver com a sustentabi lidade dos equipamentos. Não houve planeamento para o depois de 2012. O segundo objectivo da CEC passava por deixar bases aos agentes culturais vimaranenes para depois de 2012, que é como quem diz, 115 milhões de euros depois. Os agentes culturais têm hoje melhores condições para produção artística e cultural?! Isso ficou aquém do esperado. É irreal pensar-se que as indústrias criativas iriam reconverter o tecido económico do concelho. Se lançar estas questões é ser-se contra a CEC, eu vou ali e já venho! Do lado do positivo… A CEC de Guimarães foi a melhor CEC portuguesa. O reconhecimento internacional correu muito bem e o objectivo do turismo foi razoavelmente atingido. A cidade ficou, sem dúvida, mais bonita. A reabilitação do Toural é uma obra lindíssima mas é impensável que não se tenha aproveitado para
FRASES “É completamente f a l s o q u e o PS D t e nha começado por estar contra a Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012” “ Te n h o d ú v i d a s q u e os cidadãos ganhem a l g u m a co i s a ( co m a agregação de fregue sias)” “A piscina de Ronfe foi uma mera promess a e l e i t o ra l q u e o PS fez e que depois não cumpriu” “Pode acontecer que o candidato (às uniões de freguesias result a n t e s d a a g re g a ç ã o , como Airão S. João, Airão Santa Maria e Vermil) seja indicado pelo CD S” “A criação do ensino secundário em Ronfe seria um factor de f ixação da população q u e e s t á a f u g i r p a ra Famalicão”
fazer o parque de estacionamento. Por várias razões: competitividade do comércio histórico e racionalidade económica (se pusessem o privado a explorar, pagariam a obra e poupavam 25 milhões de euros). Estas eleições são uma oportunidade única para o PSD chegar ao poder? Em tese sim, mas depen de de muitos factores. Não coloco cenários alternativos porque estou firmemente convencido que serei o próximo pre sidente da Câmara. Teme que haja uma penalização do PSD-PP nas autárquicas como reflexo do desgaste do PSD-PP do Governo? Não perco um segundo de sono com aquilo que não depende de mim nem da minha vontade de mudar. O que o governo fez custou mas tinha de ser feito, se as pessoas virem que os sacrifícios valeram a pena e distinguirem o trigo do joio, as coisas até podem funcionar a nosso favor. Concorda com um investimento mais concentrado na cidade em detrimento das freguesias? Temos uma cidade de que todos nos orgulhamos mas dois terços da população do concelho vive fora dela.
A cidade deve continuar a merecer a maioria dos investimentos mas o resto do concelho não pode ser votado ao ostracismo e abandono. É uma absoluta prioridade a requalifica ção dos centros cívicos das vilas. O PSD criticou a agre gação de freguesias no concelho. O que é que contestam: o processo em si, no qual o PSD e o Governo têm responsabilidades, ou a solução adoptada em Guimarães? As duas coisas, e não concordo em nada que o PSD tenha responsabilidades (o PS assinou e negociou o memorando, o PSD cumpriu-o). Discordo do processo, as populações e os seus representantes deviam ser ouvidos. A proposta de Guimarães foi feita nas costas da população e sem ouvir ninguém. Disponibilizeime junto do presidente do PS e do presidente de Câmara para fazermos uma reforma despartidarizada, mas não tive resposta nenhuma. Não apresentando um mapa alternativo, o PSD não se colocou numa posição cómoda? Apresentar um modelo seria inquinar a questão e nós partimos para a
REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2013 • 15
EM FOCO
discussão sem modelos fechados. Esse modelo podia passar pela criação de núcleos maiores, agrupando freguesias em torno das vilas? Com a agregação não se ganha dinheiro mas pretendia-se que se ganhasse escala na lógica de partilha de meios. A Junta de Ronfe, por exemplo, tem uma série de meios ao seu dispor, materiais e humanos, que as freguesias mais pequenas não têm. Pretendia-se que os meios fossem colocados ao serviço de uma população mais alargada. Uma solução que desse escala às freguesias sem termos mini-câmaras. Como se explica a um cidadão de Vermil que assistiu às intervenções de Emídio Guerreiro na Assembleia Municipal, contra a agregação, e depois o viu a aplaudir e a votar favoravelmente na AR? Um deputado na Assembleia da República tem deveres e um deles é a disciplina de voto, é um deputado de todo o país. Não sei ao certo mas, admitindo que o deputado Miguel Laranjeiro (PS) tenha votado no mesmo sentido que o seu partido é a mesma fórmula: em Guimarães votou a favor da proposta da Câmara, a mesma que terá votado contra na AR. O que ganham os cidadãos com esta agregação? Tenho dúvidas que ganhem alguma coisa, sobretudo a p ro p o s t a c o nc re t a qu e f o i aprovada para Guimarães.
FAMALICÂO | música e comédia na casa das artes “Os Reis da Comédia”, Tiago Bettencourt e Balla são alguns dos nomes que vão marcar presença , em Fe vereiro, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão. Sexta-feira , oito, apresenta-se o projecto Balla ; no dia 16, Tiago Bettencourt (foto) e no dia 23, “Os Reis da Comédia”.
ENTREVISTA | andré coelho lima (PSD)
“Piscina de Ronfe foi mera promessa eleitoral do PS” Sabendo que a ideia de juntar Vermil a Ronfe era desejável dentro do PSD, foi desconfortável assistir à posição contra da Junta de Vermil (PSD)? O parecer da Assembleia de Freguesia de Vermil diz que é contra mas que, a agregar, faria mais sentido que fosse com Ronfe. O PSD não impôs disciplina de voto para os seus autarcas, a Junta de Vermil agiu como entendeu. Tem sido difícil convencer Marçal Mendes a encabeçar a lista do PSD-PP à União de Freguesias de Airão, Santa Maria e Vermil? É um quadro muito importante do partido. O trabalho que está a ser feito no terreno é discreto e assim permanecerá. A escolha pode recair numa figura do CDS-PP (Ângela Oliveira)? Pode acontecer, e não me refiro a este caso em concreto, que o candidato seja indicado pelo CDS. Filipe Machado pode ser convidado? Não posso responder. Queremos trabalhar mesmo com quem normalmente não concorda connosco. Armando Vidal é um bom autarca? Sim e a população confirma-o ao tê-lo reconduzido no cargo. Como viu o episódio da contratação de uma empresa para construir a Casa Mortuária de Vermil, que depois subcontratou a empresa da qual o presidente é gerente?
Não me comp e t e come nt ar mat é rias da gestão intrínseca da Junta de Freguesia. Quando se falou do assunto o autarca deu respostas e são essas que devem contar. Não beliscou em nada a confiança do partido nele. Como vê os rumores de um alegado interesse do PS em Armando Vidal? Uma coisa são especulações, outra são os factos. Leio o Repórter Loc al , s e i mu it o be m o qu e l á s ai mas só gosto de reflectir sobre factos e, para mim, essa questão não é um facto. Ronfe precisava de uma piscina? A pergunta é manhosa e pode ser desculpabilizante. O concelho de Guimarães não precis ava de cinco piscinas, muito menos tão próximas umas das outras. A de Ronfe foi uma mera promessa eleitoral que o PS fez e que depois não cumpriu. Porque é que construíram a de Moreira e não a de Ronfe? O PS tem que responder por essa escolha. Ronfe tem sido discriminada? Não é sério apresentar um projecto com pompa e circunstância, perante 400 pessoas, com imagens do projecto, assim como não é sério passar a responsabilidade para o QREN. Foi mera propaganda eleitoral. Como avalia o impasse do Centro Escolar de Ronfe? É uma enorme desconsideração pela população. O concurso público avançou em 2011, não se percebe
que digam agora que não avançou por questões de inclusão do Jardim de Infância. São desculpas de mau pagador. Ronfe precisa de ensino secundário? A região está a perder população para o concelho de Famalicão. O ensino secundário seria um factor de fixação. A fuga, sobretudo das Airões e Vermil, para Joane é uma realidade que tem de ser discutida, o ensino secundário é uma pretensão legítima. É favorável a que os mandatos dos autarcas sejam exercidos até ao fim? Sim, claro… Como encara a demissão, a meio do mandato, do presidente da Junta de Ronfe? A grande diferença dos autarcas do PSD é que não dependem do poder. O Daniel Rodrigues disse que queria ficar 10 anos no cargo, foi o que fez. Não há nenhuma ale gação escondida. Fez um trabalho extraordinário e entendeu que estava na hora de dar lugar a novos elementos. Há uma tendência para pegar numa parte que se considere negativa para esquecer-se de tudo o resto. Se for presidente da Câmara que certezas pode dar aos fregueses das freguesias do RL? Terão um tratamento e acompanhamento como não têm tido. Tenho intenção de reunir mensal mente com todos os autarcas para acompanhar as necessidades das freguesias. L .P.
16 JANEIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL
por D. VIRINHA
JOA N E , julho de 2029
(Profecia de D. V Irinha no Repórter local de D ez embro de 1 9 9 9 )
“A i AGUENTA , AGUENTA!” (Nã o falamos da crise !)
“É inaugurado, com a presença do Presidente da República , um novo teleférico que liga o centro de Joane (Largo da antiga feira) à Capela do Senhor dos Passos, em Celorico. Xavier Oliveira , presidente da Junta de Freguesia , afirmou ao RL : “Estou estupefacto”. É que o novo serviço apresenta uma novidade: é tocado a água, gastando apenas duas pipas por semana”.
VA I U M JA N TA R , UM JOGO DE F U T E B O L , U M CAFé ou um jogo do taco? O g r u p o d o Fa c e b o o k “ Ve l h a s Glórias do Liceu de Joane” continua a dar sinais de vida. Os promotores da página querem voltar a reunir os ex-alunos da secundária joanense. E para tal, puseram a votação, entre os
muitos membros do grupo, o tipo d e e v e n t o a o r g a n i z a r. A m a i o r i a d o s v o t a n t e s p r e f e r e u m j a n t a r, mas há quem vote num jogo de futebol, numa festa “rave”, num jogo do taco. A votação continua até final do mês.
espanhó is e MARROQuinos Esta semana, quando chegou a um hotel de Guimarães, a estrela do futebol Ronaldo foi recebida por adeptos e curiosos. Um deles deu-lhe para gritar”Messi, Messi”. O episódio correu o país do Minho ao Algarve, passando, c l a ro e s t á , p e l a M a d e i ra d a D. Dolores e outras paragens. No
Fa c e b o k , d e p r e s s a s u r g i r a m o s comentários e mais uma vez veio ao de cima a “animosidade” entre “os de Braga” e “os de Guimarães” - entre marroquinos e espanhóis. Curioso é verificar c o m o , v i a Fa c e b o o k , e s t e c o n f l i t o é assumido por pessoas com certas responsabilidades.
CO M O É ? CHICANA: EIS UMA PALAVRA QUE PARECE UMA CÉLEBRE PASTA Dentífrica: anda na boca de muita gente! é raro o político e líder partidário que, estando em posição de poder e perante as críticas da oposição, não a use: “é mera chicana política”. mas, afinal, o que significa? diz o dicionário houaiss de língua portuguesa: “CHICANA: mANOBRA CAPCIOSA, TRAPAÇA, TRAMÓIA; CONTESTAÇÃO FEITA DE MÁ-FÉ”, ENTRE MUITOS OUTROS SIGNIFICADOS.
Não julgue o leitor que se vai aqui tecer considerações sobre um certo senhor banqueiro da Lusitânia pátria. Nada disso. O assunto versa sobre o mediático candidato do PSD-PP à Junta de Freguesia de Joane. Xavier Oliveira está a dar mostras de grande mobilização com vista ao acto eleitoral de O u t u b r o . A c a b a d o d e c h e g a r, e com algumas bocas ainda abertas de espanto, em particular na “família” laranja cá da terra, Xavier anda numa lufa lufa preparatória do desafio. Antes mesmo da apresentação pública (dia 22 deste mês) lanç o u u m a co n t a n o Fa c e b o o k , “ X a v i e r O l i v e i r a Po r J o a n e ” , o n d e
aparece, em pose de candidato e... vestido de laranja . Não faltaram desde logo os comentários ao candidato: uns de apoio, outros de indignação - como o daquele joanense que encara a candidatura como algo pouco prestigiante para “os Joanenses e sobretudo para os militantes e simpatizantes social-democratas”. Uma coisa é certa: este dinamismo é benéfico para Joane e pode sacudir uma certa letargia instalada. A dúvida que muitos “espectadores” colocam é a de saber se o candidato aguenta o ritmo daqui até Outubro. Dentro do PSD há quem diga que “ai aguenta, aguenta!”.
internet? ah , pois, aqui é mais bolos ”! Os joanenses que queiram obter informações actuais sobre a sua terra através da Internet podem deparar com obstáculos. O site da Junta de Freguesia de Joane ainda hoje dá conta de notícias de Junho! E tudo bem que lá es-
tejam as fotos do palco coberto do Parque da Ribeira , mas um ano será suficiente para mudar! Nâo será assim, certamente, que se cumpre o objectivo de “aproximação aos eleitores” e d e “d e m o c r a c i a e l e c t r ó n i c a ” !
V erde esperanç a e o negro futuro A nova camisola alternativa da selecção portuguesa de futebol é preta. Abandonou os tons verdes e adoptou um tom “mais escuro”. E os comentários na Internet não se fizeram e s p e r a r. “ U m e q u i p a m e n t o preto é o melhor uniforme para a selecção de um país que está de luto”. O verde esperança dos nossos símbolos foi substituído pelo preto, como negro, muito negro é encarado o futuro deste país”.
REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2013 • 17
RONFE | Centro escolar aguarda aprovação de candidatura A construção do Centro Escolar de Ronfe avançará logo que seja aprovada a candidatura apresentada pela Câmara de Guimarães ao QREN. Domingos Bragança , vice-presidente da autarquia , diz que a candidatura enfrenta dificuldades resultantes de saber se o projecto juntará ou não o jardim-de-infância , mas garante que a obra avançará logo que sejam ultrapassadas.
OPINIÃO opinião
Quintino Pinto
Questões de coerência
Jurista | Joane
Assim ao correr da pena … enquanto Paulo Júlio (até aqui secretário de Estado da Administração Local) se demite porque foi constituído arguido, Macário Correia (o ainda presidente da Câmara Municipal de Faro) agarra-se a expedientes e interpretações para se manter mais uns tempos na cadeira do poder e, caso a tenha de largar mesmo, se apresentar novamente como candidato. Notem, por favor, que Paulo Júlio é acusado de ter favorecido um familiar num concurso (mas ainda não está condenado), mas Macário Correia já foi condenado pelo Supremo Tribunal Administrativo
O Sítio do Pica-Pau Amarelo
e Tribunal Constitucional por violação da Lei. Penso que não é preciso mais considerações para se ajuizar sobre a probidade de cada um dos envolvidos! E como quem fala em probidade, pode falar em coerência o que dizer do Partido Popular que defende (e bem, na minha opinião) que a limitação de mandatos dos presidentes de Câmara os impede de “saltar” para o concelho ao lado e, em coerência, se opõe ferozmente à candidatura de Luís Filipe Menezes ao Porto, mas já em Lisboa se prepara para apoiar Fernando Seara (que sai
de Sintra)? Possivelmente são exemplos como este que contribuem para o descrédito da classe política que ainda vai reinando; falta é saber por quanto tempo mais tal lhes será permitido. Claro está que esta variação geográfica da coerência decorre do apetite pelo poder, esse húmus que alimenta a incomensurável vaidade (ou será vacuidade?) de António José Seguro que se dá ares e agora se mostra candidamente ofendido com a ofensiva duma parte do PS quando, noutros tempos, ele mais não fez que esperar pelo seu tempo andando de capela em capela a massajar egos e alimentar
vaidades. Triste sina a de um país quando a hipótese de alternativa que tem ao nefasto Passos Coelho é uma mancha como António José Seguro! Por falar em Passos Coelho, o que dizer da coroa de glória que alcançou com o regresso aos mercados? É uma vitória? Admite-se que sim. Mas, e nisto o burro sou eu, já repararam que regressar aos mercados significa apenas continuar a pedir mais dinheiro emprestado? Mas se estamos a acrescentar dívida à dívida, onde está a vitória? Ah, já sei, parece que é na taxa de juro!
Finalizo assinalando que, contrariamente a alguns, não costumo renegar os amigos por questões de política, razão pela qual aqui falo do Xavier Oliveira. Convencido da justeza das suas ideias e do seu projeto, aceitou o repto de se apresentar como candidato independente na lista da coligação PSD/ PP em Joane, assim causando espanto nas várias famílias políticas e pelas razões que se sabem. Antecipo até animação no tradicional pasmatório local, assim ele saiba (consiga e o deixem) levar para o terreno as suas ideias. Voltarei a este assunto.
Se Deus é brasileiro, foi obra do Diabo
Crónicas do Brasil
Dominique Machado
Todos conhecemos o discurso dos jogadores de futebol brasileiros em Portugal. “Graças a Deus”, como se de vírgulas se tratasse, recordo o Jardel dizendo. A realidade é que se Deus existe, além de ser um querido, é brasileiro, ou, então, dá-se mesmo bem com estas gentes. É notória a fé cristã no Brasil. Para mim, uma verdadeira confusão.
Parece obra do Diabo. Além da Igreja Católica, no Brasil há uma parafernália de igrejas evangélicas (protestantes). É Metodista, Batista, Universal do Reino de Deus, Igreja Mundial, Igreja Deus é Amor, Assembleia de Deus, Assembleia de Deus com Doutrina e sem Costumes, Congregação Antiblasfêmias; Igreja Aceita a Jesus, Associação Evangélica
Fiel até Debaixo D’Água, Igreja Automotiva do Fogo Sagrado, Igreja ETQB (Eu Também Quero a Bênção) e a minha preferida, Igreja Cristo é Show, dentre outras 102.020.310 criadas, pois a lei assim o permite (não, não estou a inventar). Dizem que é uma boa forma de lavar dinheiro… Além disso, temos as mensagens que os irmãos colam nas suas viaturas, espalhadas por todo o lado que se vá. A ver: “Conduzido por mim, guiado por Deus”; “Não sou o dono do mundo, mas sou filho Dele”; “10% para o pastor, 100% para o Senhor”; “Eu sou a promessa de Deus”; “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”; “Rastreado por Jesus”; “Crente a bordo”; “Eu dirijo, Jesus me guia”; e a clássica “O senhor é meu pastor e nada me faltará”. Estes dias, cerca de dez da noite, enquanto a minha cadela me passeava na rua, vi em uma pequena casa, porta aberta, crentes, de braços ao céu, iluminados, cantando, aclamando, uns mais alegres, outros mais entristecidos e cabisbaixos, outros sem expressão identificável ─ todos a louvar. Deus, se existe, é certamente brasileiro devido ao mimo que lhe dão. Ainda o estragam com tanto amor.
18 JANEIRO DE 2013 • REPÓRTER LOCAL
castelões | Crianças foram ver ronaldo e companhia Cerca de 200 utentes do Centro Social da Paróquia de Castelões foram esta semana aplaudir a selecção portuguesa de futebol em Guimarães. As crianças assistiram ao treino e cantaram os parabéns a Cristiano Ronaldo. No final, alguns jogadores distribuíram autógrafos e tiraram fotografias com as crianças.
OPINIÃO opinião
João Moura
Jornalista e escritor | Joane
Nós, os gatos Chega o Domingo e é isto: só se ouve o silêncio. Depois da manhã, onde as pessoas se cumprimentam a caminho da missa e se discute o futebol à porta do café, e depois de um almoço caprichoso, que torna o tempo mais vagaroso, vem a tarde. Com ela vem o silêncio. Não se avistam carros, nem pessoas. As lojas estão fechadas, os estores estão corridos, não sobra nada. Apenas se avista um gato, ali, empoleirado no tanque da feira. Ele mira a água, atento ao movimento dos peixes, absorto de todo o resto. Durante a semana foi o rebuliço. Assaltaram o quiosque central e dispararam sobre a polícia. O caso aparece nos jornais e Internet. Vê-se uma foto com caixas de tabaco no chão. São tentações. Quando era pequeno também me passou pela cabeça assaltar o quiosque para completar a colecção de cromos da Panini do Mundial de Futebol, mas nunca passou de um pensamento. A missa de Domingo serviu para alguma coisa. Entretanto tentaram assaltar uma casa na rua do Presidente da Junta duas vezes. Poderíamos pensar que por morar o Presidente da Junta nesta rua havia um tratamento
especial, mas nem por isso. Mais acima junto ao lar de idosos um carro vermelho assalta um senhor, também idoso. Agora, passada a tempestade, Joane resume-se a isto: um gato gorducho amarelado de guizo ao pescoço a sondar uns peixes, também eles grandes e rechonchudos, mas de cor prateada e laranja (quem sabe se colocados pela JSD, que ali ao lado costuma organizar iniciativas). Um gato que por esta altura, com esta coluna no jornal, já se deve ter tornado numa estrela local (um bem haja aos donos quem quer que eles sejam por o manterem tão bem estimado). Se olharmos bem para o retrato vemos algo mais do que este aparenta: também nós desejamos arduamente algo, seja um velho objectivo pessoal, seja um pequeno capricho ou uma luxúria, ou então gula (a gula do gato desejar um peixe e a gula de roubar um quiosque por tabaco ou de se roubar uma casa vai dar ao mesmo). Estamos todos no mesmo barco. É a gula que nos leva a deixar Joane vazia ao Domingo. Já que nos encontramos todos ali no shopping da cidade ao lado.
REPÓRTER LOCAL • JANEIRO DE 2013 • 19
RONFE | homenagem a monsenhor horácio araújo A Paróquia de Ronfe assinalou, no passado dia 12, o centenário do nascimento de Monsenhor Horácio de Araújo. A sessão, no salão paroquial, reuniu sacerdotes, autarcas e leigos. Horácio de Araújo assumiu o múnus de pároco de Ronfe em 1935, que exerceu até 1985. O salão paroquial e o Centro Social são dois projectos a que esteve ligado. Ficou ainda conhecido pelos dotes de pregador na diocese de Braga. Faleceu em Novembro de 1988.
É Carnaval!
(mesmo sem feriado)
S
ão várias as iniciativas agendadas na nossa região para assinalar o carnaval. Na freguesia de Mogege, o agrupamento de escuteiros local 0rganiza o tradicional desfile carnavalesco, no domingo, dia 10, com saída do largo da Junta, pelas 14:00 horas, e conclusão na antiga escola primária. Estão previstos prémios para os melhores mascarados individuais (50 euros e uma surpresa) e em grupo (100 euros). Em Ronfe, além do habitual desfile do dia de carnaval, a Casa do Povo organiza, na véspera (dia 11), pelas 22:00 horas, um baile de máscaras, animado pelo DJ Ricardo Silva e com prémios para os melhores mascarados. Em Vermoim, o desfile das escolas é organizado pelas associações de pais, “Recreio do João” e Junta de Freguesia, esta sexta-feira, dia oito, a partir das 10:30 horas. O carnaval de Famalicão começa sexta-feira (14:30 horas), com o corso das crianças. O desfile sai dos Paços do Concelho e percorre as principais ruas da cidade. A Câmara Municipal de Famalicão, entidade organizadora, espera a presença de 2.500 crianças do concelho, com idades entre os três e os 10 anos.