Repórter Local

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CARLOS RIBEIRO Sangue frio do motorista de Joane evitou tragédia em Vieira do Minho Nº 158 • ANO XIV • MAIO 2012 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

p. 05

GD JOANE subida e campeão ESPECIAL 10 PÁGINAS RUI RIBEIRO, AGOSTINHO OLIVEIRA, CUSTÓDIO RIBEIRO. POSTER ADEPTOS EM FESTA E MUITAS FOTOS!

DESPORTO | p. 26

ENTREVISTA | p. 18

ADECA sagra-se campeã concelhia de futebol de salão

“O PS Famalicão está “partido” e precisa de renovação”

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FRANCISCO SÁ | Presidente da Junta de Castelões (PS - Independente)



REPÓRTER LOCAL • MAIO DE 20112 • 3

EM FOCO

Um pé de dança

em Oleiros

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população de Oleiros anda a aprender danças de salão. Quem passa pela sede da Junta , à terça-feira à noite (das 21:00 às 23:00 horas) dá de caras com o bailarico! O projecto avançou em Maio, fruto da parceria da autarquia com uma escola de dança de Braga . Micaela Costa , a professora (na fotode baixo ao lado do p r e s i d e n t e d a Ju n t a ) , o r i e n t a u m g r u p o d e 1 6 p e s s o a s , q u a s e t o d a s d a f r e g u e s i a m a s o p ro j e c t o e s t á a b e r t o a pessoas das freguesias vizinhas. “O projecto começou e m L e i t õ e s m a s n ã o t e ve g ra n d e s u ce s s o . C o m o a Ju n t a manifestou interesse, o projecto veio para Oleiros”, conta Micaela . O casal Castro destaca-se no grupo pela sua idade - ambos s exa g e n á r i o s - e n ã o m o s t ra p o n t a d e a r r e p e n d i m e n t o . “Isto não é para nós, porque somos velhos, mas pelo m e n o s e n t r e t e m o - n o s ” , d i z a m u l h e r, M a r i a . O m a r i d o , Francisco, acredita que os mais velhos ainda não aderiram “por vergonha” de fazerem “ fracas f iguras”. “ Fa z f a l t a a O l e i r o s e s t e t i p o d e c o i s a s p a r a c a t i v a r o s poucos jovens que ainda cá estão”, diz Elisabete Araújo, de Oleiros, uma entusiasta das danças. Para o autarca local, as danças de salão reforçam o dina mismo da freguesia . “As autarquias têm que estar recep tivas a estas iniciativas que fazem com que as pessoas se divirtam e façam desporto”, considera Joaquim Pereira . A primeira aula é gratuita e o preço da inscrição varia em f u n ç ã o d o s n í ve i s q u e s e p r e t e n d e a t i n g i r. Pa ra p a r t i c i par, basta aparecer : não é preciso equipamento, apenas roupa descontraída .

VERMIL | ESCOLA ASSALTADA A escola de Vermil foi assaltada no passado dia 30. Dois computadores (um portátil e um fixo), DVD´s e material audiovisual foi o resultado do assalto. Depois de consumado o assalto, os autores, que entraram por uma janela que estava aberta, terão forçado a porta de entrada, por onde saíram com o material furtado. O Núcleo de Investigação Criminal da GNR esteve no local.


4 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

RONFE 13 ANOS: programa festivo MOGEGE E JOANE | CAMPEÃS DE KICKBOXING Ronfe festeja 13 a Ana Oliveira, de Mogege (foto direita), revalidou o título de campeã nacional de kickboxing na categoria de -55 kg, depois de vencer dois combates em Mirandela. Entretanto, Catarina Oliveira, de Joane (foto da esquerda), sagrou-se campeã nacional (-65 kg) em séniores.

EM FOCO

CASTELÕES• capela mortuária

Bispo de Braga benzeu equipamento que custou 155 mil euros Luís Pereira

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stá inaugurada a Capela Mortuária de Castelões. À cerimónia do passado dia 26, a Paróquia preferiu chamar-lhe “bênção” do equipamento mas o acto religioso presidido pelo Bispo Auxiliar de Braga, D. Manuel Linda (de visita pastoral a Castelões) serviu, na prática, de inauguração. O equipamento de 155 mil euros não teve, pelo menos para já, o apoio financeiro da Câmara Municipal de Famalicão e foi suportado quase na totalidade pela generosidade dos paroquianos. Faltam 35 mil euros para pagar a totalidade do investimento. “É uma obra bastante cara mas conseguimos cumprir as nossas obrigações. O dinheiro que falta é para pagar os arranjos exteriores. Arranjamos mais de 100 mil euros de uma forma muito criativa mas sem ser muito pesada para as pessoas. Não houve, para já, nenhuma comparticipação da Câmara. Não temos ainda certezas que o vamos ter mas julgo que, dada a natureza do equipamento, o município deveria prever um apoio no seu orçamento. Só tivemos a ajuda da Junta de Freguesia, que ofereceu o projecto e tratou de todo o processo administrativo. Eles também querem ajudar mais, mas também não têm verbas”, disse o pároco José Barbosa. A Capela Mortuária integra um projecto global que incluiu o melhoramento do interior da igreja e a reabilitação do adro. A construção do equipamento começou o ano passado e está agora ponto a ser utilizado. “Queríamos uma obra enquadrada no local, com linhas simples, m a s q u e a s s u m i s s e a m o d e r n i d ade no meio de toda a antiguidade dos arcos e da igreja. Serve dignamente a finalidade a que se destina, a de velar os mortos”, explicou o sacerdote. Coube ao bispo auxiliar de Braga cortar a fita e descerrar a placa. D. Manuel Linda gostou do que viu, “é uma mais-valia para a freguesia”, com as suas linhas simples. “O outro espaço contíguo é mais acolhedor e serve para que as pessoas possam estar mais à vontade, a conviver, sem ser na presença do cadáver”, descreveu o bispo.

PARÓQUIA ABERTA PARA CEDER CAPELA A NÃO CRENTES “Está assegurada a utilização da Capela Mortuária por não crentes. Não obrigamos ninguém a vir. Da nossa parte há abertura, se as pessoas aceitarem. A Capela foi feita na nossa propriedade, suportada quase na íntegra pelos paroquianos católicos, tem símbolos marcadamente confessionais, católicos. Se as pessoas aceitarem serem veladas nessas condições, não há problema da nossa parte”. JOSÉ BARBOSA, Pároco

“A Igreja nunca veta a permanência de uma pessoa que professe outra religião nestes equipamentos, pelo contrário. Se os símbolos religiosos ofenderem a pessoa que está a ser velada, não há problema em retirá-los. Contudo, não seria o ideal, trazer para uma casa construída pela Paróquia, símbolos de outras religiões. Nunca ninguém viu rejeitada a utilização de uma Capela Mortuária da Igreja Católica por ser de outras religiões”. D. MANUEL LINDA, Bispo Auxiliar de Braga

B I S P O AU X I L I A R D E B R AG A E M CAST ELÕES E EM JOANE A bênção da Capela Mortuária decorreu durante uma visita pastoral de D. Manuel Linda à paróquia de Castelões. O bispo auxiliar de Braga crismou vários jovens durante a missa no Centro Social. “Levo de Castelões a ideia de uma Paróquia que está organizada, embora o número de praticantes não seja muito elevado. Temos que dar as mãos para fazer regressar livremente (porque estas coisas não podem ser pela força) as pessoas que são boas e têm fé mas que não a vivem no seio da Igreja”, sublinhou D. Manuel Linda. O bispo auxiliar de Braga visitou também Joane nos dias 1 e 3 de Junho, com passagens pelo Centro Social da paróquia, Casa de Giestais e escolas Benjamim Salgado e Bernardino Machado. Incluiu ainda uma visita à empresa Unimoda (foto), que se tem dedicado à produção de paramentarias e artigos religiosos, e porque, como referiu, ao RL, a Igreja privilegia o contacto com o mundo do trabalho. “É factor determinante, sobretudo neste tempo em que os trabalhadores sofrem quer pela falta dele, quer pelas condições da vida”, disse o bispo, confessando que desconhecia a existência de uma empresa no país dedicada a este tipo de produção. “Sempre relacionei os produtos de paramentaria à Itália, não sabia que havia produção deste género em

Portugal. Há cada vez mais sacerdotes que não têm problemas de se identificarem como tal e, portanto, usam camisas típicas do sacerdócio, por exemplo. Apesar de estar convencido que não se poderão estabelecer muitas fábricas como estas, mas uma fábrica como esta poderá ter saída”, referiu. A visita pastoral terminou no domingo, com o crisma. “Já conhecia Joane do ponto de vista urbanístico e como vila porque passo cá muitas vezes. É uma vila simpática, com gente que me trata com afectividade”, salientou D. Manuel Linda.


REPÓRTER LOCAL • MAIO DE 20112 • 5

JOANE | PROCISSÃO DA SENHORA DE FÁTIMA Decorreu a 26 de Maio a procissão de N.ª Sr.ª de Fátima, com saída da Avenida de Figueiró. No sermão, o padre João Monteiro apelou à solidariedade com os que mais sofrem. Presidida pelo padre António Azevedo (por motivo de saúde, o pároco Manuel Silva não esteve) foi coordenada pela Fraternidade Nun´ Álvares, com presença do CNE e Guias de Portugal.

EM FOCO

JOANE• ACIDENTE

Sangue frio de motorista evitou tragédia com alunos da escola secundária Motorista joanense recorda o acidente em Vieira do Minho de que resultaram três mortos Luís Pereira

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ó pensei ‘já vou!’. Mas a ir, tinha que tentar fazer o melhor”. Foi o “sangue frio” do motorista Carlos Ribeiro que acabou por evitar uma tragédia maior, no dia 17 de Maio, em Vieira do Minho. O autocarro que conduzia transportava cerca de 50 jovens dos 15 aos 18 anos de idade, estudantes da Escola Secundária de Joane. No regresso de uma visita de estudo à Barragem de Rabagão, uma viatura que circulava na outra faixa, terá entrado em despiste, embatendo com violência no autocarro de Carlos Ribeiro. Só um dos quatro ocupantes da viatura ligeira sobreviveu. Dos estudantes de Joane, registou-se apenas um ferido ligeiro que nem necessitou de tratamento hospitalar. “Só me apercebi quando o carro já vinha em direcção a mim. Coloquei-me o mais possível à direita e tentei parar o autocarro. Foi tudo muito rápido. Fiquei sem a direcção e sem travão, levantei o tapete e vi que já não havia nada debaixo dos pés. Mas o motor trabalhava, logo, empurrava o carro. Só consegui pará-lo à terceira tentativa, 100 metros à frente”, descreve o motorista da empresa joanense Hilcartur. Os instantes que se seguiram foram marcados pelo silêncio absoluto. “Ficou tudo calado no autocarro. Os miúdos que iam da metade do autocarro para trás, não se aperceberam de imediato do acidente. Os da frente, como se aperceberam, fizeram força nos bancos para se manterem segu-

ros, até que o autocarro parasse. Depois de parar, levantei-me, perguntei se estava tudo bem, felizmente estava”, conta Carlos Ribeiro. A disciplina dos alunos e a obediência às ordens dos professores reinaram nos momentos seguintes. Os docentes só permitiram que os alunos abandonassem o autocarro depois de chegada a polícia. “Houve sempre o cuidado de os afastar do local onde estava a viatura com os cadáveres. Ficaram a aguardar numa oficina que tinha mais à frente. Funcionou o respeito pelos professores”, conta Carlos Ribeiro. Os alunos permaneceram no local até à chegada de um outro autocarro que completou a viagem

“Só me apercebi quando o carro já vinha em direcção a mim. Coloquei-me o mais possível à direita e tentei parar o autocarro. Foi tudo muito rápido. Fiquei sem a direcção e sem travão, levantei o tapete e vi que já não havia nada debaixo dos pés”, recordou o motorista Carlos Ribeiro.

JOANE• TRABALHO

EX-TRABALHADORAS DA FERSONI PROTESTARAM As ex-trabalhadoras da confecção Fersoni, de Joane, voltaram aos protestos, no passado dia 18, junto às instalações da empresa e da Sonicarla, em Mogege. As trabalhadoras dizem que a administração da Sonicarla é “moralmente responsável” pela insolvência da Fersoni, entretanto decretada. “O grupo Sonicarla tem toda a responsabilidade na situação da Fersoni. A prova disso é que recentemente, sem autorização do administrador de insolvência, a Sonicarla entrou nas instalações da Fersoni (que estão encerradas até conclusão do processo) e esteve a movimentar equipamentos. As instalações são de uma imobiliária do senhor

António Ferreira, administrador da Sonicarla”, acusa Francisco Vieira, do Sindicato Têxtil do Minho. Sindicato e trabalhadoras temem que o que resta de activos da Fersoni seja retirado das instalações, numa altura em que se encontram salários por pagar. Grande parte das trabalhadoras foi transferida para a Fersoni depois de anos de ligação contratual com a Sonicarla. Esta empresa chegou a ter participação na administração da Fersoni, que no início deste ano atirou para o desemprego cerca de 90 trabalhadoras. O RL tentou contactar, no local, a administração do grupo Sonicarla mas tal não foi possível.

de regresso a Joane. A chegada aconteceu por volta das nove da noite. À espera estavam pais e familiares, assim como o director da escola e representantes da Associação de Pais, Câmara de Famalicão e dois psicólogos. Os alunos não prestaram declarações aos jornalistas, seguindo ordens dadas pela escola, mas minutos depois, no Facebook do Repórter Local, que durante esse dia foi dando informações sobre o assunto, alguns dos alunos descreveram os momentos que passaram, com elogios e agradecimentos à actuação do motorista. “Foi terrível, graças ao motorista regressámos, grande homem!”, escreveu Miguel Ângelo, um dos alunos.


6 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

OPINIÃO | Páginas 24, 25 Nel Cunha: “ Tanques e fontes de Joane”; Sérgio Cortinhas: “Seremos bestas?”.

editorial Dinamização cultural Pelas páginas deste jornal tem passado, ao longo de edições sucessivas, uma pequena amostra da capacidade criativa e intelectual da região - e em particular de Joane. E já não falamos, apenas, de artesãos que transformam pedra, madeira e outros materiais em peças artísticas. Cineastas, como Mário Macedo, que confessou a importância que teve uma colectividade fundada em Joane, o Cineclube, na sua formação e na definição da sua carreira; Hélder Faria, um jovem estudante de cinema que ultimou recentemente um filme com actores de projecção nacional, conhecidos do público (e ao qual daremos o devido destaque na próxima edição), são apenas dois exemplos. O mesmo podiamos dizer no que

toca à literatura: Mário Rui de Oliveira, com dois livros de poesia editados por uma das principais editoras nacionais (Assírio & Alvim); João Moura, que lançou recentemente “Destroços de um Naufrágio”; ou Custódio Oliveira, que além de presidente da ATC de Joane e Consultor de Comunicação, é também escritor - o seu último livro, “Governar é Comunicar”, foi apresentado em Joane. Podiamos dizer o mesmo em relação à música: “Utter”, grupo que, não sendo propriamente de Joane, tem fortes ligação a esta terra; “Gnomon”; Tiago Machado, “CoroMole”... Com toda esta “matéria-prima”, com a mais que evidente pulsão criadora, intelectual (e podiamos ir a outros campos do pen-

PAG. 18 | ENTREVISTA Os “recados” do independente Francisco Sá para o PS, partido pelo qual tem sido eleito, com maiorias absolutas, em Castelões. samento), estranha-se que Joane não tenha uma programação cultural mais dinâmica, mais frequente. Com teatro, música, debates, tertúlias: com os criadores mas também com os protagonistas, os interessados pela actividade política e cívica. Joane tem um Centro Cultural ideal para albergar essa programação. A par do financiamento, que ocupa o lugar principal sempre que se procura programar cultura- pensamento, a “engenharia criativa” é igualmente essencial. Em 1993, quando surgiu, o Centro de Apoio Local (no seio do qual nasceu este jornal) deu-se a conhecer com um conjunto de iniciativas que teve, pelo menos, o condão de mostrar o dinamismo dos jovens e a apetência

da população pelo debate, pela prática cultural. Não tendo sido um modelo perfeito - a esta distância, muitos aspectos seriam corrigidos - foi um exemplo da vitalidade que Joane pode ter. Quando quer. A transformação da sala principal da antiga sede da Junta de Freguesia de Joane em auditório, com capacidade para 75 pessoas, abre portas a uma outra dinamização cultural e intelectual na vila, uma programação alternativa, abarcando áreas do pensamento, da música, da literatura e outras. Aos leitores lançamos desde já o convite para o debate sobre as mudanças no mundo do trabalho, com o ex-Secretário Geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, dia 21 de Julho, às 21:30 horas.

protagonistas GD JOANE Doze anos depois, o GD Joane está de novo na II divisão do futebol nacional. O feito - a que se juntou o título de campeão na sua série - é digno de festa, mesmo se, passada a euforia, o futuro se apresente com muitos obstáculos. FRANCISCO SÁ É o senhor maioria em Castelões. Eleito sempre pelo PS, mas como idependente, Francisco Sá é bastante crítico do estado do partido em Famalicão e defende uma urgente renovação. Não é o único a pensar assim nas hostes socialistas.

LUÍS GONÇALVES O PS tem muito trabalho pela frente, em Ronfe. Com a ausência prolongada de António Gonçalves, número um da lista do PS nas eleições de 2009, tem cabido a Luís Gonçalves a representação e a liderança socialista na vila. A saída antes do tempo do presidente da Junta eleito, Daniel Rodrigues, pode ser um runfo para o crescimento do partido.

TERRA DE CAMPEÕES O dinamismo de Joane af irma-se cada vez mais. Seja com talentos da área cultural (cineastas, por exemplo) seja no desporto. André Machado, da Escola de Atletismo Rosa Oliveira , conquistou o título de campeão nacional de montanha em s ub-23, em Atães (Guimarães), no dia 26 de Maio. Assim se vê a força ... de Joane!

Repórter Local | Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail geral@reporterlocal.com Membros detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira Director Joaquim Forte ( joaquimforte@reporterlocal.com) | Redacção Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Ana Margarida Cardoso; Analisa Neto; Custódio Oliveira; Elisa Ribeiro; Fernando Castro Martins; João Monteiro; Luís Santos; Miguel Azevedo; Luciano Silva; Sérgio Cortinhas | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. | Jornal de distribuição gratuita | Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514


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8 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

joane• cultura

RUI RIBEIRO | p. 10

AGOSTINHO OLIVEIRA | p. 11

CUSTÓDIO RIBEIRO | p. 16 e 17

Presidente do GDJ em entrevista depois da festa

Filho de selecciondor nacional encantado com o Joane

“É preferível um campo sintético a um estádio novo”

Festa dupla do GDJ

subida e campeão

VOZES FRANCISCO COSTA Treinador do GD Joane “O mérito da subida é todo dos jogadores porque meteram na cabeça que eram capazes e tão bons ou m e l h o r e s q u e o s o u t ro s . Esta época não foi fácil para ninguém, sobretudo para a direcção, que tudo fez para nos dar condições de trabalho. Sinto-me satisfeito, os jogadores são uns heróis maravilhosos. Fomos a equipa mais regular do campeonato.

CAMPOS | Guarda-redes “Esta subida representa muito para os jogadores. Depois de um início de época complicado, sem direcção. O segredo da subida foi muito trabalho e dedicação, diariamente, que depois se reflectia nos j o g o s d o Jo a n e . A m i n h a vontade será de continuar a representar o clube mas não depende só da minha vontade”.

JOÃO RIBEIRO | Jogador “No início do campeonato n ã o d ava m n a d a p o r n ó s . Durante algum tempo, fomos os bombos da festa . Este grupo é uma família , é a melhor coisa do mundo e mereceu esta subida de divisão. Como atleta , este foi, sem dúvida, o meu melhor ano no futebol. A vo n t a d e d e co n t i n u a r é muita mas uma pessoa tem de pensar na vida. Logo se verá”.

LEONEL ROCHA Vereador do Desporto da Câmara de Famalicão “Foi uma subida oportuna tendo em conta os reajuste s, na próxima época , com o fim da III divisão. Foi meritória a subida , sobretudo por ter sido alcançada por uma equipa económica, com muita juventude da terra e dos escalões de formação. Se o GDJ souber manter o mesmo rigor na gestão, estará no bom caminho”.

SÁ MACHADO Presidente da Junta de Freguesia de Joane “Sinto uma grande alegria em ver de novo o GDJ na II divisão, mas espero que isso não implique proble mas para o futuro. A subida faz le var bem alto o nome da nossa terra , é sem dúvida uma vaidade para mim e para todos os joanenses. As pessoas que andam nisto andam por gosto e sem qualquer interesse, mas estou preocupado com o futuro”.


REPÓRTER LOCAL • MAIO DE 20112 • 9

Nunca um empate foi tão festejado! Luís Pereira

O

UM GOLO! O GOLO DO JOANE TEVE ASSINATURA DE MARQUINHO. LIVRE À ENTRADA DA ÁREA , COBRADO DE FORMA PERFEITA . A BOLA SÓ PAROU NO FUNDO DAS MALHAS. FESTA DOS JOGADORES DE JOANE JUNtO ÀS BANCADAS E MARQUINHO, A AGRADECER OS APLAUSOS DO PÚBLICO

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Santa Maria de Barcelos veio a Joane decidido a adiar a festa da equipa da casa. Com um estádio lotado, o Joane entrou em campo sabendo que o empate com o segundo classificado bastava para pôr as bancadas do estádio de Barreiros em festa. Assim foi. Depois do apito final já só se ouvia “Outra vez! Outra vez! Joane na segunda outra vez!” Do jogo, pouco há relatar, a não ser os dois golos que só apareceram no final. Primeiro facturou o GDJ. Na sequência de um livre, Marquinho não perdoou e levou ao delírio adeptos e jogadores. O Santa Maria respon deu com o empate, mas nunca um empate terá sido tão festejad o em Barreiros como este. Há 12 anos que o GDJ não subia de escalão no campeonato nacional. A emoção e euforia tomaram conta dos jogadores, que não conseguiam conter o contentamento depois do trabalho árduo da época, e dos adeptos,que se juntaram à festa. Jogadores sem calções, adeptos em lágrimas, treinador e o roupeiro João pelos ares, bandeiras e vuvuzelas - de tudo se viu e ouviu em Barreiros. Era grande a festa, do tamanho do orgulho dos jogadores. Os 90 minutos de jogo que traziam nas pernas e a quase hora de festejo no relvado não foram obstáculos para a equipa continuar a festejar no balneário. As vozes não enrouqueceram e os cânticos prosseguiram. Entre eles, “recados” para quem, durante a época, os apelidara de “equipa Coca-Cola”. Um a um – presidente, dirigentes, ex-presi dentes - foram levados pelos jogadores em ombros desde o parque de estacionamento até ao chuveiro, para o banho da praxe, com algum champanhe à mistura. A festa entre a família GDJ continuou noite dentro na sede do clube, mas antes houve ainda uma passagem pela rotunda da vila, conhecida pela celebração de várias vitórias.


10 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

ENTREVISTA • RUI RIBEIRO, PRESIDENTE DO GDJ

“O Joane tem e vai continuar a ter muitas dificuldades em captar verbas” Luís Pereira

O

que a c h o u d a f e s t a d a s u b i d a ? Foi bonita e emocionante, uma enorme alegria que nunca tinha vivido. Esta foi a vitória do trabalho face ao início conturbado da época? O treinador foi uma aposta ganha desta direcção. É a quarta vez que sobe de divisão equipas do GDJ, antes as de formação, desta vez a equipa sénior. Em Setembro, estava longe de acreditar que a chamada “equipa Coca-Cola” poderia subir de divisão… Devido às situações, e como tudo foi muito rápido, a trabalhar de dia e de noite, a dormir poucas horas, sempre a pensar no que se haveria de fazer no dia seguinte, eu acreditei sempre que seria possível a manutenção. Nunca pensei que poderíamos subir, embora seja homem de fé, mas achava que tudo poderia acontecer. Mas houve vontade de subir ou isso foi sendo rejeitado pela direcção dados os acréscimos financeiros que implica? Quando entro num projecto é para dar o melhor e se o melhor, a dada altura, é a subida, estou cá para dar o meu melhor. O sucesso desta direcção passou também por criar um espírito de família entre os dirigentes? Sem dúvida. A Comissão esteve sempre comigo e unida, sem eles e sem o trabalho voluntário de muita gente, nada disto seria possível. Muitos não têm a noção do trabalho que isto requer todos os dias, 24 sobre 24 horas. No meu caso, todos os bocadinhos de tempo que tenho por dia, desde que assumi o cargo, são exclusivamente dedicados ao clube. As famílias dos dirigentes acabam por sair sacrificadas com esta dedicação. O sucesso não é meu, é de todo um grupo que se dedica a 100% ao clube. Os sócios na última Assembleia do clube (dia 20) pediram à direcção para renunciar a esta subida de divisão? Não tenho conhecimento que isso tenha acontecido. Os sócios, se renunciassem à subida, não estariam na festa do dia anterior, como estiveram. Na Assembleia ninguém falou nisso e vivia-se ainda o prolongamento da festa. O Joane vai subir de divisão, isso é ponto assente. Está disponível para um novo mandato, impedindo que se entre num novo impasse directivo? Já comuniquei aos sócios e directores da minha vontade e disponibilidade em continuar a liderar os destinos do Grupo Desportivo de Joane. Isso é meio caminho andado para começar

mais cedo a trabalhar na próxima época? Não havendo impasse directivo, iremos trabalhar desde já, nos mesmos moldes da época passada, dada a austeridade que o clube, como o país, tem sofrido. Há que fazer contenção de custos e contar com um orçamento equivalente ao do ano passado. Face a esta subida sabemos que o orçamento tem de ser ligeiramente maior, mas não muito. Vamos ser moderados. O Joane tem e vai continuar a ter muitas dificuldades em captar verbas. Já sabe quanto mais caro poderá ficar jogar na II divisão? Ainda não pensamos nisso. Só será muito mais caro se quisermos. Se eu ganho 2.000 euros mas posso continuar a gastar só mil, porque não o farei? O Joane subiu de divisão e com a minha continuidade não entrará em loucuras, manterá o rigor nas contas. No que depender de si, Francisco Costa continuará a comandar a equipa? Foi uma aposta pessoal por isso, no que depender de mim, continuará. E quanto a jogadores, prevê-se mexidas ou a base do plantel será para manter? Vamos ver o que dirá o treinador. A decisão será sempre entre direcção e treinador. Isto não é só o querermos que os jogadores continuem, é preciso que continuem em função daquilo que podemos pagar. O Joane não pode dizer a um jogador que lhe vai dar mil ou 1.500 euros

e passados dois meses dizer-lhe que se tem de ir embora porque não conseguimos pagar isso a época inteira. O Joane sempre honrou os seus compromissos e cumpriu com as suas obrigações e isso vai continuar a ser assim. Como responde a quem já vaticina a descida na próxima época? Estamos cá para tudo. Enquanto não chegar ao fim, nunca saberemos. Iremos lutar com a mesma humildade e dedicação. Tudo é possível desde que se trabalhe com gosto e dedicação. O que representa esta subida para Joane e os joanenses? O GDJ vai fazer 82 anos no próximo dia 10. É já uma referência na vila e não só. É conhecido e respeitado em todos os sítios que joga pela tradição dos bons resultados e por honrar compromissos. A vila e os joanenses só se podem honrar do clube que têm. No contexto do concelho de Famalicão, considera que o GDJ deveria ser mais respeitado? Acho que sim, mas também acho que somos respeitados. Não senti, da parte da Câmara, qualquer falta de respeito para com o clube. Não tenho razões de queixa, sempre fui bem recebido. Cada um gosta do que gosta e se a rivalidade existe entre os principais clubes do concelho, ela é bem-vinda desde que seja saudável. Pertencemos ao mesmo concelho, não há razões para alimentar confrontos.

continuar a ter muitas dificuldades em captar verbas”.

“Cada um gosta do que gosta e se a rivalidade existe entre os principais clubes do concelho de Famalicão, ela é bem-vinda desde que seja saudável. Pertencemos ao mesmo concelho, não há razões para alimentar confrontos”

DESTAQUES “Nunca pensei que poderíamos subir, embora seja homem de fé, mas achava que tudo poderia acontecer” “Face a esta subida sabemos que o orçamento tem de ser ligeiramente maior, mas não muito. Vamos ser moderados. O Joane tem e vai

“O Joane não pode dizer a um jogador que lhe vai dar mil ou 1.500 euros e passados dois meses dizer-lhe que se tem de ir embora porque não conseguimos pagar isso a época inteira”


REPÓRTER LOCAL • MAIO DE 20112 • 11

AGOSTINHO OLIVEIRA Filho do seleccionador nacional viveu momentos únicos em Joane

A

gostinho Oliveira partilha o nome e a paixão pela bola com o pai, ex-seleccionador nacional de futebol. Aos 26 anos, o jogador aceitou o desafio de representar o Grupo Desportivo de Joane, após divergências com o Vilaverdense. “Não conhecia muito bem o Joane, muito menos a vila. Tivemos pouco tempo de preparação por causa dos problemas directivos. Fui muito bem recebido”, relata ao RL. O jogador não tem memória curta e lembra-se do desprezo com que os críticos tratavam a equipa. “Chamavam-nos “equipa Coca-Cola”. Não foi fácil. A uma semana do início do campeonato, a minha confiança estava em baixo”, confessa. Com trabalho e com o surgir gradual de um espírito de família entre colegas de equipa, treinador e direcção, aos poucos, o filho do ex-seleccionador nacional Agostinho Oliveira começou a acreditar. “A equipa começou a unir-se e a calar os críticos. As pessoas de Joane também

começaram a acompanhar-nos. Vivi momentos únicos”, descreve. Quem acompanhou os jogos do clube pôde ver muitas vezes, sentado nas bancadas de Barreiros, o ex-seleccionador nacional a apoiar o filho. Sábado, a ausência do pai na festa da subida do Joane teve explicação. “Ele sofre muito com tudo isto. A minha família esteve lá toda, menos ele, que tem problemas de coração e preferimos resguardá-lo. Mas ouviu o relato em casa. O sucesso do meu pai é o meu sucesso e sei bem que o meu êxito enche-o também de orgulho”, diz o jogador. Agostinho diz que as horas que se seguiram ao apito final, no jogo contra o Santa Maria, foram “indescritíveis”. “Estivemos sempre juntos a desfrutar da liberdade do fim de uma época cansativa”, descreve. O futuro de Agostinho Oliveira em Joane ainda é uma incógnita mas, garante, “aconteça o que acontecer, a minha vida ficará sempre ligada ao Joane. Já fui sondado pela direcção mas não há nada em concreto. Se dependesse só do coração, claramente que ficaria”, conclui.

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Luís Pereira


12 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

Festa também no Facebook do RL

C

1.223

“likes/gosto disso” dos vários posts colocados no Facebook do RL

177

número de amigos que partilharam as 12 notícias sobre o GDJ

230

número de comentários às notícias sobre o Joane

Hélder Carvalho: Pa ra b é n s a t o d o o pessoal do GDJ, do presidente (devido à coragem que te ve no início da época) a o r o u p e i r o ( S r. J o ã o , g r a n d e h o m e m ) e toda a equipa que, quando já quase n i n g u é m a c r e d i t ava , fo i c a p a z d e d a r a volta por cima . José Martins: Razão tem Francisco Costa : ”Isto é como acaba , nunca como começa”. Pa r a b é n s a o s q u e s e m p r e a c r e d i t a r a m e também aos mais cépticos porque o clube também conta com eles para novas conquistas. Pa u l o S i l v a : Pa r a b é n s c r a q u e s ! D o z e anos depois, uma vez mais. Manuel Cortinhas: Esta direcção, trei nador e jogadores ficarão na história do Joane! Rogério Simões: A equipa Coca-Cola subiu de divisão. Equipa fantástica! Joaquim Andrade : Embora seja natural

d e Ro n f e , t e n h o m u i t o s a m i g o s e m Jo ane, e como tal, dou os meus parabéns ao clube. Ricardo Alves: Subiram, para o ano voltam novamente à 4.ª divisão (mais apropriada à realidade do Joane). De qualquer forma , parabéns! Jo s é Fe r n a n d e s : C o m p o u co s r e c u r s o s co n s e g u i u - s e m u i t o e co m u m a e q u i p a com muitos elementos da nossa terra e formados no clube. Já estão a falar em d e s c i d a ? Po r q u ê ? A s p e s s o a s j á s a b e m o que vai acontecer para o ano? Celso Azevedo: Grande conquista do J o a n e ! Pa r a b é n s a o F r a n c i s c o C o s t a e ao Rui Ribeiro que, com o que outras equipas não queriam, conseguiram construir um plantel, subir e ser campeão da S é r i e A . Q u e m a u g u ra a d e s c i d a p a ra o ano, pode é ter de se calar novamente! Assim espero.

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entenas de joanenses souberam da notícia do título de campeão e da subida de divisão do GDJ pela página do Facebook do RL. No total, no mês de Maio foram colocadas no mural da página 12 notícias (posts) sobre o as sunto, a grande maioria, informações em primeira-mão e fotos exclusivas do RL. As notícias sobre o clube mereceram o interesse manifestado através de 1.223 “likes/gosto disto”. As 12 notícias do GDJ no Facebook do jornal foram partilhadas por 177 amigos e receberam 230 comentários. Foi com a subida de divisão e a conquista do título de campeões que o RL bateu recordes de participações neste fórum de notícias diárias da re g ião, com 5 .000 se g uidore s que já não dispensam a visita diária pelo nosso FB. A maioria dos “amigos” do RL deixou mensagens de felicitações aos jogadores, treinador e direcção do clube. Alguns adeptos aproveitaram para debater o futuro do clube, lembrando o percurso da equipa até à subida de divisão. Mais tarde, no decorrer da semana, o RL anunciou em primeiramão a intenção da recandidatura de Rui Ribeiro a um novo mandato (ver entrevista), o que motivou várias reacções no Facebook:

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REPÓRTER LOCAL • MAIO DE 20112 • 13

Foi linda a festa, pá! Luís Pereira

E no cair do pano, o Grupo Desportivo de Joane foi campeão da série A do campeonato nacional de futebol da III divisão. Mais um empate, mais uma conquista… mais uma festa! Uma semana depois de ter festejado a subida, clube e adeptos voltaram a fazer a festa no domingo, dia 27. O empate a zero em Viana do Castelo, na última jornada, foi suficiente para que a “equipa Coca-Cola” terminasse a época em primeiro lugar da tabela clas sificativa, com 38 pontos, sendo o clube que durante toda a época teve mais vitórias (17 no total). Ainda os jogadores e equipa técnica estavam em viagem de regresso e já em Joane se preparava a recepção. O autocarro do clube chegou à rotunda da VIM por v olta das 20:30 horas e foi saudado por dezenas de

Joooaaaaannneee! Num dia especial para o GDJ, a homenagem a um adepto especial. Até há poucos anos, Daniel Silva era presença assídua nos jogos do Joane. De tal forma que se tornou uma referência entre os adeptos, com os seus inconfundíveis gritos de apoio, “Joaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa-

aaaaaaaaane!”. Fragilizado pela doença que o obriga a repouso em casa, Daniel Silva deixou de aparecer no campo de Barreiros, mas no dia da subida houve uma excepção: entrou em campo com o plantel e o presidente do clube. Na cadeira de rodas, antes do apito inicial

da partida, o homem ouviu, emocionado, o forte aplauso vindo das bancadas onde outrora se sentava. Depois, pousou com o plantel para a foto do RL e regressou a casa. Foi simples a homenagem como simples é o homem, fervoroso adepto do clube de Barreiros.

adeptos que seguiram em cortejo até ao Parque da Ribeira, local onde estava montada a festa. Entre música e aplausos, os joga dores foram chamados ao palco coberto da Ribeira. A maior ovação recebeu-a o presidente, Rui Ribeiro. Emocionado, falou do caminho penoso durante a época; reafirmou a disponibilidade para um novo mandato; assegurou que a II divisão não ficará mais cara e, por fim, dedicou as conquistas à esposa, que foi “muito sacrificada pelas ausências desde que me meti nisto”. Rui Ribeiro aproveitou a presença de dezenas de adeptos e fez o con vite a todos para mais uma festa: a do 82.º aniversário do GDJ, no próximo dia 10, com missa no estádio do Barreiros. Não faltou comida, vinho e cerveja na extensa mesa colocada em frente ao palco, e tocadores de concertina e fogo de artifício.


14 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

De pé (da esquerda para a direita): Sr. João (roupeiro); Rui Ribeiro (presidente); André Costa; Campos; Álvaro; André; Agostinho; Gijo; Carvalhinho; Peixe e Zé Pedro. Em baixo: Rui P; Rui Luís; Daniel Silva (adepto homenageado); João Ribeiro; Ismael; Vidal; Marquinho; Hugo; António e Russo.


REPÓRTER LOCAL • MAIO DE 20112 • 15


16 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

ENTREVISTA • CUSTÓDIO RIBEIRO, Ex-PRESIDENTE DO GDJ

“É preferível investir num campo sintético do que num estádio novo” Luís Pereira

G

ostou da subida? Eu, como muita gente, não contava com a subida de mas vi-a com bons olhos, assim como a boa gestão feita esta época no clube. Parece ter resultado o “efeito coca-cola” na equipa. E agora? Felizmente, a direcção vai manter-se - pelo menos o timoneiro. Espero que consiga não aumentar a despesa e, se possível, diminuíla. A época 2012/2013 será de transição, a última em que haverá III divisão, quem descer da II di visão, regressa automaticamente aos distritais, que passarão a ser ainda mais competitivos. Custa muito descer mas é muito difícil manter-se porque requer muitos sacrifícios. O clube já passou por isso na época de 1987. O GDJ pode manter-se na II com o mesmo orçamento deste ano (cerca de 185 mil

euros, incluindo equipas de formação)? Acho possível porque as desloca ções na II divisão não serão muito diferentes. Os problemas podem surgir ao nível dos apoios. As Câ maras não vão poder continuar a subsidiar os clubes como o fazem até agora. Se o clube começar a arranjar já alternativas para cobrir esse apoio, só terá a ganhar. À parte o mérito da equipa, o GDJ não terá beneficiado da opção de outros clubes não quererem a subida? Isso é paleio. Não há nenhum clube que não queira subir. Que prioridades deve, então, ter o GDJ? O êxito financeiro, que passa por não dever nada a ninguém. O Jo ane inscreveu-se à última da hora e fez uma equipa com jogadores que ninguém queria, por isso, não tem que estar muito preocupado em fazer a equipa, os jogadores aparecerão. Deve começar a preocupar-se com os miúdos. Com as

“O Joane tem a sorte de ainda poder contar com meia dúzia de carolas que pegam todos os dias nas carrinhas para transportar os miúdos, que marcam o campo, etc. Mas isso vai acabar um dia porque as pessoas vão-se encher”.

Quando o vermelho venceu o azul que, em 1971, o falecido Joaquim Matias quis comprar um terreno e acabámos por nos instalamos em Barreiros, mas com um campo muito mais pequeno. Pouco a pouco, íamos metendo pedras de limitação, tentando alargálo e construindo mais do que o adquirido porque tínhamos que ter as medidas certas para poder participar no campeonato. Em s u m a , o c l u b e c o m e m o ra a o ri g e m do GDJ mas a formalização como tal só acontece em 1971. E como foi esse processo de fundação nesse ano? Foram feitas reuniões em que participaram o padre Benjamim

Salgado e o Dr. Artur Melo. Foi Benjamim Salgado que sugeriu que o clube tivesse um nome mais abrangente e que servisse o desporto em geral. Surge então o Grupo Desportivo de Joane que, de início, teve várias modalidades, como a pesca. Porquê o vermelho e branco como as cores do clube? Porque eram as cores do Benfica e, sobretudo, do Arsenal de Braga, clubes que tinham muitos adeptos joanenses. No grupo, eu era dos poucos portistas e quando foi para escolher as cores, estava em minoria. Não foi pelo brasão ou cores da freguesia, foi sobretudo

por influência do então Arsenal de Braga. Já com o clube formado, quando é que começa a competir? Em 1972 entrámos no primeiro campeonato da III divisão de Braga. Fomos campeões e passámos à segunda onde permanecemos dois anos. Quem liderava a direcção? Era eu o presidente e fui até 1977, altura em que o Quim Cortinhas foi para a presidência. Depois fui embora mas regressei novamente na década de 80. O último ano em que fui presidente foi em 1997.

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O GDJ faz 82 anos no próximo dia 10, no entanto, o senhor é associado à fundação. Pode explicar isso? O “Futebol Clube Joane” foi fundado em 1930 por muitas pessoas, todas já desaparecidas. A primeira p a r t i c i p a ç ã o d o c l u b e n a A s s o c i ação de Futebol de Braga foi em 1938. O Joane jogava nos torneios populares com várias equipas, como o “Estrelas da Labruge”. Em 1969, já eu estava envolvido, o Joane jogava no campo onde agora está o Centro Social e foi proibido de continuar a disputar os campeonatos por não ter instalações próprias. Foi então


REPÓRTER LOCAL • MAIO DE 20112 • 17

“Uma direcção não pode chegar e simplesmente decidir pôr uma placa a dizer ‘vende-se’ (o estádio do Grupo Desportivo de Joane)!”.

anos estive vinculado a outras fun ções, no Conselho de Arbitragem, e entendi que não devia misturar as coisas, mas nunca deixei de ajudar e apoiar o Joane. Não se sentiu tentado ou desafiado a assumir a direcção quando praticamente já não havia esperança de encontrar quem o quisesse, antes de aparecer o Rui Ribeiro? Fui acompanhando, mas não podia. Vi, durante esse processo, pessoas que saíram, mas não cheguei a perguntar o porquê, embora ache que terão feito bem porque é preciso dar lugar a outros e o Joane acabou por ter uma época feliz. O sucesso da gestão da última época pode estar relacionado com o facto de ser um conjun to de dirigentes “sem vícios” nestas coisas do futebol? Sem dúvida. Além disso, o Rui

soube rodear-se de gente da confiança dele, anónimos voluntários e gente trabalhadora. O Joane tem a sorte de ainda poder contar com meia dúzia de carolas que pegam todos os dias nas carrinhas para transportar os miúdos, que marcam o campo, etc. Mas isso vai acabar um dia porque as pessoas vão-se encher e por isso o GDJ tem que começar a ter argumentos e matéria palpável para começar a substituir os carolas. Que diferença nota ao nível da participação dos joanenses na vida do GDJ? Antigamente as pessoas que ajudavam os clubes, faziam-no por amor à terra. Quando em 1973 pensámos em mudar o campo, devíamos 900 contos (4500 euros) e fizemos o sorteio de um carro. O bilhete era de 5 00 escudos (2,5 euros). Em dois meses, graças ao empenho do Adão Fernandes e do Gaspar, vendemos tudo e muitos foram para joanense emigrados. Hoje isso seria impossível. Sinto que antes havia um envolvimento de muitas mais pessoas que se sacrificavam por fazer as coisas. Recordo-me dos tempos da Rádio Jovem em que os miúdos, na altura, tudo faziam para conseguir transmitir os relatos, a partir do bocadinho de espaço nos balneários que lhes cedemos. Havia muito mais envolvência das pessoas em torno do clube.

DESTAQUES

“ Custa muito descer

mas é muito difícil manter-se porque requer muitos sacrifícios. O clube já passou por isso na época de 1987” “Uma direcção não pode chegar e simplesmente decidir pôr uma placa a dizer “vende-se”! A custar os olhos da cara, então que se invista num campo sintético, é preferível” “O Rui Ribeiro (presidente) soube rodearse de gente da confiança dele, anónimos voluntários e gente trabalhadora”

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instalações que tem, o Joane não terá capacidade para manter as camadas de formação. O relvado não aguenta muito mais e é preciso começar a procurar soluções, como a de um campo sintético. A aposta na formação deve ser o caminho? Claro que sim. Esta época o Joane viu-se obrigado a apostar nos miú dos pela falta de graveto, e viu-se o resultado. O campo sintético pode ser a alternativa a um novo estádio? O projecto de 2 ou 3 milhões de eu ros de um novo estádio é aprovado por unanimidade, curiosamente na mesma altura em que se aprovam as contas do clube que falam em credores do GDJ! O projecto é mais que ambicioso. Quem o paga? A Junta? O Estado? Por outro lado, falou-se em vender o campo, que tem 14 mil metros quadrados. Quem compra? Uma direcção não pode chegar e simplesmente decidir pôr uma placa a dizer “vende-se”! A custar os olhos da cara, então que se invista num campo sintético, é preferível. No meu tempo não ha via subsídios e fizemos o relvado, fomos pioneiros, à data. Foi fundador e presidente do clube. No entanto, nos últimos anos não se envolve na vida do GDJ. Porquê? Acompanho na medida do possível. Participei na última Assembleia (já depois da subida). Nos últimos 10


18 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

FRANCISCO SÁ “Apesar de eleito pelo PS, o partido (em Famalicão) nunca me perguntou se queria ser candidato ou não. Era mais do género: “o Francisco está garantido em Castelões, não é preciso preocuparmo-nos”.

ENTREVISTA entrevista • FRANCISCO SÁ

“O PS de Famalicão está “partido” e tem dormido à sombra da bananeira” Presidente da Junta de Castelões defende urgente renovação no PS e critica processo de fusão de freguesias Luís Pereira

A

o fim de 10 anos, qual é o balanço que faz do seu trabalho como presidente de Junta de Castelões? Nenhum autarca consegue fazer tudo aquilo que se propõe fazer. Dou-me por satisfeito pelo trabalho que fiz. Houve muita luta porque a Câmara é de cor política diferente da nossa mas com esforço fomos conseguindo algumas obras, nomeadamente a da Estrada Municipal 510 e a 510-1 cuja intervenção era muito importante e urgente. Elegeria essa como a obra dos 10 anos? Foi seguramente uma das principais. É uma obra da responsabilidade da Câmara e abrange toda a freguesia. O arranjo da zona envolvente do adro da igreja é também importante. Com a ajuda da Paróquia foi possível intervir na parte de cima do adro. A própria Capela Mortuária resulta da colaboração da Junta, que ofereceu o projecto e deu um donativo de 5.500 euros. Elenca muito obras da Junta e da Paróquia. Há alguma mágoa quanto à forma como a Câmara tratou Castelões? Não vou dizer que a Câmara não ajudou. Tivemos alguns protocolos, mas de baixo valor e que tiveram de ser muito negociados. A próxima obra será o alargamento do cemitério? Sim. O senhor António Lopes, um benemérito, doou um terreno de mil metros à Câmara que o entregou agora à Junta. A Câmara vai aprovar um protocolo de 4000 euros para uma primeira fase. Já não será Francisco Sá a inaugurá-la… Gostava de terminar a obra antes de sair da Junta mas sou realista e isso não será possível. A menos que a Câmara pague toda a obra porque a Junta, sozinha, não tem capacidade financeira. O alargamento tem a ver com a lotação do actual? Estamos lotados a 98%, a negociar com uma família que tem várias campas e que, possivelmente, nos cederá o espaço, o que dará para suportar mais algum tempo. Mas é urgente o alargamento.

“Sou contra a agregação de freguesias, não vai diminuir a despesa das autarquias, pelo contrário, vai aumentá-la. E afasta o poder local das populações”

O que fica como frustração de não ter feito? Muita coisa, como o parque de lazer do Gorgulhão. A Junta não insistiu com a Câmara porque a insistir que seja em obras que coloquem os interesses das pessoas em primeiro lugar. Já se mentalizou que vai sair da Junta em 2013? Já. Isto cria o “bichinho”, que não tem nada a ver com o estar agarrado ao poder. Como também trabalho numa Junta (Gavião), passo o tempo a prestar serviço às populações. Gosto da parte social neste trabalho de autarca. As pessoas de Castelões vêm ter comigo a pedir para ficar como

secretário ou com outro cargo qualquer. Está disponível para isso? Total disponibilidade. As pessoas sabem que podem contar comigo, na Junta ou em qualquer outra instituição. Já está a ser preparado o sucessor? Já estivemos mais dedicados a isso. A fusão de freguesias faz com que a gente fique à espera de ver no que isto vai dar. Há gente na Junta com capacidade para continuar. O que falta fazer? Tanta coisa! Gostava de intervir mais na parte social e cultural. Há presidentes de Junta que se recusam receber e tratar de problemas sociais de fregueses de outras freguesias. Isso é errado. Eu tenho socorrido pessoas de Ruivães com géneros alimentares e ajudado a fazer o IRS. O bairrismo de muitos autarcas só prejudica as populações. Na fusão de freguesias, qual será a melhor solução para Castelões? Ficar como está. Sou contra a agregação, não vai diminuir a despesa das autarquias, pelo contrário, vai aumentá-la. Vão ter que meter mais pessoal para servir freguesias maiores, os presidentes vão ter que o ser a

tempo inteiro. Esta agregação afasta o poder local das populações. As pessoas só ainda não se têm manifestado muito porque não sabem o que vai acontecer. Nós próprios, não o sabemos. Acha que é para dar pouco tempo à contestação? Claramente. O governo não quer dar explicações para evitar a contestação, para que, quando chegar o dia, seja simplesmente imposto pela lei. Se Castelões for chamado a pronunciar-se, que cenários se colocarão? Não me importaria nada de ter Mogege de um lado, Ruivães do outro e Castelões no centro, sendo a sede (risos). Comigo ainda ninguém conversou sobre o assunto. Espero para ver o que vai dar. Ninguém quer a agregação e espero que a população de Castelões lute comigo contra ela. Castelões identifica-se mais com Pedome/Ruivães ou com Joane/Mogege? Quando a escola de Castelões foi agrupada no Agrupamento de Pedome em vez do de Joane, houve contestação. Há mais ligação com Joane. Já entre Vermoim e Castelões, noto que existe rivalidade Foi sempre independente do PS. Como olha para o PS de Famalicão? Vejo um partido “partido”, que tem dormido à sombra da bananeira e que precisa de ser renovado. Apesar de eleito pelo PS, nunca o partido me perguntou se queria ser ou não. Era mais do género: “o Francisco está garantido em Castelões, não é preciso preocuparmo-nos”. Tenho bom relacionamento com todos mas constato que as figuras que estavam há 20 anos no PS, são as mesmas “velharias” de hoje. Há que dar lugar às pessoas e às ideias novas, como fez o PSD. Há eleições no PS e a gente vê: quem está lá? Os de sempre! Os que têm lugares cativos! Depois de 2013, vai manterse ligado à política? Tenho alguns convites para ser candidato em freguesias. Freguesias próximas? Próximas e não próximas. Pelo PS? E não só.Castelões sempre em primeiro lugar.


REPÓRTER LOCAL • MAIO DE 20112 • 19

ENTREVISTA

VERMOIM | CORRIDA DE S. PEDROA A s s o c i a ç ã o C u l t u r a l d e Ve r m o i m o r g a n i z a , a 3 0 d e Ju n h o , a I I C o r r i d a Po p u l a r d e S . Pe d ro , e m p a r c e r i a co m a A s s o c i a ç ã o A m i g o s d e S . Pe d ro e i n s e r i d a n a s Fe s t i v i d a d e s a e s t e s a n t o , e m Ve r m o i m . A s i n s crições são gratuitas e aberta aos escalões mais jovens.

entrevista • LUÍS GONÇALVES

“Se a Junta já estava mal, agora fomos para pior” Luís Pereira

A

ntónio Gonçalves assumiu o lugar de eleito na AF nas primeiras sessões e depois deixou de aparecer. Isso condiciona a crítica que o PS possa fazer à renúncia ao mandato de Daniel Rodrigues? Não posso ficar contente com a atitude de uma pessoa que é eleita pelo povo para o representar e não comparece. É defraudar o voto, e em Ronfe não está representada a plena vontade do povo nos órgãos autá rquicos. A verdade é que Daniel Rodri gues renunciou e a oposição remeteu-se ao silêncio… O PS manifestou-se contra a renúncia, considerou-a irresponsável. Daniel Rodrigues é político e manobrou para que as coisas aconte ce sse m como se e stivé sse mos na altura do feudalismo, em que o rei nomeava o sucessor. De nada adiantaria fazer alarido já que a decisão estava tomada. A população teve uma reacção muito negativa à atitude do Daniel e isso poderá ser uma pedra no sapato para o PSD em 2013. Deram trun fos ao PS. E como está o PS de Ronfe? O PS não contava com uma derrota tão pesada em 2009 e isso desanimou o candidato. A nossa aposta no cabeça de lista não foi muito forte. António Gonçalves já se deveria ter demitido ou, pelo menos, clarificado o que quer. Enquanto ele não se decidir, o PS continua na cord a bamba. Tem-se dado passos para que essa clarificação ocorra em breve. Como antevê o desempenho de António Sousa? Se estávamos mal, fomos para pior. Legalmente pode ser o presidente de Junta mas a verdade é que não foi legitimado pelo povo para o cargo. O Daniel Rodrigues tinha uma bagagem política que o Sousa não tem; era mais competente e, ao nível de popularidade, nem se pode comparar. Foi uma aposta fraca, o que é bom para o PS. O que faz falta em Ronfe? Não faz falta uma piscina, faz falta um parque de lazer, como o de Joane e o de Brito. Tínhamos

condições de o fazer na antiga pista de motocrosse…. Mas a Junta tem dito que ninguém sabe de quem é esse terreno… Eles sabem bem que aquilo é da Câmara. O PS em campanha apresentou projecto para esse fim, a Câmara não tinha que meter dinheiro algum e seria rentabilizado com um loteamento paralelo. A derrota do PS impediu a Câmara de avançar? Não avançou porque entretanto foram equacionados outros locais, nomeadamente, junto à Quinta de Gemunde, criando uma centralidade na vila. Se a piscina não faz falta por que é que António Magalhães a veio prometer aos ronfenses? Quando isso aconteceu, em 2009, estav a longe de imaginar a austeridade e a falta de dinheiro. Faz falta uma Casa da Juven tude na escola da Ermida? A Junta e o PSD, se estivessem assim tão preocupados com os jovens, não tinham acabado com o festival. O que o PSD quer é usar a escola para fins políticos. A Casa da Juventude é pretexto. O Centro Escolar é um projecto prioritário? Será uma mais-valia. Tenho ouvido dizer que em 2013 a obra será uma realidade mas está tudo dependente das verbas do poder central, que tem congelado o dinheiro do QREN para pagar dívidas. É verdade que a Câmara “fechou a torneira” para Ronfe nos últimos anos? A Câmara não abandonou Ronfe, mas quem não se sente, não é filho de boa gente. A Câmara tem dado a Ronfe o de direito. As circunstâncias também mudaram, nos últimos anos não tem havido dinheiro. A humildade não é um defeito, é uma virtude e o mau relacionamento que o Daniel tinha com a Câmara não ajudou, apesar de António Magalhães não se deixar influenciar por isso. Sobre a fusão de freguesias, a Ro nfe chega Vermil? A fusão é um capricho, não traz benefícios nem poupança. Se tiver que ser, teria interesse que Vermil e Airão Santa Maria se agregassem a Ronfe.

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Com a ausência prolongada de António Gonçalves, número um da lista do PS nas eleições de 2009, tem cabido a Luís Gonçalves a representação e a liderança socialista em Ronfe


20 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

CULTURA | COLABORADORA DO RL LANÇA NOVO LIVRO Ana Margarida Cardoso, que assinou no RL o espaço “Crónica Feminina”, apresenta esta sexta-feira, 8 de Junho, no Museu Nogueira da Silva, em Braga, o seu novo livro, “O Peão Indomável”, segundo romance da jovem de 21 anos, que está a tirar o mestrado em Comunicação Estratégica na Universidade Nova de Lisboa.

ÚLTIMAS

JOANE • PROJECTOS

JOANE• EDUCAÇÃO

Novas Oportunidades garantidas até Agosto

O

Centro de Novas Oportunidades (CNO) da secundá ria não recebeu ordens do governo para despedir professores. Pelo menos até final de Agosto deste ano está gara ntido o seu f inanciamento, segundo Alfredo Mendes. “Os casos de resc isões de con tratos referem-se aos Centros que o governo já tinha decidido que não teriam financiamento. Não é o caso do CNO desta esco la”, esclarece o director, concluindo que resta aguardar pelas indicações do Ministério

da Educação quanto ao pósAgosto. “O que sei é pelo que vem nos jornais”, refere. OFERTA EDUCATIVA Já está aprovada a oferta edu cativa e formativa da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, de Joane, para o próximo ano lectivo. A direcção espera conseguir alunos suficientes para cinco turmas no sétimo ano, que tem, tam bém, Espanhol e Francês como segunda língua estrangeira. No secundário, a oferta é diversificada nos cursos pro -

fissionais: animador sociocultural, técnico de electrónica, automação e computadores; auxiliar de saúde; informática e gestão; instalações eléctricas; técnico de apoio à gestão desportiva e multimédia. No mesmo nível, nos cursos científico-humanísticos, há a opção de Ciências e Tecnolo gias e Línguas e Humanidades. Nos Cursos de Educação e Formação para jovens, há ofertas de um curso (dois anos) de práticas técnico-comercial; e cursos, de um ano, de geriatria e electricidade de instalações.

Hermotor distinguida com galardão da Ford Num processo de cariz anual, os clientes Ford voltaram a pronunciar-se sobre o trabalho desenvolvido pelos concessionários ao longo do ano de 2011 e a Hermotor viu-se distinguida uma vez mais com o galardão da Ford Motor Company a nível global, o ‘Chairman’s Award’. A Ford Lusitana distinguiu o seu concessionário de Guimarães e de Famalicão. Raúl Herculano, administrador da Hermotor, recebeu o galardão das mãos de Diogo Rezende, na qualidade de presidente da Ford Lusitana. No seu discurso, felicitou o vencedor pelos excelentes resultados alcançados.

A Hermotor foi já contemplada no passado com este galardão, considerado o mais importante da empresa, sendo de resto recordista no número de troféus conquistados - nove. A Ford realiza inquéritos regularmente para auscultar a opinião dos clientes relativamente aos serviços prestados nas concessões.

ATC alarga ofertas na área da saúde A A s s o c i a ç ã o Te a t ro C o n s t r u ç ã o d e J o a n e aproveitou a festa dos 35 anos (18 a 20 de Maio) para anunciar a criação de quatro novos serviços na área da saúde. Os novos p ro j e c t o s s e rã o i m p l e m e n t a d o s n o e s p a ç o da biblioteca , que f icará de voluto no Verão, e abragem as áreas de fisioterapia , pediatria , terapia da fala e psicologia . “Há poucas respostas na região nesta área face às necessidades. São serviços que queremos prestar de forma mais económica para o utilizador”, referiu Custódio Oliveira , presidente da ATC . A d i f í c i l s i t u a ç ã o e c o n ó m i c a d o Pa í s t e m travado o f inanciamento de projectos, como o do hospital que a ATC ambiciona instalar em Joane e que não deverá avançar tão cedo. “Da nossa parte tudo o que há para fazer está feito. O hospital só não avança porque f a l t a f i n a n c i a m e n t o e n ã o h á p e r s p e c t i va s sobre quando esse financiamento possa estar garantido”, disse Custódio Oliveira . A ATC f e s t e j o u o s 3 5 a n o s c o m d e s p o r t o (basquetebol feminino; uma mega aula de fitness e um passeio de BTT ) e cultura (exposição de pintura ; a peça de teatro “ Zé do Telhado” e música).

JOANE • LIVRO

“O medo vende mais do que a esperança”

Custódio Oliveira apresentou o seu novo livro, “Governar é comunicar”, no novo auditório da Junta de Joane, no passado dia 26. A apresentação foi feita por Joaquim Forte, director do Repórter Local. O livro aborda a estreita ligação entre a comunicação, a política , o poder e os meios de comunicação social. “Há quem venda políticos através da comunicação mas isso não resulta . A comunicação é uma ferramenta , não um objectivo”, disse Custódio Oliveira . Para o Master em Comunicação e Marketing Po l í t i c o , a v a r i á v e l q u e t e m i m p e r a d o n a comunicação dos governos de hoje é o medo. “O medo em política vende mais do que a e s p e ra n ç a . Pa s s a m o s d i a s a a s s u s t a r - n o s . São ciclos, porque haverá um dia em que a gente deixará de ter medo”, af irma . O livro defende que a comunicação deve s e r v i r co m o u m a f e r ra m e n t a , n u n c a co m o um objectivo. “O que me dá gozo é perceber que a classe política se anda a enganar uns aos outros. Ninguém os leva a sério e só uma minoria os ouve”, considerou Oliveira .



22 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

por D. VIRINHA

Q U E N T E S . . . E B OAS!

PASSAT EMPO

TENHO O RG UL H O E M D I Z E R QU E S OU DA JSD…PERD ÃO , D E J OA N E !

Descubra quem é quem na foto

“ Tenho orgulho em dizer que sou de Joane” é um grupo da rede social Facebook criado por Tiago G uimarães há cerca de dois anos. Pretendia , sobretudo, mostrar o que de melhor tem Joane. Depois de um início com alguma dinâmica e actualizações frequentes, o grupo foi perdendo força . Ultimamente terá ressuscitado e voltou a ter actualizações permanentes, sendo comentada e utilizada , sobretudo, pelo PS D e pela JSD de Joane. “20 anos é demasiado tempo. Está na hora de mudar Joane”, postou o PSD local no grupo.

“A JSD Joane apoia os jovens, nos bons e maus momentos. Força na recuperação”, comentou a JSD a propósito do acidente que envolveu um autocarro com os alunos da secundária . “ Tiago Guimarães, o próxi mo presidente da Junta de Joane. Que tal? Eu aposto que sim!”, escre veu uma entu siasta . Coincidência ou não, o criador do grupo é hoje o presidente da JSD da vila . A caminho de 2013, há que usar tudo para “ ven der o peixe”. Separar águas, recomenda-se!

NÚ C L E O P S E M J OA N E Custódio Oliveira , presidente da ATC , apresentou o seu último livro em Joane. O novo auditório da antiga sede da Junta este ve bem composto, com forte presença de f iguras da política loca l. Mais do PS do que do PSD, é um facto, a ponto de alguém ter comentado, com ironia : “é a apresentação do livro de Custódio Oliveira ou a inauguração da secção de residência do PS?”.

QUAL É A TORRE VELHA? O velho vira novo. Nos dias que correm, é uma boa prática , em respeito pela memória . Quem olha para a “velhinha” torre da igreja velha de Joane – sobrevivente da demolição da igreja , em 1978 – dá agora de caras com a sua brancura . Uma boa notícia!

GU TE R R E S ! G UTE R R E S ! Já se sabe que a vila de Joane f ica muito afastada da sede do Poder Municipal. E às vezes é esquecida em detrimento de outras paixões! Lembram-se de, há uns anos, o impagável Valentim Loureiro, num co m í c i o d e c a m p a n h a e l e i t o ra l , p e ra n t e m i l h a r e s de pessoas, desatar a gritar “Guterres! Guterres”, para logo de imediato corrigir para “Gondomar! G o n d o m a r ! ” ? Po i s b e m , r e c e n t e m e n t e a c o n t e c e u algo muito parecido ao vereador Leonel Rocha , da Câmara de Famalicão, quando resolveu dar vivas ao clube. Só que… saiu-lhe “ Viva o Ribeirão!”. A boca a fugir para a verdade. CORAGEM OU FALTA DE EDUCAÇÃO? Em Ronfe, a política local continua a ser um palco de eleição para jovens turcos. Henrique Barros substituiu António Sousa , agora presidente da Junta , na cadeira da presidência da mesa da Assembleia de Freguesia . E não esperou muito tempo para puxar dos galões e mostrar o estilo que preconiza . Menos de 24 horas depois de ter tomado posse, o novo presidente deu que falar na cerimónia of icial do aniversário da vila . Na presença do presidente da Câmara de Guimarães (PS), Henrique Barros não se furtou a um discurso crítico dirigido a António Magalhães, exigindo-lhe desculpas pelas promessas não cumpridas feitas aos ronfenses. O discurso causou embaraço e António Magalhães, na resposta , atirou-se a Henrique Barros, considerando-o inoportuno para um dia que se pretendia de festa para a vila .


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24 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

RONFE | DANIEL RODRIGUES NA CASA DO POVO O ex-presidente da Junta de Ronfe, Daniel Rodrigues, que renunciou ao cargo por falta de tempo, foi eleito presidente da Casa do Povo, no dia três, durante a Assembleia-Geral. A nova direcção pretende angariar 300 novos sócios até final de Julho. A tomada de posse será a 17 de Junho.

OPINIÃO opinião

Fontes e tanques de Joane bica de Vila Boa, que está sem água há algumas décadas. Essa água foi desviada, “roubada” ao local pela própria Junta de Freguesia. Se era previsível para onde a água na altura foi desviada, hoje que lá não faz qualquer falta, deixa legítima a pergunta: que é feito da água da bica de Vila Boa? E já agora, deixo outra pergunta inocente, aliás mesmo muito inocente: alguém s abe onde pára a água que deveria cair no tanque do Largo 3 de Julho? Os tanques e lavadouros associados aos fontenários são outro exemplo de desmazelo autárquico. A área envolvente desses tanques não sofre qual-

Talvez no dia mais quente do ano, passava eu junto do Parque da Ribeira em Joane (que já contou com várias cerimónias de inauguração), abeira-se de mim um rapazito todo transpirado, montado na sua bicicleta, e pergunta-me: “por aqui não há água?”. Fiquei intrigado, pois no tal parque não conheço qualquer bebedouro, chafariz, bica, fonte ligada à rede pública de abastecimento de água, onde possam matar a sede as crianças e adultos que frequentam aquele espaço de lazer. Não seria de esperar que houvesse? Nas proximidades do parque, existe uma bica conhecida por Fonte do Ribeiro, onde uma grande parte da população de Joane já colheu água para consumo - creio que várias pessoas ainda a bebem. A fonte está enterrada em silvados, arbustos, sem qualquer iluminação no local, representando um risco para quem a utiliza de noite. A zona evolvente está suja, com dejetos e outras porcarias, o que revela que não tem merecido qualquer atenção da entidade gestora. Não existe qualquer placa no local a indicar o estado da água, e por isso devemos partir do princípio que é analisada trimestralmente e que se encontra muito própria para consumo. Esta fonte, dado o local em que se encontra, se contasse com uma recuperação, que não precisava de ser muito dispendiosa, que obedecesse a um projeto que a integrasse naquele espaço verde, tornaria aquele centro bem mais aprazível, assim como serviria os frequentadores

Quem andou de porta em porta a mendigar votos e mereceu a confiança dos seus concidadãos, tem obrigação de se esforçar em corresponder às exigências e competências dos lugares que ocupa

do Parque da Ribeira. Mais preocupante é que o estado da Fonte do Ribeiro espelha o abandono a que foram votados os fontenários e tanques/lavadouros, espelha a negligência posta pela entidade gestora destes equipamentos de Joane. Vimos várias fontes com placas que dizem “água não controlada”, algumas fontes sem qualquer placa, e uma placa sem nenhuma fonte. Pois, no lugar da Lameira, existe uma placa que diz “água controlada”, só que ninguém sabe da fonte. É possível que esteja em propriedade privada, vedada com um portão lacrado à chave. Portanto, inacessível ao público. Proponho à entidade gestora dos fontenários de Joane, que publique no seu sítio na Internet quais as fontes com água própria para consumo, quais os valores da água e a periodicidade das análises feitas. Há fontes que fazem parte da história da Vila. Uma delas é a

quer cuidado, as suas coberturas feias, oxidadas, talvez signifiquem o enferrujar do empenhamento, do brio nas suas funções da entidade gestora, que é a Junta de Freguesia. Independentemente de títulos, de presunções, da “importância” que se julgue ter por ocupar cargos, cada um só vale pelo que deixa feito, e nesta área, a entidade gestora tem sido extremamente deficiente no seu trabalho. Ninguém é obrigado a estar num cargo autárquico. Mas quem andou de porta em porta a mendigar votos, mereceu a confiança dos seus concidadãos, tem obrigação de se esforçar em corresponder às exigências, competências dos lugares que ocupa.

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Nel Cunha


REPÓRTER LOCAL • MAIO DE 20112 • 25

VERMIL | TORNEIO DE PAINTBALL ... E DE CHINCALHÃO! V. MALHEIROS ALGUÉM DISSEà ISSO? Cerca de 30 jovens de Vermil participaram, no diaNOS 12, junto capelaJOSÉ de S. Miguel, (PÚBLICO) “Algu num torneio de Paintball, no âmbito da promoção do Festival da Juventude. Entretanto, a Comissão das Festas de S. Miguel promove, sábado, dia 9, a partir das 16:00, um torneio de Chincalhão, junto à igreja paroquial. Há prémios para as oito primeiras equipas e os tradicionais vinhos e petiscos.

Sérgio Cortinhas

Professor; Militante do PS de Vila Nova de Famalicão

1.Uma célebre frase do Filósofo grego Aristóteles diz que “o homem é por natureza um animal político”. Pretendia este pensador salientar que faz parte da natureza humana viver e participar num estado e numa sociedade política. Pretendia também Aristóteles chamar atenção para a inevitalidade da liga ção e integração do ser humano no Estado chegando a afirmar que nenhum homem se consegue colocar à margem do sistema social/ político. Quem vivesse à margem do esta do e do sistema social/político ou seria um Deus ou uma besta. Como explicar então que, sendo vítimas de um sistema social/político onde a ética, a justiça, a equidade, a solidariedade, a transparência, a verdade e o respeito são pura ficção, continuemos alheados da participação cívica e política?

Seremos bestas? Como explicar a nossa inércia cívica, estando conscientes que essa atitude tem permitido que dezenas de responsáveis políticos/econó micos/institucionais e seus correligionários continuem a levar o país para o abismo? Como explicar o nosso alheamento face à participação no sistema político e, sobretudo, face aos partidos que são o pilar (infelizmente frágil) da nossa democracia? Ora, aceitando que Aristóteles tem alguma razão, aceitando que não somos deuses, per gunto: seremos bestas? 2. Vem também isto a propósito da proposta que foi apresentada no mês passado em sede de Comissão Política Concelhia do PS para a criação de uma secção do PS em Joane (e noutros locais estratégicos no concelho). Promover a participação dos cidadãos em geral

e dos militantes em particular, aproximar mais a política das pessoas e dos seus problemas concretos, descentralizar, criar estruturas de proximidade não só e apenas com os militantes mas também com os cidadãos, cativando-os para uma maior participação política, tornar os processos de nomeação e eleição de candidatos mais participados e, por isso, mais transparentes e legítimos, são objectivos da criação desta secção. O atual Secretariado da Concelhia do PS adiou decisão sobre a proposta para o secretariado que sair das próximas eleições a realizar esta semana, o que me parece bem. No entanto, espero que na decisão final não se tenha em conta apenas os interesses de quem está como damente instalado (agarrado) no poder mas, sobretudo, o interesse público: dos militantes de Joane e da população em geral.

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OPINIÃO


26 MAIO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

CASTELÕES • FUTsal

ADECA campeã concelhia

A A s s o c i a ç ã o D e s p o r t i va d e Castelões ( ADECA ) venceu o c a m p e o n a t o co n c e l h i o d e f u t e b o l d e s a l ã o , p ro va o r g a n i z a da pela Associação de Futebol S a l ã o A m a d o r d e Fa m a l i c ã o . O t í t u l o f o i co n q u i s t a d o e m c a s a , n a ú l t i m a j o r n a d a ( d i a 2 6 ) , co m a vitória por 4-1 frente ao Colina do Ave. No final, estalou a festa entre adeptos, jogadores e dirigentes,

q u e s e p ro l o n g o u n o i t e d e n t ro . “ É u m a a l e g r i a m u i t o g ra n d e p o r q u e r e p r e s e n t a o p r i m e i ro t í t u l o d a 1 ª d i v i s ã o p a ra a A D E C A” , d i s s e o t r e i n a d o r A g o s t i n h o C a r n e i ro , s a l i e n t a n d o q u e o triunfo foi “fruto de um esforço m u i t o g ra n d e . O s v e r d a d e i ro s vencedores são os jogadores e os adeptos”. S é r g i o Fe r r e i ra , p r e s i d e n t e d a ADECA , referiu que a “época

i n e s q u e c í v e l ” e x i g i u m u i t o t ra b a l h o p a ra “ u l t ra p a s s a r a l g u m a s co n f u s õ e s ” . “ F i co u p ro va d o q u e q u e m a n d a n i s t o co m h o n e s t i dade merece vencer”, disse. A p ró x i m a é p o c a e s t á a s e r p r e p a ra d a . O s j o g a d o r e s f o ra m s o n d a d o s s o b r e a co n t i n u i d a d e no plantel, mas, segundo Sérgio Fe r r e i ra , a t é a g o ra a i n d a n ã o f o ra m t o m a d a s d e c i s õ e s . Luís Pereira

André Machado, atleta da EARO, campeão nacional de montanha O atleta André Machado, da Escola de Atletismo Rosa Oliveira, de Joane, conquistou o título de campeão nacional de montanha em sub-23. O triunfo foi conseguido na prova de Atães (Guimarães), no dia 26 de Maio, com grau de dificuldade muito grande. No mesmo dia, na Pista Gémeos Castro (Guimarães), Sara Oliveira, em Iniciados, conseguiu o apuramento para a Final do Quilómetro Jovem nos 1000 metros obstáculos, que se realizou nos dias dois e três de Junho, em Fátima.




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