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RONFE
JONEL ABREU um artista português, com certeza! Nº 156 • ANO XIV • MARÇO 2012 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE
p. 10, 11
JOANE | p. 04
Trabalhadores com salários em atraso JOANE | p. 084
Torre da igreja velha está a ser recuperada RONFE | p. 084
PSD quer ver Vila como centro agregador de freguesias AIRÃO | p. 094
Orquestra encantou crianças
p. 07
EM FOCO | p. 03
VERMIL | p. 12
ENTREVISTA | p. 14 e 15
Centro Escolar de Joane inaugurado sem governantes
A boa cozinha da cantina antecipa festas de S. Miguel
“Esta Câmara diminuiu diferenças entre vilas e freguesias”
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XAVIER FORTE | Presidente da Junta de Vermoim
REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 20112 • 3
A ATC de Joane iniciou um serviço de refeições para fora. Cada refeição fica por cinco euros: sopa (1€); prato (3,50€) e embalagem (0,50€). A encomenda deve ser feita no dia anterior: 252 922 175.
EM FOCO 1 JOANE • EDUCAÇÃO
Centro Escolar inaugurado sem presença de governantes Para o presidente da Junta, Joane foi desprezada pela Câmara por ter ficado fora do périplo de Nuno Crato
Luís Pereira
A
inauguração, no passado dia 28, do Centro Escolar de Joane, a funcionar desde Setembro do ano passado, não contou com a presença de nenhum membro do Governo - ao contrário do que aconteceu, dias antes, com a inauguração dos equipamentos de Telhado e Ribeirão, presidida por Nuno Crato, ministro da Educação (ver texto ao lado). Ainda chegou a ser anunciada a presença de um Secretário de Estado, mas acabou por ser Armindo Costa, presidente da Câmara de Famalicão, a “estrela” da cerimónia. “A Junta de Joane está de parabéns”, disse Armindo Costa dirigindo-se ao autarca anfitrião.
“Parabéns ao Município que soube privilegiar Joane”, retribuiu Sá Machado. Na inauguração estiveram dezenas de pessoas: vereadores, autarcas e dirigentes associativos, professores, pais e crianças. A cerimónia foi simples, mas com pompa. “É um grande privilégio poder participar neste acto simbólico de entrega à população de Joane de uma escola moderna e funcional, que serve, em condições de excelência, 415 crianças desta vila”, disse Armindo Costa que aproveitou para relembrar o investimento da Câmara na “grande reforma” do parque escolar do ensino básico do concelho. Sobre a obra, não faltaram elogios. Incluindo do presidente da
Junta. “Leonel Rocha (vereador da Educação) sempre soube ouvir as nossas preocupações. Em 1994 estava na nossa mente a consolidação dos equipamentos escolares nesta zona de Joane. Em 2000 dissemos à Câmara que a próxima escola teria de ser aqui. Este Centro Escolar honra os joanenses e estamos todos de parabéns”, elogiou Sá Machado. Alfredo Lima, director do Agrupamento de Escolas Bernardino Machado considera que o Centro “respeita a legítima expectativa d as f amí l ias e d o me i o ” . Po r s e u lado, o director regional da Edu cação do Norte, João Grancho, alertou que a excelência das condições físicas, não chega, “é preciso que pais se envolvam no processo”.
“FOMOS DESPREZADOS” A cerimónia foi precedida de uma nota de imprensa emitida pela Junta de Freguesia a propósito da presença do ministro da Educação, Nuno Crato, na inauguração dos centros escolares de Ribeirão e de Telhado. A Junta não gostou que Joane tivesse ficado de fora do périplo ministerial e viu nisso um “desprezo” da Câmara pela vila e pelos joanenses. “Não se pode comparar o Centro Escolar de Telhado com o novo Centro Escolar de Joane, atento a sua dimensão e investimento”, escreveu a autarquia, considerando que, não tendo vindo o Ministro a Joane, não se justificava a inauguração do equipamento “em data posterior”. A escolha do dia 28 para a cerimónia, segundo fonte do Município, teria sido feita há algum tempo por ser o dia do nascimento do patrono do Agrupamento (Bernardino Machado). No final da inauguração, Sá Machado disse que não retirava “uma vírgula” ao comunicado emitido dias antes. “Fomos desprezados. Se o Ministro v e m a Fa m a l i c ã o i n a u g u ra r dois centros escolares, pode perfeitamente inaugurar um terceiro. Esta inauguração é desprovida de sentido mas a Câmara esmerou-se para compor o erro. Perante este esforço, fica-nos bem ignorar o que se passou”, referiu o autarca.
4 MARÇO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL
JOANE | DIA DO PAI NO CENTRO SOCIAL O Centro Social de Joane assinalou o Dia do Pai (19 de Março) com várias actividades e um almoço convívio. As crianças dinamizaram iniciativas com as quais quiseram dar “miminhos” aos pais.
EM FOCO 2 joane • TRABALHO
Trabalhadores de confecção esperam pagamento de salários em atraso Em causa estão vencimentos de Novembro e Dezembro de 2011 e subsídio de Natal
Luís Pereira
N
ove trabalhadores da confecção de meias Salazar & Salazar, Peúgas Lda., situada na Rua Mato da Senra, em Joane, estão desde Janeiro numa situação de desemprego forçado originado pela falta de pagamento de salários. A confecção continua a trabalhar com três funcionários; os outros foram para o desemprego e aguardam o pagamento dos vencimentos de Novembro, Dezembro de 2011 e subsídio de Natal, bem como a
respectiva indeminização. “Há mais de um ano que a empresa atrasava os pagamentos dos salários. Recebemos o mês de Julho a 29 de Agosto e recebíamos sempre quase com dois meses em atraso”, diz Florinda Antunes, uma das ex-funcionárias. Fartos dos atrasos, nove dos 12 funcionários requereram a suspensão dos contratos de trabalho. Desde 11 de Janeiro que aguardam no desemprego pelos valores que lhes são devidos. “Vamos lutar para receber a indeminização. A gerência tem-nos prometido que paga, mas o certo é que ainda não
recebemos”, desaba José Barbosa, outro ex-funcionário. Má gerência é a única justificação que os trabalhadores encontram para que, ao fim de tantos anos de vínculo àquela confecção, tenham ficado sem emprego. “Não havia falta de trabalho, pelo contrário, sempre tivemos muito que fazer. Até dávamos muitas horas extras e havia funcionários a trabalhar até às cinco da manhã”, refere Florinda Antunes. No final do ano passado os trabalhadores intensificaram a pressão para receberem os salários em falta. Nessa altura, dizem, a ge-
joane • CÂMARA ARRANJa ENTRADA DA ESCOLA A Câmara Municipal de Famalicão decidiu avançar com a requalif icação da entrada da escola sec undária de Joane. Os trabalhos já decorrem mas o custo da obra não é conhecido. “Só no f inal”, diz o vereador responsável. A degradação do piso há muito que pedia intervenção mas nenhuma das entidades – Câmara , Ju n ta d e Jo a ne e Se cu nd ár i a - qu e ri a as su mi r a r e s p o n s a b i l i d a d e d o a r ra n j o . D e r e s t o , e m Janeiro de 2011, ao RL , o vereador das O bras Municipais, José Santos, alegava que o espaço em questão seria da responsabilidade do Estado Central e que, assim sendo, “é a eles (Estado) que compete o arranjo”. Um ano depois, a Câmara decidiu avançar com a obra . “Pre vê o arranjo da baía que costuma ser usada
para parque de estacionamento e passagem d e pessoas. Não está prevista a requalif icação dos passeios da avenida . Estamos a usar materiais resistentes para que tão cedo o piso não ceda à passagem de pessoas e automóveis”, explica agora o vereador. Quanto ao preço da obra para os cofres do Município, José Santos argumenta que, por s e tratar de uma intervenção de baixo custo, “só no f inal poderemos apurar o valor ”. Alfredo Mendes, director da escola , que há muito alertava para o estado do piso, vê com s a t i s f a ç ã o o a r ra n q u e d a o b ra e a c r e d i t a q u e “dará mais dignidade àquela entrada”, minoran do os “factores de risco para quem diariamente por lá passa”.
rência justificava os atrasos com uma alegada falta de liquidez. “Dizia que os clientes atrasavam o pagamento. Mas quando os clientes pagavam, não nos pagavam na mesma”, refere Marcela Salazar, outra ex-trabalhadora. A administração, já depois de os trabalhadores terem requerido a suspensão dos contratos, terá tentado um acordo que passava por pagar o ordenado de Novembro em prestações. A proposta não foi aceite. Entretanto, os trabalhadores interpuseram uma providência cautelar de forma a bloquear cerca de 50 mil euros que a empresa terá recentemente recebido, fruto de um caso antigo de um cliente devedor. Caberá agora ao tribunal decidir sobre o pagamento dos salários em atraso numa audiência agendada para Maio. Quanto à indeminização pelos anos de trabalho, os trabalhadores têm mantido contactos com a administração para que seja paga sem recurso à via judicial. Nas suas contas, está em causa uma média de oito mil euros por cada trabalhador. A recuperação dos postos de trabalho está posta de parte pelos trabalhadores, que agora só querem o dinheiro que lhes é devido para poderem começar a procurar novo emprego. Lamentam a situação a que a empresa chegou e estranham que continue a trabalhar apenas com três trabalhadores. O RL tentou por diversas vezes contactar a administração da empresa, mas, até ao fecho desta edição, tal não foi possível.
REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 20112 • 5
OPINIÃO | Páginas 17, 18 Sá Machado responde a Miguel Azevedo: “A propósito de boas práticas”; Nel Cunha: “Lembrar Abril” Sérgio Cortinhas: “Estatutos do PS e Marcelo”
14 MARÇO DE 2012 • REPÓRTER
LOCAL
ENTREVISTA entrevista • XAVIER FORTE
XAVIER FORTE
Carlos Aze vedo “Gostava muito de ter Foi uma mais-valia (CDU) na nossa lista . actual passa na Assembleia . A oposição do cemitério” dois anos sempre a falar
“Esta Câmara diminuiu as vilas e as freguesias”
as diferenças entre
e financeira, na há qualquer vantagem, económica (PSD-PP) afirma que “não do que Joane mais dinheiro da Câmara Presidente da Junta de Vermoim ainda que Vermoim receba freguesias. Xavier Forte contesta
fusão de
Luís Pereira
O
rque mudou em Ve s moim nos último anos? nQ u and o c h e g u e i à Ju ímia; havia ta, não tinha topon eguesias viconflitos com as fr to n e m a e n a s a h n i t zinhas; não odesportivo; nem pavilhão gimn a t a s a u r m e não tinha brasão n os e hoje tem petadas. Tinha sonh realidades. dato, o que Neste último man
editorial
foi feito? abalho que Continuámos o tr Começámos iniciámos em 2002. idade de vida por melhorar a qual os obras no das pessoas, fizem ivam do seu cemitério que der metros - esalargamento em 700 os gavetões, v o n 0 4 a s tão em cau seis capelas/ dezenas de ossários, em aeróbia. jazigos e 56 sepulturas o finalmente Espero deixar aquil ão. concluído, este Ver restringido A contenção tem Vermoim? o investimento em rar a cabeça Não podemos enter de freguesia na areia. As juntas om a redução foram penalizadas c iamento dois frustração. do Fundo de Financ não há nenhuma aço com o vestimentos ia alta mas rentabilizar o esp anos seguidos. Os in Pus sempre a fasqu se mosse retraíram. passageiros. queria. imobiliário e nem sequer da Câmara também é uma consegui tudo o que para chegar m e n t o n e m Uma sede de Junta nova orre fretraram disponíveis Se não há investi Sá Machado rec altura, esta ntribuições, prioridade? Vermoim a um acordo. Nessa empresas a pagar co quentemente a é. Gostava documento receita. Não Chegou a ser, hoje não m e a alegada t o Junta entregou um a Câmara nã ento não para sustentar um nstrução ia ode investir de ter mas neste mom a Câmara de salvaguarda: a co tendo receita, não p descriminação d m . o d i acautelasse t n e s eles z se a f Vermoim para a frente nas freguesias. para com Joane. do PS de íssem a sede tro Tecno- Gostou do projecto ara do um espaço e constru Ainda quer o Cen ebe mais da Câm c ção? e a i r f x e o i r a á i a l r i b a o p m i m i o ? Vermo de Junta. O project lógico das Carnes que Joane? ue subternso e ag ora r ndicionou os Uma utopia. Um parq foi, e ntre t anto, suspe ade. Não quero entra d r m e e v Gostava. A crise co o é t o n ã e N m a n o m i é c u a g t n s o e ni Câmara dis râneo para e meu amigo querem vender aquil investimentos. Se a quanto em polémicas com o sim, consem a l o g í s t i c a Vermoim?! Quem o fez sabe verdade é lhe pega. Mesmo as ser que aproveitou u para Sá Machado mas a ar algumas u e o f a z c o m custa um parque subterrâneo s t a Joane, Verguimos desbloque noutra freguesia e q que, ao contrário de a propo ra astar três ou estar fechado?! Foi um áquina da mo termos parte pa o m c a , s m a u s i o m c e t o e ã v n i 300 mil em vez de g v m o i mo e nã mento. uros, eu terei virtual de alguém qu ruas todas parque de estaciona quatro milhões de e Câmara a limpar as em Vermoim? a da te mundo. a d s t a e l g n i a f r b z a m f e e t u . o r q ã a n t O i , e s c a a de as seman adquirir a ar algumas anunciadas Alguma vez pensou a às árvores Pavimentar e alarg Há tempos foram Câmara a fazer pod domínio s) e rasgar rmoim: são antiga fiação para o ciso recuar ruas (Vila Mende rotundas para Ve nas escolas... É pre ar) e mais ra aliviar o público? o que a Câoutras (acesso ao L fundamentais pa algum tempo e ver e eu, em Verprometido esia? Ninguém mais do qu e o que faz. saneamento . Está-nos trânsito da fregu mara fez em Joane le espaço. amalicão e âmara duas moim, lutou por aque vestimento na Rua Cidade de F Sim. Sugerimos à C O último grande in edidas que vançar com o ao acesso à Uma das primeiras m . isso possibilitará a rotundas: uma junt foi o Centro Escolar ir a Arminas traseiras lhão a no acesso à tomei na Junta foi ped um parque de lazer n onstruiu um Pavi ele auto-estrada e outr c u q s a a r M a i c o o g e É n . s , a a a l r r e a a n p e da Câm do Costa da urbanização de P igreja. Se depender em Vermoim… (empresa m espaço e é ntão apenas espaço. A Finangeste al, não exlocal ideal porque te elas são feitas, ou e Sim, mas é Municip entendeu for para do acesso à que detém o imóvel) , enquanto central. Se o saneamento uma (escolherei a clusivo de Vermoim a perna” e e será n o r e c o r d e i que aquilo é “carne d olar de Joane eno este ano, o parqu c r s r e E t o o r t n e m é C igreja). Já este a u o g n e i u n q e e mandato. d a C â m a r a . que tinha um preço qu ses. Mas eu iniciado ainda nest isso ao presidente serve só os joanen esa optou ma parceria l h e c h e g a v a . A e m p r como frustração s devem o a d c i o f T . e s u e q m ú O i c o à h o n Aqui tem de haver u t e não t projec ido fazer? de Portugal, p o r a p r e s e n t a r u m ermoim tem de não ter consegu e aval da Estradas viver bem mas se V construção gogia, mas zar, tal como Câmara que previa a Pode parecer dema que pode não autori . Queriam abrigos para de 160 apartamentos tentou fazer com os
Descentralizar é preciso 1 - A Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012 lançou o projecto “Fora de Portas”, apostado em “descentralizar a música” durante este ano, levando-a às 69 freguesias do concelho de Guimarães. Uma boa iniciativa que traduz, por um lado, um serviço público, e que, por outro, cala as vozes mais críticas que acusam (acusavam?) a CEC 2012 de estar demasiado centrada na cidade. Esta descentralização musical já levou músicos de câmara da Fundação Orquestra Estúdio às freguesias de Airão S. João e Ronfe (Vermil a 20 de Abril). Lamenta-se apenas que não tenha havido uma mobilização mais significativa de espectadores, para além das crianças das escolas. Mas se esta descentralização é um facto devia ser a regra e não a excepção - há outras áreas da Capital Europeia da Cultura que permanecem fechadas no malfadado centralismo “capelista”. Uma das componentes de promoção da
CEC 2012 é a publicidade. O evento tem até um “budget” (usando o linguajar técnico) generoso para este fim, que tem vindo a ser distribuido “pelos suspeitos do costume”. Ou seja: a aposta publicitária faz-se nos órgãos de comunicação mais centrais. E já não se contesta o recurso à TV ou aos jornais e revistas de expansão nacional (é por aí que se faz chegar a mensagem a um maior número de pessoas). A nível mais local, impera também o centralismo que tanto se critica em relação a Lisboa. Por exemplo - e puxando a brasa à nossa sardinha - é imcompreensível que o único jornal que abarca uma corda considerável de freguesias do concelho de Guimarães entre Brito e Airão S. João, passando por Ronfe, Vermil, Oleiros e Airão Santa Maria; o único jornal que destaca um conjunto de freguesias do concelho de Famalicão que raramente surgem no alinhamento dos jornais do “centralismo” famalicense - não seja contemplado pela “estratégia publici-
PAG. 14,15 | ENTREVISTA X av i e r Fo r t e , p r e s i d e n t e d a Ju n t a d e Vermoim, pode ser o próximo candidato do PSD à Junta de Joane?
tária” da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012. Por falta de contactos da área comercial do Repórter não é, certamente....! Quem sai a perder? Este jornal, claro, que se vê privado de uma importante receita publicitária (e nunca como agora ela foi importante para garantir a sobrevivência de pequenos projectos jornalísticos que não estão alicerçados em grupos económicos ou partidários) mas perdem, igualmente e acima de tudo, os milhares de leitores das freguesias de Guimarães e de Famalicão. Cidadãos que têm neste jornal um parceiro de primeira linha. A este nível, a CEC 2012 continua demasiado presa ao Toural e arredores. 2 - O Centro Escolar de Joane foi inaugurado. Importa que funcione bem. A ausência de “ministros” importa pouco, mas dá alguma razão a quem se queixa da secundarização de Joane face a outras localidades.
protagonistas ARMINDO COSTA O presidente da Câmara de Famalicão veio a Joane dar os parabéns à Junta por ter no seu território um equipamento da envergadura do Centro Escolar. Com os elogios, o autarca procurou amenizar a ausência de governantes na cerimónia de inauguração daquele equipamento. ANTÓNIO SOUSA Não vai precisar de ir a votos para ocupar o lugar de presidente da Junta de Ronfe. É o natural “homem que se segue” na autarquia, depois da saída de Daniel Rodrigues. E tal como este, promete não ser meigo nas críticas à Câmara de Guimarães “ VAMOS CANTAR VITÓRIA , VITÓRIA!” Daniel Rodrigues tem motivos para estar satisfeito. Anunciou a saída da Junta de Ronfe, ao fim de 10 anos, e surge agora na equipa directiva do Vitória de Guimarães liderada por Júlio Mendes, ex-vereador da Câmara PS de Guimarães e putativo candidato pelo PSD em 2013. Outros vôos estarão na calha para o ex-autarca .
JONEL ABREU Com 30 originais registados na Sociedade Portuguesa de Autores, Jonel Abreu, artista de Ronfe, 54 anos, conta com uma carreira que teve origens na infância. Desde os 10 anos que pisa os palcos.Um artista popular, sem dúvida, que não anda distraído do que acontece na sua terra, a vila de Ronfe.
Repórter Local | Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail geral@reporterlocal.com Membros detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira Director Joaquim Forte ( joaquimforte@reporterlocal.com) | Redacção Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Ana Margarida Cardoso; Analisa Neto; Custódio Oliveira; Elisa Ribeiro; Fernando Castro Martins; João Monteiro; Luís Santos; Miguel Azevedo; Luciano Silva; Sérgio Cortinhas | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. | Jornal de distribuição gratuita | Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514
6 MARÇO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL
Fórum
DÁ QUE PENSAR!
JOANE | VIA SACRA ESCUTISTA O Corpo Nacional de Escutas de Joane realizou, no dia 31 de Março, uma Via-Sacra ao vivo. As esta ções encenadas decorreram no Cruzeiro, no Largo 3 de Julho e no exterior da igreja , com projeção de imagens sobre paixão de Cristo.
DIAS DE ONTEM
“Troika” admite que subsídios de férias e Natal acabem de vez A “troika” não exclui que o corte dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos portugueses venha a ter carácter permanente. O fim do 13º e do 14º mês deverá durar até 2013, mas na apresentação da mais recente avaliação da implementação deste programa por Portugal, a “troika” disse que não descarta a possibilidade de tal medida vir a assumir carácter permanente. Fonte: Rádio Rena s ce n ç a
Gasolina a 1,80 euros o litro nas auto-estradas O preço da gasolina já chegou aos 1,80 euros! A alta das cotações nos mercados internacionais voltou a encarecer os combustíveis, elevando o preço da gasolina para o nível mais alto de sempre. Se nas cidades o litro já custa mais de 1,75 euros, os “placards” das auto-estradas já marcam um preço muito próximo dos 1,80 euros. Fonte: Jornal de Ne g ó c i o s
AUTARCAS VETERANOS, 1999 Dois presidentes de Junta falam para o gravador do Repórter Local. À esquerda , M a n u e l R i b e i ro , n a a l t u ra p r e s i d e n t e d e Po u s a d a , d o P S ; à d i r e i t a , M a n u e l P i menta , de Mogege, que ainda hoje dirige a Junta de Freguesia . A razão do “debate” era ao desentendimento quanto aos limites territoriais en t r e a s d u a s l o c a l i d a d e s - u m a p o l é m i c a co m b a r b a s ! A i n d a h o j e , co m u m n ovo protagonista à frente da Junta de Pousada , o assunto está longe de f icar sanado.
ReguiLa UMA FEIRA À PORTA DA IGREJA! A foto do leitor Delfim Fernandes (seguidor do RL no Facebook) é um bom retrato de um certo Minho pitoresco e pequeno. Atente-se na imagem: um carro com jantes especiais, devidamente “tunado” para umas corridas; uma betoneira (quiçá oriunda de alguma empreitada de vulto, daquelas de fazer derrapar as contas públicas!), um contentor de lixo, um escadote “dos antigos” usados em vindimas; uma prensa de vinho... e mais alguns adereços festivos: tudo à porta da igreja de Oleiros.
Burrinha “Madonna” estrela na Semana Santa de Braga Este ano, a Procissão da Semana Santa em Braga tem uma estrela que faz a sua estreia. Trata-se da burrinha “Madonna”, que vai carregar Nossa Senhora na fuga de Jerusalém para o Egipto, um dos quadros bíblicos retratados há 17 anos na “Procissão da Burrinha”, sempre na quartafeira da Semana Santa de Braga. Se “Madonna” é uma estreante, Clemente, o S. José, coveiro de profissão, já conta 17 anos de procissão. Fonte: Agência Lu s a
o que se diz
“Centro Escolar de Joane. “Uma escola fantástica, maravilhosa e muito bela” inaugurada em festa”. Notícia no portal da Câmara Municipal de Famalicão
“Guimarães: habitantes descontentes com varandim no Largo do Toural”. Público “Famalicense Moreira da Silva é novo homem forte do PSD” Título Opinião Pública
“O presidente da Câmara de Guimarães anunciou que a cidade vai perder a Pousada da Oliveira, a funcionar no centro histórico. António Magalhães não avança uma data para o encerramento, mas adianta que o edifício emblemático, situado na zona nobre da cidade, vai passar a ter outra função. Diário do Minho
“Há doentes com cancro a deixar tratamentos por dificuldades económicas”. Público
“Vão vender-se menos 200 mil carros do que há 12 anos” Expresso
“Júlio Mendes, 48 anos, é o novo presidente do Vitória de Guimarães. O 24.º líder do clube obteve 3134 votos a favor, contra 1814 de Pinto Brasil. A criação de uma SAD é uma das apostas de Júlio Mendes, engenheiro civil que já foi vereador da Câmara Municipal de Guimarães e tem como paixão, além do futebol, a aviação”. Jornal de Notícias
“Passos Coelho anunciou linha ferroviária que não tem continuação em Espanha” Público
“A taxa de desemprego em Portugal subiu para 15% em Fevereiro, aumentando 0,2 pontos percentuais face ao mês anterior, indicam os dados hoje revelados pelo Eurostat”. Público
REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 20112 • 7
LOCALIDADES JOANE • ACIDENTES
JOANE | MULHER ENCONTRADA SEM VIDA Ivone Raquel Lobo, 35 anos, foi encontrada sem vida, esta terça-feira, pelas duas filhas menores, na sua residência, na Travessa de Laborins, em Joane. Como a mãe não respondia, uma das filhas ligou ao avô, que acabaria por encontrar a joanense já sem vida. O INEM, psicólogos e a GNR de Joane estiveram no local. Paragem cardíaca terá sido a origem da morte.
JOANE • POLÍCIA
Em três dias, EN 206 Falsa ameaça de bomba registou duas mortes devido a acidentes
Joaquim Ribeiro, 74 anos, de Joane, foi colhido por uma carrinha quando atravessava a estrada na passadeira, nas Charrueiras, e António Pedro, motard de Brito morreu ao chocar com um automóvel, perto do Bolama. Luís Pereira
A
Estrada Nacional 206, em Joane, registou duas mortes em resultado de acidentes de viação no espaço de dois dias. Na sextafeira, 30, um homem de 74 anos foi colhido por uma carrinha, nas Charrueiras, acabando por falecer no hospital de Braga. No dom ingo, um motard de 34 anos, de Brito, morreu depois de uma colisão entre a mota em que seguia e um carro, em Laborins, junto ao acesso ao supermercado. Joaquim Ribeiro, de 74 anos, foi colhido fatalmente na passadeira, nas Charrueiras, um ponto negro da EN 206 devido ao elevado número de acidentes que ali se têm registado. O facto de a passadeira estar numa ligeira elevação da estrada parece dificultar a visão dos automobilistas. Isto e o facto de nem todos respeitarem o sinal de aproximação de passagem para peões e a luz solar que dificulta a visão dos automobilistas. Estas são as razões principais apontadas sempre que se verificam atropelamentos naquela passadeira. O último fez uma vítima mortal. Segundo apurou o RL junto de familiares, Joaquim Ribeiro atravessava a via na passadeira, por volta das 8:00 horas, quando foi colhido uma carrinha vinda no sentido Famalicão - Guimarães, sendo projectado a vários metros.
O joanense dirigia-se para um campo agrícola para trabalhar, como habitualmente. “A vida dele era o trabalho. Morreu a caminho do trabalho”, disse um familiar. Apesar do impacto, a vítima ainda foi transportada com vida para o hospital de Famalicão e daqui transferido para o de Braga, onde acabou por falecer por volta das 12:30 horas, em resultado dos vá rios traumatismos e hemorragias provocados pelo atropelamento. A GNR de Joane e ste ve no local. O condutor da viatura, também de Joane, estava visivelmente perturbado e foi sujeito a exames. O segundo acidente ceifou a vida a António Pedro, de 34 anos, de Brito, e registou-se no domingo, quando a mota que conduzia embateu violentamente com um automóvel que saía do estaciona mento junto a um horto (frente ao Bolama) para entrar na EN 206. Com a colisão, o motard, que seguia no sentido GuimarãesFamalicão, foi embater num poste de electricidade, do outro lado da est rada. “Não vi o acidente, só ouvi o estrondo. Chamei a ambulância e segui as recomendações do 112, mas o estado do senhor era muito grave”, disse uma vizinha. A vítima foi socorrida no local pela equipa médica do INEM, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo antes de chegar ao hospital de Famalicão.
à curiosidade dos automobilistas. A brigada de minas e armadilhas chegou ao local uma hora depois e ao fim de meia hora de inspecção confirmou-se a falsa ameaça. “Foi uma brincadeira de mau gosto que nos causou muito transtorno”, disse, ao RL, Carla Silva, da administração do supermercado. A normalidade foi restabelecida por volta das 19:15 horas. O Núcleo de Investigação Criminal da GNR esteve no local.
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Uma multidão concentrou-se junto ao supermercado Bolama, ao final da tarde do dia 25, depois da GNR de Joane ter evacuado a loja na sequência de uma ameaça de bomba feita por telefone. A GNR evacuou funcionários e dezenas de clientes do supermercado, e definiu, no exterior, um períme tro de segurança para manter os curiosos longe das instalações. Também o trânsito na Estrada Nacional 206 foi afectado devido
8 MARÇO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL
localidades
JOANE | ESCRITORA NA BIBLIOTECA “Encontros com…” é uma iniciativa da Biblioteca Bernardino Machado que visa promover o diálogo entre alunos e escritores. A última sessão, a seis de Março, contou com a presença da escritora Anabela Pinto, que apresentou o seu último livro “O mundo está a ver”.
RONFE • POLÍTICA joane• cultura
PSD quer ver Ronfe como centro agregador de freguesias Convenção autárquica marcada por críticas do “novo” presidente da Junta à Câmara
Luís Pereira
D
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aniel Rodrigues deixa oficialmente a presidência da Junta de Freguesia de Ronfe a 29 de Abril, segundo anúncio feito na segunda convenção autárquica do PSD, no passado dia 31 de Março. A transição da presidência para António Sousa será feita em duas sessões da Assembleia de Freguesia, uma para votar as contas de 2011 e apreciar o pedido de renúncia; outra, extraordinária, para dar posse ao novo presidente. Os dois restantes membros do executivo actual serão reconduzidos nos cargos, mas ficou por revelar o nome para presidente da Assem bleia - lugar que ficará vago com a passagem de António Sousa para presidente do Executivo. A convenção serviu, por um lado, para manifestações de homenagem a Daniel Rodrigues e de apoio a António Sousa; por outro, para pe r s pectivar as eleições autárquicas de
António Sousa deixou claro que terá, enquanto presidente da Junta de Ronfe, uma postura crítica da Câmara Municipal de Guimarães, em linha, portanto, com Daniel Rodrigues. 2013 e a fusão de freguesias. Em jeito de balanço à presidência de Daniel Rodrigues, Sousa elencou a obra feita, mas assestou baterias nas “diversas forças de bloqueio que actuavam em Ronfe por mero azedume partidário”. O próximo presidente da Junta fez um discurso virado para o interior da estrutura local do partido, que em sua opinião não deve estar “blindada em si própria”, antes “aberta aos ronfenses” e não escon-
deu a ambição de ver Ronfe como centro agregador de freguesias, assumindo “a sua centralidade e importância na região”. A intervenção de António Sousa deixou claro que terá, enquanto presidente da Junta, uma postura crítica da Câmara de Guimarães, em linha, portanto, com Daniel Rodrigues. “Os ronfenses estão cansados da asfixia e do egocentrismo instalados na Câmara de Guimarães”, acusou. André Coelho Lima, presidente da concelhia do PSD, assegurou que a reforma administrativa do Governo “não visa a extinção das freguesias”, mas sim “que as Juntas governem territórios maiores, do tadas de mais competências”. “Há Juntas, e não é o caso da de Ronfe, que abrem uma vez por semana aos cidadãos. Que serviço é que presta, então, às populações?”. Sobre esta matéria, Coelho Lima acusou o PS de Guimarães por se “demarcar cobard emente daquilo que o governo anterior negociou”.
BREVES JOANE
ANTIGA TORRE vai ser recuperada
A torre da Igreja Velha de Joa ne vai mesmo ser recuperada no âmbito da construção, em curso, da Casa Mortuária . A recuperação está orçada em 10 mil euros mas, tal como com a Casa Mortuária , sub sistem as incertezas quanto ao f inanciamento. “Há uma promessa informal da Câmara que a judará na Casa Mortuária e na recupe ração da torre. Não temos nada garantido. A Comissão Fabriqueira entendeu que não fazia sentido f icar a torre naquele estado, enquadrada numa obra nova , e por isso ordenou que se avançasse com o restauro”, conf irmou, ao RL , António Cardoso, da Comissão Fabriqueira . A incerteza quanto ao f inan ciamento das obras permanece e as expectativas quanto aos donativos têm saído defraudadas. “Enviámos 200 cartas a pedir a juda mas nem dez corresponderam ao pedido”, refere Cardoso. Face às incertezas, a Paróquia vai intensif icar os apelos aos contributos dos paroquianos, sobretudo dos mais abasta dos. O conjunto das obras terá um custo na ordem dos 135 mil euros. A paróquia aponta o mês de Junho como data pre vista para a conclusão dos trabalhos.
REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 20112 • 9
CHIARA, UMA ITALIANA EM GUIMARÃES Chiara tem 21 anos, é italiana , toca viola na Orquestra Estúdio da Capital Europeia da Cultura - Guimarães 2012. “Estou a aprender uma língua nova e a conhecer um país novo”, disse ao RL .
FREGUESIAS • CULTURA
A música vai às freguesias Orquestra da Capital da Cultura toca nas freguesias do concelho de Guimarães
A
Orquestra da Capital Europeia da Cultura (CEC) - Guimarães 2012 tem levado diferentes sonoridades a freguesias do concelho. No pssado dia 20, Airão S. João recebeu um “miniconcerto” que le vou ao auditório da Junta as crianças da Escola de Roupeire. No dia 31, foi a vez de Ronfe. No caso de Airão, o diálogo entre músicos e público, sobretudo infantil (apesar de ter entrada livre, poucos populares aderiram), dominaram o encontro. “O que mais gostei foi de ouvir a v i o l o n c e l i s t a , f i q u e i co m m a i s vontade ainda de aprender”, confessou Ana Beatriz , de 10 anos, há três no estudo do violoncelo numa escola em Brito. C h i a ra , 2 1 a n o s , é i t a l i a n a , t o c a viola na Orquestra Estúdio e integrou a formação de músicos q u e v i s i t o u A i r ã o S . J o ã o . “A relação das crianças com a
música é diferente dos outros públicos. Fiquei admirada com a participação delas”, disse ao RL . Sobre a experiência que tem vivido na Orquestra Estúdio, Chiara diz que “é o trabalho mais maravilhoso que pode existir ” já que “ são pessoas com culturas e percursos diferentes” que tocam “a mesma peça com a mesma emoção”. D o m i n g o s Fo r t e , p r e s i d e n t e d a Junta, mostrou o seu agrado pela escolha da sua freguesia e elogiou a descentralização do programa cultural da CEC . “Contrariamente ao que se disse durante muito tempo, a CEC está a ser um sucesso. Estes programas itinerantes pelas freguesias do concelho são excelentes e de vem ser aplaudidos. Ficam a sentir que também fazem parte desta CEC ”, concluiu Domingos Forte. No próximo dia 20 de Abril, é a ve z d e Ve r m i l r e c e b e r u m m i n i concerto da Orquestra da CEC , a ter lugar no Salão Paroquial a partir das 21:30 horas.
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Luís Pereira
10 MARÇO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL
JOANENSE MEDALHADO NA SUÍÇA Narciso Oliveira , atleta natural de Joane e residente na Suiça , ganhou duas medalhas de ouro no espaço de um mês. A primeira prova realizou- se no dia três de Março (Campeonatos de Crosse) e a segunda a 31 de Março (10 mil metros de estrada em Berna).
RONFE • MÚSICA
N
ã o q u e s t i o n a r a o r i g e m d o s e u n o m e . Fo i a ú n i c a e x i g ê n c i a d e a r t i s t a q u e Jo n e l fe z para nos receber na sua “lojinha”, como lhe chama . A lojinha do cantor e músico d e Ro n fe é u m m i n i e s t ú d i o q u e p o s s u i n u m a n e xo d a s u a c a s a e o n d e co m p õ e , g rava , t o c a e e n s i n a m ú s i c a . C o m 3 0 o r i g i n a i s r e g i s t a d o s n a S o c i e d a d e Po r t u g u e s a d e Au t o r e s , a o s 5 4 a n o s , Jo n e l co n t a co m u m a c a r r e i ra q u e t e ve o r i g e n s n a i n f â n c i a . “ P i s o o s p a l co s d e s d e o s 1 0 a n o s . E ra e s c u t e i ro e n e s s e t e m p o ( 1 9 6 7 ) s u r g i u , no agrupamento, o grupo “Flor de Lis” que tinha uma s u b s e c ç ã o p a ra o s m a i s n ovo s . É ra m o s o s “ Ro u x i n ó i s d o Ave ” , r e co r d a o c a n t o r a o R L . D e d i l h a d o s o s p r i m e i r o s a c o r d e s n a g u i t a r ra , J o n e l procurou aulas particulares de solfejo e harmonia . Em 1975 funda , com os irmãos, a banda de baile e p o p - ro c k “ F ra t r e s ” q u e t e ve l o n g a v i d a . “ Ne s s e t e m p o n ã o h av i a d i s co t e c a s e o s e s p e c t á c u l o s f a z i a m - s e a q u i à volta , aos domingos à tarde. O baile era a opor t u n i d a d e d a m a l t a n ova s e j u n t a r. J á n a a l t u ra t i n h a a m a n i a d e e s c r e ve r e c a n t a r e m p o r t u g u ê s . Pe g ava n a s m ú s i c a s m a i s co n h e c i d a s e a d a p t ava - a s ” , co n t a . Pereira A b a n d aLuís term i n o u 1 6 a n o s d e p o i s m a s Jo n e l e o i r m ã o , R i c a r d o , n ã o d e s i s t i ra m d a m ú s i c a . E m 1 9 9 1 fo r m a m o “Duo Abreus”, apostado num reportório original e q u e c h e g o u a g rava r C d s ” . S ó e m 2 0 0 4 é q u e Jo n e l e nve r e d a p o r u m a c a r r e i ra a s o l o , a c t u a n d o s o b r e t u d o e m h o t é i s e r e s t a u ra n t e s . “J á n ã o f a ç o c o n c e r t o s e m r o m a r i a s . N ã o g o s t o d e a r ra i a i s , a l é m d e q u e n ã o t e n h o r e p o r t ó r i o p a ra i s s o ” . Já deu espectáculos um pouco por todo o país, sobretudo no norte. Diz que não tem fãs mas pessoas q u e a co m p a n h a m e a p r e c i a m o s e u t ra b a l h o . A c r i s e t e m - l h e t ra z i d o m e n o s co nv i t e s .
JONEL, CANTAR É COM ELE Luís Pereira
REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 20112 • 11
JOANE jantar antigos alunos liceu Cerca de 100 pessoas, de várias gerações, participaram no jantar dos antigos alunos do Liceu de Joane. Uma jornada de nostalgia , com música e fotograf ias e com a presença do director da esco la , que serviu para restabelecer ligações.
JONEL
SANTOS DA CASA... “Regresso à Apúlia”, de 1973, foi o primeiro original de Jonel. Seguiram-se “Cantar português “e “Feira do entulho”. Há um ano, Jonel compôs um hino de apoio ao clube da terra. “Desportivo Alé!”, canção simples que pode ser ouvida no youtube, já que no estádio não tem feito êxito. “Já tinha composto uma canção de apoio ao extinto Juventude de Ronfe. O clube mudou de nome e eu lembrei-me de fazer uma nova. Convidei alguns músicos de Ronfe e envidei-a, depois, aos dirigentes do Desportivo. Dizem-me que não passa no estádio, é porque não gostaram, tudo bem”, conta o cantor. Como santos da casa não fazem milagres, Jonel confessa que tem mais reconhecimento fora de Ronfe. “Não me importo porque até gosto mais de tocar para gente que não conheço”, desdramatiza. “É por paixão que toco e canto, porque isto não dá dinheiro. Só quero poder continuar a dar largas a este sonho de menino, que é cantar”, salienta. Sobre a actividade cultural de Ronfe, Jonel lamenta a falta de iniciativas desde a extinção da ACRI (Associação Cultural e
Recreativa de Ronfe). “Durante sete anos, Ronfe teve uma brutal actividade cultural. Depois apareceram indivíduos que tinham a mania que mandavam e deram cabo de tudo. Ronfe não valoriza quem trabalha, não soube aproveitar e defender o trabalho que estava a ser feito”, sustenta o artista. No futuro, Jonel sonha dedicar-se mais ao ensino da música. Enquanto isso, o seu trabalho está em www.jonel.pt.vu.
Cristiana precisa de uma cadeira de rodas Aos seis meses de vida os médicos diagnosticaram Síndrome de West secundário a Catarina Silva, hoje com 12 anos. Totalmente dependente, Catarina não anda, não fala e não tem qualquer equilíbrio no corpo, mas frequenta uma escola para multideficiência, em Famalicão. A mãe, natural de Pousada de Saramagos mas a residir em Vale S. Martinho, aderiu ao pro jecto das tampinhas. “A Catarina cresceu e hoje precisa de quase tudo de novo: um carrinho novo, uma cadeira para o banho, outra para o carro. Estou desempregada e o mate-
rial é caríssimo”, desfia Cristina. Para a cadeira de rodas, que custa seis mil euros, são precisas nove mil to neladas de tampas. “É uma cadeira imprescindível, a que temos é pequena e provoca deformações”, explica a mãe. Quem quiser ajudar a Catarina pode entregar tampinhas na cervejaria Bem-Cá-Toma, em Joane, na Papelaria Sumário, em Vermoim ou no Centro Escolar de Joane e escola de Vermoim. Para mais informações, os interessados devem contactar Cristina Silva pelo 933826512.
12 MARÇO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL
JOANE PROCISSÃO DE SANTOS PASSOS No dia um de Abril a procissão do Senhor de Santos Passos em Joane ligou a igreja e a Capela de Celorico. Presidida pelo padre António Aze vedo, que substituiu o pároco de Joane, au sente por motivo de saúde, a procissão contou com a Fraterni dade Nuno Álvares, Escuteiros e Guias de Portugal.
VERMIL • FESTAS
A boa cozinha da cantina
antecipa o S. Miguel
Luís Pereira
A
co m i s s ã o d a s f e s t a s d e S . M i g u e l - O - A n j o d e Vermil trabalha desde Fe vereiro numa cantina p a ra a n g a r i a r f u n d o s . D e 1 5 e m 1 5 d i a s , a o s s á b a d o s , u m a c a s a a b a n d o n a d a p ro p r i e d a d e da paróquia , junto à igreja , vira restaurante. A comissão s e r v e a l m o ç o s e j a n t a r e s p a ra f o ra e , d u ra n t e a t a r d e , a b r e p o r t a s a q u e m q u i s e r p e t i s c a r. “ O m o m e n t o é d e c r i s e e e s t a f o i u m a m a n e i ra p a ra f a z e r m o s a l g u m d i n h e i ro ” , d i z C o n c e i ç ã o Re i s , a j u í z a . A escolha da casa entregue ao abandono não foi a c a s o , a t é p o r q u e a co m i s s ã o t i n h a m e l h o r e s e s p a ç o s a o d i s p o r. D e s t a f o r m a , e x p l i c a a j u í z a , t a m b é m s e d á u m p a s s o n o s e n t i d o d e r e c u p e ra r o i m ó v e l . “ Te m o s e s p e ra n ç a d e fo m e n t a r e d i n a m i z a r o e s p a ç o d e p o i s d a c a n t i n a . Q u a n d o c á c h e g á m o s e s t ava t u d o d e g ra d a d o . L i m p á m o s e d e m o s o u t ro a r à c a s a ” , a d i a n t a . Consumições, trabalho e grande espírito de voluntariado explicam o sucesso da cantina. Aos elementos da comissão têm-se juntado os familiares e amigos p r ó x i m o s . To d o s a j u d a m . “ N ã o é s ó o t r a b a l h o d a c a n t i n a , é i r a o m o n t e à l e n h a p a ra o f o r n o e p ô r o s f o g a r e i ro s a t ra b a l h a r. É u m a m a n e i ra d e e co n o m i z a r mas também de fazer uma comida mais saudável”, j u s t i f i c a C o n c e i ç ã o Re i s . Antes das festas, em Maio a comissão assegura o tradicional “porta-a-porta” na recolha de donativos d a p o p u l a ç ã o . M a s u m a co i s a é c e r t a : o s f e s t e j o s n ã o s e rã o f e i t o s a c i m a d a s p o s s i b i l i d a d e s . “ É u m a b s u r d o e s t o i ra r 1 0 o u 1 5 m i l e u ro s e m f o g o - d e - a r t i f í c i o , p o r e xe m p l o ” , a s s e g u ra C o n c e i ç ã o Re i s . Quanto à cantina , a organização mostra-se surpreendida co m a a d e s ã o d a “c l i e n t e l a ” . “ Tu d o i s t o é e m n o m e d e uma tradição. Apesar do trabalho que dá, criam-se aqui amizades fantásticas. Ainda não vi um bocadinho de d e s â n i m o e m n i n g u é m ” , co n c l u i a j u í z a .
REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 20112 • 13
por D. VIRINHA
Q U E N T E S E B OA S!
U M PONTO NEGRO NA E ST R ADA NACIONAL 206 Já não é novidade nenhuma que a Estrada Nacional 206, em Joane, é um ponto negro rodoviário. Regista um inten so tráfego, a qualquer hora do dia , e conta inúmeros entroncamentos e vias secundárias. Uma via nada calma e que requer máxima atenção! Em pouco mais de três dias,
EU VO S A B E N Ç ôo!
O pároco de Joane, de livro aberto, preparado a preceito para a função; em frente, solene, sério, o par de autarcas. O sacerdote bem que poderia estar a dirigir palavras de harmonia , de paz entre os homens sabendo-se como estes dois não morrem de amores um pelo outro institucionalmente falando, claro! A foto respeita à inauguração do Centro Escolar de Joane, que te ve o condão de produzir mais um daque-
les episódios propícios à troca de galhardetes. ( Vá lá que não aconteceu a esta importante obra o mesmo que se verif icou com o arranjo do Largo 3 de Julho, que ainda ninguém quis inaugurar!). Não veio o ministro da Educação. Nem um secretário de Estado. Veio o presidente da Câmara . A seu lado, o presidente da Junta , ar carregado, sinal de contrariado, com vontade de estar noutro sítio e responder com a ausência à “afronta municipal”.
AV I S O: O MOSQ UITO INFORMA Q U E NÃO FORNECEU QUALQ UER T I J O LO PARA O ARRANJO DA E Nt R ADA DO LICEU DE JOANE! UM SENH O R M U RO !
SIGA-Nos! SOMOS 5000
registaram-se dois acidentes mortais e um choque em cadeia (na foto). Agora que não há Governo Ci vil para chamar a si a sinistra lidade rodoviária , seria bom que outras entidades pudes sem avaliar esta via e adoptar medidas para minorar a sua perigosidade.
A construção de um muro numa quinta na freguesia de Mogege tem merecido comentários, dentro e fora desta localidade. No Facebook do RL , alguns leitores deixaram r e f e r ê n c i a s à o b ra . A o s e u jeito directo e sem papas na “escrita” , Carlos Rego pergunta se o muro será alvo d e i n a u g u ra ç ã o e d e s a f i a a Junta de Mogege a tomar
posição sobre a obra : “Seria de todo pertinente ouvirmos a opinião do presidente Pimenta sobre o nobre e altíssimo muro” , escreve no FB do RL . No mesmo sentido, Custódio Castro escreve: “Estimava saber a opinião do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Mogege” . O autarca andará constrangido mas a obra está legalizada .
14 MARÇO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL
XAVIER FORTE
ENTREVISTA
“Gostava muito de ter Carlos Aze vedo (CDU) na nossa lista . Foi uma mais-valia na Assembleia . A oposição actual passa dois anos sempre a falar do cemitério”
entrevista • XAVIER FORTE
“Esta Câmara diminuiu as diferenças entre as vilas e as freguesias” Presidente da Junta de Vermoim (PSD-PP) afirma que “não há qualquer vantagem, económica e financeira, na fusão de freguesias. Xavier Forte contesta ainda que Vermoim receba mais dinheiro da Câmara do que Joane Luís Pereira
O
que mudou em Vermoim nos últimos anos? Q u and o c h e g u e i à Ju n ta, não tinha toponímia; havia conflitos com as freguesias vizinhas; não tinha saneamento nem pavilhão gimnodesportivo; não tinha brasão nem ruas atapetadas. Tinha sonhos e hoje tem realidades. Neste último mandato, o que foi feito? Continuámos o trabalho que iniciámos em 2002. Começámos por melhorar a qualidade de vida das pessoas, fizemos obras no cemitério que derivam do seu alargamento em 700 metros - estão em causa 40 novos gavetões, dezenas de ossários, seis capelas/ jazigos e 56 sepulturas em aeróbia. Espero deixar aquilo finalmente concluído, este Verão. A contenção tem restringido o investimento em Vermoim? Não podemos enterrar a cabeça na areia. As juntas de freguesia foram penalizadas com a redução do Fundo de Financiamento dois anos seguidos. Os investimentos da Câmara também se retraíram. Se não há investimento nem empresas a pagar contribuições, a Câmara não tem receita. Não tendo receita, não pode investir nas freguesias. Ainda quer o Centro Tecnológico das Carnes? Gostava. A crise condicionou os investimentos. Se a Câmara disser que aproveitou uma logística noutra freguesia e que o faz com 300 mil em vez de gastar três ou quatro milhões de euros, eu terei de aceitar. Há tempos foram anunciadas rotundas para Vermoim: são fundamentais para aliviar o trânsito da freguesia? Sim. Sugerimos à Câmara duas rotundas: uma junto ao acesso à auto-estrada e outra no acesso à igreja. Se depender da Câmara, elas são feitas, ou então apenas uma (escolherei a do acesso à igreja). Já este ano recordei isso ao presidente da Câmara. Aqui tem de haver uma parceria e aval da Estradas de Portugal, que pode não autorizar, tal como tentou fazer com os abrigos para
passageiros. Uma sede de Junta nova é uma prioridade? Chegou a ser, hoje não é. Gostava de ter mas neste momento não faz sentido. Gostou do projecto do PS de Vermoim para a ex-fiação? Uma utopia. Um parque subterrâneo para estacionamento em Vermoim?! Quem o fez sabe quanto custa um parque subterrâneo para estar fechado?! Foi uma proposta virtual de alguém que não vive neste mundo. Alguma vez pensou adquirir a antiga fiação para o domínio público? Ninguém mais do que eu, em Vermoim, lutou por aquele espaço. Uma das primeiras medidas que tomei na Junta foi pedir a Armindo Costa para negociar aquele espaço. A Finangeste (empresa que detém o imóvel) entendeu que aquilo é “carne da perna” e que tinha um preço que ninguém lhe chegava. A empresa optou por apresentar um projecto à Câmara que previa a construção de 160 apartamentos. Queriam
rentabilizar o espaço com o imobiliário e nem sequer se mostraram disponíveis para chegar a um acordo. Nessa altura, esta Junta entregou um documento de salvaguarda: a construção ia para a frente se eles acautelassem um espaço e construíssem a sede de Junta. O projecto imobiliário foi, e ntre t anto, suspe nso e ag ora querem vender aquilo e ninguém lhe pega. Mesmo assim, conseguimos desbloquear algumas coisas, como termos parte para parque de estacionamento. O que faz falta em Vermoim? Pavimentar e alargar algumas ruas (Vila Mendes) e rasgar outras (acesso ao Lar) e mais saneamento. Está-nos prometido na Rua Cidade de Famalicão e isso possibilitará avançar com um parque de lazer nas traseiras da urbanização de Penelas. É o local ideal porque tem espaço e é central. Se o saneamento for para o terreno este ano, o parque será iniciado ainda neste mandato. O que fica como frustração de não ter conseguido fazer? Pode parecer demagogia, mas
não há nenhuma frustração. Pus sempre a fasquia alta mas consegui tudo o que queria. Sá Machado recorre frequentemente a Vermoim para sustentar uma alegada descriminação da Câmara para com Joane. Vermoim recebe mais da Câmara do que Joane? Não é verdade. Não quero entrar em polémicas com o meu amigo Sá Machado mas a verdade é que, ao contrário de Joane, Vermoim não tem uma máquina da Câmara a limpar as ruas todas as semanas, não tem brigada da Câmara a fazer poda às árvores nas escolas... É preciso recuar algum tempo e ver o que a Câmara fez em Joane e o que faz. O último grande investimento foi o Centro Escolar. Mas construiu um Pavilhão em Vermoim… Sim, mas é Municipal, não exclusivo de Vermoim, enquanto que o Centro Escolar de Joane serve só os joanenses. Mas eu não tenho ciúmes. Todos devem viver bem mas se Vermoim tem
REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 20112 • 15
JOANE | PSD VISITOU CAPELA MORTUÁRIA O PSD de Joane visitou, no dia 17, as obras da Capela Mortuária d e J o a n e e r e u n i u c o m a c o m i s s ã o f a b r i q u e i r a d a Pa r ó q u i a . O l í d e r d o P S D, M i g u e l A z e v e d o , e n a l t e c e u “ a v i t a l i d a d e d a i n s t i t u i ç ã o ” . N a r e u n i ã o fo ra m a i n d a fo c a d o s o s p ro j e c t o s d o L a r d e I d o s o s , a r e a b i l i t a ç ã o d o s a l ã o p a ro q u i a l e a s i t u a ç ã o social da freguesia .
recebido mais ultimamente é porque o atraso de Vermoim em relação a Joane era significativo. Esta Câmara conseguiu diminuir as diferenças entre as vilas e as freguesias e para isso teve que investir nas que mais precisavam. Outro exemplo: o centro de Joane custou mais do que a soma de várias obras que foram feitas em Vermoim, e a diferença está aí. Fez um acordo de cavalheiros com Pousada acerca da fusão de freguesias. Entretanto os pressupostos já foram alterados. O que pensa que vai acontecer a Vermoim? Eu sei tanto disso agora como sabia antes: zero! A Junta de Vermoim trocou impressões com a de Pousada para percebermos se os órgãos se entendiam e se tinham a mesma vontade. Temos ruas e urbanizações em comum com Pousada, portanto a questão seria pacífica. Continuo a achar que se a Junta de Freguesia é o órgão mais próximo das pessoas, não há qualquer vantagem, económica e financeira, nestas fusões. Se tiver de haver agregação, primeiro temos de ver que armas vamos ter para nos defender e só aí é
Se entendem que o meu perfil se adequa ao perfil de um candidato para Joane, é uma coisa. Mas, se o PSD ainda não ganhou em Joane foi porque não quis, e não sei porquê”.
que podem ser tomadas decisões. Até lá, não vale a pena falar do assunto. Com a crise há mais gente a pedir ajuda à Junta? Sim, todo o tipo de necessidades. Pessoas que eu próprio não fazia
POUSADA • POLÍTICA
Nova líder do PSD é das mais jovens do concelho Marta Azevedo, 27 anos, é das líderes mais jovens dos núcleos do PSD do concelho de Famalicão. A jovem chega à presidência do núcleo de Pousada de Saramagos, disposta a ajudar a revitalizar a estrutura local, indo de encontro ao desafio que lhe foi lançado por António Sousa (presidente da Junta, do PSD). Com a eleição, Marta Azevedo acumula agora a liderança do PSD local (que tem 60 inscritos) com o mandato de eleita na Assembleia de Freguesia. “Voltar a unir os militantes e
captar novos” e reorganizar a base de dados, são as prioridades. “A base de dados está desactualizada e foi difícil chegar aos militantes nas eleições”, explica. No plano político, Marta Azevedo aponta como prioridade o processo da fusão de freguesias. Quanto ao “namoro” entre Vermoim e Pousada, coloca algumas condições: “Se nos juntarmos a Vermoim, vamos lutar para que o cabeça de lista seja de Pousada. Caso contrário, a população não se identificará”, argumenta.
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MARTA AZEVEDO, 27 ANOS, FOI ELEITA NOVA LÍDER DO PSD DE POUSADA. UNIR OS MILITANTES É UMA DAS PRIORIDADES DA SUA EQUIPA
PROCURO TESTEMUNHAS DE ACIDENTE DE VIAÇÃO
Acidente ocorrido a 10 de Fevereiro na VIM (cruzamento DE acesso à Didáxis). Esteve envolvida a minha viatura (Audi A6 preto)e um BMW 320 azul escuro cujo condutor se colocou em fuga. Pede-se a quem tenha testemunhado o acidente que entre em contacto através do número de telemóvel 964 034 257
ideia que passavam fome. A Junta tem reforçado o orçamento no apoio social e suspendemos o passeio da freguesia para ajudar quem mais precisa. Enquanto houver pessoas a passar fome em Vermoim, não posso optar por fazer despesa num passeio anual. Que diferença encontra entre a oposição actual do PS com a que era feita por Joaquim Almeida, ex-presidente de Junta? Esta oposição é menos política, mais jovem. Carlos Azevedo (CDU) faz falta na Assembleia de Freguesia? Gostava muito de o ter na nossa lista. Foi uma mais-valia na Assembleia porque questionava com ética e civismo. Era esta oposição que gostaríamos de voltar a ter. A oposição actual passa dois anos sempre a falar do cemitério, como se não houvesse mais assunto. Já há nome dentro da coligação PSD-PP para lhe suceder? Não faço ideia. Gostaria que fosse alguém que tivesse vivido um pouco do que isto é mas essa escolha não me compete. Vai levar o mandato até ao fim? Nunca desisto de nada.
Joane pode ser um desafio interessante, depois de Vermoim? Fico surpreendido com o que oiço e leio. Há aqui alguma coisa errada. Se entendem que o meu perfil se adequa ao perfil de um candidato para Joane, é uma coisa. Mas, se o PSD ainda não ganhou em Joane foi porque não quis, e não sei porquê. Em Joane há mais de oito mil pessoas e tenho a certeza que entre elas há pessoas para ganhar pelo PSD. Eu estou no PSD mas podia estar noutro partido qualquer. Posso dizer até que cheguei a ser convidado pelo PS em Vermoim. No fim do mandato sai da política? O futuro a Deus pertence. Estou no movimento associativo há mais de 50 anos. Fui escuteiro, fundador da Fraternidade de Joane e co-fundador da Fraternidade nas freguesias vizinhas. Tive e tenho funções directivas ao nível nacional e regional. Ajudei a fundar uma rede social em Joane na década de 80. Tenho muitas oportunidades para prestar serviço social à população sem estar ligado à política.
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entrevista
16 MARÇO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL
VERMOIM • Atletismo
FUTEBOL • DIRIGISMO
Vitória tem novo presidente Autarca Daniel Rodrigues, de Ronfe, faz parte da equipa de Júlio Mendes
O a i n d a p r e s i d e n t e d a Ju n t a d e F r e g u e s i a d e Ro n f e , D a n i e l Ro d r i g u e s , i n t e g ra a e q u i p a d e J ú l i o M e n d e s , o n o vo p r e s i d e n t e d o V i t ó r i a d e G u i m a rã e s . Ro d r i g u e s d e v e rá o c u p a r o c a r go de vice-presidente da Assemb l e i a G e ra l d o c l u b e , d e a co r d o co m a vo n t a d e d o s u c e s s o r d e Emílio Macedo à frente do clube vitoriano. Júlio Mendes, 48 anos, bateu o candidato adversário, Pinto B ra s i l ( r e p e t e n t e n e s t a s a n d a n ças), nas eleições realizadas no d i a 3 0 d e M a r ç o . Tra t a - s e d o 24.º líder da história do Vitória d e G u i m a rã e s . E l e o b t e v e 3 1 3 4 vo t o s a f avo r, co n t ra 1 8 1 4 d e P i n t o B ra s i l , 2 5 4 b ra n co s e 6 1 vo t o s n u l o s . Com a eleição de Júlio Mendes,
o s s ó c i o s d e ra m l u z v e r d e a o p ro j e c t o d e c r i a ç ã o d e u m a S A D (Sociedade Anónima Desportiva ) , p e n a l i z a n d o o p ro j e c t o d e P i n t o B ra s i l d e u m m o d e l o d e g e s t ã o t ra d i c i o n a l . N a t u ra l d e A z u r é m , J ú l i o M e n d e s , e n g e n h e i ro c i v i l , j á f o i v e r e a d o r d a C â m a ra M u n i c i p a l d e G u i m a rã e s ( e ra o r e s p o n s áv e l pelas negociações e do import a n t e p e l o u ro d o U r b a n i s m o ) e t e m co m o p a i x ã o , a l é m d o f u t e b o l , a av i a ç ã o . Q u a n t o a D a n i e l Ro d r i g u e s , co n c r e t i z a d e s t a f o r m a a s u a a s p i ra ç ã o d e c h e g a r à e q u i p a d i r e c t i va d o V i t ó r i a - d e r e s t o u m a d a s ra z õ e s q u e a p o n t o u p a ra r e n u n c i a r a o c a r g o d e p r e s i d e n t e d a Ju n t a d e Ro n f e .
VERMOIM • CICLISMO
AMVE - Garantir Norte arranca com sinal mais em Espanha
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A equipa de ciclismo AMVE-Garantir Norte participou no I Open Ibérico de Ciclismo, em Bembrive, Espanha. Hugo Marques foi o melhor atleta da Assocação de Vermoim nesta prova ao ficar em 14º da geral e 11º em Masters 30. António Moreira conquistou o 3º lugar em Masters 40. O vencedor do Open Ibérico da época passada, António Bento, ficou em 2º lugar em Masters 50. Em Elites, Luís Ribeiro ficou em 6º lugar, e Carlos Fontes em 42º lugar em Masters 30. No mesmo escalão, Pedro Mendonça ficou em 46º lugar e João Silva em 78º lugar. Gabriel Castro não concluiu a prova.
Atletas da AMVE no pódio A secção de atletismo da AMVE conquistou um lugar no pódio, por equipas, no Nacional de Cross Curto (10 de Março), a melhor classificação colectiva de sempre do clube numa prova nacional. Para este classificação contribuiram os atletas Jorge Cunha (10º), Pedro Costa (15º), Luís Carvalho (16º) e Augusto Antunes (19º). Joaquim Costa (25º) e Agostinho Costa (38º) participaram também na prova, tal como Lurdes Pereira (Seniores Femininos) e Ângelo Ribeiro, que competiu no escalão máximo apesar de ser ainda Júnior.
POUSADA • Atletismo
Atletas da ARPO não param A secção de atletismo da Associação Recreativa Pousadense (ARPO), de Pousada de Saramagos, participou, no dia 10 de Março, no campeonato nacional de veteranos, no parque da cidade de Guimarães. A ARPO fez-se representar com os atletas Joaquim Costa, Manuel Ribeiro, José Magalhães, Raul Carvalho, Joaquim Silva e Álvaro Sousa, que obtiveram, colectivamente, o 10º lugar na classificação. Entretanto, o atletismo da ARPO esteve, no dia 18 de Março, no 17º Grande Prémio de Atletismo de S. José, na Póvoa de Lanhoso. com 12 atletas dos escalões de Infantis, Iniciados, Seniores e Veteranos. Em Infantis, a ARPO ficou em 3º lugar por equipas; em Iniciados, obteve o 5º lugar; em Seniores e em Veteranos, ficou em 6º lugar.
REPÓRTER LOCAL • MARÇO DE 20112 • 17
OPINIÃO
MAiS PERTO DO CÉU JOSÉ V. MALHEIROS (Público) “O ministro Pedro Mota Soares sabe que o Céu espera quem so fre. Se muito sofrerem, os benef iciários do R SI f icarão mais perto da Glória e esse pensamento é exaltante”.
opinião
Presidente da Junta de Freguesia de Joane (PS)
O novo líder eleito do PSD/Joane, na anterior edição do RL publicou um artigo tendo-se enganado nos destinatários, pois o mesmo era dirigido ao Sr. Presidente da Câmara e ao seu vice-presidente. Porque não brindou o Sr. Presidente da Câmara com o seu inocente artigo? Como deu conta e bem o RL, na sua rubrica “Quentes e boas”, quem de facto tem estado ausente é o Arq. Armindo Costa, estando claramente a ser promovido nos jornais o actual VicePresidente da Câmara. O dislate com que o novo líder do PSD Joane se apresentou ao seu séquito, diz bem do quanto promissor será o seu reinado, pois tentou tomar por lorpas uns quantos para além do ridículo a que expôs seu amo. Na verdade, na sua tomada de posse, voltou a atirar no mesmo sentido e na presença do actual Vice-Presidente da Câmara, voltou a criticar o comportamento da Junta, quando o da Câmara é bem evidente. O Dr. Paulo Cunha que aparece a representar a Câmara em tudo o que é festa, festinha e festarola, foi assim acusado de participar numa farsa. Só por descaramento é que se pode pretender acusar-me, pois a Junta de Freguesia é constituída por cinco elementos, com tarefas distribuídas. É claro que há tarefas que dão mais visibilidade do que outras, mas presumir a minha ausência é mentir descaradamente. Como o líder do PSD tem assistido, continuo a cumprir com as minhas obrigações. É ou não verdade que represento a Junta nas Assembleias de Freguesia e nas reuniões públicas de Junta? É ou não verdade que represento a Junta nas várias iniciativas do movimento associativo? E já agora conhece esse senhor o real funcionamento da Junta? Julgo que manifesta enorme ignorância, pois deveria saber que há várias tarefas, por mim e pelos restantes
A propósito de boas práticas
membros, que são executadas sem que seja necessário andar a anunciar, através de megafone, o que fazemos. É de facto uma questão de carácter, e é por isso que o compromisso assumido por mim, é para cumprir, ao contrário de outros que entendem abandonar e, dessa forma, promover outros. A este respeito fiquei até confuso! Então, se eu abandonasse era, no entender do iluminado líder, elogiado apesar de assim promover o meu amigo António Oliveira à condição de Presidente de Junta! Como pretendo honrar o compromisso com os joanenses, parece que tem de ser o Presidente a efectuar todas tarefas, porque não pode distribuí-las promovendo os vogais, inclusive o António Oliveira. Era o que faltava! Para o
que lhe havia lembrar! Elogiar o compadre, pela sua decisão. Bem o percebo. É natural que esteja preocupado. Esse senhor reconhecerá, como aliás reconheceu quando era líder da JSD de Joane, em entrevista concedida ao RL, “que a Junta não está a fazer um mau trabalho”. Recomendo-lhe, a avaliar o escrito no RL, cautelas! A concorrência feroz anunciada contra os seus intentos é conhecida. E por falar em embuste, fala-se num peregrino, vindo de fora.
Nota: Texto escrito de acordo com a antiga ortografia.
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Sá Machado
18 MARÇO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL
O OBJECTIVO ESCONDIDO DE MARCELO Nuno Saraiva (DN) “Marcelo Rebelo de Sousa acusa o líder do PS de promover “uma golpaça” com a re visão dos estatutos para travar uma e ventu al candidatura de António Costa a secretário-geral do partido, antes das legislativas de 2015 (...) Marcelo, a quatro anos de distância , já só pensa nas presidenciais de 2016”.
OPINIÃO
Nel Cunha Joane
Lembrar Abril (ficção, ou talvez não) Naquele dia em que ouviu o 1º ministro de Portugal a “mandar” os jovens licenciados emigrar, José estava triste, melancólico. Saiu de casa para não ser visto a chorar, tal como chorou naquele dia de 1965 em que partiu para garantir pão para os seus, também para se libertar das mordaças que sufocavam um povo governado por políticos medíocres. Com as lágrimas a escorrer-lhe pela barba branca, sentado no muro da praia das Caxinas, interrogava-se: “porquê, porquê de novo? Que fizeram ao meu País?”. Lembrava-se como chorou naquela noite em que foi ao quarto dos filhos e os beijou antes da saída para França. Era uma grande aventura, aquela de ir a monte, sem documentos, para um destino desconhecido. Era Janeiro de 1965, na sua aldeia já não eram muitos os homens activos; aos mais jovens, eram-lhes roubados os melhores anos da juventude numa guerra estúpida, outros fugiam de um trabalho quase sem direitos, com fraco salário. Mas ele, José Machado, também saía por não suportar mais o ambiente tacanho que se vivia na sua “terrinha”. O padre a enxovalhar, no altar, aqueles que “marcava” por não serem o que ele desejava no seu “rebanho”. O regedor e o secretário da junta a denunciarem na Câmara aqueles de quem desconfiavam que eram contra o regime. Ele era um dos referenciados pelos bufos, desde que participou na entrega de listas pelo General Delgado nas eleições de 1958. E lembrava a primeira viagem à terra, dois anos depois, já com documentos, o saldar da
Sérgio Cortinhas
Membro do Secretariado do PS de Famalicão
O p ro f e s s o r M a rc e l o Re b e lo de Sousa é um comentador que gosto de ouvir, porque é homem inteligente, que habitualmente faz uma análise interessante da política portuguesa. Mas nem sempre é justo nas análises que faz. O último comentário que fez sobre a alteração dos estatutos do PS foi leviano e tendencioso. Os novos estatutos do PS introduziram as diretas para a escolha dos candidatos a presidentes das Câmaras Municipais e dos candidatos a deputados – os militantes podem ser chamados a votar em
divida de dois contos de reis ao Sr. Custódio “Broco”, financiador da viagem e do cachet do passador, Vinha-lhe ao pensamento o esforço para suportar os estudos dos filhos; a alegria no final de curso de engenharia do seu António e a sua Joana com emprego como enfermeira! Lembrava como se sentiu realizado, aos 63 anos, quando voltou à terra de vez. Reformado, filhos formados, com algum dinheiro... Mas naquele dia em que saiu de casa para não ser visto a chorar na saída do seu neto Diogo. Licenciado em comunicação social, com um mestrado, partia para trabalhar em hotelaria na Suíça. O seu filho António labutava em Angola, para onde foi ganhar a vida depois de ter fechado a fábrica têxtil onde trabalhou 18 anos. Foi ne sse dia que o primeiro-ministro de Portugal apontou a emigração como destino dos que estudaram e queriam ser úteis ao seu país. E pensava: “como pode um primeiro-ministro mandar o seu povo sair da sua terra? Certamente nunca teve nenhum familiar que chorasse na hora da partida”. José chorava de novo por causa da emigração, pensava na sina do seu povo. Submerso nos pensamentos, não prestava atenção ao pequeno pássaro que depenicava um resto de maçã que alguém deitara fora, não reparava no par de namorados que trocavam beijos na praia naquela tarde solarenga de inverno. Olhava para aquele mar calmo e não via o pequeno barco do qual eram lançadas as redes, não via o azul das águas, só via negro, bem negro no horizonte.
Estatutos do PS e Marcelo vários candidatos, mediante condições ainda relativamente exigentes, é certo, mas é um primeiro passo no reforço do poder dos militantes. Os novos estatutos obrigam à apresentação e aprovação de contas pelas Comissões Políticas Concelhias, facto que tornará mais transparente a actividade política concelhia, nomeadamente no que respeita ao financiamento do partido e à quotização dos militantes, uma das principais causas de falta de transparência e seriedade na actividade política dos partidos. Fazem também coincidir
No último congresso, o PSD reprovou qualquer possibilidade de diretas para as autarquias. E aqui Marcelo não viu nenhuma “golpaça”
os mandatos dos órgãos nacionais ou locais com a realização de eleições, o que permite uma melhor planificação e organização dos actos eleitorais concelhios ou nacionais. Poder-se-ía ter ido mais longe, nomeadamente no que toca ao papel dos simpatizantes no partido, ou à discussão da proposta final dos estatutos com os militantes. Por outro lado, os militantes não têm “poder” para convocar um congresso nacional extraordinário (para, por exemplo, provocar eleições internas a me io d e mand at o), f icand o
este poder concentrado na Comissão Nacional/Secre tário Geral/Federações. Mas, como diz o poeta castelhano, o “caminho faz-se caminhando”. E, diga-se a este propósito, que o PSD caminha pouco no Governo e caminha pouco no próprio partido – no último congresso reprovou não só qualquer possibilidade de diretas para as autarquias, como outras propostas da JSD que reforçavam o papel dos militantes na eleição de órgãos internos do partido. E aqui Marcelo Rebelo de Sousa não viu nenhuma “golpaça”.