Jornal Repórter Local

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Nº 151 • ANO XIII • OUTUBRO 2011 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

p. 16

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RONFE

PAI E FILHOS A família Dias está (quase) toda no judo! EM FOCO | p. 03,04

Ruas às escuras geram queixas da população e obrigam a recuo da Câmara de Famalicão Freguesias de Pousada e Vermoim preparam “casamento” JOANE | p. 07

Escultura de grande escala vai enfeitar espaço público

p. 10 e 11

Aos 78 anos, Rosa Faria ainda é a costureira dos craques do Joane

ENTREVISTA | ARMANDO VIDAL

“Quem me atira com uma pedra leva com um rebo” PUBLICIDADE

p. 14 e 15

CULTURA | p. 124

Teatro da ATC entre o romantismo e o profissionalismo OPINIÃO | p. 18

FILIPE MACHADO

“Os disparates do presidente da Junta de Vermil” O MOSQUITO | p. 13

D. VIRINHA ESTÁ DE VOLTA!



REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2011 • 3

EM FOCO 1 região | polémica

Foi você que pediu um apagão na sua rua? Queixas levam Câmara de Famalicão a reformular cortes na iluminação pública Luís Pereira

A

Câmara Municipal de Famalicão prepara-se para alterar a estratégia de poupança de energia do município depois de ter recebido muitas queixas da população por causa dos “apagões” que se têm registado um pouco por todo o concelho, sobretudo nas primeiras e últimas horas do dia. “Até agora a iluminação pública era ligada uma hora depois do pôr-do-sol e outra antes do nascer do sol. Temos recebido várias queixas por causa da escuridão, sobretudo de quem se levanta cedo para trabalhar e por isso iremos mudar. A iluminação será ligada e desligada como anteriormente mas, durante a noite, nas horas em que não há movimento de pessoas, será desligada”, avançou ao RL o vereador José Santos. A Câmara, adianta, prepara-se também para reduzir para 70% o fluxo de luz nas zonas do concelho onde existam reguladores de luminosidade. “É quase impossível dar um número certo da poupança que irá ser feita porque a conta da EDP chega ao Município de forma global, incluindo os equipamentos

municipais, como piscinas e pavilhões, junto com a iluminação pública”, explica Santos. No entanto, em Maio, quando foi anunciado o plano de poupança, a Câmara anunciava a intenção de reduzir em 1/3 a factura de 2 milhões de euros que anualmente paga à EDP. Inicialmente a autarquia previa, nas zonas urbanas e loteamentos cuja distribuição de electricidade fosse feita por rede subterrânea, desligar

“Hoje há assaltos em plena luz do dia e a qualquer hora, com ou sem iluminação. A falta de luz até terá o efeito inverso, criando dificuldade aos ladrões”

uma média de um poste por cada três. Mas a medida tem sido contestada sobretudo nas zonas mais rurais onde o município tem vindo a adiar em 60 minutos a ligação da energia nocturna e a antecipar em 90 minutos o desligamento matinal. Esta medida vai agora ser alterada face ao desagrado e inconvenientes que tem provocado no quotidiano da população. “Voltámos ao antigamente. Saio do trabalho às 18h30 e vou a pé para casa (lugar das Fontes, Joane). Só me consigo guiar pelas luzes dos carros que passam. Com a chuva, é caminhar sem saber onde pomos os pés”, diz Abílio Silva. Com o recuo da Câmara, optando por desligar a iluminação durante a madrugada em vez das primeiras e últimas horas da noite, há outras questões que se colocam, nomeadamente as de segurança, mas o vereador José Santos desdramatiza. “Quem tem intenção de assaltar, assalta. Hoje há assaltos em plena luz do dia e a qualquer hora, com ou sem iluminação. A falta de luz até terá o efeito inverso, criando dificuldade aos ladrões”, considera.

APAGÃO autarca de castelões partilha queixas da população Os protestos contra a “falta de iluminação pública” não partem apenas de populares. A estes têm-se juntado alguns autarcas. Francisco Sá, presidente da Junta de Castelões, não contesta as medidas tendentes a uma poupança nos gatos com a energia paga pela Câmara , mas considera inaceitável o apagão que se verif ica em algumas zonas. “ Te m o s r e c e b i d o i n ú m e r a s reclamações na Junta. Não entendo porque têm de ser sempre as mesmas vítimas desta situação” , protestou o autarca ao RL . Em sua opinião, deveriam ser observadas algumas situações de excepção, “como locais próximos de escolas e centros sociais, ou ainda as localidades mais isoladas” . Francisco Sá não se fica pelas queixas e adianta uma sugestão: “Se todos pagamos impostos, então o “apagão” deve ser para todos. Poderia optar-se por apagar a luz um mês em determinadas ruas, outro mês em outras” . A solução que a Câmara pretende adoptar não passa por aí, mas tem algumas semelhanças: “A iluminação será ligada e desligada como anteriormente mas, durante a noite, nas horas em que não há movimento de pessoas, serão desligadas” , diz o vereador José Santos.

Ruas e urbanizações mais “apagadas” D u ra n t e o ú l t i m o m ê s f o ra m vá r i a s a s p e s s o a s q u e m o s t ra ra m i n d i g n a ç ã o n a p á g i n a d o Fa cebook do RL . Carlos Campos foi um dos que e s c r e v e ra m e m s i n a l d e p ro t e s t o . “Os jovens andam assustados porque não acred i t ava m n o q u e o s p a i s d i z i a m s o b r e co m o e ra n o a n t i g a m e n t e . A g o ra p a ra l á c a m i n h a m o s p o r c u l p a d a i n co m p e t ê n c i a d o s p o l í t i co s e da má gestão dos nossos recursos e impostos, é tempo de indignação e de acção”, escreveu este leitor do RL . Ta m b é m C u s t ó d i o S i l va u t i l i z o u o F B d o j o r n a l p a ra p ro t e s t a r co n t ra a e s c u r i d ã o n a v i l a d e Jo a n e , a p o n t a n d o a l t e r n a t i va s . “ Po r q u e n ã o se eliminam as lâmpadas que em muitas ruas e s t ã o a f a s t a d a s a p e n a s 2 0 m e t ro s e n t r e s i ? ” , apontou este joanense. A m a i o r i a d a s q u e i x a s p r e n d e - s e co m a f a l t a d e i l u m i n a ç ã o n a s e s t ra d a s e r u a s d a s f r e g u e -

“Já sabia que me iam aumentar ao IVA e cortar o subsídio de Natal, agora a luz eu não esperava”, escreveu Abel Figueiredo, de Mogege, na página do RL no Facebook

sias mas há registo também de “apagões” em a l g u m a s u r b a n i z a ç õ e s , co m o o q u e f o i a p o n tado por Abel Figueiredo, em Mogege. “Há mais de três dias que a urbanização de P i t e l a s , o n d e m o ro , v i v e n a p l e n a e i n t o c áv e l escuridão, pois toda a iluminação pública está desligada”, referiu Abel na página do RL no Fa c e b o o k . “ Pe n s a n d o q u e f o s s e u m a ava r i a , co n t a c t e i a E D P, q u e m e i n f o r m o u q u e o p ro b l e m a n ã o e ra t é c n i co m a s a n t e s r e s u l t a n t e d e u m p e d i d o d a C â m a ra d e Fa m a l i c ã o , q u e m a n d o u co r t a r a l u z e m r u a s co m p l e t a s . É u m a u r b a n i z a ç ã o co m p e r t o d e 6 0 h a b i t a ç õ e s , ro d e a d a d e p i n h e i ro s e co m u m ú n i co p o n t o d e e n t ra d a e s a í d a d e v i a t u ra s . J á s a b i a q u e m e i a m a u m e n t a r a o I VA e co r t a r o s u b s í d i o d e N a t a l , a g o ra a l u z e u n ã o e s p e rava ” , a d i a n t o u a i n d a , em forma de lamento.


4 OUTUBRO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

EM FOCO 2

JOANE | torneio de sueca e resultados desportivos O G r u p o D e s p o r t i vo d e Jo a n e o r g a n i z a n o p ró x i m o s á b a d o , d i a 5 , u m t o r n e i o d e s u e c a e o t ra d i c i o n a l j o g o d o p a l i t o . A i n i c i a t i va d e co r r e n a s e d e d o c l u b e e v i s a a r r e c a d a r r e c e i t a . E n t r e t a n t o , n o p a s s a d o f i m - d e - s e m a n a a e q u i p a j ú n i o r d o c l u b e v e n c e u o O p e rá r i o p o r 4 - 2 e m j o g o p a ra a Ta ç a d a A F d e B ra g a . Ta m b é m a co n t a r p a ra a Ta ç a , a e q u i p a d o s j u v e n i s r e c e b e u o L o u ro a c a b a n d o o j o g o s e m g o l o s .

freguesias

Pousada e Vermoim preparam “casamento” Projecto de fusão de freguesias mobiliza autarcas. Vermil prefere aliança com Ronfe

airão s. joão, airão st. maria, oleiros, leitões e vila nova de sande, todas juntas numa freguesia

Luís Pereira

P

ousada de Saramagos e Vermoim já se entenderam em matéria de fusão de freguesias. As duas Juntas não perderam tempo e já acordaram entre si que, caso sejam consultadas sobre as suas preferências, a fusão entre ambas é a solução que melhor serve os interesses das populações. “Não quisemos esperar que sejam os senhores de lá de baixo a mandar a quem nos devemos juntar. Com o acordo que fizemos com Vermoim, temos já uma solução aceite pelas duas freguesias e que proporemos caso sejamos consultados”, confirmou, ao RL, António Sousa, presidente da Junta de Pousada. As primeiras directrizes do governo sobre a fusão de freguesia já foram divulgadas no designado Documento Verde. Numa análise a este documento, a Associação Nacional de Freguesias (ANA FRE) publicou um estudo das localidades que deverão ser agregadas. Das 10 freguesias cobertas pelo RL, só Joane reúne os critérios para se manter isolada. “Pousada tem várias soluções mas só a junção a Vermoim nos agrada. Para fazermos

“Pousada tem várias soluções mas só a junção a Vermoim nos agrada”

ANTÓNIO SOUSA Presidente da Junta de Pousada

os 5.000 habitantes necessários, numa primeira hipótese teríamos que nos juntar a Castelões e Mogege. Há ainda a possibilidade de nos juntar a P o rt e l a , Te l h a d o e S . C o s m e , o que, por razões geográficas e mesmo culturais, seria descabido. Assim, Vermoim é a solução que nos satisfaz. Juntas, teremos 5.200 habitantes. Falamos com o executivo de Vermoim e depois de ponderados os prós e contras chegamos a um acordo”. António Sousa sabe, no entanto, que compete ao governo decidir a nova organização administrativa até Junho do próximo ano. “Este é um primeiro passo. A Assembleia Municipal já constituiu uma comissão para tratar do assunto. Quando nos consulta-

rem, saberão o que queremos. Prefiro escolher com quem me casar do que me imporem a noiva”, refere Sousa. A mesma linha de pensamento segue Xavier Forte, presidente da autarquia de Vermoim, embora saliente que tudo estará ainda em aberto. “Vermoim não exclui ninguém. Achamos que tem lógica a fusão com Pousada e por isso aceitamos um acordo de princípio. Se a nossa vontade valer de alguma coisa então já teremos o trabalho de casa feito”, refere Xavier Forte ao RL. Há autarcas de freguesias me nos populosas que já começam a posicionar-se. Cientes da inevitabilidade da agregação das freguesias, os presidentes de Junta têm “namorado” algumas localidades, mostrando as suas preferências. “Tenho as minhas preferências mas enquanto não souber como é que tudo isto se processa não poderei dizer nada. Não sei, por exemplo se iremos ter opção ou se irão simplesmente impor-nos via régua e esquadro”, diz Manuel Pimenta, presidente da Junta de Mogege. Este autarca acredita que possa haver mais do que uma solução para Mogege, assegurando que, se necessário, irá convocar a população para que decida.

A C â m a ra M u n i c i p a l d e G u i m a rã e s e s t á a e l a b o ra r u m P l a n o d e Re o r g a n i z a ç ã o d a s freguesias para apresentar ao Governo. As bases passam por agrupar localidades vizinhas, com sinais identitários, que perfaçam o número de 5000 (ou mais) habitantes, tal como preconizado no Documento Verde. Uma das propostas, segundo apurou o R L , i m p l i c a a j u n ç ã o d e c i n co f r e g u e s i a s vizinhas: Airão S. João, Airão Santa Maria , Oleiros, Leitões e Vila Nova de Sande (esta j á p e r t o d a s C a l d a s d a s Ta i p a s ) . S e g u n d o fonte ligada ao processo, este cenário é o m a i s i n d i c a d o p a ra m a n t e r u m a e s t r u t u ra local consistente em termos de habitantes e de equipamentos. A proposta que está a ser gizada por uma Comissão da Câmara Municipal prevê a “ a l i a n ç a ” d e Ve r m i l e R o n f e , r e e d i t a n d o , curiosamente, um antiquíssimo Couto de Belmir. Os autarcas queixam-se de falta de informação e temem que as populações não adiram a este reforma . Há, por outro lado, quem, dentro dos actuais protagonistas autárquicos, se posicione na mira de ocupar cargos de relevo em “mini-municípios”. Em Guimarães, alguns autarcas ainda ensaiaram um movimento de contestação à reorganização administrativa , mas acabou por prevalecer a ponderação. A ideia é que face à reorganização, a Câmara possa apresentar, na hora indicada , um plano que escape a lógicas de “régua e esquadro” do Poder Central. Em entrevista publicada nesta edição, o p r e s i d e n t e d e Ve r m i l , A r m a n d o V i d a l , confessa que “preferia a aliança com Ronfe”. “Airão Santa Maria e S. João não se enquadram tanto com Vermil, têm mais em comum com Joane”. António Carvalho, autarca da freguesia de Airão Santa Maria , prefere distância de Ronfe. “Ninguém em Santa Maria se r e v ê n a s t ra d i ç õ e s e h á b i t o s d e Ro n f e . A maioria nem saberá onde fica a sede da Junta da vila . A solução que vier a ser tomada tem que manter obrigatoriamente na freguesia resposta para estes problemas”, diz Carvalho.


REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2011 • 5

OPINIÃO | Páginas 17, 18 Luís Santos: “O País das “ajudas” e dos subsídios”; Miguel Azevedo: “A Secundária de Joane e o ranking das escolas”.

14 OUTUBRO DE 2011 • REPÓRTER

LOCAL

ARMANDO VIDAL E 2013 para a Junta por Não estou cansado, vim

“Ainda é cedo. limitação de pai. Se não houvesse homenagem ao meu porque tenho a nunca sairia da Junta mandatos nem fusão, povo nunca o quereria”. certeza que o nosso

ENTREVISTA O VIDAL ENTREVISTA • ARMAND

a “Quem me atira com um o” pedra leva com um reb diz-se tranquilo quanto ao Presidente da Junta de Vermil Capela Mortuária da freguesia processo de construção da âmara, que por nova verba da C iro. Podia não nada em dinhe ois meses mas e fazer a obra em d hegou à Junta d r a Junta e, não quero endivida Freguesia há 6 anos, ão posso emu pessoalmente, n está a meio do se o. r i e h n i d r a t s e r p . segundo mandato é 2013? Fica concluída at mil? tias porque n a r a g O que fez por Ver r a d sso em nada se Não po ís e A freguesia que era tá instável neste pa oje. Temos tudo es e teparece com o que é h bemos as verbas qu qualidade e n ã o s a tudo um atendimen to com do Município, mas s a fonte de remos eça. obra feita. Acabámo ara que isso acont rgamentos f a r e i p reador Doe v o a i Amorim e vários ala e u q i n u er as coisas Já com ça o meu desejo de ruas. Gosto de faz res mingos Bragan o c s à o d n a h l da o o e ã t n n e s a d si bem-feit de que fosse o pre a, o políticas. a a inaugurar a obr e é a Casa Câmar Europeia Agora a prioridad ideal durante a Capital Mortuária? ura. e é uma ne- da Cult ção É o meu sonho porqu mica da participa a estrutura A p o l é tem ve e t obra a A r b o a cessidade. empresa n alta colocar da sua sse metálica montada, f s em vista o intere as. A partir apena o mármore e as port a freguesia? , esperando para fiscalidaí a obra vai parar Vermil é a freguesia mais Guimarães. zada do concelho de es õ ç a z i l a c s i f o r t Já tivemos qua da Assemda IGAT e os eleitos (AF) estão bleia de Freguesia problemas. “A fusão de freguesias sempre a levantar do fizemos Acusaram-nos quan é uma inevitabilidade. IGAT a Junta, da as obras na sede O povo é hoje tratado cluiu que a fiscalizou-nos e con o da legalicomo uma criança obra foi feita dentr continuam dade, apesar disso em Vermil e isso vai o assunto. ainda hoje a falar d se das suas acabar com a fusão de A oposição demitesentar profunções ao não apre freguesias” e a difamar postas, limitando-s

Luís Pereira

C

editorial joaquim forte

O apagão das freguesias O “apagão” de que aqui se fala tanto pode ser aquele que por estes dias tem suscitado muitas queixas e críticas de populares e autarcas, por causa da falta de iluminação pública em muitas zonas das nossas freguesias; como pode ser o “apagão” (em linguagem informática, o delete) de centenas de freguesias em todo o país. E “apagão” é o termo apropriado para ilustrar a falta de informação que muitos presidentes de Junta - e muitos outros membros destas autarquias -, já para não falar do “povo”, sentem sobre o que vai ser feito em matéria de “reorganização administrativa” das freguesias. O chamado “Documento Verde” que o Governo tornou público há pouco tempo, sobre fusão e extinção de freguesias, deixa adivinhar uma autêntica revolução. Como vai ser feita? Quando? De que forma serão as populações informadas até para se garantir uma adesão em massa à nova realidade que está a ser desenhada? Como

3 PERGUNTAS • ÂNGELA

OLIVEIRA, ELEITA DO PSD/PP

“A Junta de Santa

nta. Não sei o presidente da Ju de barriga o se lhes causa dor esidente e o facto de ser eu o pr m é, não sou empresário, se assi atar da dor. médico para lhes tr e a obra foi Na AF assumiu qu juste direcadjudicada por a o dizer que to, mais tarde vei rso público não. Houve concu ou não? ajuste directo A empreitad a foi por dade. Apesar mas dentro da legali empreiteiros disso consultei três

ntos. Os eleitos para darem orçame entos em praça estão a fazer julgam riam ser as inspública quando deve as dúvidas. tâncias judiciais a tirarem que acusam, a Caso não provem o iciativa de soliJunta vai tomar a in ão à empreitada citar uma fiscalizaç Os eleitos para que tudo se esclareça. e com isto só s o t c e r r o c o d i s m ê t não ra atrase. conseguem que a ob serralharia Os trabalhos de itos? sempre são gratu r à freguesia a Propus-me oferece

A DE ARÃO STA. MARIA

NA ASSEMBLEIA DE FREGUESI

do despesimo” Maria continua a política

or troika, e já existe p dimento do com a zo para ia de qualquer proce do Governo um pra destes dois tênc ica no que se parte pa Que balanço faz de contratação públ ão há, ainda, um ma socialista? eçaram, o efeito. N es. anos de mandato e às obras que com iscutido em Guimarã do muito di- refer anterior para ser d O país vive um perío também a obras do Câmara, com todos upar e cortar mas zona P e n s o q u e a fícil, e a ordem é po de melhorame nto da ação privilem r o f n i mandato e s o c n i o n c c a é t e s u so q cutivo, o raçar na despesa. Não é is de da Junta. O exe ue detém, deveria t ! O executivo d a s e ontinua a giada q c , o io, r d ó a t s i r v e l o tece em Santa Maria r a p e e d u r q a s a aind junto com a ape à qual, um mapa, ta socialista, em con contratação privada empo, poder ser fei , c o n t i n u a a fazer o s . N o para, com t aCâmara Municipal ralmente, nos opom ssão pública inform smo, quer na natu citação uma discu ção política do despesi próprio para publi quer que seja a solu oal, quer no local a , q u e é da. Qual contratação de pess ser feita, ontratação públic optada, ela terá de ras, algumas d e c is, a tinua a não ter ad c n o l o c s e , planeamento de ob õ a i ç r a l ó u t a p g o i p r s b a o er urgência, p e l a auscultadas delas, sem qualqu uas tradições er ficha publicada com respeito pelas s a Rua Dr. qualqu d o t n e m a g r a . l a a i ta r n o a a o M S com relação a Junta de Santa s e autonomia. Em nte Xavier Bispo. que a fusão de freguesia eremos frontalme a s t ê m t i d o Teme Maria? M a r i a , s ta As vossas propost a a afectar Santa lquer solução impos executivo? venh g u e s i a contra qua o acolhimento do ão de Juntas de fre e esquadro. para o efeito A fus do acor- de régua Apesar de instados contecer, faz parte aber da exis- vai a continuamos sem s

se processarão as eleições locais nas novas entidades administrativas a criar, por junção ou “apagão”? Os nomes das freguesias serão “apagados” ou manter-se-ão? Os actuais presidentes em limite de mandatos poderão concorrer? As perguntas são muitas, a informação nem por isso. Sabe-se, isso sim, que os autarcas se têm movimentado. Uns para evitar que se faça um puro e simples delete de freguesias, legitima e empenhadamente preocupados com as populações; outros, perspectivando nesta reorganização uma maneira de virem a ter um lugar na administração de um aglomerado de freguesias, espécie de “mini-concelho”. Por agora são apenas os rumores sobre “alianças” e “namoros” (para usar a terminologia de um autarca ouvido pelo RL) de freguesias. Quando se fala da fusão de freguesias como Airão S. João, Airão Santa Maria, Oleiros, Leitões e Vila Nova de Sande, no concelho de Guimarães, significa

PAG. 16,17 | ENTREVISTA Armando Vidal, presidente da Junta de Vermil, não desilude quem gosta do seu estilo popular.

que surgirá uma nova localidade, com um nome próprio? Ou será apenas conhecida por Aglomerado X? Falta informação, é um facto. Os próprios autarcas, quando instados pela população que representam, encolhem os ombros e não conseguem desfazer dúvidas. Nesta matéria, reina muita escuridão. Como reina na nova “política” de iluminação pública dos municípios. A ordem é para poupar. Para cortar. Poupar e cortar na iluminação pública é de aplaudir quando sabemos todos de casos em que impera o verdadeiro desperdício. O que se verifica, porém, é um retrocesso a um certo período de trevas em que as localidades, principalmente as mais pequenas, estavam mergulhadas. Não haver iluminação em zonas fortemente povoadas nas primeiras horas da manhã, quando já são muitas as pessoas que se movimentam, ou ao escurecer, não será, certamente, a melhor maneira de poupar.

cartoon rl

protagonistas

tiago mendes (tiag0_mendez@hotmail.com)

ARMANDO VIDAL O seu estilo é conhecido e há até quem o compare a Alberto João Jardim da Madeira. Na entrevista ao RL , o presidente da Junta de Vermil zurze na oposição e diz que o processo em torno da empreitada da Capela Mortuária é transparente.

MIGUEL RIBEIRO O líder do PSD de Joane não se recandidata ao cargo nas eleições que terão lugar no início de 2011. O balanço ao seu mandato inclui muitas críticas. O PSD quer um candidato de consenso, que acabe com as divisões que têm existido nos últimos anos.

ROSA FARIA Pelas suas mãos passam as “mazelas” dos equipamentos dos jogadores do GD Joane. Aos 78 anos, esta joanense continua uma acérrima adepta do clube e só espera que o Campo de Barreiros não deixe de existir.

PA I E F I L H O S : M a n u e l D i a s , a o

centro, com os filhos Carlos e Jo s é . A l é m d o s l a ç o s f a m i l i a r e s , têm em comum a paixão pelo jud o . PAG . 16

Repórter Local | Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda, Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail geral@reporterlocal.com Membros detentores com mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira Director Joaquim Forte ( joaquimforte@reporterlocal.com) | Redacção Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) | Paginação Filipa Maia | Colaboradores Ana Margarida Cardoso; Analisa Neto; Custódio Oliveira; Elisa Ribeiro; Fernando Castro Martins; João Monteiro; Luís Santos; Miguel Azevedo; Luciano Silva; Sérgio Cortinhas | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. | Jornal de distribuição gratuita | Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514


6 OUTUBRO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

FAMALICÃO | BOLSAS DE ESTUDO Estão abertas, até 15 de Novembro, as candidaturas às Bolsas de Estudo atribuídas pela Câmara Municipal de Famalicão aos alunos do ensino superior. A candidatura pode ser feita através do formulário disponível em http://www.juventudefamalicao.org.

DÁ QUE PENSAR!

Fórum

Crianças vão para a escola com mochilas demasiado pesadas

Roubado computador do Hospital com informação médica

o que se diz “Orçamento de Estado penaliza duplamente concelho. Famalicão vai receber menos 977 mil euros” Opinião Pública

Um estudo conclui que cerca de sete em cada dez crianças, entre os seis e os 13 anos, usam mochilas com excesso de peso, com uma carga acima dos 12 por cento do seu peso corporal. A pesquisa feita pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, abrangeu 630 alu nos do primeiro e segundo ciclos de ensino e revela que os alunos do 5º ano são os que mais peso transportam às costas (cerca de 13,5 por cento do seu peso).

O roubo de um computador portátil do Serviço de Anestesia do Hospital de Guimarães, vai originar a abertura, por parte da unidade de saúde, de um inquérito de averiguações. Trata-se de um computador adstrito ao referido serviço e que, segundo fonte clínica, possui informação médica “sensível e relevante”. Estranhamente, só foi levado aquele computador, o que faz supor que não se tratou de um simples assalto, mas de um roubo com objectivo bem definido.

“A oposição (ao poder PSD na Junta de Vermil) tem inveja de eu ser sócio de uma empresa. Essa gente só come e dorme. Parece a vida de um porco”.

Armando Vidal, presidente da Junta de Vermil, O Povo de Guimarães

“Deverá começar a 6 de Dezembro o julgamento do empresário famalicense J. Ferreira, acusado de violência doméstica e de detenção de arma ilegal, num caso que envolve o “socielite” José Castelo Branco como testemunha”. O Povo Famalicense

Fo n t e : AG Ê N C I A L USA

Fo n t e : CO R R E I O DA M A N H A

“Tribunal Constitucional negou pedido de António Magalhães (presidente da Câmara de Guimarães) que pretendia acumular vencimento com reforma” Guimarães Digital

DIAS DE ONTEM

Se tiver fotografias que mostrem aspectos que já desapareceram ou efeitos das alterações na paisagem da sua terra , e se as quiser partilhar com os leitores, envie por mail , geral@reporterlocal .com, ou por correio.

ReguiLa UM MILHÃO NÃO CHEGOU PARA O ACESSO O estádio do Desportivo de Ronfe representa uma obra digna de se ver mas o acesso ao equipamento envergonha qualquer ronfense. De que vale uma casa asseada se temos lixo à nossa porta?! Já lá vão dois anos desde que a “pedreira de Ronfe” abriu portas. Um milhão de euros foi quanto custou a obra e ao que parece não sobrou nenhum euro para passeios e pavimentação da estrada junto à entrada. O autarca Daniel Rodrigues já veio a público acusar a Câmara de não intervir. Questionamos nós se com boa vontade e um alguma engenharia, não arranjará a Junta uns trocos no seu orçamento para colocar um átrio bem mais condigno?!

POUSADA , ANO 2000 Hoje já pouca gente se lembrará do que existia no lugar onde está o supermercado Lidl, em Pousada . Talvez os mais velhos se recordem do terreno à face da estrada , que era de vez em quando escolhido por algum circo que ali assentava arraiais para uns espectáculos. A construção da superfície comercial não escapou, porém, à polémica , com processos em tribunal que tentaram, em vão, e vitar que ali se erguesse mais um espaço de consumo. H o j e , é p o n t o d e p a ra g e m d e m u i t a g e n t e . D e Po u s a d a e não só.

“Casal abadona bebé ao fugir da GNR após asslato em Famalicão” Opinião Pública

“Jogadores do Vitória foram ao Santuário da Penha antes do jogo com o Rio Ave. A verdade é que após a ida ao Santuário, o Vitória venceu pela primeira vez em casa esta temporada. Guimarães Digital

“Vai aumentar o número daqueles que fazem (na cidade de Guimarães) da rua a sua casa de banho. Entra em vigor o encerramento das casas de banho públicas ao fim de semana. Vai ser lindo ver cada vez mais gente a urinar na via pública! Até agora era só à noite, agora vai ser em pleno dia”. Casimiro Silva, no seu blog

“Os agricultores do distrito de Braga manifestam-se a 15 de Novembro para exigir um política que defenda a produção nacional e para contestar o “apagamento” de um “enorme número” de freguesias”. Correio da Manhã

“De todos os seus erros e crimes, há algo que o capitalismo fez às pessoas que não pode deixar de ser identificado como um mal nuclear: o facto de nos ter imposto a ideia de que não só os produtos e os serviços mas também as pessoas devem concorrer entre si e que, os que perderem, devem ser descartados, excluídos e punidos. Não por maldade, mas em nome da qualidade. Em nome da produtividade e da eficiência. Em nome da selecção dos melhores”. José Vítor Malheiros, Público


REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2011 • 7

LOCALIDADES joane • política

Miguel Ribeiro deixa PSD debaixo de críticas e dá lugar a lista de consenso José Machado e Miguel Azevedo apontados para liderar lista de consenso Luís Pereira

O

PSD de Joane vai antecipar as eleições internas. Para a escolha da próxima liderança, que conduzirá o partido até às eleições autárquicas de 2013, tem havido reuniões com o objectivo de promover uma candidatura única e de consenso. Ricardo Guedes e Miguel Azevedo são apontados como “solução ideal” mas até agora, José Machado, que já foi presidente do núcleo, é o único que tem dado mostras de disponibilidade. Uma coisa é certa: o o actual presidente, Miguel Ribeiro, não assumirá a recandidatura e não é poupado nas críticas. Segundo apurou o RL, o actual e ex-presidentes do partido, à excepção de Joaquim Loureiro, têm-se reunido com a Comissão Política concelhia de Famalicão no sentido de e ncont rar u m nome e uma lista que ag rade às várias sensibilidades do núcleo de forma a promover a união em torno da candidatura à Junta em 2013. Contactado pelo RL, Ricardo Guedes diz-se disponível para uma comissão política “que valha a pena”. “Nestes últimos 10 anos o partido conseguiu reunir bons quadros e há meia dúzia de militantes com muitas possibilidades de conseguir ganhar em 2013”,

“Não reconheço que o actual presidente tenha feito um bom trabalho. Quem não dá mostras de que é válido tem mais é que se colocar de lado” MIGUEL COELHO Eleito do PSD na Assembleia de Freguesia de Joane

refere o fundador do núcleo. Quanto a nomes, Guedes considera que os militantes que já tenham exercido o cargo não devem encabeçar a lista e lança Miguel Azevedo, actual vice-presidente, como uma boa opção. “Tem o melhor perfil, o que está melhor posicionado e o que demonstra mais garra”, argumenta Guedes. Contactado pelo RL, Miguel Azevedo considera que “é prematuro falar de candidatos” e prefere aguardar pelas movimentações em torno das próximas eleições, mas não se coloca de parte. “O partido precisa de

CASA DE S. TIAGO, CASTELÕES, séc. XVI

O QUE FAZER COM ESTE PATRIMÓNIO?

O R L continua a dar d estaque ao património e x istente nas nossas fre g uesias . U ma forma d e dar a conhecer imóveis d e interesse . Neste número , viajamos até castelõ es.

organizar-se e de escolher os melhores. Não virarei as costas, estarei sempre disponível para colaborar”, refere Azevedo. Já Miguel Coelho, eleito do PSD na Assembleia de Freguesia, acha que a melhor opção seria Ricardo Guedes a liderar uma lista de consenso. “Sabemos bem o que aconteceu no passado sempre que existiram duas listas. As divergências nunca são sanadas e quem perde é o partido, por isso, o ideal é uma lista de consenso e acho que o Ricardo foi um grande presidente que o partido poderá a voltar a ter”. Instado a comentar uma eventual recandidatura de Miguel Ribeiro, Coelho não poupa nas críticas. “Não reconheço que o actual presidente tenha feito um bom trabalho. Quem não dá mostras de que é válido tem mais é que se colocar de lado”, atira. Ainda sem data, o acto eleitoral deverá a c o n t e c e r e m Ja n e i ro d e 20 12. A a n t e c i p a ç ã o prende-se com o ajustamento do calendário do núcleo ao das eleições autárquicas de 2013. A actual comissão política liderada por Miguel Ribeiro tem mandato até Maio do próximo ano. O RL tentou obter reacções do presidente bem como de José Machado mas até ao fecho da edição tal revelou-se impossível.

Pe r t e n ce à Q u i n t a co m m e s m o n o m e e s i t u a - s e n o L u g a r d e S a n t i a go ( a c t ua l m e n t e Ru a d e S a n t i a go ) , a ce r c a d e c i n q u e n t a m e t ro s d a I g re j a Pa ro q u i a l de Castelões. Esta quinta tem origem na Idade Méd i a e ve m j á re fe re n c i a d a n o To m b o Ve l h o d o M o s t e i ro d e S a n t a M a r i a d e Oliveira , mandado executar no ano de 1504, por Sixto da Cunha. Neste ano de 1504, os edifícios já e s t a r i a m e m r u í n a s , m a s f o ra m re a p rove i t a d o s e d e ra m o r i g e m à Q u i n t a d e S a n t i a go , co m a j u n ç ã o d e o u t ra s p a r ce l a s a g r í co l a s . A cozinha tem sinais apotropaicos, como cruzes e outras inscrições como fo r m a d e a f a s t a r o s m a u s - o l h a d o s e outras forças do mal, muito usados p e l o h o m e m m e d i e va l . No jardim há uma pedra com covas e s t ra n h a s q u e , d i z e m o s e n t e n d i d o s , s e r v i ra m d e m e d i d a s d e c a p a c i d a d e p a ra s e co s ( ce re a i s ) . A c a s a e a Q u i n t a d e S a n t i a go fo ra m , a o l o n go d o s s é c u l o s , h a b i t a d a s p o r v á r i a s g e ra ç õ e s e h e r d e i ro s . O ú l t i m o a q u e m s e co n h e ce re p re s e n t a ç ã o d a c a s a é o co n h e c i d o a d vo g a d o d e V i l a N o va d e Fa m a l i c ã o , D u r va l A n t ó n i o d a Fo n s e c a e C a s t ro Fe r re i ra .


8 OUTUBRO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

localidades

VERMOIM | associação cultural O III Passeio|Raid Todo o Terreno da Associação Cultural de Vermoim (ACV), no dia 29 de Outubro, superou as expectativas tanto em participantes como de adesão. A iniciativa contou com um passeio pela região e com uma pista de obstáculos junto à escola Agra Maior em Vermoim.

joane • projecto joane• cultura

Escultura vai ilustrar entrada em Joane Peça de grandes dimensões evoca Descobrimentos e República Redacção

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Junta de Freguesia de Joane está a avaliar o projecto de colocação de uma escultura de grandes dimensões junto à Estrada Nacional 206, em Laborins, ao lado do supermercado. A obra de arte, da autoria de dois elementos do PS na Assembleia de Freguesia de Joane, pretende homenagear, à uma, os Descobrimentos Portugueses e a Implantação da República. Segundo apurou o RL, a inauguração da escultura chegou a estar prevista para coincidir com a evocação do 5 de Outubro deste ano (Implantação da República) m as tal não foi possível em virtude de a peça não estar ainda concluída e de a mesma ter de ser submetida a apreciação por parte da Assembleia. Os autores da peça são Joaquim Lima e Qui téria Campos, ambos com actividade ligada ao mundo das artes. E segundo apurou o RL, poderá não ser a única “obra de arte” pública a erigir em Joane, prevendo-se uma peça escultórica para o Largo 3 de Julho. De resto, a presença de esculturas no espaço público não é muito usual na região. Tira ndo os casos mais conhecidos do Cristo Rei em Vermil - uma escultura branca situada junto à escola - e o monumento evocativo do Caminhante de Santiago, em Ronfe, não se conhecem mais casos. Mais conhecida foi a intenção da Câmara Municipal de Famalicão de erguer um monumento ao empresário na rotunda de a c e s s o à va r i a n t e , n a e s t r a d a n a c i o n a l qu e liga Famalicão a Guimarães. O monumento, uma escultura de 16 metros, seria resultado de uma parceria públicoprivada com empresários e instituições locais. De resto, o projecto do presidente da Câmara mereceu aprovação por unanimidade, tendo sido criado o Núcleo Fundad or

da Comissão Promotora do Empreendedo. Feitas as contas, o projecto do escultor Fernando Crespo teria um custo estimado em 400 mil euros. Depois da apresentação da ideia, com ima gens da escultura, pouco mais se falou do monumento e os tempos de contenção não correm de feição a estas empreitadas.

BREVES VERMIL

pastelaria assaltada Uma pastelaria de Vermil foi assaltada na madrugada do passado dia 28 de Outubro. Depois de arrombada a porta da Vila Belmir, os assal tantes furtaram a máquina de tabaco e alguns cupões do Euromilhões. Elementos da GNR de Joane e de S. Torcato estiveram no local e o tomaram conta da ocorrência .

RIBA D´AVE

hospital reforça serviços O Hospital de Riba d´Ave vai alargar a oferta da sua unidade de Cuidados Paliativos. “O nosso projecto dos cuidados paliativos foi apro vado e esperamos agora que seja f inanciado”, referiu Joaquim Machado, provedor da Santa Casa de Riba d´Ave. Entretanto, a Misericórdia pretende ampliar todas as enfermarias, uma parte delas desti nada aos cuidados continuados. A comparti cipação estatal de ve rondar os 500 mil euros. Outro projecto em carteira passa por expandir as instalações, o que está dependente das ne gociações com o proprietário de um terreno adjacente ao hospital. Num universo de 100 mil habitantes, o Hospi tal Narciso Ferreira atendeu, este ano, 80 mil utentes no serviço de urgência , fez cerca de 45 mil consultas externas e realizou quase cinco mil intervenções cirúrgicas. Este ano, aquela unidade hospitalar pre vê que o número de utentes atendidos nas urgências cresça cerca de cinco por cento.

FAMALICÃO

azenhas e açudes do rio ave

Projecto prévio do Monumento ao Empresário que a Câmara de Famalicão chegou a apresentar

A Câmara Municipal de Famalicão promove, a 5 de Novembro, a partir das 10h00, um de bate sobre Azenhas e Açudes do Rio Ave. O encontro, na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, conta com cerca de uma dezena de conferencistas, oriundos de diversas insti tuições, que vão apresentar casos práticos do trabalho já realizado nesta área .


REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2011 • 9

Outubro

trovante em guimarães O grupo Trovante, de Luís Represas e João Gil, actua no Multiusos de Guimarães no dia 12 de Novembro, num espectáculo comemorativo do 10º aniversário daquele espaço. O preço dos bilhetes varia entre os 15 e os 30 euros.

joane • associações

Olhós pombinhos! Sociedade Columbófila de Joane está a comemorar 30 anos de actividade Luís Pereira

A Sociedade Columbóf ila de Joane está a comemorar 30 anos de actividade. O programa decorre até f inal do ano e já incluiu um jantar em que foram distinguidas pessoas e instituições que ao longo das ú l t i m a s t r ê s d é c a d a s co l a b o ra ra m com a associação. Com cerca de 50 sócios, a Sociedade Columbófila tem-se dedicado às provas com pombos correios. As competições são feitas a nível distrital e existem três grupos de participantes, correspondendo a três áreas geográf icas do distrito. A associação joanense tem competido com mais de 600 pombos e , e m b o ra n ã o t e n h a p ó d i o s , t e m alcançado bons resultados. “Há uma emoção em quem anda nisto sobretudo enquanto se aguarda pela chegada do pombo a casa . É u m a a d re n a l i n a q u e m u i t a s ve z e s nos tira o sono. Nunca sabemos quanto tempo demoram a chegar. Há muitos que não chegam ao destino porque existem muitos obstáculos, como as aves de rapina , os f ios de alta tensão e o próprio estado do tempo” , explica , ao R L , Lázaro Ferreira , presidente da Sociedade. Segundo o dirigente, a velocidade

média de um pombo que compete é de 70 a 80 quilómetros por hora . Nesta altura do ano, os pombos estão na muda da pena e em Janeiro estão prontos para os primeiros treinos. “Dependem do pombo. Se forem experientes, a exigência é m a i o r e t re i n a m o - l o s e m m a i o re s distancias. Se for um pombo novo tem que se ir aos bocados, co m e ç a r co m 1 0 q u i l ó m e t ro s e i r aumentando gradualmente” , refere Lázaro Ferreira . As provas com estas aves decorrem entre Março e Junho. Uma prova requer algumas normas específicas. C o m e ç a co m a co l o c a ç ã o d e u m a espécie de bilhete de identidade da ave . D e p o i s d a l a r g a d a , é e s p e ra r que chegue a casa no menor tempo possível. Làzaro Ferreira assegura que a instituição esteve “sempre mais à frente” que outras associações columbófilas. “Sempre teve, por e xe m p l o , c a r r i n h a p r ó p r i a e co m todas as condições para transportar os pombos, o que é raro ver nas outras Sociedades” , diz Lázaro Ferreira . Os amantes deste desporto reúnemse todos os domingos em Joane na sede da

Lázaro Ferreira lamenta que o desporto esteja em desuso, não seduzindo os mais novos... instituição, na rua de Labruge. No local há um bar e a conversa dominical gira sempre em torno das aves. A idade média de um pombo correio para competição é inferior a quatro anos. Depois desta idade, os pombos com bons resultados são preservados para reprodução. L á z a ro Fe r re i ra l a m e n t a q u e o desporto esteja em desuso, não seduzindo os mais novos. “Este ano apareceu-nos um jovem de 16 anos mas há muito que não víamos a juventude a interessar-se por isto e é pena” , lamenta o dirigente. Além das provas, a Sociedade Columbófila de Joane organiza anualmente um passeio-convívio e faz leilões de borrachos (os f ilhos dos pombos).

Utter: a Casa das Artes a seus pés UTTER (total, completo, absoluto, extremo) é o nome de um grupo de música com bases em Joane e que tem dado cartas na cena nacional. A s s u a s c a n ç õ e s t ê m r e c e b i d o a a t e n ç ã o d e vá r i a s rá d i o s nacionais e internacionais (alcançaram o número 4 no Índice A3-30 da Antena 3, por exemplo). Face ao reconhecimento obtido, acabaram convidados para f a z e ra m a p r i m e i ra p a r t e d a b a n d a I n d i e Ro c k Fe e d e r ( d o Reino Unido) no Hard Club do Porto, em Março deste ano. O novo álbum, “Empty Space”, marca o regresso deste quinteto - Gil, Humberto, Zezen, André e João - aos discos originais e está á ve nda desde Maio. O alinhamento do disco preencheu grande parte do concerto do grupo na Casa das Artes de Famalicão, no dia 15 de Outubro.


10 OUTUBRO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

a costureirinha de joane O trabalho de Rosa Faria é arranjar os equipamentos quando estes se descosem. Desde remendos a atilhos, faz de tudo para que os jogadores estejam apresentáveis.

joane • reportagem

A costureira dos craques do Joane Aos 78 anos, Rosa Faria, uma fervorosa adepta do GD Joane, é a costureira de serviço do clube. Pelas suas mãos passam os equipamentos dos craques. Luís Pereira

R

osa Faria é das adeptas mais ferre nhas do Grupo Desportivo de Joane. A sua dedicação não se esgota na ida ao estádio para assistir aos jogos. Desde que o clube existe é ela quem trata de manter impecáveis os equipamentos dos jogadores. “O meu marido era alfaiate e foi quem começou a tratar da roupa deles e eu ajudava. Quando faleceu, há 14 anos, continuei a fazer o serviço”, conta a septuagenária. O trabalho de Rosa Faria é arranjar os equipamentos quando estes se descosem. Desde remendos a atilhos, faz de tudo para que os jogadores estejam apresentáveis. “Ainda esta semana remendei as calças do Campos, o guarda-redes. Descosi a perna, botei um remendinho por dentro com a má quina e ficaram como novas. A outra semana, entregaram-me dois calções. Depois de os ajeitar vi que faltava o cordão. Peguei em dois atilhitos e meti-os. É melhor com atilhos do que andarem com os calções a cair”, conta. O seu entretenimento é a velhinha máquina de costura colocada junto à sua cama. “É antiga mas boa. Podia não ter de comer que preferia morrer do que vender a máquina. Há marés em que estou três horas por dia entretida a cozer”. A roupa do clube chega-lhe a casa quase semanalmente. “Às vezes entregam-me uma vez por semana, outras só de duas em duas, é conforme precisam”. Além da costura, Rosa Faria lavou a roupa do clube durante seis anos. Sempre à mão! “A idade já não me deixava fazer esse serviço, era muito cansativo. Depois deixei-me disso”. É dessa altura que Rosa Faria tem mais

saudades, porque conquistou os jogadores. “Antigamente, quando eu lavava a roupa, eles conheciam-me todos e tinham um grande respeito por mim. Passei lá bons momentos”, narra com saudosismo. Não cobra pelo serviço que presta porque a dedicação ao GDJ não tem preço. O seu orgulho é o “livre-trânsito” oferecido pelo clube. É com ele que tem acesso às alegrias e nervos dominicais quando assiste aos jogos em casa. “O meu clube é o Joane e a seguir o Porto. Adoro ver futebol. Quando o meu marido era vivo ia muitas vezes fora, mas desde a sua morte só fui uma vez. Em casa, não perco um jogo e agora até levo o meu netinho”. Como fervorosa adepta do Joane, todos a reconhecem pela sua efusiva participação. “Berro e bato palmas, chego a rezar muitas vezes durante o jogo. Acho que, no último jogo, o árbitro foi muito ladrão, é por isso que às vezes também os insulto. Mas só lhes chamo azeiteiros e lambões”, assume. O cartão “livre-trânsito” que possui não a envaidece. Sabe que o merece mas já disse à direcção que se o tirar, não deixará de costurar para o clube. “Um dia destes, o fiscal queria-me cobrar o bilhete. Disse-lhe que então ia embora, nunca na minha vida paguei um bilhete, não ia ser agora. Depois, um da direcção viu-me e chamou-me para entrar. Mas não pense que não ajudo. Ainda este ano comprei seis contos (30 euros) de bilhetes para a o sorteio do carro”. Diz que assiste todos os anos com preocupação aos impasses directivos no clube. Atenta, Rosa Faria tem visto a possibilidade do campo sair do local actual com preocupação. “Se assim for, nunca mais posso ver os jogos porque é longe”.


REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2011 • 11

últimas cenas em joane O Festival de Teatro ATC termina a 26 de Novembro com uma homenagem ao actor Faria Martins. Até lá, pode ver, dia 19, 21:30, a peça “Circonferencias”, do grupo Trigo Limpo Teatro ACERT.

Rosa Faria garante que continuará a coser a roupa do clube até ao final dos seus dias e até diz já ter sucessoras. “Já disse às minhas filhas, que agora me ajudam, que fazia gosto que continuassem quando eu morrer”.

JOANe

Homenagem a faria martins e ruy de carvalho

O Festival de Teatro Construção de Joane termina , no d i a 2 6 d e N ove m b ro , co m u m a h o m e n a g e m a o a c t o r Faria Martins, também fundador da ATC , recentemente falecido . O grupo amador da ATC sobe ao palco para apresentar “Zé do Telhado” , um dos muitos trabalhos em que participou Faria Martins. O festival, um dos mais importantes do género na região, abriu com homenagens a Ruy de Carvalho e José Neves. Antes da apresentação do novo espectáculo do Teatro Construção, “3 G” , a ATC homenageou José Neves. No f i n a l , o a c t oOr R u y d e C a r v a l h o s u b i u a o p a l c o p a r a receber os aplausos e a homenagem do público. Entretanto, no dia 18 de Novembro, um grupo de amigos de Faria Martins, que com ele contracenaram na ATC e em outros grupos, promove uma tertúlia evocativa do malogrado actor, na tasca Porta Larga . O XXV I I F e s t i v a l d e Te a t r o p r o s s e g u e a t é 2 6 d e Novembro. “A Barraca” e a companhia do “Chapitô” fazem parte do programa .


12 OUTUBRO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

O regresso do fórum de airão O Fórum de Airão regressou à competição. Nas duas últimas edições, Depois o de ter andado durante alguns anos pelo campeonato distrital da AF Braga, o Fórum regressou este ano... mas ao futebol popular do concelho de Guimarães. CRÓNICA FEMININA

joane • reportagem

Cenas de teatro O RL foi tomar o pulso ao teatro profissional da ATC de Joane. A falta de apoios financeiros e o alheamento do público são alguns dos obstáculos do grupo. Luís Pereira

O

Teatro Construção de Joane estreou, no dia 22, a sua nova peça, “3G”, baseada em Gil Vicente. Oportunid ade para o RL ir saber do “estado d e s a ú d e ” d o teatro profissional d a ATC. S im ã o B a r r os, Romeu Pereira e Hélder Melo são, desde 2004, os rostos do teatro profissional. Ao RL, Simão e Romeu admitem que a actividade do grupo e do Centro Cultural ressentem-se da falta de apoios financeiros e d e p ú bl ic o. “ F a l a - s e m uito do passado do teatro da ATC, q ue ant igamente é que era, é que havia muitos e bons espectadores. Mas é preciso ter em c o n t a q u e n essa altura não existia a Casa das Artes em Famalicão, o Vila Flor em Guimarães e o Theatro Circo de Braga estava parado. H o j e , a s p e ssoas de cá, se querem ver teatro, n ã o v ê m à ATC, porque as grandes salas têm u m a p r o g r a mação contra a qual não podemos c o n c o r r e r ” , argumenta Simão Barros. E n t r e 2 0 0 5 e 2010, o trabalho da companhia p a s s o u s o br etudo pelas escolas, o que resultou numa diminuição dos espectáculos para o g r a n d e p ú blico. Mesmo assim, a c ompanhia t e m e s t r e a d o uma média de dois espectáculos por ano. “Auto dos Físicos”, “Ceia de Cardeais”, “Três homens baixos”, “Bernardino Machad o ” , “ C a m il o, um homem livre”,“C amonnes” e “ 3G ” c o n s tam no reportório. A s a c t u a ç õ e s fora do Vale do Ave são poucas e a próxima aposta deve passar pela comercialização. “Ainda temos uma visão algo romântica do teatro, que é tudo boa gente, bons moços, e isto não pode ser. O teatro é um negócio e estamos a cometer erros na venda dos espectáculos. Precisamos de um p r o d u t o r q u e se dedique somente à venda dos e s p e c t á c u l o s porque temos que viver disso”, r e c o n h e c e Barros.

O festival da ATC decorre até 26 de Novembro. Hoje, dia 4, a “Barraca” apresenta (15:30 e 21:30) “As Peúgas de Einstein”. No sábado, a companhia do “Chapitô” aprese n t a “ C e m itério dos Prazeres”. O festival encerra com uma homenagem ao actor Faria Martins, fundador da ATC, recentemente falecido, com uma adaptação da peça “Zé de Te l h a d o ” p e l o grupo amador. “O teatro amador está sempre em r e c ic l a g e m . Os jovens entram quando andam n o s e c u n d ário e depois saem quando vão par a a u n iv e rsidade. Mais tarde voltam aos bocadinhos, participando nos espectáculos da “ Queima d a Judas” e outros projectos pontua i s ” , e x p l i c a Romeu Pereira .

o centro cultural de joane tem pouca actividade? SIMÃO BARROS “Há menos programação no Centro Cultural, é verdade. Aconteceu ao teatro o mesmo que aconteceu ao cinema em Joane. As pessoas pensam que para gastar três euros mais vale ir a Guimarães ou a Braga . Os parcos recursos financeiros fizeram com que caíssemos um bocado. O auditório tem 2 0 4 l u g a re s , u m a co m p a n h i a nunca leva menos de mil euros. Só para pagar à companhia , teríamos de vender bilhetes a c i n c o e u r o s . Te m o s q u e reinventar-nos, embarcar nas fo r m a s « l ow - co s t » p a ra f a z e r p ro g ra m a ç ã o c u l t u ra l e c r i a r o hábito das pessoas virem ao Centro Cultural” . ROMEU PEREIRA “Peguemos no exemplo do F e s t i v a l d e Te a t r o . D a m o s todas as condições, trazemos boas companhias, cobramos dois euros pelo bilhete e nem sempre conseguimos encher os 204 lugares do auditório. É estranho! As estreias funcionam porque há convites, que é uma forma de quase implorar para as pessoas virem. Para ter mais actividade só mesmo com programação regular de interesse, caso contrário teremos o cenário de duas ou três pessoas na sala como tinha o Cineclube. No teatro, só poderemos trazer uma boa companhia se pusermos o bilhete a 20 euros. Quem é que vem com este preço?” .


REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2011 • 13

por D. VIRINHA

Q U E N TES E BOAS! gente empenhada ! O que o País precisa é de menos burocracia e gente empenhada! Veja-se, por exemplo, o caso r elatado pelo adjunto do presidente da Câmara de Famalicão para a comunicação. Luís Paulo Rodrigues, no Facebook , deu conta das dif iculda des com que se deparava a TVI para conseguir fazer uma re portagem numa escola do 1º Ciclo Básico sobre “um projecto inovador premiado pelo Ministério da Educação”. “A TVI está a telefonar para a escola , pois quer fazer uma reportagem. Em vão. A chamada não passa das obedientes telefonistas. A diligência da TVI acabou por bater à porta da comunicação do Município de Famalicão. Em pouco tempo tu do será resolvido. É também por casos destes que o País não anda para a frente”, escre veu aquele responsável. A HIPERACTIVIDADE DE MANUEL CUNHA Manuel Cunha , que já foi candidato à Junta de Joane pela CDU e pelo BE, anda hiperactivo. Tudo graças ao Facebook! Nas últimas semanas, tem-se dedicado a “comentar ” a actividade da Junta de Joane. Com o seu estilo acutilante, não lhe escapa uma : ora são os efeitos de enxurradas, ora a prosa de Carlos Rego, eleito do PS, num jornal da praça . Será que Cunha vai regr essar à vida autárquica? Joane f icava a ganhar.

VAMOS PEDIR UMA A JUDA À TROIKA! Parece um queijo suíço, a entrada principal da escola secundária de Jo ane! Tanto buraco faz pensar no estado das contas da Madeira! A época das chuvas só veio agravar mais ainda o mau estado do piso de uma escola frequentada por milhares de pessoas. A Câmara de Famalicão e o ministério da Educação sacodem a água (da chuva?) do capote. Quem sai prejudicado é o mexilhão...perdão, a comunidade escolar!

CENAS D E UM CASAMENTO Se o exemplo das freguesias de Pousada e de Vermoim tiver seguidores, vamos ter um fartote de “casamentos” nos próxi mos temos. O problema é se alguém não é convidado para a boda!

CARTAS ABERTAS Comendador APARECIdo

SOMOS 4700

EXMO. SR. comandante da gnr de joane Meu prezado oficial. Certamente que vossoria é daquelas p essoas de aprumo, não só na ves timenta e no respeito pelas fardas d e gala, mas também na sua praxis quotidiana. Como sói dizer-se, “o respeitinho é muito bonito”! E foi o respeitinho - melhor dizen d o, a falta dele - que funcionou como mola impulsionadora que fez gerar esta humilde missiva, escrita em tarde outonal, daquelas que fa zem sonhar com castanhas assadas e um pichel de vinho tinto. Vossoria já se deu conta do regabofe ali para os lados da Avenida Pedro Hispano, a que o vulgo costu ma chamar Rua da Igreja, por ser a mesma via de ligação do novel Lar go 3 de Julho (Largo da Feira em tempos de antanho) e a mui impo nente igreja a pedir meças a cated rais. Pois nessa supra aludida rua reina grande confusão com a fartura de carros que por ali estacionam em clara infracção ao Código da Estrad a e numa evidência de que muitos senhores condutores conseguiram a carta na farinha Amparo!

SIGA-Nos! AMBIENTE POLÍTICO AO RUBRO EM VERMIL

Um destes dias, tendo este vosso escriba de passar pelo posto médi co para pedir um exame ao senhor doutor, eis que resolve estacionar o carrito (que após empenhada in sistência da família resolvi com prar) que no linguajar popular dá pelo nome de “papa-reformas”. Pois bem, quando deixei o consultório médico com a papelada para uma catrefada de análises na mão, deparo com o meu bolinhas perfeitamen te barricado por carros matulões de alta cilindrada estacionados em segunda fila! Senhores condutores que por certo aproveitaram para ir comer uns bolinhos à pastelaria e para ali deixaram as viaturas, por não poderem, claro está, levá-las para o aconchego do estabelecimento comercial. Por tudo o exposto, roga-se, ilustre comandante, que ordene aos seus homens que passem, de quando em vez, pelo centro da vila, de olho aberto. Aceite os melhores cumprimentos deste que se assina Comendador Aparecido.

“Esta gente só come e dorme, parece a vida de u m p o r co ” . E s t a s d e c l a ra ç õ e s d e A r m a n d o V i d a l , p r e s i d e n t e d a Ju n t a d e Ve r m i l , s o b r e a o p o s i ç ã o , proferidas a um jornal de Guimarães, geraram vários comentários de leitores. Jo s é L e m o s A e m p r e s a d o p r e s i d e n t e s e m p r e f e z a s obras de serralharia em Vermil, porque haveria de ser outra agora? Só por causa de ele ser o presidente da Junta? Liliana Silva Parece-me intolerável um presidente de u m a Ju n t a t e r u m a l i n g u a g e m t ã o p o b r e e a ro ç a r a má educação. Há ditados po pulares que se adaptam p e r fe i t a m e n t e a vá r i a s c i r c u n s t â n c i a s d a v i d a : q u e m não deve não teme. A Junta é do povo, não de um presidente. Filipe Marques Estou a ver que tanta campanha madeirense fez mal ao senhor presidente da Junta de Vermil, pelo menos a analisar pelo tipo de vocabulário usado, digno de Alberto João Jardim! Espero que, caso se comprove a irregularidade, as instâncias co m p e t e n t e s a j a m e m co n f o r m i d a d e co m a l e i , m a s a c i m a d e t u d o go s t ava d e ve r o p r e s i d e n t e d a Ju n t a retratar-se publicamente por estas af irmações. José Salazar Não vejo mal nenhum em ser a empresa do presidente a f icar a cargo das obras, logo que todos os interesses da freguesia tenham sido atendidos e salvaguardados. Só lamento o tipo de linguagem usada pelo presidente, que acima de tudo de ve ser contido naquilo que diz , já que o exemplo têm de vir de cima . Liliana Silva Mostra ter ficado melindrado e algo nervoso com as dúvidas colocadas pela oposição.


14 OUTUBRO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

ARMANDO VIDAL E 2013 “Ainda é cedo. Não estou cansado, vim para a Junta por homenagem ao meu pai. Se não houvesse limitação de mandatos nem fusão, nunca sairia da Junta porque tenho a certeza que o nosso povo nunca o quereria”.

ENTREVISTA entrevista • armando vidal

“Quem me atira com uma pedra leva com um rebo” Presidente da Junta de Vermil diz-se tranquilo quanto ao processo de construção da Capela Mortuária da freguesia Luís Pereira

C

hegou à Junta de Freguesia há 6 anos, está a meio do seu segundo mandato. O que fez por Vermil? A freguesia que era em nada se parece com o que é hoje. Temos um atendimento com qualidade e obra feita. Acabámos a fonte de Amorim e vários alargamentos de ruas. Gosto de fazer as coisas bem-feitas não olhando às cores políticas. Agora a prioridade é a Casa Mortuária? É o meu sonho porque é uma necessidade. A obra tem a estrutura metálica montada, falta colocar o mármore e as portas. A partir daí a obra vai parar, esperando

“A fusão de freguesias é uma inevitabilidade. O povo é hoje tratado como uma criança em Vermil e isso vai acabar com a fusão de freguesias”

por nova verba da Câmara, que não nada em dinheiro. Podia fazer a obra em dois meses mas não quero endividar a Junta e, pessoalmente, não posso emprestar dinheiro. Fica concluída até 2013? Não posso dar garantias porque tudo está instável neste país e não sabemos as verbas que teremos do Município, mas tudo farei para que isso aconteça. Já comuniquei ao vereador Domingos Bragança o meu desejo de que fosse o presidente da Câmara a inaugurar a obra, o ideal durante a Capital Europeia da Cultura. A polémica da participação da sua empresa na obra teve apenas em vista o interesse para a freguesia? Vermil é a freguesia mais fiscalizada do concelho de Guimarães. Já tivemos quatro fiscalizações da IGAT e os eleitos da Assembleia de Freguesia (AF) estão sempre a levantar problemas. Acusaram-nos quando fizemos as obras na sede da Junta, a IGAT fiscalizou-nos e concluiu que a obra foi feita dentro da legalidade, apesar disso continuam ainda hoje a falar do assunto. A oposição demite-se das suas funções ao não apresentar propostas, limitando-se a difamar

o presidente da Junta. Não sei se lhes causa dor de barriga o facto de ser eu o presidente e o empresário, se assim é, não sou médico para lhes tratar da dor. Na AF assumiu que a obra foi adjudicada por ajuste directo, mais tarde veio dizer que não. Houve concurso público ou não? A empreitada foi por ajuste directo mas dentro da legalidade. Apesar disso consultei três empreiteiros

para darem orçamentos. Os eleitos estão a fazer julgamentos em praça pública quando deveriam ser as instâncias judiciais a tirarem as dúvidas. Caso não provem o que acusam, a Junta vai tomar a iniciativa de solicitar uma fiscalização à empreitada para que tudo se esclareça. Os eleitos não têm sido correctos e com isto só conseguem que a obra atrase. Os trabalhos de serralharia sempre são gratuitos? Propus-me oferecer à freguesia a

3 perguntAS • ÂNGELA OLIVEIRA, ELEITA do psd/PP na assembleia de freguesia de arão sta. maria

“A Junta de Santa Maria continua a política do despesimo” Que balanço faz destes dois anos de mandato socialista? O país vive um período muito difícil, e a ordem é poupar e cortar na despesa. Não é isso que acontece em Santa Maria! O executivo socialista, em conjunto com a Câmara Municipal, continua a política do despesismo, quer na contratação de pessoal, quer no planeamento de obras, algumas delas, sem qualquer urgência, como o alargamento da Rua Dr. Xavier Bispo. As vossas propostas têm tido o acolhimento do executivo? Apesar de instados para o efeito continuamos sem saber da exis-

tência de qualquer procedimento de contratação pública no que se refere às obras que começaram, mas também a obras do anterior mandato de melhoramento da zona da sede da Junta. O executivo, apesar de alertado, continua a fazer contratação privada à qual, naturalmente, nos opomos. No local próprio para publicitação de contratação pública, que é obrigatória, continua a não ter qualquer ficha publicada pela Junta de Santa Maria. Teme que a fusão de freguesias venha a afectar Santa Maria? A fusão de Juntas de freguesia vai acontecer, faz parte do acor-

do com a troika, e já existe por parte do Governo um prazo para o efeito. Não há, ainda, um mapa para ser discutido em Guimarães. Penso que a Câmara, com todos os técnicos e informação privilegiada que detém, deveria traçar um mapa, ainda que provisório, para, com tempo, poder ser feita uma discussão pública informada. Qualquer que seja a solução adoptada, ela terá de ser feita, auscultadas as populações locais, com respeito pelas suas tradições e autonomia. Em relação a Santa Maria, seremos frontalmente contra qualquer solução imposta de régua e esquadro.


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REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2011 • 15

mão-de-obra da montagem da estrutura para que a obra ficasse mais barata. Quando vejo que posso ajudar a minha terra, não hesito. “ TENHO AS MELHORES RELAÇõES COM A CÂMARA DE GUIMARÃES” A Junta quer resolver o problema do parque de jogos? Já falei com o padre Castro para que incentive as pessoas a dinamizarem o parque de forma a torná-lo rentável. Pode estar ao serviço do desporto e ser uma fonte de financiamento das obras da igreja. Alguma coisa tem de ser feita porque, com a fusão de freguesias, Vermil ficará irreme diavelmente deserta. Com a construção do Centro Escolar de Ronfe, Vermil perderá a escola? Não há crianças suficientes e é normal que tal venha a acontecer. Estou convencido que não será ainda nos próximos tempos porque temos ainda 48 crianças, mas, se fechar, encaro como natural. O que acontecerá ao Jardim de Infância se também transitar para Ronfe? Não tem outra solução se não fechar. Para já ninguém nos comunicou nada mas se fechar, a freguesia perde o pré-escolar mas ganha um espaço para outras valências. O que fazer com a escola que ficar de vago? Como em Joane, a entrega da e s c o l a a o m o vi m e n t o a s s o c i a t i vo será o mais correcto. Como é a relação com a Câmara de Guimarães? Tenho as melhores relações porque coloco sempre os interesses da freguesia acima dos políticos. Não vou para a Câmara morar. Tudo o que tenho pedido não me tem sido negado, a Câmara tem acedido aos pedidos. Confirma ter sido sondado para concorrer pelo PS? Não digo que sim nem que não. Nunca trairia o PSD, partido do qual sou militante.

“Não vou para a Câmara morar. Tudo o que tenho pedido não me tem sido negado, a Câmara tem acedido aos pedidos. ”

O que pensa sobre a fusão de freguesias? É uma inevitabilidade. As pessoas na minha Junta são tratadas como seres humanos, a fusão vai criar um distanciamento. O povo é hoje tratado como uma criança em Vermil e isso vai acabar, com a fusão. Qual seria a solução menos prejudicial: anexar-se a Ronfe ou unir-se a pequenas freguesias e formar uma grande? Eu preferia que Vermil se anexasse a Ronfe do que aos Airões, por exemplo. Vermil enquadrase na perfeição com Ronfe, pela proximidade e por questões culturais. Airão Santa Maria e S. João já não se enquadrarão tanto. Estas duas freguesias têm mais em comum com Joane, do que com Vermil. É conhecido pelas suas tiradas, acha que elas prejudicam a sua imagem? Há pessoas que se ocupam em provocar-me, como é o caso dos dois eleitos do PS (Domingos Barros e Abílio Oliveira). Sou um homem de convicções firmes mas não gosto que me belisquem. Neste ponto, concordo com o presidente da Câmara, António Magalhães: “quem me atira uma pedra, leva com um rebo”. As pessoas têm de ter modos quando se me dirigem. O que acha da oposição, que tem sido dura nas críticas? O Filipe Machado (PP) tem formação, sabe o que diz e aceito. Quanto aos dois elementos do PS, não sabem o que dizem. A sua função é provocar e por isso não merecem que perca tempo com eles. O futuro de Vermil pode passar por Marçal Mendes? Gostaria que isso acontecesse. É o meu fiel, as pessoas estimam-no muito em Vermil e a população sairia a ganhar. Ele vai longe na política.

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16 OUTUBRO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

ronfe • judo região • atletismo

Região bem representada em Barcelos

A família Dias está (quase) toda no judo! O pai Manuel e os filhos Carlos e José são atletas federados e com cinturão negro Luís Pereira

A s t ra d i c i o n a i s co n ve r s a s c a s e i ra s e m t o r n o d o f u t e b o l s ã o r e l e g a d a s p a ra s e g u n d o p l a n o n a c a s a d e M a n u e l D i a s , d e Ro n f e . O d e s p o r t o r e i n e s t a casa é o judo. Ele e os dois filhos são atletas federa d o s , co m c i n t o n e g ro , e t ê m t o d a u m a h i s t ó r i a de vida ligada a esta arte marcial. O p a i co m e ç o u j ove m . H á 4 0 a n o s e ra a t l e t a d e f u t e b o l d o Ju ve n t u d e d e Ro n f e q u a n d o f o i d e s a f i a d o p a ra o Ju d o n a C a s a d o Povo d a v i l a . “ C o n fesso que de início não achei piada nenhuma mas, co m o i n s i s t i ra m , d e c i d i e x p e r i m e n t a r ” , co n t a . D e i xo u o f u t e b o l e e n t r e g o u - s e a o j u d o . C o m o c a s a m e n t o i n t e n s i f i co u o s t r e i n o s e co m o n a s c i m e n t o d o f i l h o C a r l o s , h o j e co m 2 5 a n o s , co m p ro m e t e u - s e d e f i n i t i va m e n t e co m a m o d a l i d a d e . “ O C a r l o s t i n h a t r ê s a n o s e j á o l e vava d o i n f a n t á r i o p a ra o s t r e i n o s . Pa s s e i p e l o V i t ó r i a d e G u i m a rã e s , p e l o I N AT E L , p o r Fe r m e n t õ e s e p e l a S o m e l o s . Fa zia questão que os meus filhos fossem desportist a s , n o j u d o o u n o u t ro q u a l q u e r d e s p o r t o ” , e x p l i ca o pai, de 53 anos. C a r l o s D i a s a p a i xo n o u - s e p e l a m o d a l i d a d e e h o j e i m p õ e o r i t m o co m p e t i t i vo n a f a m í l i a . A o s 1 9 a n o s t i ro u o c u r s o d e t r e i n a d o r e d e p o i s d e t o d o u m p e r c u r s o f e i t o e m S . Jo ã o d e Po n t e , o n d e o p a i tinha fundado uma associação, apostou na react i va ç ã o d a m o d a l i d a d e n a C a s a d o Povo d e Ro n f e , c r i a n d o a s u a “ e s co l a ” o n d e h o j e t r e i n a p e r t o d e 3 0 a t l e t a s , i n c l u i n d o o p a i e o i r m ã o , Jo s é . “ O m e u p a i s e m p r e f o i u m e xe m p l o , p e l a d i g n i dade e pelo respeito que todos lhe têm. O judo m u i t o co n t r i b u i u p a ra i s s o e e u q u i s s e g u i r - l h e o s p a s s o s . É u m d e s p o r t o m o t i va n t e , f e z d e m i m o

q u e s o u h o j e e n q u a n t o p e s s o a q u e i n t e ra g e co m a s o c i e d a d e ” , a s s e g u ra C a r l o s D i a s . E co m o n ã o h á d u a s s e m t r ê s , p a i e f i l h o f o ra m c ú m p l i c e s n o p e r c u r s o d e s p o r t i vo d o m a i s n ovo d a f a m í l i a , Jo s é D i a s , d e 1 7 a n o s . É u m a p r e s e n ç a a s s í d u a n o s c a m p e o n a t o s n a c i o n a i s - j á f o i b ro n z e e j á co n q u i s t o u o 7 . º l u g a r n u m c a m p e o n a t o e u ro peu da modalidade. “ D i z - s e q u e f i l h o d e p e i xe s a b e n a d a r m a s o m a i s n ovo t e m a i n d a m a i s t a l e n t o q u e n ó s ” , r e f e r e , o r gulhoso, o irmão Carlos. Pa r co e m p a l av ra s , Jo s é l a m e n t a q u e a g e n e ra l i d a d e d a s p e s s o a s d e s va l o r i z e o u t ro s d e s p o r t o s e m d e t r i m e n t o d o f u t e b o l . “ H á m u i t a “g u e r ra ” s a u d á ve l e n t r e o s t r ê s e u m e s p í r i t o co m p e t i t i vo . A C a s a d o Povo d e Ro n f e é a s e g u n d a c a s a d e s t a f a m í l i a , p a r t i l h a d a p o r c a d a ve z m a i s j ove n s d a r e g i ã o q u e p ro c u ra m n o j u d o u m a f o r m a s a u d áve l d e p rá t i c a d e s p o r t i va . Q u e m p ra t i c a é c é l e r e e m desmistificar a ideia de violência e agressividade associadas à modalidade. Carlos Dias salienta m e s m o q u e u m a d a s r e g ra s q u e i m p õ e é a a u s ê n c i a d e v i o l ê n c i a f o ra d o t a p e t e o n d e t r e i n a m . “Os miúdos sabem que se andarem à pancada lá f o ra s ã o e x p u l s o s i m e d i a t a m e n t e . N i n g u é m a n d a a q u i a a p r e n d e r a b a t e r. É u m d e s p o r t o e d u c a t i vo e a p o s t u ra q u e t ê m n o t a p e t e t e rá d e s e r a m e s m a l á f o ra . A co n t e c e m m a i s m a z e l a s n o f u t e b o l d o que no judo”, explica . O r g u l h o s o p e l o l e g a d o d e s p o r t i vo q u e co n s e g u i u i n c u t i r n o s p ro g e n i t o r e s ( h á a i n d a u m a t e r c e i ra f i l h a q u e j á p ra t i co u ) , o p a i M a n u e l D i a s e l o g i a o t ra b a l h o co n s e g u i d o p e l o f i l h o C a r l o s n a C a s a d o Povo e s ó l a m e n t a a f a l t a d e co n d i ç õ e s . “ E s p e ro t e r, e m 2 0 1 2 u m c a m p e ã o n a c i o n a l . É d i f í c i l m a s n ã o i m p o s s í ve l ” , d e s e j a C a r l o s D i a s .

As equipas de atletismo da região estiveram presentes, no dia 30 de Outubro, no 18º Grande Prémio de Atletismo de Tregosa , em Barcelos. A ARPO, de Pousada , obte ve o primeiro lugar por equipas em Veteranos 1 e o terceiro em Veteranos 2/3. A Escola de Atletismo Rosa Oliveira , de Joane, conseguiu oito pódios. Em Benjamins Femininos, Maria João foi segunda . Em Veteranos, Rosa Oliveira venceu e Hermínia Pereira f icou em 4ºlugar. Em Veteranos M, a equia f icou em quinto lugar, com Joaquim Coelho, Paulo Oliveira e José Oliveira . A Associação Moinho de Vermoim também marcou presença na prova de Barcelos. Em Seniores Femininos, Lurdes Pereira , vinda do Nú cleo de Atletismo de Joane, te ve uma estreia auspiciosa na sua nova equipa (3º lugar). Em Seniores Mas culinos, João Antunes, depois de uma paragem de um ano, f icou em 5º lugar.

POUSADA • CICLismo

Passeio presta tributo a Carlos Carvalho

A Associação de Ciclismo de Pousada de Saramagos realiza , no próximo dia 20, o IV Passeio de Bicicleta “Carlos Carvalho”. A iniciativa fun ciona como homenagem numa altu ra em que se celebra mais um ani versário sobre o triunfo de Carlos Carvalho na 22ª Volta a Portugal. O passeio, com apoio da Associação de Ciclismo do Minho, começa às 9:30 horas e termina nas imediações da sede da Junta de Pousada , onde estarão expostos quadros e fotograf ias do ciclista . O percurso inclui passagens por Joane, Mogege, Vermoim, Requião, Famalicão e Landim. As inscrições custam dois euros e podem ser fei tas em www.acm.pt ou pelos contactos 916445756 ou 252106826.


REPÓRTER LOCAL • OUTUBRO DE 2011 • 17

a revolta da classe média | clara f. alves (expresso)

OPINIÃO

“A classe média em Portugal é mais baixa do que a média eu ropeia . É conservadora , monótona , cumpridora , informada e formada por uma dose de realismo e bom senso. Nunca será re volucionária”.

Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

opinião

Luís Santos

Membro da Junta de Freguesia de Joane - PS

Os políticos são em primeira instância a classe mais atacada pela sociedade sempre que algo não corre pelo melhor. Muito por culpa própria, pois são os próprios políticos que tentam sempre capitalizar em benefício próprio (aqui entenda-se em beneficio político) qualquer acontecimento ou acto de maior mediatismo. É por isso que temos uma sobrecarga de inaugurações em tempo de eleições. Atente-se ao caso da Madeira, em que o próprio tempo disponível não era suficiente para tantas inaugurações, fosse ele um infantário, um pavilhão ou até mesmo um telheiro. Não tenho os números mas arrisco em dizer que terá sido batido o recorde de inaugurações por hora. A imprensa apresenta-nos casos de políticos que recebem subsídios de alojamento e “ajudas” para

deslocações que, embora permitidos por lei, a moral desaconselha. Assistimos depois destes casos terem sido divulgados pela imprensa aos intervenientes a prescindirem desses subsídios em notas de imprensa ou comunicados enviados para as redacções. Claramente nos apercebemos que nunca prescindiriam de tais ajudas se os seus casos não tivessem sido projectados pela imprensa. O que não é nada dignificante. Mas a verdade é que os políticos acabam por ser os únicos a prescindirem destas “ajudas”. E a sociedade portuguesa é muito mais e está muito para além da classe política. Era bom que a imprensa anunciasse com a mesma medida de importância todas a outras “classes”, chamemos-lhe assim, que também recebem estas “ajudas”: magistrados, administradores

Miguel Azevedo

Membro da Comissão Política do Núcleo de Joane do PSD

Foi divulgado recentemente mais um ranking das escolas do ensino básico e secundário, elaborado com base nos resultados obtidos nos exames nacionais. Baseando-se nas notas de exame a oito disciplinas, este ranking comparou as notas de frequência com os resultados obtidos na avaliação externa. Há quem diga que não permitem avaliar o rendimento de uma escola nem tão pouco aferir da qualidade do seu ensino, mas os rankings, elaborados anualmente, são um dos poucos indicadores existentes em Portugal que permitem traçar um retrato (ainda que bastante incompleto) do estado do nosso ensino. Creio ser indiscutível que este ranking tem alguma utilidade, pois será o pretexto para debates a nível de escola e permite também verificar até que ponto existe uma coerência entre a classificação interna e a externa. A escola secundária Padre Benjamim Salgado

O país das “ajudas” e dos subsídios públicos, altos quadros da função pública, militares… Não foi necessária uma grande investigação para conhecer casos que a mim me deixam mais perplexo e que ultrapassam o razoável. Há uma “classe” que recebe cerca de mil euros para alojamento. Mas, se esse lugar não for longe e se optarem por uma deslocação diária, continuando assim a viver no mesmo local, recebem igualmente o mesmo valor. Mais, se o cônjuge tiver o mesmo ofício e viverem juntos, recebem igualmente os cerca de mil euros cada um. E já algum de nós, alguma vez, viu ou ouviu alguma destas personalidades a prescindirem destes subsídios?! E somos o mesmo país que não tem condições para aumentar o salário mínimo nacional… As antigas escolas primárias de

Joane continuam ao abandono. A Câmara anunciou o destino a dar a estes imóveis em devido tempo e todos felicitamos esta decisão. Muitos dos problemas do associativismo local terão solução, pelo menos no que respeita a uma sede própria onde possam dinamizar e desenvolver as mais diversas actividades. O que já não se compreende é que a escola tenha terminado em Junho, passaram quatro meses, e nada foi feito. Estes edifícios estando sem utilização e sem conservação atingem rapidamente um estado de degradação e abandono. Apesar dos diversos pedidos à Câmara para resolver esta situação receio que aquando desta decisão seja já obrigatório proceder a obras de reparação e melhoramentos, para as quais é preciso financiamento. Teremos um custo a dobrar, desnecessariamente.

Secundária de Joane no ranking das escolas

Ao nível do distrito de Braga, das 40 escolas analisadas, a de Joane posicionouse em 12.º (ESPBS), mais uma vez ficou bem classificada. Num total de 616 es colas analisadas, a ESPBS chegou ao 175º lugar entre as melhores instituições do país. Ao nível do distrito de Braga, das 40 escolas analisadas, a escola de Joane posicionou-se classificada em 12.º. Se retirarmos as escolas privadas, a escola obtém a oitava posição no distrito o que é uma boa c lassificação. Como Joanense e ex-aluno fico muito orgulhoso. É o reconhecimento de que o trabalho desenvolvido pelos seus responsáveis está no bom caminho. Que os alunos da escola estão a ser bem preparados,

e que os professores estão a um nível superior. Dou os parabéns a toda a sua comunidade educativa pelo bom desempenho, que nos colocam, permitam-me que escreva assim, em lugares honrosos no ranking nacional.Parabéns aos alunos, porque foram eles que estudaram, se aplicaram, realizaram os exames e obtiveram estes resultados. Parabéns também aos professores, funcionários, pais e encarregados de educação. Todos se envolveram no sentido de prestar o melhor serviço educativo. Os resultados agora alcançados são mais um incentivo para continuarem sempre a fazer melhor. Toda a comunidade educativa pode ter o sentimento de satisfação, orgu lho e dever cumprido. Desejo que continuem a lutar pela promoção do sucesso escolar dos alunos da nossa escola. Fazer mais e melhor deve ser sempre o objectivo, por isso continuem a tr abalhar. Joane e a região só têm a ganhar.

É da mais elementar justiça que se reconheça que a Câmara de Famalicão tem feito uma aposta clara e estratégica na educação. Os resultados obtidos também têm uma quota parte de mérito do executivo Municipal. Desde 2002 que, numa iniciativa pioneira no País, a Câmara Municipal oferece os livros escolares aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico. Por todo o concelho e em partícular em Joane, com a construção do centro escolar, a aposta na educa ção tem-se feito construindo novas escolas, equipando e reabilitando as escolas existentes e apoiando actividades curriculares e extracurriculares de todos os níveis de ensino. Ainda recentemente a Câmara atribuiu 130 bolsas de estudo para jovens universitários Famalicenses. A aposta estratégica do município na educação é muito acertada porque não existe desenvolvimento sem qualificação. Investir na educação é investir no futuro.


18 OUTUBRO DE 2011 • REPÓRTER LOCAL

OPINIÃO Os artigos de Opinião são da responsabilidade dos seus autores

Eleito do CDS-PP na Assembleia de Freguesia de Vermil

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I “Essa gente só come e dorme. Parece a vida de um porco”. Foi desta forma que o presidente da Junta de Vermil qualificou e caracterizou a oposição ao seu executivo a respeito da sua “confissão”, na última sessão da Assembleia de Freguesia (AF), sobre a “negociata” que, juntamente com a sociedade já conhecida das empreitadas levadas a cabo pelo seu executivo, denominada “Jerónimo & António Martins, Lda.”, engen drou e acordou no que concerne à empreitada da construção da Capela Mortuária. Não tivesse eu a percepção do tamanho do encéfalo do presidente da Junta de Vermil e a absoluta certeza que nunca partilhei com ele as rações servidas à sua mesa, nem muito menos a sua palhota, ainda poderia sentir-me ofendido com tais expressões. Só mesmo do presidente da Junta de Vermil poderia sair tamanho infame disparate, mais a mais, quando a oposição não o acusou de nada. Na verdade, foi o próprio presidente, quando questionado acerca da empreitada, quem afirmou peremptoriamente que a havia adjudicado directamente, sem colher qualquer orçamento, e mais uma vez, digo eu, à sociedade denomi nada “Jerónimo & António Martins, Lda”. Foi ele, também, quem afirmou que essa firma, por sua vez, subempreitou tal construção na empresa “Mário Vidal & Filhos, Lda.”, ou outra qualquer sociedade da qual é sócio gerente. Ora, se só mais tarde se apercebeu ou alguém o alertou que havia “metido a pata na poça”, acho que não devia seguir o caminho que seguiu e de forma infame dizer que a gente da oposição só come e dorme, pois, se assim fosse, como lá no fundo o senhor até queria que fosse, com certeza que não se apercebiam que já não é a primeira vez que o senhor, formalmente, adjudica as empreitadas levadas a cabo pela Junta à aludida sociedade “Jeró nimo & António Martins, Lda.” mas quem, de facto, as executa é a sobredita sociedade

Os disparates do presidente da Junta de Vermil “Não tivesse eu a percepção do tamanho do encéfalo do presidente da Junta de Vermil e ainda poderia sentirme ofendido com as suas expressões sobre a oposição”

da qual o senhor é sócio gerente. E não diga que a gente da oposição - por mim falo - tem inveja do senhor ou da sua empresa, pois, se olhar bem à sua volta facilmente notará que ninguém tem inveja do senhor, muito menos quando abre a boca. Está impunemente a ser assim com a CM, foi assim com o restauro da sede da Junta e noutras empreitadas levadas a cabo em Vermil por “instituições” nas quais o senhor exerceu funções directivas e de forma inteli gente conseguiu camuflar o oportunismo com a figura do benfeitor e, claro, o “meu povo”, como costuma dirigir-se à gente de Vermil, ingenuamente bate palmas. Senhor presidente da Junta, com certeza já ouviu dizer que o peixe morre pela boca, como, igualmente e a respeito de negociatas com dinheiros públicos, já ouviu dizer que o nosso povo gosta de ser roubado desde que o ladrão tenha obra feita. Por isso, não se preocupe, não se exalte e evite a comunicação social para atacar a oposição, pois acaba sempre por se “enterrar” mais.

Primeiro começou por afirmar publicamente e perante a AF que não colheu qualquer orçamento e depois, infundadamente, foi para a comunicação social dizer que “pedi três orçamentos, estão lá para quem quiser ver”; “todos os trabalhos da minha empresa, todas as máquinas e todos os homens trabalharam na capela de graça”. Mas já agora, nesses ditos três orçamentos estão incluídos os trabalhos de serralharia ou só contempla os de “trolha”?! O montante referente aos trabalhos “de graça” efectuados pela sua empresa vão reverter a favor de quem?! Caríssimo senhor presidente, é certo que os pecados são confessados perante os padres, mas não se arrependa de ter confessado esse seu pecado perante os membros da AF, pois, ainda que por breves minutos, foi um homem com “H”…honesto. II Todos os que assistiram às duas últimas sessões da AF - ordinária de Setembro que se realizou em Outubro e extraordinária que se realizou 15 dias após - notaram e estranharam a ausência do “presidente da Junta de facto”, digo secretário da Junta. Na verdade, ao contrário do que já vinha sendo habitual, o secretário não compareceu às duas últimas sessões deixando o seu presidente completamente sozinho e à mercê dos “porcos que só comem e dormem”. Até aqui tudo bem, não fosse o senhor presidente da Junta, maior, julgo que também vacinado e, penso também de que… capaz de zelar e dominar a “vara”. Será que foi obra do acaso? Será que anteviu a polémica e se quis demarcar? Ou será que as “comadres” se zangaram? Nunca antes se viu o presidente da Junta tão desamparado, caindo no ridículo de negar a autoria da convocação da Assembleia. Será que é já o prenúncio de que nas próximas eleições autárquicas vamos ter os actuais presidente e secretário da Junta a disputar o mesmo lugar?

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Filipe Machado




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