Jornal Repórter Local

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Vermil • pág. 08

Rancho de Mogege vive dias de dificuldades Nº 162 • ANO XIV • SETEMBRO 2012 DIRECTOR: JOAQUIM FORTE

p. 12

Marçal Mendes vai renunciar ao cargo de Secretário da Junta

A FOCO | p. 3 a 5 EM Joane • pág. 13

Assembleia marcada por insultos e ameaças Ronfe pág.14

Junta incorre em multa que pode chegar aos 70 mil euros devido a descarga de lixo

“Bairro dos Pobres”

Dramas e problemas REPORTAGEM: Um bairro na primeira pessoa ENTREVISTA | SÁ MACHADO: “O Bairro é um presente envenenado”

Milhares no S. Miguel de Vermil para ver e ouvir Zé Amaro

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Pag. 09

REPORTAGEM Os produtos sem corantes nem conservantes de Madalena Borges Pag. 11

Desporto pág.18

Cláudia Pereira: do Braga para a Moinho de Vermoim Desp. Ronfe lidera Nacional da III Divisão com três vitórias em três jogos


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REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2012 • 3

EM FOCO

O ÚNICO BAIRRO SOCIAL DE JOANE Construído em 1958 pelo benemérito Francisco Simões, para albergar pessoas sem possibilidades económicas, o “bairro dos pobres” passou, em 1982, para a alçada da Junta de Freguesia, entidade que gere as mais de 40 casas do bairro.

“Bairro dos pobres” Um bairro de problemas Luís Pereira | Texto e fotos

C

ondições de habitabilidade pouco dignas; casas entregues a emigrantes que as usam apenas nas férias”; conflitos agudos entre vizinhos e construções de vários anexos sem planeamento e autorização. São muitos e complexos os problemas do único bairro social de Joane. A Junta de Freguesia, proprietária e gestora, confessa-se limitada na acção e nos meios e fala em “presente envenenado”. A Câmara Municipal de Famalicão poderá ser a única solução para pôr ordem no Bairro Francisco Simões. Construído em 1958 por Francisco Simões, o bairro foi inicialmente gerido por uma comissão de joanenses, com forte influência da paróquia, e tinha como finalidade dar habitação gratuita aos mais carenciados da freguesia (Centro de Assistência Social, pode ainda hoje ler-se na placa

inaugural). Contudo, a designação popular de “bairro dos pobres”, meio século depois, já não faz juz à sua definição. Há moradores que evidenciam sinais de riqueza. São os vizinhos, os primeiros a confirmá-lo. “Há pessoas que moram cá e não precisavam. Têm bons ordenados, rendimentos mínimos e bons carros. Ninguém paga renda. A Junta não quer saber”, diz Rosa Sousa, residente de uma das mais de 40 casas do Bairro. “Há gente que tem carros e dinheiro porque fazem aumentos grandes nas casas. Eu meto-me na minha vida e não tenho nada de dar palpites mas há coisas mal feitas”, corrobora o vizinho Francisco Ferreira. Com a morte de Francisco Simões, o património do Bairro (dividido em casas situadas em dois lugares da freguesia: Montelhão e a rua com o nome do benemérito) foi doado em 1982 à Junta de Freguesia.

O BAIRRO EM DATAS

1958

Construído em 1958 por Francisco Simões, foi ini cialmente gerido por uma comissão de joanenses, com forte influência da paróquia , e tinha como f inalidade dar habitação g ra t u i t a a o s m a i s c a r e nciados da freguesia .

1982

Com a morte de Francisco Simões, o património do Bairro (dividido em casas situadas em dois lugares da freguesia : Montelhão e a rua com o nome do benemérito) foi doado em 1982 à Junta de Freguesia .

2008

O regulamento do Bairro f o i a p ro v a d o n a A s s e m bleia de Freguesia de Dezembro de 2008, na sequência do trabalho de uma comissão que durante um ano ouviu moradores, autarquia e instituições.

A acção da autarquia é limitada. Apesar de entidade proprietária, a Junta justifica-se com a falta de meios financeiros e competências que permitam intervenções de fundo e aplicar as regras definidas em 2008 de forma a torná-lo um bairro de habitação social de corpo inteiro. “A situação não é fácil porque um bairro como aquele requer meios financeiros e técnicos para ali poder ser feita uma intervenção de fundo, meios que a Junta não tem. A política de habitação social é da competência do Município”, afirma o presidente da Junta, Sá Machado. O regulamento do Bairro Francisco Simões foi aprovado na Assembleia de Freguesia de Dezembro de 2008, na sequência do trabalho de uma comissão que durante um ano ouviu moradores, autarquia e instituições. O relatório, que aparentemente não tem passado de ”letra morta”, recomenda a en-

trega do Bairro à Câmara de Famalicão que, contactada pelo RL, mostra abertura para discutir o assunto. “A Câmara nunca rejeitou as suas responsabilidades na área social. O caso concreto deve ser analisado mas tem de partir da iniciativa da proprietária do bairro, neste caso, a Junta. Ao nível da habitação social, o Município tem seguido um modelo que resulta bem e que passa pela partilha de soluções com instituições que gerem os bairros, como é o caso do das Lameiras. Essa é a gestão ideal e não há razões para que isso não aconteça em Joane”, diz Paulo Cunha, vicepresidente da Câmara. O vereador diz desconhecer a existência de um pedido formal da Junta de Joane para que o Município assuma a gestão do bairro, mas Machado garante que tal pedido existe e exibe provas. (Ler entrevista ao presidente da Junta de Joane na página seguinte)


4 SETEMBRO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

EM EMFOCO FOCO

insultos e ameaças Por causa de distúrbios no Bairro Francisco Simões, a última Assembleia de Freguesia de Joane f icou marcada por insultos e a m e a ç a s à J u n t a . E m c a u s a e s t á u m a m o ra d o ra d o b a i r ro que alegadamente inferniza a vida dos vizinhos. Leia a notícia na página 13.

reportagem

Francisco Ferreira

Francisco Peixoto

Bairro Francisco Simões

na primeira pessoa O RL ouviu dramas e queixas - histórias de vida de moradores do bairro criado em 1958 Luís Pereira | Texto e fotos

R

osa Sousa tem 51 anos, metade deles passados no bairro. Os 22 euros de meia reforma do falecido marido é a única fonte de rendimento mensal que tem. A falta de dinheiro para pagar as despesas básicas levou recentemente ao corte da água. “Vou buscar a água aos vizinhos. Estive seis meses sem luz até que a minha filha veio em Agosto do estrangeiro passar férias e pagou a conta mas vou ficar sem luz outra vez porque nem sequer tenho dinheiro para comer, quanto mais para luz. Ninguém acredita mas eu ganho apenas 22 euros”, descreve. A garantia de um tecto gratuito no Bairro Francisco Simões tem sido a única ajuda de Rosa Sousa. Apesar de nunca ter tido uma vida farta, quando chegou ao Bairro, a situação da família era, apesar de tudo, melhor. “O meu falecido trabalhava

na Junta e foi o Orlando (Oliveira, então presidente da Junta) que nos arranjou a casa. A casa onde morava, em Cima de Pele, era toda em terra, sem condições. Todos trabalhávamos, incluindo o filho”, conta. A primeira habitação que foi atribuída a Rosa Sousa tornou-se exígua e há nove anos, a Junta mudou a família para outra fração do bairro. O RL foi convidado a entrar na casa e comprovou não ser das habitações com piores condições. As melhorias foram, contudo, fruto de intervençõe s suportadas por Rosa Sousa. “A Junta deu-nos o material e nós a mão-de-obra. Queremos arranjar as casas de banho mas a Junta não autoriza”. A moradora assegura que o contrato que assinou não tem qualquer prazo definido para a permanência na habitação. Nas “costas” da casa de Rosa Sousa existem duas outras. “Uma está vazia, acho que tem lá coisas da Junta mas também não tem

“não tenho dinheiro para comer, quanto mais para pagar a luz. Ninguém acredita mas eu ganho apenas 22 euros POR MÊS” ROSA SOUSA


REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2012 • 5

joane | leonel ribeiro, 1977 - 2012 O co r p o d e L e o n e l R i b e i ro , c a m i o n i s t a j o a n e n s e f a l ecido na Noruega , no dia 10, foi a enterrar no dia 19 no cemitério de Joane. O camião conduzido pelo emigrante joanense despistou-se numa ponte norueguesa . O joanense tinha 35 anos e há já algum tempo que era camionista na Noruega .

EM FOCO

condições e quem for para lá tem de deitar abaixo a garagem que está colada à casa, que foi construída por um vizinho. A outra é de um senhor que está emigrado e só vem cá de ano a ano”, descreve Rosa Sousa, fazendo papel de guia ao RL. Francisco Peixoto está no bairro há quase 30 anos. Vive hoje com a reforma de uma vida de trabalho que, contudo, não o impediu de ter habitação no Bairro. A viver com uma companheira, encontrámos Francisco a protestar com a falta de manutenção da bomba do poço que levou ao fim da obtenção gratuita de água, que durante anos serviu todo o bairro. Como a vizinha, também Francisco Peixoto já fez obras na sua casa. “Se fizermos alguma coisa sem dar conhecimento, chegam aqui e alagam tudo. Já aconteceu comigo”, conta, referindo-se à Junta de Freguesia. Sobre os “senhorios”, o homem de 58 anos diz ser raro vê-los pelo bairro. “Só de longe a longe. Eles não nos podem pôr daqui para fora, mas quem fizer muito barulho, sabe como é… ninguém gosta de ser calcado”, comenta. No topo do bairro encontramos o morador Francisco Ferreira. Hoje com 73 anos, vive com a esposa mas a estadia de mais de 40 anos no Bairro já foi feita na companhia dos seus 11 filhos. “Vivia de esmolas, não tinha possibilidade de pagar renda. Fui sempre muito doente e era só eu a trabalhar e por isso deramme a casa. Foi o padre Benjamim Salgado que me entregou as chaves, nesse dia disse-me que não tinha de pagar renda, só tinha uma condição: sempre que precisasse de fazer obras e arranjos na casa era eu que tinha de pagar, e por isso recomendou-me colocar todos os meses algum dinheiro de lado”, narra o morador. Em 40 anos de Bairro, Francisco Ferreira nunca assinou qualquer contrato de habitação e é dos mais antigos moradores. Assegura que a maioria dos moradores habitam no bairro há décadas mas não compreende a permanência de alguns vizinhos “que têm carros e dinheiro”.

entrevista • SÁ MACHADO

“O Bairro dos Pobres é um presente envenenado” Presidente da Junta de Joane pediu intervenção da Câmara de Famalicão Luís Pereira

A

Junta tem capacidade para gerir o bairro? O Bairro é um presente envenenado entregue à Junta, que nunca o qu i s . O s re p re s e nt a n t e s da Fundação Francisco Simões queriam um representante legal que desse continuidade à gestão do bairro. A situação não é fácil porque requer meios financeiros e técnicos para fazer uma intervenção de fundo, meios que a Junta não tem. A política de habitação social é do Município que tem um pedido da Junta, anterior a 2005, feito ao vereador Jorge Paulo Oliveira, que esteve comigo no Bairro nas vésperas das eleições e assumiu o compromisso da Câmara em elaborar um estudo para uma intervenção futura. O estudo nunca foi feito. Já neste mandato, e porque o bairro continua a degradar-se, voltamos a solicitar à Câmara que assumisse a responsabili dade de fazer a intervenção sendo que a Junta cedia os bairros ao para que tivesse legitimidade de intervir directamente. E o que diz a Câmara? A Câmara não tem dado resposta e se diz que não tem conhecimento é grave porque há documentação que o prova (exibe ofício datado de 13 de Novembro de 2009). Não se pode assacar à Junta a re spon sabilidade de ter ali um projecto de habitação social porque a Junta não tem nem competência nem meios financeiros para tal. Como funciona a admissão de moradores? Há um regulamento. A Segurança Social e as assistentes sociais pedem-nos habitações quando estão devolutas e a Junta equa ciona a atribuição. Mas há casas ainda

por ocupar... O que está vazio (3 ou 4 casas) não pode ser chamado de casas, face ao estado que apresentam. Aceitar colocar pessoas naqueles espaços que estão vazios é negar aquilo que deve ser uma verdadeira política de habitação social. Como se explica que haja casas ocupadas por pessoas que emigraram? As pessoas emigram e não dão conhecimento. Eu não posso chegar ali e violar a casa, leva o seu tempo. Mas a Junta não tem poder para expulsar? Expulsar com que propósito? Nas situações em que se verifiquem sinais de riqueza, por exemplo… Nós podemos fazer isso nos casos de moradores instalados já depois do regulamento aprovado. Há pessoas que estão lá há décadas. Há um regula-

mento elaborado aquando da criação do bairro assim como há pessoas que dizem que a casa lhes foi dada pelo fundador. Que legitimidade tem a Junta para expulsar pessoas cujas casas foram entregues até à sua morte? Não po demos esquecer também que Francisco Simões privilegiou a família e, ainda hoje, muitos dos que lá estão são seus familiares, que reclamam o direito de lá estarem “ad eternum”, porque lhes foi prometido. Como funciona a melhoria nas casas: é a Junta que suporta os encargos? A Junta não pode aplicar rendas em casas que não têm condições de salubridade. Em certas situações a Junta vai em socorro dos moradores, como nos casos em que a chuva en tra e de telhas partidas… Fomos cedendo em algumas coisas para tornar as

SÁ MACHADO | PRES. JUNTA JOANE “A Junta não tem nem competência nem meios financeiros para RECUPERAR O BAIRRO”

condições mais dignas. Mais do que política de habitação social, trata-se de acção social. A Junta está limitada no seu papel de impor ordem no Bairro em casos extremos? A Junta tem o direito de recorrer aos tribunais para repor a legalidade. Já houve acções judiciais dessas? Houve um caso mas aca bou com acordo amistoso. Reconhece que existem moradores que não se enquadram no espírito que levou à criação do bairro? Evidentemente que sim. Há pessoas que estão lá e fizeram, inclusive, obras. Os anexos e aumentos que os moradores fazem são do conhecimento da Junta? Os acrescentos foram feitos ao longo dos anos. A Junta não tem conhecimento deles. Os moradores ouvidos pelo RL afirmam que os fazem com a autorização da autarquia… Há pessoas que fizeram obras que não sei se tive ram ou não a autorização porque não são do meu tempo. Em alguns sítios, depois de detectarmos, obrigamos a destruir ou a alterar. Noutras situações, temos de ser condescendentes pela simples razão de que achamos que as pessoas devem viver com alguma dignidade. E a construção de garagens, por exemplo… Isso não, a Junta não autoriza nem pode autorizar. Mas elas são feitas… A única coisa que nos resta é fazer participação à Câmara para que intervenha. Já aconteceram casos desses, alguns moradores corrigem a situação, outros nem por isso.


6 SETEMBRO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

Fórum

RONFE | QUATRO MIL EUROS EM LIVROS A Ju n t a d e F r e g u e s i a d e Ro n f e o f e r e c e u m a n u a i s e m a t e r i a l e s co l a r a o s a l u n o s d o p r i m e i ro c i c l o , n um a s es s ã o q u e te ve l u g a r n o d i a u m de O u tu b ro , n a e s co l a d e G e m u n d e . A m e d i d a r e p r e s e n t o u u m i n v e s t i m e n t o d e q u a t ro m i l e u ro s .

DÁ QUE PENSAR!

DIAS DE ONTEM

Ministro das Finanças anunciou “enorme aumento de impostos” no próximo ano O Governo praticamente abdicou de cortar despesa pública no próximo ano. O buraco de 2,5 mil milhões de euros que ameaçava o Orçamento do Estado para 2013 - dois mil milhões de euros criados pelo chumbo do Tribunal Constitucional à suspensão dos subsídios de Férias e Natal dos funcionários públicos e pensionistas mais 500 milhões pelo recuo na Taxa Social Única - vai ser quase todo compensado com aumento de impostos. FONTE: Diário Económico

O casamento de José António Sousa e da mulher Rosa Maria, de 67 e 61 anos respectivamente, sempre foi conflituoso, marcado por violência e maus-tratos. Esta semana, na casa do casal, em Vila Meã, concelho de Amarante, José ateou fogo ao colchão porque a mulher se ter á recusado a manter relações sexuais com ele. Quis desta forma “mostrar à mulher a sua masculinidade”. As chamas rapidamente se alastraram aos móveis, e foi preciso a intervenção rápida da mulher pa ra evitar uma tragédia. O homem foi detido e levado a tribunal, mas foi solto e voltou para casa. FONTE: Correio da Manhã

ReguiLa

UM corredor à espera de inauguração Nesta altura do campeonato há muitos joanenses que se interrogarão: para quando a inauguração do corredor pedonal de Joane? A Junta de Freguesia já procedeu ao lançamento da primeira pedra mas ainda não o inaugurou. Será por ser pequeno? Ou espera uma data mais propícia?

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Homem de 67 anos ateou fogo ao colchão porque a mulher, de 61, recusou manter relações sexuais

JOANE, 1998 O cenário neste local central da vila de Joane já não é o mesmo. Durante dezenas de anos, a feira semanal te ve lugar em pleno centro joanense, chamando vendedores e compradores de várias localidades. Em Janeiro d e 2 0 1 0 , m u d o u p a ra L a b o r i n s . M u i t o s j o a n e n s e s s e n t e m s a u d a d e s d a feira no Largo 3 de Julho; outros nem por isso.


REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2012 • 7

OPINIÃO | PáginaS 16, 17 Quintino Ferreira Pinto: “ Ingratos” Pedro Monteiro: “Política de verdade” Luís Santos: “Um País profundamente triste”

18 SETEMBRO DE 2012 • REPÓRTER

LOCAL

FUTEBOL • NACIONAL III

S

DIVISÃO

Ronfe soma e segue: três jogos, três vitórias

ATLETISMO • AQUISIÇÕE

Cláudia Pereira deixa o Braga para representar a AMVE

editorial

A atleta joanense Cláudia Pereira vai passar a representar a Asso ciação Moinho de Ver moim ( AMVE) depois o de ter representad o SC Braga durante vários é anos. Cláudia Pereira uma atleta de referênfama cia no atletismo license, somando vá rios títulos individuais já e colectivos, tendo representad o Portugal em provas internacionais. da AMVE para a presen No leque das aquisições na José Aze vedo (4º. lugar te época está também Luísa Oliveira (ex-Nossa prova Famalicão-J oane); ; AnRui Silva (ex-Fornos) Senhora do Desterro); do Campo); Vítor Gatónio Silva (ex-S. Salvador Ben e Rui Silva (ex-Casa do lhardo (ex-Codesso s)

JOAQUIM FORTE

f ica de Paredes).

Luís Pereira

A

Maus exemplos

inesperada participação do Desportivo de Ronfe no Campeonato l da III Nacional de Futebo utada Divisão tem sido pa ulado. por um início imac -3) na Depois da vitória (1 se, no casa do Merelinen biu ao dia 30, o Ronfe su assifiprimeiro lugar da cl clube cação, sendo o único m três com três vitórias e , Hugo jornadas. Paulinho am os Dias e Lapinha for contra marcadores no jogo o). Na o Merelinense (fot ia 7), o próxima jornada (d recebe Ronfe de Desportivo o Ponte da Barca.

O DESPORTIVO DE R O N F E PA S S O U DE PARTICIPANTE INESPERADO A ESTRELA DO NACIONAL DA III DIVISÃO. SORTE DIFERENT E TEM TIDO O GD DE JOANE. PERDEU COM O FAMALICÃO E SOMOU O PRIMEIRO PONTO EM VILA VERDE

ATLETISMO • ESCOLA ROSA

É comum dizer-se que as Juntas de Fre-

ATLETISMO • POUSADA

Corrida e caminhada solidárias A Associação Recreativa e a Pousadense ( ARPO) Comissão Social Interfreguesias Joane, Mogege, Pousada e Vermoim, 21, promovem, no dia a corrida e caminhada solidária de Pousada de Saramagos, inserida na Feira Social e no Dia da Freguesia . As insser crições, que de vem

feitas na sede da ARPO, na Junta de Pousada ou pelo email arpouo. sadense-4711@sap pt , são gratuitas para os escalões jovens. Para séniores e veteranos, serão aceites mediante a entrega de um bem alimentar que re vertede Social rá para a Loja Joane.

istou 11 pódios

Equipa de Joane conqu tismo A Escola de Atle oane, Rosa Oliveira, de J 23 de conquistou, no dia ódios Setembro, onze p olectiindividuais e cinco c rémio vos, no VIII Grande P ciação de Atletismo da Asso iva de Cultural e Recreat Roriz, em Barcelos. os esEntre os medalhad andes teve Beatriz Fern teve o b o e u q ) s n i m a j n (Be

A Junta de Freguesia de Ronfe foi notificada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) por causa de descarga indevida de lixos na zona da Cerquinha. A multa pode chegar aos 70 mil euros. Não se duvida da consciência ambiental do actual presidente da Junta de Ronfe, António Sousa, pessoa com preocupações cívicas evidenciadas. E não é difícil compreender que a descarga dos restos da limpeza das ruas da Vila numa zona que deve ser ecologicamente protegida é resultado das muitas dificuldades com que se debate uma Junta de Freguesia. Mas é um mau exemplo que seja a Junta de Freguesia, lesta a apontar o dedo aos atentados ambientais dos outros, a descarregar plásticos, por poucos que sejam, no meio de restos orgânicos e numa área candidata a zona de lazer e de acesso ao rio Ave.

OLIVEIRA

tido o Sorte diferente tem e JoaGrupo Desportivo d erdido ne. Depois de ter p com o o dérbi concelhio clube Famalicão (1-0), o u, no de Barreiros somo etemdomingo (dia 30 de S nto no bro), o primeiro po nal da campeonato Nacio II Divisão. Vila em bola uma a O empate ão foi Verde, no entanto, n o clube tirar para suficiente da joanense do último lugar . tabela classificativa rente à A próxima jornada, f no equipa do Vizela, joga-se , pelas dia sete de Outubro po do 15:00 horas, no cam ipa de Barreiros. Para a equ vitória Fernando Costa, a é fundamental.

equipa primeiro lugar - a a prida Joane acumulou quipas meira posição por e no mesmo escalão. SamMaria João e Bruno specpaio venceram, re antis e f n I m e , e t n e m a v ti ltimo Iniciados – neste ú iveira l O n o s l e N , escalão ficou em segundo. trous o d a i Os atletas Inic Joane xeram ainda para

o por o primeiro prémi ça das equipas, à semelhan inina equipas juvenis (fem e masculina). ceu a Rosa Oliveira ven e foi a classificação geral cortar primeira veterana a ompaa meta, seguida das c nheiras de equipa Hermínia ntela. Pereira e Paula Qui

de da Associação Cultural A equipa de andebol a insdia 29 de Setembro, Vermoim visitou, no ve um Vida”. A iniciativa te tituição “Mundos de e permitiu a parcarácter solidário e pedagógico jovens e outros bens que os tilha de brinquedos da ACV já não usam.

guesia são o melhor exemplo da dedicação de milhares de homens e mulheres à causa pública. Muitos destes protagonistas dedicam muito tempo a questões das suas localidades, com grandes sacrifícios pessoais e profissionais. O que se passa em Ronfe com António Gonçalves, que foi número um do PS nas eleições de 2009, não se enquadra nesta leitura. Há mais de dois anos que o eleito não põe os pés na Assembleia de Freguesia, órgão para o qual foi eleito. Por mais justificações que tenha - e não se duvida disso - faria um melhor serviço à Vila e aos ronfenses, bem como ao PS, se renunciasse ao lugar. Foi uma verdadeira balbúrdia o que se passou na última Assembleia de Freguesia de Joane. Moradores do lugar de Montelhão marcaram presença para protestarem contra uma habitante do chamado “bairro dos pobres” devido a alegados distúrbios. A

PAG. 18 | DESPORTO Uma boa notícia: o Desportivo de Ronfe é líder da sua série no Campeonato Nacional de Futebol da III Divisão, com três vitórias em três jogos.

pessoa em causa terá problemas de índole psiquiátrica, o que reforça o carácter melindroso da questão. Resolver o assunto no calor do protesto seria fácil: uma ordem de despejo à senhora e tudo seria resolvido, mesmo se logo a seguir surgissem complicações de ordem judicial e moral. Mas ainda bem que problemas com esta delicadeza não se resolvem assim, na pressão do protesto acalorado, por mais razões que assistam aos queixosos. O problema maior está no impasse em torno do bairro. Votado ao abandono e em muitos casos ao livre arbítrio dos seus ocupantes, o bairro padece da falta de competências e de meios da Junta para tratar destas situações. O que quer que se faça, é preciso que sejam acauteladas as famílias que lá vivem e que seja de facto tomado como “letra de lei” o regulamento de utilização do bairro. Numa zona onde abundam reformas de miséria, não será difícil dar bom uso às casas do bairro. Sem populismos fáceis.

protagonistas

o que se diz

DESPORTIVO DE RONFE É o que se pode chamar “uma surpresa”. A inesperada participação do Desportivo de Ronfe no Campeonato Nacional de Futebol da III Divisão tem sido pautada por um início imaculado. Depois da vitória frente ao Merelinense, no dia 30, o Ronfe subiu ao primeiro lugar da classificação. É o único clube com três vitórias em três jornadas. Um feito!

“Portugal está a saque. Nunca pensei é que isso fosse possível por iniciativa do partido que Francisco Sá Carneiro fundou”

CLÁUDIA PEREIRa A atleta joanense Cláudia Pereira é uma das caras novas da equipa da Associação M o i n h o d e Ve r m o i m , d e p o i s d e t e r representado o SC Braga. Um trunfo para a equipa de Vermoim, já que se trata de uma atleta de referência no atletismo famalicense. RANCHO FOLCLÓRICO DE MOGEGE O mais jovem grupo do concelho de Famalicão vive um período difícil: as actuações são escassas e a adesão popular é reduzida. A direcção, porém, diz que está determinada a enfrentar os obstáculos.

Luís Paulo Rodrigues, ex-adjunto do presidente da Câmara de Famalicão, na sua página no Facebook.

“BE de Famalicão quer que Assembleia Municipal se manifeste pela manutenção das 49 freguesias do concelho” Opinião Pública

marçal mendes Defensor da reforma administratriva das freguesias, o secretário da Junta de Vermil e dirigente da JSD de Guimarães acabou envolvido no movimento em defesa da “autonomia” de Vermil e contra a agregação com Airão Santa Maria e Airão S. João. Sem ligações a estas andanças, Marçal Mendes anunciou a intenção de renunciar ao cargo devido a afazeres profissionais.

Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda. Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail geral@reporterlocal.com Membros detentores de mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira Director Joaquim Forte Redacção Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) | Paginação Filipa Maia | Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. | Jornal de distribuição gratuita Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514

“Paulo Júlio, secretário de estado da Administração Local e Reforma Administrativa, diz que o trabalho que a Câmara de Guimarães fez para a agregação de freguesias é “significativo” e “exemplar” Casimiro Silva (blog)

“A generalidade das pessoas começa a pôr em causa a eficácia das medidas adotadas ao longo do último ano com vista ao desejado e anunciado ajustamento orçamental do Estado” Monteiro de Castro, Guimarães Digital

“Os rendimentos sujeitos a IRS e pagos durante o ano de 2013 vão ser sujeitos a uma sobretaxa de 4%, semelhante à aplicada em 2012 nos subsídios de Natal”. Jornal de Notícias

“Assembleia Municipal da Póvoa de Lanhoso chumbou proposta da Câmara (PSD) de redução de 29 para 23 no número de freguesias” Rádio Antena Minho

“Famalicão está na vanguarda do ensino profissional” Cidade Hoje

“O artista vimaranense José de Guimarães foi eleito presidente da Sociedade Nacional de BelasArtes” Guimarães Digital

“A Igreja não pode ficar em silêncio perante a injustiça, a perda de direitos fundamentais, a sujeição dos cidadãos à ganância e à exploração” António Pedro Vasconcelos, Público

“O que de facto mudaria a política em Portugal seria a realização de primárias abertas (nos partidos) que permitissem a participação da sociedade civil” Rui Tavares, Público


8 SETEMBRO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

LOCALIDADES

JOANE | É MAIS BARATO IR À PISCINA O preço das tarifas das piscinas de Joane desceu 1 0 % a p ó s a s f é r i a s d e Ve rã o , a 1 5 d e S e t e m b ro . A decisão da Câmara Municipal de Famalicão é apli cada a todos os complexos desportivos municipais.

VERMIL • autarquia

Secretário da Junta vai renunciar ao cargo

M

arçal Mendes está de saída da Junta de Freguesia de Vermil. O secretário do Executivo vai formalizar o pedido de renúncia na próxima Assembleia de Freguesia, em Dezembro. Um convite da Universidade do Minho para assumir funções na área da investigação de Direito Público está na origem da decisão. “O convite era irrecusável e como tal deixarei de ter a disponibilidade que tinha para a Junta”, referiu o autarca ao RL. Apesar de ser secretário, há muito tempo que Marçal Mendes é o rosto mais visível da Junta liderada por Armando Vidal (PSD). O RL sabe que o presidente da Junta tentou que Marçal recuasse na decisão, mas sem sucesso. O secretário pretende, contudo, assumir o lugar de eleito na Assembleia de Freguesia até ao final do mandato e

garantiu ao RL que, independentemente do que venha a acontecer a Vermil no âmbito da reforma administrativa, não será candidato nas eleições autárquicas de 2013. O lugar de Marçal Mendes deverá ser preenchido por Joana Vidal ou Bruno Dias, membros do PSD na Assembleia de Freguesia. A escolha terá de ser feita por Armando Vidal. Marçal Mendes conquistou progressivamente papel de relevo nas estruturas concelhias do PSD, ocupando o cargo de vice-presidente da JSD, cargo que não deixará.

Vermil quer autonomia Secretário da Junta descontente com autarca de Ronfe Mais de 600 pessoas assinaram a petição que reivindica a autonomia d e Ve r m i l , r e j e i t a n d o a p r o p o s t a d a C â m a ra M u n i c i p a l d e G u i m a rã e s q u e prevê a agregação da freguesia a Airão Santa Maria e Airão S. João. A Assembleia de Freguesia seguiu a vontade popular e, numa rara unanimidade político-partidária , os eleitos constituíram uma comissão que tem vindo a definir iniciativas com o objectivo de conv e n c e r a C â m a r a a r e c u a r. D e p o i s de ter sido entregue ao vereador Domingos Bragança , que mostrou i n d i s p o n i b i l i d a d e p a r a r e c u a r, a petição vai ser apresentada em Assembleia Municipal. “Congratulo a Junta por ter mudado de ideias. O executivo sempre defendeu a fusão com Ronfe mas e u s e m p r e d e f e n d i Ve r m i l ” , d i s s e Domingos Barros, do PS. Marçal Mendes “Sempre fui uma voz contrária às autonomias, mas isso não impede que a Junta siga o desejo da população”, referiu. F i l i p e M a c h a d o , d o P P, a c u s o u o executivo de nunca ter defendido

“a honra e dignidade da freguesia”, e manifestou preferência por uma agregaçã com Oleiros e Figueiredo. REVELAÇÕES “QUENTES”

O encontro ficou marcado por duas revelações de Marçal Mendes que surpreenderam a Assembleia. O Secretário da Junta afirmou que a troco de uma condição haver i a u m a h i p ó t e s e d e Ve r m i l f i c a r independente: “seria Armando Vidal concorrer pelo PS”, afirmou -uma tese negada por Domingos Bragança, líder da concelhia PS: “é uma mentira sem qualquer tipo d e f u n d a m e n t o . Ta l c e n á r i o n u n c a foi equacionado, é uma rotunda falsidade”, disse ao RL . Marçal confessou ainda não ter gostado das declarações do presidente da Junta de Ronfe, sobre a proposta da Câmara de agregação de freguesias. “Nem António Sousa, de Ronfe, nem António Carvalho, de Santa Maria têm legitimidade p a r a f a l a r d e Ve r m i l . R o n f e q u e r é c o n q u i s t a r e d i f í c i o s a Ve r m i l ” , atirou Marçal.

Assaltos em Vermoim e Pousada Uma mulher de 60 anos foi víti ma de roubo por esticão. O assalto aconteceu no passado dia 26, na Rua Vila Mende, em Vermoim, en quanto a sexagenária circulava na via pública . Os assaltantes, dois, seguiam num automóvel de marca BMW azul. Le varam um f io de ouro e uma libra . Entretanto, em Pousada de Sarama -

gos, um indivíduo de 30 anos assaltou uma residência da Avenida do Cruzeiro. O larápio entrou na habi tação à hora de almoço, depois de ter arrombado o canhão da porta , le vando ouro e pondo-se em fuga num carro preto de marca Golf e com matrícula que situa o proprie tário como residente no Porto. A GNR de Joane identif icou o homem.

Incêndio em Airão Sta. Maria

Tr ê s i d o s o s d e 6 7 , 7 6 e 8 0 a n o s f o ra m retirados de casa pelos Bombeiros de Guimarães na sequência de um incêndio, na madrugada do dia 13, num celeiro em Airão Santa Maria . Um curto-circuito terá estado na origem do incêndio no celeiro. A grande quantidade de palha e lenha serviu de combustível à propagação das chamas, que começaram a ser combatidas pelos bombeiros às 03:00 horas.

“A c a s a e n c o s t a d a a o c e l e i r o e r a habitada por três idosos. Tivemos que retirar dois deles pela janela do primeiro andar e o terceiro foi retirado ao colo pelos homens e por entre as chamas”, relatou ao RL o comandante Bento Marques. O incêndio foi dado como extinto por volta das 7:00 horas. Na operação estiveram envolvidos 12 bombeiros e quatro viaturas. Os idosos foram assistidos no local.


REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2012 • 9

DAVID FONSECA NA CASA DAS ARTES David Fonseca regressa à Casa das Artes de Famalicão, para apresentar o espectáculo “Season Tour – Rising: Falling”. É no dia 20 de Outubro, sábado, às 21:30 horas. Os bilhetes custam 15 euros.

S. Miguel: Vermil nunca viu festa como esta!

N

ão há memória de tão expressivo número de pessoas na Festa de S. Miguel-OAnjo, em Vermil, como aquele que se registou no passado domingo, dia 30 de Setembro. O popular cantor Zé Amaro atraiu milhares de pessoas ao fecho das festividades e os carros entupiram os acessos ao monte de S.

Miguel. “Sabíamos que o cantor iria chamar muita gente mas não contávamos com tanta. Tenho 56 anos, assisti a muitas festas de S. Miguel e não me lembro de uma que juntasse tanto povo como esta”, dizia, satisfeita, Conceição Reis, juíza dos festejos. Os sinais de que a festa iria correr bem tinham sido dados na noite anterior, com o grupo Myllenium. Na manhã de domingo,

a adesão às cerimónias religiosas e o número de “merendeiros” espalhados pelo monte já anunciavam que seria uma festa atípica. Mas o verdadeiro “boom” de festeiros aconteceu no domingo, a partir das 15:00 horas. “Foi a recompensa de um ano de muito trabalho e da união da comissão. Assim vale a pena fazer uma festa”, considerou a juíza. Os custos da festa ron-

daram os 13 mil euros, valor assegurado com as iniciativas de angariação de fundos feitas ao longo do ano e com a receita do bar. Por causa da festa o trabalho da Comissão com a cantina permitiu recuperar a casa da Paróquia, junto à igreja, que agora se encontra com condições melhores e que deverá ser aproveitada para dar seguimento à cantina e amealhar fundos para a Paróquia. Também a

capela no monte de S. Miguel sofreu intervenções suportadas pela receita da festa. Em ano de anunciada extinção da freguesia, Conceição Reis não hesitou em associar o sucesso à capacidade de mobilização dos vermilenses. “Demos provas que Vermil existe e tem vida. Pode ser que a Câmara veja isto como um sinal e recue na agregação” (a Airão S. João e a Airão Santa Maria).

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Luís Pereira


10 SETEMBRO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

Jarro


REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2012 • 11

JOANE | CAMINHOS PENOSOS COM 240 participantes Cerca de 240 entusiastas dos pedais participaram, no dia 16, na sexta edição dos “Caminhos Penosos”. A iniciativa da BTTeatro percorreu trilhos dos concelhos de Famalicão e Guimarães num percurso com mais de 30 quilómetros.

JOANE • reportagem

Sem corantes nem conservantes Madalena Borges dedica-se à confecção de produtos 100 por cento naturais. Na Quinta de Romão, em Cividade A terra . O biológico e o sentido lógico do biol ó g i c o . P ro d u t o s 1 0 0 % n a t u r a i s c o m s a b o r e s e odores da nossa terra . Aqui, bem perto de nós. Em Cividade, na Vila de Joane. Aqui, na Quinta Romão de Baixo, tudo é nat u r a l . N a t u r a l m e n t e . Pa r a M a d a l e n a B o r g e s é descabido falar em corantes e conservantes e outros “antes” quando faz compotas, licores, marmelada, bolachas, vinhos, gelados, chás, entre os demais. Alia a cor ao sabor : laranja , tangerina , cereja , tomate verde, chuchu com a m ê n d o a s , c u r g e t e , a b ó b o ra , f i go , u va , p ê s s e go , limão, eucalipto, frutos vermelhos, ameixa, goiaba , e tantos outros. Aqui, a diversidade esgota. O s p ro d u t o s p ro v ê m d a t e r r a e s ã o d i t o s b i o l ó g i co s . Pa r a a l g u n s u m a co i s a m o d e r n a e c h i q u e . U m a m o d a p a ra o u t ro s . Fa c t o é q u e e s t a co i s a d a agricultura biológica é bem antiga e de chique n ã o t e m n a d a . Ve m d o s n o s s o s a n t e c e d e n t e s e da nossa terra , que suja a roupa e alimenta q u e m a s u j a . É b i o l ó g i c o . E l ó g i c o . Fa z s e n t i d o e é b e m s e n t i d o q u a n d o s e p ro v a m o s p ro d u t o s q u e M a d a l e n a p ro d u z b e m p e r t o d e n ó s . Sem corantes nem conservantes esta mulher da terra e do povo, e do biológico, e do lógico, despende parte do seu tempo no campo. Entre as uvas e as amoras, o licor e a compota , as p l a n t a s e o c h á . D á - l h e p r a z e r. E d á p r a z e r

aos que levam ao palato estes produtos que se afiguram como gourmet . “É porque gosto e assim torno rentável o que via apodrecer no quintal”, disse Madalena enquanto serve licor d e c a f é , c h á d e l ú c i a - l i m a e b o l a c h a s . Tu d o d e f a b r i c o p ró p r i o . O d e s e m p r e g o a t i ro u - a p a r a u m a f o r m a ç ã o e m e m p r e e n d e d o r i s m o n u m p ro g ra m a d e i n c e n t i vo à c r i a ç ã o d o p ró p r i o e m p r e g o . A s s i m c o m e ç o u a h i s t ó r i a d a c o m p o t a e d o l i c o r. Do vinho e do chá O resto surgiu 100% natural. O valor e sabor destes produtos é reconhecido: Madalena participa em feiras biológicas, d e a r t e s a n a t o , e n t r e o u t r a s . Tu d o c o m p e s o e medida porque estas iguarias têm produção muito reduzida. “O stock é muito reduzido, por isso não vendemos a todos os que nos procuram. Estamos a preparar o certificado d o s p ro d u t o s p o i s o p ro d u t o b i o l ó g i c o r e q u e r m u i t a b u ro c r a c i a ” . De resto, Madalena tem, na sua quinta, um e s p a ç o a b e r t o a o p ú b l i co o n d e s e p o d e p ro va r e c o m p r a r, n a t u r a l m e n t e . L á , v e n d e m - s e g e l a d o s e degustam-se compotas com queijo fresco, de vários sabores e odores. Sem corantes nem conservantes. Te x t o : D o m i n i q u e M a c h a d o Fo t o s : Re n a t a Tr u y t s


12 SETEMBRO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

famalicão - joane com 5300 participantes O Famalicão - Joane da ATC contou com 5300 partici pantes (2000 no Passeio BTT, 2500 na caminhada , 860 no Famalicão-Joane). Meseret Taye da Etiópia ganhou em femininos e Evans Kiplagat do Quénia em masculinos.

mogege • folclore

Os dias difíceis

do Rancho de Mogege

A

falta de actuações pode comprometer o futuro do Rancho Folclórico de Santa Marinha de Moge ge. O grupo teve apenas quatro saídas este ano e até Dezembro tem agendada apenas uma actuação em Pousada de Saramagos. Para o ano, não existe ainda nada calendarizado. “Estamos a sentir grandes dificuldades. As festas de hoje não são como antes e as comissões não contratam tanto. Temos que teimar, se não o fizermos o rancho acaba. Quando há saídas para actuações nota-se o contentamento dos elementos. Quando não há, as pessoas entram em desânimo”, explica Avelino Abreu, presidente do Rancho desde Março. Criado em 2004, o Rancho de Santa Marinha é o mais jovem do conce lho. A juventude, admite Avelino

Criado em 2004, o Rancho FOLCLÓRICO de Santa Marinha DE MOGEGE é o mais jovem do concelho de vila nova de famalicão Abreu, pode ser um entrave, já que não tem “tradição e nome” e não chama tanta gente. “Temos dificuldades em impor-nos”, diz. O grupo surgiu à mesa do café e o início “não foi fácil”. “O grupo andou moribundo e só deu o salto com a entrada do Carlos Rego (en saiador)”, recorda o presidente. O futuro incerto volta a pairar. Ao contrário do habitual, em Mogege “os mais velhos não aderem ao

folclore e não querem participar”. A direcção recusa, no entanto, esmorecer perante as adversidades e aponta ideias, como um arraial mensal na freguesia, com intuito de proporcionar o convívio, “cativar o povo”e fazer receita para melhorar a sede,cedida pela Paróquia. Para isso, adianta Abreu, é preciso o apoio da população de Mogege que “não tem acarinhado o grupo como deveria”. “Não é fácil gerir um grupo. Tem de haver mais união porque, se o povo for unido, a própria direcção sente-se com mais força e motivação. As confusões resolvem-se falando dentro de portas e dialo gando”, conclui Avelino Abreu. Com o Rancho de Mogege, o RL dá por terminado um ciclo de quatro reportagens em torno dos g ru p os f ol cl óricos e xis t e nt e s nas freguesias cobertas por este jornal.

CURIOSIDADES E NÚMEROS Criado em 2004, é o mais jov em do concelho tem 30 elementos EM 2013 prevÊ editar um segundo DISCO. promove anualmente o Festiva l de Folclore e, em Janeiro , as reisadas ESTE ANO TEVE APENAS quatro saí das. at é De zembro tem agendada uma actuação em Pousada de Saramago s o grupo só de u o salto com a entrada dE Car los Rego COMO ensaiador


REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2012 • 13

VERMOIM | MEIA MARATONA PORTO-GAIA A e q u i p a d e a t l e t i s m o d a A s s o c i a ç ã o C u l t u r a l d e Ve r moim marcou presença na VI Meia Maratona Sport Zone Po r t o - G a i a , n o p a s s a d o d i a 1 6 . N a m e s m a co m p e t i ç ã o , a A s s o c i a ç ã o M o í n h o d e Ve r m o i m o b t e v e u m 5 . º l u g a r, com o atleta Augusto Autunes (escalão M45).

JOANE • Assembleia de freguesia

UM MURO POLÉMICO

Insultos e ameaças Moradores querem intervenção da Junta por causa de confusões no “Bairro dos Pobres” Luís Pereira

F

oram momentos de grande tensão, aqueles que se viveram no final da última Assembleia de Freguesia de Joane, no passado dia 28. A recusa do presidente da Junta, Sá Machado, em responder às questões de um grupo de moradores do lugar de Montelhão fez aquecer os ânimos e ouviram-se insultos e ameaças ao Executivo. Trata-se de um conflito que opõe um conjunto de vizinhos a uma moradora do Bairro Francisco Simões (“bairro dos pobres”). Segundo alegam, a residente em questão tem “infernizado” a vida dos vizinhos, e por isso exigem da Junta, proprietária do Bairro, que expulse a moradora ou a mude de residência. O caso tem sido trazido há várias sessões pelo grupo de 20 pessoas, muitos com laços familiare s e ntre si,

que assiste às sessões e no final, na parte destinada ao público, “bombardeia” a Junta com a situação. Quando o caso foi colocado pela primeira vez, o ano passado, a Junta comprometeu-se a accionar os meios legais para encontrar a solução, que poderia passar pelo internamento da pessoa em causa, se as entidades creditadas comprovassem qualquer patologia de foro psíquico, ou pela intervenção do poder judicial, caso ficasse provada a infracção do regulamento do Bairro. Os queixosos alegam que, passado um ano, a moradora mantém a sua residência e o comportamento pelo que, desta vez, marcaram a sessão com insultos (“a Junta anda-nos a enganar”; “não são homens nenhuns”) e ameaças (“isto vai acabar com mortes” e “os senhores da Junta não se vão ficar a rir”). Sá Machado recusou responder, o que provocou a ira dos moradores.

Valeu a intervenção dos eleitos, que criaram uma barreira para impedir que os moradores passassem para a mesa onde se encontravam os membros da Junta. No final do encontro, ao RL, Sá Machado confessou a impotência da Junta na resolução da situação. “Já procurámos resolver a questão, ao contrário do que nos acusam. Tentámos colocar a senhora numa instituição mas não conseguimos. Tenho tentado tudo para que a senhora não insulte ninguém. Juridicamente foi-nos dito não haver condições para a Junta avançar com o despejo. Só se pode resolver se a senhora em causa for considerada demente. Qual é a legitimidade que tenho para expulsar a senhora? Isso obrigava a Junta a tomar parte de uns em detrimento de outros. A senhora diz que não muda de lugar. Não assisto com prazer a tudo isto”, disse o autarca.

O encontro foi ainda marcado pela indignação da Junta de Freguesia face à construção de um m u ro n u m a p ro p r i e d a d e privada situada junto à estrada que liga Giestais à To r r e , q u e i m p e d e o acesso ao rio. O assunto f o i t ra z i d o a d e b a t e p e l o eleito Carlos Rego, do PS. “O proprietário tem dir e i t o a v e d a r a p ro p r i e dade, não tem direito a impedir o acesso ao rio”, disse. Sá Machado lembrou que a Junta pediu à Câmara , e m 1 0 d e S e t e m b ro , p a ra embargar a obra , e que denunciou o caso ao Instituto Hidráulico e à GNR de Barcelos. “Ning u é m f e z n a d a e o m u ro foi construído. Como é possível que as pessoas construam uma muralha e façam de conta que o rio é delas?”, questionou Sá Machado. A n d r é Fe r n a n d e s ( P S D PP) questionou a Junta s o b r e o p ro t o co l o co m o A g r u p a m e n t o d e e s co l a s que prevê que a Junta s u p o r t e o s c u s t o s co m a s fo t o c ó p i a s d o s a l u n o s d o C e n t ro E s co l a r. S e g u n d o o e l e i t o , o C e n t ro E s co l a r tem solicitado aos pais uma resma de folhas. Sá Machado disse não estar alheio à situação e g a ra n t i u i r q u e s t i o n a r o s responsáveis da escola , porque “não faz sentido que esteja a pedir o papel aos pais”.

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LOCALIDADES


14 SETEMBRO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

LOCALIDADES

Localidades

JOANE | ATLETA DE OURO NA SUÍÇA O atleta joanense Narciso Oliveira conquistou mais uma medalha de ouro na Suíça, país onde está emigrado. O título foi conquistado no passado dia 22 na meia maratona dos campeonatos suíços. Narciso Oliveira repete desta forma o título de campeão suíço em atletismo.

ronfe• assembleia de freguesia

Junta incorre em multa que pode chegar aos 70 mil euros por causa de descargas ilegais de lixos

Luís Pereira

A

Junta de Freguesia de Ronfe incorre numa multa da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) que pode oscilar entre 38 mil euros e um máximo de 70 mil euros. Em causa estão despejos ilegais de detritos a céu aberto no lugar da Cerquinha. A notificação resulta de uma denúncia anónima feita à GNR e foi dada a

conhecer no dia 30, pelo presidente da autarquia, António Sousa, no decorrer da Assembleia de Freguesia. “A notificação colocou a Junta em absoluto estado de alerta. O valor mínimo da multa é equivalente ao que recebemos da Câmara num ano e condicionará o dia-a-dia da Junta”, disse António Sousa. Já tem barbas a questão da descarga a céu aberto de resíduos resultantes da limpeza das ruas da vila. O presidente da Junta admite que têm sido feitas des-

cargas na Cerquinha por falta de alternativas “para despejar o lixo das ruas”, uma dificuldade que “não é de hoje e tem sido exposta à Câmara Municipal, que nos ignora mas que agora terá que nos ajudar”. Insatisfeito com as explicações, Luís Gonçalves, do PS, lamentou “o papel de coitadinho” do autarca, tanto mais que “a Junta sempre soube que não podia fazer os despejos”. “Uma coisa é deitar matéria orgânica, outra é deitar plásticos e latas. Quem

ignorou os nossos avisos foi a Junta porque alertámos várias vezes para o assunto” atirou. António Sousa argumentou que apenas o lixo orgânico é despejado na Cerquinha, reconhecendo que acabam sempre por ir alguns plásticos e latas. O PSD, através de Paulo Machado, questionou o PS sobre soluções para o despejo do lixo, tendo Luís Gonçalves apontado “alternativas legais”, como ecopontos centrais: “Se a Junta não tem transporte específico, peça-o à Câmara de Guimarães”. António Sousa argumentou que a Câmara tem “ignorado os pedidos da Junta sobre o assunto” e colocou a hipótese de deixar de limpar as bermas. “Se desta vez a Câmara nada fizer, não nos resta outra alternativa se não acabar com as limpezas das ruas”, ameaçou o presidente, sem deixar de lamentar o carácter anónimo da denúncia. “Gostava que quem nos acusou apontasse soluções ou usasse de influência na Câmara para resolver o assunto. Não fica bem fazer uma denúncia destas sabendo que iria prejudicar gravemente a freguesia”. Em jeito de remate, o tesoureiro do Executivo, Armando Oliveira lem-

brou que a notificação da CCDRN alude a lixo orgânico e dois copos de velas encontrados durante a inspecção no local. O Presidente da AF, Henrique Barros, não incluiu a agregação de freguesias na ordem de trabalhos, como pedia a Câmara Municipal, mas o tema era quente demais para passar ao lado de António Sousa e da bancada do PSD, sobretudo depois das declarações de autarcas do mesmo partido, em Vermil, sobre a hipótese da agregação das duas localidades. “Nunca fizemos finca-pé com a questão. Ronfe fica como está e fica bem”, disse Sousa. No encontro foi ainda criticada a ausência prolongada do eleito António Gonçalves, número um do PS em 2009. Há dois anos que este advogado não assume o lugar, alegando razões profissionais. Henrique Barros assegurou que em próximas sessões, “a bem do prestígio da Assembleia”, poderá não aceitar mais justificações destas. Curiosamente, Luís Gonçalves, do PS, corroborou esta posição. “Apesar de estar dentro da lei, o presidente da mesa devia instigar sobre o assunto”, comentou.

pousada • assembleia de freguesia

Adiada pavimentação da Rua Manuel Carvalho Não será este ano que será alargada a Rua Manuel Ca rvalho em Pousada de Saramagos. Ao contrário do que pre via o orçamen to da Junta de Freguesia , a dotação de sete mil eu ros para a obra re velou-se insuf iciente para a enver gadura da intervenção, e a nova lei dos compromis sos impede que seja executada sem a garantia de toda a verba necessária . A informação foi dada pelo presidente da Junta , António Sousa , quando justif icava a alteração or -

çamental votada no pas sado sábad o, dia 29, em Assembleia de Freguesia . “A Câmara de Famalicão ofereceu 15 0 toneladas de alcatrão que, juntamente com os sete mil euros da rão para fazer a obra mas na Avenida da Tapada , pre vista em 2011, em de trimento d a intervenção na Rua Manuel Carvalho”, sustentou o autarca . A alteraçã o orçamental foi aprovad a pela maioria PSD e com os votos contra dos dois eleitos do PS. O presidente da Junta re -

este ano, a junta de pousada decidiu assinalar o Dia da Freguesia em simultâneo com a Feira Social, iniciativa da Comissão Social Inter-Freguesias

velou ainda que este ano o Dia da Freguesia será rea lizado em simultâneo com a Feira Social, iniciativa da Comissão Social Inter-Freguesias (actualmente com presidência de Pousada). Este ano será pedida à po pulação a entrega de um bem alimentar aquando da visita à Feira Social. Uma forma de poupar dinheiro, justif icou Sousa : “U ma vez que a Feira So cial decorre a 20 e 21 de Outubro, aproveitamos e juntamos o Dia da Fregue sia”, explicou.

As iniciativas decorrem no largo da Junta , com par ticipação de associações da CSIF, fanfarras dos escuteiros, folclore e uma prova de atletismo organizada em parceria com a ARPO. A terminar o encontro, António Sousa manifes tou satisfação pelo facto de nenhuma das três propostas sobre agregação de freguesias, votadas em Assembleia Municipal de Famalicão (no dia um de Outubro), contemplar a agregação de Pousada .


REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2012 • 15

LOCALIDADES

AIRÃO S. JOÃO | apresentação do fórum O Fórum de Airão apresentou-se aos sócios, no dia 29 de Setembro , num jogo com o Polvoreira, que a equipa de S. João ganhou (3 -1). O Fórum está inscrito na II Divisão da Associação de Futebol Popular de Guimarães. A primeira jornada é no dia 20 de Outubro, em casa, pelas 16: 00 horas, contra o Aldão.

freguesias • AGREGAÇÂO

Autarcas esperam “milagre” da queda do Governo para travar fusão de freguesias

“A agregação é um autêntico disparate”. O desabafo de um presidente de Junta do PS espelha bem o estado de espírito com que, mesmo entre o partido da maio ri a no concelho de Guimarães, é encarada a reforma administra tiva que prevê a agregação de freguesias. A proposta da Câmara de Guimarães já foi dada a conhecer aos autarcas do PS, aprovada em sede de Executivo e será agora sujeita à Assembleia Municipal, prevendo-se discussão acalorada. Criticada pelo PSD e pelo seu parceiro de coligação, o CDS-PP, a proposta reduz de 69 para 48

nenhuma das cinco freguesias do concelho de Famalicão abrangidas pelo RL , será agregada ou extinta. A proposta que a Assembleia Municipal de Famalicão vai remeter para Lisboa prevê apenas a extinção da uma das 49 freguesias actuais

Criticada pelo PSD e pelo seu parceiro de coligação, o CDS-PP, a proposta da Câmara Municipal reduz de 69 para 48 o número de freguesias no concelho de guimarães, através da agregação

em sentido contrário, incluindo os seis presidentes de Junta do concelho, entre os quais Sá Machado, de Joane. O Bloco de Esquerda e a CDU tinham também propostas que passavam, em ambos os casos, por não extinguir qualquer freguesia. Com o argumento de que a primeira proposta a ser aprovada foi a da maioria, a Mesa da Assembleia recusou votar as propostas das duas forças de esquerda. O PS Famalicão recusou, desde o início do processo, participar na elaboração de qualquer proposta. De resto, já tinha recusado integrar a Comissão criada pela Assembleia Municipal, que se revelou inconsequente, ao concluir não ter legitimidade para propor qualquer agregação de freguesias.

o número de freguesias, através da agregação. O principal partido da oposição preferia a criação de pequenos municípios, com a “aglutinação”, por parte das Vilas, das freguesias vizinhas mais pequenas. O caminho da Câmara foi noutro sentido, tendo a proposta merecido já elogios por parte do secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa. Depois da aprovação do novo “mapa de freguesias”, surgirá um novo problema, que promete agitação: a indicação dos candi datos nas novas “freguesias”. As movimentações, embora mais de bastidores, já começaram.

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Até 15 de Out u b ro , a s A s s e m b l e i a s d e Fa m a l i c ã o e G u i m a rães (tal como t o d a s a s o u t ra s ) terão que remeter ao Governo o novo “desenho ” a d m i n i s t ra t i vo das suas fregue s i a s . No caso de Gu i m a rã e s , a p ro posta aprovada j á p e l a m a i o r i a PS na Câmara , baixa na próxima segunda , dia oito, à Assembleia Municipal. O d o c u m e n t o r e d u z para 48 as actuais 69 freguesias do concelho. Ve r m i l , A i r ã o S . J o ã o e A i r ã o Santa Maria passam a constituir uma nova “ freg u e s i a ” ; O l e i ro s funde-se com L e i t õ e s e F i g u e i redo. A vila de Ronfe ficará como está. Em Famalicão, a “ m ex i d a ” p roposta pelos eleitos do PSD-CDS/ PP é mínima : d a s 4 9 f r e g u e s i a s , propõe apenas a fusão de Seide S. Paio e Seide S . M i g u e l n u m a única freguesia - S e i d e . O r e s t o f ica tudo como e s t á . Os autarcas qu e c r i t i c a m s e veramente esta re fo r m a a d m i n i s trativa esperam “um milagre” - a queda do actual Governo - para que a lei, considerada desnecessária p e l a m a i o r i a d o s presidentes de Junta , não vá em frente. Por outro lado , e co m o 2 0 1 3 é já ao virar da e s q u i n a , co l o c a se um novo problema : escolher os candidatos para as novas “ freguesias” saí d a s d a r e fo r m a .

Pe l o m e n o s p o r a g o r a , n e n h u m a das cinco freguesias do concelho de Famalicão abrangidas pelo RL, serão agregadas ou extintas. A proposta que a Assembleia Municipal de Famalicão vai remeter para Lisboa prevê apenas a extinção da uma das 49 freguesias actuais (a fusão de Seide S. Paio e Seide S. Miguel, ficando uma única freguesia, Seide). São muitas as dúvidas da aceitação da proposta famalicense por parte da comissão que avaliará as propostas na Assembleia da República. A proposta da coligação PSD/PP foi votada na passada segunda-feira, dia dois de Outubro, na sessão da Assembleia Municipal, tendo sido aprovada apenas pelos votos da maioria. Todos os partidos da oposição votaram


16 SETEMBRO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

“SÃO REALMENTE LOUCOS” “Os defensores da agregação de freguesas são realmente loucos. A agregação não vai diminuir a despesa do Estado. Vai, isso sim, aumentá-la”

OPINIÃO opinião

MESQUITA MACHADO, PRESIDENTE DA CÂMARA DE BRAGA , JN

Quintino Ferreira Pinto Jurista - Joane

Ingratos, ignorantes, idiotas, indigentes. São estes, à vez ou em uníssono, os mimos que o nosso Primeiro mais os respetivos acólitos têm vindo a dispensar à Nação. Primeiro em surdina e agora, conforme se viu lá da parte do Borges às escancaras. Quando o Primeiro instou a plebe a emigrar e a não ser piegas, a malta ficou em pulgas. Depois o homem (lá o tal Primeiro) mais um Moedas chamaram à plebe inculta, ingrata e outros mimos que tais por não ter percebido o alcance da mexida na TSU. Quer dizer, eu acho que a plebe tinha desconfiado que aquilo era para a

mandar baixar as calças … o resto não escrevo por respeito aos leitores mas, afinal, não. Segundo aqueles ilustres timoneiros da Nação, o baixar de calças visava apenas realizar uma colonoscopia para aquilatar da ausência de qualquer mal ruim nas partes alvo do exame. Que a Nação, essa gentalha não tenha percebido isso e tenha vindo para a rua berrar que a queriam (a ela, a Nação) sodomizar é a evidência da incultura desta fraca gente que não merece tão ilustre governança. E, assim, num ápice se descobriu também o móbil para a sanha da governança contra as novas oportu-

nidades. Se o povo não aprende, mesmo em ciclo de formação apressada, acabe-se com essa coisa! Bom, mas regressando às aflições de alma do nosso Primeiro e dos acólitos … depois do láparo (para quem não sabe, é o mesmo que coelho) e do mealheiro (o tal Moedas, que é secretário de Estado) foi a vez do fivelas do Borges mandar o seu palpite sobre a TSU. O homem, que foi até aos algarves para participar numa jornada daquelas em que a Nação se entretém, disse, preto no branco (eu tenho para mim que, mais que preto no branco, foi mas é em “Black & White”!) que os empresários que andaram

na praça pública a falar mal da TSU eram uns IGNORANTES! Ignorantes, disse ele tendo ainda asseverado que no exame da faculdade do Borges chumbavam todos. Isto dito, não sei se repararam que o tipo chamou IGNORANTES aos empresários e o seminário em que ele disse tinha uma audiência formada (quase só) por ignorantes, perdão, empresários. E viram que ninguém saiu da sala? Ninguém se levantou e pregou sonora bofetada ao Borges? Como não deve ser por falta de tomates dos nossos ignorantes, perdão, empresários, só pode ter sido por boa educação! Ou então os nossos igno-

rantes, perdão, empresários devem ter achado que a piada de chumbar na faculdade era para o Relvas das equivalências que também lá estava. Só pode. Eu, que sou um má-língua do diabo, andei a matutar no assunto e descobri que o Borges tem razão. Se eu vos disser que aquela luminária já constou da folha salarial da Petrogal, Vista Alegre, Cimpor, Sonae e Jerónimo Martins, em Portugal, e do Citibank, BNP Paribas e Goldman Sachs lá por fora, não acham que ele tem razão? Sim, porque só um IGNORANTE contrata um tipo do calibre do Borges! Tenho dito.

Política de verdade

Pedro Monteiro

Membro da Junta Freguesia de Airão S. João. Estudante de Ciência Política na UM

Dizem que vivemos numa “democracia pluralista”, com eleições livres e imparciais para os órgãos políticos, dando primazia à liberdade individual e igualdade de oportunidades. Mas será sempre assim? Essa igualdade não se verifica em todas as autarquias. Digo-o porque os nossos agentes políticos, não generalizando, tendem em discriminar consoante as ideologias políticas, a deturpar o que deveria ser a imparcialidade. Estas situações acontecem de certo modo ao nível local, propagando-se ao nível municipal e nacional, tendo nós cidadãos o dever de nos opormos, fazendo-nos ouvir e, acima de tudo, temos de nos sentir respeitados, sendo necessário para isso par-

Ingratos!

ticipar activamente na esfera política. Tal como dizia John Kennedy: “o conformismo é o carcereiro da liberdade, o inimigo do crescimento”. O direito ao voto permitenos escolher os nossos representantes e participar no processo político, mas não nos podemos ficar só por aqui. Sou um defensor da democracia participativa, da intervenção do cidadão na actividade política, fazendo-se ouvir, manifestando a sua opinião, sendo a opinião pública um pressuposto da democracia e porque “o poder político pertence ao povo e exercido nos termos da Constituição” (Art. 108.º da Constituição Portuguesa). Neste momento deve estar a perguntar-se se valerá a pena participar na acti-

O direito ao voto permite-nos escolher os nossos representantes e participar no processo político, mas não nos podemos ficar só por aqui. Sou um defensor da democracia participativa , da intervenção do cidadão na actividade política (...) porque o poder político pertence ao povo e exercido nos termos da constituição. vidade política, dado que temos vários exemplos de políticas medíocres, quer ao nível local ou nacional. Eu mesmo interpelo-me muitas vezes sobre isso, mas temos responsabilidades, daí devermos dar a cara. Já os partidos políticos, quer os que estão no po-

der, como os que estão na oposição, são os verdadeiros causadores de uma política do “deixa andar”, estando na política não por gosto, mas porque de certa forma lhes dará algum jeito, ao invés de darem prioridade à eclosão de laços de solidariedade social e de participação

que extravasam os interesses individuais. Os partidos políticos, de certa forma, estão fechados a quem realmente quer fazer política, sabe fazer política, ou até mesmo a quem quer tentar fazer boa política. O que acontece em alguns casos é que os partidos esquecem-se que estão a representar os cidadãos, são os responsáveis pela gestão dos assuntos públicos de uma dada população, tendo em conta o principio da subsidiariedade, da tomada de decisões próximos da população. As nossas terras não podem ser conduzidas por aqueles que não respeitam um todo por igual, mas sim por aqueles que procuram a unidade, a cidadania, e acima de tudo a confraternidade.


REPÓRTER LOCAL • SETEMBRO DE 2012 • 17

NEO-LIBERAL OU SOCIALISTA? “Apesar de haver quem goste de chamar neo-liberal a este Governo, a mim cheira-me a socialismo: decreta-se rico quem ganha mais de 700 euros e depois vai-se buscar o dinheiro aos ricos. Onde é que eu já vi demagogia desta?”. HENRIQUE MONTEIRO, EXPRESSO

OPINIÃO

Luís Santos

Membro da Junta de Freguesia de Joane (PS)

Momentos complicados se vivem no nosso país com o crescente número de pessoas descontentes com a política económica e social do Governo. Estamos num período cada vez mais insustentável. A situação caótica não é apenas em Portugal, já o é há muito tempo na Grécia e agora com mais intensidade em Espanha. Os recentes acontecimentos em Madrid não nos deixam indiferentes. Falta saber qual será o próximo país a entrar em colapso e a ver manifestações nas ruas, de um povo em estado de

revolta e aflito com o rumo da vida. Em Espanha as manifestações não são tão pacíficas quanto as que se realizaram em Portugal. As nossas manifestações foram em muitas cidades e, em qualquer uma delas, em número muito maior que as que se realizaram nos últimos dias em Madrid. Dizem que somos “hermanos”, mas de temperamentos muito diferentes. Os muitos portugueses que demonstraram descontentamento, fizeram-no com uma maturidade política

Um País profundamente triste

Em Espanha, a violência que a polícia desencadeou

sobre os manifestantes, e o aumento progressivo desta, permitiu que esses manifestantes estejam a ser desacreditados perante o poder político e perante os restantes 47 milhões de habitantes. Isto não pode acontecer. A rua não pode ser condenada por uma luta de defesa dos cidadãos que estão a ser encurralados pelos políticos e implementadas pelo uso da força das polícias. São inaceitáveis as declarações de Mariano Rajoy (presidente do Governo espanhol), descritas no jornal “El País”, onde fe-

licita todos os espanhóis que não se manifestaram nas ruas e condena os que o fizeram. Basicamente está a reconhecer que os milhões de espanhóis que decidiram ficar em casa e não se manifestaram são os que contribuem para que a Espanha saia da crise. E que aqueles que invadiram as ruas são os seus causadores. Acredito sim, que em pouco tempo os milhares que se manifestaram serão milhões. Um povo que se encontra no limite da austeridade. Lá com cá.

assinou quando lhe foi atribuída a habitação, se tal situação se verificasse esta perderia o direito à casa. Nessa mesma assembleia questionei o presidente da Junta sobre o que estava a ser feito. A resposta foi que o processo estava entregue ao tribunal. Solicitei o número do processo, ficou de me entregar uma semana depois; passada essa semana o discurso mudou e foi-me dito que afinal o

processo estava entregue ao advogado da Junta e que iria marcar uma reunião para ele me explicar exactamente o que estava a ser feito (...) Quando questionei o advogado este disse que não sabia de nada. Passados cinco meses chegou a hora de mais uma Assembleia. Os moradores marcaram presença e questionaram o Presidente sobre as mentiras e brincadeiras que este, juntamente com o Dr. António Oliveira,

têm feito depois de terem afirmado várias vezes que sabiam que a senhora (moradora) sofria de problemas psiquiátricos. Foi então que o Sr. Sá Machado se recusou a responder. A Junta está entregue a alguém que gere a freguesia em prol de interesses pessoais e que se prepara para passar para as mãos de alguém que já mostrou saber bem como continuar a brincar com a população de Joane.

impressionante e capaz de “meter medo” porque não existiu nada que se pudesse apontar contra as manifestações, a ponto de direitas e esquerdas se terem unido contra uma política macabra do Governo de Passos e Gaspar. A lembrar José Saramago, na obra “Ensaio Sobre a Lucidez”. O Governo recuou na TSU (ainda que tente por outros estratagemas retirar do nosso bolso o que conquistamos com trabalho e esforço).

CARTAS À REDACÇÃO C A R L O S C O S TA Joane A população de Joane deve estar muito preocupada com o rumo que a Junta está a dar aos problemas da freguesia (...) Desta vez foi em plena Assembleia de Freguesia que o “ainda” presidente de Junta, Sá Machado, depois dos populares presentes colocarem as suas questões, este com uma atitude de cobardia e com risos irónicos limitou-se a recusar

responder. Na Assembleia do dia 30 de Abril estive presente com mais duas dezenas de moradores das ruas de Celorico, Francisco Simões, Senhor dos Passos e outras, que queriam saber o que estava a ser feito por parte da Junta para resolver o problema de uma inquilina que vive no Bairro Francisco Simões e que está constantemente a provocar os seus vizinhos. Segundo o regulamento que a mesma

Os Impostos a aumentar Os salários a descer O desemprego a galopar Os ânimos a ferver

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18 SETEMBRO DE 2012 • REPÓRTER LOCAL

futebol • NACIONAL III DIVIsÃO

Ronfe soma e segue: três jogos, três vitórias

ATLETISMO • AQUISIÇÕES

Cláudia Pereira deixa o Braga para representar a AMVE A atleta joanense Cláu dia Pereira vai passar a representar a Asso ciação Moinho de Ver moim ( AMVE) depois de ter representado o SC Braga durante vários anos. Cláudia Pereira é uma atleta de referência no atletismo fama license, somando vá rios títulos individuais e colectivos, tendo já representado Portugal em provas internacionais. No leque das aquisições da AMVE para a presen te época está também José Aze vedo (4º. lugar na prova Famalicão-Joane); Luísa Oliveira (ex-Nossa Senhora do Desterro); Rui Silva (ex-Fornos); António Silva (ex-S. Salvador do Campo); Vítor Ga lhardo (ex-Codessos) e Rui Silva (ex-Casa do Ben f ica de Paredes).

Luís Pereira

A

inesperada participação do Desportivo de Ronfe no Campeonato Nacional de Futebol da III Divisão tem sido pautada por um início imaculado. Depois da vitória (1-3) na casa do Merelinense, no dia 30, o Ronfe subiu ao primeiro lugar da classificação, sendo o único clube com três vitórias em três jornadas. Paulinho, Hugo Dias e Lapinha foram os marcadores no jogo contra o Merelinense (foto). Na próxima jornada (dia 7), o Desportivo de Ronfe recebe o Ponte da Barca.

o desportivo de ronfe passo u de participante inesperado a estrela do nacional da iii divisão. sorte diferente tem tido o gd de joane. perdeu com o famalicão e somou o primeiro ponto em vila verde

Sorte diferente tem tido o Grupo Desportivo de Joane. Depois de ter perdido o dérbi concelhio com o Famalicão (1-0), o clube de Barreiros somou, no domingo (dia 30 de Setembro), o primeiro ponto no campeonato Nacional da II Divisão. O empate a uma bola em Vila Verde, no entanto, não foi suficiente para tirar o clube joanense do último lugar da tabela classificativa. A próxima jornada, frente à equipa do Vizela, joga-se no dia sete de Outubro, pelas 15:00 horas, no campo do Barreiros. Para a equipa de Fernando Costa, a vitória é fundamental.

ATLETISMO • POUSADA

Corrida e caminhada solidárias A Associação Recreativa Pousadense ( ARPO) e a Comissão Social Interfreguesias Joane, Moge ge, Pousada e Vermoim, promovem, no dia 21, a corrida e caminhada solidária de Pousada de Saramagos, inserida na Feira Social e no Dia da Freguesia . As ins crições, que de vem ser

feitas na sede da ARPO, na Junta de Pousada ou pelo email arpou sadense-4711@sapo. pt , são gratuitas para os escalões jovens. Para séniores e veteranos, serão aceites mediante a entrega de um bem alimentar que re verterá para a Loja Social de Joane.

ATLETISMO • ESCOLA ROSA OLIVEIRA

Equipa de Joane conquistou 11 pódios A Escola de Atletismo Rosa Oliveira, de Joane, conquistou, no dia 23 de Setembro, onze pódios individuais e cinco colectivos, no VIII Grande Prémio de Atletismo da Associação Cultural e Recreativa de Roriz, em Barcelos. Entre os medalhados esteve Beatriz Fernandes (Benjamins) que obteve o

primeiro lugar - a equipa da Joane acumulou a primeira posição por equipas no mesmo escalão. Maria João e Bruno Sampaio venceram, respectivamente, em Infantis e Iniciados – neste último escalão, Nelson Oliveira ficou em segundo. Os atletas Iniciados trouxeram ainda para Joane

o primeiro prémio por equipas, à semelhança das equipas juvenis (feminina e masculina). Rosa Oliveira venceu a classificação geral e foi a primeira veterana a cortar a meta, seguida das companheiras de equipa Hermínia Pereira e Paula Quintela.

A equipa de andebol da Associação Cultural de Vermoim visitou, no dia 29 de Setembro, a instituição “Mundos de Vida”. A iniciativa te ve um carácter solidário e pedagógico e permitiu a partilha de brinquedos e outros bens que os jovens da ACV já não usam.




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