Guia Prosperidade pelo Turismo

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Expediente

Autoria Jacó Gimennes Organização Wanda Pille Revisão Patricia Schiavoni Diagramação Daniele Correia Colaboração Especial Sicoob Unicoob

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Capítulo I Percepção do Tesouro Capítulo II Políticas Públicas & Gestão Capítulo III Eventos na Natureza Capítulo IV Cidades Temáticas Capítulo V Produtores de Turismo Capítulo VI Soluções na Comunidade Capítulo VII Regionalização & Segmentação Capítulo VIII Soluções em Rede

Jacó Gimennes 68 anos, Fundador da RETUR, Presidente da Paraná Turismo (2015-2018), Conselheiro da UEM Universidade Estadual de Maringá e Coordenador do Instituto Prosperare.


Painel da Casa da Cultura de Assaí - PR

Apresentação Acredito

na construção da Prosperidade

do Instituto Prosperare, vejo na crise traumá-

pelo Turismo, usando a metodologia do fa-

tica e destruidora da pandemia do COVID19, o

zejamento há mais de três décadas, aliando

cenário ímpar de fazermos esforços solidários

Cultura, Desenvolvimento e Negócios. Pude

pela COVIDA - afinal nossas vidas mudaram, mu-

conhecer todo o Paraná, seja como Professor

dam e mudarão, cabendo a nós a intervenção

Universitário, como Gestor do Projeto Estadu-

com o melhor para a nova chance que teremos.

al de Educação para Ciência, como Instrutor

Para onde ir e como mitigar, administrar ou tirar

de Turismo Rural do SENAR, como Consultor

proveito da mudança? Não podemos simples-

da RETUR ou como Presidente da Paraná

mente aceitar as perdas e o empobrecimento

Turismo. Aprendi muito e sinto que se quiser-

como destino, mas devemos encarar como

mos efetivamente mudanças, não podere-

oportunidade de quebrar paradigmas, criando

mos continuar a cometer os mesmos erros.

fontes de riquezas solidárias. Às vezes no muni-

Precisamos querer e fazer! Como idealizador

cípio tem tudo, mas não tem tudo junto, assim


ter sabedoria para JUNTAR o que se tem é o ca-

Ah, este meu termo, explicando, resume o jeito

minho para mudar realidades, nisso se encaixa

de agir integrado “pensar fazendo e fazer pen-

o DNA do fenômeno do Turismo. Nesse sentido,

sando”. Uma postura de instinto por soluções

este GUIA se propõe a orientar as pessoas inte-

ao invés de abrir mão sem lutar. Nessa perspec-

ressadas na valorização do Turismo nesta elei-

tiva, o Instituto Prosperare e a RETUR - Rede

ção municipal, habilitando-as a desenvolverem

de Turismo Regional – socializam experiências

propostas e propósitos como cidadãos Agentes

que geraram aprendizados e buscam contribuir

de Desenvolvimento pelo Turismo. Em 2021, os

com mudanças comportamentais, instigando

futuros eleitos e reeleitos como prefeitos, vices

a cultura de práticas empreendedoras em De-

prefeitos e vereadores, na condição de Agentes

senvolvimento Local pelo Turismo com um olhar

Públicos, terão um novo cenário, no qual será

regionalizado. E para provocar afirmo: não exis-

inadmissível assumirem sem uma Agenda de

te município excluído nas possibilidades pelo

Superação de Problemas e precisarão rom-

Turismo, o que falta é visão com compromisso,

per com a mesmice condenada de gestores

inteligência, estratégias e práticas, formando e

despreparados, como vem sendo a tônica em

empoderando Produtores de Turismo. Direcio-

parte significativa das últimas administrações.

nando para o receptivo ou apoio em corredores

O desafio que nos move nesta publicação visa

rodoviários na oferta de produtos associados ao

inspirar Agentes Públicos, incentivar Empre-

Turismo ou prestando serviços em empreendi-

endedores e engajar Organizações da Socie-

mentos de hospedagem, alimentação, transpor-

dade Civil, como estratégias do Fazejamento.

tes, entretenimento, eventos, compras e outros.

“Às vezes no município tem tudo, mas não tem tudo junto, assim ter sabedoria para JUNTAR o que se tem é o caminho para mudar realidades, nisso se encaixa o DNA do fenômeno do Turismo”

Jacó Gimennes


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Guia de Vivências & Propósitos

Antônio Azevedo – Presidente da ABAV-PR

Capítulo I

Percepção do Tesouro

Precisamos ir além da ideia de ter ou NÃO ter cachoeiras ou belezas naturais. É muito comum, ao se conversar com Agente Público (Prefeito, Vice-Prefeito ou Vereador), ouvir que seu município tem cachoeiras e assim poderá ser turístico, ou ao contrário, por não ter cachoeiras não será turístico. É importante lembrar que: primeiro, ter cachoeiras ou belezas naturais não é o suficiente e segundo, existem outras formas de “cachoeiras” que eu chamo de “cachoeiras culturais”. Explicando: as cachoeiras físicas são resultantes de cursos d’água em desníveis de terrenos, devido às suas topografias que causam magia pelas corredeiras e saltos das águas, criando belezas e atraindo pelo espetáculo das quedas,


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Guia de Vivências & Propósitos

propiciando a interação das pessoas com estes tesouros da natureza. Mas mostro aqui o fruto de pensamentos jacobianos que criou o conceito de “cachoeiras culturais”, nas quais a ação da natureza é complementada pela ação dos homens e mulheres que fazem de seu conhecimento, vivência e inteligência, produtos chamativos para o deslocamento de pessoas a outros municípios, para consumirem gastronomia, artes e outros serviços que geram valor ao local e assim movimentam a economia, com dinheiro novo e,o mais importante, vindo de fora. Vejamos um exemplo: Se estou em Joinville-SC, que tal fazer das indústrias a marca do Turismo Industrial? Das igrejas, o Turismo da Fé em Prudentópolis-PR? Do vestuário, o Turismo de Compras de Cianorte-PR? Do vinho, o Enoturismo em Mariópolis-PR? E assim por diante... Mas para entender melhor como garimpar e caçar possibilidades, pesquise o que possa despertar o interesse usando a imaginação: • Nome do Município e elementos da letra do Hino Municipal; • História e estórias do surgimento do Município; • Lendas e Curiosidades; • Costumes, Tradições, Crenças e Crendices.

Identificar o que o município tem de diferente e/ou único, que com certeza pode ter valor. Ninguém quer o mesmo, o interesse está no singular. Perceber o Tesouro na diferenciação, agrega valor cultural ao econômico, impulsionando a geração de renda e trabalho. E por aí vai... valor e agregar trabalho, poderá produzir bens e serviços para o Turismo. Assim, precisamos caminhar nas Trilhas da Imaginação, a cada passo vai clareando o horizonte criativo. Desse modo, saia do lugar, enfrente o desconhecido e verá fluir! Devemos potencializar o que o município tem e faz de singular, de único e de valor, que seja capaz de despertar pessoas de outros lugares.


/ 07 As festas, como acontecem?

Guia de Vivências & Propósitos

Se tiver só gente do lugar, o dinheiro apenas troca de bolso. As festas precisam atrair gente de “outras paróquias”, aí sim, será dinheiro novo e o fenômeno desta transferência de poupança tem nome, chama-se fato turístico – ou seja, Economia Nova pelo Turismo. Mas atenção, chega de a prefeitura pagar as festas, cabe a ela o novo papel de usar a representatividade de seus Agentes , precisa dar o suporte, o selo de seriedade e incentivar as lideranças da Sociedade Organizada e Empresariado para assumirem a gestão das possíveis iniciativas e sempre zelando por um calendário de eventos. E o que pode ser feito de maneira mais prática e direta? Que cada um se lembre por onde viajou, o que viu, o que consumiu e o que não esqueceu. Que preste atenção ao que está sendo veiculado nos meios de comunicação: TV, Rádio, Jornal, Mídias Sociais, sobre o que está sendo capaz de atrair pessoas a irem ao encontro do destino identificado. E vá pensando em como trabalhar a inspiração para sua terra fazer ainda melhor! A agricultura familiar está presente na maior parte dos municípios, a agroindústria familiar é uma área promissora. A título de ilustração, no município de Verê, no Sudoeste do Paraná, toda a merenda escolar é feita com Produtos Orgânicos, um excelente exemplo a ser seguido. E se for direcionado com pensamento estratégico poder-se-á, com a matéria prima do lugar, fazer uma revolução turística, explorando o processo culinária-gastronomia diferenciada e, ainda mais, com os temperos culturais da

O campo produzindo, com pessoas empreendedoras e atentas ao mercado, teremos no Turismo fonte de consumo e de vitrine de vendas. Em resumo, o Campo produz e o Turismo vende. Essa frase é de minha autoria, criada

Capítulo I

sua gente.


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quando palestrava em Curitiba na última Feira do Empreendedor realizada pelo SEBRAE. A área de produção de bebidas é também um grande recurso para o Turismo com: vinícolas, alambiques e cervejarias artesanais. O consumo e a visitação interessam cada vez mais aos turistas que gradualmente priorizam o vivenciar. Ainda mais quando combinados com a oferta de outros produtos artesanais como queijos, defumados e embutidos, conservas e outros. Lembrando que a culinária, que é a “arte de preparar alimentos”, pode inspirar projetos com pessoas “engravidadas” no empreendedorismo, a conquista do status da Gastronomia, que é a “arte de saborear alimentos” e o estágio top da cadeia de alimentos, com a oferta de produtos turísticos na mesa. Imagine a agregação de valor que podemos ter com um frango caipira, da fase vivo até chegar carneado, limpo e preparado, levado à mesa, como uma porção ou prato, para refeição do turista. E se ainda houver o tempero cultural, valerá ainda mais na condição de prato gastronômico típico ou tradicional de um lugar. Devemos aprender com o país vizinho Peru, que mudou a sua história no Turismo, ganhando competitividade com a criação da Associação Peruana da Gastronomia, a qual revolucionou a oferta da alimentação, agregando cultura com interesse turístico. Esse exemplo peruano resgatou e promoveu o orgulho desse povo, tal qual era o significado do futebol para nós brasileiros anos atrás. Quero aqui resgatar uma boa lembrança, pois fui o idealizador do processo de surgimento do Roteiro Gastronômico Coração do Paraná, que foi desenvolvido na Microrregião 12, conhecida como COMCAM - Comunidade dos Municípios da região de Campo Mourão. Fazem parte desse roteiro os 25


/ 09 municípios e todos eles criaram os seus pratos oficiais, explorando aspectos da tipicidade deles.

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Tudo começou quando, na década de 90, ocupando o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão, tive a ideia iluminada pela necessidade de descobrir caminhos e assim fazer do Prato Típico “Carneiro no Buraco” a locomotiva gastronômica, e, assim, inspirando e incentivando os demais municípios a terem seus próprios pratos. Na caminhada desta regionalização gastronômica, com a ideia de cada município ter seu Prato Típico, fui chamado de louco pelos incomodados que não queriam sair da zona de conforto, mas o tempo mostrou meu acerto, passei a ser chamado de Profeta e ganhei mais respeito. Assim, nunca deixe os outros te imobilizarem. Tenha confiança e dê continuidade, que sairá vencedor, quebrando o marasmo, e com o que vier, ficará no lucro! A identidade local/regional ganhou força na região de Campo Mourão e a Gastronomia Regional passou a ser o lastro da regionalidade. Atualmente, as festas, em cada município, precisam limitar o número de convites, diante da grande procura e limitação com a disponibilidade de lugares nos espaços de eventos. Nesses 25 municípios, esses acontecimentos reúnem o maior número das forças políticas, empresariais e da sociedade regional. O conhecimento adquirido pelas equipes que fazem os pratos, ultrapassa fronteiras pela notoriedade, criando um negócio ao serem convidadas para venderem seus serviços, fazendo os pratos em outros municípios. Viu? Nada começa pronto! Tem que perceber e pensar: Por que não? E agir

Estando você “engravidado mentalmente”, vamos em frente?...

Capítulo I

em seguida. Assim, o que foi mentalizado se concretiza!


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Capítulo II

Políticas Públicas & Gestão

Estamos diante de um novo marco divisor da humanidade com a pandemia do COVID19. O mundo, numa onda de transformação, se encaixa na canção de Lulu Santos “Nada do que foi será, de novo do jeito, que já foi um dia”, aí eu completo, “então que seja bem melhor!” Nesta eleição municipal de 2020, precisamos colocar no processo a discussão e proposição de meios para criação de novas fontes de receitas municipais, que possam ser geradas predominantemente com esforços e recursos locais. Nós, que já estávamos com os recursos financeiros próximos à exaustão, agora com o agravamento pela crise gerada com a pandemia do COVID19, teremos de adotar medidas criativas e inadiáveis nos municípios pelo fortalecimento da Economia. Precisaremos ter novos olhares, focando em oportunidades, muitas das quais até agora desperdiçadas, pela não inclusão do Turismo na Agenda Municipal. Dentre as diversas possibilidades, o município pode se preparar a receber turistas e/ou a fornecer produtos associados ao Turismo, ou ainda a prestar apoio logístico nos corredores rodoviários ou, em especial, nos portos fluviais de acesso ao Turismo. O fenômeno do Turismo fundamenta-se num comércio de compra e venda, com a transferência de poupança, na qual as pessoas ganham seu dinheiro num local e vão gastar parte de seus ganhos em outros municípios, consumindo hospedagem, alimentação, transporte, combustíveis, serviços em atividades, compra de produtos associados como, artesanatos, agroindústria familiar e outros “made aqui”. Temos que valorizar a agregação de valor com mais sanidade pública para o bem-estar social. Muito importante relembrar que o turista quer quatro


/ 11 coisas, a saber: comer, visitar, comprar e dormir, sendo que cada um desses quatro campos poderá vir a ser fonte inesgotável de possibilidades

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comerciais, desde que tenhamos pessoas empreendedoras e gestores parceiros pela prosperidade. Então, imaginemos uma equação que, de um lado tem a oferta de atrativos diferenciados, somados a uma gama de serviços com produtos (sonhados, necessários ou desejados), multiplicados pelo fator de turistificação, somado ao Empreendedorismo Turístico que juntos resultarão na Capacidade de Produção Turística.

(Ad+ Sp) Ft + Et = CPTur Dessa forma, aparentemente, produzir Turismo é simples, mas não é, pois o resultado depende do respeito às partes integrantes de um processo dinâmico de geração de riquezas. Que fique claro que esta equação é um recurso imaginativo, para visualizar partes de um todo, e não exatamente como um ente da matemática. Precisamos visualizar e mentalizar para agir. Vamos lembrar uma expressão típica do interior: precisamos “fazer virar doce”!

Capítulo II II Capítulo

Jornalistas da ABRAJET-PR, Claret (in memorian), Militão e Paulo Mosimann


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No Brasil, o Turismo, como Instrumento de Políticas Públicas, foi assumido pelos Governos Federal e Estadual/Paraná Turismo no início da década de 90, com os Programas de Municipalização, e posteriormente, a Regionalização do Turismo. Contudo, muito pouco ganhou corpo, o que se explica, em boa parte, pela descontinuidade dos gestores, por falta de Programas Complementares em Negócios e até por um comportamento que pode ser explicado como de Renúncia às Riquezas pela acomodação – “tá ruim, mas tá bom”. Mas, como a necessidade é a “mãe” da invenção, esse atual quadro de crise em saúde, e na economia, poderá contribuir para que sejamos empurrados da zona de conforto e, assim, explorar no município os recursos antes nem notados, ou pouco, ou até, erroneamente trabalhados. Se você captou nossa intenção, continue lendo este roteiro de mudanças comportamentais. Tais mudanças dependem da ação direta dos municípios e para isso, Agentes Públicos, Empreendedores e Líderes de Organizações da Sociedade precisam fazer algumas viagens presenciais ou virtuais, por lugares que fazem a diferença, mesmo tendo eles os mesmos Governos Federal e Estadual. Ah, pode começar pesquisando de maneira virtual, e uma vez localizando um destino ou uma ação interessante, vá em comissão de trabalho verificar in loco e busque subsídios, com o compromisso de sempre fazer melhor. Para bem gerir o Turismo no município, tudo começa por consultas à Lei Orgânica, ao Plano Diretor e ao Organograma da Estrutura Administrativa Municipal. Um cidadão interessado em ter novas fontes de riquezas para superar o caos gerado pela pandemia do COVID 19, precisa atuar para ver, no Organograma da Prefeitura, o espaço para o OMT - Órgão Municipal do Turismo que, dependendo do porte e vocação municipal, poderá ser de Secretaria, Departamento ou Divisão.


/ 13 É preciso também que se tenha UMA PESSOA RESPONSÁVEL E ESPECÍFICA PARA ASSUNTOS DO TURISMO. E por favor, coloque a pessoa certa,

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uma pessoa ativa, articulada, dinâmica e interessada – chega de usar o Turismo como encosto de apadrinhado político. Se puder nomear um graduado em Turismo, aí sim estará agregando valor!!! Outro passo é constituir, por lei, o Conselho Municipal de Turismo – CMTur, com número ímpar de membros em módulos de 03 e ímpar, podendo ser 9,15 ou 21. Recomenda-se que 2/3 dos conselheiros sejam de pessoas não vinculadas à órgãos públicos (municipais, estaduais ou federais), que sejam da iniciativa privada ou da sociedade civil organizada, e completando o restante de 1/3 com pessoas representativas de órgãos públicos. E se o município já tiver o CMTur constituído, procure saber do histórico, da sua importância, participando das reuniões, e faça dele uma usina de apoio às possíveis iniciativas. O isolamento pode prejudicar a sustentabilidade de qualquer projeto e, para ampliar as chances de êxito, cultive parceiras e nunca aja isolado. Um outro aspecto essencial, é saber em qual das regiões turísticas do Estado o seu município está geograficamente vinculado e qual é a Organização credenciada pelo Ministério do Turismo e Paraná Turismo para atuar como IGR - Instância de Governança Regional, dessa região. Resumindo, um município, para ser trabalhado pelo Turismo, precisa do suporte institucional do tripé: OMT, CMTur e IGR, mas é necessário ir além, rever como o Turismo está sendo tratado na Lei Orgânica, que é na verdade a Constituição Municipal. Estudar a figura de um Distrito Turístico, e quando se aplicar, deve ser contemplado e regulamentado. É imprescindíde beira-rios e beira-lagos com viabilidade turística e sustentabilidade ambiental.

Capítulo II II Capítulo

vel atualizar o Plano Diretor e suprir lacunas com a ocupação sustentável


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Na prática, são fundamentais duas coisas, o Agente Público tem que dedicar tempo (se você quiser avaliar o compromisso de alguém com uma causa, basta levantar quanto tempo é dedicado a ela) e destinar dinheiro (e não venha dizer que não tem, se vire), busque RPPN’s - Reservas Particulares do Patrimônio Natural e reverta parte da receita!!! Se vire “nos trinta”, como diz o apresentador Faustão e não chore, a hora é de vender lenços. Isso feito, procure a IGR e trabalhe para a Prefeitura celebrar um Termo de Cooperação Técnica e Financeira, com isso seu município poderá contar com o suporte técnico e acompanhamento na participação ativa, com a conquista de resultados no Mapa Brasileiro do Turismo. Vamos ao exemplo: Município paranaense de Itaguajé, banhado pelo rio Paranapanema e fronteiriço à São Paulo, integra a região turística Corredores das Águas, que tem como IGR credenciada a RETUR - Rede de Turismo Regional. A qual está dando o suporte para o resgate do tesouro turístico, representado por ter sido a sede da primeira redução jesuítica, em 1610, nominada de Nossa Senhora de Loreto. Agora descubra qual é a IGR que coordena a sua região! Como já mencionado, para administrar o Turismo, precisamos ter o tripé OMT, CMTur e IGR, cabendo ao Prefeito e Equipe, colocarem mãos à obra, iniciando por uma simples folha de papel e nela colocando o que se quer. Depois virão o quando, o como, com quem e quando – passo a passo! Tendo o básico, ampliem a discussão. Pode-se começar por um slogan para comunicar a ideia de marketing do trabalho a ser implementado, por exemplo: Município de Lunardelli – Capital da Fé – Acolhida Campo-Cidade. Tudo o que se vê de sucesso por aí, nasceu do “engravidamento mental” (esta expressão é criação minha, para explicar o comportamento de pessoas em querer fazer acontecer), com o suporte de lideranças da socieda-


/ 15 de e Agentes Públicos, que aos poucos vai ganhando parceiros pelo trabalho, continuando e acaba “virando doce”, assim resultando em oportuni-

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dades de negócios a serem explorados, com visão de renda e de trabalho. A essa maneira de fazer descomplicando, dou nome de Fazejamento do Turismo. Aquela folha de papel inicial, evolui para uma Agenda de Trabalho, com propostas a serem atingidas, entre elas o inventário turístico (relacionando o que se tem) e o calendário de eventos (o que se faz). Pessoas engajadas na prática da turistificação farão além do esperado, dando sentido e mais encanto com valor turístico. Como contra-exemplo: O cantor sertanejo (in memorian) José Rico, quando jovenzinho, teve seu nome artístico dado pelo então Padre Eduardo, que fez alusão a riqueza da voz e a identificação com a cidade de Terra Rica. Infelizmente, quem visita Terra Rica, não escuta falar dessa linda história, ainda mais pelo alcance nacional que conquistou o talento de José Rico. Nem mostram por onde ele viveu, estudou e começou a cantar, ou o que ele adorava fazer. Propus, certa feita, para ele ser o Embaixador de Terra Rica e assim emprestar sua fama para propagar a Capital do Voo Livre (graças as condições diferenciadas dos Três Morrinhos). Ele aceitou, contudo, infelizmente não deram sequência, e as oportunidades se perderam no processo de turistificar para encantar e cativar! Nesse Guia, optamos por começar do zero para poder ir ampliando a base do número de municípios da Pirâmide do Paraná Turístico, mas para quem já tem história turística, siga em frente e tenha foco no Plano Municipal do Turismo e na Lei de Incentivo aos Empreendimentos Turísticos (assim Capítulo II II Capítulo

como é feito para o setor das indústrias).


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Para aumentarmos as chances de êxito, precisamos ter um Prefeito ou uma Prefeita que fale em Turismo em todas as oportunidades, caso contrário ficará tudo mais difícil. As pessoas precisam saber que o Turismo terá valor no dia a dia do mandato municipal, e assim, sentirem-se com segurança e incentivadas. E também buscar palestras, cursos para envolver o maior número de pessoas “engravidadas” pelo Turismo. E se o Padre, o Pastor e outros líderes religiosos puderem ajudar, serão muito bem-vindos, afinal, ninguém faz um lugar ser turístico sozinho. E uma dica: o SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, tem cursos gratuitos de Gestão do Turismo Rural, Gastronomia e Artesanato. Basta procurar o Sindicato Rural Patronal. Você acha que Gramado - RS, um grande sucesso do Turismo Nacional, começou assim grandioso como é hoje? Não, é fruto dos passos dados ao longo do tempo, com o direcionamento de para onde se quer ir. E souberam trilhar quatro importantes passos, a saber: a construção do Hotel, o incentivo ao Artesanato, a escolha e plantio da Hortênsia como Flor- símbolo, e em 2000 com o gênio dos espetáculos Joãozinho 30 virou show. E não param por aí! Na gestão do Turismo, cada setor seja público ou privado, deve ter claro o seu papel. Quem faz o Turismo é a capacidade empreendedora de somar pessoas e empresas, com suporte de organizações setoriais e dos instrumentos da gestão pública. Dessa forma, o relacionamento do Prefeito com essas forças é imprescindível. Aliança é a palavra mágica para se ir em frente, construindo ambientes propícios a parcerias programáticas, nas quais todos ganharão, com certeza. Com o Prefeito engajado ou liderando o processo, caberá ao Secretário, ou


/ 17 Diretor, ou Chefe ou até o Encarregado do Turismo o papel de extensão de atuarem como braços do chefe maior. Mas sem a cabeça com poder, nada

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poderá ser feito pelos “braços”, por mais bem-intencionados que estejam. A formação do sentimento das comunidades pelo Turismo não é algo espontâneo, precisa ser fruto de estratégia. Precisamos sensibilizar, conscientizar e capacitar pessoas como líderes, pois não se pode esperar resultados de alguém que não conhece o fenômeno do Turismo, suas causas e principalmente seus efeitos, que, bem geridos, serão alavancas de renda e trabalho, com muitas transformações pela prosperidade do ganha-ganha. As Universidades e as organizações do Sistema S (SENAR, SESC, SENAC, SESCOOP, SEST, SENAT e SEBRAE) podem ser copromotores e disseminadores do conhecimento e reposicionamento no mercado, nesse sentido se aproxime e estabeleça com visão em protocolos de cooperação técnico-turística com as devidas contrapartidas. É sabido que ninguém pode dar o que não tem em termos de expertise e conhecimento. Com as parceiras o Trem do Turismo vai apitar e os resultados virão. A formação da cultura turística da população, precisa ser valorizada com a interdependência das partes no processo turístico e a lógica do “ganha-ganha” , para isso a ajuda mútua é fundamental. Que nossos aprendizados, com as perdas neste momento da pandemia do COVID19, abram nossas mentes e corações, quebrando os paradigmas do egoísmo, imediatismo e inveja. Precisamos cada vez mais de uns torcendo pelos outros e vice-versa, com compreensão, apoio, alianças e quando couber, sociedades e parcerias. sintonia, podem produzir uma linda sinfonia.

Capítulo II II Capítulo

Prefeito sendo Maestro, fará conexão dos instrumentos que, quando em


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Capítulo III

Eventos na Natureza

Evento é um acontecimento com data, horário, local e programação, preferencialmente marcado com a maior antecedência possível. Eventos são como ventos criativos, gerados pelo “engravidamento mental” de pessoas/empresas empreendedoras que movem os Moinhos da Economia. As parcerias do Agente Público e empreendedores no território do seu município, podem fazer da NATUREZA, um grande banco de recursos para iniciativas de interesse turístico. Pode-se ter eventos na Terra, na Água e no Ar. A tendência pós pandemia do COVID19 é ter o Turismo Regional mais valorizado, através das áreas ao ar livre, atendendo a busca pelo bem-estar e segurança sanitária dos participantes e turistas. Na Terra, chama atenção o sucesso das Caminhadas Internacionais na Natureza, trazidas ao Paraná pela antiga EMATER. São mais de 200 edições ao ano, que atraem em especial os urbanoides (seres que habitam médias e grandes cidades) e que se organizam em grupos para realizarem várias caminhadas durante o ano. Milhares de pessoas vão, dessa forma, fazendo Turismo de Natureza pelo Paraná afora, despertando o interesse pelo Rural e Ecológico, praticando com Vivências, valorizando as dimensões da Observação e Contemplação, entre outras possibilidades, dependendo dos gostos e interesses. E com isso, o pessoal vai tomando jeito e vão sendo formados públicos para o Turismo Regional. Um Agente Público não pode deixar seu município fora do Circuito Paranaense das Caminhadas, e se ele já estiver inserido, poderá ver outros roteiros


/ 19 para diversificar, explorando outras localidades ou buscando turbinar o roteiro que já existe, com ajustes e melhorias.

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A experiência tem mostrado que os caminhantes podem consumir café da manhã e almoço, comprar artesanatos e produtos locais, ainda podem gastar em postos de combustíveis/lojas de conveniência, farmácias e outros. E, sabendo da existência de pousadas ou de famílias que recebem pessoas em suas casas, cobrando pelos serviços (no Turismo os serviços prestados devem ser pagos), podem pernoitar no local. Caso gostem, acabarão retornando durante o ano e, com isso, pode-se incorporar ao produto o que se tem de melhor nos corredores rodoviários de acesso e/ou nos entornos que tenham o que oferecer aos turistas. Ainda na categoria Terra, existem muitas outras opções como cavalgadas, mototurismo, cicloturismo, veículos off – road, escaladas, rapel, dentre outras. Em relação a Água, primeiro, deve-se ver o que se tem de rios e lagos, com opções de náutica, pesca, mergulho, banhos de praias e tantas outras possibilidades. Felizmente, durante o período que presidi a Paraná Turismo (2015-2018), o Paraná descobriu que uma de suas áreas mais promissoras é o Turismo em Águas Doces, que passou a ser reconhecido como nicho de mercado. Inclusive com o marketing de “litoral” das Águas Doces, expressão essa criada por mim como estratégia de valorização de regiões interioranas do Paraná. E deu certo! Viu como temos de ousar? E às vezes podemos ser taxados de atrevidos, mas quando “cola”, é só alegria e explorar. Seja atrevido, pois para pensar ainda não se paga impostos e não se tem censura. Cabe registrar os projetos regionais e Angra Doce (no norte pioneiro Lago da UHE de Chavantes) liderado pelo município de Ribeirão Claro.

Capítulo II III Capítulo

Costa Rica – idealizado pela RETUR (trechos dos rios Paraná e Paranapanema)


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O Prefeito “engravidado pelo Turismo”, pode verificar o interesse e viabilidade com parceiros empreendedores e propor levar a extensão urbana em terrenos a serem loteados em beira-rios ou beira-lagos, atraindo investimentos imobiliários para atender moradores de final de semana/férias, gerando empregos para prestadores de serviços. Um exemplo é a criação de estruturas para uso turístico pelos condomínios residenciais, com suas rampas para barcos e tudo o mais, que acaba integrando-se de maneira positiva e alavancadora de negócios. Que tal um torneio de pesca? Ou um rally de caiaques? Pense, engravide-se mentalmente que nascerá a iniciativa transformadora de vidas. Ah, e nunca esqueça de sempre zelar pela sustentabilidade nos projetos em áreas ambientais. E no Ar? Hum...para que os morros e montes servem? Evidentemente, um cenário com morros, montes, montanhas ou colinas é extraordinário para o Turismo de Paisagens e Clima, e também será para a prática de voo livre com asa-delta e paraglider. O desnível entre pontos é insumo para criação de teleféricos ou tirolesas. Ficar de olho e aproveitar sempre que possível! A NATUREZA está presente de diferentes maneiras em todos os lugares, cabendo, assim, aos gestores trabalharem o que se tem na Terra, Água e Ar em seu território, incentivando quem gosta do tema e engajando quem pode fazer virar negócio, com geração de renda e trabalho. Evidentemente, muito se poderá fazer, desde que estejamos “engravidados” por Esportes na Natureza, associando-os ao movimento de riquezas pela visão de negócios do Turismo Regional. Importante: para não perder tempo e acertar mais, verifique quais lugares já exploraram, o que e como exploraram? Visite e faça melhor. Viu como funciona, não precisa complicar. E pare de “chorar” pela pobreza, faça a mudança da chave, seja agente da prosperidade, explorando de maneira responsável o que existe e foi presente de Deus.


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Capítulo IV

Cidades Temáticas

Um município, com sua cidade, tem de identificar e trabalhar sua marca/imagem, fazendo dela o meio de projeção externa e promoção de seus bens e serviços, valorizando patrimônios e servindo de recurso para empreendedores turísticos. Podemos identificar uma marca/imagem de acordo com o que o município produz:

Cidade

Sua Produção

Apucarana/PR

Capital do Boné

Salinas/MG

Capital da Cachaça

Franca/SP

Capital dos Calçados

Maripá/PR

Cidade das Orquídeas

Barbosa Ferraz/PR

Capital do Crochê

E A SUA CIDADE, COMO É CONHECIDA? Também podemos identificar uma marca/imagem de acordo com a fé do município:

Cidade

Sua Fé

Prudentópolis/PR

Capital da Oração

Paranaguá/PR

Terra da Padroeira do Paraná

Lunardelli/PR

Capital da Fé

Medianeira/PR

Morro Nossa Senhora da Salete

Nova Trento/SC

Terra da Madre Paulina

E A SUA CIDADE, COMO É CONHECIDA?


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Ainda podemos identificar uma marca/imagem conforme as festas do município:

Cidade Salgado Filho/PR

Sua Festa Festa do Queijo e do Vinho

Marialva/PR

Festa da Uva Fina

Capanema/PR

Festa do Melado

Querência do Norte/PR

Festa do Arroz

Mariópolis/PR

Festa do Vinho

Santa Tereza do Oeste/PR

Festa da Polenta

Corumbataí do Sul/PR

Festa do Maracujá

Jacarezinho/PR

Festa do Texas

Colorado/PR

Festa do Rodeio

E A SUA CIDADE, TEM QUAL MARCA EM TERMOS DE FESTA? Uma marca/imagem também pode ser identificada de acordo com as invenções do município:

Cidade

Sua Invenção

São Mateus do Sul/PR

Chimarródromo

Serranópolis do Iguaçu/PR

Arrancadão de Jericós - Jericódromo

Maripá/PR

Arrancadão de Tratores - Tratoródromo

E ainda muito mais... Cidades das Praias de Águas Doces Cidades da passagem do Monge João Maria E não para mais…Criatividade, imaginação e jeito para negócios.

IMPORTANTE Cabe a Prefeitura articular, mobilizar, apoiar e nunca PAGAR A FESTA!!!


/ 23 E agora, como fica sua cidade? Ela é boa em quê? É diferente em quê?

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Devemos lembrar que, se é cidade, tem que justificar sua existência. Uma boa pesquisa, uma pitada de bairrismo e uma vontade de ver a cidade bem falada (e porque não, visitada), deve ser liderada pelo Agente Público e apoiada pelas lideranças. Este movimento fará com que o impossível seja apenas um degrau para ser superado! E temos ainda casos onde o Município tem marca fortíssima e até hoje mostra-se tímido em trabalhá-la no Turismo. Entre muitos casos, podemos citar Umuarama - Capital da Amizade. Queriam até que um prefeito mudasse essa marca. Ainda bem que ele ouviu outras opiniões e a marca foi mantida. Agora precisa ser aproveitada turisticamente. E eu já dei a ideia, inspirado na música de Milton Nascimento, de se dispor um verso de um poema sobre amizade em sete praças do município. Cada frase estaria escrita em um monumento que representasse uma chave, pois elas guardam uma boa amizade. O turista ganharia um passaporte e conforme ele fosse visitando as praças, ganharia um carimbo e ao completar o roteiro das chaves, além de aprendizados com vivências culturais e urbanas, ganharia brindes e descontos em atrativos, equipamentos turísticos e demais empresas que quisessem aderir ao projeto. A estratégia é levar o visitante a passar mais tempo na cidade e praticar gastos com serviços e compras, sendo bem atendido, eles terão boas lembranças, fazendo ainda o marketing positivo de “boca a boca”. Minha gente, se virem e sejam criativos, pois o que virá pós pandemia do COVID19 será implacável, não terá lugar na fila para falta de atos criativos. Mas sem amor à cidade, tudo ficará mais difícil e com problemas de sustentação terra, vamos adiante!

Capítulo IV

no dia a dia. Porém, considerando que estamos diante de pessoas que amam sua


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Capítulo V

Produtores de Turismo

O Paraná é o celeiro da agropecuária brasileira e o conceito de Produtor Rural está impregnado e valorizado na cultura paranaense. Mesmo os urbanoides têm compreensão básica do que é ser Produtor Rural.

José Aroldo Galassini, Presidente da COAMO

Mas é importante saber que existem outros produtores como: Cultural, Musical, Artesanal e também do Turismo e que muitas vezes não são reconhecidos. Isso acontece em especial no caso do Turismo, pois ainda não se tem a cultura empreendedora de como surge o Produto Turístico.


/ 25 Descobri, após muito tempo, que a competitividade na Produção do Turismo com produtos vendáveis, a partir de potenciais nos quatro cantos do

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Paraná, pode ser impulsionada se tivermos claro a força de pessoas se assumindo como Produtores de Turismo. Gosto de comentar que potencial enche os olhos e massageia os egos, mas os bolsos continuam vazios. Precisamos ter produtos, pois esses é que são comprados pelos turistas. Exemplificando, o rio é um Potencial, mas para vendê-lo ao turista precisamos agregar serviços, como um barco com serviços de barqueiro para navegar, uma ceva de alimento e conjunto de pesca (vara, linha e anzol com isca) para pescar, uma lancha com um banana boat para aventurar com quedas na água por manobras radicais e assim por diante. Só ver, contemplar, fotografar e filmar, é muito pouco. As pessoas querem interagir e vivenciar...querem consumir e têm dinheiro para pagar. Dessa forma, precisamos identificar, sensibilizar, capacitar, apoiar e empoderar pessoas com perfil de Produtores de Turismo. O negócio turístico, como outros, depende do trabalho e investimento pelo empreendedor. Mas para decolar, precisamos de mais pessoas que compreendam o processo da Produção do Turismo, na transformação do Potencial em Produto. Desse modo, agentes de viagens, hospedeiros, transportadores, artesãos, guias de turismo, donos de restaurantes, bares e botecos, profissionais da comunicação e tantos outros serão muito bem-vindos, assumindo a

Organizadores de festas e eventos são também Produtores de Turismo e podem fazer muito!!!

Capítulo V

dimensão proativa de poderem ser também Produtores de Turismo.


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Aprendendo com Boas Práticas Muito importante identificarmos, pelo perfil da cidade, os Produtores de Turismo e valorizarmos por exemplo: padres, pastores e demais líderes no Turismo Religioso, bem como sitiantes, fazendeiros e assentados no Turismo Rural, e assim por diante. O Agente Público, tanto no executivo quanto no legislativo, precisa fazer pesquisa e levantamento, para aprender com quem e como fazer a diferença, partindo de uma ideia, até chegar num projeto que resulte em mudanças. Investir na elaboração de uma cartilha de incentivo educacional e cultural, como é o caso de Paranaguá-PR e Prudentópolis-PR entre outros, é um bom início de conversa para com os educadores e a sociedade organizada. Reinventar veículos utilitários na lida rural, como Maripá-PR fez com seus pilotos nos Tratores Voadores para uso no singular Tratoródromo. Como Serranópolis do Iguaçu, com os corredores de Jericós e o seu Jericódromo. Em ambos os exemplos, milhares de pessoas com adrenalina da origem rural vão curtir e transferir seu dinheiro na compra de produtos e serviços durante concorridos eventos todos os anos, onde, por exemplo, a população chega a ser multiplicada algumas vezes pelo fluxo de turistas. E para a alegria dos empreendedores organizadores, esses turistas geralmente estão com muita vontade de consumir. Aprender como fazer a acolhida no Turismo Religioso, conhecendo o Santuário de Santa Rita de Cássia em Lunardelli-PR. Conhecendo, especialmente, as parcerias do Santuário e a Prefeitura Local, que dão suporte para sustentação da condição de ser a Capital Paranaense da Fé. Aprender como se faz a Gastronomia Típica, como a Coxinha de Farofa da Lapa-PR, o Leitão Maturado de Goioerê –PR, o Carneiro no Buraco em Campo Mourão-PR, a Carne de Onça de Curitiba-PR, o Pastel de Polvilho de Siqueira Campos-PR e tantas outras iniciativas, se inspirar e assim poder fazer a sua própria criação. O processo inventivo não tem limites, precisamos de ideias, competência, ousadia e determinação na continuidade.


/ 27 Levar uma excursão de artesãos, em um domingo de manhã, para conhecer, em Curitiba-PR, a Feirinha do Largo da Ordem, com suas centenas de

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barracas de artesanatos e alimentação, enriquecida sempre com apresentações culturais, onde milhares de pessoas visitam e consomem, fazendo girar a economia, resultando em postos de trabalho e renda. E o mais importante, também cultivando a alegria de turistas e visitantes locais. Levar um grupo de produtores rurais à Nova Aurora-PR, para conhecer as micro agroindústrias familiares e como elas se tornaram o caso de sucesso da Rota das Agroindústrias, com o Turismo Técnico, aliando produção, transferência de conhecimento e venda de produtos alimentares. Ah, para municípios que tenham clima apropriado para a cultura de cana, uma boa prática é visitar Capanema-PR, a Terra do Melado, onde se criou a técnica de fazer o melado batido e a cada dois anos é realizada a Festa-Feira do Melado. E para ser fonte de Boas Práticas, que tal trabalhar com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura aquilo que pode fortalecer o espírito local: orgulhos, belezas, riquezas e possibilidades de ser mais próspero? Criar o Dia Municipal do Turismo, para o despertar comunitário da importância de ser turístico. Como? Através de lei municipal, assim, incentivando às práticas de concursos com redações, frases, musicas, etc. Iniciativas nesse sentido já acontecem em Maringá, Cianorte, Campo Mourão, Pontal do Paraná, Verê, Capanema e outros. Que tal montar uma estrutura de jardinagem comunitária, para florir praças e canteiros de avenidas? Não dá para imaginar hoje o município turístico de

Mobilizar as queridas merendeiras e assim criar, com ajuda dos pais, um

Capítulo V

Gramado sem as flores de Hortênsias.


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prato por escola e organizar o Festival da Gastronomia Solidária, com renda exclusiva para as escolas participantes poderem aplicar na melhoria de suas estruturas. Esse projeto, além de revolucionário culturalmente, vai abrir as portas para a valorização econômica das relações campo - cidade. Realizar a Conferência Municipal pelo Turismo, com visão de ser um instrumento legal para respaldar tomadas de decisões pelo Agente Público ou pelo Conselho Municipal de Turismo. Pouquíssimos municípios fazem na área do Turismo, na maioria das vezes ficam apenas na Educação, Saúde e Assistência Social. E não custa nada solicitar às emissoras de rádio que criem uma chamada informativa e gratuita de uma frase motivacional da Marca ou Slogan do Município na hora de terem que anunciar obrigatoriamente a sua frequência radiofônica. Todos os municípios precisam ampliar suas receitas e, para tal, novas fontes de riquezas devem ser criadas ou fortalecidas, mas para isto acontecer será preciso inovar com Boas Práticas adaptadas de outros lugares ou inventadas, por que não? Na maioria das vezes, os projetos de lei dos municípios aumentam despesas. Raramente temos projetos que geram aumento de receitas. Precisamos mudar a chave e ter a capacidade de criarmos leis que criem condições, que possam contribuir no incremento das receitas, sem necessariamente ser o aumento de impostos. Precisamos vender o pôr do sol, a noite de lua cheia, as belezas dos campos, a magia dos rios, a adrenalina das corredeiras e cachoeiras, entre outros recursos disponíveis e, na maioria das vezes, ignorados como fonte de valor econômico pelo Turismo. Precisamos dar valor à cultura dos imigrantes e migrantes, incorporando


/ 29 suas manifestações culturais em produtos para serem vendidos, como artesanatos, gastronomia, arte, dança, música e folclore, através de fei-

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rinhas e festivais. Precisamos apoiar a agricultura familiar, com produtos orgânicos e a agroindústria familiar, com visão de negócios em Produtos Associados ao Turismo. Precisamos ter em cada cidade uma boa festa, capaz de atrair turistas e, o mais importante, sem onerar os cofres públicos. A sociedade precisa assumir a gestão do evento e fazer a destinação de recursos auferidos. E se o município tiver pessoas organizadoras de eventos, que elas sejam tratadas como Empresários Produtores de Turismo e como tal, sejam apoiadas. A prosperidade nasce na mentalização proativa de pessoas que não aceitam a pobreza como destino, e sim, como um estágio que tem que ser superado, com a elevação do espírito pela solidariedade e empreendedorismo, com suporte dos governos, a começar pelo municipal. Com o “tsunami” das perdas econômicas e desarranjos estruturais pela pandemia do COVID19, deveremos ser muito firmes e exercitarmos nossa capacidade de propor e realizar projetos de reversão de realidades, superando o negativismo e o imobilismo. Procure acessar organizações, como o caso da RETUR - Rede de Turismo Regional, que aposta nas pessoas como fazedoras da prosperidade, tendo a expertise na formação de Agentes de Desenvolvimento e Prosperidade. Com opção também aos cursos com crianças, como Agentes Mirins-Guias do Amanhã e dos adolescentes como Cidadãos Empreendedores pelo Tu-

Devo lembrar que ao criar a RETUR em 1998, descobri como potencializar o meu “instinto” por soluções diante de necessidades, empurrado

Capítulo V

rismo.


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por interesses e inspirado em sonhos. Ah, e sempre agindo com brilho nos olhos, por saber que estava em jogo o bem social e que pessoas seriam beneficiadas de uma forma ou de outra. Uma forma simples e direta de quem acredita que o mundo pode ser melhor. Lembro que escolhi trabalhar com Turismo por ser, das atividades econômicas, a que mais precisa de integração de profissionais como colaboradores/ parceiros e a que também mais divide riquezas entre quem participa. Lembro ainda de quando, em 1995, ocupava o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico (Indústria, Comércio e Turismo) e para divulgar Campo Mourão no território brasileiro, consegui veicular no Cartão Telefônico e no Bilhete de Loteria Federal, a Festa do Carneiro no Buraco. A custo zero! Quem quer faz e quem não quer acha mil desculpas. Ganha - ganha é o que o Turismo garante. Façamos nossa parte e seremos prósperos e felizes. Um município trabalhado com os alicerces turísticos, mudará sua imagem. Ganharemos muito com o marketing positivo e ao se falar bem, sairemos mais fortalecidos e todos ganharão. Acredite e pratique. Municípios turistificados devem se unir com seus vizinhos, fazendo da Regionalidade o sentimento de uma região turística que, bem trabalhada, ampliará as chances para se ter visibilidade e possibilidades no mercado do Turismo Regional. Praticar com inteligência alianças e parcerias com vizinhanças é o fundamento do Programa de Regionalização do Turismo. Hora de juntar o que está separado, unir partes de um todo e fazer acontecer. Eu acredito e você???

Praticando o Processo Criativo Nestas andanças pelo Paraná afora pude ser testado, desafiado e inspirado. Descobri que meu negócio é pensar e criar, assim mostrarei na prática casos jacobianos. Vamos destacar cinco exemplos reais do cotidiano de inspiração para projetos de vida, movidos pelo leque de oportunidades oferecidas pelo Turismo.


/ 31 Maripá/PR – Cristo Negro

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Visitando o local de trabalho de Mauro Molossi, na Paroquia da Igreja Católica, vi o que ninguém tinha percebido. Como pode, em um núcleo urbano predominado por descendentes alemães, o Cristo ser negro? Pesquisei o fato inusitado e descobri que na Campanha da Fraternidade de 1988, cujo tema era “Não a discriminação”, as irmãs que coordenaram a referida campanha, resolveram perenizar o propósito e assim contrataram uma escultura de Cristo em madeira e para mostrar o contraditório, o pintaram de preto. Que coragem santa!!! Fico até hoje imaginando o olhar dos fiéis alemães na primeira celebração.

Isto tem valor cultural e vale ouro em pó para a turistificação. Assim, grupos de turistas podem conhecer o ocorrido quando visitam Maripá - Cidade das Orquídeas (ah, modéstia as favas, eu que redigi o projeto e o amigo deputado do Turismo Douglas Fabrício o aprovou como lei na ALEP-PR). E para tornar o atrativo maripaense ainda mais chamativo, houve um infeliz deixar para que você visite Maripá e contrate o Condutor de Turistas e Receptivo Mauro Molossi, que irá contar em detalhes.

Capítulo V

de um padre que quis apagar essa linda história do Cristo Negro, mas vou


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Marilena/PR Cidade Menina dos Rios José Rivaldo dos Santos, meu aluno em um dos Cursos de Agentes de Desenvolvimento pelo Turismo, promovido pela Universidade Estadual de Maringá, estava em uma visita prática com o grupo participante quando disse: “- Aqui é o encontro dos rios Paraná e Paranapanema – um endereço de destaque no Planeta Terra”. O processo criativo está em ver e falar aquilo que passa desapercebido. Assim, acredite, potencializamos este marco da Geografia Regional.

Mas como garanti-lo com tantas mudanças (para pior, infelizmente) quando trocam os prefeitos? Pedi ao cursista José Rivaldo, então na época Vice-Prefeito, que devíamos fazer um projeto de lei e aí veio a iluminação jacobiana (não que eu seja melhor do que ninguém, apenas sou um iluminado por necessidade do ofício), com a ideia de denominar Marilena por Menina dos Rios, fazendo alusão a uma menina que adorava ficar contemplando o encontro dos rios Paraná e Paranapanema. Algo aparentemente simples, que deu projeção a marca do Porto Maringá como um dos lindos lugares do nosso litoral das Águas Doces. Para conferir, visite o local e, se puder, converse com o José Rivaldo dos Santos – hoje um dos melhores instrutores de Turismo Rural do SENAR no nosso Paraná.


/ 33 Roncador/PR Pousada Parque das Gabirobas

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Fui convidado, por Mariano Machado, a dar algumas ideias num futuro projeto de Turismo em sua fazenda. Lá chegando, perguntei a ele, antes de tudo: “- Qual é o nome do futuro empreendimento?” Ele respondeu: “– Fazenda Praiana.” Com a velocidade de pensamentos respondi: “- Não vamos trazer sua paixão pelo Santos Futebol Clube, de Pelé, para dar nome a um promissor projeto. E, correr o risco de arrumar encrenca com turistas que torçam para outros times de futebol.” Ele ficou desapontado e cobrou: “- Então qual nome?” Respondi: “- Me mostre a fazenda.” E saímos a caminhar. De repente o processo criativo deu sinal e perguntei: “- O que é isto?” ele respondeu que era um bosque de gabirobeiras e na hora respondi: “- Temos o nome, Pousada Parque das Gabirobas” e ele, ainda incomodado, perguntou: “- Por que?” É simples, Pousada é o que você quer, Parque pelo fato de ter muitos hectares de terras e dei sequência dizendo das Gabirobas por ser nativa e, assim, você vai capitalizar a marca silvestre em um empreendimento que terá como foco, além do Turismo Rural, também o Ecoturismo.

O bico-doce, como o chamo hoje pela amizade, concordou e, assim deu no final da década de 90 e até então nunca tinham aproveitado as frutas de Gabirobas, que ficam maduras nos meses de novembro a dezembro.

Capítulo V

um norte ao seu plano de ter um negócio com identidade. Detalhe, isto foi


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Hoje são mais de dez produtos para consumo dos hóspedes e o fato mudou tanto a história do lugar, que foi feito um levantamento do número de árvores de gabirobeiras na fazenda e o resultado apontou mais de 1.000 exemplares, o que confere a Mariano Machado o título de Rei das Gabirobas. Agende sua estadia na Pousada e saberá muito mais!!!

Guaraguaçu - Pontal do Paraná/PR Café Caiçara Francisca e Dona Conceição foram minhas alunas nos cursos do SENAR, e com elas pude conhecer os encantos do Guaraguaçu-uma Comunidade do município de Pontal do Paraná-Litoral, onde seu majestoso rio tende, na mudança da maré, a inversão do curso das suas águas. Conheci também a estrada ecológica, que dá acesso a aldeia indígena e as caieiras desativadas, que antes destruíam a arqueologia, queimando os sambaquis na produção de cal viva. Percebi que as pessoas, que atendiam em barracas na rodovia Paranaguá - Pontal do Paraná, evidenciavam uma frágil auto estima por falta de identidade e orgulho próprio – seus olhos não tinham brilho – o que é péssimo aos negócios, para serem rentáveis. Com este desafio, surge assim mais uma vez o processo criativo e perguntei: - “Como ter identidade?” Eu mesmo respondi: “- Vamos explorar e capitalizar o que pertence a vocês”. Eles disseram: “- Temos tão pouco”. Respondi: “- Vocês são donos da Cultura Caiçara e vamos criar uma forma de agregar a turma de vizinhos na organização do Café Caiçara”. Na mente, o pensamento não vê obstáculos, e mais uma vez a luz jacobiana propôs montar um cardápio e um ritual para servir o café aos turistas e visitantes locais. Cada família se ocupou de um ou mais itens e a Francisca (uma urbanoide que virou caiçara) em conjunto com a Dona Conceição, (caiçara de raiz) passaram a organizar o negócio e, assim, as portas se abriram, ganharam orgulho e colocaram Guaraguaçu - Comunidade de Pontal do Paraná - como endereço do Café Caiçara. É só conferir.


/ 35 Ah, nessa caminhada, tive uma outra grande alegria, a de ver a UFPR (Universidade Federal do Paraná), instalar em Caiobá, Matinhos-PR, o Campus

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do Litoral, algo impensável na época, mas que aconteceu, possibilitando ao caiçara Claudiomiro, filho da Dona Conceição, a se graduar em Tecnologia do Turismo. Outro contentamento foi que a UFPR passou a ser cliente institucional na encomenda de serviços em eventos do Café Caiçara que, em muitas vezes, chega a centenas de participantes. Viram porque eu adoro a vida. Tudo é generoso quando nos colocamos a ser instrumento de transformação. Confira!!!

Capítulo V

Dona Conceição – empreendedora do Café Caiçara


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Sertaneja/PR Boneca Sertanejinha Sertaneja, um lugar onde o Rio Tibagi entrega as águas ao Rio Paranapanema e formam um “mar” de águas doces, com destaque para Ilha do Sol, onde o Resort do grupo Hard Rock está sendo concluído. O lugar, antes só agrícola, vai se turistificando com condomínios de turistas de segunda residência, com heliporto e demais estruturas. Contudo vivia a mesma situação dos exemplos anteriores, com a falta de identidade. Assim, visitando a Diretora de Turismo Anete Frederico, demos espaço ao processo criativo, fazendo perguntas – o que Sertaneja teria além do tripé: povo acolhedor, águas doces e terras produtivas? Em instantes se instala o processo criativo e eu disse: “- O nome da cidade/município é o tesouro, pois Sertaneja remete ao sertão, a alma de sua gente, e é nome de mulher”. Dito isso, passamos para o próximo passo. Muitas possibilidades, e apostamos em criar uma mascotinha, “a Sertanejinha”, e a Anete concordou. Fomos passeando e, dias depois, ela me ligou e disse: “– Olha o que nossas artesãs criaram, uma boneca com roupas nas cores da bandeira municipal e no cesto, produtos locais como grãos, frutas e peixes”. E foram além do que eu esperava, vestiram uma adolescente da terra com os trajes da boneca Sertanejinha e deram um show de identidade, com marketing turístico na Mostra Paranaense das Regiões Turísticas, em Curitiba no ano de 2018. Mostraram que não importa o tamanho da cidade, o que faz a diferença é ser grande na imaginação e na ação, mesmo morando as vezes em pequenas localidades. Em outras palavras, “o lugar pode ser pequeno, o que não pode é as cabeças de suas lideranças serem pequenas”. É só conferir!

Laeryanne Cintra como boneca Sertanejinha e Anete Frederico


/ 37 Paro por aqui para não ficar cansativo aos leitores, mas ainda tenho dezenas de outros casos, cujos processos criativos mudaram a vida de pes-

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soas em suas comunidades. Para a imaginação chegar na materialização com transformações, necessário se faz desenvolver o ritual de projetos (lembre-se que projetar é arremessar ao longe). Assim, o primeiro passo é a criatividade, e em seguida, a sistematização com visão de projetos. Para isso recomendo a metodologia universal 5W e 2H, na qual o interessado - o nosso “engravidado mental” - responde sequencialmente à 7 perguntas, que originalmente foram feitas no idioma inglês. Vamos lá...tudo começa dando um título e depois respondendo as questões. ATIVIDADES/AÇÕES (WHAT): O QUE DEVERÁ SER FEITO JUSTIFICATIVA (WHY): A RAZÃO DE FAZER TAL ATIVIDADE/AÇÃO PROPONENTES – PARCEIROS (WHO): OS RESPONSÁVEIS PELA EXECUÇÃO CRONOGRAMA (WHEN): AS DATAS OU PRAZOS DE SUA REALIZAÇÃO LOCALIZAÇÃO (WHERE): ONDE DEVERÁ SER FEITA METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS (HOW AND HOW MUCH): O MÉTODO/ COMO E O CUSTO O que aparentemente era impossível, pode deixar de ser, pois quem tem projetos faz a diferença!

VID19 pedem uma chance e muitas atitudes empreendedoras pelo Turismo. Vamos nessa.

Capítulo V

Mãos à obra, pois os desafios e as oportunidades pós pandemia do CO-


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Capítulo VI

Soluções na Comunidade

A força do turismo regional nasce da coragem e da iniciativa das pessoas que arriscam empreender pensando em aproveitar o potencial da natureza ou cultura locais. O que esses empreendedores nem sempre imaginam é que o efeito positivo desses projetos vai além e beneficia pessoas e empresas de forma geral, seja pela geração de empregos, movimento no comércio, transporte, hospedagens, souvenirs, entre outros. O fato é que fomentar o turismo é promover o desenvolvimento da comunidade. Mas concretizar esses projetos, transformando as ideias em negócios, exige investimento. E a solução pode estar muito mais próxima do que se imagina, através das cooperativas de crédito. Contribuir para o crescimento e o desenvolvimento das pessoas são formas de colocar em prática os princípios do cooperativismo. Por isso, as cooperativas representam um importante aliado no fomento às iniciativas de turismo regional. Ao ofertar condições mais justas do que as praticadas pelas instituições financeiras tradicionais, elas oferecem também oportunidades de desenvolvimento para a economia. O Sicoob, por exemplo, é a instituição financeira na qual os micro, pequenos e médios empresários mais obtiveram sucesso ao procurar crédito durante a pandemia, conforme aponta pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a FGV. E oferecer crédito é só uma das formas do Sicoob reforçar seu propósito de conectar pessoas para promover a justiça financeira e prosperidade.


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Fica claro em situações como essa que o grande objetivo do Sicoob é gerar impacto social positivo no dia a dia dos cooperados e das comunidades nas quais está inserido. Isso porque, ao fazer parte do sistema, o cooperado se torna dono do empreendimento, participa das decisões e dos resultados financeiros, que são reinvestidos no desenvolvimento regional. Ao olhar para as experiências de turismo regional vemos que as iniciativas de sucesso são as que estão fundamentadas em ações de associativismo e cooperação, com colaboração entre empreendimentos e atuação em rede. Princípios que reforçam ainda mais a conexão com a essência do cooperativismo de crédito e do Sicoob. Estimular o turismo local é também uma maneira de reforçar o sentimento de pertencimento das pessoas em relação à comunidade da qual fazem parte. É possibilitar o acesso ao crédito para a gestão e estruturação dos destinos turísticos, mas também gerar mais empregos, renda e inclusão social. O círculo virtuoso de desenvolvimento que buscamos, com justiça e prosperidade

Capítulo VI

para todos, se baseia nisso.


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Capítulo VII

Regionalização & Segmentação

Lideranças – Estela Rosa/Irati, Deise Bezerra/ Curitiba e Wanda Pille/Maringá

A Regionalização do Turismo foi iniciada em 2003 como proposta do Governo Federal como Política Pública para avançar com os municípios que fizeram a tarefa de casa do PNMT-Programa Nacional da Municipalização do Turismo. O PRT - Programa da Regionalização do Turismo foi lançado oficialmente em 2004, pelo MTUR-Ministério do Turismo e com a Coordenação Estadual pela Paraná Turismo. Em 2005, durante o Salão Paranaense de Turismo, em Curitiba, foi realizada a 1ª Mostra das Regiões Turísticas e já foram realizadas 15 edições. Registro que participei em todas, sendo 11 pela RETUR e 4 quando Presidente da Paraná Turismo.


/ 41 Cabe registrar que nenhum Estado do Brasil tem este histórico de realizações continuadas. Isso confere credibilidade ao modelo de Regionalização

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do Turismo implantado no Paraná. Essas Mostras são verdadeiras Vitrines de Aprendizados e estratégico instrumento de promoção dos produtos ao mercado do Turismo. O Paraná, em 2005/2006, começou a implantação de 9 regiões turísticas e a partir de 2007, em cada uma delas, uma Organização da Sociedade Civil foi escolhida para prestar os serviços de IGR-Instância de Governança, mediante credenciamento do MTUR-Ministério do Turismo/CEPATUR-Conselho Paranaense do Turismo e da Autarquia Estadual Paraná Turismo. Como exemplo, a região turística Corredores das Águas, que é polarizada por Maringá, tem a sua IGR exercida desde o seu início pela RETUR-Rede de Turismo Regional. Atualmente, existem ao todo 15 regiões turísticas, com a recém criada RT Sul do Paraná. No final de 2013, o MTUR criou, pela Portaria 313, o Mapa do Turismo Brasileiro, como instrumento de Política Pública para dar competitividade as ações de Regionalização do Turismo, com a categorização dos municípios de” A a E,” conforme: o fluxo turístico, número de empregos e estabelecimentos do setor de hospedagem. O primeiro mapeamento foi em 2016, e por ação da CNM-Confederação Nacional de Municípios, o processo passou a ser bianual, sendo que na edição de 2017-2019 foram incluídos 3285 municípios em 328 regiões turísticas. Na edição do Mapa 2019-2021, com aumento das exigências na adesão, o número de municípios caiu para 2694 e o número das regiões subiu para 333.Sendo os 217 municípios paranaenses categorizados da seguinte forma: 3 municípios na categoria A, 14 municípios na categoria B, 29 municategoria E.

Capítulo VII

cípios na categoria C, 142 municípios na categoria D e 29 municípios na


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Os prefeitos eleitos em 2020, precisarão ficar atentos para renovação da participação no Mapa ou para inclusão daqueles municípios ainda não mapeados. Pois a captação de recursos federais e o acesso a programas estaduais, darão prioridade aos municípios do Mapa do Turismo Brasileiro. Para saber mais, consulte www.mapa.turismo.gov.br. Em 2021 será realizado o novo mapeamento e, para tal, o município deverá procurar a sua IGR-Instância de Governança Regional, manifestando o interesse com a documentação exigida e a celebração do respectivo termo de Cooperação Técnica-Financeira. Assim. identifique a Organização/IGR do seu município no site https://bit. ly/3tSjEl3.

Polo

Região

Organização

R-1 Paranaguá

ADETUR

Litoral do Paraná

R-2 Curitiba

ADETUR

Rotas do Pinhão

R-3 Ponta Grossa

ADETUR

Campos Gerais

R-4 Jacarezinho

ATUNORP

Norte Pioneiro

R-5 Londrina

ADETUR

Norte do Paraná

R-6 Ivaiporã

AMUVITUR

Vale do Ivaí

R-7 Campo Mourão

ADETURS

Ecoaventuras, Histórias e Sabores (Coração do Paraná)

R-8 Maringá

RETUR

Corredores das Águas

R-9 Pitanga

ADETUR

Entre Matas, Morros e Rios

R-10 Foz do Iguaçu

ADETUR

Cataratas do Iguaçu e Caminhos ao Lago de Itaipu

R-11 Cascavel

ADETUR

Riquezas do Oeste

R-12 Laranjeiras do Sul

ADETUR

Lagos e Colinas

R-13 Irati

ADECSUL

Terra dos Pinheirais

R-14 Francisco Beltrão

ADR

Vales do Iguaçu

R-15 União da Vitória

ATEMA

Sul do Paraná


Região Turística – Corredores das Águas A maior região turística do Paraná, e entre as maiores do Brasil, é a polarizada por Maringá, no noroeste do Paraná, denominada por Corredores das Águas, graças aos seus grandes rios. O surgimento desta região deve-se ao projeto da Universidade Estadual de Maringá, que, no período de 2002 – 2004, formou pessoas com olhar turístico nas possíveis oportunidades dos rios Paraná e Paranapanema, para atuarem como Agentes de Desenvolvimento pelo Turismo. Esse movimento por novas fontes de riquezas e de trabalho, levou a RETUR - Rede de Turismo Regional - a propor o projeto de Regionalização do o objetivo de focar nas alternativas de riqueza, ao invés de condicionamentos da pobreza, que, se não enfrentada, inibe o empreendedorismo pela prosperidade. Nada tendo a ver com o caso de sucesso do país Costa Rica.

Capítulo VII

Turismo, denominado por Costa Rica, cuja escolha do nome, por mim, teve


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O lançamento do Projeto Costa Rica se deu em 31/07/2004, na cidade de Porto Rico, banhada pelo rio Paraná. Naquele momento, foi quando as portas se abriram ao horizonte das Águas Doces, com suas ilhas, praias, biodiversidade, cultura ribeirinha e os condomínios beira-rios dos novos “ribeirinhos” de Turismo de 2ª residência. Graças a essa iniciativa de regionalizar municípios lindeiros no trecho dos rios Paranapanema/Pirapó e Paraná/Ivaí, antes mesmo do país trabalhar a Regionalização do Turismo, a RETUR foi credenciada ,em 2007, pelo Ministério do Turismo e pela Paraná Turismo, a assumir a missão de ser IGR - Instância de Governança Regional, agregando outras microrregiões, das quais permanecem ainda integradas aos Corredores das Águas, os polos de Paranavaí, Umuarama, Cianorte e Maringá.

Evandro Novak – Presidente Nacional da ABRAJET


/ 45 Nessa árdua e frutífera caminhada, as vidas de milhares de pessoas se transformaram com a (re) descoberta local/regional, com olhar na magia

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do Turismo e na arte de gerar riquezas e amizades com os turistas das vizinhanças e de tantos outros lugares do Paraná, Brasil e Exterior. Agora, no período de pandemia do COVID 19, é a grande oportunidade de resgatar o DNA dos Corredores das Águas e apontar sete grandes motivos para sua programação futura para conhecer, vivenciar e se encantar!

Litoral das Águas Doces Esta expressão, Litoral das Águas Doces, é de minha autoria diante da imensidão de recursos hídricos em rios e lagos, com suas praias e ilhas fluviais. O termo aqui aplicado, extrapola as bases da Geografia e abraça o marketing de uma nova identidade “litorânea fluvial”. No rio Paranapanema, temos o diferencial de dois grandes lagos formados como reservatórios de UHE - Usinas Hidroelétricas de Rosana e Taquaruçu, que são os nossos Lagos Sertanejos. Cenário onde o turista poderá desfrutar de estruturas paranaenses em Diamante do Norte, Terra Rica, Santo Antônio do Caiuá, Jardim Olinda, Itaguajé, Santa Inês e Santo Inácio, sendo que, em Itaguajé e Santo Inácio existe ainda o apelo de terem sido sedes das primeiras reduções jesuíticas, antes da famigerada fuga dos índios, provocada pelos Bandeirantes e que, assim, se deslocaram para Rio Grande do Sul. Nova Londrina do Porto Tigre e Marilena completam o último trecho do rio Paranapanema. O rio Paraná, com a abundância na pesca e com a vastidão para navegação, nhas artificiais em núcleos urbanos. Cabendo destaque a Marilena, Porto Rico, Porto São José/São Pedro do Paraná e Querência do Norte.

Capítulo VII

tem as suas praias naturais em ilhas e banco de areias, bem como prai-


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Ainda no Rio Paraná, o Corredor das Águas tem o diferencial do Parque Nacional da Ilha Grande por sua Biodiversidade, exuberantes Lagoas e pelo Arquipélago com centenas de Ilhas Fluviais, com opção de pesca e navegação. Contando ainda com o diferencial das praias de Porto Camargo/ Icaraíma e do seu icônico Paredão das Araras.

Produção da Moda A região Corredores das Águas orgulha-se de ser um dos polos top em criação e produção de moda, com indústrias e shoppings do vestuário, com destaque aos municípios de Cianorte e Maringá. Os atrativos pela moda, favorecem ao Turismo de Compras e ao de Negócios Empresariais, mobilizando excursões de compras no atacado e atendendo também compristas no varejo em lojas de fábricas e no comércio local.

Agronegócios O carro chefe da economia do noroeste do Paraná é sem dúvidas os Agronegócios, que tem lugar de destaque na liderança nacional. A diversidade em produção de grãos e pecuária, e bem como na agroindustrialização é convidativa ao Turismo Técnico, Turismo de Negócios e ao Turismo de Eventos, com suas concorridas Exposições Agropecuárias de Maringá, Paranavaí e Umuarama, referências em mostras com leilões de animais, gastronomia e shows vips.

Fé e Religiosidade Este segmento é muito forte, graças a cultura do povo do noroeste do Paraná pela espiritualidade, com seus valores e seus compromissos no dia a dia pela harmonia corpo - espírito.


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Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora das Águas são cultuadas pelas comunidades ribeirinhas no rio Paraná e no Rio Ivaí. Cito também São Francisco da Ilha Grande, no entorno do Parque Nacional da Ilha Grande, e a majestosa Catedral Nossa Senhora da Glória, ícone da arquitetura religiosa do Brasil, localizada em Maringá. Imperdível é Cianorte, com arte sacra em madeira e metal em Vias Sacras, dos escultores Dirceu Rosa e Aristeo Piovesan, respectivamente. E no ecumenismo das opções, ao lado da fé católica, a região também conta com o Budismo e o Islamismo, entre outras.

Cultura Sertaneja O sertão não existe mais, contudo a alma sertaneja cada dia é mais forte. Manifestações culturais na música, na gastronomia e com as emoções das cavalgadas e seus rodeios, fazem da região turística Corredores das Águas o endereço da cultura sertaneja, com destaque especial para Colorado – Capital do Rodeio Paranaense.

Conhecimento e Tecnologia Com suas universidades, em especial o fato de ser sede da UNIPAR - Universidade Paranaense, uma estrutura da iniciativa privada e orgulho de Umuarama e em Maringá com a premiada UEM - Universidade Estadual de Maringá e da UNICESUMAR, que tem projeção no Brasil e no Mundo, atraem estudantes e professores nos cursos, pesquisas e eventos, além das empresas e organizações parceiras, que buscam o desenvolvimento da tecnologia. Maringá abriga um dos mais importantes núcleos de Tecnologia da InforConhecimento e Tecnologia fornece recursos como atrativos de Turismo Técnico, Eventos e de Negócios.

Capítulo VII

mação, onde empresas conferem mais uma marca de valor - TI. O conjunto


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Gastronomia Regional Imperdível é a diversidade de restaurantes, bares e botecos que, somados aos eventos de pratos típicos, irão encantar os turistas. Alimentos da agricultura familiar, produtos orgânicos e da agroindústria na oferta de petiscos, porções e pratos, com opção de música ao vivo, sempre com muita gente bonita e alegre. Ah...e as bebidas? Cervejas artesanais e chope personalizado completam o ritual de curtir a região Corredores das Águas. Mas surge a pergunta: Como a região turística pode ser administrada? A RETUR - Rede de Turismo Regional - inovou, com a criação do conceito de Nucleação Turística, no qual o grande segredo é aproximar os vizinhos geográficos em torno de um tema e, com isso, promover o melhor do Turismo de Vizinhanças. Por ser a maior região turística do Paraná, e uma das maiores do Brasil, o território Corredores das Águas, está sendo organizado em 5 Núcleos Turísticos Territoriais a saber: Ilha Grande - Entre Rios (polo Umuarama), Lagos Sertanejos (Polo Colorado), Costa Rica (Polo Porto Rico), Cinturão Verde (Polo Cianorte) e Ingá (Polo Maringá).


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Capítulo VIII

Soluções em Rede

Para concluir esse Guia, idealizado com o propósito de alargar visões e iniciativas pela Prosperidade, falaremos um pouco mais da RETUR, que tem como filosofia cultivar e disseminar que Somos Soluções em Rede. Essa organização, criada por mim em 1998, em Campo Mourão-PR, surgiu como resposta para alavancar iniciativas no desenvolvimento pelo Turismo no interior do Paraná. Quem é do interior sabe como é difícil, e às vezes desanimador, realizar iniciativas de bons projetos, ou por falta de apoio e respaldo técnico, ou por estar distante de meios disponíveis na capital ou em centros maiores, ou por tantos outros motivos. O pioneirismo da RETUR, que antecedeu ao Programa de Regionalização do Turismo, com o Projeto Costa Rica, com a histórica organização do GETER - Grupo de Empreendedores do Turismo Rural, com a capacitação das pessoas na formação de Agentes de Desenvolvimento pelo Turismo e de Agentes Mirins - Guias do Amanhã, com a criação da marca Corredores das Águas como identidade da região turística polarizada por Maringá e os serviços de apoio técnico, mostram que todas as ações desenvolvidas ao longo destes 22 anos de atuação, são indicadores que diferenciam a organização no sentido de mudar vidas e realidades. A visão estratégica do que poderia vir a ser o Turismo Regional, quando na época só se falava em Turismo Nacional e Turismo Internacional, é o grande mérito da RETUR, e junto da filosofia de atuar em REDE, resultaram no nome REDE de TURISMO REGIONAL a essência de uma organização para atuar em diferentes pontos do Paraná e do Brasil, com especial carinho quando se fala em desafios e oportunidades do interior.


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A RETUR tem na área da comunicação do Turismo um de seus instrumentos. Tem nos consultores técnicos, seu banco de sustentação, e no empresariado solidário, seu trunfo na diretriz de trabalho do Mais Rede! Nessa caminhada, a RETUR construiu uma expertise em lidar com Prefeitos e Prefeitas, entendendo as limitações, cooperando nas iniciativas e apoiando projetos que se mostraram vitoriosos. E, com certeza, poderemos ainda mais, diante de um novo mundo pós pandemia do COVID19. Isso, sempre, lado a lado com a convivência empresarial, do informal a grandes empreendimentos, que se posicionam no mercado do Turismo. Em seu portfólio, a RETUR conta com colaborações expressivas também na formação da cultura turística junto a sociedade, em uma verdadeira Escola de Educação, Desenvolvimento e Negócios pelo Turismo Regional. A RETUR, por seu significado, também está presente em inúmeros Conselhos e Governanças de Turismo e áreas afins, sendo também reconhecida de Utilidade Pública do Paraná e de Maringá. Conheça mais acessando as mídias sociais da RETUR: Site: http://turismoregional.com.br/ Face: https://www.facebook.com/returpr/ Instagram: https://www.instagram.com/returparana/ Depois dessa viagem em textos, concluo dizendo que criei empiricamente a fórmula do 1/3. Nesse sentido, este Guia do Fazejamento foi feito para abrir as janelas das oportunidades ao maior número de pessoas, municípios, empresas e grupos de empreendedores. E se, ao final, tivermos pelo menos 1/3 dos cientes na condição de engajados ou “engravidados” por projetos pelo Turismo, terá valido a pena. Assim, nunca limite seus sonhos, pois não há limites de conquistas! Venha e tenha atitudes com iniciativas movidas por suas necessidades, seus interesses e muita “paixão”, que a Prosperidade pelo Turismo estará te sorrindo e dando acolhida, com fontes de riquezas. Ah, nunca esqueça do ditado popular “A vaca não dá leite. É preciso tirar”. VAMOS JUNTOS!!!


Busque saber mais, consulte: Confederação Nacional de Municípios

https://www.cnm.org.br/

Ministério do Turismo

http://www.turismo.gov.br/

Paraná Turismo

http://www.turismo.pr.gov.br

ABAV – PR

http://www.abav.com.br/pr

SEBRAE Paraná

https://www.sebraepr.com.br/

FECOMÉRCIO PARANÁ

https://www.fecomerciopr.com.br/

EMBRATUR

http://www.embratur.gov.br/



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