Paranaense radicado em São Paulo, começou a andar de skate em 76 (ripa de caixote + patins bandeirantes), frequentador da Praça Roosevelt, foi colunista em revisra de skate (espaçonave do E.T.) e co autor do livro A Onda Dura, 3 décadas de skate no Brasil.
Acesse o conteúdo digital: issuu.com/reversefanzine
“A Reverse Fanzine completa 4 anos e está na edição número 28, marcada por muitas mudanças significativas. Na capa, Marcos ET, skatista desde 1976, uma verdadeira lenda. O BDG edição Master, Thiago Negretty Campeão, causa polêmicas: será que haverá disputa de cinturão?
Esta edição é uma homenagem a Cesinha Chaves
Foto: Ivan shupikov
TIAGO NEGRETTY
TIAGO NEGRETTY Over Croked
Foto: @arthurgomesdasfotos
Se apresenta para os leitores.
Salve galera, sou Tiago Negretty skatista natural de Bauru São Paulo 39 anos 25 deles dedicados ao skate.
Como foi para você participar do Batalha dos Grandes evento on-line?
Pô foi uma experiencia incrivel, pois só tinha os brabos kkkk, e graças a eles fiz manobras que não acertava a anos. Mesmo o evento sendo online, fiz amizades e até trombei de outros estados, em outro estado, pra vocês verem o quão louca foi a conexão.
O que você falaria, para quem pretende participar do evento?
Mano não mosca, entra que você vai participar de um evento top, conhecer uma galera gente boa demais.
TIAGO NEGRETTY
TIAGO
JHONATAN
COVATTI
Bs Flip
Foto: Suzany Barbosa
Se apresenta para os leitores.
Salve! Meu nome é Jhonatan Covatti, moro em Sinop no estado de Mato Grosso, tenho 37 anos e ando de skate desde 2000.
Como foi para você participar do Batalha dos Grandes evento on-line?
Foi muito gratificante, me superei em algumas manobras, conheci vários skatistas que ainda não conhecia, alguns eu tive o prazer de conhecer pessoalmente. Foi diversão total.
O que você falaria, para quem pretende participar do evento?
JHONATAN
COVATTI
Fs Rocksilde
Foto: Kaue Tomazelli
O mais da hora desse evento é as amizades que a gente faz, a conexão com pessoas de outras regiões, então se tiver a oportunidade de participar do evento, participe. Não pense duas vezes não, simplesmente participe que a diversão é garantida.
JHONATAN
COVATTI
SS FS180
Foto: Jeferson Sampaio
MAYKON ROCATELO
Ollie corrego Aricanduva
Foto: @instamichelalmeida
WELLINGTON MARCUS
Ollie Indy
Foto: Gustavo Shimizu
FABIO MARTINS
FS108 Ollie
Foto: Ricardo Junior
MATHEUS PUPULIN
Flip
Foto: Jr Lemos
LUIS PEZÃO
Ollie
Foto: Diogo Groselha
JOÃO PAULO
FS Flip
Foto: Crigor Fernandis
ELDO ABRANCHES
SS Frontside Salad Grind
Foto: Ricardo Borges Todinho
RAFAEL A. DE SOUZA
Flip Bs Tail Slide
Foto: arquivo pessoal
MoMeNtOPoRtAl
rOdRigo sIlVa
Rodrigo Silva, 38 anos, casado com e três filhos. Estou no meu segundo mandato como vereador na Câmara de Peruíbe, onde também tive a honra de ser presidente. Já ocupei cargos como Diretor de Cultura e Secretário de Turismo, Cultura e Esportes na minha cidade.
Sempre amei esportes e incentivei meus filhos a praticarem também. Ao ver equipamentos esportivos em outras cidades, como a pump track, sonhava em trazê-los para Peruíbe. E esse sonho se tornou realidade!
Eu já trabalhei como comerciante, vendedor... Mas minha jornada política começou em 2012, quando me candidatei pela 1ª vez a vereador, ficando como suplente da minha coligação. Em 2013, fui convidado para ser Diretor do Departamento Municipal de Cultura. Em 2016, fui eleito o 2º vereador mais votado da cidade e presidente da Câmara Municipal de Peruíbe para o biênio 2017-2018. No ano seguinte, assumi como Secretário Municipal de Turismo, Cultura e Esportes. Em 2020, fui reeleito vereador continuando meu trabalho na Câmara até o presente momento. Sempre tive o desejo de trabalhar pela minha cidade e trazer realizações para todas as áreas. Acredito numa política representativa e de desenvolvimento, com diálogo aberto e é isso que me motiva todos os dias.
Sem dúvida, a pump track é uma grande conquista para nossa cidade, assim como a reforma e os equipamentos da pista “Pratique Skate” e a criação da Escolinha Municipal de Skate, promovendo o esporte e lazer para os jovens.
Ser vereador é desafiador, sim, pois somos intermediários entre a população e o poder público, representando os interesses das pessoas e promovendo políticas justas e transparentes.
É um trabalho constante que exige criatividade, disposição para o diálogo e busca contínua por soluções que beneficiem a todos. Ainda mais quando buscamos uma nova forma de fazer política, focada nos interesses públicos e em uma administração eficaz e representativa. Porém, é muito gratificante trabalhar diariamente pela cidade que amo e pelas pessoas que vivem aqui, que me permitem representá-las e incentivam em meu trabalho.
Evento feito por mUlheres e para mUlheres.
Por: Fabiola Chilena Neste último mês de março no dia 09 o Vale do Anhangabaú foi ocupado pelo “1° AFRODITES Game of Skate”. Criado por Fabiola Chilena, visando fomentar, movimentar e exaltar a cena do Skate Feminino, da Música e da Arte Urbana.
O evento visa unir e inserir mulheres em todas as operações, trazendo mulheres Juízas, Locutoras, Cantoras, Djs, Grafiteiras e fotógrafas.
Dividido em duas categorias, “ Skate I - 1° lugar Monalisa e “ Skate II “ 1° lugar Jessica Leveck. Contamos com a presença da lendaria Catarina Huh como juíza e Ray Nery que vem do Nordeste com narração das manobras. No grafitte quem chegou com seus traços de
tinta foi Jake(Poucatintamuitagana)e a nova moradora de SP diretamente de Floripa, Naw Miranda (Entre Linhas) trouxe sua Arte Fotográfica para enxer o evento de glamour. O comando do som numa grande Jam Session ficou na responsa de Sol Valdes que chegou trincando com suas letras e representatividade Latina, Mc Noite com suas rimas de peso que chegam batendo forte na cabeça e sua discotecagem impecável, Cris Punk profissional do Skate Donwhill, tmb trouxe sua abrangente pesquisa musical e Fabiola Chilena, veterana do Skate, todas com seleção 100% vinil para trazer aquela Vibração de Amor e Respeito numa festa onde a força Ômega se sente no ar!!! 1°AfRoDiTeS
SKT•FoNe SKT•FoNe
Por Raphael Rodrigo
Salve galera, essa edição traz 2 skatistas de 2 marcas de shape bem diferentes. Deca e Zero e uma curiosidade, os dois vídeos ainda eram produzidos para rodar em vhs.
Daewon Song skatista que possuí um alto nível técnico e criativo, já teve vídeo partes para as diversas marcas, e uma delas foi a Deca skateboards da qual era proprietário. A marca lançou um vídeo promo chamado DECA Sneak Preview e a parte do Daewon Song que inovou na trilha sonora bem diferente.
O nome da banda ou cantora é ERA, uma espécie de canto gregoriano misturado com música eletrônica.
A Zero Skateboards, lançou o Dying To Live e em seu time tem Adrian Lopez que em sua parte com um skate cheio de manobras em escadas e corrimão, adicionou em sua vídeo parte a música da banda chamada Gipsy Kings. Aqui tem as músicas de cada vídeo para curtir um som:
Intro: Alice Deejey - Better Off Alone
Shilloh Greathouse: Special Ed - The Magnificent Shin Okada: Afrika
Bambaataa - Looking for the Perfect Beat (Instrumental) Luis Cruz: Prince Paul & Chubb Rock - Mr. Large
Enrique Lorenzo/Marco Romero:
Method Man & Redman - Da
Rockwilder Brian Hoard: Living Legends - Wave the Flag Marcus
McBride: Sean Paul/DMX/Mr. Vegas - Top Shotter Here Comes The Boom
J.B. Gillet: Capone n Noreaga - Don't
Want To Daewon Song: Era - Ameno
RMX Credits: Lone Rager - Badder
Dan Dem
Intro: The Who - Won't Get Fooled Again
Jon Allie: Slayer - Tormentor John Rattray: The Proclaimers - I'm Going To Be (500 Miles)
Matt Mumford: Queen - One Vision
Ryan Bobier: The Adverts - One Chord
Wonders Friends: Neil Young - Rockin' In The Free World
Adrian Lopez: Gipsy KingsDjobi, Djoba Lindsey Robertson #1: Bob
Marley - Simmer Down Lindsey Robertson #2: Jefferson Airplane - White Rabbit
Ryan Smith: Nirvana - Territorial Pissings
Chris Cole: Styx - Renegade Jamie Thomas #1: Ennio Morricone - Trio (Main Title)
Jamie Thomas #2: Rush - Overture & The Temples of Syrinx Jamie Thomas #3: Ennio
Morricone - Ecstacy of Gold Slams: LardForkboy Credits: Archers of Loaf - White
Trash Heroes Outro: Derek & The Dominos - Layla
Layback grind
Foto: Robson Felix
MaRcOs E.T.
MaRcOs E.T. EnTrE•ViStA
Apresente-se aos nossos leitores. Salve! Sou skatista raiz , kkk, comecei a andar com um skate que eu mesmo construi, uma ripa de caixote de feira e um jogo de eixo e roda dos patins bandeirantes, aqueles que você usava com um tênis por baixo, não havia botas, isso em 1976 aos 11 anos. Imaginar que este ato de surfar no concreto/asfalto mudaria todo o traçado original de minha vida. Nesta idade e nesta época tudo era novidade, no mesmo ano ganhei um skate de verdade com rodas de poliuretano. A partir deste ano o skate passou a fazer parte do meu cotidiano, mas em período de descobertas e oportunidades, ele dividiu minha atenção com outros atividades extra curriculares. Em período de baixa, inicio dos anos 1980, o skate quase desapareceu no planeta Terra. A partir de 1985 com o lançamento da revista Overall e o surgimento do streetstyle e a ascensão do downhillslide, este antigo desejo aflorou novamente e me dominou
Foto e Texto: Robson Felix
totalmente. Neste período andava na Praça Roosevelt, era perto de casa e andava muito por lá no final dos anos 70. Em 1989 passei pra pro. Fui juiz, locutor, lojista, colonista da revista Tribo Skate, pesquisador, secretario da UBS, assinei model de tênis pela Qix em 1997, repórter, roteirista, criei eventos profissionais de skate, assinei coluna politica em jornais de Atibaia, assinei model de shape, camisetas, monitorei aulas pra prefeitura da city. Neste universo atuei em várias frentes , Marcos Cunha Ribeiro, 58, mas podem se referir a mim por Marcos ET.
Como tudo começou para você no skate, do primeiro contato até aonde você se viu envolvido na história?
Primeiro contato foi na loja Waimeia , no Rio de Janeiro, fui com meu primo Valter, que sempre foi surfista e me apresentou também o sk8, em 1973, acho que era inauguração da loja, tinha 8 anos. Os anos passaram e muita coisa aconteceu até que em 1989 recebo a proposta de uma marca grande, WT/ Wildwoold a me promover a profissional, com salário e toda cota de produtos, foi inesquecível, comemorei muito, nunca havia pensado nessa possibilidade. Dai pra frente muita coisa boa aconteceu.
SeTUP
ShApE: 8.5
TrucK: 149mM
RoDaS: 53mM
MoDaLiDaDe: sTrEeT, dOwNhIlLsLiDe, mInIrAmP e bAnKs
TrIcK: pOp shoViT
MaRcA: PUNK Soul SKAtEr
Você começou em 1976, praticamente nos primórdios do skate. Como foi ver toda essa mudança, a adaptação dos skates e sua evolução, manobras, o estilo de se vestir, além das músicas?
Legal falar no jeito de se vestir, tinha um slogam dos anos 80, que era “Fuck fashion”, mas a verdade é que moda e skate sempre andaram lado a lado, não a moda convencional, mas aquela criada pelos skatistas, seja nos anos 70, com o estilo mais surf, um visual hippie praiano e os skates em formato de pranchinha, foi neste contexto que comecei a andar, dando cavadas nas ruas e calçadas, sempre curti a sensação de uma onda de cimento ou asfalto. No início dos anos 80 os decks alargaram e o skate entra na fase punk, new wave,
um visual undergrond, não mais a harmonia do power flower, mas a energia das ruas sujas. O streetstyle surge e as ruas e praças são invadidas, bonelessa, slides, wallride, curb tricks. Na segunda metade desta década o skate assume uma posição de destaque e anarquia , tanto que em 87 o prefeito de Sampa Jânio Quadros (renunciou a
Bs pivot nose grab
presidência em 1961), proíbe a pratica em toda cidade, comoção geral da mídia, que ajudou a divulgar nossa causa e serviu de palanque pra outros. Eu mesmo já fui ameaçado pelos policiais que chegavam com arma em punho, como se fossemos marginais, kkk. Nesta época migramos para o flat da FAAP, 1988, no Pacaembu, área particular. Calça de velcro era o que mais se usava e tênis cano alto com silvertape, esta era a marca do skatista, todos tinham orgulho deste detalhe, que mostrava seu potencial. 90 foi o verdadeiro “Fuck Fashion”, cortamos o cano dos tênis, torneamos as rodas, as roupas eram XXXlarge. Quem encarou este desfaio de recriar o skate, se viu em um cenário muito thrasher, porque já tínhamos mais d e 25 e neste época éramos “velhos”. Este período foi de muita criatividade, cabelos raspados, coloridos, bizarros mesmo, mas originais, éramos skateboarders, e nos orgulhávamos. Aos poucos a mídia vai se abrindo para nosso estilo de vida e visual, fazendo matérias nos principais jornais e programas de tv, o ápice vem em 1995 com a vitória de Bob encanta o mundo com seu swtchstance, Vancouver Slan Jam e Digo campeão mundial Münster Monster Master Ship , ambos no vertical. Dai pra frente foi só sucesso.
Como foi a formação da UBS, e sua participação? Nos explica esse lado da história do skate.
Sua formação não me recordo porque neste período nem sonhava em ser pro, era apenas um skateboarder. muito mais a fim de bagunçar e me divertir. Em 91 já como pro comecei a me aproximar deles e eles de mim, tanto que fui secretário geral entre 91/93, basicamente escrevia contratos, textos para o zine, propostas de eventos e circuitos, corria atras das premiações, era juiz, fazia uma pá de coisa. Nesta época não tinha grana e quase tudo ficava na estória, mas ela foi se estruturando novamente, realizando circuito brasileiro na década de 90 inteira, até que em 2000 fecharam definitivamente e deram lugar a CBSK.
Foot plant wallride
Fakie pivot board to fakie
Durante muito tempo, você foi da Qix Internacional, o que pode ser considerada a maior marca nacional, com maior equipe de skate do Brasil por muitos anos. Como foi sua relação com a marca? Sei que é amigo do Ramon Muller, como é essa relação? Com a marca voltando, você acredita que possa acontecer algum relacionamento seu ou volta para a marca?
Co-autor do livro A Onda Dura, 3 décadas de skate no Brasil.
Entrei em 95, o Urina quem me levou pra Novo Hamburgo/ RS sede da marca. onde conheci o proprietário, que se autointitulava “Sapateiro”. Nos tornamos amigos imediatamente, foram décadas de parceria, em 97 lancei meu model, que me rendeu um Gol, zerinho em seis meses de lançamento, só com royalties. Até o final do ano de 2000 eu era 100% Qix. Sai e retornei em 2004, período em que a equipe Qix International bombou, com profissionais da América do Sul e Europa, nesta época o Chorão entrou pro time e lançou seu cultuado modelo, éramos mais de 20, quando nos reuníamos era uma Torre de Babel, kkkk. Foi um período de dois anos bem aproveitados, com programa na página, fazia muitas matérias legais, divulgando as pistas da época e seus respectivos hot locals. Em 2013, retornei com carteira assinada como pro skater, agora sim, tinha virado um profissional reconhecido formalmente, não mais com contratos anuais. Lancei camisetas, tive um programa no site “espaçonavedoet”, mas como tudo na vida tem prazo de validade, a minha chegou aos 51 anos. Não tenho nenhum vínculo com a marca, mas mantenho amizade com o melhor patrocinador que já tive, e que fez muito por mim e pro skate brasileiro, Ramon tem meu respeito.
Como foi ser realizador do PiraPro, evento mais cobiçado por sua geração?
Na quela época eu fazia as coisas muito mais pensando no skate e na festa do que qualquer outra coisa. Era realizado na veia, sem grandes patrocinadores, do poder público só autorização das áreas quando públicas, no caso do MadCornerPiraPro95, usamos pista pública. A ideias foi bem simples, eu tinha MadCornerSk8Shop, e a revista TriboSkate era no mezanino da loja. Tudo oque acontecia no skateboard nacional passava por lá. Dividi as cotas de patrocínio e apoio, em dinheiro e materiais, estes vendi na loja, viabilizando as verbas necessárias para premiação e pagamento do pessoal. Sendo local da mini- ramp de Piracicaba e patrocinando o profissional Silvinho,
melhor local de sua época, resolvi fazer um evento que misturasse profissionais de modalidades diferentes e gerações, com uma premiação generosa pra época.
O campeonato alcançou seu objetivo, o grande campeão overall dos anos 80 ficou em segundo MauroMureta e vitória para jovem NiltonUrina. Em menos de um ano após, realizamos o SabaghPiraPro96, desta vez estava com os parceiros de longa data DanielzinhoArnoni e AriBason, sucesso e vitória do gaúcho BianoBianchin, que engordou em mil reais sua viagem ao mundial de Münster, Alemanha. Além destes fiz o AndradasVertPro96, junto com o meeting internacional de voo livre, a convite de Lois voador de Atibaia e entusiasta do skateboarding, após 4 meses mais uma realização
Layback revert
memorável, Ueda, Bob, Mineirinho, Chileno, Geninho, Digo, os melhores vert riders do mundo. Fiz com a ajuda dos melhores, fizemos por amor ao sk8, na veia mesmo. Depois disso nunca maios fiz nenhum pro, me dediquei a minha carreira de profissional, fazendo viagens, competindo e fazendo demos pelo pais. Qual foi seu melhor momento como skatista? Porque ?
Quando percebi que poderia me sustentar com o meu sk8, teria autonomia de viver do meu jeito, acordar e ir pra Roosevelt e saber que esta seria a minha profissão pelo resto da vida.
Você está superando uma luta contra o câncer, como está sendo passar por essa fase? Complicado porque sofri dores insanas, fui internado por causa da vesícula e descobrem um tumor e duas tromboses na veia porta. Loucura total, de manhã estava no Quadrado fazendo aquele rolê, e de madrugada estou doido de dor. Punk, fui internado, já fiz vários procedimentos, agora aguardo retornar dia 9/04 aos exames para marcar a retirada do tumor. Agradeço a Deus por guiar as mãos dos médicos, toda a equipe, minha esposa que tirou férias para cuidar de mim e todos que tiveram um segundo de seu dia pra mandar uma mensagem ou positividade. Se Deus quiser quando esta entrevista estiver em mãos, estarei me recuperando e pronto pra session.
Deixe seu recado para galera! Ande de sk8 e divirta_ se Agradecimentos.
Minha esposa Virginia, te amo!
CoR? AmArElO LiVrO? a OnDa DURa MUSícA? ThE CaRs AnImAl? gaTo CoMiDa? Da Vi (eSpOsA) FiLmE? ErAm DeusEs AsTrOnAUTaS EsPoRtE? SKAtE ViDa? QUE aMo
SKT•SaÚDe SKT•SaÚDe
comportamentos
Fala, skatista! O tema desta matéria é inspirado em vivências que me fizeram abrir os olhos para o caminho da longevidade. A história começa no período que cursei administração com a ideia de abrir uma skateshop. A escolha foi pelo chamado de trabalhar com o skate, mas ainda não era algo alinhado com o meu propósito. O mundo corporativo me expelia, não me conectei. Somando isso com a mentalidade de andar de skate e nos deslumbramentos que ocorrem na juventude, pensava apenas em manobrar e festejar. Eram rotineiras as bebedeiras, tabagismo e outros comportamentos que a noite proporciona. Me acostumei com esse lifestyle, a fuga que o skate me proporcionava era somada, agora, com a fuga por meio do álcool e festas. O tempo passou, as responsabilidades aumentaram, mas os hábitos abusivos permaneceram. Normalizei andar de skate com uma ressaca colossal, corpo exalando álcool e aquele pigarro marcante. No início dos 20, era divertido, me sentia underground e jurava não sentir os efeitos disso.
Essa cultura aparentava inofensiva, mas percebi, com o passar dos anos, que “ia direto” de quarta a domingo, usando estas substâncias como fuga e recompensa das minhas responsabilidades. Inevitavelmente, testemunhei o meu corpo não responder bem a esse estilo de vida como antes respondia (ou achava que respondia rs).
A resposta era física, com lesões recorrentes
Por Rodrigo Bonadio skatista e fisioterapeuta do esporte
e também mental, com a ansiedade e depressão. Vale ressaltar que levava uma vida completamente funcional para quem “olhava de longe”, trabalhando, estudando e vivendo socialmente em “harmonia”.
Mas, quando refletia sobre, era nítida a desarmonia, que o lifestyle destrutivo me afastava dos meus objetivos de vida.
Foi necessário um momento de reflexão para definir o que queria. Poxa, se a meta é andar de skate para sempre e desfrutar da minha família, este comportamento não faz o menor sentido. Decidi fazer uma pausa, um mês sem beber. Sem brincadeira, foi um dos melhores meses da minha vida. Senti o corpo desinchar, mais preparado para as sessões, com as ideias fluindo com mais clareza, mais focado no trabalho e fiz interações sociais com mais sentido. A sensação era de que tudo estava linkado. Depois desse detox, comecei a estabelecer metas e assim sigo nos dias de hoje, me desafiando em prol da evolução física, mental e espiritual. Para não ser extremista, moderar é necessário e demanda sabedoria. Todo esse processo me revolucionou, aprendi a me respeitar mais, a dizer “não” e a ter um olhar mais crítico sobre as coisas. Foi necessário compreender o meu contexto e propósito, colocando em prática tudo aquilo que preciso para alcançar o que almejo. Abdicar para receber, que todos possamos fazer isso com equilíbrio. O corpo e o skate agradecem.
DoTa haSh JaPÃO
haNgup LoVeRs
Apresenta para nossos leitores a banda Hangup Lovers. Power trio, formado por Dota Bones (baixo e voz), Hash Golem (bateria e voz) e Renato Japão, (guitarra e voz). Indo direto ao ponto: somos uma banda de skatistas fazendo som de Skate! A gente procura fazer uma música que reverencie nosso lifestyle; que transmita uma pegada honesta e objetiva, mas também leve e divertida.
Como formou a banda Hangup Lovers?
Dota da banda de punk “Os Contras”, montou uma sala de ensaio em casa, com a parceria com o Hash que levou ao projeto de uma banda de skatista. Então, em julho de 2021, Hash liga para o Japão pra ir até a casa do Dota que pega no baixo, Hash senta na bateria e entrega uma guitarra para o Japão. Daí em diante a história vem sendo escrita nota por nota.
Quais são as referências da banda?
Skate e música sempre tiveram tudo a ver. Tem muito do Punk, mas não estão limitados a um único estilo musical. Cólera, Replicantes, Mercenárias, Spy vs Spy, Boom Boom Kids, Circle Jerks, Buzzcocks, Fugazi, Agent Orange, Los Olvidados, Black Flag, Inocentes, Olho Seco, GBH, Ratos de Porão, DeFalla. Nessa salada musical ainda tem: Stoner, Surf Music, Progressivo, BR Rock e Post Punk. Não há limites quando se busca realizar um bom trabalho musicalmente.
Conte um pouco da história da banda para a gente?
Andamos juntos de skate a uns 10 anos e afinidade musical se ouvia nas seshs. A banda ainda tem um hábito maluco de criar músicas “na hora”. A nossa essência sempre foi autoral. Fomos agraciados com uma fluidez musical que produz um resultado agradável e recompensador pra gente.
Quais são os planos para a banda?
Lançamos em 2023 o EP “Comendo borda enquanto o gado pasta”, com quatro músicas, sendo duas autorais e duas releituras de bandas clássicas mineiras - Divergência Socialista e O Último Número. Esse trabalho vocês encontram no Spotify e YouTube. Temos nos apresentado em eventos de Skate e estamos trabalhando na produção de novas músicas e show. Aguardem novidades!
Agenda de show, e como entrar em contato com vocês?
Instagram @hanguplovers
e-mail: hanguplovers@gmail.com
Deixe seu recado para a galera?
Japão: O mundo tá cada vez mais cinza e é nesse momento que precisa de gente pra fazer a diferença. Seja essa peça que faz a engrenagem se mover! Atitude sempre!!!
Hash: Desliga a TV ou o PC e vai lá pra fora. Tá um dia lindo e perfeito pra andar de skate!
Dota: busque a essência não a tendência!!!
Agradecimentos?
Japão: Agradecer a Revista Reverse pela oportunidade de poder contar sobre a gente e a todos àqueles que tem acreditado em nós. Obrigado ao Skate e a música não param!!!
Hash: Agradecer ao John Ulhoa, que nos permitiu resgistrar essas músicas. A você, Jamzeira, pelo apoio de sempre e pelo espaço cedido e agradecer aos amigos e amigas skatistas de todo o Brasil que continuam levando nossa cultura dentro do coração de maneira genuína. Morte aos falsos!!!