Revestrés#48

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HOMENAGEM DA EDIÇÃO

O PIONEIRISMO FEMININO DE AMÉLIA BEVILÁQUA

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e Jerumenha, região ao Sul do Piauí, Amélia Carolina de Freitas Beviláqua foi a primeira mulher a se candidatar a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1930, embora tenha sido rejeitada por não corresponder ao regimento, que prevalecia a candidatura a escritores homens. Sendo relatado na tese de doutorado da professora Algemira Macêdo (Uespi), que sete foram favoráveis à aprovação de seu nome e 14 membros votaram contra. A filha do jurista e político Desembargador José Manuel de Freitas e da D. Teresa Carolina da Silva Freitas, foi casada com Clóvis Beviláqua, filósofo e historiador cearense, e teve quatro filhas. Nasceu em 07 de agosto de 1980, residiu os primeiros anos da vida no Piauí, depois morou em São Luís-MA e Recife-PE e, por último, no Rio de Janeiro-RJ, onde faleceu em 17 de novembro de 1946, com 86 anos.

dia e Dicionário Internacional. Amélia enveredou pelo caminho das letras por influência do marido e do irmão, João Alfredo de Freitas. De Clóvis Beviláqua ela tinha o respeito e admiração pelo interesse na literatura, partiu dele a proposição para concorrer a cadeira na ABL. Mas desde os 8 anos de idade, quando leu o seu primeiro livro “Paulo e Virgínia”, de Bernardin de Saint Pierre, foi fisgada pelo universo literário. Embora não tenha obtido o reconhecimento nacional, recebeu o prestígio nacional, no Piauí a escritora ocupou a cadeira 23º da APL (Academia Piauiense de Letras), também foi patrona da cadeira 48 da Ala Feminina da Casa Juvenal Galeno-Ceará e patronesse da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil-AJEB.

Amélia Beviláqua e sua história na luta pelos direitos das mulheres foi relatada na literatura piauienO início da vida literária de Amélia começou ainda se por escritores como Lucídio Freitas, Mathias nos primeiros anos de escola em São Luís, no jornal Olimpyo, João Pinheiro, Herculano Moraes e Mondo colégio com a publicação de contos e poesias. senhor Chaves. Na sua busca em ocupar espaços, Foi redatora e cofundadora da revista Lyrio de Re- majoritariamente, frequentados por homens, a escife, em 1902. A primeira edição feminina feita por critora foi importante para abrir caminhos a outras mulheres no Nordeste, que contava com crônicas, grandes literatas. contos e comentários literários. Ela escreveu para a Revista do Brasil, de São Paulo, e em grandes jornais de circulação de Recife. Contista, poeta, crítica literária, ensaísta, teve diversos textos publicados em jornais do país. Entre os romances estão Através da vida (1906), Angústia (1913) e Contra sorte (1933). Os contos foram Milagre de Natal (1928), Literatura e Direito (1907), Impressões (1929), Divagações sobre a consciência (1931), Alma universal ( 1935). Outras publicações que marcaram a sua carreira literária foram a revista Ciência e Letras, Literatura e Direito, Almanaque Brasileiro Garnier, Enciclopé26 www.revistarevestres.com.br


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