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Comportamento
A ansiedade aumentou, mas ela pode ser sua aliada!
De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil em 2019 já era considerado o país mais ansioso do mundo, com uma estimativa cerca de 19 milhões de brasileiros ansiosos antes da pandemia! Diante de dados tão preocupantes e, principalmente, do sofrimento que as pessoas ansiosas sentem física, cognitiva e emocionalmente, como: palpitações no coração, suor excessivo, tremores, insônia, angústia no peito, insegurança, temores diversos, pensamentos acelerados acompanhados de negatividade, vontade incontrolável de fugir diante das situações e que são tão desencadeantes de crises de ansiedade, fica a pergunta:
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O que fazer?
Para a psicóloga Cássia Cavalcante, que foca sua atuação em atendimento clínico para a ansiedade, a ideia central é trabalhar em psicoterapia para que o cliente torne a ansiedade sua aliada e não mais uma inimiga a ser combatida.
De uma forma muito resumida, sugere um dos possíveis caminhos para o tratamento.
O primeiro passo é entender que a ansiedade tem uma função: proteger e alertar sobre algo compreendido como ameaçador ou perigoso.
Segundo, saber que esse é um sistema de proteção antigo e quando o cérebro o aciona é para te preparar para fugir ou lutar.
Entendendo isso, o terceiro passo é trazer diante das situações ou pensamentos que acionam esse sistema de proteção, perguntas de como ele pode te ajudar a lidar e enfrentar as situações ao invés de evitar, fugir ou correr delas.
É importante entender que a ansiedade não é boa ou ruim, o que a diferenciará, será a forma como poderá ser utilizada a seu favor e o grau de intensidade que ela tomou.
Por exemplo:
Se você tem uma reunião importante ou uma apresentação para fazer, muito provavelmente ficará ansioso, isso é perfeitamente normal e até pode te ajudar a se preparar.
Usando a ansiedade como inimiga: você pensaria sobre essa situação fazendo perguntas que começam pelo bom e velho “ E se...”. Como por exemplo:
1. E se me der um branco?
Usando a ansiedade como aliada: “Caso me dê um branco vou consultar os tópicos que colocarei na apresentação ou na folha que terei ao meu lado durante a apresentação”.
2. E se eu não for capaz?
Usando a ansiedade como aliada: “Como fui convidada para fazer essa apresentação, significa que tenho algo a acrescentar e sou capaz de comunicar isso usando estratégias.
É importante destacar que estamos falando de uma ansiedade comum à moderada e pode ser bem trabalhada em psicoterapia por meio de técnicas e ferramentas que ajudem tanto nos sintomas físicos quanto no pensamento (como visto no exemplo acima). Agora, se a intensidade da ansiedade for caracterizada como um transtorno, trazendo prejuízos importantes nas relações pessoais, profissionais e na saúde, é necessário além da psicoterapia, um acompanhamento médico e talvez medicamentoso para ajudar no tratamento. Cássia Cavalcante é psicóloga, neuropsicóloga e estudiosa em inteligência emocional, atua em consultório particular com foco no tratamento da ansiedade. Fone: (11) 99169-5955 Instagram: @cassiacavalcantepsi E-mail: cassia_oc@yahoo.com.br
Reprodução/Internet