Flower Cake

por Henrique Romanine

Impossível resistir a um doce, não é mesmo? Seja em festas, comemorações ou em momentos da correria do dia a dia, apelar para algo açucarado pode fazer uma grande diferença, no sentido de dar um sabor a mais pra vida.

E, em tempos de redes sociais, são inúmeras as imagens e ofertas que surgem. Diferentes registros de bolos, brigadeiros, comidas, entre outras guloseimas, engordam a gente apenas com o olhar.

Justamente por conta desse contato visual que Jennifer, a proprietária da empresa Jenny Gourmet, começou a chamar a atenção de potenciais clientes na Internet. Muito por conta de uma técnica praticamente inédita: a Flower Cake.

Mas, como é possível existir uma flor de açúcar e, principalmente, comestível? É esse segredo que Jennifer conta para a gente no texto abaixo, entre outras informações deliciosas sobre o mundo dos doces.

Persistindo no sonho

Um dos carros-chefe da empresa de Jennifer, a Flower Cake surgiu por uma necessidade da empresária trabalhar, em seu negócio, um lado artístico e que pudesse ser traduzido através das guloseimas que ela prepara.

“Eu gosto de brincar com isso nas pessoas, sabe? Porque é muito artístico e uma coisa diferente que não se encontra tão fácil. Tudo isso é uma micro assinatura minha, pois eu procuro criar doces diferentes. Eu estou sempre estudando, em constante evolução. Porque eu acho que a gente tem que mudar sempre, ainda mais nesse ramo.”

A paixão de Jennifer por doces começou através das mãos de sua mãe, que a ensinou a preparar as mais diferentes receitas. A partir disso, e encarando como um gesto de amor, foi se especializando, gradualmente, nas sobremesas.

Daí para começar a fazer doces fora do ambiente familiar foi um pulo. Jennifer deu a partida em seu talento, através da inauguração da loja de uma ex-patroa, em que ficou responsável pelos doces da festa.

Nesse momento, foi tomada por outra percepção. “Fiz os trezentos doces que ela me pediu e, durante a inauguração da loja, falei que não trabalhava com isso, mas nessa hora deu aquele estralar, né? E aí eu falo que foi Deus quem me deu essa visão. Me mostrou que era isso que deveria seguir, era minha vocação, afinal todo mundo falava que eu tinha talento, o dom. Então eu fui atrás de aperfeiçoar esse dom”, conta Jennifer. Depois dessa visão, Jennifer estabeleceu parceria com uma amiga que trabalhava com eventos, e foi se especializando através de diversos cursos por todo o Brasil, ao lado de grandes nomes da área, até obter um certificado coreano, conquistado em Brasília.

Flower Cake: o diferencial Com uma experiência de cinco anos no ramo, sendo reconhecida como cake designer e nível master da KDCAA, além de certificada pela ABBF e pela Coreia, Jennifer sente que o certificado coreano, essencial para poder desenvolver a técnica da Flower Cake, foi uma das suas grandes jogadas para se estabelecer profissionalmente.

A Flower Cake é uma técnica que pode ser produzida com chantilly, creme de manteiga e glacê real, formando um creme que, aplicado a bolos e doces, pode formar diferentes imagens, como flores. Essa técnica possui características realistas, como movimentação e umidade, porém, produz um doce comestível. Ou seja, a perfeita combinação entre profissão e arte que Jennifer tanto buscava para o seu trabalho.

Jennifer é especialista em doces e bolos de casamento para eventos sociais e matrimoniais. O uso da técnica de Flower Cake levou sua empresa a crescer bastante, principalmente por conta dos doces produzidos com mini flores de açúcar. Tanto que recebeu importante premiação da área Casamentos Awards em 2019, 20, 21 e 22, e concorre à edição de 2023.

“Os clientes ficam encantados, porque é um trabalho bem difícil de se ver aqui em Curitiba, né? As flores de açúcar. Normalmente o pessoal vê as flores de biscuit, mas a de açúcar é muito difícil, principalmente a parte realista. Então, esse é um pouco do meu diferencial, tanto que eu estou concorrendo ao prêmio Cake Awards de 2023. Eu mandei um bolo pra eles, que passou pela primeira fase e agora vamos torcer pra seguir pra segunda fase”, completa.