EDITORIAL Para a 5ª edição da Revista Turma do ZEBUzinho somamos esforços de parceria com a Escola Municipal Professora Olga de Oliveira (Rede Municipal), com o Colégio Jean Christophe (Rede Particular) e com o Instituto Federal do Triângulo Mineiro, Curso Técnico em Agropecuária (Rede Federal). Tal parceria, de forma simples e pontual, permite ao Museu do Zebu Edilson Lamartine Mendes intensificar junto às escolas, universidades e comunidade em geral, a socialização das atividades realizadas pela ABCZ no segmento educacional. Com a realização de Visitas Orientadas e Oficinas pedagógicas, desdobram-se inúmeras ações que expressam o compromisso educativo do Museu do Zebu e da ABCZ para com a formação educacional dos nossos jovens. O conteúdo da 5ª edição da Revista “Turma do ZEBUzinho”, retrata os “80 Anos do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas”, homologado
à ABCZ pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, colocado em prática em 1938. Essa 5ª edição da Revista Turma do ZEBUzinho é apresentada com linguagem clara e acessível a todos, independente de faixa etária. Para os professores, o material poderá ser mais um recurso educativo em sala de aula, permitindo que o conhecimento histórico de parte do legado de nossa região e da história brasileira, seja trabalhado de forma lúdica. A trajetória do Registro Genealógico das Raças Zebuínas e o reconhecimento da sua importância, com referência à fixação do patrimônio genético, à promoção da melhoria da qualidade da carne e do leite e ao aumento da produtividade dos rebanhos brasileiros poderão ser usados como uma viagem no tempo, para apropriação de conhecimento sobre relevantes contribuições para com a trajetória do “Boi do Cupim” no Brasil.
SUMÁRIO 4 A história dos pioneiros criadores de Zebu e do Registro Genealógico 6 Você sabe quando o Zebu chegou ao Brasil?
14 História do registro genealógico: da Sociedade Herd Book Zebu à Associação Brasileira dos Criadores de Zebu 22 A Evolução do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas
8 Quem foram esses pioneiros?
28 Linha do Tempo: 80 anos da delegação do registro genealógico pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
12 Nem tudo eram flores
32 Textos dos alunos
A história dos pioneiros criadores
Gir
de Zebu e do Registro Genealógico
Você sabia?
Era uma vez...
Que, de acordo com informações do IBGE/CEPEA, o PIB da Pecuária no Brasil movimentou R$ 483,5 bilhões em 2016 contribuindo, desta forma, para sustentar a economia brasileira?
Uma rápida olhada na nossa história, com episódios muito interessantes, ajuda-nos a entender a importância das raças zebuínas dentro da pecuária bovina brasileira.
Nelore
Alimentando o brasileiro e o mundo As indústrias de carne e de leite são os principais setores de alimentos, constituem as maiores do ramo em termos de geração de renda e são responsáveis pela criação de milhões de empregos em seus diversos segmentos no Brasil.
Tudo começou...
Indubrasil
Os resultados produtivos demonstraram que as raças zebuínas trazidas da Índia pelos pioneiros encontraram no Brasil condições ótimas para o seu desenvolvimento. Brahman
Qual é o principal rebanho bovino do Brasil? Acredita-se que 80% dos animais do rebanho bovino brasileiro tenha genética de origem do Zebu.
Guzerá
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O Zebu demonstra o poder da boa adaptação, crescimento e multiplicação das suas raças no Brasil, que é tropical, e ao potencial humano do seu povo para lidar com o universo da pecuária.
Sindi
Os selecionadores descobriam que esses animais têm capacidade de se adaptar aos diferentes biomas e atendem às expectativas das demandas no território nacional. O Zebu tornou-se um valioso patrimônio com altíssima qualidade genética. 5
Você sabe quando o Zebu chegou ao Brasil?
Cangaian
O Zebu está efetivamente no Brasil desde a década de 1850 e, atualmente, temos milhões de exemplares da espécie por todo o território nacional. A princípio, esses animais eram importados por meio de mercadores europeus para fazendeiros do estado do Rio de Janeiro e, posteriormente, do Triângulo Mineiro.
O Zebu se adaptou facilmente em nosso país? O sucesso da multiplicação do rebanho por todo o país demonstra o poder de convivência, crescimento e multiplicação das raças zebuínas nas condições climáticas que o Brasil oferece. Foram essas características dos zebuínos que despertaram o interesse de alguns criadores que organizaram importações de animais da Índia entre 1893 e 1962, em diferentes intervalos e quantidades. A partir de 2010, aconteceram importações de embriões coletados na Índia por brasileiros.
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O que sabemos sobre os primeiros criadores de Zebu no Brasil? É possível ver com clareza que se tratava de homens de visão que enxergavam muito além de seu próprio tempo e que prestaram importantes contribuições para a trajetória do “Boi do Cupim” no Brasil.
Entre 1893 a 1921 as importações da Índia ocorreram livremente, mas o governo brasileiro as proibiu por razões sanitárias.
As importações que se organizaram em 1930, 1952, 1958 a 1962, ocorreram sob licença especial de importação e com exigência de quarentenário. Nada disso, porém, impediu que os pioneiros promovessem o crescimento impetuoso e a instalação no país de uma das pecuárias mais pujantes (baseada na genética zebuína) de todo o globo terrestre. Tabapuã
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QUEM FORAM ESSES PIONEIROS? O Zebu foi inserido no Triângulo Mineiro pelos criadores Antônio Borges de Araújo, Zacharias Borges de Araújo e Teófilo Rodrigues da Cunha, antes dos anos 1890. Traziam esse gado de criadores do Rio de Janeiro, como: Manoel Ubelhart Lemgruber, João de Abreu Júnior, Barão das Duas Barras, o Barão e o Conde de Nova Friburgo, José Antônio Lutterbach, entre outros.
Theophilo de Godoy, saindo de Araguari, foi o primeiro brasileiro a ir à Índia em busca de bovinos das raças zebuínas para os criadores do Triângulo Mineiro. A partir daquele momento, fazendeiros de Uberaba, como José Caetano Borges passaram a comprar mais Zebus, ou a pedir ao governo que os auxiliasse a adquiri-los.
Em 1890, os irmãos Borges (fundadores da usina Cassu) e donos da empresa Borges & Irmãos, trouxeram da Índia, através das Empresas Casa Arens e da Casa Hopkins & Kauser, alguns animais da raça Guzerá. Em 1892, Geraldino Rodrigues da Cunha importou alguns exemplares através da casa Arens.
Qual é o Centro do Zebu no Brasil? Uns dos primeiros a divulgar a cidade de Uberaba como o centro do Zebu foram José Caetano Borges e Joaquim Machado Borges. José Caetano Borges foi quem promoveu a primeira exposição de gado Zebu em 1906 no Brasil, ajudado pelo seu cunhado Joaquim Machado Borges. Foi impressionante. Mais de 1000 animais foram expostos.
Theophilo de Godoy
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Praça Rui Barbosa em Uberaba na década de 1920
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Vários criadores de Uberaba, como Ovídio Irineu de Miranda, traziam gado Zebu de outros estados, principalmente do Rio de Janeiro e de fazendas dos criadores Coronel Júlio Cesar Lutterbarch e Manoel Lemgruber.
José Caetano Borges
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Joaquim Machado Borges
Fazenda Cassu
Pavilhão de Manoel Borges de Araújo na Exposição de 1911
Outras importações seriam realizadas entre 1906 e a Exposição promovida pela Prefeitura Municipal de Uberaba em 1911, na qual os Coronéis Manoel Borges de Araújo, José Caetano Borges, Joaquim Machado Borges e José Machado Borges construíram seus próprios pavilhões e ainda ergueram com recursos próprios uma vila com casas, currais, instalação de luz elétrica, chafariz e quatro pavilhões para bovinos.
Pavilhões da Exposição de 1911
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NEM TUDO ERAM FLORES A história conta que o ilustre médico e filósofo positivista Luís Pereira Barreto (1840-1923) foi um dos primeiros a iniciar uma feroz luta contra o Zebu em artigos publicados no jornal ‘O Estado de São Paulo’, entre os anos de 1917 e 1921. Essas críticas fortaleceram ainda mais a vontade dos criadores mineiros de Zebu em mostrar para o Brasil a qualidade deste gado.
Luiz Pereira Barreto
Os mascates (como Arnaldo Marques Soares, os irmãos Antonio Amado e Silva Amado, José Amado Filho, José Braz, Ovídio Miranda Brito, Jeremias Lunardelli entre outros...) ajudaram a tornar o Zebu conhecido junto a outros fazendeiros de Uberaba. Levaram o Zebu para todo o país, seja tocado em comitivas, trens, caminhões, navios e até aviões. Hoje, a genética do Zebu brasileiro está presente em boa parte do mundo tropical do planeta.
Mas a campanha impressionou vivamente não somente a maioria dos fazendeiros como autoridades das esferas governamentais do país. O Zebu passou a ser repudiado em muitos lugares. Nem era aceito nas exposições. Era considerado um “bicho”.
Caminhão de Mascates com o gado Indubrasil à frente. Observam-se os dizeres: “Uberaba a Capital do Zebu” e abaixo “Zebu não custa, vale!”
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Para os zebuínos participarem da Exposição de Belo Horizonte, em 1908, foi necessário que os uberabenses se dirigissem a João Pinheiro, então Presidente de Minas Gerais – (era o termo que se utilizava na época para governador) que, diferentemente dos demais, via o quanto o Zebu era importante economicamente. O Presidente de Minas determinou que o rebanho fosse recebido para avaliação na exposição.
Início do transporte aéreo em Uberaba na década de 1940
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História do registro genealógico:
Da Sociedade Herd Book Zebu à Associação Brasileira dos Criadores de Zebu Palacete de Joaquim Machado Borges, primeiro à esquerda. Local onde ocorreram reuniões da Sociedade Herd Book Zebu e Sociedade Rural do Triângulo Mineiro até 1935
Zebu bom é Zebu registrado
Com a entrada das raças zebuínas no Brasil, alguns criadores, principalmente da região do Triângulo Mineiro, começaram a se preocupar em proteger a pureza racial desses animais e passaram a registrá-los. Em 16 de fevereiro de 1919, foi criada a Sociedade do “Herd Book Zebu”. 14
Registro Genealógico realizado pela Sociedade do Herd Book Zebu em 1923
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Exposição de 1934 realizada de frente a Santa Casa da Misericórdia
O Presidente Getúlio Vargas assinou a homologação do Registro Genealógico das raças indianas para a SRTM
Em 18 de junho de 1934, foi criada a Sociedade Rural do Triângulo Mineiro que deu continuidade ao trabalho da Sociedade Herd Book Zebu.
Sede da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro – fundada em 1935
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Em 1936, o Brasil foi signatário do Convênio de Roma, que previa a padronização de critérios para o registro genealógico das raças de animais de diversas espécies.
Surgiu então a necessidade da criação de uma entidade específica e brasileira com o intuito de desenvolver tal serviço para as raças zebuínas. A SRTM e o Ministério da Agricultura uniram-se para coordenar e executar os Serviços Genealógicos, e com isso, foram criados os padrões raciais das raças gir, nelore, guzerá e indubrasil. Os primeiros registros foram executados em 1938.
1º touro marcado pelo presidente da república Getúlio Vargas, como início do registro genealógico da raça indubrasil em 1938
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Posteriormente foram estabelecidos os padrões das raças Sindi (1961), Nelore Mocho (1969), Tabapuã (1971), Gir Mocho (1976), Nelore com variedade de pelagens (1984), Cangaiam (1988) e Brahman (1994). O
Registro do Gir Mocho
primeiro registro de Zebu na Índia pela ABCZ foi feito em 1998 e o do primeiro animal clonado no Brasil em 2009.
Primeira página do Jornal O Estado de São de Paulo de 10 de setembro de 1938 era inteiramente dedicada a noticiar os registros das raças e a assinatura da homologação pelo presidente Getúlio Vargas
Registro nº 1 de Nelore Mocho
Governador Benedito Valadares registrou a vaca número 1 de propriedade de João Machado Borges
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Primeiro registro Cangaian
Registro nº 1 da ABCZ na Índia em 1998 O Presidente da ABCZ registra o touro nº 1 da raça Brahman em 1994
Primeiro registro Nelore variedade de pelagens. Revista Zebu nº 1 – 1984
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A EVOLUÇÃO DO SERVIÇO DE REGISTRO GENEALÓGICO DAS RAÇAS ZEBUÍNAS O que é a ABCZ?
O ZEBU SÓ TEVE A GANHAR COM O REGISTRO GENEALÓGICO Em 25 de março de 1967 a Sociedade Rural do Triângulo Mineiro transformou-se na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Uma entidade sólida e que tem como principal missão o Registro Genealógico e o melhoramento genético zebuíno.
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A ABCZ é a responsável por realizar os registros dos animais com todas as informações como um grande cartório do Zebu. Temos que agradecer aos criadores de Zebu que reconhecem o valor do registro genealógico, demonstrando o quão importante é este certificado de origem para o processo de seleção e a melhoria da qualidade dos bovinos em nosso país. Este resultado positivo é alcançado graças ao empenho de toda a equipe da ABCZ.
1967 – Diretoria da SRTM que a transformou em ABCZ
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Caranguejo (símbolo que marca o gado). O Triângulo representa a região do Triângulo Mineiro. Dele saem duas linhas curvas que simbolizam Minas (para muitos, a própria cabeça do zebu). Este logotipo só foi registrado, oficialmente, em 1970
O que é e para que serve o Registro Genealógico?
POR QUE REGISTRAR? O Registro informa todos os dados dos animais: identificaos, congrega os seus dados de produção, se é bom para produzir leite e/ou carne, se podem melhorar a qualidade do rebanho dos criadores. Quanto mais qualidades o animal tiver, que possam ser comprovadas no seu registro, mais ele será valorizado na hora de ser comercializado.
O registro é um documento oficial (como uma carteira de identidade) que comprova a existência dos animais, identifica sua origem e a raça a que pertence. Além disso, o registro possibilita conhecer a história do animal, sua genealogia, quem foram seus pais, avós e bisavós; e com isso todo o valor que ele poderá passar aos seus descendentes. Por conta da sua importância, todo seu regulamento tem de ser aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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Quem fornece as informações para o banco de dados? O selecionador de raças fornece as informações que alimentam todo o banco de dados que contempla uma população de bovinos sob seleção. Sempre com acompanhamento da equipe da ABCZ.
A ABCZ registra em todo o Brasil mais de 600 mil zebuínos por ano e possui o maior banco de dados do mundo sobre o Zebu, com milhões de animais cadastrados. Constam nos arquivos da ABCZ de 1939 a 2016, aproximadamente dezoito milhões de animais com Registro Genealógico. São animais das raças Brahman, Cangaiam, Gir e Gir Mocho, Guzerá, Indubrasil, Nelore, Sindi e Tabapuã.
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Como o serviço de registro genealógico e do melhoramento genético das raças Zebuínas contribuem para aumentar a produção de leite e carne no Brasil? Além do crescimento do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas, a ABCZ cumpriu várias metas importantes em áreas estratégicas: o Melhoramento Genético, através da ampliação do PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos); a liberação da Genética Zebuína junto aos pequenos produtores, através do Pró-Genética (Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino); a divulgação do Programa de Recuperação de Pastagens em parceria com os pecuaristas, através de ações e eventos como os Dias de Campo; o Treinamento e Capacitação de milhares de profissionais que trabalham diretamente na pecuária, através da realização de vários cursos gratuitos.
Você sabe qual é a importância do melhoramento genético?
As técnicas de melhoramento genético utilizadas no Brasil, por produtores rurais e técnicos especializados são adotadas e aprovadas no mundo todo. Elas revolucionam e aperfeiçoam as diversas raças aqui existentes, conseguindo melhor desempenho, eficiência e qualidade. Assim o Brasil passa de importador de animais para exportador de genética superior. 27
LINHA DO TEMPO Fundação e escolha da diretoria da Sociedade do Herd Book Zebu, em Uberaba, sendo a primeira entidade oficial a registrar a genealogia das raças de Zebu no mundo. 1918
1919
Alceu Miranda e Fernando Ruffler iniciam a organização do Herd Book Zebu.
1934
1936
1938
A Sociedade Rural do Triângulo Mineiro é fundada em 18 de julho, com a finalidade de substituir e continuar a Sociedade Herd Book Zebu, mantendo o Registro Genealógico iniciado por esta.
Primeiro registro genealógico da raça Sindi.
Definidos os padrões raciais das raças Gir, Nelore, Indubrasil e Guzerá. Realizados os primeiros registros no Parque da Gameleira em BH, durante a VII Exposição Nacional de Animais e Produtos Derivados das raças Indubrasil, Gir e Nelore. 1938
Em 17 de fevereiro foi registrado o primeiro animal da raça Guzerá.
1961
Sob delegação do Ministério da Agricultura, começa a execução dos Registros Genealógicos das Raças Bovinas de Origem Indiana, em regime de Livro Aberto, em todo o território nacional.
Assinada a Convenção de Roma para unificação do Registro Genealógico das Raças Bovinas, da qual o Brasil tornou-se signatário.
1939
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80 ANOS DA delegação DO REGISTRO GENEALÓGICO PELO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, Pecuária e Abastecimento
A ABCZ dá inicio às Provas Zootécnicas, que se tornariam os pilares das futuras avaliações genéticas. As provas integram um grande programa nacional de melhoramento do Ministério da Agricultura, denominado PRONAMEZO, e particularmente o PROZEBU. 1967
Sociedade Rural do Triângulo Mineiro transforma-se em Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ.
1968
1969 A raça Nelore Variedade Mocha tem seus primeiros registros realizados pela ABCZ em 25 de fevereiro.
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LINHA DO TEMPO
A ABCZ, em parceria com a Embrapa, lança o primeiro Sumário Nacional de Touros das Raças Zebuínas – grande passo para a evolução das avaliações genéticas que seguem até os dias atuais.
Em 31 de janeiro são registrados os primeiros animais da raça Gir Variedade Mocha. 1976
1971 A ABCZ inicia o Registro Genealógico da raça Tabapuã.
1984
1984 A ABCZ passa a registrar Nelore com variedade de pelagens.
1992
São estabelecidos os padrões da raça Cangaian.
Primeiro Registro Internacional feito pela ABCZ, no México. 1991
As Provas Zootécnicas passam por profundas revisões e surge o novo PMGZ – Programa de Melhoramento Genético dos Zebuínos.
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80 ANOS DA delegação DO REGISTRO GENEALÓGICO PELO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, Pecuária e Abastecimento
1988
Rômulo Kardec de Camargos, com comitiva da ABCZ, faz o primeiro registro do Zebu na Índia.
1994
1997
A raça Brahman é aprovada para ser introduzida no Brasil.
MAPA homologa o Sistema Único de identificação dos animais.
1998
ABCZ lança a marca do PMGZ, para identificar animais participantes do programa. 2009
2017
Registro do primeiro animal clonado é realizado pela ABCZ a partir da autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária.
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textos dos alunos A Saga Zebu Aqui no Brasil Mesmo sem saber Já haviam pioneiros Pra fazer e acontecer
Atravessou oceanos Pro gado buscar E quando chegou Não deixou de trabalhar
Foi Rodolfo Machado Borges Quem o sonho fez nascer
Sempre, em sua fazenda Buscando seu rebanho melhorar Então nasceu a ABCZ Em 1938 começou a se firmar
Quando algo dava errado Ele não desanimava Sempre trabalhando Ele muito se esmerava
Cadastrando o gado Levando pra exposição E, hoje, é a maior associação De gado Zebu por esse Brasilzão!
Gustavo da Silva Costa (8 º ano B)
Escola Municipal Professora Olga De Oliveira Rua: Jose Kathalian, nº 195, Bairro Parque das Américas. Telefone: (34) 3336-7481
e-mail: em.olgadeoliveira@uberabagital.com.br.
A escola da rede municipal possui 474 alunos no Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II.
A Fazenda Cassu, hoje em dia, ainda cria bovino zebu. No século passado foi pioneira, fez a primeira exposição de gado hindu. A criação do zebu em Uberaba atualmente é um sucesso, mas para que isso desse certo, foi uma luta, um grande processo. José Caetano Borges foi um pioneiro! Um verdadeiro aventureiro! Um brasileiro de coragem, Pois fez uma longa viagem.
Os Pioneiros Texto coletivo: alunos do 3º ano Autores: Júlia Aquino, Carolina O. Gomes, Manuela Salomão e Cauã Borelli Professora: Marta de Ornellas S.Tormin Coordenação: Prof.ª Rosângela Guimarães Revisão textual: Prof.ª Beatriz A. Gutparakis
Na Índia o zebu é sagrado, por uberabenses, nesta terra foi buscado, em navios de madeira e viagens demoradas, vinham da Índia ao Brasil, e de trem para Uberaba. Aqui nesta terra linda, essa raça foi melhorada. Uberaba tornou-se a “Capital do Zebu”, e por todos admirada. Por trás do desenvolvimento de uma cidade existe uma força humana no exercício de uma atividade.
Colégio Jean Cristhope Rua Americo Pallis, nº 195, Bairro Olinda. A escola possui 220 alunos da Creche ao 9º ano.
Diretora: Adriana Carvalho Pessato Pena | Vice-diretora: Ana Carolina Alves Martins
Telefone: (34) 3312-4504
e-mail: em.olgadeoliveira@uberabagital.com.br.
Professores (História e Geografia):
Diretora: Célia Lima Peres
Vice-diretora: Neuza Maria Oliveira
• Cláudia Beatriz Fontes (Professora de Português) | • Daniella Silva dos Anjos (Professora de Informática) | • Izabel Cristina Barbosa (Projeto Escola/Família) • Madalena Hermana Coelho (Professora de História) Alunos envolvidos: • 8º ano A: 21 | • 8º ano B: 22
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Conhecemos no museu a história do zebu, e depois visitamos a Fazenda Cassu. O Museu do Zebu é um lugar impressionante, e a Fazenda Cassu é muito interessante!
Coordenadora Pedagógica de História e Geografia: Rosângela M. Castro Guimarães Professores (História e Geografia): • Marta de Ornellas S. Tormin (3º Ano – Turma com 22 alunos) • Juan Carlo D. Barbosa (4º Ano – Turma com 20 alunos)
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80 ANOS DE DELEGAÇÃO DO REGISTRO PARA A ABCZ Pastel, aquarela e lápis de cor sobre papel. Estudo de painel encomendado pela ABCZ a José Otávio Lemos.
Ana Luísa Castro
Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) – Campus Uberaba Av. Randolfo Borges Júnior, 2900 - Univerdecidade, Uberaba - MG, 38064-300 Telefone: (34) 3326-1100 e-mail: eduardoemrich@iftm.edu.br O IFTM possui 320 alunos do Curso Técnico em Agropecuária e um total de 1500 alunos. • Diretor Geral: Rodrigo Afonso Leitão • Diretora de Ensino: Danielle Freire Paoloni • Coordenador do Curso Técnico em Agropecuária: Eduardo Bucsan Emrich • Coordenadora pedagógica: Patrícia Campos Pereira • Professora de Língua Portuguesa: Vanessa Catarina Borges de Abreu • Alunos: Turma dos 2º anos A, B e C (Foram selecionados 30 alunos destas Turmas)
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No trabalho, é possível ver a versão inicial da marca do famoso caranguejo sobre a figura do animal Indubrasil, primeira raça a receber o registro delegado pelo Ministério da Agricultura (1938). Gastão Cruvinel Ratto, primeiro associado da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro e participante da diretoria inicial da entidade, é quem a concebeu. Ela se tornou o símbolo da ABCZ. O Brahman, o Cangaiam, o Gir, o Guzerá, o Indubrasil, o Nelore, o Sindi e o Tabapuã, com retratações na obra de JOL, controlados ou registrados pela ABCZ são marcados com ela na face quando do registro provisório (RGN) e no definitivo (RGD), na perna. 35
DOM PEDRO I, O IMPERADOR DO ZEBU Óleo sobre tela. Releitura de retrato por José Otávio Lemos, acrescentando elementos da fauna brasileira e perfis de raças zebuínas na faixa e na gravata do homenageado.
CONSELHO DELIBERATIVO Gustavo Laterza de Deus – Presidente Ana Claudia Mendes Souza – Secretária Luis Fernando Finhold Rocha CONSELHO CURADOR Dionir Dias de Oliveira Andrade – Presidente João Gilberto Bento – Secretário Eduardo Nogueira Borges – Tesoureiro
Dom Pedro I (1798 – 1834), primeiro imperador, fez a importação pioneira de Zebu para o Brasil, com animais vindos do Egito, da região do Rio Nilo. Tal genética foi multiplicada, surgiu o gado “China” (cruzado), e esse serviu para incentivar a busca pela genética zebuína graças à adaptação da espécie ao mundo tropical.
CONSELHO FISCAL Oscar José Caetano de Castro Ilza Helena Kefalás Oliveira Leonardo Moraes Bittar REPRESENTANTES DA COMUNIDADE Eliane Mendonça Marquez de Rezende Maria Antonieta Borges Lopes Romeu Borges de Araújo Júnior EXPEDIENTE Thiago Riccioppo, Maria Goretti dos Santos – Redação Arnaldo Manuel de Sousa Machado Borges, Dionir Dias de Oliveira Andrade, Gustavo Laterza de Deus, Luiz Antonio Josahkian e José Otávio Lemos – Revisão Técnica
TRAVASSOS, O PROFETA DO ZEBU Óleo sobre tela. Obra de José Otávio Lemos retratando Joaquim Carlos Travassos, com palavras escritas por esse e com mistura de figuras zebuínas.
Fotografias: Acervo da Superintendência do Arquivo Público de Uberaba Acervo do Museu do Zebu “Edilson Lamartine Mendes” José Maria Matos (Sumário)
Joaquim Carlos Travasso (1839 – 1915) foi o primeiro estudioso a escrever no Brasil as raças indianas. Previu o sucesso da criação do Zebu. São deles as palavras pintadas nesta obras de JOL e que indicam a crença do mesmo no futuro da pecuária tropical melhor com o Bos indicus. 36
Bela Vista Cultural / FabioAvilaArtes Erick Pasqua – Projeto Gráfico Impressão e Acabamento – Stampato Tiragem: 5 mil exemplares Printed in Brazil, 2018
PRESIDENTE Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges DIRETORES Ana Claudia Mendes Souza Arnaldo Prata Filho Cícero Antônio de Souza Claudia Irene Tosta Junqueira Eduardo Falcão de Carvalho Fabiano França Mendonça Silva Gabriel Garcia Cid Gil Pereira Luiz Antônio Felippe Marcelo Antônio Neto Breijão Ártico Marcos Antônio Astolphi Gracia Rivaldo Machado Borges Júnior Valdecir Marin Júnior APOIO:
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