Revista Água&Vida 71

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Ano 13 - nº 71 Janeiro / Fevereiro - 2012

Justiça ratifica

validade de 3 anos

dos garrafões de 20 litros A fragilidade dos

selos de controle fiscal

Sofisticação e beleza

no mercado internacional de águas minerais

Apesar dos avanços, prática termal sofre com falta de investimentos Propaganda

voltada às mulheres: arma da Bonafont

Brasília:

mudanças no DNPM e na SGM

Crystal debuta no

mercado nordestino


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editorial

Justa homenagem Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993, o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, é uma data simbólica, na qual todos são conclamados a realizar atividades concretas em favor do uso consciente de recursos minerais. Ciente dos problemas relacionados ao abastecimento de água potável, e da vital importância da indústria de águas minerais em contorná-los, a Abinam tem trabalhado para aumentar a consciência pública relativa à conservação, preservação e proteção da água. Aumentar a consciência dos governos, agências internacionais, organizações não-governamentais e setor privado é e sempre será um objetivo da entidade. Em justa homenagem ao Dia Mundial da Água, nesta edição de Água & Vida, este espaço será dedicado a uma poesia de minha autoria sobre esse recurso tão essencial para todos nós. Que saibamos preservá-lo sempre.

Simplesmente Água Há mais de 2,5 bilhões de anos, eu nasci De onde e como eu vim, tenho ideia Mas não posso provar, sou apenas hipótese Da origem da vida, e isso eu sei. Não tenho medo de enfrentar obstáculos E quando não tenho força suficiente Contorno-os e sigo meu caminho. Sou líquida, ligeira e forte. Da minha essência, gero energia e a transformo em luz Levando clareza ao invisível. Trago em minha natureza a condutividade

E nada faço por vaidade. Bendita seja a sede dos homens Para valorizar a vida e lembrar que eu existo. Nada sem mim é possível. Se queres viver mais, Necessitas me ingerir pura e cristalina. Bendita seja a sede, e viva a água mineral! Feliz Dia Mundial da Água! Carlos Alberto Lancia / Presidente Torrinha, 03|03|2012 Disponivel também no site www.abinam.com.br

Desde 1975


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16 Selos de controle fiscal adotados no mercado de água mineral não apresentam resultados esperados A despeito da aposentadoria de Lincoln Malaquias, relacionamento entre a ABINAM e a SGM continuará amigável, diz novo chefe de gabinete

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Falta de pesquisa e de investimentos enfraquece prática termal no Brasil

Suplentes

José Angelo M. Rambalducci Silvana Angelo M. Rambalducci Wellington Morgado

Sindinam Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente Diretor Secretário Diretor Tesoureiro Diretora Social

Carlos Alberto Lancia Amílcar Augusto Lopes Jr. Wilmar José Franzner César Dib Ricardo Signorelli Olívia Augusta A. Macedo Costa

Conselho fiscal efetivo

Ricardo Sbragia Roberto Gentil Ferreira da Silva Simone Garcia

Suplentes

José Angelo M. Rambalducci Paulo Ferraz Nogueira Wellington Morgado

Sucursais

Ceará Superintendente: Francisco Ferreira Sales sales@indaia.com.br

São José do Rio Preto (SP) Superintendente: Eduardo Chimello Neto riopreto.abinam@abinam.com.br

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Região Norte Césa José Perón – RO Fernanda de Souza e Silva – TO Francisco Gervásio Gomes Pascoal – PA Luiz Cruz – AM Região Nordeste Rodrigo Lima Neto – SE Carlos Eugênio C. Castelletti – PE Francisco Ferreira Sales – CE Djalma Barbosa da Cunha Jr. – RN Felix Oiticica Berard – AL José Carlos Cunha Lima – PB

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Região Centro-Oeste Murilo Tebet Thomé – MS Wilmar José Franzner – MT Luiz Cesar Albuquerque – GO

Região Sul Augusto Mocellin Neto – PR Jairo Sarandi – RS

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Assessoria Científica Assessoria Jurídica Assessoria de Imprensa Secretaria Executiva

Lançamento foi feito pela Coca-Cola Guararapes em Pernambuco e na Paraíba

Mercado

Coordenação Editorial Editora Sub-editor Conselho Editorial da Abinam

Colaborou nesta edição Diagramadora Assinaturas e Publicidade

www.revistaaguaevida.com.br

Petra S. Sanchez Pedroza de Andrade Advogados Márcia de Azevedo Paulo de Souza (Assessor da Diretoria) Silvia Santos (Secretária Administrativa) Rua Pedroso Alvarenga, 584 - 4º andar Cep: 04531-001 – São Paulo – SP Tel.: 11 3167-2008 | Fax: 11 3167-2542 e-mail: abinam@abinam.com.br site: www.abinam.com.br

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Rio Grande do Sul Superintendente: Jairo Zandoná jazz@fontesarandi.com.br

Região Sudeste José Ângelo Rambalducci – ES Robson Fortes de Araújo – MG

Além de novo procurador-chefe, tomaram posse três superintendes estaduais

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Ricardo Sbragia Roberto Gentil Ferreira da Silva Simone Garcia

Líder no autosserviço, marca de água mineral da Danone conquista público feminino com ajuda da campanha "Experiência 15" Três lançamentos internacionais revelam força da sofisticação e do branding no segmento de águas minerais

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Conselho fiscal efetivo

Portaria CAT 175, de dezembro de 2011, divulgou valores atualizados para base de cálculo da substituição tributária de água mineral Usados em sacolas de supermercados, aditivos que aceleram a degradação do plástico também ganham espaço em embalagens de água mineral

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Carlos Alberto Lancia César Dib Márcio Leite Carvalho Ricardo Altgauzen Ricardo Signorelli Olívia Augusta A. Macedo Costa Hamilton Luiz Guido

Superintendentes Regionais

Justiça ratifica validade de três anos para garrafões retornáveis de água mineral

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Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente Diretor Secretário Diretor Tesoureiro Diretora Social Diretor Regional

IMK Relações Públicas Márcia de Azevedo Leandro Haberli Carlos Alberto Lancia Carlos Pedroza de Andrade Dra. Petra S. Sanchez Ricardo Signorelli Carlos Alberto Lancia Lucimara Miyoshi Pecegueiro Juliana Prado Av. Brigadeiro Faria Lima, 2639 | 9º andar cep: 01452-000 | São Paulo | SP Tel.: 11 3813-1300 | Fax: 11 3814-2924 e-mail: imk@imk.com.br


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Legislação

Eficácia contestável Selos de controle fiscal adotados no mercado de água mineral não apresentam resultados esperados

Pedroza, advogado da Abinam: “Em conjunto com a nota fiscal eletrônica, equipamentos contadores de produção bastam para o controle fiscal da indústria de águas minerais”

Q

uando se pensa em diminuir a informalidade do setor de águas minerais e melhorar a qualidade de seus produtos, alguns estados brasileiros têm persistido na adoção de soluções antigas e de eficácia contestável. Exemplo providencial é o velho selo fiscal normalmente aplicado no pescoço ou na tampa dos garrafões.

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Nos últimos tempos, esse acessório de embalagem se tornou obrigatório no mercado de águas minerais de diferentes estados do nordeste, sempre onerando o preço dos produtos, às expensas dos consumidores. Alagoas, Pernambuco e Paraíba estão entre eles. Neste último estado, está em vigor desde outubro de 2010 um mandado de segurança coletiva que suspendeu a aplicação do selo fiscal no comércio de água mineral. O pedido foi feito pela ABINAM – Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais, em nome dos seus associados na Paraíba. “Entendemos que a obrigatoriedade do selo, além de inconstitucional, está eivada de irregularidades”, sintetiza Carlos Pedroza de Andrade, advogado da entidade. Por enquanto, a exigência do selo fiscal em águas minerais está restrita a vasilhames de 20 litros. Mas a intenção declarada dos favoráveis à causa é submeter todas as outras embalagens de água mineral à utilização compulsória do selo fiscal, sob pena de multa e apreensão. Na teoria, a medida deveria atestar a qualidade das águas minerais e sua correta tributação. Na prática, porém, o selo, com o perdão do trocadilho, não cola. No Estado de Pernambuco, onde foi adotado de forma pioneira, o assim batizado "Selo Fiscal" quase nada favoreceu o combate à sonegação. Pior. Há notícias de que selos pós-consumo têm sido reaproveitados e alguns modelos novos copiados por fraudadores, numa demonstração inequívoca da tremenda falibilidade do modelo. Outro problema atrelado ao modelo de selo fiscal adotado no mercado de águas minerais de Pernambuco e Paraíba diz respeito ao controle do sistema por sindicatos, e não pelo poder pú-


blico, que é quem deveria estar à frente do processo. “Em épocas remotas, o "Selo Fiscal" poderia ter sido uma das poucas alternativas restantes. Mas essa forma de controle sempre esteve às beiras do excesso e da ineficácia”, descreve o advogado da Abinam.

Alternativas

Enquanto as vulnerabilidades do selo fiscal afloram, plataformas tecnológicas já adotadas na indústria de bebidas têm demonstrado resultados efetivos no combate à sonegação e ao controle da qualidade do produto. Entre as alternativas tecnológicas ao selo fiscal, destaque para equipamentos contadores de produção, caso do sistema conhecido como Sicobe, que já é adotado em cervejas e refrigerantes.

“Ao nosso entender, o valor da penalidade do "Selo Fiscal" jamais poderá ultrapassar o valor econômico do próprio "Selo". Desatenta às limitações das penalidades, essa legislação impõe multa superior a 3.000% do valor do próprio Selo” “Em conjunto com a Nota Fiscal Eletrônica NFe, esse sistema afina ainda mais o controle sobre os contribuintes, ajudando efetivamente a reduzir o número de operações fraudulentas”, diz o advogado da Abinam. Em outras palavras, a dobradinha Sicobe-NFe também fortalece o combate à concorrência desleal, à medida que permite ao Fisco a comparação precisa da produção real com a declarada. “Ademais, esse sistema permite análises objetivas de faturamento, giro e estoque”, prossegue Pedroza. Em se tratando de custos para o consumidor, nunca é demais lembrar que, no modelo do "Selo Fiscal" adotado para águas minerais, o valor econômico do selo se transforma em custo, pois não há nenhum tipo de compensação fiscal prevista para o investimento. Já no sistema Sicobe, o valor econômico de toda operação é convertido em

créditos, desonerando a instalação e até mesmo a operação dos equipamentos. Em suma, o "Selo Fiscal", tal como adotado para as águas minerais, é ultrapassado e ineficaz. “A troca de informações entre União e Estados, com o uso das ferramentas atuais (Sicobe e NFe), é mais do que suficiente para o eficaz controle fiscal, trazendo objetividade nas relações entre poder público e contribuintes, sem onerar o produto”, conclui o advogado da Abinam.

Proibição repelida

Outro ponto que contribui para neutralizar a eficiência do “Selo Fiscal” no modelo que foi adotado em Pernambuco, Sergipe e Paraíba é a proibição do contribuinte em débito com o fisco de adquirir selos para suas operações diárias. Essa proibição também foi rechaçada pelos tribunais.

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Sucessão

Afinidade mútua A despeito da aposentadoria de Lincoln Malaquias, relacionamento entre a ABINAM e a SGM continuará amigável, diz novo chefe de gabinete

I

mportante nome do Ministério de Minas e Energia (MME), onde atuou por exatos 49 anos e 11 meses, Lincoln Malaquias Mendes acaba de se aposentar. Uma das mais longevas e profícuas carreiras públicas já vistas na Esplanada dos Ministérios encerrou-se no primeiro dia de 2012. O último cargo de Lincoln foi o de Chefe de Gabinete da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM). Assim como fez por muitos anos com outros ocupantes de cargos maiores, sua missão foi gerenciar os afazeres e compromissos do secretário Claudio Scliar.

Lincoln Malaquias Mendes: conhecedor dos pleitos do setor de água mineral

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Com amplo conhecimento da indústria mineral do país, Lincoln foi sucedido por Frederico Bedran, que promete manter as portas da SGM abertas para a indústria brasileira de água mineral. “O relacionamento entre a ABINAM e a SGM continuará amigável e transparente, assim como o relacionamento com as demais entidades representativas do setor mineral”, assinala Bedran.

Trajetória

Nos anos em que foi chefe de gabinete da SGM, Lincoln destaca pelo menos dois pleitos marcantes da Abinam no MME. Um envolveu a polêmica em torno das águas adicionadas de sais, que foram criticadas à época pela entidade por não se tratar de água mineral natural extraída diretamente da fonte. Mais recentemente, prossegue Lincoln, a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) passou a figurar entre as principais pautas de reivindicação da Abinam em Brasília. “Tanto no caso das águas adicionadas de sais como no da CFEM, o trabalho do presidente da Abinam, Carlos Alberto Lancia, foi marcante. Ele deixou clara a discordância da entidade com os critérios que estavam sendo adotados”, sintetiza o recém-aposentado Lincoln, assegurando que, mesmo com sua saída do MME, os pleitos da Abinam continuarão sendo bem atendidos em Brasília. Formado em administração e criado na cidade de Itapecerica, perto de Divinópolis, oeste mineiro, o chefe de gabinete tem história para contar. Sempre profissional e competente, Lincoln atravessou diferentes governos atuando em favor do setor mineral. Quando ele começou no MME, em 1962, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) ainda ficava no Rio de Janeiro - e o próprio MME funcionava no prédio da Petrobrás, em Brasília. “Participei da comissão de transferência do


ministério para seu endereço atual na Esplana- do gabinete dele, que foi substituído por Otto da”, rememora Lincoln. Foi preciso providen- Bittencourt Neto. Na época, foi lançado o livro ciar 1300 moradias para os funcionários. “Fize- ‘Medicina Palácica’, do dr. Benedictus Mourão”, mos a seleção dos servidores e a distribuição das nomeia Lincoln, em referência a uma das obrasmoradias”, lembra, acrescentando que a pasta -chave para entender o termalismo no Brasil. de Minas e Energia era tocada à época pelo miNo governo Lula, a secretaria de minas e menistro Dias Leite. talurgia foi assumiO Secretário Geda pelo Dr. Giles ral era Benjamim Carricondi Azeve“Tanto no caso das águas adicionadas de sais Mário Baptista. do, que hoje é chefe como no da CFEM, o trabalho do presidente da Lincoln pasdo gabinete pessoal Abinam, Carlos Alberto Lancia, foi marcante. Ele sou a Chefe do da presidente Dildeixou clara a discordância da entidade com os Gabinete da Sema. “Sob a gestão cretaria Geral do de Giles, a secretacritérios que estavam sendo adotados” MME em 1975. ria mudou de nome, Depois foi transpassando a Secreferido para o DNPM, onde foi chefe de gabinete taria de Geologia, Mineração e Transformação de José Belfort, e em seguida de Elmer Prata Sa- Mineral. Dr. Giles permaneceu secretário, até lomão. Em 1993, passou a trabalhar na criação que Dilma foi ser chefe da Casa Civil, levandoda Agência Brasileira de Desenvolvimento Tec- -o. Em seu lugar assumiu Claudio Scliar, com o nológico para a Mineração Brasileira (Adinp). qual me aposentei”, arremata Lincoln, resuminEm 1995, a Secretaria de Minas e Metalurgia foi do uma história que merece muitos brindes de assumida por Giovani Tomiati. “Fui ser chefe pura água mineral.

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Termalismo

Desuso e

sucateamento Falta de pesquisa e de investimentos enfraquece prática termal no Brasil

A

pesar do avanço no estudo dos benefícios à saúde proporcionados pelas águas termais, depois de uma época de ouro, simbolizada por cassinos e bailes suntuosos, a prática termal está em desuso no território brasileiro. Motivos para essa situação destoante do que se vê na Europa, por exemplo, não faltam, repassa Marcos Untura Filho, diplomado em hidrologia médica pela Faculdade de Medicina da Universidade Complutense de Madri (Espanha) e membro da Comissão Permanente de Crenologia do DNPM/MME. Nas palavras do especialista, as termas brasileiras vivem um período de decadência e sucateamento técnico. Esse panorama, ele enumera, se deve a três motivos básicos: 1) falta de investimentos de órgãos federais e de pesquisa científica no âmbito da hidrologia médica; 2) não reconhecimento da prática termal pelo Conselho Federal de Medicina; 3) estímulos ao uso abusivo de medicamentos. “Infelizmente, a maioria das termas do país ainda atende com princípios técnicos dos anos 50 ou 60. A aparelhagem é antiga e é evidente a falta de técnicos especialistas em práticas hidrotermais. Não há médicos especializados para a prescrição do tratamento termal na maioria das estâncias brasileiras”, descreve Untura. A despeito desse panorama de desamparo, a população residente no entorno das inúmeras estâncias hidrotermais do Brasil continua a frequentar os estabelecimentos termais para a recuperação e ou

No século 19, antes de existirem os medicamentos analgésicos, os banhos de água sulfurada eram muito utilizados para o alívio das dores físicas

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manutenção de sua saúde. E não é difícil entender os motivos por trás desse hábito.

Propriedades medicinais

As águas termais são normalmente sulfuradas, isto é, ricas em enxofre. Embora a maioria dos elementos minerais contidos nas águas termais contribua, de uma maneira ou outra, para a manutenção da saúde e até a recuperação de enfermidades, é desse elemento químico que vem boa parte do poder medicinal e terapêutico da prática termal. “O enxofre das águas sulfuradas pode ser reabsorvido pela pele, pelas vias aéreas e por várias mucosas do organismo, tornando banhos nesse tipo de água bastante indicados para tratamento das doenças da pele”, explica Untura. No caso das doenças respiratórias, as águas sulfuradas podem ser utilizadas na forma de inalações ou nebulizações, e ainda a partir das chamadas duchas cavitárias, que são usadas quando existem problemas nas fossas nasais, intestino, bexiga etc. Mas os pacientes de doenças reumatológicas e ortopédico-traumáticas são os que mais se beneficiam da presença de enxofre na água. “Estas doenças respondem muito bem ao tratamento balneoterápico associado à reabilitação articular dentro do meio aquoso, ou seja, em piscinas e banheiras”, sintetiza Untura. O caso das doenças reumáticas, que hoje atingem 12 milhões de brasileiros, também ajuda a ilustrar a subutilização das inúmeras estâncias hidrominerais

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Termalismo

do país no alívio às dores dos brasileiros. Quase nunca é prescrito qualquer tipo de prática termal a esses pacientes. Em boa parte dos casos, o tratamento indicado por especialistas se baseia em remédios.

Exemplos a seguir

A mais tradicional de Poços de Caldas, Thermas Antonio Carlos está passando por obras de melhoria: exceção à crise do setor

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Felizmente as exceções ao quadro desanimador que se instalou nas termas brasileiras existem. Untura diz que elas ficam por conta da Termas de Araxá (MG), hoje privatizada e restaurada recentemente, e do Balneário de Caxambu (MG), que foi restaurado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (CODEMIG) e é gerenciado pela prefeitura local. De Poços de Caldas (MG) vem outra notícia promissora. No fim de 2011, deu-se início a uma reforma estrutural na Thermas Antonio Carlos, a mais tradicional da cidade. “De modo geral, estabelecimentos termais privatizados ou pertencentes à iniciativa privada estão em melhores condições. Na maioria dos estados, as termas e balneários estão sob a tutela de municípios ou


do governo estadual. Esse panorama está levando à falta de investimentos na modernização e capacitação dos quadros técnicos e médicos”, atribui Untura. A falta de investigação e pesquisa sobre as reais propriedades terapêuticas das águas termais também ajuda a explicar o sucateamento do setor. “É inútil difundir a ideia de que a água medicinal ‘cura tudo’. Típica dos médicos termalistas do início dos anos 20 até o fim da década de 60, essa postura não combina com a hidrologia médica moderna. Hoje sabemos que a água mineral com propriedades terapêuticas deve atuar como coadjuvante e método complementar ao tratamento”, argumenta Untura, lembrando que essa visão foi avalizada pelo Ministério da Saúde através da Portaria 971, de maio de 2006. “Desde a sua publicação, esta Portaria autoriza as estâncias hidrominerais a atuarem como observatórios na aplicação e utilização das suas águas medicinais no processo de tratamento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, pouquíssimos municípios se importaram em aderir ao projeto”, informa Untura. Eis mais uma razão do descrédito do termalismo no Brasil.

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Termalismo

O termalismo progride em Poços de Caldas

Nascida em função dos poderes terapêuticos de suas águas, que brotam da superfície numa temperatura aproximada de 45ºC, a cidade de Poços de Caldas (MG) mostra que, apesar das dificuldades, o temalismo pode dar a volta por cima no Brasil. Para atrair turistas e pacientes interessados nos benefícios de suas fontes, os principais pontos arquitetônicos da cidade estão sendo restaurados, incluindo a Thermas Antonio Carlos, uma das mais antigas e tradicionais da cidade. Melhorias também estão sendo feitas no antigo cassino, que deve abrigar um centro de convenções e eventos. “A revitalização da Thermas Antonio Carlos vai equipará-la aos mais modernos balneários contemporâneos”, garante Teresa Cristina Alvisi, diretora do Departamento dos Serviços Termais Municipais de Poços de Caldas. As obras estão sendo subsidiadas pelo Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da CODEMIG. Teresa também é professora do curso de fisioterapia da PUC Minas Poços de Caldas, o primeiro do país a instituir em sua grade curricular a disciplina de termalismo. “Também instituimos o estágio supervisionado em termalismo, criando novas perspectivas de mercado para esse tipo de profissional”, resume a fisioterapeuta e professora da PUC Minas. Ela explica que a proposta está dando certo, com crescente número de alunos formados e pacientes atendidos. “A universidade é aberta à população, com atendimentos realizando-se desde 2001 a partir de convênio firmado com a Prefeitura de Poços de Caldas”, finaliza Teresa.

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garrafão

Quem ganha é

a saúde

Justiça ratifica validade de três anos para garrafões retornáveis de água mineral

A

té o fim de 2011, quando foram finalmente derrotadas na justiça, algumas empresas de água mineral persistiram em contestar a validade máxima de 3 anos para garrafões plásticos retornáveis. Estabelecida pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a medida foi desde o início apoiada pela Abinam. Em primeiro lugar, por elevar o patamar de qualidade e segurança dos produtos, beneficiando a saúde do consumidor. No lado das empresas, a exigência da validade de 3 anos, que deve ser impressa no fundo das garrafões, não deixa de ser uma forma de atacar a concorrência desleal representada pelo mercado informal, facilitando o controle sanitário e até fiscal do setor. Não é difícil entender por que os garrafões são tão importantes no mercado brasileiro. Mais de 57% da água mineral consumida no país são acon-

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dicionadas em recipientes retornáveis de até 20 litros. Em três anos os garrafões são reutilizados, em média, 150 vezes. Além do desgaste ocasionado pelo transporte, que é visível na superfície externa da embalagem, no lado de dentro, a lavagem feita antes de cada novo envase pode provocar ranhuras no interior das embalagens. Em longo prazo, esses pequenos arranhões tendem a comprometer a higiene do processo e a qualidade da bebida. “Bactérias ou células de algas podem ficar nas ranhuras dos garrafões. Quando essa embalagem vai para o consumidor e eventualmente é exposta a luz, as bactérias e algas se multiplicam e alteram completamente a qualidade do produto”, explica Petra Sanchez, bioquímica responsável pela assessoria científica da Abinam.


Repercussão no JN

A derrota das empresas que contestavam a validade de 3 anos para vasilhames retornáveis de água mineral foi objeto de reportagem exibida no Jornal Nacional (JN) no início de 2012. Com tomadas de imagens na fonte da Cristalina, em São Paulo, a matéria levou ao ar entrevista com a dra. Petra Sanchez, deixando claros os riscos que a falta de regras sobre a data de expiração dos garrafões pode acarretar aos consumidores. O JN destacou ainda que, quando é industrializada, a água em si também tem prazo de validade: no máximo um ano para água sem gás e três meses para água com gás. Explicou à reportagem da Globo a bioquímica Petra Sanchez: “A partir de um ano podem se desenvolver alguns microorganismos naturais, da própria água. Não há risco à saúde, mas a bebida vai perder as características de paladar com as quais estamos acostumados.” Após exibir algumas entrevistas com consumidores alegando não verificar a data de expiração

de águas minerais, o repórter do JN concluiu afirmando que os brasileiros precisam se preocupar com isso.

Petra Sanchez, bioquímica responsável pela assessoria científica da Abinam

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garrafão

Ciclo completo Após a expedição pelos engarrafadores, a responsabilidade pelas águas minerais recai sobre quem as transporta e distribui. Por isso essas empresas precisam conhecer os procedimentos e boas práticas de armazenagem, manuseio e transporte de águas minerais.

Armazenagem

üEvitar riscos de contaminações, visando assegurar a qualidade original da água. üArmazenamento em ambientes adequados, a água mineral deve ser mantida em local limpo, ventilado e que facilite a rotatividade dos estoques. üAs áreas de armazenamento devem ser mantidas livres de resíduos, As águas devem ser poeira, sujeira e produtos tóxicos. Também devem ser livres de armazenadas de forma ratos, morcegos, pássaros e outras pragas, além de periodicamente a não ficar expostas à higienizadas e desinfetadas com produtos apropriados. luz solar direta. Os garrafões devem ser estocados sobre paletes/estrados limpos e conservados, com altura suficiente para permitir a limpeza do local por baixo (mínimo de 25 cm do piso). O palete deve ficar, no mínimo, a 45cm da parede e a 60 cm do teto.

Nunca em co ntato direto com o piso

Transporte üNessa etapa, as embalagens retornáveis de águas minerais não devem ser submetidas a choques mecânicos. üO compartimento de carga deve estar limpo, sem odores ou pontas (pregos, lascas, etc) que possam com prometer o produto. üNão deve apresentar a menor evidência da presença de insetos, roedores, pássaros, pragas, umidade, materiais estranhos e odores intensos. üNão transportar no mesmo compartimento com o produto água mineral pessoas, animais, plantas ou outros produtos e cargas. üO veículo deve possuir lonas e forrações impermeáveis e isentas de furos e rasgos. As lonas devem ser dispostas bem esticadas para evitar eventual acúmulo de água em superfície. üNo transporte de garrafões de 10 e 20 litros, em PET (retornáveis ou não), com temperatura ambiente superior a 30ºC, recomenda-se que a carroceria seja do tipo baú isotérmico. üO empilhamento no transporte deve ser na posição vertical em até três camadas separadas por um com pensado naval ou plástico. Quando a tampa do garrafão for datada de válvula de proteção do tipo stop spill, o empilhamento na posição horizontal também é possível. üAs operações de carga e descarga do veículo devem ser executadas em local protegido de chuva e com os motores dos veículos desligados.

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nome, endereço, telefone do responsável e tipo de produto transportado

O veículo deve ser inspecionado antes da operação de carga e descarga e só deve ser liberado se satisfizer os requisitos definidos pelo engarrafador. O veículo deve apresentar condições higiênicas adequadas e ser dotado de separação integral entre o compartimento do condutor e ajudantes e o de carga. Os pisos e as latarias da carroceria devem estar isentos de frestas ou buracos que permitam a passagem de umidade e/ou poeira para a carga. O veículo deve ser identificado externamente (nos dois lados do veículo) com uma placa ou pintura exterior, contendo: nome, endereço, telefone do responsável e tipo de produto transportado (Água Mineral / Potável de Mesa).


As paredes, o piso e o teto devem ser mantidos secos, sem qualquer sinal de infiltrações, umidade, bolores e rachaduras.

Os banheiros devem ser separados das áreas de armazenagem de água mineral e potável de mesa. Deve existir área própria e isolada do armazém principal para os produtos devolvidos ou destinados a descarte ou reciclagem.

As embalagens deverão ser removidas das áreas de armazenagem com a supervisão do responsável pelo local da estocagem. O pessoal que trabalha na área de estocagem e distribuição deve ser treinado para cumprir todas as recomendações.

Os produtos químicos, produtos de limpeza, praguicidas (inseticidas, raticidas) devem ser guardadas fora da área de armazenagem. Os praguicidas (permitidos pelo órgão competente) devem ser aplicados sob a supervisão direta de profissionais habilitados e que conheçam os riscos que os produtos químicos possam acarretar para a saúde. Antes da aplicação dos praguicidas deve-se ter o cuidado de retirar ou proteger todos os produtos do estoque.

Só devem ser expostos para venda produtos que tenham data de fabricação e prazo de validade legível. Durante o armazenamento deve ser exercida uma inspeção visual periódica dos garrafões, a fim de que somente sejam expedidos os que estiverem aptos para venda.

Manuseio

üO empilhamento deve ser bem alinhado, em blocos regulares e os menores possíveis. üOs estrados e prateleiras devem ser de material resistente, e os que estiverem danificados ou fora de uso devem ser retirados das áreas de armazenamento. üEvite submeter as caixas e ou pacotes de água mineral a peso excessivo, observando empilhamento máximo no palete ou carreta. Nunca sentar ou caminhar sobre os garrafões ou caixas de água mineral. üEfetuar rodízio de produtos nos paletes, comercializando primeiro o lote mais antigo. üNão fumar nas áreas de armazenagem de água minerais e potáveis de mesa. üOs funcionários devem lavar as mãos sempre antes de manipular os garrafões com água mineral e potável de mesa. üA temperatura de armazenamento deve ser a ambiente.

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impostos

Nova base de cálculo para

substituição tributária Portaria CAT 175, de dezembro de 2011, divulgou valores atualizados para base de cálculo da substituição tributária de água mineral

A

Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP) fixou os preços de água mineral, refrigerantes, cervejas, chope, bebidas energéticas e isotônicos para fins de recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no regime de substituição tributária. Esse regime consiste no pagamento antecipado do imposto por um contribuinte para os demais da cadeia de consumo. Os valores foram estabelecidos em cinco portarias publicadas no fim de dezembro e passaram a valer em janeiro de 2012. Entre elas está a Portaria CAT 175, de 28 de dezembro de 2011, que

divulgou valores atualizados para base de cálculo da substituição tributária de água mineral e natural. A conta é feita conforme pesquisa elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). As empresas do setor de bebidas deverão seguir os preços fixados para realizar suas operações até 31 de março de 2012. Para determinação da base de cálculo do imposto na sujeição passiva por substituição tributária com retenção do imposto em relação a água mineral (gasosa ou não) serão utilizados, por tipo de embalagem, os seguintes valores:

1. EMBALAGENS RETORNÁVEIS OU DESCARTÁVEIS 1.1. COPOS Copo: até 210 ml.................................................0,72 Copo: de 211 até 310 ml...................................0,79 1.3. DEMAIS EMBALAGENS até 360 ml.............................................................1,23 de 361 a 650 ml ...................................................1,16 de 651 a 1.250 ml................................................2,11 de 1.251 a 1.500 ml.............................................1,49 de 1.501 a 2.000 ml.............................................1,92 de 2.001 a 3.000 ml.............................................2,89 de 3.001 a 5.000 ml.............................................5,42 de 5.001 a 8.000 ml.............................................6,16 de 8.001 a 10.000 ml (Sem Torneira)...........10,13 de 8.001 a 10.000 ml (Com Torneira)..........11,89 2. EMBALAGENS RETORNÁVEIS Galão de 10 litros................................................4,74 Galão de 20 litros................................................5,72

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1.2. VIDROS DESCARTÁVEIS Vidro descartável até 310 ml................................2,31 Vidro descartável de 311 a 500 ml......................2,59


Em favor dos centros logísticos paulistas O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou em dezembro decreto que disciplina a concessão especial de substituição tributária a empresas varejistas com centros de distribuição no estado. Com isso, os varejistas com operações de transferência ou venda de produtos de seus centros logísticos (CLs) para suas lojas em São Paulo e outros estados, resultando em acumulação de valores a serem ressarcidos, poderão requerer regime especial para seus CLs, que passará a atuar como substituto tributário, sendo o responsável pela retenção e pagamento do ICMS. "A medida aumenta a competitividade dos centros logísticos paulistas”, defende Fernando de Castro, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). Segundo o dirigente, a despesa de operação será reduzida em função da simplificação dos procedimentos tributários e

do custo real dos impostos. A conquista também elimina o acúmulo de créditos tributários e a demora no seu processo de ressarcimento. “Isso permitirá ao Estado de São Paulo se desenvolver e continuar a ser o maior centro de operações logísticas para todo o Brasil", completa Castro. Ultimamente, diferentes empresas varejistas transferiram seus centros logísticos de São Paulo para outros estados, lembra o presidente do IDV. “Isso eliminou milhares de empregos e impactou diretamente na própria redução de arrecadação do segmento”, analisa Castro, lembrando que o decreto ainda possibilitará uma simplificação da atuação dos controles fiscais. Isso por que, em vez de fiscalizar milhares de estabelecimentos industriais de grande e pequeno portes, o estado vai transferir a responsabilidade pelo cálculo e pagamento para as redes varejistas, que serão corresponsáveis pelos controles.

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Sustentabilidade

Garrafas de água

biodegradáveis

Usados em sacolas de supermercados, aditivos que aceleram a degradação do plástico também ganham espaço em embalagens de água mineral

O

acordo entre a Associação Paulista de Supermercados (Apas), a prefeitura e o governo de São Paulo para acabar com a distribuição gratuita de sacolas plásticas em grandes redes de supermercados colocou as alternativas biodegradáveis a esse tipo de embalagem em evidência. Para não deixar o cliente literalmente na mão, a ideia inicial das grandes redes de varejo é vender sacolas biodegradáveis por R$ 0,19 cada. Baseada em aditivos que aceleram a deterioração do plástico, a tecnologia de biodegradação também é conhecida em outros segmentos do mercado de embalagens. Incluindo o de garrafas de água mineral. Na Costa Rica, a marca local Aqua Healthy adotou garrafa, rótulo e tampas produzidos com aditivos biodegradáveis para plásticos. A tecnologia usada pela marca costa-riquenha é o d2w. Segundo a RES Brasil, empresa que representa esse produto no mercado brasileiro, embalagens plásticas contendo o aditivo decompõem de forma total e segura. O d2w é fabricado pela companhia inglesa Symphony. Eduardo Van Roost, presidente da RES Brasil, ressalta que o uso do d2w é indicado para bebidas não carbonatadas, ou seja, sem gás. De acordo com o executivo, o aditivo já possui o parecer da ANVISA, União Europeia e FDA para uso na produção de embalagens para contato com alimentos, cosméticos e medicamentos.

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Garrafa da Aqua Healthy, da Costa Rica: decomposição total e segura


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marketing

Tiro certeiro da Bonafont Líder no autosserviço, marca de água mineral da Danone conquista público feminino com ajuda da campanha "Experiência 15"

A

poiada em sua imensa musculatura de distribuição e vendas, a Coca-Cola Brasil vem conseguindo concretizar o plano de liderar o mercado brasileiro de águas minerais, que avançou 16% no ano passado, movimentando R$ 2,1 bilhões. Segundo dados Nielsen, a dona da marca Crystal deteve, em dezembro último, 17,3% das vendas nacionais, em volume, de embalagens até 10 litros. Além da Crystal - que já era comercializada no centro-oeste, sul e sudeste; e agora estreia no nordeste -, a Coca-Cola atua com as marcas de água mineral Vittalev, Charrua e Aquarius. Somente a Crystal deteve fatia de 13,4% das vendas nacionais em volume no período. A maior oponente da Coca-Cola no segmento de águas minerais é a Bonafont, da Danone. A marca foi a segunda mais vendida, cravando participação de 9,2% em dezembro de 2011. Não por acaso, a briga com a Crystal está cada vez mais acirrada. No autosserviço, onde o consumidor escolhe a marca que vai comprar, a liderança já foi assumida pela Bonafont. Mas as águas da Coca-Cola seguem líderes em bares, restaurantes e hotéis. Um dos segredos da Bonafont é a estratégia de comunicação e posicionamento. Lançada em 2008, a marca associa sua imagem a hábitos de saúde e cuidado com a beleza. Está dando certo. A água da Danone ganhou forte projeção entre o público feminino, para o qual direcionou a exitosa campanha "Experiência 15", que promove o consumo de dois litros de água durante 15 dias. “Queremos que as pessoas percebam o benefício do hábito”, explica Gilda Mota, gerente de produtos Bonafont. Na visão de Carlos Alberto Lancia, presidente da Abinam, a campanha da Danone com a marca Bonafont foi uma espécie de marco no setor, uma vez que estimulou todo o mercado de águas minerais a apostar em publicidade e comunicação. "Depois da Bonafont, outras marcas, como Minalba e a própria Crystal, reforçaram investimentos nessas áreas”, exemplifica Lancia, acrescentando que a Minalba não fazia propaganda há mais de 15 anos.

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Reforço também na logística Além de investir em comunicação, o setor de águas minerais está se movimentando para aumentar sua cobertura de distribuição. A Lindoya Verão, por exemplo, planeja dobrar a quantidade de centros de distribuição até 2013. "Um deles será construído em São Paulo e o outro em Campinas", conta César Dib, presidente da empresa.


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embalagens

Garrafas

inovadoras Três lançamentos internacionais revelam força da sofisticação e do branding no segmento de águas minerais

Tá com pressa? Beba água grega “do silêncio”

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U

Nova edição limitada da francesa Evian homenageia estilista André Courrèges

ma ação conjunta envolvendo os mundos da moda e das águas minerais. Assim pode ser definido o lançamento de mais uma edição limitada da sempre fashion Evian. Desta vez, a tradicional marca francesa de água mineral homenageou em suas garrafas os 50 anos da grife Courrèges. Criada por André Courrèges, a marca revolucionou o mundo da moda nos anos 60, introduzindo em suas criações peças plásticas como acessórios fashion. Ambientalmente amigável, a nova garrafa é 100% reciclável e exibe tinta gráfica orgânica. O caso da Evian não é isolado em se tratando da sofisticação das embalagens de águas minerais. Captada em Munique, Alemanha, 150 metros abaixo do solo, a Água Monaco não apresenta apenas origem especial, mas também exemplar estratégia de branding (gestão de marcas). A marca explora a origem de seus produtos nas embalagens, exaltando que ali há a mesma água usada na produção das famosas cervejas de Munique, que estão entre as mais puras e admiradas do mundo. Do tipo long neck, a garrafa de vidro de 330ml da Agua Monaco é voltada para bares e danceterias e traz estampada em seus rótulos belas imagens da região da Bavária. Outra água europeia interessante do ponto de vista do branding é a A24+, da Grécia. A marca faz referência ao mau hábito de alguns de interromper os outros enquanto falam. Para essas pessoas, os gregos têm o costume de receitar “água do silêncio”. Foi dessa tradição que surgiu o grande diferencial da marca A24+: garrafas de vidro com dispensador de 125 ml acoplado ao sistema de fechamento. “A ideia é fazer as pessoas contarem até dez e diminuírem a ansiedade na hora de tomar água”, diz Chris Trivizas, designer do produto.

Água Monaco: exemplar estratégia de branding

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mercado

Dezessete anos depois, Crystal estreia no Nordeste Lançamento foi feito pela Coca-Cola Guararapes em Pernambuco e na Paraíba

N

o portfólio da Coca-Cola Brasil desde 1995, quando foi lançada para o consumidor de São Paulo, somente agora, dezessete anos depois, a marca de águas minerais Crystal chega ao consumidor nordestino. O lançamento foi feito pela Coca-Cola Guararapes, nos mercados de Pernambuco e da Paraíba, e sinaliza mais um passo na estratégia de tornar Crystal a única marca nacional da Coca-Cola no mercado brasileiro de águas minerais. A água Crystal vendida no nordeste é proveniente da fonte São Bento, de Maceió (AL). A marca substituiu as linhas Dasani e Aquarius, que deixaram de ser distribuídas pela Coca-Cola Guararapes. 
Dominado por marcas como Indaiá, Schincariol e Santa Joana, o mercado de águas minerais

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do nordeste atrai cada vez mais interesse da Coca-Cola. “Nosso objetivo é tornar a marca Crystal líder nos mercados de Pernambuco, da Paraíba e de parte da Bahia, passando, até 2015, dos atuais 15%, para 25%. Em São Paulo, a marca, que será a única nacional da Coca-Cola Brasil, já lidera”, declarou ao jornal Diário de Pernambuco Marcelo Mayer, diretor comercial da Coca-Cola Guararapes. Somente em Pernambuco a meta é atingir 50 mil clientes e 10 milhões de litros em vendas até o fim de 2012. Inicialmente, a Coca-Cola Guararapes está investindo R$ 250 mil no lançamento do produto no mercado nordestino. Mas os recursos devem aumentar a curto prazo. Além da equipe de vendas formada por 700 pessoas, a empresa pretende elevar o número de geladeiras presentes nos pontos de vendas, atualmente em 35 mil. A frota de veículos, com 320 carros e caminhões, também deve aumentar. “Também temos planos de ter uma fonte própria em Pernambuco, mas não sabemos mencionar um prazo definido”, arrematou Mayer.


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governo

Renovação no DNPM Além de novo procurador-chefe, tomaram posse três superintendes estaduais érgio Dâmaso, diretor-geral do Departamento S Nacional de Produção Mineral (DNPM), deu posse, em fevereiro, a novos quadros da autarquia. Entre eles, destaque para o novo procurador-chefe, Antônio Marcos Guerreiro Salmeirão. Durante a cerimônia de posse, Salmeirão lembrou que o setor mineral está vivendo um processo de transição rumo a um novo marco regulatório. “Aos ‘olhos jurídicos’, este novo marco terá um papel primordial de assessorar e orientar quanto à soberania sobre os recursos minerais”, afirmou o novo procurador.

Antônio Feijão durante assinatura do termo de posse

Sérgio Dâmaso (diretor-geral do DNPM), Marcelo Siqueira (procurador-geral da PGF/AGU e Antônio Marcos Guerreiro Salmeirão (novo procurador-chefe do DNPM)

Além de Salmeirão, tomaram posse três novos superintendentes estaduais do DNPM. No Amapá, quem assumiu foi Antônio da Justa Feijão, que destacou algumas ações já programadas para o estado, como a aquisição de uma sede própria e a efetivação das ações necessárias à revogação da Reserva Nacional do Cobre, que inibe a exploração de quase um milhão de hectares em território amapaense. Feijão também ressaltou o interesse em dinamizar a mineração social no estado, com a parceria entre prefeituras e o DNPM. No Paraná, quem assumiu a superintendência do DNPM foi Hudson Calefe. Durante seu discurso, ele também lembrou que o setor mineral brasileiro passa por um momento importante em função do novo marco regulatório da mineração, que será enviado em breve ao Congresso Nacional. “Nesse contexto, minha ação será de efetiva participação do DNPM do Paraná na liberação de alvarás e suas prorrogações”, frisou Calefe, acrescentando que também pretende vistoriar os relatórios finais de pesquisa, a fim de atender a demanda que cresce a cada dia.

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Por sua vez, Fernando Duailibe tomou posse como novo superintendente do DNPM no Maranhão. Ao ser empossado, ele destacou a relevância do setor mineral no desenvolvimento econômico do país. “Trata-se de um dos setores mais importantes para a garantia do crescimento e da infraestrutura do país”, qualifica Duailibe, que quer ampliar os avanços conquistados pelo atual diretor de títulos minerários do órgão, Jomar Feitosa.

Hudson Calefe durante assinatura do termo de posse

Sérgio Dâmaso parabeniza o novo superintendente do DNPM no Estado do Maranhão, Fernando Duailibe


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Mercado de Bebidas

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Tradicional e única

Corrente para garrafões

Depois da Caxambu e da Cambuquira, a água mineral Araxá é mais uma marca tradicionalíssima que está sendo relançada pela Copasa Águas Minerais de Minas. Quase sete anos depois de sair de cena, o tradicional rótulo volta a ser comercializado em Minas, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Ricardo Simões, presidente da Copasa, controladora da Copasa Águas Minerais de Minas, até o fim deste ano, serão comercializados 40% da capacidade instalada de 50 milhões de litros anuais da marca Araxá. A marca Lambari também está voltando. Com capacidade de produção de 2 milhões de litros ao ano, a Lambari deverá atingir 30% disso (600 mil litros) até o final de 2011. Com histórias cheias de romantismo, as marcas Araxá e Lambari deixaram de ser comercializadas porque a empresa Superágua, que detinha a concessão das fontes desde 1981, perdeu disputa judicial para o governo mineiro e fechou as portas em 2005. Quando o estado retomou a concessão das fontes do Circuito do Sul de Minas e criou a subsidária da Copasa, em 2006, começaram os planos para reeguer as duas fábricas. A Caxambu foi a primeira a ser relançada, em 2008. Por sua vez, a Cambuquira retornou ao mercado em julho do ano passado. A qualidade das fontes mineiras é um ás na manga dessas tradicionais águas mineiras. Uma das alegadas vantagens sobre as concorrentes é que as marcas da Copasa contêm menor índice de sódio. Mas essa não é a única particularidade. A Lambari, por exemplo, é caracterizada como água com poderes energéticos, auxiliando no processo digestivo e sendo caracterizada como a mais gasosa do Circuito do Sul de Minas. Já a Cambuquira, tem o sabor mais suave e também é naturalmente gasosa, sendo muito admirada por chefes de cozinha e baristas, como opção para acompanhar receitas sofisticadas. As garrafas PET das marcas Araxá e Lambari serão sopradas em unidade própria do parque industrial de Caxambu. Eduardo Otávio Moraes Raso, superintendente-executivo da Copasa Águas Minerais de Minas, afirma que todas as fábricas ganharam novos equipamentos e foram redesenhadas. “Só esperamos agora o aval dos fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral)", informa.

Conhecida por sua linha de correntes para movimentação de produção, a Cobra Correntes Transportadoras está anunciando novidades para a indústria de bebidas e água mineral. Entre as correntes metálicas que garantem cargas de trabalho elevadas, destaque para o modelo SSF 2815 DD (Dobra Dupla), com carga de trabalho de 480KGF. O produto é especialmente indicado para o transporte de garrafões de 20 litros cheios.

Insano lidera mercado paranaense Lançado há cerca de um ano, o energético Insano Energy Drink, da Ouro Fino, desbancou o concorrente Red Bull na liderança da categoria no mercado paranaense. Segundo pesquisa Nielsen realizada entre 5 de dezembro e 4 de janeiro últimos, a marca Insano detém 30,7% de participação no Paraná, contra 26,5% do vice-líder. Em Curitiba e região metropolitana, a participação do produto da Ouro Fino é maior, chegando a 41,3%, contra 24,3% do concorrente de origem austríaca. Na região sul, 53% dos estabelecimentos vendem o energético Insano.


Plano de sustentabilidade Um dos maiores projetos de preservação de águas subterrâneas já realizados no Brasil. Assim pode ser definida o plano de sustentabilidade envolvendo as águas termais de Caldas Novas e Rio Quente de Goiás, tema de encontro entre parlamentares do estado e Sérgio Dâmaso, diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A reunião contou com as presenças dos deputados federais Leandro Vilela (PMDB/ GO) e Mágda Mofato (PTB/GO), além de Fábio Floriano Crédito: Embratur

com economia sustentada em águas termais, o complexo termal de Caldas Novas e Rio Quente de Goiás está sendo beneficiado por um projeto de preservação encabeçado pela AMAT. Fábio Floriano, presidente da entidade, informa que a associação vai coordenar os trabalhos de recarga e de monitoramento, com o apoio técnico e financeiro de órgãos municipais, estaduais e federais, visando à preservação das águas termais. Também será feita uma apresentação do aquífero, dos empreendimentos hoteleiros e da representatividade de Caldas Novas como polo turístico. A ideia é viabilizar o gerenciamento e explotação das águas termais de forma correta, segura e racional, garantindo sua preservação para as gerações futuras.

Haesbaert, presidente da Associação das Empresas Mineradoras das Águas Termais de Goiás (AMAT), e Dagoberto Pereira Souza, superintendente do DNPM no Estado de Goiás. Um marco geográfico para os aquíferos termais, além de maior complexo de lazer do interior do Brasil

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Beleza australiana Explorando sua natural sensualidade, Yvonne também arregimenta uma legião de fãs no mundo das águas minerais. A beldade australiana acaba de posar nua, apenas com o corpo pintado, para recente campanha publicitária da Coconut Sobe Lifewater, marca americana de água mineral com sabor de coco. A estrela chama atenção com pinturas de cocos e folhas de palmeiras pintadas sobre seus seios e belíssimas curvas. Com ensaio fotográfico assinado por Raphael Mazzucco, a campanha foi publicada em fevereiro de 2012 numa edição especial da revista americana Sports Illustrated. A bela atriz australiana também surgiu nua e exuberante em peças publicitárias da Coconut Sobe Lifewater veiculadas na programação esportiva da TV dos Estados Unidos.

Nascida em 1982 na Austrália, a atriz de descendente de poloneses Yvonne Strahovski brilha em uma das mais apreciadas séries da TV americana do momento. Em “Chuck”, que no Brasil também faz sucesso (canal Warner da TV a cabo), ela interpreta Sarah Walker, uma top agente da CIA incumbida de proteger o protagonista da série, por quem acaba inesperadamente se apaixonando.

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Sebrae prepara Circuito das Águas Paulista para negócios da Copa O Sebrae-SP reuniu empresários do Circuito das Águas Paulista para uma série de apresentações e debates sobre o potencial de negócios da Copa do Mundo 2014 na região. O encontro ocorreu em Serra Negra (SP) e foi organizado em parceria com o SENAC e o Consórcio do Circuito das Águas Paulista. Segundo os organizadores, a região tem potencial para

atrair uma parcela dos turistas que estarão em São Paulo, uma das 12 cidades-sede da Copa, durante o evento. De acordo com um estudo encomendado pelo Sebrae junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que engloba nove setores da economia, incluindo o turismo, a Copa do Mundo de 2014 deve gerar oportunidades de negócios para 7,7 mil micro e pequenas empresas.

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Reunião produtiva no Rio A Abinam e os envasadores de águas minerais do Estado do Rio de Janeiro se reuniram no começo do ano para discutir a importância da portaria 387, que determina o prazo de validade de 3 anos para os garrafões descartáveis de água mineral. A ata da reunião registrou várias manifestações positivas à medida. Durante a reunião, foi exibida, em um telão, a reportagem veiculada no “Jornal Nacional”, em janeiro último, sobre a derrota sofrida na justiça pelas empresas que contestavam o prazo de validade de 3 anos dos garrafões. Além da vida útil dos garrafões, o encontro detalhou os objetivos da Abinam para 2012, em especial a luta para diminuição da carga Tributária do setor. Os dois megaeventos esportivos que acontecem no Brasil nos próximos anos - Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas 2016 - também foram abordados. Por fim, Lancia pediu apoio para a eleição de um Superintendente para representar a Abinam no Rio de Janeiro. A entidade apoia o nome de Jocimar Coelho de Lima.

Água também mata a fome Segundo estudo publicado no Journal of Clinic Endocrinology & Metabolism, aproximadamente 40% das pessoas confundem sede com fome. Para alegria de quem sofre com o problema de assaltar a geladeira de madrugada, as nutricionistas Juliana Arraya e Suzana Bonumá informam que um copo de água alivia a fome noturna na maioria dos casos. Por outro lado, elas dizem que não se deve confiar na sede como forma de controle do grau de hidratação. Segundo as nutricionistas, quando sentimos sede já estamos desidratados em pelo menos 1% de nosso peso corporal. No caso de atividade física no verão, recomenda-se beber entre 200ml e 300ml de água a cada 20 ou 25 minutos.

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Envase com assepsia Uma das líderes na fabricação de máquinas envasadoras de copos e potes totalmente mecânicas, a Milainox está lançando a M-22 PLUS uma envasadora, seladora e datadora automática de copos e potes com capacidade de produção 3 mil unidades/hora. Além de não precisar de compressor de ar, o equipamento é o único no Brasil com sistema de assepsia da embalagem, trabalhando com ar positivo dentro da cabine, o que garante a qualidade final do produto. A Milainox promete outra novidade ao longo de 2012: uma envasadora automática de copos e potes com capacidade de produção de 7.500 unidades/hora para o segmento de água mineral, sucos, água de coco, laticínios entre outros. A empresa já ganhou vários prêmios de inovação tecnológica, inclusive pela Nielsen Business, troféu reconhecido em toda a América Latina.


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Petrópolis Paulista em novas embalagens Já estão disponíveis no mercado as novas embalagens para as garrafas de 500 ml e 1,5 litro da Águas Petrópolis Paulista, tradicional empresa do setor de águas minerais. O objetivo das mudanças foi criar um visual mais leve, com cores suaves. Além disso, os novos rótulos trazem tipologia mais moderna e definida, contribuindo para uma leitura mais rápida. “Atualmente, os consumidores querem saber informações sobre os produtos e foi pensando nisso que resolvemos melhorar a leitura e compreensão sobre a água mineral que está comprando”, afirma Amílcar Lopes, CEO da empresa. A Águas Petrópolis Paulista também reformulou a garrafa de 250 ml Kids. A nova garrafa foi desenvolvida exclusivamente pensando no público infantil: vem com tampa Aptar. “A tecnologia Aptar traz mais segurança no fechamento da garrafa além do design inovador”, concluiu Lopes.

Inspirada nas ondas O conceito de marca própria de água mineral chegou à linha de acessórios e roupas de surf Mormaii. A água da marca foi lançada em dois tamanhos (500ml e 1,5l), nas versões com e sem gás. O design das embalagens é da agência O3. A inspiração veio das ondas do mar e das roupas de borracha da Mormaii para a prática de esportes - as chamadas wet suits de neoprene. Segundo a agência O3, o design da garrafa proporcionou ergonomia e segurança de manuseio. Por sua vez, o relevo, que também traz formas do mar, foi concebido para valorizar a água no interior da garrafa, refletindo e refratando o brilho da luz.

Águas boas de bola A rivalidade futebolística que divide o Rio Grande do Sul também agita o mercado gaúcho de água mineral. Grêmio e Internacional, os dois maiores clubes de futebol do sul do país, lançaram em dezembro último águas minerais com os respectivos escudos estampados nos rótulos. Numa prova de que a competitividade será acirrada também nas gôndolas, as novidades foram anunciadas quase simultaneamente, nos dias que antecederam o Natal de 2011. No caso da água do Grêmio, a estimativa de venda para o primeiro ano é de 10 milhões de litros. Disponível em embalagens de 5 litros, 1,5 litro e 500ml, a água mine-

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ral do tricolor gaúcho está sendo distribuída em todas as grandes redes comerciais do Rio Grande do Sul por duas empresas: Armazém das Águas (interior do estado) e Crestani Distribuidora de Água Mineral (Porto Alegre e região metropolitana). A água do Grêmio foi lançada em parceria com a Fama Licenciamentos e é envasada pela Mineradora Campo Branco, localizada na cidade de Progresso (RS). A linha de águas customizada com as cores e símbolos do Internacional também foi apresentada no final do ano passado. A família conta com embalagens descartáveis de 500ml (com e sem gás), 1 litro (sem gás) e galão de 5 litros descartável. O primeiro item da série foi uma versão de 20 litros (sem gás), lançada em 2009. Atualmente, o portfólio de alimentos e bebidas licenciados pelo Colorado inclui champanhe, cerveja, arroz, pão, biscoitos, biscoito de polvilho, queijo ralado, pirulito e molho de tomate, entre outros produtos. O segmento é responsável por 6% do faturamento anual de R$ 6 milhões obtidos com a venda de artigos customizados pelo clube.


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Bicicletas feitas a partir de plástico de garrafas PET, fabricadas em São Paulo O artista plástico uruguaio Juan Muzzi, radicado no Brasil, criou o modelo e fabrica as bikes sob encomenda em São Paulo. Na cidade, há pelo menos 2,5 mil pessoas na lista de espera para ter uma bicicleta sustentável, que só é fabricada após o pedido. Entre as justificativas para a imensa procura está o fato de que a bike é mais resistente, flexível e barata. Além disso, o plástico não enferruja, tem amortecimento natural e sua fabricação ainda transforma resíduos sólidos em um novo produto, beneficiando o meio ambiente. A fabricação do quadro de uma bicicleta utiliza 200 garrafas - quadros custam R$ 250 - a bicicleta completa pode chegar a R$ 3 mil, as encomendas podem ser feitas pelo site MuzziCycles.

Solução completa Empresa de Limeira (SP) que desde 1995 fabrica máquinas para envase e pasteurização para o setor de bebidas, a Tambflex está lançando a embaladeira CP5000. Do tipo rotativa, a máquina foi feita para o envase de copos e potes de produtos líquidos e pastosos, incluindo águas. Segundo a empresa, a estrutura em aço inox e o fechamento em policarbonato garantem resistência e qualidade na produção. Com um processo produtivo inteligente, controlado por CLP, a CP5000 deposita os copos, injeta o produto a ser envasado, coloca e sela as tampas de alumínio, data os dados variáveis na embalagem, como lote e data de validade, e coloca sobretampa se necessário. A média de produção é de 4.500 a 5.000 potes/hora.

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Bioleve lança BioEnergy Power Uma das maiores envasadoras de água mineral do país, a Bioleve, de Lindóia (SP), está entrando no segmento de bebidas energéticas com o lançamento oficial neste início de ano de BioEnergy Power. Um dos destaques do produto é sua produção feita com água mineral pura da fonte, característica que o diferencia da grande maioria dos concorrentes. Além disso, BioEnergy Power é adoçado de forma mista, combinando açúcar e sucralose. Proveniente da cana de açúcar, a sucralose é um dos adoçantes mais naturais e caros do mercado. Outro diferencial é a sua rotulagem, do tipo sleeve, que recebeu pigmentos refletivos. Assim, quando as garrafas são submetidas à luz negra das baladas e casas noturnas, a marca BioEnergy Power ganha destaque, brilhando no escuro. Todas as embalagens de águas ou sucos são produzidas na própria unidade industrial da Bioleve.

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Kirin anuncia novo presidente da Schincariol Antes do esperado pela maioria dos analistas de mercado, a japonesa Kirin, que comprou a Schincariol ano passado, anunciou o novo presidente da indústria brasileira de bebidas. Quem assumiu o cargo foi Gino di Domenico. O executivo já passou pela Unilever e está na Schincariol desde 2003. Até então Domenico era vice-presidente de Distribuição. Trata-se de um dos homens de confiança de seu antecessor, Adriano Schincariol. O novo presidente assumiu em fevereiro e deve liderar o alinhamento da marca Schin à estratégia do Grupo Kirin, que, além de cervejas, possui operações com sucos, vinhos e água mineral. Para analistas, a Kirin deve utilizar a Schincariol como plataforma para se expandir na América Latina, inclusive no negócio de águas minerais. Venda Reversa Em novembro passado, a empresa divulgou crescimento de 300% nas vendas da linha de águas Schin em três meses. O resultado teria sido puxado por um programa sustentável de reciclagem, cujo projeto piloto foi lançado em julho último. Na ocasião, a empresa instalou seis máquinas de venda reversa em três lojas da rede Boa, de Jundiaí (SP). Os equipamentos recolhem embalagens PET de qualquer marca e, a cada cinco unidades inseridas, emitem um tíquete que vale uma água Schin. O projeto já estaria em fase de negociação com outras empresas de supermercados. A compra da Schincariol pela Kirin fez jus à famosa discrição dos japoneses. Ainda que fosse conhecido o interesse da empresa asiática pelo mercado latino-americano, o negócio surpreendeu analistas. A Kirin pagou R$ 4 bilhões por 50,5% do capital da empresa brasileira. Os 49,5% restantes continuarão com a família Schincariol. Esse foi considerado um dos aspectos que afugentaram outros interessados, como a Heineken. Além de ações de logística reversa, a linha de águas Schin apoia diferentes atividades esportivas, tendo renovado seu patrocínio com a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e firmado parceria com a assessoria esportiva Yescom, garantindo apoio a 42 competições esportivas em 2012 (entre ciclismo e corridas).

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C lass i f i cad o s


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