Revista LOGÍSTICA 278 - Dezembro/2013

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Supply Chain Solutions A IMAM Consultoria implementa as mais avançadas tecnologias para otimização dos processos logísticos SI&OP (Sales, Inventory and Operations Planning) A solução referência na Europa, com mais de 500 implementações, agora no Brasil. Benefício: redução de seu inventário

APS (Advanced Planning and Scheduling) A solução mais avançada para planejamento e programação de capacidade produtiva. Benefício: aumento de sua capacidade produtiva

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EDITORIAL Revista LOGÍSTICA a 1a revista de Logística, Movimentação e Armazenagem de Materiais, é uma publicação mensal. Registro no Cartório de Títulos e Documentos sob no 1086, em 16 de abril de 1980.

ISSN 1679-7620 Fale conosco: Comentários, sugestões, críticas a reportagens, artigos e releases devem ser encaminhados a: Rua Loefgreen, 1400 - V. Mariana, 04040-902 São Paulo - SP Fone: (11) 5575.1400 e-mail: redacao@imam.com.br Para solicitar edições anteriores que não estiverem esgotadas: imam@imam.com.br. Assinaturas: imam@imam.com.br www.imam.com.br Circulação: Daniel Covo Publicidade: comercial@imam.com.br Redação: Sylvia Schandert – MTb 32131 Thaís de Paula – MTb 68655 Maurício Miranda – MTb 53645 Colaboraram nesta edição: Antonio Carlos Rezende, Luiz Roberto Fonseca e Mariana Moura Picolo Editoração e edição de arte: Kátia O. Gomes e Gabriele Freire dos Santos

Balanços e metas

M

ais um ano chega ao fim. Hora de fazer balanços, aprender com os erros e traçar as metas para o atípico ano de 2014, no qual o Brasil estará na pauta de veículos de comunicação, governos, empresas e pessoas apaixonadas por futebol. A Copa do Mundo, sediada em nosso país, não só nos trará toda a atenção como será a prova de fogo para os investimentos realizados pelo governo e pelas empresas tanto em infraestrutura como em mobilidade urbana e serviços. E já começou com o acidente com um guindaste na construção da Arena Corinthians, no fechamento desta edição. Será que empresas e operadores logísticos se prepararam suficientemente paraa Copa? Esse é um dos tópicos abordados na reportagem sobre tendências, que começa na página 32. Para apontá-las, a revista ouviu os profissionais da IMAM Consultoria que traçaram tanto as perspectivas gerais como as específicas do segmento logístico. E como inovação certamente é a palavra de ordem para as empresas que planejam um 2014 promissor, elegemos, em reportagem que começa na página 40, dez produtos inovadores no mundo em 2013 que prometem faciltar ou melhorar a qualidade de vida das pessoas. Em breve, você deverá utilizar uma delas. Vale destacar ainda a pesquisa inédita sobre armazenagem (página 24) que detectou o perfil médio de armazéns e centros de distribuição do país e a cobertura da Fenatran (página 20).

Encontre-nos na rede: www.revistalogistica.com.br

Bom fim de ano e até 2014!

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A revista LOGÍSTICA não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados ou entrevistas. Não publicamos matérias redacionais pagas. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte do conteúdo desta revista poderá ser reproduzida ou transmitida, por qualquer meio e de qualquer forma, sem a autorização do Editor. O anunciante assumirá responsabilidade total por sua publicidade. A Revista LOGÍSTICA é uma publicação do Grupo

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ÍNDICE Número 278 | dezembro 2013

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SEÇÕES 31

Literatura Técnica

46

Serviços Logísticos

54

Mercado

64

Mobilidade

66

Dez Pontos sobre...

6

C A PA 32

Tendências para o “Ano da Copa”

48

R E P O R TA G E N S 6 Estudo de caso: Armco 12 Guindastes telescópicos 16 ERP na tela do smartphone 18 Logística no Amazonas 20 Fenatran: Pesos-pesados em destaque

S É R I E S

24 Pesquisa: armazenagem

10

Tecnologia da informação

40 Especial TOP de Inovação

28

Segurança na MAM

48 Segurança: protetores de estruturas porta-paletes

36

Logística pelo mundo

52 Automação: oportunidades em CDs

50

Transporte de cargas

56 Distribuição: embarques prontos para as lojas

60

Logística pelo mundo

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Quem é líder em mercados tão competitivos quanto o Brasil, a China e o Japão tem muito para oferecer à sua empresa.

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Cross docking

Galpões modulares e build-to-suit Pé-direito de 12 metros Localização estratégica Piso com resistência de 6 t/m2 Mais de 1,1 milhão de m² alugados 2,1 milhões de m2 de ABL Mezanino sob demanda

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ESTUDO DE CASO

Expansão bem orientada Relaminadora inaugura nova unidade para aumentar sua eficiência

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Armco do Brasil, empresa de relaminação de Aço, com o objetivo de expandir a eficiência de suas operações, investiu em uma nova planta na cidade de Jacareí (SP), com fácil acesso para Rodovia Presidente Dutra, cuja inauguração está prevista para dezembro. A empresa atende a todo o País e faz parte de um Grupo que é composto também pela Intacta, Aços da Amazônia e Stripsteel.

6

Com a orientação da IMAM Consultoria adquiriu um terreno com 310 mil m² de área total e iniciou as obras em 2011. De acordo com Edison Guimarães, gerente de qualidade de produtividade da Armco, o projeto foi desenvolvido com a IMAM Consultoria, pois já era conhecida pela empresa por meio de treinamentos, workshops e referencias do mercado. “Expusemos as necessidades de nosso projeto, que, pela grandeza, precisava de orientação profissional.

Durante o projeto adotamos a metodologia de execução do projeto industrial usando um layout com identificação, que era composto por variados fluxos e volumes diversos. Foi uma forma preliminar de determinação aos fluxos principais”, completou. “A intenção do projeto foi conceber um layout ideal, que posteriormente foi adequado as condições e características do terreno. Os estudos começaram há cinco anos e hoje, as instalações

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Se Mo To Ad Vã Pé At

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impressionam pela qualidade e preocupação com os detalhes”, comentou Luiz Fonseca, gerente de projetos da IMAM Consultoria. Carlos Rotella, presidente da Armco, revelou que a empresa espera com a nova unidade aumentar sua capacidade instalada em aproximadamente 50%, bem como sua competitividade através de uma maior produtividade, representando um salto tecnológico no setor de relaminação. “Ao mesmo tempo, ampliamos nossa oferta de serviços de decapagem e corte, pois instalamos novas linhas que incrementarão o nosso portfolio de negócios. Vale dizer que em relação aos ganhos de competitividade, a consultoria do IMAM teve um papel fundamental, pois um dos pontos cruciais na obtenção destes ganhos foi a redução das perdas através de um layout fabril que encurtou, inclusive, o leadtime de processo”, completou.

Uma passarela no centro dos dois edifícios permite uma gestão a vista

Um dos pontos cruciais na obtenção de ganhos de produtividade foi a redução das perdas através de um layout fabril A unidade de Jacareí é um site para expansão, cujo diferencial é a relaminação de bobinas maiores do que na unidade de São Paulo, onde são processadas bobinas até 14 toneladas.

vinigalpão

“Em Jacareí nosso processo de relaminação terá inicio com bobinas até 32 toneladas de peso, que associada aos ganhos tecnológicos dos equipamentos permitirão o crescimento das pro-

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Recebimento dutividades e melhores rendimentos metálicos nos produtos. Escolhemos a IMAM pela bagagem e proposta de trabalho. Buscávamos um planejamento estratégico das instalações que gerasse uma solução ótima. A fase pré operacional começou em agosto de 2013, com complemento da instalação de todos os equipamentos em

setembro”, declarou Marcos Guzzo, superintendente industrial da Armco. “O edifício foi projetado de modo que a iluminação aproveitasse a luz natural. As lâmpadas são acesas de duas em duas. A ventilação é natural. No terreno há áreas preparadas com brita que já preveem numa futura expansão”, disse Antonio Carlos da

Pontes rolantes equipadas com tenazes melhoran a eficiência 8

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Silva Rezende, gerente de projetos da IMAM Consultoria. Segundo Guzzo, a unidade nasce como novos equipamentos e representará incremento de 50% de capacidade nos produtos relaminados da Armco. O local foi escolhido por questões logísticas e atendimento aos recursos e insumos necessários a operação. “Os desafios enfrentados foram: tecnologia dos equipamentos (ponte rolantes, tenazes, entre outros), métodos de planejamento para trabalhos com bobinas de maiores dimensões e da construção em si. Já no início da operação foram a formação e adequação de mão de obra para nossa operação”, disse Marcos Guzzo. A empresa introduziu inovações para a otimização dos processos produtivos e na logística industrial. Por conta dessa expansão pretende conquistar vários novos clientes. “O site está preparado para expansões e já há estudos para verticalizar o estoque de produtos acabados. Nesta fase já estamos atendendo alguns clientes e desenvolvendo sistemas de controle da operação”, comentou Alexandre Cavalleri, da Armco.

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série

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO | 10ª parte

A necessidade de mudar com a TI Quando empresas precisam implementar ou trocar sistemas, uma boa condução do processo é fundamental

A

SAP mantém o ritmo de crescimento no Brasil e nos primeiros nove meses deste ano, a subsidiária registrou um aumento de 38% da receita com a venda de software. Já a companhia constou um aumento de 12% de sua receita de software e serviços relacionados, índice que contabiliza os ganhos de vendas de software com receita de manutenção. Atende empresas de todos os segmentos e atualmente seu maior volume de vendas é para empresas de pequeno e médio porte. “Era um mito que

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atendíamos apenas grandes empresas, pois quando a SAP chegou ao Brasil, há quase vinte anos, tinha muitos clientes de multinacionais. Hoje temos em nosso portfólio empresas como Fogo de Chão, Peixe Urbano, Netshoes, entre outras”, contou Daniel Bio, gerente de desenvolvimento de negócios para supply chain e logística da SAP. Com relação aos setores de mercado em que a SAP Brasil obteve um melhor desempenho no terceiro trimestre, a logística é um dos destaques, com crescimento acima de 100%. “A SAP sempre atendeu o segmento logístico,

mas a diferença agora é que as empresas deste segmento começam a adotar o ERP (“enterprise resource planning”, planejamento do recurso empresarial), sempre de acordo com seu core business”, declarou Daniel Bio. Segundo o gerente, as necessidades de controlar o core business antigamente ficavam para segunda ordem. “Levando em consideração que o operador logístico tem como produto o seu serviço, nos últimos três anos, a SAP tem oferecido o TM, nome do seu TMS (“transportation management system”, sistema de gerenciamento do

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transporte), uma solução para operadores logísticos que, além do backoffice, atende o core business”, completa. O TM permite que as empresas façam o planejamento em médio prazo, definam rotas favoráveis, otimizem o transporte, selecionem transportadores, etc. A aplicação pode ser integrada a sistemas de codificação geográfica, como o GPS ou a radiofrequência, e incorpora indicadores próprios de gerenciamento do conjunto de ferramentas de Business Intelligence (BI) da SAP BusinessObjects embutidas na solução. “Ainda não oferecemos soluções em cloud computing (computação em nuvem) para a logística, mas o TM terá esta opção no futuro. Entretanto, disponibilizamos soluções de rápida implementação, chamadas RDS (“Rapid Deployment Solutions”). Se você já tem escopo bem definido, depois de três meses o projeto já está funcionando. Em breve, todas as outras soluções da SAP terão a opção cloud”, comentou o gerente.

Implementação A implementação de um sistema exige conhecimento especializado. A

Bio, da SAP: “Sempre atendemos o segmento logístico. A diferença agora é que as empresas deste segmento começam a adotar o ERP”

Freire e Motta, diretores da Letnis: “A experiência gera as melhores praticas e o IMAM tem muita bagagem, o que nos beneficia”

SAP conta com parceiros e a empresa Letnis é uma implementadora. Especializada no sistema SAP ERP, a Letnis é fruto do departamento de tecnologia da informação da MWM Motores Diesel (atual MWM International Motores Diesel). Há cerca de treze anos, a MWM precisou implementar o SAP ERP e preferiu treinar seus colaborares no software para que eles mesmos se encarregassem dessa fase, sob supervisão da SAP. Com o sucesso do processo, o departamento passou a se chama MWM IT. Há seis anos integrantes desse setor decidiram fundar a Letnis e passaram a oferecer soluções para diversas empresas que precisam implementar sistemas, principalmente os logísticos. A empresa também conta com uma parceria com a IMAM Consultoria. “Começamos a estreitar relacionamento com o IMAM, pois o mercado de logística está investindo. Já trabalhamos no passado com a IMAM e os resultados sempre foram ótimos. Além dos projetos estamos levando capacitação do mercado”, comentou Maurício Freire Dias, diretor da Letnis. Segundo o outro diretor da Letnis, Benedito Motta, há dois tipos de empresas que procuram a solução ERP SAP: aquelas que querem implementar e outras que já

usam o sistema, mas que sentem carência na utilização. “Trabalhamos nas duas frentes. A Letnis é uma boa opção para quem precisa implementar sistemas com processos logísticos, pois temos um projeto de revitalização oferecido à empresas que já tenham SAP para que possam conhecer os processos e metodologias de gestão. A experiência gera as melhores praticas e o IMAM tem muita bagagem, o que nos beneficia”, completou. Durante esta fase, as empresas enfrentam diversos problemas e imprevistos, como conta Maurício Freire Dias: “muitas empresa se frustraram com a implementação do sistema, mas também não investiram na formação do usuário. Outro problema é o turnover. A área de RH deveria se preocupar em treinar seus colaboradores e valorizar os conhecimentos. Por isso eles procuram uma consultoria como nós”, revelou. Ainda, segundo Maurício Freire, há mais uma situação que pode gerar insatisfação com o software. “Algumas vezes, uma empresa que atua no exterior e decide se instalar no Brasil faz rollout (instalação gerenciada) de seus procedimentos no estilo ‘ctrl+c e ctrl+v’. Nesse caso é necessário adaptar tudo as leis brasileiras. O que acontece é que a matriz designa pessoas que falam outro idioma para o projeto”,finalizou. dezembro 2013

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Guindastes Telescópicos

Compacto ou ultra compacto Mercado de veículos com lanças telescópicas oferece diversas opções e oportunidades de escolha

O

mercado de veículos com lanças telescópicas é, juntamente com o de gruas, um bom indicador da saúde da economia. Os equipamentos mais populares estão agora tão pesa-

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damente envolvidos em todos os tipos de construções que são os primeiros a sofrerem quando os tempos começam a ficar difíceis. A locação e venda de manipuladores telescópicos está aquecida e a última tendência é para modelos ainda menores.

Pequenos guindastes telescópicos não são medidos pela capacidade de levantamento, mas sim pelo peso ou largura do equipamento. Abaixo de dois metros de altura e largura o equipamento cai para a categoria dos compactos, enquanto os ultra

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compactos são 1,6 metros ou menos ainda mais estreitos. Enquanto os telescópios são capazes de levantar 10 toneladas ou mais, o crescimento dos equipamentos no limite inferior da escala de tamanho é rápido. Na categoria compacta a maioria dos equipamentos está muito próxima em suas especificações básicas. As especificações da Bobcat, JLG, Cat (construída pela JLG), Merlo, Manitou, Genie, Dieci, Kramer Allrad e Faresin estão, em sua maioria, dentro do mesmo padrão com capacidade máxima de 2,5 t e dimensões de 1950 mm de altura por cerca de 1825 mm de largura. O peso dos equipamentos varia um pouco mais, indo do Genie de 4,5 t até o JLG de 5 t. Existem vários modelos que só perdem o porte compacto, incluindo o JLG 2906 de 3 t de capacidade e o novo da JCB 527-58 de 2,7 t, o qual mede 2 metros e tem largura de 2040 mm.

A JCB não tem um equipamento no meio do mix de compactos, porém sendo soberana na busca e exploração de nichos, ela decidiu investir mesmo nos menores e é o único fabricante atualmente pressionando a categoria “ultra compacta” com a introdução de seu 515-40, sua menor lança-telescópica. Outros no grupo dos “ultra compactos” incluem o Manitou com seus modelos Buggiscopic e Twisco, a Ausa com o seu T133H e o ligeiramente maior T204H, e a Kramer Allrad com seus 1245. As capacidades desses micro guindastes telescópicos vão de 1,2 a 2,5 t, com levantamento de 2,7 a 4,3 metros, mas provavelmente mais importante são as dimensões compactas dos equipamentos com larguras tão estreitas quanto 1347 m e alturas tão baixas quanto 1800 mm. Essas máquinas são mais similares

em tamanho e oferecem uma melhor movimentação de material, com a capacidade de carregar vagões, baús, contêineres, entre outros. Obviamente as dimensões compactas tornam essas máquinas ainda mais ajustáveis para trabalhar em áreas restritas em centros urbanos ou projetos de demolições. Como são capazes de acessar espaços restritos assim como operar dentro de prédios e contêineres ou serem levantadas para trabalhar em situações de alturas elevadas (seus principais benefícios) elas irão provavelmente atuar bem em diferentes aplicações. Com isso em mente, os veículos com lança telescópica compactos estão equipados para utilizar anexos e acessórios de uma escavadeira padrão. Um problema comum nas máquinas compactas é a cabine apertada e a falta de visibilidades. Apesar da

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A oportunidade de escolher entre diversos modelos de guindastes proporciona flexibilidade

TIPOS DE MANIPULADORES TELESCÓPICO Ultra compacto

larguras menores que 1,6 metros.

Compactos

peso e largura abaixo de dois metros.

Padrão

de 7 a 10 metros de peso de levantamento

Hi Lift

de 11 a 14 metros de peso de levantamento

Ultra Hi lift

15 metros mais o peso de levantamento

Alta capacidade

acima de 15 metros

falta de espaço físico, muitos fabricantes utilizaram designs de chassis inovadores para ajustar as cabines “full size” – até 995mm de largura –, um desafio em uma máquina com largura geralmente de apenas 1,8 metros, mas fazendo a operação diária perfeitamente viável. 14

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A Ausa adicionou à sua série Tautulift o T133H, seu menor telescópio até hoje, que continua o conceito de empilhadeira versátil com expansão telescópica e diversos anexos. Esses incluem um garfo com deslocamento lateral, caçamba, garra, pá e garfos do tipo pelicano. O T133H é um dos mais

estreitos equipamentos ultra compactos e tem um eixo de motor hidráulico mais compacto desenvolvido pela Ausa em cooperação com o fabricante da área hidráulica da Poclain. O T133H de duas rodas atinge velocidade máxima de 20 km/h. Porém uma versão 4x4 ligeiramente maior e mais pesada também está disponível. O outro fabricante de ultra compactos é a Kramer Allad que utilizou a experiência obtida por muitos anos de suas pás compactas de carregamento para criar modelos com 1,56 mm de largura a 1245, com uma altura de elevação de 4,3 metros e capacidade de 1,2 t. A marca Kramer Allrad é utilizada na Europa para construção, paisagismo, reciclagem, mercado industrial. A Bauma Manitou disponibiliza diversos modelos incluindo o MT 625, projetado para facilitar a utilização, com uma cabine espaçosa e um joystick JSM multifuncional, que deixa a outra mão do operador no volante o tempo todo. A cabine também apresenta um painel digital de fácil leitura. Já a Merlo oferece o modelo P25.6, que tem altura máxima de levantamento de 5,9 metros, sua cabine de 955 mm de largura tem telescópicos maiores com visibilidade total e a menor largura total é de 1,8 metro. A direção hidráulica do P25.6 oferece um velocidade máxima de rodagem de 36 km/h, enquanto o eixo traseiro oscilando livremente garante quatro pontos de contato dos pneus em condições extremas de off-road.

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

ERP na tela do smartphone Sankhya lança ERP Web Mobile que permite acesso a informações estratégicas a qualquer hora e lugar, e em qualquer dispositivo móvel de gestão disponível na Web, seguindo sua estratégia de sempre oferecer soluções inovadoras. “O ERP já nasceu com tecnologia própria para Internet. Saímos na frente mais uma vez ao disponibilizar uma versão inteiramente preparada para o ambiente mobile”, diz Felipe Calixto, diretor presidente da Sankhya. O Sankhya-W 3.0 Web Mobile foi desenhado para garantir total mobilidade, rapidez e segurança na gestão do negócio dos clientes, agilizando a tomada de decisão. Um dos principais diferenciais da solução é a compatibilidade do sistema operacional com Windows, IOS, Android etc, e a flexibilidade de acesso por meio de qualquer dispositivo, seja desktop ou móvel, a experiência do usuário é a mesma em qualquer plataforma. O acesso a dados gerenciais como dashboards e relatórios, de onde o gestor estiver – uma vez que opera inteiramente na nuvem, é também um dos pontos fortes da nova versão Web Mobile Sankhya.

Fácil navegação

U

m tempo depois de apresentar um ERP com plataforma 100% na nuvem, a Sankhya - desenvolvedora e provedora de soluções em gestão empresarial - lança o primeiro ERP do país totalmente desenvolvido para rodar em dispositivos móveis, como 16

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Ipad, Iphone ou dispositivos Android. A solução Sankhya-W 3.0 Web Mobile é resultado de seis meses de pesquisa, envolvendo uma ampla equipe dedicada ao desenvolvimento do projeto. O lançamento é parte de um investimento de R$ 16 milhões que a Sankhya vem fazendo, para tornar seu sistema

O conceito de fácil navegação, presente nas versões anteriores do Sankhya-W, agora está ainda mais evidente. A nova versão apresenta uma interface inovadora, moderna e intuitiva, com design arrojado e funcional, além de corresponder aos mais atuais conceitos da Web. Por ser uma solução

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Estudo de caso

Felipe Calixto, presidente da Sankhya: “Saímos na frente disponibilizar uma versão preparada para o mobile”

mobile, o Sankhya-W 3.0 permite acessar recursos como dashboards com a tecnologia própria para tablets, como IPads, e dispositivos com Android, ou qualquer plataforma que possua um navegador Web padrão. O sistema pode ser customizado para que o usuário tenha em mãos apenas as informações relevantes. Para isso, além de fazer as personalizações para os clientes, a empresa criou até vídeos-aula para incentivar os usuários a fazer o mesmo. “O gestor não pode perder tempo buscando as informações de que necessita. Tudo precisa ser fácil e de maneira organizada”, diz Felipe.

Módulo WMS Outra inovação está no módulo de WMS (sistema de gerenciamento de armazéns) que passou a oferecer recursos e processos que maximizam o uso do armazém e auxiliam na mobilidade do gerente de estoques. “Não é mais necessário que o gerente, que precisa se deslocar com frequência pelo armazém, fique preso ao escritório para acompanhar os processos no sistema. Com o dispositivo ele pode fazer isso de qualquer lugar, mesmo estando fora da sala de operação ou mesmo da empresa”, completa o diretor presidente da Sankhya.

A Londres Distribuidora, que atua há mais de 20 anos na distribuição de artigos para festas, ampliou seu faturamento em 35% no último ano. Robinson Stocco, gerente de TI da empresa, atribui esses resultados principalmente à melhoria da gestão trazida pelas soluções da Sankhya. Desde 2011, a Londres vem utilizando o sistema da Sankhya nas áreas comercial, faturamento, logística, compras, financeira, controladoria e força de vendas. Já utilizando a versão mais recente do software, o Sankhya Web, que permite acesso aos recursos do ERP pela internet, proporcionando mais mobilidade aos gestores para acessar informações estratégicas, a distribuidora conseguiu diminuir em 50% os erros de digitação nas solicitações de pedido, que eram feitos manualmente antes do projeto. A automação também trouxe uma redução de 50% em impressões. Os resultados positivos motivaram a Londres a investir na tecnologia de ponta oferecida pela Sankhya – o Dashboard - que funciona como um cockpit que torna instantânea e prática a visualização de várias análises e indicadores de performance em um único local, apresentando os resultados de forma gráfica. “Tínhamos a necessidade de acompanhar todo o gerenciamento dos processos de forma rápida e visual”, explica o executivo, ressaltando que o aumento da atuação da empresa trouxe a necessidade de visualização em tempo real da distribuição de tarefas por setor.

Segundo Felipe, a versão mobile tem incentivado muitas empresas que trabalhavam com o software apenas no desktop a migrar para a nuvem. “Até gestores que pouco utilizam a tecnologia se sentem à vontade com a versão mobile, uma vez que ela é bem simples de operar e intuitiva”.

Olho no futuro Dentro desse conceito, o próximo passo da Sankhya é o lançamento da “Sankhya Store”, loja virtual nos moldes da Apple Store e da Google Play dedicada a aplicativos para o ERP. “Esses

O processo de implementação dos painéis foi feito por uma equipe composta de especialistas e engenheiros de TI de ambas as empresas que, por três meses, fizeram testes para avaliar o desempenho da tecnologia nos processos diários. Foram instalados cerca de 80 Dashboards contemplando todas as áreas desde o comercial, passando pelo faturamento, logística, compras, financeiro, controladoria, diretoria e gerências regionais. Por meio desses painéis os gestores podem acompanhar em tempo real os principais indicadores de desempenho, como a evolução do faturamento, receitas e despesas, o que facilita a tomada de decisão. Um dos principais diferenciais do Sankhya Dashboard é a facilidade que ele oferece na construção de gráficos, permitindo que o próprio usuário faça suas pesquisas e obtenha informações ricas em detalhes, utilizando a tecnologia de “drill down”. Com esse recurso, ao clicar em determinado gráfico o usuário poderá ir cada vez mais a fundo na informação. O Sankhya Dashboard possibilita a realização de buscas dentro do banco de dados da empresa e não em tabelas dinâmicas. Dessa forma, o usuário sempre baseará suas pesquisas em informações atualizadas em tempo real. Isso é possível graças à integração com o ERP da Sankhya e a um mecanismo de aceleração desenvolvido para agilizar os processos de busca.

aplicativos podem ver disponibilizados pela própria Sankhya – vamos lançar vários gratuitos, como modelos de relatórios criados por outros usuários (clientes) e deve ter as mesmas regras de comercialização das lojas do Android e do IOS. Vamos investir em equipe para avaliar esses aplicativos, para que tudo que seja fornecido pela nossa loja seja confiável”, diz o diretor presidente. “Estamos com muita expectativa em relação a esse produto. Só em 2013 nossa meta de crescimento é de 35%. Devemos faturar entre 50 a 55 milhões de reais no ano”, finaliza. dezembro 2013

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LOGÍSTICA NAS OBRAS

Cruzando o Amazonas Empresa espanhola constrói linha de transmissão elétrica que interliga três Estados no Norte do País

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omeçou a funcionar em julho a linha de Transmissão Tucuruí-Macapá-Manaus, conhecida como “Linhão de Tucuruí”, que permitiu integrar os Estados do Amazonas, Amapá e do oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Foi construída pela empresa espanhola Isolux Corsán, vencedora do processo de licitação da Aneel 18

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(Agência Nacional de Energia Elétrica) para a obra. Trata-se de uma obra de extrema complexidade técnica e de impacto ambiental relevante com a construção de sete linhas de transmissão em circuito duplo com extensão total aproximada de 1.800 km que conecta oito subestações e perpassa regiões de difícil acesso, com travessias de rios de grande porte. O

investimento foi de aproximadamente 3,5 bilhões de reais. Cerca de 3.300 torres gigantes de aço foram instaladas na floresta, algumas transportadas por helicóptero e barcaças. As linhas de transmissão atravessam 28 municípios, dos quais 16 estão no Pará, quatro no Amapá e oito no Amazonas. A construção atravessou a selva Amazônica com 1.191 km de linhas

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Entre as dificuldades enfrentadas estão as cheias do Rio Amazonas, que fizeram com que a obra ficasse praticamente parada durante seis meses de alta tensão de 500 a 230 KV em circuito duplo e é uma das mais complexas desenvolvidas pela Isolux Corsán em virtude de suas particularidades. Algumas atividades foram conduzidas em uma área pantanosa, exigindo a construção dos elementos necessários para levar o apoio de torres de linha de transmissão elétrica de jangadas equipadas para a atividade. Entre as dificuldades enfrentadas estão as cheias do Rio Amazonas, que fizeram com que a obra ficasse praticamente parada durante seis meses e a colocação de estacas de mais de 40 metros de profundidade, tendo a forte correnteza do rio como principal adversidade.

Elevador da torre tem 500 kg de capacidade

O projeto foi financiado pela SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) em parceria com o BASA (Banco da Amazônia) e contou com quatro mil profissionais brasileiros que viveram em um dos 14 acampamentos habilitados para alojar os trabalhadores da obra. Além da conexão elétrica do Amazonas e Amapá ao SIN, a linha também permite que ambas capitais disponham de uma rede de fibra óptica. Um dos desafios do “Linhão” foi fazer com que duas torres de 295 metros de altura (equivalentes a um prédio de 100 andares) e 2.500 toneladas de peso passasse por trechos de florestas e atravessasse os 2,5 quilômetros de largura do Rio

Mapa de interligação Tucuruí - Macapá - Manaus

Amazonas em Jarupari, perto de Almerim, no Pará. Em outros trechos, foram instaladas torres de transmissão com linhas sobre a vegetação (com mais de 15 metros de altura) de forma a evitar o desmatamento e outros impactos. A necessidade de minimizar os impactos ambientais causados pelo empreendimento associada aos obstáculos à construção de linhas de transmissão em regiões de difícil acesso tornam a Interligação Tucuruí-Macapá-Manaus uma das obras de engenharia mais complexas realizadas no Brasil. Em boa parte da interligação foi necessário construir estruturas com alturas maiores que as convencionais, acima da copa das árvores para evitar cortes, além da utilização de helicópteros para lançamento dos cabos. Nos trechos de várzea, inundáveis durante o ano todo e de difícil acesso, foram utilizadas técnicas especiais de engenharia para realização das fundações, assim como as chamadas pontes brancas para o transporte de materiais. Mesmo depois de três meses de atraso, a linha ainda não funciona integralmente, porque a Manaus Transmissora, subsidiária da Eletrobrás, só concluiu uma das cinco subestações previstas e duas das quatro linhas de transmissão projetadas para a capital. dezembro 2013

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cobertura da fenatran 2013

Pesos-pesados em destaque Montadoras e fabricantes de implementos apresentam suas linhas 2014 no Salão Internacional do Transporte

C

ontinuando o sucesso da edição passada, a Fenatran – realizada no período de 28 de outubro a 01 de novembro – recebeu, pela segunda vez, nas instalações do sambódromo, a Fenatran Experience, com o test drive de caminhões. Foram mais de 5 mil testes drives realizados. O objetivo da atração foi levar uma experiência única aos visitantes para testarem os modelos mais modernos de caminhões. No mesmo cenário, o caminhoneiro pode pilotar, tirar suas dúvidas e ver qual caminhão se encaixa mais com a sua necessidade. Alguns dos lançamentos das montadoras:

Volvo A Volvo apresentou novidades com o caminhão FH16 para transporte de cargas indivisíveis. Também exibiu os seus novos caminhões VM. Além dos novos modelos 4x2, 6x2 e 6x4, agora a empresa produzirá nas configurações 8x2 e 8x4. Ainda expôs o primeiro caminhão movido a GNL (Gás Natural Liquefeito) e a diesel que está sendo testado no Brasil: um FM 460cv, movido com aproximadamente 70% GNL e o restante a diesel.

DAF A DAF Empresa apresentou o XF105 fabricado no Brasil e mostrou as futuras linhas CF e LF. Líder no mercado europeu no segmento de cavalos mecânicos e recém-instalada no Brasil, a fabricante marcou presença na feira com o modelo extrapesado XF105, fabricado na unidade de Ponta Grossa (PR), o pesado CF e o semi-pesado LF. A fabricante trouxe também o Super Space Cab, a maior e mais espaçosa cabine da marca, que chega ao mercado nacional em 2014.

MAN A MAN Latin América apresentou 14 novos produtos com destaque para os cavalos mecânicos. A linha ganha mais potência, com os modelos Constellation 19.420, 25.420 e 26.420. A avant première ficou com o cavalo mecânico TGX 29.480 6x4, com previsão de lançamento para meados de 2014. O veículo será o mais potente de toda a linha, com uma das melhores relações potência vs. consumo de combustível do mercado. 20

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Hyundai O destaque da CAOA Hyundai foi o HD78 4X4, adaptação do comercial leve HD78, equipado com motor Euro V, tração nas quatro rodas e tecnologias desenvolvidas exclusivamente o veículo, que tem capacidade de carga de 7800 kg. Exibiu também o comercial leve HR. Além da nova motorização, menos poluente e mais eficaz, a marca aperfeiçoou o conforto ao agregar vidros com acionamento elétrico e câmbio manual com seis velocidades.

Iveco A Iveco apresentou a nova geração Tector Economy e seu principal lançamento do ano: o extrapesado Stralis Hi-Way. Outro destaque foi o lançamento da Geração Tector Economy,com reduções de até 5% no consumo de combustível com duas novas versões: 15 t e Stradale, com motor de 300 cavalos. Foram lançados mais três caminhões: o Tector Attack 280, o off-road Trakker de entrada e o Stralis Ecoline de 9 litros.

Ford A Ford Caminhões apresentou a nova Transit 2014 com a nova tendência de design das vans da marca. Também mostrou o lançamento do Cargo 1119 e a renovação do caminhão leve Cargo 816. A linha de caminhões novos também conta com os extrapesados Cargo 2842 e Cargo 2042. Outro anúncio foi a motorização de todos os seus modelos de caminhões que está apta a operar com Diesel B20. A Ford mostrou ainda a Série F, que será relançada em 2014 com novos motores Euro 5.

Renault A Renault mostrou seus novos comerciais leves e anunciou a venda de mais seis unidades do Kangoo Elétrico no país, para a FedEX. Com o Novo Master e o Kangoo a marca oferece ao modelos com baixo custo de manutenção, robustez mecânica e motores eficientes. O Kangoo está disponível em duas versões de série, com e sem porta lateral, e duas opções de transformações: ambulância e isotérmico.

Scania A Scania lançou um novo conceito de solução de transporte, o Streamline, em que produtos e serviços são oferecidos juntos para o cliente. A marca mostrou a quarta geração de câmbio Scania Opticruise,com função de conduçãoModo Econômico. Apresentou o R 620 8x4, com capacidade máxima de tração de 250 t, e o P 310 6x4. Tendo a sustentabilidade como foco, o motor etanol da Scania teve destaque no estande.

Fiat A Fiat Automóveis apresentou dois produtos para o segmento: o Novo Uno Furgão e o Novo Fiorino, renovado e mais moderno. O Novo Uno Furgão recebeu novas motorizações, agora com propulsores 1.0 e 1.4 EVO Flex. Trata-se de uma nova opção de transporte de volumes para pequenos empreendimentos como padarias, floriculturas, entregas rápidas e serviços de manutenções. Também foi apresentado o Novo Fiorino, que conta com novo design a partir da versão 2014. dezembro 2013

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Outros destaques: Librelato Os destaques da Librelato foram a Linha de Eixos JCL e a Linha Alumínio. Na Linha de Eixos, o implemento atende ao transporte de cargas indivisíveis e foi desenvolvido para transportar elementos de dimensões e pesos elevados. Já a Linha Alumínio é direcionada ao transporte de grandes volumes com peso específico reduzido como grãos, açúcar, etc. A grande vantagem do implemento é que por o alumínio ser mais leve, a redução de tara aumenta a capacidade útil do veículo.

Dhollandia A Dhollandia apresentou seus diversos modelos de plataformas niveladoras de docas. Algumas podem ser acopladas a furgões, como a tradicional standard, o modelo para furgões sem porta traseira, a plataforma com prato dobrado para livre acesso, a de cassete, a plataforma linear com dois braços, a de coluna interior e a plataforma linear com um braço, além das plataformas tradicionais para caminhões, dos modelos retráteis, as dobráveis e as aplicações hidráulicas especiais, entre outras.

Pastre O semirreboque Multi Sider foi concebido pela Pastre em parceria com a Cramaro. Trata-se de um inovador sistema de cobertura extensível flexível e retrátil, utilizada em carrocerias fechadas por lona/sider. Devido a um prolongamento acoplado na estrutura do chassi, que comporta toda a cobertura compacta, ela pode ser movida tanto para a parte da frente como para a parte de trás, deixando todo o chassi/carroceria livre para carga e descarga. O sistema multi sider é retrátil, operável por apenas uma pessoa.

Delker

WDS Pneumática

A Delker apresentou seus sistemas de ventilação e iluminação natural para conforto térmico que possibilitam a redução dos agentes contaminantes e poluidores em suspensão no ar do interior do prédio; reposição constante dos níveis adequados de oxigênio no ar, aumentando a capacidade de concentração e destreza. Traz conforto térmico sem consumo de energia.

A WDS Pneumática apresentou o kit movimentador para enlonamento pneumático para caçambas basculantes sobre chassis e semirreboques, o Lona Fácil. O enlonamento da caçamba basculante ocorre por meio do kit movimentador pneumático, braços especiais e sistema de lona retrátil com acionamento no interior da cabine do motorista.

HBZ

Polifitema

A HBZ é outra empresa que apresentou sua linha de plataformas niveladoras de docas: PNDE – Embutir (eletro-hidráulica), PNDF – Frontal (modelos eletro-hidráulico e mecânico), além dos modelos eletro-hidráulicos para baús, siders e isotérmicos, com capacidade de carga de 300 kg a 3000 kg e sistema que alinha a mesa em posição de transporte.

A Polifitema apresentou sua linha de acessórios para elevação de cargas, como as Slings Polifitema (cintas planas com olhais nas extremidades), as Rings (cinta plana em formato de anel, confeccionadas com material de alta resistência e fator de segurança 5 e 7), entre outros modelos, além de conjuntos de amarração de carga e ganchos.

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Simples assim.

Aplique a lógica.

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First in intralogistics

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PESQUISA INÉDITA

Armazenagem em foco Revista LOGÍSTICA realiza pesquisa sobre características que mantém o bom funcionamento das operações

O

mau aproveitamento dos espaços em armazéns e centros de distribuição é um comportamento antieconômico. Adotar boas práticas de armazenagem reduz custos e promove um aproveitamento adequado do local. Pensando nisso, a IMAM Consultoria e Treinamento promoveu uma pesquisa sobre a armazenagem no País, que abordou diversos aspectos da atividade, como localização de CDs, altura do pé direito e sistemas de estocagem mais utilizados. Participaram do estudo profissionais de logística e supply chain de empresas que atuam em diversos segmentos, como o de

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medicamentos, cosméticos, alimentação, logística, transporte, tecnologia, editoração, automotivos, entre outros.

Localização A primeira constatação da pesquisa foi a de que a maior parte dos CDs (32%) estão localizados próximos à empresa e 24,5% próximos aos clientes. 23,5% não têm CDs; 12% têm operações descentralizadas em lugares estratégicos e 8% não têm critério (gráfico 1).

1

Onde sua empresa localiza o seu principal Centro de Distribuição(CD)/Armazém? 12% Descentralizado, em várias localizações estratégicas

8% Ainda sem critério (tradição, oportunidade, etc)

32% Mais próximo da(s) fábricas

Dimensões De acordo com os participantes, a área interna total de seu principal do CD ou armazém tem entre 1001 a 5000 m² para 36% das empresas entrevis-

23,5% Não temos centros de distribuição

24,5% Mais próximo do(s) grande (s) cliente (s)

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% róximo ábricas

o do(s) ente (s)

tadas. Para 22% têm entre 5.001 a 10.000 m²; para 15% têm entre 10.001 a 20.000 m²; para 11% têm até 1.000 m²; para 8,5% têm mais de 50.000 m²e para 7,5% têm entre 20.001 até 50.000 m² (gráfico 2).

Docas A relação do número de docas dos CDs ou armazéns por m² de área foi outro tópico abordado e a pesquisa apurou que em 37,5% dos CDs tem uma doca a cada 250 m². Já em 22% dos armazéns há uma doca da cada 251 a 500 m²; entre 501 a 1.000 m² a porcentagem foi 18,5%; entre 1.001 a 2.000 m² a porcentagem foi 11,5%; e acima de 2.000 m² a porcentagem foi 10,5% (gráfico 3).

Pé-direito A análise feita pela IMAM concluiu que o pé-direito em CDs e armazéns é de 6,1 a 8 m para 23,5% das empresas entrevistadas; 22% têm pé direito entre 8,1 a 10 m e 18,5% entre 10,1 a 12 m. Já entre 12,1 a 14 m a porcentagem foi de 13%; acima de 14 m a porcentagem foi de 5%; Entre os armazéns até 6 m, a porcetagem foi de 18% (gráfico 4).

2

Qual é a área interna total do principal CD/Armazém?

8,5% Mais de 50.000 m 2

11% Até 1.000 m 2 11,5% 1.001 a 2.000 m 2

7,5% 20.001 até 50.000 m 2

15% 10.001 a 20.000 m 2

3

22% 5.001 a 10.000 m 2

36% 1001 até 5.000 m 2

Qual é a relação do número de docas de seu CD/Armazém por m2 de área? Temos uma doca a cada: 10,5% Acima de 2.000 m 2

18,5% 501 a 1.000 m 2

37,5% Até 250 m 2

22% 251 a 500 m 2

Para 35,54% das empresas, o tamanho médio do seu principal armazém ou CD tem entre 1.001 a 5.000 m² Sistemas de estocagem As estruturas porta-paletes convencionais ainda são o sistema de estocagem mais utilizado nos armazéns (72%). A blocagem aparece em segundo, com 37,5%, seguida por estanterias metálicas (24%). Já 21,5% optam pelo mezanino; 10,5% por estruturas drive-in/drive-thru (trânsito interno) e 8% por outros sistemas. As estruturas dinâmicas/ push-back são utilizadas por 4% das empresas . A automação ainda é pouco empregada: 1% utiliza estruturas autoportantes com transelevadores; 0,70% miniload; e 0,40% carrosséis - vertical shuttle (gráfico 9). Vale lembrar que esta questão foi de múltipla resposta.

4

Qual é o pé-direito (metros) que predomina em seu CD/ Armazém?

5% Acima de 14 m 13% 12,1 a 14 m

18% 10,1 a 12 m

18,5% Até 6 m 23,5% 6,1 a 8 m

22% 8,1 a 10 m

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6

Qual é o fluxo médio em toneladas por mês, desconsiderando a sazonalidade anual, no armazém/CD?

7,5% 50.001 a 100.000 t/mês

13% 10.001 a 20.000 t/mês

19% 5.001 a 10.000 t/mês

18% 1.001 a 5.000 t/mês

Considerando apenas empilhadeiras e transpaletes elétricos, qual o número total de equipamentos utilizados na operação interna do armazém/CD ?

3,5% 50 a 100

2,5% Mais de 100

7,5% 200 a 500

9% Apenas 1

7,5% 20 a 50

9

12% 20.001 a 50.000 t/ mês

20,5% Até 1.000 t/mês

17,5% 6 a 10

Quais são os sistemas de estocagem mais empregados e seu CD/Armazém?* Estruturas

48% 2a5

%

cionais 72

tes conven

porta-pale

,5%

no piso 37 Blocagem % etálicas 24

sm Estanteria ,5% 21 o in Mezan thru 10,50% eriv /d in euturas driv

Estr

Outros 8% 4% /push-back dinâmicas s 1% ut tr Es uras selevadore an tr m co s toportante truturas au

Es 70% Miniload 0, tle) 0,40% ertical shut (v is Carrossé

20

10

0

10

30

40

50

60

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80

Qual é/são as principais tecnologias da informação utilizadas no armazém/CD?* S 48% - WM

0

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– Sistema

20,5% 1 a 10

18% 10 a 20

16% 50 a 100

22,5% 20 a 50

Fluxo O fluxo médio em toneladas por mês, também foi considerado no estudo, sem levar em conta a sazonalidade anual. Os dados coletados indicaram o seguinte: 20,5% têm fluxo de até 1.000 t/mês; 19% têm fluxo entre 5.001 e 10.000 t/mês; 18% têm de 1.001 a 5.000t/mês; 13% entre 10.001 e 20.000 t/mês; 12% têm fluxo de 20.001 a 50.000 t/mês; 10% têm fluxo acima de 100 mil t/mês e 7,5% têm fluxo entre 50.001 e 100.000 t/ mês (gráfico 5).

Tecnologias da informação amento

de Gerenci

imização

to ou ot planejamen ftwares de 30% - So o) separaçã pel (lista de 28,5% - Pa didos Pe de amento de Gerenci – Sistema a S ci M ên O qü 12% r radiofre tificação po RFID -Iden 10,5% EB W o na ema basead 10% - Sist s ra 10% - Out eis por voz inais portát rm Te 1,4% ck by light paração pi 1,4% - Se 50 40 30 20 10

* Múltiplas escolhas

5,5% Mais de 500

10% 100 a 200

12% 10 a 20

10% Acima de 100 mil t/mês

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Qual o número de profissionais totais (incluindo terceiros) que trabalham no CD/ Armazém?

s de Armazén

Outro importante tópico abordado foram as tecnologias da informação. A pesquisa verificou que as mais importantes utilizadas são: o WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazéns) com 48% e os softwares de planejamento ou otimização, com 30%. 28,5% das empresas ainda utilizam o papel (lista de separação). 12% das empresas utilizam o OMS (“order management system”, sistema de gerenciamento de pedidos); 10,5% o RFID (“radio frequency identifica-

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8

Qual é a capacidade máxima de veículos de transporte (caminhões) em seu CD/Armazém, considerando apenas o estacionamento (pátio – não inclui docas:)? 12% Mais de 50

5,5% Não têm pátio

11% 20 a 50

19,5% 10 a 20

52% 1 a 10

tion”, identificação por radiofrequência); 10% os sistemas baseados na web; 1,4% os terminais portáteis por voz; 1,4% a separação por luz (pick by light) e 10% utiliza outras tecnologias (gráfico 10). A pergunta permitia múltipla escolha.

Equipamentos Considerando apenas empilhadeiras e transpaletes elétricos, a análise constatou que 48% dos CDs e armazéns têm de dois a cinco equipamentos; 17,5% mantém de seis a dez; 12% têm de dez a vinte; 9% têm apenas um; 7,5% mantém de 20 a 50; 3,5% têm de 50 a 100; e 2,5% têm mais de 100 equipamentos (gráfico 6).

Profissionais A pesquisa também constatou o número de profissionais totais

(incluindo terceiros) que trabalham nos CDs e armazéns. Os resultados apontaram que 22,5% mantém de 20 a 50 colaboradores; 20,5% mantém de 1 a 10; 18% mantém de 10 a 20; 16% têm de 50 a 100; 10% mantém de 100 a 200; 7,5% têm de 200 a 500 e 5,5% têm mais de 500 (gráfico 7).

Capacidade de veículos O estudo apontou, ainda, que a capacidade máxima de veículos de transporte (caminhões) nos centros de distribuição e armazéns dos participantes, considerando apenas o estacionamento (pátio), sem incluir a docas. O resultado obtido foi: 52% suportam de 1 a 10 veículos; 19,5% têm capacidade entre 10 a 20; 12% têm mais de 50; 11% suportam de 20 a 50 e 5,5% não têm pátio para caminhões (gráfico 8) .

O WMS é o software mais utilizado pelas empresas entrevistadas. Está presente em 48% dos centros de distribuição da amostragem

Conclusão Várias conclusões podem ser obtidas a partir da pesquisa, e as mais relevantes apontam que as empresas preferem localizar seus centros de distribuição próximos às suas fábricas ou aos grandes clientes. Cerca de um terço dos armazéns têm entre 1001 a 5000m2 e a distância média entre as docas é de até 250 m2. As estruturas porta-paletes convencionais são empregadas em mais de 70% dos armazéns e estuturas autoportantes com transelevadores, miniloads e carrosséis verticais ainda são muito pouco utilizados. Em relação à tecnologia da informação, quase 50% dos centros de distribuição da amostragem já adotam o WMS. Grande parte dos armazéns emprega entre dois a cinco equipamentos - considerando apenas transpaletes e empilhadeiras. Outro dado é que mais da metade dos centros de distribuição têm até 50 colaboradores (entre próprios e terceiros). O objetivo da pesquisa foi traçar um panorama da armazenagem no País e apontar a infraestrutura e a tecnologia empregadas em armazéns e CDs. dezembro 2013

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série

segurança na mam | 20ª parte

Salas de baterias A criação de uma sala de baterias tracionárias para empilhadeiras é tão importante quanto qualquer outro aspecto de segurança das empilhadeiras e dos armazéns

M

uitas empresas mudaram das empilhadeiras a combustão para elétricas. Os motivos comuns desta mudança incluem inovações das baterias, aumento da capacidade de elevação e um desejo de evitar as emissões de monóxido de carbono. Por outro lado, as baterias de empilhadeiras pesam em geral 450 kg ou mais, fazendo com que esta mudança exija das empresas a construção de salas de baterias. Racks, carregadores, trocadores, estações de lava-olhos, chuveiros e sistemas de exaustão 28

para a ventilação dos gases gerados durante o processo de carga são todos componentes-chave de uma sala de bateria segura.

Baterias e carregadores Deve-se travar sempre a bateria antes de movimentá-la ou substituí-la. Isso normalmente é feito usando-se roletes motorizados no trocador para evitar que a bateria caia. As baterias também necessitam de manutenção adequada. Isto significa que devem ser limpas, carregadas apropriadamente e resfriadas após a carga.

Elas também devem incluir cabos em boas condições e conter os níveis corretos de fluido. Lembre-se: só despeje o ácido na água. Nunca o contrário, ou seja, a água no ácido. Não deixe ninguém que não tenha sido treinado adequadamente tentar fazer a manutenção da bateria. A área de manutenção da bateria deve ser limpa, organizada e livre de fontes de ignição. Equipamentos de proteção individual adequados e ferramentas não condutivas também são essenciais. Os carrinhos de baterias devem ser inspecionados com frequência

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quanto a danos, corrosão, qualidade das soldas e dos elementos de fixação e a funcionalidade dos roletes. Todos os batentes devem estar disponíveis e funcionando. E quando colocadas em sua frota, certifique-se de que as novas baterias não ultrapassem a capacidade do carrinho e dos roletes. Os carregadores também são componentes críticos de uma frota de veículos movidos a bateria. Inspecione-os antes de cada uso e faça uma inspeção minuciosa pelo menos mensalmente. Consulte o manual de operação do seu fabricante para mais detalhes. Garanta que o carregador esteja aterrado apropriadamente, esteja ele ligado diretamente com fios ou com fios e plugue para reduzir as chances de choques, eletrocução ou centelhamento. Consulte sempre o seu manual de operação antes de realizar qualquer serviço, reparo ou limpeza do carregador. Os carregadores devem ser sempre bloqueados antes da prestação de algum serviço. Verifique sempre se a unidade não tem algum capacitor que armazene energia elétrica. Se a sua unidade tiver capacitores, siga as orientações do fabricante quanto à desenergização do capacitor antes de iniciar qualquer trabalho no carregador. As unidades com capacitores devem ser identificadas nos procedimentos específicos de máquinas para bloqueio e sinalização e o processo de desenergização deve ser explicado aí. Deixe apenas que funcionários treinados e qualificados trabalhem nos carregadores.

EPIs e ferramentas Os equipamentos de proteção individual (EPIs) são muito importantes no trabalho com baterias e incluem: • Máscaras e óculos de proteção aprovados; • Luvas aprovadas resistentes a ácidos com cano longo de pelo menos 6 a 8 polegadas; • Avental de borracha longo apropriado;

• Calçado antiderrapante e resistente a ácidos com proteção nos dedos;

• Ferramentas não condutivas, incluindo espátulas, esfregões e escovas;

• Número adequado de extintores de incêndio ABC inspecionados e mantidos de forma apropriada; • Quantidade adequada de neutralizadores. Uma boa prática: use uma barreira móvel para o operador da empilhadeira permanecer atrás, a fim de protegê-lo de qualquer respingo de ácido. E lembre-se de manter limpos todos os EPIs necessários e guardá-los corretamente. Estas medidas simples protegem os equipamentos e as pessoas.

Qualidade do ar O processo de carga das baterias gera gases, incluindo hidrogênio que pode criar exposições adversas aos funcionários. Mas a qualidade do ar normalmente é deixada de lado nos ambientes de distribuição, especialmente em instalações mais antigas ou cujo crescimento tenha ultrapassado as funções de segurança. As instalações mais antigas não têm sistemas de exaustão e as que incluíram veículos movidos a bateria agora necessitam destes sistemas, já que aumentaram suas necessidades de carga. A melhor forma de determinar a qualidade do ar e a necessidade de um sistema de exaustão é ter um higienista industrial certificado para fazer o monitoramento do ar.

de trabalho para lavagem ou enxágue imediatos dos olhos e do corpo. Uma boa prática é ter um sistema de lava-olhos e chuveiros com tubulação fixa e dreno em vez de depender de unidades alimentadas por gravidade. Estes sistemas muitas vezes não são facilmente acessíveis, são sujos e não são inspecionados e testados regularmente. Também existem sistemas localizados muito próximos das baterias e carregadores, oferecendo riscos potenciais de choque ou eletrocução ao usuário e outras pessoas das imediações.

Trocadores automáticos de baterias Ao lidar com trocadores automáticos de baterias com operador a pé ou a bordo, lembre-se de que os funcionários devem realizar as inspeções pré-uso e seguir os requisitos de manutenção do fabricante. Todos os funcionários que utilizam o trocador devem ser treinados e avaliados quanto à capacidade operacional. Se a instalação for grande, um trocador automático de baterias com operador a bordo é uma boa opção. Eles são encontrados normalmente em instalações com grandes frotas de empilhadeiras motorizadas onde os racks de baterias têm vários níveis. Alguns itens a serem avaliados em sua unidade são:

Lava-olhos e chuveiro Um sistema com lava-olhos e chuveiro é vital em caso de algum funcionário entrar em contato com o ácido das baterias. O sistema deve ser facilmente acessível e o mais próximo possível da área de trabalho sem causar nenhuma exposição adversa. Onde os olhos e o corpo de qualquer pessoa possam ser expostos a materiais corrosivos prejudiciais, devem ser providenciadas instalações adequadas dentro da área

Lava-olho deve estar em local de fácil acesso

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QUALIDADE, SEGURANÇA E EFICÁCIA.

Seis dicas para as salas de baterias 1. Verifique se área de baterias inclui os seguintes componentes-chave: racks para baterias, carregadores, trocadores, estações de lavagem de olhos, chuveiros e sistemas de exaustão. 2. Baterias, racks e trocadores devem ser inspecionados e mantidos regularmente de acordo com as instruções do fabricante. Somente funcionários com treinamento adequado devem trabalhar em qualquer ambiente. 3. Equipamentos e ferramentas de proteção individual adequadas são fundamentais o ambiente de baterias, incluindo proteção de face resistente a ácidos, óculos de segurança, luvas, aventais e ferramentas não condutivas. 4. O processo de carga das baterias gera gases que podem criar exposições adversas aos funcionários, por isso considere que a instalação necessita de um sistema de exaustão. 5. Você deve fornecer um sistema de lavagem de olhos e chuveiro próximo das áreas de trabalho relacionadas às baterias. 6. Todos os funcionários que operam empilhadeiras ou trocam baterias devem receber treinamento formal inicial e periódico documentado.

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teger o operador do ácido das baterias? • A proteção contra quedas é adequada (trilho superior, trilho intermediário e rodapé)? • Ela tem um portão para o compartilhamento do operador? • Existe um interruptor instalado no portão para que a unidade não opere quando o circuito estiver aberto? Uma boa prática para os trocadores que têm vários níveis é exigir que o operador use cintos de segurança para garantir que ele permaneça dentro do compartimento. Estas unidades com operador a bordo também podem correr sobre um trilho. Neste caso, avalie se o trilho obstrui o acesso ao lava-olhos e ao chuveiro de emergência. Seja qual for o tipo da unidade, é necessário elaborar procedimentos por escrito de bloqueio e sinalização específicos de máquinas para que as unidades possam ser submetidas à manutenção. Se a manutenção for feita em uma posição elevada, providencie dispositivos de bloqueio suficientes. Se estiver realizando algum tipo de manutenção ou reparo elétrico, ga30

ranta que seus funcionários sigam os requisitos elétricos práticos de trabalho com segurança (consulte o manual do proprietário). Por fim, se for fazer a manutenção ou reparo da unidade, verifique se os funcionários têm o treinamento e os equipamentos adequados para fazer isso com segurança.

Treinamento Os operadores de empilhadeiras e os funcionários que trocam as baterias devem receber treinamento formal inicial, periódico e anual documentado. O treinamento deve, no mínino, incluir: • Responsabilidades do operador e do trocador; • Procedimentos necessários e tarefas do trabalho; • Requisitos de inspeção; • Cuidados e armazenagem de equipamentos de proteção individual; • Práticas de trabalho seguras. Lembre-se de rever a tarefa do trabalho de quem é responsável pela remoção e substituição adequadas da placa de retenção das baterias e quando. Esta atividade é crucial para evitar que as baterias sejam lançadas para fora.

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LITERATURA TÉCNICA Automação A Elettric 80, origem italiana, tem uma filial no Brasil, localizada na cidade de Vinhedo (SP). A empresa oferece o WMS Smart e uma linha de equipamentos para automação, como o robô de paletização Dragon e o sistema de armazenagem SmartStore. www.elettric80.com | (19) 3886-5488

Gestão A Gtplan, especializada em agregar soluções para a gestão da cadeia de suprimentos, apresenta em seu catálogo as categorias (planejamento, financiamento, transporte e vendas) e segmentos (logística, compras, produção e marketing) que fazem parte da cadeia. www.gtplan.com.br | 11 5087-8952

Empilhadeira A fabricante de empilhadeiras Eletrac traz em seu catálogo empilhadeiras semi-elétricas e elétricas; transpaleira elétrica; combustão e máquinas especiais. Além disso, a empresa oferece assistência técnica, locação de equipamentos, reforma e fornece peças. www.eletrac.com.br | (11) 4586-7675

Empreendimentos A Premoeng apresenta em seu folder sua experiência em empreendimentos imobiliários com locação, venda de galpões para logística, áreas industriais e comerciais. Além disso, a oferece desenvolvimento e formatação de construção sob medida “built to suit”. www.premoeng.com.br | (11) 3714-2206

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CAPA

Tendências para o “Ano da Copa” Conheça as perspectivas gerais para 2014 relacionadas à SCM

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omo será o ano de 2014 para a logística e cadeia de suprimentos? Até que ponto o “efeito Copa do Mundo” influenciará as atividades e operações? Para nós, brasileiros e apaixonados por futebol, podemos dizer que o ano será divido em “Pré Copa” e “Pós Copa”, já que nos meses de junho e julho estaremos voltados para este grande evento esportivo no país. E podemos imaginar também que as empresas que se planejaram com antecedência para atender a demanda de 2014, seja investindo e/ou otimizando suas opera32

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ções, irão se beneficiar e tirar proveito dessas ações. As empresas que não se planejaram, provavelmente terão que se “adequar” e recorrer a parceiros para o atendimento a suas demandas. Os profissionais da IMAM Consultoria, incluindo gerentes e coordenadores de projetos, diretores e também os colaboradores da Redação da Revista LOGÍSTICA traçaram um panorama do que deve acontecer no próximo ano, incluindo tendências “globais” de negócios e tendências específicas para o segmento da “Supply Chain Management” (gerenciamento da cadeia de suprimentos).

Tendências Globais Crescimento do comércio eletrônico e do m-commerce O cenário do varejo tem sido modificado constantemente pelo comércio eletrônico e o modo como os consumidores adquirem os produtos. E a tendência é que a participação das vendas pelo e-commerce cresça ainda mais, alavancado pelo uso de dispositivos móveis (smartphones e tablets), o que está levando o mundo dos negócios a considerar o termo m-commerce (comércio mobile).

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Henry Ford e o famoso modelo Ford T, que poderia ser obtido em qualquer cor, desde que a mesma fosse preta. Atualmente, os consumidores vivem no mantra “exatamente o meu produto, exatamente do meu jeito”, direcionando uma proliferação de SKUs e criando desafios logísticos que as empresas são obrigadas a enfrentar. Os centros de distribuição passam a movimentar itens únicos, e não apenas paletes e caixas como no passado. Isso exigirá uma forma mais intensa e maior uso de mão-de-obra para o atendimento aos pedidos “personalizados”, com necessidade de melhor visibilidade de estoque, acuracidade e eficiência.

Sensores e a “Internet das Coisas”

m-commerce deverá crescer em 2014

Etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID) permitem monitorar dados como a temperatura de um produto ou a força com a qual um contêiner é posicionado em uma doca de carregamento. Esses sensores embutidos, dentre outros dispositivos, serão capazes em breve de absorver e transmitir informações em grande escala e, em alguns casos, adaptar-se e reagir às

mudanças no ambiente automaticamente. Esses ativos “inteligentes” podem tornar os processos muito mais eficientes.

Big data e análise preditiva Assim como os consumidores criam enormes quantidades de dados, táticas de seleção de dados permitem aos distribuidores tomar melhores decisões sobre o que os seus clientes irão querer e quando. Entretanto, as questões sobre a privacidade e sobre vantagens competitivas ainda são preocupações em relação ao uso do Big Data.

Mudança na força de trabalho A escassez de mão de obra e a desqualificação dos trabalhadores cada vez mais direcionarão as empresas na busca por automação. Porém, mesmo com o uso de robôs e automação cada vez mais implementados nas operações, o segmento logístico ainda demandará milhares de empregos nos próximos anos. Atrair e manter uma força de trabalho adequada irá requerer um apelo muito diferente. Mulheres, trabalhadores com menos de 35 anos e pessoas com deficiências serão alvos para substituir as força de trabalho atual.

Tendências específicas para o segmento de SCM A Internet tornou o conhecimento mundial acessível para qualquer um com um computador. Os smartphones colocaram a Internet nos bolsos dos consumidores. Hoje em dia é possível adquirir conhecimento, comunicar-se, tomar decisões e comprar a qualquer momento, de qualquer lugar.

Personalização em Massa Em grande parte do século XX, os consumidores estavam acostumados com a produção em massa, conceito resumido pela linha de produção de

Automação A automação nas operações logísticas das empresas já é uma realidade e seu crescimento avança rapidamente. A competitividade entre as empresas, melhoria na qualidade dos produtos, o custo de mão de obra, entre outros aspectos favorecem a escolha desses equipamentos. As empresas cada vez mais buscam por soluções com o menor custo possível e a melhor taxa de retorno sobre o investimento (ROI, “return dezembro 2013

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das operações. Isto consome anos num curso de graduação de nível médio ou superior. Assim, para preencher estas lacunas, os treinamentos de curta duração (até 40 horas) são uma boa opção para atender a baixa qualificação, além de motivar as pessoas a seguir carreira na área de logística.

Condomínios Logísticos Consultores da IMAM apontam tendências para 2014

of investment”), assim como o melhor nível de serviço ao cliente.

Visibilidade da Cadeia de Suprimentos A cadeia de suprimentos está se tornando altamente eficiente, com níveis cada vez maiores de personalização. Cada vez mais estamos próximos de ter acesso a uma “torre de controle” na palma de nossas mãos, através de smartphones, tablets e outros dispositivos. As empresas maiores já dispõem de equipes encarregadas de gerenciar as eventuais interrupções na cadeia de suprimentos. Em 20 anos, algoritmos ainda mais avançados estarão constantemente calculando a relação entre rapidez e custo para cada um de nós, oferecendo várias opções globais para alterar a rota de um envio, adiantar ou postergar uma entrega. Essa riqueza de dados também trará maior segurança à cadeia de suprimentos. Dispor de uma visão em 360 graus de uma rota a torna mais simples, mais fácil de enxergar, promove ganhos de eficiência, economias de custo e confiança nos prazos de entrega.

Sustentabilidade A sustentabilidade da cadeia de suprimentos está muito ligada à logística reversa. Segundo um dos maiores especialistas em cadeia de suprimentos, o Dr. Edgar Blanco, do MIT, as empresas têm sido muito eficientes em levar os 34

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produtos ao cliente, mas não tão boas em retornar aquilo que foi enviado. Os esforços em recuperar, reciclar ou repassar materiais precisam ser feitos. Num futuro próximo, o processo de fabricação de um produto será combinado com o processo de envio e descarte deste item, ao final de sua vida útil. Este processo, que determinará onde o produto será descartado, será codificado no próprio item durante a fabricação.

Educação A falta de mão de obra inclui a especialização das tarefas na área de logística, seja desde a gestão de atividades até a concepção de novos projetos e análise

Após a onda de inaugurações, existe disponibilidade de vários empreendimentos nas principais regiões do país, o que provoca um dos mais elevados índices de vacância para os imóveis destinados a operações logísticas. Prevê-se para 2014 uma razoável ocupação destes galpões, principalmente devido aos fornecedores das indústrias chinesas.

Prestadores de serviços logísticos Conforme mencionamos no início da reportagem, as empresas que se planejaram com antecedência para atender a demanda de 2014 colherão os frutos dessas ações. Porém, muitas empresas que não se planejaram, terão que recorrer a prestadores de serviços para conseguir cumprir o atendimento as suas demandas. Essas empresas es-

Tendências mundiais da SCM para 2014 A tabela a seguir foi elaborada pela Gartner (benchmarking em tendências) e traz o que se espera da supply chain em 2014*: Tendência Visibilidade da cadeia de suprimentos Gerenciamento de eventos Estratégias de fornecimento S&OP – Planejamento de Vendas e Operações Atendimento de pedidos Gerenciamento de armazéns Otimização de estoques Mobilidade da cadeia de suprimentos Gerenciamento de mão de obra Gestão de contratos Logística reversa Gerenciamento de transportes * Respostas múltiplas

% 35 34 25 20 19 18 17 16 15 14 13 11

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tarão buscando soluções que atendam às particularidades de suas operações, demonstrando que estamos passando de um modelo de simples terceirização das atividades para um modelo de prestação de serviços com inteligência.

Lean nas operações logísticas Ainda não estamos na última fronteira para aplicação da filosofia Lean, que tem espetaculares resultados além das fábricas e escritórios. O lean está se expandindo por toda a cadeia de suprimentos e sendo adotado dentro de armazéns e CDs, locais onde é fácil de identificar as perdas ou atividades que nada agregam de valor.

Redução de custos Todos os tópicos citados até este ponto devem apresentar um resultado que reduza mais ainda os custos, visando atingir sempre a máxima de fazer cada vez mais com menos recursos.

A falta de mão de obra inclui a especialização das tarefas na área de logística, seja desde a gestão de atividades até a concepção de novos projetos e análise das operações Equipamentos de Movimentação e Armazenagem Visando o atendimento da demanda para 2014, muitas empresas já investiram em sistemas de movimentação e estocagem em 2013, porém, muitas ainda terão o cenário de “última hora”, o que resultará em soluções mais simples como os transpaletes, empilhadeiras e espaços disponíveis para locação. Mas a tendência automação continua sendo, como foi em 2013, um investimento de parte do processo logístico, permitindo uma maior capacidade operacional. Sorters, sistemas miniloads, transelevadores, AGVs e soluções de tecnologia para mobilidade em armazéns,

fábricas e centros de distribuição são alguns dos equipamentos que veremos com maior frequência em 2014. No Brasil, que acompanha cada vez mais de perto as tendências globais, os impactos destas já se fazem presentes. Os sistemas, equipamentos de movimentação e armazenagem de materiais, bem como o desafio da mão de obra para as operações logísticas já começam a se adequar às tendências destacadas e veremos cada vez mais projetos com um grau maior de automação que demandam profissionais mais bem preparados, apoiados por tecnologia da informação, como já ocorre nos últimos projetos executados pela IMAM Consultoria.

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LOGÍSTICA PELO MUNDO

A cura contra devoluções A tecnologia automatizada dos armazéns da americana Numina atinge entre 20 e 30 % de ganhos de produtividade, além de eliminar erros de separação e expedição

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embra-se da sensação de comprar um DVD em um site e receber o produto errado? Os varejistas absorvem os custos logísticos, do estoque e da movimentação para solucionar estes erros sem ônus para o consumidor. Agora, multiplique por mil o tamanho e o custo deste processo – este é o alto risco que correm os fabricantes e as operações de distribuição nos ambientes de comércio eletrônico. Com milhares de reais em jogo, os fabricantes simplesmente não podem tolerar embarques incorretos para seus clientes. Estes erros podem ser evitados com a validação dos pedidos para as operações de distribuição e expedição de alto volume. A combinação da manufatura, embalagem e distribuição é uma importante tendência em evolução. Todos estes elementos fluem como um processo contínuo e integrado. Cada vez mais desenvolvemos processos de distribuição contínuo e integrado. Em um projeto recente da empresa americana Numina, o processo começou com as matérias-primas e prosseguiu até o processo de manufatura, incorporando a inspeção por visão e outras tecnologias para validar os produtos acabados, as embalagens e a distribuição. Isto incorpora a manufatura e

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a distribuição moderna e em tempo real como um único processo. “Vemos isto como a próxima geração da indústria da manufatura. A arquitetura do sistema da Numina evita as limitações de um tratamento por CLPs, controladores de movimento e sistemas supervisórios separados. Os ineficientes gargalos e ilhas de automação ainda são encontrados em muitas operações de manufatura e distribuição atuais,” afirma Mark Woodworth, vice-presidente de projeto da Numina Group. “Nossa arquitetura de software e de plataforma de controle é baseada no Linux em tempo real, uma

solução aberta e altamente escalável. Nossos sistemas são fornecidos como soluções modulares de controle e de gerenciamento das informações com ferramentas pré-desenvolvidas que podem ser facilmente customizadas para atender às necessidades específicas”.

Sistemas quebram barreiras Cada software de Distribuição em Tempo Real (RTR) combina controle e execução da manufatura sem as limitações dos sistemas fechados através da implantação das ferramentas Linux de códigos abertos. O sistema RTR é

Em aplicações de alto volume, são eliminados 30 ou mais erros de separação por noite com uso da tecnologia de visão dimensional ou de valiação de peso em linha da Numina.

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O sistema de separação da Numina integra a voz com leitores de códigos de barras sem fio usados no pulso

fornecido com um número ilimitado de licenças de bancos de dados SQL e de interface do usuário. A conectividade com os sistemas de gerenciamento de armazéns e de ERP (“Enterprise resour-

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ce planning”, planejamento do recurso empresarial) como o SAP é estabelecida usando o Java e as ferramentas de comunicação de códigos abertos. As interfaces do usuário são execu-

tadas no navegador da Web, de modo que os computadores baseados no Windows são usados para exibir e acessar os dados sem qualquer licença ou requisitos de software adicionais. Cada sistema é fornecido com um painel de diagnósticos gráfico baseado na Web. O software DTR é dotado de módulos pré-desenvolvidos de controle de aplicações para atender aos requisitos da manufatura, atendimento dos pedidos e centros de distribuição. Um módulo de controle de classificação altamente flexível gerencia os equipamentos de alta velocidade como os de correias cruzadas e classificadores de sapatas usados para sortimento dos pedidos, devoluções ou embarques de alto volume. Um módulo de cubagem pode ser usado com o módulo de controle dos classificadores ou outros módulos de automação das separações da Numina para avaliar os pedidos e determinar

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TECNOLOGIA AVANÇADA EM PORTAS RÁPIDAS, SECCIONAIS E NIVELADORES DE DOCA PARA MÁXIMA EFICIÊNCIA DOS SEUS PROCESSOS A SOLUÇÃO MAIS EFICIÊNTE PARA

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O usuário final vivencia ganho de produtividade, acurácia dos embarques e menos manuseio os tamanhos corretos das caixas para cada embarque. O módulo de automação das separações é disponível para gerenciar a separação por lotes de itens e otimizar o fluxo dos produtos até o classificador ou pode ser usado para separar e embalar cada pedido para a caixa especificada em um único passo. Em centros de distribuição mais sofisticados, o módulo de otimização dos pedidos pode ser usado para liberar as ordens de serviço e balancear o trabalho no classificador ou na instalação. Cada módulo de automação pode funcionar independente ou junto a uma plataforma de controle integrada. A execução das separações também utiliza um fone de ouvido sem fio e um leitor de códigos de barras posicionado na cabeça ou pulso do operador. O sistema dá a direção orientada por voz do local de separação correto dos itens a serem separados para uma caixa, um palete ou um carrinho. O X-Press PAL Plus pode ser usado para total automação das separações de pedidos, manifestos e processos de embarques. Inclui a automação da impressão e aplicação de etiquetas para reduzir o tempo e a mão de obra. Pode ser utilizado como sistema de automação independente ou integrado aos outros módulos de controle DTR, como a execução das separações, e a uma variedade de tecnologias de medição e validação dos processos em linha, como a identificação de códigos de barras em linha, leitura, pesagem e dimensionamento das caixas. O sistema fecha o circuito no processo de etiquetagem com a utilização do ‘feedback’ de sensores, leitores de códigos de barras e balanças para validar e automatizar o processo de manifesto dos embarques. O sistema também dá suporte à capacidade de validar a separação de caixas completas com base na combinação das dimensões 38

ou pesos das embalagens. As caixas com suspeita de separação incorreta são desviadas da linha de etiquetagem até uma linha de inspeção/exceção. Nas aplicações de distribuição de altos volumes, os clientes têm detectado até 20 a 30 separações incorretas usando a nossa tecnologia de validação de peso dimensional em linha. As aplicações da Numina utilizam um grande volume de dados e exigem um desempenho em tempo real. É necessária arquitetura com base em computadores para gerenciar as buscas e armazenagem de dados para o X-Press PAL Plus. “Muitos de nossos sistemas devem gerenciar mais de um milhão de registros por vez com respostas aos dados abaixo de 1 segundo e ao mesmo tempo gerenciar os dispositivos de controle, as classificações e o rastreamento dos produtos em instalações altamente automatizadas. Os CLPs simplesmente não têm a capacidade de armazenagem dos dados, os meios de integrar facilmente os dispositivos seriais ou a velocidade necessária para acompanhar efetivamente estes requisitos”, afirma Woodworth.

A acurácia elimina a ruptura As caixas embarcadas aos CDs e / ou grandes varejistas devem ter as etiquetas em conformidade com GS1-128 ou as etiquetas de identificação do código do lote que podem ser usadas para rastrear os embarques com categorias incluindo o número de lote, número de série, país de origem e muito mais. Para as aplicações de rastreamento e acompanhamento, a Numina utiliza o sistema de identificação X-Press Pal Plus por meio de câmera e um processo de impressão/aplicação para identificar as etiquetas, aplicá-las e confirmar que a etiqueta correta esteja em cada embalagem. Também é gerada uma etiqueta de identificação para oferecer uma tri-

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e,

Os novos sistemas X-Press PAL Plus podem eliminar de 30 a 40 segundos do tempo de mão de obra do processamento de cada caixa

lha de auditoria completa de cada caixa e dos embarques inteiros. Os registros completos das caixas e dos paletes são enviados para o WMS/ERP e é enviada eletronicamente uma transferência dos registros dos embarques por EDI aos varejistas.

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Uma automação confiável e um software com plenos recursos são cruciais para a redução dos custos, pois a etiquetagem incorreta no varejo resulta em multas substanciais. Após o primeiro erro, pode haver apenas um alerta. “Muitas vezes, na primeira semana após a instalação, o

sistema X-Press Pal Plus detectou dois ou três erros e rejeitou as caixas,” afirma Mark. Os erros levam a sérios encargos por parte dos principais varejistas e prejudicam as relações comerciais. O X-Press PAL Plus pode ser usado em projetos de transportadores contínuos relativamente pequenos em instalações que embarcam de 700 a 1.000 embalagens por dia ou pode se ampliado para gerenciar as operações de distribuição embarcando até 100 mil encomendas por dia. O X-Press PAL Plus com os IPCs da Beckhoff e o EtherCAT reduz a barreira à entrada da tecnologia de impressão/ aplicação, de modo que uma faixa de pequenas e médias empresas já pode se beneficiar da moderna automação de armazéns. Os novos sistemas X-Press PAL Plus podem eliminar de 30 a 40 segundos de processamento de cada caixa com a eliminação da inserção manual de uma lista de embalagem na caixa.

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ESPECIAL TOP DE INOVAÇÃO

que marcaram 2013 Comitê de Inovação da revista LOGÍSTICA e da IMAM Consultoria elege as criações que foram destaque no ano

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em inovações certamente nossa vida seria muito diferente hoje. Você provavelmente não estaria lendo esta revista, só para citar um simples exemplo, e a nossa vida seria muito mais dura. OK, talvez haveria simplicidade em alguns aspectos mas morreríamos mais cedo, com menos conhecimento e vivência. Não evoluiríamos. Mas inovar não é fácil. Requer paciência e, principalmente, coragem. Coragem por acreditar em uma idéia nova, receber críticas, tentar viabilizá-la e novamente tentar. E é por essa coragem dos que pensam “fora da caixa” e tentam fazer do mundo um lugar mais fácil de se viver ou melhor que a revista LOGÍSTICA e a IMAM Consultoria trazem, nesta edição, um top 10 de inovações que marcaram o ano de 2013. A escolha não foi fácil. Para isso, foi formado um comitê de inovação que durante um ano pesquisou o assunto e adotou alguns critérios para a avaliação: ter sido publicada em algum meio de comunicação (do Brasil ou do exterior); ser realmente uma novidade e trazer conceitos de sustentabilidade, aumento de produtividade ou serviço ao cliente. Com base nesses critérios, cada membro do comitê deu uma nota de um a dez a cada uma das potenciais candidatas e as inovações com maior pontuação foram consideradas vencedoras. O resultado você confere a seguir:

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VENCEDORES 1º lugar: Estacionamento automático de bicicletas;

2º lugar: Bike na bolsa; 3º lugar: Robô que recicla; 4º lugar: Papel conservante; 5º lugar: Água que vem do ar; 6º lugar: Plástico feito a partir de fungo; 7º lugar: Hand Talk 3D; 8º lugar: Chip impresso; 9º lugar: Carro sem motorista; 10º lugar: Relógio inteligente.

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Características dos vencedores

1º lugar: Estacionamento automático de bicicletas A empresa japonesa de engenharia Giken desenvolveu um projeto para a guarda subterrânea de bicicletas no País. Já foram implantados 37 estacionamentos, a prova de terremotos, que guardam cerca de 7 mil bicicletas. No centro de Tóquio, por exemplo, falta espaço para estacionar bicicletas. Mas a 11 metros de profundidade, uma estrutura construída em apenas dois meses – um transelevador subterrâneo – guarda mais de 200 bikes por módulo. Para guardar sua bicicleta, os usuários do serviço precisam ir a um quiosque da Eco-Cycle, como foi apelidada a tecnologia, e encostar a bicicleta na entrada. Lá é feita a leitura de uma etiqueta eletrônica localizada perto da roda, que comprova o pagamento do mês (cerca de R$ 40,00). A partir daí a porta se abre e em oito segundos um braço mecânico encontra uma vaga para a bicicleta e volta para o alto. Quanto o usuário quer retirar sua bicicleta, basta com­ parecer ao mesmo quiosque e encostar um cartão magnético na máquina, que ela se encarrega de trazer a bike de volta.

2º lugar: Bike na bolsa O grupo Antro, da Hungria, entidade sem fins lucrativos que elabora projetos sustentáveis, desenvolveu o Moveo, uma motocicleta dobrável de fibra de carbono, que se transforma em uma mala de rodinhas e pesa apenas 25 quilos. O veículo pode se locomover a, no máximo, 45 quilômetros por hora, sustentado por uma bateria que pode ser carregada na tomada e tem autonomia para percorrer 35 quilômetros. A scooter elétrica promete solucionar problemas de estacionamento e também de combustível, por utilizar apenas eletricidade. Atualmente a empresa está à procura de financiamento para trazer o seu design super prático e eficiente para o mercado. Segundo a Antro, uma vez no mercado a scooter deverá custar algo entre US$ 3.100 e US$ 4.600.

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3º lugar: Robô que recicla A empresa finlandesa ZenRobotics desenvolveu um sistema de triagem automática de resíduos, o ZenRobotics Recycler (ZRR). Trata-se do primeiro sistema robótico de separação e ordenação de resíduos no mundo. O sistema robótico de reciclagem é controlado por inteligência artificial (IA), que recupera valiosas matérias-primas de resíduos de construção e demolição. O sistema é distribuído globalmente por uma rede de revendedores em 49 países. O ZRR separa e ordena atualmente metal, madeira e frações de pedra. O ZenRobotics Recycler usa múltiplos sensores (câmaras de espectro visível, NIR, scanners de laser 3D, sensores hápticos, etc.) para criar uma análise precisa em tempo real do fluxo de resíduos processado na altura. O sistema toma decisões autônomas sobre que objetos recolher e como com base na análise efetuada.

4º lugar: Papel Conservante Foi em uma viagem para a Índia, que a designer Kavita Shukla teve a idéia de desenvolver o Fresh Paper – uma folha de papel incrustada de especiarias que, quando colocada em contato com alimentos in natura, impede a ação de fungos e bactérias. Ela visitava sua avó no país quando, acidentalmente, bebeu um pouco de água da torneira. Sua avó deu-lhe então um remédio caseiro – uma mistura de especiarias – que a impediu de ficar doente. Depois de anos de pesquisa e desenvolvimento, ela descobriu uma nova aplicação para o tradicional remédio de sua avó – uma maneira surpreendentemente eficaz de manter os alimentos frescos. Em 2010 foi fundada a Fenugreen, baseada nos Estados Unidos e que comercializa o FreshPaper. Trata-se de um simples pedaço de papel que mantém frutas e vegetais frescos organicamente num prazo de duas a quatro vezes maior. Para funcionar, uma folha pequena (5” por 5”) pode ser colocada e uma gaveta da geladeira, fruteira ou qualquer outro recipiente cheio de produtos. O FreshPaper é biodegradável, compostável e reciclável.

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5º lugar: Água que vem do ar Lima, no Peru, é a segunda maior capital do mundo localizada em um deserto e raramente chove por lá. Mesmo assim, a umidade do ar gira em torno de 98%. Pensando nisso, a Universidade de Engenharia e Tecnologia, em parceria com a agência de publicidade Mayo DraftFCB criou um outdoor capaz de produzir água potável usando o ar: retirando gotículas e as retendo em seu sistema. O dispositivo foi instalado na estrada que liga a cidade às praias ao Sudoeste e formam-se filas de pessoas com seus baldes para recolher a água condensada. Funciona da seguinte maneira: o ar, carregado de umidade, é levado a circular por um ambiente mais frio, onde a água se torna mais densa, formando gotas e escorrendo para um recipiente que as recolhe. Cada outdoor é equipado com um tanque capaz de armazenar 96 litros de água, além de torneiras nas quais as pessoas podem retirar o líquido. A estrutura conta com cinco purificadores de água. Nos três primeiros meses de operação, o outdoor gerou cerca de 10 mil litros de água potável.

6º lugar: Acondicionador feito a partir de fungo A Ecovative Design cria embalagens e materiais de construção a partir de fungos. Fundada por Eben Bayer e Gavin McIntyre, eles começaram a fazer experimentos com fungos como parte de um projeto escolar. Hoje empregam 35 pessoas e têm uma instalação enorme em Nova York, onde criam o micélio, que forma a base de fungos. Micélio é como uma cola: gruda em qualquer coisa que aparecer pela frente, normalmente matéria orgânica de baixo valor, como caules de planta, cascas ou algodão – para criar uma rede super-densa de segmentos. O micélio é criado em caixas escuras durante cinco a sete dias e depois são expostos ao calor extremo para impedir o crescimento de esporos, que vêm do corpo frutificado, ou cogumelo. Uma das vantagens do micélio é que ele pode crescer e caber em qualquer molde, quase como se fosse uma espuma densa. É possível controlar a densidade de cada produto ao parar o processo de crescimento. Versátil, o micélio pode ser usado no desenvolvimento de embalagens detalhadas a amplos painéis de isolamento de casas. O experimento mais recente é uma “Pequena Casa Cogumelo”, uma cabine pequena cujas paredes interiores estão cheias de isolamento de micélio.

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7º lugar: Hand Talk 3D Considerado pela ONU o melhor aplicativo de inclusão social do mundo, o Hand Talk traduz conteúdos em português para Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) e está disponível para download na Apple Store e no Google Play. Foi desenvolvido no Brasil pela startup Hand Talk. O objetivo é auxiliar a comunicação entre surdos e ouvintes e difundir ainda mais a Língua Brasileira de Sinais no País. O Hand Talk traduz, em tempo real, conteúdos em áudio, texto escrito ou fotografado para a linguagem de sinais com o auxílio de um intérprete virtual, o Hugo, um simpático intérprete em 3D que torna a utilização da solução interativa. Com a opção de tradução de texto, o usuário pode escrever uma frase ou uma simples palavra e o Hugo se encarrega de interpretá-la. Com a opção de conversão de áudio, o aplicativo reconhece a voz e traduz em linguagem de sinais. A Bradesco Seguros e a ProDeaf desenvolveram um produto semelhante: um software que faz com que todo o texto existente no site da empresa de seguros possa ter tradução simultânea para a língua brasileira de sinais. A versão é feita por um “avatar”.

8º lugar: Chip impresso Um grupo de cientistas norte-americanos e coreanos das universidades de Rice (Estados Unidos) e Sunchon (Coreia do Sul) descobriu uma forma de resolver um dos gargalos para a adoção em larga escala das etiquetas RFID: o preço. Eles desenvolveram um chip que pode ser impresso sobre qualquer embalagem, como os códigos de barras. As etiquetas RFID hoje são fabricadas na forma de etiquetas mesmo, em vários formatos, mas sempre como um objeto separado, que deve ser colado sobre o produto. A técnica utiliza uma tinta na qual estão dissolvidos nanotubos de carbono, uma fibra com enorme potencial econômico que pode ser utilizada para quase tudo. Como podem apresentar diversas configurações moleculares, cada uma dessas estruturas se comporta de modos até mesmo opostos às moléculas de mesma composição. Aplicada por uma impressora jato de tinta, a tinta com nanotubos é usada para desenhar os transistores que formam o chip da etiqueta RFID. No estágio atual, ela pode ser utilizada para imprimir os circuitos eletrônicos sobre papel ou plástico.

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9º lugar: Carro sem motorista A ficcção científica está mais próxima da realidade com os carros que dirigem sozinhos. O Google trabalha no “Google Self-Driving Car” e, em seus testes com um protótipo pelos Estados Unidos, já rodou mais de 225 mil km sem auxílio de um motorista, ganhando até licença para rodar em alguns estados. O “motorista eletrônico” do Google custa hoje cerca de R$ 200 mil e conta com um sensor laser para posicionar o carro de acordo com a base de mapas do Google; câmera de vídeo que identifica outros carros, faixas de rolamento e sinalizações; radares, que detectam obstáculos no caminho (há três antenas na frente e uma atrás); sensor inercial, com acelerômetros e giroscópios determinam a velocidade e a direção do veículo; estimulador de posição que, ligado ao eixo, mede pequenos movimentos para aumentar a precisão dos demais sistemas. Montadoras como a Mercedes-Benz, a Nissan, a Audi, a Volvo e a BMW também trabalham para colocar seus carros autônomos nas concessionárias até 2020.

10º lugar: Relógio inteligente Com a necessidade (ou vício) de estar cada vez mais online, uma tecnologia vestível torna-se muito atraente. O conceito de relógio inteligente anunciado no início do ano pela Apple foi realizado pela Samsung, que já lançou no mercado o Galaxy Gear. Feito de aço inoxidável, o dispositivo tem tela de toque quadrada de 1,63 polegadas, tira fotos, filma e responde a comandos de voz e a recursos similares aos smartphones da linha Galaxy. Por meio de bluetooth o relógio se conecta com smartphones (Galaxy S3 e S4) e tablets (Galaxy Note 2, 3 e 10.1). Dessa forma ele acessa a internet e pode fazer e atender ligações (quando sincronizado com um smartphone). A bateria interna tem duração de 25 horas e nos EUA custa US$ 299. No Brasil o preço é R$ 1.299. Apesar das críticas recebidas na época de seu lançamento relacionadas ao seu design, segundo a Samsung, já foram vendidas 800 mil unidades. O aparelho receberá atualizações para aperfeiçoar seus recursos e corrigir erros de aplicativos desenvolvidos por terceiros.

Estas inovações terão impacto direto ou indireto na vida das pessoas e na sociedade como um todo e a logística deve estar atenta a estas inovações. E se você conhece alguma recente inovação, envie para r­ edacao@ imam.com.br para que a mesa possa ser candidata em 2014.

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SERVIÇOS LOGÍSTICOS Licença para armazenagem

Operador Logístico I A Gefco Brasil expandiu sua presença até a Região Sul com a inauguração de uma unidade em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), onde investiu R$ cerca de R$ 60 milhões. O objetivo do investimento é aumentar o volume de suas operações logísticas e de comércio exterior. www.gefco.com.br | (11) 2909-4027

O Porto Seco de Uruguaiana, administrado pela Elog Logística, acaba de conquistar mais uma licença de armazenagem de produtos alimentícios. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) autorizou a unidade a reinspecionar gordura harmonizada (banha), carne de bovinos, ovinos e búfalos – embaladas individualmente e prontas para o consumo. www.eloglogistica.com.br | (55) 3412-7200

Aumento no transporte A FedEx Corp. estima transportar mais de 85 milhões de pacotes em todas as suas redes globais no final deste ano. Trata-se de um aumento de 13% em relação à semana de pico de 2012. Além das vendas gerais do comércio eletrônico, a comercialização de roupas, eletrônicos e produtos de luxo para uso pessoal também deverão incrementar os volumes de final de ano da companhia. www.fedex.com/br | (11) 5514-7364

Integração de informações A Jamef Encomendas Urgentes acaba de desenvolver um novo sistema para a gestão do transporte aéreo de encomendas. O novo sistema integra as informações das companhias aéreas parceiras da Jamef e é capaz de considerar automaticamente uma série de variáveis, como o tipo do voo, horários de partida e chegada, entre outros. www.jamef.com.br | (11) 2121-6161

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Operador Logístico II A Pacer usará sua experiência em distribuição nos grandes centros para aperfeiçoar a capacidade logística do Grupo Itavema. O novo contrato contempla a entrega consolidada de peças automotivas nas nove lojas da região oeste da capital paulista. A estimativa é realizar três mil entregas por mês. www.pacer.com.br | (11) 3648-4700

Operador Logístico III A Ceva Logistics e a Avon assinaram um complemento do contrato global de dois anos para despacho aduaneiro na América Latina. O contrato abrange toda a cadeia de suprimentos, incluindo a aquisição de materiais. www.br.cevalogistics.com | (11) 2199-6700

Etiquetas A Emplaca oferece uma extensa linha de impressoras térmicas, em regime de outsoursing, para atender a demanda mais expressiva dos projetos logísticos de cada cliente. Neste sistema, podem ser alocadas impressoras Zebra nos modelos GK 420, S4M e ZM 400. www.emplaca.com.br | (11) 4788-7777

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Conheça a assist


Empilhadeiras

Operador Logístico V

A Retrak Empilhadeiras investiu R$ 12,8 milhões na compra de equipamentos para renovação de sua frota de locação. Das 146 máquinas, 60 são elétricas (Classe 1), 54 para armazenagem (Classe 2), 26 transpaleteiras elétricas e empilhadeiras com operador a pé (Classe 3), e 6 rebocadores (Classe 6). www.retrak.com.br | (11) 2431-6464

Operador Logístico IV

A Santos Brasil Logística e a Dow Química estenderam seu contrato de prestação de serviços por mais três anos. O acordo foi firmado após processo de concorrência de mercado em que a Santos Brasil foi vencedora mais uma vez para atender as plantas da empresa no Guarujá, Jundiaí e Pindamonhangaba, em São Paulo. www.santosbrasil.com.br | (13) 3209-6000

A Transportadora Sulista acaba de fechar operação com a Isringhausen, produtora de assentos para veículos comerciais e molas técnicas. A rota é feita entre a nova sede da Isringhausen na Fazenda Rio Grande (PR) até São Paulo (SP). Em breve, assumirá também a rota Fazenda Rio Grande (PR) – Joinville (SC). www.sulista.com.br | (11) 4347-9382

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SEGURANÇA

Proteger para manter Instalar protetores nas estruturas e equipamentos mantém a segurança

A

s estruturas porta-paletes, assim como empilhadeiras utilizadas dentro de um armazém exigem preocupação redobrada sobre aspectos de segurança já que sempre há colaboradores circulando pelo local tanto a pé quanto em uma empilhadeira. Para oferecer um ambiente mais seguro, operadores logísticos investem em itens para proteger os colaboradores, como protetores de colunas das plataformas.

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De acordo com Alberto Mieli, da Travema – empresa especializada no desenvolvimento de proteções voltadas à área de logística -, a vantagem que os protetores de colunas oferecem é manter a integridade da operadora logística e evitar acidentes, assim como o risco de perder vidas humanas. “Fabricamos protetores usando aço estrutural com certificado de usina, especificações garantidas e cálculo estrutural. Personalizamos nossos produtos caso a operação exija uma

abordagem mais sustentável ao projeto. Inauguramos uma nova fábrica na cidade de Morungaba, no interior do Estado de São Paulo, que já conta com certificação ISO 14000”, completou. “As estruturas de estocagem são frágeis e percebemos que é necessário instalar cantoneiras e longarinas em diversas formas e espessuras para que suporte uma empilhadeira que pesa 2.5 toneladas e mais o peso da carga de até 2.5 toneladas, evitando assim quaisquer acidentes com a mercadoria

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Proteções verdes A Marks and Spencer (M&S) tem seu principal centro de distribuição com 102.193 m² no complexo empresarial da ProLogis Park Bradford, ao norte do Reino Unido. O local emprega 1.200 pessoas e é resultado da consolidação de rede logística existente na região. Uma operação deste porte exige atenção cuidadosa para as necessidades de saúde e segurança, com equipamentos caros, grandes volumes de estoque, veículos para o armazém e pessoal, todos se deslocando e trabalhando ao mesmo tempo em torno do local. O CD é parte importante da cadeia de abastecimento da empresa e a necessidade de ser operado com eficiência e segurança é fundamental. Para isso a A-Safe foi escolhida para fornecer uma seleção de sistemas de segurança no local, incluindo mais de 60 proteções de colunas junto com as proteções de parede. A empresa

demonstrou que suas proteções de polímero não só ofereciam vantagens significativas por sua resistência, durabilidade e simples manutenção. De forma substancial, a equipe de logística da M&S também percebeu que os modelos da A-Safe se harmonizavam com a imagem moderna, nova e eficiente que o centro de distribuição de Bradford transmitia. Muito importante também é que as proteções de polímero oferecem uma economia ambiental considerável, atendendo ao plano ecológico e ético da M&S. O prédio é neutro de carbono e a A-Safe já tinha provado suas credenciais com a M&S ajudando a revolucionar seus padrões de segurança em outros locais ao longo de sua rede de distribuição, incluindo um teste em seu centro de distribuição central em Stoke-on-Trent, na região de West Midlands, na Inglaterra.

O aço estruturado é muito usado na fabricação de protetores de estruturas de estocagem e a empilhadeira. Utilizamos na fabricação de nossas peças aços SAE 1020 estruturado e podemos customizar nossas peças”, disse Washington Botella, diretor comercial da Protechoque. No caso de empilhadeiras, a TVH-Dinamica oferece vários acessórios, como o WuBump, protetor que evita danos à infraestrutura, carga e empilhadeira. Acoplado ao equipamento, o acessório é feito de várias camadas de elastômeros para absorver impacto de colisão e, sendo extremamente elástico, retorna à sua forma original após uma deformação. “Resistente à água, vapor, luz solar (UV), ozônio, base, ácidos, sais, óleos, o WuBump também melhora a ergonomia para o operador da empilhadeira, prevenindo contusão no pescoço e lesões nas costas, além de reduzir acidentes e danos. O acessório é fácil de instalar em qualquer empilhadeira de até 5 toneladas”, disse Claudio Henrique Martins, supervisor da linha industrial da TVH-Dinamica. A empresa mantém um departamento para novos produtos, na sede, em Vinhedo-SP, que estuda e avalia a necessidade de desenvolvimento de acordo com a demanda de mercado. “Há lançamentos mensais para as empilhadeiras. A empresa acaba de apresentar ao mercado brasileiro o carregador de bateria para empilhadeiras com as funções e características necessárias para as necessidades do mercado. São mais de 25 mil itens no estoque entre peças e acessórios”, revelou Claudio Henrique. dezembro 2013

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série

TRANSPORTE DE CARGAS | 8ª parte

TI: eficiência noTRC Cada dia que passa, a TI tem maior relevância nos processos de gestão empresarial e no TRC não poderia ser diferente

É

passada a época em que ainda existiam algumas dúvidas sobre a importância da utilização da TI (tecnologia da informação), pois era possível mensurar seu valor (investimento) mas não sua eficácia (relação custo e benefício). Atualmente tais dúvidas foram esclarecidas e a sua utilização está cada vez mais comum. Hoje existe boa disponibilidade de softwares eficientes e competitivos para aplicação no TRC (transporte rodoviário de cargas). A TI vem sendo utilizada no TRC cada vez mais e com mais eficiência a partir da integração dos diversos softwares e suas correspondentes informações com os ERPs (“enterprise resources planning”, planejamento dos recursos empresariais), sendo que alguns destes sistemas integrados já dispõem de aplicativos para uso no TRC. 50

Além dos aplicativos integrados aos ERPs é fundamental a disponibilidade de uso da internet para a troca de informação entre as empresas envolvidas. A seguir vamos descrever os principais aplicativos (eventualmente pode haver divergências quanto as nomenclaturas relativas às funcionalidades). O chamado TMS (“transportation management system”, sistema de gerenciamento de transporte) não existe de forma independente e pode ser composto por três módulos principais: planejamento, acompanhamento e controle. Devemos estar atentos na aquisição deste sistema pois alguns desenvolvedores denominam o seu único módulo como TMS. Portanto, é necessário conhecer claramente as funcionalidades a que se refere. O planejamento é caracterizado pelo módulo roteirizador, que utiliza

mapas digitalizados que permitem a identificação de restrições e alternativas de trajetos. Tem por objetivo a otimização da ocupação do veículo (melhor utilização da capacidade em peso e volume) e aproveitamento (menor distância e tempo a percorrer). O resultado é a redução de custos e o melhor nível de serviço a clientes, além de servir como referência para verificações de desvio pelo rastreador (gerenciamento de riscos). O acompanhamento é conhecido como rastreamento, e utiliza sinais via satélite (GPS) ou de telefonia celular para possibilitar a localização e a comunicação com o veículo de transporte. Tal monitoramento atende a dois aspectos: Logística: controle do trajeto (desvios) e dos ciclos operacionais (tempos de carga e descarga e paradas), além de prover uma solução on-line de pro-

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blemas de manutenção, controle da temperatura do baú e integração com roteirizadores para indicar desvios; Segurança (gerenciamento de riscos): possibilita o acompanhamento de todas as etapas da viagem para evitar roubos e possibilitar a localização e recuperação da carga ou veículo. Existem diversos sensores com tal finalidade (portas da cabine e baú, ignição, bloqueador de combustível engate, etc) que, dependendo da carga e do trajeto, são exigências da seguradora. O controle possibilita visualizar e controlar todos os custos de forma integrada. Tem duas finalidades distintas: Gestão de fretes: normalmente utilizado pelos contratantes, controla o valor dos fretes a partir do cadastro das tabelas de preços negociadas, automatiza o cálculo dos fretes, emite uma pré fatura e envia via internet para que a conferência seja de responsabilidade

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da transportadora, além de facilitar a emissão de relatórios e simulações. Gestão de frotas: normalmente utilizada para o controle dos custos, é direcionada para os seguintes controles: manutenção, consumo de combustíveis, lubrificantes, pneus e câmaras dos veículos; controle de funcionários, agregados e autônomos; estoques de peças, componentes e tacógrafo, etc. Além dos aplicativos de uso direto, existem outros utilizados em áreas que fazem interface com os transportes, como na estocagem e nas atividades de separação e expedição, que devem ser administrados por um WMS (“warehouse management system”, sistema de gerenciamento de armazém) com os correspondentes coletores, que agilizam o processo e viabilizam operações eficientes. Em um futuro próximo provavelmente poderemos contar com as etiquetas inteligentes (RFID) para melhorar ainda mais tais operações.

Conclusão A TI aplicada ao TRC torna-se cada vez mais uma “ferramenta de apoio” fundamental para planejamento, acompanhamento e controle nas atividades de transporte, tanto para transportadoras quanto para embarcadores, favorecendo a redução de custos, a eficiência e o aumento da segurança. E apesar das dificuldades de implementação e treinamento, o investimento apresenta uma relação custo benefício favorável, além dos ganhos com aspectos intangíveis, como o nível de serviço.

Antonio Carlos da Silva Rezende é instrutor e gerente de projetos da IMAM Consultoria

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automação

Oportunidades na automação de CDs Um projeto de automação passa inevitavelmente pelo software, que resulta em valor diferencial entre o êxito e o fracasso

O

s períodos de crise exigem deixar os negócios mais eficientes e, portanto, melhorar o rendimento para sermos mais competitivos. É relevante tanto a atividade profissional como a departamental e, em definitivo, em toda a empresa. Além disso, em momentos de dificuldade econômica, os investimentos reduzem ou se congelam e só prosperam aquelas empresas que planejam

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um claro retorno dos investimentos. A experiência ensina que os investimentos relativos à automação das tarefas de separação de pedidos são altamente recomendáveis para reduzir custos e melhorar a produtividade. Historicamente, os primeiros projetos centrados no picking (separação) resultavam ao menos tão custosos e complexos como os de uma gestão de armazéns. Isto ocorria porque a variada tipologia dos produtos impe-

dia a padronização de soluções e se convertia em um dos grandes obstáculos. A principal responsabilidade da empresa que integrava estas tecnologias era desenvolver, para cada caso, um software que cumprisse com os requerimentos funcionais e com os diversos elementos de controle que compõem um projeto. Muito trabalho, pesados investimentos, bons resultados, mas a projeção do futuro era uma dúvida. Por

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Homem > produto

Produto > homem

Tipos de embalagem a separar Relação Homem/produto

sorte, apareceu a radiofrequência e, com ela, a possibilidade de automatizar sem mecanizar. A chave desses projetos passou da integração à homogeneidade de funções dos sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS, “warehouse management system”) que deviam resolver a relação homem-produto de forma confiável e econômica. Nesta linha de soluções, nas que desaparecem os elementos mecânicos, destaca-se a tecnologia de voz, com excelentes resultados qualitativos.

Caixa

Unidade

Média rotação: ilhas de picking Baixa rotação: carrossel

Alta rotação: ilhas de picking Baixa rotação: carrossel

Muitas referências: terminais de radiofreqüência ou voz Poucas referências: pick to light

Pick to light ou terminais de voz

Giro dos Produtos

Carrosséis e ilhas de picking Entre os elementos mecânicos, os que mais comumente se encontram são os carrosséis e as ilhas de picking. No caso dos carrosséis, tanto horizontais como verticais, trata-se de uma solução de estocagem muito compacta e idônea para produtos de média ou baixa rotatividade com grandes quantidades de referências. Contudo, requer janelas horárias para o carregamento de produtos, já que não é suficiente por si só enquanto faz a preparação de pedidos. Já as ilhas de picking consistem em postos de trabalho situados junto a um transportador de caixas plásticas ou paletes. Estes dois últimos podem vir de um armazém automático onde um transelevador retira o palete ou a embalagem e os coloca sobre o transportador com destino à ilha de picking. Em troca, para o caso de caixas, é comum que um operador a coloque sobre um transportador e, em algumas ocasiões, um robô despaletizador é quem o realiza. As ilhas de picking utilizadas para a preparação de unidades soltas (caixas sortidas) habitualmente dispõem de dispositivos “pick to light” (separação por luz) para indicar ao operador a quantidade que deve colher da caixa ou embalagem que terá chegado ao seu posto de trabalho e “put to light” para indicar ao operador em que caixa de pedido colocar o produto.

A gestão flexível da configuração física

Um bom projeto em três definições-chave

De todas as formas, o desenho final da solução dependerá de muitos fatores, entre os quais cabe destacar o tipo e quantidade de referências, o espaço disponível e os tipos de pedidos. Seja qual for a configuração de elementos físicos, a tarefa é alcançar o ótimo funcionamento da instalação. Está claro que a melhor maneira de neutralizar a rigidez que qualquer sistema automático comporta é contar com uma ferramenta de gestão muito flexível, e é por isso que o software adquire especial relevância. Os melhores resultados se obtêm com uma plataforma “ad hoc” independente dos fabricantes de instalações ou do ERP (“enterprise resources planing”, planejamento dos recursos empresariais) e dominada pelo usuário. Este ajuste permite traduzir todas as necessidades presentes e futuras, introduzir trocas vantajosas, o que é mais relevante ainda: não deixar nosso negócio a sorte de um fabricante de equipamentos. Resulta em uma realidade que, ante uma mudança e uma instalação, por ampliação, obsolescência ou melhora, o investimento do software vem naturalmente, pode ser feita uma troca de cada vez, respeitando o orçamento do investimento.

Em resumo, para alcançar um bom projeto de automação, você deve seguir três passos: Em primeiro lugar, deve-se definir com clareza o modelo de automação. O picking resulta em um dos processos que trazem um claro benefício apesar que se deve ter em conta que tem muitas exceções e nem sempre todos os elementos se definem convenientemente. Abordar essa solução de forma inexperiente acarreta atrasos, desvios e falta de confiança. Um segundo passo é o de assegurar a participação desde o princípio de recursos necessários a este tipo de projeto. É mais confiável e muito mais barato, já que parceiros tecnológicos, acostumados a aconselhar e implantar soluções desse tipo, poderão estimar os esforços de implantação de forma confiável. Finalmente, a chave de um projeto de automação passa inevitavelmente pelo software, que resulta em valor diferencial entre o êxito e o fracasso, especialmente em termos econômicos. Estas três recomendações são bem atuais, porque segui-las não implica um grande investimento e porque aplicamos inteligentemente o investimento para maximizar a competitividade e a eficiência. dezembro 2013

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MERCADO Primeira atracação A administração do Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, concedeu à Yara, que atua no mercado de fertilizantes, autorização para que o navio M/V HEMUS, com 21 mil toneladas do produto YaraMila, fizesse a primeira atracação no berço público 201.

Novo terminal A TAM Cargo, unidade de cargas do Grupo Latam Airlines no Brasil, anuncia o início das operações de seu novo terminal de Cargas (TECA), com 13 mil m², em Manaus, um dos mais importantes polos de produção nos mais diversos segmentos. www.tamcargo.com.br |

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Novo CD A rede de supermercardos Dalben, que atua no comércio varejista em Campinas, iniciou recentemente as operações de seu novo centro

Projetos experimentais do Dr. Frankensteen em armazéns

de distribuição, localizado no GR Campinas 2, condomínio logístico da incorporadora de imóveis para renda GR Properties. www.grproperties.com.br | (11) 3709-2660

Implementos rodoviários A Librelato lançou inovações que irão agregar maior resistência, qualidade e design diferenciado nas linhas de Eixo, Alumínio, Pesada e Leve. Todos os produtos fazem parte da Linha Horizon que parte da visão de alta tecnologia para a produção dos

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Estruturas de estocagem A Kimberly-Clark contratou a Bertolini para fornecer as estruturas porta-paletes de sua unidade localizada na Bahia. Com base no fluxo de mercadorias, a Bertolini implantou sistemas dos tipos convencionais e drive in destinados à estocagem de produtos de higiene, com alto volume e rápido manuseio e expedição. www.bertoliniarmazenagem.com.br | (54) 2102-4999

Operação em CD para loja virtual A Netshoes ampliou a operação de seu Centro de Distribuição em Pernambuco. Os investimentos da loja virtual na região nordeste têm sido contínuos no último ano. O Centro Logístico ocupa atualmente uma área de 12 mil m² na Grande Recife e gera 270 empregos diretos. www.netshoes.com.br | (11) 3028-5333

Nova operadora

Certificação

A Intero Brasil, empresa que oferece soluções em logística para prover gestão e mobilidade ao mercado de saúde, está iniciando suas atividades, mas já traz em sua bagagem experiência na área com projetos implantados e em operação em hospitais e unidades de saúde.

A Terra Master Logística e Transporte, empresa com sede na cidade de Santos (SP), está investindo mais de R$ 300 mil na ampliação e adaptação de seu pátio de cargas visando atender as exigências da certificação SASSMAQ. www.terramlt.com.br | (13) 3299-5500

www.interobrasil.com.br | (11) 5071-6233

Crescimento A PC Sistemas prevê crescimento de 25% na sua vertical de Logística. Com soluções específicas para atender às demandas da ponta da cadeia de suprimentos, a empresa está intensificando o foco neste nicho de mercado para aumentar, ainda mais, o seu número de clientes e a sua atuação no segmento. Cerca de 66% de seus clientes fazem parte desse segmento representando 2,6 mil empresas que, juntas, somam uma média de 58 milhões de reais no faturamento anual da companhia. www.pcsist.com| 0800 707 2707

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distribuição

Prontos para as lojas Como receber mais solicitações de pedidos dos pontos de venda sem elevar os custos

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uando um centro de distribuição atende aos pontos de vendas, provavelmente recebe mais solicitações de pedidos pré-montados com o intuito de reduzir a mão de obra necessária para abastecer as prateleiras das lojas. Antes, a principal preocupação de um CD era atender aos pedidos rapidamente e com a máxima eficiência. O que acontecia depois de o caminhão deixar a doca não era problema do operador logístico. Hoje já não é assim. Em muitas empresas varejistas o foco mudou para as atividades como descarga e envio ao estoque que ocorrem depois que o caminhão chega à loja.

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Como resultado, os CDs recebem solicitações para oferecer embarques “prontos para as lojas”, com mercadorias embaladas e carregadas. Isto pode significar, por exemplo, o carregamento dos pedidos nos caminhões em uma sequência especial ou o embarque de mais paletes com caixas variadas, com itens agrupados, vendidos no mesmo departamento. Tudo se resume em redução de tempo, mão de obra e complexidade para reabastecer prateleiras nas lojas. O motivo por trás desta mudança é simples matemática. Qualquer coisa que reduza os custos de mão de obra economiza muito, mesmo se isto significar mais custos de mão de obra no CD que atende a estas lojas. Certamente o conceito de

“prontos para as lojas” não é novo. As empresas de produtos embalados para consumo vêm em paletes com caixas variadas e os caminhões são carregados na sequência inversa das paradas (com os pedidos da última parada da rota do caminhão carregados primeiro) durante anos. Entretanto, a prática hoje está se espalhando além das lojas de supermercados, para outros tipos de estabelecimentos do varejo, como lojas de conveniência e drogarias de produtos eletrônicos de consumo e clubes de vendas. A tendência dos produtos “prontos para as lojas” também está se aprofundando, pois além dos paletes prontos para as lojas, algumas empresas já estão pedindo caixas prontas para as

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lojas. Outras experimentam embalagens prontas para as lojas, um conceito popular na Europa onde os produtos são embalados para ir direto do caminhão para as prateleiras.

Reduzindo os custos Tudo isso, é claro, tem a possibilidade de aumentar os custos de forma significativa das operações dos centros de distribuição. Em primeiro lugar, mão de obra adicional necessária para separar os pedidos em uma sequência conveniente para as lojas, além da mão de obra necessária para dividir os paletes completos e montar novas cargas com caixas variadas. Para os gerentes cujo único foco até hoje tem sido na otimização dos custos do centro de distribuição, isso pode ser difícil de aceitar. Além disso, existem formas de atender a estas solicitações sem ser prejudicado por estes custos adicionais. Isso dá um pouco de trabalho. Na verdade, para muitas empresas, provavelmente será uma questão de análise e reengenharia do processo de montagem dos pedidos. Por exemplo, se a preocupação é o aumento do tempo de trajeto dos funcionários, a solução poderia ser a mudança do arranjo físico do armazém para ficar semelhante ao arranjo físico da loja. Essencialmente, isto significa adotar uma estratégia de endereçamento totalmente nova, com os locais de estocagem determinados não pela velocidade dos SKUs (“Stock keeping unit”, unidade distinta mantida em estoque) e sim pelo planograma da loja (um plano visual que designa o posicionamento dos produtos nas prateleiras e mostruários da loja do varejo). Então, por exemplo, todos os itens de cuidados pessoais masculinos seriam agrupados no mesmo corredor, mesmo se as lâminas de barbear tiverem giro maior que os tratamentos para crescimento capilar. A velocidade dos SKUs ainda seria levada em conta, porém neste

caso, poderia significar o endereçamento das lâminas de barbear e outros itens de giro rápido no meio das estruturas porta-paletes, com os SKUs de giro mais lento na parte de cima ou de baixo. O endereçamento é uma grande área de oportunidade para controle dos custos da mão de obra. Se o item estiver realmente endereçado por departamento, será separado por departamento, seja qual for a sequência destes departamentos do ponto de vista do planograma. Uma grande exceção seriam os mostruários promocionais especiais que mudam semanalmente. Para estes itens, o recomendável é instalar um transponder de rolos no armazém para os itens especiais dessa semana. No final da semana, a linha pode ser desmontada e reinstalada para as promoções da próxima semana.

Homem x Máquina Embora uma alteração na estratégia de endereçamento possa fazer muito para promover a eficiência das separações, ela ainda deixa outra parte do problema da mão de obra não resolvido. Normalmente, a criação de paletes prontos para as lojas requer a divisão dos paletes com um único SKU e em seguida a reembalagem das caixas em uma ordem específica nos paletes de caixas variadas. Isso pode ser um obstáculo significativo para a eficiência e os produtos devem ser combinados com outros produtos que vêm de outra parte do armazém. Em alguns casos, a solução pode ser a automação – quer seja uma rota totalmente automatizada ou automação parcial. Um exemplo de um sistema totalmente automatizado seria uma solução que utilize um sistema automático de estocagem e recuperação (AS/ RS) para produtos nos paletes e um robô na separação dos pedidos. Para atender a um pedido, o robô removeria uma camada do palete apropriado e depositaria as mercadorias (que podem dezembro 2013

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ser mais tarde divididas em caixas) em um transportador contínuo para transportar até uma área-pulmão automatizada de sequenciamento. Lá, elas seriam combinadas com outros SKUs necessários para formar o pedido. No método mais comum parcialmente automatizado, os funcionários poderiam separar as caixas para um transportador contínuo. Em seguida, o pedido seria paletizado automaticamente ou montado pelos funcionários usando transpaletes para tornar o processo mais eficiente e ergonômico. Às vezes, as empresas usam robôs para criar as camadas dos paletes de caixas variadas, com os funcionários completando manualmente o pedido com caixas individuais. Devido às complexidades envolvidas, estes métodos automatizados exigem suporte sofisticado do setor de TI, seja um software de endereçamento ou um sistema de controle de armazéns para sequenciar os pedidos. De fato, os algoritmos para sequenciamento de paletes variados podem ser bastante complexos, especialmente se forem embalados produtos de tamanhos, formatos e pesos diferentes no mesmo palete, o software de gerenciamento do desempenho pode ser útil na determinação de quanto de mão de obra realmente está sendo economizado na loja e de quanto mais é necessário no centro de distribuição. 58

Mudança de mentalidade Em pelo menos uma empresa, a iniciativa dos embarques prontos para as lojas está afetando mais que apenas as operações nos centros de distribuição individuais. Isso levou a empresa a repensar a forma de operar sua rede de distribuição. Para melhorar um processo de entrega diretamente para as lojas, pode-se fazer um piloto de uma estratégia de rede de distribuição em dois níveis. Com este modelo, os paletes de camadas variadas são criados por equipamentos automatizados em uma fábrica ou centro de distribuição centralizado. Em seguida, estes paletes são embarcados em cargas completas de caminhão até os centros de distribuição satélites ou instalações de baldeação, onde os paletes são completados com caixas individuais. Fora a possibilidade de reformulação da rede, para a maioria das empresas, o maior ajuste é a mudança de mentalidade necessária para os embarques prontos para as lojas. Após anos falando da necessidade de otimizar a cadeia de abastecimento geral e os dilemas de custos que isso possa implicar, os profissionais da distribuição estão aprendendo o que é se sacrificar em prol do todo. É uma verdadeira mudança de paradigma e os funcionários vão ter que se acostumar com uma forma totalmente nova de fazer as coisas.

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LOGÍSTICA PELO MUNDO

A Goodwill adota uma estrutura de logística reversa para gerenciar doações de roupas e sapatos

Lean na cadeia de donativos A benevolência ganha força a partir de uma boa gestão A Goodwill Industries, em Los Angeles, coleta e recicla roupas e utensílios domésticos. Muitos de seus colaboradores enfrentam diversos desafios, pois ao invés de tentar minimizar sua base de colaboradores, a organização sem fins lucrativos procura meios de aumentá-la. Desta forma, um dos processos mais interessantes foi a coleta de roupas de quatro lojas e de um centro de donativos que a Goodwill tem em Los Angeles. O processo foi razoavelmente direto: o motorista do caminhão fazia um “milk run” (coleta programada) duas vezes ao dia para pegar as roupas que não foram vendidas na semana anterior e que os gerentes das lojas acham que não serão vendidas. Assim, a equipe começou a analisar o processo, considerando que a 60

capacidade dos contentores, racks e gaylords usados para a movimentação das roupas decidiria como o tempo de processamento seria convertido em tempo do ciclo, o qual seria calculado dividindo o tempo de processamento para o lote pelo número de peças de roupas no lote. Um caminhão é equivalente a nove racks ou 1800 peças de roupa; um “gaylord” (tipo específico de unitizador da Goodwill) é igual a 2,5 contentores ou 13 racks de 1300 peças; um contentor é igual a 5,2 racks ou 520 peças; e um rack é igual a 100 peças (veja tabela).

Relação entre contentores Uma das primeiras questões que a equipe enfrentou, que normalmente

acontece em processos fora da manufatura, foi definir o que deveria e não deveria ser considerado um processo. O supervisor do chão de fábrica achava que não demorava muito para descarregar o caminhão e que, consequentemente, a equipe não deveria considerar esvaziar o caminhão uma operação. Quando a equipe observou que esvaziar o caminhão levava 1,8 hora, tornou-se candidata a ser considerada uma operação. Outro fator na equação era que quando o caminhão estava sendo esvaziado, o portão da fábrica deveria permanecer aberto, o que era incômodo, porque permitia que o ar quente externo entrasse. Os colaboradores deduziram que classificar o esvaziamento do caminhão aumentaria suas chances

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Relação entre contentores Caminhão

*Gaylord

Caixa “Bin”

Racks

1800

1300

520

100

9

13

5,2

2,5

1

Peças Roupa Rack Caixa “Bin”

*Gaylord - tipo específico de unitizador da Goodwill

Fonte: Goodwill

rack, o que resultava num tempo do ciclo de 10,8 s por peça. A próxima operação era inspecionar os racks, gaylords e contentores e retirar as roupas que os colaboradores imaginavam que não venderiam. Essas peças convertidas em fardos de roupas eram leiloadas na manhã seguinte. As operações de inspeção e classificação eram idênticas à operação anterior com relação ao tempo. As peças de roupas rejeitadas eram jogadas nas gaylords e transferidas ao posto de embalagem para formarem fardos. A operação de embalagem para formar os fardos levava 0,8 h por gaylord, traduzindo em um tempo do ciclo de 2,2 s por peça.

de melhora que era feito em lotes de 1800 peças de roupa, chegando a um ciclo de 3,6s por peça. A próxima operação era classificar as roupas em vários tipos, separá-las e colocá-las em racks. O processo tinha uma enorme quantidade de estoque na sua frente: 367 racks, 22 gaylords e oito contentores. A equipe concluiu que existiam 69.460 peças de roupa como estoque antes da operação de classificação. Dividindo as 69.460 peças no estoque pela quantidade de processamento diário de 3.600 (1.800 X 2), eles calcularam 19,3 dias de trabalho. O tempo de processamento para essa classificação inicial era de 0,3 h por

Após inspecionar e classificar as roupas nos racks, os colaboradores etiquetavam as peças com o preço. O processo levava 0,17 h por rack, o que resultava em 2,6 s por peça. Após a operação de etiquetagem, os racks permaneciam aguardando na doca de carga para expedição até as lojas. Trinta e seis racks de roupas por dia eram expedidos de segunda a sexta-feira e 24 racks de roupas a cada sábado e domingo. Os estoques parados entre os processos foram convertidos, considerando que 3.600 peças de roupa eram trazidas e processadas todos os dias. Somando o tempo do ciclo e o lead time e termos de estoque de material em processo chegamos em 27,8 s e 19,85 dias, respectivamente. Portanto, a razão do tempo do ciclo (o tempo de valor agregado considerando um fluxo ideal de uma peça pela instalação) com o lead time total (o tempo sem valor agregado que o produto permanece na fábrica sem ser feito nada) resultou em 27,8 s dividido por 19,85 dias, ou 0,0005 %.

Figura 1 - Mapeamento da situação anterior Loja 4

Loja 1

Centro de donativos

Loja 3

Loja 2

Dois caminhões por dia Descarregar caminhão

Classificar por tipo

P/T = 1,8 h/caminhão C/T = 3,6 s/roupa

P/T= 0,3 h/rack C/T = 10,8 s/roupa

367 racks, 22 gaylords, 8 contentores

Inspecionar e classificar

P/T = 0,17 h/rack C/T = 2,6 s/roupa

P/T = 0,3 h/rack C/T = 10,8 s/roupa 39 racks e gaylords

Estocar para despachar

Etiquetar

26 racks

36 racks/dia 2ª/6ª 24 racks/dia Sab/Dom 26 racks

8 racks Embalagem

Leilão

P/T = 0,8 h/ gaylords

Uma vez por dia

C/T = 2,2 s/roupa 19,3 dias 3,6 s

0,33 dia 10,8 s

0,11 dia 10,8 s

0,11 dia 2,6 s

19,85 dias 27,8 s

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Figura 2 - Mapeamento da situação atual (pós-melhorias) Loja 4

Loja 1

Centro de donativos

Loja 3

Loja 2 2 caminhões/dia

2 caminhões/dia

Lavar

Lote de 35 peças

Lote de 35 peças

Passar

Etiquetar

Descarregar caminhão

P/T = 20 min/lote FIFO P/T = 25 min/lote FIFO P/T = 1 min/peça FIFO P/T = 2,6 s/peça C/T = 0,3 min/peça C/T = 0,33 min/peça 1 peça C/T = 0,36 min/peça de C/T = 2,6 s/peça Takt = 1,44 min Takt = 1,44 min Takt = 1,44 min roupa

P/T = 0,25h/ caminhão C/T = 0,07 s/pçs

Acondicionar no rack

4 racks

FIFO 1 rack

Estocar para expedir 7 racks/dia 2ª/6ª feira

1 contentor

1 contentor

5 racks/dia Sab/Dom

Etiquetar

C/T = 5 s/peça

FIFO P/T = 2,6 s/peça

Takt = 0,36 min

1 rack

Embalar

C/T = 2,6 s/peça Takt = 0,36 min

1 rack

Estocar para expedir

Leilão

29 racks/dia 2ª/6ª feira 19 racks/dia Sab/Dom

P/T = 0,8 h/ FIFO Uma vez por dia gaylord C/T = 2,2 s/peça

0,14 dia

0,07 s

0,01 dia 0,57 min ou 34 s

Informação A Goodwill padronizou o número de racks que o caminhão entregava para as lojas nos dias úteis em 36 por dia e cada final de semana, em 24. A política era entregar uma quantidade igual de roupas que as lojas enviam de volta, o que permitia certo nível de estoque disponível nas lojas para mantê-las organizadas. A política de permitir que a própria roupa seja o meio para transmitir a informação chega próximo a ter um sistema kanban, o que permite que a presença ou falta de roupa seja a fonte de informação para a fábrica processar o produto. A equipe achou que não havia muita otimização que poderia ser feita no campo da informação.

Situação pós-melhorias Na tentativa de elaborar um mapa da situação futura, que caracteriza a atual situação (vide fig. 2) a equipe reuniu ideias básicas do lean para sugerir à Goodwill. Essas ideias incluíam housekeeping 5S, 62

Secar

0,01 dia 0,71 min ou 43 s

0,0028 dia 1 min ou 60 s

uma reorganização das operações em células para eliminar o estoque entre operações e trabalho em equipe. Contudo, a maior oportunidade constatada foi a contratação de mais colaboradores. Os itens eram vendidos por cerca US$ 1. A equipe teve a ideia de segregar algumas das roupas boas, lavá-las e passá-las e vendê-las por US$ 3. Eles concluíram que se apenas 20% das roupas vendidas por três vezes o preço atual, o faturamento da aumentaria 40%. Isso permitiria aumentar os colaboradores já que todo aumento seria do conteúdo de valor agregado das roupas sem aumento na quantidade de estoque a ser processada na instalação. A equipe também raciocinou que se a fábrica fosse implementar uma célula para lavar, secar e passar peças de roupas boas, as lojas e o centro de donativos poderiam ser solicitados a segregar as roupas em três lotes. Para as lojas, seriam dois lotes, já que poderiam pendurar as que achavam comercializáveis.

0,5 dia

2,6 s

0,66028 dia

139,6 segundos

A equipe sugeriu o kaizen para projetar contentores com divisórias para coleta de roupas nas lojas e no centro de donativos. Os contentores menores poderiam ser considerados. Para calcular o takt time, o número médio de artigos despachados por dia chegaram a 3.600 peças para cinco dias da semana, resultando numa média de 3.257 peças por dia. 20% das roupas que eles planejavam lavar e passar chegavam a 650 peças por dia, e as outras 2.607 peças seriam penduradas e etiquetadas nos racks. Isso produz um takt time de 1,44 minutos para as roupas de auto valor e 0,36 minutos para roupas não lavadas. Foi previsto que o estoque a frente da linha de lavar e passar não ultrapassaria o lote total de roupas descarregadas de um caminhão, que seria quatro racks. O estoque a frente das roupas não lavadas e da linha de embalagem não deveria ser superior a um contentor (520 peças). Estimando que levaria 20 min para

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Logística reversa “Tradicionalmente, a logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender as exigências dos clientes. A logística tem concentrado seus estudos principalmente no exame dos fluxos da cadeia produtiva direta, ou seja, aqueles que vão das matérias primas primárias ao consumidor final. Desta forma, não são encontrados os fluxos de distribuição reversos de pós-venda e pós-consumo, o que provoca o desequilíbrio entre as quantidades de produtos descartados e reaproveitados, gerando a necessidade de criação

lavar um lote de 35 peças numa máquina de lavar comercial, o tempo do ciclo para a operação de lavagem resulta em 0,57

da logística reversa, uma da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas relacionadas ao retorno dos bens de pós-vendas e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo. Foi a partir desse conceito e com o uso do milk run que a Goodwill Industries desenvolveu o sistema logístico de fluxo reverso para reaproveitamento de roupas e utensílios domésticos abordado neste artigo.” Renato Binotto é consultor e docente em logística empresarial e reversa

min. Passando esse lote para a secadora a estimativa é que a operação de secagem levaria 25 min. Encaminhando esse lote

para operação de passar e estimando o processamento para um minuto por peça de roupa, o tempo do ciclo também seria um minuto por peça. A etiquetagem inclui pendurar roupas no rack, com um tempo do ciclo de 2,6 segundos por peça de roupa. Assim, todos os tempos do ciclo estariam abaixo do takt time de 1,44 minutos para um processo de fluxo uniforme. O lead time total para a situação pós-melhorias soma 0,66028 dias e o tempo total do clico resulta em 139,6 segundos. Portanto, a proporção do tempo de valor agregado em relação ao valor não agregado é de 139,6 dividido por 0,66028 dias, resultando em 0,73 %. Comparando as porcentagens de valor agregado e valor não agregado da situação atual com a situação futura, percebemos que a implementação da situação proposta poderia ser capaz de melhorar a proporção de 0,005% para 0,73%, o que é um aumento de 146 vezes ou 14.600%.

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10 PONTOS SOBRE...

“Compliance” dos fornecedores Desenvolver um programa de “compliance” efetivo para fornecedores requer um plano bem definido

1. Defina

uma estratégia de sucesso para o “compliance” de fornecedores, com promessas e riscos claros.

2. Identifique

métricas, objetivos intermediários e metas e busque entender junto aos gerentes de relacionamento como eles mensuram o desempenho do fornecedor.

3. Proporcione uma estrutura sobre a qual poderá

construir um relacionamento de sucesso. Documente e publique um guia de comprometimento do fornecedor, explicando seus padrões e especificações.

4. Conecte-se eletronicamente a seus fornecedores. Tire proveito da tecnologia para reduzir custos e aumentar a eficiência, usando integração entre negócios e portais web.

5. Alcance o sucesso cedo. Implemente o seu programa de

compliance em fornecedores cujo envolvimento trará o maior benefício para a empresa.

6. Crie

um ambiente de colaboração. Compartilhe dados de desempenho em tempo real para que os fornecedores possam se adequar às questões imediatamente.

7. Administre

o risco de fornecimento. Seja proativo mitigando o risco de fornecimento para garantir que o fornecedor não interrompa seu processo de execução.

8. Use

uma abordagem baseada em dados. Use automação e análise de desempenho para capturar a visão atual e prever o que mais provavelmente vai acontecer.

9. Implemente o monitoramento contínuo para averiguar que problemas identificados anteriormente tenham sido corrigidos e para manter o foco no benchmark e na melhoria contínua.

10. Padronize

o processo para que todos os novos fornecedores sejam integrados imediatamente ao programa.

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