EDITORIAL
açãosustentável magazine
Um novo momento Em 1993, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu 22 de março como o Dia Mundial da Água, já eram esperados desafios relacionados à proteção desse bem finito e essencial à vida humana. No entanto, há pouco mais de um ano, quase não se ouvia sobre a iminência de uma crise hídrica. Em tão pouco tempo, parece que as coisas aconteceram rapidamente, transformando nossa realidade. Hoje já estamos convivendo com os desafios apontados há mais de duas décadas e a falta de água se tornou um dos principais assuntos em pauta na imprensa brasileira. O fato é que o país acordou para esse problema, antes distante, agora real. Mas o que mudou tão drasticamente? Será que as mudanças climáticas foram mesmo tão repentinas? Essas são questões que levantam um importante debate. Para que nosso leitor possa entender melhor esse contexto, trazemos nesta nossa segunda edição uma reportagem que ilustra os principais fatores que influenciam a questão da crise hídrica no Brasil e apresenta ações que colaboram para um melhor aproveitamento de água. Queremos apresentar as alternativas e soluções que as empresas estão buscando para amenizar o problema. Um exemplo que merece destaque é o programa “Plante Árvore”, promovido pelo Instituto Brasileiro de Florestas com a participação da iniciativa privada e parcerias junto aos órgãos públicos competentes. Com o objetivo de proteger os mananciais e aumentar a disponibilidade de água potável para o futuro, o projeto prevê o plantio de 10 mil árvores de espécies nativas em áreas consideradas prioritárias, onde houve intenso desmatamento e degradação. Também está previsto o plantio de matas ciliares em beiras de rios, córregos e afluentes, com a finalidade de proteger os recursos hídricos da grande São Paulo e região metropolitana da capital paulista. A ação mostra como vários setores da sociedade podem se unir, criando uma força capaz de transformar esse cenário hídrico tão adverso. Esta segunda edição tem como tema central a água, mas outras matérias também tratam do pensamento sustentável em diversas áreas (educação, design, moda, tecnologia, construção civil, saúde, etc.). Nossa intenção é estimular o debate, levantando reflexões sobre diversos temas de extrema importância para o meio ambiente: crise energética, educação ambiental, desmatamento, o uso da arte para denúncia ambiental, reutilização de materiais e produtos, responsabilidade socioambiental de pessoas e empresas, sustentabilidade nos processos de gestão, mitigação de impactos ambientais e redução da emissão de carbono nos processos produtivos da indústria, a tecnologia em favor da preservação ambiental, alimentação natural e diversos outros. Também apresentamos o perfil da pacifista ambiental Ingrid Soto, que, com apenas 13 anos de idade, já participou de diversas ações em prol da natureza. Entre os artigos de opinião, nosso colunista Leandro Peres Marcomini fala sobre um tema pouco discutido quando se fala em meio ambiente: a problemática dos cemitérios públicos no Brasil. Consideramos cada nova edição da Revista Ação Sustentável como um novo momento para nossa publicação e, nesse segundo número, nada seria mais pertinente do que discutir o também novo momento que todos nós estamos vivenciando em relação aos desafios enfrentados pelo nosso planeta! Boa leitura!
Expediente
Sustentável revistaacaosustentavel.com.br
4
julho2015
Editor Responsável: Rodrigo Carvalho (MTB 55734), Redação: Carol Ferreira e Danielle Xavier; Colaboração:Carolina Britto - Diagramação. Contato: contato@revistaacaosustentavel.com.br. Site: www.revistaacaosustentavel.com.br Editora NOSSO MEIO MEIO. *Todos os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não expressando necessariamente a opinião da revista*.
SUMÁRIO
açãosustentável magazine
eutraliza 3 toneladas de C Click n O2 n e e Gr
de
Ser sustentável e
a tentabilid o Sus
stá n a
| Ta
mod a?
la Pao
6
24
10
26 vira
o sabã
uz Econ o m ia n a
con ta
de
l
DESIGN E SUSTENTABILIDADE
8
PROGRAMA IBF
9 LEANDRO MARCOMINI | A problemática ambiental dos cemitérios públicos no Brasil 12 GELMA REIS | A crise hídrica na visão de um especialista 13 CRISTINA FIGUEIREDO | Cuidados que os empresários devem ter na locação de galpões
nha ozi
7
ec od
6 ECODICAS
Óle
27
23 PERFIL | Ingrid Soto 14 ANIMAÇÃO SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS - WWF Brasil 15 APLICATIVO PARA COMBATER DESPERDÍCIO DE ÁGUA 16 TBOOM: Onu elege como melhor aplicativo de meio ambeinte 18 CAPA | Empresas também têm responsabilidade para conter a crise hídrica
26 SÉRIE FOTOGRÁFICA EXPÕE DEVASTAÇÃO DE ÁREAS VERDES 28 Película de Raio X verus versão digital 29 EXEMPLO DE RESPONSABILIDADE AMBIENTAL 30 PROJETO AMBIENTAL DE MICROFAZENDA
jul h o2015
5
ECODICAS
açãosustentável magazine
CAMISETAS DE GARRAFA PET Preocupada com a preservação do meio ambiente, a Divoks lançou a linha Eco, com camisetas produzidas a partir da reciclagem de garrafas pet. Cada peça produzida com a malha ecológica corresponde a duas garrafas retiradas do meio ambiente – a decomposição, na natureza, pode demorar cerca de 100 anos. Com essa tecnologia, o resultado é um tecido que combina o toque suave do algodão com o valor sócio-ambiental da reciclagem. Disponíveis em modelo masculino e feminino, parte do lucro obtido com as camisetas da linha Eco é destinado a projetos ecológicos e sustentáveis. Saiba mais em: www.divoks.com.br.
Pisos ecológicos Produtos, que têm como base pneus usados, oferecem amortecimento, durabilidade e fácil instalação. De acordo com Rafael Safra, diretor comercial da Aubicon – fabricante dos pisos –, são três opções ideias para áreas externas. “Todos são confeccionados com grânulos de borracha reciclados, que foram extraídos de pneus usados. Eles são complementados com o EPDM, que garante cores mais vivas aos produtos e com resistência superior às intempéries”, explica. Os novos pisos da Aubicon custam a partir de R$ 104,50/m². Leia mais no site www.aubicon.com.br.
Empresas sustentáveis possuem equipe mais unida e motivada As empresas de pequeno e médio porte estão cada vez mais conscientes da importância de ações de sustentabilidade para preservação do meio ambiente. Além disso, as atitudes implementadas pelos gestores ajudam a aperfeiçoar os resultados da equipe, motiva os colaboradores, unindo as equipes. Resultados surpreendentes foram notados na Tao Sustentabilidade, no Rio de Janeiro. A empresa, especializada em educação ambiental e corporativa, adotou medidas como carona solidária, troca de bens e produtos que não são mais usados por uma pessoa e que podem ser utilizados por outro, aproveitamento da luz solar evitando o alto consumo de energia, entre outras. Segundo Paola Provenzano, uma das diretoras, desde que ela e os sócios trouxeram estas ações para a Tao, os funcionários se sentiram motivados em interagir, aumentando a motivação e produtividade. Fonte: Aubicom; Tao Sustentabilidade e Divoks
6
julho2015
AMBIENTE & CONSTRUÇÃO
açãosustentável magazine
Design e Sustentabilidade
como reaproveitar a cortiça na decoração
Confira formas criativas de aplicar o material na decoração de ambientes Nas paredes: agrupando rolhas de garrafas em uma base plana, você pode montar um quadro, um porta-retrato ou uma criação exclusiva e personalizada. Depois é só integrar a peça à sua decoração e aguardar os elogios pela sua criatividade.
Como piso: o piso de cortiça forma uma manta natural que dá a sensação de flutuação ao pisar, além de contribuir para o isolamento térmico e acústico
P
opularmente conhecida pela presença nas rolhas de garrafas, a cortiça tem despertado interesse em vários outros setores como moda, construção, saúde, produção de energia e decoração, devido à sua potencialidade e versatilidade nas criações e os seus benefícios, por se tratar de um tecido vegetal 100% natural. Simone Serrano, personal organizer, designer de interiores e Diretora da Organizzarte, explica que a origem da cortiça se dá após um
longo processo de desenvolvimento. “O material, extraído da casca do sobreiro - árvore que demora 25 anos até poder ser descortiçada pela primeira vez, mas que é a única espécie cuja casca se autorregenera - é retirado a cada nove anos. O sobreiro pode ser descortiçado cerca de 17 vezes ao longo de sua existência que é, em média, 200 anos, sem a necessidade de cortar nenhuma árvore durante este processo”, conta a personal. Natural, versátil e sustentável Com todas essas qualidades, a cortiça dá origem a uma infinidade de produtos, desde os tradicionais aos mais inovadores e inesperados. Cada vez mais o material está sendo utilizado em projetos residenciais e corporativos, além de móveis, roupas, sapatos, utensílios, entre outros. A cortiça pode ser encontrada em placas, rolos e peças em diferentes formatos. Confira algumas possibilidades do uso da cortiça na decoração e
Em utensílios e objetos de decoração: por ser leve, impermeável a líquidos e gases e suave ao toque, a cortiça também pode ser integrada de várias outras formas à decoração e ao dia a dia da casa como: porta-copos, souplasts, suporte para refratários e panelas. As rolhas dos vinhos tomados nas ocasiões especiais se transformam em vasos, luminárias, bases de abajur, porta bijuterias ou mesmo suporte para plantas em um delicado minijardim. organização da sua casa ou escritório separadas por Simone Serrano, que já antecipa uma dica: “Por se tratar de uma material de baixo custo e sustentável, use e abuse das possibilidades”. “Use criatividade para desenvolver inúmeras possibilidades de uso da cortiça, conferindo leveza, conforto e inovação à sua decoração”, conclui Simone Serrano, diretora da Organizzarte.
jul h o2015
7
REFLORESTAMENTO
açãosustentável magazine
Programa “Plante Árvore” prevê recuperar florestas e prevenir falta de água em São Paulo Com a participação da iniciativa privada, o Instituto Brasileiro de Florestas promove recuperação de vegetação nativa para evitar colapso da falta de água potável no futuro
Estatísticas do Programa
# de árvores: 147.843 Área restaurada: 887.058 m² (88,7 hectares) GEE compensado: 20.706 toneladas
O
Programa “Plante Árvore”, ação do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), prevê o plantio de 10 mil árvores de espécies nativas em áreas consideradas prioritárias, onde houve intenso desmatamento e degradação. Também está previsto o plantio de matas ciliares em beiras de rios, córregos e afluentes, com a finalidade de proteger os recursos hídricos da Grande São Paulo e Região Metropolitana da Capital. Para tanto, o instituto escolheu áreas que compõem o Sistema da Cantareira e Rio Jundiaí-Mirim, devido a grande densidade populacional nessas áreas e “porque é necessário planejar, desde já, como proteger os mananciais e aumentar a disponibilidade de água potável para o futuro”, conforme explica o diretor-presidente do instituto, Solano Martins Aquino. De forma inédita no Brasil, o programa “Plante Árvore” atrelado à segurança hídrica conta com a participação da iniciativa privada. Como empresa financiadora, as empresas parceiras entram com aporte financeiro enquanto o Instituto fica responsável por toda atividade pré, durante e pós-plantio. Além desta parceria com entidades privadas, são necessárias parcerias institucionais junto aos órgãos competentes, no que se refere, principalmente, a indicação de áreas. O programa também beneficia pequenos proprietários rurais que deverão se inscrever no
8
julho2015
Cadastro Ambiental Rural (CAR) do Ministério da Agricultura. O CAR é um registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais e tem por finalidade integrar as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente (APP), das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades rurais do país, conforme previsto no Código Florestal. O proprietário deverá se enquadrar as determinações de uso dessas áreas e, em muitos casos, deverá recuperar as áreas degradadas em suas terras. Por meio da iniciativa, as empresas investem na criação das florestas e plantio das mudas e matas ciliares, exonerando o pequeno proprietário rural desses custos no futuro, quando o CAR exigir que cumpram as determinações do Código Florestal. “O “Plante Árvore” é a oportunidade para o proprietário rural regularizar a situação de sua terra. O IBF entra com a manutenção, a tecnologia de plantio e o acompanhamento durante o período, as empresas entram com o capital para a compra das mudas”, destaca Solano. Dessa forma, realiza-se a convergência entre empresas que tenham interesse ou necessidade de fomentar o plantio de árvores nativas, financiando-as, e proprietários rurais cadastrados que tenham deman-
certificação
Atento a essas tendências ambientais, o IBF desenvolveu o Selo Plante Árvore, que está em conformidade com a legislação ambiental vigente e de acordo com o modelo proposto pela NBR ISO 14020:2002 para concessão de selos ambientais. O selo garante que o produto, empresa ou evento certificado compensou ou neutralizou emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE) através do plantio de árvores nativas do Brasil. A cessão do selo é por dois anos. Desde o início do projeto já foram plantadas 147.843 mudas e restaurada uma área de 887.058 m² (88,7 hectares), com GEE compensado: 20.706 ton. Os locais de plantio atingem diversas cidades em vários estados como Apucarana, no Paraná, e as cidades de Presidente Prudente, Inúbia Paulista, Novo Horizonte, São João da Boa Vista e Urupês, no estado de São Paulo. A lista de empresas parceiras também é grande, algumas contribuíram para a produção de florestas em áreas degradadas e outras participam da nova etapa do projeto que prevê a recuperação de matas ciliares na região onde está o reservatório da Cantareira, em São Paulo. Segundo o levantamento do DAE, o reflorestamento e a plantação de matas ciliares vai auxiliar na preservação dos recursos hídricos que abastecem a cidade e região. “As matas ciliares fazem a limpeza da água dos córregos e afluentes e devolvem ao rio um produto mais limpo, diminuindo, inclusive, os custos de tratamento”, afirma Martin de França, técnico do DAE.
da de restauração, sendo estes os responsáveis pela realização do plantio. A adesão ao programa se dá de forma voluntária por ambas as partes. Para o reflorestamento das áreas, o diretor -presidente do IBF diz que vem sendo feito contatos com os pequenos proprietários de terra que são orientados sobre a importância do programa. “Muitas vezes ele (o pequeno proprietário) não tem recursos para recuperar as florestas ou as matas ciliares dos córregos que passam por suas propriedades. Através do programa e com a participação da iniciativa privada, isso pode ser feito”, salienta Solano. A ação do Programa é voltada à restauração florestal de mata nativa em áreas degradadas, dentro dos limites do bioma Mata Atlântica e Cerrado.
OPINIÃO
açãosustentável magazine
A problemática ambiental dos cemitérios públicos no Brasil Por Leandro Peres Marcomini*
É
constante a preocupação com o futuro da água potável no mundo e muito se fala sobre a economia e a preservação das fontes e recursos hídricos, cada vez mais escassos na humanidade. Rios, lagos e nascentes são o foco das discussões sobre a conservação do meio ambiente. Mas, há outras importantes fontes ameaçadas: o lençol freático, responsável por 95% da água consumida no planeta, e a saúde pública, que por meio de consequentes poluições hídricas podem veicular doenças, tais como hepatite, a leptospirose, a febre tifóide e a cólera. O risco aumenta com falta de políticas ambientais e um dos pontos alarmantes é a ausência de cuidados sanitários em cemitérios públicos. O maior problema está nos cemitérios administrados pelos municípios, onde os sepultamentos ocorrem diretamente no solo e em covas rasas, sem qualquer tipo de proteção (PACHECO e MATOS, 2002). A expansão das áreas cemiteriais no Brasil está em processo de expansão associada respectivamente ao crescimento da densidade demográfica. Sendo assim, os cemitérios podem ser fonte geradora de grandes impactos ambientais e, por isso, vários fatores precisam ser rigorasosamente verificados: os impactos à vizinhança, a possível poluição do solo e lençóis freáticos, a gestão ambiental dos resíduos, a manutenção e monitoramento dos jazigos, a gestão das áreas verdes, dentre outros. A localização, implantação e operação inadequadas das necrópoles em meios urbanos podem provocar inúmeras degradações. Dentre os citados, destacamos a poluição hídrica na área interna do cemitério. No caso de qualquer descumprimento estará sujeito às sanções administrativas e penais, além de outras previstas em Termo de ajustamento de condutas (civil), podendo ser enquadrado na Lei de Crimes Ambientais, devendo ainda se comprovado o dano efetivo, apresentar medidas de mitigação e reparação dos danos ambientais, e a futura desocupação e/ ou isolamento.
Por força da fiscalização impulsionada pelas resoluções do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente – os cemitérios particulares vivem uma realidade bem diferente, e já desenvolvem mecanismos de proteção aos mananciais. Atentas ao impacto ambiental e de olho no mercado fúnebre ecologicamente correto, funerárias investem cada vez mais no desenvolvimento de soluções contra a contaminação do solo e do lençol freático, o que, consequentemente, melhora a imagem corporativa das empresas funerárias. Essas alternativas são viáveis ao setor privado, mas estão longe da realidade dos cemitérios públicos brasileiros, já que a gestão ambiental requer conscientização, investimentos e monitoramento dos aspectos ambientais do empreendimento cemiterial. Importante frisar que, a atuação ambiental da maioria das empresas, salvo exceções, centra-se na diminuição de custos e riscos associados aos passivos ambientais (sanção e reparação). Existe ainda, um número baixo de empresas que investem e adotam o Sistema de Gestão Ambiental, e, em sua maioria, somente as grandes empresas assumem essa filosofia, pois são as únicas que têm condições de arcar com os custos associados à sua implantação. Infelizmente, os cemitérios públicos municipais existentes, desde as suas criações até a presente data, estão distantes de qualquer filosofia de gestão ambiental, nem tampouco da gestão voltada para os resíduos sólidos cemiteriais. Está evidente que o funcionamento e o trato com os mortos estão ao descaso, podendo estes até serem caracterizados como pequenos vazadouros a céu aberto e refúgio para vetores provenientes da deposição irregular de resíduos, contrariando a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) sancionada em 2010, além, é claro, das poluições ambientais e diversos impactos encobertos pelos túmulos, jazigos e demais construções cemiteriais, algo obscuro que a maioria dos cemitérios fazem, sem qualquer possibilidade de adequação ambiental.
* * Leandro Peres Marcomini é Mestre em Gestão Ambiental pela Faculdade de Engenharia de Produção da UNESP (Campus Bauru), com dissertação voltada para Avaliação de Impacto Ambiental de Cemitério Parque. É especialista em Direito Ambiental (Pós Lato Sensu) pela UCAM-RJ e bacharel em Direito pela UNIVEM de Marília. Tem experiência profissional na área de Legislação Ambiental e Crimes Ambientais, com ênfase em Educação Ambiental. É coordenador no curso de Pós Graduação em Sistema Integrado de Gestão no SENAC de Bauru (SP). Na Faculdade Orígenes Lessa FACOL (Lençóis Paulista-SP) é professor no curso de Gestão Ambiental. Na Faculdade Anhanguera - Unidade Bauru, é docente no curso de Direito nas disciplinas Direito Penal I e Direito Ambiental. É docente convidado do Curso de Pós graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente da Universidade do Sagrado Coração (USC) Bauru na disciplina Legislação Ambiental. Possui curso de Auditor Interno e Auditor Líder ISO 14000 (Sistema de Gestão Ambiental) pela Germanischer Lloyd (Brasil). Em Bauru é membro do Conselho Gestor do COMDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), integrante do Conselho Gestor de APAs e integrante da Comissão de Meio Ambiente da OAB de Bauru. É integrante da Câmara Técnica de Educação Ambiental do Comitê da Bacia Hidrográfica Tietê-Batalha.
jul h o2015
9
OPINIÃO
açãosustentável magazine
Ser Sustentável está na moda? Por Roberta Valença*
C
omo todo mercado, a indústria têxtil e de confecção, vitais para o consumo da moda, também tem se enxergado num contexto mais sustentável, mesmo que ainda por uma questão legal. Temos acompanhado vários casos midiáticos, como o da Nike, da Zara e lojas Emme, que caíram na armadilha da mão de obra barata, em lugares como Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Indonésia, Índia e Paquistão, e que pagaram um preço alto por não dar a devida atenção a uma “simples” terceirização de serviços. A Globalização tem sido peça chave na reformulação de aspectos como reestruturação da cadeia produtiva e reorganização do processo produtivo, onde a terceirização de um serviço é vista como componente de fiscalização e controle. A China, que hoje é líder mundial no mercado têxtil e de confecção, tem como questão primária a adaptação às novas leis que regem o mercado no tocante de meio ambiente e trabalhista. O Uniethos lançou recentemente uma pesquisa no setor, onde avalia a Sustentabilidade e Competitividade na Cadeia da Moda (Estudo completo no site: uniethos.org.br). Constatou-se que hoje, o que diferencia os grandes players no mercado é a abordagem estratégica. A Sustentabilidade e Inovação são estratégias centrais da indústria têxtil europeia, por exemplo, enquanto na China o foco é o aumento de produtividade e qualidade. Nesse interim, o Brasil tem o desafio de elaborar novas estratégias de negócios, novos padrões tecnológicos, modernizar pequenas empresas e, principalmente, contar com políticas mais efetivas de inovação e qualidade de mão de obra. A pesquisa revela também que o Brasil é um dos maiores produtores têxteis e de confecção do mundo, sendo o 5º no segmento têxtil e o 4º no de confecção, cuja produção média é de 9,8 bilhões de peças de vestuário, cama, mesa e banho. No entanto, o grande gargalo ainda é representar um volume maior de exportações. Segundo o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), o Brasil está na 23ª posição dentre os maiores exportadores têxteis e na 80ª posição, dentre os maiores exportadores de vestuário. Para se ter uma capacidade competitiva internacional, será preciso extrapolar a questão da sustentabilidade no modelo de negócio existente. Hoje, cada vez mais, há uma necessidade de se olhar para todas as áreas da empresa e analisar de um ponto de vista integral o que trará ganhos significativos verdadeiramente. Será que é reduzindo custos em mão de obra barata e para isso se utilizar de trabalho escravo/infantil ou atuar na
pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias mais limpas e realmente mais eficientes? Um processo de tintura de tecido que utiliza 80% menos água, cobre a diferença de se terceirizar trabalho infantil, por exemplo? As empresas devem e precisam começar a fazer esses questionamentos. Do ponto de vista da sustentabilidade, cada vez mais, as empresas serão responsáveis pela cadeia produtiva onde estão inseridas e juntamente com isso, cresce a necessidade de saber exatamente onde, quando e como cada operação se realiza. Hoje, já temos muitas empresas que dão uma atenção especial a esse ponto, principalmente em relação à terceirização de serviços, desde a colheita do algodão que envolve uso de pesticidas e fertilizantes, água, condições degradantes de trabalho rural, geração de resíduos tóxicos e emissões de CO², até a utilização pelo consumidor. E, olhar de forma sistêmica e sustentável todo esse processo, pode gerar novas possibilidades de se fazer as mesmas coisas de forma mais eficaz. O desenvolvimento da cadeia de fornecedores é um fator crítico para a participação no comércio global. Para além disso, temos várias frentes e que andam em diferentes passos, mas a soma tende a seguir o caminho da sustentabilidade. Os estilistas, por exemplo, atuam em outra ponta, buscando novos materiais e apostando em reaproveitamento de tecidos, há muita coisa boa, como o biomimetismo – estudo e imitação das melhores ideias da natureza para ajudar a resolver os desafios humanos: a ciência inspirada na natureza que costuma inspirar muito no design de artigos da moda. De outro lado, mudanças no comportamento do consumidor também auxiliam nessa demanda, por meio da exposição de opiniões em mídias sociais, apoiando o consumo consciente. A crescente venda pela internet - o ecommerce -, também surge como um exemplo de ideias estimuladas pelo consumidor na busca de novas formas de consumir, de qualificar e mudar a relação com o produto. O que podemos enxergar nisso tudo é que há uma tendência de que o pensamento sistêmico com vistas a sustentabilidade se torne parte integrante de todo e qualquer processo no mundo da moda. Quem disser que ser sustentável não está na moda, literalmente não está na moda também...
*Roberta Valença é CEO da Arator, companhia especializada em projetos completos de sustentabilidade com inovação. rvalencca@gmail.com
10
julho2015
açãosustentável magazine
jul h o2015
11
ÉTICA AMBIENTAL
açãosustentável magazine
A crise hídrica na visão de um especialista O Brasil, que sempre teve muita água está literalmente nadando na seca Por Gelma Reis*
Uma solução recente e que vem sendo apontada como o futuro para o próprio abastecimento, é a utilização das reservas do Aquífero Guarani. Isso é viável no momento? Como poderia ser feito, já que ele ocupa o subsolo de quatro países diferentes? É viável, mas é caro. Não é a única alternativa, mas diante da situação, principalmente em São Paulo, levanta-se a viabilidade de exploração. Está cada dia mais difícil a reposição dos nossos mananciais, como o do sistema Cantareira, e no Rio de Janeiro o quadro não é diferente. Pode ser a única possibilidade no futuro, mas ainda é muito caro. O direito de uso de cada um dos países sobre o Aquífero Guarani é independente. Inclusive há cidades, como São Paulo e algumas do interior paulista que já fazem uso do Aquífero Guarani, embora sejam uma minoria. As capitais vão poder explorar mais efetivamente porque têm recursos e estrutura para isso. Mas o interior, e outros estados, como Minas Gerais, principalmente, e municípios mais pobres, com certeza não terão recursos para utilizar as reservas do aquífero. Mas se for a única possibilidade no futuro, não vai ter jeito. Aí, sim, o governo federal vai ter que fazer uma intervenção para viabilizar a distribuição de suas águas, pelo menos das regiões limítrofes ao aquífero. A divisão entre os países não chega a ser um empecilho, mas sim a questão da viabilidade econômica, porque de todas as alternativas essa é uma das mais caras. É preciso expandir outras matrizes energéticas. Infelizmente, a legislação brasileira privilegia o modelo de grandes hidrelétricas, que contam com benefícios concedidos pelo governo federal. No nordeste há a exploração das usinas eólicas, um exemplo de que é possível investir, embora a rede elétrica de distribuição não tenha sido instalada em várias dessas usinas. O projeto de angra 3 ainda vai ser aprovado e é provável que venha a ser difundido. Existe uma discussão ambiental forte em cima disso, que é uma realidade em vários outros países, que utilizam como fonte energética a matriz nuclear. Não adianta falar que tem que chover mais 50% do que está chovendo agora, já que o problema não é pontual. Esse nível só vai ser recuperado ao longo dos anos, se as chuvas voltarem com a regularidade que eram anteriormente, em outros ciclos. A gente não aprendeu a fazer uso sustentável desses recursos hídricos. Há
ainda outra questão a ser mais debatida e desenvolvida que é a legislação sobre o reuso. O Brasil não tem uma legislação específica. Recentemente foi aprovada em São Paulo uma legislação que trata da reutilização da água do esgoto, o que mostra o quanto ainda temos a evoluir nesse sentido. Precisamos urgentemente reaprender a usar a água com sustentabilidade. Temos que implementar métodos de reutilização da água já que pelas características, no Brasil, a dessalinização não é uma opção. Alguns países são abastecidos por água salgada submetida a tratamento, mas é um processo muito caro, e ainda temos a cultura de esperar São Pedro para resolver todos os problemas. O Brasil, que sempre teve muita água, está literalmente nadando na seca. Estas contenções (nos reservatórios) que estão sendo feitas são uma solução. Os mecanismos que estão sendo criados de controle também são fundamentais. Tem muito desperdício de água ao longo da infraestrutura de distribuição. A CEDAE registra perda de 30% a 40 % ao longo da tubulação que distribui a água. A SABESP (Companhia que controla o abastecimento em São Paulo) que tem uma das melhores estruturas o país, perde de 20% a 30% da água tratada. Para que a gente tenha uma reposição gradual dos mananciais, das nossas nascentes, dos rios e os rios contaminados é imprescindível disciplinar o uso da água, já que se trata não só da diminuição da quantidade, mas da qualidade da água disponível. Isso torna cada vez mais caro o tratamento e leva a uma condição onde há uma redução drástica do potencial hídrico do país de uma forma geral. No momento só as capitais que estão com problemas é que estão discutindo o assunto, mas em nível nacional o debate não avança. O arraste (carreamento de poluentes das lagoas e rios para o oceano) acontece sempre que o volume de chuvas é mais intenso. O aumento do fluxo dos rios que alimentam as lagoas e os canais vai direto para o mar o que acaba removendo e arrastando o fundo desses canais. O projeto das Olimpíadas e de despoluição da Lagoa da Barra é outra questão importante. O que de fato está sendo feito é o projeto de limpeza dos canais que abastecem as Lagoas, com alguns rios que já foram dragados e outros com dragagem em curso. A expectativa é que se consiga fazer a limpeza e a retirada dos esgotos que abastecem esses canais, para diminuir o assoreamento, e o despejo de esgoto in natura no oceano.
* Gelma Reis é Engenheiro Químico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorado pela PEQ/COPPE/UFRJ na área de Tecnologia Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui larga experiência na área de gestão ambiental, tratamento e disposição final de resíduos e efluentes. Atualmente é diretor técnico na empresa Ética Ambiental, especializada no desenvolvimento de projetos para tratamento de resíduos sólidos urbanos e industriais, efluentes líquidos e reuso de água.
12
julho2015
imóveis
açãosustentável magazine
Cuidados que os empresários devem ter na locação de galpões Por Cristina Figueiredo*
Nos últimos anos, o Brasil tem visto o crescimento de problemas enfrentados pelas empresas, especialmente em relação à estocagem e distribuição de produtos. Nesse sentido, os condomínios logísticos despontam como a solução para esses e outros problemas, graças a todo o planejamento que envolve sua construção. A grande vantagem nesse tipo de investimento é que o locador poderá contar com uma estrutura moderna, segura, localizada em uma área estratégica e capaz de atender todas as suas necessidades em um curto prazo e sem muita burocracia. Na hora de escolher um galpão, alguns fatores são fundamentais: Qual é a sua demanda? Qual a melhor localização? Qual a infraestrutura necessária (pé direito do galpão, resistência do piso, quantas docas, se há necessidade de cross-docking, entre outras necessidades específicas de cada empresa), Serviços adicionais (guarita 24h, sistema interno de segurança, restaurante). Além de ter todo cuidado para se certificar que o condomínio logístico atende às necessidades da empresa, é fundamental verificar se possui valores ecologicamente corretos e práticas sustentáveis. Se há um planejamento global de urbanização, como iluminação, tratamento de esgoto, pavimentação. Se existe projeto preventivo contra incêndio, se possui habite-se e atestado de vistoria para funcionamento. Se possui um Relatório EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança). A avaliação de impacto de vizinhança é uma exigência do Estatuto da Cidade configurando-se como um instrumento de avaliação de impactos ambientais urbanos na implantação de novos empreendimentos e atividades. Por fim, vale ressaltar os tipos de produtos e resíduos que mais causam danos aos trabalhadores das indústrias, à saúde da população e grave impacto ao meio ambiente para uma reflexão de todos os envolvidos no processo, a fim de que tenhamos um maior cuidado com os trabalhadores, com a população do entorno e com o meio ambiente: resíduos sólidos, resíduos eletroeletrônicos, produtos inflamáveis e os que podem trazer riscos químicos e ambientais. Imprescindível lembrar que cada um de nós é responsável por seus atos e as consequências deles, de forma direta e indireta. Sejamos todos capazes de cuidar do nosso próximo, de nós mesmos, da nossa cidade, do nosso Estado, do nosso país e, dessa forma, contribuir para que o nosso planeta seja um bom lugar para se viver para a nossa geração e para as futuras.
* Cristina Figueiredo possui 23 anos de experiência nas áreas de turismo e imóveis. É bacharel em Turismo pela Universidade Estácio de Sá, especialista em administração de hotéis pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e possui habilitação e experiência na avaliação judicial de imóveis e registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI). Atualmente, é diretora da Rio Imóveis Prime.
jul h o2015
13
PENSANDO VERDE
açãosustentável magazine
ÁGUA BRASIL LANÇA
ANIMAÇÃO SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS
Com foco em Educação Ambiental, programa explica o ciclo de vida dos produtos que consumimos e descartamos. Também ensina como cada pessoa pode reduzir seu impacto ambiental
Água Brasil no meio urbano
ASSISTA
!
O vídeo está disponível no canal do Programa Água Brasil no Youtube: http://goo.gl/PwvMPR
E
m tempos de discussão e definições sobre a Política Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos, o Programa Água Brasil encontrou uma nova for ma de abordar o tema: envolvendo a sociedade para gerar conscientização sobre a destinação do lixo produzido por cada pessoa. Por meio de uma animação em vídeo, o Programa explica o ciclo de vida dos produtos que consumimos e descar tamos, os chamados resíduos sólidos, e ensina como cada pessoa pode reduzir seu impacto ambiental por meio de ações como a coleta seletiva. Outro objetivo do vídeo é ressaltar e valorizar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis, que ainda é pouco reconhecido, e abordar a questão da gestão
14
julho2015
de resíduos sólidos no meio urbano. O ‘Água Brasil’ trabalha em quatro cidades com ações de educação ambiental, estr uturação da cadeia de reciclagem, planos de gestão de resíduos sólidos e, principalmente, apoiando cooperativas de catadores de materiais recicláveis. “Acreditamos que o per sonagem principal dessa história é o catador, mas também queremos munir a sociedade de conhecimento sobre todo o processo do lixo para que cada um possa fazer sua par te e colaborar para que a reciclagem no Brasil seja cada vez mais eficiente”, diz Mariana Valente, Coordenadora do Programa de Educação para Sociedades Sustentáveis.
A atuação do Programa no meio urbano tem o objetivo de estimular a mudança de comportamento e valores em relação à produção e destino dos resíduos sólidos. A intenção é diminuir a pressão sobre os recursos hídricos e incentivar a estruturação da cadeia da reciclagem, com a inclusão de catadores. Para a implementação dessa estratégia, foram selecionadas cinco cidades piloto, de forma a contemplar as cinco regiões geográficas do país e de diferentes portes para que as ações sejam replicadas em outros municípios brasileiros no futuro. Como critérios para seleção das cidades, além dos expostos acima, foram considerados: existência de trabalho ou de ações das parcerias relacionadas à gestão de resíduos sólidos (cooperativas, centros de reciclagem, etc); sinergia com investimentos das instituições parceiras; diferentes escalas de produção de lixo e compromisso do poder municipal com a questão de resíduos sólidos. Alinhado a esse objetivo, o ‘Água Brasil’ atua diretamente na implementação da agenda da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) nas cidades selecionadas, que são: Pirenópolis (Região CentroOeste), com 23 mil habitantes; Caxias do Sul (Região Sul), com 435 mil habitantes; Rio Branco (Região Norte), com 320 mil habitantes e Natal (Região Nordeste), onde vivem 785 mil pessoas.
açãosustentável magazine
Adolescentes desenvolvem aplicativo web para combater o
desperdício de água
D
ados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que, se até 2030 as pessoas não mudarem seus hábitos, quase metade da população mundial terá problemas de abastecimento de água. Com a intenção de alertar os cidadãos sobre a gravidade do problema, o estudante Victor Capilé, de 16 anos, e seus colegas de classe do 2º ano do ensino médio da Escola Garriga de Menezes, no Rio de Janeiro (RJ), criaram um aplicativo web batizado de iWater. O programa calcula o gasto de água em atividades do dia a dia como, por exemplo, abrir uma bica, um banho demorado ou uma lavagem de carro com uma mangueira. “Ao clicar em ‘Novo Consumo’, o usuário tem a possibilidade de escolher o tipo de gasto (banho, escovar os dentes, beber água) e o tempo de duração do evento”, explica Victor. “Também há a possibilidade de escolher a data do evento, e, a partir daí, criar uma tabela de gastos diários que se encontra na aba Histórico”, completa. “Para ilustrar, usamos o desenho de uma pessoa e o nível de água utilizado por ela. Quanto mais próximo o consumo chega de sua cabeça, o aspecto do gráfico modifica, dando a impressão de ‘afogamento’, ou seja, mostrando seu o nível de desperdício. Desse modo, o usuário pode regular o tempo em que deixa sua torneira ou o seu chuveiro aberto, por exemplo”, explica. A ideia do projeto surgiu durante a feira de ciências da Escola Garriga de Menezes em 2013, quando o tema era a água e, a partir daí, Victor e seus colegas de turma começaram a desenvolver o aplicativo web. Ele explica que para utilizá-lo é necessário apenas se conectar à internet. “Pretendo aprimorá-lo com novas informações e curiosidades para ajudar, cada vez mais, as pessoas a combaterem o desperdício de água”.
link do aplicativo web:
iwater.capile.net
Victor Capilé, 16 ANOS
“Na aba Curiosidades, o usuário tem informações sobre o desperdício de água no mundo. E numa outra parte do aplicativo web, chamada Gráficos, são apresentados dados de consumo”
jul h o2015
15
PENSANDO VERDE
açãosustentável magazine
ONU elege aplicativo criado pela agência brasileira Tboom como o melhor de meio ambiente do mundo SAP – Sistema Ambiental Paulista divulga informações sobre a qualidade do ar e das praias, rotas de parques urbanos e pontos de coleta de óleo de cozinha em São Paulo
A
agência de comunicação Tboom recebeu o título de Melhor Aplicativo de Meio Ambiente do Mundo, da Organização das Nações Unidas (ONU), pela criação da plataforma móvel SAP - Sistema Ambiental Paulista. A empresa desenvolvedora concorreu com 20 mil projetos de 170 países no World Summit Award (WSA) Mobile, congresso global que destaca os conteúdos mais inovadores para dispositivos móveis, surgido em 2002, no âmbito dos preparativos da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI) da ONU. O aplicativo tem por objetivo informar e aproximar os cidadãos de São Paulo aos diversos serviços oferecidos pela Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado. Os usuários podem acompanhar as principais notícias da área que foram publicadas no portal e redes sociais do órgão público. É possível checar a qualidade do ar e a balneabilidade das praias em tempo real, com dados atualizados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), bem como localizar e traçar rotas de parques estaduais e urbanos, com auxílio de mapas e fotos. Os paulistas e turistas poderão mapear pontos de coleta de óleo de cozinha para reciclagem, por meio de parceria com o programa Óleo Sustentável, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE). O grande diferencial do SAP é “democratizar informações sobre a qualidade do ar e balneabilidade das praias em tempo real aos 44 milhões de paulistas, acessível de qualquer lugar, tornando-as inclusive uma solução para questões de saúde pública”, explica Leandro Ogalha, diretor de estratégia da agência Tboom, orgulhoso com o prêmio. “Estar no topo deste que é considerado o Oscar dos conteúdos móveis é sinal de que estamos no caminho certo”, completa o executivo.
16
julho2015
A plataforma móvel SAP - Sistema Ambiental Paulista foi eleita o Melhor Aplicativo de Meio Ambiente do Mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU), dentre 20 mil projetos de 170 países. Desenvolvido pela agência Tboom para a Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, o app divulga informações em tempo real sobre a qualidade do ar e das praias, rotas de parques urbanos e pontos de coleta de óleo de cozinha em São Paulo. O aplicativo SAP é gratuito, dispensa cadastro prévio e está disponível nos sistemas Android, iOS e Windows Phone.
Sobre o Prêmio WSA
O WSA é uma premiação global que avalia e estimula a criação de conteúdos digitais inovadores no âmbito social, reconhecendo os projetos de maior relevância dentro do contexto no qual estão inseridos, bem como a contribuição, inclusão e acessibilidade digitais. O evento premiou as melhores ideias em m-Environment & Health, m-Learning & Education, m-Entertainment & Lifestyle, m-Tourism & Culture, m-Media & News, m-Business & Commerce e m-Inclusion & Empowerment.
Você sabia que o seu Website contribui para a poluição do planeta? açãosustentável magazine
10.000 pageviews equivalem PENSANDO VERDE a 7 kg de CO2 na Atmosfera. A geração de energia elétrica, consumida em grande volume pelos servidores de websites, é um dos principais agentes poluentes do Planeta. Para resolver esse problema o Selo de Certicação GreenClick converte audiência de websites em árvores plantadas para neutralizar a emissão de gás carbônico provocada pelos servidores.
Acesse o site da GreenClick e calcule quantas árvores são necessárias para transformar o seu site de agente poluidor em amigo do Meio Ambiente.
Acesse
Calcule
Neutralize
greenclick.com.br
jul h o2015
17
CAPA
açãosustentável magazine
Juliana Guimarães e Fernando Santiago Foto | Alessandro Dias
EMPRESAS TAMBÉM TÊM RESPONSABILIDADE PARA CONTER A
CRISE HÍDRICA
Veja alguns exemplos de ações que contribuem para o melhor aproveitamento da água
18
julho2015
açãosustentável magazine
O
uso consciente da água tem sido tema de debate nas residências brasileiras. Com a crise hídrica instalada a níveis alarmantes em diversos estados, as famílias têm procurado cada vez mais soluções para combater o desperdício. Mas o problema não é só doméstico. Economizar o bem precioso que a natureza nos oferece também é tarefa do meio corporativo. Fernando Santiago, consultor de negócios e diretor do 4Legal Coworking em Brasília, explica que empresários e organizações também possuem responsabilidades cumprir sobre a conscientização da água. “A melhor forma de descobrir onde estão os erros é observar as práticas diárias de consumo. Sob um olhar mais atento, muitos erros poderão ser identificados e, a partir desse ponto, uma campanha de conscientização pode – e deve – ser lançada dentro da empresa”, explica Fernando. O especialista conta que as mudanças progressivas de hábitos trarão benefícios significativos a curto, médio e longo prazo, e contratar o serviço de um profissional especializado costuma ser indicado para a realização de um diagnóstico mais preciso e de mudanças mais efetivas. “Faça a leitura semanal ou quinzenal dos hidrômetros. Essa prática bastante simples pode auxiliar a detectar a elevação anormal do consumo. Caso haja suspeita de vazamento, deve-se contratar um profissional capacitado que, com o uso de aparelhos, poderá detectar qualquer anormalidade, desde a rede até a caixa d’água”, sugere o diretor do 4Legal Coworking. Fernando menciona outras maneiras de desperdiçar água, como a pressão de torneiras, por exemplo. “O simples fato de a água espirrar na pia quando se lava as mãos, consume um volume a mais desse recurso e, no final do mês, reflete em um gasto bastante elevado”. Para resolver esse problema, ele diz que basta a colocação de redutores de vazão nas torneiras. Isso deve deixar a água mais aerada e, assim, diminuir a pressão e evitar que a água espirre desnecessariamente. Algumas alternativas imediatas para economizar água também são necessárias, como avisos de conscientização nos banheiros. “Apesar de ser a solução mais fácil de ser aplicada na teoria, é difícil de ser colocada em prática porque mexe diretamente na rotina das pessoas e na forma de operação das empresas. Existe também a falta de vontade das pessoas. A falta de incentivo e o desconhecimento são os principais obstáculos no caminho dessa solução”, ressalta.
INCENTIVO: ATENÇÃO AO DESPERDÍCIO DE ÁGUA, CONSUMO DE ENERGIA (AR CONDICIONADO E LÂMPADAS INDIVIDUAIS) E ATÉ MESMO A FAXINA SÃO PREOCUPAÇÕES DA EMPRESA
Na prática
Juliana Guimarães, também diretora do 4Legal, conta que no escritório de coworking foram adotadas diversas medidas que têm surtido efeito. “Fizemos uma campanha para que cada coworker escolhesse um copo para água por dia, e assim evitar lavagem de copos em excesso. Os banheiros estão sendo limpos com materiais de limpeza diariamente e são lavados com água reutilizada das lavagens dos utensílios de cozinha duas vezes por semana. Já a faxina completa, que era realizada diariamente, agora é realizada duas vezes por semana”, pontua Juliana. “Apesar da crise ser hídrica, as pessoas esquecem que o consumo de energia elétrica corrobora com o aumento do consumo de água. Por isso, nós incentivamos os coworkers a usarem metade das lâmpadas do escritório. Com isso, alguns foram mais radicais e ficam o dia todo com as lâmpadas desligadas, usando apenas as luzes gerais e não as individuais”, conta a diretora de marketing do 4Legal. “Agora também evitamos ligar todos os aparelhos de ar condicionado e até o aspirador de pó”.
estimulou os gestores da subsidiária brasileira da companhia a buscar soluções para, em tempos de crise hídrica, diminuir o consumo e o desperdício, sem prejudicar o processo produtivo. Visando reduções no consumo de água, a empresa realizou algumas medidas em busca da melhor performance do sistema de tratamento de água. Juntas, estas ações possibilitaram reduzir em 43% o consumo e em 80% o desperdício de água na unidade. Antes das mudanças, 478 mil litros de água eram descartados por mês na fábrica. Depois, o descarte caiu para 91 mil litros de água/mês. Isso significa uma economia mensal de cerca de R$ 6 mil na conta de água da unidade.
Na indústria
Na bioMérieux, empresa francesa líder mundial em microbiologia e diagnóstico in vitro, produziu em sua fábrica no Rio de Janeiro, diariamente são consumidos 3,5 mil litros de água na produção das placas de meio de cultura, o que
jul h o2015
19
CAPA
Uma das iniciativas foi a substituição do encanamento de ferro pelo PVC industrial, muito mais resistente e econômico. Outra ação foi a revitalização da rede do sistema de pré-tratamento osmose reversa duplo passe, tornando o sistema mais automatizado e recuperando a água que antes era descartada. A osmose reversa duplo passe, muito difundida na indústria, consiste em separar, utilizandose uma membrana semi-permeável, substâncias com diferentes potenciais químicos, que sofrem pressão hidráulica para difusão pela membrana até que uma das reservas alcance o ponto de equilíbrio necessário. Neste caso, até que a água recupere as características que possibilitem ser reaproveitada na produção. Além disso, a empresa adotou outras “iniciativas verdes”. Todo papel utilizado pela bioMérieux no Brasil é proveniente do bagaço de cana-de-açúcar, processo que não envolve árvores ou outras fibras virgens, como comumente se observa. A empresa também criou um Comitê para o Desenvolvimento Sustentável, que desenvolveu e aprovou um plano de ação ambiental, chamado “bioMérieux Goes Green”, com objetivos em cinco importantes áreas: energia, água, papel, resíduos e emissões. A bioMérieux Brasil vem cumprindo seu papel de forma destacada com diversas ações importantes. Tanto que em Julho de 2011 obteve a certificação ambiental ISO 14001. Em 2009, a bioMérieux estabeleceu parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica – Projeto Floresta do Futuro – para o plantio de 15 mil árvores em área de Mata Atlântica. Para receber essas árvores, foi escolhida a Reserva Ecológica de Guapiaçu, a 80 km da cidade do Rio de Janeiro.
Ramo Hoteleiro
Adotar iniciativas que visam cada vez mais à economia de água e luz e assim contribuir para evitar uma possível crise de racionamento. Com esse objetivo, a Rede Promenade tem investido em alternativas e até mesmo revisto seus processos de gestão operacional. Com 19 hotéis nos estados de Minas Gerais e no Rio de Janeiro, a Promenade é uma administradora hoteleira que cada vez mais tem buscado iniciativas sustentáveis junto aos parceiros, principalmente construtoras e fornecedores, para poder contribuir com o meio ambiente e ainda di-
20
julho2015
açãosustentável magazine
minuir os custos da administração com a redução das contas de água e também de luz. “É necessário entender a sustentabilidade não como uma obrigação, mas como uma parte indissociável as nossas ações diárias. O objetivo é atender as necessidades do presente sem comprometer o futuro”, explica a superintendente da Rede em Minas, Kelly Souza. No Promenade Visconti, em Ipanema (RJ), as torneiras dos banheiros e das áreas comuns foram substituídas por novas com o temporizador, o que gerou uma redução de aproximadamente 50% no valor da conta, além da diminuição, em quatro vezes, do número de lavagem da calçada e de outras áreas, que foram substituídas por varrição. Em Belo Horizonte, o Promenade Golden implantou um sistema que capta a água da chuva e a reutiliza para a irrigação do jardim, o uso de temporizador nas torneiras dos vestiários dos colaboradores e dos banheiros sociais, o redutor de volume de água nas duchas higiênicas, a utilização de lâmpadas de LED e também de sensores de presença nas áreas comuns para acionamento da luz. Segundo a gerente assistente, Sabrina Zebra, as iniciativas adotadas inclusive já trouxeram um
impacto positivo com a redução no consumo de energia e também nas contas de água. “Desde novembro tivemos a redução do consumo de luz em 20% e de 21% do volume de água consumida”, destaca. Outra iniciativa já adotada em todos os hotéis da Rede, mesmo antes da crise hídrica, e que foi reforçada nesse momento é a sensibilização dos hóspedes e dos colaboradores para a troca de roupa de cama e das toalhas a cada dois dias e não diariamente. Para isso, foi intensificado o treinamento junto à equipe de recepção para que, no momento do check in, o hóspede seja convidado a participar dessa economia. “Já tínhamos essa política, no entanto, muito dos nossos hóspedes não a conhecia ou não lia o folheto deixado nos quartos. Com a abordagem direta no momento do check in, alertamos nosso hóspede para essa prática e o convidamos, diretamente, para ser agente dessa mudança. Além disso, reforçamos essa prática junto à equipe de camareiras que também são fundamentais nesse processo”, explica Sabrina. Segundo dados do setor, 87% dos hoteleiros querem adotar práticas sustentáveis, 56% possuem um plano de desenvolvimento sustentável e 79% dos viajantes consideram a sustentabilidade
CAPA
açãosustentável magazine
importante. No Brasil,essa porcentagem chega a 91%. Para saber mais sobre a Promenade acesse www.promenade.com.br
“Transborde Atitudes”
Unir forças para provocar mudança de hábito por meio de ideias criativas, esse é o objetivo do projeto ‘Transborde Atitudes’, lançado pela empresa Sodexo Benefícios e Incentivos. Para ir muito além das mudanças na própria sede, a campanha foi oferecida sem custos para ser utilizada pelos 70 mil clientes da empresa no País. Tanto o projeto como as peças da campanha foram fornecidos gratuitamente para utilização dos clientes. “Desenvolvemos ferramentas que podem ser facilmente utilizadas por pequenas ou médias empresas, que muitas vezes não possuem estruturas de Comunicação e Sustentabilidade para desenvolver um projeto e criar peças”, afirma a gerente de Produto da Sodexo Benefícios e Incentivos, Luciana Aoki. Para cumprir também com o “dever de casa”, Luciana explica que a iniciativa incluiu a instalação de medidores de água e de luz individuais nos andares da sede da companhia, que fica em
Alphaville, em São Paulo. Os equipamentos permitem identificar o grupo de funcionários que mais contribui com a redução do consumo. Além disso, garrafas plásticas com água, que são diariamente utilizadas em diversas reuniões, foram substituídas por jarras. Dessa forma, além de poupar o recurso hídrico, a empresa pretende também reduzir consideravelmente o descarte de embalagens plásticas. Os funcionários do andar que, ao final da campanha, registrar menor índice de consumo de água e de energia vão receber um cartão Sodexo Premium Pass, no valor de R$ 100,00. Já nas filiais da empresa, que não estão em unidades próprias, mas ocupam escritórios em
vários estados, os funcionários são motivados a enviar sugestões de ideias para redução de consumo. O autor da melhor ideia implantada e com a comprovação de maior redução de consumo será premiado com R$ 700,00 de crédito em um cartão Premium Pass. Sodexo Benefícios e Incentivos - É a empresa do grupo francês Sodexo, líder mundial em Serviços para qualidade de vida. Tem em sua missão desenhar, gerenciar e entregar soluções para empresas de todos os portes, segmentos e regiões do Brasil com o objetivo de melhorar a qualidade de vida diária das pessoas e contribuir para o desenvolvimento econômico, social e ambiental das cidades, regiões e países em que atua. jul h o2015
21
CAPA
açãosustentável magazine
RECURSO DE ÁGUA
Fábrica sustentável em São Paulo capta mais de 10 mil litros de água da chuva por mês e tem economia de 20% na conta Em 11 meses foram economizados 120 mil litros de água A crise hídrica no estado de São Paulo dos últimos 12 meses mudou a rotina de muitas empresas e consumidores. Prevendo a situação, a NSA Pneutec, reformadora de pneus com mais de 60 anos no Brasil, mudou seus processos internos para reduzir o consumo. Nos últimos anos, a empresa projetou uma nova fábrica com alto desempenho sustentável e, em 11 meses, economizou 120 mil litros de água. Por meio de uma nova tecnologia que capta a água da chuva e gera água de reuso dos processos internos, a fábrica deteve 10 mil litros por mês e chegou a uma economia de 20% no valor da conta mensal. O procedimento adotado capta e purifica a água da chuva, retirando diversos tipos de resíduos e adicionando cloro para manter o conteúdo em boas condições de uso. Após essas etapas, a água é armazenada em uma cisterna e reutilizada em diversas atividades da empresa. Para tornar o processo viável, a empresa mapeou toda a fábrica e distribuiu diferentes pontos para o uso em descargas de vasos sanitários, lavagem de pátios e jardins da empresa, lavagem de carros, e a utilização
22
julho2015
no resfriamento de caldeiras. “O resultado deste projeto aparece tanto no dia a dia dos funcionários como nos processos industriais. O nosso trabalho torna-se um meio de conscientização para os nossos colaboradores e essa atitude faz com que eles levem a mesma ideia para suas famílias. Dessa forma, percebemos que nosso trabalho não está sendo em vão”, afirma o gestor de qualidade da NSA Pneutec, Lídio Cavalcante. Como as chuvas estão ocorrendo em quantidade reduzida, se comparada aos anos anteriores - o que diminui o conteúdo total da cisterna, a NSA Pneutec adotou diferentes processos ambientais relacionados à água como: Estação de tratamento do esgoto; Reaproveitamento do calor da água das caldeiras para os chuveiros; Redução na geração de lixo; Utilização de gerador de energia em horários de pico; Ecoponto: coleta de pneus inservíveis; Telhas prismáticas translúcidas.
O novo procedimento mudou a rotina da empresa, que prezou em aliar a reforma de pneus, que já é um processo de reciclagem, à sustentabilidade e economia. “Seguindo a tendência mundial, algo só é sustentável quando a ecologia traz economia. Resolvemos fechar um ciclo completo, pois, além do nosso principal produto ser a recapagem, a fábrica tem alto desempenho ecológico e gera economia dos dois lados, tanto o financeiro como o da água”, afirma o diretor comercial da NSA Pneutec, Giulio Cesar Claro. Sobre a NSA Pneutec - Fundada em 1995, a NSA é uma empresa especializada em recapagem, remoldagem e serviços em pneus, tendo como antecessora a Pneus Brascap, na qual lhe respalda mais de meio século de experiência no segmento de pneus. Para assegurar a qualidade, padronização e o bom desempenho dos produtos e serviços do Grupo, a NSA Pneutec é certificada NBR ISO 9001| 2008 e registrada no INMETRO, que abrange selo de conformidade para pneus de automóveis, caminhonetas, caminhonetes e seus rebocados, além de pneus de carga. www. nsapneus.com.br
PERFIL
açãosustentável magazine
ingrid soto Ingrid Soto sempre soube da importância em preservar o Meio Ambiente e compreendeu as consequências que a poluição traz a nossa saúde.
D
iagnosticada no primeiro ano de vida com Urticária pigmentosa, sua família seguiu conselhos médicos e mudou para o interior de São Paulo. Na nova cidade ela foi matriculada em uma escola/ fazenda localizada na região da Serra da Cantareira. Nessa escola todos os alunos convivem com a natureza e aprendem a respeitar os animais que vivem todos soltos. Durante as aulas era comum ter a presença de um pavão e na hora do recreio os alunos tinham que aprender a driblar e esconder seu lanche dos bodes que pastavam pelo local. Nesse ambiente longe da poluição, Ingrid conseguiu abandonar os remédios. Em sua casa já era comum captar água pluvial antes mesmo de existir qualquer notícia sobre o período de seca que vieram com o passar dos anos. No entanto, anos depois, sua família precisou voltar a morar na capital e Ingrid imediatamente voltou a precisar tomar os remédios antialérgicos por causa da
compositora, poeta, cantora e pacifista ambiental
poluição da atmosfera. Foi uma difícil a adaptação de Ingrid em sua nova escola, que mantinha alguns pequenos animais em gaiolas. Em apenas duas semanas, Ingrid conseguiu convencer todos seus colegas que aqueles animaizinhos precisam viver livremente e sem ninguém perceber abria as gaiolas e soltava todos os animaizinhos. Resultado, na terceira semana na nova escola a direção chamou sua mãe para uma reunião, explicando sobre como a Ingrid estava revolucionando todos da sala de aula. Então foi necessário mudar de escola por que mesmo tendo na época apenas 07 anos ela não ficava confortável com impactos ambientais. Com o passar dos anos, Ingrid voltou a morar no interior e aos 10 anos escreveu à ONU, enviando uma música de sua composição, que se chama “Paz & União”, se oferecendo para ajudar os adultos a resolverem os problemas do mundo e proteger o Meio Ambiente. Também solicitou uma cadeira na Cúpula da ONU. A ONU se interessou pelo perfil de Ingrid e a convidou para uma entrevista e participação em diversos debates mundiais com jovens, via internet. Desde então, Ingrid participou ativamente de diversos grandes eventos em prol da preservação ambiental: Rio+20 (Cúpula dos Povos), My World agenda pós 2015 (debates, divulgação), Conexões Globais, Festival mundial da paz.
na imprensa
Outras ações de Ingrid - Sempre pensando em despertar nas pessoas a importância de preservar o Meio ambiente, solicitou ao prefeito da cidade de Valinhos, onde reside atualmente, para inscrever a cidade na Hora do planeta anualmente. - Desde seus 11 anos Ingrid realiza uma campanha anual, coletando doações de brinquedos e livros usados em bom estado (mostrando a importância de reutilizar) em prol de crianças em condição de refugiadas, vindas de países em conflito e que chegam na cidade de SP e RJ. - Participou do Festival Mundial Master Peace (Holanda), sendo a única brasileira pacifista a representar o Brasil e ficou entre os top 20 de música pacifista do mundo. De forma independente, leva sempre música e solidariedade sem fronteiras, unindo os povos. - Em Novembro de 2014, foi convidada pela ONU Mulheres a representar todas as adolescentes e jovens no debate Pequim+20, que, em comemoração aos 20 anos da convenção internacional Direito das Mulheres, teve como tema “Direito das meninas”. - Hoje, aos 13 anos, Ingrid sempre nos alerta quando a radiação solar está acima do normal, pois o efeito colateral aparece imediatamente em sua pele. A intenção é que as pessoas tomem consciência dos impactos que o aquecimento global traz aos seres humanos.
SAIBA MAIS
!
Ingrid Soto possui página no Facebook para apresentar sua trajetória por um mundo melhor. Confira: https://pt-br. facebook.com/IngridSotoOficial
jul h o2015
23
ECONOMIA VERDE
açãosustentável magazine
GREENCLICK COMEMORA a neutralização de três toneladas de CO2
Empresa de certificação socioambiental possui uma área equivalente a três campos de futebol para plantar árvores
E
m seu primeiro ano de atividade, a GreenClick, empresa de certificação socioambiental, conseguiu neutralizar três toneladas de CO2 provenientes de quatro milhões de pageviews dos sites de seus parceiros. Atualmente, cerca de 70 corporações já aderiram ao selo para compensar a emissão de dióxido de carbono dos seus sites. Até o momento, a companhia realizou o plantio de 400 árvores por meio de instituições de reflorestamento credenciadas. Para isso, conta com três hectares para abrigar as mudas – dois no Paraná e outro em São Carlos, no interior de São Paulo. A área é equivalente a três campos de futebol. O objetivo do selo GreenClick é reduzir o impacto de CO2 dos datacenters que mantêm uma página na internet. O número de visitas (pageviews) é convertido em árvores plantadas e a certificação fica publicada no site do parceiro com informações sobre o plantio, fotos das mudas e a quantidade (em quilo) de gás carbônico neutralizado visíveis a qualquer tempo.
24
julho2015
“O nosso objetivo é expandir esse projeto de sustentabilidade para que faça real diferença na sociedade. Reduzir o impacto ambiental que o mercado tecnológico tem atualmente é o primeiro ponto para isso e queremos engajar cada vez mais empresários a fazer parte desse movimento”, confirma Flávia Pini, diretora de marketing da GreenClick.
A GreenClick, empresa responsável pela emissão de selo sustentável para websites acaba de somar 4 milhões de pageviews em árvores plantadas. A GreenClick planta árvores de acordo com o número de acessos a portais de empresas como o Grupo BRF, entre muitas outras. Pela parceria com a Iniciativa Verde, já foram plantadas 400 árvores, número necessário para substituir/amenizar os 400 milhões de acessos à Internet já feitos pelo público das companhias que possuem o selo. As mudas estão plantadas em Apucarana – PR e São Carlos, Interior de SP.
Sobre a GreenClick
A GreenClick é uma empresa que contribui para o desenvolvimento socioambiental do país por meio do selo de certificação sustentável para websites. A empresa tem por objetivo converter a audiência de websites em árvores plantadas para neutralizar a emissão de gás carbônico gerado pelo consumo de energia dos servidores. A parceria com a OSCIP Iniciativa Verde garante o plantio das árvores em locais de reflorestamento e parte do financiamento da renda de trabalhadores rurais do interior de São Paulo.
www.greenclick.com.br
açãosustentável magazine
jul h o2015
25
açãosustentável magazine
Série fotográfica expõe devastação em áreas verdes brasileiras
“Árvores” retrata a devastação das florestas brasileiras em imagens impressionantes Série “Árvores”, do fotógrafo Sérgio Ranalli (fotojornalista da Folha de Londrina), mostra o impacto do devastamento brasileiro em imagens que não parecem reais. A solidão das árvores sobreviventes é um convite à reflexão sobre até onde vamos com o desrespeito à natureza. O fotógrafo retrata as últimas árvores que resistiram à devastação causada pelo homem em várias cidades brasileiras. As imagens são impactantes e belas. A Mirafoto transformou as fotografias em uma série pronta para compor ambientes diversos, já impressas e emolduradas.
D
esmatamento, poluição, crises no meio ambiente e desrespeito à natureza, geralmente são temas retratados de forma bruta e quase repulsiva. Mas a violência com que a humanidade trata seu planeta tem um lado poético que cria paisagens paradoxalmente belas em sua agonia. Retratar essas paisagens com a sutileza que o silêncio da ausência merece foi o trabalho do fotojornalista Sérgio Ranalli na série “Árvores”. A coleção, que faz parte do acervo Mirafoto, conta com aproximadamente 50 imagens de árvores sobreviventes à força do homem que parecem observar o vazio deixado pelas suas florestas devastadas. As fotografias enquadram o problema do desmatamento em território nacional, combinando impacto visual com conscientização. “Além do desmatamento, este trabalho escancara o problema da escassez de alimento, da falta de chuvas e até onde vamos chegar com o desrespeito à natureza”, diz Ranalli. No início, Ranalli não enxergou as fotos
26
julho2015
como uma série, pois eram fotos aéreas isoladas de trabalhos específicos. “Quando fui rever estas imagens, percebi que elas dialogavam visualmente e tinham uma linguagem suave, delicada, diferente de tantas fotos de catástrofes que vemos. Esse olhar teve um impacto positivo sobre as pessoas, que se intrigaram muito. Enquanto elas gastam mais tempo para observar as árvores e a composição da fotografia, mais elas refletem sobre o verdadeiro problema que estamos enfrentando”, afirma o fotógrafo.
Potencial
O projeto começou a ganhar forças em 2014, quando Sérgio Ranalli enviou algumas imagens da série para Rosana De Conti e Soraya Montanheiro, da Mirafoto. “Elas enxergaram um potencial nessa linguagem fotográfica e prepararam o material para venda. A resposta foi imediata e já estamos pensando em uma exposição para este ano”.
A série “Árvores” está disponível em mirafoto.com.br/author/sergio-ranalli CLSW 100, Bloco A, Lojas 19/24 Sudoeste–DF | Tel: (61) 3046-8483
açãosustentável magazine
Restaurante reutiliza óleo de cozinha na produção de sabão
Lótus Azul é um exemplo de empresa que se preocupa com o meio ambiente
O
óleo de cozinha utilizado no preparo dos pratos, no Lótus Azul, é reutilizado na produção de sabão em barra. A ação sustentável é uma ideia do sócio proprietário do restaurante de gastronomia saudável e, fisiculturista, Rodrigo Góes. Vendo a oportunidade de reaproveitar o produto, o empresário pensou em dar um destino viável a ele. Semanalmente, os funcionários recolhem todo o líquido armazenado e o transformam em barras de sabão. Após essa iniciativa, os resultados foram vistos no orçamento mensal de despesas com produtos de limpeza e da higiene do espaço. “Conheço muitas pessoas que são adeptas da prática. Eu acredito que essa seja uma contribuição direta ao meio ambiente, pois evita problemas com a rede de esgoto. A receita é muito simples e pode ser facilmente localizada na internet’’, declara Góes. Ainda de acordo com Góes, “existem estudos que apontam que a cada litro de óleo despejado nos mananciais, um milhão de litros de água são afetados’’. Serviço: Restaurante Lótus Azul CLSW 100, Bloco A, Lojas 19/24 Tel: (61) 3046-8483
Trocar as Lâmpadas pode aliviar o bolso A substituição das lâmpadas incandescentes no Brasil tem ocorrido de forma gradativa. O prazo dado pelos ministérios de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento terminará no dia 30 de julho de 2017
A
s incandescentes de 60 watts, as mais tradicionais para uso doméstico, começaram a desparecer das lojas em julho de 2014 com a proibição da fabricação. Em julho de 2015, já não será permitido oferecê-las no varejo, seguindo a norma que estipulou índices de eficiência para esses produtos. A partir de julho de 2016, não será possível comprar qualquer lâmpada incandescente, categoria mais vendida no país atualmente. Segundo a Associação da Indústria de Iluminação (Abilux), 250 milhões de unidades foram comercializadas em 2013. “As lâmpadas incandescentes têm seu consumo elevado por produzirem 95% de calor e somente 5% são convertidos em luz visível”, afirma especialista da Loja Elétrica, Marlene Macedo. Com a proibição, os modelos fluorescentes compactos e de LED deverão ser beneficiados. Entre 2012 e 2013, as vendas de lâmpadas de LED mais que duplicaram, chegando a 16,8 milhões de unidades. Segundo a Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (ABilumi), a troca de cada lâmpada fluorescente compacta reduz a conta de luz em R$ 2 por mês, em média.
Lâmpadas eletrônicas são a solução
Na Loja Elétrica, a procura por lâmpadas fluorescentes ou LED dobrou nos primeiros meses de 2015 em comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Entretanto, de acordo
A troca de cada lâmpada fluorescente compacta reduz a conta de luz em R$ 2 por mês, em média
com o consultor técnico, Herbert Abreu, a adesão às lâmpadas mais econômicas poderia ser maior, já que muitas residências ainda preferem as incandescentes. “Apesar das campanhas de conscientização, os clientes ainda resistem aos modelos mais modernos, seja pelo investimento inicial, que é mais alto, ou por hábito mesmo. Mas, no longo prazo, quem utiliza lâmpadas eletrônicas obtêm uma significativa redução na conta de luz”, afirma. Outro problema que afasta os consumidores das lâmpadas eletrônicas é a falta de padronização. No caso das de LED, por exemplo, existem dúvidas, por parte do consumidor, em relação à qualidade do produto, que tem um preço mais elevado. Isso poderá mudar a partir de julho, quando essas lâmpadas deverão conter um selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), o que deverá retirar produtos de baixa qualidade do mercado, aumentar a credibilidade e, consequentemente, estimular sua utilização. O projeto começou a ganhar forças em 2014, quando Sérgio Ranalli enviou algumas imagens da série para Rosana De Conti e Soraya Montanheiro, da Mirafoto. “Elas enxergaram um potencial nessa linguagem fotográfica e prepararam o material para venda. A resposta foi imediata e já estamos pensando em uma exposição para este ano”.
jul h o2015
27
SAÚDE
açãosustentável magazine
Pense no Meio Ambiente:
substitua a película de Raio-X pela
Material das chapas pode demorar 450 anos para se decompor na natureza. DVI Radiologia já deixou de emitir cerca de 125 mil chapas de raio-x
DIVULGAÇÃO
versão digital
Com a tecnologia, a empresa já deixou de emitir cerca de 125 mil chapas de raio-x
O
setor de saúde está passando por grandes avanços na área tecnológica e exames computadorizados estão se tornando uma alternativa sustentável, evitando a emissão de papéis e chapas (totalmente nocivas ao meio ambiente). Apesar disso, apenas 49% dos hospitais brasileiros registram dados clínicos eletronicamente, segundo pesquisa divulgada pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic). Buscando soluções para evitar o processo de gerar resultados apenas por meios físicos, a DVI Radiologia se especializou em diagnósticos virtuais, enviados por meio de sistema (site com login e senha) ou CD. A empresa, desde o início de sua operação em 2005, já deixou de emitir cerca de 125 mil chapas de raio-x. Por ano, são realizados mais de 100 mil exames digitalizados, evitando que esse montante seja emitido e descartado no meio ambiente. “As chapas tradicionais são compostas por uma lâmina plástica, produzida a partir de um ma-
28
julho2015
terial termo-sensível, que pode demorar até 450 anos para se deteriorar”, explica Hugo Rosin, sócio-diretor da DVI Radiologia. A empresa também utiliza um sistema de envio de imagens, auxiliando e agilizando o processo de leitura dos exames. “O resultado e o diagnóstico do exame ficam disponíveis online, podendo ser acessados a qualquer momento e de qualquer aparelho que esteja conectado à internet”, ressalta o executivo. Apesar disso, a impressão da película ainda é solicitada em 70% dos casos atendidos pela DVI. Para atender à demanda de pacientes e dentistas, a empresa encaminha uma película que não possui metais pesados e é totalmente reciclável.
“Consideramos importante ressaltar, informar e conscientizar nossos clientes de que, o processo digital é vantajoso não só para eles, como também para o meio ambiente”, finaliza Rosin.
EDUCAÇÃO E SEGURANÇA
açãosustentável magazine
EXEMPLO DE RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
Empresa investe mais de R$ 3 milhões em projetos sociais. Iniciativas apoiadas têm como foco educação, reciclagem e segurança
Sobre a Novelis Inc.
A
Novelis, líder mundial em laminados e em reciclagem de alumínio, investirá mais de R$ 3 milhões em iniciativas de responsabilidade social em 2015. A definição dos projetos tem como base a política de responsabilidade social da Companhia, que atua com foco em reciclagem e meio ambiente, educação e segurança. Dentre os projetos relacionados à reciclagem está o programa ‘Gestão Solidária e Crescimento Consciente’, que tem como objetivo qualificar a gestão das cooperativas de catadores de materiais recicláveis e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Em seu segundo ano, o programa irá abranger 10 cooperativas da cidade de São Paulo. Já o programa ‘Ambienta – Novelis pela Sustentabilidade’, realizado em Minas Gerais, colabora com projetos locais que abordem temas relacionados à reciclagem, segurança e ensino de ciências e matemática. Nas áreas de Educação e Meio Ambiente destacam-se o programa ‘A Sociedade do
Amanhã’, que é direcionado à capacitação de professores e tem como foco conceitos de Educação Ambiental e Sustentabilidade. O projeto existe há 15 anos em parceria com a Secretaria de Educação de Pindamonhangaba/SP e, desde então, já passou por atualizações de metodologia, se adequando às necessidades da rede e tendências de ensino. Para os alunos da rede municipal será desenvolvido o projeto ‘Heróis em Ação’, uma gincana colaborativa durante a qual os participantes vão realizar tarefas que levam, de forma lúdica, à reflexão sobre os conceitos da Sustentabilidade. No campo da Educação e do Esporte, a Novelis mais uma vez apoia o projeto ‘Formação Continuada de Professores em Educação para o Esport’e, realizado em parceria com o Instituto Esporte Educação, sob o comando da ex-atleta olímpica do vôlei, Ana Moser. A Empresa também patrocina a corrida de rua ‘Ecorun’. As ações estão diretamente relacionadas
A Novelis Inc. é líder mundial em laminados e reciclagem de alumínio. A Empresa opera em 11 países, conta com aproximadamente 10.900 profissionais e receita de US$ 10 bilhões, referente ao ano fiscal de 2014. A Novelis fornece chapas e folhas de alumínio premium para os mercados de transportes, embalagens, construção civil e eletrônicos na América do Norte, Europa, Ásia e América do Sul. A Companhia é parte do Grupo Aditya Birla, um conglomerado multinacional sediado em Mumbai, na Índia. Para mais informações, acesse novelis.com e nos acompanhe pelo Facebook, em facebook.com/NovelisInc, e pelo Twitter, em twitter.com/ Novelis.
Sobre a Novelis América do Sul No Brasil, a Novelis possui atividades de laminação em Pindamonhangaba e Santo André/SP. A operação local envolve cerca de 1.500 profissionais e alcançou receita de US$ 1,6 bilhão no último ano fiscal. Para o negócio de reciclagem, a Empresa mantém oito centros de coleta de sucata espalhados pelo País e conta com o maior centro de reciclagem da América do Sul.
com a política de responsabilidade socioambiental da empresa e alinhadas com o programa global de investimentos sociais Novelis Comunidade, que tem como objetivo promover o bem-estar e o desenvolvimento das comunidades em que a empresa está inserida. O investimento é realizado com a utilização de recursos próprios e incentivados.
jul h o2015
29
açãosustentável magazine
Plantronics é reconhecida por projeto ambiental de microfazenda Iniciativa recebeu o prêmio Acterra de Negócios Ambientais. Realizada em conjunto com a Cityblooms, a Plantronics promove a produção própria de alimentos naturais para os colaboradores na sede da companhia
C
omo parte do Compromisso Global seguido pela Plantronics em busca de práticas sustentáveis, desde 2014 a companhia foi uma das pioneiras na utilização de alimentos de produção própria. Agora, a microfazenda hidropônica da empresa foi premiada pela organização não governamental Acterra - Action for a Healthy Planet, na categoria de pequenos e médios projetos ambientais. A microfazenda, de 183 metros quadrados, está instalada na sede da Plantronics e conta com um protótipo de fazenda automatizada, criado pela Cityblooms. Também é alimentada por meio de painéis solares. O projeto fornece alimentos frescos e ricos em nutrientes, consumidos na cafeteria, aos empregados da companhia. Os vegetais produzidos também não possuem pesticidas, graças às estufas automatizadas produzidas pela Cityblooms responsáveis também por melhorar o aproveitamento da água em 90%, comparado aos métodos tradicionais. O CEO da Plantronics, Ken Kannappan, se mostrou animado com o reconhecimento do projeto pela Acterra e pelo suporte que receberam para continuarem a seguir os valores da companhia. “Nós da Plantronics nos dedicamos a operar de maneira consciente. A nossa luta está em proporcionar mudanças positivas em tudo que nos propomos a fazer.
30
julho2015
Isso inclui ajudar no desenvolvimento e fortalecimento da comunidade em que operamos, além de criar um ambiente de trabalho saudável para os nossos colaboradores, minimizar nossa emissão de carbono, reduzir o desperdício e conservar recursos naturais”, declarou.
Sobre o Prêmio Acterra O prêmio Acterra de Negócios Ambientais, um dos mais antigos e prestigiados, foi iniciado em 1990 e é reconhecido pela rigorosidade com que avalia os critérios estudados. “A cada ano, cria-se uma expectativa entre os indicados porque os objetivos a serem alcançados aumentam continuamente. No entanto, os vencedores deste ano bateram se superaram, sem dúvidas. Nós orgulhosamente os parabenizamos pelas conquistas e práticas sustentáveis e sinceramente esperamos que outras empresas sigam por este caminho”, comenta o membro presidente da comissão da Acterra, Bruce Klafter.
Sobre a Cityblooms A inspiração para a Cityblooms cresceu da vontade em promover a produção de alimentos de forma sustentável para um número cada vez maior de pessoas. Usando tecnologia própria, a Citybloomns desenvolveu microfazendas automatizadas que transformam espaços antes vazios, em grandes produtores agrícolas e o acesso fácil e barato a alimentos frescos. Para saber mais: www. cityblooms.com.
Sobre a Acterra: Action for a Healthy Planet A Acterra é uma organização não governamental com 45 anos de história em programas ambientais da região do Vale do Silício. Acterra envolve e educa pessoas, empresas e comunidades acerca do aquecimento global, restauração de recursos naturais e práticas sustentáveis para o futuro. Para mais informações acesse: www.acterra.org
açãosustentável magazine
jul h o2015
31
açãosustentável magazine
32
julho2015