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Dedicação e sucesso: De origem humilde, empresário Rogério de Oliveira se destaca nos segmentos de arquitetura e móveis planejados, em Mossoró e região Página
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EXPEDIENTE
EDITORA: Neide Carlos DIREÇÃO-GERAL: Neide Carlos Marcelo Bento REPORTAGENS: Diego de Carvalho REVISÃO: Gilcileno Amorim DIAGRAMAÇÃO: Rick Waekmann
Para sugestão de pautas, críticas e elogios, entre em contato com:
PORTAL/REVISTA ACONTECE
www.portalacontecern.com.br redacao@portalacontecern.com.br | neidecarlos01@gmail.com Travessa Mossoroense, 37, Centro - Ed. Teresinha Leite Sala 1 - Mossoró (RN) - CEP: 59.600-012 O CONTEÚDO DOS ARTIGOS E COLUNAS É DE RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES.
TELEFONES: (84) 98822-1034 (84) 98814-1034 (84) 98857-1034
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EDITORIAL
Oito anos da revista ACONTECE. Sim, podemos comemorar mais um momento importante do nosso trabalho. Lembro-me como se fosse hoje: no dia 31 de outubro de 2010, era lançada a primeira versão impressa da ACONTECE, intitulada de “Acontece: Empresas e Municípios”, com a manchete “O Desafio da Gestão”. Evidenciar o aniversário da revista ACONTECE faz-me recordar de toda a dedicação investida no desenvolvimento desse projeto. Muitas reportagens e fotos ajudaram a construir nossa trajetória na comunicação. Como editora-chefe e diretora-geral desta publicação, asseguro-lhe que eu e meu esposo, Marcelo Bento, também diretor-geral da ACONTECE, trabalhamos com afinco nesses últimos anos. Mas, a trajetória da revista ACONTECE também se viabilizou mediante a colaboração de muitas pessoas. Sou muito grata aos empresários e Municípios que um dia decidiram publicizar suas ações em nossas páginas. Sou grata aos profissionais que se esmeraram para produzir os conteúdos da nossa publicação. Sou grata a você, prezado(a) leitor(a), por prestigiar este produto genuinamente potiguar. Esta edição traz uma reportagem especial notabilizando os caminhos que nos fizeram chegar neste nosso oitavo aniversário. Mas, esta edição vai além, visto que destacamos outros registros relevantes do nosso estado: os 45 anos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (SEBRAE-RN) e as três décadas da Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (FICRO). Em Mossoró, os 45 anos do Sebrae-RN serão elevados durante o “Fórum Empresarial do Oeste: Sucessão e Liderança”, que acontecerá no dia 8 de novembro, no Garbos Recepções. A revista ACONTECE reforça a lista de parceiros do evento. Nossa publicação atuará também na 30ª edição da Ficro. Estaremos com estandes na feira, cujas atividades se efetivarão neste ano, no período de 7 a 10 de novembro, na Estação das Artes Elizeu Ventania, também em Mossoró. Somados às pautas Sebrae-RN e Ficro, outros temas permeiam esta edição. Destacaremos uma entrevista com o arquiteto Rogério de Oliveira, mossoroense de origem humilde que tem conquistado seu espaço no segmento empresarial, através da D’Cazza Planejados e Off 7 Arquitetura. Repercutiremos o desempenho do Rio Grande do Norte no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB 2017), bem como os fatores que impedem o progresso do setor industrial, considerando a perspectiva de atores desse segmento econômico. Neide Carlos Editora-chefe
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ÍNDICE
Economia: Enfrentar a crise fiscal, equilibrar as contas públicas e diminuir a burocracia são ações apontadas como caminhos para fomentar o desenvolvimento do setor industrial
Revista Acontece: Publicação chega ao seu 8º ano, em nova fase
Ficro: Feira Industrial e Comercial da Região Oeste chega à sua 30ª edição, com expectativa de movimentar mais de R$ 25 milhões em negócios
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18 45 anos de Sebrae-RN: Entidade completa mais de quatro décadas de atuação no estado e se destaca pelo trabalho voltado ao empreendedorismo local
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IDEB 2017: Apenas 55,5% das redes municipais do RN alcançam meta nos anos iniciais do ensino fundamental
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DEVEMOS FISCALIZAR E COBRAR Cada brasileiro recebeu neste ano a incumbência de projetar o Brasil para o futuro. Portanto, os candidatos eleitos têm o dever de primar pelo desenvolvimento do país e pelo bem-estar da população. Nesses próximos quatro anos, continuaremos incumbidos de
neidecarlos@portalacontece.com.br
COLUNA
Neide Carlos
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cuidar do futuro do Brasil, fiscalizando as ações políticas e nos opondo ao que possa se configurar como prejudicial. Precisamos estar despertos, para tornarmos o Brasil mais justo e sem as manchas da corrupção e ganância, que sempre estorvaram nosso progresso.
NOVO HOSPITAL Com projeto de expansão constante para que a saúde de qualidade possa estar cada vez mais presente na vida das pessoas, o Sistema Hapvida Saúde terá, em breve, um novo hospital em Mossoró. O Hapvida está posicionado como uma das maiores operadoras de saúde e odontologia do Brasil e a maior do Norte/Nordeste, com mais de 3,8 milhões de beneficiários em todo o território nacional.
CONVOCAÇÃO DE 110 PROFESSORES O Governo do Rio Grande do Norte publicou no Diário Oficial do Estado a convocação de 110 professores para compor o quadro efetivo da rede estadual de ensino. Essa é a quarta convocação do ano referente ao concurso do edital 001/2015. Os convocados atendem às necessidades das disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Língua Espanhola, Língua Inglesa, Química, Física, Educação Física, Ciências Biológicas, Filosofia, Sociologia, Arte, Música, Ensino Religioso, História, Geografia, além de Pedagogia para Educação Especial, Pedagogia para Anos Iniciais e especialistas de Educação para Suporte Pedagógico.
SINAL DIGITAL No dia 5 de dezembro, o sinal analógico de televisão será desligado em Mossoró. A programação dos canais abertos será transmitida apenas pelo sinal digital, com imagem e som de cinema. A Seja Digital, entidade não governamental e sem fins lucrativos, responsável pela gestão do processo de migração do sinal, orienta a população para dois equipamentos que podem transformar as antigas TVs de tubo em TVs aptas a receber o sinal digital, continuando a funcionar normalmente após o desligamento do sinal analógico.
DIREITO EM PAUTA Com 18 palestrantes de destaque no cenário nacional, o Congresso Brasileiro de Direito Tributário, que acontecerá no dia 9 de novembro no Hotel HollidayInn Natal, promete reunir grande público para discutir assuntos, como a reforma e responsabilidade tributária, direito tributário econômico, os novos paradigmas do processo tributário, a tributação na era da economia digital e os impactos dos arranjos econômicos multinacionais na arrecadação tributária. ITEP E CORREIOS O Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP) e os Correios desenvolvem um projeto-piloto para a implantação de um sistema biométrico voltado à emissão de Carteiras de Identidade no estado. A fase de testes se efetivará em até 60 dias na unidade central dos Correios no bairro da Ribeira, em Natal. Após essa etapa, o sistema deverá ser estendido, gradativamente, para todas as agências próprias dos Correios no RN e unidades do Itep.
SALDO POSITIVO Mossoró registrou, mais uma vez, saldo positivo na criação de empregos formais. Os dados constam no levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados pelo Ministério do Trabalho. No mês, foram registrados 1.702 admissões contra 1.337 desligamentos, o que representa uma variação positiva de 0,69%. Pelo quinto mês consecutivo, o município de Mossoró apresenta saldo positivo de emprego. No acumulado do ano de 2018, entre desligamentos e contratações, foram criadas 1.095 novas vagas com carteira assinada. Isso representa quase três vezes mais do que o saldo alcançado em 2017, que foi de 398 novos postos de trabalho.
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Caminhos do
desenvolvimento Enfrentar a crise fiscal, equilibrar as contas públicas e diminuir a burocracia são ações apontadas pelo segmento industrial como caminhos para fomentar o desenvolvimento do setor 8
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Atuação do Grupo 3 Corações em Mossoró fortalece a economia da cidade
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nfrentar a crise fiscal e equilibrar as contas públicas, a começar pelos gastos com os servidores ativos e inativos, são alguns dos caminhos que poderão tornar o ambiente de negócios mais favorável ao desenvolvimento do setor industrial no Rio Grande do Norte. É o que aponta o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales. Para Amaro Sales, além de enfrentar a crise fiscal e equilibrar as contas públicas, o RN precisa oferecer segurança jurídica aos inves-
tidores, particularmente no que diz respeito à “burocracia estatal dos licenciamentos ambientais”, para que o desenvolvimento industrial no estado seja fomentado. “A qualidade da educação também precisa ser elevada, porque estamos muito mal avaliados no Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] do ensino médio, o segundo pior do Nordeste, em que pese nossos gastos por aluno não serem os menores da região. Custos sistêmicos também precisam ser enfrentados. Custos sistêmicos que dizem respeito à má qualidade de nossa infraestrutura de transportes, à saúde e à segurança pública. Providências em relação a todos esses aspectos são necessárias, mas não suficientes”, pondera o presidente da Fiern. O desenvolvimento do estado também demanda políticas públicas que estejam voltadas a estimular vocações industriais típicas do Rio Grande do Norte, pontua Amaro Sales. Na perspectiva do presidente da Fiern, é preciso ampliar a exploração mineral, desenvolver a cadeia de insumos no campo das energias renováveis e retomar os investimentos da indústria do petróleo através de ações da iniciativa privada. “Volto a ressaltar o tema da educação. Esse é um importante desafio que precisamos enfrentar, com perspectiva de longo prazo. Há uma nova revolução industrial em curso no mundo que é amplamente baseada no uso de tecnologias digitais. Estou falando da Indústria 4.0, que já é realidade no mundo desenvolvido, e os nossos jovens não estão suficientemente preparados para lidar com esse novo paradigma de produção. O Sistema Fiern, através principalmente do Senai-RN, está preparado para qualificar mão de obra voltada à Indústria 4.0, bem como para disseminar essa nova revolução entre o setor industrial”, assinala.
RECUPERAÇÃO LENTA Segundo Amaro Sales, a indústria potiguar vem se recuperando em ritmo lento, ou seja, com “o mesmo fôlego curto da indústria nacional”. Contudo, o Nordeste é a região do Brasil que tem encontrado mais dificuldades para a retomada da atividade econômica, ressalta o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte. Para Amaro Sales, duas razões explicam essa situação. A primeira é a dependência da região em relação aos investimentos governamentais, em um contexto de crise fiscal dos estados. “Com a queda na arrecadação e nas transferências de receita da União, os recursos mal chegam para despesas com pessoal e pagamento de aposentadorias. Dessa maneira, pouco sobra para outros gastos, como obras públicas que estimulem a construção civil, ou para outros projetos e compras governamentais ao setor privado, imprescindíveis para o estímulo da indústria e para o restante da economia”, explica o presidente da Fiern. A segunda razão diz respeito à redução de investimentos da Petrobras em campos maduros de petróleo nos estados produtores do Nordeste. ENCERRAMENTO DE 2018 A recuperação do setor industrial iniciada em 2017 terá continuidade ao longo dos últimos meses deste ano, avalia Amaro Sales. Segundo o presidente da Fiern, dados referentes ao primeiro semestre deste ano apontam que a indústria de alimentos, por exemplo, já está mais aquecida do que em 2014, período de início da crise, e que outros segmentos manufatureiros vão reduzindo perdas. “No entanto, há duas grandes preocupações até o momento: a construção civil e as indústrias de micro e pequeno porte. Ambas ACONTECE . Outubro 2018
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ainda registram um grau de ociosidade considerável, grau de endividamento elevado e, portanto, dificuldade de acesso ao crédito, sem contar as taxas de juros que não caíram com a mesma intensidade com que a inflação declinou”, frisa. Amaro Sales acrescenta que até o final do ano, não são esperadas mudanças significativas no cenário industrial, a não ser o aquecimento típico de final de ano, devido às encomendas do comércio, além da alta sazonal da indústria sucroalcooleira. Sobre o aumento de consumo, o presidente da Federação das Indústrias salienta que o nível de desemprego ainda é um entrave nesse âmbito. “Temos em torno de 201 mil desempregados no estado. Para cada grupo de seis pessoas com ocupação, há uma desempregada”, ressalta.
Fiern
AMBIENTE HOSTIL Manter uma empresa industrial em atividade no Rio Grande do Norte não é fácil, afirma Amaro Sales. O presidente da Fiern enfatiza que o empresário potiguar é um “herói da resistência”, por sobreviver num ambiente de negócios hostil e não receber a atenção de que precisa para ampliar seu em-
Amaro Sales, presidente da Fiern, diz que o desenvolvimento do estado demanda políticas públicas
“Temos em torno de 201 mil desempregados no estado. Para cada grupo de seis pessoas com ocupação, há uma desempregada”. Amaro Sales,
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preendimento. “Estamos longe dos grandes mercados consumidores e, em lugar de termos um ambiente de negócios atrativo, que funcione como um diferencial de custos para os investidores, temos entraves que atrapalham as empresas, como uma pesada carga tributária, um emaranhado burocrático no âmbito regulatório do meio ambiente e infraestrutura viária e de transportes deficiente. Tudo isso nos tem feito perder investimentos para os estados vizinhos e tem ocasionado a mudança de empresas que já atuam aqui para Paraíba e Ceará, por exemplo”, diz. O QUE ESPERA DE 2019 Questionado sobre o que o setor industrial espera para o próximo ano, Amaro Sales diz que o segmento almeja que as grandes questões nacionais e do Rio Gran-
de do Norte sejam enfrentadas, como a crise fiscal e o equilíbrio orçamentário. Ainda nesse contexto, o presidente da Fiern avalia que as reformas da Previdência e Tributária precisam ser enfrentadas. “Portanto, não será um ano fácil, mas um duro começo, necessário à retomada do crescimento econômico, sempre com perspectiva de longo prazo. Para contribuir com o novo governador ou governadora, que toma posse em janeiro próximo, a Fiern atualizou o “Mais RN” e incluiu no projeto a “Agenda Potiguar 2019/2022”, entregue a todos os poderes, instituições e candidatos ao Governo e ao Senado. Uma das propostas da Agenda é um amplo pacto social e político, liderado pelo governador, para retirar o Rio Grande do Norte da gravíssima crise que atravessa”, conclui Amaro Sales.
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Burocracia desafia quem cogita empreender no RN, avalia coordenador industrial da empresa 3 Corações em Mossoró A burocracia desafia quem cogita empreender no Rio Grande do Norte, avalia Cleilson Aquino, coordenador industrial da empresa 3 Corações em Mossoró. Cleilson afirma que empreender no Brasil exige múltiplas competências e que “não é fácil desenvolver uma atividade empresarial” no país, em razão de “diversos obstáculos”. “Diante desse cenário, quem busca ter um negócio, não pode perder a vontade de empreender. O empreendedor é o principal agente do sucesso”, assinala o coordenador industrial. Para Cleilson, o RN precisa ampliar os incentivos fiscais a fim de que novos investimentos sejam aportados no estado. “O estado precisa ampliar os incentivos fiscais para manter as empresas já instaladas e atrair novos investimentos, além de promover a desburocratização do serviço público.” Atualmente, o grupo Três Corações mantém mais de mil empregos diretos no Rio Grande do Norte. O grupo atende todo o estado, com plantas fabris e centros de distribuição em Natal e Mossoró. Atua no segmento de indústria e comercialização de café torrado e moído, café solúvel, bebidas instantâneas, bebidas em cápsulas, filtro de papel, derivados de milho e refrescos em pó. Apesar do arrefecimento da economia brasileira, Cleilson diz que o grupo 3 Corações tem se expandido em todo território nacional, com crescimento anual de dois dígitos nas últimas duas décadas. “O Rio Grande do Norte está
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Cedida/Grupo 3 Corações
Grupo 3 Corações possui plantas fabris e centros de distribuição no RN
Cedida/Grupo 3 Corações
O grupo Três Corações iniciou suas atividades em Mossoró, no ano de 1988
Cleilson Aquino, coordenador industrial da empresa 3 Corações em Mossoró, diz que empreender no Brasil exige múltiplas competências
inserido na expansão do grupo 3 Corações, com a ampliação e modernização do novo moinho de derivados de milho, que emprega cerca de 250 colaboradores. Esse empreendimento tem papel fundamental no desenvolvimento da comunidade, com qualificação profissional, geração de empregos e receitas para o estado do Rio Grande do Norte”, enfatiza. O grupo 3 Corações, marca corporativa atual, tem origem no Rio Grande do Norte em 1959, quando José Alves de Lima começou a vender café verde em São Miguel, cidade do Alto Oeste potiguar. Em Mossoró, a empresa iniciou suas atividades em 1988, com a primeira filial de vendas e distribuição da companhia. Em 1993, também em Mossoró, foi inaugurada a planta industrial de derivados de milho, para desenvolver produtos ligados à
culinária nordestina. Em 2010, entra em operação na cidade a fábrica de refrescos em pó Frisco. Em Natal, capital potiguar, o grupo implantou em 1998 a indústria de torrefação e moagem de café e instantâneos. Além do RN, a estrutura e fábricas do grupo também estão ramificadas em outros estados brasileiros.
MERCADO DE TRABALHO: Grupo Três Corações mantém mais de mil empregos diretos no Rio Grande do Norte. EM 2010, entra em operação em Mossoró a fábrica de refrescos em pó Frisco.
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Alta carga tributária também desafia empresariado Proprietários de empreendimentos de menor porte também se sentem desafiados pelo ambiente de negócios do Brasil. Sócio da Cervejaria Bacurim, uma microindústria artesanal de cervejas sediada Mossoró, Ciro Jales afirma que a alta carga tributária desse segmento constitui-se como um entrave para o empresariado. “A alta carga tributária do país torna nosso tipo de produto pouco rentável. A carga tributária também se reflete no preço desse tipo de produto, que fica menos atrativo para o mercado”, frisa. Para Ciro, o Rio Grande do Norte deveria espelhar-se em outros estados que oferecem condições para o desenvolvimento industrial. “Nosso estado deveria se espelhar em bons exemplos, como o Ceará, Pernambuco... Santa Catarina, por exemplo, reduziu drasticamente a incidência de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] sobre a atividade de cervejaria”, acrescenta. Desde o final de 2017, a Cervejaria Bacurim encontra-se instalada em um ambiente que tem dupla finalidade: produção e consumo de variados tipos de cerveja, isso porque na fábrica há um espaço para a atividade industrial e outro destinado ao consumo do produto e demais opções, inclusive com apresentações de bandas musicais. Os dois espaços se agregam e tornam a cervejaria mais uma opção para quem visita Mossoró. A Cervejaria Bacurim tem
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Marcelo Bento
Área de produção da Cervejaria Bacurim em Mossoró origem familiar. Sua composição societária é formada por Ciro, seu irmão, Mauro Jales, sua mãe, Veridiana Jales, que também é sommelière da cervejaria, e o pai, Gilberto Carvalho. A empresa atua desde abril de 2016, mas em 2014 a família já produzia cerveja em casa, para consumo próprio e distribuição para parentes. “Meu despertamento para o produto cerveja surgiu a partir do conhecimento de tipos variados desse produto, inclusive em viagens, e também pelo meu interesse em gastronomia”, conta Ciro. Veridiana Jales lembra que, pelo fato de Ciro integrar a Associação dos Cervejeiros Artesanais do Rio Grande do Norte (Acerva Potiguar), houve um festival em sua casa, ocasião em que foi ser-
vida uma cerveja de estilo belga com rapadura em sua composição. O produto chamou a atenção dos participantes. “A cerveja de estilo belga que produzimos para o festival chamou a atenção dos participantes e nossa família identificou que naquele produto encontrava-se um ramo de negócios”, conta a sommelière. Nascia, então, em abril de 2016, a Cervejaria Bacurim. O que era apenas um hobby, ganhara uma nova dimensão. Com a demanda crescente, a família Jales decidiu alugar uma casa, para implementar a produção de cerveja artesanal, e iniciou essa nova etapa, utilizando panelas semi-industriais. Após essa transferência de local, o empreendimento continuou a crescer e ajustou sua
estrutura para o atendimento da demanda. “Mas, chegou um momento em que observamos que a casa alugada não conseguia mais comportar nosso crescimento e, no final de 2017, inauguramos esse espaço onde hoje estamos instalados”, lembra Gilberto Carvalho. Hoje, além dos membros da família proprietária, a cervejaria emprega nove funcionários (4 na produção de cerveja e 5 no bar) e dois estagiários de engenharia química, que atuam na produção e laboratório. A capacidade produtiva da Cervejaria Bacurim é de 7 mil litros do produto. São comercializados seis tipos de cerveja que se distinguem pelas especificidades de malte e pelas especiarias agregadas, como pimenta-rosa, erva-cidreira e rapadura. No bar da empresa, regularmente, dois tipos de cerveja ficam em fase experimental. Apesar dos desafios impostos pela alta carga tributária, como menciona Ciro Jales, a Cervejaria Bacurim, além do mercado de Mossoró, tem representantes de
Marcelo Bento
Ciro Jales, Veridiana Jales e Gilberto Carvalho, sócios na Cervejaria Bacurim venda em Natal e Fortaleza (CE). O produto também é vendido em outras cidades: São Paulo (SP), Pau dos Ferros, Martins, Alto Santo (CE), Caraúbas e Tibau. “Em Mossoró, já temos de 40 a 50 pontos de venda. Pretende-
mos difundir nosso produto em toda a cidade”, expõe Gilberto Carvalho, mencionando ainda que a empresa planeja consolidar seu vínculo comercial com o mercado da capital paulista e de Fortaleza. Marcelo Bento
Nas instalações da empresa, também funciona um bar, onde há apresentações musicais
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Aniversário
Oito anos de
compromisso com a informação
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purar a notícia, contar histórias, registrar o que interessa à população. Assim atua o jornalismo, que se impõe como instrumento de grande importância na sociedade. Importância demonstrada no apontamento de problemas que afligem a população, nas denúncias
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que revelam ações espúrias e nas narrativas que difundem o que tem dado certo no país. Há oito anos, precisamente no dia 30 de outubro de 2010, o jornalismo mais uma vez se reafirmava em Mossoró. Surgia a revista ACONTECE, publicação que, em sua trajetória, superou desafios, mas que tem avan-
Lançada em 30 de outubro de 2010, a revista Acontece chega ao seu oitavo ano com o compromisso renovado de possibilitar conteúdo de qualidade
çado, com o objetivo de conquistar seu espaço. Com enfoque em ações governamentais e empreendimentos do setor privado, a primeira edição da revista ACONTECE representou a determinação de sua idealizadora: Alrizineide Leão Carlos – ou apenas Neide Carlos, como
é conhecida. Natural de Almino Afonso, Neide Carlos ingressou no segmento de comunicação em 2001, no extinto jornal O Mossoroense. Ao todo, foram 10 anos de atuação no jornalismo impresso, sempre no departamento comercial – Neide trabalhou durante dois anos no jornal O Mossoroense e mais oito anos no Jornal De Fato, atualmente o único jornal impresso de Mossoró. “A ideia de produzir a primeira edição da revista baseava-se no entendimento de que grande parte das cidades do Oeste potiguar era carente de informação. Além disso, eu também queria implementar um projeto que evidenciasse as ações dos Municípios dessa região”, conta Neide Carlos. Neide decidiu investir na ideia. “Decidi solicitar minhas férias ao Jornal De Fato. Eu tinha 30 dias para desenvolver meu projeto, produzir a revista. Com muita determinação, fui adiante, com um carro e uma câmera, percorrendo o Oeste potiguar, em busca de conteúdo e publicidade para a revista”, recorda. Havia, contudo, uma dificuldade. Neide não tinha capital para a impressão da revista. Para superar esse entrave, ela procurou empresários do setor privado e fechou
“A ideia de produzir a primeira edição da revista baseava-se no entendimento de que grande parte das cidades do Oeste potiguar era carente de informação.” Neide Carlos,
diretora-geral da revista Acontece
Pacifico Medeiros
Marcelo Bento e Neide Carlos, diretores-gerais da revista Acontece, falam sobre o surgimento e objetivos da publicação parcerias. “A partir dos contratos comerciais com empresários, consegui recursos para viabilizar a impressão da primeira edição da revista e, em razão desse contato com o setor privado, diversifiquei o conteúdo daquela edição, incluindo a temática econômico-empresarial”, explica. Com perseverança, Neide Carlos conseguiu alcançar seu objetivo. Em 30 de outubro de 2010, era publicada a primeira versão impressa da revista, que à época foi intitulada de “Acontece: Empresas e Municípios”, com a manchete “O Desafio da Gestão”. “Nossa primeira edição teve excelente aceitação
entre os segmentos notabilizados nas reportagens”, frisa Neide. O INÍCIO DE UMA PARCERIA Neide Carlos estava decidida a dar continuidade à revista e, em maio de 2011, convidou Marcelo Bento, à época fotógrafo do Jornal De Fato, para trabalhar no projeto, desempenhando a mesma função que exercia no jornal. Marcelo aceitou o convite. A parceria, no entanto, seria estendida. “Tive muitas dificuldades com relação ao material fotográfico durante a primeira edição da revista, visto que eu mesma havia feito as ACONTECE . Setembro 2018
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Aniversário
“Quando Neide me convidou para ser fotógrafo da revista, enxerguei aquele convite como uma oportunidade de trabalho. Mas, logo ela me fez a proposta de formarmos uma sociedade e eu decidi assumir o desafio.” Marcelo Bento,
diretor-geral da revista Acontece
fotos e não detinha experiência na área. Por isso, convidei Marcelo para o projeto. Mas, logo estabeleci uma nova parceria com ele: convidei-o para ser meu sócio e ele aceitou o desafio”, diz Neide. Marcelo, que hoje exerce a direção-geral da revista ACONTECE em parceria com Neide Carlos, além de desenvolver o trabalho fotográfico da publicação, lembra que aceitou o convite de Neide por ter considerado a proposta como mais uma oportunidade de trabalho. “Quando Neide me convidou para ser fotógrafo da revista, enxerguei aquele convite como uma oportunidade de trabalho. Mas, logo ela me fez a proposta de formarmos uma sociedade e eu decidi
assumir o desafio. A partir daquela decisão, comecei a me dedicar ainda mais, opinando sobre a parte gráfica da revista e avaliando as tendências do mercado”, pontua. A parceria entre os dois não ficaria restrita à sociedade profissional. Ainda em maio de 2011, Neide e Marcelo começaram a namorar e, no mês seguinte, formalizaram a união. Já são sete anos de casamento e de trabalho conjunto e incessante pela revista ACONTECE. “Por conta da revista, não foi possível permanecer no Jornal De Fato. Então, em meados de 2011, comecei a concentrar toda minha dedicação na produção e comercialização da revista. Marcelo, por sua vez, permaneceu no jornal e
Mudança na periodicidade marca nova fase da revista Acontece A revista ACONTECE seguiu a periodicidade anual até a sua 9ª edição, publicada em 2017. Ações desenvolvidas em municípios do RN e as atividades do segmento econômico-empresarial pautaram as reportagens dos primeiros sete anos da ACONTECE. Em 2018, Neide Carlos idealizou um novo projeto que previa mudança na publicação. Avaliava que se tornaria a revista ACONTECE mensal. “Meu objetivo era fortalecer nossa empresa e identifiquei uma lacuna no mercado de comunicação. Acreditei no segmento de revista e decidi que o caminho era transformar a ACONTECE em uma publicação mensal”, conta Neide. Inicialmente, Marcelo Bento se mostrava inseguro quanto ao potencial do novo projeto. “Quando eu soube da ideia de Neide de tornar a revista ACON-
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TECE mensal, disse a ela que seria muito difícil viabilizar o projeto. Mas, decidi me unir a Neide e me dedicar pela nova proposta. Hoje, já consigo ver o êxito da nossa iniciativa”, frisa. As mudanças, no entanto, não se restringiram à periodicidade da revista. Também contemplaram a linha editorial. A modificação editorial pôde ser nitidamente percebida na primeira edição dessa nova fase, que, além de ter destacado o 117° aniversário do Colégio Diocesano de Mossoró, apresentou reportagens informativas sobre imposto de renda, energia solar, entre outros temas. “Nossa nova linha editorial tem por finalidade a abordagem de variados temas, como saúde, economia e política. Recentemente, por exemplo, produzimos uma série de reportagens que buscou apresentar os desafios que a nova gestão do Governo
do Estado enfrentará a partir de 2019. Outra editoria se destaca em nossa revista. Trata-se da editoria ‘Minha Cidade Acontece’, que objetiva apresentar o potencial turístico dos municípios do nosso estado”, pontua Neide. UNIFICAÇÃO DE MARCAS Em abril deste ano, Neide Carlos e Marcelo Bento decidiram desenvolver uma marca que reunisse suas duas plataformas de comunicação: o Portal Acontece RN e a revista ACONTECE. Surgiu, então, a marca Portal & Revista Acontece. Atualmente, a revista circula em grande parte do estado e o portal tem alcance ilimitado por meio da internet. A partir de sua nova fase e periodicidade, a revista ACONTECE iniciou a oferta de assinaturas. “Hoje, nossa revista é comercializada pelo preço de R$ 12,50 e possui mais de 500 assi-
continuou a contribuir nos trabalhos e planejamento da revista ACONTECE”, enfatiza Neide. O TRABALHO CONTINUA A segunda edição da revista ACONTECE fora publicada em novembro de 2011, com destaque para o setor empresarial. A terceira edição (ano 2012) voltou-se exclusivamente a retratar o trabalho realizado em municípios do Oeste potiguar e evidenciou o pioneirismo do RN na inserção da mulher na política. Denominada de “Acontece Municípios”, a terceira edição se sobressaiu pelas primorosas caricaturas das mulheres que desempenhavam liderança nas esferas estadual e municipal do Poder Executivo.
naturas, que estão incorporadas em nossa tiragem de 2 mil exemplares. Outro fator que fortalece nosso projeto é que, por meio da revista, conseguimos atingir públicos variados”, salienta Neide. Esta edição é a oitava da fase mensal da revista ACONTECE, projeto do qual Neide Carlos e Marcelo não se arrependem. “Mudar a periodicidade da revista foi uma decisão ousada, mas acertada. Importante mencionar que não só a periodicidade foi ampliada, mas também nosso investimento em estrutura de trabalho”, diz Neide Carlos. Marcelo Bento avalia a revista ACONTECE como um produto essencial. “Enxergo nossa revista como um produto essencial, visto que todo mês nosso leitor tem acesso a conteúdos de qualidade. Enxergo também nossa revista crescendo, expandindo-se”, ressalta. GRATIDÃO Neide Carlos afirma que há parceiros e amigos que foram fundamentais para que a revista ACON-
“Conseguimos fechar muitas parcerias para a terceira edição da nossa revista. Foi, então, que percebi que nosso projeto daria certo. Promovemos um coquetel para o lançamento daquela edição em junho de 2012. Foi uma edição marcante tanto para mim quanto para Neide, visto que nosso produto apresentou um salto de qualidade no conteúdo e na parte gráfica. A terceira edição da revista ACONTECE também foi marcante pelo retorno que recebemos de nossos leitores e parceiros”, salienta Marcelo. PORTAL ACONTECE Em 2016, Neide Carlos e Marcelo Bento cogitavam publicar um jornal impresso semanal com cir-
culação em Mossoró. Foram orientados, no entanto, a investir em outro segmento da comunicação. “Em razão da velocidade da notícia a partir da consolidação da internet, fomos orientados a investir na criação de um portal de notícias. E, em agosto de 2016, lançamos o Portal Acontece RN, inspirado nos portais nacionais”, frisa Marcelo. O Portal Acontece RN segue em atividade e atento às transformações do mercado. “Estamos sempre observando as mudanças do segmento de portal de notícias e a importância de nos adequarmos às transformações do mercado de comunicação”, acrescenta Marcelo Bento.
Marcelo Bento
Nova periodicidade da revista ACONTECE demandou ampliação da estrutura de trabalho TECE chegasse ao seu oitavo ano. “A mudança da periodicidade da revista, por exemplo, só foi possível graças a parceiros como o padre Charles Lamartine, diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia e da Faculdade Diocesana de Mossoró, que acreditou no novo projeto”, assinala. Sobre os planos para a revista ACONTECE, Neide realça que pretende fortalecer a publicação.
“Pretendemos desenvolver o projeto ‘Ler Mais’, que objetiva incentivar a leitura na rede pública de ensino. Queremos também reforçar a consolidação da revista, bem como expandir sua distribuição”, conclui. A revista ACONTECE é um produto da agência Acontece Comunicação, que, ao longo de sua história, já produziu outras publicações, como revistas de gestões municipais. ACONTECE . Outubro 2018
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dcazzaplanejados
(84) 9 9615-8323
Loja com caráter sofisticado, composição de elementos com cores fortes, tendo como destaque a cor Marsala, e disposição do mobiliário, seguindo o equilíbrio simétrico, linhas retas, materiais com acabamentos brilhantes e com texturas nobres, como vidro, espelho e metalon na cor cobre, apresentando uma iluminação direcional em Led. Assim, define-se a Boutique Closet, localizada na cidade de Baraúna/RN. O projeto é assinado pelo escritório Off7 Arquitetura, com desenvolvimento do mobiliário pela D’Cazza Planejados. O projeto é uma verdadeira combinação de bom gosto e requinte.
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ENTREVISTA ROGÉRIO NONATO DE OLIVEIRA
‘Se você conseguir se destacar e ser o melhor, terá mercado’
Mossoroense, Rogério Nonato de Oliveira, 38 anos, tem conquistado seu espaço nos segmentos de arquitetura e móveis planejados. Proprietário da D’Cazza Planejados e Off 7 Arquitetura, “Roger”, como é conhecido, tem origem humilde e muito cedo já mostrava vocação para suas atuais áreas de trabalho. Determinado, o empresário pretende ir mais longe, a partir da disponibilização de franquias da D’Cazza Planejados. Confira a entrevista: 24 | ACONTECE . Outubro 2018
REVISTA ACONTECE – Hoje, o senhor é empresário da arquitetura e marcenaria, mas seu contato com a produção de móveis começou muito cedo. De que forma sua história está associada a esse segmento? ROGÉRIO NONATO – Nasci dentro de uma marcenaria. Na época não era nem marcenaria; era serraria. Meu avô, que é natural de Apodi, tinha uma serraria em sua cidade e, quando se mudou para Mossoró, decidiu instalar o empreendimento no município, para que os filhos pudessem estudar. Na serraria, trabalharam meu avô, meu pai e três tios. Eles trabalharam durante muito tempo em Mossoró, mas, por um momento, meu avô decidiu encerrar as atividades da serraria. Meu pai continuou com uma pequena serraria em nossa casa. Contudo, foram surgindo dificuldades, o mundo foi se modernizando e, como eu era muito jovem e ainda não sabia o que queria para a vida, meu pai achou que deveria fechar sua serraria e trabalhar como empregado nesse mesmo setor. Meu se pai aposentou dentro da serraria onde trabalhou como funcionário. Eu queria cursar Arquitetura, mas havia um problema: no Rio Grande do Norte, apenas a capital, Natal, tinha esse curso. Então, eu tinha duas opções: ou iria para Natal e passava fome ou ficava em Mossoró e ajudava meu pai a ganhar o pão de cada dia. Fiquei em Mossoró e prestei vestibular para a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). A renda predominante da minha casa era a do meu pai. Além da aposentadoria, ele realizava vendas de cachorro-quente, pipoca e balinhas durante a noite. Eu também ia para as vendas e ficava com um carrinho de balas, vizinho ao meu pai. Antes de ingressar na Uern, fiz um curso de Contabilidade no Centro de Educação Integrada Professor Eliseu Viana (CEIPEV), aqui em Mossoró. Concluí o curso Técnico de Contabilidade, mas continuava almejando me graduar em Arquite-
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tura. Mas, como Mossoró não dispunha do curso, ainda não era possível alcançar esse objetivo. Todo jovem, quando conclui o ensino médio, pretende ingressar no nível superior. Eu, como sempre fui muito bom em matemática, acreditei que iria me dar bem na área. Decidi, então, prestar vestibular na Uern e fui aprovado para o curso de Matemática. Concluí Matemática na Uern e Mossoró começou a disponibilizar o curso de Arquitetura, através da Universidade Potiguar (UnP). Achei que seria minha vez. Contudo, fui à universidade e recebi a informação de que o curso
Como arquiteto, meu sonho é ser reconhecido pela sociedade.” só era ofertado no período matutino. Minha vez havia passado novamente. Eu já trabalhava o dia todo em uma empresa e não tinha como cursar Arquitetura pela manhã. No ano seguinte, a UnP abriu Arquitetura para o período noturno. Foi quando ingressei no curso. Conclui a graduação em 2015. No entanto, eu não queria apenas Arquitetura. Almejava algo para complementar essa área, porque acho que existem dificuldades quando você é novato em um mercado. Meu pensamento era que eu iria concluir o curso de Arquitetura e ficar rico, mas não foi assim. Trabalhando em outra empresa, comecei a fazer economias, para
que eu pudesse implantar meu próprio negócio. Eu queria deixar de ser empregado. Chegou, então, um momento em que eu disse: “Acho que as reservas financeiras que amealhei já conseguem viabilizar a implantação do meu próprio empreendimento”. Sempre que eu vou fazer algo, converso com meu pai e mãe. Acho que os pais têm esse dom de saber se vai dar certo ou não. Eu disse: “Papai, acho que vou montar uma marcenaria” Meu pai respondeu: “Vamos enfrentar”. Comprei meus primeiros maquinários. Eram equipamentos simples, como se fossem para uma marcenaria de fundo de quintal, mas comprei. Também aluguei um prédio e fui em busca de um funcionário, sendo este o meu maior obstáculo. Novato, eu nunca tinha sido proprietário de uma marcenaria, nem tinha contato com profissionais da área. Foi difícil convencer um funcionário que já estava fixado em outra empresa a vir trabalhar comigo. Eu disse ao meu primeiro marceneiro: “Eu trabalho, tenho um emprego fixo. Quando chegar o dia do seu pagamento, se não houver recursos da marcenaria, tiro do meu salário para cumprir meu compromisso com você”. E assim fiz. Após contratar um marceneiro e um ajudante, comecei no segmento de marcenaria, implantando a D’Cazza Planejados. Com três meses de funcionamento, aconteceu algo que não sei nem explicar. Houve uma grande demanda de projetos. Pelo fato de eu ser arquiteto inserido nesse segmento com os colegas da área, a notícia de que eu tinha implantado uma marcenaria começou a se espalhar. Após esses primeiros três meses, as máquinas adquiridas por mim para a marcenaria não serviam mais para a produção pretendida. Mantive contato, então, com um pessoal do Rio Grande do Sul, comprei algumas máquinas de lá e remontei minha marcenaria. Até hoje está dando muito certo. Estou com o quadro de funcionários completo. Vou ser bem ACONTECE . Outubro 2018
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ENTREVISTA ROGÉRIO NONATO DE OLIVEIRA
sincero: quero admitir outro funcionário, mas faltam profissionais na cidade. RA – Sua empresa de marcenaria tem um viés familiar. Esse fator ajuda na qualidade do serviço que é oferecido aos clientes? Seu pai contribui para as atividades da marcenaria? RN – Meu pai contribui e muito. Papai tem hoje 66 anos, mas é meus pés, minhas mãos, na verdade, me representa dentro da marcenaria, porque não tenho tempo para estar permanentemente na empresa, visto que preciso atender no escritório, buscar clientes e acompanhar montagens. Se não fosse meu pai, os trabalhos na marcenaria andariam, mas seria bem mais difícil para eu dar conta de tantos serviços. Talvez, eu tivesse que escolher: vou ser arquiteto ou empresário. A experiência
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do meu pai conta muito. Os marceneiros da minha empresa por vezes perguntam a ele se determinado trabalho vai dar certo ou não. Os marceneiros pedem a opinião do meu pai. Esse fator tem sido fundamental. RA – Por que a opção de cursar Arquitetura? O senhor vislumbrava as possibilidades desse mercado, bem como o potencial do segmento? RN – Na verdade, quando eu era jovem, com 12 ou 13 anos de idade, já tinha o pensamento de ser arquiteto. Já desenhava plantas de reforma e de casas em papel, nem sabia que existia um programa de computador chamado Autocad, entre outros. Quando minhas tias diziam que pretendiam executar uma reforma, eu pegava uma régua, desenhava, mesmo sem saber que uma parede tinha 15 centímetros, mas, para
mim, aquela linha estava válida. Eu rabiscava na mão. Gostava de fazer casas de papelão, como se fossem maquetes. Meu tio estava construindo a casa dele e disse: ‘Rogério, quero construir uma maquete’. Eu respondi: “Eu faço”. Peguei um papelão, desenhei a casa e ele ficou abismado com o resultado do meu trabalho. Eu não era arquiteto, não sabia que seria um profissional dessa área, mas tinha a vontade de atuar no segmento. Eu gostava muito de fazer maquete de papelão. Sobre a parte de mobiliário, lembro que, como nasci, digamos, dentro de uma marcenaria, aquilo foi me encantando. Tem gente que chega à minha marcenaria e sente-se incomodada com o pó que deriva da madeira. Na verdade, aquele pó me encanta. Também gosto do cheiro de cimento. Se disserem: “Rogério, está aqui seu escritório todo climatiza-
do. Portanto, você quer ficar onde? No escritório ou acompanhando o andamento de uma obra?”. Pode ter certeza que vou querer acompanhar a obra. Voltando para a questão da marcenaria. Quando eu era pequeno, fazia muitos brinquedos para minhas irmãs. Fazia camas e guarda-roupas em miniaturas e entregava para elas se divertirem. E, a partir disso, acho que fui alimentando um apreço pela marcenaria. RA – Seu pai era proprietário de uma marcenaria. Hoje, esse segmento fortalece sua atuação na arquitetura. A incorporação da marcenaria ao seu trabalho como arquiteto tem sido fundamental para que você possa conquistar seu espaço no mercado? RN – Acho que ser arquiteto e proprietário de uma marcenaria foi um casamento perfeito. Eu me formei em Arquitetura e acho que, em um ano e meio, quase dois anos, abri minha marcenaria. E deu certo demais. Acredito que meu vínculo de amizade com arquitetos tem sido um diferencial para a D’Cazza Planejados, visto que esses profissionais também indicam nosso trabalho. Acho que o vínculo de amizade que tenho, no meio dos arquitetos e designers, me ajudou muito, foi fundamental para o sucesso que alcançamos. Está dando certo, mas não quero só ficar como o Rogério dono da D’Cazza Planejados. Quero ser o Rogério dono da franquia D’Cazza Planejados. É uma visão de futuro. RA – Qual a realidade do mercado de arquitetura e de produção de móveis em Mossoró e no RN? RN – Mossoró tem muitos profissionais da arquitetura. Mas, você quer ter clientes, projetos, então dê o seu melhor. Isso não é uma ambição. É uma qualidade, um objetivo. Ame o que você faz. Não adianta fazer algo apenas por dinheiro. Tem arquitetos de Mossoró que atendem em Natal e vice-versa. Para mim, isso não é um
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problema. Não importa a quantidade de arquitetos. Se você conseguir se destacar e ser o melhor, terá mercado. Hoje, atendo Mossoró e à região circunvizinha, além da capital. RA – Como o senhor se mostra competitivo no mercado da arquitetura e da marcenaria? RN – Para conquistar clientes, primeiramente, é imprescindível ter pontualidade. Recebo o cliente, converso com ele, faço o briefing. Não posso prometer o projeto para determinado dia e depois postergar sobremaneira esse prazo. O cumprimento de prazos é essencial para a fidelização de clientes e possíveis indicações. Insisto muito nessa questão de fidelizar o cliente. No ramo da marcenaria, atuo da mesma forma, primando pelo cumprimento de prazos. Busco também ser o melhor, assegurar a qualidade do serviço, além de cobrar um preço justo. Digo muito: “Não trabalho com preços baixos nem altos, mas com preços justos”. Se sei o que estou produzindo, também tenho que saber cobrar, mas buscando um equilíbrio. RA – Hoje, quais as tendências da arquitetura e do segmento de marcenaria? RN – Na arquitetura, que não deixa de estar associada ao segmento de marcenaria, um laqueado está ditando tendência; no âmbito de marcenaria, tanto nos projetos comerciais como nos residenciais, o metalon veio para ficar. Os projetos estão ficando perfeitos. A cada dia, os arquitetos desenham projetos com metalon que me maravilham. Então, eu pesquiso e me disponho fazer ainda melhor. No segmento de arquitetura, o porcelanato é tendência, bem como o granito, que está sendo aplicado não apenas no chão, mas também no teto. O verde está muito em alta. As plantas estão adentrando as casas. RA – O que os clientes deman-
dam do segmento da arquitetura e da marcenaria? RN – Na arquitetura, muitos clientes requerem projetos modulados que atendam suas necessidades e que se adaptem ao espaço dos apartamentos, que estão ficando menores, cada vez mais. Também almejam que esses projetos ajustem o ambiente residencial. Quando um cliente compra seu apartamento e deseja encomendar os móveis, sento com ele e procuro entender seu perfil e demandas. Após concluir o briefing, já consigo assimilar toda a necessidade do cliente e desenhar a casa, os móveis. Atualmente, de forma geral, os clientes buscam um ambiente aconchegante e acolhedor em virtude também da rotina de trabalho. Mas, as demandas variam. Por exemplo: se o cliente gosta de cozinhar, vai querer uma cozinha adequada. Costumo dizer para os meus clientes: “Eu fiz o projeto, mas está como você almeja? Porque quem vai morar na casa é você”. RA – O que o empresário Rogério de Oliveira planeja para o futuro? RN – Como arquiteto, meu sonho é ser reconhecido pela sociedade. No segmento de marcenaria, não quero ser o Roger da D’Cazza Planejados, mas o Roger das franquias D’Cazza Planejados. Pretendo expandir meu empreendimento. Quero que empresários, sejam de Natal, Pau dos Ferros ou qualquer outro lugar, cheguem até mim e digam que pretendem ter uma franquia da D’Cazza Planejados. Mas, para isso, há etapas que ainda precisam ser galgadas. Tenho meus planos, mas digo muito: “Espero pelo tempo de Deus”. Peço sempre a Deus que coloque no meu caminho pessoas que venham para somar. Sempre digo à minha mãe que não quero trabalhar para enriquecer. Quando eu estiver próximo a partir, pretendo dividir o que conquistei com quem necessita. Sinto-me muito bem em ajudar os mais pobres. ACONTECE . Outubro 2018
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Uma casa feita sob medida para os dias úteis e lazer aos finais de semana. Assim, o escritório Off7 Arquitetura tirou máximo proveito do terreno de 450m², localizado em um condomínio fechado em Mossoró/RN. Para satisfazer a primordialidade do cliente, nosso escritório optou por um projeto com partido contemporâneo e construção somente em térreo. A residência de aproximadamente 120m² apresenta volumetria marcante e ótimo aproveitamento da área. “Adorei o projeto, atendeu todas as minhas expectativas, vocês foram além do que eu imaginava”, frisa João Maria, cliente.
off7.arquitetura 84 3317-1597 84 9 9839-2080 84 9 9615-8323
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Olimpíadas de conhecimento
Diocesano consegue tetra na Robótica e três ouros na OBG
O
s bons resultados obtidos dentro do projeto DiOlímpico continuam em 2018. Os destaques mais recentes dos alunos e professores do Colégio Diocesano Santa Luzia são as conquistas na etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e na Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG). A medalha de ouro veio em ambas, além de outros êxitos dentro de cada disputa. Na OBR o colégio conseguiu o lugar mais alto do pódio pelo quarto ano consecutivo, desta vez nos dois níveis. Além disso, foi classificada como a Melhor Escola Particular entre as participantes em Natal, durante os dias 15 e 16 de setembro. O tetra na capital potiguar foi alcançado pelos alunos Pedro Lima, Letícia Gabriela, Mateus Gabriel e Ayume Matsumoto no Nível 1, e Paiva Neto, Victor Alexandre, Jansen Diógenes e João Pedro Amorim no Nível 2, orientados pelos professores Rodolfo Costa e Jonas Amorim. O Nível 1 é para estudantes do Fundamental Anos Finais e o Nível 2 para o Ensino Médio. Com essas medalhas garantidas, as duas equipes do Diocesano se credenciaram para a disputa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica, que será realizada em João Pessoa, capital paraibana, no início do mês de novembro. O colégio é o atual campeão da competição no Nível 1, mérito garantido durante a edição de Curitiba-PR em 2017. Já neste mês de outubro, 13 equipes do Diocesano Santa Luzia receberam premiação na Olimpíada Brasileira de Geografia. Foram três ouros e dez medalhas de prata.
Projeto DiOlímpico tem apresentado bons resultados nas competições de 2018 Guilherme Ricarte
Olimpíada Brasileira de Robótica: duas equipes medalhistas de ouro Ao todo, 39 alunos do Ensino Médio formaram as equipes premiadas, sob orientação dos professores Dailton Freire e Rafael Magnum. O resultado deu ao colégio a melhor classificação de Mossoró entre particulares. “As olimpíadas de conhecimentos servem principalmente para os alunos interagirem entre teoria e prática, e como complemento fundamental ao processo de ensino e aprendizagem, pois estimula de
forma diferenciada a criticidade e a criatividade dos diferentes saberes. Promove a interdisciplinaridade, como a OBG, que integra, além da Geografia, História, Matemática e Biologia. Já a OBR estimula as áreas de Matemática, Física, como muitas outras. Hoje é uma das ferramentas que potencializam a aprendizagem dos nossos alunos de forma diferenciada e eficaz”, avalia Dailton Freire, que também é coordenador do projeto DiOlímpico. Guilherme Ricarte
Olimpíada Brasileira de Geografia: três equipes medalhistas de ouro ACONTECE . Outubro 2018
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Ficro 30 anos:
três décadas de fortalecimento da economia potiguar
Feira Industrial e Comercial da Região Oeste chega à sua 30ª edição e espera movimentar neste ano mais de R$ 25 milhões em negócios
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ntegrante do Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras, a FICRO (Feira Industrial e Comercial da Região Oeste) chegará este ano à sua 30ª edição. Reconhecida pela sua importância no mercado norte-rio-grandense, a Ficro recebe em média cerca de 20 mil visitantes e fomenta negócios que movimentam R$ 25 milhões. Neste ano, o evento acontecerá de 7 a 10 de novembro, na Estação das Artes Elizeu Ventania, em Mossoró. Realizada pela Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM), a Ficro abrange mais de 25 atividades econômicas que fazem parte dos segmentos da indústria, do comércio, de serviços e do turismo. “Com 30 anos de existência, a Ficro é um reflexo da pujança econômica da região polarizada por Mossoró, que compreende mais de 60 municípios dos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba, cujo contingente populacional aproxima-se de 1 milhão de pessoas”, diz Oberi Penha, coordenador-geral da Ficro e da Mostra de Turismo Regional (MTR). Oberi salienta que a feira dispõe de uma programação diversificada, com palestras, workshops, rodadas de negócios, apresentações culturais, exposição de veículos, setor imobiliário, mostra de artesanato e praça de alimentação com música ao vivo. “A Ficro consolida-se como evento onde as possibilidades de contatos e realizações de negócios são cada vez mais frequentes e numerosas, constituindo-se numa vitrine para as empresas que buscam difundir sua marca, produto ou serviço para um público ávido por novidades e tendências do mercado”, acrescenta. Concomitantemente à Ficro, será realizada a 2ª edição da Mostra de Turismo Regional, também na Estação das Artes Elizeu Ventania. Oberi Penha afirma que o objetivo é evidenciar o potencial
que Mossoró e região possuem no turismo. “A MTR conta com exposições das Prefeituras da região e do trade turístico, como hotéis, pousadas, restaurantes, locadoras de veículos, agências, operadoras de viagens e companhias aéreas. A iniciativa também dispõe de uma programação técnico-científica com apresentações culturais e musicais”, pontua. As duas feiras somam cerca de 250 estandes, com mais de 100 expositores. “Cerca de 250 estandes abrigarão a Ficro e a Mostra de Turismo Regional. Espera-se um acréscimo em torno de 12% nas operações comerciais da Ficro, na comparação com 2017, quando movimentamos R$ 25 milhões em negócios”, estima Oberi. Para o presidente da Acim, José Carlos Lins, a Ficro permite o compartilhamento de experiências do segmento empresarial. “A Feira Industrial e Comercial da Região Oeste é importante para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, porque os empresários do setor industrial têm a oportunidade de expor e dar visibilidade a seus produtos. A Ficro também possibilita a participação de empresas de outras regiões, o que favorece o compartilhamento de experiências”, declara. José Carlos ressalta ainda que a feira possibilita que empresários
conheçam o potencial de Mossoró. “A Ficro é uma oportunidade para que empresários conheçam o potencial da nossa cidade, o que favorece a realização de eventuais investimentos no município”, frisa. Oberi Penha também enfatiza a importância da Ficro para o desenvolvimento do estado, argumentando que o evento propicia um ambiente favorável à efetivação de negócios que aquecem a economia mossoroense. “A Ficro, no entanto, vai além do aspecto econômico. Faz parte da cultura social local, visto que visitá-la é um hábito mantido por gerações que acompanharam a evolução do evento”, enfatiza.
“A Ficro se consolida como evento onde as possibilidades de contatos e realizações de negócios são cada vez mais frequentes e numerosas [...]” Oberi Penha,
coordenador-geral da Ficro
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‘Os 30 anos da Ficro representam a solidificação do evento’, diz presidente da Acim Marcelo Bento
“Os 30 anos da Ficro representam a solidificação do evento.” A avaliação é do presidente da Associação Comercial e Industrial de Mossoró, José Carlos Lins, que classifica a Ficro como a maior feira de negócios do Rio Grande do Norte. “É uma conquista a Ficro chegar à sua 30ª edição com o padrão de excelência que alcançou e com uma trajetória que evidencia seu crescimento. A Ficro é um evento de grandes dimensões. As entidades que patrocinam a feira ficam surpresas e até se questionam como Mossoró consegue realizar um evento com essa amplitude”, frisa João Carlos. O empresário Nilson Brasil, ex-presidente da Acim e membro do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (SEBRAE-RN), acompanha a Ficro desde a sua primeira edi-
“É uma conquista a Ficro chegar à sua 30ª edição com o padrão de excelência que alcançou e com uma trajetória que evidencia seu crescimento.” José Carlos Lins,
presidente da Associação Comercial e Industrial de Mossoró
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José Carlos Lins, presidente da Associação Comercial e Industrial de Mossoró, fala sobre as três décadas da Ficro ção. Ele conta que a feira começou a ser realizada em Mossoró em 1987, a partir de iniciativa do Sebrae-RN. A intenção da organização do evento era incentivar o crescimento econômico e o intercâmbio entre empresas e empreendedores da região Oeste potiguar. “Inicialmente, a Ficro era uma feira itinerante, sendo realizada em locações, como o Sesi, Sesc, Hotel Thermas, Porcino
Park Center e o antigo Shopping Coelhão”, relata. Em 1997, a Associação Comercial e Industrial de Mossoró deixou de ser apenas parceira colaboradora e apoiadora da feira, para assumir a condição de executora do projeto. Com isso, o evento alcançou ainda mais projeção no mercado econômico. Em 2007, por iniciativa do então presidente da Acim, Vilmar Pereira, a Ficro foi transfe-
rida para o Expocenter, ambiente construído a partir de uma parceria entre o Governo do Estado, Prefeitura de Mossoró, a antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM) e a Associação Comercial e Industrial de Mossoró. Foi a primeira parceria público-privada do estado. Em 2016, em razão das dificuldades econômicas que o país atravessava, a Ficro deixou de ser realizada pela primeira vez, após entendimento com o Sebrae e demais parceiros investidores. No ano de 2017, após entendimento com entidades de classe locais e parceria com a Prefeitura de Mossoró, a Ficro voltou a ser realizada na Estação das Artes, no Corredor Cultural de Mosso-
ró. Naquele ano, a feira passou a compor o projeto “Aquece Mossoró”, uma campanha de fomento à economia realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Em 2018, a Ficro atinge a marca de 30 edições, reafirmando seu relevante papel para a economia de Mossoró e região. Neste ano, a estrutura da feira será novamente montada na Estação das Artes. Além de suas três décadas, a Ficro neste ano também evidenciará os 45 anos do Sebrae, idealizador da feira e forte parceiro da Acim. “A feira sempre foi importante. Por ter sido inserida no Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras, começamos a trazer empresas de outras regiões
que têm representantes no estado. Nesses 30 anos, realizamos ações relevantes, como o ‘Projeto Empreender’, que promovia capacitação e o desenvolvimento de empreendedores, e a Feira do Empreendedor, no ano de 2010, que também pretendia capacitar empreendedores, além de mostrar experiências na área de negócios”, declara Nilson Brasil. O empresário ressalta ainda a importância da Acim para o município de Mossoró. A instituição completará 100 anos no dia 8 de julho de 2019. “Sempre me senti muito honrado de ter atuado na Acim, uma instituição que tem marcante participação em ações que projetaram a cidade de Mossoró”, frisa. Marcelo Bento
O empresário Nilson Brasil acompanha a Ficro desde a sua primeira edição
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‘A Ficro é a vitrine da pujança econômica de Mossoró e região’, diz coordenador-geral do evento A participação de empresas regionais na Feira Industrial e Comercial da Região Oeste é majoritária. Contudo, ao longo de suas três décadas de atuação, a Ficro sempre foi procurada por expositores de outros estados que enxergavam o potencial do evento, explica o coordenador-geral da feira e da MTR, Oberi Penha. “A Ficro é a vitrine da pujança econômica de Mossoró e região, por isso a predominância de empresas regionais. Contudo, ao longo de suas três décadas de existência, a feira sempre foi procurada por expositores de outros estados, que enxergavam o evento como um excelente instrumento para ampla divulgação de uma marca, produto ou serviço para um público ávido por novidades”, diz Oberi. O coordenador-geral da Ficro salienta que, neste ano, o evento também reunirá expositores de Recife (PE), Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB), através de suas representações e franquias locais. Com relação à Mostra de Turismo Regional, Oberi ressalta a participação de diversos municípios. “Municípios dos polos Serrano e Costa Branca vão mostrar seus potenciais turísticos na II Mostra de Turismo Regional”, assinala. DESENVOLVIMENTO Oberi Penha afirma que a Ficro possui relevante papel para o desenvolvimento de
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Marcelo Bento
Oberi Penha, coordenador-geral da Ficro, afirma que o evento possui relevante papel para o desenvolvimento de Mossoró e do estado Mossoró e do estado, visto que, com ajuda de seus parceiros, oportuniza um ambiente favorável à celebração de negócios, fator que possibilita o aquecimento da economia. “A Ficro integra o Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras. Em âmbito estadual, é considerada a maior feira multissetorial do Rio Grande do Norte. São essas algumas das razões que evidenciam a importância do evento para o desenvolvimento de Mossoró e região”, diz o coordenador-geral da feira. RESPONSABILIDADE Oberi Penha participa da organização da Ficro desde 2002, mas foi em 2005 que, pela pri-
meira vez, exerceu a função de coordenador do projeto. “Além de uma grande responsabilidade a mim atribuída, pois sempre me envolvi visceralmente com a feira, tem sido uma honra trabalhar na organização da Ficro. Fazer parte de um projeto da importância da Ficro, existente há 30 anos e realizada por uma entidade a qual me honra servir e que completará 100 anos, a Acim, é motivo de grande alegria e satisfação. No mais, é agradecer a confiança e o apoio que a Acim, ao longo desse período, me proporcionou, para que eu pudesse exercer, com muita serenidade, a coordenação da maior feira de negócios da região”, finaliza Oberi Penha.
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Micros e pequenas empresas Moraes Neto/Sebrae-RN
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Sebrae no RN
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o dia 31 de agosto deste ano, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (SEBRAE-RN) alcançou uma importante marca. São 45 anos de atuação, objetivando estruturar e desenvolver o empreendedorismo no estado.
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Entidade reconhecida em todo o país, Sebrae completa 45 anos de atuação no Rio Grande do Norte e se destaca pelo trabalho voltado ao empreendedorismo local
Nessas mais de quatro décadas, a entidade tem se sobressaído em diversas frentes. Da fruticultura à tecnologia, o Sebrae-RN se dedica a buscar oportunidades e mecanismos que promovam o êxito de quem investe ou pretende investir em um campo de atividade. José Ferreira de Melo Neto,
“Zeca Melo”, superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do RN, diz que no Brasil o tema empreendedorismo tem sido fortemente influenciado pelo Sistema Sebrae. Zeca Melo salienta que, no estado, a entidade tem liderado ações que incentivam pessoas a identifi-
car oportunidades que podem ser transformadas em negócios lucrativos. “Se, como diz a Bíblia, a cada pessoa é dado um determinado número de talentos, o desenvolvimento de competências e habilidades depende da vontade, esforço e persistência empregados na consecução dos objetivos. Assim, é viável e possível estimular o empreendedorismo. É nisso que o Sebrae acredita e persevera”, declara. Como parte do esforço para fortalecer o empreendedorismo no estado, o Sebrae-RN, nesses 45 anos, tem disponibilizado consultorias e desenvolvido ações que objetivam capacitar quem já está ou almeja ingressar no campo dos negócios. O Empretec, por exemplo, é mencionado pelo superintendente da instituição como “a capacitação ideal para os que já têm uma empresa ou decidiram investir em um projeto ou em um sonho”. “Com metodologia criada pela ONU exclusiva para o Sebrae, esse seminário de 60 horas, cursadas em regime intensivo e de imersão, motiva os participantes a ter uma visão empreendedora e a desenvolver habilidades de negociação e gestão empresarial, competências que auxiliam na tomada de decisões. Nos últimos 20 anos, o Sebrae-RN promoveu 264 turmas do Empretec, com 6.346 alunos”, frisa Zeca Melo. O Sebrae-RN tem um histórico de intensa parceria com os pequenos negócios. O agronegócio é um dos segmentos com forte participação da entidade. Nesse setor, a aproximação mais efetiva se deu a partir de 1995, ano em que a instituição iniciou sua participação anual na Festa do Boi, evento realizado em Mossoró. Contudo, quatro anos antes, o Sebrae já havia ajudado à Cooperativa dos Beneficiários Artesanais de Castanha de Caju (COOPERCAJU), em Serra do Mel, ressalta Zeca Melo. For-
Sebrae-RN
Zeca Melo, superintendente do Sebrae-RN, destaca a atuação da entidade em diversos setores da economia estadual malizada, essa cooperativa realizou sua primeira exportação em 1992. “A conquista do mercado internacional pelo pequeno produtor de frutas tropicais sempre foi importante foco do nosso trabalho. Certificações do porte da Eurepgap, Produção Integrada, Fair Traide ou Glogal Gap, conquistadas por cooperativas, associações ou assentamentos da agricultura familiar, nos deram a certeza de que estávamos reduzindo as disparidades de renda no Brasil e, principalmente, democratizando as oportunidades de empreender e vender para o mundo”, diz o superintendente do Sebrae-RN. A partir dessa perspectiva de possibilitar contato com o mercado internacional é que o Sebrae-RN viabilizou a participação de negociadores estrangeiros em diversas edições da Feira Internacional de Fruticultura Irrigada (EXPOFRUIT), evento que a instituição organiza com a ajuda de parceiros. “Nesses mais de vinte anos junto
com o Sebrae, a fruticultura potiguar se modernizou e cresceu”, ressalta Zeca Melo. TURISMO O turismo é avaliado por autoridades políticas e empresários como uma alternativa econômica para o Rio Grande do Norte. Em consonância com esse entendimento, o Sebrae-RN e empresários se empenharam e conseguiram incluir cinco municípios potiguares na Rota das Falésias – um roteiro originalmente criado no Ceará e que foi estendido ao Rio Grande do Norte no final do ano passado. Os municípios potiguares integrados foram Tibau, Grossos, Areia Branca, Porto do Mangue e Mossoró. Por meio dessa incorporação, produtos turísticos da região da Costa Branca, no RN, podem ser apreciados por visitantes de todas as partes do Brasil e do mundo. Segundo Yves Guerra, gestor das ações de Turismo no Sebrae-RN, está sendo traçada uma série ACONTECE . Outubro 2018
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de iniciativas para tornar o destino potiguar da Rota das Falésias ainda mais atrativo. “Estamos fazendo um trabalho no Parque Nacional da Furna Feia, onde há uma das maiores concentrações de cavernas do Nordeste, criando uma estrutura de apoio ao turista que visita a região, assim como a parte de identidade visual do parque”, diz. A Rota das Falésias faz parte das estratégias do Sebrae-RN para consolidar novos roteiros e estimular a interiorização do turismo no estado. A instituição já havia criado a Rota da Fé, que abrange o circuito religioso em torno do município de Santa Cruz; o Roteiro Seridó; os Paraísos do Agreste (que engloba as cidades serranas de Passa e Fica, Monte das Gameleiras e Serra de São Bento); Caminhos de Pium; Do Sertão para o Mar (região Oeste); e o roteiro do Vale do Açu. ENERGIA Atento às transformações do mercado, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte tem observado o potencial do segmento de energia fotovoltaica para os pequenos negócios. A instituição e parceiros elaboraram o “Projeto RN Solar”, estruturado com a colaboração de todos os interessados – empresários e instituições. “A Comissão Temática de Energias Renováveis (COERE) – iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) –, o CTGAS-ER, a Cosern e o BNB, além do Sebrae, criaram condições para que 40 pequenas empresas possam ter acesso ao desenvolvimento tecnológico e à inovação, a mercados, à gestão empresarial e à governança, aptas, portanto, a apoiar milhares de empresas potiguares que utilizarão energia solar. A dinamização da cadeia produtiva de energias renováveis no Rio Grande do Norte virá como consequ-
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João Vidal, gerente do escritório da região Oeste do Sebrae-RN, fala sobre a programação que evidenciará em Mossoró os 45 anos da instituição ência”, diz Zeca Melo. INOVAÇÃO São nítidas as transformações da sociedade e o mercado precisa estar preparado para acompanhar essas mudanças. Atento a essa realidade, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do RN preparou um novo espaço, o Sebraelab. “Modelos de negócios podem surgir de pensamentos criativos e experiências compartilhadas. A partir dessa percepção, o Sebraelab possibilita ambientes adaptáveis e voltados às demandas locais, onde instituições de ensino, associações e centros de pesquisa também interagem, incentivam a criatividade e abrem o campo de visão para propostas inovadoras”, declara o superintendente do Sebrae-RN. Para Zeca Melo, o desenvolvimento de ideias, conversas sobre inovação e planejamentos voltados ao crescimento de negócios são atividades profundamente vinculadas com o Sebraelab. “Penso que o Sebraelab é, atualmente, a cereja do bolo do Sebrae-RN. Iniciativa que, em algum tempo, assim espero,
será substituída por outro produto inovador, mais uma ideia mirabolante”, completa o superintendente. Ainda com foco nas inovações, é desenvolvido o “Sebraetec”, uma iniciativa de fomento à inovação tecnológica. Desenvolvimento de aplicativos, informatização do sistema de pagamento, elaboração de projeto de licenciamento ambiental podem custar mais barato do que muito empresário imagina, isso porque o Sebrae mantém o Sebraetec, um programa que custeia a maior parte desses serviços tecnológicos, consultorias e mão de obra especializada, para que pequenas empresas consigam inovar e obter melhores resultados em termos de produtividade, vendas e rentabilidade. “O Sebraetec é o maior programa de estímulo à inovação tecnológica para micros e pequenas empresas que, na maioria dos casos, não teriam condições de arcar integralmente com os custos desses serviços”, explica a gestora do Sebraetec no RN, Marijara Leal. SEBRAE NA FICRO Os 45 anos do Sebrae-RN se-
rão evidenciados durante a Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (FICRO), que em 2018 também alcança uma marca importante: 30 anos. Ao longo da programação da feira, que acontecerá de 4 a 9 de novembro, o Sebrae-RN realizará o “Fórum Empresarial do Oeste: Sucessão e Liderança”. O evento acontecerá no dia 8 de novembro, às 18h, no Garbos Recepções. A inscrição para o fórum custa R$ 70,00 e pode ser efetivada pelo telefone 0800-570-0800. O Serviço Brasileiro de Apoio às Mi-
cros e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte também será um dos expositores da Ficro. “O objetivo do fórum será orientar sobre sucessão de comando empresarial. Para isso, estamos trazendo palestrantes importantes, como Armando Lourenzo e Jack Schaumann, que possuem expertise no tema. O evento será destinado ao público em geral, incluindo empresários e seus colaboradores”, diz João Vidal, gerente do escritório da região Oeste do Sebrae-RN. Sobre o estande na Ficro, João
Vidal explica que o espaço será dedicado aos clientes do Sebrae-RN. “Na oportunidade, vamos notabilizar, através de uma linha do tempo, os 45 anos do Sebrae-RN, nossa participação nos 30 anos da Ficro e a história de empresas da região que fizeram parte dessas três décadas da feira comercial. Com esse conceito, pretendemos despertar nas pessoas o interesse em conhecer a história do Sebrae-RN bem como a importância da instituição para os pequenos negócios”, enfatiza.
Ações do Sebrae fortalecem o empreendedorismo no RN As ações do Sebrae-RN têm se refletido positivamente nos projetos de muitos empreendedores. Fruticultura, petróleo e gás e turismo são apenas alguns dos segmentos econômicos com participação da entidade. Empreendimento classificado como pequena empresa, a Serviços Industriais Ltda. (SERVINDU) atua há oito anos no segmento de petróleo e gás e, há mais de dois anos, com energia fotovoltaica (energia solar). Proprietário e diretor da Servindu, Criste Jones destaca que o Sebrae-RN foi um agente importante na implantação da empresa. “A Servindu surgiu como uma empresa incubada, não residente, com convênio com o Sebrae e o IFRN [Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte]. Foi quando demos os primeiros passos como empresa. Nessa fase, tivemos acompanhamento
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Carlos Bessa, Criste Jones e Cristimar Bessa, sócios da Servindu, empresa que contou com apoio do Sebrae-RN
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e parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte”, conta. Criste salienta que, durante o desenvolvimento de sua empresa, ele e os sócios participaram no Sebrae-RN de treinamentos voltados à gestão. Além disso, lembra Criste, um convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequena Empresa, Redepetro e Petrobras deu suporte à Servindu no processo de implantação do ISO 9001. “Tivemos convênio com o Sebrae-RN, Redepetro e Petrobras para a implantação do ISO 9001. Foi-nos possibilitado suporte, desde a consultoria e implementação do sistema até a certificação. Tivemos ainda um aporte financeiro, uma participação do Sebrae, em conjunto com a Redepetro e a Petrobras. O curso Empretec também foi muito importante para nós. O Empretec é uma iniciativa do Sebrae de muita importância para quem pretende empreender, visto que abre novos horizontes, traz novos comportamentos empreendedores”, acrescenta o empresário. Por meio do Sebrae-RN, os sócios do Servindu também tiveram acesso a estudo de mercado e participação em feiras nacionais e internacionais. “O Sebrae trouxe projeção para nossa empresa. Por isso, sempre buscamos estar próximos dessa instituição, porque é o lugar do empreendedor, do empresário, das micros e pequenas empresas. No Sebrae, temos os melhores profissionais, as melhores consultorias”, enfatiza. Atualmente, a Servindu atende toda região Nordeste, com serviços voltados à cadeia do pe-
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Cedida/Servindu
Servindu atua nos segmentos de petróleo e gás e energia renovável tróleo. No segmento de energia fotovoltaica, a empresa atua em Mossoró e nas regiões Seridó e Alto Oeste, no Rio Grande do Norte. A Servindu possui ISO 9001 desde 2015 na área de petróleo e gás. Também em 2015, a empresa recebeu o prêmio “Melhores Práticas”, no congresso Anprotec. “Essa premiação também se deve ao apoio que recebemos do Sebrae-RN”, conclui Criste. FRUTICULTURA Parte das frutas consumidas no Rio Grande do Norte não é cultivada em solo potiguar. Essa realidade do mercado faz que os revendedores precisem buscar essas frutas em outros estados para não gerar desabastecimento nas indústrias de beneficiamento e nas gôndolas
do supermercado. Mas, a situação está mudando. Produtores já perceberam a importância de cultivar frutas que não requerem grandes extensões de terras, mas que trazem retorno financeiro por serem demandadas pelo mercado consumidor. Agricultor, Francisco de Assis Souza tem alcançado bons resultados a partir do plantio de maracujá. Ele conta que era mestre de obras e em 2008 iniciou sua produção com o melão. Porém, os custos só aumentavam e a fruta se desvalorizava. Diante isso, decidiu substituir toda a plantação de melão no lote de 15 hectares que possui no assentamento São Romão, em Mossoró, por uma cultura que ocupa menos espaço e tem compra garantida. Depois de buscar o Sebrae-RN
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e receber orientação técnica, Francisco investiu no plantio de maracujá. Em apenas meio hectare, o agricultor tem 260 pés da planta, capazes de render por mês uma colheita de 10 mil quilos. Francisco também reservou outras áreas para plantar 160 pés de acerola e 400 de graviola, que também são rentáveis. “Eu passava quase um ano para receber o dinheiro do melão. Com o maracujá, meu lucro cresceu perto de 50%. No ano passado, cheguei a ter um lucro de R$ 20 mil. Nunca que teria isso com o melão”, avalia. EMPREENDIMENTOS CRIATIVOS O Sebrae-RN também desenvolve articulações com outros segmentos a fim de criar novas possibilidades de negócios para
empreendimentos criativos. Uma dessas possibilidades é a junção de produtos culturais, produção associada e turismo, que tem como melhor exemplo o roteiro “Natal Encantos Criativos”, que reúne os produtos turísticos dos Territórios Criativos das Rocas e da Vila de Ponta Negra, criado no ano passado. A proposta, segundo o Sebrae, é o turismo de experiência e vivência desses dois bairros de efervescência cultural da capital potiguar. Reunir os valores desses bairros natalenses, a força criativa e organizar produtos turísticos de experiência com valor de mercado foi o objetivo do Sebrae-RN. Consultora do projeto, Karina Zapata avalia que o diferencial do trabalho foi a valorização do material humano. “A centralidade das ações residiu em práticas e pensa-
mentos das pessoas dessas comunidades”, declara. O potencial do bairro foi transformado em produto turístico capaz de atrair visitantes a também vivenciar experiências, como é o caso das mulheres que fazem renda de bilros na vila de Ponta Negra. Um dos elementos iconográficos de Natal, a renda de bilro agora foi elevada a produto, a Zoada de Bilros. O turista pode ter uma oficina com as experientes rendeiras da vila. Já a artista plástica Lídia Quaresma passou a receber visitantes em seu atelier para que vivenciem a experiência de pintar camisetas. O mesmo fez Osvaldo Oliveira, que passou a ministrar uma oficina de cores em sua casa, debaixo de mangabeiras e cajueiros. Os turistas aprendem sobre as cores, pintam telas e se veem retratados. Reproducao da internet
Renda de bilro é um dos elementos iconográficos de Natal, capital do RN 48 | ACONTECE . Outubro 2018
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Em funcionamento há três meses, restaurante de comida japonesa teve apoio do Sebrae-RN Em funcionamento há três meses em Mossoró, o restaurante de comida japonesa Yamana Sushi representa a dedicação de uma família que abraçou oportunidades e decidiu galgar mais uma etapa em direção ao crescimento no âmbito do empreendedorismo. O Sebrae-RN participou dessa nova fase, por meio de ações e orientação que buscaram facilitar a implantação e gerenciamento do restaurante. Além de representar mais uma etapa da família Yamana no campo dos negócios, o restaurante Yamana Sushi tem em sua origem a superação de seus proprietários. A história do empreendimento remonta a um passado recente, mais precisamente o ano de 2016. Naquele ano, Walter Yamana, hoje Marcelo Bento
Walter Yamana e Ana Laíde dirigem o restaurante Yamana Sushi em Mossoró 50 | ACONTECE . Outubro 2018
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Família proprietária trabalha unida no restaurante Yamana Sushi um dos proprietários do restaurante, estava estabelecido em Mossoró, mas recebeu uma ingrata surpresa: fora demitido da empresa de cimentos na qual trabalhava – a empresa fica localizada em Quixeré (CE). Não sabia Walter que a vida logo possibilitaria a ele e à sua família a oportunidade de superar aquela situação. A superação começou a partir de um fato inusitado. Em agosto de 2016, Ana Laíde, atualmente proprietária e sushiwoman do restaurante Yamana, havia preparado um lanche para seu filho mais novo, Felipe Yamana, na época com 13 anos. Não era um lanche comum. Tratava-se de comida japonesa, o que chamou a atenção de uma colega de escola de Felipe. “Uma colega de escola do meu filho Felipe perguntou o que era aquele alimento que eu havia pre-
parado, e respondi que era comida japonesa. Desde aquele dia, os colegas de escola do Felipe começaram a me incentivar a investir no segmento de comida japonesa. Na mesma semana, mais precisamente no dia 31 de agosto de 2016, comprei um peixe, e eu não sabia cortar peixe adequadamente, e preparei um sushi. À noite, meu filho Felipe publicou uma foto do prato no grupo da escola e, assim, surgiu meu primeiro cliente”, conta Ana Laíde. Desde aquele dia, a comida japonesa produzida por Ana Laíde começou a se notabilizar no condomínio onde moram em Mossoró. “Pais de alunos começaram a conhecer o sushi que eu preparava, o que desencadeou o crescimento da demanda”, diz a chefe do restaurante Yamana. Ana Laíde rememora que no mês posterior, almoçou com o ca-
sal da colônia japonesa de Mossoró Masatoshi Otani/Cristina Otani e externou que estava atuando no setor de alimentação. E foi no aniversário de Cristina que despontou mais uma oportunidade de crescimento para a família Yamana. “Preparamos comida japonesa para o aniversário de Cristina e mais pessoas começaram a conhecer meu trabalho e perguntavam se eu atuava com delivery, entregando comida em casa”, frisa. A festa de Cristina representou o início de uma nova fase para Ana Laíde. Começaram a surgir encomendas para eventos e pedidos para entrega de comida japonesa em domicílio. “Nossa atividade começou a crescer ainda em 2016, mas, no ano seguinte, as encomendas para eventos e o delivery ganharam outra dimensão. Tudo era produzido em nossa casa, por mim, meu filho Felipe e meu esposo Walter”, enfatiza Ana Laíde. O SEBRAE E O YAMANA SUSHI Ainda em 2017, um sonho começou a ganhar força na família Yama-
na. Aproximava-se o momento de inaugurar o próprio restaurante. A concretização desse sonho começou a desenhar-se com o importante apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas. “O Sebrae-RN abriu uma espécie de concorrência a fim de que pudéssemos escolher uma empresa que viabilizasse a identidade visual do restaurante. O Sebrae também nos ajudou a construir nosso plano de negócios, além de ter sido importante para que os serviços contratados por nós durante a implantação do restaurante tivessem efetividade”, diz Ana Laíde. Walter reforça a importância do Sebrae para a definição do plano de negócios do restaurante e afirma que a implementação do empreendimento fora fortalecida pela perspectiva da instituição. “O plano de negócios elaborado em parceria com o Sebrae colocou no papel aquilo que pensávamos para o desenvolvimento do nosso restaurante. O olhar do Sebrae contribuiu na estruturação do Yamana Sushi. Esse olhar externo corroborou nossa atuação como empreen-
dedores”, declara. Walter conta que o primeiro contato de sua família com o Sebrae aconteceu em 2016, quando eles pretendiam registrar a marca Yamana Sushi. “Inicialmente, nosso objetivo era apenas registrar a marca Yamana Sushi, mas uma consultora do Sebrae de Mossoró começou a apontar possibilidades no campo do empreendedorismo. Eu pensava que ela estava apenas tentando nos fazer aderir aos serviços da instituição. Achei que a consultora queria ‘nos empurrar’ os serviços. Hoje, depois de toda a experiência com o Sebrae, indico a entidade para todo mundo”, enfatiza. Inaugurado há três meses, o Yamana Sushi tem seis funcionários registrados, além da força de trabalho da família proprietária. A família continua trabalhando unida: Felipe Yamana é sushiboy no restaurante e Rafael Shimada, o filho mais velho, ajuda nos serviços, sendo também responsável pelo marketing do empreendimento. Atualmente, o restaurante serve uma média de 70 pessoas por dia e funciona de terça a domingo. Marcelo Bento
O restaurante atende, em média, 70 clientes por dia e segue em busca de seu espaço no mercado
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Ideb 2017:
uma radiografia da educação básica no RN
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Wilson Moreno/Agecom UERN
Grandes cidades do estado ficam abaixo da meta nos anos finais do ensino fundamental e revelam os desafios que ainda precisam ser superados na educação básica do RN
Meyre Ester, diretora da Faculdade de Educação da Uern, diz que os resultados do Ideb têm influenciado sobremaneira as políticas educacionais
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o Rio Grande do Norte, assim como em parte considerável dos estados brasileiros, os avanços nas primeiras séries do ensino fundamental (1° ao 5° ano) são mais significativos do que nos anos finais desse segmento (6° ao 9° ano). Avanços que se devem a um conjunto de políticas que tem impactado na permanência dos alunos e em um maior acompanhamento do desenvolvimento da educação, particularmente nos municípios, avalia a diretora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Meyre Ester Barbosa. A análise da diretora considera os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB 2017), divulgados em setembro deste ano. O Ideb varia de 0 a 10, fora criado pelo decreto 6.094 de 24 de abril de 2007 e tem sido utilizado como parâmetro para avaliar a qualidade do ensino ofertado na educação básica brasileira. O Ideb é formulado a partir da combina-
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ção entre os índices que avaliam o desempenho dos alunos em testes padronizados, como o do Sistema Nacional de Avaliação (SAEB), para os Estados, e a Prova Brasil, para os Municípios. A definição do Ideb também considera dados do fluxo escolar, obtidos por intermédio do Censo dessa área. Nesse sentido, a qualidade da educação é avaliada sob dois aspectos: do rendimento, expresso nos índices de aprovação, reprovação e abandono; e da aprendizagem, que se reflete nos resultados do desempenho dos estudantes nas disciplinas de Português e Matemática na Prova Brasil e no Saeb. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) afirma que o Ideb também é importante por ser condutor de política pública em prol da qualidade da educação. Segundo o instituto, o Ideb é a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para a educação básica, que ACONTECE . Outubro 2018
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tem estabelecido, como meta, que em 2022 o Ideb brasileiro seja 6,0 – média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável à dos países desenvolvidos. A meta do Ideb para os anos iniciais do ensino fundamental (1° ao 5° ano) da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte era 4.2 e foi superada em 0,4 ponto. Porém, o resultado positivo não se repetiu nos anos finais. Nessa faixa, a meta projetada era 4.0 e a rede estadual atingiu 3.3. No ensino médio, o resultado foi ainda pior – a meta era 3.9 e a rede estadual alcançou 2.9. O resultado da rede estadual do Rio Grande do Norte nos anos iniciais ficou abaixo do Ideb alcançado pelo Brasil nesse mesmo segmento – 5.8. Também foi inferior ao Ideb que apresenta uma média dos resultados das redes estaduais de ensino. Esse indicativo nacional ficou em 6.0; a meta projetada era 5.6. Nos anos finais do ensino funda-
mental, a média nacional das redes estaduais de ensino foi 4.5 – a meta projetada era 4.8. No ensino médio, a média nacional das redes estaduais atingiu 3.5 – a meta projetada era 4.4. Nenhum estado brasileiro atingiu a meta para o ensino médio. “Como política que tem propósito de aferir a qualidade da educação, o Ideb tem se configurado como estratégia de acompanhamento das metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento da Educação. Portanto, seus resultados têm influenciado sobremaneira as políticas educacionais, apontando para a necessidade de reformas curriculares e de melhorias nos cursos de formação de professores”, diz a diretora da Faculdade de Educação da Uern. Meyre Ester ressalta, porém, que a aferição da qualidade da educação passa necessariamente pela análise do contexto social, histórico e econômico. “É preciso ampliar os indicadores e instrumentos de avaliação, para que eles possam
favorecer um diagnóstico da situação. É preciso compreender as causas do que se considera como insucesso escolar”, acrescenta. A titular da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC), Cláudia Santa Rosa, afirma que o Ideb 2017 ainda não reflete o trabalho que está sendo desenvolvido na rede estadual de ensino do RN. “Assumi o comando da Secretaria de Estado da Educação em maio de 2016. A partir daquele momento, eu e minha equipe começamos a diagnosticar a rede de ensino e a definir orçamento para a área. Em março de 2017, iniciamos o trabalho para reverter os indicativos da rede estadual de ensino, mesmo ano em que foi realizada a prova que embasa o Ideb. Por conta do curto período aferido, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 2017 ainda não reflete o trabalho que estamos desenvolvendo no estado”, diz. Sobre o desempenho do ensino Cedida/E. E. Francisca Martins de Souza
A Escola Estadual Francisca Martins de Souza, em Mossoró, alcançou 6.1 no Ideb nos anos iniciais do ensino fundamental 56 | ACONTECE . Outubro 2018
médio da rede estadual, Cláudia Santa Rosa pondera que a ampliação do resultado desse segmento no Rio Grande do Norte está condicionada à evolução do nível fundamental. “O ensino médio progredirá se o ensino fundamental avançar”, acrescenta. BOM EXEMPLO NA REDE ESTADUAL A Escola Estadual Francisca Martins de Souza, em Mossoró, alcançou 6.1 no Ideb nos anos iniciais do ensino fundamental. A unidade é uma das escolas que superaram tanto o Ideb registrado pela rede estadual do Rio Grande do Norte (4.6) quanto a média nacional dessa esfera, que foi 6,0. A Escola Francisca Martins de Souza atende 165 alunos e trabalha apenas com os anos iniciais da educação básica. A diretora da unidade diz acreditar que o trabalho articulado e em equipe, o comprometimento dos professores e as parcerias estabelecidas contribuíram para que a escola alcançasse o resultado positivo no Ideb. “A confiança e a credibilidade de toda a comuni-
“Como política que tem propósito de aferir a qualidade da educação, o Ideb tem se configurado como estratégia de acompanhamento das metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento da Educação.” Meyre Ester,
diretora da Faculdade de Educação da UERN
Assessoria/Seec
Cláudia Santa Rosa, secretária de Estado da Educação e da Cultura, avalia o desempenho da rede estadual de ensino no Ideb
dade escolar também cooperaram para que conquistássemos um bom desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica”, assinala. Kézia Lopes, professora do 4° ano na Escola Estadual Francisca Martins de Souza, avalia o resultado da unidade no Ideb como “superpositivo”. “O nosso papel para alcançar um resultado positivo no Ideb está no compromisso e empenho de cada etapa aplicada, pois bem sabemos o quadro em que se encontra a educação no contexto atual”, declara. Questionada sobre quais os desafios para fortalecer o processo de aprendizagem na Escola Francisca Martins, Kézia diz que o maior desafio é o reconhecimento da educação como o melhor caminho na formação de um cidadão. “Esse desafio perpassa pelos atores que fazem o chão da escola, pela família, pelos governantes. Todos devem reconhecer e valorizar a escola como instrumento imprescindível de mudança de caráter e cidadania. Só assim teremos uma nação consciente e livre de verdade”, frisa.
RANKING DO IDEB 2017
Rede Municipal/RN Anos Iniciais do Ensino Fundamental 1º Acari..........................................6.6 2ºCruzeta......................................6.2 Ipueira.......................................6.2 3ºSantana do Seridó....................6.0 4ºEquador.....................................5.7 Itaú............................................5.7 São João do Sabugi..................5.7 5ºCarnaúba dos Dantas..............5.6 Currrais Novos.........................5.6 Lajes..........................................5.6 Mossoró....................................5.6 São José do Seridó..................5.6
RANKING DO IDEB 2017
Rede Municipal/RN Anos Finais do Ensino Fundamental 1º Rafael Godeiro.........................5.4 2º Ouro Branco............................5.0 3º São João do Sabugi..................4.7 4ºCruzeta......................................4.6 Lajes...........................................4.6 Severiano Melo........................4.6 5ºCaicó..........................................4.5 São Fernando............................4.5
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Apenas 55,5% das redes municipais do RN alcançaram meta do Ideb No âmbito das redes municipais de ensino do Rio Grande do Norte, também há uma realidade preocupante. Das 164 cidades do estado com metas calculadas para o Ideb 2017/anos iniciais, apenas 91 alcançaram o resultado esperado – em termos percentuais, 55,5% dos municípios. A capital do estado, por exemplo, não alcançou a meta para os anos iniciais do ensino fundamental (4.9), tendo registrado 4.8. No segmento dos anos finais, a rede municipal de Natal ficou ainda mais distante da meta: o resultado foi 3.5; a meta projetada era 4.5. O desempenho de Mossoró, segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, foi superior ao da capital, mas insuficiente para atender todas as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a rede municipal de Mossoró alcançou 5.6 – a meta projetada era 4.9. Porém, nos anos finais, o resultado não foi satisfatório. A rede municipal de Mossoró atingiu 4.3; a meta projetada era 4.6. “Tomando o caso de Mossoró, tem se observado desde 2010 um conjunto de normatizações que instituem e regulamentam a política educacional no município, como o Plano Municipal de Educação e a lei 2.717/2010. Verifica-se que há um acompanhamento mais profícuo por parte da Secretaria Municipal de Educação tanto no que diz respeito à formação continuada quanto no que se refere à organização da proposta curricular que contempla as habilidades e competências avaliadas. Há também políticas voltadas para a avaliação e premiação das escolas”, pontua a diretora da Faculdade de Educação da Uern, Meyre Ester. Meyre Ester frisa ainda que, em algumas escolas de educação bási-
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ca de Mossoró, tem se estabelecido uma relação mais estreita com a Uern por meio de programas como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e o Residência Pedagógica. “O Pibid e o Residência Pedagógica são políticas de formação continuada que visam o fortalecimento das práticas pedagógicas em ambos os espaços formativos”, explica. Além de Mossoró, outras cidades do Oeste potiguar também alcançaram a meta do Ideb para os anos iniciais do ensino fundamental. É o caso do município de Rafael Godeiro, que registrou 5.1 nesse segmento, superando o patamar fixado – 4.1. A cidade também ultrapassou a meta dos anos finais (5.1), alcançando 5.4. “Nossos resultados decorrem de um trabalho em equipe, onde todos sabem o seu papel de extrema importância, que é o de oferecer aos nossos alunos uma educação gratuita e de qualidade, culminando com sua emancipação como cidadão. Além do imenso esforço da Prefeitura, o que também contribui para o alcance dos índices é o quadro de professores, formado predominantemente por profissionais pós-graduados, sendo mais de 80% especialistas e 30% com mestrado”, avalia Jedson Cortez, secretário municipal de Educação em Rafael Godeiro. O MELHOR RESULTADO A escola municipal do Rio Grande do Norte com o melhor desempenho no Ideb no segmento anos iniciais está localizada em Acari, município da região Seridó, com população estimada de 11.152 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da Escola Municipal Professora Terezinha de Lourdes Galvão, que atua do 1° ao 5° ano
do ensino fundamental e registrou 7.1 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. “Colocamos os melhores professores nos 1° e 5° anos do ensino fundamental. Incentivamos os profissionais da educação com o pagamento de um adicional, o chamado sexto de férias, além de acompanharmos a frequência escolar dos alunos”, ressalta a secretária municipal de Educação de Acari, Expedita Maria. Porém, nem todos os resultados são positivos na rede municipal da cidade. A Escola Municipal Major Hortêncio de Brito, a única do Município que oferece as séries finais do ensino fundamental, registrou Ideb abaixo da meta projetada – a meta era 5.0; a unidade alcançou apenas 4.0. “Estamos avaliando a situação da escola, para sabermos como avançar”, assinala a secretária Expedita Maria. PROGRESSO DO ENSINO PÚBLICO A diretora da Faculdade de Educação da Uern entende que os caminhos para o progresso da educação na esfera pública (municipal e estadual) passam pela valorização dos profissionais do magistério, pelo investimento na formação e desenvolvimento profissional docente e pela aplicação de recursos na estrutura e organização das escolas. “É necessário igualmente valorizar os cursos de licenciaturas, com maior investimento para as universidades públicas, garantindo a continuidade do desenvolvimento de programas como o Pibid e o Residência Pedagógica, que têm se tornado fundamentais como estratégias de fixação dos alunos na universidade e de articulação da universidade com a educação básica. É necessário fortalecer esses vínculos universidade/escola e as formações inicial e continuada como estratégias de enfrentamento dos problemas que afetam a educação como um todo”, salienta.
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Novos nomes no Legislativo do RN
Eleição de Isolda Dantas (PT), Allyson Bezerra (Solidariedade) e doutor Bernardo Amorim (Avante) para a Assembleia Legislativa se destaca no Oeste potiguar 62 | ACONTECE . Outubro 2018
O
primeiro turno das eleições 2018 definiu os 24 deputados que vão integrar a 62ª legislatura no Rio Grande do Norte. A população reelegeu 15 candidatos. A renovação foi de 37,5% e se notabilizou em Mossoró pela eleição de Isolda Dantas (PT) e Allyson Bezerra (Solidariedade), candidatos originários da cidade. Ainda no Oeste potiguar, evidenciou-se a eleição de dr. Bernardo Amorim, que pertence a um grupo político com forte atuação nos municípios de Almino Afonso e Rafael Godeiro. Isolda Dantas, 44, conseguiu uma grande proeza. Ela conta que havia 24 anos um(a) vereador(a) de primeiro mandato de Mossoró não conseguia eleger-se deputado(a) estadual. Escolhida por 32.963 eleitores, Isolda foi a 13ª candidata à Assembleia Legislativa mais votada no estado – em Mossoró, foram 11.031 votos. “Quando olho o mapa eleitoral, avalio que minha eleição pode ser atribuída a vários fatores. Um de-
les é o trabalho da militância, que foi para as ruas. Tem a ver também com o meu mandato na Câmara Municipal de Mossoró. Mas, não é só isso. O eleitor está requerendo posições mais firmes e se identificou com minha atuação”, diz. Isolda salienta que não foi apoiada por nenhum vereador durante a campanha estadual. A candidatura, no entanto, recebeu apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) e do Sindicato dos Trabalhadores na Lavoura de Mossoró e Região. “Ressalto também que minha campanha foi potencializada por meio de atuações na Uern [Universidade do Estado do Rio Grande do Norte] e na UFRN [Universidade Federal do Rio Grande do Norte]. Outros fatores também foram determinantes para minha vitória: visita à casa das pessoas, com argumentações inteligentes; o alcance das redes sociais; e o fato de muitos eleitores terem se sentido reDivulgação
“Quero ser a porta-voz dos problemas de Mossoró.” Isolda Dantas,
deputada eleita
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presentados e acolhidos pela nossa campanha e propostas”, frisa Isolda, realçando ainda que recebeu votos em 166 dos 167 municípios do estado – a exceção foi a cidade de João Dias, na região Alto Oeste. Questionada sobre o que pretende fazer por Mossoró, segunda maior cidade do RN, Isolda Dantas diz que o município, pelo que representa, terá importância em
seu mandato. “Quero ser a porta-voz dos problemas de Mossoró”, declara. A deputada eleita afirma ainda que Mossoró precisa se desenvolver e que pretende trabalhar para fortalecer o turismo. “A nova economia de Mossoró passa pelo turismo e cultura”, avalia. TRAJETÓRIA POLÍTICA Natural de Patu, Isolda Dantas
conta que está na política desde os 13 anos, quando começou a integrar o movimento estudantil. Mas, antes, já tinha participado de um curso de formação política ministrado pelo então pároco da Igreja Católica na cidade de Upanema, na região Oeste do RN. “Fui influenciada pelo curso de formação política da Igreja e por minhas irmãs mais velhas,
‘Tem gente que acha que minha eleição decorre de votos de protesto’, diz Allyson Bezerra Jovem e sem nunca ter exercido um cargo eletivo, o mossoroense Allyson Bezerra, 26, do partido Solidariedade, recebeu 20.228 votos em todo o estado, sendo alçado ao cargo de deputado estadual para a próxima legislatura. Essa vitória nas urnas é atribuída por algumas pessoas ao voto de protesto, conta Allyson, que não concorda com a tese: “Tem gente que acha que minha eleição decorre de votos de protesto. Mas, digo que foi pela minha história de vida.” A história de Allyson Bezerra revela sua origem humilde. Filho do vigilante José Américo e da dona de casa Maria das Neves, o hoje deputado estadual eleito viveu 14 anos em uma casa de barro no sítio Chafariz (zona rural de Mossoró). “Nossa alimentação vinha do campo, visto que meu pai trabalhou durante muitos anos como agricultor. Aos 9 anos de idade, minha alegria foi ver o piso da minha casa pronto. Alegria justificada, porque o piso, anteriormente, era apenas terra”, lembra. Allyson cursou até a 4ª série do ensino fundamental (atual 5° ano) em uma escola de barro no pró-
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prio sítio Chafariz. “Como no sítio Chafariz só tinha até a 4ª série, cheguei a ir para Mossoró em um pau de arara, para dar continuidade aos meus estudos”, diz. Hoje, Allyson é graduado em Engenharia Civil e tem mestrado em Manejo de Solo e Água, pela Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). É também especialista em impactos ambientais, servidor público da Ufersa e cursa Direito na Uern. Desde 2004, está estabelecido em Mossoró, onde mora com os pais. A POLÍTICA Allyson diz que sempre expressou vocação para a política. Os indicativos dessa vocação se revelavam em atividades na escola e na igreja, ambientes nos quais exerceu liderança. Mas, o despertamento para a política surgiu durante uma circunstância dolorosa: um problema de saúde de sua avó paterna, Francisca Conceição. “Em 2015, minha avó teve um problema de saúde e, em razão da idade, ficou em 5° na lista de prioridade de atendimento do Hospital Regional Tarcísio Maia. Diante
daquela situação adversa, prometi: ‘Vou fazer de tudo para salvar minha avó’. Com esse pensamento, mandei uma mensagem para dois jornalistas de Mossoró, relatando as dificuldades. O jornalista Bruno Barreto leu minha mensagem no ar, em uma emissora de televisão, e, 15 minutos depois, aquela adversidade começou a ser revertida. Na noite daquele mesmo dia, minha avó já estava sendo tratada no Hospital Wilson Rosado. Foi, então, que percebi a importância da política e despertei para esse campo de atividade”, frisa. O despertamento de Allyson para a política se consolida como consequência da eleição dele para a coordenação da seção de Mossoró do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação de Ensino Superior (SINTEST). “Meus pais não queriam que eu me candidatasse para a coordenação do Sintest. Mas, decidi aceitar o desafio. As eleições foram de chapa única. Após eu assumir a coordenação do Sintest, tive que começar a viajar para Brasília, a negociar com o reitor da Ufersa e a visitar os campi da universidade.
que eram militantes. Meu despertar para a política, no entanto, aconteceu, efetivamente, na primeira campanha municipal após a ditadura militar. A professora Socorro Oliveira, que tinha sido minha professora, concorria ao cargo de prefeita de Upanema. Aquela campanha era inovadora. Os muros, com propagandas políticas, eram verdadeiras obras de
arte”, lembra. Em sua trajetória política, além do movimento estudantil, Isolda atuou como presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Regional do Rio Grande do Norte (URRN) – atual Uern –, foi coordenadora de Acesso à Terra e Cidadania no governo Dilma Rousseff, membro do Centro Feminista 8 de Março em
Marcelo Bento
Identifiquei, então, que a política era o caminho a seguir”, diz. Allyson conta ainda que em 2016, surgiu um forte sentimento de concorrer a uma vaga na Câmara Municipal de Mossoró – possibilidade que não se concretizou. “Não era o momento”, declara. O CAMINHO PARA O LEGISLATIVO Com a proximidade do pleito estadual e federal de 2018, Allyson Bezerra decidiu disputar o cargo de deputado para o Legislativo do Rio Grande do Norte e conseguiu agregar pessoas ao seu projeto. A estrutura diminuta para a campanha não impossibilitou a vitória. “Acreditei no projeto e falei para algumas pessoas que acreditassem também. Sempre acreditei que daria certo e, com o apoio de voluntários e amigos, realizei minha
“Sempre acreditei que daria certo e, com o apoio de voluntários e amigos, realizei minha campanha” Allyson Bezerra,
deputado eleito
Mossoró e secretária de Cultura de Mossoró (de julho de 2014 a janeiro de 2016). Atualmente, exerce o cargo de vereadora, também na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. “Essa nova missão que assumirei na Assembleia Legislativa é um grande desafio, mas, como não estou sozinha, sei que dará certo”, finaliza Isolda Dantas.
Aos 26 anos, Allyson Bezerra assumirá seu primeiro cargo eletivo campanha. As redes sociais também foram fundamentais, visto que possibilitaram que as pessoas conhecessem minha história de vida, fator que potencializou minha campanha”, ressalta Allyson, que recebeu votos em 155 municípios do RN. FUTURO Allyson Bezerra afirma que deseja “ser o deputado que possa orgulhar o povo” e completa: “O povo não quer esmola. O povo
quer ter voz. Darei voz ao povo.” “Vamos criar um aplicativo para que a população possa marcar audiências comigo. Terei um gabinete fixo em Natal e Mossoró, além de um gabinete itinerante que percorrerá o estado. Vou lutar pela saúde, valorização da cultura local e pela implementação de incentivos voltados à criação de distritos industriais regionais. Também vou trabalhar para que os jovens sejam contratados para o mercado de trabalho”, destaca.
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‘Como conheço a área da saúde, lutarei por essa bandeira no Legislativo’, afirma dr. Bernardo Médico há 25 anos e membro de uma tradicional família política do Oeste potiguar, doutor Bernardo Amorim, 51, do partido Avante, obteve a terceira maior votação nas eleições deste ano para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte – foram 42.049 votos em todo o estado. Doutor Bernardo afirma que não ficou surpreso com a quantidade de votos obtidos, mas com a posição alcançada – o terceiro lugar entre os deputados eleitos. “Eu já trabalhava com a perspectiva do total de votos que conquistamos. Eu sabia que, com esse patamar de votação, poderia alcançar o 14° ou 15° lugar na disputa proporcional estadual. Por isso, foi uma surpresa quando eu soube que tinha ficado em terceiro lugar na corrida pela Assembleia Legislativa”, declara. Bernardo Amorim integra o grupo político dos Abeis, cujos membros acumulam 15 gestões municipais – 9 em Almino Afonso e 6 em Rafael Godeiro, cidades norte-rio-grandenses localizadas na região Oeste. A designação do grupo faz referência a Abel Belarmino de Amorim Filho, pai de doutor Bernardo. “Eu nasci em um ambiente político. Minha mãe, Gelsa Carlos, tinha sido vereadora e meu pai, prefeito de Almino Afonso. Em 2000, assumi a Prefeitura de Almino Afonso, onde fiquei até 2008. Ao todo, considerando Almino Afonso e Rafael Godeiro, nossa família já esteve à frente de 15 mandatos nos Poderes Executivos Municipais, através do meu pai e mãe,
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meus irmãos e sobrinhos”, conta. Após o exercício dos dois mandatos na Prefeitura de Almino Afonso, doutor Bernardo se dedicou às atividades médicas, mas sem negligenciar sua atuação nos bastidores da política. “Fiquei, durante 10 anos, exercendo a medicina na região de Mossoró, mas precisamente no Vale do Açu, Costa Branca, todo o Oeste potiguar”, pontua o deputado eleito, que é formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). ATUAÇÃO NA AL Doutor Bernardo afirma que a saúde pública será sua principal bandeira de luta na Assembleia Legislativa. “Como conheço a área da saúde, lutarei por essa bandeira no Legislativo estadual. Lutarei pela interiorização do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], pelo fortalecimento dos hospitais regionais sediados nos municípios de Apodi e Caraúbas e darei uma atenção especial ao Hospital Tarcísio Maia, de Mossoró”, frisa. Para o deputado eleito, a Saúde e a Segurança Pública precisam ser fortalecidas, a fim de que a população possa ser mais bem amparada. “O aprimoramento da Saúde Pública depende de investimentos e gestão. Já o avanço da Segurança Pública não depende apenas do Governo do Estado, mas também da participação de outros atores sociais”, assinala. Ainda sobre Saúde Pública, doutor Bernardo salienta que se investe “pouco e mal” nessa área e que existe um subfinanciamen-
to no segmento. “Um exemplo do subfinanciamento da Saúde Pública é a defasagem da tabela do SUS, que tem criado ônus para os Estados e Municípios”, acrescenta. Doutor Bernardo assegura que será um parlamentar dedicado a fiscalizar a atuação do Estado e que apoiará as medidas do Executivo que se mostrarem benéficas à população e ao Rio Grande do Norte. Por fim, avalia os resultados das eleições. “As urnas deram uma lição neste ano. As pessoas querem políticos que se posicionem e que tenham um olhar social”, conclui. Cedida
Médico há 25 anos, doutor Bernardo Amorim é membro de uma tradicional família política do Oeste potiguar
INFORME PUBLICITÁRIO
Maxmil Imóveis se destaca no mercado mossoroense
C
riada em 2016, a Maxmil Imóveis atua no mercado, objetivando fomentar serviços diversos, como intermediação de vendas, aluguéis, administração, avaliações e consultoria de negócios. A Maxmil Imóveis dispõe de inúmeros diferenciais, entre eles um amplo quantitativo de imóveis com placas e inserção de QR Code, por meio do qual o cliente pode visualizar a residência inteira sem precisar entrar no imóvel, obtendo a informação de forma mais célere. A Maxmil também fomenta divulgações nas mídias sociais, aliando, de forma rápida e eficaz, a visualização dos imóveis, além de apresentar uma equipe de profissionais preparados e credenciados no Creci- RN (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), ofertando atendimento rápido e segurança na transação Imobiliária. Com dois anos de mercado, a Maxmil Imóveis vem se destacando como uma das empresas mais conceituadas e que mais crescem no ramo Imobiliário, com números que a tornam, atualmente, a empresa de melhor resultado para os clientes em Mossoró e região. A Maxmil entende que sua missão vai além de consultorias e negócios imobiliários. O compromisso da empresa é com projetos de vida e realização de sonhos. Com base em valores, como inovação, tecnologia, confiança, transparência e valorização das pessoas, a Maxmil acredita na construção de relacionamentos profícuos com colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros. A empresa é composta por uma equipe de 13 profissionais, sendo 6 corretores , 2 estagiários capacitados e 5 funcionários aptos a lidar
Cedida
Maxmil Imóveis tem o objetivo de fomentar serviços diversos, como intermediação de vendas e consultoria de negócios imobiliários com as demandas atuais do mercado. Possui também uma assessoria voltada a temáticas jurídicas, contábeis e publicitárias. DIREÇÃO Os trabalhos da Maxmil Imóveis são liderados por Lívia Miranda, diretora-presidente da empresa. Lívia é bacharel em Direito desde 2007 e pós-graduada em Direito Ambiental pela Universidade Pública de Lisboa (2010-2011). Tornou-se empresária aos 23 anos, exercendo o comando da Informática LAN Center, em Mossoró. Após mestrado em Direito Ambiental em Portugal, Lívia regressou ao Brasil, sendo responsável pela abertura da empresa Remax Center, da qual também foi sócia. Lívia tornou-se corretora de imóveis em 2010 e perita avaliadora judicial, em 2013. No ano de 2016, recebeu certificação Internacional — Certified International Property Specialist — na cidade de
São Paulo/SP. Também já recebeu certificado da confederação norte-americana National Association of REALTORS®. Mediante essa certificação, Lívia habilitou-se para efetivar negociações em âmbito internacional. A diretora-presidente da Maxmil é a única corretora mulher do Rio Grande do Norte a receber tal certificação. Atuante no segmento imobiliário há 8 anos, Lívia Miranda tem desenvolvido um trabalho marcante à frente da Maxmil Imóveis, empresa responsável pela instalação de diversas franquias, lojas e grandes marcas no mercado mossoroense. A Maxmil tem sido responsável pelas maiores intermediações em vendas e locações nos últimos anos em Mossoró e região. A Maxmil Imóveis está situada na Rua Melo Franco, 26, Centro, Mossoró/RN. A empresa mantém um site na Web (www.maxmilimoveis.com.br) e pode ser contatada pelo telefone (84) 3316-7808. ACONTECE . Outubro 2018
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ARTIGO Saúde
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O Dr. Tiano Vasconcelos Médico oftalmologista e cirurgião
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glaucoma é um grave problema de saúde ocular, apresentando incidência e prevalência altas em todo o mundo. É uma doença que compromete a qualidade visual, podendo levar à cegueira. O diagnóstico de glaucoma pode ser fechado através de alguns exames oftalmológicos, que podem ser de verificação de pressão intraocular, avaliação de fundo de olho, nervo óptico e campo visual. Nesses exames, é possível avaliar a doença e sua evolução. O glaucoma, geralmente, não apresenta sintomas no início de seu quadro, tornando difícil a percepção da doença pelo paciente. Devido a isso, é indispensável acompanhamento periódico pelo oftalmologista. O sintoma mais clássico do glaucoma é a perda gradativa da visão periférica, é quando o paciente começa a perceber a doença às vezes já estando com quadro bastante avançado. Em sua maioria das vezes, o glaucoma causa aumento da pres-
são intraocular (PIO), porém a verificação dela só torna-se possível em exame de tonometria feito pelo oftalmologista. Outra anomalia apresentada pelo glaucoma é a atrofia do nervo óptico, que só pode ser verificada através de exame de fundoscopia. Em todos os tipos de glaucoma, o nervo que liga o olho ao cérebro encontra-se danificado, geralmente devido à alta pressão ocular. Existem vários tipos de glaucoma. O tipo mais comum é o glaucoma de ângulo aberto. Não costuma apresentar outros sintomas além da perda lenta da visão. Já o glaucoma de ângulo fechado, embora raro, é uma emergência médica e seus sintomas incluem dor ocular com náuseas e distúrbios súbitos de visão. O tratamento do glaucoma pode ser com colírios, medicamentos e, em alguns casos, podendo ser cirúrgico. O tratamento com colírios é de uso contínuo. O tratamento ajuda na não evolução do quadro, mas essa doença não tem cura.
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George Azevedo - Produtor e diretor da Tráfego Models.
COLUNA
Mario Filho Digital influencer Fashion blogger Personal stylist Fashion consultor
Lucas Tavares, Mister Teen RN e Bia Lima, Miss Teen RN, ganharam os títulos de Mister e Miss Teen Brasil Oficial e trouxeram para o nosso estado essa grande conquista. Agora é cumprir a agenda de compromissos e aproveitar bastante o reinado. Uma vitória para o estado, viva o RN!!!
O colunista social e produtor de eventos na área da beleza Zezinho Divanah esteve por terras potiguares visitando os melhores salões da região, fechando parcerias e distribuindo alegria por onde passou. Celio Duarte
Célio Duarte
Lizana Lima brindando o sucesso da sua festa Celebre 2018. Cedida
A turma da Salt Gallery posando para a nossa coluna com o proprietário Wilton Medeiros, recebendo o abraço dos consultores Regivan Pereira, Ariely Morais e Paulo Henrique.
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Lizana Lima celebrou a sua grande festa ao lado de amigos, familiares e toda a sociedade mossoroense. Na foto ela recebe as Bloggers Kaddja Nascimento e Gabriela Colaço. Marcelo Bento
O arquiteto Roger Oliveira é a nossa capa da edição de novembro da Revista Acontece. Um reconhecimento ao seu excelente trabalho na área da arquitetura em todo o estado. Parabéns amigo.
Célio Duarte
Célio Duarte
O Hotel Villa Oeste esteve bem representado na festa Celebre. Na foto, os empresários hoteleiros, Alexandre Motta com a esposa Paloma Saboya Coelho.
Ever Freire e Raiza Leite abrilhantando a nossa coluna direto da festa Celebre by Lizana Lima.
Celio Duarte
Casal lindo, Sérgio Porcino ao lado da sua musa, a Digital Influencer, Karoline Sales.
Cedida
• Um dos melhores pontos na noite de Mossoró, com certeza, é o Espetinho Prime. Uma lugar agradável, com cardápio especial e música ao vivo, com os melhores artistas da terra. Este colunista aprova. • Mayra Rolim, da Biofit Academia de Dança, está a mil com os preparativos do seu espetáculo anual que acontecerá em dezembro e este ano contará a linda história de Aladin. • Paulo Edu bateu o martelo e confirmou a data de sua exposição “Espelhos da Alma”: de 06 a 09 de novembro, na loja AKAZZA Decor. • Satisfação em conhecer pessoalmente a empresária Jéssica Williane, das lojas Sophia Store e Jéssica Calçados da cidade de Patu. Uma energia incrível. Grande beijo e sucesso amiga.
Eduardo Carneiro e sua esposa Carolina, posando em recente evento na capital cearense onde residem e administram a grife Hammel de moda masculina, marca de grande sucesso no Ceará e outros estados.
• Excelentes os produtos da Thermalis, feitos exclusivamente com água termal, ideal para uma pele limpa e hidratada. Disponível nas melhores farmácias e pontos de venda no estado. Uso e recomendo. • A Oitava Odonto em 2019 estará em novo endereço e atenderá agora na nova Oitava Rosado, localizada na rua Juvenal Lamartine, em Mos-
soró. Em breve uma clínica odontológica completa para recebê-los no melhor centro clínico da cidade. Tudo sobre o comando do Médico ortodontista Jeferson Gomes. • Recentemente estive em viagem pela Europa e nas andanças da vida a grife Mocassino Shoes esteve comigo, com seu estilo e conforto, sucesso da marca. Muito obrigado Déborah e Lúcia Vaz pelo carinho de sempre. • Arly Lima, empresária fashion no segmento de acessórios, já antecipa as principais tendências da moda para o Verão’19. A grife SDesigner é o carro chefe da loja virtual Closet de Meninas. • Bosco Frota da BC Comunicação não para um segundo e já avisa que o verão 2019 será de grandes atrações no veraneio da praia de Tibau. Uma coisa é certa, vamos dançar bastante ao som de bandas nacionais. Volto com mais detalhes! • O mês de novembro chegou e o espírito natalino já se espalhou pela cidade. A dica deste colunista para deixar a sua casa ainda mais linda é conferir as novidades da SM Interiores, da empresária Sânzia Moniky. Várias opções em decoração de natal estão por lá! ACONTECE . Outubro 2018
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Pacifíco Medeiros
AS ROSAS DE OUTUBRO
Com todo amor que bate no meu estive abraçando grandes eventos que traz a importância de Mulheres ficarem em alerta com o câncer de mama. E pelo caminho encontrei Rosas cheias de vida e plantando sementes: Diana Karla, Adriana Fernandes, Larissa Gabriella, Ceição Rodovalho, Priscilla Serpejante Gerente de Saúde do SESC RN, a sexóloga Keila Oliveira, a mastologista Milena Batista. SINOS DO NATAL...
Twitter: @kareninefernand Instagran: @kareninefernandes Facebook: Karenine Fernandes Site: www.kareninefernandes.com
COLUNA
Karenine Fernandes
Anunciam tantos evento, muitos brindes, várias confraternizações e alegrias no ar... Sânzia da SM Interiores no Trade Center saiu na frente e mostrou um mundo de beleza em decoração. E nos próximos dias vem Espaço Maia, Parque Elétrico, Akazza, Decor Studio Home, Divina Criação e muito maisssss.
Igo Menezes e Julia Rezende Menezes para espalhar o amor no ar... Eles juram amor eterno! Paulo Edu
Dayvid Brasil estrela nacional para a exposição para Espelho da Alma chega para abrir o evento
Paulo Edu
Uma mulher elegantíssima e cheia de vida no Espelho da Alma, Aninha Borges.
Paulo Edu
Maria Luiza Queiroz barbarizando nas lentes de Paulo Edu
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O próprio Paulo Edu anuncia que sua Exposição Espelho da Alma na Akazza será de 8 a 14 de novembro.
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Arquitetos: Marcia Rejane e Careca na CASA COR CEARÁ conferindo arte pura!
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Pedro Lucas e a mãe Neuma Soares ladeando está colunista no viva a Nilto Júnior. Cedida
Linda e atuante arquiteta Alessandra Ribeiro em sessão beleza pura na Casa Cor Ceará pela Multimoveis
. Eu que sou apaixonada por organização nos mínimos detalhes vibrei em saber que a caprichosa Rosana Pinto esta especialista no assunto e fazendo os ninhos mais organizados da cidade. Contato 98880-1217 . Eu me encanto a cada vez que vou a capital do RN com o Camarões que é expert, top, melhor, escola, celeiro e todos os adjetivos positivos possíveis em sabor e atendimento. Quem abre um negocio na área de gastronomia devia ter aula por lá! .Nossa parceria com a marca Salvatores tem rendido cabelos lindos e tratados todos os dias e fruto dessa parceria tive a grata atenção dos salões de Isnara Costa que além de
Cedida
Niltinho e o casal: Detinha Reis e o senhor Edmar Henrique.
Cedida
Cedida
No Pavilhão da Garagem Espaco do conceituado arquiteto cearense André Monte teve o toque que fez a diferença da Multimoveis de Gilmara Kelly e Ramilson Fernandes
Casal: Gilmara Kelly e Ramilson Fernandes com as arquitetas: Ana Luiza e Doriana no Pavilhão da Garagem de André Monte na Casa Cor Ceará 2018
uma profissional e tanto, tem um dos espaço mais lindos que foi assinado pela arquiteta Wanderlanea Lima.
em melhor ser vir e atender seu cliente que tem a frente na cidade de mossoro o competente Deyvisson Barros.
. A estilista Fátima Carlos não vendo só roupas e sim conceito, bom gosto, auto estima... Vestir Fátima Carlos é certeza de estar impecável e bem vestida em qualquer evento.
. A monaliza Ze Maria Dantas está em terras Americanas fazendo sucesso e espalhando alegria e de lá pode ser que nem volte ou se voltar vá para telinha da Globo. Adorooooo!
. É de lei ser Carioca todos os ano pela cidade Maravilhosa pela Harabello Viajens que tem pacotes para todos os roteiros, gotos, bolsos e sonhos e nos próximos dias faz brindes a modernização da loja de Mossoró. Diassis Rosado é uma danada!
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Foi com muita alegria e satisfação que aceitei o convite do casal Marcelo Bento e Neide Carlos, diretores e editores da revista ACONTECE, para assinar uma coluna neste importante veículo de comunicação. A partir de hoje, estarei aqui, mensalmente, destacando o LÍDER VIAGENS E TURISMO
Clistenes Carlos Instagram: @ClistenesCarlos | @Interligados_RN Facebook: Clístenes Carlos E-mail: blogclistenescarlos@gmail.com Site: www.clistenescarlos.com.br
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Alto Oeste
O empresário Jailson Paiva, pensando sempre na comodidade, conforto e no melhor para os clientes da Líder Viagens, inaugurou recentemente as novas instalações de sua agência de turismo. Muito bem localizada na Rua 15 de Novembro, no centro de Pau dos Ferros, a Líder é a única agência da cidade com certificação da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), a maior entidade representativa dos interesses do setor no Brasil. Com o certificado da Abav, a agência passa a ter o selo de qualidade que comprova a eficiência e a segurança dos serviços oferecidos aos clientes. Cedida
A esteticista e tecnóloga em embelezamento da imagem pessoal Leila Sabino, em sua conceituada clínica em Pau dos Ferros, conta com equipamentos modernos e de última geração, aliando tecnologia, bom atendimento e preços acessíveis, levando tratamentos estéticos, faciais e corporais ao alcance de todos. Contato: (84) 999275547.
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que de melhor acontece na cidade de Pau dos Ferros e em todo o Alto Oeste potiguar. Aproveito para avisar que este espaço é nosso e que você, caro leitor, pode participar, enviando suas críticas e sugestões para o e-mail clistenescarlos@yahoo.com.br. HOLANDA & REGO ADVOGADOS ASSOCIADOS
A Holanda & Rego Advogados Associados inaugurou seu novo escritório no município de Pau dos Ferros. Com seis anos de atuação em todo o Rio Grande do Norte, o trabalho é coordenado pelos advogados Jean Carlos Holanda e Vinícius Rego, que atuam nas áreas civil, trabalhista, criminal e previdenciária. A inauguração foi comemorada com um café da manhã oferecido a amigos, familiares e à imprensa local. O escritório fica localizado na Rua Francisca Lopes Cavalcante, 81, bairro Aluísio Diógenes, próximo à Praça de Eventos. O trabalho do escritório pode ser conferido no site www.holandaerego.adv.br.
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Formado em Medicina pela Uern e com residência médica em neurologia pelo Hospital da Restauração na cidade do Recife (PE), dr. Alex Soares exerce suas atividades em Pau dos Ferros na Clínica Cemed. O agendamento de consultas pode ser feito através do telefone (84) 99866-8131.
O fisioterapeuta dr. Oséas Rodrigo, especialista em gerontologia, fisiologia do exercício e biomecânica do movimento, com capacitação em perícia e assistência técnica judicial, vem se destacando em Pau dos Ferros e região pelos excelentes serviços prestados na sua Clínica Reabilitare. Contato: (84) 99967-6090.
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FIQUE POR DENTRO @ O laboratório de análises clínicas Labol, do conceituado bioquímico dr. Lobinho, é destaque e referência na cidade de Pau dos Ferros e região. Premiado com o título de excelência nacional e com mais de 32 anos de experiência em análises clínicas, o Labol está se expandindo pelo Alto Oeste potiguar. Recentemente, dr. Lobinho e dra. Bruna Lobo inauguraram unidades de postos de coletas nas cidades de Itaú, São Miguel e Martins.
O advogado dr. Chiquinho Lobo (ao centro) prestigiando a dra. Bruna Lobo e o dr. Lobinho, na inauguração de mais um ponto de coleta do Labol - Laboratório de Análises Clínicas. Cedida
Os advogados Vinícius Rego e Jean Carlos coordenam, com muito profissionalismo, o escritório Holanda & Rego Advogados Associados em Pau dos Ferros.
Fonoaudióloga especialista em disfagia e outras áreas, dra. Najara Batalha participou do I Curso de Cuidados Paliativos para não Paliativistas - Multiprofissional, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Ela atende na Endoclínica e Home Care, em Pau dos Ferros. Agendamentos: (84) 3351-5627. Cedida
@ O Posto JP, localizado na Rodovia BR 405, Km 156 em Pau dos Ferros (saída para Rafael Fernandes), se consolida no mercado com o melhor preço de combustível do Alto Oeste Potiguar, além de promoções, bem como pelo atendimento ótimo ao cliente. Faça uma visita e comprove. Indicamos! @ O diretor da Gondim & Garcia Produções, Tácio Garcia, já divulgou as atrações que farão parte da Tradicional Festa do dia 12 de Dezembro, evento que todos os anos movimenta Mossoró na véspera do feriado em homenagem à padroeira da cidade, Santa Luzia. Para a alegria do público, já está confirmada a presença da cantora Marília Mendonça e da dupla Zé Neto e Cristiano.
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Os irmãos e empresários Thiago Luã e Luiz Júnior. Os bacanas comandam a InovaCell. A loja de celulares, acessórios e assistência técnica é destaque em Pau dos Ferros e região.
@ O Bombeer Pub, muito bem administrado pelo casal João Felipe e Marina Vidal, é uma ótima opção para tomar cervejas especiais, degustar deliciosos petiscos e curtir o ambiente relax que o local oferece. Vale a pena conhecer o point cervejeiro que fica muito bem localizado em Pau dos Ferros, na Rua Manoel Alexandre, em cima da loja Sassá Veículos.
Alessandra Pascoal e o esposo Cleanto Bezerra clicados pelas lentes de Wagna Cavalcante. O casal administra com muito zelo e responsabilidade a Farmafórmula Pau dos Ferros.
@ Fique por dentro de tudo o que acontece em Pau dos Ferros e em todo o Alto Oeste Potiguar. Ligue-se nos agitos e baladas acessando o blog www.clistenescarlos.com.br e seguindo os nossos perfis no Instagram: @ClistenesCarlos | @Interligados_RN.
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O empresário Jailson Paiva no clique com os agentes e colaboradores da Líder Viagens e Turismo, comemorando os 5 anos de atuação no mercado.
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A conceituada fotógrafa Wagna Cavalcante é destaque em todo o Alto Oeste potiguar. Trabalhando no ramo da fotografia há nove anos, ela tem como características principais a espontaneidade e o sentimento que consegue transmitir através dos seus cliques. Hoje, reconhecida como uma das melhoras fotógrafas de casamentos do Brasil, Wagna coleciona 18 premiações nacionais e 3 internacionais. Sucesso!
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