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ACIM, 100 anos:
‘É motivo de muita honra exercer a presidência da ACIM em seu centenário’ Presidente da Associação Comercial e Industrial de Mossoró, José Carlos Lins de Matos realça o contentamento de estar na dianteira de uma entidade centenária e destaca os fatores que considera imprescindíveis para o progresso dos segmentos representados. Página
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EXPEDIENTE
EDITORA: Neide Carlos DIREÇÃO-GERAL: Neide Carlos Marcelo Bento REPORTAGENS: Diego de Carvalho REVISÃO: Gilcileno Amorim DIAGRAMAÇÃO: Rick Waekmann Foto da capa / Marcelo Bento Para sugestão de pautas, críticas e elogios, entre em contato com:
PORTAL/REVISTA ACONTECE
www.portalacontecern.com.br redacao@portalacontecern.com.br | neidecarlos01@gmail.com Travessa Mossoroense, 37, Centro - Ed. Teresinha Leite Sala 1 - Mossoró (RN) - CEP: 59.600-012 O CONTEÚDO DOS ARTIGOS E COLUNAS É DE RESPONSABILIDADE DOS SEUS AUTORES.
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EDITORIAL
Oficialmente fundada em 8 de junho de 1919, a Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM) alcança um momento notável. São 100 anos de existência, com retrospecto de um relevante trabalho pelo desenvolvimento dos segmentos representados. Os 100 anos da Acim são destaque desta edição, bem como a entrevista de seu presidente José Carlos Lins de Matos, o qual realçou o contentamento de estar na dianteira de uma instituição centenária e os fatores que considera serem imprescindíveis para o progresso dos segmentos comercial e industrial. Na reportagem sobre os 100 anos da Acim, além de José Carlos, os ex-presidentes da entidade Genivan Batista, Nilson Brasil e Francisco Vilmar Pereira salientam a importância da associação no tocante a ações empreendedoras. Ainda no âmbito econômico, esta edição traz reportagem sobre desinvestimento da Petrobras no Rio Grande do Norte. A temática despontou novamente no estado e permite refletir sobre perspectivas concernentes à atuação da empresa em solo potiguar. Esta edição traz ainda enfoque sobre os nove anos da revista ACONTECE, com reportagem que destaca avaliação sobre o período de desenvolvimento da periodicidade mensal. Boa leitura!
Neide Carlos Editora-chefe
ÍNDICE
ACIM: Associação Comercial e Industrial de Mossoró completa 100 anos, com retrospecto de importante trabalho pelo desenvolvimento dos setores representados
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Evento: Prefeitura de Portalegre realiza Caju Agro Fest
Revista Acontece: Publicação completa nove anos e avalia fase de nova periodicidade
Economia: Eventual ampliação do desinvestimento da Petrobras no Rio Grande do Norte incita reações
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Outubro Rosa: Perseverança e superação permeiam luta contra o câncer de mama
ACJUS: Academia de Ciências Jurídicas e Sociais completa 5 anos
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Colunas: Neide Carlos--------------------------8 Chrystian de Saboya----------------30 Mario Filho---------------------------60 Clístenes Carlos--------------------62 ACONTECE . Out/Nov 2019
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FESTIVAL DO ATUM
neidecarlos@portalacontece.com.br
COLUNA
Neide Carlos
A Prefeitura de Areia Branca, cidade do Oeste potiguar, realiza no período de 14 a 16 de novembro, o Festival do Atum do Rio Grande do Norte. Entre as atrações musicais que vão animar o evento o consagrado cantor e compositor pernambucano Geraldo Azevedo, que fará o show de abertura do festival no dia 14 (quinta-feira), véspera do feriado da Proclamação da República. O cantor excursiona pelo país com o show de lançamento do seu DVD “Solo Contigo”, que vem envolvendo e emocionando a plateia com seu repertório variado, onde não falta espaço para os grandes sucessos e músicas inéditas. Acompanhado de seu virtuoso violão, Geraldo passeia por mais de cinco décadas de composições, apresentando desde sucessos do início de sua carreira até canções do seu último álbum, “Salve São Francisco”, incluindo também algumas músicas inéditas, como “Amor An-
tigramático” (composta por Geraldo a partir de poema de Mário Lago), e uma homenagem a Luiz Melodia, com “Estácio, Eu e Você”. Entre os sucessos do seu repertório estão clássicos como “Bicho de Sete Cabeças”, “Dia Branco”, “Chorando e cantando”, “Táxi Lunar”, entre outras.
ARTLAR CONCEITO A loja ArtLar Conceito chegou a Mossoró trazendo bom gosto e sofisticação no quesito móveis e decoração. A loja foi inaugurada no último dia 27 de outubro com um coquetel assinado por Chrystian de Saboya que reuniu mais de 400 convidados. A loja assumiu as instalações que pertenciam à Casa Porcino e está localizada na Av. Rio Branco, 172, no centro da cidade. Célio Duarte
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PREFEITURA DE VIÇOSA A Prefeitura Municipal de Viçosa, cidade potiguar localizada na região Alto Oeste, anuncia as inscrições do concurso público destinado ao preenchimento de 17 vagas para profissionais de níveis fundamental e médio. Os cargos disponíveis por meio do certame são: coveiro; (1); agente comunitário de saúde (2); agente de combate às endemias (1); auxiliar de sala (5); engenheiro civil (1); nutricionista (1); odontólogo (1); professor de educação física (1); psicólogo - CRAS (1); psicólogo - NASF (1); enfermeiro - PSF (1); e técnico em laboratório (1). O período de trabalho é de 40 horas semanais com salário de R$ 998,00 ou R$ 1.250,00, conforme o cargo pleiteado. As inscrições poderão ser realizadas a partir das 10h do dia 11 de novembro deste ano até às 23h59 do dia 11 de dezembro (horário local), no site www.cpcon.uepb.edu. br. Os valores da inscrição variam: R$ 65,00; R$ 85,00 ou R$ 105,00. O concurso terá validade de dois anos, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Quanto à classificação, constará de Prova Objetiva, prevista para o dia 09 de fevereiro de 2020, e Prova de Títulos.
WALTER ALVES O deputado federal Walter Alves foi eleito presidente do Movimento Democrático Brasileiro no Rio Grande do Norte (MDB-RN). A eleição ocorreu durante convenção estadual cartorial da legenda. No próximo dia 7 de novembro, o MDB-RN e MDB Mulher realizarão encontro estadual para filiação ao partido e apresentação de novos prefeitos filiados. De acordo com Walter Alves, o partido vive um novo momento com perspectivas de crescimento nas eleições do próximo ano. “Estamos recebendo a filiação de novos prefeitos e vamos trabalhar para fazer o MDB crescer ainda mais no Rio Grande do Norte. No
dia 7, vamos receber o presidente nacional do partido e novos filiados que chegam para somar”, diz. EXECUTIVA Além do presidente Walter Alves, o MDB-RN elegeu a nova executiva estadual para o biênio 2019-2021. LULU BALADA VIP O empresário de eventos Lulu Sales abrirá o mês de novembro com uma super festa. “Lulu Balada VIP Edição 2019” terá Katia Cilene, Renata Falção e Amanda Lins. A festa acontecerá no Requinte Buffet.
CAJU AGRO FEST A Prefeitura Municipal de Portalegre, cidade do Alto Oeste potiguar, realizará, de 15 a 17 de novembro, a 3ª edição do Caju AgroFest, com ênfase na cultura, turismo e fomento à geração de negócios. O Caju AgroFest se desenvolverá na Praça da Integração Serrana, que será inaugurada no dia da abertura do evento, marcada
para as 19h do dia 15 de novembro. O espaço de 8 mil metros quadrados receberá 35 estandes para divulgação e exposição e venda de produtos. As atrações do palco principal serão a Banda Feras e o forrozeiro Dorgival Dantas no dia 15; já no sábado, 16 de novembro, será a vez de Bruno Martins e da banda Magníficos.
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ACIM, 100 anos Associação Comercial e Industrial de Mossoró alcança o centenário; presidente da entidade, José Carlos Lins, realça a importância para o desenvolvimento da cidade
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ma instituição que, conforme revela sua história, desempenhou significante participação no desenvolvimento de Mossoró. A Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM) ascende aos 100 anos propondo-se como instrumento para fortalecer empreendedores e, por conseguinte, a economia da cidade. Ao longo dos 100 anos, completados no último dia 8 de junho, 18 empresários se mobilizaram mediante a Acim para o êxito dos segmentos comercial e industrial. Atualmente na presidência, José Carlos Lins de Matos, empresário do segmento de agência de viagens, salienta a relevância da associação para o desenvolvimento de Mossoró e região. “No decorrer de seus 100 anos, a Acim desenvolveu importantes ações que contribuíram para o crescimento dos setores comercial e industrial de Mossoró, atuação que se revelou fundamental para a geração de emprego e renda e para o fortalecimento da economia da cidade”, diz. Entre as ações empreendidas pela Acim, José Carlos enfatiza a realização da Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (FICRO), que, na avaliação dele, contribui para a movimentação da economia potiguar. “Realizada há 31 anos em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (SEBRAE-RN), a Ficro é uma feira anual multissetorial que abrange mais de 25 atividades
econômicas dos segmentos industrial, serviço, comércio e turismo, constituindo-se como uma oportunidade para a difusão de marcas, produtos e serviços”, ressalta. Em face dos desafios para o alcance de sucesso no âmbito dos negócios, José Carlos eleva a Acim como parceira de empresários e de pequenos e médios empreen-
dedores. “A Acim desenvolve um trabalho substancial, oportunizando serviços e parcerias que auxiliam os empresários e pequenos empreendedores a atingir seus objetivos e alcançar sucesso no âmbito dos negócios”, frisa. Sobre o futuro da instituição, a perspectiva do presidente da Acim alude à continuidade de um Marcelo Bento
José Carlos Lins de Matos é o atual presidente da Associação Comercial e Industrial de Mossoró ACONTECE . Out/Nov 2019
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CENTENÁRIO
“No decorrer de seus 100 anos, a Acim desenvolveu importantes ações que contribuíram para o crescimento dos setores comercial e industrial de Mossoró.” José Carlos Lins de Matos, presidente da Acim trabalho que visa ao desenvolvimento dos segmentos comercial e industrial. “O desafio da Acim é estar próxima de seus associados, buscar a adesão de novos sócios e ajudar o empresariado no alcance do progresso em seu segmento de atividade”, declara. Certificação digital, acesso ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), disponibilidade de auditório para eventos, ações de capacitação e acesso a soluções
gerenciais diversas possibilitadas por meio de parceria com a Sage, empresa britânica líder mundial em softwares de gestão nos âmbitos empresarial e contábil, são ações atualmente desenvolvidas pela Acim, com vistas ao atendimento das demandas do empreendedorismo. 100 ANOS DA ACIM Oficialmente fundada em 8 de junho de 1919, a Associação Co-
mercial e Industrial de Mossoró surgiu denominada de Associação Comercial de Mossoró (ACM). A capital do Rio Grande do Norte, Natal, já havia fundado a primeira associação comercial. Inspirado nesse mesmo sentimento associativista, fruto do empenho de um grupo de empresários liderados por Delfino Freire, próspero comerciante ligado ao ciclo do algodão, da cera de carnaúba e do sal, um grupo começou a se reunir em torno da ideia de criar a Associação Comercial de Mossoró, que, entre vários outros objetivos, teria de amparar e defender os legítimos interesses da classe comercial e desenvolver o setor, promovendo todos os avanços necessários para difundir o nome e propagar as riquezas de Mossoró, gerando divisas, trazendo prosperidade. Marcelo Bento
Ao longo dos 100 anos, 18 empresários exerceram a presidência da Acim 12
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PRESIDENTES DA ACIM Francisco Xavier de Queiroz
Oscar Cabral Cipiano
Francisco Fernandes Sena
Diran Ramos do Amaral
Gabriel Fernandes de Negreiros
Rafael do Monte Negreiros
Rômulo Agostinho Fernandes de Negreiros
Francisco Rutilo Coelho Figueiredo
José Fernandes de Souza, “Deca Fernandes”
Paulo Roberto Chaves Fernandes de Almeida
Paulo Medeiros Fernandes
Nilson Brasil Leite
Aníbal Rebouças Duarte Soares
Francisco Vilmar Pereira
Dehuel Vieira Diniz
Nilson Brasil Leite
José Amadeu Vale
José Carlos Lins de Matos
Genivan Josué Batista Antes mesmo de nascer oficialmente, esse mesmo grupo já trabalhava no sentido de trazer para Mossoró a primeira agência do Banco do Brasil, o que ocorreu em novembro de 1918, com a instalação da 36ª filial do país. Do mesmo modo, os esforços se concentraram no sentido de contribuir com a ampliação e consolidação do ramal ferroviário, que ligava Mossoró a Porto Franco, localizado no município de Areia Branca, também no Rio Grande do Norte, através do qual se escoava a produção local de algodão, cera de carnaúba, sal e gesso. Em 8 de junho de 1919, era oficialmente fundada a Associação Comercial de Mossoró. A entidade logo alcançou o reconhecimento de utilidade pública estadual, pela lei 496 de 2 de setembro de 1920, e de utilidade pública federal, pela lei 4.289 de 29 de junho de 1921, bem como de utilidade pública municipal, pela lei 3.705 de 3 de abril de 2019. Sendo assim, na década de 1920, com o crescimento de outras forças econômicas no país, dentre as quais a classe envolvida nas atividades industriais,
comerciais e bancárias, a então ACM seguiu ampliando seu papel de amparar e defender os interesses da classe, fiel ao seu propósito de contribuir, inclusive, junto aos poderes públicos, para o desenvolvimento social e econômico de toda a região. Episódios como a invasão do bando de Lampião a Mossoró e acontecimentos que envolveram a década de 1930, como a própria Era Vargas no Brasil e crises internacionais que culminaram com a Segunda Grande Guerra, interferiram sensivelmente na atuação da associação, cujos componentes passaram a se reunir nas residências de seus próprios presidentes. A instituição só voltou à normalidade de suas ações e mesmo à continuidade de suas eleições a partir de 1950, quando Francisco Xavier de Queiroz, industrial local do setor algodoeiro e diretor da S/A Mercantil Tertuliano Fernandes, assumiu sua presidência. Ao longo de sua história, a associação se estabeleceu em diferentes sedes, Edifício Colombo, Prédio da União dos Artistas e, inclusive, em uma das salas do prédio da antiga Escola Técnica de Comércio União Caixeiral,
até conquistar sua própria sede, inaugurada em 15 de janeiro de 1990, localizada na Rua Santos Dumont, centro de Mossoró. No primeiro semestre da década de 1980, mudança na nomenclatura da instituição. A então ACM tornou-se a Associação Comercial e Industrial que é conhecida hoje. Naquele período, a mudança não se deu apenas no nome, mas, sim, no próprio raio de ação: os interesses da classe industrial também se uniam oficialmente e se ampliavam as responsabilidades da associação. Os 100 anos da Acim foram permeados pela contribuição de 18 empresários que exerceram sua presidência e colaboraram para o fortalecimento dos setores representados. Foram eles: Francisco Xavier de Queiroz (1950 a 1958), Francisco Fernandes Sena (1959 a 1961), Gabriel Fernandes de Negreiros (1962 a 1964), Rômulo Agostinho Fernandes de Negreiros (1965 a 1967), José Fernandes de Souza, “Deca Fernandes” (1968 a 1970), Paulo Medeiros Fernandes (1971 a 1973), Aníbal Rebouças Duarte Soares (1974 a 1976), Dehuel Vieira Diniz (1977 a 1979), José Amadeu Vale (1980 a 1982), Genivan JoACONTECE . Out/Nov 2019
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A Ficro, Feira Industrial e Comercial da Região Oeste, é realizada pela a Acim sué Batista (1983 a 1985), Oscar Cabral Cipiano (1986 a 1988), Diran Ramos do Amaral (1988 a 1990), Rafael do Monte Negreiros (1991 a 1993), Francisco Rutilo Coelho Figueiredo (1992 a 1993), Paulo Roberto Chaves Fernandes de Almeida (1993 a 1998), Nilson Brasil Leite (1999 a 2004/ 2009 a 2015), Francisco Vilmar Pereira (2005 a 2008) e José Carlos Lins de Matos (2016 a 2019). PARTICIPAÇÃO DA ACIM NA FICRO Criada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (SEBRAE), a Feira Industrial e Comercial da Região Oeste é hoje uma significante ação desenvolvida pela Acim. Em 1988, aconteceu a primeira participação da Associação
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Comercial e Industrial na Ficro, para que, no ano seguinte, assumisse a própria condução do evento, permanecendo até os dias atuais. Realizada inicialmente no Serviço Social da Indústria (SESI) em Mossoró, a feira passou por vários outros locais — Sesc, Hotel Thermas, Porcino Park Center, Estação das Artes e Expocenter. A Ficro se constitui como um evento de fomento aos negócios e difusão de produtos e serviços. Em se tratando do Centro de Exposição de Mossoró Enéas Negreiros (EXPOCENTER), a Acim exerceu relevante participação no projeto que culminou na construção do centro, que abrigou várias edições da Ficro, assim como a realização de outros eventos.
HOMENAGENS Anualmente, a Associação Comercial e Industrial de Mossoró faculta duas comendas e um troféu de reconhecimento a quem contribui para o progresso da cidade: a Comenda Mérito Industrial Dix-neuf Rosado e a Comenda Mérito Comercial Gabriel Negreiros, concedidas desde 1987, e o troféu Milton Marques de Medeiros, criado em 2017, o qual pode ser conferido a pessoas de segmentos diversos que se notabilizaram pelas as ações empreendidas. Federada da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Norte (FACERN) e da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), a Acim ascende aos 100 anos com retrospecto de importante trabalho pelo desenvolvimento do Rio Grande do Norte.
Gestão de Genivan Batista implementou construção da atual sede da Acim O empresário Genivan Batista, 79, exerceu a presidência da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM) no período de 1983 a 1985. Uma das principais ações de seu mandato fora a implantação da atual sede da instituição. Genivan é proprietário da rede A Construtora, que, com 19 unidades, atua no segmento de venda de materiais de construção nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Ele conta que, após sua eleição para a presidência, se preocupou em oportunizar um endereço para a Acim, o que, em sua perspectiva, permitiria reafirmar o significado da associação. “Consegui junto ao Governo do Estado o prédio onde hoje funciona a associação. TraArquivo
Atual sede da Acim foi inaugurada em 1990
tava-se de um prédio velho, muito abandonado. E, com apoio do empresário Dehuel Vieira Diniz, foi implementada, durante meu mandato, a construção da atual sede da Acim”, salienta. A atual sede da associação foi inaugurada em 15 de janeiro de 1990 e está localizada na Rua Santos Dumont, centro de Mossoró. Genivan Batista avalia que outro acerto de sua gestão foi buscar aproximar a Acim da classe empresarial. “Consegui levar os lojistas e industriais a reuniões para discutirmos o desenvolvimento de seus segmentos de atuação e de Mossoró”, lembra. LINHA DE CRÉDITO Genivan Batista pondera que, “possivelmente, o marco maior” de seu mandato foi ter auferido linha de crédito a juros subsidiados para empresários do segmento comercial de Mossoró. “Na década de 1980, Mossoró sofreu com uma severa enchente que inundou o Centro. Em razão da enchente, o comércio foi amplamente prejudicado, e os recursos da linha de crédito ajudaram a reerguer os empresários, que estavam sem condições de honrar seus compromissos”, relata, acrescentando que, em razão de seu pleito, o então presidente do Banco do Brasil estendeu a linha de crédito não apenas a Mossoró, mas a outras cidades do Nordeste atingidas pelas cheias. “Foi uma conquista da associação e me arrisco a dizer que foi seu maior marco, e eu era o presidente”, completa.
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Genivan Batista destaca importância da Acim para o empreendedorismo IMPORTÂNCIA DA ACIM Genivan sustenta que a importância da Acim também se afere a partir do suporte que a instituição disponibiliza para quem pretende investir. “Se alguém pensar em investir, empreender, a Acim dispõe do suporte necessário para que se efetive o desenvolvimento”, ressalta. Sobre o significado para Mossoró dos setores representados pela Associação Comercial e Industrial, o empresário afirma que são “os sustentáculos maiores” do município. “A partir do desenvolvimento dos segmentos comercial e industrial, amplia-se a arrecadação de impostos e a geração de emprego e renda, expansão que é de vasta relevância. Ou setores comercial, industrial e de serviços se desenvolvem, ou nada progride”, assinala.
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Nilson Brasil: ‘A Acim se constitui como uma instituição que contribuiu para o desenvolvimento de Mossoró’ Empresário do setor alimentício e do agronegócio, Nilson Brasil, 73, esteve à frente da Associação Comercial e Industrial de Mossoró por dois mandatos e enaltece o significado da Acim para Mossoró. “A Acim se constitui como uma instituição que contribuiu para o desenvolvimento de Mossoró”, avalia. Nilson Brasil considera “impossível deixar de destacar” a importância daqueles que tiveram a iniciativa de implantar a Acim, bem como o trabalho dos que deram continuidade às ações da instituição. O ex-presidente da Acim pondera que a associação foi determinante em “quase todas as lutas em favor do desenvolvimento de Mossoró”. “Antes mesmo da implantação oficial da Acim, os empresários que a compunham desempenharam relevante atuação para a vinda da agência do Banco do Brasil para Mossoró. A associação também contribuiu para a ampliação da ferrovia que, inicialmente, interligava Mossoró a Porto Franco, hoje situado entre as cidades de Areia Branca e Grossos. A ampliação permitiu que a ferrovia compreendesse o trajeto Mossoró–Sousa (PB) e que essa linha ferroviária fosse integrada à RFFSA, a Rede Ferroviária Federal”, recorda. Nilson Brasil lembra também que a associação atuou para o fortalecimento da economia de Mossoró, buscando estimular a vinda de indústrias de transformação
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Nilson Brasil foi presidente da Acim por dois mandatos
Nilson Brasil durante reunião na Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil voltadas a atividades do período, como a produção de algodão. “Além do ciclo do algodão, a atividade econômica de Mossoró também já esteve pautada na produção de cera de carnaúba, sal, oiticica e gesso, e os empresários desses segmentos também passaram pela presidência da Acim”, pontua. ATUAÇÃO DA ACIM Nilson Brasil também menciona o trabalho hoje desenvolvido pela a Associação Comercial e Industrial de Mossoró, ressaltando que, atualmente, a entidade dispõe de serviços que simplificam o desenvolvimento de atividades empreendedoras, como assessorias jurídica e contábil e consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito. Frisa ainda que a Acim participa de conselhos deliberativos, como o do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (SEBRAE-RN), Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA).
O ex-presidente da Acim também salienta que, por meio de parcerias, a associação busca o desenvolvimento de ações, como cursos e palestras, objetivando assegurar o êxito dos empreendedores. “São exemplos de ações com participação da Acim os programas ‘Mente Aberta’, que oportuniza palestras e cursos para os empreendedores, e ‘Empreender’, que congrega empreendedores para que, juntos, possam se modernizar e também, por exemplo, realizar compras, o que, em virtude de um número mais amplo de empreendedores e consequente maior demanda, aumenta as possibilidades de negociação”, diz. MANDATOS Presidente da Acim em duas oportunidades (1999 a 2004/ 2009 a 2015), Nilson Brasil define os períodos de sua gestão como momentos de transformações, em virtude da necessidade de modernização da entidade e também em decorrência da adequação ao novo
ambiente de negócios originado pelas tecnologias. “Em meus mandatos como presidente da Acim, foquei na modernização da associação, no objetivo de atrair empresários jovens e na manutenção da Ficro, lembrando que foi, na minha gestão, que houve a transferência da feira para a titularidade da Acim. Além disso, também participei dos esforços com vistas à construção do Expocenter”, ressalta. CONTEMPORANEIDADE Nilson avalia que a Acim é fortalecida pela credibilidade dos empresários que a compõem e pondera que, hoje, a entidade está focada nos pequenos e médios empresários e nos microempreendedores. “Hoje, a associação está focada nos pequenos e médios empresários e nos microempreendedores, os quais precisam de assessorias para suas atividades, e continua seu trabalho em favor dos empresários que já estão estabelecidos no mercado”, finaliza.
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‘Sempre cuidou dos interesses do empresariado em todas as áreas econômicas’, afirma Vilmar Pereira sobre a Acim Presidente da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM) no período de 2005 a 2008, o empresário Francisco Vilmar Pereira, 73, contribuiu para a construção do Centro de Exposições de Mossoró Enéas Negreiros (EXPOCENTER). Vilmar Pereira é diretor-presidente das empresas Vipetro, Petroforte e Petroimóveis, todas sediadas em Mossoró. Vilmar ressalta que a Acim “sempre cuidou dos interesses do empresariado em todas as áreas econômicas” e que a instituição desenvolve um trabalho fundamental, a indicação de oportunidades para quem busca empreender. “A Acim desenvolve um relevante trabalho, haja vista seu amplo conhecimento no tocante ao âmbito dos negócios, empreende a intermediação de crédito do sistema financeiro nacional e atua para descobrir oportunidades para quem deseja empreender”, assinala. Francisco Vilmar também enfatiza que a Associação Comercial e Industrial de Mossoró dispõe de assento no Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (SEBRAE-RN). “Eu e o também empresário Nilson Brasil nos alternamos na titularidade e suplência no tocante ao assento da Acim no Conselho Deliberativo do Sebrae
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Empresário e ex-presidente da Acim, Vilmar Pereira contribuiu para a construção do Expocenter no Rio Grande do Norte. Nossa presença no Conselho permite que participemos de discussões sobre os caminhos para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas”, explica. PROGRESSO Vilmar Pereira avalia que os segmentos representados pela Acim são “fundamentais para a geração de emprego e renda”. “Entendo que educação é o caminho para o progresso e acredito que um país só se desenvolve com emprego e renda, aspecto que revela a importância dos segmentos comercial e industrial para Mossoró”, pondera. No tocante aos fatores que seriam fundamentais para o desenvolvimento dos segmentos comercial e industrial, o ex-presidente da Acim diz que, atualmen-
te, há linha de crédito subsidiado com taxas favoráveis, o que, para ele, constitui-se com uma possibilidade positiva para o empresariado. Já em referência à carga tributária, Vilmar afirma que “sempre defendeu o imposto único”, visto que simplifica o aspecto burocrático para as empresas. “Com o imposto único, teríamos redução da carga tributária e mais empregos”, frisa. A ACIM Tendo conferido sua contribuição para as ações empreendidas pela Associação Comercial e Industrial de Mossoró, Vilmar Pereira exalta o trabalho desenvolvido pela instituição. “A Acim representa uma entidade sólida que tem contribuído para o desenvolvimento de Mossoró e região”, conclui.
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No ano de seu centenário, ACIM realizou 31ª edição da Ficro No ano de seu centenário, a ACIM (Associação Comercial e Industrial de Mossoró) realizou mais uma edição da Feira Industrial e Comercial da Região Oeste (Ficro), sendo essa a 31ª. O evento aconteceu no período de 23 a 26 de outubro, na Estação das Artes Elizeu Ventania e na Praça de Eventos, em Mossoró/RN. Este ano, a feira praticamente dobrou de tamanho, com a inclusão dos projetos da Mostra de Turismo Regional e do Salão do Automóvel, cujas atividades transcorreram no interior da Estação das Artes. Os estandes empresariais foram montados na Praça de Eventos. A ACIM estima que, durante os quatro dias da feira, possam ter sido gerados R$ 30 milhões em negócios a partir dos mais de 70 expositores — dos segmentos industrial, comercial, turístico e de serviço — atuantes durante o evento.
TURISMO O desenvolvimento da Mostra de Turismo Regional se soma ao conjunto de ações empreendidas pela ACIM, por meio da CSTur (Câmara Setorial do Turismo), com vistas ao fortalecimento do turismo no Rio Grande do Norte. A Mostra de Turismo Regional da Ficro, segundo a ACIM, tem o propósito de desenvolver a atividade turística do interior do RN, corroborando o turismo e a produção associada à atividade, reunindo, em uma mesma oportunidade, todas as potencialidades da região: produtos turísticos, artesanato, gastronomia, cultura, capacitação e o trade turístico. A Acim pontua também que participou de todas as discussões em torno da reativação do Aeroporto Dix-sept Rosado, localizado em Mossoró. Desde junho de 2018, Mossoró conta com voos regulares
da companhia Azul Linhas Aéreas. A entidade acrescenta que teve ainda participação fundamental no processo que inseriu Mossoró, Tibau, Grossos, Areia Branca e Porto do Mangue, no roteiro genuinamente cearense denominado de Rota das Falésias. E salienta ainda que foi signatária do documento assinado em conjunto com o Mossoró Convention e a CDL Mossoró (Câmara de Dirigentes Lojistas), que defendeu, através da Comissão Mossoroense de Folclore, em Maceió/AL, a realização, em Mossoró, do 18º Congresso Brasileiro de Folclore. Mossoró foi escolhida como sede do evento, que será realizado em 2021. A ACIM também afirma dispor de assentos em conselhos relacionados ao segmento turístico e estar envidando esforços para dotar Mossoró de um centro de convenções. Marcelo Bento
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‘É motivo de muita honra exercer a presidência da Acim em seu centenário’ Oficialmente fundada em 8 de junho de 1919, a Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM) ascende ao centenário, sustentando compromisso de promover o desenvolvimento dos segmentos representados. Por ocasião dos 100 anos, data de notável significado para a Acim, a revista ACONTECE entrevistou o presidente da associação, José Carlos Lins de Matos, o qual realçou o contentamento de encontrar-se na dianteira de uma entidade centenária e destacou os fatores que considera serem imprescindíveis para o progresso dos segmentos comercial e industrial. “Pela associação, passaram muitos que ajudaram a construí-la e nomes que contribuíram para tornar a sociedade mossoroense o que se constitui na contemporaneidade”, salientou. Atualmente, a Acim congrega 66 associados, entre indústrias e empresas do setor comercial de Mossoró e, ao longo dos últimos 100 anos, facultou sua contribuição para o crescimento de tais segmentos e da cidade. Confira a íntegra da entrevista: REVISTA ACONTECE – Para o senhor, qual o significado dos 100 anos da Associação Comercial e Industrial de Mossoró (ACIM)? JOSÉ CARLOS – Para mim, é motivo de muita honra exercer a presidência da Acim em seu centenário, visto que uma instituição que ascende aos 100 anos tem efetivamente muita história. Pela associação, passaram muitos que ajudaram a construí-la e nomes que contribuíram
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para tornar a sociedade mossoroense o que se constitui na contemporaneidade. Pessoas que carregaram a responsabilidade de dar andamento à associação comercial e, hoje, eu, como presidente, me sinto muito feliz e envaidecido por estar à frente dessa instituição centenária. RA – O senhor é o 18° presidente da Acim. Trata-se de uma missão de grande responsabilidade…
JC – Exatamente. Todos os que pela Acim passaram e os que ainda virão têm no exercício da presidência o voluntariado. Não temos salário, estamos conferindo nossa contribuição para a associação e economia de Mossoró. Realmente, trata-se de uma dedicação que todos que pela Acim passaram puderam conferir e que, neste momento, está sendo a minha vez de trabalhar pelo desenvolvimento socioeconômico de Mossoró e toda região.
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RA – Ao longo desses anos, de que forma a associação foi determinante para os segmentos comercial e industrial de Mossoró? JC – Para você ter uma ideia, antes mesmo de a Acim surgir oficialmente, empresários que, posteriormente, a compuseram desempenharam importante participação para a instalação da primeira agência do Banco do Brasil em Mossoró. Voltamos a fazer contatos no tocante ao projeto da ferrovia Mossoró– Sousa (PB), o qual sonhamos que se concretize. Tal projeto está na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, para que sejam feitos estudos de viabilidade, para ver se essa rodovia será retomada, visto que se constitui como um meio mais econômico de transportar o progresso. Portanto, a Acim está diretamente ligada a todo desenvolvimento que Mossoró percebeu. RA – Na sua opinião, o Rio Grande do Norte poderia estar em um patamar superior no tocante à instalação de indústrias? JC – A gente sempre almeja que isso aconteça. Na verdade, os governantes também têm essa intenção de possibilitar o crescimento de seu estado, município, mas, nem sempre depende somente da vontade deles. Há uma conjuntura relacionada. A economia tem seus altos e baixos; ora está oportunizando empregos, renda, desenvolvimento, ora o desemprego está em alta. Mossoró já vivenciou o auge no que se refere à empregabilidade, a partir do setor petrolífero; hoje, estamos sonhando com a retomada desse segmento, a partir dos poços maduros. Que venham esses novos empregos para Mossoró, para a região, a fim de que nossa economia possa ser fomentada cada vez mais. Acho que os governantes buscam, na verdade, trazer esse desenvolvimento para nosso estado e municípios, trabalhando pela instalação de novas empresas. Inclusive, o Estado está com um projeto de atração de novos em-
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preendimentos, e acreditamos que estamos iniciando uma retomada e vamos, em breve, poder perceber se esses movimentos em curso em toda a economia nacional vão, efetivamente, gerar frutos, que é o que esperamos para Mossoró e região.
“[...] trata-se de uma dedicação que todos que pela Acim passaram puderam conferir e que, neste momento, está sendo a minha vez de trabalhar pelo desenvolvimento socioeconômico de Mossoró e toda região.” Refiro-me à retomada econômica, que poderá possibilitar emprego e renda. Tenho essa perspectiva. Sou otimista quanto a isso. RA – Na sua avaliação, quais fatores são imprescindíveis para o progresso dos segmentos comercial e industrial no Rio Grande do Norte? JC – Primeiro, o empresário, tanto da área industrial quanto da comercial, precisa acreditar em seu potencial, tem que buscar gerar no-
vos empreendimentos, ter coragem de colocar seu negócio na era do crescimento… O funcionalismo e as pessoas em busca de emprego e renda precisam se qualificar. Temos visto as empresas reclamar sobre a deficiência de mão de obra qualificada. Há possibilidades no mercado de trabalho, mas não trabalhadores com qualificação. As mesmas pessoas que reclamam da conjuntura vivenciada e da dificuldade não procuram estar preparadas para as oportunidades. Portanto, deixo aqui um recado para todos: que procurem estar preparados, que advirão as oportunidades, não resta dúvida. Importante ressaltar também que burocracia e impostos são fatores que precisam ser avaliados pelo governo. Acredito que a cadeia da burocracia e dos impostos decresce o ímpeto do empresário para investir. O Governo tem obrigação de transmitir segurança de que o empresário pode investir e que terá retorno e a colaboração e contribuição do Estado. Não é só pensar na aplicação de tributos, porque o anseio do governo por dinheiro é algo impressionante. Em virtude das responsabilidades, por exemplo, para com os aposentados e o funcionalismo, o governo precisa de arrecadação. A desburocratização e redução da incidência de impostos, efetivamente, são caminhos para o crescimento dos setores representados pela Acim. O empresário precisa desse apoio para ter coragem para investir. Porque, às vezes, o empresário está com dinheiro guardado, aplicado e buscando em que investir, visto que a pessoa nasce com esse ímpeto para investir, construir. Mas, precisa, realmente, de segurança jurídica e da certeza de que o Governo dará sua contribuição. RA – O que significam hoje para a economia de Mossoró os setores representados pela Acim? JC – Toda a economia de Mossoró, todas as indústrias estão diretamente ligadas à Associação Comer-
cial e Industrial. É muito importante quando percebemos que a indústria está se movimentando, contratando, investindo, com perspectiva de crescimento e que o empresário está animado e encorajado. Em face disso, pontuo a importância das Câmaras Setoriais que o Governo do Estado está implantando, para que possamos informar os empresários sobre o modelo de gestão do Poder Exe-
cutivo, bem como suas propostas no tocante às indústrias e ao comércio de todo o estado. Em um contexto geral, todas as indústrias e o comércio estão diretamente ligados à associação e são de fundamental importância para a geração de emprego e renda no estado. RA – Qual sua perspectiva para a economia brasileira?
JC – Minha perspectiva é sempre positiva, principalmente quando há algo palpável para acreditar. A reforma da Previdência, aprovada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal; obviamente virá a reforma tributária também… E, quando melhora para o Governo Federal, consequentemente, deverá melhorar para os governos estaduais. Isso é uma cadeia. Acredito, também, em ACONTECE . Out/Nov 2019
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Primeiro, o empresário, tanto da área industrial quanto da comercial, precisa acreditar em seu potencial, tem que buscar gerar novos empreendimentos, ter coragem de colocar seu negócio na era do crescimento.” nosso estado, na governadora [Fátima Bezerra], que tem responsabilidade para transformar o retrospecto de déficits dos últimos anos, salários atrasados e de falta de investimentos; acredito que haverá essa mudança. Já estamos no final de 2019 e vamos iniciar 2020 completamente diferentes deste ano, com novas perspectivas. E acredito que tal panorama será uma crescente daqui em diante. A economia vai, realmente, melhorar. Haverá uma retomada; os números já indicam isso. RA – Em se tratando de futuro, acredita que a indústria e o comércio passarão por profundas transformações? Como vê isso? JC – Não acredito em transformações muito profundas, porque
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todos os empresários têm um certo zelo e cuidado e vão viabilizando mudanças paulatinamente, até por segurança mesmo. O que acontecerá é que o mercado de trabalho está mudando no sentido de que a qualificação, volto a falar, é extremamente importante para galgar uma posição no mercado de trabalho. Por quê? As exigências das empresas mudaram. Anteriormente, o trabalhador poderia ingressar em uma empresa sem muitos conhecimentos e ia sendo preparado a cada dia. Hoje, no mínimo, é preciso ter o primeiro grau, para começar em ocupações hierarquicamente menores; a maioria é de segundo grau e ensino superior ou correspondente a uma formação técnica. Portanto, acredito nessa modificação. Mudança na consciência das pessoas no que concerne a se preparar, buscar se qualificar, para ocupar os espaços que vão surgir no mercado. Porque a indústria está evoluindo muito rapidamente. Se analisarmos, há alguns anos, não tínhamos carros importados. Atualmente, nossos carros são tão bons quanto os importados; as fábricas estão vindo se instalar no Brasil. E essa mão de obra precisa ser, cada vez mais, qualificada, visto que tudo é gerido por computação. O emprego acabou? Não. Está mudando, se qualificando. Quando o trabalhador está qualificado, além de encontrar oportunidade no mercado, é mais bem remunerado. Portanto, é nessa perspectiva que temos que focar. Saliento que as tecnologias promoverão, sim, mudanças no comércio, indústrias; essas mudanças já existem. E quem sai na frente, quem se compromete, quem busca a qualificação se diferencia. Aquele que não se qualificar e o empresário que não procurar se especializar, entender, compreender o seu segmento, vão ficar para trás. Porque a dinâmica é muito célere. Para se ter uma ideia da evolução da economia, podemos perceber que, todo dia, cria-se um novo banco digital. A pessoa não sai de sua
Os segmentos representados pela Acim exercem forte participação na economia de Mossoró.”
residência. Abre a conta e recebe o cartão em casa, tudo feito na palma da mão, no celular. Não precisa mais ir para uma fila, uma agência. Também como exemplo, a modernidade se estendeu ao segmento alimentício, com a entrega de cardápios mediante aplicativo. Quem melhor se qualifica, quem melhor faz, culmina tomando para si uma parcela do respectivo mercado. O que tem mudado são apenas os meios de desenvolvimento das atividades, realidade que está vinculada às tecnologias. Em síntese, primeiro é a qualificação das pessoas para se adequar à realidade das atividades econômicas. Segundo, é que o empresário atento para a inovação sai na frente e se diferencia. Por fim, as tecnologias vão realmente desen-
cadear mudanças para os segmentos comercial e industrial. O caminho é a profissionalização tanto do empresário quanto do trabalhador, aquele que pretende ocupar espaço no mercado. RA – Quais os projetos para o futuro da Acim? JC – Estou na iminência da conclusão do meu mandato de presidente da Acim. No entanto, o que aspiramos é estar cada vez mais próximos dos nossos associados, buscar ampliar o quantitativo de sócios e ajudar o empresariado na retomada da atividade econômica, perscrutando informações dentro e fora do estado, para subsidiá-los, no tocante ao que está acontecendo no contexto geral do Brasil, com vistas
a não ficarmos para trás. Portanto, é papel da Associação Comercial e Industrial de Mossoró promover essa interação dos associados e sociedade mossoroense com o restante do país e também com o mundo, oportunizando informações, palestrantes, cursos, além de formações que permitam possibilitar uma dinâmica melhor, para que o comércio, a indústria e a sociedade possam se aprimorar e aproveitar esse momento de mudança que está se desencadeando em nosso país. O planejamento para a Acim consiste no prosseguimento de sua contribuição para que haja desenvolvimento nas áreas comercial e industrial de Mossoró e, consequentemente, do Rio Grande do Norte. ACONTECE . Out/Nov 2019
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O OLHAR DELE De cara para lua
Chrystian de Saboya Jornalista, produtor de eventos.
Crônica, coluna e outras declarações de amor chrystian.saboya@gmail.com c.desaboya@uol.com.br
É
como o ar que eu respiro. O calor que eu necessito e transpiro, a tal felicidade que sobrevivo. Nunca faço um evento, uma festa, eu nunca dou um grito por gritar, por fazer, um saber por estar. Eu vou a fundo naquilo que sonho, pesquiso, leio, reviro gavetas, eu me assanho. Porque festa sempre foi, para mim, um assunto absurdamente sério. E, talvez, seja por essa seriedade também que eu fui me transformando naquilo que sou. Um cara que não tem medo dos voos, que pensa sempre fora da caixa e que faz festa não no que se encaixa, mas naquilo que nos torna dia a dia pessoas melhores e mais felizes para o mundo. Decidi, desde muito tempo, não fazer festa somente. Resolvi fazer arte. Misturar pessoas de Plutão a Marte. E todas as tribos em volta de uma ciran-
da que se chama “As festas de Chrystian”. E misturo na mesma panela, aí está, uma das receitas da minha nunca perene felicidade: artistas, surfistas, anarquistas, gente normal. À minha volta, quero o que significa para mim sociedade: aquele que tem e o que não tem tanto assim. Misturo drags, senhoras da sociedade, os pobres, ricos, os que tem história e os que ainda não chegaram no fim. Viva a diversidade, a pluralidade, as almas de alfenim! Não me repito. Esse tsunami que me habilita, atiça dentro de mim uns gritos de alerta, porque minhas portas estão sempre abertas para o inusitado e vou de absurdo em absurdo fazendo daquilo que Deus me deu de mais precioso um sonho honroso, e, ao invés de fazer festas somente, vou abrindo cabeças e frestas para aquilo que de mais belo, mais lindo e mais inusitado existe na vida: a própria vida!
Aos varais das nossas vidas
E, de repente, a festa foi invadida por lavadeiras. Porque eu descobri que, entre o Hotel Pirâmide, na Via Costeira, e hoje
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Mãe Luiza, existia um grande lago, onde mulheres lavavam suas roupas, quaravam seus sonhos. Eis, então, nossa homenagem!
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Gratidão Sami e Sandra Elali Vânia Leite Adriana Rocha Fátima Barros Daniel Rocha Leandro Pinheiro Alexandre e Márcia Alessandra Cabral Daniel Andrade Laurentina Rangel Kelly Lima Anna e Claudia André Gustavo Gerlane Silva Lene Macedo Sueldo Soares Robinzband Joãozinho Batista Pedro Neto Luli Gluck Juliano Valentin Nelson Filho Gustavo Rosado Socorro Paiva Francisco Eduardo Lídia Quaresma Lucas Azevedo Camila Gomes Marcelo Amarelo Viviane Mendonça Lima de Castro Samara, Pablo e Vitor Isa Dantas Mário Filho Sanzia Fernandes Cris Elali Claudia Santa Rosa Fran Vieira Andrea Leal Andrea Moura Tânia Ventura Ona Câmara Reno e Karina Vasconcelos Djalma Júnior Demétrius Coelho Marcelo Bento Renata Motta Meus grupos de Whats, que amo + Midway Mall O Boticário Reserva Bonfim Claudia Reges Daya Armação Glauber Carvalho Cantão Mistura Íntima DNA Aquacoco Orale Florense Maria Brunet e... Keity Saboya, meu norte, minha sorte, meu amor. E meus pequenos Valentina e Mateus, que embalam meus sonhos, pegam no meu coração e cantam para minha alma ACONTECE . Out/Nov 2019
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COMUNICAÇÃO
9 ANOS DE ACONTECE: dedicação e conteúdo de qualidade Revista Acontece completa 9 anos com amplo trabalho voltado à informação
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rinta de outubro expressa proeminente significado para a equipe da revista ACONTECE. Neste ano, a publicação comemora 9 anos de um trabalho envolto em dedicação e qualidade. Desde 30 de outubro de 2010, foram publicadas 29 edições da revista Acontece. Em março de 2018, uma nova fase, com a ampliação da periodicidade, investimento que,
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para a idealizadora e diretora-geral da publicação, Neide Carlos, produziu profícuos resultados. “Desde o ano passado, a revista vivencia uma nova fase, com a ampliação da periodicidade. O balanço que faço dessa fase é muito positivo, no sentido de que auferimos mais visibilidade, alcance e hoje vejo que as pessoas têm mais conhecimento da publicação. Anteriormente, a revista ACONTECE
era anual e ficava esquecida. Hoje, se você perguntar pela revista, recebe resposta positiva sobre se já viu a publicação. Portanto, hoje noto que a difusão da revista está mais acentuada”, salienta Neide Carlos. Parceiro de Neide Carlos na direção da revista Acontece, Marcelo Bento também faz um balanço positivo sobre a atual fase da publicação. “Faço um balanço muito
“[...] hoje, noto que a difusão da revista está mais acentuada” Neide Carlos, diretora-geral da revista Acontece positivo, até porque a revista tem alcançado novo público, novos leitores com a periodicidade mensal. Estamos colhendo os primeiros frutos desse trabalho; no entanto, ainda há muito trabalho pela frente. Mas, a avaliação que faço é amplamente positiva”, declara. Marcelo Bento também pontua sobre o que os leitores podem esperar da ACONTECE. “Os leitores podem sempre esperar conteúdos diferenciados, com qualidade. Produzimos a revista Acontece com dedicação para entregar um produto à altura de nossos leitores”, complementa. NOVE ANOS DE ACONTECE Em face dos desafios, Neide Carlos entende que os nove anos são, de fato, uma marca para ser celebrada. “Acredito que os nove anos sejam, de fato, uma marca para comemorar, porque, realmente, é muito grande o desafio de publicar
“Produzimos a revista Acontece com dedicação para entregar um produto à altura de nossos leitores” Marcelo Bento, diretor-geral da revista Acontece
uma revista, uma revista que fazemos com carinho e suporte de excelentes profissionais. Acredito que chegar aos nove anos represente sucesso, mas avalio que é uma nova fase. É como se estivéssemos começando tudo de novo, porque nessa caminhada erramos, acertamos, contudo acredito que mais acertamos, visto que a revista permanece em circulação”, frisa. Para Marcelo Bento, os nove anos da revista significam superação. “Acho que superação é uma palavra que define muito bem a trajetória da revista Acontece. Temos trabalhado para colocar a revista no mercado e, com muita dedicação, propiciar conteúdos de qualidade, oportunizando sempre o melhor para que as pessoas leiam, sempre leiam, até porque nosso intuito também é formar novos leitores”, ressalta. PROJETOS No tocante ao futuro, Neide Carlos afirma que aspira ao fortalecimento da ACONTECE. “Penso em uma revista ACONTECE com uma tiragem mais ampla, uma melhor distribuição e pessoas satisfeitas com nosso trabalho e seu retorno. É um caminho longo, árduo, mas, quando se tem amor pelo que faz, nos tornamos incansáveis. Sei que é muito difícil empreender, principalmente em nosso país, que possui carga tributária elevada. Temos vontade de fazer várias coisas e crescer, ser o melhor; mas, dentro do possível, estamos trilhando um dignificante caminho”, conclui. RECONHECIMENTO Já entrevistada pela revista ACONTECE, a prefeita de Riacho da Cruz, Bernadete Rêgo, enaltece a importância da versão impressa da publicação. Riacho da Cruz está localizada na região Alto Oeste do Rio Grande do Norte. “A revista é significante porque reporta assuntos de verdadei-
ra importância para a sociedade. Além disso, a revista imortaliza os momentos retratados e difunde-se pelo setor público, tendo como exemplo as bibliotecas. Precisamos que as coisas boas do nosso estado conquistem visibilidade, sendo essa uma possibilidade por meio da comunicação”, diz. Diretor do Colégio Diocesano Santa Luzia e da Faculdade Católica do RN, padre Charles Lamartine salientou a qualidade da revista ACONTECE. “Nos orgulha ver o profissionalismo de uma equipe que, em um cenário de domínio das plataformas digitais, ergue a bandeira do impresso e o faz de maneira tão competente. Desejo que o sucesso esteja sempre no caminho da revista ACONTECE, como um reconhecimento diante da ousadia dos meus amigos Neide Carlos e Marcelo Bento, que mantêm esse projeto vivo mês a mês, nos trazendo conteúdos de leituras prazerosas e muito informativos. A consolidação do trabalho está na qualidade, e essa qualidade a gente consegue com o cuidado, com o zelo, a dedicação e o compromisso pelo que se faz. Parabéns pelos nove anos nos oferecendo o jornalismo em sua essência ética”, declarou. Pedro Fernandes, reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), também assinalou a qualidade do trabalho publicado pela ACONTECE. “Vivemos um momento de transformação, onde as pessoas estão cada vez mais conectadas e em busca de informação, embora nem sempre saibam onde buscá-la. É nesse cenário que a revista ACONTECE vem sobressaindo ao longo desses nove anos, aliando o impresso ao digital, a informação com credibilidade a um material de qualidade indiscutível. Parabéns a Neide, Marcelo e a todos os envolvidos nesse projeto”, frisou. ACONTECE . Out/Nov 2019
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ALTO OESTE
Portalegre realiza Caju Agro Fest Evento acontecerá no período de 15 a 17 de novembro com ênfase na cultura, turismo e fomento à geração de negócios
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Prefeitura Municipal de Portalegre, cidade do Alto Oeste potiguar, realizará de 15 a 17 de novembro a 3ª edição do Caju AgroFest, com ênfase na cultura, turismo e fomento à geração de negócios. O Caju Agro Fest se desenvolverá na Praça da Integração Serrana, que será inaugurada no dia da abertura do evento, marcada para as 19h do dia 15 de novembro. O espaço de 8 mil metros quadrados
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receberá 35 estandes para divulgação e exposição e venda de produtos. “Empresas do Rio Grande do Norte e de estados vizinhos já confirmaram a exposição de seus produtos e marcas”, salienta o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ed Rogers Lira. O Caju Agro Fest também vai dispor de três palcos para apresentações culturais: o palco principal, que funcionará nos dias 15 e 16 de novembro, a partir da meia-noi-
te, receberá atrações para o grande público; o palco potiguar será dedicado a atrações do estado; e o palco cultural evidenciará atrações, como peças teatrais e quadrilha junina. No palco principal, vão se apresentar no dia 15 a Banda Feras e o forrozeiro Dorgival Dantas; já no sábado, dia 16 de novembro, será a vez de Bruno Martins e da banda Magníficos. Já no Palco Potiguar, na noite do dia 15, vão se apresen-
Projeto da Praça da Integração Serrana: espaço receberá a estrutura do Caju Agro Fest
tar Nida Lira e Jully Dallifany; na tarde do dia 16, Amanda Gomez e BR27 e, à noite, Frequência 2 e Felipe Grilo; e, no domingo à tarde, Fabiano Show e Rastasun. O secretário de Desenvolvimento Econômico explica que, neste ano, o Caju Agro Fest reunirá dois eventos que já tinham sido promovidos na cidade: o próprio Caju Agro Fest, antes realizado na qualidade de feira de negócios, e o Festival Gastronômico. “O Caju AgroFest já havia sido realizado em 2001 e 2002, na condição de feira de negócios, e o Festival Gastronômico em 2009 e 2011. Neste ano, decidimos reunir os dois eventos em um só, permanecendo com a nomenclatura Caju Agro Fest”, pontua. Sobre o nome do evento, o prefeito de Portalegre, Manoel de Freitas, “Neto da Emater”, assinala que a designação alude à produção de caju do município, que exerce importância econômica.
“O Festival Gastronômico é o destaque desta edição do Caju Agro Fest. Por meio do evento, pretendemos incrementar a economia regional, mediante atração de visitantes para nossa cidade. Além de o próprio Caju Agro Fest já ser atrativo, o evento também permitirá visibilidade aos pontos turísticos de Portalegre, evidenciar o potencial do município no tocante à produção de caju e oportunizar o estabelecimento de negócios com foco nessa atividade”, declara.
A decisão será de uma comissão julgadora. O mais bem avaliado receberá o troféu de melhor prato do festival”, ressalta o secretário Ed Rogers.
FESTIVAL GASTRONÔMICO O Festival Gastronômico do Caju Agro Fest reunirá restaurantes das cidades de Portalegre, Pau dos Ferros, Patu e Mossoró, além de foodtrucks. Os restaurantes e os foodtrucks vão funcionar durante os três dias do Caju Agro Fest. No dia 15 de novembro, das 19h à meia-noite; no sábado, das 12h à meia-noite; e, no domingo, das 12h às 17h. “Ainda haverá a escolha do melhor prato do Festival Gastronômico. Cada restaurante alocado no festival vai escolher uma opção gastronômica para competir.
A CIDADE Mirantes com visão panorâmica, possibilitando uma vista privilegiada a partir das altitudes da serra, e a Cachoeira do Pinga, que possui uma queda d’água de 96 metros de altura, compõem os atrativos da cidade de Portalegre. A cidade serrana está localizada na região Alto Oeste do Rio Grande do Norte e tem uma população de 7.867 habitantes, segundo estimativa populacional divulgada neste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os pontos turísticos de Portalegre proporcionam preciosos momentos de lazer.
EXPECTATIVA E ECONOMIA Sobre a expectativa para o evento, o secretário diz que a Prefeitura espera 20 mil visitantes. “O evento já movimenta o segmento de pousadas na região, que já registra alto número de reservas para o período”, frisa.
Dorgival Dantas está entre as atrações do Caju Agro Fest
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AREIA BRANCA
Prefeitura realiza Festival do Atum A
Prefeitura Municipal de Areia Branca realiza de 14 a 16 de novembro o Festival do Atum do Rio Grande do Norte. O objetivo é notabilizar a cidade em virtude de seu amplo potencial no tocante à pesca do Atum. Encontrado em todos os mares do planeta, o atum — que chega a medir 3,5m, pesar mais de 700 Kg, viver 30 anos, nadar até 90Km/h
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e mergulhar 900 metros de profundidade — é um alimento rico, saudável e saboroso que se tornou uma das predileções gastronômicas e, por isso, é tão cobiçado. A prefeita de Areia Branca, Iraneide Rebouças, explica que, sem cultura e frota oceânica, o Brasil entrou pra valer na pesca comercial do Atum há pouco mais de uma década e produz, hoje, oficial-
mente, cerca de 50 mil toneladas (com capacidade de dobrar) que movimentam, por ano, mais de US$ 270 milhões em exportações. “O Nordeste responde por 60% da produção nacional e o Rio Grande do Norte por 70% da produção da região e, de acordo com a Fiern [Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte], por 85% das exportações
Prefeitura de Areia Branca
Evento acontecerá no período de 14 a 16 de novembro
o presente e o futuro da pesca do atum no Brasil. David Azevedo, gerente de pesca da Prefeitura de Areia Branca, frisa que, não faz muito tempo, a pesca do atum chegou à cidade e não foi por acaso. Ele ressalta que, em Areia Branca, fica o ponto ideal de captura e distribuição no estado, quiçá no Brasil, por razões que vão da cultura de pesca (deprimida pela lagosta) até a proximidade das áreas de cardumes. Ainda detalhando os fatores que elevam Areia Branca no âmbito da pesca do Atum, David ressalta que, para se ter ideia, um barco que sai de Areia Branca alcança áreas de cardumes com até 200 milhas de viagem, enquanto outros países viajam mais de 2.000 milhas. “Hoje, a atividade tem uma rede geradora de 4 mil empregos em Areia Branca, segundo a Aspern. Nos últimos cinco anos, a frota da cidade foi de 7 para 63 barcos e é enorme o potencial de expansão em toda cadeia produtiva. Por isso, a Prefeitura passou a tratar a pesca do atum como uma atividade estruturante do município e do estado”, ressalta. O FESTIVAL Em novembro de 2018, Areia Branca realizou o seu 1º Festival Gastronômico do Atum, que con-
tou com extensa programação técnica, científica, ações de cidadania, apresentações culturais e artísticas e, principalmente, um verdadeiro show gastronômico de chefs e restaurantes que envolveu toda a cidade e região, durante quatro dias. “ O evento alcançou tanto sucesso que agora será o Festival do Atum do Rio Grande do Norte 2019, com ampliação e aprimoramento de tudo que teve no ano passado e mais: uma ampla feira de negócios do setor, apresentação e contratação de rede de investimentos, shows com artistas nacionais, além do estímulo à participação de outros municípios ligados ao setor e o apoio fundamental do Governo do Estado”, diz Iraneide Rebouças. Sobre expectativa, a prefeita frisa que “é a melhor possível”. “Nossa expectativa com a realização da segunda edição do Festival do Atum, que agora é de todo Rio Grande do Norte, em Areia Branca, é a melhor possível! Além do incentivo à atividade e estímulo ao consumo interno, consolidamos nossa cidade como uma referência nacional e internacional na produção do peixe, que hoje é o mais procurado do planeta, fortalecendo assim nossa economia e turismo. Como diz o slogan do festival, é de Areia Branca para o mundo!”, finaliza.
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- Nordeste responde por % da produção nacional de atum nacionais, dados que revelam a importância do estado no segmento”, salienta a prefeita, apontando também que a participação do RN na produção e exportação do atum lhe um traz um protagonismo natural, demonstrado recentemente com a realização em Natal da 11ª Sessão do Comitê Permanente de Gestão de Atuns e Afins que discutiu, pela primeira vez, no Nordeste,
- Rio Grande do Norte por da produção da região
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ACADEMIA
Wellington Barreto, presidente-executivo da ACJUS
ACJUS completa 5 anos
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Oficialmente fundada em 5/11/2014, a Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró celebra 5 anos, revelando-se alicerçada na valorização da cultura, letras e das ciências
ficialmente fundada em 5 de novembro de 2014, a Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró (ACJUS) completa cinco anos, propondo-se afirmada na valorização da literatura, ciências jurídicas e sociais e da cultura. Em alusão à data, a academia realiza, no dia 9 de novembro, sessão solene de aniversário no auditório do Tribunal do Júri da Comarca de Mossoró, Fórum Desembargador
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Silveira Martins. Além de homenagens à entidade, durante a ocasião, serão conferidas duas honrarias: Medalha Ruy Barbosa e a Comenda Cultural Milton Marques de Medeiros. A Medalha Ruy Barbosa é concedida em reconhecimento a três personalidades que contribuíram para as artes, saberes, literatura, entre outros – em conformidade com o regimento, das três personalidades, duas devem ser integrantes da AC-
JUS. Já a Comenda Cultural é facultada a um número irrestrito de pessoas de segmentos diversos que desempenharam relevante atuação em benefício de Mossoró e do país. Neste ano, a Medalha Ruy Barbosa reconhecerá o acadêmico Paulo de Medeiros Fernandes (cadeira 16), a acadêmica Joana Darc Fernandes Coelho (cadeira 9) e o benfeitor José Maria de Oliveira (empresário). A Comenda Cultural Milton Marques de Medeiros
Marcelo Bento
contemplará 15 homenageados. Também durante a sessão, a Escola Municipal Rotary, de Mossoró, receberá certificado pela participação no projeto da ACJUS “Lendo, Escrevendo e Aprendendo”. A confreira Zilene Conceição Cabral Freire de Medeiros (segunda ocupante da cadeira 4) pronunciará oração em homenagem aos que receberão as honrarias. Após a sessão solene, haverá o lançamento do livro “Audiência de Custódia e sua Aplicabilidade”, de autoria de Chrystiano Ângelo Alves Silva, com a participação de diversos colaboradores. Além desse título, haverá outros expostos, lançados ou pré-lançados. ACJUS A Academia de Ciências Jurídicas e Sociais de Mossoró foi oficial-
mente fundada em 05/11/2014 e instalada solenemente em 25/07/2015. A data de fundação foi pensada para homenagear seu patrono, Ruy Barbosa, que nasceu nesse dia. “Fui responsável por coordenar a implantação da ACJUS, após ponderar sobre a possibilidade e lacuna na cidade no tocante ao estabelecimento de uma academia relacionada à área do Direito. Com esse intuito, convidei alguns amigos de áreas diversas e começamos a discutir sobre a possibilidade de implantação da academia’, conta Wellington Barreto, presidente-executivo da ACJUS. No ano de 2016, a ACJUS filiou-se à Federação das Academias de Letras Jurídicas do Brasil (FALEJUB), atualmente Colégio de Presidentes de Academias de Letras Jurídicas do Brasil, e já trabalha para integrar a Conferência Ibero-americana de Academias de Ciéncias Jurídicas y Saciales. O presidente da ACJUS ocupa o cargo de segundo vice-presidente do Colégio de Presidentes de Academias de Letras Jurídicas do Brasil. Wellington Barreto exerce o segundo mandato como presidente-executivo da ACJUS. A vice-presidência é desempenhada pela acadêmica Taniama Vieira da Silva Barreto, titular da cadeira 3. O presidente de honra é o acadêmico Elder Heronildes da Silva, titular da cadeira 12 – presidente de honra perpétuo. Sobre as atividades da entidade, Wellington Barreto explica que, no processo de formação e fundação, a ACJUS nasceu baseada nos ditames da Academia Francesa, seguindo praticamente a mesma ritualística. A ACJUS congrega 50 cadeiras, cada uma com respectivo patrono. Atualmente, 47 estão ocupadas por pessoas que contribuem para a literatura e ciências jurídicas. Wellington pontua que a ACJUS tem por finalidade a valorização da cultura, das letras e das ciências jurídicas e sociais, bem como do co-
nhecimento em geral. Salienta que a academia incentiva o desenvolvimento de publicações literárias e científicas e também debate assuntos diversos referentes ao Rio Grande do Norte, municípios, ao âmbito internacional, cultura, educação e política. Participa ainda de vários fóruns permanentes de debates sobre variados temas, principalmente de interesses sociais, culturais e políticos, firmando parcerias com instituições públicas e privadas. “A ACJUS realiza anualmente 12 sessões magnas e algumas outras ordinárias ou extraordinárias, bem como conferências, congressos, seminários e palestras, sendo que, nos últimos cinco anos, foi a instituição acadêmica que colocou maior público em seus eventos, com média de 1.800 pessoas em cada ano, ou seja, no mínimo, 150 pessoas por evento solene”, salienta o presidente da academia, assinalando também que a ACJUS é reconhecida como de utilidade pública no âmbito municipal, pela lei 3.472/2016, e, no Estado, pela lei 10.047/2016. SEDE Wellington Barreto ressalta que, para uma melhor prestação de serviços ao quadro acadêmico e à sociedade em geral, a ACJUS vem concluindo as obras de edificação de sua sede social e administrativa localizada no bairro Abolição II (zona oeste de Mossoró). O espaço foi denominado por resolução da diretoria de “Palácio Cultural Milton Marques de Medeiros”, em memória ao sócio-fundador, segundo vice-presidente e primeiro ocupante da cadeira 4, Milton Marques de Medeiros. “Além de ter sido sócio-fundador da ACJUS e, por duas vezes, seu vice-presidente, Milton Marques exerceu importante participação na consolidação da academia, oportunizando visibilidade à entidade por meio da TV Cabo Mossoró, a TCM”, frisa. ACONTECE . Out/Nov 2019
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ECONOMIA
Reação ao
desinvestimento da Petrobras Governo do Estado, parlamentares e representação da indústria se manifestam sobre eventual ampliação do desinvestimento da Petrobras no Rio Grande do Norte
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ventual intensificação do desinvestimento empreendido pela Petrobras no Rio Grande do Norte incitou reações no âmbito político e da representação da indústria. No dia 29 de setembro, o jornalista Cassiano Arruda Câmara afirmou em sua coluna “Roda Viva”, no jornal “Tribuna do Norte”, que, dentro de seu programa de desinvestimento, a Petrobras já havia fixado data “para encerrar as suas atividades no Rio Grande do Norte”. Segundo o jornalista, o escritório de Natal será fechado em agosto de 2020. Ainda segundo o jornalista, “embora o assunto ainda esteja sendo tratado com reservas, alguns servidores já estão (sic) sendo transferidos, a partir de dezembro, para outras unidades da empresa, a maioria para o Rio de Janeiro”. Desde então, muitas manifestações sobre o assunto. No dia 30 de setembro, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro
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Sales, reagiu, por meio de nota, expressando preocupação. “O alerta feito pelo jornalista Cassiano Arruda na edição de ontem [ dia 29 de setembro] do jornal Tribuna do Norte, em relação ao término das atividades do escritório da Petrobras no Rio Grande do Norte, o que pode sinalizar um desmonte progressivo das atividades da empresa no estado em prazo mais longo, deve despertar a urgente e grave atenção de todos. As entidades que representam trabalhadores e empregadores, as representações do estado na Câmara dos Deputados, no Senado, na Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais, todos sob a liderança da governadora Fátima Bezerra, precisam deixar claro que isso é inaceitável, lutando pelo recuo de tamanha agressão à economia potiguar”, assinalou Amaro Sales. O presidente da Fiern ainda pontuou a importância de uma convergência de forças “para que a causa seja elevada à prioridade máxima e o Rio Grande do Norte
possa contar com a atividade econômica e social da Petrobras, a maior empresa brasileira, construída assim também porque contou, durante décadas, com as riquezas minerais do solo potiguar”. Em reportagem publicada no dia 18 de agosto, a “Tribuna do Norte” noticiou que, no período de 2012 a 2018, a Petrobras aposentou ou demitiu 9.968 trabalhadores próprios (concursados) ou terceirizados. A redução do efetivo no período foi de 44,96%. Os dados foram repassados à Tribuna do Norte pelo Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO-RN). Os dados foram extraídos via Lei de Acesso à Informação do Sistema Eletrônico de Serviço de Informação ao Cidadão (E-SIC). Esses trabalhadores atuavam, principalmente, nos campos do Oeste potiguar. No último 4 de outubro, o Governo do RN informou que tem reunido esforços para manter e ampliar a permanência das atividades da Petrobras no estado, “levando
em consideração as graves consequências de desinvestimentos que a estatal vem sinalizando no Rio Grande do Norte, bem como para toda a região Nordeste”. Ainda na mesma data, o Governo assinalou que, em maio, a chefe do Executivo Estadual se reuniu com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, na sede da empresa no Rio de Janeiro. Na ocasião, segundo o Governo do Estado, o dirigente pontuou as situações que poderiam ocorrer, como a venda de poços e campos de exploração, mas deixou claro que a Petrobras não sairia do RN. Também segundo o Executivo Estadual, Fátima Bezerra recebeu a garantia de que a estatal permaneceria no estado e que, além disso, o RN receberia o montante de US$ 668 milhões em 2019, sendo US$ 198 milhões apenas em investimentos. O número é quatro vezes maior do que o investido pela Petrobras no RN no último ano. Por meio de ofício encaminhado no dia 1° de outubro, o Governo solicitou uma nova audiência com Roberto Castello Branco, para tratar da importância da empresa para o Estado. “A governadora vai convidar representantes da bancada federal, classes trabalhadora e empresarial e entidades da sociedade civil para participarem da audiência”, informou o Governo do Estado, também no dia 4 de outubro, por meio de sua assessoria de comunicação. Em sintonia com a posição do presidente da Fiern, Amaro Sales, o Governo do Estado salientou ainda no dia 4 de outubro que Fátima Bezerra tem encontrado nessa instituição apoio para continuar destacando a relevância da Petrobras para a economia do RN e a geração de empregos pela empresa. “A saída da Petrobras implica na queda brusca do PIB estadual e na economia do Estado como um todo, além do importante desenvolvimento social que a empresa
promove. Mais de 90 municípios do RN recebem a distribuição dos royalties e a Petrobras é responsável pela manutenção de toda uma cadeia direta de empregos. Saúdo a Fiern em unir os esforços e convocar a sociedade para essa luta”, destacou a governadora. Ainda em referência à nota assinada por Amaro Sales, nela o presidente da Fiern salienta que “a Petrobras é muito relevante” para a economia do Rio Grande do Norte. “A própria empresa, no estado, indica 162,8 milhões em reservas totais de petróleo em terra (barris de petróleo); o Rio Grande do Norte é líder histórico em número de poços produtores de petróleo, sendo atualmente mais de 3.580 (distribuídos em 15 municípios). Além do potencial natural, os royalties são essenciais ao Governo do Estado e aos Municípios que fazem jus. Apenas para ilustrar: são mais de 90 Municípios que juntos recebem aproximados R$ 250 milhões ”, frisou. O Poder Executivo Estadual reiterou que os royalties gerados pela Petrobras são essenciais ao Governo do Estado e aos mais de 90 Municípios que juntos recebem aproximadamente R$ 250 milhões, além dos cerca de 10 mil empregos
formais gerados pela cadeia do petróleo e gás. À reportagem da revista ACONTECE, o presidente da Redepetro RN, Gutemberg Dias, avaliou como necessária a manutenção pela Petrobras dos investimentos no Rio Grande do Norte. A Redepetro RN se constitui com uma organização sediada em Mossoró, na região Oeste, que tem por objetivo a integração de um grupo de pessoas jurídicas fornecedoras de bens e serviços para atuar, de forma colaborativa e competitiva na Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás, Petroquímica e Energia. Ressaltou também que a Petrobras não está associada apenas à significante participação econômica no Rio Grande do Norte. Assinalou que, por ser uma estatal, a empresa também compreende relevante papel social no estado. “É importante que a Petrobras volte a investir. No entanto, tal ação precisa ser célere ou a empresa dê oportunidades para investimentos da iniciativa privada. Há um equívoco no tocante às discussões sobre a atuação da Petrobras no RN. A discussão não deve ser se a Petrobras vai sair ou não, mas o que fazer para que a empresa amplie seus investimentos no estado”, diz.
Reprodução
Marcelo Bento
Amaro Sales, presidente da Fiern, define desinvestimento da Petrobras no RN como “agressão à economia potiguar”
Gutemberg Dias, presidente da Redepetro RN, avalia como necessária a manutenção pela Petrobras dos investimentos no RN ACONTECE . Out/Nov 2019
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ECONOMIA
Desinvestimento visa fortalecer estatal, diz presidente da Petrobras Em audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realizada no dia 8 de outubro, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, declarou que a venda de ativos da estatal petrolífera não representa o “desmonte” da empresa, conforme críticos da decisão apontam. Segundo o executivo, o “processo de desinvestimento” visa fortalecer a estatal, concentrando os recursos humanos e financeiros de que a empresa dispõe em atividades mais rentáveis e sustentáveis em longo prazo. Castello Branco sustentou que as alegações de que a Petrobras vai deixar o Nordeste são “uma narrativa distorcida da realidade”. Embora confirme os planos de “racionalizar o uso de espaços” físicos, reduzindo o número de prédios ocupados em todo o país e no exterior, e vendendo alguns poços e refinarias, Castelo Branco afirmou que não há risco de demissão de funcionários, com exceção daqueles que aderirem ao programa de desligamento voluntário. “Gostaria de deixar claro que não há nenhum desmonte, nenhum fechamento da Petrobras no Nordeste, onde vamos continuar buscando a exploração em águas profundas”, disse o presidente da estatal, destacando que a venda de ativos pode fomentar o surgimento de novas empresas que, seguramente, absorverão mão de obra. De acordo com o executivo, a decisão de se desfazer de parte
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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Roberto Castello Branco, presidente da Petrobras
dos ativos no Nordeste está baseada na avaliação de que, para a Petrobras, parte dos negócios na região se tornaram “irrelevantes”. Durante a audiência pública do dia 8 de outubro, Castello Branco chegou a dizer que “a natureza trabalhou contra a Petrobras no que diz respeito aos campos terrestres em águas rasas”, apontados como de menor produtividade e custos mais altos. “Na Bahia, que já foi muito importante para a Petrobras, temos, hoje, 2.980 poços produtores, nos quais produzimos 27 mil barris
de petróleo por dia e 3 milhões de metros cúbicos de gás natural. Isto representa, respectivamente, 1% e 1,5% de toda a produção de petróleo e de petróleo e gás da empresa”, detalhou Castello Branco. “Lamentavelmente, nossa produção na Bahia ficou irrelevante. E em outros estados do Nordeste também. O Ceará, por exemplo, é responsável por 0,2% da nossa produção total de petróleo. O Rio Grande do Norte, por 2%. Alagoas, por 0,4%, e Sergipe por 1%”, acrescentou o presidente da Petrobras. (Com informações da Agência Brasil)
“Gostaria de deixar claro que não há nenhum desmonte, nenhum fechamento da Petrobras no Nordeste, onde vamos continuar buscando a exploração em águas profundas.” Roberto Castelo Branco, presidente da Petrobras
CDR aprova realização de audiência para ouvir presidente da Petrobras A Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) aprovou no dia 16 de outubro a realização de audiência pública para ouvir o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, sobre “desinvestimentos e projetos de mitigação de danos causados pelo fim de atividades da empresa no Nordeste”, publicou a Agência Senado. A data do debate ainda seria definida. O requerimento, de autoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN), foi elogiado por senadores presentes na reunião, especialmente os do Rio Grande do Norte. Segundo a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), o estado já foi o maior explorador de petróleo em terra e está sofrendo com o desemprego gerado pelo desinvestimento da Petrobras. “Isso é muito desemprego, e lá [Rio Grande do Norte] a gente ainda se preocupa porque eles estão até transferindo os profissionais. O número de desemprego e a queda da arrecadação é imensa. É importante que o presidente venha aqui explicar como é isso”, afirmou. O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) subscreveu o requerimento e elogiou a iniciativa. “Muito boa a proposição de audiência pública do senador Jean Paul. Mostrar para já a nossa preocupação dessa retirada e quanto vai ter de impacto essa retirada. E o motivo também”, ressaltou. Antes, o deputado federal Rafael Motta (PSB) e o senador Jean Paul Prates, ambos eleitos no Rio Grande do Norte, já tinham reagido ao desinvestimento empreendido pela Petrobras.
Divulgação
Senador Jean Paul Prates foi o autor da proposição de audiência pública No último 3 de outubro, por meio de sua rede social, o deputado Rafael Motta salientou que havia apresentado um pedido de informações ao Ministério de Minas e Energia “para que explique os motivos do encerramento das atividades da Petrobras no Rio Grande do Norte”. O parlamentar ressaltou que, naquela semana, também havia sido surpreendido “com a notícia da venda dos campos de petróleo de Ponta do Mel e Redonda, a terceira operação de desinvestimento no estado em menos de um ano”. “Precisamos saber o que motivou a decisão do Governo Federal, como ficará a distribuição dos royalties para os 90 Municípios beneficiados hoje e como ficará a
situação dos trabalhadores da Petrobras”, declarou. Já o senador Jean Paul Prates entregou no dia 8 de outubro um ofício ao presidente da Petrobras, questionando sobre o plano de desinvestimento da empresa no Rio Grande do Norte. No documento, o parlamentar indaga sobre quais são os reais planos da Petrobras no Rio Grande do Norte; qual é o plano da empresa de investimento e de custeio para o estado para os próximos quatro anos; onde a Petrobras planeja seguir em atuação; e quais são os estudos econômicos, critérios de avaliação econômico-financeiros, estudos de avaliação de riscos que subsidiam o projeto de desinvestimento da Petrobras no Rio Grande do Norte. “Processos de desinvestimento precisam ser acompanhados com atenção, visando à correta proteção não só do patrimônio nacional, mas do equilíbrio econômico especialmente fragilizado em tempos de crise. Esse assunto me impõe o dever de solicitar-lhe esclarecimentos”, afirmou. O senador ainda cobrou uma atenção especial ao ofício da governadora Fátima Bezerra, que solicitou uma reunião com presidente da Petrobras para tratar sobre o mesmo tema. A revista ACONTECE procurou a assessoria de imprensa da Petrobras para que a empresa se manifestasse sobre desinvestimento no Rio Grande do Norte. No entanto, não houve resposta até o fechamento desta reportagem.
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ECONOMIA
Em menos de um ano, Petrobras já efetivou três operações no tocante a campos de exploração Em consonância com a política de desinvestimento no Rio Grande do Norte, em menos de um ano a Petrobras já efetivou três operações da venda de sua participação em campos de exploração de petróleo localizados no estado. A mais recente fora anunciada no último dia 30 de setembro. Na oportunidade, a Petrobras informou que havia assinado com a empresa Central Resources do Brasil Produção de Petróleo Ltda. contratos para a venda da totalidade de sua participação nos campos terrestres de Ponta do Mel e Redonda, situados no RN. A empresa pontuou que o “valor da venda é de US$ 7,2 milhões, a serem pagos integralmente no fechamento da transação, sem considerar os ajustes devidos”. A Petrobras também salientou que a “operação está de acordo com a Sistemática para Desinvestimentos da Petrobras e com as disposições do procedimento especial de cessão de direitos de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, previsto no decreto 9.355/2018”. Disse ainda que a transação está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os acionistas. A Central Resources do Brasil Produção de Petróleo Ltda. é uma empresa operadora de óleo e gás, vinculada ao Grupo Central
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Resources, com foco no redesenvolvimento de campos maduros terrestres. Atualmente, desempenha atividades de operação petrolíferas no Rio Grande do Norte e no Espírito Santo. À reportagem da ACONTECE, Aldemir Freire, titular da Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (SEPLAN), afirmou que o Governo “é contra a saída total da Petrobras do estado”. “Mas a situação estava inviável. Desde 2017, mais ou menos, a empresa reduziu drasticamente os investimentos no estado potiguar sem deixar nenhuma reposição. Hoje, a chegada de outras empresas na bacia potiguar é um cenário irreversível. Então, se há o cenário de ausência ou redução de investimentos da Petrobras, há esse fator positivo da presença de empresas da iniciativa privada e a expectativa de maior volume de investimento na área de petróleo e gás nos próximos anos no Rio Grande do Norte”, disse o secretário. Aldemir Freire acrescentou que o Governo acredita que o “quadro ideal seria a presença da Petrobras como empresa âncora”. “Acreditamos que o quadro ideal seria a presença da Petrobras como empresa âncora, com infraestrutura para trabalhar os campos principais, e também uma rede de empresas da iniciativa privada em campos menores, em campos maduros, em campos
marginais, também dinamizando as atividades do setor”, completou. Gutemberg Dias, presidente da Redepetro RN, avalia que a possibilidade de empresas da iniciativa privada explorar campos maduros de petróleo no RN é importante para o segmento no estado. “Com o desinvestimento pela Petrobras, a produção decai; já, com o ingresso das empresas da iniciativa privada, haverá aumento na produção da bacia, ampliará também as oportunidades de emprego e a arrecadação de impostos. Nessa perspectiva, o ingresso dessas empresas no Rio Grande do Norte é importante”, declara. Gutemberg pontuou também ser relevante mencionar que os investimentos pela iniciativa privada no potencial petrolífero também refletem na cadeia desse setor. Ou seja, na avaliação dele, outras empresas que compõem a cadeia também culminam, por exemplo, oportunizando postos de trabalho. Ainda com relação à exploração dos campos de petróleo pela iniciativa privada, para Gutemberg, o Poder Executivo Estadual precisa dar celeridade à emissão de licenças ambientais. “E, caso a Petrobras não se mantenha no estado, reitera-se a importância de o Poder Executivo aprimorar o processo de emissão de licenças e trabalhar a fim de criar condições estruturais para receber as empresas da iniciativa privada”, ressalta.
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ARTIGO Dicas Jurídicas
Compliance: Um caminho seguro e eficiente para sua empresa.
O Maria Clara Duarte Compliance Officer habilitada pela LCB- LEC Certification Board
ambiente de negócios globais tem se tornado mais arriscado nos últimos anos. Crises financeiras, tensões geopolíticas, turbulências internas e externas. A julgar por escândalos recentes decorrentes das operações Lava Jato e Carne Fraca e do caso Dieselgate, muitos desses fatores estão fora do controle das empresas, mas isso não significa que elas estão de braços cruzados diante desse cenário. Considerada uma espécie de “polícia” da empresa, a área de compliance (do inglês, significa estar em conformidade), vem se destacando como uma importante ferramenta de boa governança. Dela depende a integridade das empresas à avaliação e mitigação de riscos e fraudes, conformidade legal, aperfeiçoamento das operações e, cada vez mais, a proteção reputacional. Assim, ajuda a atrair clientes, parceiros e novos talentos para a empresa, além de melhorar o clima e a cultura organizacionais, oferecendo mais qualidade de vida aos colaboradores Quando uma crise eclode, a boa reputação da empresa pode ser destruída em segundos, considerando a rapidez das mídias e redes sociais. Uma
robusta implementação de gestão de risco, estrutura de controle interno e monitoramento são determinantes para evitar o desgaste. No Brasil, essa necessidade se torna imperativa diante do endurecimento das leis. As iniciativas estão embasadas nas exigências nacionais da Lei nº 12.846/2013 (também conhecida como Lei Anticorrupção) e no Decreto 8.420/15, que estabelece a adoção de um conjunto de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades. Nas palavras de Fábio Furtado, Diretor da Ganesha Consulting, a Cultura empresarial vem em constante evolução e amadurecimento, buscando maior alinhamento de suas operações em conformidade com as legislações vigentes. Entramos na era 4.0, onde o acesso às informações acontecem (e se espalham) em milésimos de segundos, e o famoso “jeitinho brasileiro” cada vez mais difícil de se sustentar. Mais importante que a execução de um projeto, será a vitória de mudança das culturas organizacionais absorvendo o Compliance como parte intrínseca de seus valores.
“Quando uma crise eclode, a boa reputação da empresa pode ser destruída em segundos, considerando a rapidez das mídias e redes sociais. Uma robusta implementação de gestão de risco, estrutura de controle interno e monitoramento são determinantes para evitar o desgaste.”
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Mikeline enfrentou o tratamento quimioterápico com disposição
Perseverança e superação
S
uperação é palavra que bem define a luta de muitas mulheres contra o câncer de mama, o qual, excluídos os tumores de pele não melanoma, constitui-se como o tipo mais incidente em mulheres de todas as regiões, exce-
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Mulheres que lutaram contra o câncer de mama relatam suas experiências e realçam que a doença pode ser vencida
to na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a primeira posição. A administradora Rita Vieira, 47, vivenciou a perseverança e superação. Rita descobriu que tinha câncer em 2017, por meio do auto-
exame, quando detectou um nódulo na mama. “Iniciei meu tratamento na Liga Mossoroense no início de 2018. Ao finalizar o tratamento da mama no mês de julho, acabei descobrindo que estava com câncer de pulmão.
LMECC
“Até o primeiro semestre deste ano, ainda estava fazendo as revisões, com acompanhamento pelos médicos, mas, desde 2014, fui curada e agradeço a Deus.”
Rosângela lembra do apoio conferido pela LMECC
Rosângela Lima Tive que encarar mais uma batalha. Senti medo, mas estava muito amparada por pessoas maravilhosas que me davam muita força”, conta. Apesar da batalha pela saúde, Rita salienta que nunca perdeu a fé. “Foram meses bastante cansativos, mas nunca perdi a fé. Fiz quimioterapia durante mais nove meses, totalizando um ano e meio de tratamento. A sensação de ter sido curada é de alívio e muita gratidão. Hoje sou outra pessoa, totalmente grata a Deus por me proporcionar mais uma chance de vida”, complementa Rita. A comerciante Rosângela Lima, 52, é outra guerreira com vivência de superação. Ela descobriu que tinha câncer de mama em 2013, iniciou seu tratamento no mês de setembro daquele ano e conta que a luta não é fácil, mas a vitória, possível. “Nos primeiros dias pós-quimioterapia, obviamente não nos sentimos bem, mas logo passa e acabamos por nos adaptar. A luta não é pequena, mas, com fé em Deus, com perseverança, conseguimos, sim, a vitória. Também temos que estar cientes que o caso de cada um é diferente e não nos abalar com nada que possam dizer”, explica. Rosângela lembra também do apoio conferido pela Liga Mosso-
roense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC). “Sempre fui muito bem tratada na Liga Mossoroense, tendo realizado todo o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até o primeiro semestre deste ano, ainda estava fazendo as revisões, com acompanhamento pelos médicos, mas, desde 2014, fui curada e agradeço a Deus. Espero poder contar essa história por muitos anos”, comemora Rosângela. Fé e coragem foram os pilares de Mikeline Amorim, 38, ao longo do tratamento contra um câncer na mama direita. Em outubro do ano passado, Mikeline identificou um nódulo na
mama direita. Inicialmente, ficou assustada, visto que possui histórico familiar, com duas tias que tiveram câncer de mama e duas primas que estavam enfrentando a doença. Após algumas avaliações médicas, o nódulo fora extraído e encaminhado para avaliação, a qual indicou que era como se fosse benigno, mas, nas margens, localizavam-se células malignas. “O mastologista que extraiu o nódulo recomendou que eu me submetesse a mastectomia, mas decidi procurar uma nova avaliação médica. A profissional, também mastologista, pediu que o nódulo fosse encaminhado para nova aferição, a qual apontou que o LMECC
A administradora Rita Vieira vivenciou superação na luta contra o câncer de mama ACONTECE . Out/Nov 2019
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OUTUBRO ROSA
nódulo era benigno. A médica sugeriu, então, que eu fizesse o acompanhamento”, recorda. De fevereiro para março, Mikeline começou a sentir dores na mama, as quais tentava mitigar com a aplicação de uma bolsa de gel. Preocupada, a irmã Michele Amorim resolveu marcar uma consulta com uma mastologista da Liga de Combate ao Câncer da capital do Rio Grande do Norte, Natal. “A profissional da Liga indicou que eu me submetesse ao tratamento quimioterápico. A quimioterapia foi iniciada em abril deste ano e concluída no dia 24 de setembro. Ao todo, foram 16 sessões transcorridas em Natal e Mossoró, tudo pelo SUS”, salienta. Mikeline frisa que respondeu positivamente à quimioterapia. “Confesso que, em nenhum momento, tive medo. Enfrentei todo o período de tratamento com muita coragem e disposição. Antes de iniciar o tratamento, pedi forças a Deus, e Ele tem me agraciado. No primeiro momento, fiquei apreensiva com a possibilidade do diagnóstico de câncer, mas a fé me fortaleceu. E estava forte quando o diagnóstico fora fechado”, enfatiza. Ela assinala também que o amparo de seus familiares e amigos foi fundamental. “Minha irmã Michele largou tudo e esteve comigo em todos os momentos”, lembra. Em continuidade ao tratamento e com vistas à conclusão do processo de cura, Mikeline contou que iria se submeter à mastectomia e
“Minha irmã Michele largou tudo e esteve comigo em todos os momentos.” Mikeline Amorim
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que pretende se submeter ao procedimento de reconstrução da mama. BELEZA A exemplo de outras pacientes, Mikeline raspou os cabelos em razão do tratamento quimioterápico. “Aos dois meses de tratamento, assumi a falta de cabelos e pedi para que viesse alguém para passar a
máquina e raspar meus cabelos. Ao longo do tratamento, não percebi a queda dos pelos das sobrancelhas, porque eu já tinha a micropigmentação. A aparência não é prioridade quando cuidamos da saúde”, pondera. Mikeline, aliás, é designer de sobrancelhas há seis anos e tem agora o desejo de, por meio de sua
Diagnóstico precoce aumenta chance de cura Nódulo, pele da mama retraída, mamilo retraído e descarga mamilar (saída de sangue ou líquido na cor amarela após expressão do mamilo) são indicativos de possível diagnóstico para câncer de mama, afirma o médico oncologista Francisco José Cure de Medeiros, chanceler da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC), responsável pela Casa de Saúde Santa Luzia e pelo Hospital Solidariedade, unidades em Mossoró dedicadas ao tratamento contra especificidades de cânceres. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o Brasil, no ano de 2019, estima-se que 59.700 novos casos de câncer de mama sejam registrados, com um risco aproximado de 56,66 casos a cada 100 mil mulheres. Ainda segundo o Inca, o Rio Grande do Norte deve registrar 800 novos casos nos anos de 2018/2019, com cerca de 250 sendo detectados na capital do estado, Natal. Em 2018, a Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer registrou 136 novos casos em suas unidades hospitalares. Para Cure Medeiros, a mulher
já deveria ter acesso a um mastologista em caso de detectar alguma alteração na mama. “Exceto, por exemplo, se o médico consultado anteriormente assegurar que o diagnóstico versa sobre uma inflamação sem correspondência com um eventual câncer de mama”, salienta. No tocante à prevenção, Cure assinala a importância de as mulheres se conscientizar sobre a importância da consulta com um mastologista, não apenas ginecologista. “É importante as mulheres procurar se consultar com um mastologista, bem como a realização da mamografia e da ultrassonografia mamária, que são relevantes no acompanhamento da saúde e que podem apontar se há alguma alteração”, diz. Sobre quando procurar um mastologista, o chanceler da LMECC ressalta que o Ministério da Saúde preconiza que a mulher deve buscar a especialidade a partir dos 45 anos, pelo menos uma vez por ano. Cure Medeiros, no entanto, prefere que essa ida seja antecipada. “Recomendo que, a partir dos 40 anos, as mulheres busquem,
habilidade, cuidar da beleza de mulheres que também se submeteram ao tratamento contra algum tipo de câncer. “Quero ajudar mulheres que se submeteram a tratamento contra algum tipo de câncer a encarar a vida de outra maneira. Para isso, pretendo oferecer meu serviço de designer de sobrancelhas para es-
sas mulheres. Já estou, inclusive, buscando contactar uma unidade de saúde que dispõe de tratamento contra a doença para que indique ex-pacientes. Meu objetivo é oportunizar autoestima”, salienta. PREVENÇÃO Os especialistas continuamente alertam para a importância da
prevenção contra o câncer. Também ciente dessa importância, Mikeline realça que a prevenção deve fazer parte do cotidiano das mulheres. “É interessante que se leve a prevenção para o dia a dia. O autoexame é fundamental, assim como o diagnóstico precoce e estar cercado por bons profissionais”, conclui.
LMECC
uma vez por ano, fazer a mamografia e mostrar o exame ao mastologista. No entanto, se, na família, há histórico de familiares próximos, como irmã, tia, que, na faixa etária dos 30 anos, foram diagnosticados com câncer de mama, então é importante buscar a avaliação de um mastologista mais cedo”, enfatiza. Em face da importância da prevenção, Cure Medeiros critica a dificuldade de acesso à mamografia e ao mastologista. “O ideal é que o acesso à mamografia fosse facilitado para que a saúde da mulher recebesse o cuidado devido”, ressalva. AUTOEXAME O chanceler da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer salienta o significado do autoexame e também do diagnóstico precoce. “O autoexame é fundamental no combate ao câncer de mama, assim como o diagnóstico precoce. O câncer de mama diagnosticado na fase inicial alcança 80% de chances de cura”, assinala. Questionado sobre que conselho daria para a mulher que identificar nódulo na mama, Cure Medeiros recomenda ter calma. “Aconselho buscar ter calma. O câncer ainda tem um estigma muito acentuado. Nem todo nódulo é câncer. E, se por acaso, for avaliada a necessidade do tratamento, tenha certeza que irá se fortalecendo
Cure Medeiros é chanceler da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer ao longo desse período e, que ao término do processo, se tornará uma pessoa mais forte e com mais valores”, declara. Os primeiros três médicos eram de Mossoró e, por meio de ultrassom, apenas o primeiro apontou que havia um nódulo. Com os resultados em mãos, procurou um mastologista em Mossoró, que pediu uma biopsia, a qual indicou que era benigno, mas recomendou que fizesse o acompanhamento para avaliação do caso. Depois, procurou um mastologista de Fortaleza, que pediu a realização de duas biopsias e as
duas apontaram que o tumor era benigno. O tumor é extraído mediante cirurgia e exame apontou que o tumor era como se fosse benigno, mas que havia células cancerígenas no entorno. O mastologista recomendou que fizesse a mastectomia, mas Mikeline ouviu uma mastologista de Mossoró, que aconselhou a não se submeter ao procedimento cirúrgico e que fosse realizada outra avaliação do nódulo. A avaliação fora realizada em São Paulo e indicou que era benigno. A mastologista de Mossoró indicou, então, que fosse realizado apenas o acompanhamento.
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ARTIGO saúde
CHECKUP CARDIOLÓGICO
Dr. Eduardo Maximiano Emerick CRM TO 2228 Cardiologista / Arritmologista Medicina pela UFPA Residência Médica em Clínica Médica e Cardiologia pelo HFA (Hospital das Forças Armadas) do DF Residência Médica em Arritmologia clínica pelo HBDF (Hospital de Base do DF) Título de Especialista em Cardiologia pela SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) Título de Especialista em Ergometria e Reabilitação Cardiovascular pelo DERC- SBC (Departamento de Ergometria e Reabilitação da SBC) Título de Especialista em Arritmologia pela SOBRAC - SBC (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas da SBC) Proprietário da empresa de Telemedicina Cardiolaudo Proprietário do Centro clínico CardioPalmas
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ACONTECE . Out/Nov 2019
1. Considerações Acompanhando a modernidade e todas as mudanças nos hábitos de vida das pessoas, cada vez mais observa-se o aumento exponencial das doenças cardiovasculares em todo o mundo, e o Brasil segue no mesmo rumo. O infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral (vulgo derrame) são, de uma forma geral, o resultado um processo conhecido como aterosclerose (acúmulo lento e progressivo de gordura na parede dos vasos sanguíneos, em um processo inflamatório multifatorial). Processo esse que pode ser iniciado já nos primeiros anos de vida e que é influenciado diretamente pelos nossos hábitos. Tais hábitos, associados à predisposição genética (familiar), o sexo e a idade são o que chamamos de “fatores de risco”, sendo alguns deles não modificáveis (como a idade, o sexo e a genética) e outros passíveis de serem corrigidos: como a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, a dislipidemia (que é a elevação do colesterol ruim e/ou redução do colesterol bom), a hipertensão arterial sistêmica e o Diabetes mellitus. Justamente para identificar os fatores de risco para as doenças cardiovasculares, surgiu a ideia de “checkup cardiológico”, que tem o objetivo de identificar e quantificar o risco que uma pessoa tem de desenvolver tais doenças e, partir daí,
dar condições ao médico cardiologista assistente para planejar uma intervenção medicamentosa e/ou de hábitos de vida das pessoas sob maior ou menor risco. 2. Quando fazer um checkup? A recomendação é que a partir dos 30 anos de idade homens e mulheres já façam um checkup cardiológico, mas idades mais precoces podem ter a indicação de avaliação, a depender dos fatores de risco que a pessoa possa ter. 3. De quanto em quanto tempo deve-se fazer um checkup? O recomendável é que o checkup seja anual para que qualquer nova alteração ou evolução de uma doença prévia ou fator de risco possa ser logo identificado e corrigido. Estar assintomático (sem nenhum sintoma) não significa estar saudável do ponto de vista cardiológico, uma vez que grande parte dos agravos ao coração (fatores de risco) e mesmo cardiopatias em evolução podem permanecer assintomáticos e despercebidos por longos períodos. Comprovamos isso com o grande número de mortes súbitas que somos noticiados todos os dias em pessoas aparentemente “saudáveis”. Prevenção é fundamental. A vida é tão preciosa que o checkup é a nossa melhor estratégia de um bom cuidado com ela. Seu coração agradece!
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ARTIGO Tecnologia
A tecnologia nossa de cada dia
O Carlos Augusto M. Costa Graduado em Marketing, especialista em Tecnologia da Informação, pós-graduado em Docência do Ensino Superior, empreendeu no segmento de informática por quase 10 anos e atuou como gerente de Tecnologia da Informação do Shopping Partage Natal por 7 anos. É professor da Escola de Negócios da Universidade Potiguar Campus Mossoró na graduação e pós-graduação e também colunista de tecnologia do Portal Mossoró Notícias. Contato: @carlosaugusto.pro.br
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ACONTECE . Out/Nov 2019
que é tecnologia para você? Se você acha que é um sinônimo para smartphones de última geração com “n” câmeras e telas de “x” polegadas, de certa forma, você tem razão. Mas não é só isso. A tecnologia é mais antiga do que imaginamos. Cientistas e pesquisadores não são capazes de afirmar, ao certo, quando é que começaram a aparecer os primeiros avanços nesse sentido, mas acredita-se que se trata de um processo surgido há muito tempo. Ao longo da história, temos exemplos de como a tecnologia influenciou a nossa evolução. Mediante a utilização de pedras, madeira, metal e fogo, inovamos e modificamos nossa forma de estar no mundo. Se voltarmos no tempo, a descoberta do fogo, por exemplo, proporcionou o advento de uma tecnologia dominada pelos nossos antepassados há mais de 300.000 anos. A nossa condição de nômade foi abandonada com a descoberta da técnica de plantar alimentos, passo decisivo para o domínio da agricultura e para o processo de fixação dos grupos de humanos. Avanços tecnológicos costumam surgir diante da necessidade de suprir alguma deficiência ou otimizar ações humanas. A primeira calculadora comercial, criada em 1640 e chamada de Pascalline, surgiu da necessidade de um contador de realizar cálculos mais avançados. Mas não nos enganemos: a tecnologia não apareceu apenas para o bem. Segundo Sérgio Czajkowski Jr, professor da Universidade Positivo e do UniCuritiba, “mesmo sendo inegável que a tecnologia foi vital para uma ‘evolução’ da humanidade, é salutar sempre se mencionar que esta não é neutra e que nem todos os avanços tecnológicos redundaram em benefícios para toda a humanidade”. Os equipamentos alemães da segunda guerra mundial, por exemplo, eram os
melhores e mais avançados do ponto de vista tecnológico. Quero pedir licença para dar um salto no tempo e entrar no século XX. Alguns ramos da tecnologia se destacaram mais do que outros. No final do século XX, a tecnologia da informação, junto com a evolução da microeletrônica, gradualmente nos trouxe computadores, internet, mais recentemente os smartphones, e, a partir daí, novas ramificações, como robótica, inteligência artificial, Machine learning, entre outras. Ouço muitas vezes em sala de aula perguntas, como “Os robôs vão tirar o emprego dos humanos?” e algumas variantes desse tipo de questionamento. Quero tranquilizar você, caro leitor: segundo muitos estudos, vários empregos desaparecerão do mundo, mas, em contrapartida, haverá mais vagas de emprego do que hoje, em novas áreas do conhecimento. Segundo o educador inglês, Sir Ken Robinson, “as crianças de hoje trabalharão em empregos que não existem atualmente”. Então, não precisamos ficar preocupados, mas apenas atentos às transformações. Em outras palavras, só teremos que nos adaptar a essa nova realidade. Voltando à tecnologia nossa de cada dia, para mim, no meu trabalho com elaboração de aulas, edição de vídeos e marketing, a tecnologia se faz presente por todos os lados. Encaro a tecnologia como uma ferramenta, como era no passado, e que deve ser utilizada para resolver nossos problemas. Digo mais: a melhor tecnologia é aquela que é invisível aos nossos olhos. A que funciona sem precisar reiniciar qualquer coisa, a que nos leva a melhorar nossa produtividade, a que faz o trabalho repetitivo num piscar de olhos, e, principalmente aquela que, através de uma ligação de vídeo, nos aproxima daqueles que amamos. Obrigado, Tecnologia!
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De Cara pra Lua by Chrystian de Saboya! A festa mais esperada do ano aconteceu no famoso Hotel Pirâmide, dos Elali, em Natal/RN, reunindo meio mundo de gente bacana. Uma festa linda, singular, criativa, irreverente, apaixonante e de boas energias. Foi assim: tudo perfeito, como só
COLUNA
Mario Filho Digital influencer Fashion blogger Personal stylist Fashion consultor
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a Casa de Ideias consegue fazer. E para deixar esse momento ainda mais inesquecível, a coluna destaca os que estiveram por lá, sendo felizes e comemorando os melhores momentos da vida. Fotos: Cedidas, kleberson Manoel, Thiago Siqueira
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OBRIGADO!-
Aproveito este espaço para agradecer de coração a todos os meus leitores, amigos e familiares, que, no dia 06 de outubro, dia do meu aniversário, me parabenizaram através do WhatsApp, Facebook, Instagram e demais redes sociais. Agradeço também aos que enviaram presentes, e-mails, cartões e
me telefonaram. Daqui também agradeço aos colegas da imprensa por fotos e notas publicadas em seus espaços jornalísticos. Foram tantas as mensagens recebidas, que eu prefiro não citar nomes, mas segue meu obrigado de coração a todos que lembraram de mim. Obrigado pelo carinho! Cedida
HOTEL SERRANO
Clístenes Carlos Instagram: @ClistenesCarlos | @Interligados_RN Facebook: Clístenes Carlos E-mail: blogclistenescarlos@gmail.com Site: www.clistenescarlos.com.br
COLUNA
Alto Oeste
Para você que curte estar ao lado de quem mais gosta e ama, só em Martins/RN, no Hotel Serrano, desfrutará de um ambiente romântico e aconchegante ao som dos cânticos dos pássaros, com área de lazer em um clima serrano, ladeado de uma ótima gastronomia regional e excelentes vinhos. Não perca tempo, aproveite os preços especiais de hospedagens. Ligue, faça sua reserva e presenteie a quem você ama com um final de semana inesquecível. Telefone: (84) 3391-2299; e-mail: serrano@hoteisredesabino.com.br; e Instagram: @ hotelserranomartins.
Silvania Pessoa, gerente e sócia da Espaço Papelaria. A mais moderna e completa papelaria da cidade de Pau dos Ferros/RN.
MODA PLUS SIZE
Para quem procura moda plus size feminina (tamanho grande), moda gestante e moda praia e gosta de usar peças mais elaboradas com modelagem perfeita e detalhes surpreendentes, indicamos a loja Polly Plus, a qual é uma aposta certeira para você! A loja, localizada na Rua 13 de Maio, no centro de Pau dos Ferros, transita entre o básico e o festivo, trazendo desde peças mais casuais, sem perder a sofisticação, até roupas formais e elegantes, que podem ir desde um jantar até uma festa de casamento. Siga @lojapollyplus no Instagram e fique por dentro das novidades! Cedida
E teve festa surpresa!!! Obrigado pelo gesto de carinho, Tallison Lima, Sheilla Arnoud, Leorggys Diógenes, Juçara Rodrigues, Mateus Oliveira, Ingrid Rayanny, Lucas Sampaio e Liana Lacerda. Vocês deixaram o meu dia muito mais especial!
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ACONTECE . Out/Nov 2019
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A empresária Pollyana Freitas, feliz com o sucesso da sua loja Polly Plus, especializada em moda Plus Size. Aqui no clique com Joyce Ferreira, sempre prontas para atender a clientela.
Em tempo, parabenizamos e desejamos muito anos de vida para Nicodemo Júnior, aniversariante ilustre do dia 12 de outubro. Ex-prefeito de Rafael Fernandes/RN por dois mandatos consecutivos, Nicó Jr, como é mais conhecido, é, sem dúvidas, uma grande liderança política no Alto Oeste potiguar.
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Parabéns e muitos anos de vida para a jovem Anna Laura, acadêmica de Medicina na Bolívia. Ela aniversariou no dia 24 de outubro. Aqui no clique, recebendo o abraço da mãe Lucielma Raulino. Felicidades!!!
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ESPAÇO PAPELARIA
Com mais de 20 anos no mercado, a Espaço Papelaria agora está sob nova administração e sabe que é preciso estar conectada à qualidade e diversidade dos seus clientes. Por isso, está se renovando para ser a mais moderna e completa papelaria da cidade de Pau dos Ferros/RN, com tudo para escola, faculdade e escritório — trazendo as melhores marcas com os melhores preços —, sem falar de uma grande variedade de artigos para presentes. A equipe da nova Espaço Papelaria está te esperando. Faça uma visita agora na Rua da Independência, 1108, no centro de Pau dos Ferros. A Espaço Papelaria também possui atendimento pelo WhatsApp (84) 9 9647-7559 e pelas redes sociais @ EspacoPapelaria. Willame Oliveira, gerente do Hotel Serrano, em Martins/RN, desde 2016, vem desenvolvendo um excelente trabalho e gerando resultados. O nome disso?: competência! O hotel sempre lotado aos finais de semana e feriados.
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Empréstimos consignados e rápidos você encontra na MC4 representações. As consultoras Naially Rezende e Ana Lúcia estão prontas para atender no escritório localizado na Av. Independência (esquina do Beco dos Correios), em Pau dos Ferros/RN.
Graduado em Medicina pela UFRN e com Residência Médica em Cirurgia Vascular, Endovascular e Angiorradiologia pelo Hospital de Base da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP) – SP, Anderson Fernandes é destaque no Alto Oeste Potiguar no tratamento de doenças arteriais e de varizes. Siga @DrAnderson_ Vascular no Instagram e acompanhe as novidades!
Na coluna desta edição, destacamos o jovem Luan Alenk, empreendedor por vocação, design gráfico e fotógrafo revelação na região Alto Oeste potiguar e circunvizinhas. Seu trabalho é referenciado por características únicas e que realça beleza e qualidade em cada registro. Acompanhe um pouco do seu profissionalismo pela rede social @luanalenkphoto. ACONTECE . Out/Nov 2019
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