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SAÚDE
from Afrodite 73
SAÚDE E BEM-ESTAR
Os impactos da menopausa
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Natural, inevitável e importante, a menopausa dá início a uma nova fase na vida da mulher. Um ciclo normal que marca o fim do período reprodutivo a partir da maturação do último óvulo da reserva que nasce com toda mulher, motivando a interrupção da produção dos hormônios estrogênio e progesterona. Desde que não haja uma patologia anterior capaz de antecipá-la, geralmente acontece entre os 45 e 55 anos.
Confirmada quando a mulher fica 12 meses consecutivos sem menstruar, a menopausa é precedida pelo climatério e todas essas transformações influenciam a saúde feminina em diferentes aspectos: íntimo, emocional e físico, nesse caso refletido especialmente no movimento de um novo corpo que começa a se formar, destaca a fisioterapeuta Sílvia Bazzi.
Um novo corpo
Os sintomas mais comuns da menopausa formam uma lista considável (confira na página ao lado), mas as desventuras relacionadas ao corpo físico são amplas e específicas: l Aumento de peso: o metabolismo feminino fica mais lento, facilitando o ganho de peso. A atividade física se torna fundamental para a produção de massa magra, já que o músculo tem um gasto energético basal maior do que a gordura. “Ou seja, se o corpo tiver mais músculos, consegue aumentar o metabolismo basal e evitar ganho de peso.” l Acúmulo de gordura abdominal: o estrogênio tem receptores de gordura localizados principalmente nas regiões dos glúteos, coxas e seios. “É o hormônio que aumenta de produção na adolescência para criar os caracteres femininos secundários”, explica a especialista. Quando sua quantidade reduz, no período da menopausa, a gordura começa a não ser mais depositada nessas regiões, mas no abdômen. “Essa mudança faz com que a mulher perca a cintura, fi-
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Menopausa precoce
cando mais quadradinha. Como os níveis de estrogênio diminuem, os de testosterona se tornam mais evidentes, já que todo ser humano possui os dois hormônios e a proporção de cada um é que irá definir se o corpo será masculino ou feminino.” l Risco de osteoporose: o estrogênio ajuda a regular o ciclo do metabolismo do cálcio, sua diminuição também causa maior vulnerabilidade para osteopenia, a perda gradual da massa óssea, que pode levar à osteoporose. l Diminuição da mobilidade: na menopausa, o corpo feminino também experimenta a redução do ácido hialurônico, lubrificante natural do organismo, o que faz com que sejam amplificadas as dores no corpo e reduzida sua elasticidade, deixando-o mais rígido. “A mulher fica com a sensação de rigidez e perda de mobilidade.” l Aumento das dores: quando os ovários cessam a produção de estrogênio, o útero atrofia. Ao diminuir de tamanho, acaba tracionando o ligamento útero-sacro e, como consequência, toda a coluna, até a base do crânio. Assim, é comum as mulheres apresentarem mais episódios de dores de cabeça, na lombar, na cervical e no ciático, além de bursite trocantérica, em função da rigidez e perda de mobilidade na região da bacia, principalmente.
Qualidade de vida
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Desanimou? Não precisa! A boa notícia é que a cada dia mais e novas alternativas surgem para garantir qualidade de vida da mulher na pós-menopausa. Coadjuvantes ao tratamento que o médico ginecologista irá orientar, algumas ferramentas são capazes de ajudar de forma importante para o bem-estar geral durante esse processo, afirma a fisioterapeuta. l Pilates e ioga: trabalham a mobilidade e flexibilidade, fundamentais na região pélvica para diminuir dores e ajudar no controle dos calorões. O movimento acaba massageando os ovários, estimulandoos a uma produção, mesmo mínima, dos hormônios, o que acaba diminuindo as sensações indesejáveis. “A atividade física é fundamental para nos mantermos o máximo possível bem”, aconselha Sílvia.
Os ovários são os responsáveis pela produção dos hormônios femininos. A menopausa precoce acontece quando esses órgãos precisam ser retirados em consequência de uma patologia que comprometa sua função, um tumor ou uma endometriose, por exemplo. “A histerectomia faz com que o corpo diminua a produção de hormônios, o que não acontece se apenas o útero for retirado’, explica Sílvia.
l Radiofrequência íntima: auxilia no tratamento da lubrificação vaginal, que cessa na menopausa causando maior permeabilidade de infecções nessa região. “A perda da lubrificação deixa a pele mais sequinha e fina. Com o atrito na relação sexual, podem se formar fissuras que irão facilitar a entrada de micro-organismos, como bactérias e fungos, capazes de gerar um processo infeccioso. l Terapia crânio-sacral: atua no sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático, que ajuda a regular o sono e as sensações de bem-estar por meio do estímulo da circulação do líquor, o líquido que transporta os neurotransmissores por todo nosso corpo. Se o fluxo for lento, serão distribuídos mais devagar, fazendo com que a pessoa tenha uma tendência maior à depressão, por exemplo. Se, por outro lado, for muito rápido, há risco de maior ansiedade ou irritabilidade. “É preciso manter o ritmo normal e natural para que as funções e o equilíbrio desse sistema nervoso autônomo sejam preservados e, assim, termos melhor qualidade de sono, além de um humor estável.” l Liberação miofascial e terapia visceral: colaboram na mobilidade da região da bacia para manter a produção do ácido hialurônico, que permite o deslizamento das estruturas corporais, diminuindo as dores e a rigidez do corpo.
Sintomas mais comuns
Os sintomas no período climatério/menopausa/pós-menopausa não são os mesmos e nem acontecem na mesma intensidade para todas as mulheres, algumas sentem mais, outras menos. De forma geral, podem experimentar: l Ondas de calor ou fogachos. l Irregularidade do fluxo do ciclo menstrual. l Dificuldade para esvaziar a bexiga ou dor e pressa para urinar. l Infecções urinárias ou ginecológicas repetitivas. l Ressecamento vaginal. l Diminuição de libido. l Irritabilidade, oscilação de humor, ansiedade, depressão, insônia... l Perda de memória. l Cabelos e unhas mais finos, ressecados e quebradiços. l Pele mais ressecada e com menos viço. l Aumento de peso e acúmulo de gordura no abdômen. l Corpo menos feminino. l Propensão à osteoporose. l Dores musculares e rigidez no movimetno.
Apresentado por Sílvia Bazzi - Revigoore Dr. Emílio Ataliba Finger, 211, Colina Sorriso Caxias do Sul | (54) 3211.4426 | 99124.9820 revigoore.com.br | clinicarevigoore