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EM FOCO
A cultura do bem-estar
Os avanços sociais e tecnológicos apontam para a criação de espaços domésticos mais amigáveis, que sejam verdadeiramente prazerosos e saudáveis. De mudanças que vão da ambientação à transformação gradual de nosso cotidiano, o que não falta são conceitos e práticas de comportamentos que possam otimizar o bem-estar dentro de casa. Conheça, a seguir, princípios que podem ser aplicados pela arquitetura em benefício da integridade de nossa saúde física e mental!
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1 - A IMPORTÂNCIA DE SE TER UM LAR SAUDÁVEL
SEGREDOS DE BEM-ESTAR. A casa é um laboratório permanente onde ensaimos ideias e soluções em busca de um espaço favorável para assegurar o nosso bem-estar físico e mental. Mais do que nunca, o lugar onde vivemos é a ponta da lança de um modo de vida mais sensível com as necessidades humanas e do planeta. Assim, a busca por um lar mais saudável parte desde o cuidado com aspectos ambientais, como espaços bem ventilados, em contato com a natureza e com a luz natural, até princípios essenciais humanos que favoreçam o ritmo circadiano e o emocional das pessoas que alí habitam. Neste sentido, a personalização de cada moradia é fundamental para favorecer ao conforto e a um lifestyle exclusivo, pensado de acordo com as necessidades e situações de cada lugar. Além disso, outros elementos também desempenham papel importante neste processo segundo o Instituto Americano Wellness, que indica alguns conceitos e padrões construtivos prioritários, como sua orientação, localização e distribuição dos cômodos, considerados fatores que podem trazer impactos positivos ou negativos em nossa relação com os espaços e que podem facilmente serem melhorados. A começar pela qualidade do ar. Todos sabemos que o ideal seria sempre respirar ar puro, mas como isso não é possível o tempo todo, especialmente nos centros urbanos, filtros e umidificadores de ar se tornam grandes aliados dos ambientes. Outro elemento fundamental é um bom isolamento acústico que nos proteja da poluição sonora, porém sem comprometer o conforto térmico e a eficiência energética da casa. Afinal, o lugar onde descansamos todas as noites e nosso corpo se repara, tem que estar livre de todos os aspectos nocivos.
2 - NATURAL E ESSENCIAL
Poderosos estimulantes das boas sensações, os materiais e as texturas naturais inspiram espaços aconchegantes e atemporais, sem abrir mão da elegância.
MATERIAIS E EMOÇÕES. Sem sombras de dúvidas o momento atual é de valorizar a natureza e despertar emoções. Assim, cores, formas e texturas naturais são os novos códigos do décor, principalmente quando falamos do lugar onde vivemos. Com o objetivo de transmitir uma atmosfera mais amigável, vale investir em materiais como a madeira, as pedras ornamentais, as fibras e os tecidos de linho e algodão cru, conferem um toque aconchegante e atemporal aos espaços. Outro diferencial é o apelo que esses materiais provocam ao estimular nossos sentidos, com destaque para os veios, as ranhuras, os plissados e a expressividade única que os acabamentos de aspectos rústicos trazem aos ambientes. Na esfera cromática, os holofotes estão direcionados para os tons terrosos que emulam a natureza, com gradações que vão do bege mais claro ao páprica, assumindo a identidade de cada espaço, seja para despertar um clima mais sensitivo ou mais dramático.
3 - A HARMONIA EM CASA E O ESTADO DE ÂNIMO
Muitas vezes ignorada por causa do ritmo acelerado que vivemos, a desordem é uma inimiga silenciosa da nossa paz.
A DESORDEM AFETA A SAÚDE MENTAL. Tratar e valorizar o lar como um verdadeiro refúgio já é um hábito mais do que consolidado em face do que vivemos nos últimos anos. E, apesar de não percebermos algumas vezes, a desorganização pode ser um fator intenso de desestabilização emocional quando estamos em casa, gerando sensações ruins como ansiedade, irritabilidade e culpa. Os impactos diretos da desordem no dia a dia vão das dificuldades de concentração à perda constante de tempo por não conseguir encontrar determinados objetos “perdidos”. Para encontrar o equilíbrio necessário, é fundamental assumir a tarefa como um hábito inadiável da rotina, estabelecendo horários e procedimentos fixos para manter a organização e a limpeza da casa, agindo antecipadamente para evitar que a situação saia do controle e entre num ciclo vicioso de não começar nunca por achar que não terá tempo hábil de resolver todas as questões pendentes. Um pouquinho de cada vez e nada se acumulará de maneira a desencorajar os esforços para manter o lar sempre em ordem. Seu equilíbrio emocional agradece!
4 - PRINCÍPIOS PARA MANTER A CASA EM ORDEM E UMA MENTE MAIS EQUILIBRADA
TEORIA DOS 5S JAPONESA PARA MANTER A CASA EM ORDEM. Desenvolvido no final dos anos 1960, no Japão, como uma forma inovadora de organização empresarial, a proposta dos “5S” ou “5 Sensos” ganhou destaque internacional pela eficiência e qualidade pelos quais a indústria japonesa passou a ser reconhecida. Nomeado assim em razão dos cinco conceitos formados por palavras iniciadas em “S”, Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu, Shitsuke, o método busca uma limpeza total, tanto no aspecto físico quando no psicológico. A metodologia propõe uma série de práticas que podem ser adaptadas ao dia a dia para otimizar o bem-estar e a relação com o próprio lar. 1. SEIRI (SENSO DE UTILIZAÇÃO). O pontapé inicial é definir aquilo que é verdadeiramente útil do que não é. Além de efetivamente valorizar as coisas que causam impacto positivo no cotidiano, abrir mão dos súperfluos reduz o desperdício e deixam o caminho livre para novas aquisições. 2. SEITON (SENSO DE ORDENAÇÃO). O segredo passo é facilitar o acesso aos objetos que precisamos com mais frequência e que desempenham um papel mais relevante em nossas principais tarefas recorrente em todos os ambientes. 3. SEISO (SENSO DE LIMPEZA). A etapa seguinte consiste em assegurar que tudo esteja sempre limpo em prol de otimizar a produtividade e a sensação de ordem nos espaços. O objetivo é procurar simplificar ao máximo o processo, seja colocando os equipamentos sempre à disposição ou configurações flexíveis para tornar tudo mais prático e ágil. 4. SEIKETSU (SENSO DE MANUTENÇÃO). O próximo passo é buscar uma padronização das terefas para conservar os ambientes sempre limpos e organizados, estimulando boas condições físicas e mentais para se sentir mais produtivo e feliz em casa. Uma boa estratégia pode ser a criação de rituais periódicos, que podem ser diários, semanais ou mensais, para cuidar que tudo siga de acordo com o novo padrão estabelecido. 5. SHITSUKE (SENSO DE DISCIPLINA). O último “S” é focado no aprimoramento pessoal ao incorporar os preceitos do método à sua ética pessoal. Dessa forma, internalizamos os diversos processos por meio da autodisciplina e os transformamos, enfim, em hábitos.