Revista AMI Edição 3

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Alteramos a nossa percepção do tempo

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http://www.vitoriamoda.com.br | Email: elio@vitoriamoda.com


Rua Desembargador Mario da Silva Nunes , Goiabeiras - (27) 3022-6558 / 9231 5176


ÍNDICE 10| EXPOSIÇÃO - O Legado de Leonardo 14| COTIDIANO REVISITADO– Andreia Falqueto 16| ACESSÓRIOS – Lorena Vago – Mude seu estilo 21| NATAL, TRADIÇÃO, RECORDAÇÕES E MUITO AFETO - Leandra Moreira 24| Editorial - UN ANGE ICI 32| LUZ PRÓPRIA – Ana Clara Benevides 40| A visão do artista sobre a tradição do Natal no Brasil 45| ALL WHITE – Petruska Toniato 46| Editorial – FORMA 52| VIK MUNIZ -Arte Extraordinária 58| Editorial – HAPPY NEW YEAR 68| Livro - VESTIDOS ETERNOS: 100 modelos e referencias que mudaram a história da moda 69| Livro - A LINGUAGEM SECRETA DO CINEMA 70| Pousada Pequena Tiradentes 74| A REVOLUÇÃO DO ESTILO – Willian Braga 76| FOTOGRAFIAS DO COTIDIANO – Dirk Ertel

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FICHA TÉCNICA ANA VITORINO – Editora Chefe e Cultural THAIS FILGUEIRA – Editora de Moda e Fotografia DÉBORA GUIMARÃES – Diretora de Redação Link Editoração – Diagramação JESSYCA AMENO – Repórter Cultural e Fotógrafa em MG PETRUSKA TONIATO – Colaboradora de Moda GLAURO SIMÕES - Coordenação geral de moda KHALIL RODOR – Consultor e fotográfo de moda Ana Clara Benevides, Gustavo Moraes, Leandra Moreira, Lorena vago e Willian Braga - Colunistas Capa: Foto Vitor Nogueira | Modelo Renan Cavalcante Agencia Ragazzo Models

Agradecimentos: Dirce Braga, Luiz Vitorino, Martha Campos, Nazaré Dalvi, Alan Junior, Cris Aguiar (Make), Elio Nunes, Willian Bayerl, Joana Pinheiro, Albina Pompermeyer, Dudu Portugal, Rafaela Nuria, Lucas Brumatt, Ragazzomodels, Moema.Ema, Vitor Nogueira, Marcelo Zantti, Gleyci Sassi, Wita (Indece Tokyo), Andreia Falqueto – Andy models - Brunella Campi - Caio Motta - Renan Cavalcante – Fredone Fone – Karla Barros - Lorenzo Cassaro – Moema Ema – Dirk Ertel – Vik Muniz – Spot Model .

contato@ami.art.br

www.ami.art.br

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Foto Dirk

Ertel


CARTA DO EDITOR

F

inal de ano sempre nos faz pensar

Por aqui temos que comemorar! 2015

no que vivemos nos doze meses

foi o ano de lançamento da AMI e esta-

que tivemos: cumprimos com as

mos muito felizes com os rumos que ela

nossas promessas de ano novo?

tem tomado. Foi um caminho longo e

Riscamos tudo da nossa lista de dese-

árduo, mas que já traz muitas alegrias e

jos? Esse ano foi tudo o que queríamos

promete tantas outras daqui para a fren-

que tivesse sido? Ou poderia ter sido me-

te. Nossa edição de dezembro te convi-

lhor? Essas e outras perguntas sempre so-

da a pensar no que é o Natal para você.

brevoam nosso inconsciente nas últimas

Desacelere o ritmo e reflita sobre o que

semanas, nos fazendo ter uma reflexão

te cerca, o que te encanta, olhe ao re-

importante sobre o que foi, o que pode-

dor. Repense o branco e o dourado do

ria ter sido e o que podemos fazer para

ano novo! Repense sobre o que é arte

que seja melhor.

com Vik Muniz. Observe, absorva, reflita.

2015 foi um ano difícil! Os meses pareceram se arrastar e o cenário econô-

Se reinvente mais de uma vez, e sempre que achar necessário!

mico e político do país teve mais baixos

Um amigo próximo disse certa vez

do que altos – se é que teve algum alto

que esse ano foi complicado e arrasta-

–, o que complicou a vida de muitos bra-

do porque ele foi um ano para plantar

sileiros. Panelaços, protestos, crise hídri-

tudo o que queremos colher nos anos

ca, avalanche de lama... Foram vários

seguintes, e que nossos esforços seriam

os motivos que contribuíram para uma

ainda mais necessários para manter os

sensação desagradável que se arrastou

projetos em foco, seguindo sempre as

ao longo do ano. Mas é preciso seguir

metas que foram traçadas. Então que

em frente, e apreciar coisas maravilho-

2016 seja um ano de frutos colhidos, de

sas como o empoderamento feminino,

conquistas e de vitórias! Esperamos que

que foi assunto de várias pautas na in-

a sua leitura nos acompanhe nesse novo

ternet e fora dela (obrigada Jout Jout

ciclo que se inicia e desejamos um ano

e Think Olga!).

incrível para todos! Ana Vitorino Editoria Chefe Debora Guimarães Diretora de Redação

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O legado de Leonardo Por Débora Guimarães

A

exposição Leonardo Da Vinci,

pensar apenas no pintor. Da Vinci era,

que esteve presente no ES en-

acima de tudo, um curioso. Preencheu

tre 14/09 à 1/11, no Shopping

inúmeros cadernos com estudos de ana-

Mestre Álvaro, trouxe para os

tomia humana (dissecou vários corpos

visitantes a magia que permeia o uni-

para conhecer seu interior), rascunhos de

verso desse artista. Eram 64 invenções

submarinos, tanques de guerra, metra-

interativas que mostravam as inúmeras

lhadoras, roupas de mergulho, roldanas

facetas de Leonardo para aqueles que

e estudos para as suas pinturas, deixando

ainda não as conheciam.

para a posteridade aproximadamente

Pintura, ciência, engenharia, mate-

doze mil páginas que serviram de refe-

mática, escultura, música, poesia... É di-

rência para a humanidade em diversos

fícl saber o que ele não dominava! Seu

campos de pesquisa.

fascínio pelas aves o levou a buscas e

A genialidade do artista foi muito

estudos para encontrar formas de fazer

bem representada pelas instalações que

o homem voar, ocasionando uma série

preenchiam a exposição, mostrando a im-

de desenhos que serviram de base para

portância que ele teve para a evolução

a criação do pára-quedas, da asa delta

do mundo em vários aspectos. Leonar-

e do helicóptero.

do Da Vinci não foi apenas um homem

Sua imagem é cercada de mistérios

à frente do seu tempo, ele foi à frente

e teorias, sendo fonte de criação de li-

do nosso tempo, sendo merecidamente

vros e filmes a seu respeito, mas é comum

lembrado geração após geração.

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Por Ana Vitorino

A

rtista visual, graduada em artes plásticas pela UFES e mestranda pelo PPGA-UFES em História da Arte. Numa mistura de

papel e tela Andreia Falqueto transmite cenas do cotidiano que passam despercebidas na rotina da maioria, “gosto do

“gosto do imperfeito, do não estético” 14 | ami

imperfeito, do não estético”, ela diz. Dar um novo significado à coisas que antes eram comuns, explorar novos jeitos de enxergar o mundo ao redor, não tornar a beleza o foco principal do olhar, são


características presentes nos trabalhos

Para Andreia a produção não pode

que preenchem as paredes das galerias.

depender só de deadlines de projetos

Segundo ela, trabalhar com o realis-

ou de exposições, é interessante para

mo traz a dificuldade técnica, que pode

ela que as criações sejam frequentes,

ser manejada por meio da prática e do

para que se desenvolva uma quanti-

estudo, mas, principalmente, a dificulda-

dade de obras que possam atender à

de de tornar artística e dar significado à

demandas não programadas e tam-

uma representação que pode ser facil-

bém para manter a mente sempre tra-

mente feita por meio da fotografia, “tem

balhando. Em seu processo criativo ela

que gerar uma mudança no modo de

prefere não trabalhar temas e diz que

pensar de quem aprecia as telas, fazer

“às vezes isso pode atrapalhar, pode

sair do lugar. Senão elas deixam de fa-

ser ainda mais redutivo, quando o in-

zer sentido”, afirma.

teressante é sempre ampliar, expandir”.

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Mude seu estilo

E

les são capazes de transformar uma produção, dar vida, mudar estilo. Os acessórios são peças coringas num look graças a esse

poder transformador. A cada estação algumas tendências chegam, outras voltam e, claro, no próximo verão não seria diferente. Ressurgindo junto com a tendência dos anos 90, as maxi argolas e o bom e velho lencinho, num super truque de styling ao ser usado amarrado no pescoço. Falando em brincos enormes as peças em acetato e coloridas voltam cheios de formas modernas. Nessa época de praia, sol e calor os Búzios, as cordas e os courinhos transbordam a brasilidade e feminilidade do estilo sereia que continua em alta. Assim como pingentes com pedras naturais e cristais, uma espécie de amuleto fashion. Os chamados bodychain que surgiram no verão anterior, conquistaram tanto as brasileiras que ficam por mais uma estação completando os looks das areias. Em contrapartida, o estilo minimalista e chic das peças de metais ganham espaço com as gargantilhas. Sejam elas largas, finas, usadas com outros cordões ou sozinhas como peça principal. Não tenha dúvidas que o acessório favorito de

Maiô Jane Rodarte Colares Tesori

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Atena, personagem de Giovanna Antonelli, será o hit da estação.


Top Oh Boy para Showroom Joana Pinheiro Gargantilhas, brincos e pulseiras Metal Nobre Shopping Vit贸ria

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Top rendado Jane Rodarte Brincos e anĂŠis Tesori

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Maiô Jane Rodarte Colares e anéis Diferolla Shopping Vitória

FOTO VITOR NOGUEIRA DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E ARTE ANA VITORINO STYLING DEBORA GUIMARÃES E THAIS FILGUEIRA PRODUÇÃO DE MODA DEBORA GUIMARÃES E THAIS FILGUEIRA MODELO KARLA BARROS AGENCIA DE MODELOS ANDY MODELS ACESSÓRIOS - DIFEROLLA – TESSORI – METAL NOBRE AGRADECIMENTOS SHOW ROOM JOANA PINHEIRO

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Natal, tradição, recordações e muito afeto O que se entende por tradição no Natal brasileiro? Por Leandra Moreira

F

iz essa pergunta aos amigos na rede social e as respostas foram muitas, muito diversas, mas, todas as respostas, sem exceção continham a palavra família.

Família sim, e para mim isso faz muito sentido. Em

toda parte do mundo, de modo geral, o motivo pelo qual se comemora o Natal envolve a fé cristã. Dia 25 de dezembro é ou deveria ser o dia do nascimento do menino Jesus. Possivelmente todas as religiões cristãs consideram o presépio como o único símbolo do Natal inspirado nos Evangelhos. Mas não é tão simples assim, quando se pensa no Natal, muitos símbolos vem a memória alem do presépio: árvores com pisca-pisca, papai Noel, algumas cantigas, uma ceia especial, missa do galo e muitas compras, algumas para a troca de presentes. Nesta pesquisa, recebi respostas encantadoras, para algumas pessoas os festejos estão baseados em pura tradição: Moro longe da minha família e, nessa época, faço questão de estar com eles. Desde outubro pesquiso

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outros enfeites, os presentes debaixo da árvore, todos na mesa reunidos para a ceia de natal com o Peru de natal bem grande lá no meio e depois de tudo a troca de presentes e o amigo oculto com a participação de toda a família. E na cidade a onde nasci depois da meia noite tem Rock Noel, uma festa só com bandas de Rock todos de papai Noel. ” Alexandre Perim Monte Alto - “Ainda nos reunimos na casa dos meus pais. Meu pai, que ama samba, o Natal na casa dele não pode passar sem... o samba!!!” Tânia Calazans E teve quem deu uma filosofada: - “Tradição familiar é a manutenção passagens para fugir dos preços abu-

de atos. Creio que a tradição do Natal

sivos da temporada de feriados. Mas

brasileiro é viver em família o ideal de

desde antes, quando meus avós ma-

Natal do hemisfério norte, com toques

ternos eram vivos, fazíamos questão do

e influência do oriente médio por conta

encontro natalino. Assim, mais que ra-

da fé Cristã, e adaptações necessárias

banadas, peru assado ou pisca-pisca,

para viver no Brasil e sobreviver ao verão.

Natal, para mim, é uma tradição fami-

A importação e a hibridação das cultu-

liar. ” Fabiano Gonçalves

ras são evidentes. O que não pode fal-

- “Aqui é a época em que a família

tar no Natal: Família! ” Andreia Chiari Lins

se reúne. Minha mãe gosta de enfeitar a

Alguns depoimentos deixaram bem

casa, passamos mais tempo juntos. O co-

clara a importância da refeição:

ração se renova. Comemoramos sempre

- “Normalmente existem duas festas na

com amigo x, orações, solidariedade e

minha família: na casa da minha tia, e na

uma refeição com todos juntos...enfim... a

casa da minha avó paterna (em todas

tradição familiar nossa é unir todo mundo,

as casas tem bastante comida). Já tem

agradecer, matar saudade e comparti-

uns dois anos que passo na casa de um,

lhar momentos. ” Marcela Nader.

depois vou a do outro e ainda passo na

- “A reunião de toda a família, árvo-

casa da tia do meu namorado. É uma pe-

re de natal montada na sala com muitos

regrinação! “ Mariana Caldeira da Costa

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Nem todos ficam tão felizes assim:

compartilhar o que sente com os outros

- “Natal é uma data esquisita. É bom

estejam eles próximos ou não:

e triste ao mesmo tempo. Dependendo

- “No meu Natal tem que ter cartão

do ano, um sentimento fica maior que

de Natal. Agora eu faço os meus com

o outro. E assim vai... a Clarice está feliz

pedacinhos/relíquias do ano que passou.

com a árvore de natal e é isso que me

Vale maquiagem, tempero de cozinha e

importa nesse ano. ” Juju Alegro

pedacinhos de tecidos. Um brejo de Na-

- “Reunir a família e os amigos para

tal tamanho envelope. ” Sussen Gazal

comer e beber e criar um grande mal

Outra amiga muito querida em seu de-

-estar pelas ausências inevitáveis. ” José

poimento disse: “Acho que tradição de

Augusto Loureiro

Natal no Brasil é bem forte em quatro

E muitos se lembraram do motivo principal da celebração:

quesitos: reunião familiar, ceia, decoração e presentes, independente do que

- “Natal não pode faltar o presépio,

isso significa para cada um. As pessoas

música natalina, pisca-pisca, árvore enfei-

tendem a repetir sempre os mesmos pra-

tada, muito amor e o sentimento de saber

tos de anos anteriores, em nome da tradi-

que o Salvador está entre nós, afinal de

ção, mesmo que esses não sejam os seus

contas comemoramos o aniversário Dele,

preferidos. E nem acho que fazer ceia,

a festa é para Ele. ” Francis Ian Ulfeldt

decoração e trocar presentes significa,

E descreveram como é possível

necessariamente, um esquecimento do real significado da data. ” E ao final ainda completou: “da sua amiga que gosta de Natal, de estar com a família, que acha linda toda a decoração nas casas e nas ruas, que gosta de presentear pessoas queridas e que prefere massas, pizza, strogonoff, à comida natalina, mas que não se importa em comer chester e outros pratos natalinos uma vez por ano”. Não importa quantas pessoas estão presentes, nem como é formada a família, se a arvore é grande ou se nem mesmo existe. Como diz minha amiga meio prima Danielle Lyra: - “Não pode faltar amor e a vontade de ser feliz”.

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FOTO

VITOR NOGUEIRA DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E ARTE

ANA VITORINO STYLING

THAIS FILGUEIRA PRODUÇÃO DE MODA

DEBORA GUIMARÃES MODELO

RENAN CAVALCANTE AGENCIA DE MODELOS

RAGAZZO MODELS ACESSÓRIOS

ACERVO REVISTA AMI AGRADECIMENTOS SHOW ROOM

VITORIA MODA REPRESENTAÇÕES – ELIO NUNES ami | 31


LUZ PRÓPRIA S eja nos looks, nos acessórios ou

na maquiagem, nada mais comum do que programarmos nos-

sas produções de final de ano

incluindo os tons metálicos. Mas, desta vez, surge um motivo adicional para aderirmos tons metálicos na maquiagem: é

tendência! Quase todos os desfiles de moda mais recentes utilizaram o dourado em suas produções de beleza. Desde os batons, as sombras nos olhos até iluminadores faciais. Ainda vale lembrar que o tom dourado está associado à riqueza, a sabedoria, ao sucesso, a luz e a revitalização das energias. Ou seja, resume vários dos desejos que almejamos para avida e para um novo ano, tornando-se indispensável no réveillon dos supersticiosos! Na maquiagem, se o objetivo for destacar a área dos olhos, é interessante optar por uma combinação de tons que marque e ilumine as pálpebras. Logo, é importante analisar qual tonalidade de dourado acentuará mais em cada tom de pele.

MELRIANE COELHO DOS SANTOS

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As morenas e negras sempre têm mais facilidade de acertar, afinal, praticamente todas as tonalidades de dourado se destacarão em sua pele. Além disso, é possível fazer uma combinação de sombras mesclando apenas tonalidades de dourado diferentes, combinando tom sobre tom. Realçará de qualquer maneira, mesmo quando a pigmentação da sombra não for das melhores. Por exemplo, se utilizar um dourado mais claro, a impressão final será de um olho meramente iluminado, mas ainda assim, será possível perceber uma levecoloração dourada. Mas, caso opte por um olho mais impactante, um dourado mais forte ou mais camadas de sombra já resolvem a questão.

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RAPHAELA MOLL

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Já as mulheres de pele mais clara devem se atentar ainda mais para a eleição da sombra dourada. Sombras mais pigmentadas são ideais para terem mais destaque e dar um efeito legal no resultado final do make. Uma sombra fraca demais em mulheres mais brancas poderá passar a impressão de que a make está saindo ou que não foi passada corretamente. Para um olho marcado ou uma make de festa, a dica é adicionar sombras marrons ou mais terrosas para fazer um esfumado escurecido no canto externo das pálpebras.O smokey clássico com dourado e marrom nunca falha e é coringa para marcar os olhos. Adicionar um tom mais quente é a chave para a projeção do olhar. Para iluminar o olhar, independente do tom de pele, uma boa dica é adicionar sombras peroladas no canto interno dos olhos. O famoso “ponto de luz” fica um arraso combinado com sombras douradas e é a cara das festas de final de ano!

MIKAELLY JASTROW BASTOS

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FOTO

THAIS FILGUEIRA DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E ARTE

ANA VITORINO BELEZA

GLEYCI SASSI

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A visão do artista sobre a tradição do Natal no Brasil

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Artista: Fredone Fone

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Artista: Moema Ema

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Artista: Lorenzo Cassaro

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All White

A

s cores sempre foram elemen-

o uniforme das mais descoladas, assim

tos fundamentais na moda

mesmo na versão total white. Sinônimo

enquanto comunicação.

de frescor, perfeito para o clima quen-

Carregada de significado,

te; quando usado de dia deixa o look

há quem diga que o branco é a cor

leve, e para a noite pode compor looks

ideal para se purificar de energias an-

bem sofisticados.

tigas e começar coisas novas, por isso

A elegância discreta do branco vai

é quase unanimidade nos looks da vi-

dominar a estação, que chega revisitan-

rada do ano, aqui no Brasil.

do a alfaiataria com shapes, recortes e

Em tempos remotos, foi sinônimo de

tecidos variados.

status, considerando que suja com fa-

Chic e clean, pode ser usado em pe-

cilidade e para manter as roupas impe-

ças com diferentes modelagens, sejam

cavelmente limpas era necessário gas-

minimalistas ou oversized, e seguindo a

tar tempo e dinheiro com lavagem, algo

onda handmade, dá um charme extra

que só os nobres possuíam.

nas peças de tricô, deixando-as ainda

Frequentemente associado à limpe-

mais clássicas e atemporais.

za e à higiene, apartir do século XIX, o

E para aquelas que ainda tem receio

branco se torna quase obrigatoriedade

do look monocromático, quebre a mo-

para os jalecos de médicos e enfermeiros.

notonia com transparências e texturas.

Atualmente muitos profissionais da

Ou ainda, dê seu toque pessoal combi-

saúde adotam uniformes de cores va-

nando com acessórios coloridos que são

riadas, mas o look todo branco até

a cara do verão.

hoje nos remete a eles. Simbolismos a parte, para o verão 2016, promete ser

E nunca esqueça que o branco é perfeito para destacar o bronzeado.

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for. ma Foto e Beleza Caio

Motta Direção de produção e arte Ana Vitorino Produção de arte Mateus Maretto Styling Glauro Simões Assistente de moda Debora Guimarães Modelo Brunella Campi Agencia de modelos spot model Figurino Marcello Zantti Acessórios Tessori Calçados Arezzo 46 | ami


Vestido Longo Marcelo Zantti Casaco Ambicione para Tesori Brincos acervo Sapatos Arezzo Shopping Vit贸ria

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Vestido Regina Salom達o para Tesori Cinto Tesori Moletom entretelado acervo Brincos acervo

Vestido longo Marcelo Zanti Brincos acervo

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Vestido de baixo Lucy in the Sky para Tesori Vestido de renda Skunk para Tesori Short Skazi para Tesori Sand谩lia Arezzo Shopping Vit贸ria Brincos e pulseiras acervo

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Blusa Skazi para Tesori Cal莽a Apartamento 03 para Tesori Sapato Arezzo Shopping Vit贸ria Colares Tesori Brincos acervo


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Na coletiva de imprensa, um dia antes da abertura oficial da exposição, AMI teve o privilégio de uma visita guiada pelo próprio artista, um dos maiores nomes da arte na atualidade.

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Por Débora Guimarães

A

exposição de Vik Muniz é um

meu trabalho. Minhas imagens sempre

convite aberto para apreciar

se referem a uma imagem mental: você

o improvável: Monalisa dese-

olha, se lembra das originais e volta”, diz

nhada com pasta de amen-

ele. De fato, mesmo quem não acom-

doim e geleia? Che Guevara pintado

panha arte de maneira geral, reconhe-

com caldo de feijão? Tem de tudo nas

ce Marilin Monroe redesenhada com

100 obras pelas paredes do museu. As

diamantes, mesmo que não se lembre

imagens são uma retrospectiva editada

que a imagem original é uma serigra-

de tudo o que foi produzido pelo artis-

fia de Andy Wahrol. Isso porquê Vik se

ta ao longo dos anos e apresentam ao

utiliza de imagens pop, que já estão fi-

público a sua habilidade de usar a me-

xadas no inconsciente coletivo, mesmo

mória como ferramenta para fazer as

que não nos demos conta disso, mos-

obras acontecerem no universo de cada

trando mais uma vez toda a sua maes-

um, “a memória é muito importante no

tria para criar.

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“Para mim, a capacidade de repre-

enxergar a fotografia e o desenho ao

sentação é a segunda maior conquista

mesmo tempo, você só vê um de cada

humana, perdendo apenas para o fogo”,

vez”, ele diz. Se afastar e se aproximar

para Vik a arte é tão importante quan-

do quadro, exercício comum em quase

to ciência e religião, “hoje nós temos o

todas as exposições, é o único jeito de

costume de achar que só a ciência e

se entender a obra por completo (ler a

a religião são importantes, mas houve

descrição também ajuda, embora seja

uma época em que as três eram uma

difícil de acreditar na informação que

coisa só. E uma não existe sem a outra!”.

acompanha algumas delas!). Normal

As obras são fotografias de peças feitas

também é o sorriso bobo que surge ao

com os mais variados materiais (açúcar,

se chegar bem perto e conseguir visua-

linhas, poeira, colagem com papel, en-

lizar cada pedacinho que passa desper-

tulho... a lista não para!), numa justapo-

cebido de longe; é quase possível visua-

sição de técnicas que nos faz ir e voltar

lizar um ponto de exclamação sobre as

na leitura de cada quadro, “é impossível

cabeças ao redor das fotografias!

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A série feita com açúcar foi um divisor de águas na carreira. Segundo Vik as fotografias foram expostas em uma galeria não muito famosa, e, por sorte, teve sua resenha feita por um crítico do New York Times; meses depois suas fotos enfeitavam as paredes do MoMa. Daí pra frente sua trajetória decolou para o que é hoje, e o resto é história. A relação entre material e obra não é aleatória: o açúcar é relacionado ao trabalho dos pais das crianças representadas, que passavam horas cortando cana para sustentar as famílias; Jackson Pollock é representado com chocolate, conectando a agilidade da action panting à rapidez de trabalho que o chocolate exige por secar e endurecer muito rápido; a Monalisa feita com manteiga de amendoim e geleia, itens que acompanham os lanches das crianças norte-americanas, fazendo analogia entre o reconhecimento automático da imagem e a normalidade do cotidiano; Che Guevara afirmou que um homem precisa apenas de fibra e de uma lata de feijão, e foi esse o alimento usado para retratar a emblemática imagem do revolucionário. O domínio de suportes e materiais é a especialidade do artista, quase diz um entusiasta da publicidade: “eu sou um estudante de mídia”, afirma. Para ele a publicidade é superimportante, e não tenta afastá-la como fazem alguns artistas; obras como a campanha do

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Fusca feita por Andy Warhol são usa-

maestria na manipulação das referên-

das como fonte para as suas criações.

cias que utiliza.

Para ele não há imagem pura, ela sem-

Em uma entrevista ele foi pergunta-

pre vem carregada de significado de

do sobre o que é a arte, e encontrou

outras imagens. Vik sabe como traba-

uma frase para resumir algo que mui-

lhar as mensagens para que elas se re-

tos artistas não sabem explicar: “Arte é

lacionem com o espectador, de modo

a evolução da interface entre a men-

que as suas referências individuais con-

te e a realidade”. Vik Muniz é perdida-

versem com a obra, fazendo as cone-

mente apaixonado pela arte, e cada

xões certas para que ela aconteça no

vez mais usa o seu trabalho para nos

universo de cada um, provando sua

apaixonar por ela também!

FOTO

THAIS FILGUEIRA ami | 57


Editorial

A HAPPY NEW YEAR 58 | ami


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Fotografia

THAIS FILGUEIRA

Styling DEBORA Beleza Modelos

GUIMARテウS

CRIS AGUIAR

Amanda Piffer

Carolina Freitas Eduardo Fiorin Agencia de Modelos

Ragazzo Model

Show Room

JOANA PINHEIRO Acessorios

ACERVO

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VESTIDOS ETERNOS: 100 MODELOS E REFERENCIAS QUE MUDARAM A HISTORIA DA MODA Autora: Marnie Fogg Tradutora: Gabriela Erbetta

O

Por Ana Vitorino

vestido faz parte da história da moda, tendo passado por

Sobre a autora: Especialista em

transformações radicais ao

moda, Marnie Fogg é palestrante

longo dos séculos. Esse livro,

e consultora. Professora e direto-

lançado este ano de 2015 com 256 pá-

ra da área de moda e tecidos na

ginas, retrata a evolução e as reinterpre-

Universidade de Wales, também

tações dessa peça na análise da espe-

lecionou nas universidades de Not-

cialista em tecidos e design de estampas

tigham e Derby, no Reino Unido. É

Marnie Fogg. A autora aborda as mudan-

autora de Print in Fashion, Vintage

ças de estilo, as referências artísticas e os

Handbags e The Fashion Swatch

aspectos socioculturais dos períodos em

Book, entre outros títulos.

que os modelos foram usados, destacando os estilistas que inovaram nas silhuetas, como Jean Patou e Chanel, ou que se inspiraram em influências do passado, como Christian Dior e Alexander McQueen. Do pretinho básico, passando pelo tubinho e o míni, até o vestido-envelope, o volume reúne em mais de 250 páginas uma centena de peças deslumbrantes e criativas. Entre os modelos apresentados estão os clássicos de Madame Grés, o revolucionário vestido-saco de Givenchy, o tomara que caia, os plissados de Issey Miyake, o vestido franjado, o rabo de peixe, o chemisier (vestido-camisa), entre outros. Fundamental para profissionais, estudiosos e aficionados por moda.

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A LINGUAGEM SECRETA DO CINEMA Autor: Jean-Claude Carriere Tradutor: Benjamin Albagli | Fernando Albagli

A

Por Ana Vitorino

linguagem secreta do cinema é uma das mais importantes reflexões sobre a linguagem cinema-

tográfica e sua evolução. Ângulo, câmera, iluminação, cenário, elenco e técnica são alguns dos temas abordados neste livro lançado este ano com 184 páginas. Além disso, o autor explica como os filmes alteraram nossa percepção do tempo e como o cinema ajudou a desenvolver a mídia visual. Obras de grandes nomes como Kurosawa, Welles, Godard, Buñuel, Hitchcock e Fellini são analisadas sob o olhar experiente de Jean-Claude Carrière, um dos maiores roteiristas europeus. JeanClaude Carrière nasceu na França, em 1931. Roteirista premiado, trabalhou com alguns dos maiores diretores de cinema, sobretudo com Luís Buñuel, com quem colaborou em O discreto charme da burguesia, Bela da tarde e Esse obscuro objeto do desejo, entre outros.

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Pousada Pequena Tiradentes

Q

Por Debora Guimarães

ue atire a primeira pedra aquele que nunca levou para casa o xampu do hotel em que ficou hospedado!

Ou quem nunca quis levar para casa algum roupão como souvenir. Na pousada Pequena Tiradentes (que leva o nome da cidade na qual foi inspirada, com reproduções das ruelas e casas em seu ambiente) no interior de Minas Gerais, Vanilce Barbosa, proprietária da pousada, teve a ideia de por a venda tudo o que se encontra no hotel; TU-DO! Da toalha de banho, ao abajur, qualquer coisa está a venda, garantindo que se leve para casa o clima do hotel.

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A pousada conta com 62 quartos incríveis e aconchegantes, que convidam o hóspede a relaxar. Piscina, sauna com jacuzzi, sala de leitura e um visual maravilhoso, o espaço de mais de 20 mil m² de área construída é perfeito para casais e famílias que buscam um tempo longe do caos da cidade grande. AMI destaca ainda a boutique fantástica com peças garimpadas a dedo nas viagens feitas pela proprietária ao redor do mundo. É de impressionar o tamanho do acervo de peças à venda e o bom gosto na escolha dos produtos que serão vendidos. Fica muito difícil escolher entre tantas opções, portanto, à menos que o seu transporte até a pousada seja um caminhão, é bom controlar o cartão para que não seja impossível carregar as sacolas!

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Direção de arte

ana vitorino Fotos

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A Revolução do Estilo

The New Look Revolution “Oi amiga, gostei do seu look.”

P

ois é, você provavelmente já ouviu ou falou essa expressão e, logicamente, sabe o significado de “look” (visual), mas como este ter-

mo surgiu na língua inglesa? Como verbo, “look”, com o sentido de usar os olhos para ver, espionar ou olhar fixamente para alguém ou alguma coisa, surgiu do termo “locian” do inglês antigo, que por sua vez derivou do termo Proto-Germânico “lokong”, entre outras origens como a do Germânico Ocidental “lokjan”. Todos esses termos têm, também, o significado de ver, olhar e espionar. Entretanto, look com o sentido de “ter certa aparência, estilo ou visual de uma pessoa” só surgiu no fim do século 14. Como substantivo, look (olhada, mirada, aspecto, aparência, visual ou estilo), passou a ser empregado como “ato ou ação de olhar”, entre outros usos (a look in someone’s eyes – Uma olhada nos olhos de alguém; have a look at this new dress – Dê uma olhada neste novo vestido). Como verbo, look tem os significados de: olhar, ver, parecer.

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Mas o vocábulo “look” não se limita a essas simples definições ou traduções. Quando usado em conjunto com algumas preposições, ele dá origem à expressões de significados totalmente diferentes entre si (closer look – olhar mais atento; to look after – olhar, cuidar, zelar; to look ahead – ver adiante; to look over – passar os olhos...) Na moda, o termo “looK” cresceu em popularidade em seus sinônimos de aparência ou estilo, quando, em 12 de fevereiro de 1947, Christian Dior escreveu um novo capítulo na história da moda ao lançar sua coleção denominada “The New Look Revolution” - A Revolução do Novo Estilo ou Visual - que, depois de mais de seis décadas ainda se mantém viva até os dias de hoje e inspira estilistas do mundo inteiro em suas constantes buscas de valorizar cada vez mais a figura feminina através da moda. William Braga Prof. de Inglês

Traduções similares para português da palavra “look” quando usado com uma preposição. closer look olhar mais atento to look after cuidar, olhar, zelar to look ahead ver adiante se to look alike parecer assemelhar to look around procurar, examinar ter como to look at olhar, exemplo to look away olhar para o lado to look better parecer melhor to look closely ver de perto to look on pesquisar sobre to look out cuidar, vigiar to look over passar os olhos look sharp! você se vê bem to look through transparecer no to look up procurar dicionário to look upon olhar new look novo visual one look um olhar

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Fotos do cotidiano

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Quer participar? Escolha um tema, envie 8 fotos em alta resolução para o e-mail contato@ami.art.br, selecionaremos as mais bonitas e postaremos aqui! Fácil não?

Want to participate? Choose a theme, send 8 pictures in high resolution for our e-mail contato@ami.art.br .We will select the most beautiful ones and will post them here! Easy right?

Dirk Ertel Tem como hobby fazer fotos enquanto pedala. Essas são do caminho até a escola de seu filho, em uma manhã de outono na cidade de Köln na Alemanha. ami | 77


Agradecimento Especial Meu grande amigo Alair Caliari, obrigada por ter estado sempre disponĂ­vel em colaborar. Por acreditar que todas as formas de arte valem a pena ser divulgada. Pela honestidade, seriedade e principalmente pela amizade em todos esses anos. Obrigada por tudo! Ciao CacĂĄ.

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www.ami.art.br edição nº 03

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