Conheça o plano de saúde para animais de estimação
amigo
pet
Julho/Agosto
2014
Novidades em acessórios e alimentos para seu cão Fique antenado com os produtos que garimpamos para você
Tudo sobre o seu bicho de estimação
é inverno!
proteja seu amigão da gripe canina Veja o que fazer para manter o seu peludo longe dela
8+ Confira as 8 raças de cães mais exóticas do mundo
ELES NÃO BRINCAM
em serviço Conheça o dia a dia dos cães que estão a serviço da Polícia Militar no Estado
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 1
2 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 3
editorial
Olá!
Chegamos no segundo número da revista Amigo Pet. A edição de Julho e Agosto traz uma série de histórias envolvendo a paixão que o ser humano tem por animais de estimação. Trouxemos também as últimas novidades do mercado pet, tanto de empresas locais, quanto de outros lugares do mundo. Destacamos, inclusive, uma empresa que oferece planos de saúde para animais de estimação. Garantir a saúde e bem estar dos peludos agora está mais fácil e doerá bem menos no bolso. Há também novidades nutricionais, como o alimento da Royal Canin que diminui a incidência de coceiras em cães. Estamos no inverno e, nesta época do ano, é maior a incidência de gripe canina. Por isso, preparamos uma matéria com dicas de como enfrentar essa moléstia. A revista ainda aborda duas doenças muito comuns em cães: a leishmaniose e a raiva. A nossa matéria de capa aborda o uso de cães pela Polícia Militar. Contamos a história do Labrador Bethoven, que antes de servir a entidade, era vítima de maus tratos pelos seus antigos donos. Muitas outras história compõe esta edição. Esperamos que a revista Amigo Pet, além de lhe manter informado sobre como tratar melhor o seu melhor amigo, também lhe comova com as mais diversas histórias que contamos aqui.
Uma ótima leitura.
CLEVERSON RIBEIRO FRANCO Publisher 4 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
redacao@amigopetms.com.br
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 5
6 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
nestaedição 20
Matéria da Capa
Eles não brincam em serviço Veja como é o dia a dia de cães que estão a serviço da Polícia Militar
26
Saúde II Gripe Canina: vacine seu dog e afaste o “atchim” para bem longe dele.
REVISTA AMIGO PET É UMA PUBLICAÇÃO DA VRIX COMUNICAÇÃO Tiragem: 10 mil exemplares Distribuição Gratuíta Diretor: Cleverson Ribeiro Franco Editor Chefe: Palmir C. Franco - DRT/MS 132 Repórter: Cesar Floriano Fotógrafias: Estúdio Reflexo Animal Rua do Cipreste, 314 B. Marcos Roberto Campo Grande/MS 67 3045.0793 / 9219.3043 www.amigopetms.com.br facebook.com/amigopetms redacao@amigopetms.com.br
12
16
Fogos de artifício versus seu pet: uma combinação nada perfeita
Leishmaniose: cuide do seu bichinho, ele não tem sete vidas!
Bem Estar
33
Saúde I
Conte sua História Conheça o drama do vira-lata adotado que poderia atuar em um dramalhão mexicano feliz. Edição Julho/Agosto sem de 2014 final amigopet 7
8 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
mercadopet
Plano de saúde para cães
Empresa oferece planos a partir de R$ 45 mensais
Com planos à partir de R$ 45 mensais, é possível garantir o atendimento ao seu bichinho de estimação mesmo quando a grana está curta.
Motivado pela decepção no atendimento a um cão de sua grande estima, o empresário Robson Maniero criou em 2011 a Unidog MedCenter, o primeiro plano de assistência médico-veterinário de Mato Grosso do Sul. Com uma ampla rede de credenciados entre pet shops e clínicas veterinárias, a empresa oferece planos que cobrem desde banhos, tosas higiênicas, vacinações a procedimentos cirúrgicos e internações para o seu cão. A cobertura oferecida pelos diversos planos já se inicia sem carência. Segundo Robson Maniero, “mesmo animais já doentes poderão aderir aos planos com atendimento garantido, sem carência”. Mais informações sobre a Unidog: www.unidogmedcenter.com.br ou pelo telefone 0800-647-0025
Royal Canin lança alimento que reduz a coceira em cães A Royal Canin lançou uma linha de alimentos funcionais que promete diminuir a coceira de seu cão. Segundo a marca, 87% dos consumidores que experimentaram o produto observaram uma sensível redução das lesões causadas por coceiras ao final do 1° mês de uso. A marca garante os resultados desde que se faça uso do produto de forma contínua e exclusiva. Você encontra Royal Canin apenas em pet shops e clínicas veterinárias de todo o Estado. Outras informações: www.royalcanin.com.br
Empresa oferece seguro para pet shops e clínicas A gestão de uma pet shop ou clínica veterinária envolve diversos riscos, alguns são bem básicos, como danos ao patrimônio, incêndios e furtos. Mas empresas como a Porto Seguro também oferecem coberturas que incluem acidentes durante banhos e tosas. Cuidar de animais de estimação é um trabalho que exige experiência e responsabilidade. Cobrir o seu negócio lhe dará mais tranquilidade para tocar o seu empreendimento e oferecer mais segurança para seus clientes. A representante da Porto Seguro em Campo Grande é a VPS Seguros: 67 3028.4433.
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 9
curiosidades
8+
Conheças as raças de cães mais exóticas do mundo
Lulu da Pomerânia Aka Spitz Alemão é o cão da moda e pode custar até R$ 12 mil.
Saluki Uma das raças mais antigas do mundo, muito usada para a caça.
Bedlington Terrier Com focinho reto, chama a atenção pelo seu design incomum.
Cão de Crista Chinês Um dos cães mais exóticos é também um dos mais caros. Custa em média R$ 4 a 6 mil.
Faraó Egípcio Hound Descendente dos Egípcios, há poucos exemplares desse animal.
Bergamasco
Uma das raças mais rústicas e antigas da Itália, é usado para o pastoreio. Famoso pela pelagem grossa e incomum
Galgo Afegão Uma das raças das mais bonitas é também considerado o cão mais burro e teimoso.
Mastim Tibetano Símbolo de status na China, cada Mastim Tibetano chega a custar R$ 1.5 milhão
10 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
CONTAGEM REGRESSIVA PARA O “MÊS DO CACHORRO LOUCO” Agosto está chegando e é assim que o “povo mais antigo” tornou a expressão “Mês do Cachorro Louco”, popularmente conhecida, um “sinônimo” para esses 30 dias do ano. A analogia tem relação a acontecimentos históricos, como a Primeira Guerra Mundial, que começou no primeiro dia do mês de agosto há quase exatos cem anos e a explosão atômica das cidades de Hiroshima e Nagasaki bombardeadas pelos norte-americanos em 6 e 9 de agosto de 1945, matando mais de 200 mil pessoas no fim da Segunda Guerra Mundial. Outro aspecto são as crendices ou lendas associadas muito provavelmente ao Folclore Brasileiro. Porém, mais real que o Boto Cor-de-Rosa, a Mula sem Cabeça, a Anta-Cachorro, entre os outros personagens pitorescos, são as cadelas que realmente entram no cio, incitando a proliferação da raiva. Em decorrência do alto índice, a concentração das cadelas no cio aumenta bastante devido às condições climáticas do mês de Agosto. Como as cadelas estão no período fértil, literalmente os cachorros ficam pirados e brigam para conquistá-las. Essa luta feroz entre os machos em busca da fêmea faz com que a raiva, doença transmitida pela saliva do animal, se espalhe mais. Os cães infectados pela doença babam muito e ficam com aparência de “loucos”. GOSTOU? Quer saber mais sobre o assunto? Então acesse agora mesmo www.amigopetms.com.br e fique bem informado para não deixar seu cachorro raivoso. Na página da revista na internet você vai saber tudo sobre desde o contagio, ao tratamento e depoimentos de donos que já viram bem de perto, o sofrimento do seu animal. Aproveite e curta também nossa página no Facebook.
acessóriospet
Última moda, tosa japonesa muda o visual do seu cão Uma tendência que vem fazendo bastante sucesso no Brasil é a “tosa japonesa”, que se torna uma opção bem interessante para quem quer sair do convencional, pois apesar de alguns tosadores usarem somente um estilo de carinha a grande sacada da tosa japonesa é poder variar estilos e fazer cada cão de acordo com a personalidade do dono e criar estilos próprios. Há variações da tosa, mas a com pelos da orelha longos e escorridos é a mais comum. O diferencial da tosa japonesa é o corte no focinho mais curto, que evita fungos e outros problemas de pele. O serviço pode ser solicitado nas melhores pet shops da sua cidade.
Animal fujão não tem vez com a coleira Pet Tracker Perder seu animal de estimação é uma experiência extremamente dolorosa e, muitas vezes, apesar de todos os cuidados que sejam tomados, o seu bichinho pode escapar, e achá-lo pode ser muito difícil. Já pensou em pôr um fim a esse pesadelo? Pois agora isso é uma possibilidade a coleira Pet Tracker, que localiza o seu animal por meio de gps. Junto com a coleira, o dono do animal recebe um login e senha para acompanhar na internet por onde anda o seu animal. Outras informações: www.pettracker.com
Serviço permite conversar com seu bichinho por videochamada O PetChatz é um serviço que permite chamadas em vídeo entre donos e animais de estimação. A proposta é manter cães e gatos não apenas monitorados, mas contentes. O dono, além de conversar pelo chat em vídeo com o bicho, pode soltar um petisco e até espalhar o aroma de seu próprio perfume no ar – fazendo o animal sentir seu cheiro na casa. O PetChatz está em pré-venda no site www.petchatz.com pelo equivalente a R$ 770 (nos Estados Unidos).
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 11
bemestar MERCADO
FOGOS DE ARTIFÍCIO VERSUS SEU PET Uma combinação nada perfeita
F
oi dado o pontapé inicial. O árbitro apita o jogo, a bola rola no campo, o adversário tenta roubar a jogada, mas o Brasil lança um chute bonito dentro do gol e o torcedor vibra gritando e estoura fogos de artifícios. O retrato acima caracteriza as partidas da seleção brasileira na Copa do Mundo e este ano o anfitrião não vai economizar no foguetório, porque outra dessa só daqui quatro anos e fora de casa. Outro cenário barulhento nos meses de Junho e Julho são as festas típicas dessa época do ano, recheadas de atrações – muita música, quadrilha, pipoca, paçoca, canjica, quentão e de novo os fogos de artifício, ganhando o céu com luzes e cores.
12 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
bemestar
Como a corda sempre arrebenta no lado do mais fraco, esse efeito dominó atinge diretamente a audição do seu pet, que é muito mais apurada e sensível que a humana. Por isso, são comuns os cachorros e gatos se assustarem com tanto barulho. Os ruídos altos que acompanham os fogos e a falta de compreensão sobre o que está acontecendo podem causar muita ansiedade e medo. Quando um animal fica com medo, ele pode apresentar um comportamento indesejado ou perigoso, como tentar fugir de casa, mostrar sinais de agressão, morder, latir, uivar, tremer, mastigar ou destruir móveis e outros objetos, além de perder o controle de suas necessidades fisiológicas urinando e defecando em locais inapropriados. “O medo de sons de fogos de artificio é aprendido! Isso mesmo, aprendido. Precisamos saber como ele surge para então promover bem
-estar aos nossos pets. Um das consequências que são potenciais para desenvolver o medo dos sons de fogos de artificio é a exposição inadequada a barulhos durante o desenvolvimento inicial do filhote. Em especial, entre a abertura do pavilhão auditivo, por volta dos 12 aos 14 dias de vida, até o final do período de socialização, três meses de idade. Nesse período é fundamental um ambiente estável, estimulante e com experiências positivas para o animal”, explica o Zootecnista Diogo Cesar Gomes da Silva, Mestre em Fisiologia do Estresse e Doutorando em Psicologia Comportamental. Segundo o especialista, uma sugestão é expor a partir dos dois meses de vida, o filhote a diferentes sons, em formas e intensidades, associando -os a um treino positivo. Esse treinamento é extremamente favorável para uma boa socialização
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 13
bemestar e equilíbrio emocional do animal no futuro. Jéssica Mattos, 22 anos, é apaixonada por animais. A acadêmica de Direito tem duas cachorras e um casal de gatos. Os cinco quase ficam loucos com tanto barulho de fogos de artifício. “Eu fico nervosa com medo deles se machucarem, pois não escutam ninguém no meio do desespero. Graças a Deus nunca chegou ao extremo de terem algo grave, fugirem ou de precisar levar ao médico veterinário, mas no final do ano li um caso de um cachorro que morreu por isso”, conta.
REMÉDIO HOMEOPÁTICO AUXILIA NO COMBATE AO PAVOR DE FOGOS E EXCESSO DE LATIDOS Duas borrifadas via oral até quatro vezes ao dia são suficientes para diminuir o volume dos latidos e o stress provocado pelo estrondo dos pavorosos fogos de artifícios, que causam medo nos animais domésticos. As 30 ml da fórmula homeopata desenvolvida para acalmar os ânimos caninos e também dos gatos, custam em média R$ 45 e são fabricados em Campo Grande. Os remédios homeopáticos da linha pet, que revolucionam os métodos terapêuticos desde março, não têm paradeiro nos balcões e a cada dia o fluxo gera um aumento considerável, de 50% por não ter contra indicação, nem efeitos colaterais. O público que utiliza a homeopatia cães e gatos tem crescido muito nos últimos quatro meses, graças à eficácia, fácil aplicação e ausência de intoxicação. Como os de origem química, a formulação é feita após anos de estudo e submetidos à prescrição médico veterinária. Saiba mais em nosso site:
www.amigopetms.com.br
14 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
Segundo a estudante, a cachorra maior fica muito nervosa e estressada. “Para acalmar ela temos que ter cuidado a fim de evitar qualquer acidente. Os gatos não ligam tanto para o barulho, a única coisa que fazem é acordar quando a barulheira começa. Já as cachorras ficam mais inquietas, principalmente a maior, fica andando e chorando e ninguém consegue segurar ela para tentar acalma-la”, reafirma. Eva Claudia Gabriel, 41 anos, também tem duas cachorras. Mesmo tentando tapar os ouvidos delas, a advogada se sente impotente ao ver o desespero das duas. “Elas apresentam comportamento de medo. Correm para baixo dos móveis ou procuram meu colo”, conta. Animais cardiopatas podem ter complicações secundárias a estresse. Por isso, não devem ficar sozinhos, precisando de acompanhamento. Ofegação excessiva, falta de ar, língua arroxeada ou azulada são sinais de descompensação da doença. Já os animais epiléticos podem apresentar convulsões e por isso devem ser reavaliados pelo médico veterinário para ajustar, se necessário, a dose da medicação de rotina. Em casos extremos, calmantes podem ser ministrados. Mas sempre com critério e sob prescrição. Curta as festas e mantenha o seu pet em segurança!
#FICADICA
Para tentar reduzir o estresse pelo medo de fogos de artifício do seu pet, não o leve em celebrações ao ar livre. Os ruídos altos e céu colorido podem ser divertidos para você, mas não são agradáveis para o seu pet. O ideal é deixá-los em casa em um local calmo e seguro, livre de escadas ou objetos onde ele possa tentar se esconder e acabe se machucando. Em alguns casos, principalmente gatos, quando muito sensíveis e ariscos, vale a pena colocá-los dentro da caixa de transporte até que o barulho diminua e o animal esteja calmo. Feche as cortinas e deixe as luzes acesas para diminuir o brilho dos fogos. Deixe ligado o rádio uma TV, ou alguma música que ele esteja acostumado para abafar o barulho externo. Exercitá-los no dia, horas antes das festividades começarem, auxilia a tranquilizá-los devido ao cansaço e a liberação natural de endorfinas, que reduz a ansiedade.
TREINE SEU CÃO PARA ENFRENTAR O MEDO DE BARULHO MUITO ALTO
1
Para a reversão do problema, associado às dicas de ambiente, o proprietário deve iniciar um treinamento básico de obediência. Esse treinamento tem por objetivo estreitar a relação homem-animal por meio dos treinos com reforço positivo (comando-recompensa), assim como fornecer comandos chaves para a modificação do problema, como os comandos “senta” e “fica”, por exemplo.
2
Por fim, juntamente com um especialista em comportamento, devem-se iniciar dois procedimentos chaves para o cão, a dessensibilização e o contracondicionamento. Basicamente estes procedimentos vão expor o animal, em condições controladas e sem riscos a sua saúde, aos sons que causam a reação de medo e trabalhar o comportamento do animal até a extinção do problema.
3
Vale lembrar que em alguns cães os casos fóbicos de medo a sons de fogos de artificio são tão extremos que o uso de medicação pode ser necessário, para isso o ideal é conversar com veterinário de confiança para fornecer o apoio medicamentoso ao tratamento comportamental estabelecido pelo especialista em comportamento.
Diogo Cesar Gomes da Silva. Zootecnista, Mestre em Fisiologia do Estresse, Doutorando em Psicologia Comportamental. Criador Profissional de Cães da Raça Border Collie. Adestrador pela linha Positiva.Professor dos Cursos de Zootecnia e Medicina Veterinária na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco)
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 15
saúdeleishmaniose
LEISHMANIOSE:CUIDE DO SEU BICHINHO
ELE NÃO TEM SETE VIDAS!
A
leishmaniose trata-se de uma doença de alta letalidade que pode atingir cães e humanos. Essa zoonose, que por muito tempo foi restrita ao Ceará e Minas Gerais, hoje já tem casos registrados em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e outros estados do Brasil. O pior é que em cães o tratamento da doença é proibido e, uma vez diagnosticado com leishmaniose, o animal precisa ser sacrificado. Daí a importância de alertar e fazer mesmo um trabalho preventivo, pois ninguém quer perder seu amigo de uma hora 16 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
para a outra, não é mesmo? A população canina aumenta a cada dia, portanto é sempre necessário informar e atualizar os proprietários sobre as diversas formas de prevenção contra doenças importantes inclusive, pela Leishmaniose Visceral Canina ser considerada uma zoonose e acometer também o homem. O protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral (também conhecida como calazar) é transmitido aos seres humanos através da picada de um inseto que também pode transmitir a doença ao cão doméstico.
saúdeleishmaniose Esse fator torna a doença mais preocupante. O cão contaminado serve de fonte de infecção para outros insetos que se alimentam do sangue dele, e esse fato dificulta o controle da doença no meio urbano, visto que o cachorro infectado pode permanecer sem sintomas por muito tempo. O cão é considerado o principal reservatório da doença em contato direto com humanos, porém ele não transmite a doença diretamente para o ser humano através da lambedura, arranhadura ou mordedura. De 3,5 a 4 mil novos casos por ano em humanos são registrados no País, sendo que em torno de 200 pessoas morrem por ano. A doença está cada vez mais expandindo para grandes centros. Por exemplo, as regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste, que até pouco tempo não tinham casos da doença, passaram de 26% do total de casos em 2001 para mais de 52% do total de
A Organização Mundial da Saúde (OMS), considerada a Leishmaniose visceral um problema de saúde pública e registra anualmente
500 MIL NOVOS CASOS
humanos no mundo com 59 mil óbitos.
casos em 2008, de acordo com apontamento da Merck Sharp and Dohme no Brasil, conhecida pela sigla MSD Saúde Animal. É a segunda doença parasitária que mais mata no mundo, atrás da malária. Há 12 milhões de pessoas infectadas no mundo. Na América Latina, só o Brasil registra 90% dos casos. A Organização Mundial da Saúde (OMS), considerada a Leishmaniose visceral um problema de saúde pública e registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos.
O CALVÁRIO DO CACHORRO CONDENADO À MORTE
No cachorro, o tratamento não é regulamentado pelo Ministério da Saúde. O sacrifício de animais para controlar a doença é bastante contestado, pois gera muito desconforto nos proprietários, que têm o animal como parte da família (questão social envolvida). Tanto no ser humano quanto no animal No ser humano não há a cura parasitária, apenas a cura clínica, ou seja, a pessoa continuará infectada, porém depois de tratada pode não apresentar sintomas. Aqui, também vale ressaltar que os medicamentos para tratamento em humanos são cardiotóxicos, ou seja, alguns pacientes não toleram o tratamento.
VACINE ENQUANTO HÁ TEMPO Para imunizar o pet da Leishmaniose Visceral Canina podem-se utilizar repelentes nos cães, manejo adequado da matéria orgânica, entre outras. Entretanto, em qualquer situação é recomendável consultar o médico veterinário sobre as medidas de prevenção e o protocolo de vacinação ideal para cada enfermidade. O programa de vacinação inicial para prevenção da Leishmaniose Visceral Canina (vacina Leishmune) consta de três doses iniciais a partir dos quatro meses de idade. Todas as vacinas devem ser reaplicadas anualmente na data estipulada pelo médico veterinário para garantir a proteção dos cães. É fundamental que não haja atrasos. Há dez anos, a vacina Leishmune, produzida no Brasil, está disponível para comercialização, no combate a doença. A vacina para erradicar a Leishmaniose requer, além da avaliação clínica do animal, um exame de sangue prévio. O médico veterinário é o profissional responsável para avaliar e atestar a saúde do cão no momento da vacinação. “A vacina Leishmune é classificada como uma vacina inativada e de subunidade, sendo uma fração glicoprotéica purificada (FML - Fucose Manose Ligand), feita através de um extrato inativado de promastigotas de Leishmania donovani. A produção de um antígeno inativado eficaz, seguro e com grande poder antigênico é possibilitada por técnicas especiais de preparação e pelo uso de um sistema adjuvante especial”, assegura Fabiana Avelar, Coordenadora Técnica de Animais de Companhia Zoetis.
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 17
saúdeleishmaniose SINTOMAS NO HOMEM
Os sinais mais visíveis aos donos de animais são as feridas na pele, principalmente nas saliências ósseas e o emagrecimento acentuado, porém, os proprietários mais atentos perceberão também que o animal está diferente (abatido, fraco), sem apetite, com as mucosas pálidas (anemia), algumas vezes apresentando volume abdominal aumentado e o crescimento exagerado do tamanho das unhas. Nos humanos a doença provoca apatia, febre, perda de peso, anemia e um aumento acentuado no tamanho do baço. Saiba mais em nosso site: www.amigopetms.com.br
Nem famosos escapam da Leishmaniose O ex-BBB 3, Dilsinho MadMax, perdeu Darack, uma Bulldog legitimamente francesa
E
ngana-se quem pensa que Leishmaniose não ataca até os cãezinhos das celebridades. Quem não se lembra do ex-BBB 3, o campograndense Dilsinho MadMax, que atualmente se aventura no investimento de uma rede social com ecommerce, um interessante ambiente para que o usuário faça amigos e negócios em um mesmo ambiente. “Fiquei sabendo através de amigos de um criador da raça Bulldog Francês, que morava na Romênia e a criação dele era especial pelo tamanho e qualidade da raça. Foi quando eu entrei em contato e pedi um filhote”, conta. O ex-BBB 3 foi morar na Europa em 2006, após o reality show exibido pela Rede Globo, até o fim de 2009. “Antes de voltar para o Brasil comprei o filhote e os bilhetes de avião, para a Darack e eu voltar ao País”, lembra o ex-BBB 3, que teve a ideia do novo empreendimento, quando dava aulas de MMA na Europa. Darack se alimentava basicamente de ração, entre frutas e besteiras que a mãe de Dilsinho MadMax oferecia. “Ela era muito inteligente e passiva, entendia tudo que falávamos e os costumes da minha casa. Um exemplo claro disso é que quando estávamos sentados à mesa, meus pais a ensinaram que era feio pedir comida, mas mesmo assim ela ficava ali sentada ao meu lado ou ao lado da minha mãe disfarçando que não queria nada”, recorda com saudade. “Sentimos muita falta até hoje, principalmente minha mãe, porque elas se tornaram companheiras inseparáveis”, afirma. O animal foi infectado, as unhas começaram a crescer e logo emagrecia. “Fizemos exames no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), entre outros com veterinários particulares. Investimos mais ou menos 18 amigopet
quatro mil reais, com vitaminas e coquetéis. Ela ficou conosco até o último dia, morreu na minha casa, em outubro de 2013”, comprova. A cachorra deixou quatro filhotes, sendo que três ainda vivem em outro estado. “A fêmea nós demos aos sobrinhos e também morreu da doença”, completa. “Seria importante que os órgãos responsáveis fizessem uma campanha não só de vacinação, mas de esterilização de ambientes, para que a doença não proliferasse”, sugere. Dilsinho, como é conhecido na mídia, além de empresário é motoqueiro e já se arriscou em dupla sertaneja ao lado do irmão Victor, candidatura a deputado estadual e assessor da Secretaria Estadual de Administração de Mato Grosso do Sul. A atividade que lhe rendeu foi jurado de concursos de misses. O mesmo pretende alavancar essa ideia que já está no ar. “Estamos com um projeto muito bacana já em andamento de uma rede social com ecommerce, um projeto meu que passei fora do País estudando e idealizando para que hoje tenha o sucesso que está tendo, chama-se Ciclommerce”, apresenta. Para este ano ainda, tem novidades dentro do projeto, por isso criar cachorro ou qualquer outro animal “temos planos futuros”, encerra.
Edição Julho/Agosto de 2014
Cartaz L
Copyright Zoetis Indústria de Produtos Veterinários Ltda. Todos os direitos reservados. Material produzido em maio/2013. Cód. PFZMCZ015.
Já existe uma maneira mais eficiente de proteger seu cão contra a leishmaniose visceral.
A primeira vacina contra a leishmaniose visceral canina. Leishmune® é a primeira vacina contra a leishmaniose visceral canina. Uma doença parasitária grave, crônica e de difícil diagnóstico. Ela é transmitida facilmente, tanto para o cão quanto para o homem, pelo mosquito palha infectado com o protozoário Leishmania infantum
caz e duradoura.
Além de proteger o animal vacinado, também age como bloqueadora da transmissão1,2 da doença. Fale com o médico veterinário e descubra todas as vantagens de usar Leishmune®. De acordo com a Instrução Normativa Interministerial n° 31, de 09 de julho de 2007: · A vacina deverá ser usada somente em cães assintomáticos com resultados sorológicos negativos para a leishmaniose visceral. · A vacinação não é o único instrumento de prevenção e controle desta enfermidade. Outras medidas também devem ser adotadas conforme normatização do Ministério da Saúde. Os animais vacinados que apresentarem sinais clínicos de leishmaniose visceral, reações sorológicas positivas que não possam ser atribuídas à imunidade vacinal estarão passíveis de adoção das medidas sanitárias vigentes. 1) NOGUEIRA, F.S. et al. Leishmune® vaccine blocks the transmission of canine visceral leishmaniasis absence of Leishmania parasites in blood, skin and lymph nodes of vaccinated exposed dogs. Vaccine, v. 23, n. 40, p. 4805-4810, 2005. 2) SARAIVA, E.M. et al. The FML-vaccine (Leishmune) against canine visceral leishmaniasis: a transmission blocking vaccine, Vaccine, v.24, p. 2423-2431. 2006.
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 19
SAC: 0800 011 1919 Para informações sobre a titularidade do produto consulte o site www.zoetis.com.br.
Cartaz Leishmune.indd 1
7/6/12 4:27 PM
20 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
destaquecapa
ELES NÃO BRINCAM
Q
ue o cachorro é o melhor amigo do homem, todos já sabem. A máxima construída a partir da relação das duas espécies prova que a amizade vai além da estimação e chega a desempenhar funções e atividades bem próximas a realidade humana, com treinamentos específicos, para suprir algumas necessidades. Qualquer cão treinado para prestar assistência a uma pessoa com deficiência é um cão de serviço, segundo o ADA (Americans with Disabilities Act) e por isso não são considerados animais de estimação. Outra entidade norte-americana explica que os cães de serviço são selecionados de acordo com a sua raça e tamanho, para desempenhar funções específicas. São selecionados desde filhotes e treinados para que possam ser entregues aos futuros donos quando estiverem desempenhando perfeitamente suas tarefas, aponta a ADI (Assistance Dogs International). A “Amigo Pet” preparou uma série de reportagens sobre este assunto bastante curioso e interessante: os cães de serviço. Do filhote ao futuro dono! Agora você vai conhecer, nesta segunda edição da revista, como são treinados os cães policiais, metidos a valentões.
Por Cesar Floriano • Fotos: Rafael Hardem e Renata Midori
K-9
Embora eles precisem achar que estão brincando, os cães de serviço trabalham sério e desempenham “funções quase ou extra-humanas”, para compensar qualquer necessidade especial. Na ação policial, por exemplo, o faro do cachorro é 40 vezes maior que a capacidade olfativa do homem. Esse sentido faz do cachorro um aliado perfeito para integrar um batalhão militar. Um cachorro representa cinco homens fardados. “A pessoa tem mais respeito pelo animal, porque sabe que ele pode morder e não tem conversa”, justifica o 2º Tenente Pablo Luiz Soares, comandante da ROCA (Rondas Ostensivas com Cães Adestrados). Este ano, o batalhão que adestra cachorro para agente canino comemora 10 anos na Capital e conta com o efetivo de 15 cães militares e 16 homens, que estão de parabéns pelo serviço prestado à sociedade de Campo Grande. Mato Grosso do Sul tem uma média de 30 cães policiais, incluindo além da capital, cidade como a de Dourados. Para celebrar em grande estilo, os cachorros ganharam recentemente, em junho, traje de gala, coletes que o identificam como policias.
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 21
destaquecapa
O canil da PM (Polícia Militar) surgiu após a criação da antiga CIGCOE (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) em novembro de 2003, mas os primeiros cães utilizados em serviço foram em meados de 2004. À época alguns policiais do Estado buscaram conhecimento nas operações com cães em outras polícias do Brasil, como Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e começaram a aplicar esse conhecimento em Mato Grosso do Sul. Nesta história toda cabe aquele famoso ditado “bom pra cachorro”, do filme K-9 (história de um policial que tenta desmantelar uma quadrilha de tráfico de drogas, e pra isso solicita um cão farejador de drogas da polícia, da raça pastor alemão), porque a parceria de trabalhar com estes animais, em Campo Grande, tem dado certo a uma década de “ralação e mordomia”. A ralação começa logo cedo nos dias de treinamento, feito pelos próprios policiais militares, durante a escala de trabalho. Os cães são adestrados sempre pelos mesmos policiais que devem ficar, preferencialmente, a paisana durante o treinamento, ou seja, sem o uso da farda, vestido como “uma pessoa qualquer”, para que o cachorro não veja no militar como sendo seu inimigo. Essa tática é pensada para o trabalho durante rebeliões em presídios, por exemplo, manifestações públicas, grandes eventos, missão de faro de entorpecentes como fechamento de bocas de fumo, resgate de pessoas, guarda e proteção, entre outras operações. 22 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
O comandante da ROCA, 2º Tenente Pablo Luiz Soares, esclarece que o animal precisa ter convívio social, por isso mesmo, além do pátio do batalhão, os treinamentos também são feitos, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, no Terminal Rodoviário de Campo Grande – o Terminal Senador Antonio Mendes Canale e nos altos da Avenida Afonso Pena, em frente ao batalhão, localizado no Parque dos Poderes. Lá, existem alguns obstáculos instalados, que lembram brinquedos, como escorregador e gangorra, para que o animal esteja adaptado às diversas situações e circunstâncias e não se assustem com depressões no solo durante uma ação policial, por exemplo. Os aparelhos ainda servem para ao animal perder o medo de altura, ganhar agilidade nos saltos, equilíbrio, velocidade e força. Por ser um local de caminhada e lazer, um dos treinadores,
destaquecapa
Soldado Ramos, conta que “muitas pessoas acabam assistindo ao treinamento, conversando curiosidades com os militares adestradores e tirando foto com os cachorros”. Isso mesmo! Os cães tem cara de mau, só que a maioria deles é dócil, porém durante o trabalho levam muito a sério e chegam a serem perigosos. Mesmo com tanta braveza, nenhum militar sofreu ferimento
em treinamento e civis apenas são atacados com a ordem do policial, que treinam para os cachorros morder nos braços, por exemplo, evitando assim uma mordida fatal no pescoço e abdômen. Toda corporação, entre homens e animais faz jus e honra o lema: “In Credo Canis Fortes”, do latim “Eu creio na força dos cães”.
Boa parte do tempo é de mordomia para os heróis de quatro patas. Eles descasam, principalmente após o treinamento, tomam bastante água têm uma alimentação balanceada e passam a maior parte do tempo no canil, que tem capacidade para 20 cachorros. Eles só saem da “casinha” por dois motivos: treinamento e missão. Enquanto ficam alojados, e bem alojados, porque eles são tratados carinhosamente pelos policiais, os cães comem e dormem. Ao todo são cerca de 13,5 quilos por dia. Consumido em três doses diárias de uma média de 300 gramas por animal, da ração Super Premium. Conforme o 2º Tenente Pablo Luiz Soares, esta ração contém o maior valor nutricional, com 85% de aproveitamento e é fornecida pela Policia Militar. Quando saem para trabalhar, outra “mamata” necessária, os cachorros são transportados em viaturas climatizadas. Para evitar atrito entre eles, cada um tem seu espaço; com água. No furgão Ducato Maxi Cargo a capacidade é para seis, na outra viatura menor cabem mais quatro. Todos os cães têm um nome de
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 23
destaquecapa
guerra, o qual é batizado e a maioria deles chegou recém-nascidos, vindo de doações. São machos e fêmeas da raça Labrador (eficiente por seu longo faro), Pit Bull (conhecido por sua feracidade), Pastor Belga Malinois (considerado o melhor cão de guarda do mundo), Rottweiler (de inteligência notável, e dedicação extraordinária ao trabalho) e Pastor Alemão Cinza, (por sua estrutura). O efetivo permanece na ativa no máximo até oito anos de idade, porque o físico animal começa a ficar velho e perder produção e rendimento. “É como se fosse aposentadoria. Após isso ele vai para uma família, que pode ser do próprio policial que o treinou ou para casa de outra pessoa que goste de cães. Ele facilmente se adaptará ao novo lar”, declara o 2º Tenente. Há menos de um ano, com a implantação do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) em setembro de 2013, o contingente dos cães também sofreu separação dos batalhões e cinco já estão cotados para gerenciamento de crises, como desativação de explosivos. Eles ainda permanecem no canil da ROCA, até a inauguração do novo espaço, quando passarão a ganhar nova instalação. A ROCA é uma sub unidade do Batalhão de Choque, comandada pelo Major Marcos Paulo.
ALISTAMENTO CANINO, TREINAMENTO E MISSÃO
Do alistamento a missão. Nem todos os cães têm condições de serem policiais, assim como os humanos eles são passados por uma
24 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
bateria de testes e treinamentos para que se torne um militar, e isso pode levar até dois ou três anos. Por isso o cão tem que ser saudável e resistente. Para cada tipo de função existem algumas raças que são mais propensas a desempenhar melhor a função. Por exemplo, para o faro de entorpecentes, utilizam-se os cachorros que tem o focinho mais alongado, chamados de dolicocéfalos, como o Labrador, pois essa raça possui mais células olfativas, e conseguem farejar coisas que muitas vezes não podem ser
vistas ao olho nu. “Nós humanos temos cerca de cinco milhões de células olfativas, já os cães podem chegar a ter 300 milhões, o que explica o quão grande é a capacidade de farejar desses animais”, atesta o 2º Tenente Pablo Luiz Soares, comandante da ROCA (Rondas Ostensivas com Cães Adestrados). Já para a atividade de guarda e proteção a PM (Polícia Miliar) usa cães mais resistentes, que tem o instinto da defesa e da caça mais exaltado, sejam robustos, fortes e ao mesmo tempo inteligentes e obedientes, como é o caso do Pastor Alemão, Pitbull,
destaquecapa
Rottweiler, Doberman, Pastor Belga Malinois, entre outros. “Cada cão é adestrado do começo até o fim, por um mesmo policial, porém quando o treinamento termina, o cão tem condições de trabalhar com qualquer militar que detém o conhecimento”, assegura. Para cada tipo de finalidade do cão (faro de pessoas, de entorpecentes, guarda e proteção, explosivo e choque) existe um treinamento e equipamentos específicos. Isso prova que não é verdade o mito dos cães farejadores serem “viciados em drogas”. O que ocorre é que eles associam achar o entorpecente com ganhar uma boa recompensa, que vai de brinquedo, carinho, até um petisco. Um cão pode encontrar drogas no telhado, enterradas no terreno, dentro de tanque de combustíveis de veículos, em paredes falsas, enfim em locais que utilizando a visão e o tato ho homem, não consegue encontrar. “Da mesma forma quando fazemos uma revista preventiva em um presídio, nos deslocamos junto com o Pelotão de Choque, e posicionamos os cães em local estratégico na contenção dos presos, para evitar que ele se levante ou desobedeça à ordem policial”, explica.
BENEFÍCIOS
Cada militar do efetivo canino tem ficha e carteira de vacinação que o acompanha do começo ao fim do trabalho prestado à Polícia Militar. “Temos convênio com um hospital veterinário da capital que atende a demanda dos nossos cães, com consultas e exames”, finaliza.
DENÚNCIA
Antes da fama, “estrela” canina sofreu maus tratos
Q
uem diria! Beethoven não teve uma vida fácil e passou por maus bocados. Antes mesmo de escalar o time de militares caninos da Tropa de Choque, conheceu os maus tratos bem de perto e sentiu na pele, muitas vezes, baixas temperaturas durante a noite. Ficava preso numa corda curta com menos de um metro, embaixo de uma árvore, onde passava frio, fome e sede. Tudo que consegui “tomar” foram sol e chuva. “O caso do LaCoelho, protetora independente brador Beethoven foi uma denuncia Carla que há quatro anos resgata cães que recebemos e fomos averiguar. abandonados e os encaminha Ele era vítima de maus tratos. Fui para adoção. conversar com a família responsável por ele e alegou que lugar de cachorro é no quintal, cuidando da casa. Como protetora, jamais admitiria uma situação desta”, confirma Carla Coelho, que defende a causa dos animais com unhas e dentes, há quatro anos, em Campo Grande, desde agosto de 2010. O RESGATE “Era um domingo típico de chuva e estava muito frio. Depois de muita conversa, convenci a pessoa de me entregar o animal. Encaminhei imediatamente a uma clinica veterinária, para submeter a exames e terminar a noite em um lugar seguro, bem alimentado e com um merecido sono”, descreve Carla. A protetora dos animais conta que Beethoven foi parar na ROCA (Rondas Ostensivas com Cães Adestrados), após dois dias em uma clínica para recuperação. Neste período que estava internado, Beethoven já tinha fotos publicadas no Facebook, cheias de comentários solidários e compartilhamentos para encontrar um novo lar, com melhores condições. Mas quem curtiu mesmo a possibilidade de levar para casa foi o 2º Tenente Pablo Luiz Soares, comandante da ROCA. A adoção foi efetivada na Clinica Veterinária Bourgelat, após testes de aptidão física que fizeram no animal com bolinhas e ossinhos. O cachorro foi entregue à Polícia Militar, com carteira de vacina v10 em dia e vermífugos, mediante termo de responsabilidade com o animal assinado por ambas as partes.
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 25
saúdegripecanina
Vacine o seu dog e
AFASTE O
“ATCHIM” para bem longe dele
Está chegando o inverno, hora de vacinar o seu cão contra a gripe canina
A
estação mais fria do ano chega com possibilidade de temperatura entre um e seis graus, conforme prevê a Estação Meteorológica da Uniderp-Anhanguera. No Inverno, alguns cuidados especiais devem ser tomados para proteger da gripe o melhor amigo do homem. Isso mesmo! Você sabia que os cães também ficam gripados? A gripe canina é uma doença respiratória contagiosa entre eles e a vacinação, a partir de oito semanas de vida, pode ser uma saída para evitar o problema, se tomar os reforços anualmente. “A vacinação contra a gripe canina pode ser feita em dose única (vacina Bronchi-Shield III) ou com reforço na primeira imunização (vacina BronchiGuard), ambas a partir de 8 semanas de vida”, indica Fabiana Avelar, Coordenadora Técnica de Animais de Companhia Zoetis. É a forma mais indicada para prevenção dessa doença. Entretanto, outros fatores podem contribuir para esse processo. Por exemplo, é
26 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
saúdegripecanina
imprescindível a limpeza adequada do ambiente, evitar a exposição do animal às mudanças bruscas de temperatura e aos ambientes úmidos. Na maioria dos casos da gripe canina os sinais leves incluem tosse persistente, espirros, coriza e febre. Em outros, pode se tornar muito séria, com desenvolvimento de pneumonia, dificuldade respiratória, secreção nasal e até hemorragia pulmonar. Assim como nos humanos, pode ser contraída pelo contágio direto, através de espirros e secreções, e também de maneira indireta, através de objetos ou pertences contaminados. Segundo a médica veterinária do Hospital Veterinário Dom Bosco e proprietária do Império Pet, Andréia Faustino Ney Moreira da Costa, essa enfermidade pode ter origem bacteriana ou viral. “Para generalizar chamamos de gripe, pois muitas vezes os sintomas se assemelham bastante. A mais comum é a Traqueobronquite Infecciosa Canina (Tosse dos Canis), causada pelo vírus da Parainfluenza Canina e Bordetella Bronchiseptica. Outros microrganismos, porém com menor importância, incluem Adenovirus Canino, Herpes Vírus Canino, Reovírus e Micoplasmas’, classifica. As precauções são as mesmas tomadas com bebês recém-nascidos. “Os animais devem ficar ao abrigo de ventos, sereno e chuvas, evitar ambientes onde há aglomeração de animais e sem ventilação adequada, colocar roupinhas, camas, cobertas ou casinhas protegidas do chão gelado e correntes de ventos e banhos somente nas horas mais quentes do dia”, orienta Andréia e alerta para sempre cuidar a pele e os pelos do animal quando utilizar roupas, para evitar problemas dermatológicos. “Na maioria dos casos não há tratamento específico, mas o cachorro precisa de cuidados e suporte, isso pode incluir a ingestão de fluidos para evitar a desidratação, uma boa alimentação e medicamentos para aliviar alguns dos sintomas. Em casos mais graves, ele pode precisar de oxigênio suplementar. O uso de antibiótico é realizado para prevenir ou tratar infecções secundárias”, afirma.
BUSQUE AJUDA ESPECIALIZADA A acadêmica de Medicina Veterinária, Maria Eugênia Budib Saretta, 19 anos, já havia estudado o assunto e por isso buscou acompanhamento especializado, quando um dos quatro cachorros dela, apresentou secreção nasal, tosses e espirros. “Logo que percebemos, levamos os animais ao veterinário. A princípio, imaginamos que pudesse ser alergia a material de limpeza, pois por coincidência havíamos acabado de mudar a marca do desinfetante. A médica veterinária realizou exame físico geral nos animais, nos orientou a mantê-los longe de corrente de ar e receitou Vitamina C, para o tratamento”, lembra. Os quatro cãezinhos de Maria Eugênia já eram vacinados, o que contribuiu para uma recuperação imediata. “Dois dias após o início do tratamento os animais apresentaram melhora. Meus animais eram vacinados, então a gripe canina não se manifestou de forma tão acentuada. Esta doença pode apresentar formas mais graves e, portanto a vacinação é fundamental para a prevenção”, recomenda.
Em caso de dúvida ou sinal de anormalidade o ideal é sempre procurar um veterinário de confiança e não realizar automedicações, pois isso gera resistência aos antibióticos e quando realmente for necessário uma antibioticoterapia ela poderá ser ineficaz e dificultar muito o tratamento e a melhora do animal.
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 27
saúdegripecanina
INDICAÇÃO
Mesmo com todos esses cuidados a prevenção sempre é o melhor remédio, e existem até vacinas que previnem essas enfermidades. Tanto para o combate da gripe canina, BronchiGuard e Bronchi-Shield III, quanto para a prevenção da Leishmaniose Visceral Canina, a Leishmune, são preventivas, ou seja, devem ser aplicadas somente em animais saudáveis. A vacinação é uma ferramenta eficaz para a prevenção de diversas doenças que acometem os animais de companhia. No caso, elas auxiliam o cão a se defender de alguns vírus, bactérias e protozoários que provocam as enfermidades. São responsáveis por ensinar o sistema de defesa do organismo do animal a reconhecer e combater um possível contato com os agentes infecciosos, ou seja, tem como objetivo prevenir uma doença. “A vacina BronchiGuard contra Tosse dos Canis (Bordetella bronchiseptica) é para vacinação de cães sadios, a partir de oito semanas de idade, como um auxiliar na prevenção da Traqueobronquite Infecciosa dos cães (Tosse dos Canis) causada pela bactéria Bordetella bronchiseptica. O produto é composto de extrato antigênico inativado da bactéria Bordetella bronchiseptica. Não possui adjuvante. Por último, a Bronchi-Shield III é composta de Adenovírus Canino tipo 2, de vírus da Parainfluenza Canina (vírus vivos modificados) e Bordetella bronchiseptica (cultura viva não virulenta)”, orienta Fabiana Avelar, Coordenadora Técnica de Animais de Companhia Zoetis. Em sua maioria, as vacinas da Zoetis são produzidas fora do Brasil e importadas para serem vendidas apenas para médicos veterinários por meio de distribuidores cadastrados no País. Desta maneira, garante-se a qualidade do produto desde a fabricação até a aplicação no animal. O valor da aplicação das vacinas varia de acordo com a clínica veterinária de cada região ou localidade e com o profissional (médico veterinário) que fará o atendimento ao animal. O médico veterinário é o único profissional capacitado para avaliar a saúde do cão e estabelecer o protocolo vacinal ideal. O mesmo deve sempre confirmar no rótulo do produto a data de validade, que varia de acordo com o processo de fabricação. No rótulo também constam os dados do lote e partida. Tanto a vacina contra a gripe canina e para prevenção da Leishmaniose Visceral Canina deve ser utilizada somente em cães. As vacinas devem ser aplicadas de acordo com a orientação de bula e em sua maioria são por via subcutânea. Existem vacinas intranasais, que é o caso da vacina contra a gripe canina Bronchi-Shield III, onde a vacina é gotejada na narina do cão.
28 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
“A vacina BronchiGuard contra Tosse dos Canis (Bordetella bronchiseptica) é para vacinação de cães sadios, a partir de oito semanas de idade, como um auxiliar na prevenção da Traqueobronquite Infecciosa dos cães (Tosse dos Canis) causada pela bactéria Bordetella bronchiseptica”.
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 29
colunafocinhos
Adivinha onde a Luna foi parar nas Bodas de Madeira do Alexandre e da Samayra? Em cima do bolo da festa de cinco anos de casados. A Pitbull só não dividiu a Marcha Nupcial com a “noiva”, porque o cerimonial ficou com medo de assustar os 150 convidados.
O ex-morador de rua agora é o “Talento” em cachorro. O “vira-lata” foi resgatado por Giselle Quevedo e uma amiga que é responsável por uma ONG de bichos. O cãezinho engordou e já está há quatro anos com Giselle abanando o rabinho, eternamente agradecido e feliz.
Hei mudou de “mala e cuia” pro Nordeste e trocou o tereré de Mato Grosso do Sul pelas praias de Aracaju. A Chow Chow é da campo-grandense Priscilla Bitencourt, 27 anos, jornalista da Rede Globo e do maridão que é biólogo, clicados por Ton Fortes e Wendell Rufino.
Guilherme Mendes e seus dois filhotes de cães da raça Caniche, ganhos como presente de casamento.
Mais de 12 horas e cerca de 800 quilômetros para o Toby ganhar uma nova família: a do Luciano Rodrigues, 29 anos. Do Paraná ao Mato Grosso do Sul é viagem pra mais de metro.
Bia Marques e a gata Vuvuzela, ganhadora de 3 meses de ração grátis Royal Canin e uma sessão fotográfica pelo Estúdio Reflexo Animal, na promoção “A Fotos mais Criativa Ganha 3 Meses de Royal Canin”. A foto da Vuvuzela foi a mais votada. Parabéns!
30 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
colunafocinhos
Cliente
Cliente
Cliente
Lhasa Apso Julieta, da Erica
Yorkshire Jolie, da Fernanda
Os Goldens Kaienne e Kalel, da Alana e do Bruno
A Chow Chow Luna, da Dona Maria
A gata persa Penelope, do Rafael Lamin. Foto produzida pela Reflexo Animal
Christofer Ostenberg e seu c達o Zeus
Isamara Franco Le達o e seus novos e fofos filhotes de Lhasa Apso com Poodle
Camila e Paulo em momento de muito amor com seus doguinhos. Foto produzida pela Reflexo Animal
May e Duda com a cadelinha Cinddy
Edi巽達o Julho/Agosto de 2014
amigopet 31
contesuahistória
ACHADO NÃO É ROUBADO, QUEM ABANDONOU O CÃO COMETEU PECADO Conheça o drama do vira-lata adotado que poderia atuar em um dramalhão mexicano sem final feliz por tanto sofrimento
D
iz o ditado que “Achado não é roubado, quem perdeu é relaxado”, pode até ser quando não há suspeita de abandonar cachorros aos quatro cantos. Quando o canto em questão é uma igreja, seria pecado mortal? Quem morreu mesmo foi o “vira-lata”, após ter sido socorrido dessa situação que até hoje não se sabe se foi perdido ou abandonado, mas que o pecado foi cometido. “Ele apareceu na igreja e ficou latindo no portão. O acolheram e deram água. Não ia com ninguém, só dormia. Depois destas tentativas de primeiros socorros me ligaram, pois sabiam que eu estava querendo um cão”, deduz a católica praticante Érica Cassiana Costa, membro de Comunidade Boa Nova. Segundo Érica, o encontro foi amor a primeira vista. “Eu o chamei e ele veio comigo. Então me aceitou e acabei levando para casa. Levei para tomar banho e tosar. No outro dia o levei ao Médico Veterinário, para fazer os exames necessários e ele sempre muito quieto, mas aos poucos fomos nos adaptando. Em menos de uma semana ele estava pulando, latindo, correndo e o mais querido: me esperando chegar em casa sempre muito feliz”, lembra. Érica não esperava o diagnóstico de Leishmaniose. Sem condições financeiras de tentar um tratamento foi “levando a vida”, e esperando o tempo
comprovar se era verdade mesmo, já que o cachorro estava tão bem e muito feliz. O tempo suficiente para comprovar a doença, foi uma viagem, que a distanciou do animal que acabou ficando triste e parando de comer. “Quando retornei ele estava deprimido e a partir daí os sintomas físicos começaram. O dia em que ele parou de comer resolvi encarar literalmente o Toddy e vi que estava sangrando e com a pele caindo. Estava com toda a lateral do rosto muito machucada e já quase exposta”.
DESPEDIDA E LÁGRIMAS
Toddy agradeceu de uma forma muito própria de quem realmente estaria dizendo obrigado pelos bons momentos. “Não vou me esquecer nunca dele me olhando bem nos olhos quando chegamos na frente do consultório veterinário, me dando tchau e com um ar de ‘acabou mesmo, tem certeza’. Difícil decidir pelos outros, principalmente entre a vida e a morte. Mas o que me conforta é que o acolhi, com muito carinho, o tirei da rua e não o deixei sofrer sozinho, mesmo sacrificando, acredito ter dado a possibilidade de uma qualidade de vida e de morte para o Toddy”, enobrece. Mesmo com todo o enredo de quase uma novela mexicana da vida real de quem perdeu alguém que aprendeu a amar, Érica não se arrependeu de ter “adotado” o Toddy. “Apredi muito com a adoção. A humildade e gratidão que via no Toddy e a minha doação a um cão que já estava doente e precisando de acolhimento. Foram três meses juntos, não imaginaria nunca que sentiria tanta falta do cachorro como senti. E ainda sinto. Às vezes chego em casa e fico esperanto ele vir me dar oi”, deseja. De acordo com Érica, “adotaria outro cachorro, mas não sei se teria coragem de sacrificar novamente. Não quero ter nas mãos essa responsabilidade sobre vida e morte de um ser. Agora entendo um pouco mais a grandeza de Deus”, reconhece a jovem católica.
Conte sua história para a revista Amigo Pet, pelo e-mail: redacao@amigopetms.com.br 32 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 33
34 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014
Edição Julho/Agosto de 2014
amigopet 35
36 amigopet
Edição Julho/Agosto de 2014