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Um espaço de todos
Terreno ao lado do RedeMix e One Life, cedido pela prefeitura ao bairro, corre risco de ser vendido
Cedido pela prefeitura, de forma extraoficial, à Alphaville há aproximadamente 15 anos, o terreno onde atualmente é realizado uma série de eventos, para toda comunidade de Alphaville I, corre o risco de ser vendido. O local em questão está situado entre o RedeMix e o One Life, que é onde funciona o galpão da Associação da Alphaville I. É lá onde se guarda todas as ferramentas e materiais para manutenção em todo bairro, além de funcionar também como alojamento, vestuário, sanitário, refeitório e escritório para uso de todos os colaboradores e prestadores de serviço da Associação. “É um espaço da comunidade. Ali acontece a feira de hortifruti todas as sextas-feiras, os eventos da Associação para toda a comunidade, como, por exemplo, a Parada Natalina e a Lavagem de Carnaval, que tiveram como ponto final aquele local e uma vez por mês teremos os food trucks se instalando ali para confraternização de toda comunidade. Sem falar nas inúmeras ações educativas e instrutivas ligadas ao meio ambiente que estão programadas para acontecer no decorrer do ano. Outro ponto importante é o caos que pode ocasionar para o bairro, uma vez que a área não têm capacidade estrutural para suportar a chegada de uma escola ou faculdade, que congestionará o trânsito e trará inúmeras pessoas circulando pelo bairro enfrentando insegurança, entre outros problemas”, destaca Alexandre Martinez, diretor da Associação.
Sustentabilidade
A venda do terreno não está relacionada apenas ao uso do local por parte da comunidade, mas a ação pode impactar de forma direta a fauna e flora principalmente com relação aos animais silvestres com risco de extinção em que vivem nas matas e lagoas do Alphaville I e do Vale Encantado, pois esse rico ecossistema está ligado nesse maravilhoso espaço verde que deve ser preservado. De acordo com a voluntária do SOS Vale Encantado, Carol Lorenzo, uma série de questões jurídicas precisam ser observadas sobre a possível comercialização do terreno, principalmente por causa da supressão de vegetação, que é proibida. “Existe um percentual de desmatamento que já foi atingido. Em caso de venda não pode haver supressão de vegetação porque os animais, com risco crítico de extinção, precisam passar por essas áreas por uma série de fatores.” Atenta aos prejuízos que a venda pode trazer para toda a região, a Associação vem estudando a adoção de medidas legais e espera contar com apoio e união de todo o bairro nessa luta.