Revista Aquário Edição #01 Janeiro 2012
Mergulho no Lago Malawi Faça você mesmo: Drop Checker É possível determinar a idade de um peixe ?
Reprodução bem sucedidade de Kinguios Primitive Fish – Evolução dos peixes
10 maiores aquários do mundo Distribuição gratuita
Índice 04. Drop Checker – medidor constante de CO2
06. Primitive fish – evolução dos peixes
Editorial Uma das maiores alegrias do mundo é começar. Cada dia é um novo começo, uma nova oportunidade para aprendermos mais sobre nós mesmos e aquilo que nos importamos e gostamos. Com base neste pensamento, a Revista Aquário surge com o intuito de levar até você, leitor aquarista, informações relevantes delineadas por colaboradores que buscam passar clareza e segurança nas informações fornecidas. Este grupo não é restrito, são amigos apaixonados pelo hobby e que se dispõem em ajudar na divulgação do aquarismo, dispensando algumas horas de seu precioso tempo, enviando matérias e fotos para que vocês possam deleitar nas edições da revista virtual.
11. Reprodução bem sucedida de Kinguios
14. Mergulho no Lago Malawi
Escrevam seus textos e nos enviem para apreciação. Seu artigo poderá figurar em futuras edições da Revista Aquário. E não deixem de registrar suas críticas, sugestões e elogios, para que possamos progredir sempre mais nas próximas edições. Ano novo chegou e junto os votos de felicidades e renovações. Esta certamente é a estação predileta de muitas pessoas e não poderíamos deixar de emitir nossos votos: Se nesta estação não puder ser o maquinista, seja o seu mais divertido passageiro. Procure um lugar próximo à janela desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
24. Aquário em destaque – Ancient forest by Renato Kuroki
Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir. Procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons mutantes de paisagem.
26. Os 10 maiores aquários públicos do mundo
Desdobre o mapa e planeje roteiros. Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida. E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite. Desembarque nela os seus sonhos... Feliz ano novo e boa leitura!
31. Aqua news
O editor da Revista Aquário editor@revistaaquario.com
Espaço reservado para publicidade – revistaaquario@gmail.com
Drop Checker - Medidor constante de CO2, FVM
Por Milton Ohta
Erros importantes podem acontecer, devido a presença de ácidos não carbônicos na água, como o ácido tânico liberado pela presença de troncos, por exemplo...sendo aconselhável então a utilização de um “DROP CHEcKER”. Drop Checker é um recipiente com uma solução padrão de água e um reagente de PH, informando quanto há de Co2 dissolvido e isolado por uma bolha de ar pemitindo apenas a migração dos gases entre ambos. A grande vantagem é evitar erros na leitura por ácidos ou bases contidos no aquario onde um simples tronco pode falsear a leitura e por ficar permanete dentro do aquário, é um sistema de medição constante dos níveis de Co2. A solução padrão é uma água de kH 4 que pode ser feito adicionando bicarbonato de sódio a água(pode ser destilado ou de torneira se possuir um KH próximo a zero) segundo a formula a seguir: Material necessário: a) copo dosador b) seringa hipodérmica c) dois litros de água destilada d) seis gramas de bicarbonato de sódio e) reagente de pH (azul de bromotimol) que vá de amarelo para ácido e azul para alcalino
Pode-se fixar com ventosa para aquecedor, encontrado em algumas lojas de aquarismo ou prender no termometro como está na figura.
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Material necessário: -copo dosador -seringa hipodérmica -02 litros de água destilada -6 gramas de bicarbonato de sódio -Reagente de pH (azul de bromotimol) que vá de amarelo para ácido e azul para alcalino Modo de preparar: Separe 6 gramas de bicarbonato de sódio com 1 litro de água para fazer a primeira solução, pegue 20ml desta solução com o auxílio de uma seringa limpa e misture a 980ml de água e está pronta a solução padrão de KH 4. Pode-se preparar a mesma solução por tentativa e erro, com o auxilio de um dosador que permita dosar 5ml de bicarbonato(testes de água geralmente possuem recipientes de 5 ml) a ser adicionado a 1 litro de água e pegue 20ml desta solução com o auxílio de uma seringa limpa e misture a 980ml de água(utilize um copo dosador culinário), meça o KH e acrescente uma pitada de bicarbonato se faltar para atingir KH Este frasco pode ser encontrado em drogarias, trata-se de vitamina B5 para ser aplicado no cabelo e seu custo é minimo. 4. Para utilização, misture 5ml da solução padrão com 6 gotas do reagente de pH (azul de bromotimol)e está pronto a solução para o Drop Checker que indicará azul para pouco CO2, verde para suficiente e amarelo para excesso. Pode-se deixar pronto um punhado desta solução, misturando 6 gotas de reagente de pH para cada 5 ml de solução KH 4 e guardar na geladeira para uso posterior. Para quem injeta menos de 30 ppm e o Drop Checker só indica azul, uma sugestão é que faça a solução com KH 2 ou até menos e a indicação se dará por volta de 10 ppm, o que é suficiente para manter a maioria das plantas e não comprometer a saúde dos peixes. revistaaquario.com – 05 –
Primitive fish – evolução dos peixes
Por Edson Rechi
Ao longo do tempo, enquanto continentes e clima se modificavam, extinções ocorriam em massa, transformações de fauna e flora moldaram a face planetária. Muitas pistas desde o último século foram descobertas por cientistas comprovando a teoria da evolução. Há milhões de anos não existiam seres vivos possuidores de coluna vertebral e os primeiros a aparecer tinham forma similar a de peixes e somente milhões de anos mais tarde surgiram os primeiros vertebrados terrestres derivados dos peixes ancestrais. A história evolutiva dos peixes, foco deste artigo, caracterizase por um sucesso notoriamente traduzido na grande diversidade de formas existentes e adaptadas aos mais diversos habitats aquáticos como rios, lagos, mares, profundezas dos oceanos ou águas geladas do Antártico.
Lampréia
Os primeiros peixes ancestrais apareceram no período Cambriano há cerca de 510 milhões de anos, não possuíam mandíbulas e eram bentônicos, semelhante as Lampréias atuais, sendo representados hoje em dia pelas próprias e pelos Peixes bruxa (classe Agnatha). Este último conhecido também como Myxini (grego myxa = muco), possui forma de enguia e sua maxila é ausente, sendo o único grupo de peixes que não pertence ao subfilo dos vertebrados, possuindo corpo sustentado pela corda dorsal e o crânio é bastante incompleto rodeado por uma bainha fibrosa apenas. Com a evolução da mandíbula e apêndices pares, os peixes tornaram-se mais ativos sendo capazes de alimentarem-se de inúmeras formas, surgindo os primeiros peixes cartilagíneos no período Siluriano há cerca de 400 milhões de anos. 150 milhões de anos mais tarde surgiram os primeiros peixes com esqueleto ósseo.
Myxini revistaaquario.com – 06 –
Na classificação atual, os peixes são divididos em três super classes: Agnatha, Chondrichthyes e Osteichthyes. A classe Agnatha tem como algumas características principais: mandíbulas ausentes, nadadeiras pares ausentes na maioria das espécies, partes internas do esqueleto são cartilaginosas, olho pineal e fotossensível presente com apenas uma narina localizada a frente do olho pineal. A Classe Chondrichthyes possui, entre diversas outras características, mandíbulas e nadadeiras pares, partes internas do esqueleto totalmente cartilaginosas, olho pineal foi perdido, não possuem pulmão ou bexiga natatória, cauda heterocerca presente na maioria das espécies, narinas pares e cinco pares de nadadeiras branquiais que se abrem independentemente na maioria das espécies. Está representada em sua grande maioria pela ictiofauna oceânica, especificamente os peixes cartilagíneos, que incluem tubarões, arraias e quimeras. Seu corpo possui esqueleto formado por tecido cartilaginoso composto por células, fibras proteicas, substância intercelular e condrina. As espécies atuais desta classe divide-se em dois táxons: Elasmobranchii: inclui os tubarões e arraias Holocephali: inclui as quimeras, estas carentes de estudos uma vez que vivem nas profundezas marinhas, sendo raramente observadas.
Figura 1. Filogenia dos vertebrados. Os animais vertebrados evoluíram nos estuários, sendo irradiado para outros habitats (pontos vermelhos). revistaaquario.com – 07 –
A Classe Osteichthyes em geral apresenta escamas ósseas, parte interna do esqueleto sempre apresenta alguma ossificação, olho pineal presente em espécies primitivas, pulmões presente em algumas espécies e vesícula natatória presente em quase todas elas, cauda homocerca na maioria das espécies, abertura de brânquias se abrem numa câmara comum, coberto por um opérculo, exceto em espécies primitivas a válvula espiral do intestino foi perdida, maioria das espécies ovípara com fecundação externa. Esta classe (Osteichthyes grego osteos = osso, ichtyos = peixe) agrupa peixes ósseos e sofreu alterações recentemente devido a novas descobertas sobre filogenia animal e o clado atualmente agrupa todos os animais com tecido ósseo endocôndrico (tecido ossificado em substituição a cartilagem rodeado de lamelas desenvolvidas pelo periósteo) e com dentes implantados na maxila. São dividos em dois táxons:
Atualmente, cientistas creditam a origem dos vertebrados terrestres ao meio marinho, porém o nível de salinidade do mar primitivo possuía um nível bem menor que o atual. Acredita-se que há cerca de 400 milhões de anos, os principais grupos de peixes penetraram estuários e rios de água doce, sofrendo adaptações necessárias para sua sobrevivência em um ambiente onde a salinidade era bem inferior ou nula. 200 milhões de anos mais tarde, diversos peixes ósseos e os elasmobrânquios regressaram aos mares, tendo novamente que sofrer adaptações a um meio ambiente cuja água já possuía salinidade muito maior que a anterior. Conclui-se então que através deste processo evolutivo, originou-se a grande maioria das espécies tetrápodes atuais, vertebrados terrestes com quatro membros, estes descentes direto dos Sarcopterígeos (ordem Sarcopterygii).
Sarcopterygii: peixes de nadadeiras lobadas como espécies do gênero Latimeria sp., os peixes dipnóicos (pulmonados) e os tetrápodes (vertebrados terrestres). Actinopterygii: demais grupos de peixes, conhecido também como teleósteos. Entre as 30.000 espécies de peixes reconhecidas atualmente (Fishbase), a maior parte pertence a classe de peixes ósseos.
Carpa capim, peixe ósseo
Pirambóia, peixe pulmonado revistaaquario.com – 08 –
Evolução dos peixes ósseos (actinopterygians e sarcopteryigians) ilustrado em árvore.
Figura 2 – As relações entre os peixes de nadadeiras lobadas e os anfíbios são diferentes dos mostrados na figura 1, que é baseado principalmente em dados moleculares. De Romer, em 1964. O Corpo de Vertebrados. WB Saunders. Filadélfia.
Os Sarcopterígeos são representados nos dias atuais pelos peixes pulmonados, conhecidos popularmente como Lungfish ou dipnóicos (subclasse Dipnoi). São peixes ósseos portadores de vesícula natatória adaptada à função de respiração aérea. Sua principal característica está pelo fato de possuírem como órgão primário de respiração um pulmão que não possui brônquios, tendo capacidade de retirar oxigênio diretamente do ar atmosférico. Esta estrutura não é encontrada em nenhuma outra espécie de peixe, exceto em Polypterus e Crossopterygii. Não bastasse esta evolução, as estruturas ósseas e musculares da cabeça sofreram alterações, ossos foram enrijecidos e os músculos desenvolveram-se para poder sugar ar por conta própria, ou simplesmente respirar. Através deste processo, os dipnóicos desenvolveram sua própria solução para captação de ar, mesmo em ambientes desfavoráveis como o terrestre, podendo viver bastante tempo fora da água, especificamente em ambientes lamacentos, onde se enterram, podendo respirar por orifícios que são abertos propositalmente para a comunicação com a atmosfera. revistaaquario.com – 09 –
Descobertas recentes, especificamente fósseis bem preservados, encontrados na ilha Ellesmere (Canadá), em 2004, indicam uma espécie de sarcopterígeo (Tiktaalik roseae), extinta do período Devoniano, possuía muitas características comuns de peixes como escamas e nadadeiras e de criaturas terrestres como a cabeça achatada, indício de pescoço, ombros, cotovelos e pulso, dando origem aos primeiros anfíbios. Este fócil é considerado a transição entre o Panderichthys (família de peixes dentro da ordem dos Sarcopterígeos, ancestral de todos os vertebrados terrestes que respiram ar, Tiktaalik roseae Foto: Beth Rooney incluindo humanos.) e o Acanthostega (anfíbio primitivo), este último considerado um dos primeiros tetrápodes que viveu no período devoniano há cerca de 380 milhões de anos atrás, que possuía membros bem desenvolvidos com 8 dedos em cada pata. Embora este anfíbio era inapto ao ambiente terrestre devido a ausência da caixa torácica, o que levaria a não sustentar seu peso neste ambiente, acredita-se que suas patas eram utilizadas para locomoção entre a vegetação aquática dos pântanos, como as atuais salamandras. Este fóssil é amplamente conhecido e divulgado como prova da transição dos peixes da água para a terra, dando origem, além dos Amphibia, a vida de outros tetrápodes como os Reptilias, Aves e Mammalias, onde iriam dominar o meio terrestre mais tarde. Na próxima edição, será divulgado mais detalhes sobre as espécies do limnociclo, considerado verdadeiros fósseis vivos. A começar pelos peixes dipnóicos e em edições futuras apresentaremos demais espécies primitivas, criadas revistaaquario.com – 10 – regularmente em aquário.
Reprodução bem sucedidade de Kinguios
Por Rosana Ferreira
Inspirada por amigos foristas, resolvi documentar a desova de meus kinguios e contar essa experiência. Parâmetros do aquário: Litragem: 200l pH: 7,2 Temperatura: 17 a 23°C Dureza: intermediária Amônia: 0.0 ppm N: 0.0 ppm Filtragem: 1 Millenium 2000 com Purigen, cerâmica e Perlon e um Atman HF0600 com carvão ativado, cerâmica e perlon. TPAs: semanais de 30% com sifonagem do substrato (areia de rio) e manutenção do filtro (limpeza). Carvão ativado trocado a cada 20 dias. Alimentação: Spirulina Tetra ou Sera (granulada), ervilhas frescas cozidas, Artêmias vivas e larvas de mosquito eventualmente. No verão, quando o apetite aumenta, ofereço também folhas de escarola ou alface esporadicamente. Fauna: 1 kinguio cálico macho (14 cm), 1 kinguio comum fêmea (+- 5 anos, 18 cm), 1 kinguio perscale fêmea (jovem, 5 cm), 2 kinguios brancos comum (casal, 11 cm).
Foto: Rosana Ferreira revistaaquario.com – 11 –
1.
A reprodução dos kinguios começa com uma insistente perseguição do macho para com a fêmea, ainda na véspera (noite anterior a desova).
2.
Como kinguios desovam em raízes de plantas flutuantes, optei por colocar aguapés no aquário. Ao amanhecer, o macho conduz a fêmea até as raízes dos aguapés, sempre com constante perseguição e comprimindo a barriga da fêmea com a boca ou dando leves mordiscadas.
3.
Depois de ser muito estimulada pelo macho, a fêmea finalmente faz a postura, que o macho imediatamente fertiliza. Esse processo todo leva algumas horas, pois várias vezes a fêmea é conduzida às raízes
4.
Nas raízes ficam inúmeros ovos. Os ovos não aderidos ou espalhados pelo aquário serão devorados imediatamente.
3
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5.
E no caso, além das raízes, ovos também grudados no vidro do aquário…Após o término da desova, as plantas contendo os ovos são retiradas para um aquário a parte, a fim de evitar que todos os ovos sejam devorados.
6.
Após 3 a 4 dias, dependendo da temperatura (temperaturas mais altas aceleram o processo), eclodem os alevinos, esses ficam grudados no vidro consumindo o saco vitelínico (reserva de proteínas). Depois dessa fase, a alimentação é feita com base em gema de ovo cozida pulverizada, náuplios de artêmia, ovos de artêmia desencapsulados, ração para alevinos e infusórios, 4 a 6 vezes ao dia, pequenas porções. TPAs diárias de 20%, com sifonagem do fundo sem substrato para retirar restos de comida e fezes.
7.
Alevinos com 30 dias. Com 40 – 45 dias já é possível incluir na alimentação ração de spirulina triturada.
8.
Alevino com 60 dias. Aqui, praticamente a alimentação dos adultos.
9.
Filhotes com 80 dias.
10. Finalmente, filhotes com 4 meses. Apenas os filhotes de cálico apresentaram alguma coloração.
30 dias
80 dias
60 dias
4 meses revistaaquario.com – 13 –
Mergulho no Lago Malawi
Por Juan Murillo
Apresento algumas fotos da realização de um sonho: admirar na natureza os famosos ciclídeos do Lago Malawi. O planejamento de uma viagem dessas não é fácil, demanda determinação e muita vontade. Hoje o Google ajuda muito e alguns amigos também colaboraram. Mas não pensem que se encontra reserva de hotéis on-line e serviços de transfer na internet. A infraestrutura de transportes no Malawi é precária, as estradas até que são boas. A população é muito amigável e gentil. Não são todos que Macacos aproveitando a praia deserta. falam bem inglês, o idioma oficial do país, mas felizmente não tive problemas para me comunicar. Fiquei 7 noites por lá e a cidade escolhida como base para os mergulhos foi Cape Maclear: Cape (Cabo) Maclear ou Chembe é uma cidade no distrito de Mangochi do Malawi 's, Região Sul . A cidade, situada na Península Nankumba, na margem sul do Lago Malawi e é considerado o mais movimentado resort no Lago Malawi. Está localizada próximo às ilhas de Domwe e Thumbwe no Lago Malawi, situado no Lake Malawi National Park . A seguir diversas fotos, algumas com legendas, mostrando a beleza do local, seus habitantes e a rica fauna e flora.
Nativos se deslocando no lago revistaaquario.com – 14 –
Pequena ilha
O fantástico por do sol!
Estava no fim do período de seca, imaginem quando tudo isso estiver verdinho!
A imponente águia! revistaaquario.com – 15 –
Todos os dias me sentia obrigado a fotografar esse fantástico por do sol!
Em frente ao Hotel!
Esse azul não é mar! É água doce! Lago Malawi!
Esse bagre é muito gostoso! É conhecido na mesa como Kapango. revistaaquario.com – 16 –
Crianças lindas e felizes!
Imagem do lago
População local usando o lago para as rotinas domésticas.
Imagem do lago revistaaquario.com – 17 –
Do pouco que vi do lago, levando em conta que é quase do tamanho da Bélgica, foi o ponto mais bonito que conheci!
No lago também tem hipopótamos e crocodilos! Consegui ver apenas os hipopótamos! Isso foi bem distante dos pontos de mergulho. Os nativos me explicaram que os crocodilos ficam escondidos na vegetação!
Devem estar perguntando: Não são perigosos? Estes animais ficam em pequenas áreas! Não existe perigo de aparecer um hipopótamo do nada, quando você estiver tomando banho ou mergulhando no lago.
Já devem estar pensando: Onde estão os peixes? Aqui algumas fotos dos fantásticos ciclídeos e outros peixes do Lago Malawi! Tentei identificar algumas espécies usando um dos fantásticos livros do Ad Konings, mas a realidade é que é muito difícil identificar esses peixes, pois as espécies são muito parecidas entre si, além de cada espécie ter uma infinidade de variantes. Perdoem-me se houver algum erro. revistaaquario.com
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Pseudotropheus sp.
Aulonocara stuartgranti
Aulonocara stuartgranti
Pseudotropheus sp.
Bagre não identificado
Aulonocara stuartgranti
Esse peixe só aparece no mergulho noturno! revistaaquario.com – 19 –
Pseudotropheus sp.
Esse é o apetitoso bagre... Bagrus meridionalis
Metriaclina zebra
Não tem só peixes!
Melanochromis auratus revistaaquario.com – 20 –
Copadichromis
Otopharnyx
bagre protegendo a sua cria
Numa área boa para snorkel, joguei comida de peixe...
Bagrus meridionalis
Bagrus meridionalis juvenil revistaaquario.com – 21 –
Consegui pegar esse bagrezinho na mão!
Reparem como a papada dessa peixinha está inchada! isso significa que tem filhotes ali dentro! Parece um Labidocromis yellow.
Um Sinodotys njassae! Tenho um desse em casa!
Metriaclima chrysomallas
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Senga Bay: Aqui parece mais ainda com o mar!
A última manhã foi na capital, Lilongwe. Não parecia ter muito que fazer ou apreciar. Fiz uma rápida visita ao mercadão!
Senga Bay: Aqui parece mais ainda com o mar!
Logo após andei pelas redondezas do hotel, dentro do qual avistei um belo réptil!
Se houver interesse em viajar para os grandes lagos africanos, contactar Juan Murillo jgvm22@gmail.com
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Aquário em destaque – Ancient forest by Renato Kuroki
2º lugar na categoria plantado do CBAP revistaaquario.com – 24 –
Aquário em destaque
Dimensões: 90 x 45 x 45 cm Volume: 182 L Filtragem: 2 x Eheim Classic 2217 Iluminação: 6 x NA lamp 32W Substrato: ADA Substrate System: 36L Amazonia, Penac W, Penac P, Bacter 100, Clear Super, Tourmaline BC. Fauna: Mikrogeophagus ramirezi, Hemigrammus bleheri e Cardina japonica. Flora: Fantinalis antipyretica, Vesicularia sp., Echinodorus tenellus, Eleocharis vivipara e Valisneria nana. Manutenção: Troca parcial de água de 30% semanalmente. revistaaquario.com – 25 –
10 Maiores aquários do mundo
Por Edson Rechi
Os aquários públicos ao ponto de vista operacional são similar a um zoológico ou museu. Normalmente mantém exposições especiais a fim de atrair os visitantes, além de uma coleção permanente de peixes e por vezes animais semi aquáticos como pinguins, lontras e outros. A grande maioria dos grandes aquários públicos fica localizada próximo ao oceano, para ter ter uma colaboração constante da água do mar natural. O primeiro aquário público surgiu em Regent´s Oark, Londres, em 1853. O americano Phineas Taylor Barnum seguiu a tendência e abriu o primeiro aquário americano na Broadway, Nova Iorque. É bastante comum se afiliarem a instituições oceanográficas ou podem conduzir seus próprios programas de pesquisas. O fato é que aquários públicos aproximam cada vez mais pessoas a animais aquáticos, alguns bem raros e que provavelmente nunca teria a chance de vê-lo em sua frente. Muitos dos aquários mais modernos mantém tanques gigantes com grandes painéis e túneis transparentes, uma grande variedade de animais, representando o biótopo de diferentes ecossistemas do mundo. Esta matéria vem a destacar os 10 maiores aquários do mundo.
As fotos contidas nesta matéria são GNU Free Documentation License, Versão 1.2 ou qualquer versão posterior publicada pela Free Software Foundation. revistaaquario.com – 26 –
10) Oceanário de Lisboa, Portugal O Oceanário de Lisboa recebe mais de um milhão de visitantes anualmente e está situado no Parque das Nações da capital portuguesa. Dividido em quatro partes, o Oceanário abriga animais marinhos dos principais oceanos do planeta, e sua principal atração é seu tanque central, representando a vida no oceano aberto.
9) Aquário de Gênova, Itália Inaugurado em 1992, o Aquário de Gênova é um dos maiores aquários da Europa. Setenta tanques reproduzem os habitats marinhos de mais de seis mil espécies do mundo inteiro. Neste aquário, estão representados o Mediterrâneo, o Mar Vermelho e o Oceano Índico, com tubarões, golfinhos e focas, entre outros animais.
8) Aquário de Xangai, China O Aquário de Xangai é um dos maiores da Ásia. É composto por nove áreas de exibição representando ambientes de diferentes partes do mundo como a China, a Antártica e a Oceania. A área da China tem diversas espécies ameaçadas no país. A atração principal do aquário é o seu túnel subaquático, o maior do mundo, com 155 metros. revistaaquario.com – 27 –
7) uShaka Marine World, África do Sul O uShaka Marine World é um parque temático situado em Durban, na África do Sul, onde se encontra o maior aquário daquele continente, com 32 tanques. As criaturas marinhas que vivem nele variam de pequenos peixes e cavalos-marinhos a tubarões e golfinhos. Os animais podem ser vistos até em um dos principais restaurantes do parque: o The Cargo Hold abriga um tanque com tubarões que podem ser vistos da mesa, enquanto você faz uma refeição.
6) Monterey Bay Aquarium, Estados Unidos Uma antiga usina de sardinhas enlatadas da cidade de Monterey, na Califórnia, aloja o Monterey Bay Aquarium. Entre as diversas atrações do aquário estão dois tanques gigantes. Um deles possui cerca de 1,3 milhões de litros de água, chamado Ocean's Edge Wing, que representa a vida marinha do litoral da Califórnia.
5) Turkuazoo, Turquia Inaugurado em 2009, Turkuazoo é o primeiro aquário gigante construído na Turquia. Com representações de habitats como florestas tropicais e regiões marinhas, o Turkuazoo está situado dentro do shopping Forum Istanbul. O aquário tem cerca de dez mil criaturas marinhas, entre elas tubarões-tigre e piranhas, em 29 tanques diferentes - o maior deles com cinco milhões de litros de água. revistaaquario.com – 28 –
4) L'Oceanogràfic, Espanha O L'Oceanogràfic é um complexo marinho da Cidade das Artes e Ciências em Valência, na Espanha. Ele tem o maior tanque da Europa e mais de 45.000 criaturas marinhas. Elas vivem em nove torres submarinhas estruturadas em dois níveis que representam diferentes ecossistemas. Duas torres são unidas por um túnel. O tanque, de quase sete milhões de litros de água, tem tubarões e inúmeros tipos de peixes.
3) Okinawa Churami Aquarium, Japão O Okinawa Churaumo Aquarium foi inaugurado em 2002, no Ocean Expo Park da cidade japonesa de Okinawa. O principal tanque do aquário, chamado de Kuroshio Sea, tem mais de 7,5 milhões de litros de água, e nele vivem tubarões brancos, arraias, e muitas outras espécies marinhas.
2) Dubai Mall Aquarium, Dubai O Dubai Mall é um dos maiores shoppings do mundo, parte do complexo de Burj Dubai, que custou mais de 20 bilhões de dólares para ser construído. No centro do luxuoso shopping encontra-se um tanque com capacidade para mais de 10 milhões de litros de água. Dentro do tanque vivem mais de 33000 animais, incluindo cerca de 400 tubarões e arraias. O aquário está no livro dos recordes por ter o maior painel de acrílico, de 8,3 por 33 metros. revistaaquario.com – 29 –
1) Georgia Aquarium, Estados Unidos O Georgia Aquarium, na cidade de Atlanta, é o maior aquário do mundo, com mais de cem mil criaturas marinhas. Fundado em grande parte a partir de uma doação de 250 milhões de dólares, o aquário abriu em 2005 e é o único lugar fora da Ásia a ter tubarões e baleias, mantidos dentro de um aquário de mais de 24 milhões de litros de água. Curiosidade: Kelly Tarlton, em Janeiro de 1985, iniciou a construção do primeiro aquário a apresentar um grande túnel de acrílico transparente, em Auckland, na Nova Zelândia. A contrução do túnel levou 10 meses e foi construído com folhas de plástico de fabricação alemã que moldavam ali um grande túnel de 110 metros. Atualmente, uma esteira rolante transporta os visitantes, embaixo dos tubarões a arraias expostos no aquário. Na próximas edições iremos expor alguns aquários públicos brasileiros e estrangeiros com maiores detalhes. Não percam!
Burgers Zoo aquarium - Holanda revistaaquario.com – 30 –
Aqua news Peixes têm memória de apenas três segundos ? Pesquisas sugerem que não passa de um mito e foi refutado em diversos estudos. Cientistas israelenses recentemente forneceram evidências onde sugerem que os peixes podem se lembrar de acontecimentos por quatro ou cinco meses, variando a espécie. Um exemplo clássico de memória condicionada, pesquisadores emitira som, através de um auto-falante sub-aquático, e toda vez que o som era tocado os peixes ganhavam alimentos. Os peixes foram treinados desta forma por um mês e sempre acabavam amontoados ao redor do alto-falante a espera de alguma refeição sempre que o som era emitido.
Lançamento: Livro: Guia de Plantas Aquáticas Mais de 300 espécies de plantas Autor: Rony Suzuki 100% colorido e ilustrado - Mais de 800 fotos São 184 páginas com 7 capítulos abordando diversos temas:
Um mês após o treinamento, os peixes foram liberados em mar aberto. Após a reprodução do mesmo som no oceano, os peixes foram vistos nadando em volta do alto-falante a espera de alguma refeição. Cientistas da Irlanda do Norte também demonstraram que os peixes recordam da dor. Eles deram pequenos choques elétricos nos peixes, quando estes nadavam em determinadas áreas de um tanque e descobriram que eles eram capazes de recordar e evitar estas áreas por pelo menos 24 horas. Trutas demonstraram respostas similares aos choques, mas desviaram destas áreas com maior frequência que os Kinguios. Fonte: PFK England – Tradução Edson Rechi
Mbreda lança nova areia marrom escura inerte batizada de “Nature Sand” revistaaquario.com – 31 –
Aqua news É possível determinar a idade de um peixe ? Texto adaptado por Edson Rechi
É possível determinar a idade dos peixes examinando escamas, ossos e nadadeiras. Mas a forma considerada mais confiável é analisar o Otólito do peixe, um osso que cresce na região do crânio próximo ao cérebro. Os peixes ósseos possuem três pares de otólitos: sagita, lapílo e asterisco, cada um deles localizado em sua câmara própria do aparelho vestibular. Seu crescimento se dá pela aposição concêntrica de uma matriz proteica chamada otolina e carbonato de cálcio, formando anéis de crescimento que podem ser observados ao se analisar um corte transversal da estrutura. Em peixes adultos, os anéis de crescimento podem ser anuais ou com outra periodicidade, o que permite a determinação da idade de um peixe que se capture na natureza. Em larvas e juvenis pode ser reportada a formação de anéis diários de crescimento, o que possibilita a determinação da idade em dias de uma larva ou juvenil. Dentre as aplicações mais recentes de estudos com otólitos, destaca-se a análise de sua composição química para se determinar locais de nascimento e migração de peixes.
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Aqua news Caranguejo cria seu próprio alimento O caranguejo Yeti, como é chamado, vive perto de depósitos de metano marinhos, na costa da Costa Rica, onde o composto e sulfureto de hidrogênio são formados a partir de rachaduras no piso oceânico. A bactéria se alimenta do metano, e o caranguejo da bactéria. O caranguejo balança suas patas, movendo a água e alimentando as bactérias com oxigênio e sulfureto de hidrogênio. Ele então colhe a comida usando pinças da região bucal. A espécie foi identificada por Andrew Thurber, um ecologista marinho da Universidade Estadual de Oregon, em Corvallis. As primeiras amostras do Yeti foram descobertas em 2005, perto da Ilha de Páscoa. Mas ela foi identificada apenas um ano depois, recebendo o nome científico Kiwa puravida, que significa “pura vida”. A maior parte da alimentação do caranguejo parece vir dessas bactérias, e não, como na maioria dos outros crustáceos marinhos, de plânctons fotossintetizantes. Isótopos de carbono e ácidos graxos dos caranguejos parecem bater com aqueles da bactéria conversora de carbono, mais do que com plâncton. “Nós mostramos que essa espécie não está usando energia do sol como fonte principal”, comenta Thurber. “Está usando energia química do assoalho oceânico”
Ciclídeos podem produzir ovos maiores em ambientes perigosos Em um estudo, Francisca Segers e Barbara Taborsky, relataram que o ciclídeo do Tanganyika, Eretmodus cyanostictus, pode se antecipar a um ambiente perigoso para sua prole, produzindo ovos maiores para aumentar as chances de sobrevivência das larvas. Ovos maiores geram larvas maiores. A lógica por trás desta hipótese é relativamente simples: os principais predadores de suas larvas possuem tamanho limitado, logo um juvenil adulto poderia superar estes predadores mais rapidamente no tamanho, além de se tornarem mais rápidos, o que aumenta suas chances de escapar de potenciais predadores. As mães também se beneficiam, uma vez que produzem menos ovos, tornando mais fácil os cuidados com os alevinos (são incubadores bucais), aumentando as chances de seu material genético perpetuar. Os autores descobriram durante a experiência, as fêmeas quando foram expostas a estímulos visuais e químicos de predadores, produziram ovos mais pesados (juvenis maiores) do que as fêmeas expostas a cisternas que não passaram por nenhum estímulo. Os resultados sugerem que as fêmeas utilizam sua experiência adquirida quando jovem, esperando um alto risco de predação da prole, aumentando o tamanho do ovo para que as chances de sobrevivência aumentem consideravelmente. Fonte: Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences – Tradução: Edson Rechi
Fonte: Hype Science
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Aqua news Capacidade digestiva reflete a vida dos predadores Fonte Revista Nature Tradução Edson Rechi Jonathan Armstrong e Daniel Schindler utilizou modelos matemáticos aplicados a 38 espécies de peixes predadores (incluindo espécies que se alimenta de invertebrados, em vez de outros peixes) para chegar a sua conclusão.
Curiosidades sobre os peixes O peixe mais rápido do mundo é o agulhão-vela. Ele alcança a incrível velocidade de 115 Km por hora.
Cálculo da carga: através das relações de capacidade com o sistema digestivo dos peixes, os autores constataram que as entranhas dos peixes foram capazes de lidar com taxas de alimentação diária de duas a três vezes maior do que aquilo que experimentam, em média. Isto sugere que os episódios de comilança e jejum são comuns em peixes, e ocorrem não só nos predadores de emboscada que perseguem grandes presas, mas também em predadores que se alimentam de insetos e zooplâncton. Possuir um grande sistema digestório é energicamente caro, sugere a pesquisa. "Para grandes predadores, o mundo é como uma máquina de jogos de azar. Às vezes eles se deparam com pequenas refeições e outras vezes eles tiram a sorte grande. Não é tão previsível como alguns têm pensado", disse Armstrong. "Ao contrário de alguns outros animais, os peixes não pode simplesmente acumular a comida atrás de uma pedra no riacho e comê-la mais tarde”. “Eles precisam ir a farra durante os bons tempos para que possam crescer e construir reservas de energia para sobreviver aos maus tempos”.
Não existe diferença entre o cação e o tubarão ? Cação é somente o “nome comercial” dado ao tubarão. Usualmente é chamado de tubarão as espécies de grande porte, enquanto cação é o nome usual de tubarões de pequeno porte. Como diz a sabedoria popular: “Se a gente come ele, é cação, se ele come a gente é tubarão”. Agradecemos o envio de notícias para revistaaquario@gmail.com
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Revista Aquário Sobre a revista Um sistema de informações que pretende ser um depositário de nosso conhecimento, compartilhando dados relevantes e confiáveis sobre ambientes aquáticos, fauna e flora associados, direcionado ao público em geral. Meio ambiente (biótico e abiótico), aquariofilia, ecoturismo, ecologia, assim como o estudo da fauna e flora são apenas alguns temas abordados pela revista, tornando-se um recurso útil para todos que buscam informações.
Expediente Revista Aquário é uma publicação com distribuição gratuita, visa divulgar o aquarismo em todos os seus segmentos até seus aspéctos ecológicos abrangentes. Editor: Edson Rechi Projeto gráfico e diagramação: Edson Rechi Periodicidade: Trimestral Colaboraram nesta edição: Milton Ohta, Rosana Ferreira, Renato Kuroki e Juan Murillo.
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