Revista Bacana 9

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editorial

Olá

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“Prepare o seu coração, pras coisas que eu vou contar...” , já diz a música. Essa Revista Bacana chega sempre para contar histórias, de gente que faz, produz, cria e inova. Gente que nasceu ou que adotou essa terra grande chamada Pará. Um mundo de rios, matas, minério, animais e gente de todas as cores e credos. O Pará é um gigante rico, com filhos pobres. Uma lástima, mas uma realidade. Bom, mas a revista traz, como já disse, histórias de muitas pessoas, de várias partes deste estado. Lá de Pebas, gente de Barcarena, gente de Marabá, de Abaetetuba, de Mojú, de Cametá, de Belém. A revista chega em um momento especial e também complicado para a sociedade paraense. Na Alepa, investigações sobre supostas irregularidades em administrações passadas viraram assunto de todas as rodas sociais. Como se não bastasse isso, o plebiscito sobre a criação de estados provenientes da divisão do Pará volta à tona com força total. Aqui e acolá, debatemos esses assuntos, inclusive com uma entrevista exclusiva com o Governador Simão Jatene. Bem, a Revista Bacana é de vocês, feita por uma equipe dedicada e antenada com os assuntos do momento. Aqui, você vai encontrar diversos assuntos e uma pluralidade que tem tudo a ver com a cara deste estado. Boa leitura amigos. Marcelo Marques

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expediente

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Diretor: Marcelo Marques Conselho Editorial: Marcelo Marques Editora: Elane Magno Reportagens: Fernando Araújo, Jússia Carvalho, Nádia Farias, Kalliu Andrade e Kátia Marques Colaboradores: Tânia Tatsch e Gerusa Braga Fotos: Baltazar Produções Foto Capa: João Ramid Fotógrafos colaboradores: Alle Peixoto e Gui Sampaio Projeto gráfico e editoração: André Fortes Designer gráfico: Emanoel Ramalho e Thiago Benayon Artigo: Karla Lobato Revisão: Valdir Cruz e Vanessa

Alcântara Comercial: Agenor Santos, Fabíola Rodrigues, Mara Pinheiro e Romana Ribeiro Suporte comercial: Lethycia Silva e Kleidiane Soares Impressão: Halley S.A Gráfica e Editora Artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus realizadores, não importando no ponto de vista desta publicação. Bacana Comércio de Publicações e Vídeos LTDA. CNPJ: 06.120.594/0001-50 Av. Almirante Wandenkolk, 245 - Altos Fone: (91) 3088-0031 Fax: (91) - 3242-2442 www.programabacana.com.br


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Entrevista com Jatene

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Praça da República

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Luiza Possi

Moda sem medo

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Educação financeira

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Grandes e charmosas

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Caderno Marabá

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atitude

por Fernando Araújo

Bibliotecas comunitárias:

informação

a serviço de todos

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O fenômeno biblioteca comunitária é algo relativamente recente em nosso país. São projetos que atingem um grupo local, uma comunidade onde normalmente o acesso às bibliotecas ditas “oficiais” é difícil. Normalmente, elas surgem na imaginação de pessoas que tentam disseminar a informação e o conhecimento para aqueles menos favorecidos.

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s bibliotecas comunitárias funcionam com o engajamento da comunidade, de algumas empresas e às vezes em parceria com o poder público. As doações de livros e o envolvimento de toda comunidade são as peças principais para o funcionamento desses espaços. Segundo o manifesto da UNESCO (Organização ligada à ONU), os cidadãos devem estar informados para exercer seus direitos democráticos e para desempenhar um papel ativo na sociedade. É nesse

As doações de livros às bibliotecas comunitárias e o envolvimento de toda comunidade são as peças principais para o funcionamento desses espaços.


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sentido que as bibliotecas comunitárias atuam com prioridade. No Brasil, estimase que em torno de 70% da população é analfabeta funcional. Significa que a pessoa lê, escreve e compreende frases simples, mas é incapaz de interpretar textos mais extensos e colocar ideias no papel. Na nossa matéria fomos atrás de pessoas que dão aquela “forcinha” especial para que existam estas bibliotecas por aqui e se dedicam a manter (mais importante que criar) este patrimônio. O senador Flexa Ribeiro embarcou nessa onda das bibliotecas comunitárias e criou, em dezembro passado, junto a sua equipe, a campanha “Doe um livro”. O objetivo do senador é equipar cerca de 10 bibliotecas públicas. Assim, não

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Depois, nas próximas edições, podemos aumentar o número de municípios atendidos. Para uma primeira experiência, acredito que estamos tendo sucesso e isto tudo é fruto da participação e boa vontade dos paraenses Flexa Ribeiro, senador

só alunos terão acesso, mas sim toda a comunidade. A meta é atender todas as regiões do Estado com ao menos uma biblioteca em um município de cada região. A idéia foi bem aceita e, em apenas 10 dias de campanha cerca de dois mil livros foram

arrecadados. A campanha começou na internet, através do perfil @ doeumlivro no Twitter, e ganhou espaço nas principais capitais brasileiras. A novidade que o Pará

adotou é que a escolha das bibliotecas e escolas públicas que irão receber os livros será feita também pelos internautas. “Temos em nossa rede virtual gente de todo o Estado. E essas pessoas já começaram a indicar as bibliotecas. Nossa intenção é, nesta primeira campanha, que possamos

Material arrecadado na campanha idealizada pelo senador Flexa Ribeiro


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O atendimento às penitenciarias só foi possível em função de um aluno do curso de Direito, o qual trabalha em uma das penitenciarias atendidas, ter pedido que a referida ação fosse estendida àquela comunidade carcerária. Daí em diante estendemos para outras Maria de Nazaré Soeiro, bibliotecária

Maria Célia Santana, diretora do Sistema de Bibliotecas da Unama e Maria de Nazaré Soeiro, bibliotecária

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contemplar ao menos um município em cada região. Depois, nas próximas edições, podemos aumentar o número de municípios atendidos. Para uma primeira experiência, acredito que estamos tendo sucesso e isto tudo é fruto da participação e boa vontade dos paraenses”, destacou Flexa Ribeiro. Um exemplo dessa interatividade é a primeira biblioteca a ser escolhida: a Biblioteca Municipal de Rondon do Pará. A sugestão veio do engenheiro Evandro Lélis, que fez doações e pediu que o município fosse um dos escolhidos. De acordo com Flexa Ribeiro, pelo menos mais cinco bibliotecas municipais ou escolas públicas serão escolhidas e contempladas.

Se você gostou da ideia e quer colaborar com a campanha, saiba mais no endereço www. twitter.com/doeumlivro Outra iniciativa para que as bibliotecas comunitárias continuem sendo fonte de saber para muitas pessoas, vem de um grupo de

bibliotecárias da Universidade da Amazônia formado por Maria Célia Santana, Maria de Nazaré Soeiro e Patrícia Corrêa, que pensaram no projeto

em 2004 com a necessidade de levar os serviços da biblioteca da Unama para atendimento às comunidades carentes. O objetivo é favorecer o


acesso à informação, de forma a integrar a Universidade da Amazônia e a Comunidade, promovendo atividades de capacitação para geração de renda e, ao mesmo tempo, disseminar a informação através da implantação de bibliotecas dentro das comunidades. Uma iniciativa, sem dúvida de responsabilidade social. Dá para imaginar que tamanho esforço requer muita mão de obra, ou seja, muita gente envolvida. E para que tudo saia como o esperado, o projeto das bibliotecárias conta com um número grande de colaboradores, entre eles 10 bibliotecárias, comunidade acadêmica (30 alunos), 10 estagiários de biblioteconomia e 15 auxiliares administrativos. Tamanha movimentação já rendeu enormes frutos. Até hoje, 05 bibliotecas já foram montadas: Biblioteca Movimento Aprender (Bengui); Biblioteca Comunidade Igarapé Mata-fome (Tapanã); Biblioteca Comunitária AmaLindas (Águas Lindas); Lar Fabiano de Cristo e Centro Comunitário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Além disso, outras bibliotecas foram implementadas com doações de acervo e de mobiliário: Biblioteca Municipal de Belém Avertano Rocha; Biblioteca Municipal de Ananindeua; Biblioteca da Penitenciaria Metropolitana de Marituba; Biblioteca da Penitenciaria de Americano I e II e Biblioteca Creche Solar do Acalanto. Iniciativa que já beneficiou cerca de 1.500 pessoas. Para que este acervo seja conseguido é realizada uma grande campanha de arrecadação em todos os “campi” da Unama, com ampla divulgação nos meios

de comunicação. Fato este que fez com que as bibliotecas chegassem até as penitenciárias: “O atendimento às penitenciarias só foi possível em função de um aluno do curso de Direito, o qual trabalha em uma das penitenciárias atendidas, ter pedido que a referida ação fosse estendida àquela comunidade carcerária. Daí em diante, estendemos para outras”, contou Nazaré, que finalizou a entrevista falando da sua satisfação diante do projeto: “É muito gratificante propiciar condições aos menos favorecidos, de poder ter acesso à informação e contribuir para a ampliação do conhecimento e o desenvolvimento intelectual”. Educação para todos, uma iniciativa nobre. A leitura como meio de um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. São as bibliotecas comunitárias ajudando no crescimento dos menos favorecidos.

Educação para todos, uma iniciativa nobre, a leitura como meio de um mundo novo, cheio de coisas desconhecidas. São as bibliotecas comunitárias ajudando no crescimento dos menos favorecidos.

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por Fernando Araújo e Jússia carvalho

Família

“Almeida Gonçalves” Amor e união como receita de sucesso


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ncontrar com a família “Almeida Gonçalves” foi divertido, sobretudo motivador. Todos estampam no rosto um sorriso largo, falam entre boas risadas e olhares de admiração mútuos. Bom humor e disposição para contar a história da família não faltam. A movimentação no escritório de Reinaldo, diretor geral da Esamaz, era grande. Os compromissos eram muitos. Mas logo ao chegarmos à entrevista (marcada na unidade São Pedro da Esamaz) o que chamou atenção foi o toque do celular de Gonçalves pai: “Meu coração não sei por que, bate feliz, quando te vê...”. Reinaldo é o caçula de doze irmãos. Nasceu em Breves, em uma família de comerciantes da Ilha do Marajó, de uma mistura entre português e mãe cearense. Logo no início da infância viu o pai perder todo o dinheiro para tentar salvar a vida de um dos irmãos, no entanto não houve solução. Aos 10 anos, veio a Belém morar com uma irmã para estudar. Para custear os estudos do caçula o pai batalhava recolhendo garrafas para vender. “Na escola eu não era o pior aluno, mas também não era o melhor”, entregou Reinaldo que formou-se em matemática pela UFPA e se pós-graduou em docência do ensino superior. Quando o assunto era diversão foi um “fujão”. Mas quem olha este homem bem sucedido hoje não imagina o quanto de batalha ele já teve de

Eu sonhava em ser padre, mas aí conheci outras coisas boas da vida e mudei de idéia. Depois quis ser engenheiro agrônomo, mas uma recuperação em matemática me fez ganhar gosto pela matéria Prof. Reinaldo

vencer. Hoje, administra além da Esamaz a FIC – Faculdade Integrada Carajás, FISK – Centro de Ensino, CPOS – Centro de Pós Graduação, Promaz – Curso profissionalizante, ReinaFrio Comércio de Refrigeração, e Reinatur - Agência de Viagens. O professor, como é chamado por muitos, antes de fundar suas empresas precisou dar duro como funcionário. Ministrou aula no colégio Moderno, Unespa, Unama, colégio Cearense, Ideal Cidade Nova e tantas outras escolas públicas. Quem conhece a história do educador mal pode imaginar que ele tinha outras pretensões para


O professor Reinaldo (pai), como é chamado por muitos, antes de fundar suas empresas precisou dar duro como funcionário. Ministrou aula em diversos colégios públicos e privados e instituições de ensino superior.

sua vida quando jovem: “Eu sonhava em ser padre, mas aí conheci outras coisas boas da vida e mudei de idéia. Depois quis ser engenheiro agrônomo, mas uma recuperação em matemática me fez ganhar gosto pela matéria”, nos contou entre risadas. Começam aqui as coincidências com a vida de Nazaré Gonçalves, com quem está casado há 35 anos. Ela também quis se dedicar

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Na escola eu não era o pior aluno, mas também não era o melhor Prof. Reinaldo

à vida religiosa, queria ser freira. Chegou até a estudar para isso, mas a mãe não concordava com a ideia. Aí descobriu a vocação para o magistério. Os dois sempre usam vocativos carinhosos. É amor o que a gente assiste. Reinaldo não dispensa elogios à Nazaré: “Se não fosse minha esposa não chegaria onde estou”. Foi assim que nos contou um dos capítulos mais emocionantes de suas vidas, o casamento. Ele de Breves, ela de Belém. O destino se encarregou de apresentar o professor e a então vice diretora da Escola Paulo Maranhão, Nazaré, no Clube Neópolis. Nesse início foram alguns olhares, marcaram um encontro, ele diz que foi para o lugar errado e ela que nem teve coragem

de aparecer. Entretanto, após sete anos, se reencontraram no aniversário de uma amiga em comum, no dia dos professores. Ele logo a reconheceu. Ela lembrou-se mais tarde. Dançaram juntos e ele ousou pedir uma carona, mas enquanto ele se despedia de alguém em outro compartimento da festa, ela foi embora. Esperto, ele pediu à amiga o telefone de quem ele acreditava ser sua futura esposa. No outro dia, Nazaré recebeu um telefonema: “ele me convidou para um cinema, foi até minha casa e enquanto fui me arrumar ele me pediu em casamento para minha mãe...40 dias depois já estávamos casados...”, nos contou, entre gargalhadas e com um brilho nos olhos de quem tem uma enorme admiração e respeito pelo esposo. Vieram os filhos. Um casal. Reinaldo Filho e Rita. “A educação sempre foi rigorosa”, conta a filha do casal. Tirar notas baixas ou aprontar no colégio não fazia parte do cotidiano de nenhum deles, até porque o pai era coordenador do colégio onde estudavam. Nazaré afirma que a educação dos filhos aconteceu ao modelo da que receberam dos pais e que o ponto de maior preocupação é


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manter a união da família, fator importante para o crescimento pessoal de todos. Reinaldo e Nazaré não brigam, e os desentendimentos giram em torno dos filhos. A solução vem sempre por meio de conversas. Os filhos cresceram, o casal ganhou um neto, e a união permanece. Cada filho tem seu apartamento, mas os quartos continuam na casa dos pais. Eles não abrem mão de um almoço em família aos sábados, mesmo que trabalhem juntos diariamente. É que esses encontros são necessários para que a vida social e familiar continue com o gás que sempre teve. O trabalho inicia às 7h da manhã, quando chegam à Esamaz e só acaba lá pelas 20h30. Os quatro: pai, mãe e filhos, dedicam-se completamente aos empreendimentos da família, pois só assim haveria sucesso.

ESAMAZ – um amor pela educação Reinaldo filho lembra bem quando a Esamaz ainda era apenas uma ideia. Um dia, quando chegou em casa encontrou várias pessoas reunidas na sala, em torno de uma mesa, discutindo o projeto pedagógico e quais cursos seriam ofertados primeiramente na nova faculdade. Ele conta que aquele dia marcou, pois ainda era só um projeto e já estava indo para frente. Reinaldo Filho tinha consciência das dificuldades, mas acreditava no sonho de seus pais. Reinaldo e Nazaré largaram os empregos que tinham para investir no sonho. Os dois sabiam que entrar no mercado não seria nada fácil, entretanto a força de vontade do pai e a família unida alavancaram o projeto.



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Reinaldo Filho conta que apostou nesse sonho desde o começo e em momento algum duvidou do êxito, devido a história de vida dos pais, principalmente de Reinaldo pai, que segundo o filho é quase um rei Midas, “tudo o que toca vira ouro”. A grande diferença, é que Reinaldo não é ganancioso como o monarca da história, muito menos deixa de lado a família por conta do trabalho. Pelo contrário, todos estão unidos para que o negócio da família alavanque. Esse é o sucesso de todos os empreendimentos do grupo “Almeida Gonçalves”: união familiar. As funções na Esamaz foram distribuídas respeitando a formação de cada um, devido à experiência e o espírito empreendedor, a diretoria geral ficou com o Reinaldo pai; Nazaré formada em Administração, além de Pedagogia e História, ficou responsável

O vestibular foi fora de época, em outubro de 2004, mas mesmo assim houve 189 inscrições, o que para Reinaldo Filho significou a certeza de caminho certo. Depois de sete anos, a Esamaz oferta 27 cursos de graduação e 30 de pós-graduação.

pela diretoria administrativa; os filhos Rita, formada em Contabilidade, e Reinaldo, professor de Inglês, passaram a representar as diretorias de patrimônio e de ensino, respectivamente. No primeiro vestibular da instituição apenas cinco cursos foram ofertados: Letras, Pedagogia, Turismo e duas habilitações de Administração (Marketing e Negócios). O vestibular foi fora de época, em outubro de 2004, mas mesmo assim houve 189 inscrições, o que para Reinaldo Filho significou a certeza de caminho certo. Após a formação das primeiras turmas, o investimento na faculdade foi grande: “começamos a verificar as lacunas do mercado e que a área da saúde é uma área em potencial, e que as outras instituições não tinham se atentado para isso. Nós investimos”, afirmou o diretor de ensino. Hoje, a instituição conta com um leque de cursos que está distribuído em todas as áreas: humanas, saúde, exatas e tecnológica. Depois de sete anos, a Esamaz oferta 27 cursos de graduação e 30 de pósgraduação. A dedicação foi de corpo e alma para que o sonho desse certo. A instituição sempre pretendeu ser diferente, a relação diária não é de aluno-professor-direção, mas sim de uma verdadeira família. É assim que são tratados os 600 funcionários e cerca de 11 mil alunos.


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Uma história que começou com o amor pela educação, não podia trazer resultado diferente. Uma sintonia familiar e um patrimônio bem sucedido.

A distinção começa já no processo seletivo para fazer parte da Esamaz, pois a metodologia de avaliação pretende perceber o processo reflexivo, a capacidade crítica do aluno, bem como a habilidade em uma língua estrangeira. Para Reinaldo Filho, essa é uma forma de começar a treinar os profissionais que sairão da Esamaz. O diferencial passa também pela inovação da faculdade, com um corpo docente com qualidade, uma boa infraestutura, com avanços tecnológicos, bem como uma forma acessível, por meio de descontos e incentivos com bolsas de monitoria e extensão. Uma história que começou com o amor pela educação, não podia trazer resultado diferente. Uma sintonia familiar e um patrimônio bem sucedido, que promete construir novos sonhos e novas histórias bonitas, cheias de coincidência e mágicas como essa.


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exclusiva

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Simão Jatene por Taís Fiorese

O homem que comanda o Pará

Ele participou em 1982 da primeira eleição direta para governador depois de 1964. Foi secretário de Planejamento do Estado do Pará na gestão do governador eleito Jader Barbalho. Foi secretário geral do Ministério da Previdência e participou da criação do Ministério da Reforma Agrária, onde foi o primeiro secretário geral. Em 1988, foi um dos fundadores do PSDB.

A realidade é mais forte que o discurso

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urante o primeiro governo de Almir Gabriel, foi titular da Secretaria de Planejamento. Jatene foi eleito governador em 2003. Deixou o governo em 2007 e voltou a dar aulas na Universidade Federal do Pará. Agora, o economista Simão Jatene retorna ao governo do Pará. Em juramento, ele prometeu ajudar a “construir uma sociedade livre, justa e solidária”. A Revista Bacana foi até o governador para saber um pouco mais sobre os assuntos polêmicos e as medidas tomadas nesse início de governo.

Revista Bacana - Governador como se dá a escolha dos locais onde serão construídos os hospitais regionais?

Jatene - Os Hospitais regionais não são uma escolha aleatória e sim de acordo com a necessidade da população mapeando distâncias que a mesma precisa se deslocar.

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RB - E como melhorar e atender todo o Estado uma vez que a população alega deficiência nos serviços?

Jatene - Veja bem, vamos implantar cinco hospitais regionais e requalificar os hospitais municipais que hoje não tem força para atender a todos. As requalificações começaram agora mesmo no início do governo, já trabalhamos em prol de 20 requalificações.

RB - E as estradas do nosso Estado? Muito se fala

em criar novas estradas, mas também se fala em revitalização, essa é uma das prioridades da Agenda Mínima? Jatene - Claro, infraestrutura é uma prioridade – seja para o que for: pessoas, mercadorias exportadas e/ ou gerar empregos e renda. Estamos investindo 1 bilhão em infraestrutura, são estradas que precisam ser revitalizadas. E construir não é a meta, mas sim reestrutura-lás. A exemplo disso temos a PA- 279 que falta concluir, a PA-150 e a Alça Viária que necessita de recuperação. Tudo isso tem um custo alto, pontes para manter estradas existentes – tudo representa investimentos.

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Falta tratar com seriedade, ouvir a população do estado. Porque, se não é um desejo da maioria, não será uma emancipação e sim uma amputação

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RB - Criação de dois novos estados Carajás e Tapajós, qual o posicionamento do Governo em relação à divisão?

Jatene - É difícil avaliar o sentimento das pessoas.O assunto não vem sendo tratado como deve. Primeiro o processo de ocupação da Amazônia e do estado trouxe fatores diversos, que contribuíram para o desenvolvimento desigual do Estado do Pará. O Pará vem contribuindo muito para o desenvolvimento do Brasil com minério, energia, etc. Porém, não tem tido da nação a mesma atenção, temos uma renda ‘per capita’ que é metade da renda nacional (tudo que é produzido no Estado).

RB - Então como resolver sem dividir o Estado?

Jatene - O grande desafio é que o pacto federativo brasileiro é ultrapassado e não dá mais conta das necessidades dos estados e municípios .Existe uma falácia quanto aos recursos, gerando insuficiência para atender as demandas da população do estado.

RB - O Estado ficaria desfavorecido com esta divisão?

Jatene - A mineração é desonerada – os produtos que são exportados, não pagam impostos. Logo, tirem suas conclusões lógicas.

RB – Então, para que se compreenda a divisão do Estado e suas causas o que é necessário?

Jatene - Falta tratar com seriedade, ouvir a população do estado. Porque, se não é um desejo da maioria, não será uma emancipação e sim uma amputação. O plebiscito deve acontecer no estado inteiro acompanhado de uma campanha de esclarecimento da população, uma campanha neutra feita pela república e pelo estado. E, a partir de então, opinaremos de acordo com a decisão da maioria. O estado tem que se subordinar aos interesses da população.


RB - Muito se fala em colher os louros do governo passado, isso dito por Petista. Verdade ou lenda?

Jatene - Os índices caem significantemente por que mudou a gestão e a forma de gerir. A apuração dos crimes eram feitos mensalmente, hoje apurase diariamente e todo mês fazemos reunião com o sistema de segurança. O sistema está mais motivado, trabalha feliz. Quanto às afirmações só tenho a dizer: a realidade é mais forte que o discurso.

RB - O escândalo da Assembléia Legislativa do Estado repercutiu em todo o País, o governo tem mandado recuar ou avançar? Tem interferido como afirmam por aí?

Jatene - Eu desafio qualquer deputado a dizer que eu mandei votar assim ou assado. Não interfiro em tais decisões e sabe porquê?Por uma questão de respeito, forma e visão das coisas. Eu assinaria a CPI se fosse deputado! Eu não mando em ninguém. Esse tipo de gestão é para quem tem uma visão velha, imperial, atrasada, da qual o meu governo não é adepto.

RB - Essa crise pode afetar a o estado?

Jatene - Não, porém me entristece a desqualificação dos políticos, que por atitudes e ações desta natureza deixam o poder legislativo enfraquecido, o que gera um descrédito à população.

RB - Outra ferramenta que vem dando certo no governo são as ações desenvolvidas pelo Pró-paz. De onde ele nasceu?

Jatene - Foi um programa criado na gestão passada, que foi desativado pelo governo do PT, foi mantido apenas um braço do projeto que cuida de crianças vítimas de violência sexual. Nesta gestão reabilitamos o Pró-paz e o estado está viabilizando que o programa funcione novamente em sua plenitude. Estamos atrás de recursos para mantê-lo. Nosso objetivo é entregar, até o fim do ano, 10 unidades do programa, que funciona como extensão da escola, uma vez que ainda não implantamos no estado a escola em tempo integral.

RB - Muita polêmica e especulações envolvem o Projeto Belo Monte, qual o posicionamento do governo?

Jatene - O resultado de Belo Monte pode ser a primeira experiência que mudará a lógica da implantação dos grandes projetos na Amazônia. Antes, eles vinham sendo importados sempre privilegiando o resto do país e desprezando a população local quando falamos de mão de obra, então por que não especializar moradores da região em que o projeto se instala.

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desenvolvimento por Taís Fiorese

Prefeita de Abaetetuba tem participação de

destaque em evento internacional A prefeita de Abaetetuba, Francineti Carvalho, esteve participando do 9 Seminário Binacional de Gestão Pública Municipal, realizado entre os dias 11 e 15 de abril, em Santander, na Espanha. O evento reuniu parlamentares e gestores espanhóis e brasileiros, no Palácio de la Magdalena, sede do governo local.

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Abaetetuba: a capital mundial do brinquedo de miriti

Gestão Prefeita de abaetetuba tem participação de destaque em evento internacional A prefeita de Abaetetuba, Francineti Carvalho, esteve participando do 9º Seminário Binacional de Gestão Pública Municipal, realizado entre os dias 11 e 15 de abril, em Santander, na Espanha. O evento reuniu parlamentares e gestores espanhóis e brasileiros, no Palácio de la Magdalena, sede do governo local. O principal objetivo desta iniciativa, organizada pelo Instituto Biosfera e Prefeitura (Ayuntamiento) de Santander, foi apresentar o modelo de gestão pública de Santander, considerado um exemplo bem-sucedido em toda a Europa. A delegação brasileira foi formada por deputados federais e deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais. Os participantes cumpriram uma extensa agenda, que incluiu conferências, mesas redondas, visitas técnicas e culturais em Santander e outras cidades das regiões da Cantábria e do País Basco. Francineti teve uma importante participação neste seminário, recebendo o diploma e a medalha de

Destaque Hispano-Brasileiro em gestão pública municipal. A prefeita de Abaetetuba foi uma das palestrantes de uma conferência sobre Biosfera, com o tema “Planos Estratégicos dos Municípios Brasileiros”. “Aproveitamos essa oportunidade ímpar para apresentar, em um evento dessa importância, nossas potencialidades turísticas e culturais, divulgando, entre outras coisas, a beleza natural das ilhas abaetetubenses e do nosso consagrado brinquedo de miriti”, definiu Francineti.

Cidadania Abaetetuba ganha posto de Identificação Informatizado O Posto de Identificação de Abaetetuba está todo informatizado. O novo sistema entrou oficialmente em operação na sexta-feira (29 de abril), em solenidade que contou com a presença da prefeita Francineti Carvalho e do diretor do Instituto de Identificação do Pará Enéas Martins (DIDEM), Antônio Ricardo Moura. A iniciativa vai permitir a expedição imediata e com toda a segurança do documento de identidade. “Essa é uma grande conquista para o alcance da cidadania pelo nosso povo”, definiu a prefeita.


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Saúde Abaetetuba implanta serviço de atendimento especial a portadores de HIV O Centro de Testagem e Aconselhamento de Abaetetuba conta, agora, com o Serviço de Atendimento Especializado-SAE, que vai possibilitar aos portadores de HIV a prescrição e recebimento de medicamentos no próprio município. A unidade descentralizada de medicamentos do CTA foi inaugurada pela prefeita Francineti Carvalho, que destacou a importância de se implantar esse tipo de atendimento no próprio local de origem do paciente. “Tanto sob o ponto de vista econômico quanto da questão social, essa iniciativa só trás benefícios para o município e para os beneficiados, melhorando a qualidade de vida dos portadores do vírus da AIDS”.

Projeto Santa Rosa Curumim: atendimento materno-infantil mais humanizado no maior Hospital Público de Abaetetuba Quem é que não sonha em dar à luz em um ambiente seguro e saudável para o bebê? Para milhares de mães

abaetetubenses de baixa renda, esse já é um sonho possível de ser realizado. A implantação do Projeto Santa Rosa Curumim resume bem a preocupação do Governo da Vontade Popular em promover atendimento maternoinfantil mais humanizado no Hospital de Santa Rosa. O projeto consiste em uma série de iniciativas que garantam a cidadania plena a todas as crianças que, de alguma forma, recebem cuidados na maior instituição pública de saúde de Abaetetuba, desde o nascimento, passando pelo registro, acompanhamento do desenvolvimento físico e intelectual e, em casos de doença, recursos que minimizam os efeitos, por vezes deletério, do período de internação. Ainda no pré-natal, as mães são incluídas no Programa de Aleitamento Materno Exclusivo, o PROAME, que incentiva a amamentação até os seis meses de vida do


Abaetetuba conta com unidade de atendimento especializado para crianças recém-nascidas

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bebê, mostrando que essa é uma prática que só traz benefícios, desde o afetivo, como o estreitamento da relação entre mãe e filho, até a manutenção da saúde propriamente dita, sendo o leite um importante aliado no combate a doenças como a desnutrição. No PROAME, as participantes são orientadas por uma equipe multidisciplinar, composta por médica pediatra, psicóloga, assistente social, psicopedagoga, nutricionista e técnica de enfermagem. Ao concluir o período de seis meses de acompanhamento, as mães recebem um certificado, numa forma de parabenizálas pelo cumprimento das metas estabelecidas. Concluída a participação no PROAME, as mães continuam vinculadas aos cuidados oferecidos pelo Hospital de Santa Rosa. Como complemento dessa espécie de primeira etapa, mamães e bebês são integrados ao programa NUTRIR MAIS, onde são intensificadas as orientações sobre a importância de uma alimentação saudável e nutritiva. Agora, o acompanhamento é feito desde os seis meses até os seis anos de vida da criança. O Santa Rosa Curumim não se atém à saúde física da clientela infantil. Era preciso garantir a cidadania plena. Para isso, existe o Programa Bebê Cidadão. Todas as crianças já saem da maternidade do hospital com a certidão de nascimento, num serviço sem burocracia, garantido por um posto avançado de registro civil instalado na própria unidade de saúde. Uma das idealizadoras desse programa, quando ainda era secretária municipal de saúde de Abaetetuba, a atual prefeita do município, Francineti Carvalho explica que o sub-registro “tem diversas implicações negativas no desenvolvimento da cidadania. Sem registro de nascimento, o cidadão não terá acesso ao documento de identidade, não poderá se cadastrar como eleitor, não poderá receber benefícios previdenciários ou da assistência social, será impedido de receber carteira de trabalho, fora outras garantias básicas de seus direitos”. Só no ano passado, quatrocentas e trinta e nove crianças nascidas no hospital de Santa Rosa tiveram sua cidadania reconhecida e receberam a certidão de nascimento antes de sair da Maternidade. Atuando em todas as frentes, o Santa Rosa Curumim se preocupa com o bem-estar daqueles pequenos pacientes que, por motivos diversos, encontramse internados no hospital. Para atenuar o ambiente hospitalar, o Santa Rosa mantém a Brinquedoteca Pira Paz, doença não quero mais. Nesse espaço colorido e equipado com brinquedos e objetos lúdicos, as crianças internadas podem brincar, aprender e interagir. Tudo com o auxílio e acompanhamento de psicopedagogas, psicólogas e assistentes sociais, além de estagiários e voluntários.

Abaetetuba é um dos sete municípios paraenses contemplados com uma Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) Neonatal, voltada para o atendimento de crianças recém-nascidas de 0 a 28 dias de vida, que apresentam problemas decorrentes de partos prematuros, desconforto respiratório e outras infecções neonatais. A UCI de Abaetetuba, implantada no Hospital de Santa Rosa, conta com seis leitos e está equipada com aparelhos fotoestabilizadores, que mantêm a temperatura adequada do corpo de um recém-nascido; e balanças de precisão, que evitam a manipulação e o deslocamento dos bebês. Em oito meses de funcionamento, a UCI neonatal de Abaetetuba já realizou 164 atendimentos, com 28 transferências e apenas cinco óbitos. Esse baixo índice reflete o sucesso de uma iniciativa que tem como meta principal a redução da mortalidade infantil.

Educação Governo da vontade popular promove melhorias em escolas das ilhas e anuncia construções de várias unidades de ensino O Governo da Vontade Popular prossegue com a série de melhorias que vem promovendo nas escolas da região das ilhas de Abaetetuba. Em um único dia (5 de abril), a prefeita Francineti Carvalho, acompanhada do secretário municipal de educação Jefferson Felgueiras, esteve em duas localidades, entregando ou dando início às obras e serviços que vinham, há anos, sendo reivindicados pela população ribeirinha. No rio Quianduba, duas unidades de ensino foram totalmente reformadas ou ampliadas de uma só vez. A escola municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que atende a 242 alunos, recebeu melhorias como pintura, reforma geral dos banheiros e serviços estruturais nas suas oito salas de aula. A exemplo do que vem sendo feito em todos os estabelecimentos contemplados por essa nova visão de apoio à educação, a escola conta, agora, com laboratório de informática, sala de leitura e vídeo e uma brinquedoteca, para atender às treze turmas da educação infantil e ensino fundamental. “É a realização de um sonho de mais de trinta anos”, comemora a lavradora e mãe de aluno, Ana Silva. O dia inesquecível para os moradores do Quianduba foi completado com a inauguração do laboratório de informática da escola Dionísio Hage, beneficiando os 310 estudantes de uma das maiores unidades de ensino dentre todas as 72 ilhas do município. “Fico emocionada em poder garantir uma nova possibilidade de futuro a todas essas crianças e a esses jovens, que moram nas ilhas”, concluiu a prefeita Francineti Carvalho. A última etapa dessa maratona de realizações entregues à população ribeirinha foi a assinatura da ordem de serviço, dando início às obras da nova Escola Tomás Lourenço Negrão, no rio Maracapucú -Médio, que vai atender a 221 alunos distribuídos em treze turmas. Ainda este ano, estão previstas as construções das escolas Sagrado Coração de Jesus, no rio Maracapucú-Miri ; 15 de Agosto, no rio Abaeté; Nossa Senhora de Nazaré, na Costa Maratauíra e Santa Terezinha, no rio Furo Grande.


Vale alfabetizar: governo da vontade popular é parceiro nessa iniciativa de promoção da cidadania O programa Vale Alfabetizar concluiu mais uma etapa desse trabalho que tem como objetivo reduzir os índices de analfabetismo entre jovens e adultos em Abaetetuba. A certificação de 450 alunos da cidade, ilhas e centro foi realizada, no dia 28 de abril no ginásio Hildo Carvalho, em solenidade que contou com a presença da prefeita Francineti Carvalho e outras autoridades e convidados. O Vale Alfabetizar é uma iniciativa da Fundação Vale, em parceria com a Prefeitura de Abaetetuba, através da Secretaria Municipal de Educação-SEMEC- e UEPA.

Assistência social Governo da vontade popular inaugura novo CRAS de Beja e amplia oferta de serviços à população da zona rural

pela Associação dos Artesãos de Miriti de Abaetetuba, contou com apoio total do Governo da Vontade Popular. Na abertura, a prefeita Francineti Carvalho destacou a importância dessa arte popular “que é um dos ícones do estado do Pará”. Nos duzentos stands foram expostas e comercializadas quarenta mil peças, entre brinquedos e objetos decorativos e utilitários. Além da feira de exposição, a estrutura do Miritifest incluiu a praça de alimentação, onde era possível se deliciar com a culinária feita à base do fruto do miriti. A programação de palco reuniu artistas locais, em apresentações de música e danças folclóricas e contemporâneas.

Obras Casa própria: sonho de centenas de famílias abaetetubenses vai se tornando realidade

O Distrito de Beja, a 22 km da sede do município de Abaetetuba, esteve em festa no sábado, 30 de abril. A prefeita Francineti Carvalho foi entregar aos moradores da vila-balneário as novas instalações do Centro de Referência da Assistência Social- O CRAS de Beja, que vai atender ainda às comunidades vizinhas do Itacupé, Maúba, Cujarí, Arapiranga, Arienga Centro, Arienga Rio, Apeí, Alto Guajará, Ramal do Maranhão, Pirocaba, Tauerá, Tauerazinho e Guajará. “Demos uma nova estrutura para o CRAS, com o objetivo de proporcionar, com mais comodidade e agilidade, a oferta de serviços de qualidade nos territórios”, destacou a secretária municipal de assistência social, Rita Abreu. Atualmente, essa unidade do Centro de Referência possui três núcleos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil-PETI, totalizando 145 crianças e adolescentes da área de abrangência de Beja. Ali também funciona o Projovem Adolescente, um serviço da Política de Assistência Social, que atende pessoas de 15 a 17 anos. A iniciativa garante a oportunidade de oferecer a 240 jovens residentes em comunidades rurais a participação em atividades que incluem fortalecimento da convivência humana, promoção da cidadania e preparação para o mercado de trabalho. No local, funciona, ainda, o serviço de Convivência de Vínculos, em parceria com a SEMEC, voltado para o atendimento à pessoa idosa. A nova estrutura do CRAS de Beja inclui o Centro de Inclusão Digital, que passa a oferecer, gratuitamente, cursos de informática básica e avançada através do projeto Portal da Cidadania; um auditório, que passará a ser utilizado como sala de múltiplas atividades e espaço de apoio às ações da comunidade; e uma sala de música, para aulas de iniciação musical, com os mesmos recursos do Projeto Tocando a Vida, existente em outros centros de referência.

O Governo da Vontade Popular adotou, como um de seus pilares, a promoção ou total apoio às políticas públicas que garantam moradia a famílias de baixa renda. As obras dos conjuntos habitacionais Abaeteoara I e II, no bairro da Angélica, estão em pleno andamento, como prova desse compromisso assumido pela prefeita Francineti Carvalho. O custo total do projeto é de R$ 5.409 milhões, incluindo recursos do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social e a contrapartida do município, no valor de R$ 1.623. 459, 68. O trabalho é integrado. Enquanto as 230 casas populares estão sendo construídas, a Prefeitura de Abaetetuba prossegue com a seleção dos futuros moradores dessas unidades populares. A escolha dos beneficiados não ocorre por acaso. A prefeitura implantou, inclusive, o Espaço do Cadastro Habitacional, na Casa do Cidadão. Em um ano, foram pré-selecionadas 540 famílias. Todos esses interessados recebem a visita de profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social, a quem cabe verificar se estão sendo cumpridos os critérios básicos para inclusão no programa. Entre os pré-requisitos estão a inclusão obrigatória no Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e renda familiar comprovada inferior a um salário mínimo.Terão prioridade, nessa ordem, famílias com crianças, idosos ou pessoas com deficiência (será contabilizado um ponto para cada uma dessas categorias); e famílias onde a mulher é a provedora do lar (um ponto). Nessas novas áreas urbanizadas serão desenvolvidos projetos para garantir a integração social dos moradores, com atividades que estimulem a convivência harmoniosa. Serão oferecidos, ainda, cursos profissionalizantes e de geração de renda, destinados, principalmente, às mulheres mantenedoras da casa. Todas essas ações serão mantidas com recursos próprios do município e da União.

Abaetetuba: a capital mundial do brinquedo de miriti

Governo da vontade popular amplia pavimentação das ruas em blokret

Abaetetuba mostrou mais uma vez ao mundo a força de seu mais tradicional artesanato. E mais uma vez o Miritifest foi um sucesso. O evento, realizado entre os dia 6 e 8 de maio na praça Francisco Azevedo Monteiro, no centro da cidade, reuniu aproximadamente 30 mil visitantes, atraídos pela beleza e o colorido do artesanato de miriti. O festival, realizado

A Prefeitura de Abaetetuba está realizando, com recursos próprios, serviços de implantação de blokrets nas ruas do bairro de Algodoal e do centro da cidade. Nessa fase inicial, serão mais de cinco mil metros de vias públicas revestidas com essas peças em concreto de alta durabilidade.

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direito por Kaliu Andrade

IPDD na defesa dos

seus direitos

O Instituto Paraense do Direito de Defesa nasceu para ajudar pessoas. Sem fins lucrativos, a Associação irá trabalhar para fortalecer a defesa de todos que têm direito à cidadania. Em entrevista à Revista Bacana, a advogada e Secretária Geral do IPDD, Bruna Koury, abre as portas do Instituto e reponde algumas perguntas. Acompanhe!

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as o que é o IPDD? Sua Constituição Jurídica? O Instituto Paraense do Direito de Defesa – IPDD é uma Sociedade Civil de finalidade social, sem fins lucrativos, criada em forma de Associação, que trabalhará pelo fortalecimento da defesa do direito de defesa, de seus associados como direito à cidadania. A missão da entidade é promover a defesa e proteção de bens e direitos sociais, com o intuito de equilibrar as relações entre o cidadão e o Estado, buscando impedir o abuso e as ilegalidades cometidas pelos poderes público e privado que afetem os interesses do cidadão. O que motivou a criação do IPDD? A necessidade de promover a defesa do direito de defesa, tal como consagrado na Constituição Federal, e dar suporte aos profissionais e demais pessoas, físicas e jurídicas, que lutam para que esse direito seja efetiva e concretamente exercitado, sem restrições ou represálias. Já existe alguma ação que será deslanchada pelo Instituto Paraense do Direito de Defesa? O IPDD foi inaugurado no dia 29 de Abril de 2011. Está, portanto, na sua fase de estruturação. A idéia é de que, depois de devidamente estruturado, o IPDD busque qualificar-se, junto ao Ministério da Justiça, como uma OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.

Quais pessoas serão atendidas pelo IPDD e como elas terão acesso ao Instituto? Qual será o perfil das pessoas atendidas pelo Instituto? Todas as pessoas, físicas ou jurídicas, associadas que tenham seu direito de defesa violado, restringido ou cerceado, poderão contar com o apoio do Instituto. Para isso, basta que elas procurem o IPDD, seja na sede ou através do site. Onde funciona o IPDD? Provisoriamente, o IPDD tem sua sede em Belém, situada na Pça. Amazonas, 68 Jurunas, CEP 66025-070. Tele/fax (091)3222-7183. Site www.ipdd.org.br

Sociedade Civil de finalidade social, sem fins lucrativos, criada em forma de Associação, que trabalhará pelo fortalecimento da defesa do direito de defesa, de seus associados como direito à cidadania.


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fitness

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mbiente fechado, iluminação e música eletrônica. Rave? Boate? Nada disso. É o ônibus itinerante da Academia Greco Forma, o “Bus Bike” que leva aos amantes do spinning uma nova forma de curtir a modalidade. Com serviços exclusivos e atendimento diferenciado a Greco Forma conquistou seu espaço de ponta a ponta da cidade em função das idéias inovadoras e do dinamismo da equipe que não deixa a peteca cair na hora da malhação. Se o ônibus da Greco já causa ‘frisson’ por onde passa o quê dizer do clima familiar que os novos alunos encontram na academia? Já são cinco anos no mercado, sob a administração do visionário Flávio Benetti (38) que já prepara novidades. “Eu sou alto astral e transfiro isso para o meu negócio. Tenho satisfação em carregar comigo o conceito ‘A’ que hoje ela possui”, orgulha-se Flávio. Antenado no mercado ‘fitness’ nacional, o empresário busca soluções e inovações que agradem o seu público. Uma delas é a aula no Kangoo Jump. A modalidade que trabalha o sistema linfático e ajuda a reduzir celulites é uma das grandes novidades do segmento.


por Kaliu Andrade

Criatividade como diferencial na

hora de malhar

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Aqui ou ali, sempre na Greco

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Os alunos que procuram a Greco encontram uma série de novidades que fazem toda a diferença na hora de malhar. Sabe aqueles dias em que você está distante da sua academia e por isso prefere emendar para outro lugar? Na Greco Forma isso não acontece. Você pode se matricular em qualquer uma das unidades. Seja no Umarizal, São Braz ou Marco, você pode malhar em qualquer uma delas sem se preocupar.

Nova unidade Pensando na comodidade dos seus clientes, a Greco já está em processo acelerado com as obras da nova academia, na Augusto Montenegro. “Ali, as pessoas são carentes de boas academias, nosso conceito vai levar até os moradores o prazer de estar na academia, ou seja, em sua segunda casa”, pontuou Flávio. Serão 1.800 m², com o atendimento diferenciado, atividades modernas, profissionais reciclados, muita disposição e alto astral, assim a Greco vai se mantendo no mercado como referência para quem busca saúde, qualidade de vida e boa forma.

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Academia Greco Forma • Av. Almirante Wandekolk, 275, Umarizal Fone: (91) 32427320 • Tv. Castelo Branco, 1123, São Braz. Fone: (91) 3229 04 50 • Tv. Humaitá, 2411, Marco. Fone: (91) 3226 10 40 Site: www.grecoforma.com Siga no twitter: @grecoforma


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desenvolvimento por Taís Fiorese

Projeto

Município Verde

avança

Criado em 2008, o projeto ambiental de Paragominas ganhou projeção nacional e virou programa estadual de governo

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Prefeito Paragominas Adinan Dmachi

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aragominas não pára de colher frutos pelo pioneirismo de criar o primeiro projeto de Município Verde da Amazônia, há 3 anos. Recentemente, seu conceito e prática foram incorporados a um programa estadual – “Municípios Verdes”, um dos primeiros atos do Governador, Simão Jatene, em cerimônia na cidade. Com o status de ter virado um programa estadual, o Projeto “Paragominas Município Verde” ganha mais notoriedade e simpatizantes. A experiência de Paragominas agora ajuda outros municípios paraenses a se adequarem ambientalmente, compatibilizando com a diretriz econômica. Já são quase 90 cidades integradas ao Programa Estadual. O trabalho desenvolvido serviu para a elaboração do guia “Municípios Verdes”, elaborado por quatro mãos, de Beto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) e Adnan Demachki, prefeito de Paragominas, o que vai ajudar as gestões públicas municipais que participarem do programa estadual. “Com isso, as prefeituras vão poder ter em mãos dicas valiosas e um caminho a seguir para conquistar a credibilidade ambiental e desenvolver ações na área com mais segurança, coisa que não tivemos em Paragominas. Aprendemos com os nossos erros a construir um novo tempo para a cidade”, afirma Demachki. Em junho, na semana do Meio Ambiente a Ordem dos Advogados do Brasil realizará em Paragominas, o III Encontro Nacional das Comissões

de Meio Ambiente. Uma homenagem que o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, faz questão de promover em reconhecimento ao “Projeto Paragominas Município Verde”. Para o prefeito Adnan Demachki, essas são conquistas que se devem ao trabalho coletivo realizado em Paragominas, fruto da união dos setores e do entendimento da sociedade civil. “Não fizemos e não fazemos nada sozinhos. Contamos com muitas mãos, buscando a excelência no que já é desenvolvido aqui. Juntamos nossos ideais, nosso empreendedorismo e transformamos o projeto no sucesso que ele é hoje. O governador Jatene acompanhou desde o início do projeto e o transformou em programa estadual, pois sabe que a questão ambiental deve ser priorizada”, afirma Demachki. O projeto também comemora três anos de educação ambiental nas escolas municipais. De forma transversalizada, ou seja, incluída nos conteúdos das matérias tradicionais, como matemática e português, mais de 30 mil crianças aprendem a cuidar melhor do meio ambiente e os professores, o desafio de inserir noções de educação ambiental na matéria. A educação ambiental de Paragominas também ganhou reconhecimento e vez no Programa Estadual. A silvicultura ou reflorestamento, ganha mais espaço no cenário produtivo da cidade. Depois do estudo elaborado pela ONG TNC, parceira do “Paragominas Município Verde”, que apontou mais de 300 mil hectares para o crescimento da atividade, junto com a pecuária, muitos empreendedores começaram a investir no ramo


e, com isso, ajudar no reflorestamento de Paragominas que hoje, conta com mais de 55 milhões de árvores plantadas. A TNC também conclui o Cadastramento Ambiental Rural do município. Hoje, mais de 95% dos imóveis rurais possuem o CAR e pequenos produtores estão se cadastrando com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e ONG Imazon, também parceira do projeto desde o início. Inclusive, desde 2008, o Imazon faz o monitoramento do desmatamento na região de Paragominas. O relatório mensal é enviado à Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Detectado algum foco, técnicos da secretaria, munidos de GPS e as coordenadas geográficas vão in loco confirmar ou não o desmatamento. Dois pactos foram determinantes para o sucesso do projeto. O primeiro, feito no começo, o pacto pelo Desmatamento Zero, onde 51 entidades assinaram e se comprometeram a não desmatar. O segundo, pelo produto Legal e Sustentável, que transforma a forma de produzir, com foco na preservação ambiental.

Outras conquistas O ano de 2010 foi muito comemorado por Paragominas pelas conquistas. Em março de 2010, o município sai da lista do Desmatamento, publicada todos os anos pelo Ministério do Meio Ambiente; a nova ministra, Izabella Teixeira, baixa uma portaria dizendo que a cidade tornar-se-ia área prioritária de investimentos na Amazônia; os créditos agrícolas voltam; Paragominas conquista seu primeiro Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente; consegue 90% do Cadastro Ambiental Rural dos imóveis rurais do município; reduz em 90% o desmatamento; Distrito industrial de Paragomainas

Fábrica de MDF, abaixo governador Simão Jatene visitando parque ambiental

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cidade por Fernando Araújo

A nova (e bela) cara do

Palacete Pinho

Patrimônios históricos nada mais são que bens materiais, naturais ou imóveis que possuem significado e importância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade. Estes patrimônios foram construídos ou produzidos pelas sociedades passadas, e por isso representam uma importante fonte de pesquisa e preservação cultural.

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m Belém, no aniversário da cidade (12/01/11), a população recebeu de presente, devidamente restaurado, o Palacete Pinho. Prédio tombado pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A reforma do antigo palacete resgatou nossa história em um trabalho minucioso que respeitou todas as características do prédio. Cada detalhe de portas, paredes, piso, azulejos, entre outros, foi reparado para ficar como no projeto original. Assim, foi possível manter a memória dos tempos áureos da cidade. Com a restauração, a ideia é de que seja criado no Palacete Pinho um espaço cultural. “Pretendemos criar um espaço cultural onde a população possa produzir arte. A ideia que estamos apresentando é a criação da Escola Municipal das Belas Artes, onde a população aprenderia sobre a nossa cultura e a desenvolveria. Teremos com o Palacete Pinho um espaço para diversos laboratórios de produção cultural”, declarou o prefeito de Belém, Duciomar Costa. “As obras de revitalização retomaram em setembro de 2009. Na primeira etapa, contamos com a Vale e a Eletrobrás. Na segunda, foi apenas a prefeitura. As duas totalizaram cerca de R$ 4 milhões. Esta



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revitalização é resultado de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), que entrou durante a segunda etapa para fiscalizar a obra, e a Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), que estão executando as obras com recursos próprios da prefeitura”, completou o prefeito.

Outros patrimônios serão revitalizados “Através da Fundação Cultural de Belém Fumbel – temos a Lei Tó Teixeira, que todos os anos contempla com isenção do IPTU as empresas que participam dos diversos projetos culturais e esportivos. Alguns envolvem crianças, outros apenas adolescentes nos mais variados ramos artísticos como música e pintura. Em 2010, aprovamos mais de 400 projetos. Este ano, aumentamos para mais de 500 projetos aprovados. Além desse tipo de resgate cultural da população, também estamos valorizando e preservando nosso centro histórico. Fechamos parceria com as Tintas Coral no projeto “Portal das Cores” para revitalizar as fachadas dos casarões do nosso centro e, com isso, já temos cerca de 15 casarões com fachadas reformadas na Boulevard Castilho França”, finalizou entre sorrisos, o prefeito. Preservar o patrimônio histórico nos faz “ricos” de significado, como cidadãos. Com laços culturais e históricos devidamente valorizados.

Curiosidade

Tombar um patrimônio significa que ele não pode ser demolido, nem mesmo reformado. Pode apenas passar, como passou o Palacete Pinho, por processo de restauração, seguindo normas específicas para preservar as características originais da época em que foi construído.


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empreendimento

por Jússia Carvalho

Belém Alimentos, inovação e diversidade em Marituba

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ualidade, conforto e praticidade. São conceitos que podem resumir a nova loja de Marituba da Belém Alimentos. O atendimento é um diferencial, além da variedade de produtos encontrada na antiga loja da Augusto Montenegro, agora, há novos serviços: papelaria, com materiais escolares e para escritório; peixaria; padaria e açougue. A Belém Alimentos Marituba é a loja com a maior variedade de perecíveis para atendimento de Food Service. O empreendimento é ainda maior, um complexo com 38 salas comerciais está sendo construído no local. As lojas que forem ficando prontas serão inauguradas pouco a pouco. Dessa forma, até julho o complexo estará completamente concluído, com marcas como Ótica Diniz, Laboratório Beneficente Belém, Extrafarma, Icebode, além de restaurante, salão de Beleza e depilação, para reunir em um só lugar tudo que você precisa.


Ao longo de seus 5 mil m², a nova filial oferece mais de 30 mil produtos organizados de uma forma que facilita que os clientes encontrem os produtos, pois segue a lógica de como são organizados nas casas de cada pessoa. A Belém Alimentos atende mais de 70 municípios do Pará, com fornecimentos de produtos no atacado, varejo e distribuição. O segmento de “Atacarejo” tem se tornado uma opção cada vez mais frequente para o consumidor que quer economizar, mas que também não abre mão de conforto e qualidade. Pensando nesse público, a Belém Alimentos inovou. Hoje, a filial de Marituba é um dos Cash and Care mais modernos do Brasil.

Belém Alimentos Online

Augusto Montenegro

Os preços são mais baixos, a variedade de produtos é maior: isso todo mundo sabe. A novidade são as promoções online. Quem segue o perfil o Belém Alimentos no Twitter (@BelemAlimentos) ou no facebook fica sabendo com rapidez sobre os descontos do dia. Além de poder participar de promoções que acontecem por lá. O site www.belemalimentos.com.br vai passar por renovações para que os atendimentos sejam também online, facilitando a vida dos clientes.

Segundo o Diretor Executivo da Belém Alimentos, Roberto Malan, até o final de 2012 passará por reformas, para atender às necessidades do público, trazendo muitas novidades. Os horários das duas lojas são diferenciados. Na Augusto Montenegro, o atendimento é de 7h às 21h, de segunda a sábado e das 8h às 13 no domingo. Já em Maributa o funcionamento é de 6h às 21h, de segunda a sábado; e das 7h às 12h30, no domingo.


entrevista

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úcio é filho de Anivaldo Vale, uma das personalidades políticas mais respeitadas do Pará e do Brasil, e de Ana Dutra de Souza Vale. Lúcio teve uma vida parecida com a de milhares de brasileiros, estudando e trabalhando desde cedo. Deu seus primeiros passos profissionais seguindo o exemplo do pai, como auxiliar de serviços gerais do Banco do Brasil. Cursou Ciências Contábeis, na Universidade Cândido Mendes no Rio de Janeiro, formou-se em Administração de Empresas, em 2003, pela Universidade Paulista de Brasília Lúcio Vale concorreu pela primeira vez a um cargo eletivo em 2006. Aos 32 anos, obteve mais de 57 mil votos e tornou-se o deputado federal mais novo do Pará. Lúcio é mineiro de nascimento e paraense de coração. Mudou-se para o Pará ainda com dois anos de idade, mais precisamente para a cidade de Capitão Poço. Lúcio é casado, pai de um filho e adora a família, os amigos e esportes como o futebol, muay thai e jiu jitsu. Lúcio Vale foi diretor-geral da Secretaria Municipal de

Saúde de Belém e Assesssor Parlamentar em Brasília por 12 anos ao lado de seu pai Anivaldo Vale. Acostumado a acompanhar o pai em suas andanças pelo Estado, habituou-se a ouvir das pessoas o desejo de mudanças e o anseio por uma vida melhor. Essa experiência foi decisiva para definir seu ingresso na política. Para Lúcio, Anivaldo Vale, seu pai, é o melhor exemplo de homem público, com quem absorveu desde criança valores como o respeito ao trabalho e ao próximo, além da importância de batalhar para conquistar espaço por seus próprios méritos. No primeiro mandato Lúcio foi responsável pela liberação de mais de 17 milhões de reais para obras e investimentos em todo o Estado do Pará, tendo sido o deputado federal paraense campeão de recursos junto ao Ministério do Transportes. Lúcio foi reeleito em 2010 com mais de 142 mil votos. E é hoje um dos líderes do Partido da República no Congresso Nacional e uma das principais lideranças


por ASCOM

Lúcio Vale, uma tragetória em busca de

um ideal O Deputado Federal Lúcio Vale foi um dos campeões de voto nas últimas eleições, despontando como uma jovem liderança do Pará. Lúcio fala ao Bacana sobre sua trajetória, a consolidação do crescimento do seu partido, o PR, e o que sonha para o futuro do Estado.

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jovens do Pará. Apesar disso tudo, Lúcio diz que o mérito por tudo que conquistou foi graças a força do trabalho, do tutano na canela e a dedicação de seus amigos e correligionário. Deputado Lúcio, o senhor tem em casa uma referência na política do Pará, Anivaldo Vale, que é seu pai e presidente de seu partido no Estado, o PR. Ele já te ensinou todas as lições que um político precisa saber? Marcelo, com ele eu aprendendo todo dia, é meu maior exemplo de homem público, uma referência na minha vida pessoal e política. Com certeza carrego comigo seus ensinamentos e a preciosidade das lições de sua convivência. Mas tenho certeza que ainda vou estar muito tempo ao seu lado para ouvir suas orientações e também crescer com as minhas próprias experiências. Pois sempre temos algo a aprender e a ensinar. A vida é uma troca constante e ninguém melhor do que ele para dividir a luta por um Pará mais justo.

O Partido da República tem apenas 4 anos e hoje possui importantes prefeituras no Estado, o vice-prefeito da Capital, uma grande bancada de deputados estaduais e centenas de lideranças. Deputado Lúcio, a que se deve o crescimento tão rápido do PR no Estado do Pará? Na verdade o PR é um partido que tem crescido em todo o Brasil, apesar de jovem é composto por pessoas experientes e visionarias quanto ao olhar do desenvolvimento. O Partido da República surgiu da necessidade de uma parcela da sociedade que tem no coração o clamor por justiça social, que acredita no desenvolvimento através da liberdade e do progresso organizado. Temos a convicção que essas forças aliadas podem criar um Estado com oportunidades para nossa geração e a de nossos filhos, e tenho a certeza que a partida para um futuro melhor já foi iniciada. O povo paraense entendeu a proposta do PR e escolheu a força da juventude aliada a experiência

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de quem já fez muito pelo Pará. Essa fórmula foi testada e aprovada nas urnas pelos eleitores, e em dois pleitos consecutivas o nosso partido se saiu como campeão do crescimento. O eleitor de nosso estado amadureceu, se mostrou mais experiente e soube reconhecer nossas ideias e o valor de nossas lideranças.

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O senhor foi eleito como um dos deputados federais mais bem votados do Pará, isso não aumenta a responsabilidade desse novo mandato? Com certeza Marcelo, no meu primeiro mandato pude iniciar um projeto pro Pará que teve como característica principal o investimento no crescimento dos municípios. Dediquei emendas para infraestrutura que se materializaram em construção e reformas de estradas, pontes, hospitais, escolas, creches, e que até levaram universidades para o interior do estado. Viabilizei recursos para prefeituras investirem no social e melhorarem a vida de quem vive na capital e no interior. E agora, com mais experiencia, tenho a certeza que estou preparado pra seguir nesta batalha em favor dos anseios do povo do meu estado. A experiência para o homem público é uma aliada importante, aprendi muito nesses quatro anos e agora pretendo utilizar todo este conhecimento que adquiri para atrair mais investimentos e recursos para o desenvolvimento do Pará, levando o progresso até a vida das pessoas que amam como eu esse estado. A que o senhor atribui esse crescimento? Sempre que trabalhamos focados em objetivos concretos e com planejamento as chances de se obter sucesso são enormes, mas acredito que quando a gente ama o que faz pode ir ainda mais longe. Sou grato ao povo do Pará pelo reconhecimento desse empenho, pois é pra eles que dedico toda minha energia. Nesses quatro anos do meu primeiro mandato andei muito pelo estado e pude identificar, olhando no olho das pessoas, suas necessidades, seus anseios e seus sonhos, com isso pude acertar mais do que errar. Em cada emenda parlamentar ou recurso viabilizado em Brasília para prefeituras do Pará, sabia que estava contribuindo para melhorar a vida das pessoas que moram naquelas cidades, vilas ou distritos. Acredito no trabalho focado no desenvolvimento municipalista e acho que o Pará acreditou nessa proposta e veio comigo.

O senhor é reconhecido como um deputado federal que trabalha muito pelo interior. Mais quais os investimentos que o senhor trouxe para capital? Trabalhamos muito por Belém também, talvez não tenhamos divulgado o tanto quanto realizamos. Por exemplo, o Portico da Metropole tem investimentos nosso, também trouxe recursos para infraestrutura e o social, definitivamente o povo da capital não foi esquecido no meu primeiro mandato. Ajudamos muito o prefeito Duciomar em Brasilia a levantar recursos para investimentos que se transformaram em grandes obras. Isso é a prova de que sempre lutei por Belém, a cidade onde hoje eu moro. Nossa capital serve de referencia para todo o estado, se a capital vai bem, a sensação é que todo o estado vai bem, então sabemos da importância de trazer recursos para melhorar a vida de quem mora na metroppole mais importante da região norte. Não podemos esquecer ainda que O PR colabora com uma bancada de vereadores atuantes, e isso também é importante para o desenvolvimento da capital. O PR terá candidato a prefeito de Belém nas próximas eleições? Belém precisa ser entendida como uma metrópole complexa, onde seus problemas precisam ser discutidos e pensados junto com os demais municípios da região metropolitana. Entendemos que só a união de todos esses atores pode trazer soluções a problemas comuns, como o transporte, o lixo, a saúde e a segurança. O PR tem um quadro de lideranças que hoje lhe credenciam sim, a pensar em candidatura própria, mas esse é um tema que ainda é muito cedo pra ser decidido. Temos que ouvir as bases, discutir propostas e avaliar o cenário político que se desenha. Deputado o senhor considera então a possibilidade de ser um desses nomes para as próximas eleições municipais? Se essa for uma alternativa viável para Belém, o alicerse de uma construção política que leve o desenvolvimento ao nosso município, não vejo porque não avaliar com carinho essa possibilidade.


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cultura

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por Fernando Araújo

Indo e vindo pela

Praça da

República Domingo, oito da manhã, nossa equipe tem uma missão: desbravar a Praça da República. Fotógrafo, produção e eu pulamos cedinho da cama, fizemos um mapeamento da praça e de suas manifestações e fomos ao trabalho. Nosso interesse: mostrar a enorme diversidade que ali se encontra, todo santo domingo.

L

ocalizada no coração de Belém, nosso objeto desta matéria, a Praça da República, reúne um grande número de monumentos históricos: o Teatro da Paz, o Bar do Parque, o Teatro Experimental Waldemar Henrique e o Núcleo de Artes da UFPA. Mas escolhemos um domingo para visitá-la (como a maioria da população que vive aqui) por ser este dia que a praça se torna um palco enorme de artistas, comerciantes, ambulantes e outras coisas mais. Pois bem, nosso passeio começou em frente ao edifício Manoel Pinto da Silva e de lá avistamos o que sempre foi característico do local: a grande concentração de hippies. São verdadeiros artistas, inclusive na hora de negociar suas mercadorias feitas com miçangas, sementes, penas, linhas, aços... Saímos do setor hippie e nos deparamos de cara com o que muitos que ali trabalham chamam de “zona da pirataria”. O local se estende por todo o lado que passa pela Presidente Vargas, até o ladinho do Bar do Parque. Para comprovar o porquê desta denominação do local, tive que ir conferir o que realmente se vende nas barracas. Encontrei de relógios de grifes a filmes que ainda estão na primeira semana de exibição nos

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cinemas. Fizemos de tudo para que vendedores não nos notassem como imprensa, porque temíamos que eles não nos recebessem bem, mas ao contrário, eles não demonstram nenhuma preocupação com isso. Caminhei até lá e fui até bem atendido. Se não fosse muita cara de pau de minha parte, teria saído de lá com o DVD do filme “O turista”, que custa apenas dois reais. Marcelo, de 42 anos, estava na praça com a família. “Meu roteiro de hoje era outro, mas minha filha fica seduzida com o consumismo que pode praticar aqui. Eu venho, até gosto, acho uma boa opção de passeio, pela arte que se vê aqui, pelo aspecto cultural, enfim... me sinto seguro, a não ser com

Eu venho, até gosto, acho uma boa opção de passeio, pela arte que se vê aqui, pelo aspecto cultural, enfim... Marcelo, economista, 42 anos



algumas coisas que vemos, tipo com profissionais que trabalham com botijões de gás”, disse o economista que na, ocasião, também estava com a neta. Discos, CDs, calçados em couro, tênis, brinquedos, vendedores de refrigerantes, sorvetes, picolés... anúncios em mega fone...tinha de um tudo. Aliás o Bar do Parque também reunia um grande número de pessoas. Umas ‘matando’ tempo, outras à espera de amigos e muitas delas aguardando a hora de se dirigir ao bairro da Cidade Velha para a saída do bloco de rua comandado por Eloy Iglesias. Faziam ali uma espécie de “pit stop” para seguir com a programação do domingo. Da área de “pirataria” seguimos para o setor de “artesanato”. Sorridente e talentoso, Carlos (31) foi o primeiro que nos causou interesse. Sua arte?

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A Praça da República é um elemento de grande destaque e importância devido ao seu alto grau de significação histórica e beleza. Como parte de sua história, encontramos os nomes de Arthur Índio do Brasil, Barão de Marajó, Silva Rosado e Antônio Lemos, como responsáveis pelas principais reformas e melhoramentos introduzidos no local, como calçamento de ruas, instalação de equipamentos decorativos, colocação de monumentos e coretos e, principalmente, a conformação de seu aspecto paisagístico, com a delimitação de passeios e jardins internos. Com isso, a Praça da República ganhou, no final do século XIX e início do século XX, os contornos e perfis que hoje a caracterizam como uma das mais bonitas de nossa cidade. Faz monumentos usando como matéria-prima a sucata. O artista paga uma taxa de 35 reais por mês para ter seu espaço na praça, assim como os demais legalizados que ali estão, e tira, em média 1.500 reais em um mês considerado “fraco”. Única fonte de renda de Carlos, o trabalho já lhe rendeu convites para expor e fazer sua arte em outros países como a França. Do espaço de Carlos avistamos uma grande concentração de pessoas em frente ao teatro Waldemar Henrique. Uns curiosos, outros a fim de ver sua imagem retratada num papel. Estávamos no espaço de Lenine, que já está ali há mais de 20 anos em uma área, segundo ele, cedida pelo diretor do teatro. De realismos (pintura da própria pessoa) a caricaturas, o trabalho de Lenine custa de 10 a 100 reais, e dura, no máximo, 20 minutos. Produção que faz com que o artista lucre até mil reais a cada domingo. Já suados resolvemos procurar água para beber. Passamos por barracas que vendiam guardanapos, sabonetes neutros, colares, pelúcias...por pessoas com carrinhos de bebês, vendedores de ratinhos, pessoas fazendo ações promocionais de faculdades particulares da cidade... até que chegamos no setor talvez mais disputado da praça: o de alimentação. Nossa intenção era só uma garrafinha de água, mas com tudo aquilo que vimos ficou difícil não se envolver e saber um pouco mais. Encostamos na barraca Delícia do Pará, que nos chamou atenção

pelas guloseimas e também pela forma higiênica de apresentação dos alimentos. Falamos com Daniele, filha de dona Maria, proprietária da barraca, que nos disse que a família já ocupa o espaço há mais de 15 anos e que conseguiu conquistar, a partir das delícias que produzem, fiéis consumidores. “Tudo que é feito é fiscalizado pela nossa associação. Eles se dirigem até nossa casa para fiscalizar tudo, as condições de higiene e a forma de preparo do que vendemos aqui”, nos contou Daniela entre um atendimento e outro. Papeamos, matamos a sede e logo fomos conferir o espaço onde um colorido seduz a distância: o setor de venda de peixes ornamentais. Falamos com Emilson (41) que comercializa peixes que variam de três a


cinquenta reais. Na verdade, ele comercializa tudo referente ao tema: aquário, acessórios, alimentação e os peixinhos. Engana-se quem pensa que os peixes são atrativos apenas infantis: “muitos adultos e idosos compram como terapia”, entregou o comerciante que nos disse que a venda é fiscalizada pelo IBAMA, que fiscaliza o GTA animal, e ainda pela Delegacia do Meio Ambiente - DEMA. Logo avistamos alguns quadros. A beleza é ímpar e até mesmo sem que eu indicasse que iria para lá, meu fotógrafo saiu logo pegando vários ângulos das peças que encantam pela minúcia do trabalho e pelo colorido. Encostei e falei com Ermínia (psicóloga) e Rogério (engenheiro), parceiros de trabalho na arte da pintura de telas. 3.600 reais é o valor de uma das peças que encontramos no espaço de Ermínia e Rogério. “Usamos o espaço como uma vitrine para mostrar a nossa arte e daqui almejamos agendar visitas para pintar obras para apartamentos e casas de grandes clientes”, disse Ermínia, que tem ateliê próprio e divide o valor da compra para seus clientes em até três vezes no cartão de crédito. Testemunhamos um caso de alguém querendo vender um cão para não abandonar. Era seu Humberto (45), que não tinha como sustentar um Husck Siberiano de 8 meses. Mas na praça também tem muitas pessoas que comercializam cães por até dois mil reais, devidamente vermifugados e até castrados.


inclusão social por Benigna Soares foto Larissa Gorayeb

Inclusão Produtiva: Mais de 5 mil famílias

beneficiadas

O 66 R E V I S T A B A C A N A • 9 • 2 0 1 1

mercado de trabalho está cada vez mais exigente. Como conseguir uma vaga sem capacitação? Pensando na grande demanda de famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, desde 2005 a Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), iniciou um processo de combate à pobreza a partir da inclusão produtiva com capacitação profissional. Já são mais de 5 mil famílias beneficiadas. Um trabalho fortalecido com a inauguração, em janeiro, pelo prefeito Duciomar Costa e pela presidente da Funpapa, Carolina de Pinho Ferreira, do Centro de Inclusão Produtiva – CIP. O espaço oferece capacitação nas áreas de construção civil, cabeleireiro, estética, operador de caixa, recepcionista, garçom, garçonete, manicure, informática e outros escolhidos pelos próprios usuários. Este ano, a expectativa é atender mais de 3 mil famílias, beneficiárias dos Programas Bolsa Família (PBF), de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e Benefício da Prestação Continuada (BPC), que também funciona no espaço, entre outros. Os cursos são escolhidos pelos próprios usuários. “Fizemos um estudo com os beneficiários sobre os cursos pelos quais eles se interessavam”, diz Keila a coordenadora do CIP, Keila Araújo “É muito gratificante ver que essas pessoas, com histórias de vida tão diferentes, marcadas pelo sofrimento e carências saírem do CIP transformadas, com auto estima elevada e encaminhamento para um emprego, que vai lhes garantir dignidade e melhoria de vida”, afirma a presidente da FUNPAPA. O Grupo Formosa, Lojas Otoch, Grupo Líder, Coocefet, Sine, Portal do Trabalhador, Casa do Trabalhador, Fundo Ver-o-Sol, empresas diversas de ônibus, Allure, entre outros, são parceiros do CIP, responsáveis pelo acolhimento da mão de obra capacitada. “Esperamos também novas empresas, órgãos públicos, entidades que queiram nos ajudar na inclusão social das famílias, em sintonia com a Política Nacional e a Política Municipal de Assistência Social, com profissionalização, acesso ao mercado de trabalho, dignidade, bem estar e qualidade de vida aos nossos usuários”, conclui Carolina Ferreira.

Funpapa

- Em 2010, um total de 65.783 famílias, foram atendidas pela Funpapa, correspondendo a 197.349 pessoas beneficiadas. Deste total, 63.763 foram atendidas com serviços e programas da Proteção Social Básica nos 11 Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), inseridas no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF, Bolsa Família, Benefício da Prestação Continuada (BPC), Projeto de Inclusão Produtiva, entre ouros. Foram cadastradas no Programa Bolsa Família 98.666 famílias. Já a Proteção de Média Complexidade atingiu cerca de 5.470 pessoas, o que corresponde a aproximadamente 1.656 famílias nos três Centros de Referência Especializada (CREAS), Programa de Carolina de Pinho Ferreira Massoud Presidente da FUNPAPA

Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), entre outros. Nestes espaços a prioridade é a prevenção da violação de direitos, especialmente da violência sexual praticada contra crianças e adolescentes. Ainda em 2010, a Funpapa atendeu 1.218 pessoas em situação extrema de vulnerabilidade social, risco pessoal e social por meio dos serviços, programas e espaços de Proteção de Alta Complexidade, que integram cinco abrigos, uma casa de passagem, além de espaços conveniados.

Gestão - A Funpapa entre 2005 e 2009 foi presidida por Maria Costa, gestora de órgãos públicos. De 2010 a 2011 assumiu a advogada e engenheira Carolina de Pinho Ferreira, que tem priorizado o investimento em campanhas de prevenção contra a violação de direitos, especialmente contra o trabalho infantojuvenil, abuso e exploração de crianças e adolescentes. Para isso, lançou no início de 2010 a Campanha Municipal de Prevenção da Violação de Direitos da Criança e Adolescente para sensibilizar a sociedade a não dar esmola e para que denuncie ao Disk 100 situações de violação de direitos. Este ano deu visibilidade nacional ao Pará ao ser anfitriã do 13º. Encontro do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas). Carolina é presidente do (Coegemas-Pará). Adriana Rocha, 38 anos (beneficiária do CRAS Outeiro): “Encarei o curso como uma oportunidade única, pois eu nunca tive a chance de me qualificar em nenhum momento da minha vida. Aqui os professores são excelentes e nos ajudam a elevar a nossa auto estima”. Simone Cavalcante, 25 anos (beneficiária do CRAS Icoarací): “ Eu era uma pessoa com muita dificuldade para me comunicar com as pessoas, com o curso eu superei esse problema e sei que já dei o passo essencial na minha vida profissional”. Lucilene do Anjos, 31 anos (beneficiária do CRAS Guamá): “O curso de estética e depilação está me trazendo muitas oportunidades. Hoje eu sou outra pessoa, já tenho o meu emprego e muitos sonhos, como o de abrir meu próprio salão de beleza” Deise Moraes, 35 anos (beneficiária do CRAS Cremação): “Antes de fazer o curso de garçonete eu estava sem saber como seria a minha vida profissional, faltava uma motivação na minha vida. Este curso não foi mais um na minha vida, este foi o curso da minha vida. Já estou realizando trabalhos em alguns eventos”.

Serviço - O Centro de Inclusão Produtiva (CIP), da Fundação Papa João XXIII (Funpapa), está localizado na Av. José Bonifácio, nº 578 - entre Gentil Bitencourt e e Magalhães Barata. No local também funciona o Pólo Municipal BPC Belém.


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empresa por Fernando Araújo

Wigor Oliveira, contribuindo com o crescimento da

ASPEB

Depois de em seis anos, Wigor já passou praticamente por todos os departamentos da Aspeb, o que facilitou sua chegada à condição de diretor.

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W

igor Oliveira nasceu praticamente junto com a Aspeb e, por conta disso, passou a adolescência acompanhando o processo de crescimento da empresa. Logo aos 18 anos de idade iniciou carreira profissional na função de atendente, cargo que o colocou diretamente em contato com os clientes. Esse trabalho permitiu com que o jovem conhecesse melhor e de perto as necessidades da empresa, facilitando com que este “feedback” fosse melhor entendido no momento de satisfazer o seu público.

Observação de mercado, satisfação do cliente & sucesso Aliás, observação e experiência são muito valorizados na empresa, que tem nestas bases o segredo de seu sucesso. Em 1990, quando a Aspeb foi fundada e ainda funcionava em uma pequena sala do centro comercial de Belém (região do comércio), sua missão era a comercialização de seguros de vida coletivos para funcionários públicos, papel desempenhado de forma satisfatória. Por volta de 1999, com uma boa observação de mercado, a empresa passou de simples corretora e começou a agregar ao seguro de vida uma série de benefícios e serviços, criando um produto diferenciado e mais atrativo, atendendo diversas necessidades dos seus clientes, desde a cobertura de seguro de vida e auxílio funeral, até mesmo necessidades do seu dia-a-dia, com uma vasta rede de convênios distribuídos por toda região norte do país, tais como hospitais, clínicas médicas, odontológicas, laboratórios, supermercados e farmácias, dentre outros. A Aspeb deixava assim de comercializar apenas seguro de vida, passando a oferecer além da segurança outros benefícios que poderiam ser usufruídos no cotidiano, permitindo, assim, mais tranquilidade aos seus clientes. A princípio, o público alvo da Aspeb era o funcionalismo público nas esferas federal, estadual e municipal através do sistema de consignação em folha de pagamento, mas nos últimos dois anos a empresa vem direcionando o seu produto também para empresas privadas, em virtude da grande procura que se confirma com os resultados atuais, ultrapassando a marca de 10 mil clientes nessas empresas. “Nesta modalidade de atuação, oferecemos um grande produto a custos baixos para os clientes, e sem nenhum ônus para o empresário ou gestor público que oferecer esta segurança e tranquilidade aos seus colaboradores”, explica Wigor Oliveira.

Seguros de vida para funcionários públicos e de empresas privadas, além de seguros individuais


Nesta modalidade de atuação, oferecemos um grande produto a custos baixos para os clientes, e sem nenhum ônus para o empresário ou gestor público que oferecer esta segurança e tranquilidade aos seus colaboradores

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Hoje a matriz da empresa está localizada na Av. almirante Barroso, em Belém(PA), estrategicamente posicionada em uma das principais avenidas da cidade, o que oferece comodidade aos clientes, uma vez que neste logradouro trafegam quase todas as linhas de ônibus. “Grande parte do sucesso da empresa, deve-se à grande equipe de funcionários e colaboradores que continuam crescendo junto com a Aspeb, ajudando a torná-la cada vez mais uma referência para o mercado de seguros na região norte. Temos uma visão inovadora e por conta disso criamos novos produtos sem perder o foco de atuação, exemplo disto, é a criação do plano para empresas privadas e o seguro de vida individual, que passaram a ser comercializados nos últimos anos (ambos hoje representam números significativos no resultado da empresa) e mais, em breve entraremos em outros ramos do seguro, como o de automóveis e residencial”, adiantou o empresário.

enefício Aspeb b oso, 710 ante barr Av. Almir 009 7600 )4 Fone:(91 14 4009 76


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comportamento por Káthia Marques

Tradição??? Você já imaginou uma festa de casamento em um buffet infantil ou no estilo festa à fantasia? E, ao invés de valsa, sertanejo universitário para embalar a primeira dança do casal ou até mesmo o tema do famoso filme “Dirty Dancing” com direito à coreografia e tudo?

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ois é, parece que as coisas mudaram um pouco quando o assunto é casamento e o tradicional escancara as portas para o moderno, que vem com tudo. A forma como os casais estão se conhecendo já vem mudando há algum tempo, Hoje, é bem mais comum casais se conhecerem pela internet ou aprofundarem seus laços através dos meios que ela oferece. E são casais como esses que também fazem questão de uma cerimônia mais moderna, cheias de ousadia e surpresas, fugindo um pouco da igreja, da marcha nupcial, rosas, valsa etc. Já faz um tempo que as máscaras, óculos e plumas coloridas, sandálias de dedos e lembrancinhas divertidas ajudam a compor essas festas mais moderninhas. Os lugares também têm sido um pouco diferentes, como boates, museus, pontos turísticos, praias e até buffet infantil. Na verdade, tudo pode ter um toque diferente já que o que vale é realizar o sonho dos noivos e não seguir “tabus” ou o desejo dos pais pra lá de tradicionais. Hoje em dia, também já é mais comum que os próprios noivos ‘banquem’ suas cerimônias, ao invés dos pais e, muitas vezes, isso é feito com um pouco de sacrifício. Esse é mais um dos motivos para que esses casais queiram que tudo saia com a cara deles, ou seja: atual, moderno, arrojado e inovador. Mas nem por isso, os pais ou os convidados mais tradicionais ficam de fora da farra. Muitos casais começam a realizar casamentos temáticos, onde todos trajam fantasias. Mas, afinal, o vestido branco e o fraque do noivo, de certa forma, também não são fantasias especiais para a cerimônia de casamento? Então por que não variar? Entre os temas já usados por aí estão: medievais, desenhos infantis, príncipes e princesas, góticos, super heróis e acreditem, até Star Wars. s convites escritos a mão com caneta tinteiro dão lugar a convites personalizados, com histórias em

quadrinhos, formatos de jornais, sandálias de dedos com o nome dos noivos, a data e o local da cerimônia, convites em formato de bate papo (MSN), caixinhas em forma de dado com todas as informações, sacos com kit festa ou até mesmo vidrinhos contendo um kit ressaca e por aí vai... As lembrancinhas vão de mini bolos à latinhas de ferro personalizadas com balinhas de menta, máquinas fotográficas descartáveis (permitindo que os convidados tirem suas próprias fotos e guardem de lembrança), canecas com caricatura dos noivos ou até fotos dos convidados com os noivos tiradas no início da festa e entregues no final. Opção é o que não falta. O que vale é fazer da data especial, um momento realmente especial!

Na Idade Média... A cor do vestido devia simbolizar a pureza, mas engana-se quem pensa que a cor oficial era o branco. O vestido das moças castas devia ser azul. Ao invés das rosas ou copos de leite, costumava-se enfeitar o local da cerimônia com flor de laranjeira, uma tradição Islâmica, e geralmente usada pelos nobres. Com origem na idade média, o tradicional bolo de “andares” era formado por vários bolos, trazidos pelos convidados que eram colocados uns sobre os outros e os noivos deviam se beijar sobre os bolos sem os derrubar, atraindo assim a prosperidade. No lugar da aliança, para os menos favorecidos, era tradição partir uma moeda ao meio e dar metade para cada um dos noivos. Já era costume jogar grãos aos noivos, para atrair fertilidade, mas nesse caso, não só o arroz, mas sementes e grãos de trigo também. Não importava a classe social dos noivos, havia sempre um banquete para recepcionar os convidados e os familiares. Quando se tratava de famílias nobres, a festa era realizada em seus castelos. Entre camponeses, a festa era realizada na casa da noiva.


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sucesso

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Cláudia Formigosa (Produtor), Bruno Torres (Programação), Aldrim Gonçalves (Locutor 99 FM), Alderio Leite (Ger. Comercial) e Dj Alex (DJ Na Onda)

por Fernando Araújo

O poder do rádio

paraense

O rádio está entre os veículos de comunicação de massa com maior popularidade e o de maior alcance do público, não só no Brasil, mas no mundo. E esse destaque se dá basicamente por dois fatores: pela capacidade que temos de ouvir a mensagem sonora (a falada simultaneamente) e a de não ter de interromper as nossas atividades no momento da transmissão. Afinal quem nunca estudou, trabalhou, varreu, limpou, namorou e até dormiu com o rádio sintonizado?


E

xiste uma polêmica no que se refere à origem do rádio no nosso país. Há quem diga que foi no Rio de Janeiro em 1923, há quem fale que foi em Recife em 1922, mas o que importa aqui, mérito de quem seja, é que o rádio informa, educa, emociona, e nos traz muitas coisas boas. No Brasil, depois do fogão, o rádio é o utensílio doméstico que os brasileiros mais têm em casa, seguido da televisão e da geladeira. Os dados são da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). A multiplicação de aparelhos de rádio encontra nos avanços tecnológicos um de seus motivos. A tecnologia permitiu que a parafernália radiofônica, que ocupava um móvel inteiro da sala de estar, pudesse ser levada a tiracolo. Além da agilidade, o rádio ganhou mobilidade. Está no carro, em casa, na rua, no trabalho... Foi essa dinâmica que permitiu ao rádio sobreviver à concorrência com outras mídias e manter a supremacia entre boa parcela da população. Vai aonde nenhum outro meio de comunicação chega. Está para o homem do campo, como a Internet está para o empresário da cidade. Onde não tem energia

99 FM: Segue uma linha popular, abrangendo as classes, C, D e E. Diário FM: Uma emissora segmentada para o público adulto das classes, A e B. Clube AM: Uma emissora popular que possui um alto índice de credibilidade perante o seu público alvo (adulto).

elétrica, lá está ele funcionando à bateria ou à pilha, levando as notícias da capital ao interior. No Pará, a maior representatividade de rádio está com o grupo RBA, que tem em seu poder as rádios 99,9FM, 92,9 FM (Diário FM) e Rádio Clube do Pará, que juntas atingem cobertura

Belém, Ananindeua, Marituba, Santa Isabel, Castanhal, Ilha de Mosqueiro, Ilha de Outeiro, Ilha do Marajó, Barcarena e Abaetetuba.

sem deformação nas cidades de

Luciana Mota (Contato Comercial), Aldério Leite (Ger. Comercial), Viviany Oliveira (Contato Comercial) e Olivio Brito (Contato Comercial)

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Aldério Leite (Gerente comercial rádios)

Hoje possuímos o melhor time de locutores e radialistas do rádio paraense e todos que estão nesta empreitada fazem rádio porque amam a profissão. Com isso, o resultado é a fácil interatividade, dinamismo e credibilidade com os ouvintes

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Finalizou o gerente da equipe de rádio do grupo RBA.

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A história do rádio para o grupo começou em abril de 1928 e de lá pra cá muito se aperfeiçoou para que as radios continuassem no topo do ibope, na preferência dos ouvintes. Falamos com Aldério Leite, gerente comercial do grupo de rádios RBA, que nos definiu bem a linha que cada rádio segue: “ A 99 FM é a popular do grupo na frequência modulada; a 92,9 FM é segmentada e a Rádio Clube AM usa o tripé jornalismo, esporte e entretenimento”, contou Leite, que integra de um total de 180 colaboradores que fazem o funcionamento diário das emissoras de rádio do grupo RBA. “Não existe segredo, as emissoras de rádio do grupo RBA, apenas tentam se identificar com o seu publico ouvinte”, disse o gerente.

Quem ouve rádio? • 98% da população acima de 10 anos ouve. • 75% da população ouve todos os dias. • Está junto a 93% dos consumidores na hora que antecede a compra. • O rádio é ouvido, em média, 03 horas e 45 minutos por dia.

Onde estão os aparelhos de rádio? • Em 98% das residências, 83% dos automóveis.


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fato

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por Fernando Araújo

Paulo Fonteles,

bem mais que uma questão Você vai conhecer a história de Paulo Fonteles. Contada e recontada, ela virou livro nas mãos do jornalista e bacharel em Direito Luiz Maklouf Carvalho. “Contido a Bala” expressa a história do Mártir Paraense, não da mesma forma que os relatos feitos por Juliana Fonteles, que perdeu seu pai quando tinha 8 anos de idade. Paulo Fonteeles

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mpunidade, descaso, poder, interesses pessoais! Estes e outros motivos levam todos os dias famílias inteiras a saírem frustradas dos tribunais quando veem julgamentos que acabam em impunidade. Estamos falando dos crimes políticos que são cometidos todos os dias. Casos como os da Irmã Dorothy, Paulo Fonteles, Canuto e muitos outros que continuam até hoje sem solução. Juliana Fonteles era bem pequena sabia que o pai era influente e que o pouco tempo que tinha, destinava aos filhos. “Ele abriu mão da família para lutar pelas causas agrárias no interior do Estado do Pará”, afirmou a advogada. Paulo Fonteles foi um dos fundadores dos direitos humanos no Pará. Foi o primeiro Presidente da Sociedade dos Direitos Humanos e formou a comissão

Eu tinha 8 anos quando meu pai foi assassinado. Foi uma perda grande por ter deixado de aproveitar ao lado do meu pai, cresci sem ele. Naquele momento, minha alegria acabou confessou Juliana.

dos direitos humanos na Alepa (Assembléia Legislativa do Estado do Pará), Foi militante em Brasília, foi preso, torturado, mas mesmo assim, continuou a luta pela questão agrária no Pará. O verbo aplicado no tempo passado contém relatos de um tempo que não volta mais, porém que permanece vivo nas lembranças de Julinha.

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O apelido dele era risadinha e a última lembrança dele guardo em meu quarto emoldurada. Sem eu saber era um bilhete de adeus

Conhecendo a história do mártir Paulo Fonteles

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Ex-deputado e advogado de posseiros do Sul do Pará, Paulo Fonteles foi brutalmente assassinado em 11 de Junho de 1987. A luta de Paulo Fonteles atravessou três décadas embasada no compromisso com as questões urgentes da nação brasileira daquela época como a democracia, as liberdades políticas, a reforma agrária e o socialismo. A saga daquele que seria a voz da luta contra o latifúndio iniciou a atividade política quando o Brasil estava aprisionado pela infame ditadura. Sua militância começou na igreja católica, datada pelas figuras heróicas de Che Guevara, da passeata dos 100 mil a enfrentar a ditadura militar. Era tempo de mudança, da rebelião juvenil francesa e da primavera de Praga, de mudanças tecnológicas e da incerteza da guerra fria, da guerra do Vietnã, da estréia na Broadway do musical “Hair”, do lançamento do “Álbum Branco” dos Beatles, do acirramento da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e também do assassinato de Martin Luther King e do engendramento do Apartheid na África do Sul. Paulo Fonteles tomou parte nas manifestações que eclodiram naquele período na qual a cidade de Belém, que por ser terra de legado cabano não poderia ficar de fora, tendo como referência a necessidade de derrubar os direitistas. Militando na Ação Popular Marxista-Leninista (APML) e disposto a radicalizar mudou-se para Brasília. Estudante do curso de História da UNB, foi dirigente da juventude universitária da APML que o levou, junto com a esposa Hecilda Veiga, grávida, em outubro de 71, a conhecer toda a selvageria da repressão política. Ele foi preso e torturado juntamente com sua esposa que teve o primeiro filho do casal em cárcere da ditadura militar. Foi no exílio que o advogado escreveu seu livro de poesias que foi publicado na Alemanha e premiado pela anistia internacional, um livro bilíngue que foi lançado em 1987 pela ordem dos advogados do Pará. A luta da Fazenda Capaz iria marcar a partir de então sua militância. É por esse tempo que, junto com outros companheiros, como Iza e Humberto Cunha, Hecilda Veiga, Paulo Roberto Ferreira, Jaime Teixeira, João Marques, Egidio Salles Filho, Rui Barata, Luís Maklouf de Carvalho e tantos outros organizam a Sociedade Paraense de Direitos Humanos e lançam, no mesmo período, o Jornal

“Resistência”, verdadeiro ícone da imprensa de combate à ditadura militar. Enfrentando de frente o poder dos coronéis das oligarquias, Paulo Fonteles logo é reconhecido pelos homens e mulheres simples do campo e por eles é carinhosamente chamado de advogado-domato. Raimundo Ferreira Lima, o “Gringo”, foi a primeira liderança camponesa a ser assassinada no Sul do Pará. Daquela chapa, de 1980, participaram ainda João Canuto de Oliveira, Belchior e Expedito Ribeiro de Souza, além de Paulo Fonteles. Todos, sem exceção, foram mortos pelo latifúndio nos anos que iriam se seguir. “É, mais do que nunca, necessário avaliar suas idéias e legado para a atual fase da luta pela terra no Brasil. E isso num momento de franca expansão do Agronegócio, particularmente na Amazônia.” (Juliana Fonteles).

Paulo Fonteles um espelho para Juliana Filha do segundo casamento sofreu influência do pai e de sua luta, e decidiu, em 63, ser advogada após presenciar os três “dias de agonia”. Foi o tempo que durou o julgamento do homem que atirou contra seu pai. Prestes a completar 15 anos, Juliana sabia que a luta de seu pai deveria continuar e que homens e mulheres como ele cumpririam a árdua missão de lutar contra a impunidade no interior do Brasil. Formada pela UFPA, Juliana não pode fugir e nem quis dos movimentos que lutam para solucionar crimes bárbaros em todo o país. Ela viaja ministrando palestras e participando de simpósios e conferências sobre essas barbáries.


“Este tipo de crime é muito bem elaborado, um consórcio. Você consegue até prender o executor, mas encontra barreiras quando os ‘peixões’ liberam dinheiro e favores”, desabafou a advogada. Na época, de acordo com recortes de jornais guardados pela família Fonteles que Juliana só veio a ter acesso há meses atrás, Joaquim Fonseca, dono da Jonasa; Josiel Martins, influente por suas terras no interior do Pará; e Fábio Vieira, maior criador de cavalos do Estado do Rio de Janeiro. “Eu digo sempre que eles vão pagar com Deus se não pagarem aqui. Nunca tive contato com nenhum deles, nem quero ter, o que me resta agora é lutar para que esses crimes não voltem a se repetir. O dinheiro dos mandantes foi o principal responsável pela impunidade dos criminosos, o dinheiro cala a boca, fecha os olhos e cega a justiça”, se indignou Juliana. Me mostrando o livro “Contido a bala”, a advogada abre aleatoriamente na página em que estão as fotos de seu pai caído após os três tiros que levou no ouvido e deixa escapar entre as lágrimas. “Eu sinto falta do colo dele, do carinho, da presença. Ainda dói. Quando eu leio o livro sobre a vida do meu pai, sinto um vazio muito grande. Hoje me apego a Deus pra suprir essa falta”, afirmou a advogada que hoje encontrou em Deus o conforto para sua dor. Logo ela enxuga as lágrimas e lembra das férias de 87, quando ela deixou de viajar para ficar com o pai e com os irmãos. “Ele era um grande pai. Lembro dele fazendo a cesta de basquete para meus irmãos Ronaldo e Paulo Fonteles. O apelido dele era risadinha. A última lembrança dele guardo em meu quarto emoldurada. Sem eu saber era um bilhete de adeus”, finalizou a advogada. “Eu tinha 8 anos quando meu pai foi assassinado. Foi uma perda grande por ter deixado de aproveitar ao lado do meu pai, cresci sem ele. Naquele momento, minha alegria acabou.

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política

foto Divulgação

Nova era de

transparência e credibilidade na CMB A Câmara de Vereadores reflete a pluralidade democrática eleita pelos belenenses a cada quatro anos e representa o poder legislativo municipal. São os parlamentares que elaboram os projetos de lei que, após sanção da prefeitura, tornam-se leis que definem regras e políticas públicas nas áreas de saúde, educação, transporte e meio ambiente, entre vários segmentos e que podem influenciar diretamente ou indiretamente a vida dos habitantes de Belém.

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Câmara Municipal de Belém reúne atualmente 35 vereadores, eleitos pelo voto popular no último pleito municipal de 2008. Eles pertencem aos partidos PTB, PT, PMDB, PDT, PP, PPS, PRB, PSB, PSDB, PR e PV. Em 2011, assumiu a nova Mesa Diretora da CMB, cuja presidência está a cargo do vereador Raimundo Castro (PTB). A vice-presidência pertence ao vereador Adalberto Aguiar (PT). A 1ª Secretária é a vereadora Vanessa Vasconcelos (PMDB), a 2ª Secretária vereadora Teresa Coimbra (PDT), 3º Secretário Miguel Rodrigues (PRB) e 4º secretário Augusto Pantoja (PPS). E só nos quatro primeiros meses de 2011, o plenário da câmara aprovou cerca de 60 projetos de lei. A maioria de suma importância para a cidade e seus

habitantes, como a obrigatoriedade de maternidades realizarem o teste do olhinho em recém-nascidos para a prevenção de doenças oculares, a proibição do uso de celulares dentro de agências bancárias para evitar as famosas “saidinhas”, assaltos contra clientes bancários, entre vários projetos. Antes, cada projeto, seja de qualquer natureza, é analisado pelas comissões técnicas permanentes que se dividem em: Economia e Finanças, Justiça e Legislação, Educação e Tecnologia, Ética Parlamentar, Administração Pública, Cultura, Direitos Humanos, Indústria e Comércio, Defesa do Consumidor, Condição Feminina, Legislação Participativa, Transporte e Sistema Viário, Obras e Urbanismo, AntiDrogas e do Direito da Criança, Adolescente e Idoso. Somente depois da análise dessas


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comissões, os projetos vão ao plenário para serem aprovados ou não. Caso obtenham aprovação, são encaminhados para avaliação do prefeito, que pode sancionar ou oficializar a aplicação da lei ou vetar. Mesmo assim, o veto do prefeito retorna à Câmara, que decidirá pela aprovação ou rejeição. Nesse último caso, se a decisão for contrária ao veto, o presidente da Câmara homologa o projeto de lei, que passa a valer mesmo em a anuência do poder executivo, uma raridade na história das legislaturas na maioria dos municípios brasileiros. A nova Mesa Diretora assumiu disposta a administrar a Câmara com transparência e compromisso com a modernização da casa e valorização dos servidores, tanto que, além do reajuste no valor do vale alimentação, a nova mesa propôs a realização de um novo

Plano de Cargos e Salários. Vinte anos depois da implantação do último plano, em 1992. Em abril, em assembleia geral no plenário, os servidores escolheram os representantes do conselho de elaboração do plano, que vão apresentar um novo plano que possa beneficiar ainda mais o funcionário. A Câmara conta atualmente com trezentos e noventa e quatro servidores do quadro permanente, distribuídos em diversos setores, como a presidência, vice-presidências, secretarias e diretoria geral, financeira, jurídica, comunicação social, legislativa, arquivo, recursos humanos, informática, almoxarifado, taquigrafia, patrimônio, serviços gerais e controle interno A atual administração do poder legislativo municipal também vai reativar ainda este ano a TV Câmara e implantar a Rádio Câmara,


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que serão duas ferramentas imprescindíveis para a aproximação com a sociedade paraense. A TV Câmara, além de transmitir as sessões ordinárias e especiais, através do site oficial da CMB, vai produzir programas e entrevistas sobre as ações dos vereadores e da Câmara. “Nós ainda estamos no começo da gestão, mas já estamos mudando aos poucos e para melhor a convivência na casa e a relação da Câmara com a comunidade, que é o grande objetivo do poder legislativo, o de atender a quem votou e acredita que somos sim capazes de colaborar para que Belém seja realmente uma cidade com qualidade de vida para todos os seus habitantes”, afirma o vereador Raimundo Castro, presidente da Câmara Municipal de Belém. Para assegurar interação com a comunidade, a Câmara possui o Núcleo de Apoio ao Cidadão (NACI) que, em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SEGUP), disponibiliza a emissão de documentos pessoais, como Registro Geral de Identidade e Carteira Profissional. Só nos três primeiros meses de 2011, o NACI emitiu 1.925 carteiras de identidade e 1.615 profissionais. E o Serviço de Atendimento Médico, voltado para servidores, vereadores e comunidade, atende em média a quatrocentas pessoas. A Câmara também mantém programa que beneficia egressos do sistema penal, cidadãos que cometeram delitos, receberam penas alternativas e atuam na CMB em diversos setores como forma de cumprir a pena. É como esse espírito humanitário, de valorização do servidor e de transparência que a Câmara Municipal de Belém resgata a credibilidade do poder legislativo municipal. “A Câmara é a que melhor representa o povo de Belém, seus anseios, seus sonhos em ter uma cidade planejada e justa para seus habitantes”, conclui o presidente da casa, vereador Raimundo Castro.

A nova Mesa Diretora assumiu disposta a administrar a Câmara com transparência e compromisso com a modernização da casa e valorização dos servidores, tanto que, além do reajuste no valor do vale alimentação, a nova mesa propôs a realização de um novo Plano de Cargos e Salários.


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tecnologia

por André Fortes

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desenvolvimento

Famep: pelo

desenvolvimento dos municípios paraenses Municípios fortes, integrados e com boa representação política são a base de um Estado desenvolvido. Foi com essa concepção que Helder Barbalho assumiu, em 2007, a presidência da Federação das Associações de Municípios do Estado do Pará (Famep), que no dia 14 de março passado completou 20 anos de existência. “Houve um amadurecimento por parte dos prefeitos, que entenderam que era preciso fortalecer a entidade para recolher os frutos. Conseguimos mostrar que a federação não é um órgão de determinado partido político, mas sim de todos os prefeitos, e isso gerou a credibilidade da entidade”, relata o presidente da Famep.

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gestão do prefeito de Ananindeua à frente da entidade iniciou no biênio 2007 e 2008. Neste último ano, Helder teve que se ausentar da presidência da entidade para concorrer novamente às eleições municipais de Ananindeua. Após ser reeleito, ele retornou em 2009 às atividades como presidente da federação, prosseguindo com importantes ações na busca pelo crescimento uniforme do Estado do Pará. Hoje a entidade congrega 95 municípios paraenses diretamente associados - e os 48 restantes através de suas entidades e consórcios: Amam, Amat Carajás, Ambel, Amucan, Amunep, Amut, Codesei e Coimp.

Desenvolvimento Sustentável Um norte na atual gestão, o desenvolvimento sustentável do Estado levou a Federação a lutar pela descentralização da gestão ambiental no Pará, que beneficiou todos os municípios paraenses ao retirar do governo do Estado a competência exclusiva de liberação de licenças ambientais a projetos com impactos locais e autorizando as prefeituras a

concederem o documento. Outra conquista importante foi a capacitação de quase 60% dessas cidades para a implantação de secretarias de Meio Ambiente, ação que só foi possível após o convênio para a implantação do programa de Descentralização da Gestão Ambiental, assinado pela Famep e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Em 2009, a Famep realizou o 1º Congresso das Cidades Amazônicas e o 1º Congresso Paraense dos Municípios, onde foram discutidos problemas comuns e possíveis soluções para viabilizar, na Região Amazônica, o crescimento econômico com a proteção ao meio ambiente, com especial atenção aos municípios que integram o Pará. Foi no Congresso Amazônico que a Federação instituiu o Pacto de Redução do Desmatamento e Promoção do Desenvolvimento Sustentável, antecipando os debates que viriam a ocorrer no Estado. A Federação assinou o termo de compromisso contra o desmatamento proposto pelo Ministério Público Federal no Pará aos gestores locais. Desde o princípio da discussão, a Famep procurou assegurar que os municípios não fossem prejudicados e conseguiu que o MPF/PA incluísse no termo algumas medidas


neste sentido, como a resolução de não serem mais penalizados pelo desmatamento realizado em assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em áreas indígenas e quilombolas. Na ocasião em que foi proposta ao MPF/ PA, o presidente Helder Barbalho falou da necessidade do Incra fazer parte do processo, ser responsabilizado pelos desmatamentos que viessem a ocorrer em assentamentos e ficar responsável pela elaboração do Cadastro Ambiental Rural nessas áreas. “Os prefeitos se dizem impotentes em intervir nesses locais, que recebem a ingerência direta deste órgão federal”, conta Helder. Até o início do mês de maio, 84 municípios haviam aderido ao Termo de Compromisso, que foi assinado, ainda, pelo Governo do Estado e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa).

A “voz” dos municípios Hoje a Famep integra o Comitê Gestor Estadual do Programa Federal “Luz Para Todos”, que segundo dados de 2010 já investiu no Estado mais de R$ 2,7 bilhões em 366 mil novas ligações de energia elétrica. E a entidade está inserida em outras instâncias de deliberação, sendo a “voz” dos municípios paraenses, lutando para que seja assegurado o progresso daqueles que representa.

Em nível nacional, a Famep faz parte da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Associação Brasileira de Municípios (ABM) e Frente Nacional de Prefeitos (FNP), entidades que, junto com as federações regionais, lutam por conquistas que beneficiem a todos os municípios do Brasil. Um desafio da atual gestão e seus consorciados é a aprovação da emenda 29, que destinará mais recursos para a área de saúde, e a redistribuição mais justa entre todos os municípios brasileiros dos royalties do petróleo. “Defendemos que todos os Estados e municípios do Brasil usufruam da riqueza proporcionada por um bem que é comum e não apenas de dois Estados brasileiros”, explica o presidente da Famep. A nova sede da Federação foi mais uma grande conquista na gestão do prefeito Helder Barbalho. A instalação no novo prédio foi possível com a parceria firmada entre a federação e a Assembléia Legislativa do Pará na busca do fortalecimento e desenvolvimento dos municípios do Estado. “Outra importante conquista da nossa gestão foi obter um assento no Comitê de Articulação Federativa (CAF), antes só ocupado por membros de entidades Nacionais. O CAF é o órgão de aconselhamento da presidência da República”, salienta.

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Ações realizadas na gestão Helder Barbalho P

Nova sede da Famep

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Descentralização da Gestão Ambiental

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Criação do Diário Oficial Eletrônico

P Ambulâncias do SAMU 192 para 101 municípios paraenses P Repasse de 51% dos R$ 366 milhões do BNDES aos municípios paraenses

União em defesa dos municípios do Pará

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A união dos prefeitos paraenses no que diz respeito ao repasse dos R$ 366 milhões que o governo do Estado na gestão Ana Júlia fez junto ao BNDES, foi um exemplo claro de que a união faz a força. “Lutamos até o fim para que os municípios recebessem o que lhes era de direito”, diz Helder. Outra vitória marcante foram as 124 ambulâncias do SAMU 192 que beneficiaram 101 municípios, uma conquista da Famep junto com suas associações e consórcios. Recentemente, a Famep esteve à frente do Seminário Regional para o Desenvolvimento Integrado, que percorreu todas as 12 regiões do Estado do Pará. O objetivo da Federação ao promover os seminários foi a formulação de uma agenda municipalista, que será entregue aos governos Estadual e Federal indicando as reais necessidades de cada cidade, observando os aspectos de cada região. Um desdobramento dos encontros regionais foram os seminários “Soluções Sustentáveis para os Resíduos Sólidos da Região Metropolitana”, realizado em parceria com a Ambel, onde os seis prefeitos da RMB assinaram um protocolo de intenção para a criação de um consórcio de Resíduos Sólidos para fazer a gestão do lixo urbano, e o seminário “Diálogos sobre minérios e desenvolvimento”, feito em conjunto com a Amat Carajás, que reuniu, no dia 13 de maio, municípios mineradores para discutir o novo Marco Regulatório da Mineração. Atualmente a Federação firmou parceria com a Telebrás, após a assinatura de um termo de cooperação técnica para a ampliação de serviços de banda larga para todos os municípios do Pará. A iniciativa busca contar com a parceria do Governo do Estado para ampliação da oferta do serviço de internet em alta velocidade, por meio do programa “Navega Pará”.

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I Congresso das Cidades Amazônicas

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I Congresso Paraense de Municípios

P Parcelamento das dívidas dos municípios junto ao IGEPREV e IASEP P Diálogos com a bancada federal paraense para conquista de mais recursos aos municípios paraenses P Acompanhamento sistemático e defesa de mais benefícios do Luz para Todos P Campanha pela implantação da Lei Geral, em parceria com o Sebrae vSeminário Regional para o Desenvolvimento Integrado nas 12 regiões do Pará P Seminário Soluções Sustentáveis para os Resíduos Sólidos da Região Metropolitana P Diálogos sobre Minérios e Desenvolvimento

Em conjunto com entidades regionais e nacionais P Equiparação dos recursos do FPM de 2009/2008 P Aprovação da redistribuição dos royalties do Pré-Sal P Reabertura de prazo para renegociação das dívidas com o INSS P Troca da Selic pela TJLP na correção dos débitos parcelados por um prazo de até 240 meses P Elevação da alíquota da Cofins de 2% para 3%, com compensação no imposto de Renda, conquista que evitou a retirada de cerca de R$ 2 bilhões dos municípios P Redirecionamento da compensação das empresas através da contribuição sobre o lucro líquido, sem afetar as receitas municipal


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casando por Káthia Marques

Pernas

pra que te quero…

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Geralmente, essa expressão indica o ato de fugir correndo de algo que represente perigo. No entanto, aqui, livres do pensamento de que casamento é algo ruim e que alianças são como algemas, as noivas cheias de personalidade e certas do que querem, começam a por não só as “manguinhas de fora”, mas as pernocas também.

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s mais tradicionais ainda torcem o nariz com a ousadia das noivinhas mais modernas que optam pelos

vestidos mais curtinhos, soltos e cheios de personalidade. Mas a

onda vem livre, leve e solta, colaborando com as noivas que buscam conforto, beleza e ousadia em um “composê” perfeito para o grande dia. Alguns ateliês e estilistas, já pensando nisso, elaboram vestidos 2 em 1, unindo o longo da cerimônia com o curto da festa. O vestido que inclui dois modelos em um só nada mais é do que uma saia mais longa em sobreposição a um vestido curto. Outra opção, não menos ousada e até mais charmosa, está nos vestidos curtos na frente e longos na parte de trás, fazendo da parte de trás a própria calda, muitas vezes ocupando o lugar do longo véu. Um pouco menos confortável, mas muito, muito sexy. As mais contemporâneas e super antenadas com a moda vão amar!



Quanto ao conforto, nada que uma conversinha com a modista não dê jeito. Quem sabe, fazer dessa parte algo móvel também? Vale lembrar que esses modelos chamam mais atenção até do que os curtos por inteiro, por isso, para quem pretende casar na igreja, é bom ter uma conversinha com o padre antes. Os mais conservadores não concordam mesmo! Os vestidos mais curtinhos são próprios para cerimônias em salões, ao ar livre e durante o dia, exceto aqueles com a parte de trás mais comprida, que também podem ser usados à noite. E o melhor de tudo é que o nosso clima, pra lá de tropical, é perfeito para esse tipo de vestido! Então, o que você está esperando? Pernas pra que te quero e curta essa! E não esqueça que, acima da roupa e da festa, deve estar o amor que os uniu, o respeito e a compreensão. Afinal, a festa deve ficar marcada na memória, mas, no dia a dia, a gente quer mesmo é que você seja feliz, para sempre!

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COM OS PÉS NO ALTAR!

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Para compor esse visual moderno e cheio de personalidade, algumas noivas estão se inspirando nas norte americanas, que inventaram a moda

dos sapatos coloridos. Para qualquer um desses modelos, e também para os longos, um toque de cor também pode ser muito charmoso. Já a onda entre os noivos ainda são os tênis modelo All Star, que dão um super toque de personalidade. Essa moda já não é tão novidade assim, mas ainda faz a cabeça, ou melhor, os pés dos rapazes mais despojados, que não abrem mão dos seus estilos e muito menos do conforto. E mais, essa moda pode se estender aos Pajens. Os noivos que nos perdoem, mas os pequenos ficam ainda mais fofos nesse estilo e, com certeza, eles agradecem ainda mais.


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responsabilidade

por Kaliu Andrade

O instituto que acolhe,

cuida e faz renascer

sonhos

Não é à toa que eles não arredam o pé do IQPAM. Parece diferente a sigla, não é? Pois trata-se do Instituto de Qualificação e Proteção Social da Amazônia, que hoje atende jovens, crianças e idosos de toda a cidade. Em apenas quatro anos de existência, a entidade já ajudou cerca de 17 mil pessoas.

“ 104 R E V I S T A B A C A N A • 9 • 2 0 1 1

Fazer o bem sem olhar a quem”, sem dúvida, é um dos ditos populares mais conhecidos. Agora será que nós o colocamos em prática? O Instituto de Qualificação e Proteção Social da Amazônia (IQPAM) sim, e já o faz há quatro anos. Desde sua fundação, abriu as portas a quem precisava e já ajudou mais de 17 mil pessoas. Hoje com sede própria localizada no bairro do Marco, em Belém, o IQPAM reúne crianças, jovens e idosos em atividades, cursos e oficinas que focados no desenvolvimento pessoal. Segundo a coordenadora e também professora de Educação Física, Marina Bendelack, “eles procuram o instituto porque aqui são acolhidos, recebem carinho, afeto. Prova disso é que trazem quase toda a família para fazer parte do IQPAM, algo que nos deixa orgulhosos”. O espaço é funcional; logo na entrada, é possível avistar o espaço, bem decorado e com um visual alegre, das oficinas de trabalhos manuais. O espaço é cheio de mulheres de diferentes idades que, todas as tardes, “pintam e bordam” trabalhos primorosos usando técnicas aprendidas durante as oficinas. Ao descer a escadaria, não é incomum encontrar outro animado time feminino na piscina. “A hidroginástica é bastante procurada, principalmente por senhoras que precisam fazer uma reeducação ou se reabilitar de alguma doença”, relata Marina, explicando ainda parte do público atendido pelo instituto é encaminhado até lá pelo Centro de Referência e Acompanhamento Social do Município (CRAS), Conselho Tutelar ou pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Já no térreo estão as salas onde são ministrados cursos de operadores de caixa. Neste mês de maio, cerca

de 30 adolescentes participam das aulas diariamente. Na parte superior do prédio são ministradas aulas de informática básica, avançada, rotina administrativa e secretariado. O IQPAM oferta cursos com duração de uma semana, mas se engana quem pensa que o curto tempo de duração faz com que os alunos esquecem o instituto. A estudante Adriane Silva, de 19 anos, moradora do Tapanã, está pela terceira vez no IQPAM, dessa vez fazendo o curso de operadora de caixa e, de quebra, trouxe o irmão, o namorado e a tia, que participam das demais oficinas e cursos. Uma coisa é certa dentro do instituto: para aprender, não tem idade. E quem dá o exemplo é dona de casa Zilda Vaes, de 60 anos, que conheceu a entidade quando fez reabilitação para tratar de um problema de circulatório. Lá ela teve contato seu primeiro contato com a internet e ficou fascinada pelo mundo de possibilidades ofertado pela grande rede. “Resolvi que faria os cursos de informática, estava cansada de esperar pelos netos e filhos para fazerem as coisas no computador pra mim. Decidi, fiz, aprendi e hoje navego na internet, leio e envio e-mails, estou por dentro de todas as novidades”, conta. O IQPAM é sustentado basicamente pela iniciativa privada e também graças a emendas parlamentares que garantiram convênios entre o Estado e o instituto. O vereador Carlos Augusto Barbosa (DEM), é um dos colaboradores do espaço e está sempre por lá para acompanhar o funcionamento do que é oferecido. “Ajudo e continuarei a ajudar o instituto, não por ser político, e sim por ter princípios, ensinamentos que me fazem ter a preocupação com o próximo. Vir ao IQPAM é renovar minhas energias. É por causa do abraço de agradecimento


O IQPAM fica localizado na Av. Dr. Freitas, 3042. Entre Almirante Barroso e João Paulo Segundo – Bairro do Marco. Você pode entrar em contato pelo telefone (91) 3277- 4883.

dessas senhoras, é por fazer parte dos bons momentos do instituto que só aumenta a minha vontade de estar na política e lutar pela qualidade de vida do povo”, garante. Os passeios geralmente reúnem novos, veteranos e familiares dos alunos do IQPAM e os aproximam de realidades que antes não teriam a oportunidade de conhecer. Essas atividades acontecem de duas a três vezes por semestre e mobilizam toda a comunidade “Iqpaneana”. Dentre as tramas dos pontos, os botões do teclado do computador e entre uma braçada e outra nas aulas de hidroginástica, monitores e alunos se encontram nas aulas de dança. O tempo parece não passar, e a cada acorde, todos relaxam e se entregam à descontração que não diferencia educadores de aprendizes, todos dançam a mesma música. Apesar do clima positivo constante por lá, ao fim de cada expediente, vem a preocupação de quem conhece a realidade do instituto. “O IQPAM precisa de colaboradores, necessitamos ampliar nosso quadro de voluntários, precisamos de ajuda para ajudar mais pessoas”, desabafa Marina Bendelack. O Instituto oferta cursos, oficinas e atividades físicas não apenas para moradores do Marco. “Além dos bairros de Belém, nós atendemos pessoas de municípios como Santa Isabel do Pará, Santa Bárbara, Benevides, Marituba e até pessoas do Maranhão já passaram pelos nossos cursos”, revela coordenadora.

Hoje, uma das maiores necessidades do instituto é fechar parcerias com empresas para que seus alunos sejam encaminhados a estágio, na condição de aprendizes, com o objetivo de inseri-los no mercado. “A gente pede mesmo para que as pessoas sejam solidárias, para quem puder, que dê uma oportunidade, uma chance a quem precisa. Jovens no mercado de trabalho e idosos com qualidade de vida já fazem bastante diferença se quisermos mudar um pouco o cenário que temos hoje”, insiste ela. Os cursos ofertados pelo IQPAM: Operador de caixa; informática básica e avançada; rotina administrativa; noções básicas de segurança do trabalho; secretariado; departamento pessoal; garçom e corte e costura. As oficinas ofertadas são: confecção de almofadas; macramê; pintura; e as pontuais no período da Páscoa e do Natal. Atividades Físicas: Hidroginástica e natação; dança de salão e ping-pong. Se você achou o trabalho do instituto interessante, não perca tempo e procure a sede para conhecer de perto o trabalho desenvolvido. Caso a ajuda financeira não seja possível, o IQPAM também precisa de voluntários e profissionais que possam aumentar a equipe e recebe de braços abertos todo tipo de apoio e colaboração.

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por Gui Sampaio

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10 1 - Adriele Alcântara (Cabaret) 2 - Alessandra Sossai, Ariane Cariello e Kiara Bentes (Maricotinha) 3 - Izabel Porpino (Cabaret) 4 - Diego Santana e Cesy (Chang Sushi) 5 - Marcello Falcão e Gislaine Mezzomo (Barbaro Lounge Bar) 6 - Juliana Sinimbú (Territorio Lounge Bar) 7 - João Baptista e Taíssa Queiroga (Donna Beach) 8 - Lais Soares e Mauro Rodrigues (Roxy Bar) 9 - Bruna, Marpia, Laura e Laila Deprá (Roxy Bar) 10 - Fernanda Kos, Djs Mari Rossi e Ju Carvalho (Baladinha)



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11 - Bianca solano, Engracia Nobre e Talita Figueiredo (Donna Beach) 12 - Faridinho e Marcela Oliveira (Cabaret) 13 - Betania Bressanir (Donna Beach) 14 - KĂĄtia Schuh e Daniel Menezes (Baladinha) 15 - Marcelo Tekinho e Raphaela Dias de Castro (Cabaret) 16 - Yasaman Lujan (Cabaret) 17 - Maurinho Leal e Sipriano Ferraz (Cabaret) 18 - Nyara Coutinho (Donna Beach) 19 - Joelsonn Rodrigues e TaĂ­ssa Coutinho. (St. Tropez) 20 - Roger Aguilera e Mario Texeira (Baladinha)


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por Fernando Araújo

Bacana Viagens

Uma das coisas mais gostosas que se tem para fazer é viajar. É verdade que existem vários outros tipos de prazeres, mas a viagem faz a gente mudar o ritmo de vida, de rotina, horários, clima, lugar, estação... Enfim, não existe coisa que marque mais a nossa memória do que fazermos uma viagem. Não é mesmo? Pensando nisso, entrevistamos duas ilustres pessoas que concordam com o que dizemos. Veja.

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icardo (e sua turma) desembarcou na cidade de Calgary e logo pegou um carro alugado. O passeio começou pelas belas estradas Canadenses. Após 120 Km já estava entrando no Parque Nacional de Banff, e, logo após, na cidade de Banff, onde foi direto ao Fairmont Banff Springs Hotel, contuído em formato de castelo no meio da cidade cinematográfica de Banff. O Parque Nacional de Banff está localizado nas montanhas rochosas canadenses que além de belas paisagens possui incontáveis opções de lazer, principalmente as trilhas com vistas espetaculares. O mais interessante é poder conviver com a vida animal selvagem,

vendo de perto ursos, alces, lobos, entre outros animais. Em Banff, o grupo começou com uma trilha leve de aproximadamente 30 minutos, onde caminharam pelos arredores da cidade, visualizando belas quedas d’água, podendo ver a cidade de Banff do alto das montanhas. É imprescindível estar preparado fisicamente para essas trilhas, depois um passeio pelo centro da cidade, casas e comércios que mais pareciam feitos para cinema. No outro dia, a turma, ainda em Baff, fez o famoso passeio de gôndola, que leva os visitantes em 8 minutos para uma altura de 2.200 metros acima do nível do mar. Depois de Banff, apenas 56 km de distância, Ricardo foi parar na cidade de Lake Louise, onde esteve hospedado no Fairmont Château Lake Louise. “Sem dúvida a mais bela paisagem da viagem”, entregou o empresário.


Ricardo Lucas, empresário: Uma viagem inesquecível: Maio de 2010, para Vancouver, Banff, Lake Louise e Jasperno, estado de Alberta, no Canadá. Acompanhantes: O irmão, a cunhada e alguns amigos especiais. Duração: 12 dias.

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Parque Nacional de Banff


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Uma cena inesquecível: ver da janela do meu quarto nevar no Lake Louise, bem na minha frente. No dia seguinte, o grupo continuou a viagem, desta vez, para Jasper. A viagem de Lake Louise para Jasper o grupo fez pela Icefields Parkway, que é uma estrada que corta as montanhas rochosas do Canadá, possibilitando inúmeras trilhas com enormes e belas quedas d’água além do encontro com a vida animal selvagem. “Ficamos a poucos metros de um urso completamente preto e grande, muito lindo, mas sempre mantendo a distância de segurança, é claro”, contou Ricardo Lucas. Parada obrigatória: a geleira Columbia Icefields. Continuamos nossa viagem até Jasper, outra cidade encantadora do estado de Alberta. Mais trilhas e belos passeios por lagos congelados. Em Jasper devolvemos o nosso carro alugado. A viagem inesquecível do empresário incluiu: passeio de trem e pit stop na cidade de Kamloops. Depois de ver muitos alces, esquilos, ursos..., o grupo finalmente chegou a Vancouver. Foram 5 dias de passeio em cidade grande, com idas ao Stanley Park, que é um tipo de Central Park, em Vancouver. Conheceram a cidade e Ilha de Victória, que é a capital da British Columbia, e também o Lynn Canyon Park. “De Vancouver voltamos para casa, com a sensação da melhor viagem de nossas vidas ter sido realizada naquele momento”, finalizou Ricardo.

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Sharry prefere os passeios à Salinas.

As viagens a Salinas são sempre acompanhadas de amigos e familiares, o que faz com que meu passeio seja sempre repleto de boas conversas, relaxamentos, diversão e, porque não, bons negócios também, visto que o ócio criativo entra em cena. Sharry Rodrigues, empresária

Foto: JR Cruz

Sharry em um pedacinho lindo da Amazônia Atlântica Apesar de conhecer muitos lugares no Brasil e no exterior, Sharry Brom Rodrigues gosta das belezas existentes em nossa região.


Salinópolis-PA, praia do Atalaia

Um lugar que a empresária gosta de ir é Salinas/ Pará, que ela sempre escolhe quando o trabalho e o tempo permitem (fins de semana de julho e alguns feriados do ano). “As viagens a Salinas são sempre acompanhadas de amigos e familiares, o que faz com que meu passeio seja sempre repleto de boas conversas, relaxamentos, diversão e, porque não, bons negócios também, visto que o ócio criativo entra em cena”, disse a empresária. Em Salinas, o que Sharry mais gosta de fazer é ir à praia do Atalaia (fim de tarde) e também à praia do Farol Velho, na companhia do marido. Já à noite, ela prefere os passeios no Maçarico, com os filhos. Em Salinas é gostoso comer... Espetinho de queijo assado, picolé de amendoim ou tapioca, caranguejo toc toc, isca de peixe, água de côco. O que é mais atraente? O pôr do sol é sempre um espetáculo ímpar; Gente, cá entre nós, arrumar a mala, comprar as passagens, imaginar o lugar, as pessoas que vamos encontrar e as possíveis situações que vamos viver... Viajar é bom e eleva a alma de qualquer um.


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por Fernando Araújo

Tecnologia de ponta ao seu alcance

Você já tentou de tudo e não conseguiu perder peso? Automedicação, receita de amigo, revista... Muitas são as fórmulas e indicações, mas para ter resultados efetivos, melhor consultar quem entende do assunto.

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ormado há dezessete anos pela UEPA e tendo estudado na Escola Paulista de Medicina, o endocrinologista Paulo Viana, (CRM – 6165 – PA) da Clínica Iandê, sempre trabalhou com pessoas que desejam perder peso, e para atender outras demandas dos pacientes ele aprimorou conhecimentos em estética visando oferecer complementarmente tratamentos eficazes para celulite, flacidez, gordura localizada, estrias e outros incômodos. O conhecimento em outras áreas paralelas, como a nutrologia e ortomolecular, permitem ao profissional uma visão mais holística, o que resulta em um atendimento global onde além de controle do peso e distúrbios metabólicos, observase aspectos como qualidade de sono e stress, avaliação da função intestinal, assim como investigação laboratorial detalhado para avaliar os fatores de risco à saúde, muitas vezes silenciosos. Focando em atualização, Paulo Viana chegou recentemente da universidade de Harvard, onde participou do curso de atualização em endocrinologia, e já agendou para junho seu retorno à Boston para o encontro da Associação Americana de Endócrino e em outubro para atualização de lasers e estética oferecido pelo Dr. Rox Andersen (Chefe do setor de dermatologia da Universidade de Havard).


Clínica Iandê 10 anos de atuação A clínica Iandê está no mercado há dez anos e há cinco trabalha com tecnologia de ponta para atender as necessidades de homens e mulheres. Este investimento colocou a Iandê no mapa das clínicas mais bem equipadas do Brasil. “Com nossa alta tecnologia, evitamos a necessidade de deslocamento de nossas pacientes para Rio e São Paulo como acontecia anteriormente. Hoje dispomos dos mais modernos equipamentos acessíveis todos os dias. Dispomos de depilaçào a laser (soprano xl e light sheer), radiofreqüência (accent xl), ultrason focado para gordura localizada (ultacontour), fotomologia (smooth shapes), harmony xl (luz pulsada, yag laser fracionado 1320) e a chegada do excelo2, laser de co2 fracionado de tecnologia alemã que permite tratamento de rejuvenescimento seguro assim como ótimos resultados em estrias”. Recém reformada, a clinica Iandê ganhou duas novas salas para procedimentos com lasers e mais, compondo a equipe de dermatologistas estão a Dra. Márcia Linhares, atual membro do setor de laser da sociedade brasileira de dermatologia e a recém chegada de São Paulo Dra. Renata Okagima, que em breve defenderá seu doutorado na área de dermato-lasers.

Corpo enxuto, sem medo Associando o trabalho de profissionais altamente qualificados à tecnologia de ponta, A clínica Iandê, que já está recebendo quem pensa em exibir um corpo enxuto no próximo verão, dispõe do Reaction (radiofreqüência de multicanais associada a vácuo) que vai

além das limitações de frequência única. Os multicanais de frequência do Reaction e a terapia à vácuo oferecem ao profissional de estética uma precisão no controle no nível da profundidade que proporcionam imediatamente resultados visíveis. E ainda o Smoothshapes Fotomologia, que utiliza O laser de Diodo (915 nm) associado à Luz (650 nm) para o tratamento localizado da celulite. A Fotomologia estimula os processos metabólicos para minimizar as causas essenciais da celulite, como edema, circulação sanguínea debilitada e redução do metabolismo, restaurando o tecido. Conheça abaixo outros benefícios desta alta tecnologia, afinal o verão está na porta e a sua espera.

Benefícios do Reaction

• Estimula a produção do colágeno e da elastina para o skin tightening (contração de pele) que suaviza e enrijece o rosto e o corpo • Promove a quebra de gordura e fortalece a estrutura dérmica para a eliminação da celulite • Reduz a circunferência e a forma do contorno dos braços, abdômen e coxa

Benefícios do Smoothshapes Fotomologia

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• O colágeno é remodelado, deixando a pele mais lisa e firme e as células adiposas reparadas. • Aplicação confortável ao paciente, proporcionando uma sensação de massageamento. • O tratamento completo dura quatro semanas e os resultados são prolongados

CURIODIDADE: Para quem não sabe, a Endocrinologia é o ramo da Medicina que se dedica ao estudo de doenças e funcionamento das glândulas do corpo humano. Entre outras atividades, cabe ao endocrinologista atuar para no emagrecimento e transtornos alimentares do paciente.

ndê Clínica Ia abril, 1939. e Rua 14 d 3249 2616 1) Fone: (9 88 3259 24 om.br e d aian .c ic n li .c w ww


social

por Jússia Carvalho

Quem é do Rancho

não se amofina A agremiação já virou tradição em formaturas, casamentos e eventos da cidade.

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som que se escuta é do rufar dos tambores, aos poucos o tamborim se destaca, o recoreco soa distante, os pandeiros repicam e as mulatas começam a sambar. Alegria e graça tomam conta dos presentes. Sem dúvida uma musicalidade diferente. Contagiante! Crianças, jovens e adultos se reúnem em uma mesma festa. É assim o ano inteiro para a Bateria do Rancho Não Posso me Amofinar. Além da preparação para o desfile de carnaval, a agremiação já virou tradição em formaturas, casamentos e eventos da cidade. Engana-se quem pensa que precisa ser carnaval para ter samba. Hoje, a bateria show do Rancho toca o ano inteiro, chegando a ser uma das baterias com calendário mais movimentado de Belém. Afinal, são 77 anos de tradição.


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Levando alegria por onde passa, o Rancho tem muito a contar. Histórias de um povo que sabe fazer samba e que canta o cotidiano do povo paraense, um amor que é passado de geração pra geração. A cantora Gaby Amarantos afirmou em seu twitter que desde criança sonha em desfilar pelo Rancho. Gaby é uma apaixonada pelo Jurunas, declara quase diariamente nas mídias sociais o orgulho de ser do bairro. Não seria diferente com o Rancho. Segundo ela, Rancho Não Posso Me Amofinar é sua escola do coração. No Jurunas tem carnaval o ano inteiro. Sempre com muito samba no pé, fantasias e muita alegria. Diferente do que muitos imaginam, o Rancho não fecha após os típicos desfiles de carnaval. Durante todo o ano, são realizados trabalhos com a comunidade: aulas de balé para crianças


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de 5 aos 12 anos, boxe, judô, capoeira, dança de salão e atendimento odontológico, basta pagar uma taxa simbólica, para a manutenção do serviço. Quem assiste aos desfiles das escolas de samba, com carros alegóricos enormes, muitos brilhos, plumas e o show particular de passistas, mestres-sala, porta-bandeiras não sabe das dificuldades que o Rancho passa. Segundo o presidente da Escola, José Roberto Teixeira, há incentivos governamentais, entretanto não são suficientes para atender a demanda, já que a o Rancho tem responsabilidade social com a comunidade na qual está inserido, o bairro do Jurunas. Os projetos sociais já estão dando frutos. 4 bailarinas que deram os primeiros passos na dança nas aulas de balé promovidas pela agremiação, agora estão dançando em companhias profissionais. 10 judocas que treinam no tatame da Escola da Samba fizeram parte do time de 100 atletas que representaram o Pará no último Campeonato Brasileiro da Região Norte. Dos 10, 4 foram ouro e 3 bronze, o que ajudou a classificação do Estado no Campeonato Brasileiro, que será em Belém, no dia 28 de agosto. Para Roberto Teixeira; “é gratificante ver que esses atletas iniciaram na comunidade”. Já para o professor de judô Gilberto Cruz é emocionante ver que um projeto social de 5 anos já consegue resultados tão eficazes. Só no Judô são 450 crianças que se dedicam duas vezes na semana aos treinos para conquistarem o sonho de representar o Brasil em um campeonato internacional. É o caso de Ana Beatriz Oliveira de 12 anos, que foi Bicampeã do Regional e agora representará o Pará no Campeonato Brasileiro, junto com Camila Ketlin, Ivan Kelvin e Elder Cesar.

Inspiração no Rio de Janeiro O “Rancho Não Posso Me Amofinar” foi fundado no dia 31 de janeiro de 1934, por Raimundo Manito, um apaixonado por samba. Manito era estivador e foi trabalhar no Rio de Janeiro por alguns anos, lá passou a frequentar rodas de samba e os ensaios de algumas escolas de samba. Entusiasmado trouxe para Belém o que conheceu em terras cariocas, o samba nos tamborins. “Em Belém já se fazia carnaval, mas era aquele carnaval de rua, blocos de carnaval. Não tinha nenhuma Escola de Samba. O Rancho foi a primeira”, orgulha-se o presidente. Assim nasceu o Rancho, a escola de samba mais antiga de Belém, do Pará e a 4ª mais antiga do Brasil. Nesses quase 80 anos de história, são 28 títulos. E não é para menos, já que a preparação para o desfile começa logo após o carnaval. Em abril, o presidente divulga o tema e começam a ser desenvolvidas as ideias para a construção do enredo. No próximo carnaval, em 2012, o Rancho entra na avenida com uma reedição do carnaval de 1979: “Tempo de Criança”, quando foram tetracampeões. É a tentativa de levar para o Jurunas o 29ª título de escola campeã do carnaval paraense.

Durante todo o ano, são realizados trabalhos com a comunidade: aulas de balé para crianças de 5 aos 12 anos, boxe, judô, capoeira, dança de salão e atendimento odontológico


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cidadania

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por Kaliu Andrade

Pró-paz Política solidária preocupada com o desenvolvimento da criança e do adolescente

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uem chegava ao campus III da UFPA (Universidade Federal do Pará) se deparava com uma dura realidade, quadras poliesportivas abandonadas, piscina olímpica interditada e um amplo espaço descuidado. Hoje, a realidade naquele lugar é outra. Logo que entramos visualizamos um espaço reformado e cheio de crianças e adolescentes que se dividiam entre as oficinas e cursos ministrados pelo Pró-paz. Tais mudanças são resultados de uma iniciativa do Governo do Estado. Ali funciona o espaço que abriga o primeiro pólo do projeto Pró-Paz nos Bairros. Que fique bem claro que o programa se destina a promover uma cultura de paz principalmente entre crianças e jovens que vivem em comunidades carentes. “O Pró-paz é um grande programa vinculado diretamente à Casa Civil, de articulação e integração de políticas públicas para inserir crianças e adolescentes na sociedade”, destacou Isabela Jatene, coordenadora do programa. O Polo Pró-Paz da UFPA atende comunidades dos bairros da Terra Firme, Riacho Doce (UFPA) e do Guamá. O espaço, já revitalizado, conta com três quadras poliesportivas, duas quadras de areia, piscina, salas de aula e ambientes alternativos. Ali, crianças e adolescentes entre 8 e 18 anos participam de atividades que envolvem música, dança, cultura e esporte. “Queremos oferecer aos jovens e às crianças opções de lazer fora do horário da escola, evitando, dessa forma, que eles fiquem ociosos. Por isso, decidimos adaptar esse espaço, que agora está adequado para recebê-los. Aqui, eles vão poder brincar,

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aprender e crescer, a partir de uma formação cidadã, igualitária, e não marcada pelo abandono e pela violência”, afirma Izabela Jatene. É através de parcerias feitas com as Secretarias de Estado de Esporte e Lazer (Seel), Educação (Seduc), Segurança Pública (Segup) e a própria UFPA o programa deu certo, além, é claro, do trabalho dos profissionais provenientes destas parcerias através dos cursos, palestras, aulas e outras atividades. “Esse programa não tinha qualquer chance de existir se fosse uma iniciativa só do governo. Para construirmos uma cultura de paz, precisamos do apoio e da união de todos. O Pró-Paz não é do estado, é da sociedade paraense que não se contenta e não se acomoda diante dos desafios”, enfatizou o governador Simão Jatene, no dia da inauguração. O Pró-paz atualmente atende cerca de 1000 crianças e adolescentes em dois turnos (manhã e tarde). Além deste espaço já existente, o governo pretende ampliar seu atendimento à população e isto acontecerá a partir da implantação de mais 10 centros do Pró-paz. Empresários e a comunidade podem ajudar a manter o programa, basta força de vontade e cidadania. “Existe o Fundo Estadual da criança e adolescente (FIA) onde é possível aqueles que desejam ajudar, receber dedução no imposto de renda, basta guardar os comprovantes e apresentar na hora da declaração. É fácil, basta procurar a sede do Pro-paz na UFPA”, concluiu a coordenadora do Pró-paz.

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CIG ré, 871 Av. Naza 3201-3600 : Contato


Viagem por Kaliu Andrade

sob medida Pacotes personalizados para shows nacionais e internacionais. Lua de mel com programação diferenciada. Programação para pós viagens... saiba que a viagem dos sonhos pode virar realidade na Stern

Um diferencial da Stern são as festas organizadas antes das viagens em parcerias com bares e bandas. Fique atento ao que vem por aí: Rock in Rio, Eric Clapton, UFC e Formula 1

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João Paulo, diretor da Stern Viagens

la nasceu em 2007 como agência de viagens. Era mais uma entre as tantas que já existiam em Belém. Com pacotes de viagens turísticas, a agência atende e continua a atender o público ‘A’ da metrópole. Porém foi rebatizada como Stern Viagens no ano passado (pra ser mais preciso em outubro) quando João Paulo assumiu a direção. Daí pra frente, personalizar é a palavra de ordem! Com uma estrutura ampliada para atender mais clientes, a antiga agência que possuía dois funcionários, hoje atende no mercado com sete. Essa mudança aconteceu em menos de seis meses. O segredo do sucesso assinado pelo empreendedor que cursou Turismo até o 4º semestre e hoje ruma no curso de Direito, ficou por conta do foco em viagens para shows e eventos nacionais e internacionais. Diferente das outras agências, a Stern assumiu um importante papel para aqueles que desejam curtir um pouco mais que o show. Com pacotes personalizados, flexíveis, aéreos e terrestres, João conquistou um público exigente. O pontapé inicial se deu no primeiro show ,no ano passado, de Paul McCartney, onde mandou para lá 20 pessoas. Logo em seguida a Stern foi só comemorações ao fechar com mais 50 passageiros a ida ao show do U2.

“Um diferencial da Stern são as festas organizadas antes das viagens em parcerias com bares e bandas de destaque na cidade, onde são sorteados ingressos para os shows com o intuito de entrosar o grupo que já fechou o pacote e promover a excursão, bem como chamar a atenção de outras pessoas para o evento em destaque”, afirmou o empresário. A agência agora se prepara para alçar novos vôos, congressos e luas de mel personalizadas serão os produtos ofertados aos clientes da Stern. A novidade dos pacotes para pombinhos será divulgada no “Noivas Fashion Weekend” de Liliane Cutrin que acontece este mês na Estação das Docas. E olha o que ainda vem por aí Rock in Rio, Eric Clapton, UFC e Formula 1. Se você ficou interessado é só passar na Stern e preparar seu pacote, já deixa a mala feita e a câmera pronta para registrar todos os momentos porque a sua viagem será inesquecível. É só acessar www.sternviagens.tur.br ou ligar no fone 3252 0080 / 3088 1936. Se você preferir pode conhecer a sede da Stern viagens que fica na São Pedro, 710.


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beleza por Kaliu Andrade

Legam Cosméticos

alia reputação e empreendedorismo para alcançar sucesso Em oito anos de atuação no Pará, representante exclusiva da Aneethun na região comemora o resultado do trabalho sério e de parceria com os clientes

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er bem sucedido, conquistar reputação no mercado, manter a equipe focada nos resultados ou garantir a sustentabilidade do negócio mesmo numa região em que os desafios se transformam numa tarefa constante para o nicho de empresas que atua no setor de vendas. E alcançar o sucesso sob os pilares aqui citados sempre foi uma meta diária para a Legam Cosméticos, empresa do ramo da beleza com histórico de oito anos de atuação no Pará e, agora, no Amapá. “A estratégia é ser criativo, desenvolvendo canais diretos entre a empresa e os nossos clientes”, declara o diretor executivo da Legam, Edinaldo Martins. Nesses oito anos de estrada, a Legam Cosméticos acumulou experiências que a consolidaram como a representante comercial de produtos profissionais de beleza com maior amplitude em todo o Estado. Como toda franqueada Aneethun, ser empreendedor é elementar para manter-se vivo no mercado. “Ser empreendedor é, primeiramente, ter boas idéias, e saber transformá-las em realidade. Todo empreendedor precisa ter paixão e entusiasmo por aquilo que faz, ter foco e conhecimento do que quer para a sua empresa e para os seus colaboradores”, afirma o executivo. Como todo negócio, atuar no mercado da beleza, onde surgem e desaparecem marcas na mesma escala, exige confiança, seriedade e respeito. De acordo com Edinaldo Martins, a missão da Legam Cosméticos está baseada em promover o sucesso e a satisfação do cliente, por meio de um crescimento sustentável: “Sempre falo aos nossos consultores que não vendam somente sonhos aos nossos clientes e, sim, oportunidades de um negócio altamente rentável e de sucesso. Temos grandes parceiros fidelizados que comercializam em seus salões apenas a nossa marca e a satisfação é total”.

Edinaldo Martins e o diretor de franquia nacional Aneethun, Roberto Amaral

Danielle Brabo Ribeiro, consultora de vendas Aneethun em Santarém

Logística - E o conhecimento profundo da região é essencial, por exemplo, no momento de formular soluções logísticas para a entrega de produtos. “Temos que atuar com inteligência e buscar sempre a confiabilidade de nosso cliente. Trabalhamos sempre com um prazo longo nas entregas para locais de grandes distâncias, como Santarém, Macapá e o estado do Amazonas”, ressalta Edinaldo. Danielle Brabo Ribeiro, consultora de vendas Aneethun em Santarém, afirma que o nível de profissionalismo dos salões do interior do Estado se mantém à altura das grandes capitais. Ela usa o município de Itaituba como exemplo para justificar a sua opinião. Lá, os profissionais não medem esforços para melhorar o atendimento e a qualidade dos produtos oferecidos aos clientes. “A busca pelo conhecimento não tem fronteiras. Muitos viajam até São Paulo para se reciclar e aprender novas técnicas. Santarém é outra região que nos chama bastante atenção. É muito importante para a Legam encontrar pessoas dispostas a conhecer os produtos a fundo. A Aneethun, como franquia, presa muito pelo conhecimento compartilhado”, declarou. O compromisso de garantir a entrega de produtos no prazo passa pela análise da região e local onde será feita a distribuição até a estimativa de recebimento do produto. A partir da região Oeste do Estado, bem como para os estados do Amapá e Amazonas, os prazos são de, aproximadamente, 10 dias. “Assim, nossos pedidos para esta região e estados passam a ser mensais e com prazo de entrega dentro da realidade de cada região”, afirma. Para superar os desafios e estender a atuação da empresa em todo o Pará, a Legam investe em qualidade e rentabilidade, adjetivos que


fazem parte dos valores da empresa. Tudo para que o custo x benefício dessa relação seja um ganhaganha, tanto para o representante quanto para o cliente: “Levamos ao nosso cliente um produto com qualidade e rentabilidade, para que seja comercializado dentro de seu estabelecimento”, destaca. O suporte de vendedores em regiões estratégicas é um facilitador para a comercialização dos produtos. Hoje, a empresa mantém quatro regiões estratégicas comercializando os produtos, iniciativa que agiliza a distribuição e facilita a ampliação da rede de relacionamento e a própria carteira de clientes. “Em cada região temos um vendedor preparado e com capacitado para atender a todos os clientes que buscam a nossa marca, inclusive com preparo para orientar no manuseio dos produtos, se for o caso. Esse vendedor reside em um ponto estratégico dentro da região que atua”, declara o executivo. Treinamento – Manter a qualidade no atendimento em todas as unidades da Legam no Pará e Amapá é fruto de muito treinamento e investimento em capital humano. É um diferencial que a rede de franquias Aneethun busca em todo o Brasil. “Procuramos dar a nossa equipe de vendas e todos os outros funcionários treinamento constantes. É importante que eles saibam que todos fazem parte do atendimento, independentemente da área que atue. Em maio, alguns vendedores vão participar de

treinamentos em Brasília, juntamente com franquias de outras regiões”, ressalta. Futuro – De olho em novos mercados, Edinaldo Martins se mostra confiante na ampliação da Legam para outros sites paraenses e amazônidas. O plano é arrojado, mas está sendo traçado com metas reais de execução já para os próximos anos. “Nosso plano para o futuro é levar a todo profissional desse Estado o produto Aneethun, com o mesmo resultado que já conseguimos alcançar aqui no Pará. Também esta em nosso plano chegar a incrível marca de 3.000 clientes até o início de 2014, no caso clientes cadastrados em nosso sistema”, diz o executivo.


negócio por Kaliu Andrade

TRM Modulados, é líder absoluta no Pará

Você já conhece a TRM modulados? Não? Então você precisa conhecer! Ela é considerada um grande nome do segmento de arquitetura e design de interiores, e assume posto de destaque no mercado paraense. Moacyr Braga e Robert Coriolano, diretores da TRM

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Rita Gonçalves, diretora da TRM

om projetos inconfundíveis assinados inclusive pelos melhores profissionais da arquitetura paraense, a empresa tem presença marcante em grandes empreendimentos imobiliários da região norte do Brasil. O nome da empresa é badalado também no mercado internacional de construção civil. Hotéis, bancos e empreendimentos corporativos em geral tem como preferência a TRM Modulados. Os Diretores Moacyr Braga, Rita Gonçalves e Robert Coriolano tem uma postura proativa em um mercado que, nem de longe, é pouco competitivo. As perspectivas para o ano de 2011 são de que mais de 2000 ambientes sejam projetados só na grande Belém. A equipe de consultores da empresa é a mais capacitada do mercado e conta com mais de 50 profissionais, como arquitetos, designers e montadores. São feitos investimentos em tecnologia de última geração e na equipe de arquitetura e projetos da empresa. A TRM acaba de entregar a Belém uma nova loja de mais de 1000 metros quadrados e um showroom de primeiro mundo. A Nova loja conta com 10 vagas de estacionamento e já é referência de qualidade na região norte. Neste ano de 2011, em agosto, a empresa vai lançar um novo showroom seguindo a tendência hi tech. A novidade será assinada pelo Arquiteto Wallace Almeida. Outra vantagem é o prazo de entrega. 22 dias, a partir da assinatura do contrato, a TRM Modulados lhe garante entrega rápida e fácil. Moacyr Braga, Diretor Corporativo da empresa, e um dos maiores empresários do segmento, afirma, “A TRM tem conquistado o mercado nacional por conta da excelência em seus

TRM Mo du Vasconc lados, Assis de elos, 488 .Telefon (91) 322 e 2-2761.

Equipe TRM Modulados

serviços. No segmento corporativo, somos líder em vendas em atendimento e a empresa está se preparando para abrir escritório nos Estado Unidos. Sem dúvida alguma, oferecemos as melhores condições comerciais do mercado.” Diferencial é o sobrenome da TRM quando o assunto é atendimento e nas escolhas de seus profissionais. O motivo? O treinamento que os funcionários recebem para saber atender clientes nacionais e internacionais. “Além do melhor serviço do mercado, a empresa possui condições de negociação, que dão ao cliente a melhor opção possível. Nosso negócio consiste em oferecer um trabalho diferenciado, respeito ao cliente e o melhor atendimento do segmento. Por isso, somos líder de qualidade naquilo que realizamos”, afirmou o Diretor Administrativo Robert Coriolano. Rita Gonçalves, Diretora de Execução e Qualidade da TRM Modulados e nova sócia da empresa, veio para reforçar este time. “A empresa está se modernizando e implementando o SGQ - Sistema de Gestão de Qualidade, onde todos os processos de trabalho da empresa serão acompanhados ‘just in time’ pela Diretoria”, afirmou a empresária.


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reciclar

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uito do lixo que produzimos é coletado por alguma criança ou pai de família que precisa de uma renda para sustentar seus filhos, uma triste realidade não só dos municípios de Belém e Ananindeua, mas de outras centenas em nosso país. Para tentar reverter essa situação, a ONG Noolhar foi fundada há seis anos em Belém com o objetivo de trabalhar com a conscientização ecológica, evitando que todo material sólido reciclável chegue até o lixão do Aurá.

Neste foco, a ideia principal é que as pessoas entreguem o seu lixo sólido no Ponto de Entrega Voluntária – PEV para a reciclagem. O espaço criado pela ONG surgiu para arrecadar uma boa quantidade desse tipo de material. Em seguida, o que não é usado para confeccionar produtos, é doado para associações que trabalham com reciclagem. “Assim, eles geram renda e tiram do lixão um material que demora séculos para se decompor”, disse Patrícia Gonçalves, coordenadora da Noolhar.


por Fernando Araújo colaboração Ascom Ong Noolhar

Trabalhos ecológicos

por uma Belém

melhor

Você sabe para onde vai a embalagem do lanche que você acabou de comer ou daquele presente que você ganhou e jogou no lixo? Para o lixão do Aurá. Você sabe quem vai coletar esse lixo?

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Apenas uma gota de óleo é o suficiente para contaminar e deixar impróprios para o consumo mil litros de água.

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Em 2009, o PEV demorava até três meses para arrecadar duas toneladas de resíduos sólidos. Em 2010, o tempo reduziu para apenas uma semana. “Graças à grande campanha que fizemos na mídia local. Com isso, fomos convidados para participar de diversos eventos pela cidade e assim fomos conscientizando as pessoas de Belém sobre este mal, que é o lixo sendo jogado no lixão do Aurá”, enfatizou Patrícia. Os mais variados materiais são recebidos no PEV, como papéis, papelão, garrafas PET e até lixo eletrônico e óleo de cozinha. “Recebemos tudo, menos lixo orgânico”, ressaltou. Empresas também se conscientizaram e fecharam parceria com a ONG para realizar a reciclagem,. Foi o caso da uma concessionária, que doou mais de mil peças de revestimento de banco de carro.

A cadeira feita com latão, uma das peças produzidas pela ONG Noolhar.


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Com o material, a Noolhar idealizou produtos como cases para ‘notebook’, capas para televisores de LCD..., tudo confeccionado pela comunidade que está ligada aos trabalhos da ONG. A Polícia Civil é outra instituição parceira e entrega no PEV para reciclagem o papel usado no serviço administrativo. Restaurantes entregam o seu óleo de cozinha para ser transformado em sabão e a Sol Informática doa banners que viram mochilas e bolsas. Outro bom exemplo é a coleta seletiva do barco da Nestlé e a decoração ecológica feita para o stand da Mariza Alimentos na SuperNorte. O PEV fez tanto sucesso que chamou a atenção da Tetra Pak. A empresa líder mundial em soluções de processamento e envase de alimentos vai construir, em parceria com a ONG Noolhar, outros cinco PEV’s em supermercados de Belém. “Além dos grandes parceiros, o maior reconhecimento por este trabalho ambiental é da população, que faz a sua coleta seletiva dentro de casa e vai até o PEV entregar todo o seu material para reciclagem voluntariamente”, disse Marcos Wilson, presidente da ONG.


Óleo de cozinha se transforma em sabão e garrafas PET em anjos Além do PEV, a ONG Noolhar realiza outros projetos que protegem o meio ambiente e acabam gerando renda para famílias carentes de Belém. Já pensou em transformar o óleo de cozinha em sabão? Pois é, a ONG Noolhar mostrou que é possível ensinando a transformar óleo de fritura em um ótimo sabão em barra para lavar a louça e outros objetos. Os dois principais objetivos da atividade feita com famílias carentes do município de Benevides foram preservar o meio ambiente não desperdiçando o óleo pelo ralo da pia e gerar renda com a venda do sabão. Vale lembrar que apenas uma gota de óleo é o suficiente para contaminar e deixar impróprios para o consumo mil litros de água. Ou pior: um litro de óleo, o que contém em uma embalagem vendida em supermercado, é o suficiente para contaminar um milhão de litros de água. Com garrafas PET, a Noolhar possui um trabalho voltado para o artesanato e a construção de móveis. Com dois metros de altura e estrutura de ferro, os anjos confeccionados com garrafas de plástico invadiram a cidade durante o Natal de 2010. Mais de 50 peças já foram produzidas pela ONG, reutilizando cerca de 15 mil garrafas PET que poderiam estar poluindo o meio ambiente. O trabalho de confecção é feito por famílias carentes dos bairros Terra Firme, Guamá e Val de Cãns, gerando renda para as suas comunidades. Os anjos de garrafas PET decoraram a fachada do Tribunal do trabalho, Agência Distrital de Icoaraci e do Tribunal de Contas do Estado. Entre outros objetos produzidos com as garrafas estão sofás, puffs, chaveiros e até abajurs. “Este ano, os nossos projetos estarão mais próximos da população ribeirinha”, garantiu Patrícia. Os projetos estarão focados nos recursos hídricos e mudanças climáticas. Com incentivo da Lei Semear, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, a ONG Noolhar ganhou edital para a realização do I Festival de Música Pró Ambiente do Pará. O primeiro semestre de 2011 será voltado para a organização do evento, como a captação de empresas parceiras. O evento tem previsão para acontecer no mês de setembro.

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pesca

por Anna Carla Ribeiro

Pará tem tudo para ser o

primeiro lugar no ranking da pesca A Amazônia brasileira é uma região de cerca de seis milhões de quilômetros, onde se encontra o equivalente a 20% de toda a água doce do mundo. Segundo especialistas, essas características definem esta região como um dos principais ecossistemas de áreas úmidas do planeta, destacando sua grande importância biológica e social. Nesta região existe uma diversidade de ecossistemas, muitos dos quais são utilizados para as atividades de pesca e aquicultura, como várzeas, rios, lagos, igarapés, igapós, baías e enseadas. Deste espaço, o Pará possui 562 km de costa litorânea, 70 mil km² de plataforma arrastável e 98 mil km² de águas interiores. Isso faz com que, segundo as estatísticas oficiais, o Estado seja o segundo maior produtor de pescado do mundo.

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O Pará é, na realidade, o principal produtor de pescado do Brasil. O que acontece é que faltam estatísticas competentes no Estado para computar tudo o que sai do Pará de peixes e crustáceos para as demais regiões do Brasil”, ressaltou o secretário de Estado de Pesca e Aquicultura, Asdrubal Bentes. Segundo ele, essa dificuldade de se contabilizar é devido à dimensão territorial do Estado e também por conta de que no Pará a pesca artesanal é muito forte. “Para fazer a contabilidade desse tipo de atividade é muito mais difícil porque tem uma parcela significativa de subsistência e o Estado consome muito peixe. Ou seja, esse volume de pesca que abastece as comunidades locais acaba não entrando nas estatísticas, fora o que sai do Estado e acaba sendo registrado como de outro lugar”, explicou o secretário. Asdrubal Bentes acredita que a pesca também é uma atividade ambientalmente sustentável porque é possível criar toneladas de peixes sem derrubar uma única árvore. “Para produzir uma tonelada de carne de boi, você utiliza um hectare. Se você

Asdrubal Bentes inaugurando a sede da Sepaq em Salinas.

colocar um hectare de lâmina d’água, você produz algumas toneladas de peixe”, afirmou. O secretário tem pregado a grande vantagem que há do empresariado investir na pesca, onde em apenas um hectare é possível produzir de sete a oito toneladas de pescado no período de um ano, enquanto no mesmo espaço de terreno, em termos de pecuária, criam-se no máximo dois bois em três anos. “Isso foi pauta de uma reunião que fui em Brasília, junto com a ministra da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, e demais representantes dos Estados da Amazônia Legal. Trata-se de um projeto para aumentar o cultivo de pescado na região em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com certeza o Pará será beneficiado”, disse Asdrubal Bentes. A meta da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq) é dar continuidade aos projetos que deram certo no governo passado e criar novos planos para o desenvolvimento do setor pesqueiro do Pará. As feiras do Peixe Vivo e do Peixe Popular, que tem por objetivo garantir o pescado barato no período da semana santa, este ano foram ampliadas


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para serem realizadas em aproximadamente 40 municípios. Além de várias espécies de peixes, foram comercializados caranguejos. Outra preocupação é trabalhar na interiorização da Sepaq, a exemplo de Salinópolis, que tem na base de sua economia a atividade pesqueira. O município ganhou em abril uma sede própria da Sepaq que conta com uma equipe técnica responsável por orientar os produtores e desenvolver projetos de pesca e aquicultura da região do Salgado, compreendida pelos municípios de Capanema, Pirabas, Primavera, Quatipuru, Nova Timboteua, Santarém Novo e Salinópolis. A pretensão é interiorizar a Sepaq instalando, em cada um dos 12 pólos regionais, uma sede local do órgão. “Nossa missão será incrementar a pesca e a aquicultura, promovendo a geração de emprego e renda e a melhorando as condições de vida da população”, ressaltou Asdrubal Bentes.

Potencialidades de pesca e aquicultura do Pará: Pesca artesanal profissional: • Possui diversificada malha hidrográfica; • Tem a presença de diversos ecossistemas aquáticos; • Ocorrência de grandes espécies de peixes e de crustáceos, como o camarão.

Pesca Industrial: • Foz do Rio Amazonas com grande concentração de bagres migradores e camarões; • Parque industrial instalado; • Localização privilegiada dos portos (Europa e Estados Unidos); • Rios e estradas aptos para o transporte interestadual; • Energia elétrica abundante.


Vendedor na feira do Peixe Popular, que ocorreu em abril deste ano.

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Pesca esportiva, amadora e recreativa • Ocorrência de espécies de peixes marinhos e de água doce, ou seja, diversidade de espécies. • Áreas aquáticas diversificadas e adequadas para a criação de sítios pesqueiros turísticos.

Pesca ornamental • Ocorrência de espécies nativas e endêmicas de alto valor agregado; • Grande mercado de exportação; • Atividade geradora de renda para comunidades ribeirinhas; • É um laboratório natural para estudos das espécies e ecologia pesqueira.

Aquicultura • Diversidade de ambientes para cultivo (marinho e água doce); • Áreas propícias para tanques redes e tanques escavados; • Presença de bancos de sementes naturais para a criação de ostras.

Confira uma entrevista exclusiva com o secretário de Estado de Pesca e Aquicultura, Asdrubal Bentes Revista Bacana - Quais os principais projetos estão em andamento na SEPAQ? SEPAQ - O projeto Produção Sustentável de Peixes em Tanquesredes no Parque Aquícola de Breu Branco III é um projeto da Secretaria executado em parceria com a Eletronorte e a prefeitura de Breu Branco. Ele tem o objetivo de implementar piscicultura em tanques-redes como alternativa de renda e emprego para 325 famílias de pescadores que têm suas atividades afetadas pelas obras das Eclusas de Tucuruí. O projeto tem a meta de instalar 2600 tanques-redes. Atualmente, já foram instalados 68 tanquesredes, com capacidade para 550 peixes cada. Outro projeto de grande relevância são a ampliação e reforma das estações para criação de peixes em Terra Alta, Flambot (em Curuçá), Santarém, além da construção de estações em Conceição do Araguaia e Uruará. Neste último município, as obras já estão em andamento. Ao todo, é um investimento de mais de R$6 milhões com a parceria do Governo Federal. Além desses, já há um entendimento com outros municípios que pretendem instalar estações de aquicultura. RB - A Sepaq faz muitas parcerias em seus projetos? SEPAQ - Sim, o nosso relacionamento com o Governo Federal, por exemplo, é maravilhosa, até pelo carinho que tenho pela ministra da Pesca e Aquicultura Ideli Salvatti, com quem tive o privilégio e a honra de conviver no Congresso Nacional como vice-presidente da CPMI dos Correios e ela, como membro atuante da comissão. A Sepaq também fechou parcerias com as universidades e instituições de pesquisa, como UFRA, UFPA, Museu Emílio Goeldi, Emater e Embrapa para o desenvolvimento de pesquisa, assistência técnica e capacitação nas áreas de pesca e aquicultura.


RB - Quais as dificuldades que a Sepaq enfrenta? SEPAQ - A Sepaq possui gargalos, a exemplo das dificuldades orçamentárias, do restrito quadro de funcionários e da questão das licenças ambientais. Nosso quadro de funcionários é de 96 pessoas para atender todo o Estado. Em nosso entendimento, eram necessários 370 funcionários. Nós já estamos em contato com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente na busca da diminuição da burocracia e agilização das licenças. Outro grande gargalo é o elevado custo da ração, que contribui para o aumento do preço do pescado ao consumidor. Urge que se estimule a instalação de fábricas de rações para baratear o custo final do pescado. O maior entrave, porém, são os limitados recursos financeiros alocados no orçamento do Estado para este exercício. RB - O que ainda estão nos planos da Sepaq para este governo? SEPAQ - Existem projetos de inclusão sócio-produtivos no Pará que estão sendo discutidos junto com o do Sebrae e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes). Trata-se da elaboração de cadeias produtivas no Estado. A proposta da Sepaq é criar três cadeias produtivas. Uma é de pescado para a região do Marajó envolvendo 16 municípios com unidades de salga do camarão e criação de peixes em tanque rede. A pesca artesanal do caranguejo deverá ser desenvolvida no município das regiões do Salgado e Bragantina através de uma fábrica de beneficiamento da massa do crustáceo e o desenvolvimento da logística de transporte do caranguejo vivo. A terceira

proposta é a construção de uma fábrica para beneficiar a farinha de piracuí, em Santarém. Pretendemos, ainda, incentivar a pesca esportiva transformando-a em um chamamento para o turismo na região com o aproveitamento do seu grande potencial. É nosso objetivo também estreitar o relacionamento com as empresas de pesca já implantadas e incentivar as instalações de outras, o que resultará na geração de mais emprego, renda e inclusão social. Com relação à aquicultura, entendemos que deve merecer atenção especial por parte da Secretaria. Certamente a criação de peixes em tanques-escavados ou tanques-redes, a exemplo do que já está ocorrendo no Lago de Tucuruí, contribuirá decisivamente para aumentar a nossa produção de pescado e colocar o Pará no topo do ranking nacional. Temos certeza que não nos faltará o decisivo apoio do governador Simão Jatene, aliás, um apaixonado por essa atividade. RB - Como o senhor pretende acabar com a evasão clandestina de pescado? SEPAQ - Estamos levando um relatório ao governador no qual demonstramos os grandes prejuízos para o Estado decorrente da saída clandestina do pescado em todas as regiões do Pará. O fato é muito grave e merece uma ação conjunta da Sepaq com a Sefa, Sema e órgãos afins para impedir a evasão clandestina e criminosa do nosso pescado para outros Estados e até para outros países. Isso causa evidentes prejuízos para o erário público do Estado, além de prejudicar as estatísticas, contribuindo negativamente para a classificação do Pará no ranking nacional da pesca.

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artigo por Dra. Karla Lobato

Relações sociais em rede!

Um olhar, um gesto, uma palavra e estamos nos comunicando, até mesmo quando simplesmente não fazemos nada. A comunicação está presente desde o primeiro momento da vida, pois se inicia em um processo relacional. É o que distingue o homem dos demais.

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a partir das relações interpessoais que se constituem as experiências que compõem o ser humano em sua totalidade e isso ocorre diante de um contexto social e cultural. Logo, é fato a importância das relações sociais para a efetividade do acervo íntimo de cada um. Nesse contexto, é que surgem novas formas de relações sociais que, atualmente, são objeto de utilização e análise, as redes sociais (twitter, facebook, blogs, entre outros). As redes surgem em um espaço de relações sociais que entremeiam a sociedade de um modo geral, tendo como característica marcante a divulgação de uma informação de forma imediata e acessível, de caráter informativo ou comercial, disponibilizada até mesmo de um aparelho móvel de telefone. Importante ressaltar que a construção de redes sociais está diretamente relacionada às tecnologias da informação. Sua utilização remete à ideia de reunião de indivíduos e formação de grupos interligados e em constante processo de comunicação. Tão importante quanto a utilização, deve ser o entendimento da transformação que esse movimento evoca na sociedade. Novos termos são utilizados e empregados como forma de comunicação, paradigmas são quebrados em um movimento que transforma a todos que deles fazem parte. Vale ressaltar questões como o uso responsável pelo o que é dito nas redes sociais, pois ha interferência direta entre comunicador e receptor da mesma forma que no processo relacional convencional. Assim como o cuidado com a exposição excessiva de informações pessoais e até mesmo por questões de segurança. Saber separar o que pode ser público é uma boa dica. Importante também ressaltar que o tempo de utilização deve ser equilibrado com cautela, de forma a não comprometer relações presenciais do tipo “face to face”. Outra questão importante é que a ideia de movimento e transformação faz parte da vida pessoal, social e cultural que muda sempre e a todo momento. Certeza é o convite/ intimação para dela fazer parte como forma de pertencer à sociedade.


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por Gui Sampaio

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10 1 - Ana Carolina Proença (Disco Factory) 2 - Cynthia Camarinha e Apoena Augusto (Barbaro Lounge Bar) 3 - Jader Filho e Laice Barbalho (Disco Factory) 4 - Mauro Correa E Roberto Machado (Capital Lougen Bar) 5 - Guto Pineda e Armando Costa (Favela) 6 - Suzete Oliveira, Francisco Oliveira E Naize Castro (Barbaro Lounge Bar) 7 - Flavia Anjos (Casa D´Noca) 8 - Bianca Loreiro e Fernando Portela (Leblon) 9 Adailton Cordovil, Clei Leão, Paulo Morelli e Silvio Martins (Aforneria) 10 - Chimbinha, Lucinha Bastos e Nilson Chaves (Territorio Lounge Bar) 11 - Claudia Oliveira e Maria José (Mercado 153)



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12 - Jajá, Adriano, Naza, Fabrizio e Henrique (El Bandolero) 13 - André Kaveira e Elida Braz (Disco Factory) 14 - Denise e Miro Gomes (Leblon) 15 - Nilton Lobato e Karla (Disco Factory) 16 - Jorge Mutran e Luiz Castello (Parrilla) 17 - Marcelo Salomão e Silvane Tourinho (Donna Noite) 18 - Marquinho, Adriana Cruz e Dj Ivan Davis (Acordalice Bar Café) 19 - Jorge Raposo e Alexandre Amaral (Leblon) 20 - Allã Fonseca E Fabricio Souza (Mercado 153) 21 - Waldomira Mileo e Fabio Yamada (Disco Factory) 22 - Luizete Freitas, Lirha Freitas e Mauro Cleber (Disco Facroey) 23 - Placido Ramos, Nicoly Scerne, Thaissa Scerne e Americo Oliveira (Territorio Lounge Bar)



opinião por Jússia Carvalho

Opinião de

Alaci Corrêa

o Pará dividido O Pará, hoje, é o segundo Estado brasileiro em dimensão territorial. No início de maio, foram aprovados pela Câmara dos Deputados os plebiscitos para ouvir a população do Estado sobre o seu desmembramento e a criação dos Estados de Carajás e de Tapajós. Os argumentos dos dois lados são fortes, entretanto, ainda há muito debate e discussão do assunto antes de qualquer decisão.

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ara Alaci Corrêa, diretor-presidente do Grupo Nazaré, a extensão não é o problemática, tendo em vista os avanços que vem ocorrendo no Estado. Só que é necessário união para ganhar cada vez mais o cenário econômico mundial. Segundo o empresário, o mundo todo está voltado para o Brasil, pela capacidade que temos em produzir alimentos, energia limpa e até mesmo petróleo, especialmente, com a descoberta e possível exploração do pré-sal, você observa pela quantidade de investimentos externos que tem entrado em nossa economia. “Os Estados brasileiros, especialmente o sudeste, estão observando o Pará, vendo aqui o maior potencial para investimentos, temos espaços ainda totalmente inexplorados, assim como temos a maior biodiversidade com uma imensa floresta, grandes quantidades de jazidas minerais de todas as espécies, incluindo até ouro, a maior quantidade de água doce do mundo, o terceiro maior rebanho bovino nacional, um potencial turístico sem limites, faltando somente ser explorado adequadamente. Por exemplo, há uma grande quantidade de empresas construtoras que estão desembarcando aqui e construindo maciçamente, além das nossas regionais. Hoje, nós somos um verdadeiro canteiro de obras no setor privado, entretanto, faltando o poder público dar a devida atenção para a infraestrutura para que isso não venha provocar um colapso quando todos esses investimentos estiverem concluídos, como por exemplo, na rodovia Augusto Montenegro”, analisa.

Revista Bacana: O que o senhor acha dessa divisão do Pará? Alaci Corrêa: Não concordo, sempre aprendi que precisamos saber sobre todas as quatro operações matemáticas, mas sempre que for possível dar prioridade a de somar e multiplicar, nunca dividir ou diminuir, estas duas últimas não estão no meu vocabulário. Meu primeiro ramo de atividades comercial depois de ajudar meu pai na industria de aguardente e comércio ribeirinho, foi o regatão, o qual o fiz por quase todos os rios e afluentes da Amazônia, portanto sou conhecedor de quase todos os municípios deste Estado, não vejo necessidade de divisão de uma região que, hoje, está em pleno crescimento e ao mesmo tempo totalmente integrado a capital do Estado, através de uma malha viária, incluindo a PA – 150, que nos permite tomar café bem cedo da manhã em Belém e almoçarmos às 13h em Marabá, principalmente, depois da construção da alçaviária e a conclusão das eclusas de Tucuruí, o que veio contemplar esta região. Entretanto, em relação ao estado do Tapajós, acho até que poderia ser pleiteada, em virtude da grande distância que existe e somente sendo possível chegar até lá via marítima ou aérea, mas esta não permite logística que possa ser competitiva, como exemplo, uma carrada de frutas e verduras, embarcada na CEAGESP – SP que chega em Belém com 48h, lá somente é possível com 240h, portanto, imprópria para consumo, além de nossas culturas e folclores, que se observarmos, em 24h nós temos duas marés, uma alta e outra baixa, a deles, isto acontece uma vez por ano, seis meses alta e seis meses baixa, isto é


somente se travaria com falta de recurso para financiamento da estrutura de um novo estado, isto na área municipal, estadual e federal, que além da estrutura organizacional, teriam que ser mantidos através de arrecadações tributarias para que não viessem a ser dependentes de recursos que não fossem gerados nessa região, pois tudo o que é produzido, 90% é minério e a lei Candir, não permite tributação, assim como, a energia produzida e exportada que não podem ser tributadas na origem, já o de Tapajós, poderia pleitear, uma vez que lá, este desenvolvimento a que me referi em carajás, ainda não está acontecendo, em todos os municípios, somente em Oriximiná com o projeto RIO DO NORTE (Bauxita), Jurutí com minério e Almerim com caulim, faltando ainda a conclusão da BR – 163 e a ampliação do porto de Santarém, exploração da mina de calcário de Monte Alegre, com fabrica de cimento e etc...e mais, pesquisas do potencial mineral dos municipios vizinhos de Santarém que ainda não foram feitos, como: Gurupá, Porto de Moz, Alenquer, Terra Santa, Prainha e o proprio Santarém com o Alter-do-chão, ou por todo o Tapajós que tem um potencial turístico em plena floresta que precisa ser explorado.

um grande choque cultural, o que aproxima esta região mais para o estado do Amazonas do que para o Pará, veja no folclore que tem os bois de Parintins: Garantido e Caprichoso, Santarém tem boto Tucuxi e Cor-de-Rosa, Jurutí tem o festival das Tribos Indígenas, o que se assemelha, assim como politicamente, esta região se integra com o Amazonas, pois tem saído políticos, como, governador e deputados, paraenses nascidos em Santarém, sendo transferidos e exercendo seus cargos no estado vizinho. RB: O que o senhor acha que os estados criados ganhariam com esta divisão? AC: O estado de Carajás não ganharia nada mais do que já está acontecendo naquela região, está em pleno desenvolvimento, tudo o que tem e pode ser explorado já está sendo, ou previsto com poucas exceções,

RB: Se houver a divisão, como fica o Pará? AC: Extremamente fragilizado, todos ficariam fracos, somente aumentando os gastos com novas estruturas de governo a serem criados, como prédios públicos para alojar toda a estrutura governamental como: palácios de governos, assembléias legislativas, segurança pública, educação, poder judiciário e todas as suas repartições, assim como funcionários públicos para isso tudo, não só a nível estadual como federal especialmente pelo fato de não termos arrecadação suficiente para financiar os Estados desmembrados, até porque, estes já nasceriam com grandes débitos em decorrência do endividamento do estado do Pará, que deveriam ser divididos pelas referidas unidades federativas.

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design

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N

a Simetria Comunicação Visual, a empresária atende clientes do ramo de publicidade, arquitetura, decoração, assim como empresas ou pessoas físicas que precisam de serviços de impressão digital, serviços de corte a laser, assim como fachadas em chapa galvanizada, ACM; letreiros em acrílico, MDF, aço inox ou mesmo luminosos com LED. Há 15 anos no mercado e consciente da responsabilidade com o material produzido, a Simetria investe constantemente em equipamentos de última geração como a Router, um tipo de máquina computadorizada que corta letreiros com precisão.

Atualite Modulados Além de cuidar da comunicação visual, pensando no interior de empreendimentos e residências, foi criada há 6 anos a Atualite Modulados, que fabrica móveis num curto prazo de entrega, com preços competitivos e qualidade de produtos e serviços. Como a fábrica fica em Belém, os clientes têm a possibilidade de acompanhar o andamento do serviço. Esta facilidade também permite que as alterações necessárias sejam feitas sem maiores problemas.


por Jússia Carvalho

Duas empresas e um objetivo

Atendimento com qualidade 161 e agilidade

Qualidade e rapidez na entrega, com estes dois pilares a empresária Andréa Diniz montou, em Belém, dois negócios distintos: Comunicação Visual e Móveis Modulados.

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As duas empresas atendem diversos clientes por todo o Brasil. Devido à praticidade, agilidade, qualidade dos produtos desenvolvidos e pela equipe de arquitetos, designers e engenheiros qualificados que estão disponíveis para atender às necessidades dos clientes. Facilitar a compra também é um diferencial nas duas empresas. “Há vendas programadas e promoções mensais para diferentes setores, seguimentos e profissionais como advogados, dentistas, médicos”, explica Andréia Diniz.

Endereço: Travessa Francisco Monteiro, 734. Fone: (91) 3274 5144/ 9112-1461 www.simetriacvisual.com.br

Endereço: Travessa Francisco Monteiro, 734 Canudos. Fone: (91) 4104-6669, 3087-1598. www.atualitemodulados.com.br


carreira

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por Jússia Carvalho

Para seguir

cantando com

Luiza Possi

Não reclamo. É a dor e a delícia de ser o que sou

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er jornalista às vezes provoca umas surpresas maravilhosas. Ao meio dia de uma quarta-feira recebi a notícia de que entrevistaria Luiza Possi. Luiza Possi!? É, sabe aquela cantora que é jurada da 6ª temporada do programa Ídolos? Pois é... Confesso que fiquei empolgada, um pouco ansiosa, mas para não fazer feio fui logo rabiscando num caderninho algumas perguntas e comentários que achava pertinente. A conversa seria por telefone, entretanto ainda estava um pouco inquieta. Talvez sem motivo, já que conhecia um pouco da carreira da artista. Acompanho o trabalho de Luiza desde o lançamento do primeiro CD “Eu sou assim” em 2003. A maneira como ela interpreta a música com bastante emoção e verdade sempre me chamou atenção. Liguei a primeira vez para o número do empresário dela. No entanto, houve um problema com o horário e a entrevista foi remarcada para uma hora depois. Fui à internet assistir aos vídeos de shows e clips da cantora, talvez me inspirasse um pouco para fazer uma boa entrevista. A voz de Luiza encanta, não há como negar. Logo recebi uma ligação com um novo contato, agora com o telefone pessoal de Luiza. Aí a responsabilidade aumentou, não haveria mediação. Às 15h30, disquei o código de São Paulo, o telefone tocou duas vezes e logo uma voz que só havia escutado cantando falou prolongando a palavra: Oooooi! Luiza tem mesmo aquele espírito brincalhão, descolado e cheio de opinião que apresenta em seus shows.

Luiza em momento descontraido no palco com sua mãe Zizi Possi

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Quando apareceu no cenário musical brasileiro, foi inevitável a comparação com a mãe, a consagrada Zizi Possi da MPB. As comparações viriam, Luiza tinha certeza. Não demorou muito e apareceram às cobranças, os críticos passaram a ver a nova cantora como extensão da mãe e a exigir repertórios com o mesmo estilo. Entretanto, como Luiza mesmo afirma: “minha mãe é minha inspiração de vida, de ser humano, de arte, mas não profissionalmente, talvez por isso as pessoas não entendam a minha identificação com Exaltasamba e Ivete”. Ela parece não se incomodar tanto, está acostumada, acredita que por ser filha de uma cantora tão famosa precisa provar tudo em dobro. “Não reclamo. É a dor e a delícia de ser o que sou”, disse ela, parodiando a música “Dom de iludir” de Caetano Veloso. Luiza não para. Divide o tempo entre composição de músicas, as gravações do programa ídolos, no qual é jurada, e os shows. Ela diz até que dá para conciliar, no entanto: “só dá para fazer isso”. 2011 será um ano completamente dedicado a essas três coisas. No dia 29 de abril gravou o DVD “Seguir

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Eu me sinto muito querida, a cada dia mais me apaixono por Belém e sempre tenho descoberto pessoas e lugares novos

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Luiza com seus parceiros do ìdolos, Marco Camargo e Rick Bonadio.

Cantando”, seu mais novo trabalho, com participações especiais de Zizi Possi e Ivete Sangalo. Além das músicas autorais, que marcam seus últimos trabalhos, em “seguir cantando” ela interpreta música de compositores como Paulo Novais e Pedro Altério. A convite da Manga Produções, Luiza e Zizi vieram a Belém para uma homenagem especial às mães, já que o show foi realizado na véspera do dia delas. Por telefone Luiza falou ainda que esse show era especial, já que a mãe estava doente e ficou longe dos palcos por quase dois meses: “fiquei com medo de perdê-la, mas agora ela volta e cantaremos juntas”. No dia do show a sede campestre da Assembléia Paraense estava lotada. Era sábado, véspera do dia das mães. A primeira a subir ao palco foi Luiza, cantando músicas do CD antigo “Bom Ventos Sempre Chegam” e algumas do trabalho novo “Seguir Cantando”. Zizi veio logo depois com o show, as comparações eram ouvidas em bom som por quem passeava pela plateia. Não escutei qualquer crítica negativa, era sempre: “Luiza herdou da mãe a afinação”, “a voz delas é diferente, mas combina com os estilos”... Já era dia das mães quando Zizi Possi chamou a filha ao palco para que cantassem


“cacos de amor”. Zizi estava bastante emocionada, o convite à Luiza saiu um pouco tremido na sua voz tão bonita. A emoção foi ainda maior quando a menina entrou com um buquê de rosas. O público reagiu com muito aplauso. Foi assim durante toda a noite. Encantada com o calor humano que sente do público quando vem cantar na Cidade das Mangueiras, Luiza tem vindo à cidade pelo menos duas vezes ao ano: “Eu me sinto muito querida, a cada dia mais me apaixono por Belém e sempre tenho descoberto pessoas e lugares novos”, revelou. O carinho pelos paraenses ficou mais evidente quando a artista recebeu em seu camarim diversos fãs, após o show, respondendo perguntas, dando autógrafos e fazendo poses para fotos com muitíssimo bom humor, mesmo que a fome apertasse.

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saúde

por Fernando Araújo

Como vai o seu

coração? Você sabe o segredo para conservar o seu coração sadio e tinindo como novo? Segundo a médica Claudia Hanna Diniz (CRM-PA 4701), graduada em medicina pela Universidade do Estado do Pará, especialista em clínica médica, professora e pesquisadora, a doença arterial coronariana é a que mais tem atingido os brasileiros, causada pela deposição de placas de gorduras que obstruem as artérias, podendo originar o infarto agudo do miocárdio.

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orre-corre, falta de tempo, desconhecimento do que é ou não saudável... inúmeras são as justificativas das pessoas que apresentam alguma alteração ao procurar um cardiologista. Mas a verdade é que se você abre mão de certos hábitos, logo o corpo vai reclamar. Uma cervejinha aqui, um churrasquinho bem gordo ali e pronto. Fazer disso uma rotina pode ser muito prejudicial. Evitar o stress, fumo, álcool, uma vida sedentária, alimentos ricos em gorduras saturadas, como carne vermelha, embutidos, enlatados, doces e mariscos, são algumas das dicas da doutora Claudia Diniz. E mais, é preciso estar atento. Segundo a médica, a doença coronária está cada vez mais incidindo na faixa etária jovem. “Hoje, com o advento de novas descobertas e o avanço nas pesquisas médicas, há como se prevenir as doenças cardiovasculares. Visitas periódicas aos cardiologistas devem

ser feitas. Anteriormente, as pessoas não procuravam o médico por que achavam que a doença coronária só atingia idosos, mas hoje isso passou a ser um mito”, nos disse a médica, que ressaltou: “Dor no peito e aperto com duração de 5 a 15 minutos, acompanhada de náusea, falta de ar, suor frio, tonteira, palpitação e/ou aceleração dos batimentos cardíacos...são sintomas de infarto e é preciso estar atento a isso”.

Quer se proteger de possíveis riscos? O suco de uva contém potente antioxidante (resveratrol) no combate ao mal colesterol (LDL) e aumenta o bom colesterol (HDL). Além disso, o uso de grãos como soja , hortaliças, peixes ricos em ácidos ômega 3 e 6, castanhas ricas em selênio, azeite de oliva e cereais, são algumas das medidas que você pode usar caso não queira ter algum problema. E e lembre-se, a prevenção é sempre a melhor opção.



Dor no peito e aperto com duração superior de 5 a 15 minutos, acompanhada de náusea, falta de ar, suor frio, tonteira, palpitação e/ou aceleração dos batimentos cardíacos são sintomas de infarto e é preciso estar atento a isso. Dra Cláudia Hanna Diniz, especialista em clínica médica

Evite

Aproveite

Stress

Soja

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Fumo

Hortaliças

B A C A N A

Álcool

Peixes (ricos em ômega 3 e 6)

Vida sedentária

Atividade física

Gorduras saturadas

Castanhas (ricas em selênio)

Carne vermelha

Azeite de oliva

Enlatados

Cereais

Doces (em excesso)

Frutas

Mariscos (em excesso)

Boas horas de sono

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belém

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m dos símbolos da ilha do Outeiro, a Escola Bosque, que está instalada em uma área preservada de floresta comemora 15 anos de fundação totalmente revitalizada e de olhos voltados para o futuro do homem em perfeita sintonia com o meio ambiente. Formada pela Escola Bosque, Casa Escola de Pesca e o Ecomuseu, a Fundação Escola Bosque (Funbosque) comemora, a no dia 4 de julho, junto com a população da ilha, o sucesso de todos os projetos implantados pela instituição no Distrito de Outeiro, ilha a 18 quilometros de Belém. Para o prefeito Duciomar Costa a educação diferenciada, com foco no meio ambiente, geração de emprego e renda, capacitação profissional e preservação da cultura entre outros são os itens da fórmula de sucesso da instituição. “Incentivar cada vez mais as atividades da Escola Bosque é garantir educação de qualidade de acordo com a vocação do homem da Amazônia, então é muito gratificante ver que as nossas crianças aprendem a partir das vivências diárias e em contato com o meio ambiente”, disse. Da área total de 12 hectares da Funbosque, cerca de 3,4%, são ocupados com as instalações físicas da Escola, mantendo coerência com a sua proposta pedagógico-ambiental. É esse espaço cercado de verde e de vida que completará 15 anos no próximo dia 4 de junho. A arquitetura dos prédios valoriza a adaptação às condições ambientais, permitindo uma coexistência harmônica entre o homem e o meio ambiente. A iniciativa para a criação da Escola Bosque partiu das aspirações e da mobilização da comunidade de Outeiro.

Programação E para celebrar o aniversário, uma grande programação será realizada na Escola Bosque, a partir do dia 4 de

junho, durante a Semana Nacional do Meio Ambiente. “Serão apresentados os projetos desenvolvidos no dia a dia das escolas e do Ecomuseu, bem como os resultados atingidos pelos alunos, pais e professores por meio dessas atividades”, detalha o diretor presidente da Funbosque, Elton Braga. Ao longo do dia, os visitantes da escola poderão realizar trilhas ecológicas e o plantio de espécies típicas da flora amazônica, além de conhecer mais sobre os projetos das instituições, como o de desenvolvimento de tecnologias para a pesca e a conservação do pescado, e o de reciclagem, que mostra como preservar o meio ambiente por meio da reutilização de materiais.Durante a programação especial, também serão preparados pratos alternativos com o pescado e as verduras cultivados nos projetos da Fundação. Entre as receitas está o kibe de aviú, que na versão regional ganha o sabor do pequeno camarão. Outras delícias a serem preparadas em oficinas são o sanduíche de peixe, os sucos naturais de frutas típicas, além de saladas e pratos com legumes do projeto Horta do Conhecimento, da Escola Bosque. A cultura e o folclore ribeirinho, preservados pela comunidade de Outeiro e ilhas adjacentes por meio do Ecomuseu, estarão presentes em apresentações musicais e artesanato, como a produção de biojoias a partir das sementes da floresta e a produção de papel processado por meio da folha da bananeira. A cerâmica indígena, típica do Pará, também estará presente na arte de diversos mestres artesãos.

A aula começa no caminho da horta. Entre os projetos mais destacados da escola está a “Horta do Conhecimento”, um espaço que propicia ao aluno vivências práticas e teóricas sobre educação


por Kátia Aguiar

Belém,

que é nota dez em educação, comemora aniversário da

Funbosque Educação, preservação da natureza e capacitação profissional traçam a trajetória da fundação

ambiental. O projeto visa de forma interdisciplinar a pesquisa e o ensino da ecologia, propondo mudanças de atitudes em relação ao meio ambiente. A aula começa no caminho entre a sala de aula e a horta. Os alunos percorrem trilhas, observando os componentes naturais, a fauna, a flora, o solo. Na horta são ensinadas práticas de cultivo desde o preparo do solo até a colheita. Conhecimentos que resultam em sucos e lanches naturais, feitos com as hortaliças plantadas pelos alunos. Assim, o projeto também ensina o valor nutricional dos alimentos, sua importância para a saúde e a compreensão da sustentabilidade. Faz parte da Horta do Conhecimento o ensino aos pais das crianças também. Os responsáveis são incentivados a plantar sua própria horta em casa, aprendendo o cultivo e a melhor utilização das hortaliças à mesa. Outro projeto que se destaca na Escola Bosque é o Hata Ioga. “Partindo do princípio de que o Homem também faz parte do meio ambiente, o projeto oferece estímulos para viver bem. A prática da Ioga desenvolve e auxilia na aprendizagem dos alunos por meio da consciência corporal, valorização do aspecto afetivo, desenvolvendo suas potencialidades e autoconhecimento para uma melhor qualidade de vida”, diz Elton Braga. O projeto desenvolve práticas de relaxamento, alogamento e massagens. Estimula a concentração, meditação e criatividade, além de melhorar a flexibilidade e respiração.

A profissionalização da pesca artesanal Criada em 2008, a Casa-Escola de Pesca já formou cerca de 60 alunos. O curso profissionalizante, que dura em média um ano e meio, é uma alternativa dentro da situação de vulnerabilidade social vivenciada pelos

jovens da ilha. O método adotado no curso é o sistema de alternância, no qual os alunos permanecem por 15 dias em regime de semi-internato, aprendendo as técnicas de pesca, o manuseio de equipamentos eletrônicos e a confecção de materiais de trabalho. Na quinzena seguinte, os alunos voltam às suas comunidades para praticar o que aprenderam e propor projetos voltados ao desenvolvimento socioeconômico das localidades. A escola oferece infra-estrutura de alojamentos, dormitórios, vestiários, biblioteca, sala de estar, refeitório, cozinha, banheiros e depósitos (para equipamentos e material de pesca), além do espaço destinado às aulas teóricas. Simultaneamente ao curso profissionalizante, os jovens concluem o ensino fundamental e realizam estágios em empresas parceiras.

Preservação da cultura e do patrimônio imaterial de Outeiro Entre as instituições que fazem parte da Fundação Escola Bosque está o Ecomuseu da Amazônia. O projeto busca a preservação e a recuperação do patrimônio cultural e natural na Amazônia, especificamente na região de Outeiro, Mosqueiro e Icoaraci. O resultado esperado é a melhoria na qualidade de vida das populações a partir da gestão participativa e da valorização da memória coletiva e da criatividade dos processos culturais regionais. Entre as atividades do Ecomuseu estão a criação de trilhas ecoturísticas, o mapeamento sócioeconômico ambiental das áreas envolvidas e o plantio de mudas nativas, além da geração de renda por meio do artesanato.

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personalidade

por Fernando Araújo

Jornalismo com

qualidade

e responsabilidade A respeitada jornalista Salete Lemos esteve em Belém palestrando sobre política e economia, atividade que ela desempenha por todo o país sempre baseada em sua experiência de mundo.

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ormada em jornalismo pela Faculdade Casper Libero, Salette Lemos tem especialização em macroeconomia, finanças, teoria econômica, comércio exterior, dívida pública e economia ambiental pela Fundação Getúlio Vargas. Como repórter especial do Jornal da Tarde e o Estado de São Paulo recebeu por duas vezes o prêmio Esso de Jornalismo, maior premiação da categoria com reportagens sobre BNH e Imposto de Renda, respectivamente nos anos de 1985 e 1987. Já passou pelas redações da revista Exame e Computer World, foi analista econômica da rádio Jovem Pan, passou pelas TVs Record, SBT, TV Globo, CBN, Cultura e atualmente é editora chefe do CNT Jornal que vai ao ar todos os dias em rede nacional. No ar pela CNT recebeu duas premiações como o telejornal de maior ética. Como palestrante, a jornalista Salete Lemos apresenta cenários de conjuntura político

econômica com discussões interativas para os mais diversos segmentos da sociedade em todo Brasil e América Latina. Por tudo isso vamos dividir com você o papo que tivemos com ela durante sua rápida passagem pela cidade. Revista Bacana - Você esteve em Belém palestrando sobre política e economia. Por que rodar o país dissertando sobre estes temas? Salete - Pela necessidade do estímulo à cidadania. Hoje, vivemos um momento de pouco conhecimento e muita informação, então, esse processo pode gerar uma desagregação intelectual no sentido da avaliação, do acompanhamento. Então estar por este Brasil refletindo com o cidadão brasileiro pra mim é um grande desafio e um presente, porque eu percebo modificações. Na medida em que você gera modificações, trazendo conhecimento, você vê mudança de atitude.


Vivemos um momento de pouco conhecimento e muita informação, então, esse processo pode gerar uma desagregação intelectual no sentido da avaliação, do acompanhamento. Salete Lemos, jornalista

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Revista Bacana - Qual o real motivo da predileção pelos temas? Sallete - Muito em função de onde eu vou estar. Por exemplo, hoje estou na Cyrela, então com certeza eu tenho um compromisso de uma análise e avaliação do mercado imobiliário, porque o público que veio conversar comigo, está certamente envolvido com a questão imobiliária, com o mercado imobiliário. Então, o desafio é fazer essa análise do mercado imobiliário dentro de um cenário maior de economia nacional e maior ainda, de economia mundial.

crítica que você tá fazendo às construtoras, com as montadoras. A Salette tem o espaço dela e ela é respeitada por aquilo que ela coloca no jornal, como editora chefe, como âncora. Então, essa não interferência do dono, já é maravilhosa (risos)”.

Revista Bacana - Você foi muito elogiada por críticos depois de ter feito um comentário que rendeu sua demissão da TV Cultura, em 2007. Como você analisa o fato de os jornalistas ainda terem de sofrer “censura” para segurar seus empregos? Salete - Não exatamente em função do meu caso, mas, em função de uma pesquisa que foi divulgada ontem pela confederação dos jornalistas, onde a censura foi observada e detectada de uma forma exponencial. Então, nós estamos sim nos colocando de uma forma muito cerceada em função de interesses políticos econômicos dos veículos onde trabalhamos certo? Não é o meu caso em absoluto. Hoje, posso lhe dizer que trabalho com a maior independência editorial que já tive em todos os meus trinta anos de profissão, numa emissora pequena, onde não existe o compromisso com o ibope, onde não existe o compromisso direto com o retorno financeiro do jornal, e sim com a credibilidade, com a postura da emissora. Nós tivemos empréstimos muito grandes de algumas emissoras fortes, então hoje é muito complicado você falar mal daquele que lhe ajudou ontem, né? Então, na verdade, o jornalista fica cerceado na sua responsabilidade maior que é de informar.

Revista Bacana A pergunta remete imediatamente a outra: independente, autônomo, em relação a que, ou, mais precisamente, a qual poder? Salete - Independente em relação aos poderes, aos três: ao legislativo, ao judiciário, ao executivo. Ao poder do dono da emissora, aos poderes constituídos e aos interesses financeiros, essa é a independência. Então, se eu tiver que fazer um reparo à uma atuação da Cyrela, você tenha certeza que eu vou fazer, independente de trabalhar ou não na Cyrela, seria mais ou menos isso. Eu tenho essa responsabilidade.

Revista Bacana - No jornal da CNT vocês dizem fazer jornalismo independente. Como se dá esse processo? Salete - Nós fazemos o jornal independente dos donos. Os donos da emissora estão lá semanalmente, mas em momento nenhum eles chegam lá e me abordam. “Salette, manera na

Revista Bacana - Existe jornalismo independente? Salete - Se não existir, não existe o jornalismo. A informação independente, despojada e isenta é o que faz o jornalismo. Eu vivi assim nos meus anos de profissão. Não imagino algo diferente.

Revista Bacana - Sendo assim, qual a maior diferença entre o jornalismo feito pela CNT e as demais emissoras? Salete - Eu percebo da seguinte forma: quando eu trabalhei na rede Globo, eu tive uma dificuldade imensa. Eu não consegui ficar na rede Globo mais de um ano. Sofri muito, porque sou formada, graduada, especializada, e todas as vezes que eu chegava pra fazer uma reportagem (na época, repórter especial), tudo o que eu escrevia, era reescrito. Aquilo era uma ofensa intelectual, eu não consigo trabalhar dessa forma. Eu levantei a questão, cobri o fato, quem escreve sobre ele sou eu. O que eu vi eu escrevi. Meu compromisso não é com o dono da emissora e sim, com o telespectador, essa é a diferença. A CNT é uma emissora pequena, é um jornal pequeno, que atinge uma faixa de público diferenciada de alguma forma. Em São Paulo, nós estamos em canal fechado, no Rio, nós estamos em canal aberto, e nosso feedback vem muito do Rio (RJ), onde você recebe todo esse retorno de trabalho. E o quê que nós fazemos, analisamos a


Porque se eu der a informação solta, ela não gera conhecimento para o telespectador, tem que haver um contexto. A informação no telejornal tem que ser mais analítica. Salete Lemos, jornalista

informação. O que ela vem a interferir na nossa vida, na vida de quem me assiste. Porque se eu der a informação solta, ela não gera conhecimento para o telespectador, tem que haver um contexto. A informação no telejornal tem que ser mais analítica. Revista Bacana - Você tem um nome respeitado no jornalismo impresso do Brasil. Por que migrou para a TV? Salete - Sou uma pessoa muito inquieta, comecei na mídia impressa, aí ganhei dois prêmios ESSO, no jornal Estado de São Paulo, ai fui fazer rádio – amei, aí fui fazer revista, aí vi um veículo que eu nunca tinha trabalhado, que era a televisão. E nela, eu falo, eu improviso, mas continuei escrevendo, fazendo rádio... Revista Bacana - Jornalistas de uma forma geral se preocupam com os a veracidade dos fatos e das informações que partem deles. No seu caso, qual a sua maior preocupação como jornalista? Como responsável pelo principal telejornal da Rede CNT? Salete - A qualidade da fonte, quem me dá esta informação e, porque me dá a informação. Nós trabalhamos com uma equipe muito pequena, existe uma sinergia muito grande.

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mulher

Elcione, o ano é das

mulheres No final de março deste ano, a deputada federal Elcione Barbalho (PMDB-PA) assumiu a Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados, órgão que tem a missão de representar e defender todas as mulheres brasileiras. Ela foi eleita para o cargo pelas 47 deputadas federais que compõem a Bancada Feminina da Câmara. Junto com a parlamentar paraense também foram eleitas mais três deputadas como Procuradoras-Adjuntas: Rosinha da Adefal (PtdoB-AL), Flávia Morais (PDT-GO) e Sandra Rosado (PSB-RN) - primeira, segunda e terceira adjunta, respectivamente.

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riada no final de 2009, pelo então presidente da Câmara, Michel Temer, a Procuradoria é uma experiência inédita e ainda recente no âmbito do Parlamento. Hoje, só o Brasil possui uma proposta como esta. “É um desafio muito grande”, afirma a deputada Elcione. No quarto mandato parlamentar, a “Guerreira” como é conhecida pela população do Pará, já está acostumada a grandes desafios, Elcione foi vice-presidente da CPI do Narcotráfico e presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, uma das mais importantes dentro do Parlamento. Por ser um órgão recente, a Procuradoria da Mulher ainda está em fase de construção de um projeto. “Ao assumir, procuramos primeiramente ouvir alguns segmentos da sociedade. Já estivemos com as ministras das Mulheres, Iriny Lopes, da Igualdade Racial, Luiza Bairros e de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Também mantivemos alguns contatos com organismos internacionais. Ainda estamos realizando estes encontros que nos ajudarão a concretizar um plano de trabalho”, afirmou. Ainda segundo a deputada, a Procuradoria da Mulher da Cãmara dos Deputados pretende mapear a situação da mulher nos 27 estados da federação, “principalmente no que tange as questões de violência e da autonomia econômica. Vamos ajudar no trabalho de atualização e compilação de dados e, principalmente, no encaminhamento de propostas.”

Seminário Internacional Como primeiro resultado destes encontros, a Procuradoria da Mulher conseguiu o apoio do Banco Mundial para a realização de um seminário internacional de gênero que irá debater o papel da Procuradoria e trocar experiência sobre representação política de mulheres com parlamentares da América Latina. “O seminário é uma forma de apresentarmos a Procuradoria e discutir o seu papel”, explica Elcione. O evento, que acontecerá no dia 16 de junho, no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, pretende ampliar a participação das representações legislativas de todos os estados brasileiros numa perspectiva de gênero.

Eixos Temáticos Por ser um órgão novo na Câmara dos Deputados, a Procuradoria ainda está em fase de construção de seu plano de ações. Apesar de ainda não estar concluído, Elcione adianta que a missão será atuar basicamente em quatro grandes eixos temáticos: Combate a todos os tipos de violência contra mulher; Defesa da equidade e do empoderamento econômico; Representação Política; e Saúde da Mulher. “Estes serão nossos grandes pilares de atuação e dentro de cada eixo, desenvolveremos uma série de ações que pretendemos também levar como experiência para as assembléias legislativas estaduais”, explicou a Procuradora.


No eixo de combate à violência - um dos grandes pilares de sustentação das ações de gênero na América Latina - a deputada destaca o Fortalecimento da Lei Maria da Penha. “Hoje é ainda grande o número de mulheres vítimas de violência dentro do lar”, lembrou Elcione. Segundo ela, o Brasil ocupa a 13ª posição em número de homicídios contra as mulheres em um ranking de 73 países. “Não há dúvida que a Lei Maria da Penha é um grande avanço para as mulheres e que veio para ficar, mas ainda é preciso garantir o seu cumprimento, garantir que as autoridades policiais, judiciais e as esferas de governos municipal, estadual e federal assumam o seu papel quando estas mulheres estiverem em perigo e procurarem ajuda”, enfatizou. Elcione lembrou que, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Perseu Abramo no ano passado, pelo menos 40% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de agressão. “isso significa que pelo menos cinco mulheres são espancadas a cada 2 minutos no Brasil” enfatizou a Procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados. “Precisamos mudar este quadro, e precisamos agir logo. Pois além de ser uma violação aos direitos humanos, a violência contra a mulher é também uma chaga social capaz de deteriorar toda uma sociedade”, reforçou a deputada.

Ela lembrou que a Lei Maria da Penha,promulgada em 2006, ainda é jovem. “A Lei não tem sido suficiente para mudar uma situação que parece estar arraigada ainda na nossa sociedade devido a todo um histórico de desigualdade social entre homens e mulheres. É preciso garantir a aplicação da Lei Maria da Penha em toda a sua extensão, é preciso expor as causas dessa violência, é preciso cobrar ação das autoridades que tem o dever de proteger a sociedade, é preciso também punir a omissão e por fim, é preciso proteger as mulheres brasileiras”, concluiu. Sobre o eixo defesa da equidade e do empoderamento econômico, Elcione lembrou que são temas atuais que passaram a ser uma grande preocupação nas discussões sobre gênero, sobretudo na América Latina. “Um dos problemas da América Latina é que as mulheres não têm autonomia econômica suficiente para defender os seus direitos. Este tema é um fator importante na agenda do desenvolvimento”, enfatizou. Elcione Barbalho disse que é necessário permitir que as mulheres tenham condições de realizar suas capacidades, sua liderança e terem sua própria identidade feminina com mais autonomia cultural e econômica para a garantia de seus direitos.

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atual

por Fernando Araújo

Jovens, bonitas

e cheias de

manias

Vício, loucura, ideia fixa. Convidamos cinco gatas para nos responder:

Eu tenho mania de...?

Kelly Moraes Modelo

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“Tenho uma mania terrível que é fazer do meu carro um verdadeiro armário. Nele sempre tem de tudo: uns 7 pares de sapatos, 2 perfumes, maquiagem, cadernos, livros, roupas, biquíni, toalha, esmalte, acessórios... Faço isso pra sempre estar preparada para tudo. Meu namorado e minha mãe sempre reclamam da bagunça e da falta de espaço, mas não consigo me controlar, “Quando percebo, o carro já está cheio”.

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Lívia Soares Modelo

“Quando eu estou interessada em algum assunto, eu fico louca e quero saber tudo sobre isso. Fico procurando textos, vídeos, fotos, qualquer coisa que esteja relacionada. É quase uma obsessão (risos). Já tive pelo ator Eric Dane, o Mark Sloan, da série Grey’s Anatomy, pela marca de cosméticos Kiehl’s, por perfumes da marca Moschino, por vários assuntos bobos como estes e bem sérios como doação de medula óssea e assuntos relacionados à responsabilidade social. Atualmente, estou “louca” pelo cantor canadense Michael Bublé! Posso dizer que esta busca pelo conhecimento sobre algo é uma mania.”


Nathália Proença Jornalista e Assessora de Imprensa

“Internet. Posso me considerar viciada no mundo virtual. A primeira coisa que faço ao acordar é ligar o meu notebook ou acessar a rede pelo Iphone, para ler sites de notícias e ver as minhas contas nas redes sociais. Sinto necessidade de saber o que está acontecendo no mundo e o que as pessoas estão twittando ou escrevendo no Facebook”.

Amanda Almeida Administradora

“Maquiagem. Não posso ver uma novidade ou um lançamento que já quero comprar, seja em lojas no shopping ou nas virtuais. No dia a dia uso um pó básico e máscara de cílios. Já quando vou pra balada, algum evento empresarial ou jantar, dou uma “carregada” no make. Bastante sombra, blush, vale até cílios postiços pra destacar o olhar. Amo tanto maquiagem que já cheguei a gastar uma média de $600,00 em quatro produtinhos. Tudo por loucura mesmo, porque ainda nem consegui usar. Não tem jeito, eu não resisto”.

Salcy Lima

Apresentadora de TV

“Tenho mania de me perfumar antes de ir pra academia, mesmo sabendo que eu vou suar. Uma mulher tem que ser cheirosa em qualquer circunstância. Outra mania exercito no ambiente de trabalho: gosto sempre de ouvir música. Acho bem legal pra aliviar o estresse do dia a dia e até mesmo para produzir mais no trabalho”.

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mercado

por Fernando Araújo

Compra

coletiva Prático, seguro e

com descontos tentadores

Descontões inacreditáveis e vendas em grande quantidade. Para os compradores uma pechincha, para os empresários uma forma de vender muito e divulgar o negócio. Estamos falando da febre dos sites de compra coletiva. Apesar da grande adesão, esse tipo de compra ainda causa alguma dúvida, então, resolvemos saber mais sobre o assunto. Vamos lá?

Acesse e confira as ofertas tasafo.com.br eguatabarato.com.br peixeurbano.com.br groupon.com.br

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Otávio Lima Responsável pelo site “Tá Safo”

E

ste tipo de site coloca a sua disposição ofertas de serviços e produtos com descontos que raramente são menores que 50%. Exatamente, porque a idéia é vender muuuito. Dos tratamentos estéticos, finais de semana em hotéis, serviços automotivos às mensalidades de academias. Participar é simples. Basta que você visite o site, faça um rápido cadastro e aí então passará a receber ofertas direto no seu email. O produto interessou? Então, entre no grupo para a compra coletiva! Se o número de participantes atingir a meta proposta pelo site, negócio fechado e todos que aderiram levam produto pelo preço anunciado! O pagamento pode ser feito no cartão de crédito, você recebe um cupom com um código, e o apresenta no estabelecimento onde irá desfrutar da oferta.

Uma grande sacada de marketing Otávio Lima (27) é responsável pelo site “Tá Safo” que opera em Belém desde outubro de 2010, sendo o primeiro site de compras coletivas do Norte do País. “Sites de compras coletivas colocam o cliente dentro do estabelecimento do anunciante instantaneamente. A base de clientes cadastrada é muito boa. O site é uma grande ferramenta de venda e de publicidade para as empresas. Uma vez que o cliente conhece a empresa ou produto, geralmente

se torna cliente. Com isso o investimento, por parte dos anunciantes, tem um retorno fantástico”, explica Otávio. No caso do site de Otávio, todos os dias são publicadas ofertas dos mais variados setores, de comércio e serviço, de restaurantes a lavagens de carro e procedimentos de estética. As ofertas divulgadas possuem obrigatoriamente um desconto que varia de 50% a 90%. Os sites de compra coletiva são uma forte ferramenta de marketing. O anunciante investe para ter clientes em sua loja. Depois, é só garantir o bom atendimento que a propaganda boca-aboca segue em frente e a fidelização vem como retorno. Para se ter uma idéia, o “Tá safo”, em menos de 5 meses de existência, havia ultrapassado a marca de 20mil usuários cadastrados. “Em breve estaremos em capitais nacionais como São Luis, Manaus, Salvador, Macapá e Boa Vista. O sistema de franquia está aberto e deve chegar a todas as capitais do Brasil até o meio do ano” avisou Otávio que usa muitas ferramentas na divulgação do seu site como banners em portais de internet, spots de rádio, anúncios de jornal, panfletagens, ações promocionais em bares e restaurantes, envio de SMS para os cadastrados e mídia digital indoor. Práticas, rápidas e com muitas vantagens, as compras coletivas em sites vieram para ficar e se você ainda não conhece este mundo, saiba que você deve está perdendo tempo e claro, a possibilidade de economizar um “troco”.



gente por Fernando Araújo

Você sente

falta de quê? Se ausentar e dar uma espairecida é sempre bom, mas também é verdade que a gente sente falta de algo quando está fora. Não é mesmo? Por motivo de viagem ou passeio, perguntamos a algumas pessoas do que elas sentem falta quando estão fora da “mangueirosa” Você concorda com elas ou sente falta de quê? Se está em Belém, aproveita, e vai logo matar a vontade!

Marcus Arrais - Empresário “Do conforto da minha casa. Nenhum

hotel do mundo tem o mesmo aconchego do nosso lar. A arquiteta Mara Tavares teve muito bom gosto ao fazer da minha cobertura o lar perfeito, do meu jeito, com direito a piano bar, sala de som, churrasqueira, cozinha gourmet e adega com vinhos. Sinto falta também da minha cozinheira,

a Rosa, que está comigo há muitos anos e faz uma caldeirada de filhote divina. Sou cearense de nascimento, mas amo Belém porque foi aqui que construí minha empresa e fiz meu nome ser referência no ramo de representação comercial”.

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Erinaldo Lucena - Designer de Interiores “Sinto muita, mas muita falta mesmo da minha família e do meu trabalho, apesar de que sempre que eu viajo, mesmo quando a passeio, aproveito para me reciclar, buscar novidades, aprender técnicas novas relacionadas à decoração de eventos.

Quando estou fora de Belém sinto falta do meu Studio, que é onde passo a maior parte do tempo, criando, aplicando tudo que aprendo e também recebendo clientes, familia, amigos e a imprensa”.

Vera Teixeira - Diretora Administrativa - Irmãos Teixeira Ltda

“O que realmente sinto falta quando viajo

é da nossa cozinha regional. Nossas comidas típicas são maravilhosas, sem falar do sabor dos nossos peixes, o açaí...”


Carolina Couto - Cerimonislista “Em primeiro lugar, sinto falta dos meus filhos, eles são minha vida. Também sinto muita falta da correria do meu trabalho, que eu faço com muita dedicação e empenho. Fazer assessoria para casamentos e demais eventos é trabalhoso

porque tudo tem de ser preciso, perfeito, e a adrenalina a cada evento me move, me fascina. Não tem como não sentir falta”.

Esperança Bessa – Jornalista “Uma das coisas que mais dá saudade é das comidas, afinal nossos sabores daqui são únicos. Numa época em que residi em Aracaju, capital sergipana, o

famoso isopor com maniçoba e tucupi congelados, levados pela minha mãe, salvavam a minha vida. Mas confesso que, mais do que a comida, senti

saudade mesmo foi do Círio de Nazaré. Passei dois anos seguidos longe do Círio e a sensação foi horrível, não só pela questão religiosa em si, mas também por saber que toda a família estava reunida e eu ausente na hora do almoço. Nas duas situações chorei muito de saudade, queria estar em Belém, e fiquei sofrendo acompanhando as transmissões pela internet”.

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badalado

por Kaliu Andrade

Sertanejo deixou de ser

virar tendência

“modinha” pra

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A batida hoje é diferente, as roupas mais modernas, os cabelos desconectados. Belos, em duplas, irmãos ou não fazem a cabeça e os pés de um público maior que de seus antecessores. Estamos falando do bom e velho sertanejo que foi repaginado e caiu no gosto popular.

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m tanto incomum, as baladas sertanejas ganharam destaque em todo o Brasil, com nomes consagrados como Zezé di Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó, Sérgio Reis e tantos outros pioneiros do ritmo caipira, as novas duplas ganham o gosto popular e cedem novas batidas para a música Sertaneja. Aqui em Belém, os dias para a música sertaneja são específicos e há quem reforce a necessidade deste ritmo para a sobrevivência da noite. Várias casas foram surgindo, fotógrafos de renome foram contratados, as bebidas importadas, trouxeram um público que antes não curtia o ritmo. Ricardo Santos de 33 anos é administrador e promotor de eventos, responsável pela Quarta e Sexta Texana que se dividem entre o Parrilha e a Cervejaria Oficial falou com a gente sobre o sucesso que o ritmo sertanejo vem fazendo. “Em maio de 2008, o Parrilla lotava sexta e sábado com festas sertanejas, então surgiu a idéia de fazer as Quartas para aproveitar o mês de julho, quando nos fins de semana as casas param, porém a festa deu tão certo que já vamos comemorar 3 anos no final de maio”, afirma Ricardo.


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Aqui em Belém, os dias para a música sertaneja são específicos e há quem reforce a necessidade deste ritmo para a sobrevivência da noite.


Ricardo Santos, administrador e promotor de eventos, responsável pela Quarta e Sexta Texana que se dividem entre o Parrilha e a Cervejaria Oficial

A dupla sertaneja João Victor e Ricardo

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Belém já viveu a época do axé, do pagode, da lambada, do tecnobrega e de tantos outros e assim como eles o sertanejo vem se segurando e já tem público cativo. O sucesso talvez se dê por conta das novidades no ritmo caipira. “Neste processo de renovação chamado de Sertanejo Universitário o público mais jovem se identificou com o som. Por fim, acredito que a grande mídia pode ter outro foco daqui a uns anos, mas o público já cativado permanecerá assim como no Pagode, no Axé e outros ritmos brasileiros”, afirmou Ricardo. Esteve em Belém, recentemente, a dupla sertaneja João Victor e Ricardo. Os dois se conheceram há três anos, por intermédio do cantor Bruno da dupla Bruno e Marrone que, de imediato, os assumiu como empresários. As crescentes apresentações não foram surpresa para ninguém. O dueto de peso e a musicalidade do já renomado compositor João Victor com o grande musicista Ricardo sempre fizeram desta uma dupla de destaque. Eles já se preparam para gravar agora em 2011 seu primeiro DVD. Antes disso, estiveram em Belém e se encantaram com a cidade”. Quando vi a cidade, me surpreendi com a beleza dos lugares naturais, as construções históricas, com o sabor da culinária e principalmente com a simpatia e hospitalidade do povo Paraense”, pontuou Ricardo. Em passagem pela cidade, e convidados do Deputado Estadual Alessandro Novelino, a dupla conheceu um público cativo, que calça botas e põe chapéus em determinados dias da semana. “A impressão era a de que eu sempre vivi em Belém. É uma sensação de estar em casa! Quanto carinho e atenção de todo o povo do Pará. As diferenças culturais não me assustaram, pelo contrário, me fascinaram. Fomos tratados como reis, somos eternamente gratos”, revelou João Victor. Para quem conhece bem o ritmo sertanejo, as baladas pontuais durante a semana se tornaram mais um ponto de encontro, onde

A impressão era a de que eu sempre vivi em Belém. É uma sensação de estar em casa! Quanto carinho e atenção de todo o povo do Pará. As diferenças culturais não me assustaram, pelo contrário, me fascinaram. Fomos tratados como reis, somos eternamente gratos João Victor

se reune gente jovem, bonita e que curte um bom arrasta pé. Cowboys, Cowgirls e simpatizantes, fazem das noites de quarta, sexta e sábado da cidade uma noite memorável, cheia de charme e de mais opções musicais.


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tcm/pa foto Mário Quadros

TCM/PA Orientação e fiscalização

a serviço da sociedade

Com a missão de orientar e fiscalizar a administração pública e a gestão dos recursos municipais, visando sua efetiva e regular aplicação em benefício da sociedade, o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará intensificou suas ações com o objetivo de tornar-se instituição de excelência no controle externo e reconhecida pela sociedade como indispensável ao aperfeiçoamento da gestão pública

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T

reinamentos - Nesse sentido, o TCM/PA vem realizando ao longo dos seus 28 anos de existência trabalho pedagógico e de orientação técnica junto às administrações municipais, capacitando servidores. Só este ano já foram realizados três Ciclos de Treinamentos: em Castanhal, abrangendo 18 municípios; em Salinópolis (17 municípios); e em Mãe do Rio (13 municípios). E já estão agendados treinamentos em Belém, Marabá, Redenção, Breves, Santarém e Altamira. Sala dos Municípios - Prova de que trabalha em parceria com os municípios, o TCM/PA inaugurou, dia 4 de janeiro, a Sala dos Municípios “Prefeito Ajax D’Oliveira”, durante a solenidade de posse do presidente José Carlos Araújo, da vice-presidente Mara Lúcia e do corregedor Cezar Colares. O espaço tem infraestrutura para que prefeitos, vereadores, advogados e contadores tirem dúvidas, examinem processos e façam petições, tendo a assessoria de servidores da Diretoria de Apoio aos Municípios (DAM). Planejamento Estratégico - Com a aprovação de seu Planejamento Estratégico, o TCM está modernizando o setor de Tecnologia da Informação, para dar suporte à reengenharia da dinâmica processual, visando tornar mais ágeis os julgamentos de processos. Graças a sua tecnologia de ponta, que apresenta como resultado o E-Contas, programa de prestação de contas eletrônicas, vários órgãos públicos estaduais e federais mantêm convênios com o TCM e utilizam o E-Contas, entre os quais a Sefa, Receita Federal, Polícia Federal, TCU e MPF. Mutirão - Com o objetivo de agilizar a tramitação de processos, as Controladorias do TCM realizaram mutirão em que foram analisados 1.982 processos

Presidente José Carlos Araújo lançou ação do TCM em prol da criança e do adolescente

entre prestações de contas, recursos, contratos, resoluções, aposentadorias e pensões. Rede de Controle - O TCM também atua na Rede de Controle, fórum que reúne órgãos de fiscalização da gestão pública, já tendo, inclusive participado da realização de oficinas de treinamento sobre Controle Social para líderes comunitários e representantes de conselhos municipais. Gestão Ambiental - Outro marco no TCM/PA é na área de gestão ambiental com a realização do curso de pós-graduação em Auditoria da Gestão Municipal do Meio Ambiente, em parceria com o MPTCM e UFPA, com a participação de 60 profissionais de órgãos públicos municipais, estaduais e da sociedade civil. Criança Prioridade Absoluta - Na luta em prol da criança e do adolescente, o TCM/PA deu um passo histórico com a aprovação da Resolução 9.920/2010/ TCM, que obriga prefeituras a inserirem em suas leis orçamentárias os recursos a serem utilizados na execução de políticas públicas para atendimento ao princípio da absoluta prioridade à criança e ao adolescente. Segundo José Carlos Araújo, o TCM apóia os municípios para que cumpram a Resolução 920 e fiscaliza com a mesma atenção o cumprimento da mesma. Os prefeitos que não cumprirem a resolução estarão sujeitos às sanções previstas na Lei Complementar Estadual Nº 25/94. A ação do TCM em prol das crianças e dos adolescentes foi lançada no dia 9 de maio, com o auditório do Tribunal lotado de prefeitos e outras autoridades municipais, estaduais e federais, além dos conselheiros do TCM Mara Lúcia, Cezar Colares e Rosa Hage, e conta também com o apoio dos conselheiros Alcides Alcantara e Daniel Lavareda.


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mercado foto Kaliu Andrade

Márcio Bellesi

Sobre investimentos diversificados e oportunidades de negócios

O 192 R E V I S T A B A C A N A • 9 • 2 0 1 1

Grupo MB Capital, tem sua atuação focada em variados segmentos do mercado como Incorporação Imobiliária, Infraestrutura, Hotelaria, Turismo, Lazer e Tecnologia. Com investimentos concentrados hoje no Brasil, possui mais de 600 colaboradores diretos. a A MB capital é líder de mercado, com um conglomerado de grandes marcas: (Incorporação e construção) Quality Incorporadora, Liberty, Quality Engenharia; (Infraestrutura) Alianza Logística; (Real State) Price investimentos, MB Malls; (Turismo e Lazer) Grupo Solare, Allia Hotells, Pelé Club, Grand Hotel Bolonha. A revista Bacana entrevistou Márcio Bellesi. o homem da MB, que nos falou um pouco sobre investimentos e mercado. Revista Bacana - Qual é a composição do Grupo MB Capital? Márcio Bellesi - Hoje estamos trabalhando com incorporação Imobiliária, Hotelaria, Academia de ginástica, locação de imóveis corporativos, terminal logístico, tecnologia bancária e iniciando dois projetos de shoppings. Pretendemos ainda entrar no ramo supermercadista. RB - Quais os investimentos a curto e médio prazo que o Grupo vem fazendo? MB - Estamos investindo cerca de 700 milhões entre recursos próprios e de instituições como fundos de investimento e bancos, como o Basa e BNDS. RB - Qual o motivo da pulverização nos negócios? Márcio Bellesi - Aproveitar as oportunidades e nichos de mercado pouco explorados, com maiores taxas de retorno. Não podemos concentrar esforços somente nos negócios tradicionais. Acredito que a longevidade de

uma organização se deve também ao fato de diminuir sua dependência de um ou outro setor de atuação. Temos que fazer bem feito, ao mesmo tempo, negócios em vários segmentos. É divertido e garante segurança nas crises pontuais de segmentos da economia. RB - Porque a área de tecnologia ? MB - Na verdade, fomos levados por um diretor da Empresa, meu irmão , altamente qualificado neste segmento, a abraçar um desafio através de um contrato com uma Gigante Alemã para a área de automação bancária e processamento de dinheiro e moedas. O mercado é enorme e precisa dessa tecnologia. Vamos disponibilizar máquinas que recebem moedas em caixas eletrônicos, outras que farão câmbio nos aeroportos sem interferência humana, outras ainda que recebem o seu dinheiro e lhe dão troco também em espécie no pagamento de uma conta de luz, por exemplo. Não podíamos deixar de trazer para o Brasil, nesta nova fase , essa tecnologia já disponível no 1º mundo. RB - Quando o assunto é Pará, existe uma unanimidade em investir por aqui. O Estado é a bola da vez? MB - Com certeza sim. Ficamos muito tempo parados. Agora, o mundo vê as grandes oportunidades de negócios em variados segmentos. Vamos com a ajuda do Governo aproveitar essas oportunidades para melhorar com qualidade a vida dos Paraenses. RB - Um conselho sobre investimentos, qual você daria? MB - Poupe, poupe para depois comprar. Arrisque um pouco. Acredite que você pode vencer, com ética, trabalho e fé.


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negocio

por Káthia Marques

Pesquisar é a

solução Identificar problemas é uma forma de encontrar soluções, conquistar e fidelizar clientes.

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O

conhecimento de mercado é uma das mais importantes ferramentas empresariais quando o assunto é sucesso e, para isso, pesquisas como as de mercado, opinião e satisfação, entre muitas outras, são importantíssimas. Estas pesquisas fornecem informações que são ponto de partida indispensável para qualquer empreitada, principalmente para novas empresas que pretendem garantir não só seu lançamento, mas também a sobrevivência e ganhos significativos. Informações confiáveis sobre o mercado e o cliente são armas poderosas contra as dificuldades diárias e a concorrência, desde o planejamento até a conquista do público alvo e consolidação do negócio. Há 14 anos em Belém, a Simetria Consultoria e Pesquisa desenvolve estudos, pesquisas e levantamento de dados no Pará, Maranhão e Piauí, além da parceria com institutos em diversos estados brasileiros. A empresa possui uma moderna estrutura de apoio e equipe composta por analistas, coordenador de Projetos, coordenadores de Campo, supervisores de Campo, críticos e entrevistadores. Ao todo, são 13 profissionais qualificados nas técnicas de análise e metodologias voltadas para a área de pesquisa de mercado, mídia e opinião. Como em Belém não há cursos para qualificação desses profissionais, a Simetria encaminha seus funcionários anualmente para os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo para atualizarem seus conhecimentos. Segundo Antônio Reynaldo Corrêa, diretor presidente da Simetria, a pesquisa de opinião, principalmente na área de satisfação de clientes, é a mais solicitada no Pará.

“Na pesquisa de mídia, utilizamos muito a pesquisa de ‘recall’ de propaganda. Nestes últimos tempos a pesquisa de mercado, na área de viabilidade de negócios e análises de produtos está tendo uma grande procura pelas empresas. Ressalva em época de eleições, onde a pesquisa eleitoral dispara”, conclui. Essas pesquisas servem para avaliar conceitos em relação a produtos, marcas, preferências e tendências. Uma das formas mais antigas de avaliação e posicionamento de empresas/produtos no mercado. De acordo com Antônio Reynaldo, são utilizados métodos e técnicas Quantitativas (face a face, central location, discussões em grupo/ focus group, entrevistas em profundidade/ depth interview e pesquisas telefônicas) e Qualitativas de investigação, onde se priorizam as percepções atitudinais e os aspectos subjetivos (comportamentais) dos indivíduos interagindo em seu grupo. Essas técnicas são adequadas aos objetivos e interesses do cliente e à natureza de cada trabalho/projeto. Entre as ferramentas utilizadas estão a tecnologia e a internet. A Simetria, por exemplo, usa seu site para cadastrar pessoas, definindo perfis para futuras pesquisas destinadas a um determinado público, além da utilização de smartphones para coleta de dados. “A técnologia é uma ferramenta indispensável nesse campo. Os smartfones, por exemplo, evitam falseamento e duplicidade de resposta nas entrevistas e monitoram o trabalho do entrevistador, permitindo uma melhor fiscalização pela empresa no controle de qualidade da pesquisa e faz com que


No controle de qualidade da pesquisa e faz com que a transmissão dos dados coletados seja instantânea, ou seja, assim que uma entrevista acaba de ser realizada, a mesma já é transmitida diretamente para nosso sistema Antônio Reynaldo Corrêa, presidente da Simetria

a transmissão dos dados coletados seja instantânea, ou seja, assim que uma entrevista acaba de ser realizada, a mesma já é transmitida diretamente para nosso sistema”, detalha Reynaldo. Muitas pessoas abrem seus negócios sem antes estudar plenamente o mercado, outras tentam fazer isso por conta própria. Esses são sérios candidatos a fechar suas portas em um intervalo curtíssimo de tempo. Saber o chão onde se pisa é investir em segurança.

Antônio Reynaldo Corrêa, presidente da Simetria

Simetria Consultoria e Pesquisa (91) 3087-1097 / 3259-1216 www.simetria-cpp.com.br

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bacana é ter cultura por Fernando Araújo

Uma canção, um livro, aquele filme que marcou sua vida...

Coisas que dão novo significado aos nossos dias e ampliam nossa visão de mundo. Convidamos algumas pessoas para dividir conosco algumas destas experiências. Confira:

196 Uma leitura

Com Fernando Severino Status Empreendimentos

Nome do livro: Paulo e Estevão Autor: Francisco Candido Xavier “Gosto muito de história e também de obras que relatam a vida daqueles que seguiram e propagaram a doutrina de Jesus. Além de conhecer profundamente os obstáculos superados pelos seguidores do Cristo nos anos seguintes à crucificação, o livro me permitiu compreender um pouco mais o sentido da doutrina deixada por Jesus. A perseverança e a determinação inabaláveis de Paulo de Tarso, aliado a uma habilidade oratória sem igual, me deixam não só um exemplo, mas me permitiram perceber que ainda tenho um longo caminho a superar. Meu entusiasmo pela vida do Apóstolo é tão expressivo que o nome do meu filho é Paulo de Tarso. Indico por ser uma obra fascinante em todos os aspectos, histórico, religioso, linguístico, enfim, de autosuperação.

Uma canção

Com José Lucas Neto

Diretor de Controle & Finanças do Grupo Jomóveis.

“Gosto de muitas músicas na minha vida e acredito que elas emolduram nossos acontecimentos bons e

Your Song, música de Elton John / Bernie Taupin, feita nos anos ruins, mas a minha favorita é

80. Ela conta a história de um cara muito apaixonado que não consegue demonstrar isso de uma maneira especial para a mulher amada, por ser simples, mas ele fez esta canção para ela e colocou o simples título de “sua canção”, uma forma simples de demonstrar o amor dele. Sempre gostei dessa música desde minha adolescência e um dia prometi casar com esta música e não só fiz isso como cantei e a traduzi para minha esposa em nosso casamento. Acho que deu certo porque temos seis filhas (risos). Indico a todos que queiram dizer para pessoas especiais: Eu te amo!”.


Um filme

Com Anna Carlla Publicitária.

“Indico o filme Wall Street: O dinheiro

nunca dorme.

O filme é um clássico que revela a ganância humana na sociedade. Desde o primeiro filme, que falava sobre Poder e Cobiça, o novo fala sobre um novo jogo, numa rotina de personagens que vivem o dia a dia do mercado financeiro. A sociedade muda, mas o interesse pelo dinheiro é sempre o mesmo. Se pensarmos, esse é um dos principais pecados capitais. O longa nos faz refletir que confiança é um bem de luxo. Precisamos pensar na consciência do mundo que vivemos e nas ações que tomamos. E refletir se há ou não separação real de amor e trabalho. Vivemos num mundo de pessoas falíveis, onde, como no filme, pais passam por cima dos filhos e pessoas passam por cima das outras por seus próprios interesses. Precisamos pensar até onde vai a nossa ética, em todas as relações sociais. Como diz o protagonista Michael Douglas: ‘Pode ser até anti-ético, mas não é ilegal’”.

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bate bola

Tititi, teretete, etc e tal...

com Lena

Ribeiro

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Uma boniteza ... Minha neta Roberta. Uma língua afiada ... A dos invejosos. Uma mente privilegiada ... A do meu marido Nilson Pinto. Uma decepção... A traição cometida por um grande amigo na última eleição. Uma alegria .... Ver minha mãe Tereca, que nos criou muito bem, torcendo por mim aos 83 anos. Fico P da vida quando... Alguém mente para mim. Fico boba e babona quando... Acompanho a evolução e as descobertas que minha neta faz a cada dia.

Não vivo sem... A família que construí, com o Nilson, a Sammya e a Roberta. Viveria muito bem sem.... Meu celular. Quem é o cara... Meu anjo da guarda, que não se contenta em defender mas, de vez em quando, contra-ataca de maneira fulminante. Quais são os malas... São pessoas tão insignificantes que nem merecem ser citadas. Minha cidade predileta... Alenquer. Lá eu comecei a namorar com o Nilson. Meu prato preferido... A tartaruga de Oriximiná. Perco a cabeça quando... Não me lembro de, algum dia, ter perdido a cabeça.


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Uma saudade... Meu pai, Alcindo Ferreira, auditor fiscal, homem inteligentíssimo. Um sonho... Ver Belém sem engarrafamentos, servida por um bom metrô de superfície. Uma mania... Ser perfeccionista. Quem tem poder? O povo, apesar de não se dar conta disso. Quem tem personalidade? Barack Hussein Obama II, um mulato de nome árabe, filho de pai africano, que virou advogado, professor, político, prêmio Nobel da Paz e presidente dos Estados Unidos. Quem tem charme? Aécio Neves, futuro presidente do Brasil.

Quem é sexy? Minha amiga Beta Mutran. A Angelina Jolie não chega nem aos pés dela. Quem tem preparo? Nosso governador Simão Jatene. E quem não tem? Muitos. São tantos que eu levaria horas para enumerar. Antes de morrer vou... Morar em Interlaken. Quem é Lena Ribeiro? Mulher, paraense, de bem com a vida, que adora política e educação, que curte moda, estilo e a companhia de bons amigos, que detesta injustiças e nunca rejeita uma boa festa.

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infraestrutura

Priante

apresenta Vias Expressas Sinal verde para a paz na BR-316 Ministro dos Transportes autoriza elaboração de projeto proposto por Priante para acabar com os congestionamentos na única rodovia de acesso à Região Metropolitana de Belém

H 200

á anos, os moradores da Região Metropolitana de Belém enfrentam diariamente um grave dilema: os engarrafamentos quilométricos no trecho urbano da BR-316, o único acesso rodoviário à capital paraense. Mas esse drama pode estar com os dias contados. É o que se pode esperar do resultado do encontro realizado em Brasília entre o deputado federal José Priante (PMDB-PA) e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Priante apresentou ao ministro proposta para acabar definitivamente com o estrangulamento no trânsito naquele trecho: a construção de duas rodovias paralelas à BR-316. Batizadas inicialmente de Via Expressas Norte e Via Expressa Sul, essas rodovias criariam novas rotas de tráfego entre Belém e Benevides, retirando de circulação do perímetro urbano da BR-316 pelo menos 35 mil dos 50 mil veículos que diariamente trafegam naquele trecho. O ministro imediatamente encampou a idéia. Na mesma audiência, determinou ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) que elabore com urgência o projeto executivo rodoviário e os projetos de viabilidade técnica, econômica e ambiental do empreendimento. Alfredo Nascimento considerou a proposta viável por vários motivos: não é uma obra faraônica, não exige complicadas soluções técnicas, não implica em volumosos gastos com desapropriações, as vias não são quilométricas (apenas 50 km no total) e cabem no orçamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da presidenta Dilma Rousseff.

Rodovias com 25 km, pistas duplas e ciclovias A proposta levada por Priante prevê a construção de um complexo viário com as seguintes características: duas rodovias, uma ao norte e outra ao sul da Região Metropolitana de Belém. Cada rodovia teria 25 quilômetros de extensão, pistas duplas e ciclovias. Ficariam a 4 quilômetros distantes do traçado atual da BR-316 e atenderiam da Região Metropolitana: Belém, Ananindeua, Benfica e Benevides. A Via Expressa Norte seria construída entre Benfica e o Terminal Portuário de Outeiro (Porto da Sotave), passando pelos distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua. Essa via, segundo Priante, além de descongestionar o trânsito na região do Entroncamento, passaria a ser a principal rota de acesso de caminhões de carga ao Porto da Sotave. Com isso, o Terminal de Outeiro pode receber investimentos para que seja transformado no maior complexo portuário de Belém. Já a Via Expressa Sul seria construída entre Benevides e a Avenida Perimetral, em Belém, chegando às proximidades da Subestação da Eletronorte no bairro do Guamá. Essa via abriria uma nova rota de acesso a bairros com grande número de moradores, como Guamá, Jurunas, Terra Firme e Condor. A obra também facilitaria o acesso à Universidade Federal do Pará, à Universidade Federal Rural, à Embrapa e aos pequenos portos daquela região. Mais uma vantagem: a Via Expressa Sul seria interligada à Alça Viária, ampliando as rotas de tráfego aos motoristas.

Perigo constante é rotina na BR316 Conviver com o perigo faz parte da rotina dos motoristas e pedestres que trafegam pelo perímetro urbano da BR-316. Todos os dias a cena se repete naquele trecho: engarrafamentos quilométricos, acidentes, briga entre motoristas, pedestres correndo risco de morte. José Priante (PMDB-PA) e o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.


O próprio Denit, em estudo divulgado no ano passado, classificou o perímetro entre Belém e Benevides como o mais perigoso entre todas as rodovias federais que cruzam centros urbanos. A causa: é a única rodovia de acesso a Belém, por onde diariamente circulam mais de 50 mil veículos, em automóveis, ônibus, vans, caminhões, carretas, tratores e até carroças. Além dos problemas para motoristas e pedestres, há também os impactos ambientais que afeta a qualidade de vida dos milhares de moradores da região: ar poluído com fumaça de óleo diesel, barulho de motor e buzinaços constantes. Ou seja, além do perigo do trânsito, os moradores ainda são obrigados a conviver com esses pesadelos ambientais. O projeto “Vias Expressas de Belém” vai melhorar significativamente esse cenário. De uma só vez, soluciona diversos problemas: descongestiona a BR-316, melhora o trânsito, aumenta a segurança a motorista e pedestre, reduz a poluição ambiental. Ao mesmo tempo, traz inúmeros benefícios: diminuirá os acidentes, reduzirá o tempo dos percursos, facilitará o escoamento de cargas, o que favorece a economia de Belém e dos municípios da região.

Grandes capitais adotaram modelo semelhante Com acelerado crescimento da frota de veículos do Brasil, as cidades correm atrás do prejuízo que essa expansão tem provocado no trânsito dos grandes centros urbanos. Entre as soluções encontradas está a construção de novas vias, planejadas para abrir alternativas de tráfego, especialmente para veículos pesados, como carretas, caminhões e ônibus. Diversas capitais já adotaram esse modelo, que é adaptado de acordo com a realidade de cada cidade ou região metropolitana. Exemplos: o Rodoanel de São Paulo e o Arco Rodoviário do Rio de Janeiro, criados para diminuir os impactos da superfrota de veículos

sobre a malha viária. A mesma solução foi adotada em Salvador, aonde vem sendo construída a Via Expressa do porto da capital baiana. Todos esses complexos viários foram ou estão sendo executados em parceria com o Ministério dos Transportes, órgão responsável pelas rodovias federais. Por isso Priante recorreu a esse ministério, uma vez que a BR-316 é uma rodovia federal, estando, portanto, sob a jurisdição daquela pasta. “É competência do Ministério dos Transportes solucionar problemas que afetam as zonas urbanas das rodovias federais, como vem fazendo em outras capitais”, explicou Priante. “Se outras capitais podem contar com essa parceria, Belém também pode”. Ainda é cedo para falar em custo e prazo para conclusão das obras. Isso será apontado pelos estudos do DENIT. O deputado vem mantendo contatos permanentes para que ainda neste semestre os estudos sejam concluídos. Mas, segundo Priante, o mais importante já foi conquistado: o sinal verde do Ministério do Transportes para acabar de vez com os tormentos que infernizam moradores e motoristas que circulam pela BR-316.

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VIA EXPRESSA NORTE • 25 km entre o Terminal Portuário de Outeiro e Benfica. • Atravessa os distritos industriais de Icoaraci e Ananindeua. • Rota para veículos de carga. • Viabiliza o Porto da Sotave (Outeiro).

VIA EXPRESSA SUL • 25 km entre Benevides e a Avenida Perimental, no Guamá. • Atende a bairros de grande densidade populacional. • Rota para universidades e pequenos portos. • Faz ligação com a Alça Viária.


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olhar

por Káthia Marques

João Ramid,

a lente que eterniza a Amazônia Cores de todos os tons, sabores para todos os tipos de paladar, aromas escondidos por todos os cantos, rios, lagos, igarapés, cachoeiras, ilhas cheias de magia, paisagens indescritíveis, dança, artesanatos e medicamentos, contos, lendas e mais de 30% das espécies conhecidas da fauna e da flora brasileira. Assim é a maior floresta tropical úmida do planeta, a Amazônia.

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A

Amazônia é a protagonista da arte de João Ramid, um dos profissionais mais importantes da fotografia nacional, possuidor de uma grande experiência quando o assunto é a Amazônia. Responsável pelo maior banco de imagens da região, que reúne a beleza distribuída em mais de 3 milhões de km2 do território brasileiro. Com 31 anos de profissão, João Ramid se define como “um cara que doa à vida sua arte de criar e captar imagens.” Nascido em Belém, passou grande parte da infância e juventude morando em Porto Alegre, mas nem por isso se afastou da

natureza. Seu pai, aviador, fazia a rota Porto Alegre/ Oiapoque, onde morava parte de sua família. Foi lá que Ramid passou suas férias escolares, na companhia de amigos índios, os grandes responsáveis por lhe ensinar a importância dos seus sentidos e a explorá-los, fazendo com que descobrisse os prazeres que aquele pedaço de floresta era capaz de proporcionar. Essa profunda experiência fez com que o futuro fotógrafo visse a Amazônia de outra forma, diferente do resto do mundo, tornando-o muito mais sensível do que muitos fotógrafos que não tiveram essa oportunidade.



As imagens que ilustram esta matéria são todas de autoria de João Ramid.

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“Sempre achei que a visão da maioria dos fotógrafos que por aqui aportavam era meio distorcida em relação ao conhecimento cultural do nosso povo e por isso sempre busquei em minhas fotos a informação visual.” Dessa forma, João Ramid defende sua terra e seu povo da visão distorcida do mundo. “Gosto de deitar em uma rede e ver a chuva cair depois de tomar um belo açaí. Gosto dos nossos sabores, eles são únicos e foi assim que acabei decidindo emprestar meu conhecimento e minha competência para mostrar ao mundo como somos, mostrar nossas belezas sem frescuras nem estigmas. Hoje consigo, muito provavelmente, ser o único fotografo que realmente trabalha em todo território amazônico e em todos os estados brasileiros. Gosto dessa coisa da Amazônia ser a minha casa. Quando chove numa área da nossa região, concentro meu olhar pra outra que está em pleno verão e assim a coisa não para nunca.”


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Sempre achei que a visão da maioria dos fotógrafos que por aqui aportavam era meio distorcida em relação ao conhecimento cultural do nosso povo e por isso sempre busquei em minhas fotos a informação visual. João Ramid

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Enquanto muitos fotógrafos procuram se especializar em uma determinada área da fotografia, João Ramid foca em todos os sentidos, aprendendo e desenvolvendo a fotografia como um todo e para isso não há laboratório melhor do que a Amazônia. “A Amazônia, principalmente a paraense, é riquíssima em todos os sentidos. Temos uma gastronomia ímpar, um povo risonho e um potencial turístico sem fronteiras.” E é assim que Ramid dá sua contribuição ao mundo, emprestando seu olhar aguçado em forma de fotografia, nos permitindo conhecer as belezas da nossa bela Amazônia.


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moda

por Tânia Tatsch*

Sem Medo de Estar na

Moda! P

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arece que a sensualidade e a ousadia dos looks das baladas, ganharam uma repaginada fashion, ou seja, o hype da moda é apostar no estilo “hi-lo” (na versão leve + pesado = verão + inverno) compondo peças fresquinhas para o calor (ex: shorts, vestidos curtos, etc) com acessórios do inverno 2011 como, por exemplo, as botas, bolsinhas e coletes de pelo sintético, dentre outras. Tudo a ver com ambientes refrigerados e descolados como boates, pubs, desfiles e coquetéis de lançamentos da moda, barzinhos, etc. Gostou da proposta? Então, fique “antenada” na dica: a mulherada adotou o short como peça da vez, mas a dupla “short + escarpin” está um pouco “deja vú”, salvo exceções quando o design é ultrafashion (ex: saltos arquitetônicos). Então, quais são os calçados mais hipados da temporada? São as “unkle boots” (botas no tornozelo) e as botas coturnos (cano médio) nos mais variados estilos que vão do militar cool, nômades, rocker, etc. Com materiais leves acamurçados, nobuckados, ou, no couro fininho -alguns até cortados a laser (vazados) ou furadinhos. Mas não para por aí, o modelo “peep-toe” (abertura na frente) dá “um ar“ mais tropical nas botas, o que não impede de usar as tradicionalmente fechadas, mas que vêm na cartela de cores da estação como camel, oliva, marrom, cinza, etc. E para quem gosta de ficar por dentro das “trendys”, o GPS fashion indica que quanto mais amarrações de cadarços e fivelas adornarem a bota, mais fashion se torna. Vale também compor o visual com alguma peça “high-tech”, de preferência com brilho de micropaetês transparentes, ou, com efeito molhado, encerado/resinado como, por exemplo, o jeans Label (efeito de couro) e o Luminato (que brilha no escuro) da Ellus, lançado na edição de inverno 2011 de São Paulo Fashion Week. Agora é com você, veja alguns looks escolhidos, inspire-se e ouse!

*Jornalista e Especialista de Moda, Colunista do Diário do Pará / TV RBA


211 R E V I S T A

DAMYLLER Shopping Boulevard Look bolero de pelo sintético com short jeans. CALÇADOS: Ankle boots e Coturnos

ELLUS DELUXE Shopping Pátio Belém Look de shorts jeans dourado, look short prateado, look de minissaia (píton) resinada, todos compondo t-shirts de brilho.

MODELO: Camila Correia FOTÓGRAFO: Rogério Uchôa (www.rogeriouchoa.com) Fone: 8122-3969

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justiça

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por Toni Remigio fotos Rodrigo Lima

Pleno do TCE realiza

R E V I S T A

sessões extraordinárias

B A C A N A

Cons. Ivan Cunha(Corregedor Geral do TCE-PA), Proc.chefe do MPCE Maria Helena Loureito,Cons.Cipriano Sabino(Presidente do TCE-PA), Cons. Nelson Chaves e Cons.Luis Cunha

para redução de passivo de 20 anos

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T

ão logo foi empossado presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCEPA), o conselheiro Cipriano Sabino afirmou que não mediria esforços para imprimir um ritmo acelerado de metas e compromissos que assumiu antes de ser eleito. Desde então, a população paraense já tomou conhecimento de algumas expressivas mudanças na rotina da Corte de Contas, que é uma das mais tradicionais de todo o País. Havia, quando da posse de Sabino, uma ação civil pública que questionava o teto salarial dos conselheiros. O que fez o novo presidente? Ouviu seus colegas conselheiros e, após obter seus apoios, assinou medida que reduziu os

respectivos salários até a matéria transitar em julgado. Mas essa não foi a única medida de impacto. Angustiados com a demora na tramitação de processos que permaneciam no TCE aguardando julgamento final, depois de se reunirem e chegarem à conclusão da maneira mais célere e adequada para resolver a questão, o presidente da Corte e o seu corregedor geral, conselheiro Ivan Barbosa da Cunha, decidiram realizar sessões extraordinárias ao longo de todo o biênio do mandato de ambos, para que até o final de 2012, somente processos que deram entrada a partir de 2009, encontrem-se à espera de julgamento final.


João Jorge Hage, Silvanir Lebrego, Proc.chefe do MPCE Maria Helena Loureito, Cons.Nelson Chaves, Cons. Luis Cunha, Jânio Cardoso e Macos Paredes

Presidente do TCEPA,Cons. Cipriano Sabino

“Tenho insistido e repito mais uma vez que o número de processos não nos assusta, pois essa é a nossa tarefa, a nossa honrosa missão. O que tem nos incomodado é a carga burocrática imprimida nessa tramitação e os prazos dilatados que acabam interferindo no nosso ritmo de apreciação”, afirma o presidente Cipriano Sabino. Para se ter uma ideia, nas três primeiras sessões extraordinárias, foram resolvidos casos que tramitavam desde 1990 até 1995. O que não impediu que nos lotes dos processos estivessem casos que deram entrada em 2003. 467 processos foram apreciados. Entre prestações e tomadas de contas, milhões de reais já foram glosados em favor da administração estadual. As sanções tiveram de ser aplicadas pelo não cumprimento das obrigações dos jurisdicionados, tornando-os débito com o erário público. O total dos julgamentos dessas três primeiras sessões resultou em cerca de 5,6 milhões de reais em pagamentos glosados e outros 57 mil reais em multas. Para o presidente do TCE, conselheiro Cipriano Sabino, a iniciativa inédita se fez necessária e precisou ser implementada logo no início do seu mandato. Chegar aos casos que deram entrada em 2009, no mês de dezembro de 2012, representará segundo Sabino, “um avanço histórico e necessário”.

Corregedoria imprime ritmo Durante a entrevista, o presidente do TCE fez questão de agradecer à equipe coordenada pelo conselheiro corregedor Ivan Cunha, o qual, “vem sendo incansável no seu trabalho”, afirmou Cipriano Sabino. “E o mais importante é que esses processos antigos estão sendo julgados em sessões extras, sem prejudicar a pauta normal de julgamentos”, acrescentou. O corregedor Ivan Cunha disse que a meta prevista inicialmente era equacionar doze anos de processos parados em seis meses. Todavia, segundo o corregedor, com a dedicação de todos os envolvidos na “forçatarefa”, bastaram apenas dois para que se alcançasse o objetivo. “O trabalho de uma Corregedoria não é apenas burocrático ou procedimental, mas sim, também de mudança. E para mudar há de se ter coragem”, afirmou Cunha. Desde 23 de fevereiro, o TCE realiza essas sessões extraordinárias. Na primeira foram julgados 185 processos divididos em 15 lotes. Desses, 113 foram definitivamente concluídos. A segunda sessão ocorreu no dia 23 de março. Divididos em doze lotes, mais 91 processos foram julgados nesta segunda oportunidade. Até o final de maio, acontecerá a próxima sessão. Nesta próxima, a expectativa é que sejam julgados em definitivo os processos referentes aos anos de 1996 e 1997. Cipriano Sabino destaca também que além do apoio fundamental da Corregedoria, as manifestações de incentivo que vem recebendo dos conselheiros Luís Cunha, Nelson Chaves e Lourdes Lima, das suas respectivas equipes e dos demais servidores do TCE, não podem deixar de ser registradas. “É uma forma de reconhecer o esforço de todos. Essa verdadeira força-tarefa não aconteceria sem que fosse feita de maneira coletiva”, encerrou.

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gente

Maria Costa,

dedicação às famílias paraenses e muitas premiações Maria Costa entre as filhas Jaqueline e Duciomara

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lgumas pessoas possuem talento para a música, outras para as artes plásticas. Há muitas com tino empresarial e não abrem mão de acumular fortuna. Mas, só algumas nasceram espiritualmente preparadas para ajudar outras pessoas sem esperar nada, absolutamente nada em troca. É o caso de Maria Costa. Formada em gestão de órgãos públicos pela Universidade da Amazônia (Unama), há vinte e quarto anos atua na área da assistência social, levando bem estar e qualidade de vida às famílias que precisam de proteção social. Como presidente da Fundação Antônio Costa (Funcosta) sempre esteve na linha de frente do trabalho assistencial realizado em Belém e outros municípios pelo Vereador, Deputado, Senador e atual Prefeito, Duciomar Costa, com quem tem as filhas Duciomara e Jacqueline. Sua relação de respeito e carinho pelas comunidades periféricas de Belém fez com que fosse acolhida pela população dos diversos bairros de Belém, principalmente Guamá, onde nasceu. Maria Costa foi uma das mais atuantes presidentes do Colegiado Estadual de Gestores da Assistência Social (COEGEMAS), através do qual articulou os mais de 140 municípios paraenses em prol das ações, programas e projetos oriundos principalmente de Brasília, por meio do Conselho Nacional de Gestores da Assistência Social (CONGEMAS), do qual fez parte de 2006 a 2009. Em Belém, através da Fundação Papa João XXIII (Funpapa) desenvolveu uma política de assistência municipal que somou o atendimento de mais de 200 mil famílias por ano. E é como presidente do PTB Mulher que marcou sua vida de mulher pública engajada nas causas de gênero, como a luta contra a violência doméstica e familiar, que afeta especialmente as mulheres. Nas últimas eleições concorreu a uma vaga na

Assembléia Legislativa e teve a aprovação de mais de 12 mil pessoas, tendo Belém, Ananindeua e Bragança como os municípios que mais contribuíram com essa aprovação. Ela diz que a experiência valeu a pena e a aproximou mais ainda das famílias paraenses, seja em seu cotidiano junto às comunidades, igrejas, ou outros espaços que frequenta levando sempre uma mensagem de amor , carinho e devoção à Deus. Maria, que por sinal nasceu no dia 12 de junho, Dia dos Namorados, tem como princípio básico a manutenção da família e a crença de que Deus é a resposta a todos os nossos anseios e projetos. É o que tenta ensinar diariamente às filhas, aos amigos, aqueles que seguem seus passos no trabalho ou outros ambientes. Essa característica lhe rende boas e fiéis amizades, como a da bailarina e coreógrafa Clara Pinto, com quem através do projeto Conquistando a Cidadania mudou a vida de muitas crianças e adolescentes através da dança.

Principais premiações A dedicação de Maria Costa pelo trabalho social voltado às famílias paraenses tem lhe rendido reconhecimentos importantes: • Prêmio Mulher Padrão do Pará 2005 • Homenageada pela CEASA Pará pelo seu desempenho no “Projeto CEASA em Ação/2006; • Prêmio Melhor Projeto de Responsabilidade Social “Tribos Urbanas”, pela Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil – ADVB; • Homenageada dois anos consecutivos (2008 e 2009) pelo Incentivo a Cultura, Prêmio recebido da Companhia de Dança Clara Pinto durante o Festival Internacional de Dança da Amazônia – FIDA; • Troféu Personalidade da Amazônia/2009; • Prêmio “Luzes do Pará”, outubro de 2009; • Troféu Mulher de Destaque, novembro de 2009; • Personalidade da Amazônia – 2010; • Troféu Fama – 2010 e 2011; • Troféu Personalidade da Amazônia/2011;


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solidariedade por Fernando Araújo

Lei a favor da

vida

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Vamos imaginar que faz dias que você ou alguém da sua família esteja se sentindo cansado, com dor no corpo, dor de cabeça, mal estar sem explicação... Vai ao médico, faz um exame de sangue e recebe o diagnóstico de que tem uma doença que pode te levar à morte em seis meses, caso você não encontre um doador. E aí? Falo de Leucemia, um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos - leucócitos, afetando sua função e velocidade de crescimento. Nesses casos, o transplante é complementar aos tratamentos convencionais e consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.

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Com a personagem Camila, Carolina Dieckmann emocionou o país e trouxe atona o drama de quem precisa de uma transplante de medula óssea

a TV, através da personagem de Carolina Dieckmann, na novela Laços de Família, o autor nos chamou atenção para o fato de como é difícil encontrar um doador e como, no decorrer do processo, esta espera pode ser fatal. Recentemente, outra famosa atriz, desta vez na vida real, sentiu na pele como é lidar com esta doença. Drica Moraes realizou o transplante há onze meses e sobre o doador anunciou sua gratidão: “Ele é o homem da minha vida. A vontade de conhecê-lo é enorme…Muitas vezes fui dormir sem saber se iria acordar… Muitas noites que não terminavam e isso foi até bem pouco tempo atrás”, contou a atriz ao site AJ Comenta. Chegamos a questão desta matéria: o que fazer para que haja o aumento de possibilidades reais de se encontrar um doador? Não existiria algo que tranquilizasse estes doentes diante desta procura? Estes questionamentos foram feitos pelo advogado Paulo Victor Squires, que luta pela aprovação do seu projeto de lei que busca tornar indispensável o cadastro no REDOME - Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea - instalado no Instituto Nacional de Câncer - INCA – sediado no Rio de Janeiro. A inquietação do advogado começou em outubro de 2001: “Presenciei uma família em um estádio de futebol solicitando aos presentes que se dirigissem ao Hemopa, e se cadastrassem como doadores de medula,


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Para alívio de seus fãs, Drica Moraes já está de volta ao trabalho, depois do susto com a doença.

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devido a um parente estar com Leucemia. Aquele momento me remeteu ao dia (cerca de quatro anos atrás) em que fui ao Hemopa, a pedido de um amigo, me cadastrar como doador de medula, haja vista uma amiga desse meu amigo necessitava urgentemente de um doador. Fiz o exame necessário e me cadastrei. Posteriormente tomei conhecimento que a pessoa que necessitava de um doador, havia falecido”, contou. Paulo pesquisou e descobriu que no REDOME apenas 1 milhão e 800 mil estão cadastrados. Eu disse “apenas”, considerando que nossa população é de mais de 180 milhões de pessoas. A probabilidade de conseguir a compatibilidade está em 1 para cada 100 mil. Deu para entender agora o desespero de quem se vê necessitado de um transplante do tipo? “Naquele dia no estádio, lotado, com mais de quinze mil pessoas, fiquei imaginando quantos iriam se dirigir ao Hemopa para ajudar: Mil? Dez? Cinco? Um? Nenhum?”, completou o advogado, que resolveu estudar sobre o assunto. Aqui, nossa intenção não é falar do câncer, de como é feito o transplante, efeitos, riscos, mas sim alertar para uma necessidade visível a todos nós que estamos vulneráveis a precisar um dia passar por isso. A questão é a dificuldade de se encontrar um doador compatível. Quando não há um doador aparentado

- um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais - a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos - brancos, negros amarelos etc. - semelhantes, mas não aparentados. O Brasil tem o terceiro maior cadastro no mundo, ficando atrás dos EUA e Alemanha, mas isso está longe de ser suficiente, devido à miscigenação. Em 2010 cerca de 9.500 pessoas receberam a noticia de estar com Leucemia no País. Cerca de 1.800 pessoas esperando por doação. E essas pessoas têm que ir em busca – Campanhas em TV, Rádio, nas ruas... – “implorar” para que os demais façam o cadastro, visando um possível doador compatível. A proposta do projeto de lei do advogado Paulo Victor Squires é para aumentar o número de Registros do REDOME, para que assim haja uma maior possibilidade de se encontrar um doador. Mas de que forma? Não se tem como obrigar a doar, então o projeto objetiva sair do campo da voluntariedade do cadastro, para o fato do ato ser indispensável junto ao REDOME. “Com tudo no papel, surgiram dúvidas referentes a barreiras jurídicas/constitucionais. Até que ponto seria proibido constitucionalmente obrigar uma pessoa a se registrar no Banco de medula? Com tais dúvidas, me dirigi à Comissão de Direitos Humanos da OAB/ PA e apresentei o Projeto. O Presidente da Comissão achou muito interessante e não vê barreiras para que o mesmo não seja aprovado. O advogado também se dirigiu a São Paulo para reunião na ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia – e lá conversou com o setor jurídico para uma exposição das idéias. O Projeto foi bem recebido. O aumento do cadastro de possíveis doadores de medula é um, dentre vários objetivos da Associação. “A ABRALE me repassou dados de pacientes cadastrados e registros de óbitos de pacientes. Também me forneceu cópia de um ofício entregue no início do mês de abril ao Ministro da Saúde Alexandre Padilha, tendo como conteúdo, dados e reivindicações para a melhora do tratamento no País. Na ABRALE me deixaram claro que o projeto

ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia – e lá reuniu com o setor jurídico para uma exposição das idéias. O Projeto foi bem recebido. O aumento do cadastro de possíveis doadores de medula é um, dentre vários objetivos da Associação.


“Me dirigi à USP - Universidade de São Paulo - na esperança de contato com um dos melhores juristas da atualidade em Direitos Fundamentais em busca de conselho/ orientação, e consegui contato com o Prof. Doutor Virgílio Afonso da Silva, para o qual expus as minhas dúvidas e objetivos. O Prof. Dr. Virgílio foi muito atencioso e me deu conselhos e orientações informais de que rumo seguir na pesquisa de base jurídica”.

Como seria feito este cadastro?

No cinema, Cameron Diaz em “Uma prova de amor”, também viveu o drama da doença.

que estou propondo não resolverá o problema, mas é uma das vertentes importantes para o combate a doença”, nos contou Paulo Victor Squires que aproveitou a estada na capital paulista para ir à USP.

A forma é simples e totalmente informatizada. O médico responsável inscreve as informações do paciente, incluindo o resultado do exame de histocompatibilidade - exame que identifica as características genéticas de cada indivíduo - no sistema do REDOME - e imediatamente a busca é iniciada. Quando são identificados possíveis doadores compatíveis, a informação é logo transmitida ao médico responsável pelo caso, que junto com a equipe do REDOME, analisa os melhores doadores, faz a escolha, e é dado início aos procedimentos. O doador é, então, convocado a realizar os testes confirmatórios e fazer a doação. A retirada das células para a doação é feita no hospital habilitado mais próximo da residência do doador. Assim que retiradas, as células são transportadas até o centro onde será feito o transplante. Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro, mas para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.

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Presenciei uma família em um estádio de futebol, solicitando aos presentes que se dirigissem ao Hemopa... Posteriormente, tomei conhecimento que a pessoa que necessitava de um doador, havia falecido. Paulo Victor Squires, advogado

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O que consta como forma de lei no projeto? Art. 1º - Torna-se indispensável aos brasileiros natos e naturalizados, cadastro no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea – REDOME – como preenchimento de requisitos para investidura e/ou acesso as seguintes atividades: I. Alistamento Militar; II. Investidura/ inscrição em cargo público; III. Inscrição OAB e demais Conselhos Profissionais; IV. Filiação Partidária; V. Habilitação e Renovação de CNH; VI. Passaporte e Renovação do mesmo; VII. Inscrição em Federação Esportiva; VIII. Inscrição em prova para ingresso no Ensino Superior; Art. 2º - A não comprovação de cadastro no REDOME, torna nula a inscrição/ investidura do disposto no artigo anterior. Art. 3º - O registro dar-se-à no Hemocentro mais próximo de sua localidade, o qual fornecerá declaração de cadastro e informações a cerca do Transplante de Medula Óssea. Art. 4º - Ficam ressalvados os cidadãos que por motivos religiosos e/ou saúde, não estejam possibilitados a realizar exame para efetivação de cadastro no REDOME. Art. 5º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

“Precisarei de ajuda política. Pretendo apresentá-lo para a Bancada Federal do Estado do Pará – Senadores e Deputados Federais – para que os mesmos apresentem o projeto na Câmara e no Senado Federal e viabilizem a aprovação em todo o território nacional”, nos disse o advogado, que não consegue mensurar o tamanho de sua satisfação caso o projeto efetivamente venha a se tornar lei: “Caso o Projeto seja aprovado e efetivado no Brasil, será de uma satisfação imensa. Se com ele, conseguirem salvar uma vida, já terá valido muito a pena”, finalizou. Quem quiser colaborar de alguma forma com o projeto de lei do advogado Paulo Victor Squires, pode entrar em contato pelo: projetomedula@hotmail.com

Torna-se indispensável aos brasileiros natos e naturalizados, cadastro no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea – como preenchimento de requisitos para alistamentos militar etc. (consta no projeto de Lei)


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por Cirineu Santos e Jr - ASCOM PMU fotos Tiago Santos, Eliel Santos e Viomar Souza - ASCOM PMU

Uruará Um governo de conquistas e realizações

Ao longo da Rod. Transamazônica, km 180, no trecho entre Altamira e Itaituba, está Uruará, que surgiu a partir do Plano de Integração Nacional e do Projeto de Colonização do INCRA, na década de 70, quando, inúmeros imigrantes de várias regiões do País se deslocaram para uma nova vida.

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raldo Pimenta, atual prefeito em seu segundo mandato no executivo, vem realizando inúmeras ações em todos os setores.

Na educação, além da construção e reforma das escolas, treinamento e capacitação dos servidores da rede municipal de ensino e aquisições de veículos para o transporte escolar, foram criados e implantados projetos e ações que motivam e despertam o corpo docente e discente. Entre algumas ações e projetos de sucesso estão o “Jovem Criativo Redação Nas Escolas” e “Se Liga & Acelera Brasil” Mas em outros âmbitos Uruará tem avançado na mesma proporção. Na área de

Assistência

Social, houve a implantação do “Barriga Cheia”, criado para atender grávidas, e ainda a implantação da casa de apoio às gestantes da zona rural, facilitando o trajeto da mãe no momento de dar a Luz. Investindo em cultura

Já na área do esporte, lazer, cultura e turismo, a prefeitura vem realizando inúmeros

campeonatos, em categorias distintas, feiras de artesanato e a instituição da loja e Ateliê de Artesanato “Mãos que Criam”. No Porto Maribel, às margens do Rio Uruará acontece a realização do Festival do Irirí, com apresentações de membros indígenas da tribo Araras, agremiação Arara azul e quadrilha Asa Branca. Outra manifestação que tem ganhado apoio é o Arraiá da Culminância, evento que já faz parte do calendário cultural realizado ao final das comemorações juninas e julhinas, Tapiri Cultural e Festival das Araras, que

É uma grande satisfação trabalhar com uma equipe unida, comprometida com o progresso de Uruará. Inúmeras conquistas já foram alcançadas, graças à coesão existente no governo “Uruará da Gente”. A realização de cada empreendimento é fruto da união e da força de um governo e seus munícipes. Eraldo Pimenta, prefeito. se tornou expressão cultural de grande relevância para a identidade uruaraense. Nestes anos todos, eventos como Carnaval da Gente, Trabalhadores da Gente, Mães da Gente, Natal da Gente, Réveillon da Gente e a Festa Agropecuária, são recordes de público com muita animação, descontração e sorteio de vários prêmios. Eventos realizados através do gabinete do prefeito.


Saúde e agricultura No âmbito da saúde, o município tem buscado a descentralização do atendimento, onde centenas de pessoas dispõem do “Tratamento Fora do Domicílio – TFD - e novos transportes, como ambulâncias. Todas as unidades do Município foram reestruturadas com equipamentos, localização estratégica, coordenação mais presente, atuação constante e qualidade nos serviços prestados. Outro avanço é o fato de que além da agricultura (arroz, feijão, milho, mandioca), a base econômica uruaraense, dispõe de outras alternativas como: o setor madeireiro, empresarial, funcionalismo público e pecuária, o que tem colocado Uruará como destaque no cenário nacional, como maior rebanho bovino da região.

Meio Ambiente e transporte No que diz respeito ao meio ambiente, a prefeitura tem executado várias atividades de prestação de serviços públicos, com o agendamento de poda de árvores seguido de recolhimento dos galhos, tanto na zona urbana quanto rural e serviço de recolhimento de entulhos, com a disponibilização de contêiner para armazenamento e coleta. Já em parceria com o setor de Vigilância Sanitária, atende a diversas denúncias

de infrações ambientais e com a SEMA, deu passos significativos na adequação municipal das leis ambientais vigentes, exigência legal do estado, para iniciar o processo de descentralização da gestão ambiental do Estado para o município. Através da Secretaria de Viação de Obras, todo o ano as equipes do setor, viabilizam e facilitam a trafegabilidade nas ruas, avenidas e vicinais. Quando os desastres naturais ocorrem, a secretaria age de forma imediata, evitando o máximo de prejuízos e proporcionando aos produtores e alunos da zona rural a trafegabilidade. E mais, houve a aquisição de patrulhas mecanizadas como carregadeiras, caçambas, patrols e tratores de esteira. As obras realizadas em vias públicas mantiveram a cidade e agrovilas em estado trafegável. E a maior obra foi o asfaltamento de várias ruas com emenda do deputado Domingos Juvenil; além da criação de pontos de captação de águas pluviais resolvendo o problema de interrupção no tráfego em vários pontos da cidade. O grande volume de água produzido pelas chuvas no inverno, nestes pontos, já não é mais um grande problema. Como se vê um município, em pleno desenvolvimento, preparado para atender seus cidadãos. Família do prefeito Eraldo Pimenta

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por Fernando Araújoo

Educação 228

que liberta

O mundo passou por diversas transformações mais independente das mudanças no cenário mundial, devido à globalização, a educação, continua sendo a solução para a vida de muitas pessoas.

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ara destacar a importância da educação para a vida pessoal e também profissional, a revista Bacana conversou com Aldemira Drago, atualmente presidente do Conselho Regional de Administração dos Estados do Pará e Amapá (no 2º mandato), professora adjunta mestre da Faculdade do Pará – FAP, no curso de Administração, e cursando doutorado em Administração Empresarial. Uma pessoa que possui experiência que soma mais de 10 graduações e especializações. Tamanha dedicação, fruto de muitas leituras, noites de estudos, aulas ministradas e conclusões de curso apresentadas, faz de Aldemira uma referência em “educação”: “Li, em algum texto, que ‘a vida não é tanto o que nos acontece, mas como reagimos ao que nos acontece na vida’. E qualquer indivíduo só pode elaborar um bom plano de vida pessoal se construir uma história que passe pelo crescimento pessoal e profissional e da qual ele possa se sentir orgulhoso. E, quanto mais ele participa dos eventos para uma maior qualificação profissional, mais se sente responsável pela contribuição que deve ao mundo que o rodeia”, disse Aldemira Drago, que também é graduada em odontologia, profissão na qual ela diz ter se sentido plenamente realizada, mas que foi interrompida por uma artrite que a impediu de continuar.

Além de odontóloga, Drago também é administradora e formou-se em Ciências Contábeis, Economia e Letras: “Letras, foi um capítulo à parte. Desde criança, gosto de ler e escrever. Fiz algumas incursões no mundo da Poesia e da Crônica, até com algumas premiações. E aí, me perguntei: por que não uma licenciatura em Letras? Belíssima, a convivência com tantos professores brilhantes, como Rui Barata, Albeniza Chaves, Merivaldo e Margarida Paiva e outros, de igual calibre. Talvez, de todas as graduações, esta tenha sido a que mais supriu o meu espírito de gratidão pela beleza da vida. Letras me permitiu o cultivo de um ‘jardim interior’ sempre florido e alegre”, disse.

O avanço do ensino superior O tempo em que os estudantes em Belém tinham poucas opções de acesso ao ensino superior já foi esquecido, afinal, o que não faltam são instituições para abrigar quem tem o desejo de ter uma profissão e melhores oportunidades diante do competitivo mercado de trabalho. Essa ‘massificação’ do ensino superior gera debates e opiniões diversas. Há quem acredite que este fato faz com que a qualidade do aprendizado caia


A educação é importante para o ser humano. Primeiro porque ela amplia a imaginação; segundo, porque ela vai abrindo portas para novos conhecimentos, o que permite uma visão mais concreta de um mundo a que todo indivíduo tem direito de conquistar, que é o mundo do trabalho, e nas especialidades às quais ele tem o sagrado direito de escolha. Aldemira Drago

e algumas avaliações do MEC confirmam isso. Já outros abraçam a ideia e agradecem pelo acesso mais rápido, embora pago.

A este respeito, Aldemira afirma: “A expansão do ensino superior veio abrir mais oportunidades de preparo profissional para muitos jovens, mas principalmente para aqueles que, em idade um pouco mais avançada, queriam ou precisavam agregar conhecimentos em nível de graduação para realização profissional ou até porque não tinham como ir para a universidade pública por fatores circunstanciais, ou até mesmo por quererem vincular novos aprendizados a experiências diferenciadas em cursos com conteúdos mais abertos e customizados. Para os docentes, foram abertos mais campos de atuação e de troca de experiências variadas”, avaliou positivamente a educadora. Aldemira ocupa e já ocupou muitos cargos, já ensinou em sala de aula, tanto quanto já aprendeu, mas ela não para por aí. Cheia de novos projetos e desejos pessoais, ela avisa: “Eu quero conquistar o mundo, mas é por meio de viagens. Há duas coisas que me estimulam o intelecto e a alma: a leitura e as viagens. Hoje, quanto mais diferente a cultura de um país e mais exóticos os costumes das pessoas de outras terras, mais eu me sinto desejosa de ir adiante. Penso até que é uma questão de ancestralidade. Devo ter no sangue algo de Marco Pólo, ou Cristóvão Colombo e de tantos outros andantes”, finalizou.

Me graduar em Letras me permitiu o cultivo de um ‘jardim interior’ sempre florido e alegre

Aldemira Drago, uma referência em educação ainda planeja alçar novos voos.

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infraestrutura

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Atualmente, a malha rodoviária do estado do Pará é de cerca de 7 mil quilômetros, sendo que 3.500 deles estão pavimentados ou vão ter sua pavimentação concluída nos próximos meses. A malha viária do Estado ainda possui cerca de 170 mil quilômetros de estradas vicinais, que permitem o acesso das localidades mais afastadas e da produção agrícola as áreas urbanas e a capital.


por Jússia Carvalho

Pelas estradas do Pará Transporte no Estado vai além de construir estradas. É necessário abrir caminhos para escoar a produção e reconstruir pontes comerciais, gerando mais emprego, renda e também turismo.

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Secretaria Executiva de Transportes do Estado do Pará - SETRAN é responsável pela implantação de políticas públicas de transporte, construção de estradas, pontes, portos, aeródromos e pela manutenção de mais de 110 rodovias no Estado do Pará. Hoje, a maior parte das estradas está asfaltada ou restaurada, outras estão em fase de conclusão, esperando receber asfalto e sinalização. Essas obras são conduzidas pelos 10 núcleos regionais da SETRAN, que são responsáveis pela construção,

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pavimentação e manutenção de cada rodovia, respeitando as necessidades e condições de cada região. Para desempenhar um papel de forma mais organizada, a secretaria está dividida em quatro diretorias: diretoria administrativa e financeira, de transportes hidroviários, de transportes terrestres, e de transportes aeroviários. Atualmente, a malha rodoviária do estado do Pará é de cerca de 7 mil quilômetros, sendo que 3.500 deles estão pavimentados ou vão ter sua pavimentação concluída nos próximos meses. A malha viária do Estado ainda possui cerca de 170 mil quilômetros de estradas vicinais, que permitem o acesso das localidades mais afastadas e da produção agrícola as áreas urbanas

e a capital. Além disso, o estado possui um total de 10 mil pontes de concreto e madeira, e cerca de 10 mil quilômetros de hidrovias navegáveis. Eduardo Carneiro, secretário adjunto da SETRAN, afirma que o “panorama encontrado foi de uma secretaria sucateada em todos os sentidos. Só mencionando um exemplo, os equipamentos de terraplenagem e pavimentação adquiridos pelo governador Simão Jatene no período de 2003/2006 foram quase todos sucateados, distribuídos por varias prefeituras do Pará e em muitos casos entregues sem nenhum documento comprovando a cessão de uso, temos relatório fotográfico comprovando os absurdos cometidos.”


CURIOSIDADE

Segundo Eduardo Carneiro, a maior dificuldade, hoje, “é manter a trafegabilidade das rodovias pertencentes à malha rodoviária estadual, pois temos encontrado estradas muito deterioradas e as fortes chuvas que precipitaram durante o começo do ano nos impedem de trabalhos de recuperação das rodovias”. Sendo assim, entre as prioridades da SETRAN, que estão incluídas na agenda mínima do governo do Estado, estão: a readequação do Terminal Hidroviário de Belém, em Miramar; a substituição de centenas de pontes de madeira por pontes definitivas e seguras de concreto, e a conclusão da Avenida Independência, entre a rotatória do conjunto “40 horas”, em Ananindeua, com extensão até Marituba. Dessa forma, haverá uma nova alternativa no trânsito da região metropolitana de Belém, além da BR 316, fazendo com que os engarrafamentos diminuam. A meta do governo do Estado do Pará é investir 1 milhão e 284 reais no transporte paraense. Segundo o governador Simão Jatene “a infraestrutura é uma necessidade. É essencial para que as pessoas circulem para que os produtos sejam

escoados, gerando emprego e melhorando a economia do Estado”. Para ele “a PA-279 tem que ser concluída”. Pois é uma estrada fundamental que vai de São Feliz do Xingu a Xinguara, passando por Tucumã, Ourilândia do Norte e Água Azul do Norte, região onde há uma grande produção de leite e agora há atividade mineradora. Entra na agenda mínima do governo, ainda, a recuperação do trecho estadual da PA 150, bem como a alça viária. “O custo da estrada é caro, muito caro, mas é necessário. Vamos fazer manutenção da maioria das estradas, algumas pontes, sobretudo para mantê-las com boa qualidade”, afirmou o governador. Décimo primeiro Secretário de Transportes do Pará, Francisco Melo (Chicão) foi nomeado pelo governador Simão Jatene no primeiro dia de janeiro deste ano, tendo como adjunto Eduardo Carneiro. Servidor público Estadual, possui uma carreira política e administrativa longa e com muita experiência. Foi Secretário de Estado de Obras Públicas, vice-prefeito de Ananindeua e, vereador, foi também presidente em três legislaturas da Câmara Municipal de Ananindeua.

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Logo nos primeiros meses de 2011, cerca de 400 quilômetros de rodovias estaduais foram recuperadas, para um melhor acesso aos principais destinos dos foliões durante o carnaval.

Manutenção das rodovias O Secretário entende que para administrar bem a é preciso percorrer os 7 mil quilômetros da malha viária do Estado, assim, é possível priorizar a recuperação dos trechos mais críticos e planejar a pavimentação das rodovias que ainda estão em revestimento primário. Para entender a situação do setor de transportes do Estado, o secretário Francisco Melo vem percorrendo as estradas por todas as regiões do Pará. Em maio, visitou o sul, sudeste e oeste do Estado. Percorreu os 68 quilômetros da Alça Rodoviária e toda extensão da PA-150, entre Moju e Marabá, passando por Goianésia, Tailândia, Nova Ipixuna e Jacundá, onde constatou uma situação é caótica. O secretário seguiu de Marabá pela BR-155, trecho da PA-150, que foi federalizada no governo passado mas que ainda não foi assumido pelo DNIT, e que também está muito perigosa por causa de várias erosões e grandes buracos na pista. A PA-275, que segue para Eldorado do Carajás, Curionópolis e Paraupebas também foi vistoriada. Dessa forma, foi autorizada a imediata recuperação dos trechos mais críticos enquanto tramitam os procedimentos para recuperação completa da PA-150.

Chicão, Carneiro e engenheiros, estão em um canteiro do consórcio de empresas que estão recuperando a Alça Viária.


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A SETRAN também abriu também licitação para recuperar as rodovias Perna Leste da Alça Viária Até Bujaru, a PA-125 entre Paragominas e Ulianópolis; a PA-256 entre o Rio Capim até a PA451 e a PA-256, entre a PA-451 e 475, na região de integração do Rio Capim. Já foi realizado o processo de licitação das empresas que realizarão serviços de conservação, como retirada de pontos críticos, em 341 quilômetros de estradas estaduais. No nordeste, serão recuperadas as rodovias PA-108 e PA-102, no município de Viseu, e PA-112, em Bragança, na região que está sob a jurisdição do 2º Núcleo Regional da SETRAN.

Rodovias recuperadas Logo nos primeiros meses de 2011, cerca de 400 quilômetros de rodovias estaduais foram recuperadas, para um melhor acesso aos principais destinos dos foliões durante o carnaval. A ação que consistiu na recuperação dos pontos críticos com tapa buracos, roçagem lateral, capina de meio fio e desobstrução de bueiros, ajudou na diminuição dos acidentes de trânsito. As PAs 324 e 124 de acesso ao município de Salinópolis, que estava com muitos buracos desde 2010, foram recuperadas,


O Secretário Adjunto Eduardo Carneiro com prefeito de Curionópolis Chamont Duarte audiência na sede da Setran.

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Nos próximos anos, uma obra de destaque que será realizada pela SETRAN é a construção da Estação Hidroviária de Belém, na Rodovia Arthur Bernades. desde a BR 316 até Santa Luzia, e de lá até Salinas, em uma extensão de 93 km. Bem como a estrada de acesso à praia do Atalaia. Mais ao nordeste, a Secretaria de Transportes recuperou 36 km da PA 458, entre a cidade de Bragança e a praia de Ajuruteua. Em Capanema, foi recuperada a PA 242 que segue até Peixe Boi sendo que, no trecho urbano de dois quilômetros, a SETRAN trabalhou em parceria com a prefeitura, preparando a avenida que no carnal foi transformada em passarela para blocos carnavalescos. A estrada de Mosqueiro também foi recuperada desde a BR 316 até a entrada do balneário. Quem foi para São Caetano de Odivelas, Vigia de Nazaré e Colares encontrou as rodovias recuperadas. Nesta região, os serviços foram aplicados nas PAs 140, 238 e 412. Houve ainda recuperação das PAs 318 e 136.

Capital Paraense terá estação hidroviária Nos próximos anos, uma obra de destaque que será realizada pela SETRAN é a construção da Estação Hidroviária de Belém, na Rodovia Arthur Bernades. Esse é um projeto de autoria do arquiteto Paulo Chaves, atual secretário de Estado de Cultura, também responsável pelo projeto arquitetônico do Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. A Estação deverá ter capacidade para receber mais de 3 mil passageiros por dia, bem como vai se transformar em mais uma opção de lazer para a população de Belém. Essa obra vai desafogar o Armazém 10, que é considerado somente um local provisório de embarque e desembarque. O novo terminal permitirá, assim, um acesso hidroviário mais organizado e confortável à Belém.


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238 Chicão está com Dom Carlos Verzerleti, na contrução da Catedral de Santa Maria Mãe de Deus, dias antes da inauguração. A Setran preparou a infra estrutura viaria entorno da Catedral que fica na entrada de Castanhal.

A Secretaria Executiva de Transportes – SETRAN surgiu primeiramente como Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Pará – DER/PA, em dezembro de 1948. Só em 1999 passou a ser denominada SETRAN. Aviões de pequeno porte terão Aeródromos Nos municípios de Salinópolis, Conceição do Araguaia, São Félix do Xingu e Novo Progresso estão sendo construídos aeródromos, pistas de pouso para aviões de pequeno porte, com recursos do Ministério da Aeronáutica. Ainda este ano, a Secretaria pretende, ainda, pedir recursos complementares para construir aeródromos nos municípios de Anajás, Xinguara, Breves e Óbidos. Outra pista de pouso deverá ser construída em Portel ou Uruará. Para a construção destas pistas de pouso, a Agenda Mínima prevê investimentos, em quatro anos, de R$ 30 milhões.

Evolução histórica da SETRAN A Secretaria Executiva de Transportes – SETRAN surgiu primeiramente como Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Pará – DER/ PA, em dezembro de 1948. Só em 1999 passou a ser

denominada SETRAN. As tarefas desempenhadas continuam sendo as mesmas, entretanto, em maior escala, respondendo pelos modais hidroviário, aeroviário e rodoviário. O Edifício Affonso Freire foi construído pelo engenheiro e arquiteto Camillo Porto de Oliveira e inaugurado no 1º dia de janeiro de 1959, durante o governo do general Magalhães Barata. Importante historicamente para a preservação da memória da antiga Belém foi restaurado em 2001, mantendo suas linhas arquitetônicas. No prédio, há também um acervo de obras de artistas paraenses, com painéis de Benedicto Mello, Armando Balloni, Alcyr Meira, Osmar Pinheiro, Dionorte Drummond e Rolando Vila.


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por Kaliu Andrade

Um talento de gerações

Básico, versátil e dedicado assim como um filme 35mm. Arlen Keuffer mostrou a que veio. Entre livros, ‘revelações’ e descobertas, a fotografia levou Arlen mais longe que o curso de Direito. Guardou o diploma e se lançou de corpo e alma em seu hobby que, até hoje, é profissão.

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ongelar o tempo. Imortalizar momentos. Relembrar. Recordar. Não importa o nome dado, esta é a arte do fotógrafo. É a linha tênue que ele constrói entre a magia e o real. Como bem escreveu o pensador Luiz Male , ele vem de uma família de fotógrafos, seu avô alemão Bernhard Keuffer foi quem começou a trilhar o caminho da fotografia. Arlen é da terceira geração de fotógrafos. Um talento que ele descobriu já vir de família. Advogado por formação, Arlen deixou de lado os processos e as Leis para se dedicar ao seu hobby, a fotografia. “Desde o começo eu sabia que queria fotografar pessoas, fazer estúdio. Gosto de imortalizar os momentos, são lembranças captadas pelo meu olhar que levam minha assinatura”, afirmou o fotógrafo. Ele tornou-se fotógrafo no tempo em que a fotografia era manual e até os cursos precisavam ser pedidos pelo correio e mostrou ao que veio, dominando os conhecimentos desde as técnicas de iluminação até todo o processo de revelação (conhecimento indispensável ao fotógrafo da época). Ele provou para si que nasceu para a fotografia. Com referências nos fotógrafos internacionais, seu pai e avô, Arlen construiu uma carreira e conquistou o respeito da sociedade paraense.

Gosto de imortalizar os momentos, são lembranças captadas pelo meu olhar que levam minha assinatura

A arte de fotografar famílias Sorrisos e espontaneidade marcam a arte de Arlen Keuffer. “Gosto de fotografar famílias, acho mágico, você realça os valores que cada família tem e o resultado é recompensador”, pontuou o fotógrafo. Hoje é comum no estúdio famílias aguardando o momento dos cliks. E tudo começou através de uma bonificação para debutantes, onde as moças faziam sua sessão especial para o ‘debut’ e no outro dia voltavam para fotografar com os pais e irmãos. “Isso deu tão certo que hoje muitas meninas que fotografei, já casaram, tiveram filhos e eu acompanho todos estes momentos. Isso impulsiona meu trabalho, vai além de fotografar por fotografar. Consegui e consigo fazer parte de muitas famílias e compartilhar seus momentos de alegria”, afirmou. 13 anos de sucesso, de lembranças e de atualidades é o que faz do “Arlen Keuffer Estúdio” um marco na fotografia paraense. Noivas, debutantes, casais, modelos ou famílias, não importa, o que importa mesmo é o tratamento diferenciado que você recebe ao abrir as portas do estúdio e sair com a certeza de que fez um bom negócio.

Onde encontrar o Estúdio?

Rua João Balbi, n° 878 (entre 14 de Março e Alcindo Cacela)

Laços de família

Conhecendo o trabalho de Arlen Keuffer!

Muito ligado à família, Arlen não abre mão dessa união nem na hora de trabalhar. Controlado de perto, o ‘Arlen Keuffer Estúdio fotográfico’ é um negócio de família.“Cultivo os laços familiares,adotei meus funcionários por que sei que caminharemos melhor assim, hoje fazem parte da minha família e sabem como eu quero e do jeito que eu gosto, assim é mais fácil trabalhar”, destacou. O clima do estúdio é de aconchego, as sessões são personalizadas de acordo com o perfil do cliente. Por lá, já passaram artistas, modelos, debutantes, noivas, personalidades e celebridades. Não sabemos se é regra ou uma moda que dura há 13 anos, mas comum membros da sociedade paraense possuírem recordações com a assinatura de Arlen Keuffer em casa. E falando em sociedade, lembramos das famílias reais, e o hábito de conservar a história em fotografias. Famílias reunidas em fotos que até hoje retratam gerações. Hoje não é diferente, o fotógrafo despertou em seus clientes esse desejo de perpetuar a imagem da família por gerações.

Como posso agendar uma visita?

www.arlenkeuffer.com.br

Simples, por telefone (3241.2504) ou por E-mail: contato@arlenkeuffer.com.br

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por aí

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r ao bosque com a família, museu, praças, parques... São todos passeios muito bons, não são? Agora imagine se este passeio em família for a bordo de uma lancha, e mais, se este passeio lhe der a oportunidade de contemplar a cidade de Belém, com o olhar de quem está sobre a baía do Guajará. Nessa edição, quem nos conta e dá uma dica gostosa de passeio é o empresário Wilson Oliveira, que apesar do tempo apertado, por conta de muito trabalho com a sua Aspeb Benefícios, sempre arranja um jeitinho de contemplar a baía do Guajará, a bordo de sua lancha, desfrutando da família. O empresário conta que desde muito jovem já sonhava com isso: “Sempre fui ligado a esportes

náuticos, principalmente lancha, e isso despertou meu interesse por elas. Comprei minha primeira aos 18 anos”. Mais quais razões Wilson teria para gostar tanto deste tipo de passeio? Ela entrega: “Por gostar de estar em contato com a natureza, pelo prazer em navegar e por ter o prazer de contemplar a família e os amigos com um passeio. Enquanto todos sonhavam em ter seu carro eu queria uma lancha”. Com tantos belos furos que cercam a baía do Guarajá, o empresário faz questão de pelo menos uma vez por mês agendar o passeio que segundo difere dos demais por uma razão muito forte: “Felicidade não tem preço e o mar é uma paixão”, entregou o empresário.


por Fernando Araújo

Um passeio Bacana com

Wilson Oliveira Sempre fui ligado a esportes náuticos, principalmente lancha, e isso despertou meu interesse por elas. Comprei minha primeira aos 18 anos.

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A esposa, Luzia Oliveira e o neto completam a felicidade do empresário Wilson nos passeios náuticos.


música

O som que ecoa por Kaliu Andrade

na Amazônia

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Ele tem 48 anos, e é paraense natural de Belém. Músico, acadêmico, professor de música, flautista, saxofonista, regente, arranjador, diretor musical e compositor. Atuando desde a década de oitenta em produção, eventos, trilhas sonoras, teatro e shows com artistas da terra e nacionais. Em 2005, lançou pela SECULT-PA o CD “Aquarela do Pará”. Ele soma 32 anos de carreira, transitando livremente pela música erudita e popular. Bagagem ele tem de sobra; formado em música pela UFPA, onde é professor há 27 anos, pós-graduado em Educação Musical pela UFMG e com mestrado em Musicologia pela USP-SP. Ele é Yuri Guedelha um nome consagrado em Belém do Pará pelo refinado gosto musical e por suas interpretações de grandes artistas. Sambas e chorinhos fizeram da trajetória de Yuri um marco na música paraense. A Revista Bacana o entrevistou para descobrir a fórmula de tanto sucesso. Confira!

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evista Bacana: Como se define a carreira musical de Yuri Guedelha? Yuri Guedelha: Minha formação musical foi em Erudita e Popular, onde destaco o Choro, Samba e o Jazz. Passei por vários estilos musicais, porém sempre priorizei música de qualidade. Como exemplo cito o Samba, cujo repertório priorizo o samba-arte em que a poesia é a constante. Desde cedo tive uma ligação musical como o Choro pois, quando jovem, frequentava as Rodas de Choro da Casa do Choro, esta relação com o choro é tanta que a tese do Doutorado que estou desenvolvendo é sobre o uso de um repertório de Choro no ensino da flauta transversal’. RB: Fale pra gente sobre esse cenário musical. YG: O Pará é rico em musicalidade. Há uma gama de artistas ou grupos musicais que tem se destacado em vários gêneros, do erudito ao mais popular. Musicalmente temos um cenário diversificado e com pessoas extremamente talentosas.

RB: Regionalidade é um ponto forte de Yuri Guedelha? YG: A regionalidade faz parte de minhas composições, pois tenho algumas músicas como, por exemplo, “Aquarela do Pará”, “”Belém-Amada”, “Soy do Pará Hermano” com Ronaldo Franco e a última composição ainda inédita em parceria com Isabela Grandi intitulada “Sou Belém do Pará” em que valorizo as nossas raízes. RB: Yuri, faz um resumo de tua carreira. YG: Minha formação musical inicialmente foi na Escola de Música da UFPA, graduação e Pós- Graduação na UFMG, em seguida fiz Mestrado na USP-SP. Atualmente faço Doutorado pela UFBA. Professor universitário. Fui também professor do Conservatório Carlos Gomes. Os anos 80 representam o início de minhas atuações como produtor musical. Em 2005 lancei pela SECULT- o meu 1º CD – “Aquarela do Pará”


RB: Que imagem que você tem hoje da música Paraense? YG: Sobre a música paraense, tenho a imagem mais positiva possível. Tanto no âmbito instrumental, erudito e popular. Mesmo correndo o risco de esquecer pessoas importantes, toda vez que citamos, não posso deixar de mencionar que tem surgido cada vez mais projetos e pessoas com trabalhos que revelam supertalentos, reconhecidos em âmbito nacional e até internacionalmente. Como exemplo posso citar Projeto Cordas da Amazônia coordenado pelo professor Áureo D’Freitas para crianças carentes, o projeto deste professor tem mérito e reconhecimento internacional. Tem também a Orquestra de Jovens da Vale, A Amazônia Jazz-Band, Trio Manari, O Coral Ettore Bosio, a soprano Carmem Monarca, o tenor Atalla Ayan entre outros. RB: Qual teu maior desafio na música local? YG: Como professor de música, é contribuir para despertar nos jovens o interesse pela música de qualidade, fazendo com que eles valorizem a música característica de nossa cultura como o choro por exemplo. Como músico tenho vários desafios, entre eles posso destacar a busca de cada vez mais fazer composições e lançar CDs em parceria com os poetas paraenses, unindo duas de minhas grandes paixões: música e poesia. Outro desafio é o de resgatar a juventude carente de rua e de situação de risco para uma vida com mais qualidade, utilizando a música como instrumento transformador. Outro é mais um sonho do que desafio. É o de ter uma casa de música que seja um verdadeiro Clube da Música, onde a música de qualidade esteja sempre presente. RB: Se você não fosse músico, o que você seria? YG: Não me vejo tendo outra profissão, a música está em minhas veias e ser músico é o que me realiza profissionalmente. Mas, se é para citar outra profissão, posso dizer que seria outra profissão na área das Artes, como por exemplo, ator, arquiteto ou nadador que é o esporte que gosto de praticar.

Porém, de modo geral, não gosto desta rotulação de ser um compositor regional. Sou brasileiro e aprecio a música de qualidade, mesmo de outras culturas.

RB: Yuri Guedelha por ele mesmo? YG: Me vejo como uma pessoa simples que gosta e valoriza a simplicidade. Sou ético e procuro sempre respeitar o ser humano e também tenho como uma das minhas características a humildade, o bom humor, a sensibilidade, a espontaneidade. Sou humanista, católico, muito ligado em minha família e nos amigos. Uma das coisas que mais curto é estar em lugares apreciando a boa música.

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economia

por Jússia Carvalho

Viva em paz com

o seu dinheiro 246 R E V I S T A B A C A N A • 9 • 2 0 1 1

Quem nunca teve problemas com o cartão de crédito, uma noite sem dormir por causa de uma dívida ou teve que apertar o orçamento para não entrar no vermelho? Quase todos os brasileiros já passaram por qualquer dessas dificuldade. Por isso, o consultor de finanças Erasmo Vieira propõe em seu livro “Viva em paz com seu dinheiro”, e em suas palestras, que é necessário o planejamento financeiro, para que haja qualidade de vida, sem prejuízos na vida profissional e pessoal. Erasmo atualmente faz mestrando em Administração, mas antes do conhecimento acadêmico, aprendeu tudo na prática, pois trabalhou por 13 anos em bancos. Há 12 anos dedica-se exclusivamente à educação financeira, ministra palestras e cursos em várias empresas pelo país, além das consultorias individuais e familiares que realiza em Belo Horizonte. Criador do site www.planilhar.com. br, o consultor dá dicas práticas sobre saúde financeira e sobre como administrar o dinheiro, pagando as contas em dia e evitando juros dos empréstimos e cartões de crédito, conquistando, assim, uma harmonia financeira.

Erasmo Vieira, mestrando em Administração, autor do livro “Viva em paz com seu dinheiro”


Revista Bacana: Porque as pessoas tem tanta dificuldade com planejamento financeiro? Erasmo: A grande maioria das pessoas nunca teve uma disciplina na escola ou na universidade sobre Educação Financeira Pessoal e Familiar. Mas o controle do orçamento é uma necessidade na vida das pessoas. Sempre falo nas minhas palestras que “Dinheiro foi feito para gastar” e eu particularmente adoro. Contudo, temos sempre que pensar no hoje, amanhã e, principalmente, o futuro financeiro desejado. RB: Planejamento financeiro é uma questão familiar? E: Sempre digo que solteiro é bom, pois, solteiro não tem dívidas. Não tem ou não deveria ter. Se é solteiro e tem dívidas, melhor esperar para casar. Esta é uma brincadeira muito séria. Se você tem problemas financeiros e está solteiro, a decisão e responsabilidade são somente suas. Já no caso da família, tem que colocar todo mundo na jogada. Até as crianças devem participar. É uma necessidade que todos saibam bem a situação financeira da família. RB: Por que o planejamento é tão importante?

Coloque seus sonhos na frente dos seus gastos. Erasmo Vieira

E: Porque é o caminho para a realização do sucesso financeiro. Quando eu falo de sucesso não é só ser rico ou milionário, mas viver em paz com seu dinheiro. RB: Como é possível “viver em paz com o dinheiro”? E: Este é meu grande objetivo de vida. Se deu certo para mim, pode dar certo para todas as pessoas, independente da renda que conseguem receber. Viver dentro da sua realidade e ainda, se possível, construir uma reserva, deve ser o objetivo de todas as pessoas e famílias. RB: Quais as dúvidas mais frequentes durantes as suas palestras? E: Como controlar o orçamento. A dica principal é que coloque seus sonhos na frente dos seus gastos. Receba seu salário, separe uma parte para seus sonhos e aprenda a viver com o resto, este é o segredo.

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personalidade

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Mesmo que seja estranho, seja você/Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro/ Mesmo que seja estranho, seja você./ Mesmo que seja.../Tira, a máscara que cobre o seu rosto. Se mostre e eu descubro se eu gosto. Do seu verdadeiro, jeito de ser. (Trecho de Máskara)

por Kaliu Andrade

Rock Subversivo com tempero baiano

249 Ela é irreverente, língua afiada, porém de poucas palavras. No melhor estilo adolescente incompreendida (e olha que bem longe da puberdade), ela surpreende com ‘apelos’ de um rock estilizado, no melhor estilo subversivo, com palavrões e frases feitas que cantam o cotidiano da molecada. Me encontrei com ela minutos antes de ela começar o show na Assembléia Paraense. “Meu nome é Priscila Leone, massss, isso meus fãs já sabem há sete anos”, rebateu a roqueira. Foi assim o início de minha entrevista com a Baiana Pitty, de 34 anos. Ela fugiu à regra da Bahia, nada de axé, ela optou mesmo pelo rock, era o que ela queria fazer. Com uma voz rouca, a cantora se esforça para enfatizar as frases dos seus sucessos para os adolescentes. Além do metal pesado, a voz da cantora é abafada pelos gritos de milhares de adolescentes. Em Belém, a vocalista não pisava há quatro anos. Se você não é fã da cantora e nem acompanha sua carreira, aproveite para saber um pouco mais do que ela não queria responder. Se você é fã, aproveite para colecionar mais uma entrevista de sua musa. Confira!

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Revista Bacana - Pitty, como foi o início de sua carreira? Pitty - Foi aos 12 anos que tive certeza que meu universo era a música. Em 1998, me juntei com umas amigas e formamos a bandas Shes, onde eu tocava bateria.Foi um dos períodos mais divertidos de minha vida.

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RB - E quando começou a fazer sucesso? P - Foi quando me mudei para o Rio de Janeiro onde conheci Rafael, produtor musical, também conhecido como batera do Baba Cósmica. Foi quando gravei o álbum Admirável Chip Novo. Contei com a colaboração do produtor musical Liminha, muito conhecido no meio. RB - E quando chegou a consagração? Pitty - Quando gravei o primeiro clipe. Onde ‘Máscara’ tornou-se um dos clipes mais pedidos de vários programas musicais. Sem contar com a forte divulgação em rádios, pois a música também era um hit. Esse clipe tornou-se o meu cartão de visitas e a porta de entrada definitiva no cenário musical. Em 2003, fui indicada a Revelação no VMB da MTV, mas não ganhei. Depois disso, lancei outro clipe chamado Admirável Chip Novo. Sucesso estrondoso. RB - E quanto às premiações pelo seu trabalho? P - Coleciono alguns prêmios. O primeiro foi o Ídolo MTV. Em seguida, conquistei o prêmio de performance ao vivo junto com a banda Ira! e por fim, ganhei na categoria Banda dos Sonhos onde fui escolhida como vocalista. RB - Seu público é adolescente, os clipes são boas estratégias para o seu sucesso? P - Também, mas não só isso, por exemplo, no álbum “Anacrônico” lancei doi. O primeiro foi “Memórias” que ganhou o prêmio de melhor clipe do Prêmio Multishow de Música Brasileira e o segundo é “Déjà Vú”. Aliás, em termos de premiações, 2006 foi um ano generoso comigo. RB - Hoje, quais as novidades em sua carreira? P - Tenho usado as mídias sociais para estar mais perto dos fãs, para divulgar músicas minhas primeiro pela internet, clips também, valorizo essa interação. Após uma entrevista rápida, a cantora subiu no palco e começou o show. Com poucas palavras e muita acidez ela arrancou gritos dos fãs mais fiéis. Eu caminhei até a porta da Assembléia e saí cantarolando.

Discografia

Chiaroscuro - 2009/ {Des}concerto - 2007/ Anacrônico - 2005 Admirável Chip Novo - 2003 Mídias sociais: Twitter: @pittyleone

Site: www.pitty.com.br


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memória por Kaliu Andrade

Raul Ramos

O homem que ousou, transgrediu e reescreveu a arquitetura de Belém A Construtora Síntese existe há 17 anos. Raul Ramos, um de seus fundadores, que faleceu aos 49 anos, deixou como legado uma história de superação, irreverência, competência e sucesso. Arquiteto de projetos atemporais, que permanecem modernos até hoje.

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idealista da Construtora Síntese, que revolucionou a arquitetura de muitos prédios de Belém com seus traços inconfundíveis, se estivesse vivo, desfrutaria dos seus 51 anos. Ao deixar este mundo, aos 48 anos, Raul Ramos foi prova de como se pode viver bem, de forma irreverente e alto astral. Intrigante, arrojado, transgressor na forma literal da palavra, sempre foi capaz de transferir para os projetos que criou muito de sua genialidade através do arrojo do design de seus projetos, usando elementos da música, das cores, da natureza e as curvas sinuosas dos rios, compondo assim através de um emaranhado de elementos distintos um conjunto perfeito de harmonia e beleza. É impossível não pensar em arte ao olhar um dos tantos projetos desenhados por Raul. “Ele sonhava e trabalhava para que as pessoas pudessem morar com arte. Quando ele pegava o lápis e com ele traçava linhas, pensava nas cores e nas formas, mas também pensava nas pessoas que morariam naquele lugar”, afirmou Leci Garcia, amiga do arquiteto. Resistia bravamente a alterações que desvirtuassem suas criações, desprezava a ciência exata de custos e impunha a condição do belo, harmônico, do simples. O Arquiteto sabia que somente fundando uma empresa que executasse obras de engenharia poderia dar concretude plena aos projetos arrojados que criava. Foi aí que nasceu a Síntese. Fundada em 94, a Síntese sempre buscou qualidade como diferencial no mercado. Seus projetos ganharam vida a partir de então, onde passou a construir obras de linhas ousadas, fachadas inéditas, muros arrojados e empreendimentos revolucionários em estilo e qualidade. “Não existe, nem existirá alguém como o Raul, ele era fora de série, quebrava paradigmas todos os dias, incrivelmente desenhava com as duas mãos ao mesmo tempo e suas brilhantes idéias de ‘layout’ surpreenderam o mercado paraense”, destacou Ricardo Lobo (50),Engenheiro Civil. Uma mente à frente do seu tempo que datou um marco e fez a diferença no mercado paraense, marcando toda uma época. “A visão dele, transcendia o tempo, era irreal, impalpável no primeiro momento, porém seus projetos eram consistentes e nenhum trabalho se assemelhava aos do meu pai”, complementa o filho, Leonardo Ramos (24), engenheiro civil. A cidade ficou órfã de um arquiteto fantástico, criativo e generoso, que sempre fez questão de usar seu talento para dar conforto às pessoas. Após a perda irreparável de Raul, a Síntese procura manter o padrão implantado pelo arquiteto, que através de suas idéias (re) desenhou o mercado de inovação, sofisticação e bom gosto que hoje é o padrão adotado pela construção civil do Pará.


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Raul Ramos em seu momentos de criação e inspiração.


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por aí

Cametá,

agradável e hospitaleira cidade Conhecida pela hospitalidade e pelas belas paisagens, a Cidade de Cametá, localizada no nordeste no Estado, possui mais atrativos do que os pontos turísticos e construções arquitetônicas dos séculos XVIII e XIX, que lhe renderam o título de Patrimônio Histórico Nacional.

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agradável ambiente acolhedor das estreitas ruas do centro da Cidade não vem somente das sombras das mangueiras na Praça dos Notáveis, ou dos longos bancos da Praça da Cultura, ideais para esticar a conversa no fim de tarde: seu verdadeiro cartão de visita é a força da identidade de sua população, atualmente de 120.897 habitantes (IBGE,2010), formada por uma mistura das etnias indígena, francesa e portuguesa, que não se envergonham ao ser chamados de papa-maparás ou por outros pejorativos comuns aos moradores do interior, e realmente se orgulham da pequena cidade, em singelos atos como pendurar a bandeira do Município nas janelas das casas e entre os postes das ruas nos dias em que o time local, Cametá Sport Clube, disputa os jogos do Campeonato Paraense de Futebol, ou lotar as ruas em dias de Desfiles da Semana da Pátria, com pequenas bandeiras da cidade nas mãos. A população também enche as ruas da Cidade em época de Carnaval, ocasião em que desfilam Escolas de Samba, Blocos de sujos, de abadás, e os conhecidos fofós: misturados à imensidão de turistas, todos brincam durante uma semana de desfiles no Corredor da Folia, estrutura montada na principal Avenida do bairro Central: São mais de 80 atrações, onde neste ano, grupos como os Cordões de Mascarados da Folia das Águas, típicos das pequenas localidades ribeirinhas, tiveram o mesmo espaço que celebridades conhecidas nacionalmente, como a Mulher Melancia, ex participantes do reallity show Big Brother

Brasil Cacau, Elieser e a paraense Thais Macedo (que juntamente com Ronaldo Porto apresentaram os Concursos de Rainha das Rainhas e Rei Momo) e cantores como Dudu Nobre, Rodriguinho, e a banda Chicabana. A democracia desta diversidade é explicada pelo Secretário Municipal de Cultura, Dmítryus Pompeu Braga: “Cametá é conhecida e reconhecida por ter um Carnaval de raiz, de tradição. Abrimos espaço para manifestações como a Folia das Águas, trazendo esses desfiles para as ruas, para que as novas gerações possam assistir um Carnaval de raiz, e também participar do Carnaval de abadás, com a influência bahiana.” A religiosidade marcante é comprovada pelas diversas manifestações e festividades católicas no decorrer do ano, onde durante 10 dias, as Comunidades Cristãs de cada localidade realizam procissões, missas, leilões, arraiais e eventos, sendo os mais conhecidos, a Festividade de Nossa Senhora do Pilar em Curuçambaba, Festividade de São Benedito (comemorada em diversas localidades e no bairro de mesmo nome) e a do padroeiro da Cidade, São João Batista, que atrái uma quantidade crescente de romeiros a cada ano, que de acordo com a tradição, devem participar da primeira alvorada, uma romaria de barcos na madrugada do dia 14 de junho, que são recebidos no Cáis com bandinha de fanfarra, fogos de artifício e mingau de milho, distribuído por grupos de promesseiros. As bebidas alcoólicas foram proibidas pelos organizadores nas festas religiosas desde 2009, porém não


diminuem em nada a alegria dos participantes, que também assistem as programações musicais promovidas pela Secretaria Municipal de Cultura, onde se apresentam grupos de danças típicas, como bangüê, siriá, carimbó, samba-de-cacete e as tradicionais quadrilhas, que também disputam o concorrido Concurso Municipal. A mesma alegria vista nas ruas em dia de Carnaval ou São João, é notada no rosto dos ribeirinhos, participantes da Pesca do Mapará. O “borqueio”, realizado coletivamente por grupos de pescadores que em barcos “cercam” as áreas onde os cardumes se encontram no Rio Tocantins (que margeia a cidade em 3 Km de extensão) e lançam a rede, capturando toneladas do peixe que é vendido na Feira Livre da Cidade. O produto da pesca, levado nos cascos, barcos e rabetas até a Feira, se junta aos alqueires de farinha de mandioca e aos “paneiros” de açaí, que são consumidos diariamente pela população. O processo industrial é rejeitado pela maioria dos freqüentadores da Feira Livre, que parecem preferir consumir os produtos naturais cultivados pelos agricultores do que os enlatados de supermercados, e vão todos os dias bem cedinho comprar frutos e carnes ainda frescos. O passado e a modernização parecem conviver lado a lado nas ruas do Centro Comercial, onde as lojas, geralmente batizadas com nomes de inspiração religiosa, algumas até instaladas em antigos prédios da arquitetura típica, possuem em maioria terminais computadorizados, câmeras de segurança e estrutura como dos grandes centros, assim como vendem produtos de tecnologia lado a lado com artesanato regional ou mercadorias voltadas para a qualidade de vida dos ribeirinhos, como os televisores a bateria e celulares com antena

externa (a antena rural). Algumas redes de lojas presentes nas capitais já estão instaladas, e outras iniciam sua implantação, com o desafio de agradar consumidores acostumados a conviver com as comodidades da vida simples do interior, sem desprezar as novas tecnologias. Fernando Henriques, 74 anos, advogado, vê as mudanças como um avanço inimaginável: “há 60 anos atrás, era impossível imaginar que a cidade seria como hoje, com tanta facilidade em adquirir mercadorias voltadas para qualidade de vida dos moradores do interior. Era impensável termos televisão, antena parabólica, celulares nas ilhas. Hoje em dia, os moradores de qualquer localidade podem viver com tanto conforto quanto os da sede do Município.” Frente às mudanças tecnológicas, a cidade também se transforma através das melhorias realizadas pela Prefeitura, como pavimentações de ruas, reformas em Praças, prédios e monumentos públicos, e a futura inauguração do Mercado Municipal, que segundo o vice Prefeito Benedito Pompeu (PMDB), “será realizada até o próximo dia 31 de maio, e é uma obra muito esperada pela população, estamos adequando o mercado de carne e o mercado de peixe, para dar mais qualidade aos nossos alimentos”. Às margens do Rio Tocantins, onde o meio de transporte mais utilizado são os barcos, que transformam águas em ruas, a população cametaense trafega com simplicidade e alegria, com seus 376 anos de tradições e cultura, que cada um dos moradores parece levar na alma, traduzida pela fama da cidade, de ser Terra dos Notáveis: de um notável povo que convive com o antigo e o novo, em uma cidade em transformação.

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arquitetura

Artefacto Belém por Fernando Araújo

Tricampeã em vendas no Brasil A Artefacto comemora este ano 35 anos de fundação e há cinco está em Belém produzindo e comercializando uma linha completa de móveis internos, externos e objetos de decoração.

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Elenice Betzel

Artefacto Belém-PA

Já são cinco anos de sucesso e orgulho para nós paraenses em termos firmado esta importante marca na nossa cidade.”, disse Elenice Betzel que está à frente da marca que se diferencia das demais pelo atendimento, qualidade de produtos, design e segurança. A Artefacto produz móveis que traduz simplicidade e bom gosto aliado à pureza do design. E por ser inspirada no desejo de inovar, quebra paradigmas através da sofisticação do tradicional, fato que justifica o maior crescimento de mercado de todas as franqueadas. “As nossas vendas aumentam a cada ano que passa e pelo 3º ano consecutivo tivemos o maior percentual de crescimento anual em vendas, ou seja, a cada ano que passa conquistamos novos clientes. Esse crescimento se deve a seriedade que tratamos nossos clientes e especificamente, ao atendimento


personalizado, principalmente no pós venda, onde nunca deixamos o nosso cliente insatisfeito”.

Realizando sonhos Segundo Elenice é gratificante encontrar um cliente totalmente satisfeito, afinal desde o primeiro contato com ele, a Artefacto Belém transmite que a loja está para servilo, assim oferecendo o melhor atendimento e o melhor produto. Características que segundo ela imprimem seriedade e transparência ao negócio: “O que não falta na Artefacto são opções para compor o seu projeto, para que sua casa fique como você sempre sonhou. Digo sempre que não vendemos só móveis, mas também realizamos sonhos”. Com o trabalho na Artefacto, a empresária foi sentindo a necessidade de trabalhar com mais itens e por conta disso buscou

no mercado marcas que pudessem andar lado a lado com a Artefacto, foi então que surgiram a “Spaço Casa”, porque a empresária sentiu que os clientes buscavam produtos de design italiano, como cadeiras de policarbonato. No mesmo nicho de mercado, Elenice pensou em uma loja de modulados exclusiva, com um trabalho bem elaborado de projeto personalizados, com uma gama de acabamentos que não se encontra em nenhuma outra loja, aí surgiu a Favo Móveis, fornecendo o melhor do móvel modulado da cidade de Belém. Diante de tantos empreendimentos, nós da revista ficamos tentados em perguntar qual seria afinal o segredo do sucesso disso tudo. “Seriedade e honestidade para mim são os pilares de qualquer operação. A formação de uma equipe é um ponto crucial para o sucesso”, entregou Elenice.


Fabio Seixas Arquiteto fabiomseixas@hotmail.com Tel: 8112-9811

Ecos da África uma 260 visão étnica e pop Um clima aconchegante para a família anfitriã e seus convidados

Em bom português: qual é a casa chique no mundo que não tem um toque africano? Uma máscara, uma imagem bem colocada sobre um aparador ou um pedestal, ou mesmo na parede? Pois é: Fábio Seixas sacou isso, e teve a sorte de ganhar um presente no estilo – um elefante. Assim como tantos amuletos ou outros objetos que dizem que a gente tem que ganhar para que produzam efeito positivo, este foi o ponto de partida para que ele pudesse desenvolver um ambiente prá lá de familiar: uma sala de jantar com tema étnico, portanto sofisticado. Confira. “A inspiração surgiu de um presente que recebi”, relembra FÁBIO SEIXAS: “ a escultura de um elefante feita por uma empresa de design de produtos, levando a uma temática étnica africana, mas com uma visão pop – o que torna o espaço leve e descontraído”. O espaço destina-se a uma familia com dois filhos e, portanto, “o layout foi pensado a partir da mesa de jantar com dez lugares, e um bufê para dar apoio e guardar as louças e o faqueiro da família; tem poltronas nas laterais e um aparador com dois pufes”. Os tons de marrom, bege, branco e preto predominam no espaço com iluminação indireta. Paineis em couro e linho ajudam a dar um clima aconchegante para anfitriões e convidados. “O espaço foi pensado para receber amigos e não sentir o tempo passar”, Fábio conclui.


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Conceição Barbosa Arquiteta Tel: 8857-9090

Eternamente jovem 262 R E V I S T A B A C A N A • 9 • 2 0 1 1

Integrado por três ambientes, o home office elaborado por CONCEIÇÃO BARBOSA e equipe é feito sob medida para um jovem estilista, designer ou artista, e serve para trabalhar e receber. O espaço é um loft com pequeno office, ambiente de estar com confortável sofá em U central, e ainda outro ambiente com mesa redonda que pode ser usada para reunião com clientes ou para degustar um bom vinho com amigos. As cores vão do bege ao marrom, criando um espaço mais sóbrio e sofisticado. “Utilizamos carpete no piso, e textura marrom nas paredes, além de espelho, persianas de madeira e fórmica texturizada. Os móveis também são em tons de marrom, bege e madeira escura”, esclarece Conceição. As mesas – redonda e a do escritório – são em madeira e as estantes, em madeira escura. Fotos de Betânia Pinto e gravuras clássicas. Tudo foi elaborado para um jovem artista completam o ambiente.


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Liberdade para o azul

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Marco Nacimento Arquiteto Tel: 8119-7688

Sofisticação, para MARCOS NASCIMENtO, é a palavra certa para sintetizar o projeto desta sala de estar íntima do quarto do casal. Projetada para um jovem casal moderno, mas com alma tradicional. “A inspiração veio do desejo de inovar, observada no estilo livre de arquitetura, que quebra paradigmas, através da sofisticação do tradicional”, explica Marcos. Tal conceito pode ser observado nos ricos detalhes como o tapete – peça antiga na decoração, que aparece com forma e roupagem inovadoras, em patchwork – e as duas chaises longues revestidas em linho cru, que reforçam este clima tradicional, e harmonizam-se com o estilo clássico dos abajures e das mesas laterais. A predominância das cores branca e azul, casadas com a parede de fundo estilizada com réguas de gesso, imprimem modernidade ao ambiente. A sala é destinada ao descanso e ao lazer, como a leitura e as longas sessões de filmes. Aprecie as telas do artista p Estilo livre: inspiração de mares vem do desejo de inovar lástico Mário Barata.


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Larissa Chady Arquiteto Tel: 3249-6890

Já esta sala de Larissa Chady, também para reunir a família, traz para dentro de casa em toque da natureza: pedras na parede, piso em madeira sem polimento, móveis de fibra e um paisagismo maravilhoso que, completado com a sofisticação dos móveis, deixa o ambiente preparado para momentos de tranquilidade, com total aproveitamento de cada cantinho. “A cada dia temos que entender mais rápido o que o nosso cliente quer, nunca esqeucendo a funcionalodade”, comenta Larissa ao falar do seu estar: “procuro sempre trazer o máximo de elementos da natureza para que as nossas atribulações dêem espaço para um fim de dia confortável e, calro, sempre juntinho da família”.

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comércio

por Kaliu Andrade

Carmona volta à China para trazer mais

investimentos para o Pará

Poucos sabem sobre ela e o que ela viabiliza, já sobre ele todos conhecem um pouco de sua história política. O Deputado Martinho Carmona está à frente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China desde 2005. Conheça um pouco mais sobre essa liderança e os investimentos da China no Brasil/Pará e vice-versa .

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artinho Carmona é um líder nato, religioso e político, nasceu com um dom dado por Deus. O perfil do Deputado Carmona se justifica na sua origem e princípios. Eleito pela primeira vez com aproximadamente 17 mil votos e reeleito com 21 mil. Com seu jeito calmo e compreensivo ele ganhou o apoio dos deputados. Reeleito pela terceira vez e, desta vez, com vitória de 38 mil votos, o Deputado mostra seu carisma e competência nas urnas. Desde 2005, o deputado representa regionalmente a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC) no estado do Pará como Presidente. “Já orientamos diversos empresários interessados em

atuar no mercado chinês, como aqueles do ramo de calçados, construção civil, pescado, informática, vestuário, entre outros”, declarou Martinho Carmona. Em 2007, o deputado instalou, a Frente Parlamentar Brasil-China no âmbito da ALEPA, o objetivo foi promover e intensificar as relações entre o Estado do Pará e a República Popular da China, para fins comerciais, culturais e tecnológicos, visando deste modo o crescimento das relações entre os dois países, aproximando principalmente o Pará e a China.

Conheça a História da Câmara de Comércio e Indústria BrasilChina Fundada em dezembro de 1986, em São Paulo, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China é a única legitimada pelo acordo que, desde 1988, mantém com o CCPIT (Conselho Chinês para a Promoção de Comércio Internacional), órgão do Conselho de Estado da China, que têm entre suas funções, o reconhecimento das Câmaras bilaterais. “Uma das funções da Câmara é orientar e informar empresas brasileiras e chinesas sobre como fazer negócios entre si. Direcionar


empreendedores sobre a legislação e regulamentos em vigor nos dois países; além de também ter com incumbências a produção de Certificados de Origem de mercadorias brasileiras para exportação, recebe missões chinesas, promove seminários e feiras e aproxima empresários brasileiros e chineses, com o objetivo de mútua cooperação”, pontuou o Deputado. Ocupando a Presidência Regional da CCIBC o Dep. Martinho Carmona conta com o apoio da comunidade empresarial, dos meios diplomáticos e dos agentes do processo em geral. “A CCIBC tem promovido encontros, seminários e viagens de negócios, é um intercâmbio empresarial onde levamos paraenses interessados na prospecção de mercados e novos negócios dentro da China e vice versa”, destaca. O Deputado Carmona em média vai a China uma vez por ano, com a missão de fortalecer os canais de exportação, importação e atração de investimentos entre o Pará e a China.

Rua Almirante Wandenkolk, 811 – sala 904. Contato: (91) 3224-6917 Não perca a oportunidade de conhecer mais sobre os investimentos que você pode fazer com a China. Entre em contato!

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bem estar

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O calor está de matar e a fome apertou? Salada! Verduras, legumes, frutas, molhos, grãos, carnes... excelentes opções que vão lhe proporcionar saúde e leveza.

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ara que isso aconteça sem prejuízo algum ao organismo, nutricionistas alertam para a importância de garantir elementos básicos: a salada deve ter fontes de proteína, carboidrato, gordura saudável, vitaminas e minerais. Aqui, receitas rápidas, leves e muito saudáveis, que vão poupar seu tempo e, de quebra, manter a silhueta. Para garantir a base forte da refeição, os ingredientes podem variar, conforme o paladar de cada um. Como sugestão citamos o ovo e o atum, elementos ricos em proteínas - além de saborosos. Leves , práticas e nutritivas. Receitas bacanas para você.


por Fernando Araújo

Menos calorias,

mais vida... rapidinho

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1 - Salada Croasonho Ingredientes:

Misto de alface, azeitonas pretas, tomate cereja, queijo minas, tiras de peito de peru e molho.

Modo de preparo:

Prepare a base de alface até rechear por completo o recipiente. Depois espalhe o peito de peru ao longo do prato e, então, distribua os tomates, as azeitonas (sem caroço) e o queijo minas. A distribuição dos ingredientes pode seguir a linha decorativa, tornando a refeição ainda mais atrativa. O último elemento é o molho, preparado à base de azeite de oliva, vinagre, sal e tempero verde. Outros temperos, como a pimenta, também podem entrar na mistura.

2 - Salada oriental Ingredientes:

Alface, cenoura crua ralada, pepino, manga, peito de frango desfiado, gergelim, molho adocicado. Após a base de alface preparada no prato, distribua o frango. Depois coloque os elementos coloridos: a cenoura, o pepino e a manga. O molho é produzido à base de azeite de oliva, mel e canela, dando um toque doce à salada. A última pitada é o gergelim, salpicado por cima. Para esta receita, apenas um alerta aos diabéticos: o molho de mel deve ser substituído. Iogurte e creme de leite são alternativas saborosas e ótimos acompanhantes do prato frio.

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personalidade

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Gerson Nogueira, diretor de redação do Diário do Pará.


por Fernando Araújo

Um senhor editor Linha editorial a serviço do leitor O Diário do Pará foi fundado em 22 de agosto de 1982 por Laércio Wilson Barbalho e, na época, era rodado como um veículo de campanha política, ligado ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro). O jornal já nasceu com data para fechar suas portas mas, a partir dos anos 90, em uma decisão estratégica, o Diário do Pará é reinventado para atuar em uma nova era. E vira líder de mercado.

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Diário tem hoje um dos mais modernos parques gráficos da América Latina, é pioneiro na implantação de work flow totalmente digital, o que garante uma redução significativa entre o fato e o leitor e a geração de um produto gráfico compatível com os melhores jornais do mundo. E foi sobre esta modernização, linha editorial e anseios para o futuro que fomos falar com Gerson Nogueira, diretor de redação do Diário do Pará. Gerson assumiu o esporte em 1998 e, em 2004, assumiu a direção de redação – foi então que identificou que a linha editorial do jornal poderia mudar para melhor. Esta percepção do experiente jornalista foi suficiente para que o jornal crescesse e pudesse explorar novas formas de conquista de mercados.

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Imagem do primeiro jornal publicado, que estampou a manchete “Eleição limpa”.


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“Tínhamos uma postura e forma de cobertura, voltada para uma linha politizada, algo partidária regional, nada contra, e nem poderia ser diferente, mas os jornais brasileiros não tinham este gancho. Percebeu-se que para que o Diário fosse disputar liderança de mercado, tínhamos que nos desprender um pouco disso e assumir uma postura direta para o interesse do leitor, para a cobertura fiel dos fatos dos dia a dia. Isso não era culpa de ninguém, aliás, o jornal já foi dirigido por um profissional que eu respeito, dos mais gabaritados, que é o Guilherme Barra, que dirigiu o jornal há 15 anos, mas o próprio mercado exigiu esta mudança”. Para que se chegasse ao ponto de romper com tudo que havia sido pensado, o Diário do Pará resolveu partir para algo considerado fundamental para quem o faz: o interesse do leitor, a busca da credibilidade, confiabilidade e opinião do leitor. “O jornalismo precisa ser levado a sério, precisa ser acreditado, porque tudo que é rodado está documentado para a história”, nos disse Gerson Nogueira que hoje dirige o jornal líder da preferência dos leitores paraenses segundo o Ibope, inclusive nas classes A e B, o que consolida o Diário como o jornal da família paraense.

Tendo um conteúdo diversificado, o jornal Diário do Pará, lido por mais de um milhão de leitores, fala a linguagem do leitor em todo estado.

Mas de onde teria partido esta mudança de linha editorial? Gerson entregou: “Partiu da presidência do jornal. Um dos donos da empresa (com o afastamento do Dr. Laércio Barbalho, assumiu Jader Barbalho Filho) incorporou seu pensamento aos dos jornalistas. Mas acredito que esta visão de mudança também foi mercadológica, como uma sobrevivência para que o jornal não acabasse virando uma espécie de apêndice partidário”. Mudança positiva segundo o jornalista que justificou a importância do fato: “Esta viabilidade comercial está diretamente atrelada à credibilidade e seriedade do veículo. Essa tomada de atitude por parte do Jader explicitava um salto por parte do jornal pela prioridade por temas populares. E esse salto se deu com o caderno Bola (em formato tablóide nos moldes do sul do Brasil), em 1998, ano da Copa do Mundo. Foi a primeira iniciativa prática. O caderno emplacou, caiu no gosto popular e em seguida (4 anos depois) veio o tablóide polícia. A partir de 2002, os dois seguimentos já lideravam o mercado”, disse. Tendo um conteúdo diversificado, o jornal Diário do Pará, lido por mais de um milhão de leitores, fala a linguagem do leitor em todo o estado. Gerson é diretor de redação do Diário, o homem que comanda o batalhão de repórteres, fotógrafos e demais profissionais que fazem o jornal diariamente, inclusive uma equipe própria para comandar de forma independente o DOL, o site de notícias do Diário do Pará. Hoje o jornal tem um corpo de aproximadamente 80 profissionais, várias editorias e a escola de jornalismo, onde jovens recém formados disputam uma vaga dentro da redação. Profissional tarimbado, com mais de 30 anos de jornalismo, experiente e que conduz essa equipe que produz o conteúdo jornalístico do


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Comandar um batalhão de gente cheia de opnião, informação e adrenalina parece ser mesmo fundamental para ser um diretor de redação.

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jornal, Gerson é paraense de Baião, apaixonado por notícia desde pequeno, era ouvinte da rádio clube em seu radinho de pilha, assim como tantos outros paraenses, mas foi nos livros, na paixão pela leitura é que ele observou que escrever era o que queria para sua vida. “Eu lia de tudo, o que caísse em minhas mãos, e foi páginas dos livros que aprendí muito, na verdade aprendo sempre, e esse hábito acho que é fundamental para qualquer profissional que quer ser jornalista. Quem lê muito normalmente escreve bem”, disse Gerson, que já passou por várias redações até chegar na posição que está hoje. “Lembro com muito carinho da equipe da província, uma turma talentosa, criativa e também curiosa. Um bom jornalista tem de ter uma certa dose de curiosidade.” Mas foi mesmo nas páginas e na redação do Diário que Gerson encontrou seu melhor espaço; “Faz anos que desenvolvemos o caderno Bola, todo mundo achava que não daria certo, mas a direção do jornal apostou, inclusive no formato tablóide, e ele foi um enorme sucesso de cara. Minha primeira fase no Diário foi nesse tempo, logo após veio o caderno de polícia, um outro grande sucesso.” Hoje, além de ser diretor de redação e comandar a orquestra, Nogueira ainda arranja tempo para ser comentarista esportivo na Rádio Clube e nos programas de esporte da RBA TV, “Faço com enorme prazer, sou apaixonado por futebol, mas fazer tv tem um lado curioso, as pessoas te reconhecem na fila do banco, no restaurante, e quando a gente vê já iniciou um papo sobre o ultimo jogo, o ultimo comentário.” Ele também mantém uma coluna de esporte no caderno Bola e o já famoso Blog do Gerson; “O blog virou uma cachaça, é bom ter a resposta do internauta, além de tudo falo de rock, ou melhor, posto umas músicas de rock que adoro” se diverte Gerson.

Eles dizem sobre Gerson Willian Silva tem 10 anos de DP e é editor executivo do jornal. Sobre Gerson Nogueira ele diz; “ O Diário cresceu muito com o Gerson, a direção de redação é fundamental para o bom funcionamento de um jornal, e ele é um cara que consegue absorver as demandas da direção da empresa, consegue fazer com que as coisas funcionem. Lidar com pessoas não é uma coisa tão fácil, mas Gerson sabe fazer isso, ele sabe ouvir, e é amigo dos companheiros de trabalho.

Fato é que se alguém erra ele absorve para ele esse erro e diz que nós erramos. É um amigo também, tem um grande coração.” Já a produtora Aline Rodrigues, 9 anos de DP observa que Gerson é um cara bem profissional, muito sério, firme em seus posicionamentos e que sabe trabalhar sempre em equipe, conseguindo envolver as pessoas nos projetos e missões, o que acaba fazendo as coisas darem certo. “ Ele tem credibilidade” completou Aline. Comandar um batalhão de gente cheia de opnião, informação e adrenalina parece ser mesmo fundamental para ser um diretor de redação. “Aqui trabalhamos em equipe, cobro, colaboro, estou sempre disposto ajudar. Essa equipe é que nos fez o jornal mais lido do Pará segundo o Ibope. Mas também tenho de reconhecer que sem o apoio em equipamentos, tecnologia, logística e incentivo da direção do jornal, não adiantaria nada ter a melhor equipe do mundo.” A. Torres, editor de arte do jornal nos disse que hoje tem total liberdade para criar. “ Como artista ter esse apoio do Gerson é fundamental, ele não tem preconceitos, não tem essa coisa de chefe, ele é companheiro.” O artista ainda lembra que “ fechar um jornal todo dia é uma loucura, mas Gerson sabe cobrar com respeito, ele não invade o espaço de ninguém, delega e confia no trabalho do pessoal.” Já Otávio Cardoso que tem quase dois anos DP e hoje é o editor de fotografia salienta que Nogueira “É um cara tranquilo, objetivo, o que ajuda muito na hora de


275 O Diário tem hoje um dos mais modernos parques gráficos da América Latina. Pioneiro na implantação de work flow totalmente digital o que garante uma redução significativa entre o fato e o leitor e a geração de um produto gráfico compatível com os melhores jornais do mundo.

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desenvolver um trabalho. Ele não fica com rodeios sabe cobrar e elogiar, é um cara que entende do assunto.” Perguntado quais são os novos desafios do jornal Gerson foi taxativo; “Hoje com a internet, onde todo mundo acha que pode dar notícias, a função de um jornal é ser mais abrangente, envolvente. É ir mais fundo, dar os vários ângulos da informação, ouvir todas as partes, é uma espécie de retorno ao jornalismo investigativo que jornais como o Última Hora e A Província já fizeram no passado. O futuro do jornal impresso é a boa e velha informação, utilizando as ferramentas modernas, investindo nos melhores profissionais como estamos fazendo aqui no Diário, indo fundo na notícia, mas sem jamais esquecer que um jornal tem um compromisso, e esse compromisso tem de ser com o leitor. É ele o “dono” do jornal” finalizou o botafoguense Gerson Nogueira.

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responsabilidade

A Prefeitura de Mojú, assegurando

o acesso a educação

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ssegurar o acesso a todos à educação no Ensino Fundamental com qualidade tem sido um compromisso em Moju, principalmente na gestão do Prefeito Iran Lima. Ao construir, revitalizar e oferecer formação continuada para os docentes e gestores escolares da rede de Ensino, a administração municipal assume o compromisso “Todos pela Educação” com sua comunidade mojuense. A Prefeitura Municipal de Moju, em contrato com o Instituto Federal de Educação Tecnológica do Pará – IFPA está investindo mais de R$ 2 milhões com a formação de 400 (quatrocentos) professores em Licenciatura Plena em Pedagogia, Além da Graduação presencial em Pedagogia, há 05 (cinco) cursos de Aperfeiçoamento Profissional na área de Educação: Relações Étnico Raciais; Ambiental; Gênero e Diversidade; Integral e Integrada; e Especialização do Campo, em parceria com o EAD e UAB, totalizando 175

(cento e setenta e cinco) docentes em aperfeiçoamento. Em 2011 a Prefeitura de Mojú entregou mais de 20 mil kits escolares (foto acima). Por isso, Moju tem hoje o maior Programa Municipal de Formação de Educadores no Estado do Pará e provavelmente do Brasil. Por essas ações é que o Prefeito Iran Lima diz “ Todos dizem que a Educação muda uma nação, mais poucos fazem por ela, nós no Moju estamos fazendo nossa parte”. Enfim, promover e possibilitar formação na área Educacional é somente possível quando se tem gestores que reconhecem e valorizam a Educação e nesse sentido, objetivando a melhoria dos índices educacionais do município é que se pensou a formação. Temos certeza que daqui há 10 (dez) anos Moju terá significativa mudança na qualidade do ensino público municipal.

Festa do Divino Espírito Santo, padroeito da cidade de Mojú, que ocorre de 5 a 12 de junho. (Círio fluvia no dia 11)

A Assembléia Legislativa entregou no dia 3 de maio a Comenda Niltom Miranda ao Prefeito Iran Lima e Deputada Nilma, pelas mãos de Pioneiro (presidente da ALEPA), referente aos relevantes serviços prestados a sociedadepa paraense.


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278 Trabalho da Igreja Quadrangular do Evangelho nos presídios: na foto, o pastor Josué Bengtson ministra a palavra de Deus aos batizandos

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dedicação aos projetos sociais é total, como o ‘100% Liberdade’, um trabalho de evangelização realizado nos presídios de Belém e do interior. Enquanto a IEQ batiza os apenados, presta assistência social a seus familiares: O problema quando alguém é preso, é que os integrantes da quadrilha ajudam a manter a família financeiramente do lado de fora. Aí, quando esses presos retornam à sociedade, já saem endividados. Se esse ex-preso estiver envolvido com traficantes, receberá uma porção de drogas para vender. Se for assaltante, ele terá uma arma para que a dívida seja quitada. Para acabar com essa relação de dependência, ajudamos as famílias dos presidiários a romper esse elo cruel – explica o pastor.

Segundo Bengtson, para que o ciclo não seja vicioso e todos tenham uma opção para mudar de vida, é preciso inserir esses ex-detentos na sociedade, com novos valores e também com empregos. Além do trabalho nos presídios, a IEQ planeja lançar este ano um projeto voltado para crianças em situação de risco social. Para tanto, as equipes da igreja estão sendo treinadas para conscientizar as famílias sobre os melhores métodos de educação e alertar para os perigos de deixar menores de idade nas ruas. O pastor Josué Bengtson acredita que a solução para esse problema é o investimento na família e recorre a uma passagem bíblica (Provérbios 22:6) para ilustrar sua preocupação com o futuro dessas crianças: “Ensina a


por Jússia Carvalho

Igreja Quadrangular Tradição familiar e religiosa

A Igreja do Evangelho Quadrangular do Pará nasceu em Belém em novembro de 1973 e, à época de sua fundação, contava com apenas uma congregação. No ano seguinte, oito igrejas levavam a palavra cristã a seus fiéis e, em seu sétimo aniversário, existiam 52 igrejas no Estado do Pará. Prestes a comemorar 38 anos de existência, a IEQ tem mais de duas mil igrejas espalhadas pelos 144 municípios paraenses, com três mil pastores e mais de 200 mil frequentadores. Nascido em uma família evangélica de Getulina, no interior de São Paulo, o pastor Josué Bengtson, fundador da Igreja Quadrangular nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, completa 50 anos de ministério com a disposição do adolescente que, aos 17 anos de idade, decidiu dedicar sua atenção integral à religião.

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Construção do novo Templo Central na Timbó: as obras estão a todo vapor. Igreja vai ficar linda para receber o povo

criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.

O nascimento da Igreja Em julho de 1973, Josué Bengtson veio a Belém para visitar alguns amigos e recorda hoje que, naquela ocasião, não viera para ficar. “Eu era pastor numa grande igreja na Bahia, mas senti um chamado para vir à cidade”, revela. Após a visita, Josué voltou à Bahia, onde preparou seu retorno à Cidade das Mangueiras para fundar a Igreja Quadrangular. O pastor regressou em outubro, alugou um galpão na Avenida Benjamim Constant e, no mês seguinte, realizou

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o primeiro culto. Hoje, a congregação da Pedreira, localizada na Travessa Timbó, nº 1212, conta com oito mil frequentadores. O crescimento da IEQ no Pará resultou na ampliação de sua sede: um novo templo, maior e mais moderno, foi erguido ao lado do atual. De acordo com o pastor, a nova estrutura comportará seis mil pessoas e será inaugurada até novembro. Josué Bengtson apaixonouse pelo Pará e não pensa em ir embora daqui. Agora, em seu terceiro mandato como deputado federal, pretende melhorar constantemente a realidade do Estado, e volta o foco de sua atuação para a área da Saúde. Um capítulo que está entre os muitos planos de quem crê que é papel do cristão servir ao irmão.


bela por Fernando Araújo

Elegantes, bonitas,

cheinhas e

bem resolvidas “Coisa bonita, coisa gostosa, quem foi que disse que tem que ser magra pra ser formosa?”. A letra da canção do rei Roberto exalta nossas personagens tema desta matéria. Elas são menos atléticas, mais gostosas e não estão em “crise”. São exemplos de mulheres elegantes, sensuais, que sabem o que querem e onde pretendem chegar.

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P

reta e Alcione na música, Fabiana Karla, Cláudia Jimenez e Solange Couto na TV. Em Belém? Aqui falamos com duas belíssimas “cheinhas”, que esbanjam alegria, elegância e autoestima. “Ser cheinha é olhar a vida com outros olhos. Se aceitar, se permitir, e acima de tudo, se amar”. Assim começou a

entrevista Lorena Daibes (31), Assessora de Comunicação Social, que lida com a “nova” forma física desde 2007. Alegre, divertida e fashion Lorena surpreende quando o assunto é autoestima: “Considero-me uma pessoa espiritualizada, bonita, alegre, sexy, bem humorada, gentil, verdadeira, solidária, dedicada, linda, por dentro e por fora... Deus me fez assim e sou muito grata a ele, por tudo”, enumerou a loira que por vezes tentou perder peso. “Já fiz vários tratamentos com fórmulas para perder peso, mas atualmente utilizo apenas algumas fórmulas que auxiliam no melhor funcionamento do intestino, e evitam a retenção de líquido”, nos disse Lorena que já fez editoriais de moda e desfiles para o segmento.

Polêmica, bem resolvida e talentosa, a cantora já esteve envolvida em inúmeras questões em relação ao tema, boas e ruins. Tudo começou quando ela fez fotos nua para a capa do seu primeiro álbum. O fato é que exibir formas generosas (sem medo de ser feliz) e autoconfiança é cada vez mais o charme de mulheres que, como Preta Gil, assumiram um novo padrão de beleza.


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“As mulheres precisam aprender a se sentir bem como são, como estão, a se vestir para si e, por tabela, seduzir os homens e não as outras mulheres. Beleza, segurança e bom humor atraem.” Lorena Daibes

“Me sinto totalmente segura na hora de paquerar e ser paquerada também. Por mais incrível que possa parecer, sou mais paquerada hoje em dia. Acho que as mulheres de um modo geral precisam aprender a se sentir bem como são, como estão, a se vestir para si e, por tabela, seduzir os homens e não as outras mulheres. Beleza, segurança e bom humor atraem”, contou Lorena que aproveitou para dar seu parecer do que é ter uma vida saudável. “É possível ser uma gordinha saudável. Não é porque você está acima do peso e satisfeita com seu corpo que vai ser uma pessoa relaxada, vestir-se de maneira que cubra o corpo, se alimentar compulsivamente e descuidar da saúde. Hoje em dia tento fazer cinco refeições por dia, evito frituras, massas e refrigerantes, afinal, estou me sentindo bem como estou, mas também não pretendo chegar a 100 kilos. Quando a gente se aceita do jeito que é, a vida flui melhor, a alma sorri, o coração ama, e o corpo dança numa atmosfera perfeita de felicidades”.


Elas = Sex appeal. Kenny Teixeira

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tem 28 anos, e além de ser jornalista e modelo Plus Size (fotografias, passarela, comerciais) destaca-se pela alegria e sensível bom humor. Ela nos contou que sempre contou com a vigilância dos pais para não passar dos limites. “Eles me alertam a cada sobremesa preparada quando estou de dieta. Logo que comecei a engordar - quando parei de fumar - ficava chateada quando eles me chamavam a atenção, mas hoje em dia percebo a preocupação deles com a minha saúde. Outro ponto que no passado era debatido por eles era o medo deles de que eu virasse ponto de referência, tipo: ‘onde? Ali perto daquela gorda’. Mas hoje isso passou e os tempos mudaram”. E é verdade que os tempos mudaram. Com o “corpinho” (expressão que Kenny mesma usa) ela já apresentou programas de grandes audiências da TV Cultura. “Minha capacidade e profissionalismo se sobrepuseram aos ditos padrões da televisão. Percebi na resposta do público que muitas pessoas se sentiram representadas com uma fofinha na TV”. Para a nossa entrevistada, o julgamento que fazem de nós mesmos vem primeiramente do que transmitimos a elas: “Quando subo na passarela às vezes acontecem reações de olhares de espanto, mas quanto mostro o quanto sou feliz e tenho orgulho do meu corpo tudo se desfaz. Sempre sou aplaudida e vendo as roupas ainda no corpo. Lucro garantido para os lojistas que me contratam”, disparou a jornalista que nos contou que é de uma família “grande”. “Perna e bumbum são itens de fábrica. Mas por ser de natureza ansiosa tudo é muito mais difícil. Controlei o peso até os 22 anos quando parei de fumar. Embora tenha sido uma bela atitude, ganhei de brinde 10 quilos. Ainda estou com nove quilos a mais do que queria, mas isso não tira o meu sono e muito menos o sorriso do meu rosto, nunca. Se para umas os quilinhos a mais são motivos para inseguranças, para Kenny eles são motivos para se tirar grandes proveitos. “Dá até para ganhar dinheiro. Desfilo como modelo há sete anos e os convites não param de chegar. Os desfiles dão certo porque me amo assim. Umas têm pernas grossas, outras uma barriguinha indesejada. Assim, mostro a elas que é possível se sentir bonita e ficar um luxo em peças ousadas. Embora o crédito seja dado aos lojistas, vestir um magrinho é fácil, agora fazer bonito em quem tem perna e bunda é mérito”. “Homens querem corpos esculturais nas revistas, mas na hora do vamos ver é de gostosura que eles gostam mais. E além do mais, pense comigo... não tem como eu passar despercebida. Meu namorado sempre brinca que até as mulheres me encaram na rua! Quando me arrumo pra sair ele diz: ‘sorte que eu não ando armado, se não era confusão’”, disse a modelo entre risos, enumerando seus atributos: Seguras, confiantes, e sem complexos, como muitas magras. Cheinhas, sim, de fe-li-ci-dade.


“Sou mega feliz por ter cintura fina, seios fartos, pernas grossas e bumbum grande!! Com o cabelo bem tratado e olhar fatal, derrubo até avião (risos)”, Kenny Teixeira.


foco

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por Jússia Carvalho

Flash

da realidade de um

fotógrafo

F

otografia é muito mais do que a palavra diz. Não é só desenhar com luz e contraste, é também depositar sentimentos no olhar. Aleixandre Peixoto, pouco mais de 20 anos, é um apaixonado pelos cliques das câmeras. Primeiro começou com poses, foi personagem para inúmeras campanhas publicitárias, revistas, comerciais, sempre interpretava a visão dos fotógrafos. Ele trabalhou como modelo por 4 anos, foi segundo lugar num concurso de meninos mais fotos do Brasil, depois apareceu na revista Capricho como colírio e foi eleito pelas leitoras como namoradinho do Brasil. Foram inúmeros os trabalhos, como modelo, mas aí Alle Peixoto, como é mais conhecido, ficou apaixonado pela arte de fazer fotografia. Queria ficar por traz das câmeras, dirigindo-as da sua maneira. Ele concorda com o fotógrafo Gérard Castellos Lopes: “A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registo da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira”. Entretanto, a inspiração de Alle é na fotografia surrealista de David Lachapelle e nas imagens cruas e insanas de Terry Richardson. “Fotografia pra mim é a mania de um moleque que quer mostrar para todos como o seu ponto de vista sobre as coisas é. E quando alguém gosta das minhas fotos é porque gostou do meu ponto de vista”, afirma. E muita gente tem curtido os pontos de vista dele. Contatos: alle__peixoto@hotmail.com

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educação

por ASCOM Seduc fotos Advaldo Nobre, Rai Pontes e Fábio Costa

Os desafios do

pacto pela educação Nos próximos quatro anos, a Secretaria de Estado de Educação enfrentará grandes desafios. Sob a administração de Nilson Pinto, deputado licenciado e com larga experiência na área da educação. O secretário vai comandar a gestão direcionada para aproximadamente 2,3 milhões de estudantes da educação básica paraense.

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Pacto pela educação Uma dos setores mais evidentes da gestão estadual, a Educação do Estado do Pará vai avançar e atingir um maior vigor e conquistar índices que reflitam respostas positivas. Para quem desconhece, a Seduc passa por uma grande recuperação. As contas da Secretaria dos últimos anos, fizeram a instituição praticamente falir ao final de 2010. Naquele instante, deixou-se de se pagar fornecedores para garantir a folha de pagamento de seus cerca de 40 mil servidores. Naquele momento, a Seduc estava sem recursos para pagar custeio e muito menos empresas prestadoras de serviço, entre as quais, as responsáveis pelas reformas. Os resultados foram obras parando em todo Pará. O desafio é não se intimidar diante das dificuldades. Nesse caminho, a equipe do secretário Nilson Pinto mostra a sinergia que deve prevalecer daqui pra frente. Não apenas um choque administrativo para recompor a grandiosidade da Seduc, a gestão que quer


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atender bem alunos e toda a comunidade escolar, quer ainda mostrar a capacidade de recuperação, economizando e propondo captações de recursos. Os esforços são para sair da condição de ‘final de fila’ na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dentre os Estados brasileiros. O que será feito? Investir em pessoal. Melhorar a infraestrutura física, até empréstimos internacionais para isso. Organizar melhor as atividades, que possam passar por mudanças de várias ordens, como a lotação de nossos docentes a fim de garantir uma identificação com as escolas, qualificar a rotina de trabalho, a exemplo, despertar a necessidade do tempo integral. Premiar bons exemplos, até financeiramente e valorizar bons projetos, iniciativas e o empenho de alunos, mestres e escolas e os que delas fazem parte. Que os melhores conceitos daqui pra frente na rede estadual se originem do pacto que toda a sociedade possa fazer. A construção dessa nova educação de qualidade deve ser integrada por todos que dela dependem.

Arrumando a casa Reformas contemplam 75 escolas da rede estadual de ensino A nova equipe gestora da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) encontrou a rede física das escolas estaduais em estado crítico. Após um levantamento técnico, deu-se o início do processo de reforma em 75 unidades de ensino para o ano letivo de 2011. A maioria das obras iniciaram em fevereiro e tem um período de duração de 60 a 90 dias, em média. Reforma do telhado, parte elétrica, banheiros e pintura são alguns dos benefícios garantidos pela recuperação das unidades de ensino, localizadas na Região Metropolitana de Belém (RMB), escola Onésima Barros, localizada no município de Santarém, a escola César Pinheiro, em Capanema e a Hélio Lima, em Abel Figueiredo.


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Outra situação encontrada na Seduc foram as 123 obras paralisadas na gestão anterior. Além disso, um conjunto de obras e reformas para a expansão da rede está sendo estudado para ser colocado em prática a partir do segundo semestre deste ano, seguindo por todo o ano letivo de 2011.


Regionalizar o cardápio da merenda escolar é uma das metas O cardápio de merenda escolar que estava sendo distribuído nas escolas da rede, apresentava muitos alimentos embutidos e enlatados, com poucas opções naturais, como frutas e legumes e de alimentos regionalizados. Portanto, fora dos padrões estipulados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) do Ministério da Educação (MEC) A merenda escolar passará por mudanças no cardápio a partir do segundo semestre deste ano. Os produtos que chegarão às cozinhas das unidades de ensino estão sendo submetidos a testes de degustação e de aceitabilidade, onde são levados em conta os alimentos que fazem parte da culinária paraense, entre eles o nosso tradicional açaí. Os produtos aprovados nos testes farão parte de um banco de gêneros alimentícios da merenda escolar.

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Escolas estaduais recebem 110 mil novas carteiras As escolas estaduais da Região Metropolitana de Belém (RMB) e do interior do Estado já estão sendo equipadas com novos mobiliários. A Seduc adquiriu cerca de 110 mil carteiras escolares novas. Destas, 40 mil foram distribuídas entre as escolas da RMB, sendo 24 mil para estudantes do Ensino Fundamental e 16 mil para estudantes do Ensino Médio. As outras 50 mil foram para atender aos alunos das escolas do interior.


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Alunos de áreas ribeirinhas são beneficiados com a regularização do transporte escolar fluvial Responsável pelo transporte de 1.120 estudantes da rede estadual, residentes na região das ilhas de Belém, as embarcações que prestam este serviço foram regularizadas pela Seduc, em parceria com a Capitania dos Portos. Todos 44 barqueiros que percorrem diariamente 46 rotas foram convocados para avaliar as condições e documentação destas embarcações. A parceria foi com a Capitania dos Portos que cobrou os itens de segurança dos transportes, entre os quais, licença da atividade, seguro obrigatório e coletes salva-vidas. Além disso, a partir deste ano letivo, passou a ser exigida a presença de uma tripulação formada por um comandante, marinheiro de convés e maquinista. Com a inspeção, um contrato formal entre a Secretaria de Educação e os donos de embarcações foi firmado já que, anteriormente, não havia qualquer documento oficial que comprovasse a prestação do serviço.


Nilson Pinto, secretário de educação

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Prospectar novos investimentos com o BID Melhorar qualidade na educação e ampliar a oferta de vagas. Nesse raciocínio, técnicos da Seduc, de demais áreas do governo do estado e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estiveram reunidos num workshop para elaborar a carta consulta para financiamento da educação básica no Pará. No documento, as partes estruturaram o projeto de investimentos previsto para ser executado já em 2012. Essa será a terceira etapa do processo já em curso na parceria entre a Secretaria e a instituição financeira. A segunda ocorreu no mês de abril, quando o representante do BID no Brasil, Fernando Carrillo Flórez, visitou juntamente com o secretário Nilson Pinto, o governador Simão Jatene, e também escolas da capital.

Nova ferramenta contribui para a transparência dos recursos aplicados na escola Visando a transparência na aplicação dos recursos financeiros investidos diretamente nas escolas da rede estadual de ensino, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) criou o espaço “Transparência Seduc”. Com esta nova ferramenta, a comunidade escolar poderá consultar todos os recursos aplicados na sua escola, anualmente, por meio de programas e projetos financiados pelo Governo Estadual e Federal e ser mais um agente fiscalizador. Por enquanto, a consulta só está disponível para as escolas da Região Metropolitana de Belém (RMB) e pode ser feita no portal da Seduc na internet (www.seduc.pa.gov.br).


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Plano de formação pretende capacitar 40 mil professores no Pará

Mais de mil aprovados nos concursos da Seduc são nomeados

A meta do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) é promover a formação superior de 40 mil professores da rede pública no Pará. Em fevereiro foi anunciado listão com o nome de 4 mil professores que ingressarão em um curso de formação inicial. Além destes, o Parfor já capacita 16 mil professores em todo o Estado. As pré-inscrições para participar do Parfor 2011 estão abertas até o dia 22 de maio. O Plano oferece licenciaturas a professores da rede estadual e municipal, gratuitamente. Para participar os docentes devem estar em exercício da profissão e dentro dos critérios para a seleção. Não há vestibular. Para 2011, serão ofertadas 30 novas turmas, com 40 vagas, em 16 pólos paraenses. A graduação é oferecida nas instituições públicas de ensino superior, entre as quais a Universidade Federal do Pará (Ufpa), Universidade Estadual do Pará (Uepa), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Instituto Federal do Pará (Ifpa).

Para atender a necessidade das escolas e garantir a presença de professor em sala de aula, o Governo do Estado nomeou, no mês de abril, 1.011 aprovados nos concursos públicos C 125 e C 154 da rede estadual. Foram 722 para o cargo de professor e 289 para técnicos em educação (pedagogos). A nomeação atendeu principalmente a necessidade de docentes para disciplinas como Matemática, Língua Portuguesa e Química, na Região Metropolitana de Belém e no interior. Essa foi a primeira convocação deste ano. Ainda devem ser chamados candidatos das disciplinas de História, Geografia e Língua Portuguesa. De ambos concursos, foram convocados candidatos classificados, aprovados e do cadastro de reserva. O concurso C 125 tem validade até 2012 e o C 154 poderá ser prorrogado até 2014.

Governo vai implementar o PCCR As alterações necessárias para a implementação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos profissionais


da rede pública estadual de ensino foram discutidas entre a Seduc, Sead e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp). As correções no Plano serão feitas por meio de um projeto de lei formulado em consenço, que será encaminhado a Assembléia Legislativa em regime de urgência. Paralelamente será realizada atualização do cadastro dos funcionários da Seduc, a edição do decreto de enquadramento e a fincalização do processo de implantação, previsto para outrubro de 2011.

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Servidores da Seduc voltam a receber o Cheque Moradia O programa Cheque Moradia foi desativado na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) nos últimos 4 anos. Com isso, os servidores contemplados pelo programa tiveram o financiamento cancelado. A nova gestão decidiu retomar o benefício, com o pagamento da segunda parcela do Cheque, cancelado na gestão anterior, priorizando 25 servidores aposentados e ativos da rede estadual de ensino. A previsão é que 96 servidores recebam o pagamento da segunda parcela. Quem ainda não foi contemplado e está de acordo com os critérios do programa – notas fiscais da compras efetuadas com a primeira parcela e a obra avançada na altura do telhado – receberá em breve o valor pendente. O programa vai continuar nas modalidades construção, ampliação e melhoria. As inscrições para o programa vão até o dia 13 de maio.


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Educação profissional é uma das prioridades da nova gestão da Seduc O ingresso de novos estudantes nas escolas tecnológicas era feito por meio do Sistema Acadêmico de Matrícula da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Durante o processo de matrícula deste ano, esta forma de ingresso ocasionou um grande congestionamento no site da Seduc devido a grande procura por vagas. A quantidade de estudantes pré-matriculados chegou a marca de 29.658 concorrendo a 6.003 vagas disponíveis. A nova equipe gestora da Seduc decidiu implementar o Processo Seletivo como critério de ingresso nas escolas tecnológicas. Cerca de 22 mil alunos se inscreveram, destes 16,5 mil realizam as provas, ocorridas no dia 20 de março. O resultado foi divulgado no dia 28 daquele mês. A ampliação da rede tecnológica e profissional de 14 para 25 escolas e a criação da Universidade Tecnológica do Estado do Pará (Unitec) são duas bandeiras levantadas pelo governo Simão Jatene. O investimento nesta modalidade de ensino, deve-


Aluna Letícia Ribeiro que disputou com três participantes o prêmio de R$ 100 mil reais e o título de campeã do certame nacional.

se a grande carência de mão de obra qualificada para atender os grandes projetos previstos para o Estado no próximos anos.

Estudante da rede estadual é vice campeã do Soletrando e vira exemplo O pátio da escola estadual de ensino Fundamental e Médio “D.Pedro I” ficou pequeno para assistir a final do “Soletrando”, do programa Caldeirão do Huck”, da Rede Globo. Professores, alunos, pais, responsáveis, todos, na expectativa de ver a participação da aluna Letícia Ribeiro que disputou com três participantes o prêmio de R$ 100 mil reais e o título de campeã do certame nacional. Mas, a palavra “caçanje”, do dialeto africano tirou a chance da aluna que venceu a timidez e chegou pela primeira vez na etapa final. A estudante conquistou o vice-campeonato e a certeza de que dedicação, esforço e o empenho de todos foram fundamentais.

Maria Mendes, diretora da Escola, não escondia a emoção de ter uma aluna aplicada que destacou a escola entre as demais na rede estadual. Foi a segunda vez que a escola participou do programa. Segundo ela, chegar até a final e conquistar o vice-campeonato é um grande resultado. O efeito Letícia despertou nos alunos da escola a motivação pela leitura e pelo aprendizado.

O Pará é levado a competições internacionais pelo esforço de jovens estudantes Três alunos da rede estadual de ensino vão representar o Pará em torneios esportivos internacionais. Eles foram préconvocados pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Visuais (CBDV) para disputas na modalidade goalball, na qual atletas utilizam uma bola com guizo no interior, que emite sons que ajudam a direcionar os atletas. Foram convocados Jéssica Alves, 20 anos; Alexsandro Lopes e Leandro de Souza, ambos com 18 anos. Jéssica e Leandro são, respectivamente, alunos do segundo e terceiro ano do ensino médio da Escola Estadual Augusto Meira, localizada no bairroem São Brás. Em novembro, Jéssica Alves, pela categoria adulto, disputará os Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, no México. Alexsandro cursa a segunda série na escola estadual Cordeiro de Farias, no bairro do Souza, e junto com Leandro foi convocado para os Jogos Mundiais Escolares da IBSA 2011, que será realizado no período de 12 a 17 de julho, na cidade de Colorado Springs, nos Estados Unidos.

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Estudante paraense apresenta projeto em feira internacional de ciências O interesse pelos estudos, em especial pela pesquisa, levou o estudante Rafael Carmo da Costa, 17 anos, aluno do segundo ano da escola estadual Benvinda de Araújo Pontes, do município de Abaetetuba, à 62ª edição da Intel Isef (Internacional Science and Engineering Fair), em Los Angeles, nos Estados Unidos. Durante a feira, que acontece em maio, o estudante divulgará o projeto de pesquisa intitulado “Pesquisando a Ação Larvicida do Melão de São Caetano”. Sob orientação da professora Maria Gorete Paz, que tem como um dos objetivos combater o Aeds Aegpty, mosquito transmissor da dengue, o projeto ficou em primeiro lugar na categoria Ciências da Saúde durante sua participação na IX Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em São Paulo. O trabalho de Rafael derrotou 18 projetos brasileiros e centenas de projetos inscritos pelo mundo inteiro. Além da Intel, o estudante foi convidado para participar da Milset, uma feira para jovens pesquisadores na Eslováquia, em julho.

Rafael Carmo da Costa, 17 anos, aluno do segundo ano da escola estadual Benvinda de Araújo Pontes, do município de Abaetetuba, à 62ª edição da Intel Isef (Internacional Science and Engineering Fair), em Los Angeles, nos Estados Unidos.


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auto

Espaço ZEN

por Jússia Carvalho

Boutique automotiva Salão de beleza

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Estética automótiva, mais uma inovação

Silva & Saito

L Restaurante

evar o carro para fazer uma pintura nova, para trocar o óleo ou lavar e passar horas esperando não é nada agradável. Pensando nisso, a empresa Silva & Saito está montando um novo espaço. Enquanto o seu carro passa por um trato, você pode optar por arrumar os cabelos no salão de beleza, comer sushi no restaurante, ler revistas na sala de espera, descansar um pouco no espaço zen ou mesmo tratar de negócios na sala de reuniões, com acesso wi-fi e sem se preocupar com os filhos, que podem se divertir no espaço para as crianças. Com 16 anos de experiência, a empresa Silva & Saito orgulha-se do pioneirismo. Foi a primeira a trazer o martelinho de ouro para o Pará e a diamantação, uma técnica que permite proteger a pintura dos intempéries da natureza: água salgada, raios UV, umidade e pulverização de águas poluídas. Agora, a Silva & Saito lança um serviço diferenciado e inédito no Brasil: estética automotiva com serviços diferenciados. Apaixonado por carro, José Maria, idealizador da empresa, garante que o importante é o “bem-estar do cliente, a ótima qualidade e muita comodidade”.


Sala de espera

Serviço personalizado

Fidelidade ao bom atendimento - “Já mandei

fazer serviço fora daqui e tive que trazer para refazer. Aqui (Silva & Saito) a qualidade não deixa a desejar. Tenho muita confiança”,

conta Marinaldo Vieira que é cliente da empresa há anos e chega a preferir entregar as chaves do carro nas mãos dos funcionários de José Maria do que levar à concessionária autorizada. Para clientes como Marinaldo há o cartão fidelidade, que dá 15% de descontos em serviços, bem como benefícios em parceiros da empresa, como lojas visão, Cia Athélica e Oi. Para fazer o cartão, basta levar material escolar ou brinquedos educativos na loja, para serem doados à escolinha de crianças atendidas pelo Hospital Ofir Loyola. Outro diferencial são os 60 carros disponíveis para transportar os clientes até em casa, depois de deixarem o carro para o conserto. Segundo José Maria essa reestruturação do espaço veio em função de uma necessidade de atendimento diferenciado para as mulheres, que são mais de 30% do público, além de dar mais conforto e praticidade ao público em geral.

Proteja a pintura do seu carro, faça diamantação com seis meses de garantia. José Maria, propietário da empresa

Av. Senador Lemos 106-B, entre Wandenkolk e Doca Fone: (91) 3223-6444 www.silvaesaito.com.br


viajar é preciso

por Fernando Araújo

Fazendo turismo na terra de

Bob Marley.

Jamaica Ainda existem lugares no mundo onde os excessos da natureza (sempre bem-vindos) ainda não conheceram os indesejáveis excessos da indústria do turismo. A Jamaica já experimentou as delícias desse anonimato, quando, nos distantes anos 50 e 60, servia de playground apenas para abastados norte-americanos. Nesta edição, vamos até a Jamaica. Uma Ilha caribenha de clima tropical marítimo, cheia de praias lindas de cor azul turquesa, e embalada pelo reggae.

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a paradisíaca Jamaica, acontecem os grandes festivais de reggae, como o SunFest e o Sunsplash, com programações que duram até uma semana, aliás o reggae é um capítulo à parte, com ritmo musical conhecido mundialmente, uma melodia admirável, que sempre procurou mostrar ainda mais brilho nos poemas simples e bem cantados. A partir de 1972, a música desses rapazes de cabelo grande começou a ganhar o mundo. E a Jamaica, que quase ninguém sabia onde ficava, virou vedete no mapa-mundi. Muitos turistas acreditam que para visitar a Jamaica é preciso fazer reservas em um hotel de alto preço nas belas praias de Negril ou Montego Bay. Mas aqui vai nossa primeira dica. Em Port Antonio, um

distrito no norte da ilha, existem alternativas mais acessíveis. A maioria dos quartos tem diárias entre US$ 75 e US$ 125. Mas há acomodações mais simples ainda, para os mochileiros, por US$ 45. A maioria das praias perto de Port Antonio é gratuita, abrigadas em pequenas enseadas na costa rochos. Há outras praias que cobram cerca de US$ 4 de entrada e oferecem cadeiras de praia gratuitas e serviços de bar. A vida noturna na Jamaica também é bastante animada. Os pequenos bares em Port Antonio são quase todos modestos e dirigidos à população local. A West Street, no centro da cidade, oferece dois clubes onde se pode ouvir reggae, soca e dance music. O predileto é o Roof Club, um lugar simples onde a agitação começa tarde.


O turismo é a segunda maior fonte de riquezas do país, atrás apenas da bauxita. Os cabeludos jamaicanos, que antes eram um problema para os agentes de turismo, hoje são cartão-postal.

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A Jamaica fica localizada na Amreican Central.

Port Antonio

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Mas os atrativos maiores giram em torno da beleza física da região: águas de um azul cristalino que banham praias brancas, abertas para colinas de um verde intenso. Na Jamaica nada é problema. O povo hospitaleiro está sempre pronto a ajudar qualquer turista no que precisar. O local é cheio de ritmo, turistas e onde a vida segue com tranquilidade. O povo é simpático, alegre e tem conversa fácil. Se não fosse pelo idioma, qualquer brasileiro sentiria-se em casa.

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Turismo aquece o país O turismo é a segunda maior fonte de riquezas do país, atrás apenas da bauxita. Os cabeludos jamaicanos, que antes eram um problema para os agentes de turismo, hoje são cartão postal. As compras aqui giram em torno das camisetas, especialmente as inspiradas no reggae e em Bob Marley. Em feiras de artesanato, como as de Montego Bay e Ocho Rios, há pinturas, esculturas em madeira e roupas bem originais, tudo bem em conta para quem sabe pechinchar. Em Ocho Rios há também um intenso comércio rodeado de charmosos bares e restaurantes. A moeda nacional é o dólar jamaicano, mas o dólar americano é aceito em todo canto. Para chegar na ilha, não é preciso visto de entrada ou vacina. A língua mais falada é o inglês e o Africano é um dialeto amplamente falado entre os habitantes. De fato, uma conversa pode ser quase

incompreensível para o visitante no início, mas depois de um tempo você pega o ritmo e começa a aprender as expressões

Dolphin Cove A Jamaica tem muitos lugares para serem visitados, o difícil é escolher onde ir primeiro. O Dolphin Cove é um desses lugares para se conhecer. O local é uma espécie de parque aquático com aquários marinhos naturais, onde o visitante terá a inesquecível experiência de nadar com golfinhos, tubarões e diversas espécies de peixes exóticos. Dolphin Cove é um número da Jamaica Marine One, uma atração onde os visitantes, depois de receber algumas informações interessantes sobre os golfinhos, têm um encontro surpreendente com

Fotografar com os golfinhos é como regra obrigatória para quem passa por Dolphin Cove.


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Tanto em vida, como após a sua morte, Bob já somou mais de 40 CD´s e vinis.Dentre as músicas mais conhecidas estão: Is This Love, Redemption Song, One Love, Could You Be Loved, No Woman No Cry, Three Little Birds, Turn Your Lights Down Low, Buffalo Soldier e Jamming.

Museu de Bob Marley em Nine Miles, Jamaica.

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esses animais tão gentis. Eles vão te dar um beijo e permitir acariciá-los, e até fazem pose para as fotos. Existem três programas de golfinho livres a sua escolha. Há uma breve orientação antes de cada programa agendado. As reservas são necessárias para os três programas. Todas as joias, incluindo anéis, devem ser removidas. O número de participantes em cada programa é limitado. Reserve com antecedência, para evitar decepções e atenção, crianças menores de seis anos devem estar nos braços de um adulto pagante, enquanto tocam os golfinhos. A lagoa grande permite que os hóspedes fiquem cara a cara com estes mamíferos fascinantes. Os treinadores providenciam uma orientação detalhada e sessão de ensino, introduzindo os participantes no mundo dos golfinhos. Em seguida, é a experiência verdadeiramente emocionante. Os hóspedes usam coletes salva-vidas e entram no mar para uma aventura com esses novos amigos. Dolphin Cove é uma atração marinha, que você não vai querer perder e nunca vai esquecer. Se você deseja um lugar com muito sol e uma linda praia onde você possa se divertir, este é o lugar.

Museu Bob Marley Um outro lugar que apresentamos a você, leitor, cartão postal da ilha e ponto de visita quase que obrigatória, é Nine Miles, cidade onde nasceu Bob Marley, que fica a apenas duas horas de carro de Ocho Rios. Em meio a montanhas, lá se pode encontrar a casa em que Bob Marley nasceu, e onde hoje existe um completo museu sobre a vida e a arte do Rei do Reggae. Filho mundialmente famoso da Jamaica, o cantorcompositor Bob Marley, foi responsável por fazer do reggae um fenômeno global. O museu em sua memória é muito visitado. A casa simples de ripa foi o lugar onde Marley viveu, gravou suas músicas e morreu em 1981, é embalado agora por recordações.

Marley é reverenciado como um herói nacional em toda a Jamaica e como um gênio musical por ouvintes de todo o mundo. O Museu celebra a vida de Marley e a música. Seu quarto é preservado exatamente como ele deixou. Outras exposições, documentos, cobertura na mídia de sua vida, seus discos de ouro e de platina, proporcionam uma réplica de um período de armazenamento da música reggae. O prédio é decorado com bandeiras coloridas Rastafaris e uma estátua vibrante de Marley sentada no jardim. Na área exterior do Museu, há um bar, um café e uma loja que vende roupas da família Marley. Não é permitido fotografar dentro do Museu Bob Marley, mas é possível tirar fotos no pátio. O tour pelo museu termina com um filme de 20 minutos sobre a vida de Bob Marley, apresentado no estúdio Tuff Gong, que agora foi convertido em um cinema para 80 lugares. Vale informar que no ano de 2001 o museu tornouse patrimônio nacional protegido pela UNESCO. Deu pra perceber que o turismo aqui é uma parte importante da economia? Se você também deseja um lugar assim, onde você possa se divertir, este é o lugar e esta é nossa dica.

O que evitar na Jamaica • Drogas, inclusive a Marijuana, que apesar de fazer parte da cultura da Jamaica, é proibida por lei desde 1913. • Frequentar lugares ermos ou escuros, sem a companhia de um guia confiável • Ir à praia sem protetor solar • Pimenta na comida • Estradas à noite • Perder a paciência


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bem estar

A cura está por Káthia Marques

dentro de você!

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Microfisioterapia é uma técnica de fisioterapia manual aplicada para identificar a causa de uma doença ou sintoma registrada em seu corpo e, a partir de identificada, estimula a auto-cura do organismo, fazendo com que o corpo reconheça esse agressor e comece o processo de eliminação do mesmo. Estimulando os pontos certos no corpo, a microfisioterapia leva o paciente a encontrar a cura dentro do próprio organismo. Muitas vezes essas causas são antigas e deixam cicatrizes patológicas no organismo que não conseguiram ser eliminadas pelo nosso sistema imunológico, atrapalhando assim o funcionamento das células e dos órgãos, pois ficam guardados na memória do tecido. A Fisioterapeuta Marcela Annunciato Freitas, pósgraduada em Saúde da Mulher, especialista em Incontinência urinária, RPG, Oncologia, Bioenergética e Microfisioterapia, que atualmente atua no estado de São Paulo explica que “As cicatrizes são formadas por problemas físicos, emocionais, tóxicos por exames, medicamentos e alimentação. Mas é muito mais fácil localizar uma cicatriz causada por um problema físico do que localizar um desequilíbrio em seu corpo causado por um problema emocional. A microfisio é capaz de facilitar esta localização, pois muitas vezes a pessoa não é capaz de se recordar do problema vivido”. O toque é usado para apagar as informações do cérebro. É como apertar DELETE e dar ao corpo a chance de começar outra vez, livre dos eventos ruins e seus efeitos.

Como isso funciona?

Após o fisioterapeuta avaliar o paciente e conhecer as razões da consulta e suas, o paciente é colocado sobre uma maca dando inicio ao processo de identificação das memórias através de toques sutis, seguindo um mapa corporal. O profissional palpa diferentes zonas do corpo para verificar se os ritmos são normais. A palpação é feita em um movimento de aproximação das mãos. Se os ritmos estiverem ausentes, isso significa que existe uma “cicatriz”, é essa sensação que vai guiar o terapeuta a seguir o caminho que a agressão percorreu. Após a identificação dessas cicatrizes patológicas, estimula-se o corpo em pontos específicos, também com movimentos sutis, de modo a informá-lo sobre a presença desse trauma, dando-se início ao processo de eliminação definitiva dessas memórias prejudiciais. O processo de eliminação perdura mesmo após a sessão, por isso é comum que o paciente sinta-se cansado ou tenha algum de sintomas físicos como diarréia, vômito, aumento da dor, febre, crise emocional ou sentimento de raiva por um

ou dois dias. Isso acontece como sinal de liberação das memórias agressoras. Por isso, o terapeuta indica a ingestão de muita água e a não realização de esforços desnecessários nos primeiros dias, a fim de auxiliar na eliminação das memórias. A Microfisio se alia a outras técnicas para alcançar melhores resultados, como cita Dra. Marcela: “A palpação e’ capaz de proporcionar o caminho para o corpo se auto-curar. A Microfisioterapia faz uso da palpação como técnica especifica. Mas em muitas das vezes os profissionais acabam agregando seus conhecimentos para a potencialização da terapia, como os florais, aparelhos eletromagnéticos, acupuntura e no meu caso a bioenergética e’ usada como auxiliar durante a sessão de microfisio.”

Tempo

A consulta dura em média de 30 a 45 minutos e o intervalo entre uma consulta e outra varia de 30 a 90 dias, dependendo de cada caso. Esse intervalo é necessário para que o corpo de reorganize e se auto corrija.

Indicações

A Microfisioterapia é indicada para qualquer pessoa independe da idade ou da patologia. É muito utilizada de forma preventiva e curativa em problemas como: Dores Musculares e Articulares Crônicas ou Agudas, Distúrbios de Sono, Alterações Hormonais, Problemas Urogenitais, Cólicas Menstruais, Dores de Cabeça, Cefaléia e Enxaquecas, Alergias, Dermatites, Psoríase, Asma, Bronquite, Rinites e Sinusites.

Curiosidade Com toques suaves pelo corpo, o profissional consegue dizer datas importantes da vida da pessoa e problemas de saúde que estariam


relacionados com este evento. E isso também faz parte dessa técnica hoje já considerada uma ciência, não há nada de místico ou sobrenatural. Tudo que acontece com a gente em nível tóxico, físico e emocional vai para o corpo. Casos de psoríase, por exemplo, acontecem sempre depois de situações de perda grande para o paciente, assim como o vitiligo, que também tem um fundo emocional importante e tende a surgir em locais do corpo que têm relação com um evento ruim, e por aí em diante. Por isso a Microfisioterapia é indicada no tratamento de problemas de fundo emocionais, psicológicos e orgânicos como: Depressão, Medos, Fobias e Síndrome do Pânico, Déficit de Atenção e Hiperatividade, Ansiedade e Agressividade, Traumas Emocionais como Perdas, Abandonos, Separações, Anorexia e Bulimia. Atualmente, cerca de 5.000 microfisioterapeutas atuam na Europa, a maioria na França e na Bélgica. No Brasil, a técnica começou a ser difundida em 2005, tratando-se de um curso de extensão para médicos e fisioterapeutas, com duração de dois anos. Marcela esclarece que a Microfisio atualmente e’ uma titulação da Fisioterapia. Reconhecida pelo Conselho de Fisioterapia. Mas como qualquer tratamento inovador, ainda e necessário a conscientização da técnica pelos agentes de saúde. Essa técnica já é bastante utilizada nos grandes centros e já virou uma febre em muitos estados. Agora é pesquisar e esperar que essa novidade estoure logo por aqui, afinal, saúde e bem estar não faz mal pra ninguém!

Vale Lembrar A Microfisioterapia não pode ser vista como substituta de métodos já existentes e convencionais. Ela é mais um mecanismo para buscar o equilíbrio e o bem-estar e não se opõe a Medicina ou a Fisioterapia. O ideal é ser usada como prevenção de problemas, com

sessões anuais para limpar do corpo as marcas do período. “Nenhuma técnica de tratamento substitui a outra. Acredito que para um tratamento ser eficaz é necessário que todos os recursos sejam utilizados. O que e observado é que, em muitas vezes, a microfisio é capaz de solucionar determinados problemas, como por exemplo enxaquecas. Quando isso acontece orientamos os pacientes a procurarem o médico responsável e informar sobre o novo quadro para que novas medidas sejam tomadas”, ressalta a fisioterapeuta. Para aplicar esse método é preciso um profundo conhecimento sobre anatomia e estudos sobre a técnica. Apenas médicos, fisioterapeutas e psicólogos estão capacitados para trabalhar com a microfisioterapia.

E assim nasceu a Microfisioterapia/ Microkinesitherapie: Essa técnica foi desenvolvida na França na década de 80 pelos fisioterapeutas e osteopatas Daniel Grosjean e Patrice Bénini, com embasamento na embriologia (ciência que trabalha a formação dos órgãos e sistemas de um animal, a partir de uma célula, faz parte da biologia do desenvolvimento), na filogênese (relações evolutivas ou seja, filogenéticas de um grupo de organismos, que determina as relações ancestrais entre espécies conhecidas, tantos as que vivem como as extintas) e na ontogênese (período de desenvolvimento de um organismo, desde a fertilização do zigoto até que ele se complete como individuo adulto).

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mulher

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Passei de ser a filha do dono para ser a Diretora Geral que apresenta resultados expressivos para o Grupo Monique Maranh達o.


por Fernando Araújo

Mulheres.

Ágeis e versáteis... para os negócios! Eu acho que não temos que ter medo de nada, pois tudo flui a nosso favor. Somos ágeis, flexíveis, versáteis...

Elas quebraram tabus e hoje conquistam altos cargos. De gerentes a presidentes de nações. Sensíveis, frágeis, solteiras, ou casadas, são elas que comandam e dão conta de seus próprios negócios.

Gilmara Andrade sobre o medo de encarar a competição com os homens.

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S

e alguém ainda duvidava da capacidade feminina diante do empreendedorismo, a era Dilma Rousseff veio para acabar com qualquer preconceito em relação a mulher diante dos maiores desafios. Na nossa matéria, conversamos com mulheres que comandam seus próprios negócios e fazem deles verdadeiros sucessos.

Gilmara Andrade

tem 39 anos. Começou sua vida de trabalho ao lado do marido no ramo de madeireiras, mas depois de 10 anos de atuação decidiu que precisava ter seu próprio negócio. Foi então que ela montou a Sofisticatto, em Paragominas. O negócio deu certo, se expandiu, e em apenas seis meses como empresária, Gilmara teve de mudar para Belém. “O meu maior orgulho é ter vindo para


O que tenho visto muito pela sociedade é que os homens modernos desejam as mulheres produtivas Deusa Massalai

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Belém, sem nenhum conhecimento na área, ter montado a loja de móveis, depois de seis meses abrir uma filial seis vezes maior por causa do mercado carente e depois trazer duas franquias: a Mac e a Artefacto”, contou orgulhosa a empresaria que completou dizendo que nunca passou por preconceitos por ser mulher: “Mulheres à frente dos seus negócios está cada vez mais comum e como o meu é de decoração, acho que tem a ver com o toque delicado das mulheres, ainda mais nas escolhas de móveis, adornos, tendências...”. Elas no comando, com apoio familiar.Outro exemplo de força feminina à frente de grandes negócios é Deuza Maria Massalai, de 49 anos, que antes de tudo procurou sondar o mercado para poder investir em sua fábrica: “O ponto de partida para um empreendimento deve ser a inovação. Quando tivemos a idéia de colocar uma fábrica de telhas de concreto da Beltelhas, aqui em Belém, sabíamos que seria um grande negócio, pois estávamos colocando no mercado um produto novo, de alta durabilidade qualidade e resistência”. Mas engana-se quem pensa que por conta do sucesso empresarial elas desprezam aquele “braço” masculino. Deuza convive bem com isso e tira proveito de quem está ao seu lado: “Meu filho, Erick, que estuda engenharia civil, está ao meu lado. Ele também é sócio da fábrica. Temos uma ótima relação no trabalho que certamente é

fruto de uma excelente convivência familiar, aliada aos estudos que ele realiza, dentro de nossa área”, ressaltou a empresária que também recebe o apoio do marido. “Meu marido não se incomoda, ao contrário, trabalhamos em parceria”.

Monique Maranhão tem 37 anos, é casada e há dez anos é diretora da Montecarlo Citröen, do Grupo JCMaranhão (que também possuem as marcas de concessionárias de veículos Mitsubishi e Suzuki). Arquiteta, Monique resolveu deixar de lado a profissão para assumir este desafio dentro do grupo em que seus pais sempre estiveram à frente “Em 2001, me vi deixando de lado a arquitetura e assumindo a Montecarlo. Nesses dez anos de empresa, estudei muito, me dediquei e me esforcei para que a empresa tivesse sucesso. Estamos crescendo em um ritmo alucinante... Sabendo disso resolvi ir à frente dos negócios e dar continuidade no bom trabalho desenvolvido por eles (pais)”. “Circulo entre o lavador do veículo das concessionárias, o presidente de marca, de banco da montadora, Associação Brasileira de concessionários da qual faço parte do conselho, e sei muito bem como agir com diversas pessoas e em níveis diferentes. Esta relação é muita boa pois, como cresci dentro da empresa, conheço todos e eles têm por mim uma admiração profissional, não só por ser a sócia, mas sim pelos resultados apresentados ao longo do tempo”, finalizou. Empresárias para “elas”


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Vence quem melhor administra, quem melhor organiza seu tempo, o que melhor se destaca como líder, seja ele homem ou mulher. O sucesso não procura sexo e sim talento e disposição Simone Almeida.

Simone Almeida

de 43 anos comanda a grife de moda praia “Água Brasil” e pensa na vaidade feminina no momento de suas criações. Clientela fiel, produtos de qualidade, peças que valorizam a beleza feminina e nome no mercado marcam a trajetória desta empresária, que nos contou que já enfrentou sim preconceitos. “Ao sair em busca de novas parcerias e ampliar as vendas no atacado já sofri preconceito, pois ao estar de frente com o público masculino sempre tem aquela de que ‘visão pra negócio tem que vir da cabeça de um homem’”, entregou a empresária que hoje trabalha com pronta entrega e sob medida .

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É muito bom ter uma opinião masculina por perto

Bete Rodrigues

Bete Rodrigues, de 45 anos, é contadora, mas foi no ramo da estética que ela fez seu nome. Além de comandar um centro de estética, também é professora no CESEP-PA. Segundo a empresária o bom de um negocio é ver o crescimento gradual, assim, segundo ela, a empresa consegue se solidificar no mercado: “aos poucos a gente vai se acostumando, e se adaptando às novas regras que o mercado de trabalho impõe, sem sustos”, ressaltou. “O único homem na empresa é meu gerente. Escolhi um homem para administrar, pois achei que preciso de um parecer masculino. É muito bom ter uma opinião masculina por perto”, disse ela que tenta ser um espelho para suas clientes. “Eu costumo dizer que hoje em dia não basta você ser bem sucedida, ser uma excelente profissional, uma boa mãe, dona de casa, uma companheira maravilhosa para o seu amado, apesar disso tudo você ainda tem que ser bela, tem que estar bonita, sem barriguinha, manchas, celulite, principalmente para você, para sua auto estima. Como mulher entendo minhas clientes, e procuro sempre dar a satisfação que elas desejam“, finalizou. Carmem, Gilmara, Deuza, Monique, Simome e Bete. Em comum elas tem o sexo, e na veia, o empreendedorismo. Viva a sensibilidade feminina de saber fazer acontecer.



Primeiro, tem que acreditar em Deus, ser solidária e usar de honestidade; não desanimar nunca e ter perseverança sempre Creuza Ferraz.

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Creuza

Ferraz, de 50 anos, já puxou volumes pelas rodoviárias e carregou muitas sacolas para fazer suas vendas autônomas, mas hoje comemora sua confecção, que em sua homenagem leva o seu nome escrito ao contrário: Azuerc. Nome dado pelo esposo. Aliás a presença masculina, segundo a empresária é ponto forte para que os negócios consigam andar com sucesso: “Tenho figuras masculinas ao meu lado que considero fundamentais para o meu sucesso como empresária. Elas são: meu maridão, que é meu sócio, meus irmãos, que sempre me aconselharam grandes fornecedores que sempre confiaram em mim, e uma equipe de funcionários que estão sempre dispostos a me ajudar”, enumerou Creuza que aproveitou a oportunidade para dizer do seu orgulho e de suas satisfação diante do caminho que trilhou até aqui: “Poder ajudar muitas famílias,

gerando empregos e rendas, dar oportunidades aos meus familiares e principalmente aos nossos filhos, é uma enorme satisfação. Tudo que faço, faço com muito orgulho e amor”, finalizou a empresária, que hoje tem 10 lojas, incluindo algumas fora de Belém (Macapá e Santarém) e que em breve abre uma unidade em Manaus.


Carmem Bastos

tem 50 anos e é uma das figuras femininas mais conhecidas na cidade pelo empreendimento que leva seu nome: a Carmem Academia. Ela administra, ministra aulas e faz avaliação física. Mas esta popularidade de seu negócio e excelência na prestação dos serviços se deu, segundo ela mesma, por um detalhe muito importante: “A ideia do grande negócio sempre existiu em meu sonho e virou realidade a partir do momento que eu entendi que o cliente é quem manda”, frisou a empresária que hoje tem uma unidade na Marquês de Herval e outra da Cidade Nova. Embora Carmem seja a “cara” do empreendimento que comanda, ela conta com um apoio fundamental: “Meu marido Carlos Bastos é a primeira pessoa a me incentivar e estamos juntos pra fazer acontecer. Somos pessoas com ideias diferentes, mas soubemos encontrar o equilíbrio. Empresas nascem e se desenvolvem em função de confiança e transparência entre as pessoas que trabalham nela”.

Tenham confiança e sigam em frente. Sem ação não há mudanças e sem confiança perde-se a esperança, Carmem Bastos, sobre o medo de abrir um negócio.

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festa

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Assim são conhecidas as baladas privadas. Elas acontecem em casas, hotéis, navios, iates ou até mesmo no meio da floresta. Não importa onde elas acontecem, o que importa é que você seja vip. As baladas privadas viraram tendências nas principais capitais do mundo, deixaram de lado aquele fazer caseiro para ganhar nova roupagem. Bem mais produzidas do que “festas americanas”, conhecidas do público dos anos 80, elas contam com a modernidade da contratação de serviços especializados, como som, iluminação e barmans. Rsultado: uma festa pra lá de descolada, sem dever em nada a boates e bares de qualquer cidade.

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A

s baladas são sempre as mesmas. Abrem e fecham casas noturnas com a mesma rapidez que os desejos dos jovens se modificam. O que fazer quando a balada precisa ser classe A ou mesmo dar um “up” na vida noturna? Recentemente o que era moda no exterior veio ocupar as noites dos brasileiros. Estamos falando das Private Parties promovidas por grupos de amigos que buscam diversão diferenciada. As “privates” ganham vida e destaque para aqueles que preferem festas com convidados selecionados. Private party, ao contrário do que muitos pensam, não está ligada a orgias, drogas ilícitas ou que seja contra lei. O que antes era privilégio de datas comemorativas como aniversários,

casamentos, formaturas e batizados, deu lugar a reuniões de amigos, familiares e pessoas mais próximas. Com motivo ou sem motivo especial, elas acontecem de segunda a segunda, com data certa ou local definido. Segundo o Dj Ivan Davis (33), que atua desde a adolescência, as festas fechadas sempre existiram. “Foi no final dos anos 80 que as festas privadas ganharam a preferência dos antenados. Elas aconteciam em salões de prédio, casas de amigos, e chamávamos de festa americana, onde os meninos levavam as bebidas e as meninas salgadinhos. No meu ver, a diferença daquela época para os dias atuais é


por Kaliu Andrade

Você já foi

convidado para uma

Private Party? que as PRIVATES (como são chamadas atualmente) se transformaram em super produções. As pessoas estão cada vez mais dedicadas em fazer sua festa particular, convidar amigos, contratar atrações de peso. O Dj Paulinho Fidalgo (30) justifica essa modernização. “As Privates Partys são uma tendência crescente em Belém. Vejo as pessoas se dedicando para fazerem festas privadas cada vez melhores. As vantagens que meus clientes mais citam, são: a segurança, pois você está num ambiente geralmente familiar onde todos se conhecem; a comodidade, nas festas que são feitas nas suas próprias casas ou apartamentos onde podem se divertir até altas horas; e a privacidade, só estarão no local as pessoas que o anfitrião quiser”.

DJ Ivan Davis

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DJ Paulinho Fidalgo

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As festas são íntimas, a música escolhida a dedo, bebidas sofisticadas. É cada vez mais comum os anfitriões gastarem uma grande quantidade de dinheiro para fazer a melhor festa aos convivas. “A moda do momento é o Chá-bar e as contratantes não tem pena em gastar, iluminação, efeitos especiais, som de primeira, Djs e bandas estão certos neste orçamento”, pontuou Ivan Davis. Inusitado ou não, é comum em Belém, noivos que fazem festas antes do casamento e que muitas vezes são melhores que a própria festa do dia matrimônio. Mesmo com o boom das privates, as casas noturnas e bares não estão tão preocupados, segundo Paulinho Fidalgo o mercado é amplo e comporta estes dois públicos. “Vejo que as pessoas que fazem as Privates estão justamente querendo fugir da badalação que existe nos bares e boates, fazendo coisas mais reservadas. É um público diferenciado. Os bares e boates têm seus atrativos e continuarão com seu público cativo”, enfatizou o Dj. Para uma das adeptas das privates, Amanda Brito (24), “fazer sua própria festa é mágico, primeiro por você convidar somente as pessoas que você deseja, segundo que você traz alegria para sua casa, e o aconchego do lar com os amigos é o melhor que existe pra sua balada com segurança”, afirmou a jornalista. Recém chegada de Sampa, ela traz na bagagem um currículo extenso e intenso de festas colecionadas. “ Pra mim todo lugar é lugar de preparar uma festa, já fiz em lancha, hotéis, restaurantes, galpões, marina, heliportos e em casa. Nunca me arrependi, nem meus convidados”, comemorou Amanda. “Trata-se de selecionar o público que você quer presente, na minha festa não entra qualquer um, existe critérios para estarem presentes”, afirmou a jornalista. “Já vi gente chorando ou oferecendo fortuna por um convite de uma determinada private party”, lembrou o Dj Ivan Davis. Rui Leal (30) é outro adepto das privates. “Antes mesmo de ser febre e virar moda em todo o Brasil, eu já preferia minhas festas particulares. Tenho muitos amigos e gosto de recebê-los em casa”, contou o publicitário. O rapaz aderiu às festas inicialmente para apresentar aos amigos seu novo apartamento,

porém suas festas ficaram tão conhecidas que hoje Rui não abre mão de fazer ao menos duas por mês. “Tento conciliar o trabalho com minhas festas, graças a Deus tenho tempo para tudo, trabalho, amigos, amores, festas, tudo tem seu tempo cronometrado em minha vida”, afirmou Rui . Graças ao empenho do publicitário, o que antes era apenas diversão, abriu portas para Rui se dedicar a blocos privates, onde os amigos recebem o convite e pagam por seus ‘abadás’ para brincar uma micareta in door. Elas podem acontecer em apartamentos, casas e até nos lugares mais inusitados. Senha, dress code ou seja lá o nome que queiram usar, a palavra de ordem é VIP. É a balada que reúne o grupo certo de pessoas que estão atrás de diversão, entretenimento e privacidade. Para uma das adeptas das privates, Amanda Brito (24), “fazer sua própria festa é mágico, primeiro por você convidar somente as pessoas que você deseja, segundo que você traz alegria para sua casa, e o aconchego do lar com os amigos é o melhor que existe pra sua balada com segurança”, afirmou a jornalista. Recém chegada de Sampa, ela traz na bagagem um currículo extenso e intenso de festas colecionadas. “ Pra mim todo lugar é lugar de preparar uma festa, já fiz em lancha, hotéis, restaurantes, galpões, marina, heliportos e em casa. Nunca me arrependi, nem meus convidados”, comemorou Amanda. “Trata-se de selecionar o público que você quer presente. Na minha festa não entra qualquer um, existem critérios para estarem presentes”, afirmou a jornalista. “Já vi gente chorando ou oferecendo fortuna por um convite de uma determinada private party”, lembrou o Dj Ivan Davis. Rui Leal (30) é outro adepto das privates. “Antes mesmo de ser febre e virar moda em todo o Brasil, eu já preferia minhas festas particulares. Tenho muitos amigos e gosto de recebê-los em casa”, contou o publicitário. O rapaz aderiu às festas inicialmente para apresentar aos amigos


seu novo apartamento, porém suas festas ficaram tão conhecidas que hoje Rui não abre mão de fazer ao menos duas por mês. “Tento conciliar o trabalho com minhas festas, graças a Deus tenho tempo para tudo, trabalho, amigos, amores, festas, tudo tem seu tempo cronometrado em minha vida”, afirmou Rui . Graças ao empenho do publicitário, o que antes era apenas diversão, abriu portas para Rui se dedicar a blocos privates, onde os amigos recebem o convite e pagam por seus ‘abadás’ para brincar uma micareta in door. Elas podem acontecer em apartamentos, casas e até nos lugares mais inusitados. Senha, dress code ou seja lá o nome que queiram usar, a palavra de ordem é VIP. É a balada que reúne o grupo certo de pessoas que estão atrás de diversão, entretenimento e privacidade.

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negócios

por Káthia Marques

Rede Social

O novo modelo

de Marketing

Social

Os perfis emprsariais não são mais novidade em outros países, e aos poucos, tomam conta do Brasil e de Belém. Empresas invadem o Orkut, o Facebook e o Twitter com tudo, em busca de uma grande fatia de possíveis clientes.

U

sadas a princípio para lazer, as redes sociais começam a servir de intermediárias para a conversa entre empresário e fornecedor, parceiros e

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clientes. Redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter são ferramentas cada vez mais populares na internet e um fenômeno tão recorrente e forte que não pode passar despercebido pelas pequenas e médias empresas. Pesquisas mostram que, em média, empresas que investiram em redes sociais apresentam melhores resultados e receitas finais mais recheadas, um crescimento de 18% em um ano, enquanto as empresas que ficaram de fora tiveram queda de 6% no mesmo período, segundo dados de pesquisa realizada pelo AltimeterGroup - empresa especializada em consultoria e pesquisa de estratégia digital/social para empresas. O número de companhias que usam alguma rede como recurso para atingir essa fatia de clientes já é bem expressivo, são 70% das 100 maiores do mundo. A Dakza é um exemplo de empresa que está antenada nesse novo modelo de marketing social, não só se presente na rede com perfis no Wordpress, Facebook e no Twitter, como inserindo outras empresas nesse campo. Segundo Luiz Carlos Alves de Menezes Filho, Sócio e Diretor de Projetos Web da Dakza, a agência utiliza as redes sociais de forma direta para divulgar projetos finalizados e em andamento, prêmios conquistados, campanhas legais mundo a fora, e principalmente projetos relacionados a mídias sociais. Há pouco mais de 2 anos nas redes sociais a agência criou seus perfis como forma de apoiar algumas de suas campanhas, alcançando alguns benefícios que as redes têm, como o apelo direto à informação, a filtragem eficaz e em tempo real e a interatividade constante.

“Isso nos trouxe às redes não somente para informar, mas sim para interagir com pessoas das mais diversas áreas, que gostam daquilo que fazemos. Hoje em dia a Dakza é uma agência interativa, pois em nosso convívio utilizamos nossa própria rede para melhorar nossos projetos, ou seja, o público externo interage conosco a ponto de participar ativamente da construção desses trabalhos.” Sobre a abordagem comercial na rede, Luiz Carlos dá sua opinião: “Relações íntimas são perigosas, assim como agressividade em redes sociais pouco funciona em médio prazo, ou seja, não garante fidelização que é o sonho de toda empresa.” O importante para quem quer ‘se fazer presente’ nesse meio, é manter seu perfil sempre atualizado, ‘oferecer algo’ muito mais do que ‘esperar algo’ de seus seguidores/clientes e estar preparado para atender todas as suas necessidades, seja respondendo a perguntas ou informando. A Dakza, por exemplo, atualiza seus perfis e de seus clientes no mínimo 3 vezes por semana, mas isso muitas vezes é feito diariamente, aí depende de cada caso. Estar fora da rede hoje em dia é de fato perder uma significativa fatia de clientes, mas entrar na rede e falhar é com certeza muito mais prejudicial. “Existe um levantamento inicial a ser feito para saber se a empresa tem ou não a necessidade e principalmente a capacidade de ser inserida nas redes, pois o grande foco para o sucesso em redes sociais é o conteúdo. O plano de ação para redes sociais é severo e não uma alternativa para comunicação deve ser feito com cautela, pois a reputação da empresa é que está em jogo. Ele deve ser inserido na cultura da empresa que pretende ingressar em redes sociais.” – Luiz Carlos Por isso é importantíssimo selecionar um profissional experiente para desenvolver esse trabalho. A Dakza teve que investir em profissionais qualificados para desenvolver esse tipo de trabalho: um gerente de projetos web, Analistas de Mídias digitais, Analistas de Mídias Sociais e um redator. Trata-se de um


Equipe Dakza

investimento de custo baixo com retorno certo. Em um ano, a agência já atendeu cerca de 65 clientes e atualmente têm 32 clientes ativos, o que nos mostra que Belém já está bem inserida nas redes sociais, comercialmente falando. A quantidade de perfis criados nas redes sociais somente de abril do ano passado a janeiro deste ano teve um aumento de 82% entre perfis de empresas, segundo fonte Ibope Nielsen. “O pensamento do Marketing agora é social, ainda mais com o aquecimento dos acessos via celular, o mercado de desenvolvimento mobile para a região está explodindo. Antes eram somente as mídias tradicionais que traziam resultados pelos lados de cá, agora a web é obrigatória para campanhas de sucesso”, afirma Luiz Carlos

Rede SOCIAL! Mesmo com essa invasão de “perfis comerciais” a grande maioria de usuários ainda está na rede para se relacionar, dizer o que está fazendo, o que sente e fazer novas amizades, somando 68% dos internautas. Assim é o Blog de Ronaldo Sérgio Batista Franco mais conhecido como Poetinha, ele é um bom exemplo da maioria que usa a rede para dizer o que sente, informar e se relacionar de forma leve e espontânea, nos `velhos’ moldes das redes sociais. Há quatro anos no ar, o blog foi criado não só para expressar a relação íntima do poeta com a vida, mas principalmente para prestar serviços não comerciais, mas sim culturais ao estado do Pará, o que Ronaldo julga dever e devoção do Blog. “O Blog é uma relação íntima com a vida. E isso produz uma infindável proliferação de letras e de construções de textos poéticos. Flui da poesia a dor/alegria/amor de existir que exibimos em fotografias sustentadas pelas notícias do cotidiano. Sempre correndo o risco em releituras, reinvenções. O Blog existe pela tentação de espelhar-se na cultura da minha terra e do mundo.” Assim Ronaldo Franco define não só o seu Blog como o seu Facebook.

Ronaldo Franco

A relação de Ronaldo com as redes sociais começou no Orkut, onde procurava por amigos. Hoje o blogueiro abandonou os perfis do Orkut e doTwitter para se dedicar ao seu blog (ronaldofranco.blogspot.com) e ao seu perfil no Facebook, onde fica conectado todos os dias, praticamente em tempo integral. “Trabalho com 2 computadores, um ligado direto ao blog e ao Face e o outro trabalhando o pão de cada dia.”

Sobre o uso da rede pelas empresas, Ronaldo dá sua opinião: “Estamos vivendo na internet o tempo da inteligência coletiva, de economia afetiva, e as empresas não estão fora desse tempo. Algumas empresas estão se rendendo ao “capital emocional” de seus consumidores. Por enquanto elas estão vivendo o “lovemarks” com medo que se transforme em raiva quando os seus produtos alterarem algo que a comunidade eletrônica considere um bem para viver bem. Com isso é bem provável a expansão de empresas criando produtos adequados e bons, com conteúdos sinceros para atrair/oferecer aos consumidores do mercado eletrônico.” O Blog do Poeta está entre os mais conhecidos de Belém, pois é nele que os grandes talentos ainda não conhecidos do grande público são mostrados, valorizando sempre a cultura regional com o bom gosto e o conhecimento de Ronaldo. Seu blog já recebeu mais de 200 mil visitas e o seu perfil no Facebook tem quase 3800 amigos. Acho que isso mostra que o real formato social das redes ainda está valendo, não é mesmo?

Visite-lá

Dakza – Agência Interativa Site: www.dakza.com.br Twitter: @agenciadakza Facebook: AgenciadakzaInterativa LinkedIn: AgênciaDakza - AgênciaInterativa Ronaldo Franco Blog: www. ronaldofranco.blogspot.com Facebook: Ronaldo Franco

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arte

por Fernando Araújo

Arte na

Casa da

atriz

O Projeto “A Casa da Atriz” surgiu do desejo da família Porto de dividir sua vivência teatral com a comunidade. O nome do espaço é uma alusão a atriz Yeye Porto (que administra o local), e suas filhas gêmeas Luciana e Juliana porto, estudantes de artes cênicas.

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m pleno bairro de Umarizal, em Belém, a residência dos Porto que já servia de base para seminários, reuniões, ensaios e dormitório para artistas em trânsito, acabou se tornando em um centro cultural e, principalmente, um local onde se experimenta, estuda e se faz teatro a partir de um coletivo de artistas que reúne atores, diretores, dramaturgos e técnicos. A casa abriu suas portas para a arte cênica desde abril de 2010 e de lá pra cá desenvolve atividades artísticas na cidade, em três frentes principais de atuação: espetáculos, o “curta e a cena” e as leituras dramáticas. O espaço acaba sendo uma forma de “receber” artistas e espetáculos com poucos recursos para pautar seus trabalhos em grandes teatros, o que requer grande investimento. Quer um exemplo? Imagina só quando custaria para um grupo montar um espetáculo de um texto clássico? Pois na casa da atriz você pode ter acesso a estes clássicos de outra forma. Através das leituras dramáticas que acontecem toda segunda semana de cada mês (a escolha do dia é compatibiliza sempre com a programação de espetáculos da casa)

e consistem na apresentação de textos dos clássicos aos contemporâneos, oferecendo ao público oportunidade de conhecê-los sem uma encenação formal, além de formação de platéias e criação de vínculos entre o público e nosso projeto. Ensaios, palestras, apresentações, além de promover oficinas, workshops e outros, a casa da atriz é uma herança deixada pelos pais de Yeyé Porto que cuida do espaço com muito carinho. “Me sinto completamente realizada . Viver teatro, respirar teatro e morar no teatro é um sonho antigo meu e de minha família. Minhas filhas fazem faculdade de artes cênicas, moram em Brasília e retornarão para Belém, tão logo concluam o curso, para trabalhar também na Casa da Atriz”, disse a atriz. Entre outras atividades a casa propõe mostras performáticas de encenações que variam de oito a dez minutos, onde se privilegia o trabalho do ator em cena, da criação da personagem à interpretação. A calçada em frente, o quintal, os cômodos da casa, tornam-se espaços cênicos convidando a platéia a mergulhar em universos e criaturas tão diversos quanto densos e se emocionar: função primeira do teatro.


E para quem reclama que o acesso a arte do teatro custa caro demais, a casa caba sendo uma alternativa para quem quer gastar menos. Olha que legal, no caso das mostras, o público decide quanto quer (ou pode pagar). Em outra ocasião, no caso das montagens de espetáculos (que são estudadas e programadas através de pesquisas, discussões e experimentos), são programadas duas montagens por ano, sendo uma em cada semestre. Neste projeto serão cobrados ingressos a preço fixo (respeitando as meias e gratuidades). Portas abertas a todos os artistas e admiradores da arte do teatro, essa é a casa da atriz. Yeye Porto e Hudson Andrade em interpretação dramática, em um dos espaços cênicos da Casa da Atriz.

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as Rua Generalí e Seix 6 entre mualdo d /8127-636 o 7 R 9 . 3 4 D e 266ato: 8 Cont


sabor

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m Belém são inúmeros os exotismos gastronômicos e fomos atrás de alguns deles para mostrar a você e também para entender se eles surgem do acaso ou se há uma busca por esta “diferença” na junção dos sabores. Mas fique calmo(a), não vamos juntar grilos, gafanhotos, ou falar de foundue de cobra cascavel, comum e muito delicioso no Canadá ou preparar uma sopa de testículo de carneiro, como no Marrocos. Aqui vamos juntar frutas regionais, principalmente cupuaçu, muito usado e também o açaí, o bacuri e a farinha de tapioca, iguarias deliciosas que só o Pará tem. Aqui a nossa “gororoba” é bem gostosa. Acredite. Consultamos Carlos Ferreira, empresário, que atua com sua Damazônia Sabores, lugar conhecido pelo exotismo de suas misturas, para tentar entender e conhecer este boom de miscelânea gastronômica. Segundo ele, que em sua empresa atua com uma consultoria que estuda combinações, o primordial é considerar a harmonia dos sabores: “Antes de se tornar um item do nosso cardápio, o sabor da receita é rigorosamente testado por esta consultoria. Você pode misturar os ingredientes mais exóticos possíveis, mas eles devem se combinar no paladar. O aroma e o gosto de cada ingrediente principal deve ser sentido. Tudo isso é muito importante”, avaliou o empresário que começou a produzir sua linha de gelados em 2009, com a ajuda de uma consultoria paulista, especializada na produção de sorvetes. Em terras onde se chove bastante, não deveríamos dar tanta atenção aos sorvetes, que nos refrescam e

aliviam a quentura, certo? Errado para quem mora em Belém, cidade de clima quente, muito quente. Então, adivinhe o que fomos consultar para levar a vocês nossos leitores? Sorvetes exóticos. Encontramos um cardápio variadíssimo: cupuaçu com gengibre, chocolate com Gianduia (pasta de avelã), nata com brownie e castanha do Pará, queijo com geléia de cupuaçu e brownie, champanhe com morangos, vinho do Porto, tapioca com doce de leite e coco e rosas com brigadeiro. Estes são os sabores mais exóticos e excêntricos que encontramos, que não necessariamente são produzidos apenas com ingredientes regionais. Deu água na boca? Segure-se, porque além dos sorvetes, encontramos sabores exóticos de tapiocas: queijo cuia com tomate seco, requeijão com calabresa, parmesão com doce de leite e queijo cuia e geléia de cupuaçu, É uma pena que nossas páginas não exalem cheiro e sabor, do contrário você leitor estaria com água na boca. Ainda assim deixamos aqui algumas imagens destas iguarias geladas e uma receita de tapioca de encher os olhos. Viu só? Nada de torcer o nariz a partir de agora quando ouvir o nome de alguma guloseima exótica, afinal elas não são ruins e mais, não se juntam assim do nada, e sim na maioria das vezes a partir de uma combinação feita por quem realmente entende do assunto.


por Fernando Araújo

Comidinhas exóticas e muito deliciosas.

Quem nunca ouviu o nome de um prato lhe causou estranheza? Mas fala a verdade, o melhor não foi testemunhar, que apesar do nome, a delicia é de lamber os beiços?


bacana d+ por Fernando Araújo

delícias

Grandes e onde você pode encontrá-las Torta salgada de camarão com jambú, acompanhada por uma soda italiana de amora. Como sobremesa, um irresistível “morangão”.

Ingredientes: Torta salgada de Camarão com Jambú: Ingredientes: Pão caseiro tipo forma, amarão batido, requeijão, purê de batata, jambú fresco selecionado, creme de leite e leite.

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Soda Italiana: Ingredientes: Suco concentrado de Amora Monin, açúcar de cana e água com gás. Morangão: Ingredientes: Morangos frescos selecionados, leite condensado, chocolate ao leite e manteiga. Onde encontrar

Doceria Bolo de Chuva

Av. Duque de Caxias 1361, entre Tv. Mariz e Barros e TV. Timbó, no bairro do Marco. Telefone: 3236-1320 Site: www.bolodechuva.com.br Twitter: twitter.com/bolodechuva


Torta Bailado Lunar acompanhado por um Cappuccino Ingredientes: Pão de ló preto, pão de ló branco, calda para molhar os pães de ló, creme de gemas, creme de manteiga, crocante de nozes, geléia de damasco e pêssego em calda. Onde encontrar:

Doceria Pimenta de Cheiro Av. Governador José Malcher 2125, entre 3 de maio e 9 de janeiro. Contatos: 3236-0649 / 8129-1117 /8805-7326 Horário de funcionamento: de segunda a sábado das 10 as 19h e domingo para café da manhã das 08 as 13h.

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informe


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pará

Barcarena,

do Caripi a industrialização 340 R E V I S T A B A C A N A • 9 • 2 0 1 1

A cultura da cidade de Barcarena, no Estado do Pará, é composta por elementos que encantam e enriquecem sua história. Cidade berço da Cabanagem, tem a Paixão que é de Cristo e também do povo. Tem o Círio de Nossa Senhora de Nazaré e o de São Francisco Xavier, o Padroeiro do lugar, o Festival do Abacaxi, do Caranguejo, do Peixe e do Açaí. Além das praias é muito comum a frequência de moradores em balneários naturais de águas cristalinas e refrescantes que devem fazer parte do roteiro de visitantes que desejam estar em contato com um ambiente mais simples e recatado, porém muito divertido. O município é considerado o portão de entrada do Pólo Araguaia/Tocantins e oferece, entre as atrações turísticas, a praia de Vila do Conde, de água doce e com muitos coqueiros, e a praia do Caripy, na Vila dos Cabanos. Por seu território passam os rios Moju, Murucuri, Acará e Barcarena.


341 Secretaria de Obras

Trabalho diário, boa aparência garantida A secretaria de Obras e Transportes tem trabalhado incessantemente na melhoria da boa aparência de nossa cidade, é possível afirmar que muito vem sendo feito nessa gestão relacionada aos serviços básicos realizados na Secretária de Obras como coleta de lixo doméstico, coleta de entulho, asfaltamento e tapa buraco. Sem falar na primeira etapa da Orla do Cais já que está concluída, a comunidade já pode usufruir da bela imagem do por do sol à margem do Rio Mucuruçá. Hoje cidade está mais limpa, facilitando aos munícipes a boa visibilidade das praças, ruas e avenidas através da exposição de lixeiras plásticas colocadas nesses locais, através da terceirizada Clean Gestão Ambiental. As praças e as ruas estão mais iluminadas, oferecendo mais segurança à comunidade.


Benefícios ao produtor de Açaí

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Mais uma parceria busca benefícios para a comunidade barcarenense, dessa vez o público alvo é o Produtor de Açaí do município. O Instituto de Desenvolvimento e Assistência Tecnológica da Amazônia – IDATAM, a Prefeitura de Barcarena através da Secretaria de Agricultura e o Sindicato dos produtores Rurais, estiveram reunidos no dia 16 de março deste ano com aproximadamente 450 produtores do município, o objetivo da reunião foi apresentar o projeto que visa fazer um trabalho com os produtores de açaí. Segundo o secretário de Agricultura, Edson Cardoso, “O Instituto de Desenvolvimento em Assistência Tecnológica da Amazônia – IDATAM irá fazer um trabalho com os produtores de açaí: de diagnose, capacitação e qualificação para captação de recursos. Nesse sentido será apresentada a proposta aos produtores para que tenham conhecimento do que será feito, de que maneira eles vão receber os recenseadores, nas suas propriedades, e orientá-los a fornecer informações corretas. Nesta primeira etapa só serão atendidos os produtores que estão fora do projeto agroextrativista, mas, em paralelo, logo após o início deste trabalho, vão ser atendidos os produtores de associações agro-extrativistas do município de Barcarena. Esse primeiro momento é de orientação, esclarecimento, estimulação para que eles possam perceber o que está sendo feito e para posteriormente o município poder receber certificação pelo açaí. Este projeto vem do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Todo o orçamento do Ministério quem irá gerenciar é o IDATAM, e empregar em Barcarena, e a prefeitura dará a logística que o Instituto precisa; os técnicos do IDATAM ficarão locados na Secretária de Agricultura a fim de facilitar o acesso ao produtor. A demanda que vai ser atendida é de 519 famílias que trabalham no manejo de açaí. Prefeitura Municipal de Barcarena, vivendo “Um Novo Tempo, Tempo de Crescer”. Administração João Carlos e Renato Ogawa.

A Prefeitura Municipal de Barcarena realizou no dia 04 de março uma cerimônia de entrega de Carros, barcos e bicicletas, que servirão para prestar serviço de apoio às comunidades do município, através da Secretaria Municipal de Saúde. Estiveram presentes ao ato, o Prefeito João Carlos, o vice-prefeito Renato Ogawa, o presidente da Câmara, Luiz Leão, o secretário de saúde padre Carlos Alberto Pinto da Silva e os vereadores Luis Tavares, João Batista Maciel, Ari Santos, José Santos, Laura Amélia, Alziane Cunha e outras autoridades municipais. Os vereadores que estavam presentes apoiaram e elogiaram o empreendimento. O vice-prefeito Renato Ogawa ressaltou ser um momento de alegria para a administração municipal se chegar à população trazendo benefícios, entregar veículos, dar condições aos funcionários da saúde, o que é de extrema importância, e que acredita que sejam os Agentes Comunitários de saúde aquelas pessoas que diariamente estão nas casas fazendo visitas e trazendo para o município aquilo que mais preocupa em termos de saúde. Então, segundo ele, dar condições, equipar estes profissionais, para que possam desenvolver com dignidade e propriedade o seu trabalho, é importante para o município de Barcarena. O prefeito foi parabenizado, pelo vice-prefeito Renato Ogawa, pela confiança depositada no secretariado, por


Secretaria de Sáude

Prefeito faz entrega através da Secretaria de Saúde e traz inúmeros benefícios aos barcarenenses

343 descentralizar o poder e claro, por dar condições às secretarias, provando que tudo não pode ser voltado ao prefeito. Essa condição dada ao secretariado tornam possíveis acontecimentos como este. Sem falar no convênio que foi assinado com o hospital São José que proporcionará à população atendimento oftalmológico, entre outros serviços. Sem dúvida, o secretário de saúde Padre Carlos e toda sua equipe merecem parabéns, pelo bom trabalho que está sendo feito dentro desta secretaria e pelo muito que será feito. Renato Ogawa ressaltou que ainda tem uma sequência de obras para serem inauguradas ainda este semestre, e sem dúvida, é isto que nosso povo quer: ações concretas. O secretário de saúde padre Carlos, agradeceu ao prefeito e aos vereadores pelo apoio de todos desse governo, pelo desafio que lhe foi proposto, comandar a secretaria de saúde, ao conselho municipal de saúde e à população que também apoiado esta gestão, e a sua equipe de trabalho. A secretaria de saúde só tem avançado no trabalho e no mês de abril será realizada a primeira caravana de saúde, bem como, a definição do concurso público para a saúde. O secretário também agradeceu aos diretores do hospital São José pelo convênio assinado para atender a população, pois esta parceria só vem somar. O Prefeito João Carlos frisou que este momento o deixa muito feliz agradeceu primeiramente a Deus, e a todos que têm ajudado a administração

municipal, não é só o prefeito, vice-prefeito e os vereadores e secretários, mas também o gari, o vigilante, o professor; todos são importantes para administração, disse também que não foi assinado nenhum convênio pra receber recursos, nem com o governo Federal e nem com o estadual, a administração municipal está mostrando que os impostos arrecadados pelo município estão sendo prestadas contas com a população através das ruas asfaltadas, das escolas, dos postos de saúde, na melhoria do atendimento na educação, na agricultura. O Governo municipal espera contar com a participação popular, fiscalizando orientando e cobrando da administração as ações que possam melhorar o dia-a-dia. No próximo mês de abril será realizada a caravana de saúde, onde o Governo Tempo de Crescer irá inaugurar os postos de saúde de Barcarena com intuito de levar serviço a todas as localidades. No ato foi feita a entrega de quatro kombi’s que atenderão: Vigilância Sanitária equipe de Epidemiológica, centro de Fisioterapia e Reabilitação e Equipe da Dengue; um pickup Nissan Frontier, ao Serviço de Borrifação de Inseticida contra dengue. Foram entregues, também, 25 bicicletas aos Agentes Comunitários de Saúde. Este é o Governo Tempo de Crescer, vivendo um Novo Tempo.


Secretaria de Emprego e Renda

Secretaria de emprego e renda buscando empregabilidade através do SINE

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A Prefeitura de Barcarena através da SEMER – Secretaria Municipal de Emprego e Renda trabalha no Departamento de Crédito, junto com as coordenadoras do SINE, (Barcarena e Vila dos Cabanos), buscando através de visitas às empresas a captação de vagas para atender a demanda de trabalhadores cadastrados nos dois SINEs. Esta ação vem dando bons resultados, pois aproxima as empresas do trabalhador. Segundo a Secretária Eny Furtado, uma das metas prioritárias do Departamento de Emprego da SEMER é que as empresas estabelecidas no município empreguem o trabalhador sem experiência profissional comprovada em carteira (carteira branca), buscando assim a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho. Os SINEs de Barcarena e Vila dos Cabanos atuam também com o cadastramento do Programa Bolsa Trabalho e Seguro Desemprego, que até o mês de Dezembro de 2010, fizeram o equivalente a 690 atendimentos. Só de encaminhamentos para as empresas até o momento são de 431(quatrocentos e trinta e um) trabalhadores para emprego dentro do

polo industrial do município e mais 366 (trezentos e sessenta e seis) trabalhadores encaminhados para outros municípios do estado, onde há pedidos desses profissionais para suprimento de vagas. A Prefeitura Municipal de Barcarena tem dado total apoio às ações da Secretaria de Emprego e Renda, que visa melhoria na qualidade de vida dos moradores do município, acesso à empregabilidade e a geração de emprego e renda, com igualdade para todos.

Os SINEs de Barcarena e Vila dos Cabanos atuam também com o cadastramento do Programa Bolsa Trabalho e Seguro Desemprego, que até o mês de Dezembro de 2010, fizeram o equivalente a 690 atendimentos.


Equipe da SEMER em reunião na Albrás

Buscando parceria com a Albras para o aumento da empregabilidade no município A Prefeitura de Barcarena, através da Secretaria de Emprego e Renda- SEMER não mede esforços para que os trabalhadores do município consigam se enquadrar no mercado de trabalho. O ano de 2011 marca o momento de produtivo diálogo com as empresas que compõem o complexo industrial de Vila do Conde. No dia 21 de março, a Secretária Eny Furtado e sua equipe, estiveram em reunião com a Senhora Helena Brito, gerente de relações externas e comunicação empresarial da Albras, para buscar parceria, visando o estreitamento entre as empresas prestadoras de serviço dentro do campo da ALBRAS e o SINE. Nesta visita, a SEMER sugeriu que todos os trabalhadores, sejam a partir de agora contratados pelas empresas, somente com a Carta de Recomendação do SINE. A equipe da Secretaria solicitou à ALBRAS, que as empresas ofereçam estágio remunerado e aproveitamento dos munícipes concluintes e estudantes de nível superior e técnico dos cursos voltados à área do complexo industrial. A secretaria está fazendo um levantamento da mão de obra especializada com formação de nível superior e técnico, para levar à empresa um mapa completo de profissionais qualificados dentro do município de Barcarena. .

A Albras mostrou-se interessada e iniciou um diálogo positivo com a SEMER, inclusive acenando com a possibilidade de fazer algumas modificações em sua política de empregabilidade e solicitou a Secretaria a elaboração de um projeto para análise das reivindicações e posterior compromisso com o município.

SEMER solicita ao dep. Giovanni Queiroz convenio com Ministério do Trabalho Secretária de Emprego e Renda entrega documentação necessária ao Excelentíssimo Senhor Deputado Federal Giovanni Queiroz - PDT – PA, para firmar convênio do “Programa Pró Jovem” entre o Ministério do Trabalho e a Prefeitura Municipal de Barcarena, que irá capacitar a juventude de nosso município. Uma das metas prioritárias desta Secretaria é a qualificação profissional de nossos jovens, possibilitando assim, sua inclusão no mercado de trabalho no primeiro emprego.

Secretária de Emprego e Renda, Eny Furtado Deputado Federal Giovanne Queiroz

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cinema

por Kaliu Andrade

No limite da sua

imaginação

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cinema vem evoluindo no Brasil, seja em produções ou na forma de divulgá-lo. No Pará, ainda falta muito para acompanhar o ritmo das grandes metrópoles pela falta de incentivos e de editais específicos para o cinema. Já pessoas tarimbadas, história e ricos cenários é o que não faltam em nossa cidade. Segundo o historiador Aldrin Figueiredo (41), a história do cinema na Amazônia, começou aqui com os Cosmorama, que eram imagens estáticas projetadas na parede, tudo isso no Séc XIX e eram exibidas no arraial de Nazaré, no teatro providência. Um início diferente, mas que datou os primórdios do cinema no Pará. “No início do século surgiram muitos cinemas, o Olímpia, por exemplo, que foi fundado no dia 24 de abril de 1912 pelos empresários Carlos Teixeira e Antonio Martins, donos do Grande Hotel (onde hoje está o Hilton Hotel) e do Palace Theatre (na mesma quadra). Eles queriam fazer do cinema um ponto “chique” para atrair os freqüentadores do Theatro da Paz e, obviamente, os hóspedes de seu hotel”, afirmou o historiador. Outra grande vedete do cinema é, sem dúvida, a inauguração do Cine Teatro Líbero Luxardo, criado em 1986, que se constituiu em espaço cultural de

múltiplo uso. O “Cineminha do Centur”, como é mais conhecido, possui até hoje uma seleta programação cinematográfica que privilegia a exibição de cinema de autor, curtas-metragem, documentários, festivais étnicos e clássicos do cinema.

Um Cinema com passado, presente e futuro Com um passado rico no cinema nacional, Belém iniciou o processo de preservação da memória do cinema através do Museu da Imagem e do Som do Pará. Começou através do projeto que consistia em filmar com câmeras betacam digital a projeção de filmes do seu acervo. Nesta época, a telecinagem estava além das possibilidades. O resultado serviu para que pesquisadores pudessem acessar cinejornais das décadas de 1960 e 1970 de Milton Mendonça e os longas-metragem de Líbero Luxardo do mesmo período, além de outros títulos relevantes como o contundente Vila da Barca, de Renato Tapajós, realizado em 1963.


Historiador Aldrin figueiredo

Líbero Luxardo era natural de São Paulo mas radicado no Pará na década de 1940, foi jornalista, político, intelectual e cineasta de grande expressão na cultura regional, autor dos romances Marajó e Um dia qualquer. Foi também um renovador da cinematografia nacional com o curta metragem Aruanã e os longas, Um Dia Qualquer, Marajó, Barreira do Mar e Três Balas e um Diamante – sobre o garimpo paraense – dos quais participaram apenas atores locais, e com os quais deu origem à indústria cinematográfica local. Esse pontapé inicial abriu portas para muitos outros cineastas desenvolverem seus trabalhos. Timidamente foram surgindo bons trabalhos. “Sem muita rentabilidade os curtas servem de vitrine para cineastas, produtores, diretores e roteiristas”, afirmou o publicitário João Inácio (32). “Há 12 anos trabalho com cinema e acompanho e acompanhei bons trabalhos como o Xote da bota, Açaí com Jabá e Mulheres Choradeiras. Teve um tempo que Belém foi tomada pela produção de documentários”, destacou o publicitário. Porém, foi na era Collor que o cinema amargou dias difíceis. Sem a abertura dos editais ficava quase impossível fazer cinema no Brasil. A linguagem dos curtas é subjetiva. Filmes que são compreendidos e acompanhados pelos chamados cinéfilos. “Eles são assim porque você tem como mostrar seu trabalho, explorar sua visão, sua criatividade, sua arte. Spielberg mesmo quando surgiu tinha feito um filme extremamente louco, tudo isso o consagrou e o fez mostrar o tamanho de sua criatividade”, atestou João.

Cinema na web 2.0 “Não houve muita evolução nos incentivos e editais, porém as pessoas estão produzindo mais, até mesmo por conta da internet e das câmeras semi profissionais”, destacou o publicitário. Prova disso é o trabalho que a turma da Websérie Nós anda desenvolvendo na cidade e que despontou em audiência e conceito do público. Em julho de 2010, quando foi postado o primeiro teaser trailer da websérie NÓS na internet, começaram as especulações sobre como seria esse novo projeto audiovisual nunca antes visto em Belém. Sete meses depois, os internautas continuam intrigados, mas desta vez estão plugados para conhecer o desfecho da história. Segundo Joaquim Araújo (23) , diretor da websérie, “o projeto tem como proposta trazer a Belém uma inovação no que diz respeito à produção audiovisual local. “NÓS”é a primeira websérie em 10 episódios produzida no Pará e feita com elenco e técnica formados integralmente por profissionais locais”. O ator e diretor Joaquim Araújo descobriu diversas formas de produzir audiovisual que não necessariamente precisassem depender de

distribuidoras, editais e grandes produtoras. Por ser jornalista e já ter uma relação anterior trabalhando com a convergência das mídias web e audiovisual, ele aproveitou o constante crescimento que as webséries têm no exterior e no Brasil para trazer a novidade para Belém. Na era da tecnologia pouco se perde, novas formas de fazer cinema surgem e vem mostrando que o céu não é o limite. Sonhos possíveis, se o roteirista se permitir criar e dar asas à imaginação. “NÓS” é transmitida pela internet através do seu canal no youtube www.youtube.com/noswebserie. Já estão disponibilizados cinco episódios no canal. O material da websérie na Internet possui mais de 7 mil acessos e já foi listada até no The Internet MovieDatabase (IMDb), site internacional com informações sobre produções cinematográficas do mundo inteiro.

Conhecendo o Acervo do MIS-Pará

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Acervo Milton Mendonça (Jussara Filmes): pequenos filmes, cinejornais como eram chamados, em preto e branco que retratavam eventos da Belém nos anos 60 e 70, com destaque para o filme comemorativo aos 350 anos de Belém feito em 1963. Acervo Líbero Luxardo: paulista de nascimento, na década de 1930 realizou filmes sobre a Revolução Constitucionalista, e no Pará 04 filmes na década de 1960, Um Dia Qualquer, Marajó: Barreira do Mar, Brutos Inocentes e Um Diamante e Cinco Balas, esse último perdido definitivamente, só restou a trilha composto por Waldemar Henrique. Os outros três títulos anteriores estão em nossa reserva e disponíveis em DVD e VHS. Acervo Waldemar Henrique: composto por mais de 15 mil peças entre diários, partituras, cadernos de música e objetos pessoais do acervo pessoal do Maestro passa agora por um processo de catalogação para a posterior disponibilização de seu conteúdo em um CD-ROM. O Museu da Imagem do Som do Pará tem um acervo de cerca de 2.500 rolos de películas em 8, 16 e 35 mm, 3500 filmes em vhs e 500 fitas K7. Núcleo Feliz Lusitânia, Casario da Padre Champagnat, Rua Padre Champagnat, s/n. Tel.: (91) 4009 8817


desenvolvimento

por Jorge Pirixan

Prefeito Chamonzinho faz

Curionópolis renascer 348 R E V I S T A B A C A N A • 9 • 2 0 1 1

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Município de Curionópolis, no sudeste do Pará, completou 23 anos de emancipação política, mas para a maioria dos moradores é como se estivesse nascendo agora. Esse sentimento se dá pelo abandono em que a cidade se encontrava antes do Prefeito Wenderson Chamon assumir a Prefeitura Municipal. “Quando assumimos sabíamos que o desafio era grande, mas nos assustamos ao constatar o estado de precariedade em que os serviços e prédios públicos se encontravam, bem como o estado lastimável das ruas. Hoje, apenas dois anos e meio depois, vimos que estamos fazendo uma verdadeira revolução no município.”, comenta Chamonzinho. Conhecedor a fundo dos maiores e mais alarmantes problemas da cidade, o Governo do Trabalho priorizou três importantes áreas: educação, saúde e obras. Em pouco tempo, Curionópolis foi revirada do avesso com o maior projeto de asfalto já realizado em toda a sua historia. As ruas mais críticas foram as primeiras a receberem as obras de infra-estrutura completa com drenagem, terraplenagem e o tão sonhado asfalto. Até agora, foram pavimentados 17 km de ruas. “Nós começamos o trabalho pelas ruas onde as pessoas viviam situação de desespero com a água das chuvas invadindo as casas, os quintais, causando danos materiais e ameaçando as vidas dos moradores. Agora dá gosto passar na rua e vê as pessoas que queriam ir embora construindo ou reformando sua casa.”, orgulha-se Chamonzinho.

A saúde também recebeu atenção imediata do Prefeito Wenderson Chamon, que praticamente reconstruiu o Hospital Municipal que estava em completo estado de abandono com leitos com infiltração, materiais hospitalares sucateados, remédios vencidos. Um verdadeiro caos. Muito trabalho deveria ser realizado em pouquíssimo tempo. A população sabia que o município de Curionópolis, no sudeste do Pará, vem vivendo uma verdadeira revolução administrativa, sob o comando do Prefeito Wenderson Chamon. A cidade saiu do total abandono em que se encontrava para viver a realidade de melhorias imediatas nas áreas da educação, saúde e asfalto. Com tanto por fazer e recursos tão escassos, o Prefeito Chamonzinho atendeu o apelo da população e concentrou os esforços da administração nesses setores, considerados os mais graves.


349 Nós começamos o trabalho pelas ruas onde as pessoas viviam situação de desespero com a água das chuvas invadindo as casas, os quintais, causando danos materiais e ameaçando as vidas dos moradores. Agora dá gosto passar na rua e vê as pessoas que queriam ir embora construindo ou reformando sua casa


natureza por ASCOM/ SEMA

Um lugar para ser

conhecido e visitado

Parque Estadual do Utinga Para ter contato com a natureza, fazer trilhas ecológicas, caminhadas e praticar atividades educativas, não precisa ir tão longe. Localizado na cidade de Belém, na área conhecida como Utinga (termo indígena que significa “quantidade de água, nascentes e rios”), o Parque Estadual do Utinga – PEUt, reúne tudo isso em um só lugar.

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PEUt é uma Unidade de Conservação da Natureza (UC), de Proteção Integral, criado em 03 de maio de 1993 pelo Decreto Estadual 1.552, e que tem, aproximadamente, 1.340 hectares de extensão. O objetivo da sua criação foi a preservação e manutenção dos recursos naturais principalmente dos mananciais que existem, como o Lago Bolonha e o Água Preta, com volumes de 2 e 10 bilhões de litros de água respectivamente, que são responsáveis pelo abastecimento de água de mais de 60% da população da Região Metropolitana de Belém. Além da preservação dos lagos, outras prioridades são imprescindíveis na UC, como assegurar a proteção a toda forma de vida existente na área – fauna e flora.

Sua área de floresta de terra firme, várzea, igapós, capoeirões, capoeiras, é composta por um reservatório com 62 espécies de mamíferos, 65 espécies de répteis, aproximadamente 49 espécies de anfíbios, insetos, além de 26 famílias com 112 espécies de aves. Este Parque é considerado o maior Parque Ambiental em região metropolitana na Amazônia e um dos maiores do Brasil. Esta área natural preservada, com rica biodiversidade em meio a um ambiente urbano, ajuda a melhorar a qualidade de vida da população residente em Belém e Região Metropolitana. “O Parque é também um lugar onde é possível praticar atividades ligadas ao meio ambiente como, atividades educativas, pesquisa científica, corridas


Pedro Rodrigues e seu pai.

Aqui não tem o problema do trânsito, a poluição é bem menor e a gente ainda fica em contato com a natureza. Corro aqui no Utinga há mais de 3 anos, em média, duas vezes na semana. Pedro Rodrigues

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e caminhadas, passeios de bicicleta, trilhas ecológicas monitoradas, prática de esportes de aventura de mínimo impacto, contemplação da natureza e outras atividades de lazer e recreação ao ar livre que não sejam causadoras ou potenciais causadoras de impacto. O Parque do Utinga é um espaço para a população desfrutar de ar puro e qualidade ambiental, além da paisagem fantástica, uma ótima opção de passeio e relaxamento na cidade”, explica Socorro Almeida, Gerente do Parque Estadual do Utinga. O comerciante Pedro Rodrigues é uma das várias pessoas que usam o Parque para a prática da atividade física, morador do bairro do Umarizal, ele diz que prefere se deslocar até o PEUt do que correr em áreas próximas de sua residência. “Aqui não tem o problema do trânsito, a poluição é bem menor e a gente ainda fica em contato com a natureza. Corro aqui no Utinga há mais de 3 anos, em média duas vezes na semana.” explica Pedro. Acompanhando o pai nas corridas, o policial militar Renato Rodrigues diz que

o Parque Estadual do Utinga é o lugar mais seguro e tranquilo para a prática de esportes. “Aqui nos sentimos seguros, já que os policiais do Batalhão da Polícia Ambiental estão sempre por perto. Outra coisa que me faz vir ao Parque correr, é que aqui a gente acaba fazendo grandes amizades”, ressalta o policial. Muitos eventos de cunho ambiental também são realizados no Parque, enfatizando cada vez mais a importância desse pequeno exemplar fiel da floresta amazônica. Com uma infraestrutura básica para atender ao público, o visitante pode desfrutar de um Centro de Visitantes, com dois trapiches em madeira, com vista para o Lago Água Preta. No local, há sempre uma equipe de monitores preparada para conduzir você nas trilhas ecológicas e dar informações sobre a Unidade.


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Socorro Almeida Gerente do Parque Estadual do Utinga

O Parque dispõe de um corpo técnico capacitado e habilitado para a condução de visitantes. Além dos técnicos, estagiários de várias instituições de ensino superior e de diversas áreas do conhecimento, principalmente de turismólogos. “O trabalho dessas pessoas é muito importante já que, em média, 160 pessoas visitam o Parque por dia, porém há períodos de pico, principalmente por ocasião de eventos relacionados ao meio ambiente”, explica Socorro. O Parque conta com vários parceiros para desenvolver as atividades: COSANPA, Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros Militar, Aeronáutica, além de um parceiro que está presente todos os dias junto com a equipe da Unidade, o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), com seu contingente qualificado para a proteção ambiental e segurança de quem visita o Parque. Através dessas parcerias, a equipe técnica do PEUt recebe treinamentos e capacitações constantes, para atender o visitante e otimizar ao máximo a qualidade da experiência, como é o caso de “noções de sobrevivência na selva”, “noções de primeiros socorros”, além de outros assuntos indispensáveis para o atendimento. Uma novidade para este ano é que a Gerência do Parque está fazendo o cadastro de todos que freqüentam o PEUt para formar uma associação denominada “Amigos do Parque”. Bom, agora você já sabe que no meio desta selva de pedra que é a nossa cidade, encontra-se uma área natural preservada que espera por sua visita. E lembre-se sempre que preservando o meio ambiente você preservará a vida!


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Como chegar ao PEUt? O Parque Estadual do Utinga está situado na Avenida João Paulo II, s/n – Bairro Curió-Utinga, Belém – Pará. O acesso ao PEUt pode ser feito também, a partir da Av. Almirante Barroso, pela rua do Utinga.

Horário de Visitação

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Horário de visitação: Segunda a sábado a partir das 06h para caminhantes, corredores, bicicletas até as 16h00min. E domingo de 06h as 12h. O horário da visitação para grupos com acompanhamento de condutor/ monitor é de 08:00h às 12:00h. Para agendar visitas, autorização de pesquisa e obter outras informações: As visitas monitoradas devem ser agendadas previamente, através de ofício endereçado à Gerência do Parque Estadual do Utinga, Sra. Socorro Almeida, na Avenida João Paulo II s/n, bairro CurióUtinga, com pelo menos 15 dias de antecedência da visita. Vale ressaltar que para cada solicitação feita ao Parque é necessário obter uma AUTORIZAÇÃO, emitida pela Gerência, para a efetiva realização da visita. Diretoria de Áreas Protegidas – DIAP/SEMA – Fone: (91) 31843613 (Gerência do PEUt) Centro de Visitantes – PEUt/ SEMA – Fone.: (91) 3276-2778 Site: www.sema.pa.gov.br

Quem deseja visitar o Parque precisa tomar antes algumas medidas • Solicitar autorização prévia da SEMA; • É necessário agendar as visitas quando forem feitas em grupos, como escolas e outras instituições públicas e/ ou privadas, para que possamos atender a todos, valorizando a qualidade da experiência e o objetivo da Unidade de Conservação, que é proporcionar oportunidade para a mudança de comportamento ambiental dos que visitam áreas naturais. • Respeitar as normas e restrições de Uso Público do Parque para não prejudicar o ambiente (Leia atentamente as Normas do Parque afixadas na guarita de entrada); • Manter-se nas trilhas pré-determinadas sem usar atalhos; • Para fazer trilhas, use sempre calça confortável, tênis, camisa de mangas compridas ou repelente; • Nunca entre nas trilhas sem um condutor do Parque. • E lembre-se, todo lixo gerado pelo visitante deve ser levado de volta pelo próprio.

Não é permitido • Qualquer atividade poluidora; • Fazer fogueiras; • A presença de animais domésticos como gato e cachorro; • Coletar espécie de vegetal, caçar, pescar, molestar ou alimentar animais. A floresta lhes dá tudo o que precisam, e alimento humano desequilibra a cadeia alimentar local e traz prejuízos irreparáveis à fauna; • Trafegar com mais de 30km/h; • Transportar ou usar qualquer tipo de arma branca ou de fogo, exceto militares no exercício da profissão; • Fotografar para fins comerciais, e somente com autorização para fins educacionais; entre outras restrições.


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progresso

Parauapebas por Zé Dudu

um novo lar de gente de todo o Brasil

“És escolhida e abençoada por Deus para acolher o povo teu”. Esse verso, retirado do hino da cidade, revela o sentimento vigoroso da população de um município que possui um pouco mais que sete mil quilômetros quadrados cuja sede fica ao pé da Serra dos Carajás, no sul do Estado do Pará. Para onde os olhares dos investidores estão carinhosamente voltados.

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D

istante 700 km da capital do Pará, Parauapebas é formada por emigrantes do Maranhão, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e das demais regiões do Pará. Graças ao minério de ferro retirado pela mineradora Vale, Parauapebas é hoje o município com o maior saldo da balança comercial brasileira. Com um PIB per capita estimado hoje em R$ 45,2 mil Parauapebas é uma cidade que cresce mais do que a China. Que recebe, a todo o momento, novos investidores dos mais diversos ramos. De acordo com a ex-prefeita do município e atual secretária nacional de política para o turismo, a paulista Bel Mesquita, “Parauapebas é uma cidade para quem quer ser ousado e o que não falta é oportunidade para empreendedores” Parauapebas é o município com o maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) do Pará. Enquanto a média estadual é de 3,7, numa escala que vai de 0 a 10, o índice local é 4.7, muito acima da média nacional, que é de 4,4.

Ao lado de Parauapebas, somente o município de Altamira, no centro-oeste paraense, obteve média 4,7. “Temos motivo de sobra para comemorar, uma vez que demos um salto de qualidade na educação nunca antes visto no município: passamos de 3,7 em 2007 para 4,7 atualmente. Esse é um resultado expressivo e que deve ser celebrado por toda a comunidade escolar de Parauapebas”, comemora o secretário municipal de Educação, Raimundo Neto. De acordo com o secretário, o município antecipou já em 2010 a nota que, em tese, era esperada tirar em 2013 – 4,6. “Se continuarmos nesse ritmo de crescimento, obteremos em quatro anos o resultado compatível com o dos países desenvolvidos, que é de 6,0”. No ramo imobiliário, só nos últimos três anos surgiram oito novos loteamentos no município. Isso significa a oferta de aproximadamente 35 mil novas moradias, muito aquém das 50 mil necessárias


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Mina de Ferro de Carajás

para atender a demanda. A estimativa é que, conforme vai recebendo os investimentos diretos e em seu redor, Parauapebas, que hoje tem uma população de 190 mil habitantes, chegue em 2015 com 300 mil habitantes. Em valores monetários, o setor imobiliário foi responsável por movimentar cerca de 3 bilhões de reais nos últimos 3 anos, e não vai parar por aí! No último dia 18 foi inaugurado na cidade o Unique Shopping Parauapebas, uma estimável obra que recebeu da Urbia investimentos de R$40 milhões somente em sua primeira etapa. Segundo o gerente do Shopping, Telmo Mendes, a ampliação, prevista para 2013, deve ter início um ano antes. Os hotéis em Parauapebas têm índice de ocupação maior que a média nacional. Somente em 2010, 3 novos empreendimentos no ramo foram inaugurados. Com cerca de três mil empresas, Parauapebas tem um dos mais fortes comércios da região Norte. A ACIP - Associação Comercial e industrial de Parauapebas – conta hoje com 783 empresas cadastradas, sendo que 50%

delas no comércio, 30% no ramo de serviços e 20% na indústria. Juntas elas geram algo em torno de 48 mil empregos diretos. Segundo o presidente da associação, o empresário Oriovaldo Mateus, “a estimativa é que, com a implantação dos novos projetos para a região, tais como o S11D e Alemão, no período de 2011/2015 sejam investidos em Parauapebas US$24 bi”, destacou. Para o Presidente, “qualquer empreendedor que optar por investir em Parauapebas, seja em educação, saúde, segurança, consultoria, agência de empregos, alimentação, mão de obra ou lazer, não perderá dinheiro, muito pelo contrário, terá retorno garantido”. Todavia, o presidente da ACIP adverte, “quem quiser vir para o sul do Pará e não ter problemas, que traga a sua mão de obra, pois, infelizmente, ela aqui não existe. Em todos os níveis”. De olho nos investimentos anunciados pela Vale, no contínuo crescimento de Parauapebas e no incremento do turismo, principalmente de negócios, o ex-técnico da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo,


Com apenas 23 anos, celebrados em 10 de maio, o município de Parauapebas revela-se como porto seguro para novos investimentos. Até pela pouca idade, sabe-se que muito ainda há de ser feito para que ele se torne a menina dos olhos também em áreas como as da cultura, educação, saúde e lazer.

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esteve em Parauapebas no lançamento de um loteamento e disse acreditar muito no município. Um dos seus primeiros investimentos, já de imediato pretende construir um hotel – Comfort Suítes – com cerca de 140 apartamentos. Na área administrativa, o atual prefeito, Darci José Lermen (PT), vem investindo maciçamente os royalties recebidos da mineradora Vale em compensação do minério extraído. A cidade conta hoje com um moderno prédio que abriga a prefeitura municipal, já está sendo construindo um hospital que atenderá a demanda do município e, até o final do ano, todas as salas de aula da rede municipal serão climatizadas. Além disso, a prefeitura está licitando a compra de dois mil computadores portáteis para serem usados por alunos e professores em salas de aula. Na área de infraestrutura, segundo revela o prefeito Darci Lermen, “Parauapebas investirá com recursos próprios, R$14 milhões em saneamento básico nos bairros periféricos em 2011. Ainda segundo Lermen, esse investimento elevará Parauapebas ao topo das cidades com maior rede de água e

esgotamento sanitário da região Norte”, afirmou. Diagnóstico encomendado pela Vale em 2010 mostrou que a região de Parauapebas já responde por um terço da economia do Pará e, no ritmo atual de crescimento, deverá ultrapassar a região metropolitana de Belém. O estudo revela que o sudeste paraense vem tendo um crescimento econômico a taxas que, em média, representam o dobro do crescimento da China. Com apenas 23 anos, celebrados em 10 de maio, o município de Parauapebas revela-se como porto seguro para novos investimentos. Até pela pouca idade, sabe-se que muito ainda há de ser feito para que ele se torne a menina dos olhos também em áreas como as da cultura, educação, saúde e lazer. São necessários investimentos pesados por parte dos poderes públicos e privados em telefonia, energia elétrica, trânsito e internet para maior segurança dos que lá aportam à procura do Eldorado financeiro.

História de Parauapebas Como nasceu a Vale no Pará, razão de ser de Parauapebas Até a década de 50 o Brasil era a região sudeste e o sul e, como diz Milton Nascimento em uma canção, vivia de costas para o interior. Foi ai que o presidente Juscelino Kubitschek criou Brasília para que o país assumisse de fato a região central. Porém, o norte continuou esquecido, exceção das cidades costeiras, Belém e Manaus. Assim a Amazônia passou a ser alvo de cobiça de países estrangeiros, – tanto os Estados Unidos, focados na exploração de riquezas naturais que já vinham pesquisando e até explorando clandestinamente, quanto a então União Soviética e seus países satélites, que viam a região como extremamente estratégica para a expansão do comunismo na América Latina. O governo Militar, que tomou o poder em 1964 estabeleceu como uma das metas prioritárias


espantar o perigo, que considerava iminente, de o país perder o domínio sobre a Região Norte, e agiu no sentido de fazer com que o Brasil tomasse posse efetiva e definitiva da Amazônia. Criou até um slogan para isso: integrar para não entregar. Assim, visando à imediata ocupação desse espaço territorial por brasileiros, ampliou e reforçou a presença militar na região, e começou a vender terras a preços irrisórios para quem desejasse e estivesse disposto a enfrentar uma região desconhecida e carente de qualquer infraestrutura, que o governo prometia criar nos anos seguintes, e cancelou concessões minerárias anteriormente vendidas a empresas estrangeiras, entre outras medidas. A Serra dos Carajás – um conjunto de três cadeias de montanhas (a Serra Norte, a Serra Sul e a Serra Leste) já era objeto de concessão de pesquisa e lavra de uma empresa americana – a US Steel Co., que aqui já fazia incursões através de uma subsidiária canadense, a Cia Meridional de Mineração, dentro de um programa denominado BEP – Brazilian Exploration Program, e em 1967 essa empresa detectou jazidas de hematita e manganês em Carajás. O governo Federal, então, em 1970, criou uma empresa, a AMZA – Amazônia Mineração S/A, para assumir a concessão de pesquisa e lavra na Serra. E transferiu para essa estatal as concessões que antes pertenciam à US Steel/Meridional. No final da década de 70 o mesmo governo, constatando que a enorme malversação de fundos praticada pela AMZA (que, além de outros absurdos financiava campanhas até de candidatos a vereador em cidades do interior do Pará e Maranhão), e sua falta de objetivo concreto e vontade de implantar e explorar as minas de Carajás, determinou à Cia Vale do Rio Doce, uma empresa também estatal fundada em Itabira-MG em 1946 onde se localizavam suas minas de ferro até então, que adquirisse os 49% da AMZA e, em 1977, vendeu-lhe os restantes 51% que pertenciam ao BNDES. Em 1978 a Vale assumiu o controle das ações, saneou a empresa, e planejou a exploração das minas, inicialmente a partir da Serra Norte.

Chico Brito, primeiro administrador, do então Núcleo Urbano de Parauapebas

Como se descapitalizara com a recente aquisição, a Vale, em função de sua alta credibilidade no mercado internacional, financiou as obras de implantação da lavra de Carajás junto a bancos estrangeiros – japoneses, ingleses, e junto ao BIRD-, amarrando o pagamento dos financiamentos em contratos de venda de minério, quase todos com duração de 20 anos. Previa, nessa época, exportar 25 milhões de toneladas de ferro nos primeiros 10 anos e chegar a 35 milhões depois disso, após duplicar a ferrovia Carajás/S.Luiz-Ma. A implantação da mina e da ferrovia e o financiamento por bancos estrangeiros com contratos de longo prazo levaram a empresa e o governo a criar, em 1980, o PROGRAMA GRANDE CARAJÁS, presidido por Nestor Jost, com o propósito de integrar todas as ações na região, incentivando todo tipo de iniciativa econômica, contanto que em mãos de brasileiros, e tendo a ferrovia como meio de escoamento de toda natureza de produtos que aqui se viesse a gerar. As ações do Projeto estavam sujeitas ao Senado Federal. De verdade a criação do Programa Grande Carajás, que envolvia ações de proteção social e ambiental, se deu principalmente com a finalidade e a partir da necessidade de garantir que os contratos de fornecimento de minério fossem cumpridos dentro dos prazos e sem interrupção. É que os compradores/ financiadores já tinham experiência anterior nesse sentido com as mineradoras da Austrália, onde nada se construiu além das instalações das minas e em cujo entorno se formaram favelas, juntou-se miséria e os protestos, com paralisação dos trens de minério, eram constantes, colocando em risco a entrega tempestiva do produto. A esse sobressalto os compradores não queriam mais estar sujeitos.

Nascia Parauapebas O programa grande carajás estabeleceu que a exploração da mina deveria contemplar, o assentamento de agricultores na região do entorno das minas, para produzir alimentos que ali se consumiriam, e a construção de uma cidade dentro dos padrões civilizados, com água e esgotos tratados, energia elétrica, hospital, escolas, etc., onde se acomodariam aqueles que, forçosamente seriam atraídos pela mineração mas não seriam absorvidos diretamente por ela. E em 1982 a Vale adquiriu terras do fazendeiro Lair Guerra Toledo e iniciou o desmatamento para a construção do Núcleo Urbano de Parauapebas. Estabeleceu-se ainda que no mínimo 70% da mão de obra empregada pelas empresas que operavam na região teriam de ser formados

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Darci Lermen, prefeito

Resultado: 99% de aprovação, de votos pelo SIM. Embora muitas pessoas pensem que a emancipação aconteceu foi naquela data, – muitos confundem plebiscito, emancipação e eleição, e não sabem que antes disso foi percorrido um longo e duro caminho, e para chegar ao resultado final foi necessário enfrentar muitos embates, muitas e poderosas forças externas

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por paraenses e maranhenses. Isso não só na Vale mas também nas terceirizadas, que quando não cumpriam essa exigência, também não recebiam da Vale suas faturas. Ao mesmo tempo o Governo Federal entregou a implantação do assentamento agrícola ao GETAT, coordenado pelo Coronel Antônio Lisboa, que realizou um trabalho de excelência. Foi o melhor assentamento que até hoje se fez no Brasil, e começava à margem da PA-275, onde se encontra hoje o Bairro de Rio Verde, que nasceu em 1982 com a invasão dos primeiros lotes do Assentamento. O GETAT fez a triagem dos candidatos, todas as obras do projeto, e entregou a cada contemplado um lote de 50 hectares,

já com estradas, escolas, hospital, um técnico agrícola em cada vicinal, todo o material para a construção de uma casa, sementes, ferramentas, e um salário mínimo por um ano. Foram selecionadas criteriosamente e assentadas 2.000 famílias no Projeto Agrícola no ano de 1983. Deuse o nome de CEDERE I e CEDERE II a cada uma das partes do assentamento (CEDERE=Centro de Desenvolvimento Regional). O CEDERE II é hoje o Município de Canaã dos Carajás. O CEDERE III, que seria implantado em uma segunda etapa não chegou a sê-lo. No final de 1982 as obras do Núcleo Urbano de Parauapebas já estavam em andamento e a Vale incumbiu o Administrador da Coordenação de Obras de Marabá, José Francisco de Brito, de supervisionar o andamento das construções do projeto. E no mês de março de 1983, após levado seu nome ao Presidente da República, General João Batista Figueiredo, Francisco Brito foi nomeado, juntamente com o prefeito de Marabá, (que era Área de Segurança Nacional), como “Administrador Regional de Parauapebas”, com a responsabilidade de dar início à implantação da cidade. Neste mesmo ano foi inaugurado o prédio da Prefeitura de Parauapebas, a Delegacia Pública e a cadeia, o Hospital Público, atual Hospital Municipal Teófilo Soares, após firmar convênio para essa finalidade com o SESP, e iniciou a distribuição dos lotes para quem quisesse se estabelecer na localidade. Em seguida foi inaugurada a Escola General Euclydes Figueiredo, já com cursos de 1º e 2º graus. Foi em Julho de 1984 que aproximadamente 100 mil garimpeiros de Serra Pelada, insuflados por políticos de Marabá, no intuito de forçar a Vale a


Prédio da Prefeitura Municipal

realizar obras que lhes permitissem continuar garimpando na cava do garimpo, depredaram quase todas as instalações públicas do Núcleo Urbano de Parauapebas, inclusive a Estação de Tratamento de Água, o prédio da Administração, e outros próprios públicos, só deixando ilesos, e a muito custo, o hospital e a escola. Isto por imaginarem que o Núcleo Urbano de Parauapebas pertencia à mineradora. Em 28 de fevereiro de 1985 o Presidente da República João Batista Figueiredo inaugurou a ferrovia e a Vale iniciou a exportação do minério de Carajás. O trem de passageiros só viria a ser inaugurado um ano depois, por que não havia vagões de passageiros disponíveis para aquisição no mercado em 1985 e a Vale teve que encomendar e aguardar por um ano a entrega da encomenda que fez a uma empresa européia. A inauguração da ferrovia, com a conclusão das obras de implantação das minas, fez com que as empresas empreiteiras colocassem na rua um contingente de aproximadamente 10.000 homens. Dos 14 mil operários da obra restaram pouco mais de 3.500, os de operação. Isto causou um baque profundo na economia de Parauapebas: os preços dos imóveis despencaram, o movimento no comércio reduziu-se drasticamente, e muitos moradores abandonaram a localidade. Uma lei aprovada na Câmara de Marabá, após um acordo firmado entre a Administração de Parauapebas, a de Marabá e a Vale, em 1983

determinava que 10% dos impostos recolhidos pela Serra dos Carajás à prefeitura de Marabá teriam que retornar para Parauapebas, em obras ou em recursos, mês a mês. Isso, contudo, jamais aconteceu. Com as instalações públicas destruídas pelos garimpeiros o Administrador de Parauapebas começou a cobrar com insistência a reconstrução com esses recursos que Marabá continuava retendo. Depois de inúmeras e tensas reuniões (em que até ameaças de morte ocorreram da parte de representantes da Câmara de Marabá) e após constatar que se dependesse desses recursos a recuperação dos prédios em Parauapebas jamais ocorreria, e com a responsabilidade de ter de administrar uma localidade em situação de calamidade pública, Francisco Brito e alguns separatistas radicalizaram e iniciaram uma campanha para separar a região do Município de Marabá, criando o Município de Parauapebas. Em consulta a legislação pertinente – trabalho que encomendado junto ao Dr. Frederico Marinho, atualmente Juiz da Comarca de CaxiasMa -, foram convocadas pessoas de destaque e líderes na comunidade, representantes de partidos políticos, e criou-se comissões, cada uma com responsabilidade por uma tarefa necessária à nova empreitada: separar-se de Marabá. E iniciou reuniões com a finalidade de esclarecer e motivar a população. A maioria delas foi realizada no Clube do Morro, no Bairro de Rio Verde.

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População mobilizada para dizer SIM à emancipação

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Os principais e mais ativos participantes na fase inicial, e que continuaram até ao final da campanha vitoriosa, foram D. Terezinha da Feira, que ficou encarregada de coletar as assinaturas de eleitores locais (a primeira peça necessária para dar início ao processo), Zé da Papelaria, que junto com Valdir Flausino e Chico Brito se encarregou de cuidar das finanças, (angariar recursos para viagens a Belém que foram freqüentes para acompanhar os trabalhos na Assembléia), Osmar Careca, Leleu, Dr. Bento Torres Pinto e Juca que ficaram com os trabalhos de mobilização popular, e outros moradores que depois se juntaram ao longo do tempo e receberam outras incumbências. Os maiores colaboradores com recursos para viagens foram Almir da Transrodovia, José Rodrigues do Vale – JR, Ernesto Almeida e Zé da Areia. Iniciada em 1985 a campanha tomou corpo em 1986. Isso, em função de um acordo político firmado entre a Comissão emancipadora e o então candidato a Deputado Estadual Carlos Cavalcante, selando uma troca de favores: pelo acordo, Parauapebas votaria em massa em Carlos Cavalcante e ele, uma vez eleito, assumiria a causa da emancipação de Parauapebas. E assim aconteceu. Toda a documentação necessária à instrução do processo foi providenciada e entregue ao deputado, em sua residência, em Conceição do Araguaia, às vésperas de sua posse, e ele deu entrada no Requerimento de nº 008/87, na primeira hora de seu mandato, cumprindo o combinado. Seguiu-se o processo até o momento em que a Câmara de Marabá teria que votar ou pelo seu prosseguimento ou pelo seu arquivamento, conforme estabelecia a lei, e Marabá comunicou que, definitivamente, não aceitaria a emancipação, e votaria pelo arquivamento do processo que tramitava na Assembléia dos Deputados, enterrando de vez os sonhos de independência do futuro novo município. 1988 era ano de eleições municipais e Marabá apresentaria seis candidatos à prefeitura. Todo o colégio eleitoral de Marabá, fora Parauapebas e Curionópolis, era de 47 mil eleitores. O PFL não tinha candidato com chances de sair vencedor

da disputa e a comissão levou à direção do partido, João Brasil Monteiro, Rui, e o vereador Pedro Oliveira – este, um dos candidatos sem a mínima chance de se eleger à prefeitura, em Marabá, a seguinte proposta: ele escolheria um candidato a prefeito de Marabá residente em Parauapebas formando chapa com um vice de Curionópolis, para disputar as eleições. E demonstrou que seria uma eleição ganha por que contaria com a votação maciça das duas localidades, e Parauapebas somado a Curionópolis tinham também 47 mil eleitores. A ameaça contava ainda com a mudança da sede do município para Parauapebas. Como resultado disso, a Câmara de Marabá convocou imediatamente uma sessão extraordinária e aprovou o prosseguimento do processo de emancipação por unanimidade. Detalhe que só depois foi informado: por ser uma área de intensa migração, dos 47 mil eleitores de Parauapebas e Curionópolis que constavam nos arquivos do Cartório Eleitoral, nem a metade residia mais na região. Superados todos os percalços, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará marcou o dia 24 de abril daquele ano para a votação do plebiscito, quando a população diria se desejava se separar ou não do municípiomãe. Resultado: 99% de aprovação, de votos pelo SIM. Embora muitas pessoas pensem que a emancipação aconteceu foi naquela data, – muitos confundem plebiscito, emancipação e eleição, e não sabem que antes disso foi percorrido um longo e duro caminho, e para chegar ao resultado final foi necessário enfrentar muitos embates, muitas e poderosas forças externas – a força política de Marabá, a maior delas-, e até de grupos internos, locais, que, ou por que a serviço de políticos marabaenses, ou por mesquinhos interesses de autopromoção pessoal, lutaram muito contra nossa emancipação. Finalmente, em 10 de maio de 1988 o então governador do estado do Pará, Hélio da Mota Gueiros sancionou a lei Estadual nº 5.443/88, que criou o Município de Parauapebas.


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desenvolvimento

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Prefeito de MarabĂĄ

Maurino MagalhĂŁes

fala de desenvolvimento e projetos para a cidades considerada o tigre da AmazĂ´nia


Caderno

Marabรก em Progresso


Entrevista com o prefeito de Marabá

Maurino Magalhães

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aurino nasceu em Itabaiana, município do estado do Espírito Santo, mas veio para o Pará logo aos sete de idade. Trabalhou na roça com seu pai e quando adulto chegou a capinar quintais para sustentar a família. Homem simples e muito querido, Maurino foi convidado a ser candidato a vereador aos 33 anos e foi o 9° mais votado nesta eleição. Nesse momento começava a história do político que hoje comanda Marabá, município em pleno desenvolvimento e que merece destaque em nossas páginas. Revista Bacana - Quantas obras estão em andamento na cidade? Maurino Magalhães – Só do poder público, da prefeitura, são 122 obras e mais dezessete loteamentos e seis condomínios. Nossa cidade está recebendo grande investimento das empresas privadas o que tem feito da nossa cidade um verdadeiro canteiro de obras. RB – De todas estas obras, quais faltam ser entregues? MM – Apenas 34 obras. Inclusive entre elas está o estádio municipal que vai ser entregue até o final de 2011, que vai abrigar vinte mil torcedores. Outra obra é a duplicação da transamazônica, três viadutos, que nos custaram 100 milhões de reais em um convênio com o DENIT. RB – Nos fale dos índices de crescimento de Marabá. MM – Hoje a cidade cresce mais de 20% ao ano, isso no setor econômico como também populacional, segundo dados do IBGE e da secretaria da fazenda. RB – Com o crescimento da cidade, muitas oportunidades de trabalho se abrem, embora isso também traga mão de obra não qualificada. Fale sobre isso. MM – É. Isso é uma preocupação, porque muita gente vem até Marabá, sem qualificação, em busca de emprego. Só para se ter uma idéia desta realidade,

a Vale colocou a disposição, há dois atrás, 3000 empregos, mas apenas 800 pessoas eram qualificadas para o trabalho. Isso nós observamos também no último concurso público que realizamos, onde a maioria era de fora do estado. Nós como cidade estamos prontos para acolher quem quiser ir para Marabá em busca de emprego, mas é bom que se tenha qualificação, assim o mercado absorve de uma melhor forma esse cidadão. RB – Muitos empresários locais estão investindo na cidade e não somente os empresários de fora de Marabá. Fale sobre isso. MM – Tem acontecido uma enorme motivação por parte dos empresários locais. Eles estão investindo em seus crescimentos. Fiz uma reunião na Associação Comercial do Pará e os alertei para o fato de que eles precisavam investir e acreditar na cidade, porque os empresários de fora estavam chegando com força total e tomando espaço. O setor de automóveis cresceu muito em Marabá, assim como o setor de eletrodomésticos que começou pequena e hoje tem enorme destaque. E mais, a cidade tá ganhando dois shoppings. Isso mostra o crescimento da nossa cidade. RB – Você acha que o empresariado local, do Pará, não tem se dado conta que Marabá está em alto crescimento e não ta se instalando na cidade como deveria? MM – Bom, existem empresas que tendo esta visão do desenvolvimento já estão indo para nossa cidade. A Yamada é um exemplo disso, mas as empresas do sul estão chegando em maior quantidade que as paraenses sim. Hoje Marabá está sendo reconhecida como cidade em desenvolvimento no Brasil todo. Vamos vai ser um setor industrial de grande porte e este é o momento certo para se investir na cidade. Exemplo disso é que já fomos procurados pelas fábricas da Mercedes e volksvagem.


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Shopping Pátio Marabá Um presente para a cidade Marabá é uma das cidades que mais cresce no Brasil. Ela tem sido alvo de investidores da mineração e da siderurgia. Uma cidade que possui um grande potencial de consumo varejista e que, agora, vê os benefícios do progresso em escala cada vez maior.

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arabá é a maior e a mais importante cidade do Pólo Carajás, área em livre desenvolvimento no sul/sudeste do Estado do Pará. Até 2014, a região de Marabá receberá investimentos públicos e privados que totalizam cerca de 33 bilhões de dólares. Pensando neste desenvolvimento e no centenário de Marabá, que acontecerá em 2013, o Grupo Leolar e a AD Shopping já estão preparando uma grande homenagem à cidade e sua gente com o maior e mais esperado presente: a inauguração do Shopping Pátio Marabá. Bem mais que a concretização de um sonho, o Shopping Pátio Marabá já é realidade na cidade, que levará até seus moradores um espaço altura de seu desenvolvimento. Ser roteiro certo de compras, entretenimento e diversão é o que promete o Shopping, fruto da união entre um dos maiores grupos empresariais do Norte, o Grupo Leolar, e uma das maiores administradoras de Shopping Centers do Brasil, a AD Shopping. Um empreendimento que pensa grande, exatamente como a cidade que há quase 100 anos, não para de crescer. Localização no bairro de Nova Marabá, em frente à Transamazônica, o Pátio está sendo construído em uma área de 60 mil m2, e terá 7 lojas âncoras, 6 lojas mega, 164 lojas satélites, 17 lojas fast food, 2 restaurantes, 1 parque de diversões, 5 salas de cinema ( sendo uma 3D), 12 quiosques e 1.103 vagas de garagem.

Além do shopping, o empreendimento prevê, ainda, a construção de dois hotéis das bandeiras Solare Hotéis e Suítes, e Expresso XXI. “Marabá faz parte de uma das regiões que mais cresce no estado do Pará e no Brasil. Nós, do Pátio Marabá, não poderíamos deixar de estar presentes e contribuir para este crescimento, trazendo para a cidade um dos mais modernos e arrojados centros de compras da região. Nossa previsão é de que o Pátio Marabá seja entregue em outubro de 2012, transformando a cidade em um novo centro comercial e gastronômico no sul e sudeste do Pará. Estamos extremamente honrados e satisfeitos de estar participando de maneira tão significativa da história de desenvolvimento do município.”, finaliza Tony Bonna, gerente de novos negócios da AD Shopping.

Tony Bonna, gerente de novos negócios da AD Shopping.


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Marabá

R E V I S T A

pungência, arrojo e crescimento

B A C A N A

Marabá é uma das cidades que mais cresce no Brasil. Ela tem sido alvo de investidores da mineração e da siderurgia. Uma cidade que possui um grande potencial de consumo varejista e que, agora, vê os benefícios do progresso em escala cada vez maior.

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idade musa de muitas canções ritmadas em diferentes sotaques, Marabá celebrou 98 anos de emancipação política no último dia 05 de abril e tem vários motivos para comemorar. Com quase um século, a cidade apresenta crescimento econômico e demográfico, digno dos tigres asiáticos, recebendo, inclusive, a denominação carinhosa de “Tigre da Amazônia”, em matéria de uma das maiores revistas de circulação nacional.

A palavra “Marabá” significa “mestiço”. A denominação não poderia ser a mais apropriada para nomear a cidade, que nasceu às margens dos rios Tocantins e Itacaiúnas, no sudeste do Pará. O município tem, segundo dados do censo 2010, 233.462 habitantes e é o quarto mais populoso do estado. A história política da cidade guarda, desde a emancipação do município de São João do Araguaia, em 1913, intervenções durante o regime militar e, ainda, a perda de áreas que correspondem hoje aos municípios de Parauapebas, que pertenceu a Marabá até 1988; a Eldorado do Carajás, que foi


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emancipado em 1991; a Água Azul do Norte, em 1993; e a Canaã dos Carajás, em 1994. Cidade que reúne vários brasis dentro do Pará, Marabá é hoje uma nova fronteira. Os noticiários anunciam, nacionalmente, promessas de emprego e desenvolvimento que, em outras épocas, também movimentaram a economia da cidade e da região. Um dos maiores projetos destinados para o município é a usina “Aços Laminados do Pará”, o projeto ALPA, da Vale, que terá investimento de U$ 3,7 bilhões. Existe uma grande expectativa de que a instalação da siderúrgica da mineradora impulsione ainda mais a economia do município, juntamente com o Projeto Aline, de beneficiamento de ligas metálicas, que será desenvolvido por meio de parceria firmada entre a Vale e a Aço Cearense (Siderúrgica Norte Brasil S.A. - Sinobras), gerando mais de 20 mil empregos no município. Empresários da região estão confiantes de que, a partir desses dois projetos, um polo metalmecânico seja implantado na região, garantindo assim geração de emprego e renda para a região. O município tem um grande desafio pela frente: crescer com desenvolvimento. A cidade vive um momento de crescente expansão imobiliária, com mais de 20 novos condomínios horizontais sendo implantados. Em 2010, foram anunciados projetos de dois shoppings, a construção de um hipermercado de uma grande rede varejista paraense (Y Yamada), além de grandes projetos de indústrias que aquecem a economia e trazem promessas de empregos e bons salários.

Marabá Originada a partir do bairro Francisco Coelho, mais conhecido como “Cabelo Seco”, Marabá já viveu diferentes ciclos de economia. Castanha-do-Pará, ouro, diamantes e borracha marcaram a história do município, mas agora é a vez do ciclo do aço, com grandes projetos sendo implementados no município. Dona de características que lhe são peculiares, Marabá foi colonizada por nordestinos, em sua maioria, maranhenses. Mas, hoje, a cidade abriu os braços para receber os brasileiros e também outros cidadãos do mundo, que estão espalhados pelos três núcleos urbanos do município: Marabá Pioneira, Nova Marabá e Cidade Nova. Os três núcleos funcionam quase independentes. Serviços públicos, agências bancárias e restaurantes estão distribuídos nas “Três Marabás”. A primeira delas ainda guarda algumas características da fundação do município. É na Marabá Pioneira que está localizado o bairro Francisco Coelho ou “Cabelo Seco”, que tem como marca registrada as casas às margens dos rios. Baixas, com paredes coladas e coloridas,

os varais coletivos ainda decoram o centro do bairro e dão a cara do “Cabelo Seco”, que é uma das áreas afetadas pelas cheias dos rios em épocas de enchentes. É curioso como as pessoas já estão habituadas a mudar conforme a maré. Apesar das grandes enchentes na parte velha da cidade, a população se mantém no local até as cheias do rio, quando as casas são inundadas e eles passam a morar em outras áreas da cidade. As enchentes são como um fenômeno natural, que já faz parte do “calendário” local. Os marabaenses da Velha Marabá moram seis meses, que é o período de seca, em suas casas, e nos outros seis meses de cheia migram para os outros dois núcleos da cidade. A orla “Sebastião Miranda” é outra marca registrada da Velha Marabá, onde são servidos churrascos de picanha e carne de sol, além de um suculento tucunaré, servido na manteiga com camarão e um delicioso pirão. A Nova Marabá foi a terra prometida para quem quis fugir das cheias. O que antes fora uma área de latifúndios, foi pensado e reordenado para dar lugar a uma área de comércios e também residências. A Nova Marabá tem uma característica ainda mais que peculiar: é um núcleo com vários bairros. São as famosas “folhas” da Nova Marabá. Dividida para ter o desenho de uma folha de castanheira, a Nova Marabá abriga a sede do poder executivo e várias secretarias de governo municipal e também a parte pioneira do complexo industrial da cidade. Já a Cidade Nova está do outro lado do Rio Itacaiúnas. O núcleo reúne vários bairros e abrigará a terceira fase do Distrito Industrial do município. É neste núcleo que estão as maiores vias públicas do município, a exemplo da avenida Itacaiúnas, que tem, aproximadamente, 4,5 quilômetros e corta sete bairros. É na Cidade Nova que está sediado o poder legislativo do município. A inauguração foi um dos grandes eventos de 2010. Nada mais justo para marcar a entrega da obra, que custou R$ 648.438,71 e levou mais de 3,5 anos para ser concluída.

Economia Diferentes ciclos movimentaram a economia de Marabá e a região sudeste desde o início da ocupação daquela área, em 1892. Castanhado-Pará, ouro, diamantes e, agora, o ciclo do minério de ferro e do aço dão pungência à economia da cidade. Essa fase da economia do município iniciou na década de 80, do século passado, com a implantação de duas usinas de ferro gusa: a Cosipar, a pioneira na produção de ferro gusa no sudeste do Pará; e a Simara, que hoje deu lugar à Sinobras.


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O Distrito Industrial de Marabá (DIM) alcança sua terceira fase com a implantação dos projetos Alpa e Aline, na BR 230, sentido Marabá – Itupiranga. As duas primeiras etapas do DIM estão localizadas na recém-criada BR 155, antiga PA 150. Nessa área, estão instaladas 10 usinas de ferro gusa e a primeira aciaria do Norte do Brasil, a Sinobras. O final da década de 1990 e início dos anos 2000, foram marcados pela instalação de outras empresas do setor no município, a exemplo da Ibérica, Sidepar, Maragusa, Sinobras, Cikel (antiga Terra Norte), Ferro Gusa Carajás, Sidenorte, Usimar e Da Terra. O ferro gusa produzido em Marabá envolve uma cadeia produtiva que já gerou, segundo o Sindiferpa, em torno de 35 mil empregos diretos e indiretos, contribuiu para o aumento da arrecadação municipal e fomentou a economia local. Com a crise econômica mundial, em 2008, o setor de produção de ferro gusa foi altamente prejudicado, provocando milhares de demissões que tiveram reflexos diretos em outros setores da economia, a exemplo do comércio e também da prestação de serviço. Quase três anos depois, algumas usinas ainda estão paradas e outras estão retomando a produção paulatinamente.

De acordo com o PIB local, que é o quarto maior do Estado do Pará, o setor de serviços é o de maior destaque como principal atividade econômica marabaense, seguido da indústria. A pecuária também é forte para a economia do município. Estima-se que haja um rebanho de 20 milhões de cabeças de gado com alto padrão zootécnico, laticínios e frigoríficos (Grupo Bertin, o maior da America Latina). Segundo dados da Secretaria de Gestão Fazendária (Segfaz), a receita tributária do município cresceu 115% nos últimos dois anos. Em Marabá, de acordo com a Segfaz, foram emitidas, só no ano de 2010, 190.271 notas fiscais eletrônicas, com volume médio de R$ 74 milhões ao mês. O município registrou, ainda, a abertura de 584 empresas na categoria Simples Nacional e outras 117 na tributação normal. Ainda de acordo com a Segfaz, existem registradas, aproximadamente, 7 mil empresas no município, das quais 4.415 indicaram movimentação no período compreendido entre os anos de 2008 e 2011.

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Daniele Redign (Vale), Marcus Pereira (Sinapro), Walmor Costa (Planet) e Michely Murchio, a Vale e seus parceiros atuando forte no município.

Marabaenses por opção

Educação

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No que se refere à educação, o município vem dado passos largos nos últimos anos. A “pressa” pela instalação de universidades e cursos de nível técnico e superior para atender aos projetos que estão se instalando em Marabá e região tem garantido altos investimentos em educação no município. As faculdades e universidades instaladas em Marabá atendem municípios de entorno, como: Itupiranga, Nova Ipixuna, Palestina, Jacundá, São Domingos do Araguaia, Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, Rondon do Pará, Piçarra, São Geraldo do Araguaia, Brejo Grande do Araguaia, Parauapebas, São João do Araguaia, Curionópolis, Canaã dos Carajás e Eldorado do Carajás. Um bom exemplo do que tem sido feito é a ampliação do campus do Instituto Federal do Pará (IFPA). Além de área física, o campus está recebendo novos cursos, principalmente para as áreas de automação, construção civil e produção industrial. É em Marabá que a Universidade Federal do Pará mantém, entre outros, os cursos de Engenharia de Materiais e Engenharia de Minas e Meio Ambiente. Já a Universidade do Estado do Pará (UEPA), mantém os cursos de Engenharia Ambiental, Tecnologia Agroindustrial, com ênfase em madeira, e Ciência Naturais. Outras faculdades estão se instalando no município e obtendo sucesso, afinal de contas, o investimento em educação é uma demanda crescente da população que escolheu a cidade de Marabá para viver e trabalhar. Um bom exemplo desse sucesso é a Faculdade Metropolitana. Pioneira entre as faculdades privadas a se instalarem no município, a Metropolitana foi uma resposta à necessidade de qualificação de mão-de-obra pela qual viveu e ainda vive Marabá. Os cursos da faculdade estão direcionados para as áreas de gestão de pessoas (Administração e Recursos Humanos) e saúde (Fisioterapia e Educação Física), além de ter o único curso de Engenharia Civil do município.

A jornalista Ana Cristina Lacerda chegou a Marabá há 14 anos. Na bagagem, além da saudade dos familiares e amigos que ficaram em Belém, a vontade de vencer o desafio de fazer telejornal no interior do estado, ainda na década de 90. “Eu vim pra ser chefe de reportagem. E o desafio era muito grande. Eu tinha que liderar a equipe e ainda enfrentar a falta de infraestrutura da cidade e dos municípios da região, como a falta de estradas”, explica Ana. Ela destaca ainda que se deparou com a falta de profissionais para trabalhar em comunicação e também viu nessa carência uma oportunidade de mercado, para atender uma demanda de serviços que poderiam ser feitos por uma agência de comunicação. Assim nasceu a Planet Comunicação. A empresa conta com três sócios: Ana Lacerda, Walmor Costa e Cláudia Correia. “Existiam poucas empresas na época. Produtoras de vídeo, agências de publicidade, ainda amadoras, e nós vimos nisso uma oportunidade. Eu e meu marido optamos por abrir uma empresa nessa área e enfrentamos muita dificuldade para contratar mão-de-obra porque ninguém queria vir para Marabá. Ninguém queria sair de Belém. Hoje, é muito mais fácil você trazer um profissional da capital do que há 10 anos”, comenta. Ana acrescenta que amigos não entendiam a insistência em permanecer em um local tão distante e com poucas condições de transporte e entretenimento, por exemplo. “Disseram que estávamos malucos por querer continuar aqui, mas enfrentamos essas dificuldades porque sempre acreditamos estar na hora certa e no lugar certo. Sempre acreditamos no potencial da cidade e da região, e que o desenvolvimento e o crescimento chegariam”, afirma. Hoje, a Planet é uma das maiores empresas de comunicação de Marabá e é referência na região. Apostando no reconhecimento e na credibilidade do trabalho que vinham desenvolvendo, os proprietários foram além, expandiram os negócios e instalaram, há dois anos, a TV Norte Carajás, afiliada da Rede Record de Televisão, que inclusive conta com produção de telejornalismo em Parauapebas.


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“É bom ver que outras empresas estão vendo o desenvolvimento dessa região. Empresas de Belém estão vindo pra cá e a gente acha inclusive que essa concorrência vai ser positiva. Vai melhorar o mercado e também a qualidade dos profissionais. Mas é importante destacar que as instituições públicas devem olhar mais para a nossa região. O empresariado está fazendo a sua parte, mas precisamos de mais apoio para que as coisas possam acontecer de uma forma melhor, com menos sacrifícios. E a nossa perspectiva aqui em Marabá é de crescimento, cada vez mais”, concluiu.

Versatilidade

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Roberto Fonseca é engenheiro mecânico e hoje atua em um dos grandes projetos que estão se instalando no município. Ele também foi trazido a Marabá por uma proposta de emprego e procurou o consenso e o apoio da família para sair do Rio de Janeiro, onde residia há oito anos, e vir para o município. “Eu apresentei a oportunidade que a cidade oferecia para a minha família. Oportunidade de crescimento pessoal e de crescimento financeiro”, explicou. Em Marabá, desde 2006, o engenheiro ressalta que a família sentiu a falta de infraestrutura com a qual se depararam. “Vivemos uma diferença muito grande, mas a gente apostou no crescimento e no desenvolvimento da cidade, mesmo assim”, afirmou. Passado o susto e a fase de adaptação, Roberto e a família puderam, enfim, concretizar o projeto para o qual se propuseram: aproveitar as oportunidades de Marabá. Ele continua no ramo de produção industrial, mas diversificou sua atuação, apostando na implantação de um condomínio horizontal fechado. Ele divide a sociedade do negócio com a esposa. “Essa é uma oportunidade que no sudeste nós não teríamos condições financeiras de executar”, esclarece.

Quanto à capacitação de mão-de-obra, que é um dos problemas do município, Roberto ressalta que essa carência não deve ser observada apenas do ponto de vista acadêmico, mas também envolvendo as relações humanas e de relações de trabalho. “Nós temos que formar o profissional de forma completa, não só do ponto de vista técnico, mas também dando noções de organização, limpeza e segurança do trabalho”, destacou. Encerrando, Roberto dá a dica para quem quer crescer junto com Marabá. Ele avalia que a cidade não deve ser vista como um investimento de curto e médio e prazo. “Eu vim pra Marabá e fiz projeto para 10 ou 20 anos. Quem vem para Marabá, pensando em projetos para um ano, não consegue enxergar as mudanças porque espera que a cidade vá se transformar de uma hora para outra, e não é assim. A cidade vai se transformando dia após dia, ano após ano. E nós mesmos não conseguimos formar um circulo comercial e empresarial num curto período de tempo”, explica.

Marabá em números • 233.462 habitantes • 4º município mais populoso do Estado Rebanho de 20 milhões de cabeças de gado • 4º PIB do Estado • Crescimento de 115% nos últimos dois anos na receita tributária • Aproximadamente 7 mil empresas cadastradas no município • Emissão de 190.271 notas fiscais eletrônicas em 2010 • Movimentação média de R$ 74 milhões em notas fiscais, por mês, em 2010


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desenvolvimento por Ana Cristina Lacerda

Sinobras produz

aço e cria possibilidades de desenvolvimento no sudeste do Pará É através de seu processo diferenciado e inovador que a Siderúrgica Norte Brasil S.A. – SINOBRAS, há quatro anos produzindo aço em Marabá, no sudeste do Pará, mudou o cenário paraense. Primeira usina integrada de produção de aço nas regiões Norte e Nordeste do país, a SINOBRAS mostra a cada dia que é possível conciliar desenvolvimento econômico com ganhos e melhorias para as pessoas e para o planeta trazendo prosperidade em campos diversos.

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om a verticalização do minério de ferro, a empresa realizou um desejo antigo dos paraenses de ver a ampliação de suas potencialidades, sendo aproveitadas e valorizadas dentro do próprio Estado. Hoje, quando se fala em produção do aço, o Pará figura no mapa mundial da siderurgia com a linha de aços longos para a construção civil produzida pela SINOBRAS, tendo como carro chefe os vergalhões SI 50, comercializados em todo país. Integrada ao Grupo Aço Cearense, a SINOBRAS dá exemplos de como é possível produzir aço acabado, pronto para a construção de casas, pontes e de uma infinidade de possibilidades construtivas, sempre respeitando a comunidade da região onde atua. Um investimento de US$ 400 milhões, com capacidade de produção de até 400 mil toneladas de aço laminado, a SINOBRAS gera atualmente 1.700 empregos diretos e 10.500 indiretos. O Grupo Aço Cearense é hoje o maior importador de aço do Brasil, maior importador privado do Estado do Ceará, segundo maior movimentador de cargas do Porto do Pecém (CE) e um dos maiores recolhedores de ICMS e impostos federais do Estado do Ceará. Na bagagem, o Grupo traz a experiência de mais de 30 anos atuando na produção de tubos de aço, perfis, chapas, slitters e conformados de aços planos em geral. Possui duas unidades fabris localizadas no município de Caucaia (CE), quatro lojas-depósitos em Fortaleza (CE) e uma carteira com cerca de 20 mil clientes ativos/mês. Referência no setor siderúrgico brasileiro por sua eficiência operacional, o Grupo fechou o ano de 2010 com um faturamento de R$ 1,99 bilhão. Segundo Cinthia Cavalcanti, diretora administrativa da SINOBRAS, o relacionamento com a comunidade

vem desde a fase de pré- instalação da usina, só desta forma a empresa poderia se consolidar na região, tendo a confiança e o respeito das pessoas. “Acreditamos nas potencialidades deste Estado, em especial de Marabá e região, onde nos instalamos. A SINOBRAS é uma empresa que foi pensada para dar resultados de forma global. Queremos fazer parte do crescimento deste Estado e das pessoas que fazem dele um lugar tão especial e promissor”, diz Cinthia. Quanto à valorização dos profissionais na usina Cinthia ressalta: “Temos atualmente 1.700 colaboradores, que são treinados constantemente para que se sintam valorizadas e capazes. Buscamos sempre ter nosso colaborador como nosso bem mais importante. Equipamentos são importantes, mas as pessoas são essenciais”, finalizou.

Complexo operacional integrado da SINOBRAS A planta industrial da SINOBRAS é um complexo operacional composto por quatro unidades de produção. • Alto-Forno - produz ferro-gusa; • Aciaria – onde o gusa líquido é misturado à sucata, produzindo tarugo de aço; • Laminação – processa os tarugos de aço dando origem ao vergalhão SI 50 e ao fio-máquina; • Trefila – produz derivados de fio-máquina como o vergalhão SI 60, que dá origem a arames lisos, arames recozidos, treliças, telas eletrossoldadas e telas para coluna. A SINOBRAS também possui uma planta de Sinterização que reaproveita os resíduos gerados nas unidades da usina, o resultado é o composto denominado sínter,


Conheça todos os produtos do mix SINOBRAS • Vergalhões em barras para concreto armado SI 50 nas bitolas: 6,3 mm; 8,0 mm; 10,0 mm; 12,5 mm; 16,0 mm; 20,0 mm e 25,0 mm. • Vergalhões para concreto armado SI 50 em rolo nas bitolas: 6,3 mm; 8,0 mm; 10,0 mm e 12,5 mm; • Fio-Máquina nas bitolas: 5,5 a 12,0 mm • Barra Mecânica nas bitolas: 6,0 mm a 12,0 mm

Produtos fabricados na trefilaria • Vergalhões SI 60; • Arames lisos; • Arames recozidos; • Treliças; • Telas eletrossoldadas • Telas para coluna.

que retorna à produção de ferro-gusa no alto-forno. Com a Sinterização é possível uma economia de 10% em carvão vegetal e minério de ferro, além de um ganho de produtividade de 5% no alto-forno. Esses são alguns dos motivos que tornam o sistema de reaproveitamento de resíduos nos processos de produção altamente positivo para o meio ambiente.

Produtos SINOBRAS Vergalhões SI 50 e SI 60, barras de aço, além de trefilados integram o mix de produtos da SINOBRAS. Com licença de operação concedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-PA) e seus produtos avaliados pelo Bureau Veritas Certification – BV, um dos mais conceituados órgãos do setor e líder mundial em certificação, e acreditados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, a SINOBRAS está alinhada às exigências do mercado, de acordo com a legislação que regulamenta o processo de produção e a qualidade dos produtos. Para ratificar ainda mais a qualidade dos produtos SINOBRAS, o Ministério das Cidades, através de seu Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP) chancelou a empresa como produtora qualificada para atender a programas de habitação do Governo Federal. Como membro do Instituto Aço Brasil – IABr, que reúne as grandes empresas do setor no país, a SINOBRAS participa das ações e tomadas de decisões do mercado.

Produção A SINOBRAS optou pela produção de aço por meio de Aciaria Elétrica, fundamentada no uso do ferro-gusa líquido, associado à sucata de ferro e aço. Por conta do uso da sucata de ferro e aço a empresa desenvolve a reciclagem, a indústria

de coleta e o processamento de sucata na região, quando são utilizadas por ano 300 mil toneladas do insumo no processo de produção da usina reduzindo os impactos ambientais e a necessidade por recursos naturais. Autossustentável - Além de todo trabalho realizado na produção do aço, a SINOBRAS está comprometida com o Meio Ambiente, por isso realiza o plantio de eucalipto em 13 fazendas próprias de reflorestamento localizadas em Araguatins e São Bento do Tocantins, ambos municípios tocantineses. Dentro de uma série de ações tais como o reflorestamento, a capacitação de colaboradores e a geração de emprego e renda, a SINOBRAS Florestal trabalha focada num Plano de Sustentabilidade para o autossustento da usina com redutores bioenergéticos próprios. São aproximadamente 24 mil hectares de áreas próprias. O trabalho realizado pelo programa resultou em 16 milhões de novas árvores. A SINOBRAS Florestal também realiza o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) antes do cultivo em uma nova área, além desses realiza todos os procedimentos legais. As fazendas de reflorestamento da SINOBRAS geram cerca de 510 empregos diretos e 1.000 indiretos, contribuindo para o incremento socioeconômico da região. A siderúrgica também é parceira do Instituto Carvão Cidadão (ICC), entidade responsável por orientar, auxiliar e fiscalizar todas as atividades relacionadas à cadeia produtiva do carvão vegetal. O órgão atua ainda no cumprimento da legislação trabalhista, das demais normas de proteção à segurança e saúde do trabalhador e na preservação do ambiente do trabalho. No ICC, a SINOBRAS participa do projeto de contratação dos trabalhadores resgatados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em regime análogo ao de escravidão.


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