Revista Biomassa BR Ed 36

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Vol. 06 - Nº 36 - Mar/Abr 2018

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GERAÇÃO COM FONTES RENOVÁVEIS COM BIOMASSA COMEÇA BEM EM 2018

ISSN-2525-7129



Índice

Expediente

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Bimestral

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Entrevista com Carlos Evangelista da ABGD

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Valor calorífico da madeira - Parte 2

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Programação do Fórum GD

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Associação Mundial de Bioenergia

Para reprodução parcial ou completa das informações da Revista BiomassaBR é obrigatório a citação da fonte. CONTATO: Curitiba - PR - Brasil +55 (41) 3225.6693 - (41) 3222.6661 E-MAIL: comercial@biomassabr.com - comercial@grupofrg.com.br A Revista Brasileira de Biomassa e Energia é uma publicação da Os artigos e matérias assinados por colunistas e ou colaboradores, não correspondem a opinião do RBS Magazine - Revista Brasil Solar, sendo de inteira responsabilidade do autor.

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Entrevista

Presidente da ABGD fala sobre os trabalhos da associação e sobre sua participação no Fórum GD

Carlos Evangelista é o terceiro entrevistado

da série de entrevistas com os palestrantes do Fórum GD - Fórum Regional de Geração Distribuída

O Portal Brasil Solar traz uma série de entrevistas com os palestrantes do Fórum GD - Fórum Regional de Geração Distribuída 2018 nos próximos dias. O evento é o principal do setor de geração distribuída do primeiro semestre no Brasil e acontecerá entre os dias 17 e 18 de maio de 2018, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Revista Biomassa BR - Nos conte uma pouco sobre o trabalho da ABGD e como ela vem contribuindo com o setor de Geração Distribuída do país. Carlos Evangelista - A ABGD caminha para ter mais de 500 empresas associadas já neste semestre; empresas dos mais diversos portes e atuando em diferentes segmentos. Há desde empresas pequenas com 3 ou 4 funcionários, até corporações multinacionais com milhares de funcionários. recursos, equipamentos e capital aberto na bolsa de valores. São empresas Integradoras, EPC´s, Fabricantes, Distribuidores, Instaladoras, Comercializadoras de Energia, Consultores, Centros de treinamento, Escritórios jurídicos, etc.Visando alavancar o crescimento do setor de Geração Distribuída do país, a ABGD desenvolve um trabalho de suporte e assessoria junto as empresas associadas, as ajudando a ingressarem no mercado, fornecendo informações a respeito da regulação do setor elétrico, posicionamento comercial, assessoria jurídica, informações de mercado, capacitação técnica, contato com fornecedores, e principalmente, abrindo oportunidades de negócios. Isso é um trabalho quase personalizado, feito empresa por empresa. Por outro lado, de uma maneira mais 4

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A ABGD caminha para ter mais de 500 empresas associadas já neste semestre; empresas dos mais diversos portes e atuando em diferentes segmentos Carlos Evangelista

abrangente, a ABGD tem trabalhado fortemente com ações que atinjam todo o mercado de GD, visando a sustentabilidade do setor a longo prazo. Recentemente, promovemos um seminário sobre a Remuneração do Fio em GD visando conciliar as propostas que tratavam sobre esse tema. Propusemos um trabalho conciso, bem fundamentado, alinhado com a legislação e que atendesse de forma isonômica todas as necessidades do segmento em termos de remuneração do fio. Essa proposta, elaborada e aperfeiçoada por diversos profissionais e especialistas do setor, nomeamos de GD PARA TODOS. O passo seguinte foi buscar o apoio das outras associações e apresenta-la aos agentes do mercado. Já apresentamos oficialmente à ANEEL e ao MME. Revista Biomassa BR - Como você avalia o crescimento da geração distribuída no país no último ano? E quais suas expectativas para o próximo ano. O mercado continua crescendo a taxas altíssimas, apesar da conjuntura econômica e política do Brasil. Há quase 25.000 conexões em GD e pouco mais de 300 MW em potência instalada. São números animadores, mas ainda pífios comparados com


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Entrevista

outros países. Temos mais de 80 milhões de UC´s (unidades consumidoras) onde seria possível se ter produção de energia conciliado com o consumo, portanto, há ainda um potencial gigantesco a ser conquistado. As expectativas são de crescimento ainda mais forte e acelerado nos próximos anos.

certificados cumpriram a exigências do setor (carga horária mínima em cursos reconhecidos, NR10, NR35, etc), conhecem e aplicam as normas técnicas, atendem as pré-qualificações necessárias e foram aprovados em um exame teórico e prático conduzido pelo SENAI. Após inúmeras reuniões, discussões, seminários e debates, incluindo até uma missão brasileira na Alemanha para estudar Revista Biomassa BR - Quais proje- e debater esse assunto, em fevereiro tos a ABGD vem desenvolvendo que deste ano tivemos a primeira turma visam fortalecer ainda mais o setor? certificada pelo CCSP (Sistema SENAI de Certificação de Pessoas). Temos trabalhado fortemente no tema Remuneração do Fio em GD, este talvez seja um dos assuntos mais importante no setor desde a REN 687/2015. A última versão da proposta para Remuneração do Fio está em nosso site e o próximo passo é promover um amplo debate entre os agentes e desenvolver um plano de implantação nos pontos onde houver consenso. Trabalhamos para que todos os pontos dessa proposta sejam consensuais e adotados no novo marco do setor elétrico. Outros projetos da ABGD visam capacitação e treinamento das empresas e profissionais do setor FV. A Certificação para Profissionais Fotovoltaicos oferece aos clientes e distribuidoras um maior grau de proteção e confiança uma vez que os profissionais

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Revista Biomassa BR - O Fórum GD tem como objetivo reunir toda a cadeia produtiva de geração distribuída do sul do país e fortalecer ainda mais o setor. Qual a importância de eventos como ele para o setor na sua visão? Em eventos como Fóruns, Congressos, Workshops, Seminários, Palestras, Exposições, Feiras, etc, as empresas e profissionais do setor adquirem conhecimentos das novas tecnologias, produtos e serviços do mercado em que atuam. Também são eventos propícios para o desenvolvimento de networking, negócios e difusão do conhecimento, pilares básicos para o crescimento de qual-

quer setor. Temos que trocar conhecimento, expor as empresas, falar sobre problemas e soluções, ver o que outros profissionais estão fazendo, conhecer como se faz em outros países, enfim, ter a mente aberta e trocar o máximo possível de informação comercial, acadêmica, financeira, estratégica, tudo que venha contribuir para o desenvolvimento do segmento. Revista Biomassa BR - Nos conte um pouco sobre sua participação no evento. Sobre o tema da sua palestra, o que visa abordar entre outros. A minha participação no evento vai se limitar a garantir que tudo corra perfeitamente bem e eventualmente coordenar um painel. Não devo palestrar, há excelentes profissionais no setor e vários assuntos para abordar. Prefiro que o maior número possível de profissionais exponham suas ideias, conhecimentos e opiniões. Quem tem que aparecer são as empresas e a ABGD, não o presidente.

www.geracaodistribuida.org


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Para as folhosas, o PCS da casca é igual e para algumas espécies poderá até mesmo ser inferior ao da madeira. O PCS das madeiras de coníferas é superior ao das folhosas em cerca de 5%. Essa diferença reside principalmente na natureza química de sua lignina. Da mesma forma com que muitos autores desenvolveram modelos para associar o PCS com os resultados da análise química elementar, outros, o fizeram no caso do PCI. Em um desses modelos, tem aquele que o associa com os teores de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O), conforme mostra a equação abaixo (Bernard, 2005):

lutamente seca sendo ela igualmente evaporada, a energia levada em consideração no cálculo do PCI é aquela do PCI da madeira absolutamente seca, segundo a equação a seguir:

Onde: PCIanhydre= Poder calorífico inferior da madeira anidra ou absolutamente seca, expresso em kj/kg; Hb = Teor de umidade do combustível (ex. biomassa lenhosa) expresso em % na base úmida; L = Calor latente de vaporização da água, ou seja, 2500 kj/kg.

A Tabela 3 apresenta valores do poder calorífico superior para a madeira e casca de algumas A variabilidade da umidade do material hiespécies norte-americanas. groscópico tal que a madeira, gera assim, uma variabilidade considerável do PCI como, mostra, por exemplo, a Equação 12. Dentro deste contexto, pode-se deduzir que não existe qualquer interesse de evocar o PCI de um combustível sem precisar em qual teor de umidade ele foi calculado. Ressalta-se que existem outras equações para se determinar o Poder calorífico Inferior da biomassa lenhosa. Uma delas utiliza o teor de umidade na base seca (U) e ainda o teor de matérias minerais presentes na biomassa lenhosa. Essas equações são apresentadas como segue:

3.1.2.2. Poder calorífico absolutamente seco ou anidro Nos cálculos envolvendo o valor calorífico de um determinado combustível como, por exemplo, a biomassa lenhosa não se utiliza o poder calorífico superior e pelo fato que a biomassa lenhosa será sempre disponibilizada apresentando um teor de umidade qualquer, que deverá ser previamente determinado para finalidades de combustão, sobretudo, para alimentar os sistemas industriais. Para essas utilizações, o teor de umidade em geral vem expresso em relação à base úmida (X) e a partir dessa, calcula-se o teor de umidade na base seca (U) (vide equações 2 e 3) de forma que se possa realizar posteriormente cálculos concernentes, às perdas de energia, rendimentos energéticos e eficiência de combustão entre outros. Esse PCI compreende então, a energia fornecida pela combustão de parte da energia fornecida pela combustão da madeira absolutamente seca e da energia absorvida pela evaporação de parte da água contida na biomassa. A água formada pela combustão da madeira abso8

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Onde: PCI = Poder calorífico inferior expresso em Btu/lb; X = Teor de umidade na base úmida; 9000 = Poder calorífico superior médio para as espécies coníferas expresso em Btu/lb e, 8300 = Poder calorífico superior médio para as espécies folhosas expresso em Btu/lb.

Onde: PCI = Poder calorífico inferior da biomassa lenhosa expresso MJ/kg;


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A r t i g o - VA L O R C A L O R Í F I C O D A M A D E I R A Ú M I D A - 2a. parte MM = Matérias minerais U = teor de umidade na base seca. As Figuras 1 e 2 mostram o comportamento do PCI em função do teor de umidade da biomassa lenhosa.

3.1.3. Teor de matérias voláteis A combustão da biomassa se desenvolve em três fases: a secagem, a combustão viva e a combustão heterogênea. O período da combustão viva depende da quantidade de matérias voláteis contidas na madeira absolutamente seca. O período da combustão heterogênea depende da quantidade de carbono fixo. Figura 1 Relação entre o Poder Calorífico inferior (PCI) e o teor e umidade da biomassa lenhosa para um PCS médio de 19 MJ/kg

em média 87% de sua massa absolutamente seca e cerca de 12,7% para o carbono fixo. O desvio entre as diferentes espécies lenhosas é baixo, ou seja, cerca de ± 2% de onde um comportamento homogêneo previsível da madeira utilizada durante a sua combustão. Por outro lado, a casca dessas mesmas espécies lenhosas contém menos matérias voláteis com um máximo de 81% da massa de casca absolutamente seca. Nas condições operacionais realizadas para algumas análises, constatou-se que a fração mássica de carbono não excede à 13% da massa anidra, dado provavelmente á elevação rápida da temperatura durante os ensaios. Em relação à madeira, outras biomassas combustíveis contêm menos teores de matérias voláteis. Ressalta-se que o carvão mineral se degrada majoritariamente sob a forma de carbono fixo. 3.1.4. Teor de cinzas

PCI (kWh/kg)

PCI (MJ/kg)

As cinzas representam os resíduos sólidos de combustão, não apresentando nenhum componente combustível. Daí a sua denominação de matérias minerais. Por convenção, por exemplo, as Normas NF M 003 [33], essas cinzas são obtidas após uma permanência sob atmosfera oxidante (na prática: ar), no interior de uma mufla graduada à 805-825°C e o ponto final dessa calcinação, nota-se quando ocorre a estabilização da massa pela ausência completa de partículas negras (carvão). A madeira contém em termos de matérias minerais, principalmente, Si, Ca, K, Mg, P, Mn, Na e Fe. Durante a combustão, esses compostos minerais e metálicos se encontram sob a forma oxidada nas cinTeor de umidade na base úmida (%) (Fonte: AIEL, 2008) zas. Os compostos que formam as cinzas são entre outros, SiO2, CaO, K2O, Al2O3, MgO, P2O5, MnO2, Figura 2 Poder calorífico superior (5,14 kWh/kg) em Na2O, Fe2O3. Existem igualmente uma quantidade função do teor de umidade satisfatória de pectatos de sódio, de cálcio e potássio, formados pela reação desses cátions anteriores com a pectina da presente na lamela médias das células lenhosas. A quantidade de oxigênio fixado nas cinzas faz com que as suas respectivas massas obtidas sejam bem superiores à massa de minerais contidos na madeira 4. Valor calorífico da madeira úmida Teor de umidade na base seca (%) (Fonte: AIEL, 2008)

Enfim, as cinzas representam a quantidade de matéria restante após que a combustão tenha sido totalmente realizada. Os teores de matérias voláteis e o carbono fixo determinam então a forma segundo a qual se desenrola a combustão. Ressalta-se que a química imediata, determina a composição do carvão (incluindo o carvão da biomassa lenhosa), quatro componentes: a umidade total, o teor de cinzas, o teor de matérias voláteis e o teor de carbono fixo, este último por diferença dos demais. As matérias voláteis da madeira representam 10 Revista Biomassa BR

Conforme o que foi discutido precedentemente, as propriedades físicas da madeira ou de seus cavacos são afetadas por muitos fatores, sendo a umidade a mais importante. Por exemplo, a densidade real de madeira é uma propriedade dependente da umidade. Além disso, a energia térmica que é necessária para a remoção da água durante o processo de secagem depende igualmente do teor de umidade da madeira e a propósito, propósito, a energia necessária para remover a água da madeira durante o processo de secagem é da ordem de 2,26 MJ/kg de água). A umidade da madeira ou de cavacos de ma-



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deira é facilmente medida pesando-se a massa seca e úmida de uma série estatisticamente representativa dessas amostras e em seguida, calcular o conteúdo de umidade o qual será expresso (%) em relação à massa seca (U) ou à massa úmida (X). Ainda hoje e com certa frequência, muitos usuários da biomassa lenhosa principalmente no caso da madeira na forma de lenha e/ou cavacos têm dúvidas em saber qual base de teor de umidade irão utilizarem para atingirem os seus propósitos, concernentes à utilização da biomassa para fins de geração de calor e/ou energia (cogeração). Isso, não ocorre no caso da utilização dos pellets para essas finalidades, principalmente porque os pellets são comercializados com um teor de umidade em geral abaixo de 10%, valor esse que permite utilizar esse combustível com um valor de PCI consideravelmente constante (vide Figura 2). Com o objetivo de esclarecer esse questionamento, vamos supor, por exemplo, uma carga de madeira com peso igual à 100 kg, na qual a massa de água representa 20 kg. Existem duas formas de expressar o conteúdo de umidade dessa respectiva carga. Uma delas será na base úmida (X) e a outra será na base seca (U), conforme ilustra a Figura 3:

Figura 3 Teor de umidades da madeira (a) base úmida, (b) base seca. Além da umidade que acompanha a madeira ou os cavacos num processo de combustão, os produtos resultantes desse processo são o dióxido de carbono e a água. Tomando como exemplo, uma espécie lenhosa cuja análise química elementar forneceu um teor de hidrogênio de 6% em relação à sua massa absolutamente seca. Isso significa que se 1,0 kg dessa madeira for submetida à combustão completa, haverá por definição a formação de 0,54 kg de água. Esse valor poderá ser comprovado pela reação química a seguir:

Essa água que se forma no processo de combustão deverá enfim ser evaporada e quantidade de energia (calor) necessária para alterar um grama de uma substância no estado líquido para o gasoso 12 Revista Biomassa BR

recebe o nome de calor de vaporização. No caso desse processo que ocorre com a água, no interior da madeira, a quantidade de calor efetiva para promover a evaporação dessa água, é calculada pela seguinte expressão:

Onde: Qinferior = Valor calorífico inferior expresso em MJ/kg de madeira absolutamente seca; Qsuperior = Valor calorífico superior expresso em MJ/kg de madeira absolutamente seca. Esse valor se situa entre 19 MJ/kg à 20,5 MJ/kg de madeira absolutamente seca para todas as espécies lenhosas e, H = Teor de hidrogênio obtido pela análise química da madeira na condição absolutamente seca.

Ressalta-se que por analogia, o Qinferior e o Qsupecorrespondem para fins de cálculos, aos valores rior de PCI e PCS respectivamente. O teor de Hidrogênio na base absolutamente seca, pelo fato de que a sua presença na madeira é responsável pela formação de água pela combustão e com isso, parte do calor gerado deverá suprir as necessidades de calor para promover a evaporação da água formada nesse processo. Assim, considerando o valor de Qsuperior igual à 20MJ/kg ao teor de 6% de hidrogênio na madeira, o valor de Qinferior pela Equação 18 será igual à 18,68 MJ/kg de madeira a.s. (5,19 kWk/kg). Na combustão da madeira ou cavacos, toda a água presente no respectivo combustível deverá ser primeiramente removida para em seguida ser evaporada. Esse calor necessário para a evaporação da água livre, ou seja, quando o teor de umidade médio da biomassa úmida (X) for superior à 23% ou >31,5% na base seca (U), equivale ao mesmo valor do calor de evaporação da substância água na temperatura de referência de 25°C, ou seja, 0,68 kWh/ kg de água (2,448 MJ/kg). Por outro lado, se o teor de umidade médio dessa biomassa for inferior à 23% na base úmida (X) que é denominado de valor crítico (Xr), o qual caracteriza o domínio do Ponto de Saturação das Fibras-PSF. Assim, a quantidade de calor necessária para vaporizar a água abaixo desse valor crítico será maior.

Continua...


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PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE EXIGE GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA E RENOVÁVEL

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busca de fontes alternativas de energia e a preservação do meio ambiente são preocupações mundiais, interligadas e imprescindíveis para a sustentabilidade do planeta, o desenvolvimento social e econômico e a manutenção da qualidade de vida das pessoas e gerações futuras. Entre as prioridades na agenda da maioria dos governos está o compromisso com a promoção e incentivo à produção de energias renováveis. Para tanto, elevam investimentos e lançam programas visando ampliar o acesso a pesquisas e tecnologias que garantam o aumento da eficiência energética.

Um perfil relevante começa a se desenhar no cenário energético brasileiro. O total de consumidores que produzem a própria energia saltou de quatro conexões registradas na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2012, para 36,1 mil em março de 2018. Estima-se que no ano de 2024, serão mais de 1,2 milhão de consumidores produzindo o equivalente a 4,5 gigawatts (GW) de potência instalada. Um estudo da DataFolha realizado em 178 municípios de regiões metropolitanas e cidades do interior do Brasil revela que 140 milhões de brasileiros manifestam interesse em gerar energia para consumo.

O Paraná é um dos Estados pioneiros em inúmeras propostas na área da energia e ambiental. No início do ano, o Governo Estadual assinou um decreto que criou o Programa Paranaense de Energias Renováveis, documento que prevê a promoção e o incentivo à produção e o consumo de energias renováveis, principalmente eólica, solar e biomassa.

Este amplo cenário econômico e de desenvolvimento será pautado na FeinaCoop - Feira Nacional do Agronegócio, Bioenergia e Cooperativas, realizada entre os dias 12 a 14 de junho, no Expoara Centro de Eventos, em Arapongas (PR). Na agenda do evento está a apresentação por parte da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) do Paraná de maneiras para promover o desenvolvimento do Estado no setor da energia, além do aumento da capacidade produtiva e a redução de custos.

Segundo a Irena (Agência Internacional para as Energias Renováveis na sigla em inglês), desde 2012 a instalação de capacidade de renováveis ultrapassou as não renováveis de forma crescente no mundo. A política energética nacional prevê a redução da participação da hidroeletricidade de 81% para 73% até 2020 e a ampliação da geração de energia proveniente de biomassa de 5% para 10% e da energia eólica de 0,4% para 4%. Outra importante proposta é adequar a rede de energia elétrica convencional em rede inteligente e a disseminação da geração distribuída por fontes de energias renováveis. Dados do Ministério de Minas e Energia indicam que 85% da matriz energética brasileira vem de fontes renováveis. Deste total, 61% são geradas por meio das hidroelétricas; o restante vem de fontes alternativas como biomassa, etanol, eólica e fotovoltaica. A pouca diversidade da matriz brasileira não garante segurança energética, resultando, muitas vezes, em problemas de abastecimento.

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A FeinaCoop tem a proposta de promover negócios para os setores de multisserviços, agronegócio, bioenergia, transporte e logística; além de gerar networking, estimular vendas e contribuir para a capacitação profissional. Mais informações em www.feinacoop.com.br Serviço: FeinaCoop - Feira Nacional do Agronegócio, Bioenergia e Cooperativas Data: 12, 13 e 14 de junho de 2018 Local: Expoara Centro de Eventos (Rua Guaratinga, 4455 - BR-369 - Km 181) - Arapongas (PR) Informações: (41) 3521-6226 | 3205-0476 / vendas@markmesse.com.br


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REFLORESTAMENTO DE ACACIA MANGIUM! Uma nova alternativa de riqueza e prosperidade. Fonte inesgotável de madeira, mel, tanino,

forragem animal e sequestro de carbono Dr. Flávio Pereira Silva - Engº Florestal/Doutor em Silvicultura

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proibição do corte de florestas naturais valorizou, em todo mundo, as madeiras originárias de reflorestamentos, contribuindo para que A PRODUÇÃO DE MADEIRAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS DE RÁPIDO CRESCIMENTO, CONSORCIADAS COM CULTURAS AGRÍCOLAS (sistema silviagrícola), APICULTURA, PRODUÇÃO DE TANINO, FORRAGEM ANIMAL E PASTAGEM (sistema silvipastoril) no Brasil, superasse todas as rentabilidades financeiras apresentadas pelas atividades agropecuárias. Neste sentido, temos sido solicitados com freqüência por reflorestadores, apic u ltores, pecuaristas, proprietários rurais e administradores públicos, na busca por apoio técnico silvicultural e transferência de tecnologias para implantação, manejo e exploração sustentável de florestas de rápido crescimento, múltiplos usos

e múltiplos produtos, alternativas ao eucalipto e pinos. A exemplo do desenvolvimento socioeconômico que vem ocorrendo em muitos municípios brasileiros (Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas - MS) e no Vietnam, acreditamos que o incentivo ao desenvolvimento do setor florestal na sua empresa, município, estado ou país, certamente impulsionará o desenvolvimento socioeconômico da população por meio da geração de emprego e atração de novas indústrias de base florestal para a região dos novos plantios.

Visando concretizar estes objetivos, colocamos à disposição de sua empresa, município, estado ou país, as nossas mais modernas tecnologias sobre a Acacia mangium Lindl, desenvolvidas em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, contemplando sementes melhoradas de novas cultivares adaptadas a diferentes climas e solos. Deste modo, tomamos a liberdade de enviar-lhe o presente COMUNICADO TÉCNICO para que conheçam o extraordinário potencial, econômico e ambiental desta nova árvore e contribua para sua disseminação pelos diferentes estados e países. Trata-se de uma espécie amplamente cultivada na Ásia, produz ma-

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deira de excelente qualidade, grande valor comercial, podendo ser utilizada como biomassa para energia, móveis, tábuas, moirões, portas, caixotarias, pallet, carvão, MDF, madeira-cimento, aglomerados, laminados, adornos, madeira-cimento, OSB, celulose, papel, construções, substrato agrícola e florestal e no cultivo de cogumelos comestíveis (shitakii). Sua madeira pode ser facilmente serrada, planada, polida, colada, pregada e receber tratamento preservativo para aumentar a durabilidade de moirões e postes, em até 15 anos. O manejo floresta de acácia permite a agregação de valor pela exploração extremamente rentável da apicultura (mel, própolis, cera, geléia real e pólen), do tanino (para indústrias de couros, colas, usinas de açúcar e tratamento de água), dos consórcios da acácia com culturas agrícolas e com pastagem; produção de forragem animal, da recuperação de áreas degradadas, da preservação das nascentes e das florestas naturais. Na Ásia, ela vem sendo empregada em substituição a teca (Tectona grandis), com grande vantagem econômica e maior



O plantio de ACACIA MANGIUM devidamente 6,20m/ano, atingindo 45 metros de altura, 1,10m de diâmetro, apresentado lucratividade, graças à produção de produtividade de 321,93m3 de madei450m3/ha/7anos de madeira, de 7.400 ra/ha/5 anos, superando muitas espékg/ha de tanino extraído da casca, de cies de Eucalyptus e pinus. 240 kg de mel/colméia/ano, produzidos nos nectários extraflorais das foO plantio de Acacia mangium delhas, da produção de forragem animal vidamente tecnificado permite o condas folhas, contendo 41% de proteína sórcio com culturas agrícolas (feijão, bruta e do seqüestro de até 23,3 tone- milho, arroz, soja, amendoim, melanladas de CO2/ha/ano, proporcionan- cia, girassol) e pastagem, antecipando receitas ao agricultor. A partir de determinada idade, a floresta permite o consórcio com a pecuária (sistema silvipastoril), produzindo carne e/ ou leite, contribuindo para a redução dos riscos de incêndio na área e para a proteção dos animais contra os ventos frios, sol forte e ainda proporcionando um ganho de peso de até 12%. Plantada em consórcio com cafeeiro e cacaueiro, presta-se como sombra, quebra-ventos e proteção contra os ventos frios do inverno, constituindo, do ao produtor um ganho adicional ainda, uma fonte de adubação natude até U$500.00/ha/ano, mediante a ral para o solo, por meio da fixação venda de créditos de carbono, nas bol- do nitrogênio do ar para as plantas e sas de valores do Rio de Janeiro, São transportando os nutrientes das caPaulo e Chicago. madas mais profundas do solo para a superfície, diminuindo a necessidade No Brasil ela tem crescido até de aplicação de adubos químicos.

tecnificado permite o consórcio com culturas agrícolas (feijão, milho, arroz, soja, amendoim, melancia, girassol) e pastagem, antecipando receitas ao agricultor

Vale lembrar que madeira serrada de espécie semelhante à Acacia mangium e de boa qualidade, na região Sudeste do Brasil, em 2009, tem seu preço oscilando em torno de US$1.080.00/m3. * Informações complementares podem ser obtidas com Dr. Flávio Pereira Silva, pelos telefones: +55 (31) 9151 4063; 3892 5850; 3899 1226 ou pelo E-mail: acaciaflavio@ufv.br

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ANÁLISE DA VELOCIDADE DE MÍNIMA FLUIDIZAÇÃO DE MISTURAS BINÁRIAS EM BANCADA NÃO REACIONAL AutoresI: Pedro Rodrigo Silva Moura; Giovana Dalpont; Thiago Fernandes de Aquino; Daniel Augusto Kestering; Flávio Michels Bianchi I Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC) – Centro Tecnológico de Carvão Limpo (CTCL), Rua Pascoal Meller, 73 – CEP 88805-380 – 362, Criciúma – SC Brasil Email: pedro.moura1818@hotmail.com

RESUMO Atualmente buscam-se novas formas para suprir as necessidades energéticas do planeta e a biomassa é uma das alternativas para abastecimento como fonte de energia renovável e mais limpa. Essa necessidade vem impulsionando pesquisas que utilizam biomassas disponíveis em substituição a combustíveis fósseis, que por sua vez são finitos e poluentes.O presente trabalho tem como objetivo, a partir de um aparato experimental de leito fluidizado, estudar os aspectos fluidodinâmicos de misturas binárias formada por biomassa (casca de arroz ou serragem) e material inerte (areia de fundição), tais como: caracterização de suas propriedades físicas e velocidade de mínima fluidização para diferentes composições de leito. A fração mássica de biomassa na mistura foi variada de 2,5% a 10%. O método utilizado para encontrar as velocidade de mínima fluidização foi através do gráfico da queda de pressão versus velocidade superficial do gás. Não foi possível encontrar a velocidade de mínima fluidização de misturas envolvendo casca de arroz para as proporções acima de 2,5%, principalmente pela sua baixa esfericidade aliada a sua classificação. Verificou-se concordância na comparação dos resultados experimentais para mínima fluidização das misturas em relação as correlações propostas na literatura. Palavras-chave: casca de arroz; serragem; leito fluidizado; combustão.

1. Introdução

empregando biomassa e inerte como materiais. A fim de subsidiar projetos de sistemas térmicos em maior escala, os materiais foram caracterizados quanto às suas propriedades físicas e velocidades de mínima fluidização para diferentes composições de leito.

No Brasil, são geradas elevadas quantidades anuais de resíduos agrícolas com potencial de utilização. No Sul do Brasil, existe uma elevada produção de arroz em casca (participando com 81,25% da produção nacional), consequentemente, gera grandes volumes de resíduos. Em 2015, foram 2. Metodologia produzidas cerca de 1.773 mil toneladas de casca de arroz no sul do Brasil 2.1 Equipamento experimental (IBGE, 2015). O estudo da fluidodinâmica de De acordo com Cremasco (2012), partículas individuais e misturas biuma das formas mais eficientes de nárias foram realizadas na Associação conversão de biomassa em energia Beneficente da Indústria Carbonífera é através de sua combustão em leito de Santa Catarina (SATC), usando a fluidizado. Os reatores de leitos flui- bancada experimental ilustrada na Fidizados são amplamente utilizados na gura I. indústria, principalmente nos processos que envolvem gaseificação, piróli- 2.2 Materiais sólidos escolhidos se e combustão de uma vasta gama de materiais, incluindo a biomassa. Os materiais sólidos escolhidos para o estudo da fluidodinâmica de Portanto, o presente trabalho visa misturas binárias foram a casca de o estudo dos aspectos fluidodinâmicos arroz e a serragem, como biomassas, envolvidos na operação de uma ban- e a areia de fundição, como material cada experimental em leito fluidizado inerte. 22 Revista Biomassa BR

Figura I - Bancada utilizada para ensaio de mínima fluidização (BIANCHI et al., 2013).

O diâmetro médio das partículas (areia de fundição e serragem) foi determinado pelo diâmetro de Sauter. A geometria adotada para a casca de


arroz foi a do esferoide prolato, sendo seu diâmetro calculado utilizando a definição do diâmetro médio volumoso. (OKA, 2004). Os procedimentos utilizados para a obtenção da massa específica de bulk e real foram realizadas conforme as normas NBR 8630 (ABNT, 1984b) e NBR 9745 (ABNT, 1987), respectivamente. A esfericidade foi definida a partir de uma correlação indicada por Foust et al. (1960), a partir da medição da porosidade dos leitos fixos. 2.3 Ensaios de mínima fluidização Foram realizados experimentos de fluidização para cada material individualmente e também para as misturas entre biomassa e inerte. As proporções mássicas escolhidas foram 0%, 2,5%, 5,0%, 7,5% e 10% de casca de arroz e serragem em relação a 1800g de areia de fundição. Posteriormente, foram registradas as curvas de fluidização (incremento de vazão de gás) e de defluidização (redução da vazão de gás). Este procedimento foi realizado em duplicata para cada material e misturas.

Figura II – Determinação da umf para a areia de fundição

3. Resultados e discussões 3.1 Caracterização física das partículas Na Tabela I, estão apresentadas as propriedades físicas dos sólidos utilizados nestes experimentos. 3.2 Velocidade de mínima fluidização A Figura II apresenta a curva de perda de carga no leito versus velocidade superficial do gás, para um leito de 114 mm de altura com partículas de areia de fundição. Percebe-se que, na Figura II, a velocidade de mínima fluidização apresenta o mesmo comportamento descrito por Kunii e Levenspiel (1991) para um único tipo de material. A região de fluidização completa (LFB), apresenta uma queda de pressão que, na prática, se mantém constante para velocidades acima da mínima fluidização, como pode ser visto na Figura II. Os testes experimentais com leito puramente de serragem, ou de casca de arroz, não apresentaram o mesmo Revista Biomassa BR

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comportamento de fluidização. Apartir do leito fixo, incrementando a velocidade superficial do gás, o leito passa a criar canais preferenciais ao invés de fluidizar. Esse comportamento se deve ao fato da baixa esfericidade determinada para as partículas de biomassa. A dificuldade foi ainda maior para a casca de arroz, pois a mesma pertence ao grupo D de Geldart, ou seja, se comportam como um leito de jorro e de difícil fluidização. Por este motivo, não foi possível obter a experimental destes materiais isoladamente.

4. Conclusão

7. Referências

Os ensaios de caracterização mostram que as partículas de casca de arroz foram enquadradas no grupo D, segundo Geldart (1973). Isso aliado à baixa esfericidade das partículas, dificultaram a operação de fluidização com esta biomassa.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8630: Carvão Mineral Determinação da densidade de carga, Rio de Janeiro: ABNT, p. 3, 1984b.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9745: Coque - Determinação da massa específica real, Rio de A velocidade de mínima fluidiza- Janeiro: ABNT, p. 6, 1987. ção variou de 0,123 a 0,167 m/s, sendo os melhores valores obtidos quando Bianchi, F; M., de Aquino, T. F; Kesutilizados maiores percentuais de bio- tering, D; Dalpont G; Marcello, R. R; massa (serragem). Neto, J. M; Indrusiak, M. L. S; ZinaNa Tabela II, constam os resultani, F; Wander, P. R. “Bancada experidos da velocidade de mínima fluidizaNão foi possível encontrar a velo- mental para estudos de fluidização de ção obtidos após análise das curvas de cidade de mínima fluidização de mis- combustíveis sólidos em sistemas de fluidização e defluidização, em função turas envolvendo casca de arroz para leito fluidizado circulante”, 4º CBCM, do percentual de biomassa, para cada as proporções acima de 2,5%. 2013, Gramado, RS, Brasil. material analisado. As velocidades de mínima flui- Cremasco, M. A. 2012 “Operações Não foi possível encontrar a ve- dização experimentais obtidas com unitárias em sistemas particulados e locidade de mínima fluidização de serragem estão em boa concordância fluidomecânicos”. São Paulo: Blucher. misturas envolvendo casca de arroz com a literatura. A correlação pro- ISBN 978-85-212-0593-7. para as proporções 5%, 7,5% e 10%. posta por Paudel e Feng (2013) se Isto se deve às influências da baixa es- adequou aos resultados experimen- Foust, A. S; Wenzel, L. A; Clump, C. fericidade das partículas e das massas tais. W; Maus, L; Andersen, L. B; 1982. específicas diferentes, criando assim, “Princípio das operações unitárias”, canais preferenciais ao longo do leito, 5. Nomenclatura segunda edição. LTC, RJ, 670p. o que impede a fluidização. dp - Diâmetro de Sauter (m) IBGE. Instituto Brasileiro de GeoOs valores experimentais da velografia e Estatística. Produção Agrícidade de mínima fluidização deterPbulk - Densidade de bulk (kg/ cola Municipal 2015. Disponível em minados neste trabalho foram comm³) <https://sidra.ibge.gov.br/home/ipca/ parados com os valores calculados a brasil> Acesso em: 15 abr. 2017. partir da correlação sujerida por PauPapa - Densidade aparente (kg/ del e Feng (2013). Esta comparação é m³) Geldart, D. 1973. “Types of Gas Fluiapresentada na Tabela III. dization. Powder Technology”, v. 7, p. Preal - Densidade real (kg/m³) 285-292. Com exceção da mistura de casca de arroz e areia de fundição, nas dexb - Percentual de biomassa na Kunii, D; Levenspiel, O. 1991. “Fluidimais misturas binárias de biomassa e mistura (%) zation Engineering”. [S.l.]: Butterworareia estudadas, os valores experimenth-Heinemann. tais se aproximaram dos valores obtiumf - Velocidade de mínima dos pela correlação de Paudel e Feng fluidização da mistura (m/s) Oka, S. N. 2004. “Fluidized Bed Com(2013), podendo ser comprovado pebustion”. New York: Marcel Dekker, los valores da razão entre a velocidade 6. Agradecimentos Inc. ISBN 0-8247- 4699-6. de mínima fluidização experimental e da literatura por está mais próximos Os autores gostariam de agra- Paudel, B; Feng, Z. G. 2013. “Predicde 1. No caso da serragem esse ajuste decer à Associação Beneficente da tion of minimum fluidization velocity se torna melhor a medida que se au- Indústria Carbonífera de Santa for binary mixtures of biomass and menta a concentração de biomassa na Catarina – SATC pela oportunidade inert particles”. Powder Technology, v. mistura. de participação neste evento. 237, p. 134-140.

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COMPOSIÇÃO ELEMENTAR DA BIOMASSA DO CAPIM-ELEFANTE PARA FINS ENERGÉTICOS Rafael Souza Freitas1 (rafael.mutum@hotmail.com); Ana Kesia Faria Vidal1 (anakesia.vidal@hotmail.com); Lília Marques Gravina1 (liliagravina@yahoo.com.br); Wanessa Francesconi Stida1 (w.stida@hotmail.com); Rogério Figueiredo Daher1 (daher@uenf.br) 1 Universidade Estadual do Norte Fluminense – Darcy Ribeiro, Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias, Laboratório de Engenharia Agrícola.

RESUMO O objetivo desse trabalho foi avaliar as características de produção e de qualidade de biomassa, de seis genótipos de capim-elefante sob diferentes idades de produção nas condições edafoclimáticas de Campos dos Goytacazes – RJ. Para este estudo foram avaliadas as seguintes características: (PMS); percentagem de matéria seca da planta integral; percentagem de carbono (%C); percentagem de nitrogênio (%N); e relação carbono/nitrogênio (C:N). Nas cinco diferentes idades de produção avaliadas, foram observadas diferenças significativas para a variável PMS, sendo os cortes com 20 e 24 semanas de idade os que apresentaram melhor resposta para a produção de biomassa energética de capim-elefante (PMS), o que evidencia que se pode realizar mais de duas colheitas de capim-elefante por ano, assegurando assim, o seu uso como uma fonte alternativa de energia. Palavras-chave: Pennisetum purpureum Shum; bioenergia; relação carbono: nitrogênio.

INTRODUÇÃO

nentes ricos em carbono e com elevado poder calorífico, como a celulose e O aumento crescente da demanda lignina, bem como alta relação carboenergética tem causado grande pre- no/nitrogênio (Partelini et al., 2013). ocupação mundial, com isso a busca pela produção de energias sustentáO carbono atmosférico, na forma veis representa um desafio para a ci- de CO2, é fixado como carboidratos, ência e para os países de um modo lignina, proteína, lipídeos e outros geral. Dentre as alternativas viáveis compostos orgânicos. O capim-elepara produção de energia, a biomassa fante, assim como as demais plantas vegetal tem-se destacado como fonte com metabolismo C4, é uma cultumuito promissora, principalmente em ra que contribui significativamente países tropicais como o Brasil, onde para o sequestro de carbono, já que a produção de bioenergia a partir da apresenta alta eficiência na fixação de biomassa vegetal é favorecida pela CO2 atmosférico durante o processo combinação de um regime abundan- de fotossíntese para a produção de te de chuvas, temperaturas elevadas e biomassa vegetal (Von Caemmerer e disponibilidade de energia luminosa Furbank, 2003). (Quesada, 2005). De acordo com Boddey et al., O capim-elefante (Pennisetum (2004), o teor de carbono nestas planpurpureum Schum.) é uma das espé- tas que apresentam metabolismo C4, cies com grande destaque utilizadas é de aproximadamente 42% com base para este fim, devido suas caracterís- em matéria seca; desta forma, consiticas favoráveis, como: alta produti- derando uma produção média de 30vidade e ciclo curto, aliada a diversas 40 t de biomassa seca ha-1 ano-1 um características de qualidade da bio- total de 13-17 t de C ha-1 seria acumumassa, como alto teor de fibra, mais lado por ano. Porém, acredita-se que especificamente os teores dos compo- esses valores não são fixos, visto que

a quantidade dos elementos químicos tais como carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, fósforo e potássio em sistemas ecológicos, seja ajustada à necessidade da planta. Diante do exposto, o objetivo do presente trabalho, foi avaliar as características de produção e de qualidade de biomassa, de seis genótipos de capim-elefante sob cinco diferentes idades de produção. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi implantado no Centro Estadual de Pesquisas em Agroenergia e Aproveitamento de Resíduos da PESAGRO – Rio, no Município de Campos dos Goytacazes, Norte do Estado do Rio de Janeiro. Foram selecionados e avaliados seis genótipos de capim-elefante (P-241-Piracicaba, Mercker 86 - México; Cubano Pinda; Pusa Napier; Mole de Volta Grande e King Grass.) mais produtivos e de melhor qualidaRevista Biomassa BR

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de da biomassa de acordo com os resultados obtidos por Rossi (2010). O delineamento estatístico experimental utilizado foi o de blocos casualizados com três repetições no arranjo de parcelas subdivididas compostos de 2 fatores: Parcelas = Genótipos e Subparcela = Número de cortes. Cada parcela foi composta por uma linha de 15 metros espaçada de um metro e cada subparcela composta por três metros cada, onde foram considerados apenas dois metros centrais da linha para avaliação, desprezando-se meio metro nas extremidades de cada linha.

As análises estatísticas foram realizadas pelo Aplicativo computacional em Genética e Estatística - Programa Genes (Cruz, 2013) da Universidade Federal de Viçosa. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Valores médios para as características morfoagronômicas e da qualidade da biomassa dos seis genótipos de capim-elefante avaliados se encontram na tabela 1, onde os resultados obtidos relatam a ocorrência de diferenças significativas para quase todas as características avaliadas. Tal fato pode ser visto como indicativo da expressão fenotípica da variabilidade genética existente na espécie e na coleção A produção de matéria seca da planta, em t.ha-1 (PMS), de genótipos avaliada (Pereira et al., 2008). foi estimada pelo produto da produção de matéria verde da planta integral, pela percentagem de matéria seca da Para a primeira idade de produção, realizado com oito planta integral, sendo o valor obtido convertido para t.ha-1. semanas de idade, ocorreram diferenças significativas, para a fonte de variação Tratamento (Genótipos) e para a As características relacionadas a composição elemen- maioria das características avaliadas, exceto para percentatar, Percentagem de carbono (%C); Percentagem de nitro- gem de carbono (%C), confirmando assim, a existência de gênio (%N); e a relação Carbono/Nitrogênio (C:N) foram variabilidade genética entre os tratamentos avaliados nesta obtidas utilizando o autoanalisador CHNS/O Perkin El- idade de produção. mer (14.800).

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Para o corte realizado com 12 semanas de idade, observa-se que houve elevado incremento em relação ao corte anterior, para relação C:N. e também para PMS, característica de maior importância para o capim-elefante, que apresentou produção média de 6,60 t.ha-1 no primeiro corte e 15,55 t.ha-1 no segundo corte de avaliação. Valores de produção de matéria seca semelhante também foram obtidos por Silva (2014), avaliando híbridos de capim-elefante, com elevada capacidade de produção em Campos dos Goytacazes – RJ. Para a quarta idade de produção, realizado com 20 semanas de idade, houve diferenças significativas entre os genótipos para a grande maioria das características avaliadas, exceto para relação C:N. Sendo os valores encontrados para a relação C:N inferiores aos obtidos por Morais et al., (2009), o qual encontrou uma relação C:N variando entre 80 e 156, enquanto que a maior relação C:N obtida no presente estudo foi de 26,05. No quinto (e último) corte, realizado com 24 semanas de idade, as características %N e C:N apresentaram efeito não significativo, demonstrando que a constituição das paredes dos tecidos são semelhantes entre os genótipos. Tabela 1. Valores médios para as características relacionadas a composição elementar de 6 genótipos de capim-elefante. PMS= Produção de matéria seca da planta, em t.ha-1;;%C = Percentagem de carbono; %N= Percentagem de nitrogênio e C:N= Relação carbono nitrogênio. Médias seguidas por uma mesma letra não diferem estatisticamente, em nível de 5% de probabilidade, pelo teste Tuckey. Avaliando os cortes individualmente pela análise de variância, pode-se observar que a quarta e quinta idade de produção (20 e 24 semanas de idade) foram os que apresentaram melhor resposta para a produção de biomassa energética de capim-elefante (PMS), com médias de 20,50 e 23,77 t.ha-1.

Estes resultados assemelha-se aos encontrados por Morais et al. (2009), que avaliando o potencial produtivo de diferentes genótipos de capim-elefante, com diferentes idades de produção (9, 18 e 24 semanas), observaram médias de 29,5 t.ha-1 e também aos encontrados por Rocha et al., (2015) ao avaliar 73 genótipos de capim-elefante em cortes com 24 semanas, obteve a média dos genótipos variando de 11,15 à 23,08 t.ha-1. O que evidencia que se pode realizar mais de duas colheitas de capim-elefante por ano, como o de costume, para produção de biomassa, desde que ofereça condições ideais de plantio e conservação da cultura no campo.

PATERLINI, E. M., ARANTES, M. D. C., GONÇALVES, F. G., VIDAURRE, G. B., BAUER, M. D. O. E MOULIN, J. C. Avaliação do capim elefante para uso energético. Journal of Biotechnology and Biodiversity, 4(2), 2013. PEREIRA, A. V., MACHADO, M. A., AZEVEDO, A. L. S., NASCIMENTO, S., CAMPOS, A. L., LÉDO, F. J. S. Diversidade genética entre acessos de capim-elefante obtida com marcadores moleculares. R. Bras. Zootec., 37:1216- 1221, 2008.

QUESADA, D.M.. Parâmetros quantitativos e qualitativos da biomassa de genótipos de capim-elefante (PenniCONCLUSÃO setum purpureum schum.) com poPara as cinco diferentes idades de têncial para uso energético, na forma produção foram constatadas diferen- de carvão vegetal. Seropédica, RJ. Tese ças significativas para a variável PMS, (Doutorado). 65p, 2005. sendo a quarta e quinta idade as que apresentaram melhor resposta.Sendo ROCHA, A. S.; DAHER R. F; GRAVIo genótipo Mole de Volta Grande o NA, G. A.; PEREIRA A. V.; RODRIque apresentou melhor composição GUES, E. V.; VIANA, A. P.; SILVA, V. elementar e da qualidade da biomas- Q. R.; JUNIOR, A. T. A.; N. A. A. C.; sa, por isso assegura o uso do capimOLIVEIRA, M. L. F.; OLIVEIRA, E. -elefante como uma fonte alternativa S.; Comparison of stability methods de energia. in elephant-grass genotypes for energy purposes. African Journal of AgriREFERÊNCIAS cultural Research. Vol. 10(47), pp. BODDEY, R. M.; MACEDO, R.; 4283-4294, 19 november 2015. TARRÉ, R. M.; FERREIRA, E.; OLIVEIRA, O. C.; REZENDE, C. DE P.; ROSSI, D. A.; MENEZES, B. R. S.; CANTARUTTI, R. B.; PEREIRA, J. DAHER, R. F.; GRAVINA, G. A.; M.; ALVES, B. J. R.;. URQUIAGA, S. LIMA, R. S. N.; LEDO, F. J. S.; GOTNitrogen cycling in Brachiaria pastu- TARDO, R. D.; CAMPOSTRINI, E.; res: the key to understanding the process of pasture decline. Agriculture, SOUZA, C. L. M. Canonical correlaEcosystems and Environment, v. 103, tions in elephant grass for energy purposes. African Journal of Biotechnop. 389-403, 2004. logy, v.13, n.36, p.3666- 3671, 2014. CRUZ, C. D. GENES- a software package for analysis in experimental sta- SILVA, V. Q. R.; DAHER, R. F.; GRAtistics and quantitative genetics. Acta VINA, G. A.; LÉDO, F. J. S.; TARDIN, Cientiarum Agronomy, v.35, n.3, pág. F. D.; SOUZA, M. C. Capacidade com271-276, 2013. binatória de capim elefante com base em caracteres morfoagronômicos. B. MORAIS, R.F.; SOUZA, B. J. DE; Indústr. Anim., Nova Odessa,v.71, LEITE, J. M.; SOARES, L. H. DE B.; ALVES, B. J. R.; BODDEY, R. M.; n.1, p. 63-70, 2014. URQUIAGA, S. Elephant Grass genotypes for bioenergy production by VON CAEMMERER, S.; FURBANK, direct biomass combustion. Pesquisa R.T. (2003). The C4 pathway: an effiAgropecuária Brasileira. V. 44, n. 2, cient CO2 pump. Photosynthesis Rep.133-140, 2009. search, v. 77, p.191–2003.

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1o dia, 17 de Maio/2018

2o dia, 18 de Maio/2018

8h30 - CREDENCIAMENTO

09h00 - Eliane Peixoto Borges - coordenador nacional Energia / SEBRAE

09h00 - Abertura Diretora Regional ABGD - Rio Grande do Sul Diretora Regional ABGD - Paraná Presidente AGESolar Presidente ABGD 09h40 - Análises do mercado de GD Jeferson Borghetti Soares - Superintendente EPE estudos econômicos e energéticos 10h00 - Ações do Governo em prol de GD Dep. José Nunes - comissão Minas e Energia - RS Deputado Dirceu Dresch - comissão Minas & Energia - SC Deputado Gil Pereira - comissão Minas & Energia - MG 11h00 - Coffee 11h10 - Heitor Petry - Presidente SICREDI VRP Cooperativas de crédito - RS 11h30 - Braulio Zatti - Cresol Central SC/RS Diretor executivo financeiro 11h50 - Cooperativas de crédito e Financiamento Mara Schwengber (moderadora painel) Lucas Lucena - BNDES - Financiamento p/ projetos de GD 12h00 - Marco Morato - OCB Organização das Cooperativas do Brasil - Formação de Cooperativas 12h20 - Alexander Nunes Leitzke - Gerente de Planejamento da AGRS - Linhas de Crédito do BRDE para GD 12h40 - Perguntas 12h50 - Almoço 14h20 - Marcio Takata - CEO Greener mercado de GD em 2018 14h40 - Leonardo Diniz - gerente expansão Sices Novas tecnologias em FV 15h00 - Mercado de GD: perspectivas 2018 Carlos Evangelista - (moderadora painel) André Luis Zeni - COPEL - Geração Distribuída 15h20 - Cleber Leites diretor ABRAPCH - GD com CHG 15h40 - Taynara Reisner Mighelão - coorden. estudo "Mecado Brasil. de GD" - Instituto ideal 16h00 - Perguntas 16h10 - Coffee 16h30 - Leandro Kuhn - L8 Energy - Diferenciais em GD 16h45 - Liciany Ribeiro - diretora regional ABGD - PR demandas do PR em GD 17h00 - GD na região Sul do Brasil - Liciany Ribeiro (moderador painel) Rodrigo Correa - Presidente AGESolar - Associação Gaúcha de Energia Solar 17h15 - Dr. Rodrigo Leite - LRCSB Advogados Associados Aspectos Jurídicos em GD 17h40 - Mara Schwengber - diretora regional ABGD - RS demandas do RS em GD 18h00 - Perguntas e Encerramento

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09h20 - Wilker Lassia Dias dos Santos SENAI-SP 09h40 - Capacitação e Certificação do Profissional FV Carlos Cafe - (moderador painel) CREA-PR - Habitação do Engeiro para GD 10h00 - Carlos Felipe (CAFÉ) - diretor Estúdio Equinócio certificação do Projetista FV 10h20 - Perguntas 10h40 - Coffee 11h10 - Ildo Bet Presidente PHB - Inversores Híbridos e Storage. 11h30 - Harry Schmelzer Neto - diretor WEG / Conselho ABGD - inversores FV no Brasil 11h50 - Inversores e Projetos especiais Liciany Ribeiro (moderadora painel) Prof. Dr. Ricardo Rüther - Universidade Federal de SC inovação no mercado FV 12h00 - Rodrigo Kimura - Engie Solar - projetos de GD 12h20 - Anaibel Novas - Gerente Fronius - Modelo de integração Instalador - Prosumers 12h40 - Perguntas 12h50 - Almoço 14h20 - Guilherme Chrispim - Country Manager LIV soluções especiais - BIPV 14h40 - Paulo Marcon - CBA / Estampex - estruturas para sistema FV 15h00 - Módulos e Estruturas Aurelio de A. Souza (moderador painel) Marcelo Sousa - Busines Manager Jinko Solar - diferenciais tecnológicos 15h20 - Hugo Albuquerque - General Manager Canadian mercado de módulos em 2018 15h40 - Claudio Loureiro - General Manager JA - desafios do mercado em 2018 16h00 - Perguntas 16h20 - Rogério Duarte - Country Manager Emirates Insolaire - Soluções especiais - locação 16h40 - Rodrigo Marcolino - Diretor da Axis renováveis - VP ABGD CASE locação 17h00 - Novos Negócios em GD - Aurelio de A. Souza(moderador painel) 17h20 - Lucas Tróia - Gerente de novoc negócios Sices Brasil 17h40 - Daniel Sebben - Usinas Flutuantes - case 18h00 - Carlos Morais - Estruturas FV - Solar Group 18h20 - Perguntas e Encerramento


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As empresas WÓRTICE e GAIATEC confirmam participação da

3ª Expobiomassa

A terceira edição da Expobiomassa – Feira Internacional de Biomassa irá receber a presença de grandes players do setor de biomassa brasileiro e internacional, assim como também diversos especialistas da área renovável. A feira, que acontece de forma simultânea ao terceiro Congresso Internacional de Biomassa (CIBIO 2018), confirma a participação da empresas WÓRTICE e GAIATEC SISTEMAS como expositores.

A GAIATEC SISTEMAS foi fundada em 2004, com o objetivo de oferecer soluções e produtos da mais alta tecnologia e qualidade para indústria de Gás Natural. Com o passar do tempo e a evolução natural de seus serviços e equipamentos expandir foi preciso. A empresa passou a atender outros setores de atividades econômicas como Petróleo, Mineração, Saneamento, Agrícola, Químicas, Elétricos, Ambientais, Marítimo e etc.

A WÓRTICE é uma empresa de solução em manutenção para indústrias. Seus produtos variam de turbinas à vapor a redutores de velocidades. Segundo seus representantes a empresa tem como diferencial o atendimento dedicado ao cliente, buscando sempre oferecer as melhores soluções em relação ao custo x benefício. A empresa é totalmente autônoma em seus processos e sua estrutura foi projetada para atender a todos os níveis de recursos.

Os interessados em visitar o estande da empresa durante o evento e também participar das palestras e outras atividades nos três dias podem fazer sua inscrição pelo site www.congressobiomassa.com.br. Toda a programação e informações relacionadas a nova edição e edições anteriores também estão disponíveis no endereço eletrônico. Informações sobre como ser um expositor também podem ser acessadas no site do evento www.expobiomassa.com.br.

De acordo com os organizadores a expectativa é que a feira tenha 93 empresas expositoras, mais de 10 países envolvidos e mais de seis mil visitantes.

CIBIO 2018 & 3ª EXPOBIOMASSA O QUE É: 3ª edição do Congresso Internacional de Biomassa 2018 e 3ª Feira Internacional de Biomassa, que acontece de forma simultânea.

QUANDO: 4,5 e 6 de setembro de 2018 ONDE: Curitiba - Paraná (FIEP) Federação das Indústrias do Estado do Paraná

OBJETIVO: Discutir o atual cenário da Matriz Energética Nacional e temas ligados a geração de energia a partir da biomassa no Brasil e no mundo.

CONTATO: Grupo FRG Mídias & Eventos - 55(41) 3225.6693 | (41) 3222.6661 comercial@grupofrg.com.br ou contato@grupofrg.com.br

www.congressobiomassa.com - www.expobiomassa.com.br

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MBA Gestão Estratégica em

ENERGIAS RENOVÁVEIS E BIOCOMBUSTÍVEIS INÍCIO EM MAIO

Objetivo: Capacitar profissionais à uma atuação diferenciada em projetos de produção de energia renovável proporcionando o conhecimento e o ferramental necessários para identificar oportunidades, implantar e gerir projetos energéticos sustentáveis.

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Seminário realizado pela WBA buscou levar conhecimento sobre biomassa à China

Delegação Chinesa esteve em Estocolmo e acompanhou o evento para aumentar a utilização de biomassa no país

Na última semana a Associação Mundial da Bioenergia (WBA) realizou um seminário em sua sede em Estocolmo, na Suécia. O objetivo foi debater sobre a biomassa no mundo e como ela vem contribuindo com os países na produção de energia limpa. De acordo com a WBA o evento teve como missão entender o desenvolvimento bem-sucedido da biomassa em energia na Escandinávia (Suécia, Finlândia e Dinamarca) em especial. Segundo a instituição a China também tem planos ambiciosos para o aumento da utilização de biomassa em energia no país e o evento buscou também auxiliar a delegação chinesa sobre o assunto. A WBA explicou em nota que também estava hospedando a delegação da China composta por empresas e

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instituições de energia - em estreita cooperação com as associações e empresas membros nórdicas. A delegação foi liderada pelo membro do Conselho, Hong Hao, o qual é presidente da Great Resources New Energy, também da China. O conhecimento sobre as melhores práticas em termos de conversão eficiente de biomassa em usinas combinadas de calor e energia, logística de colheita e transporte florestal, estudos de casos de utilização de resíduos agrícolas (por exemplo, palha) em energia foram os temas abordados durante o seminário. Para a WBA os assuntos são essenciais para os chineses entenderem como a produção d biomassa na Escandinávia funciona e o que os mesmos podem esperar dela.

"De acordo com a WBA o evento teve como missão entender o desenvolvimento bem-sucedido da biomassa em energia na Escandinávia (Suécia, Finlândia e Dinamarca) em especial"


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