Revista Caminhoneiro | Ed. 253 | Vencedores

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Por: Graziela Potenza Fotos: César de Cesário

Etapa final

O doce sabor da vitória

Quem experimentou a sensação do primeiro lugar na 20ª Gincana do Caminhoneiro, que teve uma final sensacional, foi o paranaense João Paulo Polli, de Colombo, PR. 46 Caminhoneiro


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etapa final da 20ª Gincana do Caminhoneiro, que aconteceu no domingo, dia 30 de novembro, teve um sabor diferente para todos que estiveram presentes no Mega Posto Via Sul, localizado em São Miguel dos Campos, município de Alagoas. Afinal, este ano, o evento completou sua vigésima edição. Aquele domingo foi muito especial para os 24 finalistas (mas dois não puderam comparecer) classificados em oito etapas realizadas em diferentes cidades brasileiras, cobrindo boa parte do País. Todos foram recepcionados pelas equipes da revista Caminhoneiro, da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Cummins Motores Diesel, Pneus Goodyear e Texaco do Brasil, com um gostoso café da manhã em um espaço aconchegante decorado com toalhas nas cores branca e laranja. Certamente o pensamento dos finalistas era unânime: chegou o grande dia. Preciso manter a calma e procurar fazer o melhor. Aos poucos, João Paulo Polli, Jadiel Adson Souza e Silva, Franklin Alves Nolasco, Fernando Sakai, João Edson Lazaroto, Flávio Pelle, Valdiclei Prestes, Rodrigo Carriel de Lima, Leonardo Bonato, Roberto Polli, Jaime Adriane Souza e Silva, Jefferson Alves Nolasco, Francisco Danillo Sampaio Ferreira, Márcio Piacentini, Sandro João Dani, Fernando José Fantin, Vilmar Sartori, Alexandre Pavin, Joaquim Veríssimo Batista, Leonardo Maluf Batista, Carlos Alberto de Marco Migliorini e Manoel Pedro Santana foram se acomodando. Alguns mais quietos outros mais falantes, tudo valia para driblar a ansiedade e o nervosismo. Após o gostoso café da manhã, começou a leitura do regulamento e o

sorteio do número de inscrição. Atentos e devotos as suas crenças (rezando, crucifixo enrolado na mão, etc.), os finalistas solicitavam proteção divina. O apresentador Ézio Rufino fez a leitura do regulamento, com clareza. Entre os artigos, ficou definido que seriam feitas três tomadas de tempo. A ordem de entrada na pista seria determinada por sorteio, à vista de todos. Só depois de os finalistas cumprirem a primeira tomada de tempo, é que seria realizada a segunda e em um breve intervalo, a terceira tomada de tempo. Antes de cada tomada de tempo, um novo sorteio determinaria a ordem de entrada na pista, sempre acompanhado pelo fiscal no interior do caminhão. Dúvidas esclarecidas, o próximo passo seria enfrentar a prova teórica. Todos os finalistas se dirigiram a uma sala apropriada para a realização da prova de conhecimentos aplicada pelo Sest/Senat Maceió. Nesta avaliação, cada questão errada aumentaria 10 milésimos de segundo ao tempo final, como forma de penalização. De acordo com Edna Lucena Colatino, coordenadora de Desenvolvimento Profissional do Sest/Senat Maceió, a prova foi composta por 20 questões objetivas relacionadas com legislação, direção defensiva, meio ambiente, sinalização e cidadania. As perguntas eram voltadas para as dificuldades do dia-a-dia do caminhoneiro. “Não fogem ao foco porque fazem parte da rotina de trabalho deles”, disse Edna Colatino. Este ano, a média de erros ficou em torno de cinco. Isso mostra que o profissional do volante está, cada vez mais, se inteirando sobre esses temas. Como foi o caso de Márcio Piacentini, que ves-

A recepção foi um gostoso café da manhã.

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Muita concentração e fé.

tia a camisa 22. “Apesar de a avaliação trazer questões do dia-a-dia, cada uma precisou ser lida com muita calma. Eu estudei e me preparei para a prova”, disse Piacentini. Outro que também se preparou foi Valdicliei Prestes, camisa 16. “É ótimo esse tipo de iniciativa, faz a gente se reciclar”, disse o caminhoneiro.

Pegou “fogo” O espírito de patriota e o orgulho de ser brasileiro contagiaram os finalistas, o público e todos os envolvidos na 20ª Gincana do Caminhoneiro. “Foi um momento para refletirmos sobre o nosso País”, diz Roberto Polli, de Colombo, PR, que junto com os demais finalistas foram fazer o reconhecimento da pista. “Este ano o bicho pegou”, diz Jadiel Adson e Silva, de Ananindeua, PA, com um largo sorriso. “Mas pegou no bom sentido. Como o traçado da pista está muito legal, além do ziguezague e uma curva radical o caminhoneiro precisa prestar muita atenção até mesmo no final do percurso quando entra na garagem para finalizar a prova”, completou Jadiel Silva que mostrou bastante perícia ao volante ao realizar as três tomadas de tempo. “Sinto que hoje pode ser o meu dia”, previa ele. Nos bastidores, aguardando a sua vez, todos os finalistas elogiaram o


Etapa final Dedicação total da equipe da organização.

traçado da pista. “Tem um cone situado na entrada da curva, à esquerda, que se o caminhoneiro não prestar atenção e entrar muito rasgando certamente vai derrubá-lo”, fala Francisco Danillo Sampaio Ferreira, de Fortaleza (CE) que participou do evento pela primeira vez. Depois de todas tomadas realizadas chegou o grande momento: A expectativa é grande. Os 22 finalistas foram convocados para irem até o palco. O resultado foi anunciado. Em terceiro lugar, com o tempo final de 26 segundos e 141 milésimos, ficou Franklin Alves

1º lugar João Paulo Polli, de Colombo, PR, se classificou na etapa realizada em Vilhena, RO. “Vim com o pensamento firme para realizar o meu grande sonho. Ganhar um caminhão Constellation.”

Nolasco, que recebeu um lindo automóvel Gol Special. Em segundo lugar, com o tempo final de 25 segundos e 96 milésimos, ficou Jadiel Adson Souza e Silva, que ganhou um lindo Fox City. Chegado o grande momento. O vencedor que saboreou o doce sabor do primeiro lugar e ganhou um maravilhoso VW Constellation 24.250 zero quilômetro foi João Paulo Polli. Ele conseguiu o tempo final de 24 segundos e 309 milésimos.

A sonhada glória

meu filho fosse o vencedor, porque estava muito nervoso”, disse a sua mãe que mudou de opinião logo quando viu sua atuação na segunda tomada de tempo. Ele foi muito rápido. Ao saber o resultado ela foi beijá-lo e cochichou: “parabéns meu filho estou muito orgulhosa de você”. O sentimento de ter ganhado um caminhão Volkswagen é indescritível. “Na hora do resultado minhas mãos estavam ensopadas de suor e as pernas tremiam. O mais difícil foi controlar os meus nervos”, fala o campeão. Ele é contratado e transporta calcário na região de Colombo. “Provavelmente irei trabalhar com o VW Constellation”. m Show com a banda Limão com Mel

João Paulo Polli, 23 anos, da cidade de Colombo (PR) é solteiro, mas trouxe a namorada e a mãe Bernadete para lhe dar sorte. Ele é filho e neto de caminhoneiros. “Sinceramente, eu não esperava que

2º lugar Jadiel Adson Souza e Silva de Ananindeua, PA, se classificou na etapa realizada em Sorriso, MT. Ele é caminhoneiro há 13 anos. “Sinto que hoje é o meu dia de sorte. Estou com a proteção divina”, diz.

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3º lugar Franklin Alves Nolasco, de Ananindeua, PA, se classificou na etapa realizada em Tailândia, PA. “O mais difícil foi manter o meu controle emocional para aliviar o nervosismo”, fala.


Bastidores

Por: Graziela Potenza Foto: César de Cesário

Agitando a cidade É verdade. A Gincana do Caminhoneiro é um grande evento. Além de eficiente ação mercadológica, cumpre também o lado social, melhorando a vida do profissional da estrada, gerando empregos e incrementando a economia por onde passa.

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Gincana do Caminhoneiro, vista dos bastidores, mostra uma equipe unida, formada por profissionais e empresas, preocupada com a responsabilidade social. Além de beneficiar a vida de muitos caminhoneiros, também gera oportunidade de trabalho e um movimento na economia por onde acontecem as etapas. Os hotéis, restaurantes, meios de transporte, a vinda de participantes e familiares, o aproveitamento de mão-de-obra local sofrem um incremento com esse grande evento que está cada vez melhor. A torcida do Tato, assim como é conhecida a caravana organizada pelo caminhoneiro Dulcidio Speranseta Filho e sua esposa Simone, está sempre presen-

te. O Tato, como é chamado carinhosamente pelos colegas, foi um dos vencedores da Gincana do Caminhoneiro. De lá pra cá, Tato se apaixonou pelo evento. Todo ano, o grupo se reúne e vai assistir a grande final. “Eu adoro essa competição que deu um novo rumo à minha vida. No início, reunimos alguns amigos para ver a final. Depois as esposas e os nossos filhos começaram a nos acompanhar. Agora já somos uma grande caravana uniformizada”, explica Tato. “Todo começo de ano, minha esposa Simone liga para a editora Tudo em Transporte querendo saber onde será a final da Gincana. Para nós, essa informação é preciosa. Nós começamos organizar e a economizar dinheiro para

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irmos prestigiar o evento”, fala Tato. Em 2008, a 20ª Gincana do Caminhoneiro contou também, com a torcida organizada de Ananindeua, PA, que vibrou ao ver seus finalistas entrarem na pista, pilotando o caminhão Constellation. Outros grupos que fazem o evento acontecer são o de patrocínio, no caso a Volkswagen Caminhões e Ônibus e o de apoio (Cummins Motores Diesel, Pneus Goodyear e Texaco do Brasil). “A meu ver, a Gincana do Caminhoneiro ajudou a Volkswagen Caminhões a ser bem mais conhecida entre os caminhoneiros. Essa é uma ótima oportunidade onde os caminhoneiros testam o Volkswagen, conferindo a potência, o torque, o conforto e, sobretudo, a segurança dos nossos


Bastidores

Uma grande equipe que faz um grande evento.

caminhões” diz Ana Maria Cruz Oliveira, supervisora de Propaganda e Marketing da Volkswagen Caminhões e Ônibus. “Ao perceber que os caminhoneiros vêm para as etapas com as suas famílias, desenvolvemos algumas atividades para sua esposa e filhos”. “Aqui todos são tratados com carinho”, diz José Américo Ferreira, representante de Marketing e responsável pela Promoção de Eventos da Volkswagen Caminhões e Ônibus, dando seqüência ao raciocínio de Ana Oliveira. “Fechamos a Gincana com chave de ouro. Nesta oitava etapa passaram mais de 750 caminhoneiros. O evento também ganhou forte cunho social com as ações extras, como realizações de exames de glicemia, vacinas, audiometria, além da atualização profissional. Além disso, neste tipo de competição, pode ser constatado como o caminhão Volkswagen tem excelente comportamento, afinal, são diferentes estilos de caminhoneiros

que pilotam o Constellation que sempre se mostrou com excelente performance”, conclui Américo. Para a Cummins Motores, a Gincana também tem um papel importante. “Nós parabenizamos o evento que completou 20 anos de existência. Posso dizer que é uma feliz parceria entre a Cummins e a Gincana. Nesta última etapa, registramos recorde de participantes. A Gincana é uma ótima oportunidade para prestigiar os caminhoneiros, além de funcionar como vitrine para os nossos produtos (filtros) e motores”, diz Laércio Silva, do Marketing América do Sul da Cummins. Outra companhia que faz parte da história da Gincana é a Pneus Goodyear. Segundo Sérgio de Lara, assessor de Vendas, Comercial e Técnico da empresa, esse evento é um sucesso porque é direcionado para o profissional da estrada. “Aqui, de fato, o caminhoneiro é a estrela”, afirma Lara.

O público é formado por pessoas do ramo.

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A Texaco também apoiou o evento este ano. “Foi uma experiência gratificante em estar participando de uma competição tão conhecida entre os motoristas profissionais”, diz Jadilson Mafra Barbosa, Consultor Negócios Chevron Brasil. O caminhoneiro Guanadir Roella de Oliveira, este ano fez parte da comissão que acompanhou as provas na etapa final. Ele não poderia ficar de fora, afinal, o Índio, como é chamado pelos amigos, marca presença na Gincana desde a sua primeira edição. “É um evento sério. Eu tiro o chapéu”, fala Índio. Como disse o nosso amigo Índio, para finalizar com chave de ouro, não poderíamos deixar de mencionar o responsável pelo evento, Saulo Muniz Furtado, diretor da TT Editora. “A Gincana do Caminhoneiro é um grande evento e é pioneira em seu formato que reúne responsabilidade social e ação mercadológica”. m


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