Revista CONCERTO#167

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Os melhores CDs do mês • René Jacobs • Vittorio Grigolo Gramophone Awards • Alfred Brendel • Joyce DiDonato

CONCERTO Guia mensal de música clássica Novembro 2010

ISSN 1413-2052 - ANO XVI - Nº 167

r$ 11,90

Osesp Mirando novos horizontes, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo lança temporada 2011 e parte para turnê na Europa ROTEIRO MUSICAL LIVROS • CDs • DVDs

vidas musicais Monteverdi

edmundo villani-côrtes Compositor, que completa 80 anos, fala de suas ideias e atividades

Atrás da pauta por Júlio Medaglia

TEMPORADAS 2011 Filarmônica de MG

FESTIVAL VILLA-LOBOS 48ª edição do evento realizado no Rio tem direção de Turibio Santos


A fórmula para o sucesso: João Carlos Martins regendo a Filarmônica Bachiana,

o SESI-SP tornando essa orquestra possível.

In Concert New York

Em 19 de setembro a crítica aclamou e o público reverenciou a Filarmônica Bachiana SESI-SP e João Carlos Martins no Lincoln Center, em Nova York. É o SESI-SP contribuindo para o desenvolvimento cultural de nosso país.

www.sesisp.org.br – twitter.com/sesisp_cultural


Apresenta

Programação

30/09 01/10 02/10 17/10 24/10 27/10

Deutsches Kammerorchester | Diadema Deutsches Kammerorchester | Guarulhos Deutsches Kammerorchester | São Bernardo do Campo Cantilena Ensemble | Piracicaba Cantilena Ensemble | Campinas Cantilena Ensemble & Ricardo Herz | Rio Claro

14/11

Cantilena Ensemble | São José do Rio Preto | SESI | 20h

28/11

Cantilena Ensemble | Santo André | Teatro - SESC Santo André | 11h Domingo Informações: 11 3253.9932 www.artinvest.com.br LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS

Realização

Produção

Cantilena Produções

Apoio Cultural


Prezado Leitor, Você tem em mãos a edição número 167 da Revista CONCERTO, o guia da música clássica no Brasil. Aqui você se informa sobre tudo o que se passa no mundo da música, de lançamentos de CDs, DVDs e livros ao roteiro clássico das principais cidades do país. E grandes atrações estão anunciadas para novembro: o violinista Itzhak Perlman, a Mahler Chamber Orchestra, o violonista Pepe Romero, o pianista José Feghali, a ópera O barbeiro de Sevilha e muito mais. Consulte nosso roteiro musical ilustrado e selecione o seu programa – boa música não vai faltar! O Museu Villa-Lobos no Rio de Janeiro, que há 50 anos realiza um importante trabalho de difusão da obra do compositor, promove em novembro a 48ª edição do Festival Villa-Lobos. Nossa jornalista Camila Frésca conversou com Turibio Santos, diretor do Museu e coordenador do Festival, que falou sobre a iniciativa e sua importância, como você poderá ler na página 28. Outro evento de destaque no Rio de Janeiro em novembro é a Semana do Cravo, realização da UFRJ com coordenação de Marcelo Fagerlande. Em texto publicado na página 24, Clóvis Marques escreve sobre a Semana e a trajetória desse instrumento no Brasil. A entrevista desta edição é com o compositor paulista Edmundo Villani-Côrtes, que completa 80 anos em novembro (página 16). Autor de uma vasta obra que mescla com grande naturalidade o clássico e o popular, Villani conta de sua formação e de sua postura estética, e do acúmulo de trabalho que não o deixa se aposentar... Uma das grandes notícias do mês é a nova temporada da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e sua turnê pela Europa. Nosso jornalista Leonardo Martinelli conversou com o diretor artístico da Osesp, Arthur Nestrovski, que revelou seus projetos e visões (página 30). Nas páginas 34 e 36 você ainda poderá se informar sobre os principais concertos da nova temporada e sobre como reservar o seu lugar na Sala São Paulo.

Foto: Divulgação, Ana Fuccia

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Camila Frésca, jornalista e pesquisadora Clóvis Marques, jornalista e crítico musical Irineu Franco Perpetuo, jornalista e crítico musical João Marcos Coelho, jornalista e crítico musical Júlio Medaglia, maestro Leonardo Martinelli, jornalista e compositor

ACONTECEU EM NOVEMBRO

Já os melômanos de Belo Horizonte tem de ficar atentos para garantir suas poltronas no Palácio das Artes. É que também já estão sendo vendidas as assinaturas da temporada 2011 da Filarmônica de Minas Gerais. Sob a direção artística do maestro Fabio Mechetti, a Filarmônica de Minas Gerais elaborou uma rica programação, que terá a participação de destacados solistas nacionais e internacionais (página 10).

Nascimentos

A seção GRAMOPHONE desta edição (página 65) – com as melhores matérias da prestigiosa revista inglesa – aponta os melhores lançamentos de CDs do mês e relata sobre o Gramophone Awards, principal premiação do mercado fonográfico clássico mundial. Tive o prazer de acompanhar pessoalmente a festa deste ano, conforme meu relato na página 12.

Gaetano Donizetti 29 de novembro de 1797

Não perca ainda a coluna mensal do maestro Júlio Medaglia (sobre os 300 anos de Pergolesi), a “Música Viva” de João Marcos Coelho (sobre os 85 anos de Pierre Boulez), a vida musical de Claudio Monteverdi e uma reportagem sobre a arte da luteria no Brasil. E a seção “Contraponto” com as notícias musicais, que neste mês traz uma entrevista com o maestro e oboísta Alex Klein, novo diretor artístico do Teatro Municipal de São Paulo. Leia a Revista CONCERTO e desbrave com a gente o maravilhoso mundo da música!

Lorenzo Fernandez 4 de novembro de 1897 Alexandre Levy 10 de novembro de 1864 Paul Hindemith 16 de novembro de 1895

Falecimentos Heitor Villa-Lobos 17 de novembro de 1959 Franz Peter Schubert 19 de novembro de 1828 Henry Purcell 21 de novembro de 1695 Claudio Monteverdi 29 de novembro de 1643 Estreias Intermezzo, de Richard Strauss 4 de novembro de 1924, Dresden A raposinha esperta, de Leos Janácek 6 de novembro de 1924, Brno A força do destino, de Giuseppe Verdi 10 de novembro de 1862, São Petersburgo Sinfonia nº1, de Gustav Mahler 20 de novembro de 1889

Nelson Rubens Kunze diretor-editor 2 Novembro 2010 CONCERTO

La calisto, de Francesco Cavalli 28 de novembro de 1651, Veneza


CONCERTO Novembro de 2010 nº 167

2 Carta ao Leitor

30

26

4 Cartas 6 Contraponto Notícias do mundo musical 10 Temporadas 2011 Filarmônica de Minas Gerais 12 Internacional A Revista CONCERTO acompanhou o Gramophone Awards 2010

8

74

14 Atrás da Pauta Coluna mensal do maestro Júlio Medaglia 16 Em Conversa Entrevista com o compositor Edmundo Villani-Côrtes 18 Brasil Musical A arte da luteria

20

73

22 Música Viva João Marcos Coelho escreve sobre Pierre Boulez 24 Acontece Clóvis Marques escreve sobre a VII Semana do Cravo da UFRJ 26 Vidas Musicais Conheça o extraordinãrio compositor Claudio Monteverdi 28 Palco Camila Frésca escreve sobre o 48º Festival Villa-Lobos

65

16

30 Capa A temporada 2011, a turnê pela Europa e os novos horizontes da Osesp, por Leonardo Martinelli

38 Roteiro Musical Destaques da programação musical no Brasil Uma seleção exclusiva do melhor da revista GRAMOPHONE

40 Roteiro Musical São Paulo 52 Roteiro Musical Rio de Janeiro

65 Notas Sonoras Notícias internacionais

58 Roteiro Musical Outras Cidades

66 A escolha do editor James Inverne aponta os dez melhores CDs do mês

65 Gramophone Uma seleção exclusiva do melhor da revista GRAMOPHONE

67 68 69 70 71

Gramophone Awards 2011

73 CDs e DVDs

Abertura Melhores CDs e DVDs Gravação do ano Prêmio pela carreira: pianista Alfred Brendel Artista do ano: mezzo soprano Joyce DiDonato

76 Livros

72 Entrevista Vittorio Grigolo

77 Outros Eventos 79 Classificados 80 Minha Música A música que inspira o historiador Dominique Edouard Baechler CONCERTO Novembro 2010 3


O triste fim de Ira Levin

Eleazar de Carvalho

Reporto-me à matéria “O triste fim de Ira Levin” (CONCERTO nº 166, pág. 10), na qual fui citada, para solicitar a publicação dos esclarecimentos que seguem: 1) Nunca participei de esquemas de corrupção de qualquer governo, do Brasil ou do DF, com os quais trabalhei por várias décadas; 2) aquela covarde cena em que me vi envolvida, não ocorreu no governo Arruda, mas, sim, em agosto de 2006, no governo anterior; 3) após discussão minha com o Sr. Roriz à época, dele cobrei R$ 30 mil que me devia, de eventos que realizei em favor de sua candidatura ao Senado, quando então ele mandou fosse feito a mim o ressarcimento. E, por vingança, fui filmada e a cena “congelada”, para que ele a usasse quando julgasse necessário. Usaram-na 4 anos depois, com os episódios da chamada “Caixa de Pandora” do governo Arruda; 4) o maestro Ira Levin sempre foi remunerado em Brasília pelo banco estatal, por indicação do próprio governador, que o convidou para a direção artística e regência da orquestra; 5) como Secretária de Educação e Cultura do DF que fui, sempre valorizei a cultura, começando pela finalização da construção do próprio Teatro Nacional e da criação do quadro de músicos da sua orquestra sinfônica; 6) como parlamentar, os recursos das emendas parlamentares que me couberam foram sempre disponibilizados, majoritariamente, para apoiar projetos culturais, como o das temporadas da orquestra e o do Curso Internacional de Verão, o que é raríssimo no meio político; 7) quanto ao maestro Ira Levin, entendo que seu breve retorno à Europa o livrará do mesquinho ambiente provinciano da nossa Capital.

Considero um total equívoco, sob qualquer ponto de vista, a recente transferência da estátua do maestro Eleazar de Carvalho a Praça Júlio Prestes para o boulevard da Sala São Paulo. Primeiro, porque a obra foi concebida para o pedestal, para ser vista de perspectiva distanciada, tendo por cenário a monumentalidade arquitetônica externa da Sala – e não no nível do chão, à maneira, de gosto mais que duvidoso, de uma estátua de cera. Segundo, porque se elimina (ou, pelo menos se reduz significativamente) o caráter público da homenagem. É como se os responsáveis pela mudança assumissem, sem maiores pudores, a ideia elitista de que a importância do maestro diz respeito apenas aos frequentadores de concertos e não a todos aqueles que passam pela praça em frente à Sala. Espero que o diretor artístico da Osesp reveja urgentemente esse evidente desrespeito ao patrimônio público.

Dra. Eurides Brito da Silva, professora titular (aposentada) da Universidade de Brasília

Cussy de Almeida No artigo do maestro Júlio Medaglia sobre Cussy de Almeida (CONCERTO nº 166, pág. 12), são citados como sendo entes distintos os projetos “Criança Cidadã” e “Meninos do Coque”. As duas denominações, porém, referem-se a um mesmo projeto: a Orquestra Criança Cidadã, gerida pela Associação Criança Cidadã. E o cemitério onde Cussy de Almeida foi sepultado chama-se Morada da Paz, no município do Paulista, região metropolitana do Recife. Carlos Eduardo Amaral, jornalista, Recife

Roberto Alves, professor, São Paulo, SP

Carlito Carvalhosa Surpreendeu-me o depoimento do conceituado artista Carlito Carvalhosa a esta revista (CONCERTO nº 165, pág. 72). Suas referências musicais são poucas e desatualizadas e, no último parágrafo da matéria, parece que confunde música de concerto com ambiente musical. Se alguém vai a um concerto é por que deseja ver e ouvir um determinado intérprete, uma determinada composição, ou o que seja. E para ouvir uma obra, prestar atenção e evitar grandes movimentações é uma boa ideia. Acredito que a ótica do referido artista esteja mal focada, pois o que se vê, com frequência, quando há oportunidade, são pessoas se maravilhando e apreciando concertos tradicionais em salas idem, assim como nas exposições de artes plásticas. Eduardo Klein, por e-mail

Guia mensal de música clássica www.concerto.com.br NOVEMBRO 2010 Ano XVI – Número 167 Periodicidade mensal ISSN 1413-2052 Redação e Publicidade Rua João Álvares Soares, 1.404 04609-003 São Paulo, SP Tel. (11) 3539-0045 – Fax (11) 3539-0046 e-mail: concerto@concerto.com.br Realização diretor-editor Nelson Rubens Kunze (MTb-32719) editoras executivas Cornelia Rosenthal Mirian Maruyama Croce reportagens Camila Frésca revisão Gabriela García Maloucaze site e projetos especiais Marcos Fecchio apoio de produção Kátia Sabino, Luciana Alfredo Oliveira, Priscila Martins, Vanessa Solis da Silva, Vânia Ferreira Monteiro projeto gráfico BVDA Brasil Verde editoração e produção gráfica Lume Artes Gráficas / Gilberto Duobles As datas e programações de concertos são fornecidas pelas próprias entidades promotoras, não nos cabendo responsabilidade por alterações e/ou incorreções de informações. Inserções de eventos são gratuitas e devem ser enviadas à redação até o dia 10 do mês anterior ao da edição, por fax (11) 3539-0046 ou e-mail: concerto@concerto.com.br. Artigos assinados são de respon­sa­bi­li­dade de seus autores e não refletem, neces­sariamente, a opinião da redação. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução por qualquer meio sem a prévia autorização.

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4 Novembro 2010 CONCERTO

A Clássicos Editorial Ltda, consciente das questões ambientais e sociais utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matériaprima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado e outras fontes controladas. Impresso na IBEP Gráfica Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC.



Gravação da Osesp com John Neschling conquista Diapason D’Or O CD com a obra A floresta do Amazonas, de Heitor VillaLobos, gravação da Osesp sob direção de John Neschling lançada no mercado internacional pelo selo BIS, recebeu o Diapason D’Or da edição de outubro da revista francesa Diapason. O registro teve a participação da soprano Anna Korondi. “Uma obra-prima que emerge de um filme ruim. Esse é o caso dessa Floresta do Amazonas, rica de cores e de vida, embalada pela luminosa soprano Anna Korondi”, diz o comentário da publicação. Outra gravação de Neschling com a Osesp, a trilogia de Respighi, acaba de receber ótima avaliação de David Hurwitz do site Classics Today, com nota 10/10 (qualidade artística/qualidade de som). O entusiasmado crítico coloca a interpretação de Neschling lado a lado com registros de Toscanini, Muti, Bernstein, Reiner e Kempe, em sua opinião as grandes versões dessa música em disco. “John Neschling não fica apenas batendo o compasso. Ele tem ideias, e elas funcionam. [...] A Sinfônica de São Paulo toca maravilhosamente, talvez sem a fina precisão de Muti/ Philadephia, mas com a mesma paixão e desenvoltura. É um grande prazer ouvir uma gravação dessa música que realmente lhe faça justiça.”

A convite da ONG Generous Hearts, o pianista Fábio Caramuru fará um recital de música brasileira, dia 13 de novembro, na Universidade de Toronto, Canadá. A Generous Hearts, com sede no Canadá, foi criada com o propósito de arrecadar fundos para projetos sociais realizados no Nordeste do Brasil.

Ricardo Castro participa de evento sobre “El Sistema” Em outubro passado, o pianista e maestro Ricardo Castro, fundador do Neojibá (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), foi um dos participantes da mesa redonda que debateu os desenvolvimentos do “El Sistema”, programa venezuelano de formação orquestral criado há 35 anos. O evento aconteceu em Londres, no Southbank Centre, e foi presidido pelo próprio fundador do “El Sistema”, o maestro José Antonio Abreu. Participaram ainda outros quatro representantes de programas inspirados pelo modelo venezuelano: Julian Lloyd Webber da Inglaterra (In Harmony), Nicola Killean da Escócia (Big Noise – Sistema Scotland), Shirley Apthorp da África do Sul (Cape Festival) e Govias Jonathan do Canadá e Estados Unidos (Abreu Fellows – New England Conservatory). 6 Novembro 2010 CONCERTO

Flavio Romano Scognamiglio teve uma de suas composições, Introspecção, escolhida para o espetáculo de dança “Vibrations. Le voix de la danse”, que será apresentado no Theatre des Varietés do Principado de Mônaco. O espetáculo é organizado pelo Choeur de Chambre e Ballets de Monte-Carlo, com coreografia de Ramon Reis, bailarino brasileiro radicado na Europa. Além da obra de Scognamiglio, que terá arranjo de Rodrigo Vitta, o espetáculo também tem música de Brahms e desenvolve uma original relação entre a voz e os movimentos coreográficos. O compositor paulista Marcelo Bellini Dino venceu o Segundo Concurso de Composição do Instituto Villa-Lobos (Unirio), categoria única piano solo, com seus Três Prelúdios. A série, composta em 2007 para o pianista santista Antonio Eduardo, já foi executada na Bélgica, França e mais de uma vez no Brasil. André Codeço dos Santos, do Rio de Janeiro, conquistou o segundo lugar, seguido dos paulistas Edson José Sant’anna e de Carlos Roberto Ferreira dos Santos. A comissão julgadora foi formada pelos professores José Wellington, Marcelo Carneiro (DCR-IVL / Unirio) e Rami Levin (Lake Forest College – Chicago, EUA). O jovem tenor lírico ítalo-brasileiro Thiago Arancam tem cantado muito nos palcos internacionais. Apenas neste ano ele participou de Nabucco em Palermo, Cavalleria Rusticana em São Petersburgo, Il Tabarro em Riga, Norma em Sanxay, Cyrano em São Francisco, Tosca em Las Palmas e de Carmen em Varsóvia. Em 2008, Thiago Arancam venceu três prêmios do conceituado concurso lírico internacional Operalia, organizado por Plácido Domingo: prêmio zarzuela, prêmio do público e o segundo prêmio de ópera. Em seguida, Arancam fez o Don José da Carmen no Washington National Opera (EUA), regido pelo maestro Julius Rudel. Jaques Nirenberg, violinista e cofundador do Quarteto Brasileiro da UFRJ, faleceu em 16 de setembro passado. Nirenberg, que também era médico psiquiatra, formou-se em violino, viola e regência pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, da qual foi professor de música de câmara. O músico ocupava a cadeira nº 38 da Academia Nacional de Música. Entre outros cargos e atividades, Nirenberg foi fundador da Associação Brasileira de Musicoterapia e seu primeiro presidente, criou a Revista Brasileira de Musicoterapia e o seu Centro de Estudos, foi diretor do Hospital Pinel e de Atividades Supletivas do Ministério da Saúde, coordenador do Centro de Estudos do Cérebro e da Mente, presidente da Academia Nacional de Música e assessor da Fundação Cultural do Exército Brasileiro. O brasileiro Roberto Toscano, de 28 anos e residente nos Estados Unidos, venceu o primeiro prêmio do Concurso de Composição Toru Takemitsu 2010, realizado em Tóquio, no Japão, com a obra Figures at the Base of a Crucifixion, para orquestra sinfônica. “É uma peça de beleza sombria, intensidade dramática e cheia de passagens emocionais”, comentou Tristan Mural, membro do júri. “Às vezes a peça me lembrou a música de Giacinto Scelsi, mas com uma dimensão emocional e de veemência bem maior.” A final do concurso aconteceu no Takemitsu Memorial do Tokyo Opera City Concert Hall, com a participação da Tokyo Philharmonic Orchestra sob regência de Takeshi Ooi. No segundo lugar houver empate entre Andrej Slezák (Eslováquia/Hungria) e Ken Namba (Japão). A japonesa Chikako Yamanaka ficou em terceiro. O desembargador e compositor paraense Vicente Malheiros da Fonseca foi o vencedor do Concurso Nacional de Composição de Música Sacra, com a obra Maria – Ave Maria dos migrantes, para coro a quatro vozes mistas e órgão de tubo, com pedal, promovido pela Paróquia Nossa Senhora de Boa Viagem – Igreja Matriz de São Bernardo do Campo (SP). A música será apresentada na inauguração do grande órgão como parte da programação dos festejos dos 200 anos de criação da paróquia (1812-2012). Estreia em novembro (entre os dias 1 e 8) o espetáculo Democlássicos, com música clássica ao vivo em casas noturnas onde o pop e a música eletrônica normalmente dominam. Criado pelo Instituto VivaMúsica!, o projeto itinerante estará em Porto Alegre, São Paulo, São Caetano do Sul, Cuiabá e João Pessoa.


DPZ

L

livre para todos os públicos

A Orquestra Sinfônica Brasileira apresenta a Série Safira 2010. Uma noite em que a principal homenageada é a música. Um espetáculo que celebra o centenário de nascimento de Barber e o bicentenário de Schumann, com estreia no Brasil da premiada violinista Rachel Barton Pine. Roberto Minczuk, regência Rachel Barton Pine, violino

28 de novembro domingo, 17h

Concerto de encerramento da Temporada 2010 em São Paulo.

Schumann | Abertura, Scherzo e Finale, Op. 52

Busoni | Suíte Turandot

Barber | Concerto para Violino, Op.14

Respighi | Pinheiros de Roma

Patrocinador exclusivo da Série Safira

Apoio cultural:

Vendas:

Apoio institucional:

Programação sujeita a alteração.

SALA SÃO PAULO

Acesse www.osb.com.br e confira a temporada 2010 completa. Informações: 3522-7100. Ingressos a partir de R$39. Vendas na bilheteria ou pela Ingresso Rápido: 4003-1212


Notícias do mundo musical

Alex Klein é o novo maestro principal do Teatro Municipal de São Paulo Desde junho músicos da orquestra pediam a substituição do maestro Rodrigo de Carvalho

O

oboísta e maestro gaúcho Alex Klein, de 46 anos, é o novo diretor artístico e maestro principal da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo. Junto com Carlos Moreno e Luiz Fernando Malheiro, Klein integrava a lista tríplice apresentada pelos músicos da orquestra, que desde junho pediam a substituição do maestro Rodrigo de Carvalho. Alex Klein é um dos mais destacados músicos do país. Como oboísta, conquistou as principais honrarias internacionais e foi durante muitos anos primeiro oboé da Sinfônica de Chicago. Há alguns anos, devido a um problema muscular, Klein foi obrigado a deixar a carreira de instrumentista de orquestra e passou a dedicar-se à direção orquestral. Além de sinfônicas no Brasil, o artista já regeu a Orquestra Filarmônica da Difusão Cinematográfica da China e a Orquestra Sinfônica Nacional do Porto (Portugal). Além disso, Alex Klein é regente titular dos festivais de Saint Barths (Antilhas Francesas) e Sunflower (EUA), orquestras formadas por músicos provenientes de conjuntos profissionais dos Estados Unidos e Europa. No Brasil, Alex Klein é diretor artístico do Festival de Música de Jaraguá do Sul (Santa Catarina) e da Oferenda Musical – Festival de Música de Câmara do Teatro São Pedro, em São Paulo. Alex Klein assume a direção às vésperas do centenário do Teatro Municipal, que será comemorado em 2011. O teatro está fechado para reformas com previsão (não oficial) de reabertura em abril do ano que vem. Leia a seguir entrevista que Alex Klein concedeu à Revista CONCERTO:

divulgação / Sylvia Masini

Alex Klein

8 Novembro 2010 CONCERTO

Com o teatro fechado e uma estrutura administrativa obsoleta, você terá grandes desafios pela frente, não é?

Sim, mas estou animado, e até aqui tudo está indo muito bem. Estamos alterando muito a estrutura artística dentro do Teatro Municipal (TM). Como é de se imaginar, a chegada de um novo líder artístico leva a casa a um ajuste nos procedimentos internos, que estão mudando rapidamente. Quais exatamente serão as suas funções no Teatro Municipal? E qual é a duração de seu contrato?

Meu cargo é de diretor artístico do Teatro Municipal, responsável pela programação, e de maestro principal da Orquestra Sinfônica Municipal (OSM). Meu contrato é de três temporadas completas, expirando portanto no final de 2013. Vou dirigir uma ou duas óperas em cada temporada. Nesta primeira, de 2011, participarei de quase metade das apresentações da OSM visando ao estabelecimento de uma nova orientação artístico na orquestra e nas ofertas artísticas da casa. Haverá mudanças dramáticas em como concertos didáticos são apresentados, por exemplo, e em um primeiro momento minha presença será necessária. A partir de 2012 reduzirei minha participação a cerca de 30% da temporada, o que é mais compatível com a rotina de um maestro principal. Quais são as prioridades de seu projeto?

Minhas prioridades como diretor artístico são o enriquecimento e valorização de cada corpo artístico do TM e projetar sua magnífica história neste ano de seu centenário. Como maestro principal da OSM começaremos um processo de evolução do conceito orquestral, em um caminho que provavelmente influenciará o debate sobre as condições de trabalho dos músicos em todo o Brasil. Por exemplo, começaremos esta evolução adaptando os atuais regimentos internos de orquestras como do Metropolitan Opera de Nova York, Chicago Symphony, Cleveland Orchestra e da Ópera Lírica de Chicago aos regimentos da Sinfônica Municipal, imediatamente elevando as condições de trabalho e aproveitamento artístico da orquestra a padrões internacionais. Vamos superar as condições de trabalho dos músicos comuns 40 ou 50 anos atrás, quando a superioridade política e administrativa de um maestro ditava a qualidade de uma orquestra. No modelo mais moderno que está sendo implementado na OSM, a qualidade da orquestra é ditada pelo espaço dado a seus músicos, para que possam expressar livremente sua arte, sem medo de serem demitidos arbitrariamente no próximo dia. De fato, a partir de agora as exclusões arbitrárias são absolutamente proibidas no corpo artístico da OSM. Nenhum músico será eliminado da orquestra sem justa causa e a oportunidade de responder a acusações de um maestro. O maestro passa a exercer uma posição mais de moderador e menos de “poderoso chefão”. Qual será a programação do ano que vem?

A temporada de 2011 será apresentada em coletiva de imprensa na primeira semana de dezembro. [NRK] Leia também comentário de Irineu Franco Perpetuo em “Textos” no Site CONCERTO – www.concerto.com.br.



Filarmônica de Minas lança excelente temporada Qualidade e diversidade marcam a nova temporada da Filamônica de Minas Gerais, que tem direção artística e regência titular do maestro Fabio Mechetti

C

onsolidando a posição de uma das mais importantes orquestras do país na atualidade, a Filarmônica de Minas Gerais lança sua temporada 2011. Tendo iniciado suas atividades em 2008 e estando desde então sob regência e direção artística do maestro Fabio Mechetti, a Filarmônica mais uma vez aumenta o número de apresentações em relação ao ano anterior. Em 2011, serão mais de 20 concertos divididos entre as séries Allegro e Vivace, com grandes estrelas do cenário sinfônico internacional e um repertório que chama a atenção pela qualidade e diversidade. “A ideia da temporada é unir o familiar ao desafiador, o moderno ao tradicional, o previsível ao inédito”, afirma o maestro Mechetti. Entre os convidados que se apresentarão pela primeira vez com a Orquestra em 2011 estão o pianista francês Pascal Rogé, o trompetista russo Sergei Nakariakov e a violoncelista norte-americana Alisa Weilerstein. A grande atração da temporada 2011 é o violinista norte-americano Joshua Bell, que também toca pela primeira vez com o grupo. Já entre os convidados que voltam a se apresentar com a Filarmônica estão o pianista brasileiro Arnaldo Cohen, o violinista alemão Nicolas Koeckert e o maestro Isaac Karabtchevsky. Brasileiros como o violonista Fabio Zanon, o pianista Fábio Caramuru, a maestrina Lígia Amadio, a soprano Adriane Queiroz e o duo de pianistas Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini também marcam presença em concertos da sinfônica na próxima temporada. Entre as efemérides comemoradas pela orquestra estão os 200 anos de nascimento de Liszt e os 100 anos da morte de Gustav Mahler: serão apresentadas pela primeira vez em Belo Horizonte a Sinfonia Fausto de Liszt e a Sinfonia nº 6, “Trágica”, de Mahler. A Filarmônica também fará a estreia mundial da obra Aura, do jovem compositor mineiro Sergio Rodrigo, vencedor do Festival Tinta Fresca 2010 (concurso promovido pela orquestra). Serão também interpretadas obras dos compositores contemporâneos brasileiros Francis Hime, João Guilherme Ripper e Marisa Rezende. Destacam-se ainda no repertório da orquestra na próxima temporada as pouco executadas Sinfonia nº 11 de Shostakovich, a Serenata de Bernstein, a Sinfonia nº 6 de Prokofiev e O beijo da fada, de Stravinsky. Para Mechetti, a temporada reflete o momento da Filarmônica que “vem se revelando, desde sua criação, uma orquestra de qualidade, que não tem medo de atacar repertórios desafiadores, que tem compromisso em abrir espaço para a música contemporânea brasileira e que confere ao estado de Minas Gerais status importantíssimo no panorama cultural brasileiro”.

site da orquestra (www.filarmonica.art.br) ou pessoalmente no saguão do Palácio das Artes, de segunda a sábado das 9h às 21h. A Filarmônica de Minas Gerais disponibiliza ainda um telefone para maiores informações: (31) 3219-9009.

Assinaturas Os atuais assinantes têm até o dia 11 deste mês para efetuar trocas de assentos ou séries. Já os interessados em adquirir uma nova assinatura da Filarmônica de Minas Gerais para 2011 têm entre os dia 12 de novembro de 2010 a 11 de fevereiro de 2011 para fazê-lo. As assinaturas podem ser adquiridas pelo

15 de dezembro Fabio Mechetti, regente Vanessa Cunha, piano Martin Mühle, tenor Coral Lírico de Minas Gerais (elenco masculino) Obras de Liszt

10 Novembro 2010 CONCERTO

DESTAQUES DA TEMPORADA 3 de março Fabio Mechetti, regente Stephanie Jeong, violino Obras de Guarnieri, Paganini, Puccini e Respighi 14 de abril Lígia Amadio, regente Fábio Caramuru, piano Obras de Marisa Rezende, Stravinsky e César Franck 19 de maio Fabio Mechetti, regente Daniel Binelli, bandoneón Obras de Schumann, Piazzolla e Richard Strauss 2 de junho Fabio Mechetti, regente Fabio Zanon, violão Obras de João Guilherme Ripper, Francis Hime e Beethoven 14 de julho Fabio Mechetti, regente Adriane Queiroz, soprano Obras de Mozart e Mahler 25 de agosto Fabio Mechetti, regente Joshua Bell, violino Obras de Ginastera, Guarnieri e Brahms 6 de setembro Fabio Mechetti, regente Arnaldo Cohen, piano Obras de Hekel Tavares e Rachmaninov 10 de novembro Fabio Mechetti, regente Celina Szrvinsk, piano Miguel Rosselini, piano Obras de Dutilleux, Poulenc e Brahms



Gramophone Awards 2010 Nelson Rubens Kunze esteve em Londres e acompanhou a grande festa da música clássica

Joyce DiDonato e Antonio Pappano

12 Novembro 2010 CONCERTO

jornal The Times e a Associação Britânica de Diretores de Corais – foi para a regente Sue Hollingworth, que há quase 30 anos trabalha para aproximar as pessoas da música de qualidade. O prêmio “escolha do editor” conferido por James Inverne foi para a maestrina Marin Alsop (que acaba de fazer memoráveis concertos com a Osesp) e a gravação que realizou com sua orquestra de Baltimore, nos Estados Unidos, da Missa de Bernstein. A violoncelista argentina Sol Gabetta, de 29 anos, que esteve no Brasil no primeiro semestre em concertos da temporada da Sociedade de Cultura Artística, foi lembrada como jovem artista do ano. O selo clássico Linn venceu a categoria selo do ano. E o violinista, maestro e showman André Rieu venceu a categoria dos clássicos mais vendidos. Seu álbum com valsas vienenses de Strauss permaneceu em primeiro lugar da lista de mais vendidos da Grã-Bretanha durante 31 semanas, tendo comercializado mais de 360 mil cópias. Após o aguardado almoço – o Dorchester fez bonito e serviu um saboroso menu –, os editores da GRAMOPHONE deram sequência à festa com as diversas categorias de CDs. (Conheça os títulos vencedores na seção Gramophone, página 67.) O prêmio de melhor gravação do ano foi para o CD com obras do compositor renascentista inglês William Byrd, na interpretação espetacular de The Cardinall’s Musick sob direção de Andrew Carwood (selo Hyperion). Um dos prêmios mais aguardados foi o de “artista do ano”, votação feita pelos leitores via internet. A grande vencedora de 2010 foi a mezzo norte-americana Joyce DiDonato, que também emplacou um CD de árias de Rossini na categoria “recital”. Contente ao receber o prêmio, DiDonato deu uma canja acompanhada ao piano pelo maestro Antonio Pappano – que por sua vez venceu a categoria “coral” com seu Requiem de Verdi gravado com o Coro e a Orquestra de Santa Cecília (EMI). Trechos dos CDs premiados, o clima da festa, as opiniões dos jurados e as mensagens dos vencedores podem ser conferidos no novo player da GRAMOPHONE acessível no site www. gramophone.co.uk.

Alfred Brendel

divulgação / Mark Harrison

C

om toda a pompa e circunstância, em um dos hotéis mais sofisticados de Londres – o Dorchester Hotel – aconteceu no último dia 1º de outubro o Gramophone Awards 2010, premiação da revista inglesa para os principais destaques do mercado fonográfico internacional. Com cerca de 300 pessoas (entre convidados e interessados que desembolsaram cerca de R$ 600 pelo ingresso), o prêmio é tido como um dos mais importantes do segmento no mundo e reúne, além de artistas de primeiro time, lideranças dos principais selos clássicos e de alguns teatros internacionais. Com o avanço da internet e de seus múltiplos recursos (inicialmente eram os downloads, agora é a hora dos streamings: você clica para ouvir aquilo que deseja, na hora em que quiser, sem ter de gravar ou baixar nada em seu disco rígido), a indústria do disco passa por momentos de acomodação – para não dizer momentos de crise: o mercado encolheu para 25% daquilo que fora outrora! Ainda que esses números não se apliquem diretamente ao segmento da música clássica, as novas tecnologias vêm impactando cada vez mais também o nosso meio. Então, não foi por acaso que a grande festa da GRAMOPHONE começou com uma breve fala do diretor de um dos mais bem-sucedidos serviços de streaming da Grã-Bretanha, o spotify, contando sobre sua experiência e perspectivas futuras. Mas, como as vendas digitais ainda não chegam a 10% do faturamento dos negócios fonográficos clássicos, a festa da GRAMOPHONE foi mesmo centrada no bom e velho CD. O evento começou com a entrega dos prêmios especiais. A premiação pelo conjunto da obra (lifetime achievement) foi para o extraordinário pianista Alfred Brendel que, antes de receber a distinção, ouviu uma mensagem de louvor da pianista Imogen Cooper. O prêmio especial de reconhecimento foi para Brian Couzens, fundador e diretor do selo Chandos. A mensagem de louvor aqui foi proferida pelo “nosso” Yan Pascal Tortelier – que tem muitos CDs gravados e distribuídos pela Chandos – que, com tiradas charmosas, arrancou risos da plateia. O prêmio pelo trabalho musical junto à comunidade – este ano dirigido para o canto coral e oferecido em conjunto com o


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