Informativo Industrial #3 | Jul.2014

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nº. 03 | JUL. 2014

Pesquisa da CNI revela opinião do brasileiro sobre papel da indústria

DIRETO DA PRODUÇÃO

EVENTOS INDUSTRIAIS

Plástico: na trilha da embalagem inteligente. Novas aplicações, maior versatilidade

Metal mecânico e eletrônicos impulsionam Nordeste do País


FIMMEPE Mecânica Nordeste

PALAVRA DA DIRETORIA

Inovação no DNA

Feira da Indústria Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambuco Próxima edição: 21 a 24 de outubro / 2014 Local: Centro de Convenções de Olinda - Pernambuco

O dinamismo dos mercados, a frenética e necessária remodelação dos sistemas

FFATIA

produtivos, junto à visão empresarial do

Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação Próxima edição: 28 a 31 de outubro / 2014 Local: Centro de Convenções de Goiânia - Goiânia

segmento de máquinas industriais é a nossa matéria-prima. As feiras do portfólio da indústria da Reed Exhibitions Alcantara Machado vivem um momento especial. Vetor do crescimento do País, o setor se apresenta com capacidade extra de vencer limites e se reinventar, sinais absorvidos por nossos eventos, que se mostram ágeis para igualmente corresponder às expectativas. Exemplo da Feira de Mecânica do Nordeste (Fimmepe) – uma realização do Simmepe – Sindicato da Indústria Metalmecânica e Eletroeletrônica de Pernambuco –

FEIPLASTIC Feira Internacional do Plástico Próxima edição: 04 a 08 de maio / 2015 Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - São Paulo

que, há duas décadas, mostra capacidade de imprimir maior profissionalismo ao seu formato, com o objetivo de estreitar laços com o público alvo e reafirmar o papel de imprescindível circuito de negócios do Nordeste do País. Com a máxima de que a ferramenta feira está onde está o desenvolvimento e, vice-versa, as atividades econômicas não abrem mão das feiras setoriais. O êxito crescente da Fimmepe se explica pelo fortalecimento de negócios nos

FEIMAFE Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura Próxima edição: 18 a 23 de maio / 2015 Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - São Paulo

segmentos naval, de petróleo e gás e, mais num movimento mais recente, o setor automotivo como gerador de riqueza para a região. Na edição de 2013, a Fimmepe atraiu 11 mil visitantes em busca das novidades da indústria metalmecânica e eletrônica regional, com estimativa de negócios da ordem de R$ 150 milhões.

FORIND NORDESTE Feira de Fornecedores Industriais Próxima edição: Maio de 2015 Local: Centro de Convenções de Pernambuco | Olinda - PE

Outra iniciativa que faz com que a estratégia da Reed se mantenha em linha direta com o propósito de desenvolvimento das diversas regiões do País é a Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação (Ffatia) – que reúne a cadeia produtiva de alimentos e seus principais compradores.

MECÂNICA Feira Internacional da Mecânica Próxima edição: Maio 2016 Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - São Paulo

Em sua 9ª edição, o evento integra o mix da Reed que abraça a realização e a missão de consolidar a Ffatia como a maior feira do setor no Centro-Oeste e a terceira maior do País, além de investir com vigor na promoção de eventos principalmente em Goiás, região em franco desenvolvimento. Na prática, a nossa missão é ampliar a área de cobertura e abrangência de atuação

Expediente

atingindo o público do interior goiano e dos estados vizinhos, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Triângulo Mineiro.

nº. 03 | JUL. 2014

EVENTOS INDUSTRIAIS Metal mecânico e eletrônicos impulsionam Nordeste do País

Estratégias em dia e muito trabalho para provar que a regionalização

DIRETO DA PRODUÇÃO Plástico: na trilha da embalagem inteligente. Novas aplicações, maior versatilidade

de eventos é mais do que uma tendência, é a avaliação profunda do funcionamento da economia nacional. Mãos à obra!

Liliane Bortoluci Diretora do Portfólio de Máquinas e Equipamentos da Reed Exhibitions Alcantara Machado

2 - I N F O R M AT I V O I N D U S T R I A L

- Redação: Cecília Fazzini fazzini@gmail.com

Pesquisa da CNI revela opinião do brasileiro sobre papel da indústria

- Projeto Editorial e Revisão: Reed Exhibitions Alcantara Machado Gerência de Comunicação Antonio Alves - (11) 3060-5019 antonio.alves@reedalcantara.com.br Monise Hernandez - (11) 3060-4947 monise.hernandez@reedalcantara.com.br - Projeto Gráfico: Mahy Comunicação www.mahy.com.br mahy@mahy.com.br


Nordeste brasileiro é foco de investimentos

NÚMEROS & FRASES Pretendemos que Goiânia seja o polo irradiador no Centro-Oeste. E se consolide como um grande centro regional de feiras de negócios. Nosso objetivo é trazer, juntamente com parceiros locais, novos eventos Juan Pablo De Vera, presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado no lançamento da 9ª edição da Ffatia, em junho último, que passa a integrar o portfólio de feiras da organizadora

Fonte: BNDEs

Nossos pleitos vêm para renovar as nossas esperanças e nos motivar, ainda mais, a envidar todos os nossos esforços em defesa dos legítimos interesses da indústria nacional de máquinas e equipamentos Luiz Aubert Neto, presidente da ABIMAQ ao comentar a recente decisão do governo federal de desoneração do INSS na folha de pagamento do setor Fonte: ANP Agência Nacional de Petróleo

O Interior na dianteira O consumo fora das capitais e regiões metropolitanas já representa 38% do consumo total do País. São 94,3 milhões de habitantes, 49% da população, com um consumo de R$ 827 bilhões. Se fosse um país, o interior do Brasil seria o 12º maior em população, com economia maior do que a de Portugal ou do Chile. Fonte: Instituto Data Popular, maio de 2014

Nos últimos dez anos, a oferta de crédito se expandiu mais rápido que o crescimento nominal do PIB, o que faz com que a participação do crédito bancário ao setor privado em relação ao PIB aumente. Passou de 26%, em 2004 para 56%, em 2014 Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos – Febraban durante lançamento do CIAB Febraban 2014, no início de junho último

Eu vejo a economia global melhorando em 2014 e 2015. Então, um cenário global mais positivo, o que vai fazer com que nossos números não se deteriorem na velocidade que se deterioraram a partir de 2012 e 2013. Pelo contrário, pois até podem melhorar um pouco, porque a gente vai exportar mais. Os Estados Unidos vão crescer 3%, a China vai crescer seus 7,5%, o Japão vai crescer. Na Europa, alguns países já estão saindo da recessão para um crescimento um pouco mais à frente. Então, a gente vai pegar carona nisso Álvaro Bandeira, sócio e economista-chefe da gestora de recursos Órama I N F O R M AT I V O I N D U S T R I A L - 3


DIRETO DA PRODUÇÃO

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entrevista


O plástico é utilizado por praticamente todos os setores econômicos. Sua versatilidade é seu principal diferencial Apesar de adversidades como o peso dos tributos e aspectos ainda desalinhados da conjuntura econômica do País, a indústria de transformados plásticos segue sob o calor da demanda por novas aplicações do produto. Entre as virtudes do setor, que animam projetos e fomentam negócios, estão resistência, flexibilidade, leveza e adequações ao design. Aplicações inovadoras em peças acabadas na construção civil, indústria automotiva, eletroeletrônicos e embalagens para alimentos e bebidas. Nesta entrevista, o presidente da ABIPLAST – Associação Brasileira da Indústria do Plástico, José Ricardo Roriz Coelho, fala das tendências relacionadas às embalagens inteligentes e da reestruturação da Feiplastic, em 2015, que traz novidades em seu formato.

Informativo Industrial - Em síntese, quais os principais desafios para a indústria nacional do plástico hoje? José Roriz - O principal desafio da indústria transformadora de material plástico para aumentar sua competitividade passa, prioritariamente, por redução nos altos custos de se produzir no Brasil, começando pelo acesso às resinas termoplásticas, a preços competitivos. As resinas termoplásticas, comercializadas no mercado brasileiro, têm um preço 35% mais alto do que o praticado no mercado internacional. Isso já torna mais difícil a competição do produto fabricado no Brasil frente ao concorrente internacional. O Brasil já conquistou status de um dos principais países produtores de petróleo e conta com uma indústria petroquímica consolidada e com atuação global. Seria mais interessante para o País e para própria cadeia petroquímica o estabelecimento de uma estratégia que contemplasse o fortalecimento e o aumento da competitividade de toda a cadeia. Ao invés de se manter uma lógica simplista de maximizar o ganho sobre o preço da matéria-prima vendida no mercado brasileiro e manter grandes volumes de exportações (a preços internacionais). Essa forma de atuação, aliada a instrumentos de defesa comercial (elevação temporária na alíquota de importação para PE e direitos antidumpings em vigor para PP e PVC) concentra o valor no início da cadeia produtiva e mantém uma situação de consistente redução de competitividade aos setores adjacentes. Ao passo que a agregação de valor, com geração de soluções para a sociedade e empregos, ocorre com mais intensidade a partir da transformação do plástico.

Informativo Industrial - E há, ainda, outros fatores a comprometer a competitividade do setor?

José Roriz - A alta carga de impostos e a complexidade do sistema tributário são outros fatores que reduzem a competitividade da indústria e, no caso dos transformados plásticos, esses produtos não contam com uma situação de isonomia em relação às matériasprimas, o que causa uma série de distorções e acúmulos de créditos tributários ao longo da cadeia. A complexa e custosa necessidade de sistemas e especialistas para gerir corretamente os recolhimentos tributários também atinge negativamente a competitividade do produto brasileiro, pois esses custos devem compor o preço dos produtos. Em estudo realizado pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) sobre o tema, estima-se que esse impacto pode ser de até 2% no preço de um produto industrializado. Ainda no tema tributário, os impostos são recolhidos antes do recebimento das vendas realizadas pela indústria e esse descasamento, entre pagamento e recolhimento, impacta no fluxo de caixa das empresas, que precisam usar seus recursos para saldar esses tributos. Os altos preços de energia elétrica bem como os elevados custos com logística e infra estrutura também impactam diretamente a competitividade da indústria brasileira.

Informativo Industrial - Com todas as idas e vindas da política econômica brasileira (déficit público, juros, balança comercial etc.), qual a principal virtude do setor, nos últimos anos, para enfrentar qualquer tipo de contratempo da conjuntura? José Roriz - Quanto às questões macro da economia brasileira, o alto déficit público sinaliza a manutenção de elevados patamares de carga tributária ou pouco espaço para uma efetiva reforma tributária, que tenha como objetivo melhorar a competitividade sistêmica

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da indústria. Isso aliado a um alto patamar dos juros básicos da economia e a uma volatilidade do câmbio. São todos fatores que aumentam a incerteza sobre o movimento da economia e atuam como um “redutor de expectativas” que, por consequência, inibe planos de investimentos por parte da iniciativa privada. Quanto à principal virtude do setor, é exatamente a versatilidade do material plástico, utilizado por praticamente todos os setores econômicos da sociedade, com expansão de seu uso devido à sua resistência e flexibilidade. São essas características que fazem da indústria de transformados plásticos um setor que, quando visto de forma global, não reflete retrações, pois mercados aquecidos que demandam plásticos, como o da construção civil, auxiliam a formação de boas expectativas para o setor.

Informativo Industrial - O cenário econômico, segundo sua interpretação, inibe os investimentos. Como a indústria do plástico poderia ser pró-ativa para buscar soluções para a modernização, maior produtividade e ampliar a competitividade? José Roriz - Um fator que pode melhorar o posicionamento competitivo da indústria de transformados plásticos é capacitar mãode-obra desse setor, uma vez que o setor plástico é o 3º maior gerador de postos de trabalho da indústria de transformação brasileira, empregando mais de 358 mil pessoas. A ABIPLAST, em parceria com a ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e o SENAI mantém projeto para identificação das demandas por mão-de-obra desse setor para, assim, adequar a oferta de cursos profissionalizantes e técnicos em âmbito do PRONATEC e do SENAI. Esse tipo de mapeamento é importante e os resultados serão úteis para adequar a oferta de cursos às necessidades do setor, forma de aumentar a produtividade do trabalho na indústria de transformados plásticos.

Informativo Industrial - Sob a ótica do plástico, quanto essa indústria tem caminhado em desenvolvimento de produto, apesar das dificuldades? José Roriz - Como aproximadamente 90% do plástico é utilizado como insumo produtivo para outros setores (embalagens para alimentos e bebidas, construção civil, peças automotivas etc) o desenvolvimento de produto é muito definido pela demanda. Dessa maneira, o setor tem se estruturado e procurado formar parcerias com end-users, para prover soluções mais adequadas às necessidades

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dos clientes. Ainda acrescente-se que o plástico é um material propício para inovações em termos de design e novas aplicações. São essas características que nos tornam mais “otimistas” quanto às possibilidades de crescimento do uso do plástico.

Informativo Industrial - Quais as tendências que se pode identificar em produtos e sistemas fabris no mundo do plástico? José Roriz - As tendências estão mais relacionadas às embalagens inteligentes (que interagem de acordo com o conteúdo) que possam aumentar o “shelf-life” dos produtos, bem como em aplicações que demandem cada vez mais resistência, aliada à leveza e flexibilidade, como no caso de peças automotivas e peças para eletroeletrônicos.

Informativo Industrial - Em quais novos segmentos o plástico tem conseguido substituir outros materiais ou ampliado a sua participação? José Roriz - O plástico tem sido utilizado cada vez mais no setor automotivo, graças à leveza e possibilidades de design nos automóveis; na construção civil, proporcionando materiais resistentes a intempéries e que possibilitam design; nas embalagens, na redução do peso dos produtos finais, aumento do shelf-life e uso de produtos sustentáveis/recicláveis/de origem natural.

Informativo Industrial - Qual a repercussão que a FEIPLASTIC tem sobre os negócios da indústria, seja prospecção, vendas, realinhamento de estratégias, criação de produtos etc.? José Roriz - A Feiplastic foi reestruturada para apresentar o “estado da arte” em soluções para processamento e novas matérias-primas e aplicações para a indústria de transformados plásticos. A Feira já se consolida como a mais importante feira de negócios da América Latina. Os números da edição de 2013 expressam que este objetivo foi cumprido, com mais de 69.150 mil visitantes qualificados, lançamentos e alta tecnologia aliados à sustentabilidade de 673 empresas e 1402 marcas nacionais e internacionais e ao menos R$ 43 milhões negociados no evento. Para a edição de 2015, esperamos maior aumento ainda no número de negócios gerados e reunir, no espaço do evento, o melhor em termos de tecnologias de processamento e de soluções em plástico.


DIRETO DA PRODUÇÃO

artigo

Força além das fronteiras

Atuar em novos mercados e conquistar status internacional para seus produtos. A indústria brasileira de máquinas caminha bem nesse circuito, já que um terço de suas receitas advém das vendas ao exterior. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) encontra nesse setor a ressonância para as suas principais competências: promover produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia do País. O que talvez ainda seja desconhecido é que cruzar fronteiras comerciais demanda etapas. São três as fases a serem cumpridas: inserção internacional; consolidação em mercados de destino dos produtos e expansão das operações no exterior. Na fase da inserção internacional, a empresa precisa eleger com critério os mercados nos quais manterá relacionamento comercial, desenvolver competências gerenciais adequadas ao novo cenário e

decidir as melhores opções de acesso ao mercado internacional. Já na segunda etapa é a vez da consolidação da estratégia e diversificação. Para compor o tripé, a empresa madura no mercado internacional precisa diversificar o ingresso em mercados estratégicos, identificar modelos organizacionais mais apropriados e estabelecer pontos comerciais, distribuidores, franquias e/ou contratos de licenciamento com parceiros externos. Em tempo: dos 78 projetos setoriais desenvolvidos pela Apex-Brasil, 16 são de máquinas e equipamentos.O volume de exportações, realizadas como fruto desses projetos, saltou de US$ 282,01 milhões, em 2009 para US$ 1,174 bilhão, no ano passado.

Christiano Braga Gerente Executivo de Projetos Setoriais da Apex-Brasil

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DIRETO DA PRODUÇÃO

nordeste

Pernambuco é destaquE maior no mapa de desenvolvimento do País

Com motivos de sobra para comemorar, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco – SIMMEPE, Alexandre José Valença Marques, define a importância do setor para alavancar negócios e novos investimentos para o estado, região Nordeste e para o Brasil. No mesmo clima de franco otimismo, antevê as melhores previsões para a 19ª Feira Mecânica Nordeste – Fimmepe, realizada há duas décadas pela entidade e que, desde o ano passado, passou à promoção, organização e comercialização da Reed Exhibitions Alcantara Machado. O evento anual acontece de 21 a 24 de outubro de 2014, no Centro de Convenções de Pernambuco – em Olinda (PE). 8 - I N F O R M AT I V O I N D U S T R I A L


O dirigente – que além de passagem pela iniciativa privada em empresas do setor também já ocupou o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco, entre 2003 e 2006 – estabelece o cenário da indústria metalmecânica e eletrônica local:

Perspectivas do setor Esse segmento Industrial de Pernambuco vem experimentando, desde a metade da década passada, uma dinâmica de crescimento e desenvolvimento crescente, que promete oferecer, por bom tempo, uma positiva perspectiva de mudança e modernização do setor industrial do Estado. A partir do diferenciado espaço do Complexo Industrial e Portuário de Suape, com sua localização geográfica estratégica e recursos que atendem a maioria das exigências de um mercado globalizado, além de um forte Programa de Incentivos Fiscais do Governo Estadual, Pernambuco se transformou num importante polo de investimentos. Grande parte relacionado com o setor em questão, e tendo como os mais importantes exemplos: o Polo Naval (Estaleiro Atlântico Sul e Vard-Promar), a fabricante de geradores de energia eólica IMPSA e a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima. Na esteira desses mega investimentos, outros, tão importantes quanto, foram atraídos por Pernambuco e já se estabeleceram no estado, como é o caso da Montadora FIAT (no município de Goiana), da GE Oil e Gás e da fabricante de motocicletas da Shineray. Dessa forma, Pernambuco vem se projetando no cenário nacional e internacional e as perspectivas de crescimento do Setor são as mais positivas. Prova disso são as taxas de crescimento do Produto Interno Bruto - PIB estadual, nos anos recentes, 5,2%, em 2013, contra 1,9% do País. No segmento industrial, o crescimento foi de 5%, no 1º trimestre deste ano, contra uma variação de 0,8% da indústria nacional.

Cenário atual Atualmente, o segmento Metalmecânico e Eletroeletrônico de Pernambuco conta com cerca de 900 empresas, entre grandes indústrias multinacionais e microempresas, que geram mais de 30 mil empregos diretos. O setor responde por uma fatia de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Estado. Um desafio, porém, se apresenta para os tradicionais produtores locais, do segmento, na medida em que precisam se requalificar e encontrar formas de participar das novas cadeias produtivas que chegam repletas de novas soluções tecnológicas e exigindo sempre agilidade e qualidade nas encomendas que fazem. O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado – SIMMEPE vem ampliando esforços de apoio as suas associadas no intuito de transformá-las em elos dinâmicos das referidas novas cadeias.

Novos investimentos Como parte do processo de instalação da Fiat, está sendo formado em Pernambuco um parque de fornecedoras da montadora reunindo 16 indústrias de peças e equipamentos com investimento conjunto de R$ 2,0 bilhões. São empresas de classe global, com tecnologia de ponta, que vão produzir componentes do tipo: peças estampadas, tanque de combustível, freios, embreagens, sistema de exaustão, sistema de arrefecimento, ventilação e ar condicionado, chassis e estrutura dos bancos, conjuntos soldados de chassis, mecanismo de levantamento de vidros das portas, entre inúmeros outros itens, todos intimamente ligados ao segmento Metalmecânico e Eletroeletrônico. Aliado a isso, a Fiat, contando com as parcerias do SIMMEPE, do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Federação das Indústrias e do Governo do Estado está trabalhando para identificar e capacitar empresas pernambucanas com potencial para integrar a cadeia automotiva.

Peculiaridades da indústria local O estado de Pernambuco se destaca historicamente, no segmento da produção Metal-Mecânico, desde quando se especializou em dar suporte à indústria sucro-química-alcooleira regional, particularmente no ramo da fundição. Equipamentos para produção açucareira ganhou destaque no estado e se transformou na base do setor local. Com os incentivos fiscais e financeiros proporcionados pela SUDENE, a partir da década de 60, novos investimentos foram realizados no estado, o que diversificou bastante a produção. Hoje, Pernambuco possui um Pólo com uma variada gama de produtos, que vai desde o simples arame industrial e farpado ao navio e plataformas de petróleo, passando por importantes itens, como: perfilados de aço, laminados de alumínio, variadas autopeças, caldeiras, moendas e destilarias, cabos de aço, fundidos de metais diversos, conjuntos para irrigação, artefatos diversos em aço inox, medidores e controles eletrônicos de última geração, câmaras frigoríficas, centrais de geração de energia, luminárias pública e para interiores, equipamentos de geração de energia eólica (torres, pás e turbinas), entre muitos outros.

As reformulações da Feira Mecânica Nordeste - Fimmepe Desde o ano passado, o SIMMEPE, que realiza a Feira Mecânica Nordeste - Fimmepe há 19 anos, firmou parceira com a empresa multinacional Reed Exhibitions Alcantara Machado, que assumiu a parte de promoção, organização e comercialização da Feira. Essa iniciativa veio fortalecer o evento que ganhou maior dinamismo graças à expertise da Reed que é uma das maiores promotoras de eventos do mundo, incluindo a Feira da Mecânica e Feimafe realizadas em São Paulo. A parceria favoreceu a atração de novos expositores e também a realização de eventos paralelos e simultâneos, como a Conferência Pernambuco Petroleum Business (PPB), promovida pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), e as Rodadas de Negócios, promovidas pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP. Tudo isso, garantiu a atração de mais de 7 mil visitantes, um público qualificado formado por empresários, engenheiros e técnicos tomadores de decisão, que buscam encontrar soluções e novos fornecedores. I N F O R M AT I V O I N D U S T R I A L - 9


ECONOMIA

A voz do povo Pesquisa da CNI destaca o reconhecimento do brasileiro da importante contribuição da indústria nacional para o crescimento econômico e social do País

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Já se foi o tempo em que a sociedade civil brasileira seguia indiferente ao rumo dos empreendimentos. Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em junho passado, revela que 87% da população brasileira concorda, total ou parcialmente, que ter uma indústria forte deve ser prioridade para o Brasil. E o levantamento – em parceria com o Ibope – também constata que quanto ao crescimento da economia, o percentual que avalia o papel da indústria como muito importante é de 62%, que alega que trata-se da atividade mais desejada para iniciar uma carreira profissional. Mais vital ainda é o fato do brasileiro considerar que a população perde com uma indústria enfraquecida, opinião manifestada por 84% dos entrevistados.

Perfil A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – A indústria brasileira na visão da população – ouviu 2.002 pessoas, em 141 municípios – a maioria com mais de 100 mil habitantes, entre os dias 14 e 17 de março deste ano. O universo de entrevistados foi constituído de 52% mulheres e 48% homens, que estão na faixa de trabalhadores que recebem preponderantemente de 1 a 5 salários mínimos, na maioria (36%) com Ensino Médio completo e na faixa etária predominante de 25 a 39 anos (43%).

Setor mais importante para o crescimento da economia brasileira

Perspectivas para a indústria daqui a cinco anos

Percentual de respostas (%)

Percentual de respostas por faixa de renda (%)

Mais forte que atualmente Igual a situação atual Mais fraca que atualmente NS/NR

Nota: A soma dos percentuais pode não totalizar 100% em decorrência de arredondamento.

Nota: A soma dos percentuais pode não totalizar 100% em decorrência de arredondamento.

Outros números da pesquisa: 55% da população ouvida concorda totalmente que a indústria é importante ou muito importante para a criação de empregos.

para 51%, a prioridade deve ser o investimento na melhoria da qualidade da educação. Em seguida, vem a redução da inflação, prioridade para 34%

33% consideram a indústria - de transformação e extrativa - o setor

54% dos entrevistados nunca trabalharam na indústria.

de atividade mais importante do País. Somados com 10% do setor da construção, esse percentual chega a 43%.

46% acreditam que a indústria brasileira estará mais forte nos próximos cinco anos.

65% dos brasileiros concordam total ou parcialmente que os empregos na indústria são mais gratificantes que os dos demais setores.

38% reconhecem parcialmente que haja desindustrialização no Brasil.

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EVENTOS INDUSTRIAIS

Indústria da Alimentação em de No centro do país, indústria da alimentação ganha força e Ffatia chega à 9ª edição O país da agricultura caminha para ser também o país da produção industrial alimentícia. Se antes o Brasil fazia negócios com base em sua produção diversificada de matérias-primas, hoje a indústria da alimentação está cada vez mais estruturada para gerir produtos finais com padrão até mesmo para exportação. O principal polo transformador, claro, continua sendo o Centro-Oeste. A região, maior produtor rural do país, responde hoje, também, pela indústria alimentícia em maior desenvolvimento. Dentro desse cenário acontece a 9ª edição da Ffatia (Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação). Realizada a cada dois anos, a feira gerou, em 2012, R$ 180 milhões em negócios, estes que se estenderam por até seis meses pós evento. Para a edição 2014, as expectativas são ainda maiores, como conta Sandro Mabel, presidente da SIAEG (Sindicato das Indústrias da Alimentação no Estado de Goiás). “Eventos como a Ffatia corroboram que somos capazes de beneficiar nossa matéria-prima e comercializar e exportar produtos com valor agregado. A Ffatia mostra o que esta sendo produzido aqui em Goiás e a tecnologia usada e desenvolvida para os nossos produtos. Além disso, realiza rodadas de negócios, dando oportunidade para que pequenas indústrias vejam e sejam vistas, exponham seus produtos, aprendam e compartilhem as próprias experiências”, explica o empresário. A Ffatia acontece em Goiás, no Centro de Convenções de Goiânia, de 28 a 31 de outubro.

Próxima parada: Fimmepe Parada é só um termo para dizer que o próximo evento industrial é a FIMMEPE. Na verdade, a indústria do Nordeste vai viver um momento de ebulição no período de 21 a 24 de outubro, data em que acontece a 20º edição do evento. Em quatro dias, são esperados 150 marcas expositoras e um público de 11.000 compradores da indústria mecânica, metalúrgica e de material elétrico. A entrada no evento é gratuita para profissionais do setor pré-credenciados através do site www.mecanicanordeste.org.br. Para quem quer expor, os últimos espaços estão disponíveis através do telefone (11) 3060-4901 ou no e-mai info@mecanicanordeste.org.br

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Feira de Mecânica: inovação na indústria e no jeito de fazer eventos A mais tradicional feira de negócios do Brasil mostra que um evento se mantém vivo por mais de 50 anos graças à tecnologia e inovação. Além dos produtos e serviços apresentados pelas mais de 2.000 marcas expositoras da Feira da Mecânica 2014, mostrando o dinamismo da indústria, a feira em si trouxe diversas ferramentas que contribuíram com a geração de negócios. Club Premium, aplicativo mobile, cobertura diária em vídeo evento, workshop do expositor, grade de palestras, redes sociais e planta interativa foram alguns dos destaques que movimentou os mais de 90 mil compradores que estiveram no evento, realizado em maio último.


esenvolvimento no Centro-Oeste Indústria de MáquinasFerramenta: um espetáculo que lota o Anhembi O maior centro de exposições do Brasil, o Anhembi, é um espaço conhecido por muitos brasileiros. Famoso por abrigar shows de artistas nacionais e internacionais e grandes eventos, como a Bienal do Livro e o Salão do Automóvel de SP, o espaço também será tomado pela indústria de máquinas-ferramentas. Um dos setores mais tradicionais da indústria nacional lota, a cada dois anos, os 85 mil metros quadrados disponíveis no Pavilhão. Na última edição, foram quase 1.500 expositores em negociação com um público de cerca de 70 mil compradores. A próxima edição do evento está marcada para acontecer em 2015, de 18 a 23 de maio. Os interessados em expor seus produtos e serviços no evento podem entrar em contato através do telefone (11) 3060-4901 ou pelo e-mail info@feimafe.com.br

Inovação, negócios e sustentabilidade. Toda a indústria do plástico se apresenta em um só lugar A indústria do plástico está entre as mais diversas e dinâmicas que existem. Isto porque o mercado atende uma ampla gama de setores e para cada um há uma demanda específica. Além disso, o produto que um dia foi visto como vilão se reinventou e hoje detém vários cases de inovação em sustentabilidade. Na FEIPLASTIC, maior feira da América Latina no setor, sete setores se convergem e mostram as novidades e tendências para a produção do plástico. A próxima edição do evento já tem data marcada: de 04 a 08 de maio de 2015. Todas as oportunidades do evento estão disponíveis em www.feiplastic.com.br

Nordeste sai na frente para sede de eventos de negócios regionais As feiras de negócios buscam auxiliar o desenvolvimento da economia. É com esse perfil, de estar lado a lado com o desenvolvimento de novos mercados, que o Nordeste tem se destacado em receber esses eventos. A mais nova “queridinha” dos eventos é a cidade de Recife, capital de Pernambuco. O tempo de permanência do turista de negócios em Recife é de 3 a 6 dias – para 82,1% dos entrevistados (993 questionários), em eventos apoiados pelo Recife Convention & Visitors Bureau, ao longo do ano de 2013. Há, ainda, uma permanência média de 2,5 dias nos períodos de pré e pós-evento para praticamente 30% desses visitantes. O gasto médio do público profissional que se dirige ao destino para participar de feiras, congressos, convenções e afins é de R$ 460,75. As informações constam na “Pesquisa do Perfil Sócio-Econômico do Turismo de Eventos” da entidade. Em sua última edição, a ForInd Nordeste (Feira de Fornecedores Industriais), realizada em abril, foi uma grande mostra desta conjuntura. Em quatro dias, a feira gerou R$30 milhões e reuniu mais de 300 marcas expositoras em negociação com um público estimado em 10.000 compradores. I N F O R M AT I V O I N D U S T R I A L - 1 3


FALE COM A REED ALCANTARA A Reed Exhibitions Alcantara Machado conta com cinco eventos direcionados ao mercado industrial. Veja abaixo os contatos ideais para o seu perfil de negócio: Quer EXPOR NA FEIRA DA MECÂNICA, FEIMAFE ou FIMMEPE? - Estefânia Domingues estefania.domingues@reedalcantara.com.br – (11) 3060-4700 Quer EXPOR NA FEIPLASTIC? - Marcia Gonçalves marcia.goncalves@reedalcantara.com.br – (11) 3060-4991 Quer EXPOR NA FORIND NORDESTE? - Paulo Montabone paulo.montabone@reedmultiplus.com.br – (11) 3060-8903 Já garantiu o espaço e tem dÚvidas sobre a exposição? - Atendimento ao Cliente atendimento@reedalcantara.com.br – (11) 3060-4717 Tem interesse em patrocínio e merchandising? - Camila Adinolfi – Patrocínio camila.adinolfi@reedalcantara.com.br – (11) 3060-4856 INVISTA EM MÍDIA DIGITAL E AUMENTE SEU RESULTADO: - András Szarukán – Gerente de E-business andras.szarukan@reedalcantara.com.br – (11) 3060- 4722 Conheça as oportunidades de marketing para alavancar sua participação: - Thaís Faccin – Gerente de Planejamento de Marketing thais.faccin@reedalcantara.com.br – (11) 3060-4965

Comunicação na imprensa: Um benefício sem custos extras para os expositores. Envie suas informações para: • Gerência de Comunicação – Reed Exhibitions Alcantara Machado - Antonio Alves – antonio.alves@reedalcantara.com.br - Monise Hernandez – monise.hernandez@reedalcantara.com.br - Andressa Bezerra – andressa.bezerra@reedalcantara.com.br Tel.: (11) 3060-5000

PERFIL REED EXHIBITIONS ALCANTARA MACHADO: sua marca numa plataforma internacional de negócios A Reed Exhibitions Alcantara Machado atua no Brasil através dos seus escritórios em São Paulo, Recife, Ribeirão Preto e Piracicaba. Com um portfólio de cerca de 60 marcas, em todo o território nacional, o grupo traz para o Brasil as melhores práticas em exposição de eventos, com a experiência de quem é líder mundial neste mercado. Participar de um evento organizado e promovido pela Reed Exhibitions Alcantara Machado é estar numa vitrine de relacionamento que recebe, anualmente, somente no Brasil, cerca de 1 milhão de compradores. Além do Brasil, a Reed Exhibitions atua em 42 países. São mais de 500 eventos distribuídos pelas Américas, Europa, Oriente Médio e Ásia. 1 4 - I N F O R M AT I V O I N D U S T R I A L

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