CARTA DA EDITORA
Rosemara Toledo Jornalista DRT/RS 12763 Sócia-proprietária da editora Contato Comunicações Ltda. Foto: Cristiani Lauxen
E
stamos vivendo, em termos de saúde, uma situação que ninguém jamais poderia sequer imaginar. Um vírus mudou radicalmente a vida de todos nós, em todo o planeta. A pandemia do novo coronavírus, COVID 19, é um desafio para a ciência, uma incógnita para a saúde e uma certeza para nós, de que podemos e devemos mudar nossos hábitos. O auge da chegada da doença ao Brasil, que culminou com o isolamento social e fechamento do comércio, nos pegou com a edição praticamente pronta e um belíssimo especial que homenageia as mulheres. E é com satisfação que constatamos que atualmente são elas, as mulheres, que ocupam a maioria dos bancos das faculdades de medicina. Em todas as especialidades vemos mulheres atuando com dedicação e comprometimento. Mal sabemos nós, pacientes, que ao sair do consultório, preocupada com um diagnóstico, ou feliz com o resultado de um procedimento, essa médica, igual a nós, tem uma casa pra administrar, um filho para dar atenção, um curso de atualização, uma aula na faculdade, ou um plantão no hospital. Tem ainda que estar bem no dia seguinte para passar ao seu paciente o que ele espera de um médico: esperança, empatia e um sorriso que vai lhe dar a certeza de que vai ficar tudo bem. E, apesar da vida corrida, de muito trabalho e de estudo contínuo, todas as convidadas da série Mulheres na Saúde nos relatam a mesma paixão pela medicina, por proporcionar o bem-estar dos pacientes e por cuidar da vida. Nossa edição traz ainda reportagem sobre duas doenças que merecem a atenção especial neste mês de abril: o Autismo, e o Parkinson, cujas datas lembram a importância da conscientização para inclusão e prevenção. Encerramos a edição com otimismo, de que logo essa pandemia vai passar, e que a vida volta ao normal com muita saúde para todos. Boa leitura e até a próxima.
Medicina & Saúde Ano XXV - Abril de 2020
Av. Flores da Cunha, 1663, Sala 101 Ed. Agenello Senger - Carazinho/RS Fone (54) 3330-1529 vip@contatovip.com.br | contatovip.com.br Contato VIP é uma publicação da Contato Comunicações Ltda. Empresa fundada em 15 de julho de 1988, por Sideno João Docena (In Memorian)
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Direção: Rosemara Toledo Rg. DRT/RS 12763 Jornalismo: Camila Toledo Docena DRT/RS 18547 Editoração Gráfica: Juliano Graebin
Departamento Comercial: Carla Oliveira Tatsch Luciano Baumgardt Impressão: Gráfica Sanini A revista não se responsabiliza por conceitos e opiniões emitidas em colunas assinadas e materiais divulgados em anúncios publicitários.
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ÍNDICE
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DERMATOLOGIA A Dermatologista Alexandra Nunes fala sobre a satisfação de transformar a qualidade de vida de seus pacientes e explica porquê a dermatologia é uma aliada da autoestima feminina. Foto: Daniel Tatsch
especial
MULHERES
na Saúde
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Alexandra Nunes - Dermatologista
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Fernanda Basso Zingano - Enfermeira
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Ana Paula Strasburg - Pediatra
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Franciele Bandeira Giasson - Cardiologista
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Beatriz F. da Silva - Psicóloga
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Gabriele dos Santos Almeida - Psicóloga
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Bibiana Fortes - Otorrinolaringologista
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Gabrielle Senter - Oftalmologista
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Carolina Mozzini - Fisioterapeuta
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Heloisa D´Agustina Poli - Cardiologista
22
Caroline Reichert Garcia - Médica Fetal
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24
Celsoni Luiza Danieli - Psicopedagoga
Milena Westphalen Brum - Gastroenterologista
26
Cibila Vieira - Psicóloga
39
Mirian Pezzini - Psiquiatra Moema Nenê Santos - Hematologista
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Cristiane Rodrigues de Araújo - Hematologista
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Eline Dias Pereira - Endocrinologista
Nathália Pacheco Pinto - Ginecologista e Obstetra
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CORONAVÍRUS O QUE VOCÊ PRECISA SABER
ARQUITETURA
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Arquitetura a favor da Saúde - Renata Caus
CIRURGIA PLÁSTICA
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MARKETING
58
Exclusão digital - Iodo Marketing
52
Marketing de saúde Foco no conteúdo - La Idea Comunicação
Lipoabdominoplastia - Dr. Daniel Ribeiro Lopes ODONTOLOGIA
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Fios de sustentação - Dr. Francisco Madalosso de Bittencourt
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A importância dos primeiros mil dias de vida - Dra. Alessandra Rech
CIRURGIA VASCULAR
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ESTÉTICA FACIAL
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Estetic Face inaugura em Passo Fundo - Dr. Mauro Lopes e Dra. Andressa Berardi
HEMOTERAPIA
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ORTOPEDIA
As mulheres e as doenças vasculares - Invasc - Instituto Vascular de Passo Fundo
Serviço de hemoterapia do HSVP comemora 9 anos
Prevenção: O caminho para evitar um desastre - Dr. Marcos Monteiro da Cunha De Souza
REPORTAGEM
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Convivendo com a Doença de Parkinson
60
Autismo – Quando nos conscientizamos as peças se encaixam
CORONAVÍRUS
O QUE VOCÊ PRECISA SABER Um novo vírus surgido na China foi responsável pela pandemia mundial que enfrentamos. Nessa reportagem reunimos os principais tópicos que você precisa saber para se prevenir e cuidar da sua saúde
N
o dia 31 de dezembro a China enviou um alerta à Organização Mundial de Saúde (OMS) relatando uma pneumonia de causa desconhecida; no início de janeiro, a doença era tratada como pneumonia misteriosa. Logo pesquisadores descobriram que se tratava de um novo tipo de coronavírus - novo, pois coronavírus é o nome dado a uma família de vírus respiratórios, capazes de causar doenças em animais e humanos. O que muda agora com esse novo vírus, denominado SARS-CoV2, é a fácil transmissibilidade, pois ele é capaz de se espalhar muito mais rápido que o vírus influenza, por exemplo, responsável pela gripe comum. Como é um vírus novo para a espécie humana, ainda não temos imunidade contra ele, o que faz com que a grande maioria da população exposta desenvolva a infecção, em graus variados de gravidade. A médica pneumologista Bruna Medeiros explica que a transmissão ocorre de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias. O vírus é eliminado em gotículas de saliva, tosse ou espirro, que podem passar pelo ar, mas que também ficam em superfícies ou objetos, onde o vírus pode sobreviver por dias. Ao tocar em superfícies contaminadas e levar as mãos ao rosto (olhos, nariz e boca), ocorre a contaminação. Com a evolução do número de casos, devido a alta transmissibilidade, em todo o mundo uma medida começou a ser adotada: o isolamento social. “Como o
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vírus tem uma transmissibilidade muito alta, se toda a população for exposta ao mesmo tempo, teremos muitos doentes graves necessitando dos serviços de saúde no mesmo momento, esgotando sua capacidade, especialmente quanto aos recursos de terapia intensiva, que não serão suficientes para atender a todos. A quarentena tem como objetivo ‘achatar a curva’ de transmissão, fazendo com que esta ocorra de forma mais lenta, dando tempo para algumas pessoas já estarem em recuperação enquanto outras estiverem necessitando de cuidados hospitalares”, complementa. Tem se falado em diferentes tipos de transmissão: local, comunitária e sustentada. Conforme a Dra. Bruna, a transmissão local ocorre quando há o contágio dentro de um país, que não tem registros da doença, através do contato com pessoas que trouxeram o vírus de fora do país - nestes casos, a fonte da transmissão é identificável. Na transmissão comunitária ou sustentada, a transmissão ocorre entre pessoas que não viajaram, dentro de um mesmo país - essa transmissão se sustenta, sem a necessidade de novos casos vindos de fora. No Brasil, o 1º caso da doença foi confirmado pelo Ministério da Saúde no dia 26 de fevereiro. Tratava-se de um homem, de 61 anos, morador de São Paulo, que fez viagem para a Itália entre 9 e 21 de fevereiro. De lá pra cá (08 de abril, data em que essa reportagem foi finalizada) o país registrou 14.347 casos confirmados e 719 mortes.
DEATHS
213
ANOROC
O QUE FAZER EM CASO DE SINTOMAS?
FOUNDED FIRTS TIME IN CHINA
- 9102
Em humanos, sabe-se que vários coronavírus causam infecções respiratórias que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença denominada COVID-19. Os sintomas mais comuns são febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem ter dores, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente. Algumas pessoas são infectadas, mas não desenvolvem sintomas e não se sentem mal.
SYMPTOMS
DEMRIFNOC
182.9 SHTAED
312 HEADACHE
COUGH
FEVER
As pessoas com risco de desenvolver a forma mais grave da doença são os idosos (maiores de 60 anos) e portadores de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas (asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, tabagistas), insuficiência renal crônica e pessoas com imunossupressão (HIV, câncer em tratamento quimioterápico, transplantados).
CONTAGION
A orientação em casos de sintomas leves, semelhantes a um resfriado, é ficar em casa, evitando contato com Em Passo Fundo há uma central para esclarecer outras pessoas. Segundo a Dra. Bruna, a maioria dos dúvidas, disponibilizada pela UPF no fone onde casos da doença serão leves e autolimitados, ou seja, o atendimento ocorre diariamente, das 7h às 22h, CONTAMINATED irão se resolver espontaneamente, sem necessidade de HUMAN inclusive aos finais de semana, pelo telefone (54) 3316-AIR TRANSMITION tratamento médico. No caso de sintomas mais intensos,CONTACT 8595. Em caso de SUBSTANCE sintomas respiratórios leves* (tosse, como falta de ar, dificuldade para respirar, febre alta que dor de garganta, coriza, febre baixa e dor no corpo), não cessa com medicações antitérmicas ou piora do eso indicado é procurar uma Unidade Básica de Saúde tado geral, é necessário procurar atendimento médico. para orientações/atendimento, conforme definições do Ministério da Saúde, a fim de evitar a disseminação rápida e dentro do ambiente hospitalar. Em caso de sintomas agudos (febre alta, falta de ar) a Emergência FOTO | DANIEL TATSCH está preparada para atender os casos graves, que precisam de cuidados especializados.
TPMYS
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EMIT STRIF DEDNUOF ANIHC NI
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ATNOC Dra. Bruna de Medeiros Largura Pneumologista Cremers 38371
ANIMATNOC CNATSBUS
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ATHS
13 CASOS SUSPEITOS
Os exames para coronavírus são realizados nas secreções respiratórias. Neste momento, por orientação da Secretaria de Saúde do Estado, nos hospitais estão sendo coletados somente exames dos pacientes que são considerados graves, e após encaminhados para Porto Alegre pela Vigilância Epidemiológica e 6ª Coordenadoria de Saúde. Existem também os testes rápidos, capazes de detectar tanto o RNA viral em secreção respiratória quanto os anticorpos IgM e IgG no sangue. Esses testes já foram adquiridos pelo Ministério da Saúde e serão distribuídos no país.
D FIRTS TIME
Os casos suspeitos onde os sintomas são leves e não há a necessidade de internação hospitalar, são liberados para casa e devem ficar de quarentena por 14 dias, ou seja, manter-se preferencialmente isolado, evitando sair de casa e/ou ter contato com outras pessoas, para que não haja a disseminação do vírus. Se a pessoa tiver uma piora do quadro ela deve retornar ao hospital, caso melhor, deve respeitar os 14 dias, mesmo sentindo-se bem de saúde, pois é tempo em que o vírus ainda pode ser transmitido.
HEADACHE
COU
CONTA
A PREVENÇÃO É A SYMP MELHOR FORMA DE FREAR O CONTÁGIO HUMAN
• Lave as mãos com frequência, utilizando CONTACT água e sabão ou álcool gel.
CONTAMIN SUBSTAN
• Evite levar as mãos ao rosto. • Evite aglomerações. • Mantenha os ambientes bem ventilados
HEADACHE
• Não compartilhe objetos pessoais (itens de higiene, talheres, copos e inclusive o chimarrão).
CO
• Se tossir ou espirrar, cobrir nariz e boca com lenço descartável, se indisponível, cobrir com a parte interna do braço e não com as mãos, protegendo assim as outras pessoas.
CONTA
• Pessoas portadoras de doenças crônicas devem manter seus tratamentos contínuos, para evitar exacerbações neste período. • Mantenha uma alimentação saudável, hidratação adequada e sono de qualidade – esses hábitos ajudam a fortalecer a imunidade.
HUMAN CONTACT
CONTAMI SUBSTA
- A vacina da gripe não apresenta proteção contra o coronavírus, mas proteger-se do vírus influenza também é essencial.
HOSPITAIS NA REGIÃO: COMO ESTÃO SE PREPARANDO? CARAZINHO Segundo a direção do Hospital de Caridade de Carazinho há um plano de contingência Municipal, organizado pelo HCC, UPA e Secretaria Municipal de Saúde, com diversas diretrizes e medidas que já vem sendo tomadas de maneira ordenada pelas instituições. Da mesma maneira, o HCC tem o seu Comitê Interno sobre o COVID-19, o qual também realizou um planejamento de ações e medidas, formatando um plano de contingência interno, com a supervisão e orientação da Direção Executiva e Técnica, e execução pela Administração, gerências e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho do Hospital. “Dentre várias medidas que estão sendo tomadas, podemos ressaltar a reorganização dos fluxos internos de atendimento para pacientes com problemas respiratórios e suspeitas de COVID-19 (coronavírus); a estruturação de uma área de isolamento exclusiva, com 14 leitos para internação destes pacientes, dos quais 09 (nove) serão leitos extras de UTI Adulto, que deverão ser encaminhados pelo Estado do RS, através da Secretaria Estadual da Saúde e Ministério da Saúde. Também, já está em funcionamento um ponto de Triagem Externa dos pacientes com sintomas gripais, em frente à entrada da Emergência do HCC, sendo essa equipe composta por médico, enfermeira e técnica de enfermagem. Esses atendimentos estão sendo realizados das 7 horas às 19 horas, todos os dias da semana, por um período de 90 dias”, ressalta a Diretoria. Além disso, o HCC, em conjunto com a Prefeitura Municipal, está planejando a viabilização, de maneira mais acelerada, da conclusão da obra da nova UTI Adulto do hospital, com 10 leitos, bem como, a aquisição dos equipamentos necessários para o seu funcionamento, podendo, assim, oferecer em curto e médio prazo uma nova estrutura, além destas já citadas.
PASSO FUNDO Diante do cenário apresentando pelas autoridades de saúde, que aponta para o aumento de número de casos, principalmente casos graves, que os hospitais atenderão, baseando-se na questão de que o Rio Grande do Sul tem 20% da sua população idosa, o Hospital de Clínicas de Passo Fundo e Hospital São Vicente de Paulo estão trabalhando juntos. Ambos estão organizando fluxos de atendimento específicos para pacientes com sintomas gripais, protocolos de atendimentos, treinamentos de equipes de linha de frente e recrutamento de profissionais. Os hospitais também estão se organizando em relação a EPI’s, pois, assim como em outros lugares do país, onde já há indisponibilidade de reposição, estão prevendo este cenário. “Através da parceria com a Universidade de Passo Fundo, estamos confeccionando máscaras cirúrgicas e aventais descartáveis. Também estamos recebendo doações de empresas e comunidade”, ressaltam. Para o atendimento, o HSVP possui uma Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas (UETDI) com 10 leitos, 25 leitos de retaguarda e quatro nas UTI com pressão negativa. O Hospital de Clínicas de Passo Fundo recebeu do Ministério da Saúde dez leitos de UTI para o tratamento da Covid-19, previstas no plano de contingência e enfrentamento ao coronavírus no Rio Grande do Sul. Este lote de equipamentos para a nova ala de UTI contém camas hospitalares, ventiladores pulmonares, monitores de beira de leito, cama bomba para mediação e bomba para dieta, entre outros aparelhos. O Comitê de Gerenciamento de Crise para enfrentamento do Coronavírus e o Serviço Especializado de Medicina e Segurança do Trabalho (SESMET) têm trabalho intensamente nos fluxos de atendimento, protocolos de atendimento e treinamento de todas as equipes que irão atender os casos suspeitos e confirmados do COVID-19.
Boas notícias No dia 06 de abril, a notícia da alta dos dois primeiros pacientes internados no HSVP com a doença trouxe esperança e fé a todos os profissionais e pacientes. Honorino Bassi, 84 anos, e seu filho Alceu Antonio Bassi, 61 anos, de Marau/RS, tiveram alta após 15 dias em tratamento no Hospital passando pela UTI e postos de internação. Na alta, as equipes médicas e de Enfermagem homenagearam os dois com uma salva de palmas, que emocionou os dois pacientes. “Agradeço a todos que cuidaram de nós, muito obrigado”, falou Honorino, que mesmo em uma faixa etária de grande risco, superou a doença.
FOTO | CREDITO ASSESSORIA DE IMPRENSA HSVP
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MULHERES
na Saúde
Ao longo dos anos a presença das mulheres área da saúde foi se tornando cada vez mais forte. Hoje, segundo dados da Pesquisa Demografia Médica no Brasil, de 2018, as mulheres já são predominantes entre os profissionais mais jovens, sendo 57,4% no grupo até 29 anos e 53,7%, na faixa entre 30 e 34 anos. Por isso, esta edição especial de Medicina e Saúde da Revista Contato VIP traz um especial sobre as mulheres que atuam na área da saúde. Quem são elas? Quais são os desafios que enfrentam? Quais são as suas realizações? O que buscam através da sua atuação profissional? Você vai descobrir nas páginas a seguir. Para abrir o nosso especial, convidamos a psiquiatra Mírian Pezzini para falar sobre como é ser mulher nos dias de hoje. Confira!
Como ser mulher nos dias de hoje?
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omo ser mulher, mãe, profissional, filha, esposa, saudável, bonita e ainda cuidadora do lar? Difícil! De fato, nos dias atuais, é inquestionável a sobrecarga e multifunções da maioria das mulheres da vida moderna. Assim, é notável e fácil entender o porquê de muitos transtornos psiquiátricos serem mais comuns no gênero feminino, como depressão, ansiedade, transtorno alimentar e síndrome de bounout (transtorno mental relacionada ao trabalho / sobrecarga). Isso ocorre, porque associado às multifunções, existe um ser humano empático, afetuoso, preocupado, tendo que ser firme e ao mesmo tempo amável. Socialmente, das mulheres é esperado muito! Num país como o Brasil, com altos índices de procedimentos estéticos, a mulher “tem que” ser bonita, atraente, saudável... Num mundo atual de redes sociais e exposição, “temos que” estar sempre alegres, socializando, viajando... Na vida profissional, “temos que” estar produzindo, trabalhando muito, por muitas vezes, rendimentos são esperados e cobrados. Na vida pessoal então? “Temos que” ser uma amiga e filha presente, ser uma esposa companheira, uma boa mãe... com tempo para cuidar da casa, brincar com filho, levar para a escola, cuidar, cozinhar, namorar, sair, se divertir... Enfim, uma lista incansável! Como não se cobrar ou não se culpar se não consigo ser o que “deveria ser”? Esse conflito emocional, por mais que velado, é comum na mente de muitas mulheres. Será que é possível tudo isso? Como fazer? E se eu não “tiver” tudo isso? E se eu não quiser ter filhos? E seu eu optar por não
FOTO | CÍNTIA MORAES
trabalhar fora? E se não estiver com meu peso ideal? E se não estou namorando ou sou casada? E se meus pais adoecerem e eu não conseguir ajudar? O que os outros irão pensar disso e daquilo? Bem, acho que esta resposta também é difícil... até porque temos personalidades e perfis diferentes, bem como crenças familiares que nos impulsionam desejos para um ideal de vida muito particular de cada um. Eu costumo chamar essa cobrança interna de “tirania do tenho que”. Tirania porque acaba se tornando uma cobrança inatingível, um perfeito que como seres humanos é impossível de alcançar, e o melhor de tudo, é que, está tudo bem se não alcançar! Respeitar nossa essência é a base de tudo! Nos conhecer e nos priorizar sempre! O que é mais importante para mim? Como me sinto neste lugar em que eu ocupo? Para que ou para quem estou agindo assim? Enfim, termos esse diálogo interno conosco mesmo é sempre muito importante. A verdade de cada um é única, e me parece, cada vez mais, que ser leal a isso, seja a chave do equilíbrio que todos esperamos.
MÍRIAN PEZZINI Psiquiatra CREMERS 31719
Por muitas vezes, é necessária uma ajuda profissional da saúde mental, um cuidado que muitas mulheres merecem e devem buscar quando necessário! Somos únicas e insubstituíveis na vida em que ocupamos! Temos o poder de escolha, a escolha de não precisar “ter que”, mas simplesmente de “ser” e viver de forma mais leve. Ser perfeita? O perfeito é o que de melhor conseguirmos ser! contatovip.com.br | 15
ALEXANDRA NUNES
A dermatologia como aliada das mulheres A dermatologista fala sobre a satisfação de transformar a qualidade de vida de seus pacientes através da sua profissão e evidencia a dermatologia como uma aliada da autoestima feminina
A
FOTO | DANIEL TATSCH
vontade de ser médica sempre foi algo muito natural para Alexandra. “Para ser um médico é preciso ter a vontade de cuidar das pessoas e da saúde. Por isso, dedico o meu tempo para trazer bem-estar e conforto às pessoas”, diz. Ela teve em sua vida a influência positiva de seu padrinho, o cirurgião plástico Waldecir Canzi, que a inspirou através da sua responsabilidade e comprometimento com o seu trabalho. Ela formou-se em Medicina pela Universidade de Passo Fundo e escolheu a dermatologia como sua especialidade, pois nela pode atuar dentro das áreas clínica, estética e cirúrgica. Sua residência foi realizada na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, e hoje a médica tem seu consultório fixado em Passo Fundo, mas também atua nas cidades de Não-Me-Toque e Ibirubá. Alexandra também se preocupa com a qualidade da formação dos novos médicos, o que a levou a entrar para a docência no curso de Medicina, sendo hoje professora da IMED nas disciplinas de Clínica Médica e de Dermatologia. “A minha maior preocupação como professora é formá-los como médicos que tenham a noção de um todo, principalmente ter inteligência emocional na hora de se comunicar com o paciente. O médico precisa saber se colocar no lugar do outro”, enfatiza. Em aperfeiçoamento constante, ela iniciou nesse ano o mestrado em Envelhecimento Humano pela Universidade de Passo Fundo (UPF). A sua principal motivação para trabalhar na área da saúde é a vontade de cuidar do próximo. “Sempre fui muito curiosa e tive vontade de estudar. Por
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Alexandra Nunes de Mattos CREMERS 40027 RQE 34848
De mulher para mulher: isso acredito que a minha maior motivação é poder usar a minha curiosidade para trazer o bem para os meus pacientes, através do conhecimento adquirido e do estudo de cada caso”, comenta. A dermatologia se preocupa com doenças importantes, que tem impacto direto na qualidade de vida das pessoas, como a psoríase. “Pessoas que sofrem com essas condições enfrentam ainda muito preconceito da sociedade, que por uma desinformação acreditam que são doenças contagiosas. Isso abala muito a autoestima e o dia a dia desses pacientes, por isso, ao fazer o tratamento efetivo dessas condições, o paciente consegue ter uma vida melhor. Fico muito satisfeita ao ouvir o feedback deles ao dizerem que agora conseguem usar uma saia, ir a praia, enfim, ter uma vida normal. Isso quer dizer que estou no caminho certo com a minha profissão.”. Outro foco da dermatologia é o resgate da autoestima, principalmente das mulheres modernas, que se dedicam muito ao trabalho e têm uma rotina agitada. “Com tantas atividades para fazer, acredito que a mulher acaba deixando os seus cuidados um pouquinho de lado. Por isso, sempre que recebo uma mulher em meu consultório tentamos adaptar seus hábitos e procurar procedimentos que possam ajudá-la a ter uma pele melhor, a driblar o envelhecimento ou outros aspectos que a incomodem. Fico muito feliz em poder promover o rejuvenescimento facial, por exemplo, através de procedimentos estéticos, como preenchimentos com ácido hialurônico e ver que isso teve um impacto positivo na vida dela. Saber que depois da minha intervenção ela se olha no espelho, se sente melhor e se sente bela é muito gratificante! Às vezes são pequenas imperfeições, mas que tem um impacto muito grande no dia a dia daquela mulher e que podemos corrigir”, comenta.
6 dicas simples de cuidados com a pele para colocar em prática no seu dia a dia 1 Conheça sua pele A primeira dica de Alexandra é que as mulheres saibam qual é o seu tipo de pele: se é oleosa, seca ou mista. Segundo ela é preciso se conhecer primeiro, para então buscar os produtos e procedimentos necessários.
2 Use protetor solar Todos os dias, depois de lavar o rosto, o protetor solar deve ser aplicado na pele. Além de proteger contra os raios UV, muitas fórmulas hoje contém diversos ativos como antioxidantes que também previnem o envelhecimento e estimulam o colágeno.
3 Remova a maquiagem antes de dormir O hábito de dormir com a maquiagem no rosto acelera o envelhecimento, entope os poros e também pode favorecer o aparecimento de espinhas! Por isso, por mais cansativo que o seu dia tenha sido, reserve um tempinho para remover a maquiagem antes de dormir.
4 Mantenha sua pele hidratada Sempre depois do banho procure passar um creme hidratante em todo o seu corpo. Segundo Alexandra, esse hábito é uma forma de carinho que você deve ter por você todos os dias.
5 Previna-se A dica aqui é começar a cuidar de você hoje! “Não espere os prejuízos do envelhecimento aparecerem para procurar pelos procedimentos. Sabemos que a produção do colágeno começa a diminuir a partir dos 30 anos, por isso, desde cedo podemos começar a cuidar da nossa pele com procedimentos e hábitos que reduzem o envelhecimento. Muitas mulheres jovens têm procurado pelos bioestimuladores de colágeno, ultrassom microfocado, radiofrequência microagulhada, toxina botulínica, que atuam de forma preventiva”, alerta.
6 Se olhe com carinho A mulher corre muito em seu dia a dia e se doa para cuidar da casa, da família, do trabalho. Porém, muitas vezes acaba faltando o cuidado com ela mesma. “Nós precisamos ‘nos gostar’, e ter um olhar mais carinhoso com nós mesmas. Precisamos parar e pensar ‘agora é a minha vez, eu mereço e vou cuidar de mim!’. Temos tantas coisas boas que podemos fazer por nós mesmas hoje em dia!”, destaca Alexandra.
Dra Alexandra Nunes - Dermatologista
@dermatoalexandra
www.alexandranunes.com.br Passo Fundo: Rua Capitão Araújo, 297 - Sala 703 - Edifício Vértice (54) 3622-5206 | (54) 99946-4453 Não-Me-Toque: Hospital Santa Júlia Billiart | (54) 3320-0100 Ibirubá: Clínica CIEMP | (54) 3199-0090 contatovip.com.br | 17
MULHERES
na Saúde
ANA PAULA STRASBURG Pediatra
U
m sonho de criança que se iniciou aos nove anos e perdurou por toda a formação no ensino fundamental e médio fez com que Ana Paula se tornasse a médica que é hoje. Ela morava em Santo Antônio do Planalto e fazia o ensino médio no Notre Dame Aparecida. Ao terminar essa fase, em 2008, com 17 anos, mudou-se para Porto Alegre para fazer curso pré-vestibular. “Passei em algumas universidades, mas acabei optando em ingressar na UNOCHAPECÓ, em 2011, pela proximidade com a minha família. A escolha pela pediatria durante a faculdade foi bem passional, pois, por mais que tivessem outras opções a serem consideradas, meu coração não me deixou segui-las e acabei escolhendo essa área. Terminei a faculdade em 2016 e logo ingressei na residência no HSVP em Passo Fundo. Foi um período de grandes desafios. Passei por muitas mudanças e perdas como a do meu pai, de forma repentina, já no início da residência, e do meu avô, o qual tinha muita ligação. Porém a pediatria é uma especialidade que reúne pessoas muito incríveis e com corações gigantes que me auxiliariam muito nestes momentos de dor. Sem falar nos pequenos e seus familiares que foram minha força diária nesse período”, conta. Ana Paula é apaixonada por cuidar. Sempre foi assim com sua família e amigos. Por isso, hoje ela diz que não poderia escolher outra área em que não pudesse cuidar de pessoas. “Isso faz meu coração vibrar!”, acrescenta. No seu dia a dia de trabalho, a encanta a troca diária com as crianças. “Eu aprendo muito com elas. Elas têm um modo simplista de ver a vida, o qual perdemos durante a nossa caminha. E é incrível o quanto cada uma carrega dentro de si um propósito único de vida e que deveria ser identificado e estimulado a ser seguido desde o princípio. Acredito que cada ser é um ser único. Por isso, procuro um atendimento individualizado, muito além de números e estatísticas. Cada paciente tem sua história, sua família, suas perdas, seus ganhos e sua trajetória e precisamos considerar tudo isso com muito respeito”, destaca. Para Ana Paula, a presença da mulher na área da saúde está cada vez mais consolidada. Especificamente em sua área, a pediatria, não há grandes problemas com
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FOTO | DANIEL TATSCH
preconceitos porque é um espaço em que ainda a figura feminina predomina. Porém, ainda há áreas desafiadoras dentro da medicina em que a mulher precisa conquistar seu espaço. “Mas acredito que com o passar do tempo o preconceito venha a diminuir. É um desafio e tanto conciliar o ser mulher e o ser profissional, mas procuro tirar algum tempo para cuidar da minha saúde física e espiritual, pois preciso estar bem comigo mesma para cuida do outro”, comenta. No momento, a pediatra tem como um desafio provar que, apesar de ser nova, é qualificada para cuidar dos pequenos. “É um movimento natural quando chega uma proposta nova em uma sociedade tradicional, mas é um desafio a ser vencido. Por
isso, tenho como planos consolidar o meu consultório com algumas ações para que cada vez mais eu consiga um atendimento individualizado e personalizado para cada criança e seus familiares”, diz.
CRM 43210/ RQE 35043 - Centro de especialidades, sobreaviso HCC e consultório Carazinho/RS | (54) 2141.2140 - 9 9147.2210 anastrasburgpediatra @draanastrasburg.ped
MULHERES
na Saúde
BEATRIZ F. DA SILVA Psicóloga
O
desejo de entender o comportamento e emoções do ser humano, levou Beatriz a escolher a psicologia como sua profissão. Ela considera que trabalhar na área da saúde requer muita paixão pelo que se faz. “Estamos trabalhando com vidas. Quando nos procuram depositam confiança, entregam suas vidas ao profissional. Estamos aqui para ajudá-los e momento algum para criticá-los. Devemos ter empatia com o paciente, pois quando chega até nós, está fisicamente fragilizado e psicologicamente vulnerável. Eles são merecedores de trato humanizado e devemos proporcionar bem-estar, conforto e qualidade de vida. É encantador poder ajudar as pessoas, e mostrar a elas que a vida pode ser bem mais simples e prazerosa do que parece. É gratificante saber que você trouxe novamente a felicidade e a leveza em suas vidas”, ressalta. Porém, o processo para tornar-se Psicóloga Clínica, Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Psicopatologia em Dependência Química, precisou do enfrentamento de muitos desafios, a começar pelo seu ingresso no curso superior, quando se deparou com colegas da metade de sua idade. “Isso foi só o início do estímulo, falo estímulo pois frente a um desafio temos duas escolhas, ora desistir ora estimular o próprio eu para a próxima etapa. O sonho e a persistência sempre foram algo que estiveram ao meu lado para que eu continuasse a caminhada, a retribuição e reconhecimento em cada trabalho alimentou meu desejo de perseverar”, conta. Aliado a isso, também houve os obstáculos pessoais, em que Beatriz teve que aprender a lidar com medos, hábitos, emoções, habilidades sociais, bem como autoconhecimento e desenvolvimento emocional. Outro desafio também foi conciliar o ser mulher e o ser profissional, o que precisou de muita reflexão e atenção. “Penso que nós mulheres não precisamos achar que temos que dar conta de tudo sozinhas, pedir ajuda sempre é bom quando precisamos, procurar dividir tarefas principalmente em casa. Com o decorrer da vida aprendi que não podemos nos comparar com o outro, somos diferentes
FOTO | DANIEL TATSCH
Beatriz Fernanda da Silva Psicóloga Cognitivo - Comportamental CRP-07/26398. Bento Gonçalves, 578 Ed. Av. Center. Sala 302 3º andar. (54) 9 9603-9034 - Passo Fundo/RS
em personalidades e culturas. Quando nos comparamos e achamos que temos que ser perfeitas e, não damos conta, acabamos nos frustrando. Então, procurar resolver as coisas no tempo adequado, uma coisa de cada vez. Claro, isso aprendemos com as próprias experiências. Tirar um tempo para nós é muito importante, precisamos deste espaço, e é onde nos carregamos para seguir”, comenta a psicóloga. Pensando em inovar, em um futuro pró-
ximo, Beatriz pensa em construir grupos para casais, onde poderão aprender a reconstruir seus laços matrimoniais. “Percebemos que nos dias de hoje, está se perdendo essa essência tão maravilhosa que é o aprender as diferenças, saber ter um equilíbrio na relação. Um casal não se completa se complementa, ou seja, não são duas metades da laranja e sim duas laranjas inteiras onde transbordam sentimentos JUNTOS”, finaliza. contatovip.com.br | 19
MULHERES
na Saúde
BIBIANA FORTES
Otorrinolaringologista
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s aptidões pelas disciplinas de biológicas no colégio fizeram com que Bibiana se interessasse pela área da Saúde. “Acabei entrando na faculdade de farmácia na UFSC e cursei um ano e meio. No entanto eu senti falta do atendimento junto ao paciente. Acabei desistindo desse curso, voltei para o cursinho e prestei vestibular para Medicina”, conta. Bibiana formou-se na Universidade Federal de Santa Maria, fez residência em Otorrinolaringologia em São Paulo, no Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, e logo após mudou-se para Passo Fundo, onde fez seu mestrado pela Universidade de Passo Fundo. Atualmente, atende em seu consultório na cidade e dá aula na faculdade de Medicina da UPF e da UFFS. O que a motiva a trabalhar na área da saúde é a capacidade de resolver o problema do paciente. “Muitas vezes pode até ser um problema simples do ponto de vista técnico, mas naquele momento é o maior problema para o paciente. Conseguir ajudar uma pessoa e, principalmente, ter um retorno positivo dela é o que mais me motiva. Minha especialidade também me encanta por permitir que eu atenda desde bebês até pessoas idosas. E hoje, depois que virei mãe, sou ainda mais apaixonada pelo atendimento pediátrico. Também me encanta a questão de que eu não realizo apenas consultas, realizo exames no consultório e cirurgias, e assim tenho uma agenda bem diversificada, sem contar as aulas que dou”, destaca. Em seus atendimentos, Bibiana sempre pauta seu trabalho pela ética e pela empatia, se colocando na situação de cada paciente. Por sua dedicação a profissão, ela enfrenta alguns desafios diários, como ficar longe das pessoas que mais ama, família e amigos, deixando de partilhar momentos importantes como datas comemorativas até momentos mais delicados. “O meu maior desafio veio quando me tornei mãe. Quando tive meu filho não pude me dar o luxo de parar por muito tempo. Voltar a trabalhar e deixar um bebezinho em casa é, ainda hoje, um pouco doloroso para mim. Você se sente culpada por não estar com ele, mas se fica em casa se sente culpada por não tocar a vida profissional, um aspecto pelo qual eu prezo muito”, ressalta.
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Mesmo com esse desafio de conciliar a profissão e a maternidade, as mulheres estão ocupando cada vez mais lugares dentro da medicina. “Elas estão conquistando muitos espaços com louvor e desempenhando bem suas funções, mas ainda existe o preconceito em algumas áreas que são lembradas como mais ‘masculinas’ dentro da medicina”, comenta. Entre os seus projetos para o futuro, Bibiana pretende continuar estudando, fazendo especializações, continuar na área
acadêmica desenvolvendo projetos com seus alunos e, também, aumentar a família!
R. Teixeira Soares, 1075 - Centro Passo Fundo/RS - (54) 3312-6523 bibianacfortes@gmail.com
MULHERES
CAROLINE REICHERT GARCIA
na Saúde
Médica Fetal
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aroline é mãe da Helena, de 14 anos, e médica formada pela Universidade de Passo Fundo há 17 anos. A medicina sempre esteve presente em sua vida através de seu pai, mas ela tem certeza de que sua escolha foi por vocação. “Não me vejo fazendo outra coisa!”, comenta. No 3º ano de medicina, após assistir cesáreas e partos, já tinha se decidido pela obstetrícia, e após anos acompanhando a área, realizou residência médica em Ginecologia e Obstetrícia em Curitiba. Caroline atuou como obstetra por 6 anos no interior de Santa Catarina, onde fez mais de 3 mil pré-natais e nascimentos. Em 2011 surgiu a oportunidade de uma nova e expoente área dentro da obstetrícia, a medicina fetal, e então a médica decidiu especializar-se nela. “Foram duas pós-graduações, prova de título e a certeza de que estava no caminho certo. Naquela época, a medicina fetal iniciava sem muita tecnologia e poucos estudiosos do assunto, e hoje o avanço é excepcional. Profissionais cada vez mais experientes, novos equipamentos, com imagens nítidas e de ótima qualidade, chegam a cada dia para nos auxiliar no diagnóstico das patologias pré-natais e proporcionam a descoberta cada vez mais precoce de muitas malformações”, destaca. O que levou Caroline a escolher essa área é a importância que ela tem na gestação. “Deixei de atuar nas consultas com gestantes, e agora atuo diagnosticando as alterações fetais, avaliando ultrassonograficamente as doenças maternas que causam alterações na gestação, no diagnóstico de patologias fetais e gestacionais. O ultrassom hoje é bem mais que fazer as medidas, avaliar o líquido, e dizer a idade gestacional como antigamente. Hoje podemos fazer diagnósticos cada vez mais precoces e precisos, dando suporte ao casal na descoberta de malformações, de síndromes genéticas, no diagnóstico de alterações de crescimento fetal, alterações placentárias, da circulação fetal e no acompanhamento destas alterações. A medicina fetal é uma ciência que auxilia o obstetra na condução desses casos e o nosso papel é determinar qual malformação estamos diante, quais alterações estão acontecendo na gestação, encaminhar para cirurgias intra útero, que hoje são realizadas em alguns casos nos grandes centros, e acompanhar gestação de baixo e alto risco até o nascimento”, explica. Por outro lado, essa especialidade linda não é apenas de malformados ou gestações alteradas. Faz parte dela proporcionar também a interação materno-fetal e torná-la ainda maior, como também melhorar a interação pai-bebê. Ver o rostinho na tela, faz essa conexão ser mágica, bem antes do nascimento. Para Caroline, ser mulher, na medicina, não é o maior desafio, hoje em dia. Ser mãe, esposa e médica, não é fácil de conciliar, mas quando se ama o que faz fica tudo mais fácil. “Acho que a medicina como um todo é uma profissão que preza muito pela competência. Não se escolhe o médico hoje em dia por ser homem ou por ser mulher e sim pelo ser humano que é, pela qualidade do seu trabalho. A medi-
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cina hoje é um mundo onde quem tem conhecimento, empatia e tempo de ouvir o paciente, sempre terá destaque e é isso que me move nessa linda profissão”, ressalta. Exames realizados na clínica com aparelho de última geração: • Morfológico de 1° e 2° trimestres • Exame transvaginal de 1° trimestre • Medida do colo do útero para prevenção do trabalho de parto prematuro • Exame obstétrico simples • Exame obstétrico com doppler • Amniocentese para cariótipo (genética), infecções congênitas e paternidade, a partir de 16 semanas • 3D/ 4D HD live Passo Fundo - Av. 7 de Setembro, 115/ 901 - (54) 99937-0638 contatovip.com.br | 21
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na Saúde
CAROLINA MOZZINI Fisioterapeuta
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Dra. Carolina B. Mozzini é fisioterapeuta formada pela Universidade de Passo Fundo há 14 anos, casada, mãe de uma filha de 1 ano e 8 meses. Atua em duas áreas da fisioterapia: oncológica, em seu consultório, e vascular na Clínica Santátil. Nessa entrevista ela compartilha os desafios, alegrias e conquistas da sua trajetória. O que te levou a escolher a sua profissão? Quando adolescente, apresentei um problema ortopédico nos joelhos, necessitando de fisioterapia por um longo período e me apaixonei pela reabilitação física. Quais os desafios na sua formação? Fiz minha especialização no A.C.Camargo Cancer Center/SP, mestrado e doutorado em Ciências – Oncologia, na USP, e um estágio no Istituto Europeo di Oncologia - Milão/Itália. Então, estar longe da família e dos amigos para desbravar o novo foi muito desafiador. E o que mais te encanta no teu trabalho? Poder reabilitar fisicamente o paciente e mostrar a ele um novo horizonte, uma nova visão sobre a disfunção que ele possui. O que você mais preza no atendimento? Empatia e segurança. O paciente tem que se sentir acolhido no meu atendimento e confiante no meu trabalho, pois eu preciso da cooperação e da colaboração na reabilitação. Como conciliar o ser mulher com o ser profissional? Tarefa árdua, mas faz parte. Tive que adaptar a vida e o trabalho após o nascimento da minha filha, mas saio de casa sabendo que ela terá em mim parte do seu exemplo. Falando da fisioterapia oncológica, qual a sua importância? O tratamento do câncer pode gerar problemas que dificultam exercer uma atividade corriqueira que antes se realizava sem prejuízos. A fisioterapia oncológica auxilia o paciente a realizar, dentro das possiblidades, as atividades que ele fazia antes. Eu trabalho com os detalhes, que fazem a diferença para a vida de cada um. E o que consiste fisioterapia vascular? É aquela realizada em pacientes que portam disfunções circulatórias (varizes, insuficiência venosa crônica, alterações linfáticas) que geram inchaços, especialmente nas pernas, linfedemas (inchaço mais endurecido), dores, alterações na cor da pele, úlceras e dificuldade em realizar atividades simples como colocar os sapatos. O que é a Santátil? É um centro de reabilitação vascular que estruturei em parceria com a Enf. Fernanda Zingano no fim de 2019. Eu já tratava os pacientes vasculares desde 2016, após uma formação que realizei no tratamento físico do edema e linfedema na Ecole de Drainage
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Lymphatique – Bruxelas/Bélgica. Mas era preciso agregar o trabalho em equipe para assistir o paciente vascular na sua totalidade. Assim, na clínica o paciente encontra a terapia e os produtos necessários para o tratamento: meias compressivas, ataduras e material para curativos. Mantemos contato constante com a equipe médica, pois a patologia vascular exige isso. Nossa missão é auxiliar o paciente com disfunção circulatória a controlá-la e melhorar a sua qualidade de vida.
Fisioterapeuta - CREFITO 5/82966-F Polus Care – Centro Clínico (54) 3632-8920 / 9 9193-3137 www.carolmozzini.com.br
Tratamento de feridas e fisioterapia vascular (54) 3045-6447 / 99715-2202 www.santatil.com.br
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FERNANDA BASSO ZINGANO
na Saúde
Enfermeira
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A possibilidade de poder cuidar das pessoas através de um olhar integral fez com que Fernanda escolhesse atuar na área da Saúde. Formada pela Universidade de Passo Fundo, ela dedica-se hoje a clínica Santátil, especializada no tratamento de feridas e reabilitação vascular. Na entrevista a seguir ela fala sobre a sua dedicação à profissão. Como foi seu processo de formação? Conte-nos sobre os desafios, escolhas, conquistas.. Em 2004 terminei a graduação em biologia, mas sentia que faltava algo. Foi quando decidi reingressar na faculdade cursando enfermagem. Me formei em 2009 e trabalhei por quase 10 anos na área hospitalar. Em 2015 nasceu meu primeiro filho, o Augusto, e em 2018 a Catarina. Foi quando ficou difícil de conciliar as rotinas de plantões no hospital e dois filhos pequenos. Em 2019 veio a vontade de me reinventar. Foram muitos cursos realizados, horas de estudo e o desafio de começar a empreender. Dessa vontade surgiu um novo projeto, a Santátil. Uma clínica de tratamento de feridas e reabilitação vascular junto com uma parceira fisioterapeuta. O que te motiva a trabalhar na área da saúde? O que me motiva é saber que a maioria das pessoas que nos procuram para atendimento irão sair melhores do que entraram. Não somente no aspecto puramente técnico, mas humano também. Nossa área tem o privilégio de tratar e poder intervir não apenas no corpo. A área de humanas é maravilhosa. O que mais te encanta no seu dia a dia de trabalho? O que mais me encanta é ver a alegria do paciente com lesões, às vezes de muitos anos, evoluírem para uma condição de melhora que muitos já tinham até desistido. A reabilitação que nos propomos em desenvolver na Santátil realmente faz diferença na vida dos pacientes. Quais foram os desafios que você enfrentou ao longo da sua carreira? Poderia listar diversas situações desafiadoras ao longo da minha formação, como a decisão de voltar para a universidade para um segundo curso. Mas nada superou o momento de decidir abandonar uma carreira consolidada em um hospital para começar a empreender. Isto sim é realmente um desafio, ainda mais pelas dificuldades impostas pelo nosso país. Quais são os aspectos que você mais preza durante o atendimento dos seus pacientes? Em primeiro lugar nunca esquecer que estou frente a um ser humano com suas angústias e sofrimentos. A realidade das pessoas é muito variável e isso interfere direto no tipo de tratamento que teremos que realizar. Não abro mão de tentar adaptar isso à realidade de cada um. De que forma você concilia o ser mulher com o ser profissional? Tento fazer um equilíbrio de horários para contemplar os dois lados. Tiro algumas horas para cuidar de mim, das crianças e do esposo e organizo a casa para poder trabalhar fora, cuidar dos negócios e poder participar de congressos e cursos. Mas para
que isso aconteça precisamos ter uma rede de apoio. Como você percebe hoje a presença das mulheres na área da saúde? Na minha área que no caso é a enfermagem, as mulheres ocupam o maior espaço desde o início. Os primórdios da enfermagem já foram ditados por uma mulher: Florence Nughtingale, pioneira no tratamento dos feridos de guerra. Eu acho isso natural inclusive. Somos cuidadoras por natureza. Cuidamos de nós, da família, da casa, dos pacientes... Quais são os seus planos ou projetos para o futuro? O plano é ver a Santátil crescer e poder ajudar muita gente. Também, trazer junto com o conhecimento materiais como curativos tecnológicos, meias elásticas e outros dispositivos modernos para o tratamento de feridas e reabilitação vascular. Sabemos que isso vai demandar muita dedicação e estamos prontas para isso!
Rua Capitão Araújo, 297 - Sala 1408 – Ed. Vértice Passo Fundo/RS - Fone (54) 3045.6447
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MULHERES
CELSONI LUIZA DANIELI
na Saúde
Psicopedagoga
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elsoni sempre gostou de trabalhar com crianças e, ao cursar o Magistério no Colégio Nossa Senhora da Glória, isso se confirmou. Ela sentiu a necessidade de especializar-se para poder ajudar as crianças que apresentam limitações em seu processo de aprendizagem e assim escolheu a Psicopedagogia, graduando-se pela UPF. Hoje Celsoni é Especialista em Práticas Pedagógicas, Alfabetização, Psicopedagogia Clínica e Institucional, Educação Especial, AEE e Neuropsicopedagogia. “Sempre amei minha profissão, muito além dos limites de minha especialização. Posso afirmar que sou muito feliz. Durante o período em que estive em sala de aula como professora e após como coordenadora e psicopedagoga de uma instituição municipal e privada, posso afirmar que foram vários os desafios, mas que só me fizeram crescer como profissional e como pessoa. Sou agradecida por tantas oportunidades, a maioria delas ao lado de grandes professores e colegas. A escolha pela Psicopedagogia nasceu desde o momento em que atuei como educadora alfabetizadora, percebi desde o primeiro instante, no olhar, na expressão daquele indivíduo, a necessidade de um olhar atento e especial em poder transformar suas limitações e desafios em um processo significativo para o sujeito”, comenta. A Psicopedagogia é uma área do conhecimento que estuda e lida com o processo de ensino-aprendizagem. Esse processo ocorre em vários locais como escolas, hospitais e clínicas. Sua intenção é cuidar da prevenção e enfrentamento de conflitos envolvendo a escolarização. “Dessa forma, nesta minha trajetória, é possível entender a maneira como o ser humano assimila e processa as informações, construindo assim seus conhecimentos. Sabemos que a enfermidade afeta as interações da criança com o ambiente psicossocial em que vive e, por sua vez, os aspectos do ambiente são alterados como consequência da enfermidade. Assim a psicopedagogia intervém nas intervenções da saúde. Elabora o diagnóstico das condições de aprendizagem das pessoas internadas, adapta recursos psicopedagógicos para o contexto da saúde, elabora e amplia programas comunitá24 | contatovip.com.br
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rios de prevenção de comportamentos de riscos e de promoção de comportamentos saudáveis. O que mais me encanta e me emociona é ver que o paciente criança/ adolescente consegue superar, amenizar suas dificuldades e descobrir o prazer em aprender”, destaca. O que Celsoni mais preza em seus atendimentos é a confiança dos pais ao buscarem auxílio na Psicopedagogia e o vínculo construído e participativo do paciente e da psicopedagoga. Um clima de trabalho promissor, em que cada elemento se sinta complementar. A influência do afetivo-emocional e na determinação das atitudes. “Para o futuro pretendo continu-
ar atuando na área da educação e saúde, aprimorando conhecimentos por meio de cursos e palestras, acompanhando famílias com situações de problemas na aprendizagem. Também quero continuar investindo na Neuropsicopedagogia com estudos das neurociências com os conhecimentos da psicologia cognitiva e da pedagogia”.
Psicopedagoga e Neuropsicopedagoga (54) 3331-4753 | 98422-1620 Carazinho/RS
MULHERES
CIBILA VIEIRA
na Saúde
Psicóloga
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esde a sua graduação no curso de psicologia, em 2005, pela Universidade de Passo Fundo, Cibila nunca parou de estudar. Sua primeira pós-graduação foi em Neuropsicologia, pela Ulbra; seguindo com seu mestrado em Cognição Humana, pela PUCRS/CAPES; pós-graduação em Terapia Cognitivo Comportamental, pelo INTCC; e pós-graduação em Terapia do Esquema pela WAINER, instituição onde permanece fazendo cursos e se especializando na área de infância e adolescência. A sua motivação por trás de tanta busca por conhecimento é uma só: a paixão em ajudar as pessoas, em especial crianças, adolescentes e pais. “Sempre fui apaixonada pelo ser humano e mais ainda por tentar aliviar suas dores. Me especializei para trabalhar com crianças, adolescentes e pais no contexto da parentalidade. Todos os pais querem acertar com os seus filhos e ninguém estuda para ser pai ou mãe, crianças precisam de orientação para aprender habilidades de vida, pais também podem aprender estratégias e ferramentas para exercer seu papel de maneira mais leve e assim construir um relacionamento harmonioso. Então me sinto muito grata por poder dar apoio e segurança a eles nessa caminhada”, comenta. A trajetória de Cibila, porém, não foi fácil. Durante a faculdade ela trabalhava para poder pagar o seu curso, que na época era integral e, depois de formada, continuou investindo em seu desenvolvimento profissional. Muitas das suas formações foram feitas em outras cidades, como Porto Alegre, São Paulo e, além do investimento, de tempo e recursos, quando seu filho nasceu, ela também precisou enfrentar a distância. “Para uma psicóloga que trabalha com infância e adolescência, ficar longe do filho é difícil! No primeiro ano dele foi um grande desafio, mas sempre investi e invisto em tempo de qualidade quando estamos juntos e mesmo em alguns momentos estando longe sempre estivemos conectados”, afirma.
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Além dos desafios pessoais para construir sua carreira, Cibila também enfrentou desafios referentes a sua profissão. “Quando me formei, a Neuropsicologia era muito nova e precisávamos buscar muita coisa fora do país. Me lembro de uma paciente que tinha uma condição que se chama mutismo seletivo. Na época fui buscar um curso dado por um professor norte-americano e depois descobri que havia profissionais em Portugal
e no Brasil que também faziam o mesmo protocolo de atendimento. Há 15 anos atrás tínhamos pioneiras na área, hoje temos profissionais que são referências na área em nosso país e até mesmo fora, das quais tenho orgulho de falar que foram e continuam sendo meus mestres, tornando esse processo mais fácil. Quando iniciou o tratamento, foram 9 meses até minha pequena com mutismo seletivo falar suas primeiras palavras comigo, contudo
com o tratamento e o engajamento dos pais ela está evoluindo muito e hoje fala ‘pelos cotovelos’! Foi um dos casos entre muitos que me marcou”, relata. Também, tem o prazer de participar do Núcleo de Especialidades Pediátricas (NEP), um grupo de profissionais que tem ênfase e entusiasmo em trabalhar com a faixa etária pediátrica. “Compartilhamos do interesse em informar e orientar as famílias sobre o melhor cuidado com suas crianças”. Assim, o NEP surgiu, unindo profissionais com metas em comum, para aprimorar e dividir conhecimentos da sua área (Psicologia infância/adolescência), podendo contar com outras especialidades no campo da Dermatologia pediátrica (Médica Flávia Pereira Reginatto), Fonoaudiologia (Fonoaudióloga Naima Thans), Nutrologia pediátrica (Médica Natasha Balen), Odontologia (Odontopediatra Debora Diniz), Oftalmologia pediátrica (Médica
Monique Avozani). Na área da psicologia as mulheres são maioria e Cibila acredita que isso se deve ao fato de que elas têm a paixão e a emoção como características marcantes. “Não que os homens não sejam apaixonados, mas as ambições são diferentes. As mulheres acabam buscando mais essa área do que outras e sempre mostram um ótimo rendimento, entretanto, também tenho colegas do sexo oposto que também realizam um excelente trabalho”, comenta. A psicologia requer um estudo e aperfeiçoamento constante e, Cibila, que adora estudar, pretende continuar se especializando, realizando cursos e grupos de estudos para se manter sempre atualizada e trazer aos seus pacientes o que há de melhor. Também, com o tempo pretende retomar o ensino, algo que gostava no sentido de “multiplicar conhecimento” e que teve que largar no nascimento do filho para poder conciliar o trabalho e a maternidade.
C���la V���r�
PSICOLOGIA E NEUROPSICOLOGIA I CRP 07I 14.855 Mestre em Cognição Humana. Especialista em Neuropsilogia. Formação em TCC infancia/adolescência. Av. Brasil Oeste, 560 - Sala 2009. Ed. Offices Bella Citta - Centro - Passo Fundo/RS. cibila.vieira
psicologacibilavieira
(54) 99626-1028 (Agendamento das 8 às 18hs) cibila@terra.com.br
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MULHERES
CRISTIANE DA SILVA RODRIGUES DE ARAÚJO
na Saúde
Hematologista
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O que levou a escolher sua profissão? Desde minha infância já existia em mim o desejo de ser médica. Cresci num ambiente hospitalar, e inúmeras vezes visitei meu pai no seu local de trabalho. Dentro da minha trajetória acadêmica sempre esteve presente o desejo de ser Hematologista e Hemoterapeuta aliado à vontade de desenvolver-se na área da docência. Ainda tive como inspiração, o meu pai que é Bioquímico Farmacêutico dedicado até hoje, na parte da hematologia laboratorial, e minha mãe que é Bióloga e trabalhou muitos anos no setor de sorologia de um Serviço de Hemoterapia. Como médica desde 1997, formada pela Universidade de Passo Fundo, especialista em Hematologia e Hemoterapia desde 2002, fiquei mais de 12 anos fora de Passo Fundo incluindo os anos de residência em Clínica Médica em São Paulo e residência de Hematologia e Hemoterapia no Rio de Janeiro. Em 2011 optei por retornar a minha cidade de origem e local de graduação médica para iniciar novos desafios incluindo a participação da implantação do Serviço de Hemoterapia do HSVP. Hoje posso mencionar com imenso orgulho que somos uma referência estadual e nacional nesta área. Quais são as atividades ou frentes que você desempenha hoje? Atualmente sou médica Hematologista/ Hemoterapeuta, Responsável Técnica do Serviço de Hemoterapia do Hospital São Vicente de Paulo em Passo Fundo/RS, professora da Faculdade de Medicina da UPF, nas disciplinas de Hematologia e Hemoterapia, Pesquisa Avançada, Extensão-ComSaúde e Gestão em Saúde. Pesquisadora do HEMORIO. Dentro deste contexto exerço atividades direcionadas a parte médica, pesquisadora, e gestora, principalmente, na área da gestão da qualidade, gestão de pessoas com desenvolvendo da equipe com metodologias de coaching. Quais foram os principais “marcos” em sua trajetória profissional? Entre os meus marcos profissionais destacam-se a minha experiência nas áreas de Medicina Transfusional e Transplante de Medula Óssea no MD Anderson Cancer 28 | contatovip.com.br
Center, Houston, Texas; minha trajetória no HEMORIO, principalmente na área de imuno-hematologia e hematologia; ter tido a oportunidade de ser consultora da Sociedade Americana de Banco de Sangue (AABB) na África dentro da imuno-hematologia; minha experiência como Auditora da HEMOBRAS; ter passado por auditorias da ONA em um serviço de Hemoterapia como Responsável Técnica e líder médica do processo. Na vida acadêmica, a fina-
lização do mestrado em Envelhecimento Humano na UPF; como docente a consolidação do grupo de Extensão ComSaúde, tema doação de sangue; e como gestora ver o crescimento profissional da minha equipe. Como é ser uma gestora e empreendedora na área da saúde? Hoje acho um caminho sem volta nas organizações de saúde. Dentro da minha especialidade, em especial na Medicina Transfusio-
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nal faz parte do dia a dia. Gestão de tempo, pessoas, qualidade, inclusive ações de gestão que promovam auto sustentabilidade. Quais qualificações você buscou para conciliar a formação técnica com a comportamental? Visando o aperfeiçoamento técnico me tornei especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, SP. Especialista em Acreditação: Qualidade no Serviço de Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG) e Organização Nacional de Acreditação (ONA). Especialista em Gestão de Hemocentros pela ENSP-FIOCRUZ e Mestre em Envelhecimento Humano pela UPF. Buscando conhecimentos na área comportamental, me tornei Coach pelo IBC nas formações PSC, BEC, Team Coaching e Coaching em Grupo e Analista Comportamental pela metodologia DISC Assessment e pela metodologia Hogan. O que mais te motiva no teu dia a dia de trabalho? Fazer o que gosto e ver toda equipe se desenvolvendo e crescendo profissionalmente e pessoalmente, tanto no ambiente de trabalho como no meio acadêmico. Ver o aumento do número de doadores de sangue no município de Passo Fundo e região e a melhoria contínua do uso de sangue racional na instituição onde trabalho. Quais são os aspectos mais importantes para desenvolvimento de uma equipe na área da saúde? A autoestima e o autoconhecimento pessoal dos membros da equipe, o engajamento, trabalho em equipe, liderança e comunicação efetiva e o entendimento de que cada profissional pode contribuir em ações que beneficiarão pacientes, familiares, outros profissionais da saúde, e no nosso caso, doadores de sangue. É de suma importância que todos percebam que estão crescendo profissionalmente. E como docente, quais são suas principais contribuições para formação de novos profissionais? Acho que é um compromisso muito im-
CRM 28479 Rua Teixeira Soares, 808 – Entrada pela XV de Novembro HSVP – Centro – Passo Fundo (54) 3316-4087 | (54) 9 9214-6767 www.hsvp.com.br
portante, pois além das habilidades técnicas os professores têm a missão de enfatizar o atendimento humanizado e individualizado aos seus pacientes e que é importante trabalhar de forma interdisciplinar e multiprofissional com atualizações científicas e comportamentais. Qual a importância das mulheres frente à gestão de negócios na área da saúde? Apesar de sermos em menor número, estamos conquistando a cada dia mais espaço no mercado de trabalho. Acredito que somos heroínas, pois agregamos nossa competência como gestoras, mas não abdicamos do papel de sermos mulheres, filha, mãe, esposa e muitas vezes dona de casa.
Quais são seus planos ou projetos para o futuro? Pretendo finalizar o MBA em Qualidade, Acreditação e Segurança pelo instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde-IAHCS, pretendo ingressar em um doutorado ainda este ano e também me dedicar mais a pesquisa científica e atividades de Coaching com foco em desenvolvimento de pessoas e equipes. Com relação, ao Serviço de Hemoterapia espero contribuir com novas descobertos sobre hemocromatose hereditária, sangrias terapêuticas e sangue raro. Ainda, espero trabalhar sobre doação de sangue nos três pilares: educação, cultura e saúde por meio da literatura, arte, atividades lúdicas, meios digitais de forma multiprofissional, com abrangência municipal e regional. contatovip.com.br | 29
MULHERES
na Saúde
ELINE DIAS PEREIRA Endocrinologista
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Fazer pelas famílias dos outros o que fizeram pela minha”, foi assim que surgiu a vontade de ser médica para a endocrinologista Eline Dias Pereira. Após um grave acidente que seu irmão sofreu quando ela era adolescente, ela encontrou nas equipes médicas que o assistiram a inspiração para uma carreira que sequer tinha cogitado. Foi acompanhando de perto a recuperação dele que ela viu nos olhos dos médicos a alegria em devolver a saúde a um jovem de, na época, 17 anos, e então decidiu que era assim que ela queria ocupar seus dias: proporcionando saúde ao amor de alguém. “Fiz minha graduação em Medicina na Universidade de Caxias do Sul, onde me encantei por diversas áreas ao longo da faculdade, dentre elas a endocrinologia, mas foi depois de formada, atuando na rede básica, que me envolvi mais ainda com doenças endocrinológicas como diabetes e disfunções da tireóide e me apaixonei pela endócrino”, conta. Ela fez sua especialização no Rio de Janeiro, no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), e logo após a conclusão, em maio de 2017, foi aprovada na prova de Título de Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Desde então, atua em consultório particular. “Devido ao fato de muitas doenças endocrinológicas cursarem concomitantemente com questões relacionadas a distúrbios alimentares e ao comer transtornado, estou complementando meus estudos, concluindo neste ano a pós-graduação em Comportamento Alimentar, pelo Instituto de Pesquisas Ensino e Gestão em Saúde (IPGS) em Porto Alegre”, complementa. A maior motivação de Eline para trabalhar na área da saúde é o poder de fazer a diferença na vida das pessoas. “Todo paciente é o pai de alguém, a mãe, o irmão, o avô, o amor de alguém. E poder ajudar a manter ou a reestabelecer a saúde do amor de alguém, como fizeram pela mi30 | contatovip.com.br
nha família, é a maior dádiva da minha profissão. Ter a oportunidade de entrar na vida dos meus pacientes, conhecer seus gostos, rotinas, sonhos, medos e virtudes... Tudo isso me encanta! Como o médico endocrinologista lida com a conexão de diversos sistemas do corpo humano, para muitos pacientes acabo sendo um pouco de amiga/terapeuta também. Poder escutar com atenção e realmente me colocar no lugar de cada paciente é uma chance que poucas profissões dão, e sou abençoada por ter essa
alegria todos os dias”, destaca. Na medicina tudo é desafiador, mas Eline ressalta que o principal desafio é, e sempre será, a relação médico-paciente, que é o maior alicerce da profissão. “É a partir daí que temos a confiança daqueles que cuidamos”, acrescenta. Além de trabalhar em cima dessa relação, outro aspecto imprescindível pelo qual Eline preza no atendimento de seus pacientes é o rigor científico em cima de cada conduta adotada, de forma individu-
A Endocrinologia é uma área frequentemente ocupada por mulheres. Inicialmente por ser uma área clínica, e mais recentemente, por ter cada vez mais mulheres ingressando nos cursos de medicina. Essa igualdade de gênero que existe hoje na medicina é extremamente benéfica para o paciente, pois, como, no Brasil, a população feminina é maior que a masculina, é muito importante oportunizar que as mulheres possam ser atendidas por outras mulheres, se assim o desejarem. “Minha rotina é muito agitada. Pela constante necessidade de me manter atualizada, estou sempre participando de cursos e congressos para poder oferecer aos meus pacientes o que há de mais atual no mundo. Por isso, tenho muito a agradecer as gerações de mulheres que antecederam a minha, abrindo portas e oportunizando que hoje possamos concorrer com os homens de igual para igual”, destaca Eline.
Médica endocrinologista - CRM 37.056 | RQE 30.991 Passo Fundo - Rua Teixeira Soares, n 839 - Sala 602 Ed João Zanatta Filho, em frente ao HSVP. (54) 3312-9499 | 99981-4769 Marau - Av. Barão do Rio Branco, n 1751 Centro Clínico Providência, junto ao Hospital São Lucas. (54) 3342-3455 | 3342-3246 | 99180-7574 FOTO | DANIEL TATSCH
alizada para cada paciente, assim como deixar cada um totalmente ciente da sua patologia. “Também considero primordial me fazer entender pelo paciente, usando os termos que ele compreenda, para que assim ele seja parte ativa e comprometida do tratamento”, diz.
Segundo ela, as doenças endocrinológicas têm atingido cada vez mais pessoas. Hoje o câncer de tireóide é o 4º câncer mais comum nas mulheres brasileiras, o excesso do peso (sobrepeso e obesidade juntos) já atinge metade dos adultos, e, com ele, os índices de diabetes chegam a quase 10% da população. “Por isso, meu plano é poder ajudar os pacientes a manter a saúde através de melhores hábitos de vida, uma alimentação mais saudável, sem neuras, modismos ou restrições, a fim de dar, além de quantidade, maior qualidade de vida para a população de Passo Fundo e região”, finaliza.
Fazer pela família dos outros o que fizeram pela minha contatovip.com.br | 31
MULHERES
na Saúde
FRANCIELE TAIS BANDEIRA GIASSON Cardiologista
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ranciele sempre gostou da sensação de transmitir segurança para as pessoas e de estudar o corpo humano. Logo, não foi difícil se direcionar para a medicina. Ela decidiu que faria medicina ainda no ensino médio, e, no último ano, abdicou de todas as atividades extraclasse para estudar. “Fazia o terceiro ano de manhã e à tardinha ia para Passo Fundo onde fazia cursinho à noite, no Garra pré-vestibular. Passei no primeiro vestibular que prestei, com 16 anos. Desde então foram 10 anos de formação – 6 de faculdade, 2 anos em Porto Alegre na especialização de Clínica Médica e 2 anos em Passo Fundo para especialização em Cardiologia. O maior desafio sempre foi a distância da família por conta de estudos, plantões e rotina de trabalho”, conta. Além da distância da família e da formação extenuante com muito estudo, provas de especialização e plantões, Franciele destaca que ainda há um desafio maior pelo fato de ser mulher, embora este quadro esteja mudando nos últimos anos, pois há 30 anos praticamente só homens faziam medicina. “Percebo de uma maneira crescente e participativa a atuação das mulheres. Hoje na área da saúde as universidades têm paridade ou mais mulheres que homens. E, especialmente na minha área, ocupamos lugares de destaque e temos credibilidade nas áreas em que atuamos”, diz. Segundo Franciele, a profissão possibilita uma série de atividades, de modo que não há uma rotina estática. “Gosto
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É gratificante criar um vínculo com os pacientes e poder ajudá-los no dia a dia
de mesclar atendimentos em consultório, hospital e execução de exames. É gratificante criar um vínculo com os pacientes e poder ajudá-los no dia a dia”, destaca. Franciele ressalta que sempre procura atender seus pacientes como gostaria que as pessoas que ama fossem atendidas – e isso a impulsiona a buscar
sempre o melhor. Atualmente, ela pretende solidificar sua carreira na cidade em que cresceu, Carazinho, oferecendo atendimento qualificado e diferenciado para seus pacientes. Para tanto, recentemente fez mais um curso em São Paulo para proporcionar mais um exame em consultório, a Ecografia de Carótidas (para detecção precoce de risco para AVC e infarto).
CRM 40083 - Médica (Universidade de Passo Fundo 2014), especialista em Clínica Médica (Hospital de Clínicas de Porto Alegre 2015-2016), especialista em Cardiologia (Hospital São Vicente de Paulo 2017-2018) Locais de atendimento: Centro de especialidades médicas (prefeitura de Carazinho). Hospital São Vicente de Paulo (Passo Fundo). Clínica Atlanta - Av. Pátria, 400 - Sala 201 - (54) 3331.3019 Hospital de Caridade de Carazinho, Consultório (clínica Cardiomax)
Contatos: Consultório (54) 3331-1200 francielegiasson267@gmail.com /francieletais.bandeiragiasson @frangiasson
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GABRIELLE SENTER Oftalmologista
Para ela sempre foi desafiador encarar a própria certeza do desejo de ser médica, afinal, desde o início a formação para essa profissão não é fácil. “Sabia que teria que cursar uma Universidade Federal e voltei meu foco a elas. Acredito que todo esse caminho faz parte do processo de se tornar um bom médico. Encarar o desafio, estudar, abdicar de uma série de outros momentos e atividades para se preparar para o caminho e atingir as aprovações. Essa fase é uma amostra do que vai ser a vida médica, todos os dias. Cursei medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e na metade do curso me reaproximei de uma especialidade que me ajudou a ter certeza de que queria ser médica, a oftalmologia. Um oftalmologista da minha infância foi uma de minhas referências. A partir de então procurei conhecer cada vez mais a área, que é apaixonante. A certeza da oftalmologia também não demorou a vir e depois de concluir a faculdade, fiz residência médica em Oftalmologia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre”, compartilha. O gosto pela cirurgia oftalmológica, delicada e precisa, a levou a subespecialização em retina clínico-cirúrgica, na Universidade Federal de São Paulo, e o gosto pelo desafio dos casos difíceis também fez com que ela se subespecializasse em uveítes, área que trata das inflamações e infecções oculares, em São Paulo também. 34 | contatovip.com.br
Gabrielle acredita que trabalhar na área da saúde é uma nova escolha diária. “Muitas vezes deixo o consultório frustrada e preocupada com alguns pacientes, mas mesmo assim, chego em casa, e sigo pensando em como resolver, em como fazer o melhor por aquele caso difícil, vou estudar, ler, procurar, e ali, novamente, reafirmo a minha escolha. Cada paciente saindo de uma consulta melhor do que chegou é uma motivação. Cada retorno para uma consulta de rotina, em que o paciente me escolheu novamente é uma motivação. O desafio de encarar o desconhecido com frequência, da necessidade de sempre saber mais, estudar mais. Poder mudar
o curso, muitas vezes catastrófico, de uma doença também é uma motivação e, claro, o amor pela profissão que escolhi há tanto tempo. Uma das coisas que mais me encanta é a surpresa de cada paciente novo. Quem é, de onde vem, como chegou até mim e por qual motivo. E depois de conhecer o paciente, vem todo o processo de se chegar ao diagnóstico e finalmente encontrar a melhor maneira de resolver sua queixa. Ver o paciente sair aliviado por saber que não se trata de algo grave, ou esperançoso por ouvir que podemos e vamos tentar melhorar o que está acontecendo e, mesmo no caso de um paciente que sai sem esperança de reversão do FOTO | DANIEL TATSCH
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encantamento pela medicina iniciou tão cedo na vida de Gabrielle, que ela não se lembra ao certo a primeira vez que disse que queria ser médica. “Tenho a impressão de que fui escolhida pela medicina, e não o contrário. O universo médico sempre me interessou, desde criança nas consultas de rotina, pensava como seria interessante conhecer e conversar com tantas pessoas, tantas histórias em um mesmo dia. Juntou-se a isso o gosto e a curiosidade pelas ciências biológicas na escola e a admiração por alguns médicos que passaram pela minha vida e a certeza que não conseguiria ajudar pessoas na mesma escala que conseguiria com essa escolha em nenhuma outra profissão. A certeza só aumentou com o tempo”, conta.
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quadro, a certeza de que fiz tudo que podia para aliviar seu medo e ansiedade, me encantam”. Gabrielle também procura lançar mão das características mais marcantes e mais atribuídas às mulheres e usá-las a seu favor no trabalho. “Somos reconhecidamente mais sensíveis e atenciosas, com o dom de cuidar que parece nascer conosco. Apesar do avanço das mulheres no mercado de trabalho, ainda podemos sentir certa resistência por parte de algumas pessoas, e ser mulher e jovem pode ser ainda mais difícil. Isso faz com que eu encare o meu trabalho com ainda mais seriedade e comprometimento, mesmo diante do caso mais simples e corriqueiro”, ressalta. Há algum tempo as mulheres já são maioria na área da saúde, predominância que inicia já dentro das salas de aula das universidades, nas classes de residência médica e nos hospitais. “Cada vez mais as mulheres têm se dedicado ao estudo, à ciência e conquista de mais espaço, mas também ainda vemos uma minoria de cargos de chefia dentro da área de saúde ser ocupada por mulheres, e ouvimos muitas opiniões sobre a área que devemos escolher para trabalhar, já que ‘algumas áreas são melhores para mulheres’. Nunca deixei que esse tipo de pensamento influenciasse nas minhas decisões, mas com certeza, o fato de ele ainda estar tão presente em nosso meio, faz com que nos demos conta que este mesmo tipo de preconceito vai influenciar na hora de promover uma mulher a uma posição superior no trabalho, também na área da saúde”, acredita. Gabrielle pretende continuar mantendo o mesmo foco e energia que sempre dedicou a esta parte tão especial e querida da sua vida que é o seu trabalho. “Continuar estudando, atualizando conhecimentos, e fazer sempre o melhor. Com o tempo, acredito que os frutos de um bom trabalho médico sejam poder me estabelecer e estabilizar em um local com tantos profissionais excelentes como em Passo Fundo e, por que não, ser reconhecida pelos pacientes e colegas como uma profissional competente e digna de sua confiança em minha área. O plano é seguir crescendo como pessoa e profissional dentro desta área que tanto tem a nos ensinar”.
Gabrielle Senter Médica oftalmologista especializada em úvea e retina CREMERS 38733 | RQE 34414 Hospital da visão de Passo Fundo – 4º andar (54) 2103-0303 | gabismed@gmail.com
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GABRIELLE SANTOS ALMEIDA Psicóloga
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abrielle tem 32 anos e atua na área da psicologia clínica, na cidade de Passo Fundo. Graduada em Psicologia pela Universidade de Passo Fundo, segue em constante formação e hoje cursa pós-graduação EAD em psicanálise - a grande paixão que descobriu na Faculdade. Segundo Gabrielle, ajudar o paciente a ter uma vida mais satisfatória é um grande desafio. Para isso, no consultório, trabalha aspectos comportamentais, problemas conhecidos e desconhecidos do paciente, atentando-se ao que está lhe causando sofrimento, criando reflexões e questionamentos. “Acredito que isso somente é possível porque eu vejo a mente humana como um quebra- cabeças e percebo que a ajuda dos profissionais da Psicologia é vital para que os pacientes consigam montar esse quebra-cabeças. Para esse propósito, eu me amparo na delicadeza natural às mulheres para ajudar no manuseio com o paciente, conjugando afeto, sabedoria e compreensão. Sobre isso, reflito que, de uns tempos para cá, percebo que as mulheres vêm conquistando um espaço maior, criando uma rede na área da saúde que é possibilitada pelo cuidado e pela solidariedade que lhe são tão peculiares, e esse desfecho me faz muito feliz, pois vejo a mim mesma como uma pessoa cheia de coragem, determinação e força, e vejo essas características em tantas outras mulheres dedicadas a fazer o bem”, destaca. Nessa trajetória de se desafiar a sempre crescer, ainda na Faculdade, Gabrielle decidiu aprofundar seus estudos em uma doença psíquica obscura como o Transtorno da personalidade Boderline, pacientes de grave perturbação da personalidade, com prejuízo significativo na vida pessoal, profissional e social. “Juntamente com meu aprendizado sobre o transtorno da personalidade borderline, pude observar a importância da mulher na formação da criança, desde seus aspectos do desenvolvimento, como em suas questões psíquicas, afetivas e sociais. Um aspecto que põe em evidência o lugar ocupado pela mulher, na família e na so36 | contatovip.com.br
Gabrielle Santos Almeida - Psicóloga psi_gabriellesalmeida - (54) 991758987
ciedade, pois é importante observar que, cada vez mais, percebe-se uma mudança nas condições do cuidado materno: hoje, vivemos em uma sociedade onde, muitas mães estão ocupadas por si mesmas e as crianças em solidão, o que prejudica o psiquismo que recebe, mas ainda não sabe dar em suas condições iniciais. E é por isso que, a cada dia, devemos nos fortalecer, tanto como profissionais quanto como seres humanos, valorizando todos os diferentes papeis que nos constituem: mãe, filha, esposa, neta, amiga... Isso é
importante para a constituição psíquica de nossas crianças e para o bem-estar de todos os envolvidos, o que inclui falar de si mesmo” , exemplifica. Gabrielle acrescenta que a Psicologia também pode ajudar você a estruturar a sua vida da melhor maneira. “Se não está conseguindo transpor algumas barreiras com relação a isso, você poderá encontrar ajuda conversando com uma psicóloga. Cuidar de você mesmo é o melhor investimento!”, finaliza.
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HELOISA D’AGUSTINA POLI
na Saúde
Cardiologista
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escolha pela medicina feita por Heloisa foi baseada na grande admiração que sempre teve pelo trabalho dos profissionais desta área. “Acredito que para ser um médico é preciso amar o ser humano e a vida, e dedicar-se a isso”, destaca. Sua formação em Medicina aconteceu na Universidade de Santa Cruz do Sul, em 2014; passando pela Clínica Médica no Hospital Santa Cruz de 2015-2017; e Cardiologia no Hospital São Vicente de Paulo de 20172019. Nesse período, Heloisa encontrou muitos desafios, e o primeiro deles foi na sua vida pessoal, quando teve de deixar a sua cidade natal para fazer a faculdade e as residências. “O período da formação foi de muito estudo, em que tive de abdicar de coisas pessoais para me dedicar a formação. Foi um momento de intenso aprendizado e crescimento. Também foi um período de muitas conquistas, em que a cada etapa, tínhamos que provar para nós mesmos, aos professores e aos pacientes que estávamos aptos a cuidar da vida. A medicina é fantástica, tive dificuldade para escolher em que área me especializar. Escolhi a clínica médica e a cardiologia principalmente por serem áreas abrangentes, onde consigo cuidar do paciente de forma integral”, destaca. A medicina possibilita fazer o bem às pessoas, mudar e melhorar sua qualidade de vida – e essas possibilidades são o que motiva Heloisa a trabalhar na área da saúde. Para ela, a comunicação entre médico e paciente é um dos principais aspectos da sua área de atuação, pois acredita que é fundamental o paciente e seus familiares entenderem o que é a sua doença, quais são as medidas que podem fazer para melhorá-la e qual é o prognóstico. “Na minha opinião não adianta eu fornecer uma receita com medicações modernas se o paciente não sabe para que são e como irá ajudá-lo, até porque isto diminui a aderência ao tratamento”, ressalta a cardiologista. Nesse processo, que acontece no dia a dia do seu consultório, o que mais a encanta é perceber o retorno positivo dos tratamentos e das ações preventivas na vida de seus pacientes. “Por isso, meus planos para o futuro são me aperfeiçoar cada vez mais na área da cardiologia, e assim usar todo
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o refinamento técnico e científico para o bem dos meus pacientes”, destaca. Heloisa tem percebido ao longo dos anos o aumento do número de mulheres na área da saúde, que hoje são a maioria. “Acho isto incrível, pois, nós, mulheres, temos um cuidado especial nos momentos de maior fragilidade dos pacientes. Hoje em dia consigo conciliar muito bem o papel de mulher e médica, tendo tempo para cuidar de mim e dos meus pacientes. Porém, acredito que o maior desafio para a mulher médica é durante a gestação, em que ocorrem diversas alterações hormonais e podem ocorrer sintomas que impactam no seu bem-estar. Também,
após a maternidade e no período da amamentação, que acaba sendo uma atividade exclusiva da mulher”, afirma.
CREMERS 39993 / RQE 35006 , 35007. Av. Barão do Rio Branco, 1751 Centro Clínico Providência - Marau (54) 3342-3455 / (54) 3342-3246
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MILENA WESTPHALEN BRUM
na Saúde
Gastroenterologista
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o contrário de muitos colegas de turma, Milena não cresceu convivendo com familiares médicos. “Quando escolhi minha profissão, ainda no primeiro ano do Ensino Médio, conhecia pouco dos desafios da carreira e do dia a dia de um médico, mas sempre tive certeza que queria cuidar das pessoas. Poder interferir positivamente na sua qualidade de vida sempre foi o meu foco. Era jovem na época, mas depois de me decidir não coloquei meus planos em dúvida nem por um momento. Quando iniciei a prática da profissão também percebi que, de várias formas, ser Médica me ajudou a ser um ser humano melhor”, conta. Sair de casa aos 16 anos para morar sozinha em Santa Maria/RS, onde ficou por um ano e meio fazendo cursinhos pré-vestibulares, foi um desafio. Quando foi aprovada em Medicina na UNISC foi como se finalmente a vida que ela tinha escolhido fosse começar. “O curso de Medicina exige muita dedicação, foram 6 anos de muito estudo, horas e horas de aulas teóricas e práticas, noites em claro estudando, privação do convívio familiar, estágios. Ser estudante de medicina não se trata só de adquirir conhecimento teórico, é preciso aprender habilidades práticas, moldar sua forma de interagir com os outros e provar dia a dia que você é capaz de ser um bom profissional. Não sei explicar com palavras o que senti quando recebi meu diploma, felicidade por ter conseguido, gratidão pelo apoio dos familiares e amigos que participaram da minha formação, ansiedade pelo que ainda estava por vir. Trabalhei por um ano e meio antes de ser aprovada para residência médica. Foi nesse tempo que defini a especialidade que pretendia seguir. Os 4 anos de residência foram os que realmente me mostraram o que é ser médico no nosso país”, relembra. Milena escolheu a Gastroenterologia por ser uma especialidade abrangente, com vários campos de atuação. A grande variedade de patologias do trato digestivo que existem acaba por proporcionar o cuidado de pacientes diferentes diariamente. Além disso, a possibilidade de realizar exames endoscópicos como a Endoscopia Digestiva Alta e a Colonoscopia, a permitem atuar na prevenção e tratamento de muitas doenças. “Saber que com o meu conhecimento eu posso aliviar dor e sofrimento, proporcionar cura quando possível, melhorar qualidade de vida, prevenir doenças e ser referência confiável do meu paciente quando necessário me motivam a trabalhar em prol da saúde”, destaca. Para Milena, as mulheres são maioria na saúde. “Estamos presentes em todas as profissões da área. E estamos avançando. Muitas mulheres se destacam, são motivo de orgulho e fonte de inspiração feminista. Aos poucos posições de chefia e coordenação estão ficando nas mãos de mulheres competentes. Ainda nos deparamos com preconceito e disparidades, mas precisamos lutar para crescer. No caso da medicina, percebo que a imagem do ‘bom doutor’ aos poucos está sendo modificada, e que ao ser atendido por uma equipe essencialmente feminina não há mais surpresa no olhar do paciente”, coloca. Para o futuro, Milena pretende continuar presente nos principais eventos médicos da Gastroenterologia, como congressos e cursos, para ampliar e renovar conhecimentos a fim de oferecer
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o melhor para seus pacientes. “Espero consolidar minha carreira na cidade de Passo Fundo e poder expandir meus atendimentos a algumas cidades próximas”.
Médica Gastroenterologista | CREMERS 36631 |RQE 32003 Preceptora do Programa de Residência Médica em Gastroenterologia da Universidade Federal da Fronteira Sul campo de atuação no Hospital de Clínicas de Passo Fundo. Clínica Polus Care - Travessa Dr. Artur Leite, 35 – Centro, Passo Fundo/RS - Telefone: (54) 3311-6878 | (54) 99156-5529 Hospital de Clínicas de Passo Fundo Rua Tiradentes, 295 – Centro, Passo Fundo/RS Telefone: (54) 3045-8233 | (54) 3045-8224 Centro de Diagnóstico Hospital de Clínicas de Passo Fundo – CD4 - Rua Tiradentes, 295 – Centro, Passo Fundo/RS Telefone: (54) 3045-8226 | 3045-8237 www.dramilena.com.br Facebook: @gastro.milena | Instagram: gastro.milena
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MÍRIAN PEZZINI
na Saúde
Psiquiatra
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raduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo, em 2007, Mírian fez sua Residência Médica em Psiquiatria por 3 anos pela Escola de Saúde Pública/ESP- Hospital Psiquiátrico São Pedro, de Porto Alegre/RS (2011). Também possui formação em Terapia Cognitiva Comportamental – TCC por 2 anos pelo Instituto WP – Porto Alegre (2015) e formação em Sexualidade Humana por 3 anos pela Elo/IPHEM - Passo Fundo (2019). É Membro Associado APRS (Associação de Psiquiatria do RS) e Membro Associado ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). Dra. Mirian já trabalhou em várias áreas, como saúde mental pública, internações psiquiátricas, centros de atenção psicossocial. Atualmente, atua em seu Consultório Particular e participa da equipe multiprofissional do Centro Neuromodulação – HSVP, em Passo Fundo/RS. Ela encontra-se em um novo espaço, uma clínica nova e confortável para melhor atender seus clientes.
FOTO | CÍNTIA MORAES
Segundo Mírian, a mulher vem adoecendo mais que os homens, já faz algum tempo. Elas apresentam maiores índices de procura por atendimento em saúde mental por ansiedade, depressão, dentre vários outros quadros psiquiátricos. “Os quadros mentais sempre existiram, mas atualmente, de fato, ocorre uma sobrecarga e multifunções na maioria das mulheres. Elas assumiram um perfil de atividades similar a dos homens, porém seguiram com atividades familiares e de cuidados da casa como anteriormente. Um acúmulo de funções”, destaca. Essa sobrecarga de trabalho e assuntos da vida pessoal, influenciam, dependendo da situação, de forma negativa na saúde mental da mulher. “Por si só o a palavra já diz, sobrecarga: a mais do que seria ‘a carga ideal’. Tudo o que é excessivo, se torna prejudicial. Diante de tantos desafios impostos às mulheres no dia a dia o seu papel se torna de ‘deveres e obrigações’. Um papel de ‘cumprir chek list’, e isso acaba se tornando automático muitas vezes, bem como adoecedor”, ressalta. A pressão social para que a mulher “dê conta de tudo” pode afetar a mulher através do sofrimento emocional, trazendo prejuízos como ansiedade, insônia, cansaço, irritabilidade, tristeza - sintomas muito
comuns de estresse e sobrecarga. A saúde mental influencia em tudo. Afinal, estar insatisfeita emocionalmente, estar em sofrimento emocional e sobrecarregada mentalmente repercute no físico. Doenças clínicas podem aparecer, ganho ou perda de peso, desregulação hormonal, prejuízos cardiovasculares e cognitivos, dentre muitos outros. Isso também afeta diretamente nos relacionamentos familiares, conjugais e seu rendimento laboral. Segundo Mírian é preciso buscar um equilíbrio entre o bem-estar físico, mental e social. “Um equilíbrio que é possível, desde que pensado e organizado com prioridades e a consciência de que ‘não se pode ter tudo’. A vida é feita de momentos, e cada momento da vida da mulher, como investir na carreira, cuidar de si, ser mãe, dentre outros, podem ser organizados. Se nos mantivermos conectados com esse propósito de bem estar geral, faremos escolhas e organizaremos nosso dia para que fique em prol disso. Buscar sempre agregar “um pouco de cada” coisa que nos faz bem associado a rotina, como por exemplo; trabalho, lazer, amigos, família, atividades físicas, leituras, fé de uma forma geral, momentos de descanso ... enfim, uns com mais peso, outros menos, desde que fique satisfatório e equilibrado”, aconselha.
(54) 3046.0700 (54) 99987.5345 Rua Capitão Araújo, 297 Salas 608 e 609 - Centro Edifício Vértice Passo Fundo/RS
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MULHERES
MOEMA NENÊ SANTOS
na Saúde
Hematologista
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odos nós temos um sonho ao ingressar em uma faculdade e, na área médica, esse sonho é o de salvar vidas e poder ajudar as pessoas a terem mais qualidade no seu dia a dia. Foi assim com a médica hematologista Moema Nenê Santos. Formou-se em Medicina na cidade de Passo Fundo e, posteriormente, fez residência em Porto Alegre. Por três anos ela morou em Paris, na França, onde fez sua formação em Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea. Depois desse período ela retornou a Passo Fundo, onde atua até hoje.
Moema destaca que no início da carreira todos os profissionais se dedicam muito ao estudo, às técnicas, aos tratamentos, mas que, depois de um período, percebe-se que toda essa parte técnica e científica não é tão eficiente se não existir uma relação com a parte pessoal do paciente. “Não adianta somente oferecer o melhor tratamento possível, também precisamos deixar esse paciente e a sua família tranquilos, porque quando um paciente adoece, toda a família adoece junto. A ciência, às vezes, esquece um pouco desse lado pessoal, de sentar e conversar. Hoje nos damos conta do quanto isso é importante, porque nós somos família, não somos só médicos e técnicos. Nós viemos de uma família, nós construímos uma família e quando essa família tem alguma alteração, uma vida que possa ser perdida, entramos em conflito também. Em nossa profissão temos um lado sensível. A gente chega em casa e chora, porque também se sente responsável por todo um conjunto que é alterado dentro do âmbito familiar do nosso paciente. Somos muito cobrados, por isso cada um tem um tipo de apoio, seja em terapia, em atividade física, precisamos ter uma válvula de escape e, muitas vezes, precisamos também ter o apoio da família”, diz.
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Rua Uruguai 2050, HSVP, unidade II Passo Fundo/RS (54) 99155.5686 - (54) 98437.8933 /Dra. Moema Nenê Santos FOTO | DANIEL TATSCH
Por isso, Moema ressalta a importância de o médico fazer sempre o seu melhor dentro daquilo que conhece e, também, que trabalhe junto de outros profissionais da saúde e da família de seu paciente, para que todo o tratamento seja levado adiante e possa resultar na melhora desejada. “Quando temos um objetivo batalhamos muito para isso acontecer. Hoje vejo Passo Fundo como uma cidade que incorpora excelentes setores, entre eles a área médica, porém, vejo que ainda podemos melhorar na hematologia. Sabemos que existem outros tratamentos para os pacientes, como transplante de medula óssea, terapias celulares e precisamos buscar isso para a nossa região. Portanto precisamos não só do apoio dos hospitais, mas também das pessoas, para que se engajem e entendam que não estamos salvando apenas uma vida. Estamos salvando várias famílias. É maravilhoso quando temos essa troca, quando o paciente conversa, confia e isso não tem preço. Receber um presente, da forma como o paciente pode dar, uma flor, um bombom ou uma mensagem. Isso é o que mais nos anima e nos faz ir para frente em busca de coisas novas”, comenta. Como mulher, ela acredita que todas as profissionais têm o sonho da realização, tanto profissional, quanto pessoal. A maioria tem o desejo de ser mãe e construir sua família. “Precisamos fazer uma conciliação sem culpa nenhuma, porque todas nós vamos passar por isso. Vamos educar nossos filhos para entenderem a nossa profissão. Quando somos chamados, quando precisamos nos ausentar para estudar ou ir a um congresso. Dessa forma damos exemplo aos nossos filhos”, afirma.
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NATHÁLIA PACHECO PINTO
na Saúde
Ginecologista e Obstetra
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or ter afinidade com a área da biologia, Nathália pensou em fazer esse curso na faculdade. Porém, ela começou a sentir que queria dedicar a sua vida a cuidar das pessoas – e então escolheu a área da saúde. Depois de três anos de cursinho pré-vestibular, veio a aprovação em Medicina. Nathália realizou sua faculdade na Universidade de Passo Fundo e Residência em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo. “O que me fez escolher essa área foi a proximidade com as pacientes. Tanto na ginecologia quanto na obstetrícia criamos um vínculo com a paciente, nos envolvemos com suas histórias e as acompanhamos em diferentes fases da vida”, destaca. A medicina exige muito estudo e a abdicação de vários momentos entre família e amigos. Porém, quando se é apaixonado pelo que se faz, todo esse caminho fica mais leve. “A minha maior motivação é poder acompanhar as mães nesse momento tão maravilhoso que é o nascimento dos filhos. Eu acredito que no meu dia a dia lido muito mais com coisas boas do que ruins. Sou agraciada por ver a vida começando, por poder ajudar as mães a terem uma família, a conquistar o seu sonho, bem como por acompanhar todas as fases da vida da mulher, desde a paciente adolescente até a paciente idosa. Isso me encanta e me faz querer me dedicar cada dia mais a minha profissão”, ressalta. Há quatro anos morando em Carazinho com seu esposo Marcus e sua filha Elis, Nathália atende em seu consultório e também no Hospital de Caridade de Carazinho. Por não ser natural da cidade, o início do seu trabalho foi um desafio, que aos poucos foi sendo superado pela competência demonstrada em cada atendimento. “Considero que o respeito e a confiança são aspectos fundamentais em todas as consultas, afinal, vou acompanhar minhas pacientes, principalmente as gestantes, por um longo período. Também prezo muito pela disponibilidade, procuro estar sempre disponível para as minhas pacientes, para que elas possam perguntar, tirar dúvidas e para que elas saibam que no momento que elas precisarem de mim eu estarei disponível para elas. É uma rotina cansativa, mas gratificante”, comenta. As mulheres estão ganhando cada vez mais espaço na área da saúde e Nathália considera que elas conseguem ter um olhar mais abrangente nessa área, pois unem a qualidade técnica ao carinho com seus pacientes. “É um desafio conciliar a mulher e a profissional. Em alguns momentos acabamos deixando a mulher um pouco de lado para destacar mais a profissional e o contrario também acontece. Mas é importante lembrarmos de nos olhar, de cuidar de nós mesmas, de cuidar da família, de ter momentos só nossos, se não acabamos nos perdendo na correria do dia a dia”, comenta. Nathália também está sempre sonhando e pensando no futuro. Ela planeja permanecer em Carazinho e, futuramente, realizar o sonho de criar uma clínica multidisciplinar onde possa 42 | contatovip.com.br
agregar em um só lugar atendimentos de ginecologia, pediatria, fisioterapia... “Também gosto muito da questão do parto humanizado, algo que já estamos conseguindo fazer hoje no HCC, respeitando as vontades da mãe, mas estando em um local adequado que possa nos amparar em qualquer imprevisto. Minha ideia é estimular cada vez mais essa ação e ajudar as mães a terem um parto com mais amor, carinho e responsabilidade”.
Rua Cipriano Ribeiro da Luz, 106 - Sala 302 Centro Profissional Planalto - Carazinho/RS nathaliaconsultorio@gmail.com | (54) 3331.6391
As mulheres e as doenças vasculares O Invasc – Instituto Vascular de Passo Fundo elencou algumas das doenças vasculares mais comuns entre as mulheres. Aqui você vai conhecer as suas particularidades e formas de tratamento mais modernas VARIZES FOTOS | DANIEL TATSCH
O tratamento das varizes mudou muito nos últimos anos, ficando cada vez mais individualizado e menos invasivo. A chegada do laser e da espuma para tratar varizes e vasinhos, a realidade aumentada, que propicia identificar vasinhos por baixo da pele e os procedimentos feitos no consultório, permitem que as pessoas retornem rapidamente às suas atividades, sem necessidade de internação.
VARIZES PÉLVICAS Apesar de ser uma doença bastante comum nas mulheres, acometendo 30% das mulheres que tiveram filhos, as varizes pélvicas ainda são pouco conhecidas, por poder se confundir com Endometriose. Elas causam dor em baixo ventre quando muito tempo em pé ou no período menstrual, dor na relação sexual, dor nas pernas na época da menstruação, sensação de peso ou como se estivesse grávida, e mais raramente, dor de cabeça e doença hemorroidária. O tratamento é realizado por cateterismo, usando as mesmas técnicas não invasivas que usamos para o tratamento das varizes das pernas.
MIOMA UTERINO O mioma uterino é uma doença bastante conhecida das mulheres, sendo considerado o tumor benigno mais comum no sexo feminino. Os miomas causam dor em baixo ventre, também podem causar dor na barriga no período menstrual, além de dor na relação sexual e o sintoma mais comum, que é o aumento do sangramento durante a menstruação. O tratamento oferecido no Invasc, chamado embolização de mioma uterino, realizada por cateterismo, é uma opção à cirurgia de retirada do mioma ou do útero, que pode ser realizada em casos onde há muitos miomas ou que eles sejam muito grandes, ou quando a paciente não deseja realizar uma cirurgia.
O Invasc é uma clínica de Cirurgia Vascular e Radiologia Intervencionista que oferece diversos tratamentos para sua saúde.
OSTEOARTRITE A embolização de dor crônica inflamatória é o mais recente tratamento oferecido no Invasc. É indicado para pacientes com artrose, osteoartrite, bursites ou tendinites que já fizeram fisioterapia ou infiltração sem melhora e não tem indicação de cirurgia ortopédica. Após uma ressonância, onde se identificam as áreas de inflamação, por cateterismo identificamos essas áreas e diminuímos a circulação na área de inflamação sem mexer na circulação do osso ou das cartilagens, aliviando a dor e melhorando a qualidade de vida. Pode ser realizada no joelho, quadril, ombro, cotovelo e para fasceite plantar, tanto em mulheres quanto em homens.
Rua Capitão Araújo, 297 - 12º andar Ed. Vértice - Passo Fundo RS (54) 3045 3340 contato@invascrs.org www.invasc.med.br @invasc
Entenda como funcionam os Fios de Sustentação Nos últimos anos, diversos procedimentos minimamente invasivos ganharam destaque nos consultórios de cirurgia plástica. Isso porque eles garantem efeitos poderosos sem grandes intervenções e alterações na rotina dos pacientes. Entre esses procedimentos, um dos mais procurados quando se fala em rejuvenescimento facial são os fios de sustentação. Eles são usados, principalmente, para combater a flacidez facial, um processo que acontece com o passar dos anos devido à perda da firmeza da pele. Para explicar o funcionamento desses fios, convidamos o Cirurgião Plástico Dr. Francisco Madalosso de Bittencourt, que responde as principais curiosidades sobre o tema
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O que são fios de sustentação? São filamentos cilíndricos compostos de diversas substâncias. Abordaremos os fios de sustentação compostos por ácido polilático, únicos no mundo com estruturas de fixação em cones 3D que proporcionam a maior estruturação possível. Como eles funcionam? Ao serem colocados nas pacientes, promovem um efeito lifting imediato na face e pescoço, estimulando a produção de colágeno na pele por um período de até 24 meses. Quais são os benefícios que eles trazem? Além de imediatamente reposicionarem os tecidos da face, por conterem o ácido polilático, promovem a restauração do colágeno na pele de forma gradual e natural. Quando a aplicação deles é indicada? Os fios ou suturas de sustentação são indicados quando há necessidade de reposicionamento dos tecidos da face e pescoço. Qualquer pessoa pode colocar fios de sustentação ou é necessário atender a critérios específicos? Não há idade mínima para o procedimento, há apenas algumas condições de saúde que precisam ser discutidas com a paciente. Quais são os cuidados necessários antes e depois da colocação dos fios? Além de profissionais altamente capacitados, já que somente quem teve cursos específicos para esse tipo de tratamento pode fazer a aplicação, é necessário considerar a história de saúde prévia da paciente, por exemplo, alergias aos componentes da fórmula ou doenças pré-existentes. Como é o procedimento de colocação? É necessário anestesia, tempo de recuperação...? A colocação dos fios é ambulatorial, e é feita sob anestesia local apenas nos locais onde o fio será introduzido ou será exteriorizado na pele. Por uma semana poderá haver inchaço local e roxos. O retorno às atividades rotineiras poderá se dar já nessa primeira semana. É possível associar outros procedimentos ao uso dos fios? É possível associarmos aplicação de toxina botulínica ou outros preenchedores, desde que esses não sejam aplicados nas mesmas regiões tratadas pelos fios ou próximas. Pode-se, inclusive, serem aplicados durante procedimentos cirúrgicos menores como na blefaroplastia, por exemplo.
Cirurgião Plástico Especialista SBCP/CFM CREMERS 27895 | RQE 22361 drbittencourt@drbittencourt.med.br (54) 3313.6444 Rua 15 de Novembro, 181 - Sala 02 Passo Fundo/RS
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A IMPORTÂNCIA DOS PRIMEIROS 1000 DIAS DE VIDA A cirurgiã-dentista Alessandra Rech compartilha a visão odontológica sobre o impacto da dieta no desenvolvimento da criança
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a odontologia baseada em evidência científica já está comprovado que o comportamento alimentar é um elemento crucial no desenvolvimento da doença cárie, que tem um único fator causal específico: açúcares livres.
A capacidade de perceber sabores inicia ainda no útero e se aperfeiçoa durante o aleitamento materno, pois tanto o líquido amniótico como o leite materno contêm saborizantes e odores derivados da dieta da mãe, moldando as preferências alimentares precocemente.
O alto consumo de açúcares livres também está relacionado ao sobrepeso, obesidade e ao diabete tipo 2, em crianças e adultos.
Neste sentido um estudo observou que a introdução de um estímulo de sabor doce ao líquido amniótico estimulava a deglutição fetal, enquanto outro estudo observou que a introdução de estímulo amargo, inibia a deglutição fetal.
PREFERÊNCIA E ADAPTAÇÃO AOS SABORES Os primeiros 1000 dias de vida compreendem o período desde a concepção até os 2 anos de idade da criança, sendo 270 dias de gestação + 365 dias do primeiro ano de vida + 365 dias do segundo ano de vida. 46 | contatovip.com.br
Sabendo-se destes conhecimentos as mulheres em início de gestação e as iniciando o aleitamento materno exclusivo devem ser orientadas em relação a adoção de hábitos alimentares saudáveis, com baixo conteúdo de açúcar, para estimular seus filhos a preferência
por sabores diferentes ao açúcar desde o início da vida. Bebês alimentados com fórmulas nos primeiros meses de vida também mostram preferência por sabores de componentes da fórmula. Lactentes alimentados com fórmula infantil a base de leite de vaca apresentam preferência por cereais doces, salgados e azedos. As experiências iniciais com sabores podem moldar preferências precoces, além disso também são fortes indicadores de aceitação ou rejeição de alimentos entre crianças e jovens. Estudos clínicos sugerem que a criança pequena precisa ser exposta a um novo alimento de 6 a 15 vezes antes de observar suas preferências. Os pais e familiares podem restringir o acesso das
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crianças a alimentos ricos em açúcar, sal e gordura no esforço de diminuir a preferência e ingestão deles. A literatura consultada sugere que as crianças são biologicamente preparadas para preferir alimentos doces, salgados e apetitosos, mas felizmente essas preferências sofrem mudanças e são moldadas de acordo com fatores sociais e econômicos. Para concluir sugerimos que a gestante tenha alimentação a mais saudável possível, livre de açúcares; ofereça ao seu filho alimentos in natura, frutas, verduras, faça pratos coloridos livres de conservantes, aditivos e, principalmente, livres de açúcar. Lembre-se você é o que você come... Mantenha a dieta de seu filho livre de açúcares e guloseimas até os dois anos de idade, a saúde agradece!
Cirurgiã Dentista CRO 9989 Carazinho: Rua Cipriano Ribeiro da Luz 106 sala 603 - Centro Carazinho/RS - (54) 3331-4693 | (54) 99175-6146 Soledade: Av. Júlio de Castilhos, 860 - sala 104 Edifício Elise (Consultório Dra. Fátima Borges de Camargo) - (54) 3381-1512 Número pessoal: (54) 99976-4064 alerechodonto@hotmail.com draalessandrarech Atendimento Domiciliar (Home Care) e Atendimento em Ambiente Hospitalar.
Arquitetura a favor da saúde Melhorar as instalações físicas para que as pessoas se sintam melhores. Essa é a ideia principal da arquitetura hospitalar. A qualidade do espaço de uma clínica ou hospital tem importância crucial para a recuperação do paciente, afinal, quanto mais confortável for o local, mais rápido e mais tranquilo tende a ser todo esse processo.
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O escritório atua como um agente facilitador no desenvolvimento de projetos arquitetônicos para implantação, expansão e reforma de estabelecimentos de saúde em todas as suas escalas, desde o desenvolvimento do plano diretor de Estabelecimentos Assistenciais até o completo detalhamento dos ambientes internos. Renata, arquiteta e urbanista formada em 2008 pela Universidade de Passo Fundo, pós-graduada em Arquitetura das unidades de saúde em 2012 pelo IACHS, e mestre em Administração Hospitalar em 2014 - UCES, Buenos Aires. Atua nesta área desde 2012 em aprovações de projeto das mais diversas especialidades. 48 | contatovip.com.br
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Estetic Face inaugura em Passo Fundo
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o dia 13 de março, Passo Fundo deu boas-vindas à Estetic Face, sua mais nova clínica de Harmonização e Estética Facial. Sob a coordenação dos cirurgiões-dentistas Dr. Mauro Lopes e Dra. Andressa Berardi, a clínica oferece mais de 50 procedimentos estéticos como tratamentos de pele para manchas e acne; tratamento com botox, antienvelhecimento e harmonização facial, que engloba toda a parte de preenchimentos. “Os pacientes vão se surpreender pela quantidade de procedimentos que vão encontrar aqui! Na primeira consulta oferecemos um diagnóstico do que o paciente precisa e então damos início aos procedimentos indicados”, destacam. Todos os procedimentos são elaborados e supervisionados por médicos e profissionais altamente qualificados. A clínica é composta por três cirurgiões-dentistas especialistas em harmonização facial, uma biomédica especialista em estética facial e também pela médica responsável da franquia, que monta e supervisiona os protocolos de atendimento. Todos os procedimentos feitos na clínica são procedimentos que já tiveram estudo e comprovação científica, seguindo protocolos internacionais de procedi-
mentos seguros, que têm a garantia de resultados para os pacientes. A Estetic Face é uma franquia de São Paulo e a unidade inaugurada em Passo Fundo foi a primeira do Rio Grande do Sul. “Tivemos a ideia de abrir uma clínica na parte de estética e harmonização facial e entramos em contato com essa franquia. Nos encantamos pela estrutura e pela maneira de como eles formataram o negócio, sem falar de toda a inovação que eles estão trazendo para esse segmento”, contam. A unidade inaugurada em Passo Fundo conta com um espaço de 120m², que dispõe de sala de espera, sala de preparação, salas de procedimento e estacionamento facilitado em frente a clínica. Hoje, a Estetic Face é referência em tecnologia e qualidade, oferecendo aos clientes o que há de melhor em procedimentos estéticos.
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Convivendo com a Doença de Parkinson O dia 11 de abril marca o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. A principal ação dessa conscientização é levar informações para a sociedade, para que consigamos entender e conviver com essa doença que ainda não tem cura, mas que possui tratamento. Quem nos ajuda a esclarecer algumas informações sobre o tema é a médica neurologista Dra. Isabel Cristina Rockenbach, que respondeu esta entrevista. Quais são os sintomas que caracterizam a Doença de Parkinson? A síndrome Parkinsoniana ou parkinsonismo é um dos mais frequentes tipos de distúrbio do movimento e apresenta-se com 4 componentes básicos: acinesia/bradicinesia (lentificação dos movimentos), rigidez, tremor e instabilidade postural. O Diagnóstico da Doença de Parkinson depende da presença desses sinais motores, no entanto, sabe-se hoje em dia que no momento em que os sinais motores ultrapassam o limiar da detecção clínica, já há uma considerável lesão da substância nigra (grupo de neurônios específicos, localizados no mesencéfalo que são responsáveis pela síntese e regulação da liberação de dopamina para o cérebro). 50 | contatovip.com.br
Existe uma idade média em que as pessoas costumam manifestar a doença? O início da doença ocorre geralmente por volta dos 60 anos de idade, acometendo ambos sexos e diferentes raças. Estima-se que a prevalência da doença de Parkinson seja em torno de 100 a 150 indivíduos afetados em cada 100.000 habitantes. De que forma a doença se desenvolve? Embora a doença se manifeste por volta dos sessenta anos, diversos estudos utilizando diversas abordagens metodológicas já demonstraram que a degeneração dos neurônios da substancia nigra está presente até 5 anos antes do início dos sintomas motores. O que de-
sencadeia a degeneração desses neurônios, bem como o processo pelo qual ela progride ainda é território obscuro. Existem evidências da participação de uma série mecanismos como por exemplo: estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais, alguns fatores ambientais, fatores genéticos, mas nenhum deles parece ser sozinho responsável pela doença. Muito provavelmente trata-se de doença de causa multifatorial. Como é a sua progressão ao longo dos anos? A Doença de Parkinson tem caráter progressivo e é incurável até o momento. A evolução, entretanto, varia muito de paciente para paciente. Há casos de pacientes com 20 anos de evolu-
ção dos sintomas, e embora tenha havido progressão ao longo do tempo, quase não há incapacitação física ou complicações de fase avançada. Por outro lado há pacientes que com 1 ou 2 anos de diagnóstico da doença apresentam grave incapacidade motora e demência. Em média pode-se dizer que os pacientes permanecem bem, com poucos sintomas por 4 a 5 anos após o diagnóstico, quando podem começar algumas complicações. A partir de 10 anos de doença aumenta muito o risco de demência e de declínio motor aumentando o nível de dependência do paciente. Como é feito o tratamento da Doença de Parkinson? A Levodopa segue sendo a principal forma de tratamento da doença de Parkinson desde o seu lançamento comercial na década de 60. Os outros fármacos disponíveis não têm a mesma eficácia que a levodopa, no entanto, tem sua utilidade nas diferentes fases da doença de Parkinson, inclusive reduzindo a dose necessária da levodopa e diminuindo as flutuações motoras. Uma vez feito o diagnóstico, intervir farmacologicamente de maneira precoce parece fazer a diferença na evolução da doença. Não existe uma fórmula pronta e acabada para se estabelecer um tratamento padrão para cada fase da doença. Não existe esquema terapêutico certo ou errado para o parkinsoniano. A principal indicação do tratamento cirúrgico é para os casos em que ocorrem complicações motoras de longo prazo apesar da melhor combinação de drogas. As melhoras nas técnicas cirúrgicas e na qualidade dos estimuladores
empregados nas cirurgias para tratamento da DP tem ampliado sua gama de indicações. Mas é importante lembrar que a cirurgia não para a progressão da doença, apenas alivia os sintomas, especialmente para os pacientes que apresentam tremor muito importante. Como é possivel aliviar os efeitos da doença na qualidade de vida do paciente? Manter o paciente ativo pelo maior período de tempo possível, estimular a independência enquanto possível, tratar os sintomas neuropsiquiátricos associados à patologia (sintomas depressivos principalmente). Estimular o paciente a se manter envolvido com o tratamento, fazendo com que o mesmo mantenha diários dos sintomas. Atividade física orientada nas mais diferentes modalidades, conforme as aptidões e gosto do paciente. Adaptação de atividades simples para promover maior independência do paciente.
apresentam na forma pré-clínica, ou seja, na forma em que os sintomas motores ainda não são suficientes para se fechar o diagnóstico, existem vários estudos apontando para algumas possíveis abordagens terapêuticas: uso de fatores neurotroficos gliais, uso de drogas bloqueadoras do cálcio, drogas de ação imunomoduladora/ antinflamatória, antagonistas de receptores da adenosina A2a, drogas antiglutamatérgicas. No entanto ainda são estudos experimentais e não disponíveis até o momento para uso comercial, por não haver estudos suficientes que indiquem benefício inequívoco.
Quais os profissionais que devem estar envolvidos no tratamento? Médicos Neurologistas, Educadores físicos, Fisioterapeutas, Terapeutas ocupacionais, Psicólogos, Fonoaudiólogos. Há alguma coisa que se possa fazer para evitar o aparecimento da Doença de Parkinson? Infelizmente, no conhecimento médico atual não existem tratamentos indicados para prevenção primária (populacional) da doença de Parkinson. Para os pacientes que se
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MARKETING DE SAÚDE
´ foco no conteudo! A La Idea Comunicação fala sobre a importância da criação de conteúdo para divulgar o trabalho de profissionais da saúde e informar corretamente a população
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ada vez mais os profissionais da saúde percebem a importância de se posicionar através dos diferentes canais de comunicação. Muito além de divulgar o seu trabalho, eles têm percebido que podem contribuir com a qualidade de vida da população, levando informações que são relevantes para o seu dia a dia. Nesse sentido, cresce também a busca pelo trabalho de agências de comunicação como a La Idea, especializada na criação visual e gerenciamento de mídias sociais de empresas e profissionais autônomos. Segundo a gestora Débora Finger, é necessário pensar em diversos fatores para trabalhar de forma eficaz a comunicação dentro da área da saúde. “Não vendemos um serviço ou uma consulta, mas sim a autoridade daquele profissional, através da comunicação de uma informação correta e verossímil, trabalhando sempre dentro da ética e respeitando a legislação. Dessa forma, privilegiamos a gestão do conteúdo”, explica. Quando um profissional da saúde procura a agência, a primeira coisa a ser feita é uma reunião, onde são definidos os interesses do profissional e demonstradas as primeiras propostas da equipe para essa comunicação. “Depois desse briefing, montamos o planejamento da comunicação para um ano e, ao longo desse período, vamos incluindo novidades e adequando as estratégias para as situações necessárias”, destaca a equipe. Um dos pontos mais trabalhados é a imagem do profissional. Através de um estudo, percebe-se de que forma ele pode contribuir com a comunidade para então escolher os meios de comunicação mais efetivos para trabalhar o seu conteúdo.
Dicas La Idea: A equipe La Idea acredita que uma boa comunicação não é feita através da quantidade, mas sim através da qualidade do conteúdo divulgado, em que o assunto é relevante, a informação é clara, a imagem é adequada e todo o conjunto é eficiente para atingir o público do profissional. “Nossa equipe é formada em comunicação e também contamos com o trabalho de fotógrafos, programadores e demais profissionais que são referência em seu trabalho para entregar as melhores soluções aos nossos clientes”, ressaltam. A seguir você confere algumas dicas valiosas para profissionais da área da saúde que o
Rua Roberto Schaan, 225 Morada da Colina - Passo Fundo/RS (54) 3046 0030 (54)99963.1168
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time da La Idea compartilhou: “Nas redes sociais, não misture o seu perfil pessoal com o seu perfil profissional!” - Débora “Interaja com os seus pacientes quando eles mandam mensagens e perguntas” - Felipe “Mantenha a sua página atualizada com uma frequência adequada” – Guilherme “Compartilhe as suas atualizações profissionais e as novidades da sua área. Isso traz muita credibilidade!” - Mariana “Cuidado com a linguagem! Não use termos muito técnicos, procure adaptar a sua comunicação para uma linguagem que seja facilmente compreendida pelos pacientes” Claudia
laideacomunicacao@gmail.com laideacomunicacao.com
Dr. Guilherme Marx é natural de Santa Catarina. Fez sua formação em Medicina na Universidade de Passo Fundo, Residência em Cirurgia Geral no Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo e Residência em Urologia no Grupo Hospital Conceição, de Porto Alegre. Hoje atende em seu consultório nas cidades de Carazinho e Não-MeToque, nas áreas de: • Uro-Oncologia (câncer de Próstata, Bexiga, Rins) • Litíase Urinária (cálculos) • Endourologia • Videocirurgia Urológica • Andrologia (infertilidade, impotência, disfunção erétil) Dr. Guilherme Marx | Urologista | CRM 38582 | RQE 36629
Carazinho Edifício Mont’Serrat Av. Pátria, 761 - Sala 501 Carazinho/RS (54) 3329-2534 (54) 99704-2222
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Tire suas dúvidas sobre a Lipoabdominoplastia Convidamos o Cirurgião Plástico Dr. Daniel Ribeiro Lopes para responder as dúvidas mais frequentes sobre o procedimento de Lipoabdominoplastia – uma das cirurgias mais procuradas por quem busca eliminar o excesso de gordura e acabar com as sobras de pele na região do abdome No que consiste o procedimento de Lipoabdominoplastia? Qual é a diferença entre esse procedimento e os procedimentos de lipoaspiração e abdominoplastia? A região abdominal é uma das áreas mais tratadas pela cirurgia plástica. É frequente, por parte dos pacientes, o desejo de melhora da parede abdominal após gestações ou alterações de peso, incluindo a correção do afastamento dos músculos retos abdominais e a reparação de hérnias 54 | contatovip.com.br
ventrais. A abdominoplastia promove a remoção do excesso de pele e a correção da flacidez muscular no abdome. A lipoabdominoplastia combina a lipoaspiração abdominal completa e a abdominoplastia no mesmo procedimento cirúrgico, promovendo os benefícios de ambas as técnicas. Para quem a Lipoabdominoplastia é indicada? A técnica é indicada para pacientes que
apresentam acúmulo de gordura abdominal não visceral, flacidez, excesso de pele abdominal e diástase dos músculos retos abdominais. Qualquer pessoa pode optar por realizar esse procedimento ou existe alguma contraindicação? É indispensável a avaliação pré-operatória pelo Cirurgião Plástico para verificar as condições de saúde do paciente, assim como as suas indicações para a cirurgia. Pacientes fumantes devem evitar este
procedimento, pois apresentam um risco maior de necrose cutânea, em comparação com pacientes não fumantes. Ou seja, se o paciente é fumante, terá 2 benefícios em abandonar o tabagismo: poderá submeter-se à cirurgia, que traz grandes benefícios à funcionalidade e estética do abdome e ainda terá enormes benefícios em relação à sua saúde geral.
evitando-se alimentos que gerem acúmulo de gases. É essencial que seja utilizada malha de compressão por pelo menos 30 dias. As drenagens linfáticas também são indispensáveis e iniciam, em geral, a partir do 4º dia de pós-operatório.
Depois de quanto tempo após a cirurgia é possível perceber os resultados?
Essa cirurgia deixa alguma cicatriz?
De que formas o paciente deve se preparar antes da cirurgia?
Sim, a cicatriz da lipoabdominoplastia localiza-se horizontalmente logo acima da implantação dos pelos pubianos, estendendo-se lateralmente e será maior ou menor dependendo do volume de excesso cutâneo a ser corrigido. A cicatriz é posicionada com o objetivo de ficar sob as roupas de banho.
Quais são os cuidados que o paciente precisa manter após a cirurgia?
O paciente deve evitar refeições pesadas e consumo de bebidas alcoólicas no dia anterior à cirurgia, assim como respeitar o jejum de 8 horas antes do procedimento. Algumas medicações devem ter seu uso suspenso. Todos esses aspectos serão avaliados pelo cirurgião, que orientará o paciente.
Geralmente, o resultado final é percebido após um período de 12 meses.
O paciente deve evitar fazer esforços e erguer peso por pelo menos 30 dias, retomando as atividades físicas gradualmente conforme a liberação médica. Deve comparecer a todas as revisões pós-operatórias e manter contato com seu cirurgião sempre que dúvidas surgirem. FOTO | DANIEL TATSCH
Como é processo pós-operatório e a recuperação do paciente? O paciente poderá sentir dores e desconforto nos primeiros dias, que costumam ser aliviados com analgésicos. Não será possível ficar totalmente ereto nos primeiros dias, mesmo assim é importante fazer pequenas caminhadas dentro de casa. A alimentação pode ser normal, apenas
A lipoabdominoplastia combina a lipoaspiração abdominal completa e a abdominoplastia no mesmo procedimento cirúrgico, promovendo os benefícios de ambas as técnicas." Cirurgião Plástico | CRM 33.481 | RQE 34.958 Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Passo Fundo | Rua Capitão Araújo, 297 – Sala 1003 – Ed. Vértice (54) 3632.3921 | (54) 99138.3725 Porto Alegre | Av. Dr. Nilo Peçanha, 2825 - Sala 1403 | (51) 2111.1017
FOTO | CLAUDINE REINEHR
Proporcionar bem-estar aos seus pacientes é o foco do Cirurgião-Dentista Afonso Cristiano Fleck da Silva. Especialista em Endodontia (tratamento de canal), atua com protocolos modernos, utilizando instrumentos mecanizados, substâncias químicas atuais e a ativação ultrassônica dos agentes desinfectantes. “Trabalho, na maioria das vezes, no tratamento da dor dos pacientes, o que inspira maior empatia e cuidado com a pessoa. Por isso, procuro realizar sessões mais curtas e, portanto, menos estressantes. As substâncias químicas intracanal que utilizo não são irritantes aos tecidos e, dessa forma, dificilmente temos problemas e dor pós-operatória. Além disso, o uso de sistemas rotatórios e reciprocantes que emprego no tratamento, proporcionam eficiência e agilidade”, destaca Afonso. Além de endodontista, Afonso atua em Clínica Geral, realizando procedimentos clínicos como restaurações, profilaxias, extrações e próteses dentárias. O consultório está localizado na Rua Alexandre da Motta, 943, sala 107, em Carazinho.
Camila começou a maquiar como hobby em 2014 - e em questão de um mês a notícia se espalhou e os seus sábados ficaram lotados com agendamentos. Ela então decidiu se aperfeiçoar, investir em produtos, cursos e fazer do seu hobby um trabalho sério. Segundo ela, o uso de produtos de qualidade faz toda a diferença na durabilidade da maquiagem. “Adoro as mensagens que recebo do pós-festa das minhas clientes, contando que chegaram em casa com a make intacta. Isso é uma coisa que não abro mão: qualidade!”, ressalta. Além disso, uma boa make precisa ter harmonia entre as cores e entre o rosto da pessoa, levando em conta formato e tom da pele. Camila acredita que a arte de maquiar pode ser aprendida por todo mundo, mas que quando se tem um dom o resultado é diferente. “Agradeço imensamente por ter nascido com esse dom e poder trabalhar com o que amo!”.
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Afonso Cristiano Fleck da Silva Cirurgião Dentista | CRO-RS 22.398 Clínico Geral e Especialista em Endodontia (54) 99907.0295 /AfonsoFleck afonso_fleck@hotmail.com Rua Alexandre da Motta, 943 Sala 107 - Carazinho/RS
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Airton Rodrigues
Especialista em Ombro e Artroscopia CRM 22070
Atende: HO, COT
PREVENÇÃO: O CAMINHO PARA EVITAR UM DESASTRE
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ossa realidade mudou bastante nas últimas semanas. As alterações trazidas neste momento pela pandemia da COVID 19 (Corona Virus Disease 2019) são intensas e geram reflexos em todos os aspectos da sociedade. Embora a ação direta deste vírus seja muito mais relacionada ao Sistema Respiratório, há grande interesse de todas as especialidades médicas no seu estudo, construindo uma melhor abordagem a ele. Na prática ortopédica o que observamos é uma atenção ainda maior à prevenção das lesões. Sabemos que fraturas, luxações, lesões tendíneas, entre outros, podem fazer necessária a internação hospitalar, bem como a realização de procedimento cirúrgico. Na fase em que nos encontramos, no mês de abril, com um número crescente de casos, devemos tomar todos os cuidados para evitarmos esse tipo de lesões, incluindo aí uma atenção especial a um grupo de indivíduos que está sob risco nessa pandemia: os idosos. Nestes casos, todos aqueles cuidados já conhecidos com relação a evitar as quedas devem ser redobrados, como por exemplo: • Eliminar obstáculos do chão (tapetes, fios, outros objetos);
Dr. Francisco José dos Santos Neto CREERS 19218
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Dr. Eder Menegassi Martel CREMERS 28711
Atende: HO e MOT • Instalar suportes e corrimãos, especialmente no banheiro e no quarto; • Uso de sapatos com sola antiderrapante; • Iluminação adequada da casa; • Evitar consumo de bebida alcoólica; • Atenção especial aos medicamentos, respeitando o horário correto do uso. Outro grupo de indivíduos que também deve ter um cuidado especial são as crianças, objetivando reduzir a possibilidade de quedas e traumas maiores, cabendo aos adultos uma supervisão mais próxima. Para estes a recomendação é de evitar aquelas atividades que possam colocá-lo sob um risco desnecessário, como subir no telhado, utilizar máquinas pesadas, fazer esportes radicais, entre outros.
Marcos Monteiro da Cunha de Souza
Ortopedia e Traumatologia Cirurgia do Ombro e Cotovelo CRM 37496
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Como sempre, a prevenção é a melhor opção, evitando assim complicações desnecessárias que possam trazer grande prejuízo ao paciente. Ressaltamos ainda que estamos todos à disposição para o atendimento e a retirada de dúvida de pacientes que apresentem sintomas ortopédicos, evitando assim que o paciente dirija-se até um hospital geral, onde a atenção maior, neste momento, se dá para a COVID19 e, dessa forma, diminuindo a sua possibilidade de contaminação.
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EXCLUSÃO DIGITAL: A DOR DOS NEGÓCIOS NÃO DIGITALIZADOS
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m tempos de distanciamento social, nunca antes enfrentados, adaptar os negócios ao digital foi com certeza um dos maiores questionamentos dos últimos dias. Ares arrependidos de quem sempre foi avesso as redes sociais ou não dava a elas tanta importância, fazem parte dos meus dias. Para alguns profissionais a venda física de produtos ou serviços sempre deu conta –e muito bem– de manter o fôlego financeiro e o tomar de susto dos atuais tempos de isolamento e abrupto distanciamento dos clientes têm tirado o sono de muitos empreendedores.
A área da saúde de um modo geral têm se desenhado receptiva as atuais tecnologias, porém alguns médicos, mais tradicionais, mostravam-se um tanto mais resistentes a produzirem conteúdos “instagramáveis”, eram preconceituosos aos stories informais frutos do dia a dia clínico e talvez “corressem longe” ao serem sugestionados a gravarem vídeos levando a público dicas de suas especialidades. Comportamentos compreensíveis, em profissão onde a ética, o sigilo e o regimento de rígidos conselhos sempre pautou o modus operandi de seu marketing. Postura que modulou alguns comportamentos totalmente avessos a quaisquer aparições, com o medo de parecerem fútil, desesperado, inadequado ou -como muito escuto- “blogueiro demais”. Como Publicitária que atua em segmentos variados, mas que têm como cartela de clientes em principal médicos, dentistas, psicólogos e nutricionistas, me permito trazer aqui, não fórmulas, mas apontamentos para reflexões sobre os novos rumos do Marketing e, como cidadã, contribuir com meus conhecimentos em um período onde a transparência, o altruísmo e a solidariedade são premissas para manter-se no mercado. São eles:
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1- Não pense que utilizar redes sociais é ter um negócio digitalizado. Ter redes sociais pode lhe auxiliar apenas em dois frontes: 1. Gerar empatia com seu público na medida que o ajuda com conteúdos relevantes e mostra seu lado mais humano. 2. Faz-se o começo de um funil de vendas para captação de dados de contato, agendamentos e pré-vendas. 2 - Agências de marketing e designers que lhe entregam apenas posts não fazem seu negócio ser digital. Aqui cabe uma correção epistemológica: Designer diagrama. Social media pensa em estratégia. Fazer artes gráficas esteticamente atrativas não significa estar sendo digital. Gerar empatia, credibilidade e vender no online parte de estratégias de conteúdo, compreensão de gatilhos mentais para copy (legendas) e direcionamento dessas postagens para ações através do gerenciador de negócios do Facebook (a monetização dessas postagens com filtros corretos aplicados em relação a dados geográficos, sociais e o desenho da sua persona (seu potencial cliente). Após isso, é necessário um olhar apurado sobre os gráficos de engajamento de cada publicação e a sugestão de tomada de decisões estratégicas em outros âmbitos para além de posts. Exemplos: Aliar-se a micro influenciadores digitais locais, trazer elementos de vida pessoal para o feed, criar oportunidades pautadas em datas comemorativas, meses temáticos; Orientar sobre as postagens com maior potencial para que “mereçam” ser patrocinadas; Estimular os próprios pacientes a de algum modo fazerem o marketing do profissional em postagens pessoais, de forma a não conflitar as diretrizes dos conselhos, etc. A prática nos ensina: que quem cuida do Marketing
Digital precisa ser mais estrategista do que o próprio dono do negócio. 3 - Conteúdo inteligente é conteúdo contextualizado. Em tempos de prevenção nunca vimos tantos conteúdos orientando sobre como lavar as mãos e o uso do álcool em gel. Relevantes sim, mas iguais por todos os lados. É momento de pensar: Como o meu negócio ou a minha especialidade conversa com o cenário atual. Como um nutricionista pode ajudar para que a quarentena não resulte em pessoas com sobrepeso, como um psicólogo pode manter sua audiência mentalmente mais saudável, como um pediatra pode desmistificar temores dos pais ou ainda sugerir atividades divertidas para as famílias. Geriatras, cirurgiões plásticos, dentistas, como todos estão lidando com suas rotinas e como se adaptaram para desenvolver a economia (quem tem grupo de colaboradores e conseguiu mantê-los até aqui, pensando em famílias, antecipando férias, ajustando a rotina de trabalho... Traga por favor esse bom testemunho para sua audiência, mostre seu lado humano e social, as pessoas estão sedentas de boas notícias). 4- Não tema parecer oportunista ao aparecer apenas agora no digital. Nunca teve rede social ou mesmo tendo nunca deu dicas, gravou vídeos ou mostrou algo mais pessoal? Ninguém vai te achar oportunista ou desesperado. Preocupe-se menos. O espírito de coletividade e seu desejo genuíno de ajudar e trazer conhecimentos contextualizados da sua área sem necessariamente vender nada, ajudará sua audiência a enxergá-lo apenas com bons olhos. Tendo espaço após isso para vendas de ebooks, cursos ou consultas online ou quaisquer estratégias que tenha avaliado (preferencialmente sob
Profissionais da saúde, mais tradicionais, mostravam-se resistentes a produzirem conteúdos “instagramáveis”, eram preconceituosos aos stories informais frutos do dia a dia clínico e talvez “corressem longe” ao serem sugestionados a gravar vídeos (...) com medo de parecerem inadequados ou, como muito escuto, “ser blogueiro demais.” a consultoria de um social media e atento às especificações de seu conselho de categoria), isso vêm apenas de encontro ao momento atual -que todos estamos- de adaptação, de remodelagem de negócios. Aproveita quem quer, compra quem precisa. 5- Pense no todo, não apenas nas Redes Sociais. Uma rede social se não bem programada e automatizada, por si só não é capaz de gerar cadastros e muito menos vendas. Muitas páginas de captura de leads não se estruturam sem um site ou o auxílio de email marketing. Vendas online não acontecem sem a mediação de plataformas automatizadas de pagamento. Conteúdos relevantes e bem acabados não nascem de marcas sem identidade visual. Tudo faz parte de um conjunto. Talvez você precise começar do zero, talvez precise adaptar-se apenas com o que
tem agora, mas o importante é começar. A temida “exclusão digital” não acontecerá em 2050. Ela acontece hoje. Não espere “ver para crer” e perceber que está obsoleto. Em poucos dias de quarentena muitos já se viram nessa condição. E por fim, como último conselho, é momento de ser AMIGO. De estar ao lado daquele que está do outro lado da tela do telefone ou do computador e que pode estar emocionalmente mais fragilizado. Você com seu conteúdo pode ser o alento, o otimismo, o entretenimento e a informação de qualidade que mudará o dia, o pensamento, a motivação e a vida de alguém. Quando tudo isso acabar, tenha certeza que seus potenciais pacientes terão mais empatia por você do que pelo seu concorrente, que optou em se omitir. As pessoas comuns já são digitalizadas. Agora são os negócios que precisam correr atrás das pessoas.
Ionara Lermen Publicitária e Jornalista. Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC- SP). Especialista em Marketing Médico e Criação para Multimídias (Anhembi Morumbi-SP). Sócia-Proprietária da Agência de Publicidade Io Mídia. Professora de pós-graduação. Autora da coleção de livros didáticos Crescendo no Saber.
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Quando nos conscientizamos as peças se encaixam O dia 2 de abril é lembrado como o dia mundial da conscientização sobre o autismo. Por isso, nessa reportagem te convidamos para saber mais sobre o tema
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m dos símbolos do autismo é o quebra-cabeças. Ele foi escolhido por representar toda a complexidade do autismo e seus diferentes espectros que se encaixam formando o TEA - Transtorno do Espectro Autista. O logotipo da peça de quebra-cabeça simboliza a ideia de que pessoas autistas são difíceis de compreender (como um quebra-cabeça) e que a “cura” para o autismo é a peça que falta. Em 2007 a ONU estabeleceu o dia 02 de abril como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo com o objetivo de difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas que possuem esse transtorno do neurodesenvolvimento. Para a fonoaudióloga Camila Rosseto Ludwig, essa data é uma oportunidade para difundirmos o conhecimento, principalmente a respeito da importância do diagnóstico e intervenção precoces, pois quanto mais rápido os traços de TEA forem identificados, mais rapidamente será iniciada a estimulação e mais efetivos serão os ganhos no desenvolvimento dessa criança. “Caso contrário, pode-se perder as “janelas de oportunidades” do cérebro das crianças advindas da neuroplasticidade e algumas habilidades não poderão mais ser alcançadas. Além disso, a disseminação do conhecimento nos ajuda a mostrar à sociedade que esse público pode ter o seu espaço no mercado de trabalho, nas universidades, nas escolas, nos grupos sociais e em outros lugares que pessoas não autistas já conquis-
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taram”, complementa. O Autismo se caracteriza por transtornos que compartilham déficits significativos na interação social. Conforme explica a neuropsicopedagoga Celsoni Luiza Danieli, a característica principal desse transtorno é uma tríade de prejuízos qualitativos nas habilidades de interação social, nas habilidades de comunicação e padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades. “Existem diferentes graus de comportamento nas crianças com autismo, pois, na verdade, o que existe, é um espectro autístico, em que o autismo ainda é considerado o principal transtorno. Segundo o DSM-V- o TEA pode ser classificado em: Grau Leve (Nível 1); Grau Moderado (Nível 2); e Grau Severo (Nível 3). Os graus estão relacionados à quantidade de apoio necessária para contemplar as necessidades de cada um, considerando as dificuldades na comunicação, nos interesses restritos e comportamentos repetitivos”, explica. Celsoni destaca que, assim como a origem do autismo é desconhecida, a terapêutica também não tem uma linha definida e eficaz. “O que pode ser feito é um tratamento especializado, que prepara a criança para um convívio social. É importante um trabalho multidisciplinar, que envolva profissionais como psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos. Também é preciso um regime educacional extremo e cuidadosamente ajustado, de progressão muito suave, que não faça nenhum avanço até que seu fundamento esteja intensamente estabilizado”, orienta.
Camila Rosseto Ludwig Fonoaudiólog a Infantil – CRFa7 9059 Especialização em Fonoaudiologia (UFRGS). Coordenadora do Projeto Inspirar Autismo. Sócia/Proprietária da Espaço Singular – Desenvolvimento Infantil.
Celsoni Luiza Danieli Psicopedagoga/Neuropsicopedagoga
Para Celsoni, não há nenhuma dúvida de que nem todas as crianças autistas podem ser beneficiadas da integração escolar, pois essa inclusão requer que a criança disponha de um mínimo de capacidades intelectuais, sensoriais e motoras. A maioria das crianças autistas precisa de supervisão a vida toda, pois o transtorno está associado às disfunções cerebrais ou cognitivas sérias que aparecem desde os primeiros anos de vida. Porém, é sempre possível incentivar o seu desenvolvimento através de um processo de aprendizagem que se adapte a ela. “Esse é um processo com significados e com muito afeto e sensibilidade, onde são desenvolvidas diferentes abordagens de ensino com inúmeros programas. Um currículo efetivo e individualizado, que inclui tanto objetivos observáveis como metas dentro de um contexto de uma visão de mais longo prazo para a criança. É importante enfatizar que cada proposta deve-se adaptar à criança e vice-versa”, comenta.
Desenvolvendo a comunicação
Desenvolvendo a aprendizagem
O fonoaudiólogo é visto como profissional fundamental na equipe no tratamento das crianças com TEA. De acordo com o Conselho de Pesquisa Norte-Americano a Terapia Fonoaudiológica vem em primeiro lugar no eixo de intervenção nos Transtornos do Espectro do Autismo. O tratamento fonoaudiológico precoce contribui significativamente para amenizar os déficits nas habilidades cognitivas, comunicativas e interacionais dos indivíduos que se encontram dentro do espectro e consequentemente os quadros comportamentais também acabam melhorando. Segundo a fonoaudióloga Camila Rosseto Ludwig, o acompanhamento fonoaudiológico nesses casos inicia quão logo sejam percebidos os primeiros sinais de atrasos no neurodesenvolvimento e devem se estender até que os déficits sejam observados. “Ao se comunicar com crianças com autismo, em primeiro lugar, certifique-se de que a atenção dela está em você. Se for necessário coloque-se na mesma altura dela. Utilize frases curtas e linguagem simples. Para atrair sua atenção procure falar sobre assuntos de seu interesse. Utilize recursos visuais, como desenhos e figuras. Evite utilizar linguagem figurada como metáforas ou frases com duplo sentido. Permita que a criança tenha mais tempo para processar as informações”, indica.
Segundo Camila, a família é o centro de qualquer intervenção em autismo, pois é aonde a criança possui seus vínculos mais fortes e onde passa a maior parte do seu tempo. Dessa forma, é muito importante que os familiares estejam engajados no processo terapêutico e que aproveitem ao máximo as situações do dia a dia para estimularem de forma prazerosa a criança em suas mais diversas áreas. “Os pais podem ajudar e muito no tratamento, especialmente quando se conectam com os profissionais que ajudam seus filhos. Estabelecer um diálogo positivo ajuda a entender melhor o que acontece e como saber como lidar com sintomas, o que esperar de dificuldades durante o tratamento e quais adaptações que talvez sejam necessárias à rotina da família”, ressalta. Celsoni complementa que, devido a dificuldade dos pais em relatar de modo confiável o desenvolvimento dos seus filhos (por não terem um olhar experiente e por não estarem atentos aos marcadores do autismo) seria de grande proveito o uso de vídeos familiares, pois assim seria mais preciso distinguir diferenças quantitativas e qualitativas, relacionados com a orientação ao estímulo social, contato ocular e atenção compartilhada, entre outros. A partir da compreensão daquilo que é esperado de uma criança autista típica seria possível pensar naquilo que o autista não apresenta e quais seriam as consequências dessas faltas. “Os pais e familiares tem o papel particularmente importante em ajudar e generalizar as competências para outras situações isto é, ajudar a criança a aprender usar em outros contextos o que ela aprende”.
O papel da família
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SERVIÇO DE HEMOTERAPIA DO HSVP COMEMORA 9 ANOS E LANÇA CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SANGUE
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o mês de março, o Hospital São Vicente de Paulo comemorou o aniversário de nove anos do Serviço de Hemoterapia. O Serviço está em funcionamento desde março de 2011, e atua com uma equipe multidisciplinar composta por médicos hematologistas e hemoterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, biólogos, bioquímico-farmacêuticos, biomédicos, assistente social, auxiliares de banco de sangue, pessoal administrativo e técnicas de nutrição. De lá para cá o trabalho cresceu e se desenvolveu muito, mas ainda é preciso conscientizar a comunidade sobre a importância da doação de sangue. Por isso, neste ano, foi lançada a campanha que tem como símbolo um trevo de quatro folhas – e que chama a atenção para a doação de sangues raros. Segundo o boletim informativo do Serviço de Hemoterapia, o trevo foi escolhido para ser o símbolo da campanha pela sua raridade, afinal, os trevos geralmente possuem três folhas e a quarta folha é o resultado de uma mutação rara: apenas 1 em 10.000 trevos tem quatro folhas. Essa característica também é associada ao nosso sangue, que também é precioso e raro, já que dependemos da generosidade de uma pessoa para ser doado e oferecido aos pacientes que precisam.
Segundo a Hematologista e Responsável Técnica do Serviço de Hemoterapia, Dra. Cristiane Rodrigues de Araújo, os tipos sanguíneos mais importantes são: A, B, AB e O, que se subdividem em Rh positivo (+) e negativo (-). Dentre esses grupos sanguíneos, ainda existem outras especificidades que determinam qual sangue podemos receber em caso de uma transfusão. Em geral conhecemos apenas as expressões sobre grupo sanguíneo “classificação ABO e RhD”, contudo, existem na atualidade mais de 36 sistemas de grupos sanguíneos sendo os citados
envolvidos na imuno-hematologia básica. Esses grupos são chamados de “sangue raro”, e assim como os trevos, são difíceis de serem encontrados. Desde 2017, o Serviço de Hemoterapia do HSVP intensificou os estudos e trabalhos nessa área e em 2020, para destacar o tema, explicar e reforçar ainda mais a importância da doação de sangue para a comunidade, lança a campanha “Quando não existe doador, todo o sangue é raro!”. A campanha ajuda a intensificar a discussão e também evidencia todos os grupos sanguíneos e o valor do gesto de doar sangue.
54 3601-5114 | 54 99191-0720 samoabeleza@gmail.com Rua Lava Pés, nº 1155 (Em frente ao Villa Vergueiro Hotel) Centro – Passo Fundo/RS /SamoaEspaçodeBeleza
Estética Corporal
Estética Facial
• Gordura localizada; • Flacidez; • Celulite; • Estrias; • Manthus; • Radiofrequência; • Ultrassom focalizado; • Pré e pós-operatório; • Massagem relaxante; • Massagem terapêutica; • Pedras quentes; • Luz pulsada; • Drenagem linfática manual; • Banho de Lua; • Jet Bronze.
• Depilação egípcia; • Limpeza de pele; • Revitalização; • Hidratação; • Design de sobrancelhas; • Henna; • Micropigmentação (estética e paramédica);
• Peeling quimicos; • Maquiagens; • Cílios fio a fio e tufos; • Rejuvenescimento; • Tratamento manchas; • Tratamento acne; • Tratamento flacidez; • Microagulhamento; • Radiofrequência; • Ultrassom focalizado; • Pré e pós operatório; • Drenagem linfática; • Lipo Enzimática de papada; • Toxina Butulínica; • Preenchimento com ácido Hialurônico.
Outros serviços • Colorimetria (combinações, composições e neutralizações de cores e contraste). • Cortes (Masculino, feminino e infantil)
• Os mais variados tipos de tratamento como, por exemplo, o butox capilar tratamento que sela a cutícula e repõe a massa perdida dos fios por agentes externos como sol e poluição. Com esse preenchimento, a raiz e as pontas ficam com a mesma espessura, eliminando pontas duplas, os arrepiados e o volume do cabelo.
• Mega Hair. • Manicure e pedicure. • Alongamento de unhas (fibra, gel e envelopamento).
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