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JAMILA WISÓSKI
MOYSÉS ETCHEZAR Uma conversa sobre advocacia e maternidade
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Ela é advogada, professora universitária e mãe. Nessa reportagem Jamila fala sobre o amor, a responsabilidade e a dedicação que tem em cada um desses papéis
Apaixão de Jamila pelo Direito veio de berço. Sua família tem escritório jurídico em Passo Fundo há mais de 40 anos, sendo que grande parte exerce a profissão de advogado. “Lembro que antes mesmo de entrar para faculdade já ajudava meu pai e meu irmão no escritório. Com certeza, isso facilitou muito minha vida no momento de eleger a profissão e de iniciar a minha traje tória profissional”, conta. Na faculdade, ela aproveitou ao máximo para fazer estágios em alguns órgãos públicos, como por exemplo: na Advocacia Geral da União e na Justiça Federal, para ver como funcionavam e aprender mais sobre o sistema jurídico. “Nesse período aprendi muitas coisas que vão além do processo em si e fiz grandes amizades que levo até hoje”, comenta.
Após a formatura em Direito, Jamila decidiu se especializar para ingressar na docência, para isso fez especialização em Direito do Trabalho e Previdenciário, na Universidade de Santa Cruz do Sul, após ficou um período de quatro anos de es tudos na Itália (mestrado e doutorado) e na volta realizou um mestrado no Brasil. “Esse período de estudos me forneceu uma base sólida para advogar e lecionar com maior segurança. Lembrando que, como o direito é uma ciência que está em constante modificação, é necessário estar sempre em busca de novos cursos e especializações para se manter atualiza do”, destaca. A docência é um sonho de infância para Jamila e proporciona a ela uma grande satisfação pessoal. “Ensinar é mais um prazer do que propriamente um trabalho. Me permite estar em contato permanente com os alunos ávidos de co nhecimentos e consequentemente exige que eu esteja em constante atualização para atender as exigências da academia”.
Jamila exerce suas atividades no escritório Amarante & Moysés Adv. Assoc., escritório familiar em funcionamento desde 1977 e é professora de Direito nas Faculdades João Paulo II e na Faculdade Anhanguera de Passo Fundo/RS; partici pa também como membro da Comissão dos Advogados Trabalhistas, da Comis são da Mulher Advogada e da Comissão de Gestão, Tecnologia e Inovação da OAB/RS - Subseção de Passo Fundo.
Como é autônoma tem uma flexibilidade maior para organizar seus horários e, por sorte, consegue dividir as tarefas com seu esposo, Nelson Gabriel Etchezar, que também é advogado e professor. “Procu ro fazer uma boa gestão do meu tempo, organizando as atividades do escritório, acadêmicas e pessoais, de forma dinâ mica, o que cada dia fica mais fácil em função das novas tecnologias inseridas no processo. Em que pese ser profissio nal liberal tenho alguns compromissos para cumprir com horários fixos, como por exemplo: audiências (algumas delas inclusive fora da cidade) e atendimentos presenciais a clientes. Ainda, como a minha profissão é muito ampla, necessito me organizar dentro do meu dia para: estudar os casos trazidos pelos clientes; pesquisar jurisprudências; peticionar e acompanhar os processos de nossos clientes, o que me obriga muitas vezes a trabalhar fora do expediente e aos finais
de semana em home office”, acrescenta.
Jamila considera que um dos maiores desafios da advocacia é a atualização constante e o acompanhamento da di nâmica das normas que se alteram rapidamente, em especial, com a pandemia do coronavírus que vivenciamos atual mente. “Mais do que nunca os conceitos de insegurança jurídica e flexibilização estão em voga, então acredito que esses também sejam um dos maiores desafios hoje na minha profissão. Como opera dora do Direito, meu dever é criar uma ponte entre as normas e os cidadãos que nos procuram para que possam exercer seus direitos de forma equilibrada e atingir seus objetivos com maior êxito possível”, acredita.
Os direitos sociais visam garantir aos indivíduos o exercício de direitos funda mentais em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna por meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito. Justamente por isso Jamila considera a área do Direito do Trabalho, em que atua, apaixonante, pois o traba lho é uma das funções mais dignificantes e necessárias aos homens. “Herdei esse gosto pela advocacia da minha família, especialmente do meu irmão, que é um grande exemplo profissional para mim e também do meu pai, que jubilou na profissão de advogado há poucos anos”.
As mudanças que chegaram com a maternidade...
Além de tantas atribuições profissionais, Jamila também exerce uma das funções mais importantes do mundo: a de ser mãe. Sua primeira filha, Isabela, que hoje tem 4 anos, nasceu em um momento ótimo da sua vida profissional, no qual estava com grande fluxo de clientes e tramitando um grande volume de processos, inclusive nas esferas recursais em instâncias superiores. No ano seguinte ao nascimento da filha, Jamila começou a lecionar na faculdade e fez várias viagens internacionais para sua especialização, in clusive realizou um segundo mestrado com participações em congressos na Itália e na Polônia. Sua segunda filha, Martina, chegou há 2 meses para completar a família. “A partir da maternidade comecei a ver a vida com mais ternura e amor. Realmente ser mãe me deu um grande objetivo pelo qual lutar, se antes me sentia um pouco individualista nas minhas escolhas, agora penso duas vezes antes de tomar qualquer decisão, pois sei que minhas filhas necessitam de mim e a grande responsabilidade que tenho com elas. Sinto que as minhas energias foram recarregadas após a maternidade. Me sinto renovada e com muita vontade de vencer e deixar um mundo melhor para as minhas filhas. A maternidade me deu uma visão ainda mais humana, me fazendo valorar a importância das relações de trabalho na vida das pessoas, e a importância da minha profissão em si, e de como os resultados do meu trabalho im pactam na vida dos nossos clientes”, ressalta. Jamila salienta que, após se tornar mãe mudou a forma de encarar a vida profissio nal e agregou os conhecimentos adquiridos como mãe no seu trabalho. “Eu aconselho a todas as mulheres/mães que não desistam de seus sonhos, que priorizem sua profissão. Aproveitem a oportunidade que temos hoje de mostrarmos a nossa capacidade profis sional junto à sociedade. Oportunidade essa que foi conquistada através de muitas lutas e reivindicações das mulheres”, destaca. Jamila tem como planos para o futuro dar continuidade à carreira acadêmica, fazer um doutorado e continuar a ensinar. “A ideia é investir nas minhas duas paixões a advocacia e à docência”, acrescenta. Um dos maiores desafios que ela também pretende colocar em prática é a modernização do escritório, através de plataformas jurídicas que atendam às necessidades do direito na atualidade, afi nal, o direito digital está muito em alta nesse momento. E, por fim, Jamila tem vontade de escrever um livro jurídico, que já está em an damento e deve ser lançado ainda nesse ano.
CADA MÃE uma historia ´
THAIS ROHDE PAVAN
Ser mãe é, e sempre foi, um dos maiores sonhos de Thaís. Quando a descoberta da gravidez aconteceu, foi um momento de gratidão eterna e, ao mesmo tempo, de preocupação por não saber como seria sua vida a partir de então. Seu filho Antônio Pavan Conterno já tem 2 anos e 6 meses, e, nesse curto período de tempo, transformou a vida da mãe em todos os aspectos. “Para mim ser mãe significa mudar a sua vida, seu tempo, seu pensamento, dar todo o seu coração, seu amor para levar seu filho adiante e ensiná-lo a viver. Significa ter uma razão de ser para o resto da vida; querer aproveitar e viver ao máximo cada momento. Ter sentimentos contraditórios ao ver o filho crescendo, sentindo alegria e saudade à medida que avançam ao longo da vida”, diz.
Ao tornar-se mãe, Thaís descobriu a sua verdadeira força. Apesar de tudo: do cansaço, do sentimento de fracasso, do medo e da culpa, ela descobriu que tornar-se mãe é manter a calma diante de situações extremamente estressantes. É sorrir de uma alegria sincera mesmo que esteja acabada de cansaço. “O amor não deixa que a mãe seja fraca, esse amor lindo é a fonte de toda a força da mãe”, acredita.
Ser mãe é uma tarefa que exige muito da mulher. Traz inúmeros desafios e dúvidas, principalmente quanto ao futuro. “A verdade é que, para todo mundo, são poucas as certezas sobre o futuro, inclusive profissional. Um filho mudará muitas coisas na sua
rotina e, durante algum tempo, você realmente se dedicará quase que exclusivamente à criança. Por outro lado, esse tempo dedicado à maternidade pode servir para você aperfeiçoar habilidades importantes para vida, inclusive para a sua carreira, como a disciplina e a dedicação. Ser mãe e se tornar uma grande profissional não são coisas mutuamente excludentes, mas podem até mesmo ser complementares. Para facilitar o equilíbrio da carreira com a maternidade, é importante planejar o tempo”, indica Thaís, que atua como médica reumatologista. Ela também conta com a ajuda de sua família e da Tata Sirlei para cuidar do seu filho nos momentos em que precisa se dedicar ao trabalho. “Costumo dizer que ela não é só o meu braço direito, é meus dois braços e as minhas pernas, enfim, estou rodeada de pessoas que se tornaram essenciais na minha vida!”, destaca.
Thaís aprendeu tudo sobre ser mãe com a sua mãe, Edit Rohde Pavan. “Eu aprendi que não importa o quão difícil foi o dia ou quão estressante é a fase que estamos vivendo, uma palavra, um sorriso, um abraço do filho apazigua tudo e revigora a alma. Ou seja, no final das contas, a maternidade me ensinou que o amor tudo cura, tudo perdoa, tudo colore. Se existe um amor real e sincero é o amor de mãe. É eterno e infinito. Ser mãe significa nunca mais estar só no pensamento. Uma mãe sempre pensa por dois: por ela e pelos seus filhos”.
Thaís busca ensinar ao seu filho todos os valores ensinados pelos seus pais a ela e a sua irmã gêmea Tatiana. Seu filho também a ensinou um dos maiores aprendizados da vida: “A amar incondicionalmente”, conclui.
Ser mãe tem vários significados...
A seguir, Thaís compartilha os significados mais verdadeiros para ela:
Ser mãe é ter a valentia dos guerreiros e um instinto protetor como de uma verdadeira guardiã. Ser mãe é ter um amor incondicional por alguém que ainda não conhecemos bem, mas que já ocupa o lugar mais importante na nossa vida. Ser mãe é ter altruísmo para dedicar todo seu tempo ao filho. Mesmo que em algumas vezes seja só em pensamento. Ser mãe é pensar em cada detalhe da felicidade dele. Ser mãe é se emocionar muitas e muitas vezes com o sorriso e qualquer gesto que ele possa oferecer. Ser mãe é ignorar o cansaço e o sono. Ser mãe é estar preparada para qualquer batalha por e ao lado do seu filho. Ser mãe é agradecer a cada instante a dádiva de ter seu filho por perto.
“Sou uma mãe feliz e realizada, mas com os medos constantes que fazem parte do aprendizado de ser mãe”.
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Camila Magri Gardin, mãe do Pietro Magri Gardin
A maternidade virou minha vida do avesso, e aí descobri que o avesso é o meu lado certo! Não podia imaginar que um ser tão pequenininho pudesse mudar tanto e tão rápido a minha vida. Desde o dia que você nasceu nada nunca mais foi como antes. Toda a minha rotina foi pelo ar. A casa nunca mais esteve tão arrumada. Tudo o que eu gostava de fazer ficou em segundo plano. Mas, sinceramente, tudo com você é tão mais intenso e divertido que já nem lembro mais como era antes! Hoje, depois de 11 anos, já até estranho se não esbarrar com nenhum brinquedo no meio do caminho, entre a sala e a cozinha. Porque você trouxe ainda mais vida, cor, diversão e bagunça à minha vida. E eu adorei! Te amo filha! Enfrento todo dia o medo de não ser uma boa mãe, mas tudo compensa quando te vejo sorrir dormindo, acordar sorrindo e me dizer bom dia. Brincamos, damos gargalhada e temos nossos momentos de cumplicidade. Quero que seja assim pra sempre: a gente superando os desafios de cada dia juntos, sem deixar de dar risada, de se divertir e de se amar muito.
Jocélia da Rosa, mãe da Ana Flávia, de 11 anos
Quando uma mulher se torna mãe, ela muda completamente sua visão do mundo. Toda a sua rotina é alterada, do lado pessoal até o profissional, e tudo se volta para um bebê que precisa 24 horas da sua mãe. Essas mudanças aconteceram na vida de Camila e seu esposo, Maurício Gardin, com a chegada do Pietro, e fizeram com que ela se sentisse uma mulher mais forte e confiante ao tornar-se mãe. “Os principais desafios que enfrento em ser mãe na atualidade é conciliar o meu lado profissional em estar junto ao meu filho para uma melhor educação. O Pietro me ensinou a ser uma pessoa mais generosa e menos egoísta, com seu amor me sinto completa”, destaca.
FOTO | CRISTIANI LAUXEN
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SIRLEI KEMERICH, mãe de Siani Elisa Kemerich Drey, 11 anos
Meu nome é Sirlei, sou mãe da Siani, uma menina linda que não foi gerada no ventre, foi gerada no meu coração. Nossa história de amor começou assim....
Não podendo engravidar e com uma vontade grande de ser mãe, fui abençoada com o presente mais maravilhoso que Deus poderia me dar. Sendo muito devota de Nossa Senhora Aparecida, rezando para receber a graça de ser mãe e acreditando nas promessas que fiz, nosso destino foi traçado. Conheci uma mulher, que já tinha quatro crianças e estava nos primeiros meses de gestação do quinto filho. Ela me contou sua história e seu desejo de não criar aquele bebê. Senti algo tão forte naquele momento, pois sabia que a partir daí começou nosso laço entre mãe e filha.
No dia 28 de fevereiro de 2009, quando vi aquele rostinho pela primeira vez e cruzamos nossos olhares, senti o mais profundo e verdadeiro amor. Não foi a Biologia que me fez mãe, foi a Providência Divina que nos uniu, e que há onze anos faz de nós amigas e companheiras para uma vida toda.
Em cada Dia das Mães eu comemoro a realização de um sonho e a felicidade de ter a Siani em nossas vidas.
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Moda e Móveis
Algumas Mães Elegance homenageadas pelos Dias das Mães.
Ser mãe... É a missão de maior responsabilidade. É amar da forma mais completa. É dar o melhor de si e não esperar nada em troca… Esta é a nossa homenagem para todas as mães que tem o dom de gerar e cultivar a vida!
Elisangela
Elaine Cardoso e filha Laura
Carla Ries e filha Antônia Ries da Silva Rose Pinzon Andriele Guerra Strack e filha Antonela Strack Brancher
Alexia Finger Ramos e filho Augusto Finger Ramos
Beatriz Fioreze Koch e filhos Adriano Koch e Eduarda Koch
Cleomara com os filhos Louise e Lorenzo
Geovane de Oliveira e filhos Carlos Eduardo da Rosa e Maria Eduarda da Rosa
Joceane Palmeira e filha Maria Palmeira Soletti
Cleidi Wolfart e filha Maria Sofia de Bone
Juliana Orsoloni Pucci e filho Murilo Pucci Sanini Lisiane Pinzon e filhas Juliana e Gabriela Lori Barth Noll, filhos Alexandre e Eduardo Noll e Magda Cristina Ferst, filhos João Miguel e Alice Noll
Maria Isabel Oliveira e filha Isabelly Oliveira Löf
Lucicler Almeida e filhas Bruna e Camila Mariane de Meira Guerra e sua filha Aurora de Meira Guerra Marlys Morschheiser e filho Rafael Eduardo Morschheiser
Mônica e seus filhos Larissa e Davi Luca
Mônica Moraes Miranda e filhas Sarah Miranda Gassner e Pyetra Miranda Gassner
Mãe Raquel Ribas e filha Dara Ribas Bueno Tatiana Rosa e filhos Willian Hermes Larissa Hermes
Sônia Regina Delavy da Luz e filhas Milene e Gabriele Delavy da Luz
Tania Mara Barbosa e filha Carolina Miriam Barbosa
Lojas
Taniela e filha Sophia
Zeneide Dallas Costa e filhas Eliza é Edineia
Zilda Anschau e filha Sara Anschau
Moda e Móveis
Av. Flores da Cunha, 3914 - Bairro Borghetti - Carazinho/RS Moda | (54) 3331.1856 (54) 98432.7783 joelegance Móveis | (54) 3329-4169 (54) 98422-8098 eleganceplanejados elegance.planejados@ hotmail.com
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Sabrina Adam Lotti, mãe da Valentina, de 4 meses
Neste Dia das Mães, queremos agradecer a nossa mãezinha Marilice por ter nos trazido à vida, por ter nos orientado e mostrado o caminho correto, por ser nosso maior exemplo de amor, dedicação, responsabilidade, caráter e bondade. Quando nos dizem: “sua mãe deve ser orgulhosa por ter filhos que deram certo”, nós respondemos: “nós somos orgulhosos por ter nossa mãe como exemplo”. Muito obrigado por tudo e Feliz Dia das Mães!
A filha de Sabrina e Gustavo Lotti foi muito esperada, desejada e planejada. “Ela transformou a nossa vida de uma maneira inexplicável, e se tornou a responsável pelos nossos melhores sorrisos. Ela veio para agregar ainda mais amor na nossa família. E o que eu espero pelo futuro? Que ela tenha muita saúde para que alcance todos os seus sonhos, pois estaremos sempre aqui para ajudá-la nessa caminhada chamada vida”.
Dos seus filhos, Rose, Rosangela e Junior Mazzuco.
Sandra Zimmer, mãe da Mohana
“Maternidade é a maior dádiva da vida, é carregar no coração um amor que não conhece limites para a vida toda. É a mais divina das responsabilidades e a mais sublime das missões.
Parabéns a todas as Mães!”
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MARIANE DE MEIRA GUERRA,
FOTOS | CATIANE TREVISAN
Mariane de Meira Guerra e Igor Antônio Guerra Longo, pais da Aurora
mãe da Aurora de Meira Guerra, de 1 ano
Há um ano a Aurora chegou para transformar a vida dos pais, Igor Antônio Guerra Longo e Mariane de Meira Guerra. Para a mãe, é até difícil expressar o que especificamente mudou, pois ela sente que não é mais a mesma pessoa depois da maternidade. “Diria que tudo mudou... a transformação foi tão grande que diversas vezes me surpreendi chorando com o sentimento de ter perdido minha identidade, até perceber que na verdade me encontrei quando virei mãe. Uma das principais mudanças foi a visão que tenho da minha mãe, o amor, admiração e respeito por ela multiplicaram. Também passei a admirar ainda mais as mulheres que vivem a jornada da maternidade sozinhas, sem apoio dos familiares e/ou companheiro”, destaca. Mariane acredita que o maior desafio seja lidar com as cobranças da sociedade e o sentimento de culpa que muitas vezes se permite sentir. “Encontrar o equilíbrio entre todos os papéis que desempenhamos é algo bem complicado. Hoje em dia acreditamos que devemos fazer muitas coisas que nem sempre são essenciais e muito menos irão fazer grande diferença em nossa vida ou na vida de nossos filhos no futuro e no meio disso tudo, perdemos o que temos de mais valioso e que não pode ser recuperado, o tempo!”, ressalta. Nos momentos em que estão juntas, Mariane sempre tenta transmitir à filha valores como humildade, honestidade, empatia, compaixão (com os outros, mas também com ela mesma) e caridade além dos bens materiais. Ela conta que no início a sua experiência como mãe foi muito melhor do que sonhou, pois a Aurora é uma bebê tranquila, começou a dormir a noite toda com apenas 45 dias e a amamentação foi só alegria, sem dor ou rachaduras, o que proporcionou a ela ser a mãe que sempre quis ser. “Hoje, porém, estou passando por um momento que me fez mudar totalmente as idealizações que fiz da maternidade. Precisei entender que amor não tem nada a ver com presença física, tive que ficar longe e deixar de amamentar a Aurora de uma hora para outra, enquanto sempre sonhei em poder dedicar uma maior quantidade de tempo a ela e amamentar enquanto pudesse e ela quisesse, lidei com a frustração, a tristeza, mas por outro lado descobri uma força que apenas um filho é capaz de fornecer, para superar todas as dificuldades. A Aurora me ensinou a sorrir, em qualquer circunstância, não importa se o dia está lindo ou cinza... um sorriso muda tudo! Também ensinou que podemos ser felizes com quase nada desde que estejamos perto das pessoas que amamos. A maior alegria de ser mãe é um clichê total: chegar em casa e poder receber aquele abraço, acompanhado de um sorriso e daquele cheirinho que só a Aurora tem, capazes de curar qualquer dor e sofrimento”.