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7. CURANDO COM
CURANDO COM Drosera
Planta carnívora que pode chegar até 20 centímetros de altura e digere até dois mil insetos por verão, a Drosera é encontrada na zona temperada da Europa e na América do Norte, além de algumas regiões da América do Sul. Com raízes frágeis, ela possui flores brancas e pequenas, um fruto alongado de sabor adstringente e amargo, e folhas que lembram o formato das pétalas de uma rosa, cobertas por glandulares avermelhados com papilas globosas nas extremidades, que se recurvam no momento da captura do alimento, digerindo-o através da secreção natural de um líquido ácido.
No Brasil, a Drosera rotundifolia, seu nome científico, é popularmente conhecida como Rossolis e Orvalho-do-sol, e costuma ser receitada em quadros de enfermidades respiratórias, como constrição bronquial, tosse e bronquite. Segundo Etiene Verona, profissional de Educação Física, a Drosera foi uma grande aliada na recuperação de seu filho, que vinha apresentando crises de tosse seca.
“Ele usou Drosera 6ch, cinco glóbulos, quatro vezes ao dia, por três dias. Logo no primeiro dia, após a terceira dose, já percebemos um espaçamento das crises. E no segundo dia já não havia tosse alguma”, conta Verona.
O fitoterapeuta Gilberto Santos também viveu uma experiência parecida. “As minhas filhas tomaram o medicamento para tratar as tosses tidas pela cultura dos antigos como ‘tosse braba’.”, aponta Santos. “O resultado foi incrível. Em menos de 24 horas houve uma redução das crises em 70%. Depois de suma semana, elas estavam bem”, complementa.
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Entretanto, para o terapeuta homeopata Henrique Marquez, a Drosera, assim como todos os medicamentos homeopáticos, não possui apenas uma indicação. “O objetivo do tratamento é olhar para o indivíduo, e não apenas a doença e seus sintomas”, esclarece Marquez. “Dessa forma, a Drosera deve ser prescrita quando o paciente apresentar sintomas mentais e físicos descritos na matéria médica deste medicamento, ou seja, que foram anteriormente experimentados por indivíduos sadios. Por exemplo, tosse profunda, rouquidão, tosse noturna, escarro sanguinolento ou purulento, sensação de uma pena na laringe, excitando a tosse, coqueluche, ansiedade, tristeza quando se está sozinho, ilusão de perseguição, desconfiança de amigos, sensação de raiva por trivialidades, dificuldade de concentração e compulsão alimentar”, finaliza.
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Raio-X da Drosera Partes da planta utilizadas nos medicamentos homeopáticos: Ramo e folha.
De acordo com o terapeuta Henrique Marquez, a manipulação é feita através das orientações das Farmacopeias, que são compêndios oficiais. No Brasil, existe a Farmacopéia Homeopática 3ª ed., que pode ser adquirida de forma gratuita e em PDF no site da ANVISA. “O ponto de partida para a manipulação dos medicamentos homeopáticos é a TM, Tintura Mãe”, explica. “Ela é preparada por maceração da planta inteira em álcool 90%. Para tanto, deve ser colhida no mês de julho, início de sua floração. A partir daí, acontecem as diluições hahnemannianas sucessivas, e as outras dinamizações do remédio”, atesta o especialista.
Família botânica: Droseraceae.
Como pode ser ingerida? Através de infusão, xarope, pó ou tintura mãe.
Contraindicações: A Drosera não é indicada nos casos em que o paciente não apresenta os sintomas manifestados por ela em indivíduos sadios, presentes na matéria médica.
Ainda segundo Henrique Marquez, a ingestão de qualquer remédio homeopático deve ser acompanhada por um homeopata. E, durante os períodos de gravidez e lactação, a Drosera deve ser evitada. “Tanto a Drosera quanto outros medicamentos homeopáticos que são tóxicos em doses ponderais, ou abaixo de 5CH e 10D, representam um risco. Por esse motivo, algumas Farmacopéias, como a Americana, somente autorizam a manipulação a partir da 5CH”, esclarece.