Revista Ecologia Integral 21

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Ano 4 -

N.o 2 1 - julho/agosto/set embro de 2004 - R$6,OO

Por uma soei e

de sustentรกvel

Conheรงa as Agendas 21 Global e Brasileira e ajude a construir as Agendas 21 Local e Escolar

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Ecologia Integral fcr lI/IIa,cJmm, tft, fal t- feia- udogla- ü~,J

observatório

espaço da Aorinda

pequenas ações por um mundo de paz nOS10S arceiro

Os desenhos de nossos

pequenos leitores

• Conheça a Gráfica e Editora O Lutador • Como é feita a Revista Ecologia Integral

: eco ogi social Fórum Lixo e Cidadarua de Belo Horizonte discute coleta seletiva e geração de renda

múltipla escolha

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Centro de Ecologia Integral e

Programa de Apoio e Capacitação

das i'vIídias Comurutárias - Promic

lançam programa para rádios

comunitárias .

educação ambiental Agenda do pedaço ~ a decisão de cada um

· ponto de vista Agenda 21: um compromisso de todos por um mundo mais saudável

você já pensou sobre isso) O que são cidades sustentáveis?

t reflexões

atividades do (EI

ecologi ambiental Conheça o funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto, ETE Arrudas

des nvolvim nto sustentável • Agenda 21 Global • Agenda 21 Bra~ijeira • Agenda 21 Local • Agenda 21 Escolar • Entrevista com o coordenador da Agenda 21, Pedro Ivo Batista

e pontos de venda da Revista Ecologia Integral As dimensões da ecologia'integral A E<;ologia Pessoal visa a saúde física, emocional, mental e espiritual do ser humano como estratégia fundam ental para o desenvolvimento da paz e da ecojogia integral.

A ECdlogi, Social busca a integração do ser humano com a sociedade, o exercício da cidadania, da participação e dos direitos humanos, a justiça social, a simplicidade voluntária e o conforto essencial, a escala humana, a cultura de paz e não-violência, a ética da diversidade, os valores universais, a inclusividade, a multi e a transdisciplinaridade.

A Ecologia Ambl ntal objetiva a integração do ser humano com a natureza facilitando o processo de conscientização e sensibilização no sentido da redução do consumo e.do desperdício, do incentivo à reutilização e à reçiclagem dos recursos naturais, bem como da preservação e defesa do meio ambiente e de sociedádes sustentáveis.


ditoriaJ

NossoS atuais parceiros Amal é - Grupo de Divulgação das iv\anife stações Folclóricas

Agenda 21 e sustentabilida<Je

JU iL: de ForaiMG v>'\I\':\,qrupoamale.orq

Asammm - Associacão dos Ami (lOS ela l\i\ata do -:\;\orceQo'

Todos nós conhecemos, tanto por nossas experiências com a economia doméstica, como também ao ouvirmos grandes debates macroeconômicos nacionais e internacionais, uma regra básica: quem gasta mais do que ganha está no caminho ela falência, do fracasso e da autodestruição. Isto parece estar muito claro para a maioria da nossa sociedade e não é necessário muito esforço para convencer representantes do poder público, de empresários e da sociedade em geral qu~nto a isto. Porém, quando este mesmo pensamento é aplicado às questões relacionadas ao meio ambiente e ao planeta como um todo, que como fonte de recursos tem seus limites, parece haver um certo "bloqueio", uma certa "má vontade" em se compreender a problemática e; principalmente, para se colocar em prática as transformações necessárias neste sentido. Estamos vivendo uma crise de irresponsabilidade econsumi smo sem precedentes em nossa história. Se mantidos os 'atuais modelos de produção e cônsumo e suas anUis taxas de crescimento, teremos, num futuro muito breve, que enfrentar uma situação de "falência socioambiental" jamais vista na história do planeta. Um princípio fundamental é compreender que a nossa vida só se sustenta porque o planeta, a nossa casa maior, nos dá as conclições para tal. Devastá-lo da forma que estamos fazendo é condenar a humanidade ao desaparecimento. Não viveríamos sem o ar, a água, os alimentos, sem os animais, as aves, os insetos, sem o sol na meclida certa, as condições climáticas adequadas, os ecossistemas em harmonia. E é neste sentido que, na Eco-92, foi aprovada por 179 paises,a Agenda 21 que é um compromisso da humanidade com o seu próprio futuro. AssUn, este número da Revista Ecologia Integral traz este assunto para o debate, na certeza de que, se implantada de fató, trazendo transformações nas ações dos poderes públicos, dos empresários, das escolas e da sociedade em geral, será um fator fundamental em direção à sustentabilidade. Um grande abraço a todos!

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rei. 9686·3934 IDalbo)

Associação iviuda:\i\unelo Centro de Ecologia Integral de Jequitin honha/MG reI.: 1331 3741 ·11 07 Ir",; Pedro i

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Prop,rama de Apoio e Capacitação

das Midias Comunitárias - li F.\i\G

Quatro Cantos do Mundo· Jel.: (31 19111·9359 l(drolJnal quatrocanlnsdomundo@vahoo.c()m.br

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Trilhas D'Agua Passeias Ecológicos Tel: 131i 3281-45·46/9985-31 85 Ihaleio)

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Caros leitores,

Informamos que a partir desta edição, a Revista Ecologia Integral passa a circula!

trimestralmente. Com relação à assinatura, ela continuará a ser feita por oito edições.

Quem taz aRevista Ecologia lntegral? i\ revista Ecologia Integral é uma publicação do Centro de Ecologia Integral, organização não-governamental, sem fins econômicos, Que tem por finalidade trabalhar por uma "cultura de paz" e pela "ecologia intel}ral", apOiando e desenvolvendo ações para a defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano, da SOCiedade e do meio ambiente, através de atividades que promovam a ecologia pessoal, a ecolof!la social e a ecologia ambiental. A revista é um dos meios utilizados para divulgar, informar, sensibilizar e iniciar um processo de transformação em direção à ecoloQia integral e a uma cultura de paz Revista EcolOfi!la Intefi!ral - Publicação do Centro de Ecolor;!la Intefi!ral (CEI) ReQistrada no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas sob o n° 1093 Diretores do CEI: Ana Maria Vidigal Ribeiro e José Luiz Ribeiro de Carvalho - Editora: Ana Maria Vidigal Ribeiro IvlG 5961 JP - jornalista responsável: Desirée Ruas - MG 5882 JP - Fotor;!rafla: Irma Reis, Iracema Gomes e José Luiz Ribeiro de Carvalho -Ilustrações: Emidio - Projeto r;!ráflco e editoração eletrônica: Desirée Ruas - Serviços fi!ráflcos: Gráfica e Editora O Lutador Periodicidade: Trimestral - Tlrafi!em: 2000 exemplares

Vi bra Mais Vida à BaCia do Ribeirão ,\rrudas Meio Ambiente e InteGração Social Tel: 1311l393-26S9 ISelma)/34(}7-2275 (Joanal

fale com agente para lugeltõel, colaboraçõel,anún(iol ou allinatural Escreva para a Revista Ecolo~la Integral Centro de Ecologia rntegral Rua Bernardo Gúimaràes, 3101 Salas: 204 a 207 - Santo Agostinho Belo HorizontejMG Cep: 30.140-083

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Visite nossa É permitida a reprodução do conteúdo, desde que citada a fonte: Revista Ecolofi!la Inter;!ral, uma publicação do Centro de Ecolofi!la Intefi!ral (site www.ecolofi!ialnter;!ral.orr;!.brl Esta revista foi impressa em papel 100% reciclado.

pá~ina

na Internet

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bservatório Concreto das cidades afeta crescimento das plaotas o aumento de temperatura em centros urba~os influencia o crescimento das plantas, segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, a: partir de análises de imagens de satélite obtidas pela Nasa, Agência Espacial Americana. Os pesquisadores da Universidade de Boston mostraram que o aumento da~temperatura influencia o crescimento das plantas em um raio de até 10 quilômetros. As ilhas de calor no centro das grandes cidades surgem exatamente por causa do grande número de edifícios na região e devido à presença constante das_ estruturas de concreto. Além do frio demorar mais para chegar sobre a vegetação que está no interior das ilhas de calor urbanas, a primavera também chega mais cedo. Os dados de temperatura analisados em combinação com as imagens de satélites da Nasa mostraram que a cada grau de acréscimo nos ·termômetros, a floração ocorre com três dias de antecedência. ac~--~-------------------------------, ~ ~.

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Pesquisa mostra a importância dos insetos para a floresta Um /estudo feito na Amazônia peruana mostrou que os insetos comedores de plantas, que os seres humanos chamam de "pestes", são fundamentais para a manutenção da variedade de espécies de árvores que existe em uma flo;esta.O estudo foi trabalhoso e serviu para apoiar uma hipótese formulada 30 anos atrás pelo biólogo Daniel H. ]anzen, hoje na Universidade da Pensilvânia. Tradicionalmente, a variedade de plantas é atribuída aos diferentes solos e nutrientes presentes, além da maior ou menor presença de . água. ]anzen, estudando florestas tropicais, propôs que os fatores mais críticos na evolução das árvores seria a relação delas com insetos herbívoros, em um trabalho publicado em 1974.

País já perdeu mais da metade da sua área de cerrado Imagens captadas por satélites apontam que 57% do cerrado brasileiro já foram destruídos. A informação foi dada pela diretora da Fundação de Sustentabilidade, Mônica Veríssimo, em entrevista ao programa "Revista Brasil", da Rádio Nacional Ai\L As condições da vegetação concentrada na região central do país são preocupantes, segundo a diretora. "Cerca de 25% da vegetação brasileira são cerrados. A área destruída representa uma parcela enorme do nosso solo", advertiu. Mônica Veríssimo lembra que faltam conhecimentos e pesquisas avançadas sobre a vegetação nativa: "Não podemos destruir o que conhecemos tão pouco. Pode ser que, no cerrado, tenhamos a cura de várias doenças", exemplificou a diretora da Fundação, parceira da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco. A especialista destacou ainda que a população do cerrado já tem consciência de que, muitas vezes, deixar a terra intacta é mais lucrativo do que desmatá-la pois as sementes são ricas e servem para estudos e pesquisas. Além disso, "o desmatamento facilita o aumento de pragas", alertou. Fonte: WWI-Worldwatch Instliute UMA-Universidade Livre da Mata Atlântica SlÍe: www.wwiuma.org.hr

Parque do Rio Doce completa 60 anos o Parque Estadual do Rio Doce, localizado nos municípios de

e

o concreto dos grandes centros urbanos conin'bui para a formação de ilhas de caJor que inteJjercm no crescimento das plantas Revista Ecologia Integral - n 21

Marliéria, Dionísio e Timóteo, no chamado Vale do Aço, em Iv1inas Gerais, comemora 60 anos de existência. O Parque, administrado pelo Instituto Estadual deFlores tas, abriga a maior reserva de mata atlântica do Estado e é reconhecido como Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas, ONU.


b servatório Código :Florestal em áreas urbanas continua em vigor o Artigo 64 do

Projeto de Lei 2109/ 1999, aprovado em 8 de julho pelo . Congresso Nacional, foi vetado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O texto dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações imobiliánas, letras e cédulas de crédito imobiliário e dá outras providências, mas, no artigo citado, revogava a aplicação do .Código Florestal (Lei 4771/ 1965) em áreas urbanas. , O Código Florestal regulamenta o uso e a conservação florestal e do solo em regiões urbanas e rurais instituindo.a Reserva Legal e as APPs - Áreas de Preservação Perma­ nente, que são aqueles espaços que podem ser usados apenas em regime especial ou que

devem ser preservados inclusive por questões de segurança pública, respec­ tivamente. A manutenção do Artigo 64 afetaria todas as regiõe s urbanas do país, prin­ cipalmente a ma&a atlântica e a zona costeira, onde vive a maioria dos brasileiros. Poderia prejudicar ainda mais inúmeros ecossistemas hoje protegidos que deixariam de ser considerados como de prese rvação permanente.

ambiental e mananciais são mais um entrave ao reaquecimento do setor imobiliário. O autor do artigo vetado pelo presidente disse que vai trabalhar para tentar derrubar o veto. Para ele, o objetivo do artigo "era tirar as pedras do caminho do desen­ volvimento e diminuir o déficit habita­ cional". Com o veto, nenhum empreendimento imobiliário pode ser construído a menos de 30 metros de uma área de preservação ou nascente. Os incorporadores defendiam um Interesse comercial recuo de 15 metros das obras e contavam Para os empresários do setor imobiliário, 'com a aprovação do artigo 64, que acabava o Código Florestal e as restrições a com a exigência de seguirem o Código construções próximas a áreas de preservação Florestal nas áreas urbanas.

Carta da 9 a Romaria das Águas e da Terra "(...) Viemos de todos os cantos celebrar e contemplar a resistência dos povos do Rio São Francisco, fomos acollúdos de braços abertos pela arquidiocese de Diamantina através do povo de Pirapora - que quer dizer "o salto do peL'{e" que acontecia durante a piracema e que hoje só ficou na memória - e de Buritizeiro - terra dos coqueiros buritis que forravam as veredas e brejos desta região onde hoje só existem alguns. Ouvimos o triste lamento das águas do Rio São Francisco que grita pelo direito de continuar a ser fonte de vida para os seres vivos e para os povos ribeirinhos, pescadores, v,azanteiros, catingueiros, lavradores, arte­ sãos, bóias-frias, rendeiros, assentados e acampados, quilombolas, lavadeiras e povos indígenas, que vivem nas inúmeras comunidades e cidades, que ele serve (...) O rio clama pela vida que sem pre - generosamente distribui pelo sertão. (...) Viemos denunciar que as águas sofrem ameaças de morte! Querem comprar e vender, usar e seqüestrar o que de mais puro existe neste mundo: as águas, sangue das veias da Mãe Terra! As barragens hidre­ létricas e outras servem aos interesses de seus donos, matam os nossos rios e expulsam milhares de farnilias de suas terras, só em

Minas Gerais são mais de 100 projetos de barragens que expulsarão 30000 pessoas de suas terras. Os resíduos de mineração, agrotóxicos e insumos químicos, somados às queimadas e ao desmatamento nos tiram o direito de viver sossegados porque até das minas e nascentes já não jorra mais água de confiança - metade das nossas doenças, hoje, são relac.ionadas ao uso de água contaminada.

Denunciamos que a água não é mercadoria, anunciamos e reafirmamos que água é patrimônio da humanidade. (...)"

Promoção: Comissão Pastoral da Terra - CPT, CEBs, Cánias, C/MI, SINFRAjUPE, IMS, fOrum das Pastorais Sociais - CNBB, ArqUldiocese de Diamantina e PaIÓquias de Pirapora I! Buniizeiro

reuniu cerca de /5 nul pessoas no dia 10 de agosto em Pirapora e Buniizeiro

Revista Ecologia integral - n 21

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bservatório Para se alcançar o desenvolvimento s~stentável, pa íses precisam cuidar de suas crianças e seus' jovens Mesmo após lA anos da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente. ECA. o Bra.sil não garante educação. saúde e proteção aos jovens Recentemente, a Unesco no Brasil divulgou a quarta edição do seu Mapa da Violência - Os Jovens do Brasil. Seus resl!ltados provocaram uma profunda preocupação: os números da violência que tira a vida de nossa juventude continuam a aumentar assustadoramente. Na última década, os homicídios juvenis cresceram à insuportável taxa de 7,3% ao ano, chegando a vitimar, só em 2002, mais de 19 mil jovens.

I .

"OS elevados e crescentes níveis de violência têm estreita relação com a situação dos jovens no país e com os mecanismos de

exclusão social que

caracterizam a

chamada crise de

futuro de nossa

juventude"

Os atores desse drama são personagens bem definidos: jovens, principalmente entre os 18 e os 24 anos, do sexo masculino (92% das vítimas de homicídio são homens) e com baixo rúvel de escolaridade (se na população jovem 45% não finalizaram o ensino fundamental, entre asjovensvítimas de homicídio essa proporção quase duplica: 82%). Em geral, são negros (a taxa de homicídios entre os' jovens negros é 74% superior à dos jovens brancos) e vivem nas grandes pl:riferias urbanas (quase metade dos homicídios juvenis aconteceu em cinco regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte e Vitória). Revistei Ecôloqia Inte9r~1 - n "

Os elevados e crescentes níveis de violência têm estreita relação com a situação dos jovens no pais e com os mecanismos de exclusão social que caracterizam a chamada crise de futuro de nossa juventude. Pouco tempo antes do Mapa da Violência, a Unesco também divulgou o Relatório de DesenvolvimentoJuvenil 2003, um quadro analítico das condições de vida da juventude. O estúdo mostra que as condições econômicas, políticas e sociais originaram incertezas e mudanças que atingem os jovens e, muitas vezes, não lhes indica perspectivas de futuro alentadoras. No campo educacional, apesar dos avanços na área de alfabetização e na universalização d9 ensino lundamental, ainda existem sérios problemas de escolarização: só temos 29% dos jovens matriculados no ensino médio ou superior, quando em diveros países essa taxa supera , 75%. A qualidade das aprendizagens dos jovens é também deficitária. Estudo divulgado pela Unesco/OCDE, que avaliou as competências de jovens de 15 anos de 41 países, localiza o Brasil em penúltimo lugar em leitura, matemática e ciências. Na área de saúde a situação é igualmente problemática. Se a taxa global de mortalidade da população caiu de 633 em 100 mil habitantes, em 1980, para 561 em 2002, a taxa referente aos jovens cresceu, passando de 128 para 137 no mesmo período. Também surgiram' nQvos padrões de mortalidade juvenil. Epidemias e doenças infecciosas foram sübstituídas pelas causas externas de mortalidade, principalmente os acidentes de trânsito e os homicídios. Em 2002, mais de 2/ 3 dos óbitos juvenis (72%) foram por causas externas. O estudo demonstrou que a taxa de atividades dos jovens brasileiros é elevada: 80% ou estudam ou trabalham, ou ambos

ao mesmo tempo. Só 20% nem estudam nem trabalham, mas isso representa 7 milhões de jovens em situação de exclusão quase extrema: pertencem a família s pobres, moram nas periferias, sem ocupação legítima e com acesso escasso às redes de proteção social.

educação é a alavanca fundamental do desenvolvimento sustentável, eqüitativo e democrático" (~

Tal segregação no acesso aos benefícios sociais básicos, como saúde e educação, tem profundas repercussões para o presente e o futuro de nossa juv~ntude. Está comprovado o eno rme poder discriminador do fator educacional sobre as oportunidades de trabalhó, tanto na empregabilidade (cada ano de estudo agrega 2,3% de chances de arranjar emprego remunerado), quanto nas possibilidades salariais (cada ano de estudo agrega 0,3 salário mínimo à renda). As pesquisas também evidenciam que a educação contribui decididamente para a distribuição de renda e tem profundos efeitos sobre a cidadania, a saúde e a proteção ambiental. A educação é, portanto, alavanca fundamental do desenvolvimento susten­ tável, eqüitativo e democrático. Mas, para que o Brasil atinja o desenvolvimento humano, social e econômico almejado, precisa investir hoje em suas crianças e jovens, construindo políticas públicas adequadas aos seus anseios e necessidades. Só assim poderá salvar sua iuventude da violência. }o'rge Werthein Representante da Unesco no Bras'II Fonte: WWI- Worldwatch Instifute / UMAUniveIS/dade Livre da Mata Atlântica Slfe: www:wWiuma,org.br


or um mundo de paz Colaborar com o trânsito e o ar Deixar o carro nagaragem sempre quepossívelefazer . uso do transporte coletivopara evitar congestionamentos e a emissão de gases. Cabe à populaçãó exigir dos i governantes um sistema de transporte público de qualidade. ~

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E vitar o ,desp erdício de recursos Cada vez que vocêjoga no lixo umproduto que deveria durar mais) estájogando fora uma série de matériasp~'mas 'e recursos usados na sua fabricação. Não desperdiçar água) energia ealimentos também são'ações ecologicamente corretas) que qjudam a preservar o ambiente.

Diminuir o volume de resíduos

Fé,zer a lilllpeza da [a/çada da nOJ.fa CaJa ,; II//laJoJ'/l7a

simples de 1I/tIJ1/êl,IJOS

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cidade Vem cuidaria

Você pode conscie~tizar amigos e pa'rentes quanto à necessidade da diminuição daprodução de lixo) evitando comprar produtos descartáveis e com excesso de embalagens. Reclame com ofabricante e dê sugestões sempre que possível. O consumidor deve desempenhar o seu papel na hora de cobrar dos fabricante~ que devem fázer produtos ecologicamente corretos e dos governosj que devemformular legislação que controle a produção de resíduos.

Universidade do Paz - UNIPFlZ-MG Já estõo abertas as inscrições para a 6° turma da Formaçõo Holística de Base Seminários 2004

17 a 19 de setembro - Permacultura - Novas formas de viver (João Rocket) 22 a 24 de outubro - A arte de viver o conflito (Lydia Rebouças) 19 a 21 de novembro - Antigos e novos terapeutas (Roberto Crema) 10 a 12 de dezembro - A arte de viver a natureza (Dalila Lubiana)

Unipaz-MG - Rua Paulo F1fonso. 146/605 - 8H/MG - Cep: 30350-060 unipazmg@unipazmg.org.br - www.unipozmg.org.br - Telefone: (31)3I!97-9026 Revista Ec?logia Integr?J n ~ 1


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no ·s sp

• celros

Gráfica e Editora O Lutador ARevista Ecologia Integral integra o Projeto de Editoria Social da Gráfica eEditora OLutador. um dos trabalhos desenvolvidos pelo Instituto~dos MissionáriosSacramentinos de Nossa Senhora A Gráfica e Editora O Lutador há 76 pica-pau e coruja-bu­

anos atua no mercado gráfico, produzindo raqueira. A preservação

e publicando livros, revistas, apostilas, jornais desta área é uma preo­

e folders. A partir de julho de 2003, a Revista cupação do Padre José

Ecologia Integral passou a integrar o Projeto Raimundo que já reali­ Editaria SoCial do Instituto dos Missionários . zou inclusive' um Sacramentinos de Nossa Senhora, IMSNS, inventário da fauna e mantenedora da Gráfica e Editora O tem interesse em im­ plantar um centro de Lutador. O Projeto Editoria Social, criado em educação ambiental no novembro de 2002, apóia a publicação de local. "Estas iniciativas impressos de aproximadamente 280 mostram que a gente ·entidades que trabalham com iniciativas de tem amor pela natu­ geração de trabalho e renda e 'defesa dos reza", <::on ta Padre . direitos sociais. Segundo o responsável pelo Raimundo. Projeto Editaria Social, Jean Carlos Rocha Fernandes de Brito, a Revista Ecologia Integral é a primeira publicação, qúe aborda também a questão ambiental, a entrar no A história da Gráfica e Editora O Lutador teve início na cidade mineira de projeto. Manhumirim, em 1928, ar:o de cria~ão do jornal de mesmo nome. A pequena gráfica O Centro Sacramentino de Formação é surgiu com a finalidade de imprimir o Jornal O Lutador criado pelo fundador da um outro projeto mantido pelo IMSNS, Congregação dos íVIissionários Sacrarnenrinos de ossa Senhora, Padre Júlio Maria oferecendo cursos gratuitos aos jovens da de Lombaerde. comunidade, principalmente dos bairros O terreno na região norte de Belo Horizonte, uma antiga fazenda, foi adquirido • vizinhos à instituição. No Centro, os em 1965, e.em 1966, foi construído o primeiro prédio com a ajuda dos seminaristas. adolescentes podem ter formação na área de Em 1968, com a chegada de um mimeógrafo trazido da Alemanha pelo Padre Pascoal, telemarketing e atendimento, informática, começaram a produzir apostilas e folhetos de missa. Com a aquisição de um pequena office-boy, dentre outros. máquina de impressão (1f-set; os seminaristas deram um salto na qualidade e começaram a produzir também apostilas para cursinhos de pré-vestibular da cidade. Preocupação ambiental Em 1972, a Gráfica e Editora O Lutador que funciona va pa cidade de Manhumirim vcio A questão social e' a ambiental andam para Belo Horizonte e o trabalho iniciado pelos seminaristas cresceu e expandiu, juntas também nas dependências do , ganhando máquinas mais modernas. Ela passou a ser uma grande prestadora de serviços Instituto Missionários Sacramentinos. para o público externo e para a Congregação. Enquanto os jo';ens e adultos participam dos projetos que promovem a cidadania e os direitos humanos, dezenas de espécies de

aves obtêm refúgio e alimento na mata

preservada pela Congregação. O Padre José ~ Raimundo da Costa, diretor da Gráfica e

Editora O Lutador, se orgulha de ter este

espaço preservado. Lá é possível encontrar

. micos-estrelas, gambás e aves como o anu­

preto e'anu-branco, gavião-mateiro, bem-te­

vi, sabiá, tico-tiço, joão-de-barro, beija-flor,

lJma história de 76 anos

o

o

Jovem recebem gratuitamente trejnamfllto no Centro de Formação Sacramentina

Revista Ecologia Integral - nOZ'


Gomo é feita a Revista Ecologi·a Integral? A Revista Ecologia Integral passa por um longo processo de produção antes de chegar às mãos do leitor. Numa primeira etapa, é realizada reunião de pauta onde são definidos os temas de cada edição. Em seguida, inicia-se o processo de obtenção de informações na forma deentr~vistas ou de pesquisa em livros, revistas e na internet Então são feitos os textos, as fotografias e as ilustrações necessárias. Com ajuda do computador é feita a diagramação, que é a composição das páginas reunindo os textos e as fotos. Após a revisão dos textos, o material é encaminhádopara a gráfica O Lutador onde começa a segunda etapa da produção da Revista. Da tela do computador até a impressão no papel reciclado um longo caminho é percorrido. Acompanhe passo a passo,

No setol' de pré-impressão) aJfoto,grafias B i/1JJtrações são maneadas (1) e é illlpreSJa ul71a prollCl . par~ ser conferida (2).

Do cOll1pNtador a Revúta paua para lima máquina queproduz ofotolito onde cada pagina éfotograjàda etJl jillm, Em s~l!,tlida ofotolito li conferido (3) e levado para a máqllilla que gratJa as chapas de impresJ"ão (4). São estM d)apas de alumínio que serão colocadas na máquina de impressão (5).

As chapas são colocadas nas impresJoraJ que fazem até 13000 impmsões por hora (6). O.. fimcionârios'acompanham de perto o trabalho das máquinas (7 e 8). Após a imprmão de toda a Remsta (9)) PS máquinas de acabamento .entram em ação: [orte (10)) montagem) dobra e graJtljJo) dando o aspecto final da publiração, Agradecemos a todos os funcionários da Cúh'ca

O Lutador o apoio dado á ReVISta Ecolo,gÚl Integral Re~ ista

Ecologia Integral.


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RejJre.reJIlatlles de fOopemtil'tu de (aladores durallte o lançamO/to do FómJII Aflllúapal L.ixo c Cidadania de Belo Horizonte

.I'andm, E lizabdh, lVIana José, lvlmia de Fátima, . RFgil1a e Addittajaz,;m parte do Comi da SLU

durante o Itll/{tWl/?/to do Fómm Lixo e Cidarl,,11ia

Revista Ecologi Integral

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ec%giasocia/

Evento promove troca de experiências sobre resíduos, coleta seletiva e cooperativismo o que

fazer com as mais de 3.742 Urbana, SLU, explicou que "quando Belo toneladas de lixo produzidas todos os dias Horizonte foi construída já existiam ideais em Belo Horizonte pelos seus mais de dois higieni_stas que visavam garantir a qualidade milhões e duzentos mil habitantes? O Fórum ' de vida para a população. Já em 1930, a Municipal Lixo e Cidadania, criado em cidade contava com sistema de coleta de dezembro de 2.003, busca respostas para esta resíduos e de tratamento muito inovador e outras questões ambientais, sociaís e para a época." A população de Belo Horizonte cresceu econômicas. Com um regimento interno e uma carta de princípios já elaborados, o nestes 107 anos de existência e o volume de

grupo itinerante se reúne todas as primeiras . resíduos também a\lmentouenormemente,

terças- feiras do mês para discutir os multiplicando os desafios a serem vencidos

caminhos para a redução do consumo e do na área socioambiental. Desde 1975, a cidade conta com um desperdício, para aumentar a participação na aterro sanitário, que foi construído para coleta seletiva, para mobilizar catadores, receber os resíduos da capital, contando com empresas, governo e toda a sociedade. No lançamento , do Fórum Municipal um monitoramento constante para Li;xo e Cidadania , 'r ealizado em Belo riUnimizar os impactos ambientais. O volume de lixo encaminhado para o Horizonte, no dia 3 de agosto,representantes aterro poderia ser diminuído se houvesse de cooperativas de cata dores, de orga­ nizações não-governamentais e poder maior participação da população na coleta público se uniram para trocar experiências. seletiva. Das mais de 3.742 toneladas de Durante o encontro foi lida a Carta de resíduos coletados todos os dias na capital, Princípios do Fórum e apresentado um apenas 10% são encaminhados para a vídeo sobre algumas associações e reciclagem, sendo a maior parte constituída cooperativas que atuam em Belo Horizonte, de entulho que é levado aos URPV, Unidade além de exposição de trabalhos feitos com de Recebimento de Pequenos Volumes. resíduos, apresentações culturais, teatro e Segundo as estatísticas da Prefeitura desflle de roupas e acessórios feitos de Municipal de Belo Horizonte, são encaminhados para a coleta seletiva 20 retalhos. toneladas de resíduos, entre papel, metal, Consumo consciente plástico e vidro. "Mas sabemos que este A representante da secretaria executiva número é maior já que existe um grande , do Fórum, Andréa Fróes, ressaltou durante número de catadores que não entram nas a abertura do evento que " antes de estatísticas", estima Sinara. pensarmos na coleta seletiva, é fundamental A ação dos catadores na cidade é antiga, repen sarmos os nossos padrões de provavelmente desde sua fundação, mas há consumo" . O consumo consciente e a pouco mais de uma década é que eles foram diminuição do desperdício são duas metas a reconhecidos como agentes da coleta serem seguidas por quem se preocupa, de seletiva. A Pastoral de Rua sempre fato, com a qualidade de vida e co'm o meio acompanhou de perto o trabalho dos ambiente. A consci etização dos catadores e contribuiu para incentivar a consumidores incentivando uma leitura organização destes trabalhadores que antes crítica da publicidade e dos meios de viviam sem nenhum-apoio e sofriam 'cpm o comunicação também são fundamentai s preconceito da sociedade. ''A situação ainda nesse processo de educação para o consumo. é muito difícil mas hoje vários catadores já Sinara Inácio Meireles Chenna, assessora podem ter uma moradia e trabalhar durant(: técnica da Superintendência de Limpeza a semana e no fim de semana comprar o que

precisam com o fruto do seu trabalho", 'conta Amarildo dos Santos, da Coocapel, que trabalha há 14 anos com a coleta seletiva na cidade. Ele lembra que os catadores sofrem com muitos problemas de saúde, principalmente de coluna, já que são obrigados a carregar muito peso durante todQ o dia. Carrinhos motorizados, que já existem em Belo Horizonte, poderiam ajudar a minimizar este problema, sugere Amarildo.

Condomínios Uma das experiências aprese ntadas , durante o evento foi o projeto Serra Recicla, uma iniciativa da associação de moradores. do bairro da região sul de Belo Horizonte. O projeto, iniciado em agosto de 2003, incentiva a coleta seletiva junto aos moradores. Os resíduos como papel, vidro, plástico e metal são separados e encami­ nhados para a reciclagem. O projeto conta com a participação de moradores de 170 cond.9mínios QO bairro da Serra que separam os resídu os como vidro, papel, metal 'e ­ plástico, que são depois colocados em grandes sacolas, as 'big bags', e encaminhadas para uma cooperativa de catadores que vende para empresas de reciclagem. Iniciativas como a dos moradores do bairro Serr~ são festejadas dentro do Fórum. É um exemplo de como' a mobilização da sociedade, junto ao poder público e à iniciativa privada, pode resolver questões como a do lixo e dá geração de renda, trazendo benefícios para toda a cidade. O evento de. lançamento do Fórum também serviu para mostrar como é possível transformar resíduos em matéria-prima para objetos como vassouras, peças de decoração, roupas e -acessórios. A Cooperativa de Confecções e Artes, Coonarte, apresentou um desfile de roupas confecciofladas a partir de retalhos. Com as sobras de tecidos é possível produzir casacos, bolsas, almofadas, colchas, vestidos, mostrando que o reapro­ veitamento e o combate ao desperdício estão na moda. , Revista Ecologia Integf ai . n i.


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ecologiaambiental

De volt a ao rio Estação de Tratamento de Esgoto, ETE Arrudas, transforma a água poluída, por uso doméstico e industrial, em água tratada que volta à sua origem O esgoto doméstico nãotratado, jogado ' esgotos sem tratamento no Arrudas vai, imprópria para o consumo humano, pois diretamente nos cursos d'água, figura entre numa reação em cadeia, melhorar o Rio das . ainda registra a presença de coliformes fecais, os principais poluidores das bacias Velhas e, conseqüentemente, beneficiar o que podem ou não estar contaminados com hidrográfICas de todo o pais. A ilusão da "Velho Chico". É o que garante a Compa­ vírus e bactérias causadores de doenças. Segundo Letícia Rocha, o sistema adotado abundância, até pouco tempo, dírecionou a nhia. ação do poder público para o abastecimento A ETE Arrudas fica no distrito de na ETE Arrudas foi descoberto por volta e relegou as redes de esgotamento dos Marzagânía, entre os municípios de Sabará de 1800, na Inglaterra, e é aplicado no mundo rejeitos produzidos nas cidades para O plano e Belo Horizonte. A Estação pode tratar uma inteiro. Em países mais desenvolvídos, como secundário. A ameaça de escassez dos . vazão de 4,5 mil litros por segundo e o Canadá, o processo continua no recursos hídricos parece estar recon­ transformar em água própria para navegar, tratamento terciário. ' O efluente é figurando essa rehi.ção, antes de exploração, pescar e nadar, o caldo grosso de resíduos transformado em água potá'vel, boa para produzido por mais de um milhão e meio beber. do ser humano com a natureza. Em 2001, quando a bacia do Rio São de' moradores da c~pital mineira e de Francisco, em Minas Gerais, registrava o seu Contagem, na região metropolitana. 'Apesar Operação Caça-Esgotos A Operação Caça-Esgotos consiste em pior Índíce de Qualidade das Águas, IQA, a da capacidade, a Estação recebe apenas Companhia de Saneamento de Minas Gerais, média de 1,2 mil litros por segundo. O localizar e eliminar os lançamentos nào Copasa, tirava do papel um projeto feito há restante não chega aos interceptores, é regulares na bacia do ribeirão Arrudas. Além cerca de 30 anos: inaugurava a Estação de lançado diretamente nos cursos d'água, por de fazer a identificação desses "fantasmas" Tratamento de Esgotos, ETE, do Arrudas. meio de ligações irregulares. A Copasaestima indesejados, técnicos do programa analisam O ribeirão, que cruza a capital mineira de que ainda há, pelo menos, mil litros por e. apontam sugestões para solucionar oeste a leste, é o destino de cerca de grande s~gundo da vazãó do rio para serem retirados . problemas como redes danificadas e ausência de interceptores nos afluentes. parte da carga orgânica - mais os efluentes e tratados. As providências vão desde de limpeza até industriais - da região metropolitana, revela: O efluente tratado tem aspecto visual de a empresa. Acabar com o lançamento de água limpa, mas retoma ao leito do rio obras de médío e grande por'te necessárias

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Estação de TrataflJento de Esgoto, ETE Amtdas, localizada no distrito de Marzagânia, entre os flJtmidpios de Sabará e Belo Horizonte

CDl

Revista Ecologia Integral - n" 21


• para a correta interligação ao sistema coletor, e conseqüentemente, à Estação de Tratamento. O trabalho inclui a identificação de lançamentos de esgotos em redes' pluviais (aquelas que recebem a água da chuva) e vice-versa, além do levantamento de locais onde os resíduos domésticos são jogados diretamente nas ruas. Esse é o caso dos aglomerados, assentamentos, áreas invadidas e loteamentos ilegais. A essas ações somam-se atividades de educação ambiental em escolas, associações e postos de saúde.

Controle Cada etapa do trabalho realizado na ETE é monitorado e controlado por computadores. Eles ficam em uma central de comando, no setor admÍlústrativo. O sistema exibe representações gráficas de todas as atividades em andamento. Unidades remotas espalhadas pela Estação fornecem dados 24 horas por dia. Qualquer anormalidade nO' processo é apresentada automaticamente, possibilitando a intervençã,o dos operadores nos equipamentos. A ETE possui, ainda, setores de apoio como ,o Laboratório de Análises Físico-Quínúcas e Bacteriológicas, que monitora a qualidade do afluente edo efluente; a Oficina Elettomecànica, que faz manutenções nos diversos equipamentos; o Sistema Elétrico, constituído por uma subestação elétrica que abaiXa a tensão de 138 Kv para 13,8 Kv. A Estaçâo, em parceria com a Universidade Federal de Min.as Gerais, abriga também uma unidade do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, onde os alunos de mestrado e doutorado' trabalham em projetos

Interceptores É através dos chamados interceptores - tubulações de concreto, de quase dois metros de diâmetro, enterradas nas margens direita e esquerda do Arrudas - que o esgoto é impedido de cair dentro do rio, sendo conduzido à Estação . de Tratamento. Em Be~o Horizonte, essas estruturas começaram a ser construídas nos anos 80, nas margens do Arrudas e de seus afluentes. Por aproximadamente duas décadas elas ficaram soterradas. Muitas tiveram trechos destruídos ou assoreados. Apenas com a entrada da ETE em funcionamento os interceptores começaram a ser recuperados.

Mau cheiro Um cheiro muito forte exala na fase prelinúnar do processo de tratamento. Não poderia ser diferente, principalmente, porque tal odor nos dá a dimensâo daquilo que geramos e da responsabilidade que temos por assumir. "Somos nós que produzimos aquilo ali", ressaltou a psicóloga ~a Mansoldo, em visita à ETE Arrudas com membros do Grupo de Estudos "Ecologia do Ambiente" do Centro de Ecologia Integral. Nos penodos de temperatura mais amena, as visitas são programadas para o turno da manhã. No verão, elas são suspensas pois o mau cheiro fica ainda mais forte.

p~otos.

Mais do que uma mudança no foco de atuação, 'a responsabilidade pelos rejeitos que nós mesmos produzimos em nossas casas, seja na cidade ou no campo, e também nas indústrias, pode expressar o princípio de um novo jeito de viver. Uma conduta que passa obrigatoriamente pelo respeito ao ser humano, pois cria condições sani­ tárias adequadas às populações, evitando riscos de doenças provenientes da degradação dos corpos receptores, e pela preservação do íneitlmbiente, já que minirniza os impactos nos rios formadores de bacias hidrográficas.

SISTEMA COPASA

Processo convencional de tralamenlo de esgolo

Revista Ecologia Integral - nOZ'

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Conheça as etapas do trat ament o de esgoto A farmacêutica e bioquímica Letícia' Rocha, analista de saneamento da Divisão de Serviços e Tratamento de Efluentes da Região Metropolitana, explica passo a passo como é feito o tratamento' do esgoto na ETE Arrudas, localizada no município de Marzagânia . Tratamento preliminar

Tratamento primário

Trat amento secundário

Tudo começa em uma fase preli­ minar onde resíduos sólidos maiores como estopa, plástico, papéis, preserva,tivos, absorventes, cabelo ­ que deveriam ter ido para a lixeira ­ passam por uma grade grossa e são retirados manualmente por um profissional treinado e munido de equipamentos de segurança. O material que não ficou retido neste ponto é removido mais adiante por outra grade, desta vez mais fina e mecanizada. Ela possui uma esteira rolante que conduz o lixo até uma caçamba. O esgoto segue, então, para os desarenadores, tanques quadrados, com uma espécie de pá mecânica. Ela gira, lentamente, raspando e empur­ rando para um reservatório a areia e todo· tipo de grãos que foram para o fundo da caixa. O material é retirado de lá por uma bomba em forma de parafuso. Todo o processo desta etapa é físico. Não há adição de produtos químicos ou biológicos. Os rejeitos recolhidos no tratamento preliminar são enviados ao aterro sanitário, também chamado de Central de Tratamento de Resíduos Sólidos, localizada na BR-040, no bairro Jardim Filadélfia, em Belo Hori­ zonte, onde também funciona uma Unidade de Educação Ambiental.

Saindo do tratamento preliminar, o esgoto passa por um canal e cai em uma estrutura denominada sifão invertido, de 18 metros de altura. A força da queda o impulsiona para a fase seguinte, o tratamento primário. Uma tubulação de 1,4 mil metros de comprimento leva o efluente aos decantadores primários. Nessas unidades retangulares, são raspados e retirados o lodo do fundo e a escuma, óleos e graxos flutuantes. O material é bombeado para estruturas chamadas adensadores por gravidade. Eles aumentam a concentração do sólido, reduzindo seu volume e o teor de umidade. O liquido separado volta para os decantadores primários, enquanto o lodo e a escuma são encaminhados aos digestores anaeróbios, onde perma­ necem de 30 a 40 dias em decom­ posição, sem a presença de oxigênio. Começa, então, o tratamento biológico - onde ocorrem a estabilização da matéria orgânica e a redução elos sóli­ dos voláteis - criando condições favo­ ráveis para a desidratação do lodo. As bactériasmetabolizam o material trans­ formando-o em compostos mais inertes. Pela fermentação anaeróbia e transformação dos ácidos orgânicos, a matéria orgânica é convertida em gás, que é queimado ao ser liberado para a atmosfera.

O líquido dos decantadores · primários verte para outros grandes tanques, os de aeração, onde começa o tratamento secundário, na presença de oxigênio. Três compressores sopradores captam o ar da atmosfera e o injetam em uma tubulação que vai até o fundo dos tanques. O ar se espalha no liquido por meio de uma rede de tubos formando o lodo ativado. O ambiente propicia o desenvolvimento de milhões de bactérias, protozoários e vermes, formas de vida que vão dos unicelulares aos pluricelulares, que se alimentam da matéria orgânica dos esgotos. Com a fartura de alimento, eles crescem e se reproduzem até o momento em que o tamanho da população e a alimentação entram em qesequilíbrio. Na fàse de declínio c morte os microorganismos começam a se aglutinar formando flocos biológicos. Eles vão -para os decantadores secundários, unidades circulares onde ocorre a separação do sólido e do líquido, ficando o esgoto tratado, com a redução de 90% a 95% da matéria orgânica. Por meio de uma elevatõria de retorno, um parafuso gigante, que circula continuamente, 80% do lodo do fundo dos decantadores secundários volta para os tanques de aeração. Os 20% excedentes são bombeados para os digestores.A água tratada volta ao rio.

O lodo digerido é encaminhado a um tanque aberto, denominado digestor secundário. Uma bomba centrífuga, semelhante à que existe nas máquinas de lavar roupa, retira mais um pouco da umidade. O líquido drenado retoma aos decantadores primários. Nessa fase do tratamento acontece a adição de uma substância química chamada polímero. Ela vai ajudar na desidratação restante do lodo que é, em seguida, encaminhado ao aterro sanitário. Dayse Lacerda Jornalista proh'ssionaJ, especiaft'sía em "Comunicação: Novas Tecnologias e Hipermidia" e em "Comunicação e G estão Empresarial': Licenciada em Filosofia. Membro do Grupo de Estudos de "Ecologia do ambiente" do Centro de E cologia Integral. Cei

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AAgenda 21 é muito mais do que umsimples documento: é o resultado de um compromisso, um programa de ação conj-unta de toda a humanidade, nàções e povos. em prol de -um desenvolvimento que tenha como objetivo a promoção do bem comum . o respeito e a responsabilidade social para com o presente e com o futuro: por isso ela foi pensada como uma Agenda para o século 2l. A Agenda 21 Global. aprovada por 179 países durante a Conferência sobre Meio Ambiente e D'esenvolvimento. Rio-92 . serve de base para que cada país formule asua própria agenda, adaptada para cada realidade. AAgenda 21 Brasileira. concluída em junho de 2002 . é resultado de uma ampla consulta nacional, em todos os estados brasileiros. Já as Agendas 21 Locais são o resultado da organização de grupos de cidadãos, objetivando políticas eações que proporcionem a concretização. de fato, do desenvolvimento sustentável. Conheça, a seguir. a importância -_da Agenda 21 e saiba como você pode contribuir. Revista Ecoloélia Integral

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((O desenvolvimento sustentável éaquele que satisfaz as necessidadespresente~ sem comprometer a capacidade das geraçõesfuturas de suprir suaspróprias necessidades. " Relatório Brundtland

Surgimento da Agenda 2 1 Global

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Assim como as pessoas costumam ter uma agenda particular, onde anotam dados importantes, compromissos, ph~nejamento do dia, da semana e do mês, O planeta também tem a sua, A chamada Agenda 21 é um plano de 'ação estratégico, que constitui a mais ousada e abrangente tentativa já feita de promover, em escala planetária, um novo padrão de de~envolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica, Isso significa, dentre outras metas, mudar a forma como tem sido feita a exploração dos recursos naturais, alterar os atuais ruveis de consumo e buscar tecnologias mais límpas. É um conjunto de recomendações que visa não só assegurar a qualidade do ambiente natural e dos complexos ciclos da biosfera, como também garantir a quálidade de vida do ser humano e os seus direitos básicos. Ela é, portanto, um documento que envolve climensões sociais, econômicas, culturais e ambientais. A Agenda 21 é um documento de quarenta capítulos, para o qual contribuíram governos e instituições da sociedade civil de 179 países, envolvidos, por dois anos, em um processo preparatório que culminou com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, CNUMAD, em 1992, no Rio de Janeiro, conhecida p~r Eco-92 ou Rio-92. Apesar de ser um áto internacional, sem caráter mandatório, vários países estão'se mobilizando, o que vem favorecendo a sua implantação. Além da Agenda 21, resultaram desse processo quatro outros acordos: Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas; Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica; e Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Clímáticas.

o que é desenvolvimento sustentável?

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Existem diferentes interpretações para o termo desenvolvimentõ sustentá/Jel. No entanto, O governo brasileiro adota a definição apresentada no documento 'Nosso futuro comum, publicado em 1987, também conhecido como Relatório Brundtland, no qual desenvolvimento sustentável é concebido como "o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidádes". O Relatório Brundtland - elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas e presidida pela então Primeira-Ministra da Noruega, Gro-Brundtland - faz parte de u'ma série de iniciativas, anteriores à Agenda 2), as quais rêafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam 0S riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte dos ecossistemas. O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento ,sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.


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A Agenda 21 Global está estruturada em quatro seções: - Dimensões sociais e econômicas - Seção onde são discutidas, entre outras, as políticas internacionais que podem ajudar a viabilizar - o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento; as estratégias de combate à pobreza e à miséria; a necessidade de introduzir mudanças nos padrões de produção e consumo; as inter-relações entre sustentabilidade e dinâmica demográfica; e as propostas para a melhoria ela ~a úde pública e da qualidade de vida dos assentamentos humanos; - Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento - Diz respeito ao manejo dos recursos naturais (incluindo solos, água, mares e energia) e de resíduos e substâncÍas tóxicas de forma a assegurar o desenvolvimento sustentável; - Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais - Aborda as ações necessárias para pro~over a participação, nos processos

decisórios, de alguns dos segmentos sociais mais relevantes. São debatidas medidas destinadas a garantir a participação dos jovens, dos

povos indígenas, das ongs, dos trabalhadores e sindicatos, dos representantes da comunidade científica e tecnológica, dos agricultores

e dos empresários (comércio e indústria);­ _- Meios de implementação - Discorre sobre mecanismos financeiros c instrumentos jurídicos nacionais e internacionais existentes e a serem criados, com vistas à implementação de programas e projetos ófientados para a sustentabilidade.

Cooperação e parceria de direitos e participação, mas também a contribuição de cada grupo ­ Os principios de cooperação e parceria apresentam-se como com seus valores, conhecimerltos e sensibilidade; conceitos fundamentais no processo de implementação da Agenda Planejamento 21. A cooperação entre países, entre os diferentes níveis de governo, O desenvolvimento sustentável só será alcançado mediante estratégia nacional e local, e entre os vários segmentos da sociedade é de planejamento integrado, que estabeleça prioridades e metas enfatizada, fortemente, em todo o documento da Agenda 21; realistas. Portanto, esse conceito demanda o aprimoramento, a longo Educação e desenvolvimento individual -prazo, de uma estrutura que permita controlar e incentivar a e~ tiva A Agenda 21 destaca, nas áreas de programa que acompanham os implementação dos compromissos originários do processo de capítulos temátic os, a capacitação individual, além de ressaltar a elaboração da Agenda 21. necessidade de ampliar o horizonte cultural e o leque de DesenvolVimento da capacidade institucional oportunidades para os jovens. Há, em todo o texto, forte apelo para A Agenda 21 ressalta a i~portância de fortalecer os mecarusmos_ que governos e organizações da sociedade promovam programas insti tucionais por meio do treinamento de pessoas. Trata -se, em, educacionais cujo objetivo seja propiciar a conscientização dos outras palavras, de desenvolver competências e todo o potencial indivíduos sobre a importância de se pensar nos problemas comuns disponível em instituições governamentais é não-governamentais, a toda a humanidade, buscando, ao mesmo tempÇl, incentivar o nos plano s internacional, nacional, estadual e local, para o engajamento em ações concretas nas comunidades; gerenciamento das mudanças e das muitas atividades que serão E qüidade e fo rtalecithento do s grup os socialmen te solicitadas. vulneráve~s Informação Essa premissa, que permeia quase todos os capítulos da Agenda 21, A Agenda 21- chama a- atenção para a nece ssidade de tornar reforça valores e práticas participativas, dando consistência à disponíveis bases de dadoS: e informações que possam subsidiar a experiência democrática dos países. Todos os grupos, vulneráveis tomada de decisão, o cálculo e o monitoramento dos impactos das sob os aspectos social e político, ou em desvantagem relativa, como atividades humanas no meio ambiente. A reunião de dados dispersos crianças, jovens, idosos, deficientes, mulheres, populações e setorialmente produzidos é fundamental para possibilitar a avaliação tradicionais e indígenas, devem ser incluídos e fortalecidos nos das informações geradas, sobretudo nÇ)s países em desenvolvimento. -diferentes processos de implementação da Agenda 21 Nacional, Fonte: Site do Ministério do Meio Ambiente - www.mma_gov.br Estadual e Local. Esses processos requerem não apenas a igualdade -Revista Ecologia Integral - n' Z1 ~


Qual o objetivo da Agenda 21 Brasileira? O Brasil, assim como os demais países signatários dos acordos oriundos da Conferência sobre Meio Ambiente e D esen­ volvimento, a Eco-92, assumiu o compromisso de elaborar e implementar a sua própria l\genda 21. A Agenda 21 Brasileira tem por objetivo instituir um modelo de desenvolvimento sustentável a partir da avaliação das potencialidades e vulnerabilidades de nosso país, determinando estratégias e linhas de ação cooperadas ou partilhadas entre a sociedaDe civil e o setor público. Mais do que um documento, a Agenda 21 Brasileira pretende contribuir para· a construção e a implementação de um novo .

paradigma de desenvolvimento para Q país. Em uma primeira etapa, já concluida em junho de 2002, foi elaborada a Agenda 21 Brasileira através de metodologia participativa. O documento foi elaborado após. ampla consulta popular e organizada pela Comissão de Politicas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Brasileira, CPDS, criada em 1997, paritária, reunindo os ministérios ligados às questões de desenvolvimento e de meio ambiente e representantes da sociedade civil organizada. A segunda etapa deverá colocar em prática as ações e recomendações sistematizadas no documento, mediante o estabelecimento de políticas públicas compatíve is com o desenvolvimento sustentável.

As 21 ações prioritárias da Agenda Brasileira A economia da poupança na sociedade do conhecimento 1. Produçc/o {! corwlIJlO sltsten!CÍveú contra a mlfura do de.lperdício. É preciso mudar os atuais padrões de consumo que geram desperdício e poluição do meio ambiente. Para isso, é preciso mobilizar a população:através de campanhas nacionais, a evitar o desperdício de água, energia, alimentos, na construção civil, etc e estimular o uso racional dos recursos e bense serviços públicos e privados. Além disso, deve-serestringir a produção de embalagens e de descartáveis, incentivando os retornáveis elou reaproveitáveis para diminuir a geração de resíduos.

'2. Ecoeftciê17cia e responsabilidade social das empresas. As empresas brasileiras precisam adotar os princípios de ecoeficiência que significam aumento de rentabilidade e redução de gastos de energia, água e outros recursos e insumos de produção. l\s empresas devem assumir a responsabilidade sobre seus passivos ambientais (resíduos gerados) e adotar procedimentos para minimizar seus efeitos. Para isso, os funcionários das empresas devem ser amplamente capacitados para a ecoeficiência.

5. Informarão é cOllbea;netlto para o desenvolvimento sustentáveL Incentivar pesquisas relacionadas ao desenvolvimento sustentável, provendo recursos fmanceiros e materiais para a manutenção de pesquisadores e cientistas no Brasil.

Inclusão social para uma sociedade solidária 6. Educa{ão permanente para o trabalho e a vida. Entender a educação como prioridade máxima porque é a partir dela

que é feita a formação do ser humano. Melhorar a qualidade do ensino

fundamental, considerado o ciclo de formação que se estende da pré­

escola até o segundo grau. Instituir a Agenda 21 da escola e do bairro,

capacitar professores, incentivar a .participação de pais de alunos,

valorizar o ensino profissionalizante e fortalecer o ensino superior.

3. Retomada do planejamento e.rtmtégico, in:Fa-estrtltllm (f útte,gra{ão regionaL Integrar o planejamento regional ao planejamento para o desenvolvimento sustentável do país, visando a redução das desigualdades regionais. Promover a universalização do acesso. à energia, às comunicações e ao transporte, tendo em vista o desenvolvimento das potencialidades regionais e evitando impactos ambientais negativos.

4. Energia renot'tÍlJe/ e a biomassa. Priorizar o uso eficiente e a conservação de energia, buscando o desenvolvimento de alternativas de fontes renováveis de energia. Incentivar o uso do álcool e da energia solar, por exemplo. Revista

tlllDglil I l1 ttlgr~1

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"Prote.ger cU Clúmras da lIIarginrJlidade, eJtúl/ftlrJlldo li adadrl/tia e a eJpemnfrJ (RecolllmdC/fiio drJ Ã,~/!IIdrJ 21 BmJilúm - Objetivo 8)

NO jiduro"


7. Profllo/Jer a saúde e evitar a doença, democratizando o SUS. Promover a Agenda 21 dos hospitais brasileiros, tendo em vista a melhoria dos seus serviços e a qualidade do atendimento. Universalizar ações de promoção à saúde, prevenção e controle de doenças e assistência integral. Eliminar fatores de risco à saúde com o controle da água, solo, produtos e serviços. Promover ações educativas de combate ao uso de tabagismo, álcool e outras drogas, dietas adequadas, direção perigosa e comportamento sexual seguro.

12. Promoçào da ~grimltl4111 sustentá/Jel. Buscar métodos que conservem os recursos naturais e forneçam produtos mais saudáveis, minimizem os efeitos sobre os ecossistemas e sobre os solos com a diminuição e controle da geraç?io de resíduos. Aeotar o 'princípio da precaução', em relação ao uso e plantio de alimentos transgênicos, até que se obtenham informações científicas que atestem a sua segurança para a saúde e o meio ambiente. 1.3. Promoper a Agenda 21 Local e o descl1l1oliJit1Jento integrado e sustelttável. Priorizar o incentivo à realização da Agenda 21 Local, por meio de planos estratégicos e processos participativos, envolvendo governo e sociedade na busca de ações no plano ecoBômico, social e ambiental. Elaborar indicadores de ,desenvolvimento sustentável adotando os princípios e estratégias contidos na Agenda 21 Brasileira. 14. Implantar o transporte de maJsa e a mobilidade sustentável. Promover a implantação de redes de transportes integrados.de massa, como metrôs e trens rápidos. Promover a descentralização das cidades. Incentivar veículos menos poluentes. Implantar sistemas de gestão de trânsito e aplicar rigorosamente o pri!:cípio da prevenção contra a violência no trânsito. Recursos naturais estratégicos: água, biodiversidade e florestas.

15. Preservar a quantidade emelhorar a qualidade da ágtla nas bacias bidrogrijlcas. Difundir a consciência de que a água é um bem finito e espacialmente mal distribuído em nosso país. Implementar a Política Nacional dos . 8. Inclusào social e distribuição de renda. Recursos Hídricos. Promover a educação ambiental, principalmente Ampliar ações governamentais e não-governamentais para a melhoria das crianças c iovens, quanto às conseqüências do desperdício de da qualidade de vida da população e redução da .concentração de água. Assegurar a preservação de mananciais. Estimular a redução renda existent~no país. Adotar políticas públicas de desenvolvimento do consumo de água na agricultura c na indústria. Combater a sustentável nas regiões com maiores níveis de desigualdade social. poluição do solo e da água. Proteger os segmentos mais vulneráveis da população: crianças, 16. Política florestal, controle do desmatamento e corredores de jovens, negros e mulheres. biodiversidade. 9. UnÍlJersalizar o sanealllentoalJlbiental protegendo o ambiente e a Realizar a transição das formas predatórias para tormas sustentáveis saúde. de uso dos ecossistemas brasileiros. Limitar o uso de queimadas, . Priorizar investimentos em infra-estrutura urbana, saneamento incentivar a recuperação de terras desmatadas, abandonadas ou básico, com abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto. subaproveitadas. Jjrnitar a expansão da fronteira agrícola em áreas . Efuninar os lixões, reduzir a geração de resíduos e promover a coleta

sçletiva e a reciclagem de lixo como geração de renda. ''[Iu/i/llir meCcmlS11IOJ qtle aucgllrem o con/role de resídllos de agrolÓxicoJ IIOS alimentos, tJlc1I/JÚJC jfJljJoI1ados"!RecoJJlet/dação da Agenda 21 Braj',ieiraObjetit.v 12)

Estratégia para a sustentabilidade urbana e rural 10. Gestào do espaço urballo e a autoridade metropolitana. Promover a reforma do Estado, dentro da nova filosofia do federalismo cooperativo, tornando-o mais ativo e promotor do desenvolvimento urbano sustentável. Criar uma legislação comum e consórcios partlcipativos entre as prefeituras das regiões metropolitanas para a gestão integrada de seus serviços públicos. 11. Desenvo/JJimento sustentrizleI do Brasil mral. . Buscar ações de desenvolviment9 rural, priorizando as organizações e os atores locais, promovendo parcerias que incentivem a agricultura familiar, a diversificação das atividades econômicas e a valorização da biodiversidade.

"Pliorizar Oj: úll'estiflte/ltQS em inj;'a-estmtura t/rbfllw para alcançar a IIniversaiizaFão do saJmnaneto báJico !IOS próxilllos dez anos "(Recolllff!/dação da / lgenda 21 BrrJ,rileira - ObjetiliO 9) ' . Re/l:,tã Erolc Cjia Integral·· ,,'


de fragilidade ambiental. Respeitar a legislação ambiental vigente nas 0 iniciativas de política agrária,-em relação ao licenciamemo ambiental. Incentivar a exploração sustentável das florestas nacionais, mediante _~ a elaboração de planos de manejo florestal. Dar apoio à pesquisa florestal para reflorestamento. Expandir as unidades de conservação. Desenvolver um plano nacional de eco turismo. Combater a biopirataria. Educar e conscientizar as populações locais para a preservação dos biomas. Agilizar a elaboração do zoneamento ecológico-econômico que deverá ser adotado como instrumento básico de qualquer ação de planejamento territorial. Combater a deserti ficação. Governança e ética para a promoção da sustentabilidade 17. DeSC8!lfm/izaçào e opactojéderafit.'O:parCm{ll~ col1fórcios e opoder local. Fortalecer o federalismo cooperativo e definir as competências entre o Governo Federal, estados e municípios, levando em conta seu tamanho, renda, etc. Capacitar lideranças sociáis para o desenvolvimento sustentável. Capacitar e racionalizar as competências e a ação dos conselhos, integrando suas áreas de competência.

"(I!II/batel' a poll/ição rio Joio t da ágl/a. pnJuipallJlti/1t de rr:Jídt/oiperigOj-oJ I' naal'oJ' {lOS I"fCl!t:Wi Halumis t à vida h!//ilaH{I_ "(RecUJlltildIlCào da J'1gmdll 21 Bm.rileira - Objeti;:o 15)

u(jIl//JelJ-alizal" o .rútetlltl de ensino elll tem!)/J integral e combater /I ai1alfabetúmo ji/JuiolltlL "(Recolllendarãú da / Igenda 21 Ilra.rilelm - Objetivo 6)

20. CilltuJ'a CÍ1/lca e J10vaJ identidadej' 110 Joúedade da cOlltunicarão. Valorizar a identidade e a diversidade cultural brasileiras. Criar mecanismos para que o terceiro setor receba incentivos fiscais para projetos de desenvolvimento sustentável. Promover a cultura negra. Fortalecer o papel da mulher na sociedade. Valorizar a cultura indígena. Realizar projetos deeducação ambientai e de capacitação para a viabilização das ações propostas na Agenda 21. Desencadear um movimento popular de conscientização da mídia para desempenho de seu papel de pedagogia social. 21. Ped({gogia da stlstentabilidade: ética e Jolidalúdade. Divulgar a Carta da Terra e debater os seus princípios nas instituições de governo, na sociedade oi:ganizada, nas escolas, universidades e empresas. Estabelecer códigos de ética profi ss ional que se empenhem no cumprimento de normas e preceitos l110rais.c éticos. Fortalecer o Conselho de Í~tica do setor público. Incentivar o princípio da responsabilidade social cooperativista junto às empresas. Adotár o princípio da precaução em relação às novas tecnológias e demais ações que não se conheçam previameme os impactos socioambientais decorrentes de sua adoção. Combater a corrupção ou qualquer ação que prejudique o bem público e o interesse legítimo dos cidadãos. Fonte: Agenda 21 Bras/7e/i-a - Ações Prioritárias - Minislirio do iV/elO Ambiente Í'o!a: Arf(uÍ/.'u f..J.j

18. M_orlemizarào rio Er/ado: l"estào ambimtal e il1strtlmentoJ

econômicos. Estimular o planejamento estratégico em todos os órgãos e entidades, melhorar o desempenho na prestação de serviçospúblicos, introduzir um novo modelo de gestão ambiental integrado às ações setoriai s de governo. 19. Rekifões internacionais egovertianpa ~~/oba/p{/ra o destl1lloll,J;1leJ7to sllstrmtável. Fortalecer as instituiçôes governamentais que atuam na representação do Brasil nas discussões internacionais. Defender regras mais eClüitativas para o comércio internacional que beneficiem os países em desenvolvimento e não apenas os desenvolvidos. Fortalecer as Nações Unidasq)mo organismo representativo de uma ordem global justa e solidária.

"EJlill1lilar apesq/lisa e {J (leJ"e/l/Jolt,iI/Utlta de temologiaJ epráticas re!"úo!1adas tiO deJ{'//wllJitlltil!o j!l.rtetltlÍl'eI." (RtcOtllmdll(áo da AgeIJdll 21 Bmsileim - Objetil,o 5)


• Como podemos começar a Agenda 21 local?

Não há uma única fórmula para a criàção das Agendas 21 . éada comunidade te~ características específicas e somente após conhecê­ las muito bem é possível se pen~ar em uma AgenCIa 21 Local. Mas alguns passos são fundamentais: '

Primeiro passo:

Terceiro passo:

Divulgar junto à comunidade o que é e como se inicia a construção de uma Agenda 21 Local.

Criar o Fórum dà~oenda 21 Local.

Segundo pàsso: Constituir um grupo de trabalho que irá dar 'inicio à elaboração da Agenda 21.

O grupo de trabalho deve: - Estabelecer metodologia de atuação;

- Reunir informações sobre algumas das

questões básicas para o município; - Examinar as possibilidades de financiamento para a elaboração da Agenda 21 Local; - Iniciar negociações sobre a forma de insti­ tucionalizar O processo. junto às autoridades locais; - Identificar quais os setores da sociedade que devem 'estar representados, em função das particularidades locais;

Comunicação Manter as pessoas informadas sobre o Fórum da Agenda 21 Local é fundamental para a participação de todos. Alguns tópicos mostram-se essenciais: - O que sepode, e o que não sepóde esperar

Concluída a missão do grupo de trabalho, recomenda-se a instituGÍonalização do processo com a criação de um fórum (comissão, conselho ou estrutura semelhante), pelo executivo ou legislativo local com a incumbência de preparar, acompanhar e avaliar um plano de desenvolvimento sustentável para o município. Considerando que a parceria é a base para o sucesso de todo o processo de elaboração e implementação da Agenda Local, o Fórum deverá ter em sua composição representantes de todos os segmentos da comunidade.

Como deve ser o Fórum? A sua composição deve manter a paridade entre membros do governo e das , diferentes representações da sociedade. Requer ainda um estatuto ou regimento intemo. A sua direção dependerá da sua composição. Uma coordenação forte, democrática, s ensível e disposta a dar espaços iguais às diferentes idéias, com habilidade de negociação é o mais indicado. Cabe ao Fórum definir os princípios a serem seguidos e uma visãq do futuro desejado pela comunidade, que represente suas aspirações no tocante à saúde, qualidade de vida, desenvolvimento econômico, entre. outras. A sua principal missão é representar os interesses da comunidade durante todó o processo de' formulação de poJiticas e sua implementação. ' Fonle: Carlilha Conslruindo a Agenda 21 Local Minisléúo do Meio Ambienle

do processo da Agenda 21. - Formas de envolvimento de grupos e pessoas. - Uma descrição do processo de análise de temas e seu calendário de eventos. - Resumo dos resultados de pesquisas recentes e informações sobre as condições atuais e projetadas para o futuro dentro da comunidade. - Como serão tomadas as decisões finais. Revista EcologIa Integral

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Agenda 21 em Minas Gerais o Fórum da Agenda 21 de Belo Horizonte, em construção desde 1997, teve a sua cliscussão retomada em junho de 2003, por iniciativa do legislativo municipaJ;dos executivos federal (Ministério do Meio Ambiente) e municipal (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Urbano) . Hoje conta com a participação efetiva de aproximadamente vinte pessoas em suas reuniões semanais, representando ongs, associação de classe, instituição de pesquisa, poderes públicos executivo e legislativo e cidadãos colaboradores, além de aproximadamente cinqüenta pessoas em um grupo de cliscussão pela internet. Já o FÓrum Estadual Provisório da Agenda 21 de Minas Gerais foi constituído em fevereiro de 2004 e conta com a participação de cerca de 120 organizações, tanto do poder público quanto da sociedade civil. O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais, CREA­ MG, assumiu a secretaria executiya e foram constituídos cinco grupos de trabalhos com as seguintes atribuições: regulamento e objetivos; . mapeamento integrado; metodologia de atuação; mobilizaçâo social e reconstituição do acervo. II rellfliiJt, . ~",mlr1i ,- dI, FÓ1'IIt'! !i,,' A.~,-lld" :! f de b" .ft) Hilri zontr f l{rgirlfl ,\/rtmpnlill7l1'; <1(("" I'<'t);; J!(, PilrCjllr

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Consumo consciente De nada aclianta redamar dos órgãos competentes, se eles não cuidarem dos espaços públicos da cidade, se não cuidamos do que acontece dentro de nossa casa, O lema "pensar globalmente e agir localmente" deve ser seguido por quem realmente se preocupa com a qualidade de vida no planeta . . As ações coticli.anas de limpeza, alimentação, organiz;ção, compras, utilização de serviços comuns a todas as pessoas podem ser também feitas de forma equilibrada, evitando o desperdício. Você pode optar pelo conserto de . roupas e eletrodomésticos, pela climinuição do consumo /de produtos de ­ higiene e limpeza, pelo reaproveitamentodos alimentos e pelo uso consciente da água, gás de cozinha, energia elétrica e serviços de telefone.

Orçamento familiar o equilibrio da sua residência também depende do controle dos gastos da família. Acompanhar de perto o orçamento familiar, definindo o que é prioridade e o que é supérfluo, é uma forma de evitar o desperdício. Preferir a . aqUisição de produtos mais duráveis, controlar os gastos com as contas de telefone, supermercado, combustível, etc., saber como e quando empregar a renda da família são ações que garantem a sustentabilidade financeira dentro . dos lares. :.rar {f,lIa (, matfriaú dr lil7!fJeza nos .iC!'lllrOS rfolJlhtj((),f . de.lormtl mflsrlmle !e}/! !!u'ejkioJfili Llllceiros e a",bitittllis (I'

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ReVista E(01091 Integral - fi

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As escolas também terão a sua Agenda 21. O Ministério da Educação, Mec, em parceria com o :l\ünistério do Meio Ambiente, MJ' [1\ , está incentivando a implantação da Agenda 21 nas escolas que participaram da Cpnferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, promovida em 2003. E o processo começa com a implantação da COM.VIDA, Comissão de MeioAml5iente e Qualidade de Vida na Escola. A Comissão é wna sugestão da 'carta "Jovens Cuidando do Brasil - Deliberações da Conferência Infanto-Juvenil 2003", produzida pelos estudantes em Brasília. Nela, 400 jovens delegados e delegadas propõem que sejam criados e valorizados os seus espaços de participação em defesa do meio ambiente. A carta sugere que se formem conselhos jovens nas escolas e em outros espaços da sociedade e cita a importância da I\genda 21 Escolar. .Criar a CONLVIDA na escola e realizar a Agenda 21 são duas ações em defesa da qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente. A Comissão será formada por estudantes, professores, funcionários e representantes da comunidade e terá como objetivo contribuir para um rua-a-rua mais participativo, democrático e saudável na escola. t\ COi\í.VIDA vai mobilizar para a construção conjunta da educação am­ biental na escola; organiza r a Age nda 21 Esco lar, organizar as Conferências de Meio Ambiente na Escola, que ocorrem a cada dois anos, e colocar em prática suas decisões, além de promover intercâmbios com outras Comissões organizadas nas escolas de seu município, regiã? ou estado. A Oficina 'de Futuro, metodologia'Criada pelo Instituto ECOAR para a Cidadania, será utilizada para a criação das Comissões de Meio Ambiente e para a elaboração da Agenda 21 Escolar.

.

Agenda 21 Empresarial O compromisso de criar e implementar uma Agenda 21 Empresarial foi assumido pela ministra do Meio i\mbiente, Marina Silva, e o presidente do Banco do Brasil, éássio Casseb Lima, no último mês de junho. Foi assinado também um protocolo de intenções preveodo a convergência de ações para a promoção elo desenvolvimento sustentável. Além de se propor a pautar seus negócios pelos princípios da respon sabilidade socioambiental, o Banco do Brasil es timulará o empresariado a participar da elaboração da Agenda 21 e a adotar as práticas consolidadas. Segundo Casseb, a elaboração da Agenda 21 Empresarial está diretamente ligada à promoção do desen..-olvimento regio nal sustentável. Desde o início de 2004, o Ministério do Meio Ambiente e o Banco do Brasil estão mantendo entendimentos, para identificar alternativas para apoio do setor empresarial ao fortalecimento do processo de disseminação da Agenda 21 Brasileira.

RepreJentantes das Secretarias de Educação. I bama, Conselhos JO~'ens, unit/ersidodes e ongs de todos os estados brllJ'ileirosparliciparam, em julho de 2004, do Seminário de Formadores I de educadoreS ambientais, promovido pelo Nlinistério da Edumção, com o obJetivo de o/ttdar as escolas que parliciparam da Conjerência Injanto-]uvenilPelo Meio Ambimte a implantal'Projetos de educação ambiental e as CONI. viDAS, Cot/Júsões de Meio Ambimte e.Qttatidade de Vida

Passo a passo pa ra a Oficina de Futuro* Primeiro passo: Levantamento dos sonhos Como é ti esco/ü qm q tll!1'fl1/0S? Como é o meio a!11bimte na eJeola dos IlOS.(OS sonbos? COlJlO é omeio atJlb'iwte na COlllill1idadl' dos nossos sOl1bo.r? Segundo passo: Levantamento dos obstáculos O que ncio está bom 110 dia-o-dio ria escola? Qlfaú são os priJiczpaisproblemas? Terceiro passo: Pesquisa dos motivos

CMl'JO ure.í problelJlaj- slIrgit'CI1Jl? Como eram a escola e o cOTl1lmidade antes deles aparecerem? Que expen'ênám illtel'CHaJltes já aconteceraJi! por aqui? Quarto passo: Plano de ações Quais apões devem sel'/ea!i:zadas? O qlfe será ntcessário para realizá-Ias? QNc/lS os p razos para o sua realização? Q t{eJlJ se I'e.rponsabiliza por elas? Como medir.re ogTlfpo cons~g/lÚ{ realizar aq!lela ação ? ~A

Oficina de Futuro é uma metodologia criada pelo Instituto ECOAR para a CIdadania

Revista Eçologia Inteqral - n021

8)


Os caminhos para o Brasil Pedro Ivo Batista, Coordenador da Agenda 21 da Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável. do Ministério do Meio Ambiente, fala da implementação e da divulgação do documento no país , Qual a importância da Agenda 21 Brasileira e o que ela tem de diferente da Agenda 21 Global? A elaboração da Agenda 21 Brasileira, finalizada em junho de 2002, traçou as diretrizes c ações prioritárias para o desenvolvimento sustentável do país. A fase de implementação das políticas propostas coincide com a re~fumação dos compromissos e objetivos da Agenda 21 na Cúpula de ]oanesburgo, com a posse do atual governo e com a elaboração e implementação do Plano Plurianual- PPA 2004/2007, . o que pressupõ e uma série de iniciativas no sentido de dar direcionamento político às ações de implementação da Agenda 21 Brasileira e à elaboração e in1prementação de Agendas 21 Locais. Quando do início do processo de construção da Agenda 21 . Brasileira, os estudos apontavam para um consenso, em nível internacional, de que as Agendas Nacionais não precisavam, .necessariamente, repetir ou duplicar todos os tópicos da Agenda Global. Cada país deveria selecionar um conjunto de temas, que melhor refletisse sua problemática social, econômica e ambiental e que mais contribuísse para a implementação da sustentabiJidade como estratégia de desenvolvimento. Nesse contexto, tendo como base o documento da Agenda 21 Global, a Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional, CPDS, - Comissão paritária entre governo e sociedade civil - definiu um documento de metodologia com as premissas a serem seguidas na construção do processo de elaboração da Agenda 21 Brasileira e seus temas básicos. Os temas estruturais de prioridade nacional foram assim definidos: cidades sustentáveis; agricuLtura sustentável; gest,ão de recl,lrSOSnaturais; redução das desigualdades sociais; infra­ es trutura e int@gração regional; e ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentáveL

-

Como o governo planeja divulgar a Agenda 21 junto à população em geral que ainda não sabe o que ela significa? O :t\Iinistério do Meio Ambiente, por meio de sua Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável/Coordenação da Agenda 21, vem definindo e implementando diferentes ações com o objetivo de disseminar os principios da Age.rda 21. A ênfase no apoio à construção de Agendas 21 Locais e a ação de formação de multiplicadores, em implementação, são de fundamental importância para atingirmos uma maioJ parcela da nossa população. As diferentes parcerias com outras instituições do governo e da sociedade civil também caminham no sentido de ampliar nossa atuação. Entretanto, pela dimensão e diversid~de do nosso país, sabemos que nossa atuação fica aquém do necessário para uma efetiva divulgação. Assim, pretendemos propor a criação, no âmbito da CPDS, de um grupo de trabalho que defina formas mais concretas e eficazes de divulgação e informação.

~ Revist

Ecologia !l1tegral - n

Qual deve ser a côntribuição do governo, da sociedade, das ongs, enfim, de cada setor, para que a Agenda 21 saia do papel e transforme a realidade de fato? , Todos os setores têrri papel de igual peso nos processos de construção e implementação de Agendas 21. Parceria é a palavra chave. Hoje, podemos dizer que os diferentes setores e grupos têm sua representação na CPDS. Com isso, em nível nacional, das macro políticas, as diferentes instituições e grupos devem acompanhar a atuação de seus representantes e fazer-se ouvir. No nível local a parceria e a participaçãQ de todos os segÍnentos da sociedade são fundamentais. Nas diferentes fases do pro,cesso é necessário contar com a ajuda das instituições governamentais, do setor econômico, das escolas, das associações de bairro, dos movimentos sociais e ambientais, das igrejas, enfim, de todos os representantes da sociedade lOcal. Sabemos que a pluralidade de idéias irá aflorar. Essa riqueza é importante, mas não podemos perder de vista a idéia de que diferenças e conflitos são bem vindos, mas que nosso objetivo maior é contribuir para a construção de uma nova sociedade e, portanto, precisamos buscar formas de conciliar idéias para sermos agentes ativos e propositivos dessa sociedade que pretendemos. Trabalhar com as diferenças em prol de nOv;!S idéias e ações é proposta da Agenda 21. Qual a expectativa da Coordenação da Agenda 21 quanto à consolidação da Agenda 21 no país? A equipe da Coordenação da Agenda 21 entende que somente a democracia realmente participativa pode efetivar a transição para um novo modelo de desenvolvimento, Essa transição tem como ponto principal o que procuramos sinalizar com o desenho da Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional, CPDS. São trinta e quatro instituições representativas de nosso mosaico social. Entretanto, temos claro que :t Agenda 21 propõe uma mudança em padrões fortemente arraigados em nossa sociedade. Padrões esses que resultam da firme defesa dos que não querem perder seus poderes políticos e econômicos e procuram dificultar a circulação de informação c, conseqüentemente, a participação qualificada da população em seus diferentes segmentos e grupos. Por outro lado, procuramos trabalhar com o propósito de disseminar ,idéias e descentralizar ações, na perspectiva de que a Agendã 21 não é umã agenda de governo e sim da ,ociedade t'. também, que não é um plano de ação para um determinado nmLd.uo político-administrativo e sim uma construção com obj ci~·o. de curto, médio e longo prazos, voltados para uma mudança nos atuais valores nos campos social, ambiental e econon:üco. .­


"Temos a estimativa de que existem aproximadamente 550 processos em curso, mas não conhecemos seus estágios e resultados" o que as crianças e os jovens podem fazer para implantar a Agenda 21 Como está o processo de implantação das Agendas 21 Locais? Como já mencionamos a Agenda Local é uma ação do Programa _em suas esco'ias ou na comunidade? Agenda 21 inserido no PPA 2004/2007. E mais, é uma ação para a O Tv1inistério do Meio Ambiente, por meio da Coordenação da

qual o MMA e a CPDS têm direcionado forte 'atenção. Tanto a Agenda 21, está trabalhando em parceria com o Ministério da

Agenda 21 Global como a Agenda 21 Brasileira reconhecem a Educação apoiando suas equipes na construção de uma metodologia,

importância do ruvellocal na implementação de políticas públicas um passo a passo, que auxilie a disseminação e a construção da

sustentáveis. Portanto, diferentes ações de apoio a processos locais Agenda 21 na Escola. Esse trabalho segue as demandas e decisões

estão em andamento. Dentre elas podemos citar a parceria com o da 1a Conferência Infanto-juverul pelo Meio Ambiente. Em breve o

Fundo Nacional do Meio Ambiente para o fmanciamento, por meio Ministério da Educaç~o estará distribuindo nas escolas uma proposta

de editais, da construção de agendas locais; parcerias também com de ação que envolverá sobretudo Agenda 21, Educação Ambiental

outros Ministérios incentivando a integração de ações e a continuidade dos trabalhos preparatórios para a 2' Conferência.

governamentais nos processos locais ~ a defirução, no âmbito da CPDS, de certificação de processos de Agendas 21 Locais em suas o que o cidadão comum pode fazer para contribuir na busca pelo

diferentes fases. desenvolvimento sustentável que é a base da Agenda 21?

Quanto à estimativa, diferentes tentativas de levantamento não O cidadão deve exercer efetivamente a cidadania. Parece uma frase simples, óbvia demais, mas não é. Nossa história política e · . chegaram, ainda, a um resultado com qualidade suficiente para divulgação e estudos. A dificuld?de de obter-se informações por cultural faz do cidadão um observador de seu próprio destino. As meio dé consultas e questionários é velha conhecida das pesqU'isas escolas, a midia, as instituições públicas, os representantes políticos nacionais. Temos a estimativa de que existem aproximadamente 550. levam o cidadão, no máximo, a uma participação passiva. processos em curso, sendo a seguinte a distribuição aproximada por Nesse sentido, a Agenda 21 propõe a cidadania ativa, onde diferentes grupos sociais estudem, analisem, discutam os problemas regiões: sudeste 42%, nordeste 25%, sul11 %, norte 11 % e centro­ oeste 11 %. Mas, não conhecemos seus estágios e resultados. de seu bairro, comunidade, cidade, estado e país para juntos Atualmente, a Coordenação da Agenda 21 está invest.indo em desenharem um cenário de futuro desejável, onde cada parceiro tenha agrupar uma série de dados existentes e, no ámbito da CPDS, claro sua parcela de responsabilidade e os meios necessários para a pretende formatar metodologia de formação de multiplicadores e 'implementação das ações consensuadas pelo grupo. EssaS ações obtenção de dados que, dentre outros, subsidiem o projeto de envolvem, em todas as suas fases, as instituições públicas e, portanto, certificação de Agendas 21 Locais. tornam-se políticas públicas. Formam o Planejamento Estratégico e' farticipativo Local, ou o Plano Local de Desenvolvimento o que o MMA espera das ongs na divulgação e implementação da Sustentável que equivale a Agenda 21 Local. Foto: foli Ln/~ Agenda 21 no pais? As ongs são importantes parceiras .nos processos de desenvolvimento sustentável. Têm forte representação na CPDS, tradição em processos :democráticos e representação nas diversas regiões brasileiras abarcando nossa diversidade cultural. Trabalham em boa sintonia com movimentos comunitário s e populares, que tam bém devem fazer parte do rol de parceiros nos processos-de Agendas 21 Locais. Assim, espera-se que sejam parceiras nas diversas etapas de construção dos processos, inclusive enquanto agentes multiplicadores de conceitos e de sensibilização de grupos locais.

Agenda 21 propõe a cidadania ativa, onde diferentes grupos sociais estudem, analisem e discutam os problemas de seu bairro, comunidade, cidadé, estado e país" '~

A Agenda 21 Brasileira prOClfl'OtI englabar as principais qtlestões sociais, econômicas e ambientais do País

Revista Ecologia Integral - o·Zl

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Geração de lixo

Se hOJe grande parte da água do p/atleta já está contaminada, como eJtará daqui a 50 anos?

Consumo de água o volume total de água na Terra nào aumenta nem diminui: é sempre o mesmo, porém ela está cada vez m'ais poluída e distante do ser humano. Hoje somos cerca de 6 bilhões de pessoa<; clue, com outros seres vivos, repartem essa água. Cada pessoa !l/Na por Jja, em média, 40 !i[ras de água: bebendo, tomando banho, escoyando os dentes, J.f\\·ando as mitos, etc. Nas Yárias part s do mundo, as pessoas nem sem re têm acesso à água limpa. 1.:m europeu gasta de 140 a 200 litrl), de água por dia, enquanto um norte-americano gasta entre 200 e 250 litro,. Em algumas regiões, como a \fcica, o consumo médio por pessoa é d 15 litros por dia. 1 io Brasil existem lug<lres, como o sertão nordestino, onde a água é muito escassa. Lembrando que apenas 0,7% do volume total de água da Terra é potável, isto é, pronta para çonsumo humano, o desperdíci o de"c ser evitado. No Brasi l, de 20% a 60% da água tratada para consumo se perdem na di. rxibuicào. dependendo das.condições de conseryaçào das redes de abasrecimento. O desperdício também é grande na hora elo banho, na utilização de descargas, na lavagem da louça, no LISO da mangueira para limpar calçadas e carros, etc. ;-Junca dew mos nos esquecer que cada gota de água é um b m muito precioso para os seres vivos. Entào, nada de desperdício!

A produção de embalagens precisa de uma grande quantidade de recursos naturais. São latas, papel, papelão, vielros, plásticos que gastam toneladas de metais, madeira e outras fibras vegetais, petróleo e muita energia. Evitando o uso de embalagens que podem ser dispensadas e aumentando a reutilização e a reciclagem é possível não apenas, reduzir de forma significativa o consum o dos " recursos naturais, como também diminuir bastante o volume do lixo. Você já prestou atenção na quantidade e variedade de embalagens qua acompanham os produtos que compramos~ Será que precisamos de todas elas~ A geração de lixo cresce "no mesmo ritmo em que aumenta o consumo. Quanto mais mercadorias adquirimos, mais recursos naturais consumimos e mais lixo geramos. É preciso reduzir, reutilizar e recida;: os três Rs que colaboram para diminuir o problema do lixo. Como nós já falamos neles aqui no Espaço da Florinda, vocês conhecem bem estes 3Rs, não é mesmo?

Energia elétrica Segundo estimativas do setor elétrico, cada consumidor desperdiça em média 10% da energi~ fornecida, seja por hábitos adquiridos ou pelo uso ineficiente de eletrodomésticos. Em 2001, o país inteiro passou por um racionamento de energia elétrica. Os consumido"res tiveram de reduzir o , consumo em até 20%. Para" uma boa parte da população, que nunca havia se preocupado com o gasto de energia, foi uma oportunidade para identificar e eliminar fontes de desperdício em suas residências e se conscientizar de que o consumo de en ergia implica em custos econômicos, ambientais e sociais. Portanto, nada ele deixar a luz "acesa sem necessidade!

Atenção, amiguinhos: 5e a sua esco\a, associaç.ão Ou comunidade tem desenvo\vido projetos em defesa da qua\idade de vida e do meio arnbiente, escreva c.ontando a sua experiência.A Revista Eco\ogialntegra\ quer divu\gar exemp\os de educadores e a\unos que promovem a eco\ogia integra\ e a cu\tura de paz . ~ Revista Ecologia Integral - n

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Os lindos desenhos q ue ilustram esta página foram feitos pela turminha do Grupo Pirilampo, do Col'\i unto Jardim Filadélfia, e da Pastoral do \ Menor da Vila ,são José, ambos de Belo Horizonte e foram enviados por Maria do Carmo Roc.ha. Eles mostram um olhar espec.ialsobre o mundo, onde há respeito e amor por todos os seres.

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Centro de Ec,ologia!ntegral Rua Bernardo Guimarães, 3101 salas:~OI../ a ~07 -5anto Agostinho B.elo Horizonte - Minas Gerais Cep: 30 11../0-033 e-mail:c,ei@ec,ologiaintegral,orgbr

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últipla escolha Opções de leitura de humor e poesia OJ irmãoJgêmeoJ ÚJoJino eÚJoníldo j\l1imndaAraújo, (!Jcntore.r econtadore.r de hiJtórias, sào autore.r de vtÍrioJ IÍlJro.r, dentre elej~ "O depe/tar da .renJibilidade': "Poeta de rua': 'Tem têmpo nào, Já?':. 'Trem da Roça!~ "NovaJ cmta.r chilenas: fi sátira e OJ detfJeJ da "Entrei dentro do pleonaJmo!J e "VúJa o Brasi/'~ eJte último tlm poema COI/1 1350 e.rtrojú. I!!lormações: Telelone.r: (31) 9950-3617/ 9673-1502 ojicilladopen-famento@botmail.com modernidade!~

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Programa leva ecologia integral a rádios comu'nitárias

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partir dos conteúdos da Revista Ecologia

Integral. Cada fai"{a tem duração média de

. dois minutos. A linguagem assemelha-se à

das radionovelas, privilegiando aspectos

O Centro de Ecologia Integral, em didáticos e lúdicos. A primeira série, distri­

parceria com o Programa de Apoio e buída com a edição de número 20,

Capacitaçâo das Mídias Comunitárias, conterppla o~ temas ecologia integral, água

Promic, da Universidade Federal de Minas e consumo consciente. Além da série de

Gerais, UHvIG, está distribuindo gratui­ programas Estação Terra, a fita distribuida

tamente para cerca de 120 rádios pelo Cei junto com a Revista Ecologia

comunitárias de todo Brasil, o Estação Terra, Integral, leva outros dois trabalhos

um programa que convida o ouvinte à cuidar produzidos pelo Promic: o l'FMG Repórter

de si mesmo, dos outros e do planeta. O - jor~alístico e o Literatura nas Ondas do

lançai:nento aconteceu no dia 25 de agosto, no Sindicato dos Jorri.alistas de Minas Gerais. por ocasião da comemoração dos três anos . da Re\~sta Ecologia Integral. Assi~ como a Re\~sta, o Estação Terra integra os programas de Educação Ambiental e Educação para a Paz desenvolvidos pelo Centro de Ecologia Integral. O projeto busca atender, inicialmente, a demanda das rádios comunitátias já cadastradas na distribuição gratuita da publicação. Além de divulgar, informar, sensibilizar e conscientiza~ as pessoas sobre os temas tratados na Re~sta Ecologia Integral, o objetivo é contribuir para ' o fortalecimento das núdias alternativas., Os programas foram redigidos, produ­ zidos, gravados, editados e reproduzidos por alunos do curso de Comunicação Social, a ReVista Ecologia Integral - I

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Radio - adaptação de textos literários. O Programa de Apoio e Capacitação das Mídias Comunitárias é um projeto de extensão do Departamento de Comunicação da Universidàde Federal de :Nlinas Gerais coordenado pelo professor e jornalista Valdir de Castro Oliveira. O Promic desenvolve ainda o Mídia em Pauta, trabalho de crítica de mídia veiculado na TV Comunitária (Canal 13); o Programa de Aperfeiçoamento Discente e o Comunicação Cidadã, com a participação de alunos bolsistas e voluntários do curso de Comunicação.


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Agenda do pedaço a decisão de cada um É inegável que a degradação an{biental tenha .se originado com a cultura humana, que sua "causa seja econ ômica e sua ·conseqüência, o ri,co do colapso da vida na Terra. Ou seja, em nossa travessia para a cLdtura substituímos a interação com a natureza pela expk)ração sem limjtes dos seus recursos, visando luc ro e benefício próprios, ameaçando, assim, a sobrevivênCia das próximas gerações. l\' a tentativa de reverter esse quadro, há mais de trinta anos, várias ações vêm sendo desenvolvidas, desde fóruns e movimen tos sociais em escala mundial, até ações porituais em pequenas comunidades. Porém, numa análise mais realista, con~ tata-se que, apesar de muitos ganhos, a recuperação am bi eotal ainda é i.nversamente proporcional à sua degradação. Acredito que isso se deva à pers.istencia de alguns paradigmas c1á~sicos, apesar de · equ ií"o cad os . Primeiro, O mod elo de produção globalizado, que hoje impera no pla net a, privilegia a degrada ção em detrimento da preservação. ;A" quantidade do lucro financeiro predomina sobre. a qualidade da vida natural. /\ doença é mais lucrativa ·que a saúde, a ignorância é mais vantajosa que o conhecimento, O consumo desenfreado dos produtos industrializados é que mantém ativa a ganância capitalista e não o consumo equilibrado dos recursos naturais. O capitalista olha as montanhas e vê valiosos minérios ali guardados, olha os rios e vê hidrelétricas rentáve.is, olha as florestas e vê made.iras para exportação, olha a miséria humana e vê mão-dt-obra barata. Mas, será que quando se olha no espelho, não vê a vergonha do mundo que está -deixando para os seus fIlho s" Ou imagina que o capital acumulado possa comprar uma água que já secou, um alimento que já não nasce, uma v.ida que já não há? I () segundo equivoco está no modelo da educação f(Hmal, que via Minisrérios e Secretarias, inunda·as escolas com pacotes e mais pacotes de projetos ambientais para serem executados, sem clue elas participem de sua elabo~ação, sem a devida capacitação dos profissionais e se m que haja uma

conexão imediata com a realidade local: O resultado é uma enormidade de material pedagógico sub-aproveitado ou desper­ diçado, uma sobrecarga de trabalho para alunos e professores c uma descrença em . suas potencialidade para operar mudanças. 'a educação não-formal os movimentos sociais éque são convocados como parceiros e acabam so brecarregados com tantos projetos diferentes, freqüentemente sem conexão com os interesses vitai s da comunidade. São empresas cumprindo condicionantes de empreendimentos, são ongs militando em suas ideologias, são instituições religiosas cumprindo seu caráter filantrópico, são órgãos públicos entte o compromisso social e o interesse político­ econômico. Enfim, são ações isoladas, que segmentam ainda mais a comunidade, não promovendo uma ampla mobiljnção para transformação da realidade. O utro grande eq uívoco é a crença, subjacente em quase todos os projetos ambientais, de que só "os pobres" necessitam de educação am~ientaJ. ada mais injuSto, considerando que são exa tamente estes que recebem com maior impacto, os efeitos da degradação ambiental, causadas por empresas e indústrias diversas. São os que detêm o poder po lítico e econômico que precisam, urgentemente, entenderem que não adianta salvarem a própria pele se não houver um planeta saudável para se habitar. Competição, exp loração e quantidade, são ,'a lo'res ' incompatí,'eis com a sustentabilidade da vida na Terra. Por outro lado, fe[jzmeote, existem ex periências bem s~ced;das e são nor malm en te aq uela s baseada s nos conceitos de locali zação e simplicidade, ou seja, organizando comunidades capazes 'de autogeração de reri.da, usa nd o energias própr ias e re novávei s, va loriza ndo cori.hecimentos, materiais e'cultura locais e incrementando os processos dc tomadas de decisão nama democracia participativa. São hortas comunÜári as, ' coop era tivas de trabalho com materiais recicláveis, ecovilas, mutirões diversos, dentre outros.

Educação ambiental é, portanto, mais do que se nsibilizar as pessoas para preservação dos recursos naturais. É ter como primeiro compromisso a eqüidade social, o respeito do ser humano pela própria espécie. É sair do discurso queixoso e tendencioso de que "n inguém quer a exploração da Terra, mas rod;s querem os benefícios das indústrias", e questionar se realmente esses benefícios. são para "todos". Não,não são! São 'apenas para uma minoria da população do mundo. A maioria será, com muita so rte , a força de trabalho, os produtores das riqueza s, ana lfabe tos, desnutridos, miseráveis, alcoólatras. Jamais poderão comprar o que produzirem, não terão onde se refugiar da poluição do ar ou dà ~oua, nem proporcionarão às suas familias o a<esso à saúde, educação, moradia, ao trabalho e lazer. A função do educador ambiental não é, éntão, levar respostas prontas e conformistas para a comunidade, mas provocar, através da sua escuta, o surgimento de questões que sensibilizem o cidadão para algo que lhe passava despercebido. Sensibilizado ele irá refletir, tomar consciência daquilo que lhe diz respeito e decidir-se a agir, fazendo suas escoUlas e se responsabilizando por elas. E, ainda que pesem as va idades pessoais, as burocracias administrativas, os interesses ideológic os, eco nômicos e polítieos, é necessário e urgente a construção de uma agen da ambi ental única e local, comprometendo todos os segmentos envolvidos num pedaço, seja uma cidade, um bairro, uma bacia hidrográfica. Só assim se evitariam de sperdícios de recursos e se mobilizariam ações construtivas, dividindo responsabilidades e ampliando a possibilidade de soluções criativas e efetivas.

A na Mansoldo Psicóloga, pós-graduada em Educação Ambiental e colaboradora do Centro de Ecologia Integral- Cei

Revisla teologia Integra! - n'" I


onto de vista

Agenda 21 Um compromisso de todos com um mundo mais saudável

I

Em 1992, no Rio de Janeiro, aconteceu um grande encontro mundial sobre as questões ambientais, a Eco-n. Nes te encontro, representantes de 17 9 países assinaram um acordo, considerado o mais importante da conferência: a Agenda 21. Salvar o planeta, preservar a natureza,. transformar a terra em um lugar mais saudável de se viver... A Agenda 21 fala 'sobre isto. Fala, tamb ém , que pequenas ações podem contribuir para. melhorar o mundo em que vivemos. E fala que a água que economizamos, em nossas casas, vai ajudar as pessoas do outro lado do mundo que já sofrem com a falta d'água. E que a reciclagem do lixo poupa nossos recursos naturais. Que a fumaça dos carros que circu\;lm em outros países poluem o ar que respiramos aqui... E tudo is so só confirma que é de cada um de nós a responsabilidade de um mundo melhor. Mas, é só isso? Simples, não é mesmo? É só fecharmos as torneiras do desperdício, apagarmos as luz es para mantermos o mundo aceso, reciclarmos o li'\o, usarmos transportes menos polLüdores, plantarmos árvores, não sujarmos as ruas, cachoeiras, mares... Com certeza, atitudes como estas são fundamentais para a vida das ge raçõe s futuras e da nossa, que já recebeu o mundo

com tantos problemas. E a Terra é uma só. Aqui e do outro lado do mundo. As pessoas são como são, aqUl e em outros países. Algumas mais ricas, outras mais pobres. Governantes bons e gover­ nantes que não se preocupam com a população que o elegeu. Criança., podem refMir .robre a atua! sitllação d/; m!lndo Crianças sem escola, superpo­ em .reM trabalboJ escofanr pulação, falta de moradia, desemprego, doenças, pessoas vivendo nas miséria, da pobreza, da morte... E morte é o ruas... fim do planeta. Por isso, a Agenda 21 deve :VIas, o que tem isso a ver com o meio ser um compromisso de todo~! Dos nossos ambiente? Pode parecer distante da idéia de governantes e de cada um de nós: adultos e salvar as baleias ou plantar mais árvores. cnanças. Pod e, principalmente, não ser respon­ Reflita um pouco sobre o futuro que sabilidade sua. Mas tudo isto tem relação você quer para o planeta. Comece pensando com a vida do planeta. na sua casa, chegue até o portão e pense na A Agenda 21 é assim: fal a de tudo. Fala sua rua, no seu bairro. Dê uma volta pela da responsabilidade dos nossos governantes cidade e imagine o Estado. Abra o mapa e em aplicar e distribuir bem o dinheiro do localize o Brasil, na América do Sul. Pense município, do es tad o ou do país que no mundo. Respire e olhe quantas estrelas governam' Mostra que se continuarmos ainda podemos vet no céu. Com certeza você ' vivendo com tanta desigualdade social cada . terá motivos de so bra r-ara quercr vez acontecerão mais guerras. E guerraS" trans formar o planeta Terra num exemplo . . / ' dest.roem ainda mais o mundo em que para o umverso. V1Vemos. A Agenda 21 mostra que, sem escolas, as crianças crescerão sem informação e a falta Mara ClIStina Fernandes Andrade de informação é uma g rande aliada da Educadora ambiental

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vocêjá pensou sobre isso? O que é uma cidade sustentável? Reconstruir a cidade que vivemos. Este é o convite da Agenda 21, no capítulo 28, que trata de cidades sustent:áyeis. Uma Cidade sustentável é aquela que consegue eqtlllibrar suas questões de ordem econômica, social, politica, cultural e ambiental. Em outras palavras, é preciso gerar trabalho e renda, incentivar a participação social e o exercício da cidadania, garantir saneamento básico, educação, saúde, além da coleta seletiva, do tratamento dos esgotos, do cuidado com os espaços públicos; etc. É uma tarefa fácil? Certamente, não. São muitos dEsafios a serem vencidos, principalmente nas grandes cidades. Mas o retorno é mais qualidade de vida e dignidade para as pessoas. Um resultado compensador que vale a pena buscar. O ambiente construido das cidades, definido pelos espaços edificados e pelos espaços livres, revela cada um as diferentes opções de desenv~lvimento urbano adotadas. Repensar os modelos de urbanização adotados até hoje, buscando formas mais conscientes de ocupação do espaço urbano traz não só benefícios ecológicos imediatos, mas uma preocupação mais abrangente com a qualidade de vida e o direitos dos cidadãos que vivem nas cidades. Nas cidades sustentáveis não há espaço para a miséria. O-combate à pobreza deve ser uma das prioridades. A falta de oportunidades de trabalho e renda está no centro de boa parte dos problemas ambientais urbanos eo seu crescimento nos grandes centros revela um desafio social, econômico, político, ambiental e humano. São pessoas sem acesso ao básico como alimentação e moradias dignas. A concentração populacional nas áreas urbanas também tem exercido pressão sobre as infra-estruturas urbanas b~sicas, marcadas'pela insuficiência do atendimento, pela inexistência do serviço, pela escassez e, muitas vezes, pela adoção de soluções ambientalmente condenáveis. Construir uma cidade sustentável é investir em projetos de geração de trabalho e renda, de alfabetização, de educação ambiental, de informação e mobilização social; de preservação cultural e artística, de formação de lideres. Enfim, é um extenso trabalho que depende do poder público e do envolvimento dó cidadão, através das ongs, das associações de bairrQ, igrejas, escolas, e da escolha consciente de seus representantes. 1Jma cidade sustentável é aquela que tem planejamento estratégico participativo e multissetorial, a partir de uma construção coletiva. Orçamento Participativo, Plano Diretor e Código de Posturas são instrumentos de implementação de uma cidade sustentável. O orçamento participativo ajuda a definir a destinação de recursos orçamentários para as prioridades indicadas pelas próprias comunidades. O Plano Diretor das cidades estabelece normas sobre o que é e o que não é permitido e sobre orientações ao crescimento da cidade através do controle do zoneamento do uso do solo, códigos e normas de edificações, planos de transporte, entre outros. O Código de Posturas é um conjunto de normas para a utilização do espaço público, do uso dos bens públicos e privados e suas cons eqüe ntes interferências no meio urbano que afetam a coletividade.

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o caminho adiante

Como nunca antes na história o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. (...) Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global ede responsabilidade universal. Devemos desenvolver eaplicar com imaginação avisão de um modo de vida'sustentável no nível loca!. nacional. regional eglobal. Nossa diversidade cultural éuma herança preciosa ediferentes culturas encontrarão suas próprias edistintas formas de rea1izar esta visão. (...) / A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com -a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações nãogovernamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. Aparceria entre governo, sociedade . civil e empresa é essencial para uma governabilidade efetiva.(...) Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, por um compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, pela rápida luta pela justiça e pela paz e pela alegre celebração da vida. Trecho extraido da Carta da Terra ou Declaração do Rio. documento aprovado durante a Conferencia das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Eco-92 www.cartadaterra.org.br

G Revista Ecologia Integral -

n021

:


Centro de Ecologia Integral

R. Bernardo Guimarães, 3101 - Salas 204 a 207 - B. Santo Agos tinho Belo HorizonteíMG - Brasil - Cep: 30.140-083 - Te\.: (3 1) 3275-3602 E-mail: ce i@ecologiainlegra l. o rg.br-I\~vw. ecologiainlegral.org.br

t or ~ udtura- de- ta-). ~ teia- ecologia i#tegrcd

o Centro de Ecologia Integral. Cei, é uma entidade de utilidade pública ll'lunicipal e estadual. I~ registrado

no Cadastro Nacional de Enlídades Alnbientatislas. CNEA, do Ministério do Meio AnlbienLe . I~ nlembro da Rede Mineira de Educação Ambiental. RMEA, da COlnissão organizadora do Fórunt da Agenda 21 de Belo Horizonte. do Fórull1. Esladual Provisório da Agenda 21 de Minas Gerais, do Fón.nn ,V1i.neiro do Terceiro Selor. do Fónllll de Ongs Anlbicntalistas de l\Ilinas Gerais. do rÓrtnl1 Municipal Lixo e Cidadania e da Conüssão Metropolitana de Segurança Alinlenlar c Nutricional.

Atividades ofer ecidas pelo Cei

. 'Seminários. cursos e oficinas - Ecologia integral -A arte de viver em paz -formação de educadores ambientais com base na ecologia integral

-formação de educádores para a paz

com base na ecologia integral

- Comunicação interpe'Ssoal

- Comunicação para o terceiro setor

-Educação para o consumo

. -Agenda 21 -lkebana (arranjos florai's) -Mobilização e participação social -Responsabilidade soCial

-Valores humanos

• Orientação e élaboração de proje t os e facilitação de trabal hos nas áreas de - EcolÇJgia lntegral -Agenda 21 - Comunicação para o terceiro setor - Defesa e preservação dQ meio ambiente . - Desenvolvimento humano. de grupos. de comunidades e de o~ganizações " Educação ambiental - Educação para a paz - Educação para o consumo - Mobilização e participação social - Responsabilidade soci(ll eterceiro setor

• Grupos de estudos (abert os e gratuitos)

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Biblioteca

• Palestras • Passeios ecológicos • Práticas integrativas

- Ecologia do ambiente (quinzenal)

- Educação ambiental (quinzenal) •

- Educação para a paz (quinzenal)

- Meditação (quinzenal)

- Sonhos (quinzenal)

Seja um elo da corrente pela divulgação da cultura de paz e da ecologia integral Quando você se torna assinante da Revista Ecologia Integral, possibilita que uma instituição sem fins lucrativos receba uma assinatura gratuita. Quanto mais assinantes, mais pessoas que não podem pagar terão acesso à Revista através dos nossos Programas de Educação Ambiental e Educação para a Paz,

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Ecolocua Integral

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Ponto~ de vendada Revhta Ecologia

Integral

Belo Horizonte-M6 Barreiro

Gutierrez

São Luiz

• Vagner Luciano - Tel. (31) 3467-2275 (Joana)

• Agência Oppus (Rua André Cavalcanti, 583)

• Farmácia Atma (Rua Cel. José Dias Bicalho, 647)

• Banca (Av. Francisco Sá esquina com

Savassi

3393-2659 (Selma) Barroca

Rua .André Cavalcanti)

• Homeopatia Vitae (Rua Brumadinho,267)

• Banca (Av. Raja Gabáglia, 216)

• Banca (Av. Getúlio Vargas esq. Inconfidentes) • Banca (Rua Tomé de SouZa,505)

Barro Preto

• João Caipira (Rua Gal. Dionísio Cerqueira, 445)

• Chamomilla Homeopatia (Rua Sergipe, 1422)

• Reciclo/Asmare (Av. do Contorno, 10.564)

• Marilú Agência de Jornais e Revistas

• Homeopatia Germinare (Rua Paraiba, 966 - Loja 2)

Belvedere

(Av. Francisco Sá, 1007)

• Homeopatia Vitae (Rua Cláudio Manoel, 170)

• Banca - Ponteio Lar Shopping

Ipiranga

'Centro

• Salão do Encontro - Minas Casa

• Banca - Praça Sete (próximo à loja Praça 7 Calçados)

Itapoã

• Agência Status - Rodoviária (loja 219)

• Banca· Space Box (Hiper Viabrasil)

• Restaurante Fonte de Minas (Rua Guajajaras, 619)

Lourdes

Serra

• Livraria Dharma (Av.~etúlio Vargas, 1624 - Loja 2) • Man,dala Restaurante Natural .. (Rua Cláudio Manoel, 875) • Restaurante Bem Natural (Rua Tomé de Souza, 947)

• Livraria Leitura - Shopping Cidade

• Banca (Av. Olegário Maciel, 1764)

• Banca (Praça Milton Campos, 197)

• Agência Riccio (Rua dos Carijós, 151)

Minas Brasil

• Banca (Av. Contorno, 4656)

• Livraria UFMG - Conservatório de Música

• Banca (Rua Padre Vieira, 316)

• Farmácia Amarillis (Rua do Ouro, 1582) 5ion

'. Ouro Preto

(Av. Afonso Pena, 1534) • Farmácia Chamomilla (Av. Augusto de Lima, 403) • Restaurante Vegetariano Naturalmente (Rua Rio de Janeiro, 1197)

• Farmácia Atma (Rua Monteiro Lobato, 23 - Loja 2) Pampulha (Campus UFMG) • Faculdade de Educação - William Livros

Cidade Jardim

• Terra Mater (Rua Grão Mogol, 554)

• Portão 1 . Banca 9 a Arte

Caeté-M6

• Banca (Av. Prudente de Morais, 280)

• Livraria UFMG " Praça de Serviços

• Banca do Cabral (Av. João Pinheiro, 3654)

Cidade Nova

• Banca Reitoria

• Banca da Maria (Rua Jair Dantas)

• Via Ápia - Extra Supermercados (Minas Shopping)

Prado

• Livraria e Papelaria Universo (Rua Israel Pinheiro, 305)

Coração Eucarístico

• Banca (Rua Cuiabá, 827)

• Opserv's (Rua Peixoto de Souza, 2).

• Banca (Avenida 31 de março, 1102)

Santa Efigênia

• Banca (Rua Dom José Gaspar, 28)

• Café BOQks (Rua Pad re Rolim, 616)

• Banca (Puc-Minas)

• Banca (Av. Mem de Sá, próximo ao

Floresta

Colégi{) Municipal Santos Dumont)

• Farmácia Homeopática Digitalis (Rua Curvelo, 130)

• Banca (Rua P.adre Rolim esquina com Av. Bernardo Monteiro)

. ' Livraria do Psicólogo (Rua Curvelo, 132· Lojas 25, 26 e 27) • Portal da Luz (Rua Pouso Alegre, 810 - Casa 3)

• Homeopatia Germinare (Av. Contorno, 2774) • Via Ápia - Extra Supermercados Santa Lúcia

• Banca (Av. Getúlio Va rgas, 879)

• Sana - Saúde Natural (Rua Kepler, 499) Santo Agostinho ·

• Banca (Rua Gonçalves Dias, 1924) • Banca (Avenida Bernardo Monteiro, 952) • Café no meio do caminho (Av. Getúlio Vargas, 318 loja 5)

Gostaria de:

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• Banca (Av. Amazonas esquina com Av. Barbacena)

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Grajaú .

Juiz de fora-M6 • Planet Music (Av. Independência, 1522) . ' A Terceira Margem - Livros, Café e Arte (Galeria Pio X - 2 o Piso) • G2 Comércio de Livros (Campus da UFJF)

(Av. Francisco Sales, 898-lj.23)

Funcionários

' . Banca (Rua Antônio de Albuquerque, 645)

• Papelaria Pergaminho (Rua Jair Dantas, 402)

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Nova Lima-M6 • Shopping Ponto Verde (Loja 19 - Rod. MG·30, 2255) • Loja Efeito Laranja (Rua Santa Cruz, 199)

Pompeu-M6 • Jacson Afonso de Sousa - Tel. (37) 3523-1107

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