Revista e-kletic@ novembro 2015

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e-kletic@ revista

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Revista e-kletic@ contato.ekletica@yahoo.com Ano 01 NĂşmero 03

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Porque a e-kletic@ é digital? O preço da brancura Os impactos da produção do papel já são bem conhecidos, e tão desastrosos que há anos a Europa tratou de "terceirizar" o setor. É claro, para os países em desenvolvimento, onde a fragilidade das leis ambientais, a carência por postos de trabalho e a necessidade de gerar divisas acenaram, e ainda acenam, com boas-vindas para essa que é uma das mais impactantes indústrias do planeta. Para produzir uma tonelada de papel são necessárias duas a três toneladas de madeira, uma grande quantidade de água (mais do que qualquer outra atividade industrial), e muita energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia). O uso de produtos químicos altamente tóxicos na separação e no branqueamento da celulose também representa um sério risco para a saúde humana e para o meio ambiente - comprometendo a qualidade da água, do solo e dos alimentos. O alto consumo de papel e seus métodos de produção insustentáveis endossam o rol das atividades humanas mais nocivas ao planeta. O consumo mundial cresceu mais de seis vezes desde a metade do século XX, segundo dados do Worldwatch Institute, podendo chegar a mais de 300 kg per capita ao ano em alguns países. E na esteira do consumo, cresce também o volume de lixo, que é outro sério problema em todos os centros urbanos. De acordo com algumas pesquisas científicas, a monocultura do eucalipto, por exemplo, consome tanta água que pode afetar significativamente os recursos hídricos. Só no norte do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto foi introduzido no estado. Quando a indústria de celulose chegou ao Espírito Santo na década de 1960, se iniciou um rápido processo de devastação da Mata Atlântica e expulsão de comunidades rurais. "A empresa Aracruz Celulose invadiu áreas indígenas em processo de demarcação e expulsou índios tupiniquins e guaranis de 40 aldeias. No norte do estado, a empresa ocupou terras quilombolas, expulsando cerca de 10 mil famílias".

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Matéria-prima básica da indústria do papel, a celulose é um material fibroso presente na madeira e nos vegetais em geral. No processo de fabricação, primeiro a madeira é descascada e picada em lascas (chamadas cavacos), depois é cozida com produtos químicos, para separar a celulose da lignina e demais componentes vegetais. O líquido resultante do cozimento, chamado licor negro, é armazenado em lagoas de decantação, onde recebe tratamento antes de retornar aos corpos d'água. A etapa seguinte, e a mais crítica, é o branqueamento da celulose, um processo que envolve várias lavagens para retirar impurezas e clarear a pasta que será usada para fazer o papel. Mesmo com o tratamento de efluentes na fábrica, as dioxinas permanecem e são lançadas nos rios, contaminando a água, o solo e consequentemente a vegetação e os animais (inclusive os que são usados para consumo humano). No organismo dos animais e do homem, as dioxinas têm efeito cumulativo, ou seja, não são eliminadas e vão se armazenando nos tecidos gordurosos do corpo. Texto retirado do site http://www.ecolnews.com.b r/papel.htm

Por isso somos digital! Por isso somos verde! Por isso somos e-kletic@! 4


Essa nossa edição está recheada de muitas coisas boas!

Ao Leitor

Vamos falar sobre sonhos! É...aquela foto na capa não era só para atrair sua atenção e seu paladar. Vamos falar do sonho que é docinho com uma receita bem legal. Também falar dos sonhos que são locais onde podemos viajar como a cidade de Fortaleza, do sonho que todo aquele que escreve sempre sonha que é o sonho de conseguir publicar o seu livro e para falar sobre esse sonho, entrevistamos um escritor lá de Portugal e também uma escritora daqui do Rio de Janeiro. A e-kletic@ chegou a Moçambique e com isso também ganhamos o prazer de ter entre nossos colunistas um Moçambicano. É como muita satisfação que teremos seus primeiros escritos nesta edição. Um sonho! Tanto termos chegados até lá e também para o nosso novo colunista de ter chegado até aqui para nos deliciar com suas palavras. E por falar de sonhos, também temos uma entrevista com um dos sócios da Sonheria, uma loja em São Paulo que é literalmente uma fábrica de sonhos. Como sempre, as matérias sempre bem elaboradas dos nossos colunistas e nossa grande alegria de fazer uma revista recheada de boas coisas para nossos leitores e-kleticos. Temos também uma homenagem a todos os negros desse nosso Brasil maravilhoso mais ainda cheio de preconceitos e diferenças sociais, escrita pelo nosso colunista que também é palhaço. E também em cada início das colunas teremos uma mini biografia dos nossos colunistas para que você, nosso leitor, possa estar conhecendo cada um, um pouco mais. Deliciem-se com esse nosso sonho que é mais uma publicação da e-kletic@

Seja você! Seja e-kletic@!

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Qual escritor não sonha com a publicação do seu livro? Sonho! Realidade! Publicar! Poder ler! Poder ser lido! Leitores Sonhadores! Foi em meio a familiares, animadores de rua do Contigo Acreditar, também do Responsável do Centro Comunitário da Terra do Chá, sem falar da presença de um músico ao violão e uma quantidade bastante numerosa de amigos e amantes de uma boa leitura, que se deu a noite de publicação do livro de Carlos Ramos – UMA VIDA POETICAMENTE ESCRITA. E é com esse novo escritor português de Angra do Heroísmo – Portugal, que estaremos conversando nesta nossa edição recheada de sonhos. Que essa pequena entrevista venha ser de grande valia para todos os escritores que vierem a visitar nossa revista a continuarem firmes em seus sonhos de publicarem seus escritos. E agora com vocês:

Carlos Ramos

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Logo de cara podemos ver pela pagina do Facebook criada para divulgar o livro de Carlos Ramos o seguinte texto:

“Esta página foi criada com o intuito de realizar um sonho que consiste em publicar um livro do jovem Carlos Ramos. Tornado real em 28-07-15”. Um sonho luta para que chegue logo a data e que ele possa ser realizado. E essa data consta na página que foi criada para divulgar o livro de Carlos Ramos

e-kletic@: Carlos nos conte como foi esse processo de realização desse sonho que foi publicar o seu primeiro livro. Se você contou com a ajuda de alguém, do material que separou para compor o livro e tudo o mais que culminou na publicação.

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Carlos Ramos: Faço questão, primeiramente, de me apresentar. Sou o Carlos, tenho 19 anos, o meu signo é Gêmeos, sou uma pessoa reservada, mas muito extrovertida no dia-a-dia com os amigos e família. Sou uma pessoa completamente aberta a tudo o que me rodeia, compreensivo, honesto e entre outras, leal. Estudo Artes, atualmente, no 12ºano de escolaridade! Realizar um sonho nunca foi fácil e confesso que até cheguei a pensar que não o ia conseguir concretizar. Mas na verdade quanto mais pensava que não ia conseguir maior se tornava a ânsia de lutar para o alcançar e desta forma concretizar este sonho! “Uma Vida Poeticamente Escrita” foi um livro que demorou um ano e cerca de um mês para ser publicado. Não por questões da editora, porque só tenho a agradecer á “Chiado Editora” por toda a amabilidade, amizade, simpatia, disponibilidade, e entre muitos outros aspetos positivos, mas apenas por questões financeiras! A princípio cheguei a pensar em desistir! Depois obtive a ajuda da Valência de Animação de Rua "Contigo Acreditar” do Centro Comunitário da Terra Chã, que desenvolveu um projeto chamado “Um Livro Por Uma Causa”, com o intuito de ajudar a angariar fundos para a publicação do meu livro.

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Outro dos objetivos deste projeto foi a criação de uma sala de estudo para incentivar os jovens da valência a estudar e ter como exemplo que a edição do meu livro é a prova de que tudo é possível desde que não percamos o norte dos nossos objetivos! Com a Valência de Animação de Rua “Contigo Acreditar”, consegui obter ajuda de muitas pessoas como também a ajuda da “Junta de Freguesia da Terra Chã” e da “Vice-presidência do Governo Regional dos Açores”. O conteúdo do meu livro foi se desenvolvendo ao longo dos meus 18 anos, o qual fui editando e juntando mais alguns poemas até me ser possível publicá-lo! Já agora queria descrever toda a magia inerente ao lançamento do meu livro que foi realizado no dia 28 de Julho de 2015 pelas 20h no Museu de Angra do Heroísmo. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida! Contei com a presença de amigos, colegas, conhecidos, familiares, contribuidores, professores e em especial do cantor Flávio Cristóvão. Foi um evento repleto de alegria, musica e palavras que me marcaram. Agora que posso finalmente afirmar que o meu livro se encontra no conforto das livrarias algo in descritível me invade, algo que vai com toda a certeza para além da felicidade.

e-kletic@:

Porque poesia e de onde veio suas influências?

Carlos Ramos: A poesia é nada mais nada menos que um refúgio! É nela que consigo encontrar a minha paz interior.

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Comecei a escrever desde muito novo e recordo-me claramente que este meu gosto pela escrita foi crescendo devido a um caderno repleto de poemas que encontrei lá em casa e que mais tarde descobri que pertencia á minha mãe! A minha mãe, que tem como nome Maria de Fátima, foi com toda a certeza a minha maior influência e inspiração no mundo da poesia. Outra das minhas influências foi a vida! Uma vida de inúmeros sentimentos que me suscitou maior vontade de expressar para o papel, tudo o que sentia dificuldade em expressar no dia-adia, ou seja, todo o meu mundo de pensamentos, emoções, desejos, nada mais que uma lista inacabável de temáticas de um ser romântico e sensível! Por essa mesma razão dei como titulo á minha obra de “Uma Vida Poeticamente Escrita”!

e-kletic@:

O título do seu livro é de um bom gosto maravilhoso e gostaríamos de saber mais sobre suas produções e o que

está por vir.

Carlos Ramos: O título do meu livro descreve inteiramente o conteúdo da minha obra e fico muito feliz por sentir que não podia ter feito melhor escolha. Continuo a escrever sempre que me invade aquela onda de inspiração. Já comecei a desenvolver novas ideias e a dar inicio a uma nova obra, embora ainda seja tudo muito recente, mas jamais devemos, com toda a certeza, parar de sonhar! Mesmo depois de alcançarmos um dos muitos sonhos que nos habitam a alma. Devemos apostar sempre em ir mais longe.

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e-kletic@:

Até onde a poesia já levou Carlos Ramos e até onde Carlos Ramos se deseja ser levado pela poesia?

Carlos Ramos: A poesia já me levou a conhecer o meu verdadeiro eu. Foi graças à poesia que me tornei mais forte e que consegui demonstrar o meu verdadeiro ser. Já me levou a uma entrevista com a rádio “RWR” e a ser entrevistado pela revista “e-kletic@”. Levou-me também a fazer algumas apresentações e em estar em contacto com o público, o que aumentou a minha autoestima e me tornou mais confiante, com mais garra para continuar no mundo da escrita! Desejo que Carlos Ramos me leve muito mais longe e que me leve a concretizar cada desejo, me traga muito sucesso, mas que para além de tudo, me traga conforto, alegria e orgulho!

O livro pode ser adquirido online sim, no site da editora, www.chiadoeditora.com, na Bertrand, Fnac, Wook e entre outros.

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Arquiteto de Família Hoje a e-kletic@ vai bater um papo com Marco da Costa assessor de comunicação das Soluções urbanas/ Arquiteto de Família. E falaremos sobre um tipo de sonho, já que sonho é a pauta de novembro, e será sobre sonhos realizados. E é auxiliando a realização de sonhos de outras pessoas que Marcos, junto com mais realizadores de sonhos se unem para ajudar moradores do Morro Vital Brasil em Niterói a concretizarem a realização de um sonho que é a melhoria da moradia e um ganho na qualidade de vida.

e-kletic@: Marco, antes de mais nada, parabéns para todos vocês que se empenham em demonstrar que é possível sim nesse nossos dias onde o individual estar tão presente nas relações, demonstrar que as pessoas estão sim dispostas a colaborarem pe lo bem do outro como os moradores das comunidades e principalmente vocês, os profissionais que se dispõem a ir ter com os moradores para dar um direcionamento que, a principio, nunca teriam condições para melhorem suas casas e também adquirirem uma melhor qualidade de vida. Com isso tudo, gostaríamos de saber como surgiu o projeto Arquiteto de Família? Marco: O Projeto Arquiteto de Família surgiu no Centro de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro, o CAU, como proposta de política pública. Eu era Diretor e a atual Presidente da ONG Soluções Urbanas, Mariana Estevão uma jovem recém formada em arquitetura que se interessou em nosso chamado de participação de vizinhos e estudantes de urbanismo. Ela elaborou um projeto baseado em voluntariado e começamos a aplica- lo na comunidade Tavares bastos, no Catete, em 2001. Em 2002 eu sai e fui viver nos EUA e a Secretaria de urbanismo abandonou

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o projeto. Mariana e um grupo de profissionais então formaram uma ONG para tocar a ideia e desde lá muita coisa foi incorporada, modificada. Hoje Mariana Estevão é uma arquiteta e urbanista reconhecida nacionalmente e o projeto um sucesso. Voltei ao Brasil em 2008 e desde então voltei a fazer parte da equipe.

e-kletic@: Sabemos que nada nessa vida é possível fazer sem que haja o dinheiro envolvido mesmo que seja de

uma forma indireta com patrocínios ou até mesmo doações. Como funciona para manter os profissionais de diversas áreas no projeto? Há alguma parceria ou instituição que os apoiam e como foi para conseguir essa ajuda?

Marco:

Sim. Temos o apoio - fundamental e valioso - do Instituto Vital Brazil. Temos parcerias com o setor público e privado. Também ganhamos muitos prêmios que investimos 100% no projeto. Estamos iniciando campanhas de fundos, para manter e ampliar o projeto.

e-kletic@:

Sabemos das dificuldades financeiras dos moradores de comunidades e do quanto é caro fazer uma obra. Há alguma iniciativa do Arquiteto de Família em viabilizar a compra de materiais com algum desconto ou com algum tipo de ajuda d e terceiros? E sobre a mão de obra? Como funciona para o beneficiado ter o projeto feito por vocês sendo colocado em prática?

Marco: Nós elaboramos somente o projeto e as famílias arcam com os custos. Muitos já estavam planejando ampliações e reformas. Temos uma pequena linha de crédito para compra de material, realizamos uma feira de trocas solidárias e criamos até uma moeda social para uso na feira. A mão de obra é composta pelos moradores da casa, em mutirão. Para ter um projeto o morador precisa solicitar a nossa equipe um estudo de viabilidade. Nem toda casa pode ser ampliada ou reformada. existem construções em áreas de risco que não permitem isso. e-kletic@: Sobre quem vai receber a visita dos Arquitetos de Família, como funciona? Há uma fila de espera? Marco: Atuamos em uma área geográfica determinada. Mapeamos todas as casas e famílias e oferecemos o serviço. Há uma metodologia para aplicar o projeto, com etapas bem definidas. Todos podem ter acesso fácil aos nossos arquitetos e tirar dúvidas.

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e-kletic@: Até onde os profissionais envolvidos querem levar o Projeto Arquiteto de Família e até onde o Projeto arquiteto de família já os levaram?

Marco: Queremos que a arquitetura publica vire política publica na área da habitação e que a reforma e ampliação também seja incluída nos projetos de habitação das cidades. O Projeto é uma pequena amostra dessa possibilidade.

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E foi numa noite muito especial cercada de amigos, (e ali tinham só amigos e não deviria nem poderia ter outro tipo de pessoas até porque Gabrielle é um daqueles seres humanos que cultiva amizades por onde passa), que nós da e-kletic@ fomos prestigiar o lançamento do livro Poderia Ser Uma Crônica, o qual ela organizou. Uma noite maravilhosa e cheia de arte e música. Sem falar também da presença dos escritores que junto com ela, fazem parte dessa coletânea de confiança, amizade, experiências e muita vida. Saímos de lá encantados com a presença da Gabrielle e o tempo que estivemos lá, o que se vimos foi muito amor pela escrita. E hoje o que teremos aqui é uma conversa muito rica e bastante banhada em gratidão com nossa Gabrielle Astier que também é nossa colunista.

e-kletic@: Segundo seu terapeuta, você teria que assumir que é sim uma escritora. Afinal, como ele mesmo te disse: “Se você escreve, é uma escritora.” Bom, somos podados e doutrinados pela ideia de que profissões devem ser sempre constituídas através de instituições pré estabelecidas como “fabricantes do saber” como escolas e faculdades, e de que qualquer outra forma de trabalho não tem tanto valor ou respeito se o “profissional” não passar por essas instituições. Mas sabemos que querer escrever se nasce. É um algo que está já em nosso DNA de escritor. Então Gabrielle, nos conte um pouco sobre como foi esse processo da construção da escritora Gabrielle Astier e também como se deu o brotar do livro Poderia Ser Uma Crônica?

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Gabrielle Astier: Antes de responder as perguntas, gostaria de agradecer a oportunidade dessa entrevista, é sempre um prazer poder compartilhar um pouco do que pensamos nossa história, nossos sonhos e prazeres. Quero deixar claro aqui que qualquer resposta que eu der, pode ser modificável com o tempo, visto que o que contamos geralmente vem de nossa memória, e a minha não é lá muito confiável (rs). Bom, pelo que me lembro, e reiterando o que você coloca como “DNA do escritor”, descobri a escrita em mim como a melhor forma que encontrei de me expressar no mundo. Desde pequena escrevia, e na época do Natal, escrevia cartas para minha família e dava de presente. Acreditava que as minhas palavras eram o melhor que eu pudesse dar. Acho que herdei isso de minha avó paterna. Me lembro bem que ela passava horas no birô, escrevendo para seus familiares e amigos da Europa. Acredito que mantinha esse costume por ter passado pela guerra, e no período de guerras tinha-se muito esse costume de se corresponder por cartas, afinal era o meio que se tinha para comunicação. Enfim, isso para explicar que sou apenas a continuidade de gerações que me antecederam e continuo o papel de registrar minha vida, meus anseios, minhas angústias, devaneios, insights, etc, como forma de suportar viver. A escrita pra mim, mais do que forma de expressão, é quase que meu sustento, minha válvula de escape. Minha avó mantinha um diário com todos os registros, inclusive e, sobretudo na época da guerra, mas infelizmente ela queimou tudo, acredito que por querer esquecer uma épo ca tão triste e pesada em sua vida. Eu tenho um montão de diários, desde a época da escola, claro que muitos eu joguei fora, mas os que sobreviveram estão comigo, bem guardados. Faz parte da minha história, e gosto de revisitá- los mesmo que não com frequência. Vejo, através deles, o meu progresso pessoal. Acredito muito no ser humano e como podemos mudar constantemente a fim de evoluir sempre. Eu mudei e mudo muito, e as vezes mudo muito rapidamente. Todos mudamos, mas alguns resistem as mudanças. A vida me ensinou a me adaptar a diversas circunstâncias, não por escolha, mas as vezes por falta dela.

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Voltando a pergunta (rs): desde que aprendi escrevo. Tiveram alguns períodos que menos, como na faculdade de Arquitetura e Urbanismo que cursei, e depois o mestrado (me ative mais a temas acadêmicos). Mas de fato, me reconhecer como escritora, isso foi no ano passado mesmo com ajuda de meu terapeuta. Passei por uma crise fortíssima existencial, após o término de um relacionamento, o qual dei cria ao texto “noite indesejável” que está no livro. Depois que publiquei me questionei se deveria mesmo o ter publicado. Um texto forte, um desabafo, uma desnudez, uma “metamorfose” como descreveu a amiga Katia Franco (também escritora que está no livro). Refletindo sobre o meu processo, agora penso que sim, mesmo que não represente o meu momento atual. Esse texto foi de extrema importância em minha vida, pois foi através dele que descobri a potência que é a escrita: de transformar, de aliviar dores, de cura. Depois que “vomitei” esse texto me senti tão aliviada como curada. E sei que não sou a primeira, nem única a passar por isso. A existência humana é um grande mistério no qual passaremos o resto de nossas vidas sem desvendá- lo, e isso não me angustia mais, mas faz perceber a beleza e dádiva que é viver. Sobre o “brotar” do Poderia Ser Uma Crônica, acho que essa é a melhor palavra para defini- lo. Ele nasce naturalmente, na estrada que leva a Lumiar, com Kelly Regina (escritora e também organizadora do livro). Uma vontade de transformar ou transmutar sentimentos em palavras. Primeiro eu e Kelly, que adoramos escrever e trocar textos sobre a vida, existência, filosofia, literatura, pensamos em fazer um apanhado de textos nossos, e, ao longo do percurso, fomos descobrindo amigos e conhecidos que escreviam também e que, na maioria, não se diziam escritores. Foi um processo muito delicioso esse: primeiro a descoberta de si (Kelly e outros amigos foram bastante importantes no incentivo para meu processo pessoal), depois a descoberta do outro (através de e- mails,

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publicações em redes sociais, blogs, etc), e finalmente o convite à participação do livro (essa parte pra mim foi extremamente prazerosa). Claro que depois tem toda a parte mais “pé no chão” de fazer a coisa sair da ideia e se concretizar. A princípio eu ia publicar com a Editora Urutau, que são amigos meus de Campinas e tenho uma grande admiração pelo trabalho deles, depois me deparei aqui no Rio com a Editora Organograma que simpatizei muito também pelo trabalho deles, e pela praticidade de estar na mesma cidade, e foi quem concretizou essa história comigo. A Kelly esteve comigo grande parte do processo, admiro e respeito muito as suas opiniões e sugestões que deu na escolha dos textos. Por estar muito atarefada com outras atividades (dentre elas o doutorado), acabou me deixando guiar o barco com a minha própria companhia. Deixo expressas aq ui minhas palavras de gratidão a ela.

e-kletic@: Sabemos da dificuldade de se publicar um livro no Brasil e gostaríamos de saber como foi esse processo e se contou com a ajuda de terceiros para esse lindo projeto.

Gabrielle Astier:

A ajuda que tive de terceiros foi no processo de seleção dos textos com Kelly, Robert Pechman, entre outros amigos que leram, e claro da editora. Sim, há dificuldades de se publicar atualmente no Brasil, devido a custos, que não são baixos se você preza um trabalho de qualidade, como foi o caso do Poderia Ser Uma Crônica. Acabei arcando com esses custos com parte do que recebi de meu trabalho pessoal. O que mais me estimulou nesse projeto é a possibilidade em poder divulgar novos escritores que não estão inseridos no mercado editorial. O que começou com uma “brincadeira” de escritora passou a ser algo mais sério e concreto no sentido de poder publicar (tornar público) pessoas que estão “fora do circuito”, (claro que tem suas exceções, mas a maioria…). Seria como um cardápio de “degustação” desses autores (rs) (até para outros que queiram publicar um ou outro em especial).

e-kletic@: Nós da revista, ficamos muito honrados e satisfeitos em poder ter participado desse seu início no mundo da escrita e mesmo sabendo que ainda é cedo e que seu foco agora é a divulgação do livro, gostaríamos que nos falasse um pouco dos novos projetos que devem estar aí fervilhando em sua cabeça.

Gabrielle Astier:

Novos projetos sempre fervilham a minha cabeça. Nem sempre em relação a escrita em si. Continuo

escrevendo sempre, mas mais pra mim agora. Sou arquiteta urbanista, como mencionei a cima, e posso dizer que sou militante por uma

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arquitetura mais consciente, ecológica e que preze mais o social que o econômico. Também trabalho com projetos, de casas, edifícios, etc, mas tudo na área ecológica/sustentável. Estou me preparando para retomar os estudos acadêmicos. Projetos de livros agora só mais pro futuro…(rs). Minha vontade mesmo é ter tempo o suficiente para realizar tudo que se passa na minha cabeça, como publicar livros exclusivos de autores que estão, inclusive, no livro.

e-kletic@: Nos diga como foi a montagem do livro com os autores/escritores e como se deu a escolha de cada texto. Gabrielle Astier:

Foi um processo natural. Como escrevi: “contos do cotidiano, contos contados, contos lembrados, contos

assaltados” uma brincadeira para dizer que li, gostei e peguei. Depois foi que pedi. Algumas pessoas foram indicações, como a migas, etc. Mas a maioria foram “achados”… poucos foram os “encomendados”… Mas cada texto, cada pessoa que no livro se encontra, foi escolhido a dedo. Todos expressam um grande potencial em sua escrita. Todos os escritores gostaram da ideia de ter seu texto publicado, e combinamos de que cada um ganharia seu exemplar em troca do texto no livro. Foi a solução mais fácil que encontrei de retribuir cada parte doada pelos autores.

e-kletic@: Até onde o Livro Poderia Ser Uma Crônica já levou a Gabrielle Astier e até onde a escritora Gabrielle Astier quer levar o Livro Poderia Ser Uma Crônica.?

Gabrielle Astier:

Fiz o primeiro lançamento na Blooks, no Espaço Itaú de cinemas da Praia de Botafogo, no dia 22 de outubro. Pretendo ainda esse ano, fazer os lançamentos do livro em outros lugares, como: Campinas, São Paulo, Belo Horizonte e Ouro Preto. Estou aberta a propostas! Gostaria cada vez mais poder “descobrir” escritores e poder auxiliar a dar oportunidade para que outras pessoas tenham contato. Acho que hoje, mesmo com todas as dificuldades, é muito mais fácil do que antigamente, graças a internet e toda tecnologia que temos a nosso dispor. Esse livro não nasceria sem essas ferramentas, inclusive. Gostaria de finalizar aqui com uma frase de Natália, que inicia a apresentação do livro:

“que a escrita esteja por aí, onde as palavras tem sabor”. Natália Goulart

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Um olhar novo sobre o que está acontecendo

A sua opinião importa... Na e-kletica você lê, reflete, divulga e pode dar sua opinião. Diga o que gostaria na próxima edição. E se quiser trocar uma ideia: contato.ekletica@yahoo.com.br

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Sonhar faz bem pra alma ...quem não gosta de sonhar ? E há quem goste de comer sonhos rs. Hoje vamos falar dessa iguaria portuguesa muito conhecida em nossa infância : sonho de padaria. Delicado pãozinho frito recheado com creme de gemas ou doce de leite...não há limite para sonhar ...então recheie seus sonhos com brigadeiro, Nutella , beijinho de coco ou doce de amêndoas.

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Vamos à receita: SONHO DE PADARIA

INGREDIENTES: Massa: 45 g de fermento para pão (biológico) 1 xícara (chá) de leite morno ½ lata de leite condensado ½ xícara (chá) de manteiga 3 gemas 1 pitada de sal 5 xícaras (chá) de farinha de trigo Recheio: ½ lata de leite condensado ½ medida (da lata) de leite ½ colher (sopa) de maisena 1 gema 200 gramas de creme de leite Óleo para fritura Canela em pó e açúcar para polvilhar

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MODO DE PREPARO: 1. 2. 3. 4.

Dissolva o fermento no leite e reserve. Coloque o leite condensado, a manteiga, as gemas e o sal e misture bem. Junte a farinha aos poucos, amassando até obter uma massa lisa que solte das mãos. Pegue pequenas porções da massa e enrole sobre uma superfície lisa, fazendo movimentos circulares com a mão, formando os sonhos. 5. Coloque os sonhos em uma assadeira enfarinhada. 6. Cubra com um pano e deixe crescer em local abafado até dobrar o volume. 7. Enquanto isso prepare o recheio. 8. Em uma panela, misture bem o leite condensado, o leite, a maisena e a gema. 9. Leve ao fogo baixo por cerca de 10 minutos até obter consistência cremosa. 10. Retire do fogo, junte o creme de leite, misture e deixe esfriar bem. 11. Frite os sonhos em óleo não muito quente, em fogo baixo, dourando-os por igual. 12. Escorra em papel absorvente, corte-os ao meio e recheie com o creme. 13. Polvilhe com a mistura de açúcar e canela e sirva a seguir.

Rendimento: 30 porções

Bom apetite !!! 25


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Colmeia Por Gabriela Gonçalves O Colmeia é um evento Coletivo Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artística, que reúne os artista de Blumenau e região. Em sua quarta edição, o COLMEIA 2015 ocorreu novamente no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau/SC. Regado a muita arte, o evento proporciona atrações que vão desde dança, teatro, artes visuais, gastronomia, literatura, oficina, até artesanato. É gratuito e aberto a comunidade. Houve estimativa de que passaram cerca de 12 mil pessoas pelos andares do teatro, durante os dois dias do evento, 19 e 20 de setembro. Os artistas visuais fizeram uma homenagem ao idealizador do evento, Clóvis Truppel, o Risco, como era conhecido. Clóvis nos deixou no dia 7 de novembro de 2014, deixando um legado sobre arte, paz, amor e o que é coletivo. Foram cerca de 216 atrações ocorrendo ao longo dos dois dias de evento. Este ano, mostrou-se muito unido e organizado, mesmo sem seu idealizador. Só podemos aguardar a edição 2016! Para mim foi uma honra e alegria muito grande participar do evento. É a segunda vez que aproveito essa oportunidade, em 2014 também expus fotografias analógicas, e os demais anos compareci ao evento. Foi muito forte a união e dedicação deste ano. Creio que temos mostrado a riqueza de arte que temos em nossa cidade e na região. É bom ver tantas atrações e pessoas envolvidas. A troca é muita rica, e é sempre um aprendizado conhecer outros artistas.

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Miguel Luís é o nosso mais novo colunista. Ele é de Moçambique . É!!!! A e-kletic@ chegou em Moçambique. Também estamos em Portugal e o Miguel faz parte de um projeto maior que é ter outros colunistas que escrevem em nossa maravilhosa língua portuguesa. Colunista de vários lugares desse planeta que tem a língua portuguesa como algo que nos une. Aqui atrás temos as cores da bandeira de Moçambique para homenagearmos esse nosso mais novo colunista. Segue abaixo o primeiro texto do Miguel que é uma carta a Mia Couto pseudónimo de António Emílio Leite Couto, é um grande escritor moçambicano. Deliciem-se com os escritos desse 28 rapaz


Carta a Mia Couto, o Doutor Honoris Causa Querido Mia, gatafunho-te estas palavras exilado no ermo dos pensageiros, a frondosa varanda do Frangipani. Por aqui, tudo jora pensamentos mais sentimentos e nada se faz oculto, aos contrários, se faz intermitente dos vagares de quem se exila numa terra sonâmbula, ausentando-se do mundo que ainda está por nascer. Ontem, amanheci fungando teus escritos na esperança de visitar outros mundos, sentir chuvas pasmadas e espraiar minhas existências em vivências de quem pensa tempos. Porém, o que se sucedeu foi enraizar minha s paixões pelos teus escritos, doze como as tribos de Israel, âncorar minhas realidades e perscrutar alegrias e tristezas de não viventes, detentores de poentes jubilares. Por isso em dias semelhantes aos de ontem, só o excerto que Arcanjo Baleiro robou no caderno do escritor me define: “Andei por abrigos extensos. Mas não encontrei sombra senão na palavra". Desculpe-me se te canso com estas tépidas confissões, resto do talvez, ou seja, poeira do sim e do não. É que quando o assunto é falar, me sinto ignorante, por isso tudo faço para dignificar os momentos. Fique tranquilo, por enquanto não o voltarei a fazer. Quero nestes humildes gatafunhos de um leitor apaixonado, te revelar a imensidão de sensações que me correm a alma quando saboreio as palavras por ti coleccionadas numa frase, num paragrafo, num texto, ou num livro. São mil penas as palavras serem auto insuficientes para te poder transmitir essa miscelânea de reverberos e prantos. Mas se fores paciente e realmente os quiseres sentir transcenda o teu parecer até onde nasce e finda o mar , hermético louva-eu. Na tua poesia, vejo aquilo que são as intempéries de quem se treslouca para sementeiras celestes, tradutor de chuvas. Por isso, assumindo cumplicidades com o teu eu, gozo da palavra e me apresento à ti nos seguintes termos:

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Eudemonia de Poesia Ser poeta é ser louco, Viver abastado de pouco... Nascer e morrer em tudo. Menos entendido e nunca mudo. Moro em utopias, Me malucando para a mim exprimir. E se eu exprimisse o que vive esse! Nem vivendo me acordo... Trabalho enterros e nasço desterros, Sentimentos em tal vez Pensamentos no às vezes. Sem medo confesso É essa louca cura que é eudemonia, Ataraxia e seiva do meu dia. Alguns te oferecem títulos honoríficos, outros te fazem passaporte para a ataraxia, eu porém, te gatafunho estas palavras, na esperança de que continues me traduzindo chuvas, e que faças do leito do universo , o peito do qual me fazes sugar vidas e beber estórias abensonhadas no desterro do Jesusalém, onde confecciono o "Pensame ntos Mais Sentimentos. De quem tanto te vive.

Miguelluís

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Conversa e-kletic@ 32


Minibio 29 anos, formada em Marketing, colunista, curiosa, adora viagens, mĂşsicas e filmes. 33


Fortaleza dos sonhos 34


Capital do Ceará, conhecida por suas belas praias e humor característico, recebe milhares de turistas por ano. O clima predominante é o tropical semiúmido com temperaturas que variam de 26º a 32º, agradando assim os visitantes que buscam tranquilidade e lazer. O litoral tem uma extensão de 34 quilômetros, totalizando em 15 praias. Sua mais conhecida é a Beira Mar, famosa também pela feirinha que acontece todos os dias à noite. Lá você encontra artesanato, especiarias como castanhas de caju, cachaças e doces da região, bares, restaurantes e shows de comédia realizados por artistas da terra. Além de um calçadão onde podem ser praticados patins, bicicletas e caminhadas. Outro símbolo não menos importante é a Ponte Metálica e a Ponte do Aterro de Iracema, onde pode ser vista a estátua de Iracema, representante forte da história da cidade. Continuando nas proximidades desses pontos turísticos, encontramos o Centro Cultural Dragão do Mar, conhecido por sua noite boemia nos bares e choperias. Porém você encontra programação o dia inteiro. Inclusive no Planetário, uma das atrações mais desejadas de quem visita o local. Nas suas proximidades você também encontra a biblioteca municipal (que atualmente se encontra fechada para reforma) e os museus de cultura cearense e o de arte contemporânea.

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Outros pontos turísticos muito requisitados são: Mercado Central, Catedral Metropolitana, Praça do Ferreira, Praça dos Leões, Passeio Público, Parque do Cocó, Beach Park (maior parque aquático da América Latina), Centro das Tapioqueiras, Passeios para outras praias do Ceará como: Beberibe, Canoa Quebrada, Morro Branco e Jericoacoara. Fortaleza é uma cidade com muitas atrações. Inclusive, a famosa quinta do caranguejo, e os shows de humor que acontecem na Praia de Iracema em casas noturnas.

Para mais dicas e informações, acesse: www.fortaleza.ce.gov.br/servicos/Turista Viaje mais! Seja você, seja e-kletic@!

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Minibio Escritora Instrumentadora cirĂşrgica Palestrante para adolescentes Eterna buscadora de conhecimento, Adora o mar, a natureza e gente.

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Desejos “Eu tenho a luz das estrelas na palma da mão! Eu posso andar no arcoíris, da prata ao luar, mas o céu azul, o azul do mar, quero poder te tocar!” Roupa Nova Eu quero tocar o azul do céu e do mar, quero boa vontade, paz e amor no coração de todos, saúde para lutar dia a dia, matar um leão de cada vez. Força para não desistir de nada, mesmo que os obstáculos sejam tantos que me façam pensar que não consigo... Eu quero uma casa enorme, com mil quartos, onde possa conviver com todos os que amo, minha família, meus amigos e ainda assim preservar a privacidade de cada um. Acho que mil quartos não iriam dar, porque eu amo tanta gente!!! Cada um de seu jeito, inigualáveis no seu ser, mas escolheram um lugar no meu coração e se instalaram sem pedir licença...

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Eu quero uma vida sem problemas e preocupações, para poder todos os dias aproveitar o nascer do sol ou o cair da chuva... apreciar as tempestades, com seus raios e trovões e depois um céu limpo com estrelas pontilhando cada canto e iluminando os caminhos... Eu quero observar a fúria do mar, me sentir pequena diante dessa imensidão e depois apreciar a calmaria e me sentir grande e única diante do Universo, mesmo sabendo que sou poeira cósmica, mas tenho o meu valor! Quero do fundo do meu coração, que algumas pessoas fiquem pra semente, não morram e simplesmente desapareçam da minha vida. O vazio no peito não posso explicar, nem a sensação de impotência! Queria que ficassem para sempre, enquanto quisessem, e só partissem quando assim fosse da sua vontade. Tem pessoas que levam um pouco de nós... e aí? Não posso colocar no lugar algo que não me pertence!

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Quero poder trazer felicidade, esbanjar sorrisos, acalmar almas... Quero que as pessoas pensem no todo e não só em si mesmas... Quero uma casa na praia, com um aquário enorme na sala e uma árvore no meio dela! E um rio atravessando o meu jardim perfumado pelas belas flores que Deus nos deu... Quero sentir a brisa do mar sussurrando aos meus ouvidos uma canção de paz e os eucaliptos perfumando todo o ar à volta. E quero que todos se sintam bem lá! Quero verdade. E que a minha não seja igual a sua, mas e daí? Quem tem o poder de dizer como ser feliz? A felicidade está nas menores coisas... Respirar, amar, acordar, dormir, andar, comer, beber, viver! Falar a todos o quanto se ama e ser sincera. Os olhos são o espelho da alma, eles dizem tudo! Quero um refúgio, numa colina verdinha, com uma árvore frondosa e um tronco bem forte, onde posso sentar olhar o tempo passar, onde reine o silêncio e me sinta acolhida para respirar com calma e saber que sempre estou aqui, inteira, dentro de mim, pro que der e vier!

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Minibio Sonhadora, sempre tem como propósito de vida ajudar os outros. Advogada por formação, funcionária de uma ONG, gosta mesmo é de compartilhar histórias e experiências, não importa como. Vive a vida intensamente, ama a natureza, os animais e as pessoas. Inicia o dia meditando, caminhando ou praticando yoga. Criativa, precisa se expressar para os pensamentos darem uma trégua. Escritora por paixão, acredito que histórias inspiram, movimentam e transformam o mundo.

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 Não falo de amor...ou melhor, acho que seria amor mesmo. Amor no sentido mais puro da palavra. Amor que alimenta amor que movimenta amor que inspira. Eu sempre tive dificuldades pra responder a essa pergunta. Fora as pessoas das minhas relações cotidianas (familiares e amigos), eu não conseguia admirar um desconhecido. Ainda mais, se fosse famoso. Uma figura espiritual, então...mestres e gurus eram lendas. Contos que serviam para as pessoas serem melhores. Fábulas!

Eu ouvia das outras pessoas o quanto elas admiravam "X". O quanto seguiam os ensinamentos de "Y". E, confesso que eu ficava meio perdida. Aquilo não fazia sentido nenhum pra mim. Mas com o tempo, isso foi mudando. Vou contar, um pouco, como isso aconteceu.

FLASH BACK Eu sempre gostei de espiritualidade. Desde os meus 5 anos, eu ia pra centro espírita. Fui até os meus 14. E comecei a entrar em crise. A religião espírita não me servia mais, não respondia a todas as minhas questões. Passei alguns anos, estudando sobre religiões, experimentando, mas nada. Cada vez, era mais difícil. Aos 18 anos, tive o meu primeiro contato com a meditação. Era uma fita k7. Uma meditação guiada. Na época, eu não tinha noção do que era. Ganhei a fita de um ex- namorado e só o que eu fazia era ouvir. E adorava. Como era bom. Eu sentia uma paz. Mas, fiquei nisso. Não avancei. Não procurei saber o que era. Também foi aos 18 anos que eu tive uma vontade incontrolável de ir pra Índia. Eu só falava disso. Comprei um livro sobre a Índia. Estudava tudo quanto era assunto holístico. Mas, era época de começar a faculdade e minha mãe não concordava nem um pouco com a ideia de que eu fosse pra Índia. E o assunto morreu. Fiz faculdade, me formei, estudei pra concurso...a única atividade que eu mantive era a Yoga. Com o tempo, retomei a meditação. E, de vez em quando, ia em busca de um lugar novo, um curso que me desse ferramentas, que respondesse as minhas respostas.

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E ENTÃO... Foi só quando resolvi parar de estudar pra concurso e dar uma reviravolta na minha vida que voltei a me dedicar a espiritualidade. Yo ga e meditação com regularidade. Curso de formação de yoga. Cursos de meditação. Em diversos templos, com diversos mestres. Eu sou inquieta, gosto de experimentar. Junto um pouco de tudo e aplico o que fica melhor pra mim. Eu não acredito que exista uma técnica. Mas, várias. E talvez você tenha que montar a sua. Somos seres tão diferentes...não existe fórmula mágica. Passei esse tempo todo investigando a minha fórmula. E, como seres impermanentes que somos, já sei que vou continuar investigando. Como diz o Osho, hoje não somos o mesmo de ontem e nem seremos o mesmo de amanhã. Portanto, acredito que precisamos de pequenos ajustes diariamente. E falando em Osho, acho que ele foi meu primeiro mestre. Eu sempre tive dificuldade em me identificar com as pessoas. Ainda mais esses seres que são normalmente adorados. Parecem sempre tão distantes... Mas, o Osho conquistou meu coração. Foi amor ao primeiro livro. Respondeu todas as minhas perguntas. Que humor! Até hoje, leio seus livros com prazer. As meditações do Osho, então, me fortaleceram. Eu fui capaz de criar energia de uma maneira que eu nunca tinha experimentado antes. Mas, na minha contínua busca, conheci a Ama do Abraço. Não, não pessoalmente. Bem que eu queria. Mas, a figura dela já me passa uma tremenda paz. Que delícia. Conheci também o Sri Sri shankar. Da arte de viver. Que energia! Que vibração. E, há poucos dias, assisti ao documentário do Professor de Yoga, Hermógenes. Olha, vou te falar que não foi fácil não. Começou o filme e eu comecei a chorar junto. No início, eu não sabia muito o que tava acontecendo comigo...foi uma invasão das minhas emoções...eu olhava pra ele e chorava sem parar. Incontrolável. E pensava...nossa que doida...por que vc tá assim...e, assim, foi o filme todo. O filme é realmente encantador. A história da vida dele, os ensinamentos, o humor. Sem dúvidas, uma pessoa especial. Iluminado. E dava pra sentir essa vibração. Assustador né...por filme. O cinema todo ficou em êxtase. As pessoas aplaudiram com veemência, cantaram, se emocionaram. Foi um banho de alegria. Um encontro de almas. E foi assim que sai a pensar nos meus mestres. Guias. Gurus. Não no sentido de ser adorado ou bajulado. Não faço oferendas, nem pedidos. Mas, são fontes de inspiração e aprendizados. Com os seus ensinamentos, eu crio energia para o meu dia a dia. Alimento a alma.

E VOCÊ?

Tem alguém que admira? Alguém que faz os seus olhos brilharem? Ou que você apenas se identifica”?

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Minibio Carioca, Blogueira, Estuda jornalismo Gosta de ser gentil com o as pessoas. Acredita inspiração.

que

a

é

sua

maior

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Sonhar pode e faz bem Às vezes quando acostumamos com a pressão do dia a dia de compromisso e obedecer a regras ficando presa a rotina é uma dura realidade. Isso faz as pessoas a desanimem. Mas quando sonhamos batalhamos por ele mesmo diante das dificuldades. Sonhar nos inspira a sermos criativo para enfrentar a realidade, nos ajuda a construir metas Sonhar nos mostra que podemos t er esperança, ou seja,esperar por algo que não podemos ver ou tocar , no entanto, pode um dia se tornar real. É o que podemos chamar de fé. É incrível como poder sonhar pode trazer motivação que é algo que vem de dentro da alma. Sonhar em um dia poder se formar e trabalhar com o que gosta; Sonhar em se casar com um verdadeiro amor; Sonhar em ficar curado de uma grave doença, que o pegou de surpresa durante a vida; Sonhar com a liberdade seja ela qual for; Sonhar em poder voltar para sua terra natal que foi obrigado a fugir por causa da guerra; Sonhar em ter um lar, pais e irmãos ou sonhar em encontrar com um filho que a muito se perdeu;

Sonhar faz parte da vida, por isso nunca desista de correr atrás para conquistar o que durante toda a vida sonhou;

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Minibio Escritora, Poetisa e Graduanda em Letras com ênfase em Literaturas pela UFRJ. Apaixonada pelas artes e pela vida, ama leitura, mas, principalmente, a escrita. Escrever é, para esta carioca de 32 anos, não somente uma paixão desde que era pequena, mas, também, um ato de coragem em expressar os seus sentimentos e sua forma de ver o mundo. Adora cinema, teatro, boa música e namorar. Aliás, o amor é ingrediente fundamental na vida desta romântica virginiana que faz questão de expressar este sentimento tão lindo através dos seus poemas em seu blog Letras de Mel:

letrascommeleacucar.blogspot.com.br

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Relacionamento amoroso exige maturidade. Controlar o parceiro não passa de um ato egoísta e infantil de quem nunca amou. “Mulheres aprendam: homem não gosta de mulher possessiva, mandona e dominadora”! Ser namorada ou esposa não fará de você a dona dele. Ninguém é dono de ninguém e somos adultos dotados de livre-arbítrio. Amar é tão bom e esse momento mágico da vida acontece quando duas pessoas querem ficar juntas para compartilharem as sensações de um sentimento tão bonito. Há uns anos atrás, tive uma experiência de relacionamento sufocador e posso dizer: é algo desesperador. Infelizmente, não é difícil encontrar mulheres e homens que aprisionam os seus pares achando que isso tem algo a ver com amor. O que era para ser doce torna-se amargo e sombrio. Duas almas são feitas para caminharem juntas na mesma direção, apoiando, vivendo a paz e nunca ditando regras na vida da outra. O belo laço colorido do amor vira um nó cego que resultará somente na infelicidade e enforcamento de ambos. Quando chega a esse ponto, já deixou de ser amor, paixão ou qualquer outro sentimento bonito. O ciúme, quando na medida certa, é algo natural que nada mais é que o medo de perder a pessoa amada. O complicado é quando o ciúme se torna uma constante e, também, uma espécie de arma para controlar a vida do outro. Não há como controlar a vida de outra pessoa. Somos humanos, imperfeitos e cheios de sentimentos e vontades. Tentar controlar a vida de outra pessoa equivale ao mesmo que tentar manipular uma marionete ou qualquer outro objeto que satisfaça apenas os nossos interesses. Entrar em uma relação não é tomar posse de alguém. Um relacionamento maduro acontece quando, além do amor e do tesão, sentimos o desejo e prazer em fazer o outro feliz em todos os sentidos. Fazer o parceiro feliz está muito além de dar carinho e satisfazê- lo sexualmente na cama (não que isso não seja ótimo. É sim muuito gostoso e essencial!!) Fazer feliz quem a gente ama significa, principalmente, deixá- lo ser feliz com o que lhe dá satisfação. Ver a felicidade estampada no olhar e no sorriso de quem amamos é uma alegria única. Amor é felicidade e não amargura. Quando amamos de verdade, queremos muito mais que estar ao lado de quem amamos. Sentimos prazer em incentivar o nosso amor em tudo o que lhe traz realizações. Uma relação só dá certo quando há, além do amor e das afinidades, carinho, respeito, cumplicidade e confiança. Um ser humano controlado traz somente a tristeza dentro de si, pela sensação de impotência e de não poder ser quem realmente é. Para um relacionamento dar certo, é preciso acrescentar outros ingredientes além do amor. São necessárias, também, grandes doses e pitadas de temperos fundamentais para que o amor floresça sempre a cada dia. Portanto, se você ama, deixe-o(a) respirar! Tentar controlar os passos do outro e mudá- lo não passa de uma atitude egoísta e muito longe de ser algo vindo de alguém que ama. Neste caso, o melhor a se fazer é terminar algo que só traz lágrimas, tristeza e desânimo, principalmente para quem se sente em um círculo de sofrimento sem fim. A sensação de posse faz do parceiro um prisioneiro em uma gaiola emocionalmente solitária.

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Relacionar-se com o outro é andar lado a lado rumo aos mais belos caminhos da felicidade plena. É respeitar o espaço do outro e os seus desejos. Relacionar-se emocionalmente com o outro exige maturidade em lidar com a vida de alguém tão especial para você. “Este é o segredo de uma relação saudável, duradoura e feliz: quando duas almas se completam somando vida e não acabando com ela.”

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Minibio Acredito que em essência, escrever nesta revista, representa o que sou de verdade, mas o real em si e não uma percepção do que é visto como real. Diariamente exercemos representações de papeis na sociedade e não nos relacionamos intersubjetivamente. Não conhecemos o nosso semelhante. Nos descrever discriminando e nos rotulando não é justo, pois há algo além da superfície. De forma lúdica, brincalhona, posso me descrever aqui como designer de palavras, poeta metido a besta, arquiteto da semântica ou ex-participante de reality shows e DJ. Mas não levem a sério e nem se levem a sério.

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“Quando uma criatura humana, desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor “ Goethe A presente edição de número três nos permite em analogia ao tarô, uma conexão com a carta da imperatriz e com ela uma mensagem: O simbolismo da produtividade material, a natureza geradora de uma nova vida em constante atividade e a união dos dois princípios anteriores. Essa leitura se aplica harmoniosamente ao trabalho que todos nós estamos realizando para confecção da nossa revista colaborativa. Na mitologia podemos associar a Deusa Deméter ou Ceres, a mãe Terra, soberana da natureza e protetora das criaturas jovens e indefesas. Na Mitologia grega era responsável pelo amadurecimento anual dos grãos de ouro e ao final do verão, o povo lhe rendia graças pela fartura que o solo lhes havia proporcionado. Ela regia os ciclos da natureza e de todas as coisas vivas. Reunindo material e refletindo sobre o que inserir nesta nova edição, mergulho vestido com meu escafandro na minha estante e entre cardumes de livros, avisto uma espécie de Moby Dick literário, um livro do pai da psicanálise Sigmund Freud, chamado: A Interpretação dos sonhos, e tatuado no corpo

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do cachalote, o material dos sonhos – a matéria dos sonhos; Todo o material que compõe um sonho se origina de certa forma, da experiência, ou seja, foi reproduzido ou lembrado no sonho. Em um piscar de olhos, me encontro já na superfície, minha mente é invadida por um turbilhão de imagens surrealistas, os surrealistas acreditavam que arte deveria se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência do dia-a-dia, para poder expressar o inconsciente, a imaginação e os sonhos. Salvador Dalí e Luis Buñuel tiveram a inspiração para realizar através de um sonho, um dos marcos do cinema surreal: Um Cão Andaluz. Caminho e a paisagem se modificam, tenho a sensação de estar em um quadro de Tarsila do Amaral, meu corpo adquire formatos desproporcionais como um Abaporu de 1927. O cactus e o sol desta pintura continuam se metamorfoseando e transformam se em uma pirâmide, uma figura antropozoomórfica com cabeça de gata e corpo humano cantam angelicalmente em meus ouvidos uma canção de Ella Fitzgerald :

“Estrelas brilhando acima de você Brisas da noite parecem sussurrar "eu te amo" Pássaros cantando em uma figueira Sonhe um pequeno sonho comigo Diga boa noite e me beije Apenas me abrace forte e me diga que você sente falta de mim Quando eu estou sozinho e triste como pode ser Sonhe um pequeno sonho comigo” Depois dessa doce passagem, um novo cenário dessa vez, com uma tensão maior, perfilados em um octógono de MMA, Carl Gustav Jung versus Sigmund Freud. A batalha é disputada mediante argumentos cortantes, após 13 horas, Jung ferozmente versa sobre a

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metamorfose símbolos da libido, Freud despenca no chão formado por símbolos cabalísticos e letras do alfabeto hebraico. Jung é considerado vencedor pelo juiz e faraó Akhenaton. Na coletiva de imprensa, o repórter Miguel Serrano, pergunta: O senhor acredita, doutor Jung, que é necessário analisar os próprios sonhos, dar lhes atenção? E seria possível combinar isso com as práticas de yo ga? Jung responde: Desde que voltei a analisa- los sinto que a minha vitalidade cresceu, como se me tivesse incorporado tesouros ocultos da energia, que de outro modo se perderiam... Sem dúvida conversei com Khrishnamurti na Índia, e ele me disse que os sonhos não têm maior importância, que o principal é olhar, estar consciente, totalmente consciente do instante, do momento, para o qual se deve olhar tanto com o consciente quanto com o inconsciente. Disse-me ele que não sonha nunca, pois, como olha com todo o seu consciente e inconsciente, não lhe sobra mais nada para o sono, quando unicamente repousa. Sim disse Jung, alguns cientistas que vivem com a atenção voltada, para a pesquisa pensam não sonhar, um dia, contudo esse processo deixa de funcionar e então sonham... Quanto a sua pergunta se é importante analisar os próprios sonhos, parece- me que o principal é seguir a natureza... Um tigre deve ser um bom tigre, uma árvore uma boa árvore, também o homem deve ser homem... Seguir a natureza e tudo mais chegará por si mesmo. Inesperadamente, como a rainha de Sabá. Mas nada é possível sem amor, e isso inclui até mesmo o processo alquímico, uma vez que somente a pessoa apaixonada põe em jogo toda a sua personalidade e arrisca até mesmo a vida... Sem dúvida quando alguém afirma amar frequentemente, na verdade não ama ninguém. Após a coletiva, Miguel Serrano me confidencia que lançará um livro chamado Círculo Hermético, estendendo sua pesquisa a respeito de Jung e incluindo também Herman Hesse. Ouço uma voz feminina novamente, dizendo- me em sussurros: Abre los ojos! Abre los ojos! Acorde! Acorde! Na minha frente, sorrindo está Penélope Cruz beija minha testa e sobem os créditos.

Por hoje é só pessoal thats all folks!!!

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Minibio Psicoterapeuta, apaixonado pela profissão por música, cinema e literatura. Por gente e suas dores e delícias. Moro em João Pessoa, uma cidade cheia de verde, praias e contradições brasileiras. Sou pernambucano de nascimento e de convicções. Essas coisas percorrem minhas veias e me constroem. Além dessa coluna, escrevo na minha página do Facebook, no meu blog: opapafigo.com e no site: ParlamentoPB

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99 Todo mundo quer ter boa saúde, juventude e longevidade. Eu também quero. E por isso gosto de me cuidar, aprender sobre aquilo que é bom prá saúde e vai me manter jovem até os 99 anos, quando finalmente vou começar a ficar velho... Pois bem, vamos lá, que é muito simples: devo praticar meditação todos os dias, uma hora mais ou menos. Pilates duas vezes por semana. Uma atividade aeróbia diariamente, uma hora no mínimo. Musculação, de três a quatro vezes por semana. Um cochilo diário, meia hora a quarenta minutos. Terapia. Uma sessão semanal. Ou duas. Alimentação: beber um copo de água em jejum. Um copo de água com limão. Uma xícara de chá verde. Comer alho, tomate, brócolis, folhas muito verdes de couve, castanhas do Pará, abacaxi, banana, melancia, gengibre, ovos (a gema foi liberada), gergelim, quinoa, feijões diversos, arroz integral, uma taça de vinho, chocolate 99%, mamão, melão, espinafre, salmão e sardinha, linhaça, azeite extra virgem, inhame, macaxeira, tapioca. Tudo orgânico, claro. E todo dia. Que é prá prevenir o câncer. Devo evitar glúten, lactose, açúcar, carne, gorduras. Prá isso, devo ter uma lupa gigante e ...TEMPO, prá ler a composição dos alimentos no supermercado. Na vida cotidiana, devo evitar tudo que seja causador de stress: trânsito, preocupação com contas, pessoas negativas, pessoas que convidam prá jogar Candy Crush...

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Devo dedicar um tempo para leitura, ouvir música, cantar e dançar, apreciar a natureza, cuidar de plantinhas, de um bichinho, ligar para as pessoas queridas, até convidá- las prá um café (foi liberado também) ou até um lanchinho, que eu mesmo preparei, com esse tempo de sobra que você já percebeu que tenho. Sim, e pintar mandalas num livrinho para colorir. Devo arranjar tempo para o meu amor. Criar um clima romântico em casa, acender velas, tomar um vinho, preparar um jantarzinho gostoso com ingredientes afrodisíacos, que vou encontrar naquele passeio delicioso na feira livre, que segundo o manual, faz tão bem... Antes, claro, um banho gostoso, tranquilo, com sabonetes especiais, ultra mega hiper hidratantes, passar um óleo essencial maravilhoso, escolher a trilha sonora perfeita e, depois de tudo, a recompensa: horas e horas de amor, com aquele tempo de sobra que temos... Quem tem filhos... E aquele tempo... Curtir as crianças, arranjar um tempo prá brincar com elas, ensinar as lições da vida e da escola, botar prá dormir, levar no parquinho, nas festas dos amiguinhos, reuniões da escola. Mas isso de um jeito muito zen, cultivando pensamentos positivos, sem o peso da obrigação. Devo dormir de 6 a 8 horas por dia. Devo trabalhar por prazer, nunca por dinheiro. A não ser o dinheiro do Pilates, da academia, do terapeuta, do médico ortomolecular, do salmão, do azeite extra virgem, das coisinhas orgânicas, do pet shop, da ambientação zen, do workshop de meditação no recanto charmosinho no meio do mato ou à be ira mar, dos brinquedinhos de madeira e material reciclado para as crianças. O livro de colorir é baratinho. E a caixa de lápis de cor. Esqueci pouca coisa eu acho: protetor solar, fio dental, roupas de algodão, umas sessões de acupuntura, massagem (permita-se, você merece)... Viu como é simples? E você com essa mania de complicar e dizer que não tem tempo! Ou dinheiro!

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Minibio Palhaço, Educador, 24 anos, Poeta, Forrozeiro Um evangélico que não escolheu esperar!

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Eu tenho um sonho

E vocĂŞ? Tem um?

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“I have a dream...”

piada. Nós, os palhaços, só estaremos satisfeitos quando “a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente”.

Eu tenho um sonho... Já fazem mais de 50 anos desde que o Pastor Batista Martin Luther King Jr., nos degraus do Lincoln Memorial em Washington, D.C , compartilhou com o mundo e com os cerca de 250 mil presentes seu sonho de liberdade. Em 28 de agosto de 1963 como parte da Marcha de Washington por Empregos e Liberdade o reverendo discursou uma das maiores dissertações da História, aludindo e baseandose fortemente na Declaração de Independência dos Estados Unidos e – pasmem! – na Bíblia Sagrada.

Os batistas como o reverendo King chamariam isso de “Ano do Jubileu - O ano aceitável do Senhor”. Os bobos da corte chamariam de “Dia de Palhaçada”. O dia em que tudo é repensado e que todas as usuras cometidas pela realeza são cobradas. O dia em que o Bobo da Corte decidiu denunciar as loucuras dos banquetes glutões da corte enquanto o camponês sofre com fome e sem terras.

King Jr. tinha sonhos visionários, sonhava com um tempo de liberdade para todos os seus irmãos, sonhava com justiça e igualdade. Sonhava com um novo tempo, com uma ruptura histórica e quase epistemológica em que todas as estruturas sociais pudessem ser refeitas e que a lógica de poder fosse não apenas invertida, mas aniquilada. Um mundo onde as montanhas agora são planas e os vales, planícies. Já fazem 50 anos e este sonho quase anárquico ainda está vívido no coração de [quase] todos – consciente ou inconscientemente. O reverendo teve um sonho e nós, os palhaços sonhamos juntos com ele. Nosso coração de palhaço – eterno otimista como deve ser – anseia por um tempo em que a ordem será transgredida e subvertida. Para o palhaço este é o timing da

Há quem duvide que um bufão tenha todo este poder, mas eu já lhes explico: todos tem o poder de sonhar! E os palhaços sonham como ninguém e têm realizado este sonho de subversão desde os tempos mais remotos. Explico de novo: os palhaços quando proibidos de levar instrumentos musicais para seus shows de rua usavam moedas para fazer música e garrafas de vidro para gerar canções. Se as festas eram apenas para os mais abastados, eles se infiltravam como parasitas e, fingindo estar ali apenas para animar a festa, serviam-se do mais farto banquete. Se o imperador tomava uma decisão que pudesse sacrificar inutilmente a vida de seu povo, o joker fazia piada e, enquanto os outros riam, ele denunciava a loucura e perversão do soberano. Quando só gente de estirpe poderia frequentar os palácios, o bufão sem sangue azul transitava pela realeza como um conde ás custas de arrancar meros sorrisos.

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O palhaço tem o sonho de subverter a ordem como está estabelecida. É que quem estabeleceu a ordem não parecia muito preocupado com o bem-estar alheio. Este sonho parece estar bem alinhado com o sonho que Luther King teve: O palhaço tem o sonho de poder ir aonde quiser tal e qual o menino negro que sonha não ser mais privado de sua dignidade por placas onde se lê “somente para brancos”. Palhaços sonham em poder brincar da forme melhor os saciar, como o eleitor negro de Nova York que sonha em algo pelo que valha a pena votar. É do palhaço o sonho de poder falar as verdades pertinentes sem que o outro se sinta ofendido assim como Martin sonhou que um dia seus discursos não mais ofenderiam a ninguém. O palhaço sonha ser o que é e ainda ser aceito por isso. Ali, naquele agosto de 1963 Luther King tinha o Lincoln Memorial em Washington, D.C... Hoje os palhaços têm as ruas, os tablados e os picadeiros. O reverendo tinha um microfone, os palhaços desde os tempos mais remotos têm seus truques e brinquedos; Martin tinha um belo discurso, os palhaços tem seu show; aquele tinha as palmas e as ovações do publico, estes tem os sorrisos e o olhar curioso da plateia. Martin Luther King tinha 250 mil pessoas, as rádios, as câmeras e os televisores do mundo... Os palhaços tem você! E quem seria melhor para compartilhar esse sonho do que você, meu caro leitor? Eu sou um mero palhaço lhe perguntando agora: você não quer dividir comigo estes meus sonhos alegres e risíveis de liberdade?

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Sonheria. Uma Fábrica de Sonhos Nada melhor do que nesta edição nós da e-kletic@ trocarmos uma ideia com o pessoal da Sonheria. Uma verdadeira fábrica de sonhos que fica em São Paulo. Criada por três irmãos da quarta geração da família que comanda a doceria Dulca há mais de 60 anos e dois amigos, a Sonheria era, até então, itinerante. Com suas food bike (três em operação e duas a caminho), há cerca de um ano a doceria vem participando de eventos corporativos, feiras orgânicas, festas infantis, casamentos, etc. A Sonheria também desenvolveu uma linha de mini sonhos para lembrancinhas que já é um sucesso. Essa é a história por trás dos deliciosos sonhos mas vamos saber mais:

e-kletic@: Conte-nos sobre a motivação da Dulca em criar essa opção focando em apenas um dos seus produtos, como foi com os sonhos. Porque isso aconteceu?

Sonheria: O Sonho da Dulca já foi eleito pela Revista Veja como melhor doce em 2009, dessa forma a Sonheria nasceu com a missão de resgatar o hábito do brasileiro de comer sonho, que andava esquecido, e o já tradicional doce da doceria Dulca, porém reinventando o doce com diferentes sabores além do Tradicional de creme de Baunilha.

e-kletic@: Infelizmente somos do Rio e não tivemos ainda a chance de conhecer a Sonheria, mas percebemos que há um toque bem aconchegante na loja. Vocês acreditam que pra além do sonho em si, esse aconchego seria uma das razões do sucesso da Sonheria?

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Sonheria: Com a loja decidimos criar um espaço lúdico, que misturasse os sonhos lúdicos, aqueles que temos ao dormir, com o sonho doce. Esse espaço foi pensando, cuidadosamente, para ser um local agradável tanto para adultos e crianças, promovendo assim o encontro de famílias e amigos, sejam eles solteiros, casados (com ou sem filhos). A ideia é que nos finais de semanas ocorram eventos que promova o encontro de diferentes públicos e o torne mais agradável (realejo, mágico, contador de historias, oficina para crianças, música ao vivo, varal fotográfico, entre outros). Também buscamos trazer um ar de nostalgia na decoração, pois a maioria das pessoas que comem sonhos, lembram da infância, seja do local que comiam ou da avó que fazia em casa. Dessa forma também queremos promover o encontro de gerações.

e-kletic@: Ficamos sabendo da Sonheria via Instagram, com uma postagem de uma amiga. Como as redes sociais têm auxiliado na expansão e se há planejamento para ter Sonherias em outros estados.

Sonheria: Como uma marca que nasceu e busca ser inovadora, acreditamos que as redes sociais são o caminho mais fácil, barato e eficiente de atingir o nosso público alvo. Dessa forma acreditamos muito na comunicação e investimento em redes sociais para falar com o nosso público. No momento estamos expandindo nossa operação em São Paulo, mas em breve gostaríamos de expandir para outras cidades que acreditamos possuir o público da Sonheria, entre ela a cidade Maravilhosa do RJ

Sonheria Dulca (11) 3082-0073 @sonheria Facebook.com/sonheriadulca www.sonheria.com.br

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Nós da e-kletic@ apoiamos a ActionAid e você também pode fazer a diferença.

Entre no site e faça a sua doação: http://www.actionaid.org.br/

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