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ENTREVISTA
Christiane Torloni: treino de humildade maurício de souza: de jornalista a cartunista
TURISMO
cabelos de atrizes: sonho de consumo vida de mulher: emissoras apostam nelas
DECORAÇÃO
aspen: glamour continua no verão ubatuba: desvende suas preciosidades
TECNOLOGIA
TV
cozinha: mistura de cores e concreto banheiros: iluminação para conforto ideal
steve jobs: o fim do sonho americano robótica : brasileiro é destaque em competições
AUTOMÓVEIS
na moda: cor branca já eleva preços de carros flagra: conheça a nova geração da s10
personagens diferentes e seus desafios
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EDIÇÃO 11 . Outubro 2011
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ÍNDICE_
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DA REDAÇÃO_ ENTREVISTA
Christiane Torloni “Novela é treino de humildade”
TV
nova receita de sucesso Programas sobre as mulheres
TURISMO
Aspen Glamour continua no verão
MODA
tendência do verão Pernas masculinas à mostra
LITERATURA
coluna Confira dicas de três livros
SAÚDE
poluição Crianças são as mais atingidas
FINAÇAS
parcelas atrasadas Aprenda o que fazer
Mês dedicado às crianças Este mês, quando as atenções estão todas voltadas às crianças, não poderíamos deixar de preparar reportagens sobre o tema e decidimos, junto dos diversos assuntos abordados na Estilo Livre, dar ênfase às crianças por meio de três matérias. Entre elas, uma entrevista com Maurício de Souza, que há anos encanta as crianças com seus quadrinhos. Confira como Maurício cria seus personagens e como seus filhos foram importantes nesse processo. Além disso, também buscamos colocar em debate uma pesquisa realizada recentemente por um canal pago voltado a crianças, que revelou que a educação e a violência estão entre as maiores preocupações dos pais hoje em dia, levando-os a preferirem restringir a liberdade a exporem os menores à violência. Essa realidade mudou completamente a infância das crianças de hoje, que já não brincam nas ruas ou andam a pé sozinhas, por exemplo. Uma outra reportagem revela ainda que as crianças estão mais suscetíveis aos problemas de saúde decorrentes da poluição ambiental e que sofrem mais do que os adultos suas consequências. Este levantamento sugere, inclusive, a adoção de um termo específico para tratar das doenças ligadas aos desequilíbrios no meio ambiente: pediatria ambiental. Enfim, no mês dedicado aos pequeninos, aí vai nossa cobertura. Confira!
CAROLINA MARQUEZINI DIRETORA DA REDAÇÃO
GASTRONOMIA Brigadeiro Receita com muitos fãs
ASSISENSE
VIAGEM DE MOTO Pelos dois extremos do mundo
AUTOMÓVEIS
na moda Cor branca eleva preços
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Alinne Moraes
Atriz fala sobre seu laboratório particular para os personagens
DIRETOR Jeziel Marquezini EDITORA Carolina Marquezini DIRETOR COMERCIAL Daniel Israel DIREÇÃO DE ARTE E IMPRESSÃO Editora Conosco_Indústria Gráfica TEXTO E FOTOS Agência Estado FOTOS Ivan Mello - Freelance JORNALISTA RESPONSÁVEL Carolina Marquezini_MTB_41418 SP TIRAGEM 25 mil exemplares PARA ANUNCIAR Daniel Israel_18 9732-0007 daniel@revistaestilolivre.com.br ANÚNCIOS E PATROCÍNIOS Além de anúncios institucionais e comerciais em formatos tradicionais, Estilo Livre oferece a opção de patrocínio das seções e colunas fixas. Fale com nosso departamento comercial . REVISTA ESTILO LIVRE Abílio Duarte de Souza, 257 :: F: 18 3322 6544 revista@revistaestilolivre.com.br
ENTREVISTA_
ENTREVISTA_
“Novela é um treino de humildade”,
diz Christiane Torloni Por_Patrícia Villalba
(AE) - Linda de berço e socióloga por formação, Christiane é o tipo de mulher que leva a uma reflexão sobre a aparência. Em 35 anos de carreira, ela conseguiu ser musa, e agora diva, ao mesmo tempo em que pôs mochila nas costas para conhecer a casa das donas Chiquinhas do Brasil adentro. Figura de destaque da campanha Diretas Já (1983-84), hoje engajada no movimento Amazônia para Sempre, ela deu a entrevista a seguir. AE - Aguinaldo Silva se referiu à Tereza Cristina como uma suposta vilã, por não ser uma pessoa essencialmente má. Você concorda? Torloni - Primeiro, eu não concordo nem discordo de autor. É como perguntar “por que Deus fez isso comigo?”. O personagem é revelado pra você aos poucos. Tem de ter muito equilíbrio, e é um treino de humildade, porque você está num fio super esticado, ao sabor do vento, dos humores e, principalmente, da audiência. Mais do que nunca, a televisão é uma mídia interativa. AE - Essa interferência é boa ou ruim? Torloni - É o nosso tempo. É como perguntar se celular é bom. É ótimo, mas se eu não quiser falar com ele, eu desligo. Nunca fui de jogos eletrônicos. Daí, um dia pensei: “que estupidez!” Porque a TV é um jogo eletrônico, de agilidade mental e física. E se esse jogo hoje é interativo, é fruto do que nós plantamos.
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AE - O contato com o público não é um fardo da profissão, como pensam outros atores? Torloni - Olha, nas minhas entrevistas antigas dizia que o meu intento era chegar até a casa da Dona Chiquinha lá longe. Fui fazer uma reportagem do Fantástico na Fundação Amazônia Sustentável, no Rio Tumbira, perto de Manaus. Aí, estou eu lá abraçada com a professora de uma comunidade, e ela falando de A Gata Comeu (1985) e pensei “olha aí, Dona Chiquinha!”. Nesse sentido, a TV é um instrumento magnífico porque o mundo virou um lugar de solitários. AE - Em “Fina Estampa”, a bela Tereza Cristina faz clara oposição à desleixada Griselda (Lilia Cabral). Qual é o espaço que a beleza ocupa na sua vida? Torloni - É muito engraçado. Nasci num ambiente em que as pessoas se dedicam ao belo. O difícil foi perceber que o mundo pode não ser tão belo, que tem gente que faz questão de deixar o mundo muito feio. A natureza tem o tempo dela, e você se sentir vencida pela natureza é muito triste. Quando eu era criança, tinha as pernas machucadas pelas brincadeiras. E hoje eu vejo as meninas de oito anos preocupadas em fazer chapinha e penso “essas crianças não vão brincar, não?”. Depois elas vão precisar muito dessa criança. É ela que vai manter o tal do jovem. É isso que é ser jovem de alma. ESTILO LIVRE
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01. Tatiana - Roberson 02. Suellen - Leandro 03. Thays - Fernanda - Fabi
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04. Maristela - Leonardo - Valdirlei 05. Edileiton - Eloisa 06. Leandro - Aniele
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“Cada criança é um grande personagem em potencial” Por_Tatiana Piva
(AE) - Seu pai escrevia novela de rádio. A mãe, poesias. O avô contava lorotas. A avó, histórias da carochinha. E Mauricio de Sousa também encontrou uma maneira de contar suas histórias. Acabou conquistando o País com seus personagens divertidos e marcantes, e fazendo amigos famosos, como o ex-presidente Lula, o jogador Ronaldinho Gaúcho e Pelé. O escritor e cartunista de 75 anos recebeu a reportagem para uma conversa na sala de sua empresa, na Lapa, zona oeste da cidade.
MAURÍCIO DE SOUZA - Cada criança é um grande personagem em potencial. Acho que o Marcelinho (seu filho caçula, de 12 anos) poderia virar um personagem. Ele nasceu com um chip diferente. É politicamente correto. Fecha a torneira, faz a lição, se veste sozinho, chama atenção de quem faz coisas erradas. Ele seria o ‘Marcelinho, certinho’ e ia encher o saco da Turma da Mônica. Mas ele não aceitou esse personagem. (AE) - Então, ele não tem personagem?
AE - Como descobriu o desenho? MAURÍCIO DE SOUZA - Aos 18 anos, eu era repórter policial. Era uma época difícil da política no País. Fui cobrir greves, passeatas. Ficou chato. Certo dia, nessa época, fui para casa e resolvi desenhar o meu primeiro personagem, o cachorrinho Bidu, em 1959. Pedi demissão do cargo de repórter e passei a ser desenhista. Fazia três tirinhas por dia para o jornal. Então, tive de contratar um auxiliar. Hoje, tenho mais de 200 desenhistas. (AE) - Foi quando lançou a primeira revista da “Turma da Mônica”? MAURÍCIO DE SOUZA - Sim. Ali, tive a base para começar todo o processo. Tudo que faço hoje, planejei lá atrás. São mais de 50 anos de carreira. (AE) - Como cria os personagens?
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MAURÍCIO DE SOUZA - Peguei uma vertente das características dele. Ele é uma criança que não gasta demais. Dia desses, fomos ao shopping. Eu estava precisando de um blusão azul. Entrei numa loja. “Pai, para! Essa loja é de grife. Aqui é tudo mais caro. Se você for na loja tal é cinco vezes mais barato”. E eu: “Mas filho a qualidade não é boa”. E ele: “Então compra cinco”. (AE) - Algum filho pode te substituir nos desenhos? MAURÍCIO DE SOUZA - A minha sucessora na arte sem dúvida é a Marina (24 anos). Ela faz rascunho de capa de revista desde os 7 anos. Alguns já foram publicados. Aliás, cadê esse dinheiro? (ele grita para a filha, que acabara de chegar). “Acho que gastei em chiclete”, responde Marina, sorrindo.
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Alinne Moraes
fala sobre seu “laboratório particular” Por_Aline Nunes
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(AE) - Quando o novelista Manoel Carlos disse para Alinne Moraes, 28 anos, que ela interpretaria uma tetraplégica em “Viver a Vida” (2009), ela correu para se inteirar sobre os assuntos ligados a acessibilidade e sugeriu à produção do folhetim que a personagem fizesse uso contínuo de fraldas. Era um desconforto na rotina de gravações. Mas, para a atriz, fazia com que a cena beirasse a realidade. Já quando teve de entrar nas roupas justas da prostituta Vera - da microssérie “Amor em 4 Atos” -, lotou o seu iPod de clássicos do rock e só o tirava do ouvido quando escutava o tal “gravando”. A trilha sonora a deixava mais solta. “Sempre tenho um laboratório muito particular”, diz. Em nove anos de TV, Alinne
fonoaudiologia. “O ‘leite’ e a ‘porta’ (com o “r” carregado do interior paulista) de Sorocaba me perseguem. E a Lili é da Penha, né?”, diz. O resto da composição da personagem, a atriz diz ter deixado rolar naturalmente. O fato de ela ter sido manicure, por exemplo, Alinne disse tirar de letra. “Como entrei na vida de modelo aos 12 anos, eu sei me virar com as essas coisas. Sei fazer maquiagem, cutícula e afins”, conta. Já para exercer as funções de balconista de supermercado e de taxista, ela dispensou o preparador de elenco. “Como a Lili deveria ficar atrapalhada com todas essas atividades, eu procurei nem saber como precisava fazer. Fiz como Alinne mesmo. Já que não sei nada disso também.
só não imaginava que algum dia teria uma preparação tão íntima dos gêneros musicais forró, samba e brega. Mas aconteceu. Com o convite para viver Lili, uma manicure que cresceu no bairro da Penha, no Rio, na macrossérie “O Astro”, ela tratou de diversificar radicalmente a seleção de hits que ouve no carro. O laboratório, sem a MPB que costuma escutar, já surtiu efeito. Em entrevista coletiva, a artista já estava até cantarolando o sucesso brega “Minha Mulher Não Deixa Não”. Sinal de que ela pegou gosto pelo gênero? “Não. Longe disso (risos). É que tenho escutado muito no meu carro. Antes, raramente, tocava um Zeca Pagodinho (risos)”, conta. Ainda no laboratório, quando acha necessário, Alinne recorre a sessões de
FIGURINO Uma das diferenças entre a Lili de hoje e a de 1977 é o figurino. Nos anos 70, o que imperava no armário da manicure eram as calças de cintura alta. Já no remake, são as roupas curtas. O que para Alinne não causa constrangimento - no Rio, ela gravou na Lapa, na Penha, no Centro e no Méier. “O visual só ajuda a compor. É bom você olhar no espelho e ver que aquilo não faz parte da sua vida”, diz. E emenda: “Eu tenho adorado tudo. Às vezes, só fico um tanto nostálgica”. Com “O Astro”, Alinne relembra a época em que pegava metrô e fazia visitas a videntes. “Teve uma que até falou que eu seguiria carreira artística”, conta a atriz. Será que “O Astro” já estava no destino de Alinne? ESTILO LIVRE
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Cabelão de atrizes vira sonho de consumo PorMarcela Rodrigues Silva
(AE) - Os longos fios loiros usados por Natalie Lamour (Deborah Secco), na última novela das 21h, “Insensato Coração”, e os volumosos de Naomi (Flávia Alessandra), de “Morde & Assopra”, viraram sonho de consumo entre as telespectadoras. As madeixas dessas duas atrizes estão entre os tipos de cabelo mais procurados no ranking de pedidos da Central de Atendimento ao Telespectador da TV Globo. As desejadas cabeleiras, porém, são artificiais e resultaram de tufos de cabelos alheios, cola e horas nas mãos de profissionais. O truque não é novo, mas o megahair ganhou força com as famosas e chegou repaginado aos salões chiques. No Studio W, de Wanderley Nunes, no Shopping Iguatemi, o mega-hair já é procedimento de rotina. “Antes, o alongamento era cheio de mitos, algo quase inalcançável. Hoje é um desejo natural das clientes, que perderam a vergonha de usar algo que, no fundo, é uma peruquinha”, brinca o hair stylist Sérgio G. “Colocado por um profissional e com as manutenções, não causa dano algum”. CABELÃO DE R$ 5 MIL Na nova novela das 21h da Globo, “Fina Estampa”, os cabelos de Christiane Torloni e Adriana Birolli também foram alongados. Dos cabelos curtos e lisos, Christiane Torloni passou ao longo ondulado graças ao mega-hair. A mudança é parte da caracterização de sua personagem Teresa Cristina. Adriana Birolli alongou os fios para interpretar Patrícia, jovem rica e fashionista. PENTEADO DE MENTIRA Em “O Astro”, Carolina Ferraz exibe cabeleira volumosa na altura dos ombros. Outro truque, dessa vez mais simples e fácil de copiar em casa. Antes de gravar, o cabelo da atriz ganha apliques ou extensores móveis, telas presas com presilhas (tic -tac).
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Websérie “Quero ser solteira”, estrelada por Claudia Sardinha
Natalia Klein, protagonista e roteirista de “Adorável Psicose”, do Multishow.
Emissoras apostam Na vida da mulher moderna Por_Juliana Faddul
(AE) - É um verdadeiro malabarismo para as mulheres de hoje em dia conciliarem os papéis de mãe, amiga, amante e profissional. São tantos dilemas, dramas e preocupações vividos que não é difícil imaginar a rotina do sexo feminino como um roteiro de programa de TV. Talvez por isso, atrações protagonizadas por mulheres pipoquem nas grades dos canais. Por causa delas, falamos com as protagonistas de “Adorável Psicose” (Multishow), “Mulher de Fases” (HBO), e da websérie “Quero Ser Solteira” (http://www.querosersolteira.com/) sobre feminismo, TV e a vida da mulher atual. E, claro, sobre os segredinhos delas para conviver com essa rotina cheia de tarefas “A mulher atual deveria evitar esse rótulo de ‘mulher moderna’. Porque não deixa de ser um estigma. Multifuncional? Nós somos mulheres, não impressoras”, diz Natalia Klein, 26 anos, protagonista de “Adorável Psicose”. Para a atriz, blogueira e roteirista, ser mulher hoje em dia é difícil, mas nada vale mais do que ser livre. “Prefiro ser uma neurótica obsessivocompulsiva do que não ter autossuficiência
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econômica, direito ao voto, lugar no mercado de trabalho”, fala. Para Claudia Sardinha, 23 anos, protagonista e idealizadora da web série “Quero Ser Solteira”, o boom das atrações de “mulherzinha” surge a partir de um aspecto mais amplo. “As mulheres evoluíram muito. Conquistaram o mercado de trabalho, poder econômico. Há uma necessidade de consumo, não só de produto, como de conteúdo”, diz ela. “As mulheres têm cada vez mais vontade de dizer ao mundo o que sentem, e sem pudor algum. São inteligentes, conquistaram um espaço que só aumenta. E querem dividir essas ideias com todos”, completa Elisa Volpatto, 27, que dá vida a Graça, personagem principal de “Mulher de Fases”. Além de desempenharem seus papéis na tela, seja da TV ou do computador, as atrizes ainda precisam encarar a vida real. “A mulher quer ocupar todos os espaços, mas sem perder o que é dela, o espaço de mulher, mãe e amiga. A mulherada fica neurótica mesmo”, fala Claudia.
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Aspen
Glamour de continua com as temperaturas em alta Por_Bruna Tiussu
(AE) - O sol brilha forte. O termômetro indica 17 graus e a neve se limita a branquear somente o pico das montanhas. Nem por isso o vai e vem de jatinhos no aeroporto de Aspen diminui. A cena, corriqueira no inverno, se repete também nos meses mais quentes. O glamour continua - a diferença está apenas na bagagem. Ao invés de pares de esqui, luvas e casacões, as malas trazem bermudas, tênis e vestidinhos leves. A ideia é curtir a natureza. Os lagos, bosques compostos pelas árvores aspen e as montanhas que se apresentam verdinhas, exalando aquele inconfundível cheirinho de campo. Nelas, há trilhas demarcadas de níveis variados, a serem percorridas de bicicleta ou a pé. E, assim como no inverno, são os ski-lifts que levam os turistas até o topo. No centrinho, agências de turismo organizam passeios diários que incluem pesca, jogos como paintball e programas noturnos. Estes ainda podem incluir a experiência de acampar nas montanhas, tendo o céu estrelado como pano de fundo. Por falar em noites, durante o verão ela só cai depois das 20 horas. E para animar o entardecer prolongado, a cidade capricha na programação musical. Toda quinta-feira um artista se apresenta, ao ar livre e de graça, em Snowmass, uma das quatro montanhas principais de Aspen. Também é nesta época que ocorre o Aspen Music Festival, realizado desde 1949. E se durante as baixas temperaturas é im-
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possível pensar em um mercado a céu aberto, é agora que o Aspen Saturday Market (aspenchamber.org) ganha vida. Instalado bem no centrinho da cidade todo sábado, das 9 às 15 horas, é passeio tentador mesmo para quem faz questão de passar longe da cozinha durante as férias. Gastronomia, aliás, é outro ponto favorável ali, seja qual for a estação do ano. A vantagem do verão, entretanto, é a chance de apreciar uma das massas do italiano Casa Tua (casatualifestyle.com), ou os exóticos menus japoneses do concorrido Matsuhisa (matsuhisaaspen. com), em uma das mesinhas ao ar livre. Com o agradável calor do sol e vento refrescante adicionados à tradicional sofisticação de Aspen.
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TURISMO_
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Resorts apostam na alta gastronomia
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Por_Mônica Nóbrega
(AE) - O creme de macaxeira com queijo coalho e pedacinhos de charque crocante fez o chef francês Alain Burnel raspar até a última migalha no ramequim. Pelo menos é assim que a cozinheira Teresa Meira Lins, autora do escondidinho em questão, conta a história - sem esconder o justo orgulho de ter pilotado, no restaurante do Nannai Resort, o jantar degustação oferecido ao chef três-estrelas Michelin. Comandada por Teresa, a cozinha do Nannai tem como especialidade frutos do mar e pratos regionais nordestinos. Tudo com escolha cuidadosa de ingredientes, técnica esmerada no preparo, atualização de receitas clássicas, serviço cinco-estrelas. Gastronomia de primeira à beira-mar, cercada por bangalôs charmosos, piscina, kids club, spa e todas as mordomias esperadas neste tipo de hospedagem. Porque os bufês e as ilhas temáticas que dominam os restaurantes de resorts até podem oferecer comida gostosa. Mas há empreendimentos na costa brasileira que vão além: com proposta de alta gastronomia, fazem o que for
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preciso para que seus hóspedes tenham férias estreladas também à mesa.
Nannai, Muro Alto (PE) nannai.com.br Com 91 acomodações, tem um restaurante com varanda que também serve em outros ambientes do hotel. Basta o hóspede pedir. Chef: aos 74 anos, Teresa Meira Lins não tem formação de chef. Lança mão da experiência para elaborar o cardápio e atualizar receitas nordestinas. Especialidade: com feijão verde, vinagrete e farofa de manteiga de garrafa, o arrumadinho de charque é campeão de pedidos.
Kenoa, Barra de S. Miguel (AL) kenoaresort.com Mesmo quem não está hospedado em uma das 23 acomodações do resort pode reservar um jantar no restaurante Kaamo. Chef: assina
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o cardápio o pernambucano César Santos, da Oficina do Sabor, em Olinda, conhecido por suas misturas de frutos do mar, frutas e ervas. Especialidade: cozinha internacional com toque regional. Peça a cataplana Kaamo, mix de frutos do mar preparado e servido em panelas portuguesas de cobre.
Kiaroa, Maraú (BA) kiaroa.com.br Especiarias e temperos baianos e técnicas da culinária francesa definem o cardápio do restaurante do Kiaroa, que tem 25 acomodações. Chef: o mineiro Elias Feitosa assumiu a cozinha no fim do ano passado. Especialidade: o cardápio muda diariamente para privilegiar ingredientes mais frescos. Sugestão do chef: risoto de carne de sol, banana-da-terra e queijo coalho com mel de vinagre balsâmico.
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01. Milanesa de Pescada, Vinagrete de Beterraba, Aipim e Batata Doce. do Resort Ponta dos Ganchos 02. Arroz de Pato do Resort Kenoa 03. Lagosta servida no Restaurante do Resort Txai 04. Arrumadinho de charque do Resort Nannai.
Ponta dos Ganchos, Governador Celso Ramos (SC) pontadosganchos.com.br Sem horários predefinidos para as refeições, o restaurante serve os hóspedes dos 25 bangalôs na hora em que decidirem. Chef: Laurent Suaudeau é o consultor do cardápio, que muda todos os dias. Especialidade: privilegia produtos de origem local e os mais frescos do dia.
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Desvendando as preciosidades do mar de
Ubatuba Por_Bruna Tiussu
AE) - O balanço do barco indica a qualidade do passeio embaixo d’água. Se for brando, graças às poucas ondas e vento fraquinho, o cenário lá no fundo do mar certamente se mostrará em detalhes. Em um dia chuvoso do verão passado, contei com a sorte da calmaria marítima e fui ao encontro da tão encantadora vida subaquática da região de Ubatuba. O local escolhido para cair na água foi a Ilha da Rapada que, localizada ao norte do município, é apenas um dos pontos que compõem a ampla coleção de lugares ideais para mergulhar que Ubatuba tanto se orgulha em ter. Saindo do Píer do Alemão, na enseada do Itaguá, o barco navega uma hora até alcançar o destino. A princípio, a descida parece ser a parte mais aflitiva do passeio. Pura impressão de iniciante. A presença constante do guia ali ao lado tranquiliza e, sem nos darmos conta, já estamos pertinho do chão arenoso, a uma profundidade de oito metros. Naquela nova panorâmica que se abre ao redor, cada pontinho que colore a imensidão azul é uma agradável surpresa.
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SAIBA MAIS • Mergulho: em um mergulho inaugural, muita coisa antecede o momento de efetivamente cair na água. A preparação começa com uma aula teórica, formulário médico e vídeo que dá as primeiras orientações e regras fundamentais da prática. Logo, as instruções são treinadas no ambiente aquático - primeiro em uma piscina. É ali, com toda a segurança necessária, que o aluno se familiariza com máscara, cilindro e movimentos essenciais do mergulho. Iniciantes nunca exploram o fundo do mar sozinhos. Cada instrutor pode acompanhar somente um ou dois mergulhadores. • Idade: crianças também podem se aventurar - a idade mínima é 10 anos. • Quem leva: Omnimare Turismo (omnimare.com.br). O mergulho custa desde R$ 225, com equipamentos incluídos.
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TV_NOTAS 01
Ana Hickmann
MAIS DA EMISSORA Além de apostar no reality “A Casa da Ana Hickmann”, o “Tudo É Possível” começará, em breve, a exibir reportagens feitas pela apresentadora em viagens internacionais. Para o próximo ano, está programada uma série de matérias sobre Israel. “A Ana tem uma presença muito forte em externas, por isso vamos levá-la às ruas”, conta o diretor Vildomar Batista.
TV_NOTAS 03
“A VIDA DA GENTE” EM PRODUÇÃO Cerca de 70 ambientes foram projetados nos estúdios da Globo para as gravações de “A Vida da Gente”, nova novela das 6. Cada espaço foi pensado pela equipe de cenografia de acordo com as características dos personagens que ali viverão. Tudo isso para dar mais realismo à trama.
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MAIS DE “A VIDA” Assinado por Lícia Manzo, o folhetim teve cenas gravadas na Argentina - em Ushuaia e Buenos Aires -, Porto Alegre, Gramado e Canela. A trama central de “A Vida da Gente” conta a história de amor de Ana (Fernanda Vasconcellos) e Rodrigo (Rafael Cardoso), que foram criados juntos, mas se separam por pressão dos pais.
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DIVULGAÇÃO INDISCRETA A assessoria de imprensa da Clínica Volpe, no Jardim Paulista, divulgou nota dizendo que a atriz Regina Duarte, de 64 anos, submeteu-se, recentemente, a quatro sessões de um novo tratamento estético rejuvenescedor.
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Sergio Penna
Ídolos são-paulinos
MAR TRICOLOR Raí, Cafu e Palhinha são alguns dos ídolos são-paulinos que estarão a bordo do Navio Tricolor, cruzeiro em homenagem aos 20 anos da conquista do primeiro campeonato mundial do clube, em 1992. A viagem, de quatro dias, ocorrerá entre 19 e 22 de abril do ano que vem. O navio irá de Santos até Ilhabela e, depois, passará por Búzios (RJ). A viagem é parceria do clube com a MSC Cruzeiros.
Regina Duarte
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Ana Hickmann
ELA SABE TUDO DE MODA Malu Valle está no elenco de “A Vida da Gente”, nova novela das seis da Globo. Ela dá vida a Vivi Mourão, a personal stylist de Cris (Regiane Alves). Na trama, Vivi foi uma mulher muito rica que decidiu trabalhar depois de perder tudo.
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Maria Fernanda Cândido
SÓ NA PRODUÇÃO A atriz Maria Fernanda Cândido está produzindo a peça “O Demônio de Hannah”. A ideia é que o espetáculo estreie no próximo ano, em São Paulo. Além dela, José Wilker também estará no elenco. Na televisão, Maria Fernanda aparecerá em “As Brasileiras” (Globo), no episódio sobre Curitiba.
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Fernanda Vasconcellos
“Adoniran - O Musical”
VIROU NOVELA Anunciado em agosto de 2010, “Adoniran - O Musical”, programado inicialmente para estrear em abril deste ano, ainda não conseguiu captar o dinheiro necessário para viabilizá-lo. “Temos a metade da captação em serviço, em teatro, músicos, figurino, mas dinheiro para os atores não”, diz o diretor Rubens Ewald Filho.
Dercy Gonçalves
MINISSÉRIE TERÁ PALAVRÕES DE DERCY Os palavrões, marca registrada de Dercy Gonçalves (19072008), estarão presentes na minissérie de Maria Adelaide Amaral que resgatará os momentos mais importantes da vida da atriz. A atração de quatro capítulos da Globo tem estreia marcada para 10 de janeiro de 2012. “Lembro-me com carinho da Dercy dizendo, no nosso primeiro encontro, que eu falava palavrão direitinho. E que gostaria que eu fosse filha dela”, conta Maria Adelaide.
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CHEGOU A HORA DE VOTAR A votação para a 17ª edição do VMB, que ocorre em 20 de outubro, continua aberta. A audiência pode eleger seus artistas favoritos, nas categorias webclipe, webhit, hit do ano e artista internacional, no www.mtv.com.br/vmb. Os jurados da MTV escolherão os demais vencedores. Concorrem ao título de artista do ano: Criolo, Emicida, Marcelo Camelo, Marcelo Jeneci e NX Zero.
TOMOU GOSTO Depois de estrear na preparação de atores de novela em “Vidas em Jogo” (Record), Sergio Penna tomou gosto pela função. Além de ajudar Marcelo Serrado a compor o Crô de “Fina Estampa” (Globo), ele acaba de preparar o elenco de “Aquele Beijo”, nova novela das sete da Globo, de Miguel Falabella. Penna ainda ajuda Carolina Ferraz na composição de sua personagem em “O Astro”.
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17ª edição do VMB
“As Bruxas”
CLAUDIO TORRES FARÁ LONGA SOBRE BRUXAS Próximo filme de Claudio Torres (“O Homem do Futuro”), “As Bruxas” será estrelado por Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Maria Luisa Mendonça - mãe, irmã e mulher do diretor, respectivamente. “São as bruxas da minha vida”. A trama, que contará a história de um homem que se casa com uma bruxa, vai se passar em duas épocas - a atual e 1531. O longa mesclará humor e terror.
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Datena
DEIXA PARA LÁ Enquanto seus advogados resolvem questões relacionadas à sua saída relâmpago da Record, Datena não quer mais tocar no assunto. “Não sei como estão essas coisas, nem quero saber, senão não consigo trabalhar. Não sou bom com assuntos judiciais”, diz ele. “Não quero me desgastar, além disso, deixei muitos amigos por lá”. ESTILO LIVRE
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LOOK BOOK_
Chapéu Le Lis Blanc - Donna Amora & Homem - R$ 69,50 Jaqueta Couro M. Officer R$ 1.980,00
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Bolsa Manly Empório da Ligerie R$ 132,90
Conjunto camisola Liebe Empório da Ligerie R$ 94,00
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LOOK BOOK_ Vestido Lilica Ripilica - Lilica e Tigor - R$ 239,90
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Sandรกlia Atitude Kids R$ 50,00
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Saia Botswana Aiyra - R$ 139,80
Bata Le Lis Blanc - Donna Amora & Homem - R$ 199,50
Relógio Guees lalucci - R$ 770,00
Carteira Guees Lalucci R$ 275,00
Pulseira Perola com Pedras - Lalucci - R$ 160,00 Vestido Lança Perfume - Aiyra - R$ 659,70 Corrente R$ 36,00 Pingente R$ 140,00 - Ótica Luciana
Sapato Capodarte - Donna Amora Sapataria - R$ 399,90
Brinco - Ótica Luciana R$ 160,00
Anel - Ótica Luciana - R$ 110,00
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Bolsa Couro Capodarte - Donna Amora Sapataria R$ 699,90 Blusa Le Lis Blanc Donna Amora & Homem - R$ 259,50
Vestido Afghan Espaço Villas R$ 239,00
Saia M. Officer - R$ 559,00
Camisa Floral M. Officer - R$ 318,00
Sapato Iamara Atitude - R$ 183,90
Bolsa Guees Lalucci R$ 580,00 Sapato Capodarte Donna Amora Sapataria - R$ 279,90
Conjunto de biquíni Morena Bakana - Empório da Ligerie - R$ 118,00 ESTILO LIVRE
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Apresenta sua coleção Primavera/Verão 2011 Roupas estampadas, muito crochê, rendas, cores vivas e florais invadiram o desfile Primavera/Verão do Espaço Villas Boutique, realizado no dia 31 de agosto, no Villas Pizza e Grill, pela empresária Regiane Villas. Foi simplesmente um sucesso. Saias, shorts curtos, batas, pantalonas, macacões, vestidos longos e curtos atraíram os flashs e olhares dos clientes e amigos que estiveram presentes para conferir as últimas tendências das marcas Afghan, Espaço Fashion, Stroke, Farm e Enjoy, exclusivas da loja e diretamente do Rio de Janeiro. A produção das modelos ficou por conta do Salão Teka, que as deixou ainda mais bonitas com um toque de versatilidade e modernismo nos cabelos e maquiagens. O desfile contou com a ajuda da sua Equipe, com Cris e Camila, e com a participação especial dos atores Dado Dolabella e Bruno Gradim. Para quem não pôde conferir o desfile, segue um pouquinho do que foi o evento do Espaço Villas Boutique...
Rua: ÂNgelo bertoncini, 260 - f: 18 3321 7328
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Verão com pernas masculinas à mostra
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01. Aline - Pamela 02. Nathalia - Willian 03. André - Vinicius
04. Roberto - Gabriela - Juliana - Toninho 05. Arthur - Ronaldo - Eduardo - Lazinho Por_Ana Carolina Rodrigues
Às vésperas do verão se instalar por aqui, as semanas de moda internacionais e nacionais indicam que a estação mais quente do ano, além de braços desnudos, terá muita perna masculina à mostra. Lá fora, a tendência apareceu, entre outras grifes, nas passarelas de Valentino, Dolce & Gabbana e Hermès. Em território nacional, na última edição da São Paulo Fashion Week, os shorts masculinos deram as caras, cheios de bossa e em versões bem usáveis, nos desfiles da Reserva e da Osklen. Presença tímida nas ruas desde o verão passado, os modelos têm tudo para ganhar força neste ano, graças à variedade de seus materiais e modelagens. “Ninguém melhor do que o brasileiro, que é acostumado com praia e calor, para ter toda intimidade com os shorts”, diz a consultora de moda Lilian Pacce. Segundo ela, o uso da peça se espalhará mais facilmente entre os rapazes ligados nas passarelas, mas tem potencial para conquistar também os tipos tradicionais, já que ganhou versões mais “arrumadinhas”. “Aconteceu igual com os modelos femininos. Começou com os mais informais, mas aí vieram shorts com preguinhas, de alfaiataria, e eles ganharam outra cara”, analisa Lilian. Fã incondicional dos shorts e apaixonado por um modelo branco da Gucci, o consultor e stylist Arlindo Grund diz que está mais do que na hora do brasileiro se render à curta-metragem da
peça. “Os shorts são super usáveis e deveriam estar no guarda-roupa masculino há tempos, por causa do nosso clima. Muitas vezes, os homens ficam só na calça cáqui, nos docksides (versão esportiva do mocassim), na camisa azul e no blazer preto, sem abrir a cabeça para a moda”, emenda o stylist. O fato de os especialistas aprovarem as pernas de fora não significa, no entanto, que os shorts são fáceis de usar. Pelo contrário: é necessário ter atenção para que a peça não ultrapasse a linha do bom senso. “Tem de tomar cuidado para não ficar vulgar”, alerta Lilian. E para que isso não aconteça, é preciso ter em mente que os shorts, ainda que sejam de alfaiataria e estejam acompanhados de bons acessórios, não transitam facilmente do lazer para o ambiente de trabalho. “A não ser que o rapaz tenha uma profissão bem informal, como produtor de moda, por exemplo. O erro e a vulgaridade ocorrem quando se usa em um ambiente inadequado”, completa Grund. Fashionista e apresentador do programa “Universo da Moda” (Mega TV), Max Fivelinha diz que as sandálias de couro são uma das opções mais bacanas para acompanhar os shorts masculinos. Lilian Pacce concorda: “Desde que seja uma boa sandália, fechada atrás. Um mocassim sem meia também cai bem.” ESTILO LIVRE
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Estilo: Blair de Gossip Girl
Patrícia Nascimento A estilista mineira Patrícia Nascimento é a nova queridinha das celebridades. Ela atua desde 1991, com um trabalho de ateliê sob medida nas linhas festa e casual com triagem limitada, para garantir a exclusividade. A cantora Paula Fernandes adora seus vestidos e sempre aparece usando os modelitos. A estilista também atende via Webcam, acredita? Ela faz o croqui (lembrei do Jacques Leclair)
Recortes nos ombros Os ombros vão estar à mostra neste verão... Os desfiles nacionais e internacionais anteciparam a tendência e está todo mundo usando. Acho sexy demais, já até comprei a minha blusa recortada.
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na frente da cliente, e a própria cliente que se mede, envia também amostra de tecidos e uma cartela de cores para continuar todo o processo. A moça tem atelie até na Africa do Sul, dizem que o preço dos vestidos parte de R$ 3 mil, mas vale o investimento! Juliana Paes foi a garota propaganda da coleção passada, nessa coleção, a escolhida foi a Giovanna Ewbank.
Fotos_reprodução
Por_Grasiela Marquezini
A personagem de Gossip Girl, a Blair, B. está sempre impecável e patricinha (adoro!). Seu personagem é uma garota milionária, inteligente e que entende tudo de moda. Seu estilo é bem clássico e sofisticado com um toque retrô, inspirado em Audrey Hepburn e Jackie O. Isso significa que ela praticamente não usa calça jeans, botas sem salto, tecidos com lycra e peças com jeito hippie! Tem como não amar esta garota? Foi difícil selecionar apenas alguns looks, sou fã do estilo da gata garota!
Blazer feminino O blazer andou um tempo meio over né? Mas como na moda tudo se reinventa, a tendência é abusar do blazer, principalmente do branco; must have do verão. Use com saias, vestidos, shorts e calças. Combina com absolutamente TUDO!
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Na quarta-feira, 31 de agosto, a cidade de Assis pôde conferir o desfile do verão 2012 da Carmen Steffens, realizado no Villas Pizzaria e Grill, organizado pela marca em parceria com a Espaço Villas e o Salão Teka Beleza e Cia. O evento contou com a presença dos atores Bruno Gradin e Dado Dolabella. A variedade de materiais, cores e texturas para o verão 2012 imprime uma estética exuberante para atender aos vários momentos de cada mulher. Rua 15 de Novembro, 505 :: Assis/SP
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Doutora, li no facebook de uma amiga que ela acabou de fazer um “implante Brad Pitt” no rosto, para preencher cicatrizes de acne e rugas de expressão. Vi as fotos e de fato ficou muito bom. Isso existe? Já chegou ao Brasil? Dirce C. (Assis)
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Alice Cauã Fabiana Leo Rafa
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Renata Renata Isabela Mariana Ana Luiza
Dirce, você se refere a um preenchedor de rugas indicado para o aumento de volume e para estimular a formação de novo colágeno. O nome do produto é Radiesse e ele já é usado nos EUA e na Europa há cerca de seis anos com bons resultados. Ficou mais conhecido recentemente por causa do ator Brad Pitt, daí o codinome “implante Brad Pitt”. Segundo o tablóide norte-americano National Enquirer, a atriz Angelina Jolie fez a cabeça do marido para visitar seu dermatologista. Tudo começou com fofocas dando conta que Brad, que tem 46 anos, usava barba para esconder os sinais de envelhecimento. Bastou o ator aparecer de cara limpa nas filmagens de Moneyball e visitar Mark Rubin, o famoso médico de Beverly Hills, para dar margem a especulações. Segundo as fofocas que correm, Brad começou a aplicar Radiesse®. Verdade ou não, lindos e famosos são cobradíssimos por sofrer a ação do tempo, que é implacável com todos… O que é o RADIESSE? É um gel formulado com microesferas lisas e regulares de Hidroxiapatita de Cálcio - substância já presente no nosso organismo - que injetado na pele produz volume e ao mesmo tempo induz o organismo a produzir colágeno, preenchendo e corrigindo sulcos e depressões decorrentes do envelhecimento cutâneo. A hidroxiapatita de cálcio é um produto sintético biocompatível e biodegradável, com aprovação para uso médico pelos órgãos de Saúde no Brasil, em vários países da Europa e pelo FDA (órgão regulador nos Estados Unidos). Como o Radiesse age? As microesferas do Radiesse continuam a servir de suporte para que o organismo produza novo tecido até que estas sejam naturalmente absorvidas. Mais do que um efeito de preenchimento o Radiesse reconstrói as camadas da pele e os resultados estéticos são imediatos e duradouros. Ao final de
Dra. Carla GANASSIN
16 semanas, o novo colágeno está instalado em torno das partículas do Radiesse. Para quem o Radiesse é indicado? Quais as áreas que podemos realizar o procedimento? O Radiesse é um gel com efeito preenchedor, ideal para corrigir as rugas, marcas de expressão, bigode chinês, depressões, aumentar as bochechas ou maçãs do rosto e principalmente para refazer o contorno da face que costuma “despencar” com a idade. Ele pode ser aplicado em qualquer lugar do corpo, contudo, é mais indicado para rejuvenescimento facial e das mãos. Como é a aplicação e quantas são necessárias? Apenas uma aplicação é necessária e ela é feita pelo médico, no consultório, após uso de creme anestésico, sendo praticamente indolor. O resultado é imediato e definitivo? O resultado com Radiesse é imediato e pode ser observado logo após a aplicação. Porém, como o produto induz seu organismo a produzir o seu próprio colágeno, uma melhora gradual poderá ser observada até seis meses após o término do tratamento. Para maior segurança, a hidroxiapatita de cálcio não é um preenchedor definitivo ou permanente. Os resultados duram em média 10 a 18 meses. Qual a diferença dele para os outros métodos de preenchimentos já existentes? Essa é uma pergunta bastante oportuna e cabe uma ponderação. A dermatologia estética tem hoje a seu dispor inúmeros métodos de rejuvenescimento minimamente invasivos e que alcançam excelentes resultados. Cada um deles possui uma indicação específica e cabe ao especialista, com o mais absoluto bom senso, decidir quando, qual e quem poderá usar esse ou aquele tratamento.
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BOA LEITURA Por_equipe ae
Autor discute em novo livro as “verdades sagradas” do jornalismo (AE) - O repórter Christian Carvalho Cruz, do jornal “O Estado de S. Paulo” provou sua dedicação à profissão com a coletânea de reportagens realizadas entre 2009 e 2011 e agora publicadas no livro “Entretanto, Foi Assim que Aconteceu”. Na obra, Christian questiona verdades tidas como sagradas no jornalismo. “Entretanto, Foi Assim que Aconteceu” - Autor: Christian Carvalho Cruz - Editora: Arquipélago - Preço: R$ 34
Mais importante biografia de Bob Dylan chega ao Brasil atualizada (AE) - De olho na cena musical de Nova York nos anos 60, foi o primeiro a reconhecer a força de Robert Allen Zimmerman - que depois se eternizaria como Bob Dylan. A amizade entre os dois se consolidou e o crítico de música popular do “New York Times” deu andamento à sua obra maior, “No Direction Home - A Vida e a Música de Bob Dylan”. O livro, que consumiu 20 anos da vida de Shelton e lançado nos Estados Unidos em 1986, chega finalmente ao Brasil. “No Direction Home - A Vida e a Música de Bob Dylan” - Autor: Robert Shelton - Editora: Larousse - Preço: R$ 99
Escritor relata histórias curiosas de pratos com nome de famosos (AE) - “Vocês sabem por que este prato se chama Filé à Oswaldo Aranha?”. Como ninguém costumava conseguir responder à pergunta, o instinto pesquisador de Fabiano o moveu a escrever o livro “Fama à Mesa”, uma publicação que não é só um livro de receitas, mas um registro de histórias curiosas a respeito de pratos que levam nome de famosos ou foram feitos em homenagem a eles. “Fama à Mesa” - Autor: Fabiano Dalla Bona - Editora: Tinta Negra Preço: R$ 37 ESTILO LIVRE
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SAÚDE_
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Crianças são as principais vítimas da poluição ambiental Tosse, irritação nos olhos, alergias, distúrbios intestinais, transtornos auditivos, hepatite e até câncer. Os problemas de saúde ligados à poluição ambiental são muitos e afetam principalmente as crianças. Até 40% das doenças pediátricas estão relacionadas a fatores ambientais, de acordo com uma revisão de literatura médica que acaba de ser divulgada pela publicação científica brasileira “Jornal de Pediatria”. O levantamento, conduzido pela Pontifícia Universidade Católica do Chile (PUC-Santiago), revisou artigos relativos ao tema publicados entre 1990 e 2010. Água contaminada, poluição do ar e perigos químicos estão entre os principais riscos ambientais listados pelos autores. Eles sugerem, inclusive, a adoção de um termo específico para tratar das doenças ligadas aos desequilíbrios no meio ambiente: pediatria ambiental. No caso da poluição do ar, o sistema respiratório costuma ser o primeiro a sentir os efeitos. “Dependendo do agente que estiver presente nessa camada de poluição, não só as vias aéreas, mas até mesmo os pulmões podem ser prejudicados”, explica o pneumologista do Hospital 9 de Julho, Alexandre de Melo Kawassaki. “Os poluentes acabam lesando as células desses locais. E, dependendo do tamanho desse machucado, pode até haver uma mutação, capaz de causar um câncer”, completa. Geólogo e professor de educação ambiental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), José Guilherme Franchi explica que a inversão térmica, fenômeno comum na capital - que provoca a concentração de grandes quantidades de poluentes numa estreita camada da atmosfera - torna a poluição ainda mais evidente. “Se as
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condições permitem que essa smog (termo em inglês formado pela união das palavras fog, que significa neblina, e smoke, que quer dizer fumaça) fique presente por mais de três dias pode haver até um aumento na mortalidade.” Em adultos, a poluição também tem relação com o aumento de doenças cardiovasculares, como arritmia, crises de hipertensão, enfarte, arteriosclerose, angina, acidente vascular cerebral e outros males ligados à diminuição da circulação sanguínea. Para as grávidas, o perigo é dobrado: a poluição do ar tem forte relação com abortos espontâneos, segundo estudos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Além do ar - Mas não é apenas a poluição do ar que pode prejudicar a saúde. A água contaminada também tem a ver com infecções e enfermidades sérias, como intoxicação por pesticidas, anemias e desnutrição. A revisão divulgada pelo “Jornal de Pediatria” aponta que 70% dos casos de diarreia, por exemplo, estão relacionados a micro-organismos transmitidos por alimentos contaminados por água impura nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Hepatite A e doenças ligadas às fezes de animais entram nessa lista. De acordo com o infectologista Stefan Ujvari, do Hospital Oswaldo Cruz, ferver a água quando não se tem certeza de sua procedência ou tratá-la pingando duas gotas de água sanitária para cada litro são formas de minimizar o problema. Além disso, é importante limpar e secar a superfície de latinhas de refrigerante e cerveja.
Pesquisa revela que crianças são mais protegidas pelos pais Por_Adriana Bifulco
(AE) - O canal pago Discovery Kids divulgou recentemente respostas da pesquisa “Crianças de Hoje, Pais de Hoje”, da qual participaram 1450 pais de 25 a 49 anos com filhos de até 10 anos. E o resultado apontou que a educação e a violência estão entre as maiores preocupações desses pais. Em consequência, os menores passam mais tempo em casa assistindo à TV. Quatro em cada dez pais não gostam que os filhos assistam canais abertos e tentam restringir ao máximo atrações como novelas, realities e programas de humor. As crianças também praticam mais atividades extracurriculares (aumento de 20% em relação aos pais) e aumentou em 5% a proporção de menores que jogam vídeo game e que recebem amigos em casa, enquanto diminuiu em 25% o número de crianças que dormem na casa de amigos. Passando mais tempo em casa, aumenta também o poder de decisão das crianças junto
aos pais que, por sua vez, tratam os filhos com menos rigidez. De acordo com o estudo, estes pais consideram-se mais amigos e carinhosos com as crianças do que seus pais foram com eles. No entanto, as atividades e as companhias dos filhos passaram a ser mais controladas por esses pais. 80% deles prefere restringir a liberdade a expor os menores à violência. Isto justifica o fato de que 89% dos pais brincavam na rua, contra 14% das crianças de hoje; 33% dos pais recebiam mesada enquanto 17% das crianças atualmente lidam com dinheiro; 77% dos pais andavam a pé sozinhos, contra 8% de seus filhos e 51% pegava ônibus sozinho. Atualmente, apenas 1% das crianças anda de ônibus sozinha. Desta forma, as crianças e os pais de hoje desenvolveram perfil dicotômico, dividido entre a autonomia que os filhos têm dentro de casa e o controle que lhes é imposto fora do lar.
(Laís Cattassini) ESTILO LIVRE
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dica financeira_
O que fazer ao atrasar parcelas do
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financiamento?
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01. João Guilherme - Matheus Patrícia - Victor - Mariana 02. Fabiana - Pedro Otávio - Marcos 03. Edna - Maiki 04. José Sobrinho - Fábio Tales 05. Rosa - Luis Bellini 06. Carolina - Junior 07. Hugo - Franciely
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(AE) - A inadimplência está em alta no Brasil - o número de consumidores com parcelas em atraso cresceu 21,9% na primeira quinzena de julho em relação ao mesmo período de 2010. Um dos fatores que geram forte impacto nesse índice é o financiamento de veículos. “O ideal é procurar a financeira antes de atrasar para continuar com o bem e não cair nos juros altos”, afirma o professor de finanças da FGV-SP, Samy Dana. A saída mais comum é apelar para o refinanciamento do saldo devedor com prestações mais baixas e prazos mais longos. “Essa é uma solução para quem não tem condição de continuar pagando o valor das parcelas”, diz a coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci. “Se for uma situação pontual, vale negociar com a empresa, pois o refinanciamento implica em um novo contrato e mais taxas.” Em uma simulação feita pelo vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), José Dutra Vieira Sobrinho, o financiamento de R$ 25 mil em 48 parcelas com taxa de 2% ao mês gera prestações de R$ 815,04. Se após 24 meses, o saldo devedor de R$ 15.416 for refinanciado em mais 48 vezes, as parcelas cairão para R$ 503, mas o valor total sobe para R$ 24.144. “É quase o total financiado, sem contar os 24 meses que já haviam sido pagos. E isso se o juros forem mantidos, pois
eles podem subir”, alerta o economista. “Em alguns casos não compensa. É melhor tentar se livrar da dívida”. Outra alternativa é trocar a financeira ou o banco por instituições que ofereçam juros menores e prazos mais adequados. É a chamada portabilidade de crédito - assim como ocorre com as operadoras de telefonia celular. “É possível transferir a dívida do banco ‘A’ para o ‘B’, por exemplo, se este oferecer condições melhores”, diz Dana. Dinheiro na mão - Dá para transformar o automóvel, mesmo alienado, em dinheiro. Trata-se do autofinanciamento, empréstimo que usa o veículo como garantia. Não é necessário avalista nem fiador e o contratante continua com o bem. Mas, em caso de atraso, o carro pode ser apreendido. “É uma opção para quem precisa de dinheiro para cobrir outras contas”, diz Dutra. “Como o carro é a garantia, os juros são menores que os do crédito pessoal e, principalmente, do cheque especial e cartão de crédito.” As empresas emprestam até 90% do valor médio do veículo, que é dividido em até 60 meses, com juros pré ou pós fixados. “É preciso ficar atento às taxas e multas e optar por contratos amigáveis”, diz o consultor de finanças Marcos Crivelaro. “A maioria só presta atenção nesses fatores quando precisa renegociar. Geralmente, é tarde demais”, alerta. ESTILO LIVRE
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Brigadeiro para todas as idades Por_Marina Pereira – Chef do TOM
Quem resiste a uma panela de brigadeiro? Não importa a idade: de crianças a adultos, é raro quem torça o nariz para o mais brasileiro dos doces. Outro dia, no restaurante, logo após ter terminado de fazer brigadeiro para um clientinho que ama o doce, percebi que toda a minha equipe estava ao redor da panela querendo uma raspinha! Decidi, então, celebrar o Mês das Crianças falando dessa delícia que está sempre presente nas festas infantis e cada vez mais vem se sofisticando para conquistar paladares mais exigentes. Hoje em dia há diversas formas de se servir e fazer essa delícia: brigadeiro de copinho, de colher, na panela, com limão siciliano, pistache, cachaça, damasco, castanha do Pará, com chocolate de origem... Basta usar a imaginação! Os puristas defendem que este deve levar apenas chocolate, leite condensado e manteiga. Eu já gosto de inventar moda e acrescentar uva passas ou uma avelã, mas devo confessar que nos dias que a TPM bate só uma panela com o bom e velho brigadeiro consegue me agradar! Não há cardápio que eu faça aos meus clientes para seus eventos que não inclua um tipo de brigadeiro e, quase sempre, essa delícia é escolhida para ser servida aos convidados, seja da forma tradicional (enroladinho com granulado), no copinho ou na colher. Tenho, inclusive, uma história a respeito: na inauguração de uma loja havia combinado com meus clientes que serviríamos brigadeiro na colher. Metade de minha equipe ficou no restaurante e a outra metade foi comigo até a loja para organizarmos tudo por lá. Qual não foi minha surpresa quando fui provar o brigadeiro e percebi que ao invés de
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fazê-lo com chocolate em pó uma das meninas que estava na cozinha confundiu o pote do chocolate com um outro no qual havia uma mistura de chocolate, café solúvel e leite em pó! Mas não é que o tal brigadeiro de “cappuccino” ficou uma delícia? Contei do erro para meus clientes que provaram o doce e o aprovaram. Neste dia o brigadeiro fez um verdadeiro sucesso! Hoje no cardápio do meu restaurante, o Tom, tenho uma sobremesa que adoro: frutas frescas com calda de brigadeiro quentinho... As crianças que aparecem por lá, em geral, me pedem apenas pelo brigadeiro no copinho. Algumas com granulado, outras sem, e algumas com três cerejinhas à parte. E sempre podemos observar seus pais dando uma beliscadinha no doce. Ah! Só mais uma coisa: vi uma entrevista do Justin Bieber na qual ele diz que gostaria de ganhar um doce brasileiro de uma fã. Alguém de habilita? A história O docinho que conquistou o Brasil começou lá no ano de 1945, quando o brigadeiro Eduardo Gomes concorria às eleições para presidente e distribuía o “brigadeiro” em suas campanhas. Seu slogan era: “Vote no brigadeiro que é bonito e é solteiro”. O brigadeiro não venceu a as eleições, mas popularizou o docinho. Curiosidades: No Rio Grande do Sul o brigadeiro é conhecido também por negrinho; No início de tudo o brigadeiro era feito com ovos, leite, chocolate e açúcar; É possível saber mais sobre essa delícia em O livro do brigadeiro, da chef Juliana Motter. ESTILO LIVRE
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De moto pelos dois extremos do mundo Por_equipe el
aventura_ O dicionário diz, viagem é o deslocamento de alguém de um lugar para outro razoavelmente distante. No entanto, metaforicamente falando, viajar pode significar sonhar, programar e organizar aquilo que se almeja. No caso do assisense Marcos Godoy, a palavra foi utilizada de ambas as formas, tanto em seu sentido literal, quanto metafórico. Ele viajou, de moto, pelos dois extremos do mundo, no entanto, conta que, antes disso, “viajou” muito pesquisando sobre os locais que iria visitar e programando e organizando esses períodos de férias e aventura. Marcos Godoy faz parte de um motoclube chamado Micróbios, em Assis, no entanto, fez as duas viagens sozinho. A primeira, para Ushuaia, na Argentina, em janeiro de 2010. A segunda e mais recente, para Nordkapp, ou Cabo Norte, na Noruega, em julho deste ano. Na entrevista a seguir, ele conta um pouco dessas aventuras e revela que já está “viajando” para muitos outros destinos que pretende visitar. EL - Quando surgiu a idéia de fazer os dois extremos do mundo em cima de uma moto? Godoy - Minha primeira viagem longa foi em 2004. Acabara de assistir por duas vezes o filme Diários de Motocicleta e refleti: “Se em 1952 aqueles dois encararam a estrada naquelas condições em cima de uma moto de 500 cilindradas com 13 anos de uso, eu posso fazê-lo com minha moto – na época uma Shadow 600 carburada”. Então fui. A moto deles quebrou no primeiro terço da viagem, a minha chegou inteira em Assis, depois de 9100 km, curtindo Machu Pichu, Costa do Pacífico Sul, Bolívia, Chile, Paraguai e Argentina. Claro que minha viagem ficou longe de ser comparada ao filme do diretor Walter Salles, mas nas devidas proporções, foram 23 dias muito interessantes. O planejamento de ir de moto aos dois extremos começou em fevereiro de 2010, quando cheguei até a latitude 54 Sul, em Ushuaia, na Argentina. Foram 12 mil quilômetros, ida e volta. Naquela situação, me acompanharam dois amigos do nosso motoclube. Quando chegamos em Bahia Lapataia e vimos a placa de Fim do Mundo, comecei a imaginar que seria viável, além de obrigatório, conhecer o outro extremo, ao Norte. Pesquisei e achei a Groelândia e Alert, no Canadá, porém, não daria para chegar até lá de motocicleta com apenas 30 dias de férias. Então optei por Nordkapp, ao Norte da Noruega, local que é moral e mundialmente conhecido como o Fim do Mundo. Aqui cabe uma
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observação: Ushuaia também não é oficialmente o ponto habitado mais extremo ao Sul, o título pertence a Puerto Williams, Chile, mas também não se chega lá de moto, a não ser que a coloquemos em um navio. EL - Como foi o planejamento das viagens? Godoy - O planejamento começa normalmente uns seis meses antes da viagem. Programo férias, calculo média de gastos financeiros (os quais sempre estouram, é parecido com construção civil, você calcula X e gasta X mais um terço). Sempre leio muito sobre o lugar, consulto mapas geográficos, clima, costumes, gastronomia, o aluguel da moto (para Ushuaia fui com moto própria, mas para Cabo Norte era inviável embarcar a moto para atravessar o Atlântico, então optei pelo aluguel do veículo a partir de Frankfurt, na Alemanha). Você começa a viajar muito antes de estar acelerando pelas estradas. EL - Ocorreram muitos imprevistos durante os milhares de quilômetros rodados? Godoy - Tenho no total 36.282 km rodados, contando a viagem a Machu Pichu, uma ida até a Costa do Pacífico, com direito a cruzar o Deserto do Atacama, e os dois extremos Norte e Sul. Imprevistos podem ser classificados como os simples, de não achar local para dormir, até os mais graves, como acidentes. Com os problemas mais simples sempre me divirto, vou para a próxima cidade no meio da noite se necessário. Às vezes, encontramos autoridades não muito “simpáticas” pelo caminho: a região de Corrientes, na Argentina é famosa pelos policiais inventarem qualquer problema para nos tirar uma propinazinha; eles só perdem para os paraguaios e nossos outros ermanos da Venezuela e América Central. Já ouvi relatos de companheiros cujas carteiras foram visitadas descaradamente por aqueles que deveriam cuidar da lei e da ordem. Você tem que estar preparado para tudo e manter sempre a tranqüilidade. Cruzar o Deserto do Atacama e atravessar a Cordilheira dos Andes, por exemplo, são situações que merecem muita atenção. Há poucos locais para suprir o cumbustível e outros poucos para dormir. O ar rarefeito nos Andes é sempre preocupante também. Mas a pior situação pela qual passei foi uma queda a 140 km por hora quando descia para Ushuaia. Eu estava prevenido e sabia que por lá o vento bate e bate forte, porém, pelas minhas observações, a região com incidência de ESTILO LIVRE
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ventos estaria mais ao Sul, próximo a Comodoro Rivadávia, mas o vento chegou bem antes e a combinação velocidade da moto contra velocidade do vento lateral resultou em piloto no chão. Mas graças a Deus nada de grave, só o orgulho ferido e uns arranhões no brinquedo. EL - Porque sozinho? Godoy - Sou membro do Motoclube Micróbios de Assis e somos em mais de trinta integrantes. A gente viaja bastante juntos pelos encontros, a galera curte muito viajar em grupo, porém, em viagens mais longas, fica um pouco complicado conciliar férias e tudo mais, e além disso, também tem o fato de eu gostar muito de viajar sozinho. Apesar dos riscos inerentes, acredito que a viagem em grupo fica meio com cara de excursão e perde bastante no quesito aventura. Acho que tenho um pouco de Amyr Klink nas veias, bem pouco, porque o velejador é uma lenda viva e eu apenas um mero mototurista. EL - O que mais o marcou nas viagens? Godoy - A viagem até Ushuaia tem muita monotonia em muitos trechos, mas compensa em outros lugares da Patagônia e o porto Ushuaia tem seu valor histórico e povo bastante receptivo. Também vale a pena dar uma esticada até a geleira Perito Moreno, se tiver tempo passar por Torres Del Paine. Interessante é descer por uma rodovia e subir por outra, no caso as Rotas 3 e a 40 da Argentina. Já a viagem para Cabo Norte é toda espetacular, apesar de mais curta, porque foram apenas 7700 km, 4300 a menos que para o Sul da América. Eu saí da Alemanha e cruzei toda a Suécia, depois Finlândia, entrei na Noruega, já no Norte, pus nossas bandeiras (do Brasil e do motoclube) em Nordkapp, desci pela fantástica Estrada do Atlântico, cruzei ilhas e montanhas, e saí da Escandinávia pela Dinamarca. Por todo caminho, contei com a extrema educação e cidadania do povo nórdico. EL - Qual foi a maior dificuldade? Godoy - A maior dificuldade é eleger qual local é mais bonito para fazer um “repeteco”. Brincadeira a parte, acho que o pior foi o incidente com a moto na Patagônia argentina. Acho que a outra situação, que não encaro como dificuldade, mas como decepção, foi ter tido uma excelente impressão do povo norueguês em Oslo, para depois, no outro dia, aquele maluco ter
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feito toda aquela tragédia em seu próprio país. (A tragédia a que Marcos se refere é o duplo atentado cometido em julho do ano passado em Oslo e em uma ilha vizinha à capital, que causou pelo menos 91 mortes). Mas é assim mesmo, infelizmente, de louco o mundo tá cheio. A idiotice não escolhe etnia.
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EL Você tem algum outro destino planejado? Godoy - A intenção é rodar o mundo todo. A família Schürmann começou em 1984 e já tem uns 60 mil km viajando de veleiro. Eu comecei em 2004 e já superei os 36 mil. Vou chegar lá, não de barco, mas de moto. Os destinos já decididos são: a mítica Route 66 (de Leste a Oeste pelo continente americano), Alaska, África do Sul, Reino Unido, Sul da França com Caminho de Santiago e Norte da Espanha e Portugal com Sul da Espanha descendo até Jerez de La Frontiera. Depois, quem sabe, finalizo com Oriente Médio. EL - Diga algumas palavras de incentivo para convencer quem têm vontade de cair na estrada. Godoy - Em setembro li uma reportagem em uma revista especializada de motos sobre um motociclista que deixou sua moto de 1000 cc na garagem e comprou uma outra de apenas 150 cc e foi, sozinho, de Igaraçu do Tietê, sudeste do Brasil até Fairbanks, no Alaska. Rodou mais de 21 mil km em 53 dias. Algumas pessoas comentaram que o cara era louco de fazer a viagem em uma moto de baixa cilindrada e sozinho. Mas ele finalizou dizendo que não tem dinheiro que pague tamanha alegria. Penso da mesma maneira e finalizo com a frase biográfica de Amyr Klink: “Um homem precisa viajar, por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros e tevês, precisa viajar por si, com os olhos e pés, para entender o que é seu”.
01. Ligia - Fernando 02. Peterson - Ana Paula 03. Hermann - Josiane
04. Ademir - Rafaela 05. Francisco - Laércio 06. Isabela - Leandro
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Beatriz - Romero Ricardo - Milena Ethiene - Beto Ana - Heitor Lara - Sérgio
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Aconteceu em uma badalada casa noturna da cidade de Marília, no dia 13/09, o lançamento do programa Projeto Fashion, da rede Bandeirantes de Televisão e que tem Adriane Galisteu como apresentadora. Neste evento, vários empresários da região marcaram presença.
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01. Gisele - Célio - Luiz Carlos - Ana - Alexandre Fernando -Augusto - João Gabriel 02. Gilson - Luciano - Tocha - Valdilei - Leandro 03. Eduardo Vella - Ana Cristina 04. Raquel - Carlos 05. Alexandre Arnaut - Keila 06. Ricardo Pinheiro - Caisê 07. Agência MCP - Zero Cinco
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VITRINE_ Dia 16/09 foi a data escolhida pelo casal Wellington Junior e Delaine Almeida, para a cerimônia de seu casamento na igreja matriz de Cândido Mota. A festa aconteceu no Assis Tênis Clube, bem descontraída, alegre e animada, ao estilo dos noivos. O cerimonial ficou por conta de Giane Godinho, o Buffet foi de Rodrigo Moreas e a Decoração por Cris Flores. Desejamos muitas felicidades ao casal.
No mês de outubro, a Estilo Livre dedica esta Vitrine a todas as crianças.
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01. Wagner - Aline - Junior - Delaine - Benedito Vera - Ivan - Denise 02. Monalisa - Junior - Delaine - Mario Spaniol 03. Renata - Junior - Delaine - Wellington 04. Vitor - Regina - Junior 05. Delaine - Junior - Padrinhos 06. Junior - Delaine 07. Junior - Giane - Delaine
Marina - Juninho - Lenise João Pedro - João Paulo - Marina - Lucila Luigina - Jacqueline - Edelcio Cardoso Mariana - Henrique - Eduardo - Felipe Beatriz - Gustavo - Bruna ívia - Lucas - Fernanda Lívia - Lucas - Fernanda 07
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Tiago - Patrícia Solange - Sônia Jorge - Luciane Patrícia - Diego Patrícia - DiegoLuis - Nilza Beatriz Gabriel - Nilson - Rosana 06. Dr. Ari - Tu
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Juliano - Juliano Filho - Mana Mana - Catarina - Claudia - Salete Catarina - Juliano - Mana - Carlos Juliano - Mana - Pedro Mercadante Nadir - Mana - Salete Polly - Delaine
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01. Carla - Marquinhos - Pedro 02. André - Bruno - Ricardo 03. Adolfo - Tatiane 04. Dado Dolabela 05. Rafael - Daniella
“19”, CD de estreia de Adele, chega apenas agora ao País
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(AE) - O rosto rechonchudo pode enganar, dar um aspecto bonachão. Esqueça isso. A inglesa Adele Adkins, de 23 anos, foge de qualquer estereótipo. Quando começa a cantar, parece tirar de dentro de si uma angústia e a despeja no ouvinte sem dó. A dor e a fossa na forma de canções potentes preenchem os dois elogiados discos, “19” e “21”, cujos nomes representam a idade da moça quando compôs essas canções. No ano passado, com todo o falatório sobre ela, chegou ao Brasil seu segundo e premiado trabalho. Agora, é lançado o primeiro, “19”, de 2008. É com ele que Adele começou a sua estrada até o posto de pessoa mais influente da indústria fonográfica, de acordo com o tabloide britânico “The Guardian”, na frente de will.i.am, do Black Eyed Peas, Jay-Z e Bruno Mars. Foi com este álbum que o Reino Unido foi pego de surpresa pelo seu sofrimento, desilusão e força de sua voz.
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Por causa das melodias que pendem para o soul e para o jazz, logo ela ganhou a alcunha de “nova Amy Winehouse”. E enquanto a verdadeira tentava, em vão, fazer um terceiro álbum, que nunca foi aceito pela gravadora, perdida entre os abusos de drogas e álcool, a careta Adele despontava. Ingleses e americanos, ávidos por novidades e com a mente já aberta por Winehouse, receberam bem a cantora nascida em Tottenham. Adele reconhece a importância da cantora morta no dia 23 julho para que hoje ela tenha dois Grammy na estante. “Amy abriu o caminho para artistas como eu”, escreveu a cantora em seu blog. Logo com “19”, ela atingiu ao primeiro lugar das paradas do Reino Unido, tendo vendido pouco mais de 1,5 milhão de discos. O seu segundo álbum está prestes a alcançar a marca de 3 milhões. ESTILO LIVRE
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Novo trabalho traz surpresas a cada faixa
Por_Pedro Antunes
(AE) - Sonoramente, parece que “Showroom of Compassion”, sexto disco de inéditas do grupo californiano Cake, veio logo na sequência de seu antecessor, “Pressure Chief”, de 2004. Durante os sete anos que separam os dois trabalhos, a banda precisou aprender a andar sobre as próprias pernas, deixando a gravadora Columbia Records e criando a sua própria, Upbeat Records. Tudo isso envolve muito tempo e dedicação. E a evolução musical do grupo parece ter ficado num segundo plano. O resultado final não é ruim. Pelo contrário: o primeiro lugar nas paradas da Billboard na semana de lançamento, algo inédito na carreira de John McCrea e companhia, é reflexo disso. Mas o disco merece toda a badalação que teve nos Estados Unidos? Em muitos momentos, sim. É um autêntico álbum do Cake, com surpresas, variações rítmicas, diferentes gêneros musicais, letras um tanto tristes e o vocal preguiçoso de McCrea. A banda nunca foi muito mainstream, o mercado não prestou muita atenção a eles, mas as misturas de jazz, rockabilly, hard rock, rap e country se impôs de forma natural, com o seu primeiro sucesso, “The Distance”, seguido pelo divertido cover de “I Will Survive”, eternizado pela interpretação
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de Gloria Gaynor. “Showroom of Compassion” é um disco cheio de surpresas, a cada faixa. “É exatamente isso que eu quero que seja”, diz McCrea. “Odeio comprar um disco e ouvir sempre o mesmo tipo de som”. “Federal Funding” abre o CD com a voz do vocalista cheia de reverb. É seguida pela eletrônica “Long Time”, uma ótima cartada da banda para voltar às pistas de dança. Há espaço ainda para uma versão “estranha”, como McCrea mesmo define, de “What’s Now is Now”, de Frank Sinatra. Já “Bound Away” é um country puro. O disco foi trazido pelo antenado selo Oi Musica e, além do formato físico, com embalagem biodegradável, também está disponível para download digital, no site www.oimusica. com.br, por R$ 7,90.
SERVIÇO ‘Showroom of Compassion’ Oi Música Preço: R$ 24,90
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01. Sirlene - José Coelho - Andréia 02. Ana Luisa - Davi - Danilo 03. Cynthia - Alexandre 04. Camila - Caio Augusto 05. Ingrid - Fábio 06. Fernanda Barchi 07. Vinicius - Karina
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Cores e luz adequadas dão conforto e beleza ao banheiro Por_Marina Pauliquevis
(AE) - Espaço para os cuidados com higiene, o banheiro pode ser também um lugar para relaxar. Tirando partido de cores, materiais e iluminação adequados para o espaço disponível, ele ganha em conforto e em beleza. Foi o que aconteceu no banheiro projetado pela arquiteta Bia Prado para um casal de São Paulo. Seguindo a ideia que norteou o projeto de toda a residência, ela buscou levar para o banheiro um pouco da agradável área externa, criando um jardim com espelho d’água, sem cobertura e com uma grande abertura
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lateral, onde três fontes estão sempre funcionando. O barulho de cascata ajuda a criar o clima para um bom banho na banheira que divide a área molhada. “Fiz banheiros independentes, como o casal queria. A parede com uma bancada de cada lado serve de divisória entre o espaço de um e de outro. Mas criei um ponto de encontro no banho”, conta Bia. Como o ambiente era amplo e bem iluminado, a arquiteta pode trocar os revestimentos mais claros pelo Limestone cinza, usado no piso, nas bancadas e nas paredes. Como contraponto, o branco
das cubas e da banheira e o roxo do jardim de inverno. “O Limestone nessa cor é bem parecido com o cimento, e dá um ar rústico e, ao mesmo tempo, atual ao espaço.” TRUQUES Ao planejar a iluminação do banheiro, é importante evitar que a luz crie sombras em quem está se maquiando ou se barbeando. O ideal é que o facho de luz esteja próximo do espelho, porém, direcionado para o rosto da pessoa. Para mais espaço, é possível usar recursos simples que deixam a sensação que o espaço é ainda maior. A bancada mais baixa e as cubas aparentes, ajudam a criar a ideia de amplitude.
Já que o assunto são cores, que tal sabermos um pouco mais sobre seu uso na decoração com o Feng Shui? As cores no Feng Shui são usadas para o Equilíbrio energético do indivíduo. Elas possuem o poder de estimular, aproximar, afastar, humanizar, harmonizar e equilibrar ambientes e seres vivos. As cores incentivam a criatividade e a percepção; um simples toque em uma parede, objetos ou roupas podem fazer a diferença. Amarelo: É a cor do sol, da luz. Gera a sensação de alegria, de aconchego, de riqueza. Estimula o intelecto, o apetite, o otimismo e a criatividade. Azul: É purificante e calmante. Estimula a paciência e a busca da verdade interior. Deve ser evitado em pessoas com tendência à depressão. Branco: Lembra a paz e a purificação. É altamente estimulante e promove a sensação de frieza, de limpeza e de claridade. Laranja: É uma cor extremamente energética, que ativa a intuição e a sensação de bem estar. Estimula a alegria e o apetite. Convida ao autoconhecimento. Lilás: É a cor da espiritualidade, ativa a intuição. Não deve ser usada em excesso. Preto: Evite usar em grandes extensões, como paredes, por exemplo. Seu uso fica ideal quando mesclado com outras cores. Usá-lo em detalhes é o recomendável e demonstra sofisticação. Verde: É sempre associado à saúde e à cura. Tem efeito refrescante, purificador. Promove a sensação de Equilíbrio. Vermelho: O seu uso é aconselhado para detalhes, por ser muito estimulante. Promove a sensação de sucesso e força. Aproxima as pessoas. Parabéns Estilo Livre pela revista n.11, um número especial!
Carla Simões Val CONSULTORIA EM FENG SHUI
Pessoal • Empresarial • Residencial Harmonização de Ambientes Análise de Terrenos e Planta Baixa Palestras e Cursos
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18 8136.2520 | 8116.9230 e-mail: carlasval@terra.com.br
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Cozinha se destaca em projeto que mistura cores e concreto Por_Natália Mazzoni
AE) - Durante anos o arquiteto Ronaldo Mangabeira foi juntando ideias para, um dia, construir o lugar que tivesse a sua cara. O sonho se concretizou em um sobrado de 190 m², na zona sul de São Paulo. A estrutura da casa tem fundo monocromático recheada de cores primárias e secundárias, referência que buscou nos trabalhos dos anos 60 do arquiteto João Batista Vilanova Artigas, “Essa inspiração de misturar cores e concreto, que busquei nele, valoriza cada elemento”, diz Mangabeira. A cozinha se destaca no projeto da casa, que foi toda reformada. Medindo 4 x 4,20 m, ela fica separada da sala de jantar pelo jardim. Recebeu bancada de silestone em dois níveis: um para cozinhar, com cooktop e grill da Smeg, e outro para refeições rápidas. Em vez de banquetas, cadeiras com estofado amarelo de Fernando Jaeger, que assina grande parte do mobiliário da casa. A coifa CrissAir é
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do tamanho perfeito para não deixar o cheiro da comida passar para os outros cômodos. Fugindo ao comum, os armários são cor de laranja. Feitos sob medida pela Ornare, contrastam com a parede pintada de grafite. O chão de tacos de madeira tauari foi inspirado no piso das cozinhas americanas e europeias. Para separar a área gourmet do resto da casa, uma porta de correr de ferro pintado de amarelo com uma mistura que o arquiteto trouxe da China - dá mais personalidade ao ambiente. Entre a cozinha e a sala de jantar, a pequena área verde tem jardim vertical e, nos dias mais frios, ganha uma fogueira, acesa em um vaso de concreto. Mas não é preciso andar pelos pedriscos para chegar ao local de preparo dos alimentos. Há um caminho coberto, com piso de mármore - quase uma varanda, com quadros, banco e mesinha azul turquesa. ESTILO LIVRE
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dormitórios ideias para relaxar Por_Natália Mazzoni
(AE) - Chegar em casa e ter um bom quarto para relaxar pode fazer a vida ficar mais agradável. Desde a disposição dos móveis até a escolha certa das roupas de cama, tudo faz diferença na hora de criar um ambiente mais propício para esquecer a correria e esticar as pernas no fim do dia. Pensando nisso, o arquiteto Marcelo Rosset criou um ambiente acolhedor para um casal. As exigências dos moradores do apartamento na zona oeste de São Paulo eram ter espaço para abrigar uma área de trabalho e uma grande cama, de 1,93 m x 2,03 m. “Originalmente o espaço onde hoje está o dormitório do casal abrigava dois quartos. Foi necessária a remoção de uma parede para integração dos espaços. Quebramos também a divisória entre o dormitório e o closet e colocamos armários para fazer essa divisão. Com isso ganhamos ainda mais espaço”, conta Rosset. Depois da reforma, o quarto ficou com 17,76 m². A estrutura de madeira sucupira da cama esconde gavetas em sua base. No lugar de uma cabeceira tradicional, um painel de madeira revestido com couro para apoiar a cabeça na hora da leitura. Apostando no contraste de texturas, na faixa atrás dos criados-mudos foi usado papel de parede Wallpaper. Na área de trabalho, a mesa é uma extensão do criado e tem nichos para livros e objetos decorativos. A iluminação geral foi feita com lâmpadas dicróicas e, em cima dos criados mudos, os tradicionais abajures deram lugar a dois pendentes da Lumini com cúpula móvel que permite a escolha de luz direta ou indireta. Com o ganho de espaço da reforma ainda foi possível deixar um banheiro exclusivo para a mulher e outro para o homem.
Chegar em casa e ter um bom quarto para relaxar pode fazer a vida ficar mais agradável. Desde a disposição dos móveis até a escolha certa das roupas de cama fazem a diferença na hora de criar um ambiente mais propício para esquecer a correria e esticar as pernas no fim do dia.
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Cor branca entra na moda e eleva preço de carro Por_Milene Rios
(AE) - Até pouco tempo a cor branca era discriminada em São Paulo por estar associada aos táxis. Mas a tendência surgida na Europa e EUA desembarcou aqui há pouco tempo e mudou essa concepção. “Andar com um carro branco agora é moda e virou sinônimo de elegância”, afirma o consultor Arnaldo Brazil, da MSX International. Veículos brancos estão mesmo em alta. De acordo com a vendedora da BMW Autostar Elaine Silva Souza, 40% dos modelos da marca alemã vendidos na unidade Nações Unidas são dessa cor. “Para os crossovers X6 e o 535 GT, por exemplo, a espera é de até três meses.” Em alguns casos, além de entrar na fila, quem faz questão de desfilar com um carrão branco tem de pagar mais. “É a lei da oferta e da procura. Quanto maior a demanda, mais altos serão os preços”, explica Brazil. Na autorizada Hyundai do Morumbi, por exemplo, a cor da moda custa R$ 5 mil a mais. “Só temos branco para os modelos mais premium da marca e nas configurações topo de linha”, afirma o vendedor Anderson Vieira. “O cliente que quer exclusividade paga sem contestar.”
Na Akata, concessionária da também sulcoreana Kia, a tabela para modelos brancos é mais alta. Lá o Sportage 4x2 automático sai por R$ 90 mil nas cores preta e prata e por R$ 92 mil na branca. “A média na loja têm sido de R$ 2 mil a mais”, afirma o vendedor Marcelo Cunha. Outras autorizadas não cobram a mais pelo tom, mas deixam de dar o abatimento comum para as demais cores. É o caso da Audi Center Vila Olímpia. “Oferecemos descontos de até 2,5% para o cliente fechar negócio. Mas essa regra não vale se o carro for branco”, diz a vendedora Camila Belo. Não adianta pechinchar”, afirma. Ela conta que desde fevereiro tem observado um aumento na procura por carros dessa cor. “Isso influenciou até no showroom. Na loja, nossos Q5, RS5 e A4 em exposição são brancos “
Exemplar branco do Santa Fé, da Hyundai
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Para pisar fundo até na sala de estar Por_Nícolas Borges
(AE) - O tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet disse certa vez que pilotar um F-1 nas ruas de Mônaco é como “andar de bicicleta na sala”. A analogia costuma valer para andar de carro em kartódromos. Mas a agilidade dos Mini atuais subverte essa máxima. Ainda mais quando o modelo é um John Cooper Works. Nem se sente um efeito negativo no comportamento dinâmico por causa da falta do teto, como neste JCW Cabrio, que acaba de ser lançado no Brasil. Com tabela de R$ 149.950, o inglesinho conversível oferece uma receita infalível de diversão: motor forte em um carro pequeno e bem acertado. Debaixo do capô, o propulsor 1.6 turbo despeja 211 cv (27 a mais do que o do Cooper S), que são muito bem aproveitados com o câmbio manual de seis marchas. Para deleite dos puristas, não há opção de transmissão automática. Os engates poderiam ser levemente mais
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macios. Contudo, isso não estraga a tocada, que é forte mesmo em uma pista de kart. É em um lugar como esse que as maiores qualidades do carro vêm à tona. A suspensão firme, aliada aos pneus 205/45 R17, deve desagradar em piso ruim, mas com asfalto bom, não há do que reclamar. O pacote é completado pela direção bem direta. O Mini JCW Cabrio vai de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos e atinge 235 km/h. Mas ter prazer com ele independe da velocidade.
FICHA TÉCNICA Preço sugerido Motor Potência (cv) Câmbio Consumo médio
R$ 149.050 1.6, 16V, turbo, gasolina 211 a 6.000 rpm Manual, 6 marchas 13,7 km/l ESTILO LIVRE
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NOVA S10 já roda livre de camuflagem na Tailândia Por_Tião Oliveira
(AE) - A próxima geração da S10 só deve chegar às lojas do País entre o fim deste ano e o início de 2012, mas há várias unidades rodando em testes. Aqui a picape circula muito disfarçada, mas na Tailândia, onde ela também será feita, já roda sem camuflagem, como mostram fotos publicadas no fórum BBZnet. O utilitário nacional da Chevrolet é baseado na nova Colorado, cujo protótipo foi revelado durante o Salão de Bangcoc, na Tailândia, em abril. O conceito foi mostrado também no Salão de Buenos Aires, em junho. A maior parte do desenvolvimento do novo modelo coube à filial da GM em São Caetano do
Veterana e líder Produzida no Brasil a partir de 1997, a S10 é líder de seu segmento desde o lançamento. No acumulado deste ano, a picape Chevrolet soma cerca de 27.400 unidades emplacadas.
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Sul (SP). A picape será produzida em São José dos Campos (SP) e terá como principal destino o mercado doméstico. Daqui será exportada para os principais países da América do Sul. O motor do modelo médio que será vendido na Tailândia é um 2.8 turbodiesel. O câmbio é manual de cinco velocidades e não há informações sobre opção automática. Aqui, há possibilidade de a picape vir com um novo propulsor 3.2 turbodiesel de 160 cv da MWM. Deverá haver transmissão automática, até então inédita na configuração a diesel. Assim como na geração atual, o motor flexível será mantido.
Com isso, detém quase 30% do mercado. Como comparação, a Toyota vendeu 19.600 Hilux no mesmo período e ocupa a segunda posição no ranking. Os dados são da Fenabrave, que reúne as associações de concessionárias. O preço é o principal atrativo da S10. A versão de entrada tem tabela de R$ 51.061.
Por_Marcelo Fenerich
Frontier Attack
(AE) - Algumas semanas após lançar a campanha publicitária “Pôneis malditos”, que mostra que o motor da Frontier gera cavalos, e não pôneis de potência, a Nissan volta a oferecer no País a versão “esportiva” Attack. A série foi vendida no País de 2005 a 2008. Com tabela entre R$ 93.990 e R$ 127.490, a principal novidade do utilitário são os pneus mais voltados para uso no off-road (50% asfalto e 50% terra). Eles são 3 centímetros mais largos que os das demais versões. Por fora há protetor de ferro para o radiador, rodas de liga leve na cor cinza escura e máscara negra nos faróis. No interior, são novos o tecido que reveste os bancos e o sistema de som com entradas auxiliares. E só. Nas opções SE (4x2 e 4x4), o motor turbodiesel gera 144 cv de potência e 36,3 mkgf de torque - o câmbio é manual de seis marchas. Já na configuração LE (4x4), são, respectivamente, 172 cv e 41,1 mkgf. Esta conta com caixa automática de cinco velocidades. Sem “nojinho” - Em uma trilha montada pela fabricante, unidades com tração nas quatro rodas se mostraram prontas para enfrentar o barro e a lama, sem “nojinho”. Graças ao chassi, com oito travessas transversais, cabine e caçamba têm boa rigidez. A suspensão aguenta bem as exigências de trechos fora de estrada. Na dianteira o conjunto é independente, com braços triangulares duplos, mola helicoidal e barra estabilizadora. Atrás há eixo rígido com feixes de mola. No asfalto, a picape pula bastante. Os pneus merecem destaque.Oferecem bom nível de conforto sem muito ruído. Segundo a Nissan, o público-alvo são homens de 35 a 45 anos que usam o veículo principalmente na cidade. Será que algum deles colocaria a Frontier em uma trilha?
PRÓS E CONTRAS CHASSI: Como a estrutura conta com oito barras transversais, torção da cabine e caçamba não é transmitida para os ocupantes do utilitário. SUSPENSÃO: Conjunto é bom na terra, mas faz a picape pular muito no asfalto, algo ruim em um modelo voltado principalmente ao público ‘urbano’.
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Por_Fernanda Brambilla
(AE) - Sem nome, sem lar, sem raça definida ou ‘srd’, assim são os bichos chamados vira-latas. O termo que também define gente sem modos ou educação cunhou a alcunha dos cães de rua. Mas um projeto leva a discussão etmológica adiante: vira-lata não seria o animal, mas a sua condição. Não é a origem ou a raça, mas seu estado de abandono, de marginalidade, a falta de cuidados, de proteção, de um dono, que o transformam em vira-lata. E esse é justamente o nome do projeto, “Vira-Latas”, que começou com livro, ganhou site ( ), rende palestras pelo Brasil afora e agora terá um documentário que chegará aos cinemas no segundo semestre. E toda essa mobilização começou de forma despretensiosa, há três anos, pelo publicitário paulista Tiago Ferigoli, 32 anos. Apaixonado por fotografia e por cachorros, ele saiu pelas ruas de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e São José dos Campos (SP) http://www.vira-latas.com para retratar a realidade dos cães de rua. Um ano depois, era lançado o livro “Vira-Latas, Os Verdadeiros Cães de Raça” (Ediouro). Mas Ferigoli não sossegou. “Achei que isso valia um filme.” Para o filme, no entanto, Ferigoli preferiu um ar educativo. “Não é um filme só sobre cachorro, e tampouco é só para quem gosta de animais. É para aquele tipo de pessoa que nem tem ideia de que isso é um problema. E olha, essas pessoas são muitas”, diz ele. Além das imagens, que são tocantes, a discussão sobre a situação dos animais abandonados ganha coro nos depoimentos de gente como o jornalista Heródoto Barbeiro, o comediante Danilo Gentili e o apresentador de TV Ronnie Von, declarados apaixonados por animais. Enquanto o filme, que está pronto, é negociado com distribuidoras, Ferigoli tem a agenda cheia de palestras em universidades. “É engraçado pensar: o que publicitário sabe de cachorro? Mas vira-lata é criação humana. Nós temos que reverter isso.”
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01. José Maurício - Fernando - Claudio Bandini 02. Laine - Claudia - Nathalie
03. Ligia - Guilherme 04. Lelinho - João Victor
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Jovem brasileiro se destaca em competições internacionais de robótica
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Por_Carla Peralva
(AE) - Uma vez que o robô é solto na arena, ele não pode mais ser guiado, controlado ou instruído. Está por si e deve, sozinho, compreender e transpor obstáculos. Foi em desafios como esse que Renato Ferreira Pinto Júnior, de apenas 16 anos e que há seis participa de competições, ganhou três prêmios internacionais nos últimos três anos: todos na RoboCup, competição internacional de robótica. O último troféu veio no final do julho, quando o robô criado por Renato, em parceria com Wallace Souza Silva, 18, venceu a etapa de equipe individual da categoria resgate da RoboCup, realizada em Istambul, na Turquia. O desafio consistia em criar um robô autônomo que conseguisse atravessar um circuito de
dois andares ligados por uma rampa, desviar de objetos, identificar a vítima (uma latinha, no caso), erguê-la, achar um local seguro e colocar cuidadosamente a vítima nesse ponto. Não há controle remotos - os criadores devem confiar nos sensores e no código de programação previamente construído. Na dupla, Renato era primordialmente responsável exatamente pelo desenvolvimento do programa que capta as informações vindas dos sensores e as transforma em ordens para que o robô se movimente. Seu interesse em programação começou aos 11 anos, quando decidiu se matricular em um curso extra curricular de informática oferecido por seu colégio, coordenado pelo professor de física Luís Rogério da Silva. Desde então, cumpre um ciclo intenso de competições. Começou na Olimpíada Nacional de Informática, que envolve desafios de lógica e programação. Dois anos depois, por sugestão do professor Luís, migrou para o time de robótica. “Aprendi mecânica, física, eletrônica e até gestão de projetos, conhecimentos necessários que, junto da informática, permitem que a gente pense e construa um robô”.
Wallace, o professor Luís Rogério e Renato
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01. Du Preto - Gil 02. Andréia - Juliano 03. Rafa - Natália
04. Marisa - Alerson 05. Diogo - Livia
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Steve Jobs e o sonho americano (AE) - Recentemente, no programa de entrevistas de Bill Maher, o astrônomo Neils Tyson, uma das principais autoridades em sua área no mundo atualmente, lamentou o fato de a crise econômica dos EUA ter obrigado o governo americano a cancelar o programa espacial. Ele disse que o rombo financeiro daquele país é astronomicamente maior do que todo o orçamento da história da agência espacial americana, a Nasa, e salientou que a importância de explorar o espaço vai além da astronomia: “Você se lembra de como era nos anos 60 e 70?”, explicava, “toda semana tinha uma matéria na revista ‘Life’ sobre ‘a casa do amanhã’, ‘a cidade do amanhã’, ‘os transportes do amanhã’... Tudo isso acabou logo que paramos de viajar para a Lua. Nós paramos de sonhar.” Ele se referia ao fim do sonho americano, que já vinha definhando desde o assassinato de Kennedy, passando pela Guerra do Vietnã e culminando com o escândalo de Watergate. É claro que o fim das viagens à Lua também mexeu com a autoestima do norte-americano, mas houve uma sobrevida, que aconteceu logo que os hippies ajudaram a transformar o Vale do Silício em uma das regiões mais inovadoras de todo o mundo. E é claro que essa transformação foi produto do trabalho de várias pessoas, mas um deles, o visionário, foi quem melhor encarnou o novo espírito. Steve Jobs deixou, recentemente, amigos, familiares e a empresa que fundou em 1976 e que chegou ao topo do mundo dos negócios, ultrapassando a Exxon Mobil no ranking das maiores de seu país. Uma trajetória fantástica, cheia de altos e baixos, que daria um filme bem mais interessante do que o feito sobre o Facebook, no ano passado. Computador pessoal, interface gráfica, mou-
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se, MP3 player, desenhos animados feitos em computadores, loja de distribuição digital, smartphone, tablet. Ele não inventou nada disso. Mas soube cobrir cada um deles com um verniz de encanto e expectativa a aparição de máquinas que apenas seguiam o conceito do sonho americano forjado nos anos 50. São apenas eletrodomésticos, mas, como se referia Tyson em relação às invenções proporcionadas pela Nasa, eles nos ajudavam a criar uma noção de futuro. Nos davam uma perspectiva de horizonte próximo que nos fazia imaginar como seriam os próximos 5, 10, 50 anos. A morte de Jobs coloca não apenas o futuro da empresa em xeque mas também o papel dos Estados Unidos na construção deste novo futuro. O país que regeu o século passado, o fez à base de produtos e aparelhos. Todo o chamado “imperialismo norte-americano” não seria bem sucedido caso não contasse com o aparato tecnológico que tornou carros, discos, tênis, jeans e camiseta, rádio, cinema, celulares e computadores parte do cotidiano de todo o planeta.
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01. Luciana - Eliane 02. Silvana 03. Selma - Diogenes - Luciana Janaina - Carolina 04. Mariana - Flávia - Luciana 05. Flávia - Herbert 05
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NOTAS_
FIQUE LIGADO!! Por_Equipe AE
NADA DE DANO ração da cirurgia que O ator e diretor Marcos Paulo segue surpreendendo na recupe o, a equipe do Hospital fez para a retirada de um câncer de esôfago. Em boletim médic que não houve qualquer dano São José da Beneficência Portuguesa de São Paulo contou porte. à voz do paciente, efeito colateral comum em cirurgias desse
A QUEM INTERESSAR Desmentindo boatos de bastidores, a Record divulgou comunicado afirmando que não haverá mudanças na direção da emissora. “É impressionante como, muitas vezes, uma mentira torna-se manchete”, disse Alexandre Raposo, presidente do canal. Segundo ele, Honorilton Gonçalves segue firme e forte como vice-presidente artístico e de produção. CABELO NOVO em seus cabelos para Murilo Benício resolveu raspar com navalha duas entradas ), que estreia em 3 de viver o capitão Wilson na 3ª temporada de “Força Tarefa” (Globo agem. novembro. Isso para demonstrar o desgaste emocional do person
PRÓXIMO FILME DE MOURA Com Wagner Moura, Lima Duarte e Mariana Lima no elenco, o filme “A Cadeira do Pai” teve exibição exclusiva, recentemente, para produtores e diretor es da O2 Filmes. Trata-se da primeira versão do longa de Luciano Moura.
PLANOS PARA AS 23H Twitter que a próxima Walcyr Carrasco, autor de “Morde & Assopra”, confirmou no Carrasco, a produção não trama das 23h da Globo pode ser escrita por ele. Segundo ra do livro “Gabriela, Cravo e será um remake de uma outra novela, mas sim uma releitu Canela”, de Jorge Amado.
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