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ENTREVISTA

Gabriel Braga nunes: pago para provocar raiva João Dória: os filhos devem ser sucessores

TURISMO

Patrimônios da unesco: conheça a nova lista Espanha : sul tem as mais lindas paisagens

SAÚDE

DECORAÇÃO

TEXTURA: ALTERNATIVA PARA MUDAR PAREDES BANHEIROS: SIGA A MODA, MAS TAMBÉM O BOM SENSO

Luiz Pipolo

pai em tempo integral

ESTILO LIVRE

R$ 5,80 EDIÇÃO 9 . AGOSTO 2011

CELULAR: OS PERIGOS DO APARELHO PARA A SAÚDE EXERCÍCIOS : MISTURA DE MODELIDADES FAZ SUCESSO

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ESTILO LIVRE


ÍNDICE_

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ENTREVISTA

Gabriel Braga Nunes Pago para provocar raiva

thiago fragoso Sucesso em “O Astro”

TURISMO

patrimônios da unesco Conheça a nova lista

MERCADO

MOBZ Empresa vende filmes pela net

SAÚDE

celular Ele pode trazer danos à saúde

GASTRONOMIA SITES E BLOGS Dicas para inspirações

AVENTURA

“Vale Europeu” Assisenses fazem o percurso

No mês do Dia dos Pais, a Estilo Livre não poderia deixar de fazer uma homenagem aos pais da cidade e de toda a região, que trabalham diariamente pensando sempre em garantir o melhor que podem a seus filhos. Sendo assim, foi buscar a história de uma família da cidade, mais precisamente do advogado Luiz Ângelo Pipolo, casado com Ani Rammert, para contar um pouquinho de sua trajetória de sucesso como pai. Na reportagem, o advogado conta como não se desliga um momento sequer dos três filhos e revela seus segredos na educação das crianças e para manter a família sempre unida. Outra reportagem também destaca três pais da cidade, mas que, desta vez, deixaram os filhos em casa para se aventurarem em uma trilha de mountain-bike pelo Vale Europeu, no sul do país. A edição deste mês traz ainda diversas entrevistas com personalidades do país e até com um economista australiano que faz previsões sobre o fim do dinheiro em papel e o início do uso, antes do que se imagina, da moeda digital. Enfim, a Estilo de agosto está recheada de novidades. Confira!

CAROLINA MARQUEZINI DIRETORA DA REDAÇÃO

TEATRO

“a ESCOLA DO ESCÂNDALO” Falabela leva amigos ao palco

DIRETOR COMERCIAL Daniel Israel

LEGIÃO URBANA Seu legado persiste

DIREÇÃO DE ARTE E IMPRESSÃO Editora Conosco_Indústria Gráfica

DECORAÇÃO

paredes com texturas Detalhes para mudar muito

lUIZ âNGELO pIPOLO Pai em tempo integral

DIRETOR Jeziel Marquezini EDITORA Carolina Marquezini

MÚSICA

40 CAPA

Uma homenagem aos pais

TV

TEXTO E FOTOS Agência Estado FOTOS Ivan Mello - Freelance JORNALISTA RESPONSÁVEL Carolina Marquezini_MTB_41418 SP

(Foto de capa: Ringo Estúdios)

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DA REDAÇÃO_

TIRAGEM 25 mil exemplares PARA ANUNCIAR Daniel Israel_18 9606 2196 daniel@revistaestilolivre.com.br ANÚNCIOS E PATROCÍNIOS Além de anúncios institucionais e comerciais em formatos tradicionais, Estilo Livre oferece a opção de patrocínio das seções e colunas fixas. Fale com nosso departamento comercial . REVISTA ESTILO LIVRE Abílio Duarte de Souza, 257 :: F: 18 3322 6544 revista@revistaestilolivre.com.br


ENTREVISTA_

“Sou pago PARA provocar raiva”

Foto_ ZECA WITTNER/AGÊNCIA ESTADO/AE

ENTREVISTA_

Por_Aline Nunes

(AE) - Mesmo sendo um dos nomes mais falados do horário nobre da Globo, o paulista Gabriel Braga Nunes, 39 anos, faz a linha low profile. Nesta entrevista, diz que procura focar a cabeça no trabalho, longe de badalações. Para se desligar do mundo do psicopata Léo - como define seu personagem de “Insensato Coração” -, ele corre pelas praias cariocas e tira um som da guitarra. E diz que aprendeu com os pais - a atriz Regina Braga e o diretor de teatro Celso Nunes - a não se deslumbrar.

AE - Você já teve banda, não é? Fazia que tipo de som? Em que lugares se apresentava?

AE - Você disse que estava num ritmo intenso. Tem sido muito desgastante?

Nunes - Claro! Durante toda a minha infância, eu vivi nas coxias e nos camarins de teatro. Eu tenho muitas boas lembranças.

Nunes - Minha vida, no momento, está completamente voltada para o personagem. Eu quase não tenho vida pessoal. No entanto, não está pesado porque acordo de manhã e venho (ao Projac) feliz da vida. Por pior que o Léo seja, é um personagem leve. AE - Mesmo fazendo tanta maldade? Gabriel, ele é o vilão da novela. Só falta vender a mãe! Nunes - Tem duas coisas aí (risos). Aos 39 anos e 15 novelas, eu já não levo mais personagem para casa. A segunda é que o Léo é psicopata. Não carrega responsabilidade pelos próprios atos. É um cara que passeia pela vida distribuindo maldades. Ele é doentinho, divertido.

Nunes - Tive diversas bandas até os 17 anos. E, claro, eram bandas de rock’n’roll (risos). Ganhávamos super bem, sabe? Dava para pagar várias cervejas (risos). AE - E você acha que foi influenciado por seus pais (a atriz Regina Braga e o diretor Celso Nunes)?

AE - Sua ida para a Globo não foi por dinheiro? Nunes - Não foi por dinheiro. Eu estava realmente guardando 2010 para o cinema (ele estará em três filmes: “O País do Desejo”, “O Homem do Futuro” e “Garibaldi na América”) e para estudar. AE - Seu nome é um dos mais citados da novela. Tem recebido cantadas? NUNES - É um personagem que gera raiva, né? Uma raiva gostosa. E é ótimo porque eu sou pago para isso: para provocar raiva e distribuir maldades. ESTILO LIVRE

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ENTREVISTA_

TV_ Cássio Gabus Mendes, em cena na novela da Rede Globo, Insensato Coração

“Vale, sim, a pena ver de novo” Por_Ana Carolina Rodrigues e Aline Nunes

“Sou muito grato com as oportunidades que tive” Por_Maiara Camargo

(AE) - Neto do radialista e cineasta Otávio Gabus Mendes, filho do novelista Cassiano Gabus Mendes, sobrinho do ator Luis Gustavo e irmão do ator Tato Gabus Mendes. Com essa família, Cássio Gabus Mendes, 49 anos, não poderia ter crescido longe da TV. A decisão de se tornar ator foi natural e teve o apoio do pai, que conseguiu um pequeno papel para ele na TV Cultura. No ar em “Insensato Coração”, como o jornalista Kléber, o ator comemora 30 anos de carreira e volta a fazer uma novela das 9 depois de ficar 14 anos longe do horário nobre. AE - Você vem de uma família de artistas. Eles lhe influenciaram na escolha da profissão? Cassiano - Eu nasci no meio disso, mas nunca houve pressão. Desde garoto, eu ia na sala do meu pai, na TV Tupi. Meu primeiro papel foi na TV Cultura. Fiz um garçom, que entrava em cena, falava duas palavras e servia o Marcos Caruso. Em seguida, em 1982, fiz um papel na novela “Elas por Elas”. Foi assim que tudo começou. AE - Sentiu algum preconceito por vir de família famosa? Cassiano - Não. Mas acho normal porque você desvia a atenção para o nome. É o mesmo

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que ver o filho do Nelson Piquet ou o sobrinho do Ayrton Senna correndo. No primeiro instante, você foca na pessoa. AE - Você não quis participar de “Ti-Ti-Ti”, novela do seu pai, que ganhou um remake de Maria Adelaide Amaral no ano passado? Cassiano - Depois de “Três Irmãs”, o Gilberto Braga me ligou, convidando para fazer a novela dele. Fazia anos que eu não trabalhava com ele. Somos amigos, saímos para jantar, almoçar. Eu disse: “Não quero nem saber o que é, estou dentro”. Então, não deu para fazer “Ti-Ti-Ti”. AE - Há alguma chance de o seu personagem em “Insensato Coração” ser gay? Faria um?

(AE) - Às 20h30 do dia 18 de maio de 2010, Martha Corrêa Lopes (Eva Wilma) e Cristina Brandão (Patrícia Pillar), protagonistas do seriado “Mulher” (1998), reapareceram na telinha. Era o primeiro dia de exibição do recém-criado Viva. Naquela data, apenas dois anunciantes estavam interessados em associar sua marca ao novo canal. Treze dias depois, o número passou para 15. Hoje, empresas do porte de Unilever e L’Oreal disputam a chance de aparecer entre sucessos como “Vale Tudo” (1988), “Escolinha do Professor Raimundo” (1990), “O Rei do Gado” (1996), “Anos Dourados” (1986) e “Vamp” (1991). Além do apelo comercial, as atrações têm espaço garantido nas redes sociais, como Facebook e Twitter - não raro, aparecem na lista de termos mais citados no microblog. O site do canal também é sensível ao sucesso. No dia em que Odete Roitman e companhia voltaram ao ar, em 4 de outubro, a página virtual do Viva registrou um aumento de 80% em seus acessos. Doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana pela USP, Mauro Alencar diz que o sucesso do Viva é mais do que compreensível. “Há muito tempo se aguardava um espaço como esse, ainda mais com a qualidade e criatividade da maioria dos programas da TV brasileira”, diz. “Para citar um exemplo, esse

tipo de canal existe no México desde a década de 90, que é o TL Novelas, da Televisa. Para outros gêneros, há o ‘Clássico TV’”, diz. Segundo Alencar, as produções antigas agradam aos telespectadores “porque são histórias bem narradas e produzidas. Uma reprise consegue resgatar um momento histórico, psíquico e social. Por outro lado, apresenta às novas gerações o modus vivendi da sociedade retratada”. Para o autor do “Almanaque da Telenovela Brasileira”, Nilson Xavier, o sucesso do Viva é resultado da memória afetiva. “As pessoas querem relembrar novelas que marcaram uma fase de suas vidas”, diz ele, que emenda que curiosidade também conta: “De tanto ouvirem falar de ‘Vale Tudo’, telespectadores que não tiveram oportunidade de ver a novela anteriormente agora aproveitam para acompanhá-la”. Autor de “Vale Tudo” e “Anos Dourados”, ambas atrações na programação atual do Viva, Gilberto Braga confessa que os capítulos da minissérie estão sendo gravados para que ele assista assim que “Insensato Coração” (Globo) acabar. “Eu sonhava sempre com esse canal”, conta ele, que se emociona com o retorno do romance entre Lurdinha (Malu Mader) e Marcos (Felipe Camargo). “É uma das minhas histórias preferidas”, destaca o novelista.

Cassiano - Não. Ele é homofóbico. Eu faria um gay, mas montaria uma linha de personagem diferente. AE - É verdade que você tem vergonha de se ver em “Vale Tudo” (1988), no canal Viva? Cassiano - A vergonha é porque a novela coloca a gente para se ver 22 anos depois. Eu tenho o maior orgulho de ter participado. Sempre que posso, vejo e mando gravar tudo em DVD. Estou feliz com essa repercussão.

Os atores Kadu Moliterno, o Juba e André di Biase(Lula) do seriado da década de 80 “Armação Ilimitada” da Rede Globo de TV.


TV_

cinema

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Por_equipe ae

“The Pacific” (AE) - Nada mais enganoso do que pensar que “The Pacific” é uma série da HBO feita para homens que adoram os 15 minutos iniciais de “O Resgate do Soldado Ryan”. “The Pacific” é diferente. Ele não repete “Band of Brothers”. A necessidade de o roteiro incluir as principais batalhas americanas contra os japoneses na 2.ª Guerra criou uma descontinuidade nas histórias dos soldados. THE PACIFIC - Gênero: Série em 10 episódios. Ano: 2010. Produção: Steven Spielberg, Tom Hanks e Gary Goetzman. Preço: R$ 150,00 (6 discos)

“Gente como a Gente” (AE) - Uma série de surpresas e decepções marcaram o filme “Gente como a Gente”, de 1980. Era a estreia do ator Robert Redford como diretor e o resultado foi um filme austero, seco, incômodo. Foi notável também por revelar um jovem ator, Timothy Hutton, cuja interpretação angustiante lhe rendeu um Oscar de coadjuvante. Finalmente, a decepção: Mary Tyler Moore, que, apesar do belo trabalho, não ganhou o Oscar daquele ano. A trama se passa em Chicago, onde os membros de uma família de classe média alta tentam se recompor após a morte por afogamento do filho mais velho. GENTE COMO A GENTE - Gênero: Drama. Ano: 1980. Elenco: Mary Tyler Moore, Timothy Hutton. Distribuidora: Paramount (R$ 29,90)

“Tron: O Legado” (AE) - Quando estreou em 1982, o filme “Tron” causou assombro por seus efeitos especiais. Se hoje esses efeitos são considerados pré-históricos, a principal herança do longa de Steven Lisberger está em sua trama: a de que um mundo assustador estava por vir. Dez anos depois, “Blade Runner”, de Ridley Scott, avançava um pouco mais até que, no ano passado, com uma tecnologia avançada, foi a vez de “Tron: O Legado” revelar detalhes que confirmam a suspeita: em uma sociedade em degradação, o que resta como salvação é a relação familiar. TRON - O LEGADO - Gênero: Ficção científica. Ano: 2010. Elenco: Jeff Bridges e Michael Sheen. Preço: R$ 39,90.

Foto_JF DIORIO/AGÊNCIA ESTADO/AE

coluna_

João Dória Jr., fotografado em seu escritório situado na Avenida Faria Lima, zona sul da capital paulista.

herdeiros, sucessores”

“Não quero quero

Por_Filipe Fasolin

(AE) - João Doria Jr. está no topo da sociedade paulistana. Aos 52 anos, o empresário se divide em múltiplas frentes, que vão do design - ele preside o conselho da Casa Cor - à TV, com dois programas: o “Show Business”, de entrevistas, na Band, e o reality show “O Aprendiz”, na Record, que herdou no ano passado de Roberto Justus. Casado, pai de três filhos (Johnny, 17, Felipe, 10 e Gabriela, 8), formado em jornalismo e publicidade, Doria já foi professor, secretário de turismo e membro do Conselho da ONG SOS Mata Atlântica. Hoje, preside a Doria Associados, a Doria Editora e o Lide, grupo com líderes de mais de 700 empresas nacionais. Seus negócios incluem, ainda, um shopping center em Campos do Jordão. Numa brecha na atribulada rotina, ele falou com a reportagem. AE - Qual foi o primeiro emprego? JOÃO DÓRIA JR. - Um estágio de dois meses na agência de publicidade Ogilvy. No final

desse período, fui convidado para ficar e ganhei um emprego. Eu precisava muito da vaga. AE - Como começou o Grupo Doria? JOÃO DÓRIA JR. - Era uma empresa de um funcionário só: eu. Criei a empresa em 1996, para ser prestador de serviços e aos poucos ela foi ganhando envergadura. Eu era diretor de comunicação da Band. Até que o Fernando Barbosa Lima, diretor de programação, me chamou para apresentar o “Sucesso”, programa de celebridades. AE - O que pode contar de “O Aprendiz (Record)”, que terá a oitava edição no fim do ano? JOÃO DÓRIA JR. - Batemos recorde de inscritos, mais de 130 mil. Dessa vez o vencedor ganhará R$ 1,5 milhão para começar um negócio próprio. A pessoa sai para ser chefe, não empregado.

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Thiago Fragoso, o Márcio de “O astro” Por_Aline Nunes

(AE) - Após 166 dias de trabalho, o nascimento de Benjamim, e, consequentemente, noites sem dormir passadas entre fraldas e páginas para decorar o texto de “Araguaia”, o ator Thiago Fragoso, de 29 anos, se impôs tirar férias. Assim que o folhetim das 6 saísse do ar, em meados de abril, ele iria viajar com a família. Mas em março, o diretor Roberto Talma - que também o acompanhava em “Araguaia” - o convidou para “O Astro”. Foi difícil Thiago recusar. Uma responsabilidade grande. Apesar de ter feito tramas do horário nobre - “O Clone” (2001) e “Senhora do Destino” (2004) -, este será o primeiro papel de destaque de Thiago na faixa das 23h. Ele não é o libanês milionário Salomão Hayala (Daniel Filho), nem o astro, vivido por Rodrigo Lombardi, mas tem espaço igual ao de um protagonista. Seu personagem, Márcio, não se dá bem com o pai e não suporta a ideia de ser rico e ter de assumir os negócios da família. Caminho próprio - O laboratório que o ator fez não deixa dúvidas disso. Primeiro, deixou de lado a resistência comum a boa parte dos atores e assistiu à primeira versão do folhetim. “’O Profeta’ também foi um remake e eu não quis ver. Agora, resolvi fazer diferente. Foi bom ter visto o Tony (Ramos)”, conta. Depois, foi atrás dos filmes “Na Natureza Selvagem”, de Sean Penn, e “O Poderoso Chefão”, de Francis Ford Coppola. “Os dois têm a ver com a família Hayala. Fiquei também em cima de Hamlet

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para lidar com o fato da perda do pai.” Fez, ainda, aulas de trompete e desenvoltura corporal. Entre os exercícios físicos, com a professora Helena Varvaki, trabalhou a timidez e os hábitos que tem de pisar na borda dos pés e franzir a testa enquanto fala. “Eu precisava chegar num ponto em que o corpo ficasse desarmado, relaxado, como deve ser o do Márcio”, explica. Cultura árabe - O maior aprendizado, no entanto, veio do dia a dia com o diretor Daniel Filho, sempre com uma história para lembrar da primeira versão. “Ele adora ficar falando do jeito como o Dionísio (Azevedo) fazia o Salomão e que não podemos perder a delicadeza que o personagem tinha na essência”, diz. Aliás, em meados de maio, o elenco se reuniu no Projac para um dia de conversas com Daniel Filho e um professor árabe que dá aula de estudos libaneses na PUC do Rio. No encontro, foram discutidos temas como a disputa de herança na cultura libanesa e a submissão da mulher. Na trama, o milionário Salomão Hayala será assassinado e a submissa em questão será Regina Duarte, como Clô, esposa do milionário. Na obra original, o assassino foi Felipe (Edwin Luisi), amante de Clô. Agora, segundo Thiago, o criminoso pode ser até alguém da família. Um outro bom motivo para ele ter aceitado o papel. Vai que Márcio se transforma no vilão. O novelista Alcides Nogueira vê Thiago como a melhor escolha. “Ele é um ator maravilhoso, talentoso, carismático.”

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o verdadeiro cowboy de

“A Fazenda” Por_Juliana Faddul

(AE) - Ele participou das três edições de “A Fazenda”, da Record. Acorda às 6h da manhã para cuidar dos animais, aguenta os pitis e dá ordens para celebridades. Com jeitão de cowboy, não fala muito com os confinados. Assim é o verdadeiro fazendeiro de “A Fazenda”: Clébis Cândido Ribeiro. “Ele já é um patrimônio de ‘A Fazenda’”, fala o apresentador do reality show da Record, Britto Jr. Quando o caseiro Clébis Cândido Ribeiro, 34 anos, migrou do Paraná para Itu, cidade do interior de São Paulo, nunca imaginou que a vida na roça seria o passaporte para a vida na TV. “Hoje, eu passo pelo pedágio e as pessoas me reconhecem”, fala o caseiro, sem perder o ar sério. Clébis trabalha na fazenda que sedia o reality show há dez anos. Do tipo caladão e com um jeito modesto, o caseiro é cumprimentado por todos os funcionários da produção do programa. “Eu sou simpático, sou brincalhão. Só não posso ser assim com os participantes. Sou pro-

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fissional quando falo com eles”, declara. Sobre a sua relação com os artistas, Clébis é centrado. “Lido com eles na boa, conforme cada um pede”, conta. Mas o reconhecimento lá fora também incitou a curiosidade dos amigos que não convivem com as celebridades. “Perguntam-me mesmo sobre o Britto Jr. Se ele é legal de verdade ou se é falso”, diz. Quando o programa não está no ar, Clébis faz a manutenção da fazenda, com a ajuda da mulher. E tenta levar uma vida normal no campo. “A única coisa que muda quando o programa está no ar são as festas. Aí, é como se eu morasse na cidade grande”, diz. Segundo o caseiro, a carga de trabalho não aumenta. Sobre a vontade de participar de um reality show, Clébis fala sem modéstia “Não sei. Seria algo a se pensar. Já estive numa discussão, com Théo Becker e Fábio Arruda, e me irritei um pouco. Teriam de acertar meu cachê primeiro”, brinca. E alguém ainda tem dúvida de que ele seria um ótimo fazendeiro?


TURISMO_

TURISMO_

Os

clássicos da Cidade

Maravilhosa Por_Equipe AE

(AE) - De carona em uma asa-delta, a arara Blu da animação “Rio” (que estreou no País dia 8 de abril) faz um tour pela Cidade Maravilhosa mostrando, lá de cima, o que a capital tem de mais belo. E comprovando, novamente, que os clássicos da capital fluminense não cansam os nossos olhos. Confira boas maneiras de aproveitar as atrações do destino. ENFIM, ASAS Supere você também seus limites e contemple a Cidade Maravilhosa lá do alto, sentindo o ventinho no rosto em um voo duplo de asa-delta. A rampa da Pedra Bonita, em São Conrado, é a mais movimentada do País: quem decola dali sobrevoa a Praia do Pepino e pode até ver o Cristo Redentor e a Praia de Copacabana, dependendo da altura que alcançar. EM MEIO AO VERDE Não há dúvida que as praias são a grande sensação do destino. Porém, antes ou depois de cumprir a nada difícil rotina de ficar entre a água e a areia, prepare a câmera e gaste um tempo em uma das áreas verdes da cidade. JARDIM BOTÂNICO Com 8 mil espécies de plantas, o espaço tem atrações suficientes para preencher um dia inteiro. É impossível ficar indiferente diante do corredor de palmeiras imperiais, plantadas ali por d. João. Site: jbrj.gov.br. PARQUE LAGE Colado ao Jardim Botânico fica este antigo engenho de açúcar, que encanta com seu casarão, seus jardins e até uma cachoeira. Site: eavparquelage.rj.gov.br. LAGOA RODRIGO DE FREITAS Cercada por montanhas, tem pista de ciclismo e corrida. Quem quiser pode ver tudo de outro ângulo, em um passeio de pedalinho. O MAIOR SHOW DA TERRA Não tem samba no pé? Arrisque uns passinhos mesmo assim. Afinal, você está no Rio. Terminados os desfiles monumentais na Sapucaí, o jeito é buscar casas especializadas. A Lapa abriga algumas das mais tradicionais.

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CVC deixa administração de roteiros marítimos Por_Equipe AE

(AE) - A CVC deixará de singrar os mares brasileiros a partir da temporada de cruzeiros 2011/2012. A maior operadora de viagens do País, que desde 2002 colocava sua marca em navios alugados, não atuará mais como administradora de roteiros marítimos. Será, de agora em diante, apenas vendedora de pacotes. Para os turistas, a principal mudança é o sumiço da logomarca da CVC nos transatlânticos ancorados pelos portos nacionais - o que já ocorre desde a temporada passada. Os navios Zenith, Imperatriz e Soberano virão ao Brasil novamente. Mas sob a bandeira vermelha da proprietária Pullmantur, a nova responsável por toda a operação. O Bleu de France, que fez roteiros para a ilha de Fernando de Noronha na temporada 2010/2011, será substituído pelo Ocean Dream no mesmo trecho. A Pullmantur assumiu o compromisso de manter as características dos antigos cruzeiros CVC. O que significa que promoções como a gratuidade para o terceiro passageiro em determinadas saídas e períodos, facilidades de pagamento e o sistema all-inclusive, em que toda a comida e bebida estão incluídos no preço do pacote comprado pelo viajante, continuam válidos. Bem como a fração de 20% a 25% de tripulantes brasileiros a bordo.

Com a mudança, a CVC passa a vender também pacotes dos navios Costa (Pacifica, Fortuna, Magica e Victoria) e Ibero (Grand Celebration, Grand Holiday e Grand Mistral), além dos quatro Pullmantur e do Iberostar Grand Amazon, que faz viagens pela Amazônia. As opções estão no site da empresa. Na temporada passada, 180 mil turistas embarcaram nos transatlânticos então operados pela CVC. ESTAÇÃO O navio Ocean Dream abre a temporada do próximo verão na costa brasileira. A primeira saída está marcada para 25 de outubro, do porto do Recife. No total, serão 19 embarcações navegando por águas nacionais. Como novidade, a Royal Caribbean vai trazer o Azamara Journey, navio para 694 passageiros que fará viagens a partir dos portos brasileiros para o Caribe e a América do Sul. A primeira saída, de Manaus para San Juan, em Porto Rico, está marcada para 8 de novembro. Da empresa, Splendour of the Seas e Vision of the Seas também vêm ao País. As armadoras MSC, com Armonia, Orchestra e Musica, e Aida (Cara e Vita), também do grupo Costa, completam o time de navios em águas brasileiras na próxima temporada. ESTILO LIVRE

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TURISMO_

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Deserto Wadi Rum, Jordânia

Fábrica Fagus, Alemanha

fagus-gropius.com

Fica na cidadezinha de Alfed a indústria de formas de sapato Fagus, em prédio considerado um dos símbolos da arquitetura moderna do início do século 20. A exposição Fagus-Gropius está aberta ao público e conta um pouco da história da fábrica - e dos sapatos.

Patrimônios da Humanidade

Deserto Wadi Rum, Jordânia

wadirum.jo

São 720 quilômetros quadrados de área de proteção ambiental no sul da Jordânia. A região é lar de tribos de beduínos e, para os turistas, oferece belos passeios off-road, além de opções de trekking e alpinismo.

Por_Equipe AE

Catedral de León, Nicarágua

vianica.com (AE) - Parque natural formado por ilhas vulcânicas no Japão, deserto na Jordânia, região produtora de café na Colômbia, fábrica de sapatos na Alemanha. Lugares tão diferentes entre si têm agora uma característica comum: estão na lista de 25 novos Patrimônios da Humanidade da Unesco, anunciada recentemente. Com esta nova leva, chega a 936 o núme-

Ilhas Ogasawara, Japão

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ro de patrimônios eleitos pela entidade, que pertence à ONU. A vantagem para os destinos é ter direito a receber ajuda financeira do World Heritage Fund, que direciona US$ 4 bilhões ao ano para a conservação das áreas. Destacamos alguns dos novos eleitos que merecem entrar na sua lista de próximas viagens.

É o prédio mais importante da cidade de León, na costa oeste da Nicarágua. O início de sua construção data de dois séculos atrás e o piso logo abaixo da terra guarda um cemitério com ricas tumbas, inclusive a do poeta Rubén Darío.

Triângulo do Café, Colômbia

visitogasawara.com

colombia.travel

O conjunto de 30 ilhas vulcânicas a cerca de mil quilômetros da capital Tóquio forma o Parque Nacional Ogasawara. O ecoturismo é a pedida: observação de baleias, passeio de escuna e trekking. Bons restaurantes e vida noturna agitada completam o cardápio.

O Triângulo do Café colombiano é composto pelas regiões de Caldas, Quindío e Risaralda. As grandes fazendas produtoras têm hospedagens turísticas e, além do contato com a vida no campo, oferecem a chance de conhecer cada etapa de fabricação do café, tido como um dos melhores do mundo.

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Alameda del Tajo, o parque mais famoso da cidade, com diversas espécies botânicas.

Espanha Cidadezinha do sul tem algumas das mais belas paisagens Por_Ligia Aguilhar

(AE) - Cravada em um maciço rochoso, Ronda mais parece a materialização de uma pintura romântica. Imponente, encantadora, monumental... São muitos os adjetivos para descrever essa cidadezinha andaluza, a uma hora de Málaga, que abriga algumas das mais belas paisagens do sul da Espanha. A melhor forma de chegar a Ronda é de carro. Saindo de Málaga, as primeiras belezas aparecem ainda na estrada, reveladas uma a uma pelas montanhas verdinhas que acompanham todo o trajeto. O clima bucólico fica ainda mais completo com os cataventos para geração

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de energia, que surgem de três em três em um movimento sincronizado no horizonte. Logo na entrada da cidade surge uma enorme muralha. Trata-se da Porta de Almocábar, construída no século 13. Apenas um dos muitos monumentos árabes espalhados pelo local - por causa de sua localização, tornou-se um dos últimos focos de resistência árabe antes da Reconquista Católica. Comece o passeio pela Calle Jerez. É de lá que você vai ter a primeira visão panorâmica - e espetacular - da cidade. Desça em direção à Igreja de La Merced, onde está o relicário

de prata e pedras preciosas que contém a mão de Santa Teresa de Jesús, também conhecida como Santa Teresa de Ávila. Ao lado está a Alameda del Tajo, o parque mais famoso da cidade, com diversas espécies botânicas. É a partir daí que as paisagens mais bonitas começam a surgir, uma atrás da outra. Seja pelas formações geológicas ou pelas casas que se esparramam na beira do penhasco. Nem se dê ao trabalho de guardar a câmera: será inevitável tirar muitas fotos. Na sequência, você vai se deparar com o símbolo da cidade, El Puente Nuevo, a mais importante das três pontes que conectam o núcleo mouro à parte nova. Com 98 metros de altura e construída entre 1751 e 1793, parece afundar em meio às rochas. Do outro lado da ponte, o Rio Tejo serpenteia pelo desfiladeiro. Essa imagem pode ser perpetuada ao menos por uma hora em um dos restaurantes dos arredores, que oferecem refeições ao ar livre com vista privilegiada. No La Pilastra del Torero (www lapilastra.com), o prato do dia custa 12 euros. Por lá também estão algumas lojas de souvenirs e artesanato, que comercializam principalmente produtos em madeira, cerâmica e couro. MEDIEVAL Desça a comprida e sinuosa escadaria de pedra que leva aos banhos árabes, o mais conservado da Península Ibérica. Você logo vai notar a palidez da paisagem que se descortina atrás do monumento. Ali, pequenas casas rigorosamente pintadas de branco se espremem pela montanha. Os olhos estranham, custam a crer no que veem. E rapidamente se encantam. São os Pueblos Blancos, vilarejos comuns no interior da Andaluzia, que surgiram na Idade Média pela necessidade de se protegerem de invasões. A fachada branca, característica da

arquitetura mourisca, é preservada à semelhança daqueles tempos. Suba por entre as casas para observar cada detalhe - no caminho, você pode descobrir restaurantes de culinárias diversas. É o caso do El Lechuguita (Calle Virgen de los Remedios, 35 euros; 34-95-287-8076), um dos mais antigos da região. Peça tapas: são mais de 100 tipos diferentes, cada uma pela bagatela de 1. TOUREIROS E TOURADAS Depois da pausa gastronômica, siga até a Calle Virgen de La Paz, onde está a primeira Plaza de Toros do mundo, inaugurada em 1785. Foi lá que Pedro Romero criou a figura do “toureiro a pé” - antes, as touradas eram realizadas com os homens montados a cavalo - e introduziu elementos mais teatrais, como a capa vermelha. No local funcionam também um museu (6 euros; www.rmcr org) e uma escola de equitação. Antes de deixar a cidade, faça uma última parada gastronômica no restaurante Pedro Romero (www.rpedroromero.com), logo em frente à Plaza de Toros. Além de contemplar uma vasta coleção de fotos das antigas touradas, você vai poder se despedir de Ronda ao sabor de uma tradicional e (acredite!) saborosa porção de rabo de toro (18 euros).

SAIBA MAIS • Como ir: o trecho São PauloMálaga-São Paulo custa a partir de R$ 1.909 na Iberia (iberia.com. br); R$ 2.376 na Air France (www airfrance.com.br) e R$ 2.733 na Alitalia (alitalia.com)

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TV_NOTAS

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Roberto Carlos

HOMENAGEM Roberto Carlos será homenageado pela Editora Toriba com um de seus collector’s books. Trata-se de uma edição numerada, finalizada à mão, certificada e assinada pelo cantor. O lançamento do livro, com cerca de 600 páginas e 30 kg, será em setembro, em Jerusalém. A obra deve custar entre R$ 6 e R$ 15 mil.

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“Hora Extra”

ELENCO DESCONHECIDO O primeiro longa de ficção de Marina Person, orçado em cerca de R$ 3 milhões (ela tem R$ 800 mil captados), terá como base um elenco desconhecido de jovens. A ideia da diretora é espalhar cartazes em colégios e clubes para encontrar os atores. O filme deve contar com a participação de Marco Ricca, Malu Mader e Lobão como professores da escola onde se passará a história.

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“Hora Extra”

NOVO PROGRAMA Já estão fazendo sucesso sob o comando do “Hora Extra”, novo programa que a MTV estreou recentemente. Dividida em quatro entradas, ao vivo, de 15 minutos, a atração mostra os principais destaques da programação da emissora na semana. Há, ainda, espaço para imagens de arquivo e conversas com a audiência.

Felipe Abib

Fà DOS RAIMUNDOS Ator que dará vida a Jeremias no longa “Faroeste Caboclo”, Felipe Abib, que foi adolescente nos anos 90, até gostava de Legião Urbana, mas era fã mesmo dos Raimundos. “Faroeste” é o segundo longa dele, que atuou também em “180º”, de Eduardo Vaisman.

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O Estranho Mundo de Tim Burton”

TRAJETÓRIA DE TIM BURTON EM LIVRO A editora LeYa acaba de lançar o livro “O Estranho Mundo de Tim Burton”. Trata-se de um almanaque recheado com a trajetória do diretor, além de conter relatos sobre sua vida pessoal. A obra tem 356 páginas e custa R$ 44,90.

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“Cruel”

PAPEL DE VILÃO Reynaldo Gianecchini está vivendo o vingativo Gustavo, em “Cruel”, espetáculo que tomou o horário das segundas e terças-feiras, no Teatro Faap, em São Paulo. A peça ficará em cartaz até outubro.

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Xuxa

NADA DE APOSENTADORIA Completando 25 anos de Globo, Xuxa não quer saber de deixar a televisão tão cedo. “Não penso e nunca pensei em me aposentar. Tenho muita coisa para fazer”, diz a apresentadora, que deixa no ar: um novo projeto vem por aí logo mais. “Adoro desafios e ainda tenho alguns pela frente. Me aguardem”, disse.

Maria Paula

LIVRO DE CRÔNICAS Certa de que o programa “Casseta & Planeta” não voltará mais à Globo, a humorista Maria Paula está focada em tocar sua carreira solo. Em setembro, ela lançará um livro de crônicas sobre o País, o cotidiano da mulher e a maternidade. E vai ter comédia? “Dessa vez, eu vou falar sério”, diverte-se. A obra, ainda sem nome definido, trará fotos de Zeca Fonseca.

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“Fina Estampa”

APOSTANDO NOS JOVENS Aguinaldo Silva está apostando muito no elenco jovem, em “Fina Estampa”, nova novela das 9 da Globo. Ele acredita que Adriana Birolli, Sophie Charlotte e Milena Toscano vão ganhar a simpatia dos telespectadores.

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Aguinaldo Silva

ANALISANDO A PROPOSTA Depois de anunciar, em seu blog, que não daria mais aulas de roteiro, Aguinaldo Silva considera agora fazer as master classes online. Ele recebeu um convite de uma escola e está analisando a proposta.

Chico Buarque

DISCO Alessandra Maestrini lançará um disco em 2012. Além de composições próprias, haverá músicas de Chico Buarque, em inglês “Recebi a aprovação dele. Ele disse que a minha tradução foi muito fiel à poesia dele”.

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LOOK BOOK_DICAS DE COMPRAS Brinco Goldskill Jolie - R$ 276,30

PARA OS

PAIS

Corrente Goldskill Jolie - R$ 316,20 Bolsa - Carmen Steffens - R$ 899,90

Relógio - Relojoaria Vitória - R$ 460,00

Sapato - Carmen Steffens - R$ 349,90

Óculos Mormaii - Relojoaria Vitória - R$ 270,00

Relógio - Relojoaria Vitória - R$ 904,00

Sueter Carmim Ana Ferrari - R$ 122,50

Kit Golf com Canetas Office e Art - R$ 108,60

Carteira de Couro jacaré Ranch Country - R$ 159,90

Globo Vintage - Office e Art - R$ 169,00

Sapato VR - Ana Ferrari - R$ 209,30

Calça Calvin Klein Ana Ferrari - R$ 159,20

Pulseira Sabona Executiva Ranch Country - R$ 279,90

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LOOK BOOK_DICAS DE COMPRAS

PARA OS

PAIS

Vestido Le Lis Blanc - Donna Amora & Homem - R$ 229,50

Anel Goldskill Jolie - R$ 328,90

Brinco - Jolie R$ 119,80

Tênis Bull Terrier - Ranch Country - R$ 249,90

Chapéu de palha 10 X Ranch Country - R$ 299,90 Bolsa - Carmen Steffens - R$ 1399,00

Sapato - Carmen Steffens - R$ 299,90

Caneta Tinteiro Office e Art - R$ 94,00

Óculos Mormaii - Relojoaria Vitória - R$ 390,00 Casaco Le Lis Blanc - Donna Amora & Homem - R$ 599,50

Blazer Docthos Ana Ferrari - R$ 258,70

Calça Carmim Ana Ferrari - R$ 267,20

Brinco - Jolie R$ 142,80

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Brinco Goldskill Jolie - R$ 213,60

Pulseira Pedras Jolie - R$ 182,80 Rasteirinha - M. Officer - R$ 159,00

Relógio - Relojoaria Vitória - R$ 690,00

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MODA_

MODA_

Vestidos de festa manga longa Por_Grasiela Marquezini

Estilo: Sabrina Sato Fotos_reprodução

A ex BBB Sabrina Sato já foi de gosto bem duvidoso. Contam que no começo da carreira, os estilistas nem queriam vesti-la por isso, no entanto, hoje tem fila de profissionais querendo ser os responsáveis pelos seus looks! Agora integrante do Pânico na TV, Sabrina deu uma guinada no estilo e arrasa. Ela é a única gostosona do meio artístico que se veste bem e não fica vulgar. Seus looks são sempre com as pernocas de fora, afinal, ela pode.... Este vestido preto causou tanto comentário que até fizeram uma boneca Sabrina com ele! Outra marca registrada da moça são os shorts jeans desfiados...

Amarelou

geral...

Azul Klein Este tom da cor azul foi descoberto pelo artista francês Yves Klein. Muitas das suas obras do fim da década de 50 são quadros monocromáticos em azul, que ele patenteou como Azul Internacional Klein. A cor virá com tudo nas próximas estações. Vejamos o Azul Klein...

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Antigamente quando se falava em vestidos de manga longa para festas, era meio estranho....Tanto que quando éramos convidadas para festas no inverno batia um desespero e medo de passar frio. Hoje os vestidos são puro luxo e lindos! Olha só:

A onda de amarelo veio para ficar e é promessa para o próximo verão. Os desfiles já anunciaram e as celebridades já estão adeptas. Para combinar invista em tons claros como nude, branco e ouse com azul marinho ou klein! Geralmente as morenas ficam melhor com a cor, então, pense em um autobronzeador para contrastar, com certeza você vai se destacar. Até a rainha aderiu. (hihi)

Aproveitando... Olhando o armário descobri uma calça jeans velhinha, do maridão, mas bem bonitinha....então resolvi aproveitar e fazer um shorts boyfriend. Às vezes precisamos olhar para nossas peças antigas com mais atenção. Sempre dá pra aproveitar alguma coisa...

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DESIGN_

“Crowdbooking” é a expressão que Fábio Lima usa para definir a atuação de sua empresa, fundada em sociedade com Marco Aurélio Marcondes: a Mobz.

Filmes sob demanda do internauta Por_Douglas Vieira

(AE) - Nem crowdfunding, nem crowdsourcing. “Crowdbooking” é a expressão que Fábio Lima usa para definir a atuação de sua empresa, fundada em sociedade com Marco Aurélio Marcondes: a Mobz - que até fevereiro chamava Moviemobz. A mudança de nome fará sentido mais adiante. Mas o que é “crowdbooking”? O conceito vem da ideia de vender sessões de cinema em que a demanda do público defina quantas salas serão destinadas à exibição, quais filmes serão exibidos e em que cidades. Ou seja, agendar a programação de acordo com a escolha do público - crowdbooking (o verbo “book”, em inglês, quer dizer “agendar”). As salas de cinema, condicionadas a trabalhar no modelo dominante de oferecer as produções já em cartaz, com horários predefinidos, demoraram para entender. Era início de 2009 e Lima queria fazer o primeiro crowdbooking: a exibição de “Iron Maiden - Flight 666”, documentário sobre a banda inglesa de heavy metal O resultado da experiência seria crucial. “Precisávamos mostrar que existia público para assistir ao Iron Maiden no cinema. Começamos vendendo em 13 salas e, no dia da exibição, eram 103. Um marco.” Todo esse processo, de detectar a demanda a vender os ingressos, acontece no Mobz.

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com.br - e, até o final do ano, também estará em aplicativos para celular. O sistema de vendas, aliás, foi desenvolvido pela própria empresa, o que garante uma compra sem as inconvenientes taxas de conveniência. Ao público, basta se cadastrar, votar no que deseja ver e torcer por um volume suficiente para o voto deixar de ser desejo e virar um programa. SAI O ‘MOVIE’ Na mesma época da exibição de “Flight 666”, a Mobz tinha acabado de fechar um contrato com o Metropolitan Opera de Nova York para exibir - ao vivo, via satélite ou em gravações em alta definição - as montagens de sua consagrada programação. Mas a ideia não era vender a exibição de filmes? Não só. E isso explica porque “movie” saiu do nome da empresa. Mobz vem de mobilização, e o conceito pode se aplicar a diferentes eventos. Shows, óperas, balés, jogos de futebol e filmes do portfólio da Hollywood Classics - que reúne clássicos de todos os grandes estúdios - são conteúdos que a Mobz já oferece. E, entre os projetos engatilhados, ainda há peças de teatro ao vivo (para 2011) e sessões de videogame (ainda sem previsão).

Foto_FILIPE ARAÚJO/AGÊNCIA ESTADO/AE

mercado_

O movimento é minhas inspiração

Por_Marcelo Lima

(AE) - O que faz de um produto um objeto de desejo? Queridinho de nove entre dez estrelas, o carioca Antonio Bernardo conhece bem a resposta. Ao menos no que se refere ao desenho de joias. De forte rigor geométrico e acentuada sensualidade, nos últimos anos, seu trabalho tem se aproximado com incomum intimidade da arquitetura e do design. Tanto, que ele acaba de assinar, em parceria com Fernando Prado, da Lumini, um dos produtos mais aclamados da primeira edição do Salão Design São Paulo: o pendente 360°, de aço inox banhado a ouro, que reproduz em forma de luminária um brinco de mesmo nome, um dos best sellers do designer. Custa R$ 20 mil. “Costumo dizer que o meu design não é elitista e minhas ideias podem ser aplicados de diferentes formas. Por que não em um produto para largo consumo?”, arrisca Bernardo.

A luminária 3608, recém-lançada em parceria com a Lumini; Luminária 360°, do Design Antonio Bernardo.

AE - O que há de particular no design de joias? ANTONIO BERNARDO - É o contato com o corpo, com a pele. O corpo faz muitos movimentos e a pele é frágil. Isso deve estar sempre presente no projeto. Daí o uso do ouro, um metal macio, quente e que ainda não provoca alergias. Ae - Qual é seu processo de criação? ANTONIO BERNARDO - Posso me inspirar tanto em coisas do cotidiano quanto em aspectos específicos nos quais esteja interessado em dado momento. O movimento, por certo, é uma de minhas inspirações. Entender os deslocamentos, pesquisar articulações, estudar força, aceleração e velocidade fazem parte disso. A ideia de ter um conceito em cada trabalho é também algo que persigo. De uma peça crio outra. ESTILO LIVRE

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SUA VIDA Movimentos do balé, da natação e da ioga em uma única atividade

Que tal conquistar a tonicidade propiciada pelo balé, o condicionamento físico da natação, a sensação de relaxamento da ioga e o equilíbrio do tai chi chuan? Sem tempo para tantas modalidades ou tanta energia para praticá-las? Então conheça o gyrotonic, modalidade que integra movimentos de todas essas atividades numa só prática. O nome (lê-se: jairotonic) é estranho, mas resume as principais propriedades desse condicionamento físico: gyro, de giro, e tonic, de tônus. Criado pelo ex-bailarino romeno Juliu Horvath nos anos 1970, o método ajuda a corrigir a postura, tonifica músculos, afina a silhueta e ainda combate o estresse. A bailarina carioca Rita Renha, 48, aprendeu a técnica com o próprio criador, em 1993, em Nova York. Desde então, virou praticante. “Os benefícios são múltiplos. É uma modalidade que une corpo e mente”, diz Rita. “Trata-se de uma proposta terapêutica, de prevenir e tratar lesões.” À primeira vista, o conjunto de aparelhos remete a um tipo de tortura medieval, mas as benesses superam qualquer medo. Manivelas, roldanas, polias e tiras de couro possibilitam uma vasta gama de movimentos, e o “estica e puxa” lembra o pilates, modalidade que caiu no gosto dos brasileiros. “O método se baseia em movimentos de rotação e torção. O corpo alcança sua máxima mobilidade. É mais completo”, diz Rita. A academia que se cuide Quando o romeno Horvath criou a técnica,

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nos anos 1970, para recuperar-se de uma lesão no tendão de Aquiles, o exercício atraía atletas que buscavam reabilitação. “Ele foi adaptando os movimentos para que qualquer um pudesse praticar, e a técnica se popularizou”, conta Rita, que de volta ao Brasil abriu um estúdio e desde então formou cerca de 500 instrutores, entre médicos, fisioterapeutas e professores de educação física. Recente no Brasil, o gyrotonic atrai quem procura alternativa à academia convencional e caiu no gosto de celebridades famosas pelo culto ao corpo. Segundo especialistas, o método ajuda a eliminar gorduras, mas o objetivo não é o emagrecimento. “Como ele fortalece os músculos, a gordurinha perde lugar. É uma consequência boa”, diz Rita. Roberta Quinn, 37, proprietária de um estúdio especializado em gyrotonic no Itaim, zona oeste de São Paulo, também aprendeu o método em NY. “O gyrotonic fortalece os ligamentos e aumenta o espaço entre as vértebras. Isso equilibra a estrutura óssea”, diz Roberta, que também é professora de ioga. Ela ressalta que a atividade é recomendada para corrigir a postura e prevenir lesões. “Os exercícios respeitam o limite do corpo, e valem para qualquer idade. Atendo atletas, mas já tirei a muleta de uma senhora de 75 anos”, orgulha-se. Para alcançar os benefícios, é preciso disciplina. São indicadas duas sessões por semana; cada aula de 1 hora pode custar entre R$ 80 e R$ 150 (individual ou em grupo). “Resultados aparecem em seis meses. Mas a sensação antiestresse vem bem antes”, afirma Roberta Quinn. ESTILO LIVRE

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celular pode afetar a saúde Por_Carla Peralva

(AE) - A epidemiologista americana Devra Davis, criadora do grupo Environmental Health Trust, que passou quatro anos estudando a relação da radiação do celular com o câncer cerebral, é enfática: “Eu acredito que os celulares realmente causam câncer. Acho que, se esperarmos pela prova absoluta para agirmos, eu estarei morta e o mundo estará enfrentando uma epidemia global. Temos três ou quatro anos para agir e alertar as pessoas”. Para Adilza Dode, engenheira da Universidade Federal de Minas Gerais, não é preciso esperar mais para perceber os efeitos da radiação na saúde humana: “A saúde pública já foi afetada e já estamos vivendo uma pandemia de câncer há pelo menos dois anos. O aumento de exposição aos campos magnéticos foi a grande mudança ambiental que aconteceu desde então”. E outros problemas podem estar relacionados à longa exposição a campos eletromagnéticos: enfraquecimento do esperma na caso de homens que levam o aparelho no bolso da calça, alteração do líquido amniótico em mulheres grávidas, quebra ou mutação da molécula de DNA, surgimento de tumores benignos em nervos cranianos no canal auditivo e alteração da barreira hematoencefálica, uma membrana

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que protege os neurônios. O neurocirurgião Paulo Issamu Sanematsu, do Hospital do Câncer, em São Paulo, discorda. Segundo ele, não há provas científicas conclusivas que relacionem radiação e câncer. Nem mesmo pessoas que já apresentam tumores recebem a recomendação de evitar falar ao celular ou frequentar ambientes urbanos com grande concentração de antenas transmissoras. Segundo Devra, o problema todo é a distância - entre o celular e o cérebro do usuário e entre as antenas e os locais onde as pessoas passam grande parte do seu dia. Afastando as fontes emissoras das pessoas, o perigo diminuiria significativamente. Om Gandhi, presidente do Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade de Utah, estuda a relação entre a força do campo elétrico e a distância entre a fonte e o receptor. De acordo com seus estudos, a cada centímetro que o celular é afastado da cabeça, a absorção de radiação diminui entre 10% e 12%. Assim, apenas usando um fone de ouvido ou a função viva-voz, o risco de desenvolver doenças relacionadas à exposição ao campo magnético cai para patamares mínimos. ESTILO LIVRE

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LITERATURA_

Viagem literária

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(AE) - Cidades não são apenas cenário em várias obras literárias. Mais que o ambiente onde se desenrola a trama, são transformadas em personagem. Descritas em detalhes, interferem nos rumos da história e deixam o leitor com água na boca para conhecê-las ao vivo. Por_equipe ae 01

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“O Livro de Praga” Detalhes: Todas as histórias da obra de Sérgio Sant’Anna são contadas pelo narrador Antônio Fernandes. Em comum, as histórias têm também o cenário: a capital checa. A temática traz percepções filosóficas sobre o movimento humano, a ocupação dos espaços e até experiências metafísicas - tantas que levam o personagem a ser notificado pelo governo a deixar o país. 2011 • Preço: R$ 37,50 Editora: Companhia das Letras

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“Travessuras da Menina Má” Detalhes: A obra de Mario Vargas Llosa conta uma história de separações e reencontros entre Ricardo Samocurcio e Lily ao longo de 40 anos. Os dois se conhecem em Lima, no Peru, mas depois vivem na França, em Cuba, na Inglaterra e Espanha. Além do romance central, a narrativa utiliza os momentos sociais e políticos de cada cidade para contextualizar a história. 2006 • Preço: R$ 47,90 Editora: Alfaguara

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“Conversa na Sicília” Detalhes: Depois de morar durante 15 anos no norte da Itália, Silvestro decide voltar à Sicília, sua terra natal. Tanto na viagem de volta quanto no período depois que chega, as paisagens, cheiros e diferenças entre o modo de ser das pessoas o ajudam a traçar a geografia siciliana e retratar a infância do protagonista. O leitor é transportado pelas ruelas da Sicília, tamanha a precisão da narrativa de Elio Vittorini. 1941 • Preço: R$ 59 Editora: Cosac Naify

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Carol - Cristiano Neto - Mariana Mariana - Cecília - Eduardo Jaqueline - Maria Eduarda - João Léo - Josiane Mislene - Marcelo Flávio - Ariane ESTILO LIVRE

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Dra.

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Tenho rugas em volta dos olhos, e da boca. A pele do meu pescoço está enrugada e flácida, de repente envelheci. Há algo que possa fazer sem passar por uma cirurgia? Ouvi dizer que um método chamado Peeling de Fenol “Light” pode acabar com rugas, flacidez de pele, manchas e devolver o tônus da juventude. Isso é verdade? Marina Silva (Cândido Mota)

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Fernanda - Guilherme Eliane - Armando Poliana - Henrique Mariana - Antônio Paulo

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O que é o Fenol? Cara Marina, o fenol é uma substância que foi desenvolvida em meados do século XIX, aproximadamente em 1850, para uso degermante. Por não existir antibiótico naquela época, desenvolveram uma solução de fenol a 10% com álcool que impedia que organismos infectantes se proliferassem. Essa solução era muito usada na assepsia de ferimentos de guerra, evitando infecções posteriores. Os cirurgiões começaram a notar que as pessoas que foram tratadas com a solução de Fenol tiveram sua pele rejuvenescida além de ter a infecção amenizada. Em outras palavras, descobriram o efeito rejuvenescedor do fenol. O Peeling de Fenol “Light” – como funciona? O maior desafio era estabilizar o fenol e o Dr. Kacowicz, químico e médico anestesiologista – levou cerca de vinte anos para conseguir desenvolver o peeling de fenol light que é autolimitante e menos agressivo: ele vai até a camada da pele que o profissional deseja atingir. Entretanto, ele somente pode ser aplicado em pessoas com fototipo (cor da pele) de I a III (peles claras) e por profissionais habilitados. Qual o resultado esperado? Com maior penetração nos tecidos, por ser feito com um ácido consideravelmente forte, o resultado do peeling de fenol é muito satis-

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Dra. Carla GANASSIN fatório, tendo em vista que nenhuma outra substância entre as utilizadas em peelings atualmente, alcança resultados tão bons. Não é cirurgia, e, sim, procedimento, que não exige cortes, nem pontos, não gera cicatrizes e é praticamente indolor. Para quem é indicado o Peeling de Fenol? Inicialmente, a melhor indicação do peeling de fenol é para quem deseja ter a pele da face rejuvenescida. Mas ele não é só indicado para rugas. O peeling de fenol além de remover rugas superficiais e profundas, remove sardas, manchas de sol, sequelas da acne, entre outras imperfeições. Marina, com as recentes pesquisas e os novos métodos, o peeling de fenol tornou-se um procedimento médico mais simples, capaz de devolver a peles castigadas e marcadas pelo tempo, a firmeza, o tônus e o viço da juventude, evitando o uso de procedimentos – como as constantes aplicações de toxina botulínica ou preenchimentos com ácido hialurônico, entre outros - e adiando a cirurgia plástica por alguns anos. Consulte o seu Dermatologista a respeito. ESTILO LIVRE

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Pai em tempo integral

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Por_EQUIPE el

Basta entrar no escritório do advogado Luiz Ângelo Pipolo para perceber que o seu trabalho vai muito além do Direito Tributário, Empresarial e Processual Civil. Em meio às pilhas de processos, ele sempre encontra tempo para exercer sua principal função: a de pai. Zanzo, como é mais conhecido, confessa: não se desliga de seus três filhos de maneira alguma. Ele revela que, mesmo durante o trabalho, fala com todos eles pelo telefone e mantém o carinho e amizade que acredita ser fundamental para o sucesso do bom relacionamento com os filhos. Zanzo e sua esposa, Ani Rammert, procuram fazer com que os filhos fiquem o mais próximo possível deles, levando seus amigos para dentro de casa, e cultivando um relacionamento aberto e de amizade que lhes permita uma confiança mútua entre pais e filhos. As “crianças”, que já nem são mais tão crianças assim, Gabriel está com 16 anos, Luca com 13 e Laura, a caçula, com 10, demonstram que a receita dos pais para o bom relacionamento funciona: o respeito às regras da casa é seguido à risca. Uma das principais ordens do pai é para que eles sempre estejam com o celular. Além disso, segundo Zanzo, ninguém em casa dorme antes de dar um beijo de boa noite nos pais. A frase mágica “eu te amo” também é usada por todos na família sem nenhum tipo de dificuldade, revelando o relacionamento aberto e de amor e carinho que os cinco mem-

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bros da casa demonstram uns pelos outros. “Ser pai é a conquista da plenitude do maior dos sentimentos”, afirma o advogado, que faz questão de deixar bem claro seu amor incondicional pelos filhos. Segundo Zanzo, depois de ser pai, a vida muda completamente. Ele revela que a partir desse momento passa-se a pensar sempre primeiro nos filhos e as preocupações tornam-se constantes. Sua receita de sucesso na criação dos três filhos é mantê-los próximos, demonstrar amor, atenção e carinho e ensiná-los os caminhos pelos quais devem andar. Dessa forma, o advogado destaca a necessidade de ensinar a religião que a família segue aos filhos e envolvê-los em suas atividades. E é isso que eles vêm fazendo como parte da Comunidade Restauração. Zanzo e Ani sempre levam os filhos com eles às atividades promovidas pela Restauração e revelam que todos participam dos acampamentos educativos da Comunidade; o mais velho já está até ajudando nos trabalhos dos acampamentos. Entre os bons exemplos dados pelos pais, é claro que persistem as preocupação com a paixão do Luca pelo skate ou com o intercâmbio do Gabriel para a Alemanha no ano que vem, no entanto, certos de que têm feito o seu melhor na educação dos filhos, o casal comemora a maneira como os três demonstram que toda essa atenção lhes permitiu a formação de jovens conscientes do certo e do errado.

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Daniela - Marcelo Bruna - Tiburcio Sandra Natatcha - Otávio - Marcos

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Daniele - Lucca - Alexandre - Tomás Dayvis - Vivian Fernando - Furlaneto Camila - Luciana

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Sites e blogs para inspirações gastronômicas

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Por_FMarina Pereira – chef do restaurante Tom

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Às vezes a inspiração parece que não vem: seja para comentar algo no facebook, escrever um texto, uma carta de amor, postar algo no twitter, escrever um cartão de aniversário ou para fazer um jantarzinho gostoso para os amigos... Nessas horas, quando parece que nada do que você tem em casa ou nada que esteja nas gôndolas do supermercado parece te agradar e oferecer aquela sensação “é isso!” sempre recorro à internet. Claro que revistas especializadas em gastronomia e livros são sempre bem-vindos. Porém, estar a um click do mundo gastronômico, acessando sites de restaurantes, blogs e receitas, parece entusiasmar mais! Aqui, então, algumas dicas de sites que podem te ajudar a fazer um jantar para o seu amor, os amigos, seus filhos... Vale a pena conferir!

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Rogério - Sorhaya Dionísio - Ana Vinícius - Ovídio Luis Fernando - Andréia Marcia - Douglas Ana Paula - Marcelo Makelly - Antônio Henrique Luciana - Daniela

Panelinha: www.panelinha.com.br Rita Lobo, a editora deste site, foi modelo na década de 1990. Durante o período de quatro anos percorreu o mundo como modelo, interessou-se pela culinária, e há 10 anos ela começou o site Panelinha. Nesta página, além de receitas e dicas do mundo gastronômico e da “cozinha verde”, você encontra, também, o blog da Rita Lobo e da nutricionista Márcia Daskal. Rita Lobo já publicou livros como o Cozinha de Estar. Rainhas do Lar: www.rainhasdolar.com.br Aqui duas amigas começaram um “blog de comida”, como elas mesmas se referem

ao Rainhas do Lar. Com o tempo, mais quatro mulheres passaram a fazer participações especiais. O site, que começou em 2005, teve sua última atualização em fevereiro de 2011. Mas ainda é possível ver as receitas, dicas de nutrição e sugestão de lugares a serem visitados. Oba gastronomia: www.obagastronomia.com.br Podemos encontrar no Oba Gastronomia um pouco de tudo: receitas, dicas de restaurantes, bebidas, músicas, diversos colunistas que escrevem sobre cupcakes, azeites, crônicas gastronômicas, notícias sobre esse meio. Carlota: www.carlota.com.br È possível encontrar o blog da chef gaúcha Carla Pernabuco, os pratos disponíveis no restaurante Carlota, a história dessa simpática chef, seus livros, menus para banquetes, fotos de suas viagens. Em breve estará disponível a página do novo empreendimento de Carla, o Las Chicas. Panelaterapia: www.panelaterapia.com.br O site possui receitas passo-a-passo para café da manhã, para vegetarianos e iniciantes na cozinha. Há sugestões de lanches, bolos, carnes, dicas de como cultivar ervas, livros, vídeos e de outros diversos sites e blogs. Neste espaço, a psicóloga Tatiana faz realmente uma panelaterapia na vida de quem tem paixão por cozinha! A receita do creme de abóbora com toque oriental da Bárbara é uma delícia! ESTILO LIVRE

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01. Ricardo - Lucas - Willian 02. Janaina Duarte 03. Vitória - Bodé - Murilo - Viviane

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Ricardo Aguiar - Cintia Patrícia - Thiago Raphael - Ana Helena Rodrigo - Amanda

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Roberta - Fernando Rafael Marques Márcio - Denise Aline - Renato Alice - Ronaldo Ana Luísa - Danilo Cida - Mí 07

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clientes mais que especiais; muito mais que uma visita Quando a coleção de verão da Carmen Steffens chegar às lojas vai ser uma surpresa! Porém, não será para algumas clientes da loja de Assis. É que elas foram conhecer a fábrica da Carmen Steffens em Franca no dia 06 de julho. Acompanhadas pelos franqueados Delaine Almeida e Junior, as apaixonadas pela grife puderam ver em primeira mão alguns dos sapatos e bolsas que estarão na próxima coleção. Na chegada, foram recepcionadas pelos diretores da marca, Mário Spaniol e

sua esposa Monalisa, e a equipe de marketing da marca. Num clima muito descontraído conheceram de pertinho as instalações da fábrica e toda a produção de sapatos e bolsas. Ao final da visita foi oferecido um coffee break para as clientes, quando foram sorteadas cinco bolsas da marca. Além disso, houve uma festa surpresa para duas clientes que aniversariavam no dia e de presente ganharam bolsas Carmen Steffens.


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01. Giovana - Bárbara Manfio 02. Luciano - Letícia 03. Solange - Hidalvo

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04. Marielle - Fábio 05. Letícia - Tatiane - Cristiane 06. Leila - Aretuza

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Sopas fora do óbvio Por_Filipe Fasolin

(AE) - Aproveite o começo do inverno para fazer uma bela sopa! Saia do óbvio, esqueça as versões sem graça e aposte em pratos

De milho e frango desfiado, da Desfrutti INGREDIENTES 1 colher de sopa de margarina ou azeite de oliva; 1 lata de milho verde sem água; 1 peito de frango pequeno ; 1 dente de alho grande; 1,5 l de água; 1 cebola picada; 1 tablete de caldo de galinha; Sal PREPARO Refogue na margarina o peito de frango até dourar. Acrescente o alho, a cebolae o milho e refogue bem. Acrescente a água, o caldo e cozinhe até amolecer o peito de frango. Retire o peito, desfie bem. Bata o restante do caldo com o milho no liquidificador. Retorne a mistura para a panela e junte o frango desfiado. Também pode ser acrescentado macarrão aletria e cheiro verde picado. Sirva com queijo ralado polvilhado.

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diferentes, como um creme de alho poró ou o exótico mexicano pozole.

De quatro queijos, da padaria Benjamin Abrahão INGREDIENTES 1 xícara de chá de queijo parmesão ralado; 1 xícara de chá de queijo prato; 1 xícara de chá de queijo mussarela; 1 xícara de chá de queijo provolone ralado; 1 xícara de chá de farinha de trigo; 4 xícaras de chá de leite; 1 cebola média; 2 dentes de alho; 100 g de manteiga; Cebolinha picada PREPARO Refogue a cebola e o alho na manteiga. Acrescente uma xícara de leite, a farinha e os queijos provolone e parmesão. Retire do fogo e bata no liquidificador com o restante do leite. Leve a mistura ao fogo por mais alguns minutos, sempre mexendo até virar uma mistura homogênea. Desligue o fogo. Coloque o queijo prato, o queijo mussarela e a cebolinha, mexa bem e sirva imediatamente.

CIRCUITO

VALE EUROPEU DE CICLOTURISMO Nos dias 20, 21 e 22 de julho, três profissionais de Assis, amigos que têm em comum a prática do mountain-bike, decidiram encarar um grande desafio: pedalar mais de 300 km em uma região belíssima do interior do estado de Santa Catarina, denominada Vale Europeu. A aventura foi encarada pelo dentista Tony Braga, pelo professor Tuco e pelo bombeiro Márcio Ricieri. Segundo eles, este é o primeiro roteiro no Brasil planejado especialmente para ser percorrido de bicicleta, com trajeto que prioriza as estradinhas de terra mais bonitas e tranqüilas. O passeio é tão organizado que, antes de iniciar o circuito, os ciclistas receberam um passaporte para ser carimbado nas cidades pelas quais passariam, entre elas Timbó, Rio dos Cedros, Pomerode, Indaial, Ascurra, Rodeio, Dr. Pedrinho, Alto Cedros, Palmeiras e Benedito Novo, e, ao final do percurso, ganharam um certificado que atesta sua conclusão. Tony Braga conta que as trilhas acompanham os vales dos rios, atravessando pequenas pontes, ao som suave de quedas d’aguas e corredeiras. “Aos poucos o relevo vai se alterando, tornando-se mais íngreme. Subindo a serra, surgem gigantescas cachoeiras e lindas represas”, revela. Conforme o ciclista, a região foi colonizada pelos imigrantes alemães e italianos, e por isso preserva sua cultura, com destaque para a culinária e a arquitetura destes povos. A maioria das casas é construída em estilo enxaimel, típico da Europa. São pequenas propriedades familiares, onde se observa, durante o passeio, a lida diária com a terra, destacando-se a plantação de aveia, a criação de cabras, bois e marrecos. Após a conclusão da jornada, os amigos Tony, Tuco e Ricieri escolheram um típico restaurante alemão para comemorarem o sucesso da viagem. Entre cervejas, salsichão e batatas, já começam a traçar os planos da próxima aventura.

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GASTRONOMIA_

GASTRONOMIA_

Época de

fondue Por_Felipe Fasolin

(AE) - Nada mais apropriado que apreciar um delicioso fondue quando as temperaturas estão mais baixas. Confira algumas sugestões para preparar um dos prato ideais para esta estação.

De queijo, do restaurante Charpentier

De chocolate, do Wraps INGREDIENTES 50 g de chocolate meio amargo; 1 colher de sopa de Nutella; 2 colheres de sopa de banana cortada em rodelas; 2 morangos cortados ao meio; 2 colheres de sopa de abacaxi picado PREPARO Num recipiente, coloque o chocolate meio amargo e a Nutella. Coloque no micro-ondas por 40 segundos ou até que o chocolate derreta. Misture os ingredientes derretidos. Numa taça, coloque as frutas e, por cima, jogue o chocolate derretido ainda quente. Sirva na hora.

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INGREDIENTES 200 g de queijo gruyère; 100 ml de vinho branco; 100 ml de creme de queijo; Pimenta calabresa; 80 g de camarão rosa (4 peças); 4 batatas médias assadas; 8 pimentas biquinho; 300 g de pão em cubos PREPARO Esfregue um dente de alho numa panela apropriada e acrescente o vinho. Deixe ferver e acrescente o queijo para derreter. Adicione o creme de leite mexendo até obter a consistência desejada. Acrescente a pimenta calabresa e os camarões crus fatiados em rodelas. Separe dois camarões inteiros e grelhe. Ferva por 3 minutos.

De brie com geleia de damasco, do Colette

De chocolate com Amarula

INGREDIENTES 125 g de queijo Brie; 20 g de geleia de damasco; 10 g de damasco picado; 10 g de pistache torrado; 20 ml de vinho branco; Torradas

INGREDIENTES 400 g de chocolate meio amargo; 20 ml de suco de laranja; 60 ml de licor Amarula; 200 ml de leite; Raspas de casca de laranja; Frutas em cubos

PREPARO Corte o queijo ao meio. Recheie com a geleia de damasco e coloque alguns pedaços de pistache, cubra com a parte superior do queijo e coloque numa fôrma. Sobre o queijo, coloque o vinho branco e mais uma camada da geleia de damasco. Leve ao forno a 180 ºC por 15 minutos. Retire e salpique o pistache sobre a geleia.

PREPARO Corte o chocolate em pedaços e derreta-o em banho-maria. Adicione o suco de laranja. Acrescente o leite. Coloque as raspas da casca de laranja. Por fim, ponha o Amarula. Misture tudo em fogo baixo.

MONTAGEM Leve à mesa e enfeite a vasilha com os camarões inteiros. Sirva acompanhado dos pães em cubo e das batatas assadas com as pimentas.

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TEATRO_

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leva amigos ao palco Por_Aline Nunes

(AE) - Aos 13 anos, Miguel Falabella, que hoje tem 54 anos, já sabia que queria trabalhar com artes, atuando ou dirigindo. Mas na dúvida se o sonho realmente seria realizado, assim que chegou aos 18 anos foi estudar Letras na Universidade Federal do Rio de Janeiro. E quanto mais ocupava sua insônia com literatura, mais via seu futuro nos bastidores do mundo artístico. Shakespeare, Maquiavel, Oscar Wilde sempre o acompanhavam. Mas um escritor em especial o deixava em transe - o irlandês Richard Sheridan (17511816). Assim que o texto “A Escola do Escândalo”, um escrito de Sheridan do século 18, lhe caiu nas mãos, Falabella começou a adaptar a obra. A cada noite, entre novelas, peças, “Sai de Baixo” (1996 a 2002) e outros trabalhos, um corte. E depois de 36 anos de namoro com a obra, ele mostra no palco do teatro paulista Raul Cortez a capacidade do ser humano de fazer intriga. Com um elenco de amigos: Maria Padilha, Tonico Pereira, Bruno Garcia Jacqueline Laurence e outros. “Vai ser difícil alguém não se identificar. Afinal, a maledicência faz parte do ser humano”, diz Falabella, diretor e também responsável pela tradução e adaptação do espetáculo. A história se passa no século 18. As roupas, a maquiagem e os acessórios condizem com o

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período. “Tudo bem espalhafatoso e de uma plástica belíssima”, destaca Falabella. Mas a temática, apesar da distância cronológica, é atual. Rosália (Maria Padilha), uma roceira, acostumada com o mundo pacato do campo, se casa com o ricaço Pedro Atiça (Tonico Pereira) e delira com as mordomias da alta sociedade. Sua ocupação? Gastar o dinheiro do marido, falar mal dos outros e se deleitar entre os drinques da realeza. “Ela é reflexo das mulheres loucas que ficam lotando os cartões dos maridos com bolsas e sapatos da Oscar Freire”, compara Falabella. Mas na realeza de Sheridan, a camponesa Rosália não é a única que compartilha desse caráter. “Ninguém trabalha no grupo. Eles passam o dia bebendo, se drogando”, diz Maria Padilha. “Uma palavra dita, uma reputação morta” - é a frase que o diretor usa para definir o comportamento dessa burguesia inglesa.

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Thaisa - Caio Rosely - Ricardo Maria Eduarda - Alina - Rodrigo Diego - Gabriel - Vilma Carol - Marcelo - Cacau

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SERVIÇO “A Escola do Escândalo” - Teatro Raul Cortez - Rua Doutor Plínio Barreto, 285. Telefone: (11) 3254-1700. Até 18/9. Sexta às 21h30; sábado às 21h. Domingo às 18h. Ingresso: R$ 80.

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01. Michelly - Gustavo 02. Jader - Camila - Ana Livia 03. Diogo - Josiane 04

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04. Janaina - Rafael 05. Portela - Cleomines - Bareta - Sidney

Maisa - Leandro Valdecir - Edna Marna - Joaquim Rafael - Thaisa

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Lúcio Mauro Filho está em cartaz na peça “Clichê”, Teatro Folha do Shopping Pátio Higienópolis, zona oeste da capital paulista.

Foto_GUGA MELGAR/DIVULGAÇÃO/AE

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Lucio Mauro Filho explica a origem de clichês em monólogo Por_Aline Nunes

(AE) - Nunca Lucio Mauro Filho achou que suas andanças em família - a mulher, Cíntia, e os filhos, Bento e Luíza - pela Cordilheira dos Andes, Chapada Diamantina e Serra do Cipó fossem ser tão úteis para o seu trabalho. Manter a respiração em ritmo contínuo é só um dos pré-requisitos para ele estrelar o seu primeiro monólogo, “Clichê”, em cartaz no Teatro Folha, em São Paulo. Em 65 minutos de espetáculo, o comediante do seriado “A Grande Família”, da Globo, faz piada e explica a origem de mais de 600 tipos de clichês. “É um trabalho quase atlético. Mas eu procurei isso”, diz. Em setembro do ano passado, o autor Marcelo Pedreira enviou um e-mail para Lucio Filho, pedindo a opinião dele sobre o tema. A mensagem, aliás, já era um convite para Lucio dirigir a peça. A história do homem que sofre de urticária toda vez que escuta um clichê chamou a atenção do humorista e, em vez de dirigir, ele quis atuar. Marcelo concordou. E sem incentivo fiscal, os dois deram início ao projeto. Da leitura de texto à estreia - no Rio, em janeiro -, se passaram 3 meses. “Entrei num negócio frenético”. No espetáculo, Lu-

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cio Filho fala quase que sem parar, nem para beber um gole d’água. O ator relembra clichês desde “cheio de 9 horas” a “cor de burro quando foge”. “Tem coisas que as pessoas esqueceram a origem, mas vivem repetindo. Na peça, a gente brinca com isso”. RITMO FRENÉTICO Para não perder o fôlego entre uma piada e outra, antes de cada apresentação o artista aquece a voz durante 30 minutos. E, na medida do possível, faz sequências de relaxamento. “Eu acabo a peça e sempre vem alguém perguntar como eu falo tudo aquilo tão rápido”, conta.

SERVIÇO “Clichê” Teatro Folha - Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618. Telefone:(11) 3823-2323. Até 28/8. Sexta às 21h30; sábado às 22h; Domingo às 20h. Ingresso: R$ 40 a R$ 50. 12 anos.

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MÚSICA_

CULINÁRIA_

oS FOLKS DO Filho de Renato Teixeira Por_Fernanda Brambilla

(AE) - Rodas animadas de viola embalaram a infância de Chico Teixeira. E hoje, homem feito, ele segue a trilha da carreira do pai, Renato Teixeira, um dos grandes nomes da música caipira. Lançando seu CD de estreia, “Mais que o viajante” (Ape Music), Chico, 31 anos, trocou a agitação da cidade pelo refúgio da serra da Cantareira. É onde compõe músicas que ele espera que transportem gente da cidade para o campo e onde cria o filho, Antonio, 5 anos.

AE - Não pensa em morar em SP? CHICO TEIXEIRA - Não. Não abro mão do meu lugar nunca mais. Acho fundamental ter tranquilidade. Moro numa floresta urbana. AE - Então não gosta do movimento? CHICO TEIXEIRA - Não é isso. São Paulo é uma cidade fantástica. Mas o dia-a-dia é muito sofrido. Às 17h, no trânsito?

AE - Pode-se dizer que você vive refugiado?

Os segredos da massa Por_equipe el

AE - E o que te faz sair de casa, então? CHICO TEIXEIRA - A gente se mudou para a serra da Cantareira em 1984, para uma casa que era da Elis Regina. Ficamos lá um bom tempo. AE - Além do legado do seu pai, o ambiente moldou sua formação? CHICO TEIXEIRA - Não foi só meu pai que me levou para a música. Minha mãe é pianista clássica. Quando eu era menino, ela estudava seis horas por dia. E eu ficava escutando. E, claro, Almir Sater, Zé Geraldo e muitos outros vinham tocar em casa.

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CHICO TEIXEIRA - Ah um bom show. E também levar minha mulher pra passear um pouco, né? Senão ela reclama. AE - Isso tem a ver com sua música? CHICO TEIXEIRA - Acredito que sim. O folk é a música que vem do campo para a cidade, e vem para tocar as pessoas da cidade. Não é pretensão minha, mas eu me identifico com isso, com uma música que possa tocar, quem sabe mudar a vida de alguém.

Quem resiste a um prato de massa - pode ser de qualquer tipo - com um belo molho de tomate? Prática e fácil de fazer, as massas, sejam de macarrão, lasanha, pizza, ou as mais requintadas, chegaram ao Brasil com os imigrantes italianos e literalmente caíram no gosto dos brasileiros. As combinações hoje são muitas, e, justamente por essa enorme possibilidade de mistura de ingredientes e molhos, e pela facilidade de preparo, não é nem um pouco exagero dizer que dificilmente há quem não tenha uma massa sempre à postos na cozinha de casa. E foi justamente devido à paixão do brasileiro por este prato tradicionalmente italiano que levou a assisense Adriana Petcov a transformar a venda de massas caseiras em pequena escala em um negócio, que, hoje, rende 50 quilos de massa por semana: a Casa da Massa. O segredo para o sucesso, segundo ela, é o cuidado no preparo de todos os tipos de massas oferecidas no local, que recebem sempre ingredientes de alta qualidade. Além disso, Petcov confessa: “o processo artesanal para a criação das massas, que são passadas em um cilindro bastante antigo e manual,

dão o toque especial ao produto”. Adriana começou a fabricar as massas há sete anos, quando voltou para Assis, comprou um Buffet e sentia dificuldade de encontrar massas com a qualidade que queria para servir aos seus clientes. A empresária desenvolveu uma massa leve, com recheios de qualidade, em diferentes formatos, deixando-as mais requintadas, e não demorou muito para que o sucesso começasse literalmente a lhe bater na porta, ou melhor, na porta da casa de seus pais, onde morava na época. A procura era tanta que foi necessário encontrar um ponto comercial para instalar seu negócio. Assim surgiu a Casa da Massa, na rua André Perine, número 199. Os clientes fieis compram as massas de Adriana toda semana e a procuram justamente pela qualidade e por terem à disposição no local sempre produtos fresquinhos. A produção é semanal. São diversos tipos de massa, mas as mais pedidas são a trouxinha e o sofiatelli. Os recheios vão de acordo com o gosto do freguês. Se a Casa da Massa não oferecer a opção desejada, é possível preparar a massa com o recheio sugerido pelo cliente. ESTILO LIVRE

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MÚSICA_

MÚSICA_

Banda Legião Urbana, com Renato Russo, Dado Villas-Boas, Marcelo Bonfá e Renato Rocha

Por_Felipe Branco Cruz

(AE) - A divulgação de um clipe em que os atores Wagner Moura e Alinne Moraes cantam na íntegra “Tempo Perdido” é mais uma entre tantas provas de que a banda Legião Urbana, que acabou há 15 anos (em 1996), não só continua viva como parece estar ganhando ainda mais força no cenário musical. O vídeo faz parte do material de divulgação do filme “O Homem do Futuro”, de Cláudio Torres, com estreia prevista para 2 de setembro. No dia 12 de junho, Dia dos Namorados, a operadora de telefonia Vivo divulgou um clipe da música “Eduardo e Mônica”, realizado especialmente para a ocasião. O vídeo teve produção

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Foto_FLáVIO COLKER/ARQUIVO/DIVULGAÇÃO/AE

sobrevive 15 anos após fim da banda

filmagens terminarão em julho. O gerente de web e mídia social da Vivo, João Bell, de 40 anos, viveu o auge do Legião. Quando o recente clipe de “Eduardo e Mônica” foi divulgado, ele teve uma surpresa. Sua sobrinha de 16 anos o procurou dizendo que tinha descoberto a banda depois de ver o comercial. “O Eduardo da música tem 16 anos. Pensamos se a canção não estaria datada, já que foi lançada há 25 anos. Como os jovens a receberiam? O Legião ainda fala com todas as idades porque as letras tratam de amor de uma forma sincera”, avalia Bell.

Foto_JULIA SCHMIDT/DIVULGAÇÃO/AE

Legião Urbana

da novela das 9 da Globo, “Insensato Coração”, colocando a banda ainda mais em evidência. No fim do ano passado, toda a discografia do Legião foi relançada, remasterizada e em vinil. Para completar, os filmes “Vips” (2010), de Toniko Melo, e “Meu Nome Não é Johnny” (2008), de Mauro Lima, também tiveram músicas da banda incluídas na trilha sonora. Numa busca rápida no YouTube, o internauta também encontra vários vídeos de pessoas que incluíram o som do Legião em produções caseiras. Segundo a gravadora EMI, a banda originária de Brasília já vendeu 17 milhões de discos até hoje. Todos os anos, uma média de 250 mil cópias de seus álbuns são consumidas, isso apesar de a última produção do Legião, “Como é que se Diz Eu Te Amo”, ter sido lançada há dez anos, em 2001, a partir do show ao vivo realizado em 1994. “Esse movimento é espontâneo. Não planejamos isso”, diz Dado Villa-Lobos, ex-guitarrista da banda. “Uma história como a do ‘Faroeste Caboclo’, mostrando as mazelas desse Brasilzão, ou uma história de amor tão forte quanto a de ‘Eduardo e Mônica’, são atemporais. Por isso sobrevivem até hoje”, analisa. O guitarrista conta que, no Dia dos Namorados, recebeu em casa um misterioso DVD. Era o videoclipe da música feito pela Vivo. “Eu me emocionei, de verdade. Voltou tudo que fizemos naquela época, principalmente porque essa foi uma música para a qual não produzimos um clipe oficial.” O filho de Dado, Nicolau Villa-Lobos, de 23 anos, estudante de cinema na PUC do Rio, fará ponta no longa “Somos Tão Jovens”, interpretando o próprio pai. O filme vai focar a produção musical das bandas do Planalto Central, com especial destaque para Renato Russo. Marcelo Torres, produtor executivo de “Somos Tão Jovens”, acredita que o interesse pelas bandas da década 80 permanece porque não apareceu nada melhor. “Cite uma boa banda de rock surgida nos últimos anos. Não tem”, afirma. O longa tem orçamento de R$ 6 milhões e as

Nicolau Villa-Lobos, filho do baterista do Legião Urbana, Dado Villa-Lobos. O garoto fará uma ponta no filme “Somos Tão Jovens”, que contará a vida de Renato Russo. O garoto interpretará o pai no filme.

da O2 Filmes, de Fernando Meirelles. Esta, no entanto, foi uma entre tantas canções do Legião que nunca tiveram um clipe oficial. Os exemplos dessa recente invasão da banda são inúmeros. Até o fim do ano, será lançado em circuito comercial o longa “Faroeste Caboclo”, com direção de René Sampaio, que conta a história da música homônima. A trajetória de Renato Russo e a história de sua banda também ganharão as telonas. “Somos Tão Jovens”, dirigido por Antônio Carlos da Fontoura, está sendo rodado e será lançado em 2012. Além disso, a música “Que País é Esse” entrou na trilha sonora ESTILO LIVRE

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ARQUITETURA_ TUDO ORGANIZADO

obras arte de

Por_Marina Pauliquevis

(AE) - De mudança de uma casa ampla para um apartamento, o casal levou os móveis preferidos mas fazia questão mesmo de preservar o espaço de destaque para a coleção de obras de arte. Essa foi a principal tarefa da arquiteta Amelia Bratke neste projeto na zona sul de São Paulo. Para dar um certo ar de casa ao imóvel, ela ainda ampliou a varanda original, que agora invade a sala de estar, levando verde e luz natural para o ambiente. Com mesa, cadeiras e bancos, a varanda é um dos espaços mais usados do apartamento, em refeições rápidas ou simplesmente para estar perto das plantas. “Mesmo cercada por prédios, o espaço é bem iluminado e as plantas ajudam a manter a privacidade dos moradores”, diz Amelia. A claridade cai bem no estar moderno montado com sofás pretos, chaise-

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longue Le Corbusier e as telas de Lydia Okumura e Walter Levy. A arquiteta fez outras alterações no apartamento, de 200 m², que privilegiaram a área social e deixaram mais confortável a área íntima. O lavabo comprido e estreito diminuiu, dando espaço para um armário, que também serve como bar, prateleiras de livros e, claro, obras de arte. A cozinha também perdeu área, ocupada agora pela sala de jantar. Os três grandes quartos tiveram o tamanho reduzido e um deles funciona como escritório. Essa mudança ampliou a sala de jantar e permitiu que Amelia criasse mais armários no corredor que leva aos dormitórios e aos banheiros - o antigo foi dividido em dois. Na outra parede do corredor, mais quadros.

Armário é o que não falta neste apartamento. Tudo foi desenhado pela arquiteta, seguindo exatamente a necessidade dos proprietários. Na sala de jantar, por exemplo, o móvel embutido guarda parte da coleção de porcelanas, em cima, nas prateleiras fechadas com portas de vidro, e as toalhas de renda, acomodadas em gavetas estreitas. “Elas ficam enroladas e protegidas por um papel e, assim, não amassam. Estão prontas para serem usadas”, explica Amelia. Aqui e ali, antigos móveis portugueses, herança de família, denunciam a ascendência lusitana da proprietária. Ainda na sala de jantar, uma dessas peças forma interessante par com uma litogravura de Salvador Dalí. Durante a reforma, que levou seis meses, a arquiteta aproveitou vigas de sustentação que não poderiam ser mexidas para criar prateleiras junto do teto para acomodar fotografias, pratos e outros objetos de arte. O mesmo foi feito sobre a porta de vidro da varanda estendida. Graças a esse recurso, algumas paredes estão inteiramente ocupadas. A Reka cuidou da iluminação, que tem trilhos com spots, direcionados para os quadros, e pontos de LED na prateleiras. Do apartamento original foi praticamente todo mantido o piso de peroba rosa - somente alguns tacos tiveram de ser repostos. “Usamos poucos tapetes justamente para destacar o piso, que é muito bonito”, diz Amelia. Mesmo menor que na planta original, a cozinha ficou bastante funcional com a reforma, e ainda está mais bem iluminada. Na obra, ela foi “empurrada” para o que antes era parte da área de serviço, ganhando uma grande janela. Com toda a luz natural que recebe, não pesa o tom escuro escolhido pela arquiteta para os armários, executados pelo marceneiro Sergio Tadeu Machado. Prateleiras e ganchos acomodam outra coleção dos proprietários, a de panelas de cobre. Para aproveitar ao máximo o espaço, Amelia criou dois níveis de trabalho nas bancadas: o normal e um mais alto, estreito, para deixar à mão utensílios ou apoiar temperos e até mesmo uma hortinha em vasos. “É uma boa solução para espaços pequenos.” O mesmo foi feito nos banheiros, evitando suportes pendurados na parede.

Feng Shui no Jardim Como já tivemos a oportunidade de dizer: “O homem está cada vez mais voltado para seu interior”, com isso percebe que tudo que lhe rodeia tem importante significado. Observamos que as pessoas estão mais atentas às sensações que os ambientes lhes causam. O que muitas vezes parece uma simples decoração carrega em si um sentido, uma simbologia adequada. Assim acontece com nossas plantas, nossos jardins ou ainda nossos arranjos florais. Cada uma delas traz consigo uma frequência, e uma vibração, nos transmitindo bem estar ou não. A energia das flores nos proporciona sensações de harmonia, beleza e amor. As flores nos acompanham do nascimento até a morte do corpo. Foi graças a essa energia própria de cada flor que, nos anos 30, o médico Edward Bach, após identificar 38 estados negativos da mente, criou para cada um deles uma essência floral, hoje, mundialmente conhecidas como: Florais de Bach. Seguindo as orientações do Feng Shui é possível criar jardins internos e externos e ou arranjos harmônicos, que favoreçam nosso equilíbrio físico, mental e emocional. Para que entenda: O lado leste da nossa casa (onde nasce o sol) está relacionado com a saúde. O lado leste da sala de estar é local o mais indicado para colocarmos um arranjo com flores coloridas e cheias de vida. Essa não é a imagem da saúde? Assim sendo, as flores funcionam como estímulos nos ambientes, proporcionando-nos sentimentos de gratidão, beleza, alegria, amor, mensagens implícitas nas flores. Enfim, homem e natureza sempre juntos. Esse foi nosso objetivo com a edição 2010 da Mostra de Decoração de Assis, onde participamos pela primeira vez com a harmonização do Feng Shui criando um jardim de ervas aromáticas e medicinais. Namastê, Carla Simões Val

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Foto_ZECA WITTNER/AGÊNCIA ESTADO/AE

ARQUITETURA_

porção

A Designer Elisa Stecca com suas duas filhas, Jade e Luz

decoradora Por_Marcelo Lima

(AE) - Elisa Stecca é formada em Artes Plásticas e Direito. Estudou joalheria - desenho e técnica - e aperfeiçoou-se em estilo no conceituado Studio Berçot, renomada escola de moda em Paris. Como produtora e jornalista, atuou em quase todas as principais revistas de moda do País. Atualmente, faz do design de joias sua principal atividade, mas encontrou tempo para escrever um livro de auto-ajuda. E, entre um bolo de cenoura e outro assados em casa, ainda encontra espaço para exercitar sua porção decoradora. Com renovado prazer, diga-se. “Sou amiga de muitos arquitetos, mas na hora de montar minhas casas nunca me passou pela cabeça recorrer a eles. Pode existir algo mais pessoal que casa? Só eu mesma para dar conta do recado”, afirma a designer, que, atualmente, vive com suas duas filhas, Jade e Luz, em uma típica casa de vila, daquelas com dois andares e quintal, em pleno bairro dos Jardins, em São Paulo, a poucas quadras da agitada Rua Oscar Freire. “Estou aqui há 13 e não tenho planos de me mudar. Talvez porque me sinta em permanente reforma”, diz. Descoberto praticamente ao acaso, o sobrado, com cerca de 150 m², precisou de uma

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intervenção radical. “Estava grávida da minha filha mais velha e com dificuldades de encontrar um imóvel. Vivia na casa da minha mãe, quando, um dia, deparei com esta vila e uma placa de ‘aluga-se’. Marquei a visita, mas por pouco não desisti: o estado de abandono era completo. Trabalhei muito para deixar o local habitável, mas acho que acabei tomando gosto pela coisa. Nunca mais parei”, brinca. Espécie de laboratório de ensaios, tudo em sua casa parece mesmo estar em plena transformação. Atualmente, exibe tons invernais, mas nada garante que vá permanecer assim por muito tempo. Como que exposta a um trocar sem fim de hábitos e estados de espírito, exibe cores inéditas a cada estação. Traz à tona, a cada nova produção, objetos e detalhes por um tempo esquecidos. Fala de bons e maus momentos, mas se apresenta, fundamentalmente, viva. “Quando decoro minhas casas me guio pela intuição e não tenho maiores pudores em improvisar”, afirma Elisa. Improvisos à parte, Elisa recomenda bom senso a quem, como ela, pretende se aprimorar nas artes do bem decorar.

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Conjugar espaços:

solução para o escritório em casa Por_Marina Pauliquevis

(AE) – Mesmo com pouco espaço em casa ou no apartamento, hoje em dia não há quem possa abrir mão de um lugar para o computador, seja para momentos de estudo ou de trabalho. Sendo assim, segunda a arquiteta Daniela Cardoso, do escritório Rocco, Vidal + Arquitetos, a saída tem sido conjugar espaços, montando, por exemplo, o escritório com o home theater. “Já fiz home office até com brinquedoteca.” diz Daniela. “O importante é que essa integração deixe o ambiente o mais usável possível por toda a família.” Outra saída, segundo ela, pode ser embutir computador, impressora e outros acessórios, em móveis, por exemplo, da sala. “Só na hora de usar eles ficam à vista.” Se mandar fazer um móvel sob medida for inviável, peças multiúso são uma boa pedida “Não faltam ofertas de produtos para home office hoje, de móveis a caixas para organizar documentos.” Escolher tons neutros também contribui para manter o ambiente agradável - e cores claras dão sensação de amplitude. Se o espaço for pequeno, deixe cores vibrantes para acessórios ou detalhes de móveis.

A IMPORTÂNCIA DO CONJUNTO ILUMINAÇÃO Se possível, instale a bancada perto de uma janela, mas não deixe o computador contra a abertura, para evitar reflexo. Uma luminária de mesa evita sombras provocadas pela luz de teto e ainda direciona o facho para o ponto de leitura. O DESENHO DA MESA Mantenha equipamentos e acessórios mais usados à mão. Nichos e gaveteiros podem ajudar. Mesas com desenho em ‘C’ ou ‘L’ evitam deslocamentos da cadeira. CONFORTO Uma cadeira confortável facilita o trabalho ou estudo, pode prevenir problemas posturais e, conforme o modelo, ainda deixa o ambiente mais bonito.

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Pequenos consertos

Por_Eleni Trindade

(AE) - Pequenas rachaduras, fissuras ou mofo são mais comuns após o período de chuvas e se estiverem em estágio inicial, podem ser consertados pelo próprio morador. Algumas empresas, inclusive, tiram dúvidas pelo telefone e indicam as melhores soluções para cada situação. “É importante pesquisar qual o produto ideal para a situação e pedir recomendações em lojas especializadas antes da compra”, aconselha Eliene Ventura, gerente técnica da Vedacit/Otto Baumgart. “Por exemplo, para trincas e pequenas fissuras as pinturas impermeáveis são as mais indicadas. No caso de rachaduras maiores, pode-se usar membranas acrílicas. Já se a laje está com a impermeabilização comprometida, o melhor é aplicar membranas asfálticas”, acrescenta ela. No caso de problemas mais extensos, como a umidade que atinge partes estruturais, tais

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como vigas da casa ou o interior do imóvel, é recomendável recorrer ao serviço de profissionais. “Geralmente a impermeabilização de lajes exige cuidados especiais que somente profissionais especializados, como pedreiros, mestres de obras ou engenheiros, têm condições de identificar e reparar”, explica Antonio Calafiori Neto, professor de engenharia civil da Universidade São Judas Tadeu. “E logo que for identificado algum defeito na impermeabilização ele deve ser consertado porque com o tempo a umidade vai subindo pelas paredes e os danos se tornam ainda maiores.” Segundo as fontes consultadas, o preço da mão de obra vai variar de acordo com a técnica utilizada e até a região onde mora o consumidor. Por isso, é necessário pesquisar bastante e pedir indicações antes de contratar um profissional. ESTILO LIVRE

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DECORAÇÃO_

Paredes com textura

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Por_Luciele Velluto

(AE) - Madeira, pedra, vidro, cerâmica, tijolo, papel, tecido, tinta, cimento. Diversas opções para quem deseja sair da parede branca e trazer vida à casa com um detalhe que faz a diferença na decoração do ambiente. “Acabou a decoração apenas com um quadro na parede ou um papel. Hoje, o que se usa é colocar textura nas paredes. Fica chique quando se usa em uma parede toda, mas também é possível fazer detalhes. É uma forma de valorizar a parede”, diz a arquiteta Luciana Tomas. A arquiteta Cris Negreira, do Estúdio On, em São Paulo, sugere três texturas diferentes para a decoração: madeira de demolição, que pode ser usada na montagem de um painel, tijolos pintados de branco, que são uma solução barata e a chita na parede, que traz colorido para a casa. Ela também revela que estas paredes são versáteis porque podem receber um quadro em cima, escultura, móveis diferentes, obje-

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tos, e se modificar. O segredo é mudar o que compõe junto com essa parede”, afirma a arquiteta. A decoradora Katia Perrone, também sugere uma alternativa barata de revestimento de parede, com tijolos de demolição, o que cria um aspecto rústico por dar a aparência de uma superfície descascada. “Usar essas texturas pode ser uma forma de corrigir imperfeições das paredes. Cria uma história para o local, ambienta, e dá um toque envelhecido na decoração, combinando muito bem com móveis antigos.” Além de madeira e tijolos, outras opções são vidro, que pode ser jateado ou colorido e aplicado na parede, pedras, placas de pedras, entre outros materiais. “Não precisa ser a parede principal, desde que não tenha muitos recortes. Pode ser um canto, uma coluna. Pode até criar uma parede nova com drywall. É um investimento decorativo para o ambiente”, aconselha Katia

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01. 02. 03. 04. 05. 06. 07.

Theo - Ana Luiza - Marcelo Paulo - Amanda Jaqueline - Rodrigo Fernanda - Mariana Guilherme - Marcela Luiz - Camila Amanda - Marcus

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ARQUITETURA_

Siga a moda, MAS também o senso Por_EQUIPE AE

(AE) - Investir em um belo banheiro significa usar as tendências a favor da personalidade do proprietário, mas sem aplicar tudo o que está em voga ao mesmo tempo. “Hoje o uso de cores no banheiro, por exemplo, é muito mais democrático, mas isso não significa usar várias simultaneamente”, destaca a designer de interiores Adriana Fontana. “Cores fortes como o vermelho e as cítricas podem ser usadas para dar vida ao ambiente, mas recomenda-se que sejam aplicadas em superfícies pequenas ou só em acessórios para não cansar.”

Quem tem um espaço um pouco maior, pode investir em itens que não são tão comuns no banheiro. “Era comum o homem levar um radinho de pilha para escutar enquanto fazia a barba, mas hoje, com a tecnologia cada vez mais acessível e compacta, é possível instalar som ambiente e até aparelhos de TV no banheiro para atender aos desejos do morador”, explica o arquiteto André Ribeiro. Para esses casos, o arquiteto recomenda a realização de um projeto com profissionais para elaborarem instalações em proporções e

formatos adequados para evitar danos a equipamentos eletrônicos. “O preço e a estrutura exigidos para esse tipo de inovação variam muito, por isso é preciso pesquisar.” A arquiteta Denise Monteiro lembra que como essa parte da casa está se tornando um espaço valorizado, vale a pena investir também no conforto para aproveitar melhor as horas gastas por ali. “O banheiro é o último reduto da intimidade do morador e nos meus projetos muitos clientes têm optado por diminuir a parte molhada do ambiente. Assim, azulejos, pastilhas e pedras como mármore e granito ficam restritas ao box de banho e à pia e o restante do espaço pode ser revestido apenas com pintura ou com materiais como madeira, papel de parede e tecido para deixá-lo aconchegante.” Equipamentos com linhas retas são muito usados mas, segundo Adriana Fontana, esse conceito está mudando. “Acabei de voltar da Europa e vi que os equipamentos como pias, torneiras e porta-objetos, entre outros, estão com formas cada vez mais arredondadas”, afirma. “Mas isso é apenas uma tendência. Na concepção de um banheiro, é preciso levar em conta o gosto pessoal e as necessidades do dono.”


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MOTOR_

Passat Variant

BMW

começará a vender o 1M Coupé no brasil Por_Nicolas Borges

sofre profundas mudanças Por_Michel Escanhola

(AE) - Mude o estilo da frente e da traseira. Acrescente alguns equipamentos na lista de série e mexa na central eletrônica do motor para ganhar 11 cv. Aí é só dar uma “salgada” de R$ 7.140 no preço que a Passat Variant 2012 sai fresquinha do forno. A perua traz o conhecido motor 2.0 turbo, que gora tem 211 cv, e começa a chegar esta semana às concessionárias Volkswagen a partir de R$ 113.130 - antes custava R$ 105.990. Falando assim parece que a receita da nova Variant é simples, mas as mudanças são mais profundas do que parecem. Entre os novos itens destacam-se os faróis de neblina que se acendem sozinhos no lado da curva e o sensor de fadiga do motorista. A mais útil novidade é o recurso de abertura e fechamento elétrico do porta-malas: basta apertar um botão. Aliás, o modelo traz a esportividade do sedã com capacidade para levar 28 litros a mais de bagagem. O estilo, mais sóbrio que antes, ficou melhor na Variant que no Passat. E ao contrário do sedã, a perua é bem diferente da Jetta Va-

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riant - as configurações três-volumes dos dois carros ficaram muito parecidas. O que é indiscutível é a eficiência do conjunto mecânico. O câmbio automatizado de seis marchas com dupla embreagem aproveita muito bem o propulsor. Segundo informações da marca, a Variant acelera de 0 a 100 km/h em 7,7 segundos (0,1 segundo mais lenta que o Passat). Resumindo: com fôlego semelhante ao do sedã, e mais arisca do que antes, essa perua só é familiar para quem quiser.

(AE) - A BMW do Brasil começará a vender o 1M Coupé, que será ao mesmo tempo o modelo de entrada da divisão esportiva da marca e o mais raro. Isso apenas parece contraditório. Por R$ 268,5 mil, ele custará exatos R$ 98.550 a menos do que o M3 Coupé, o atual carro mais em conta preparado pela M. Só que apesar do preço mais baixo, o 1M é uma edição limitada. “A produção ficará em pouco menos de 4 mil unidades”, afirma a chefe de vendas da BMW M para as Américas, Christine Fleischer. Não está definido quantos virão ao Brasil. E não é só isso que deverá fazer do cupezinho um futuro clássico Afinal, o 1M é um retorno às origens dos M, que cresceram muito nos últimos anos - vide as versões dos “gigantes” X5 e X6. O motor, por exemplo, é 3.0 de seis cilindros em linha, configuração clássica na marca bávara e abandonada pela divisão M desde que o M3 passou a ser movido por um V8. Agradando aos puristas, só há um câmbio: manual de seis marchas, de engates rápidos e precisos. Também sem frescura é o interior, sempre preto. Graças a tudo isso, o 1M é uma fonte imensa de adrenalina. Não só pelo desempenho puro (0 a 100 km/h em 4,9 s), mas pela dirigibilidade incrível, que faz jus ao lema da BMW: “puro prazer de dirigir”.

FICHA TÉCNICA

FICHA TÉCNICA

Preço sugerido Motor Potência (cv) Torque (mkgf) Câmbio Comprimento Largura Porta-malas

Preço sugerido Motor Potência (cv) Câmbio Velocidade máxima Comprimento

R$ 113.130 2.0, 4 cil., 16V, gasolina 211 a 5.300 rpm 28,5 a 1.700 rpm Automático, 6 marchas 4,77 metros 1,82 metro 513 litros

R$ 268.500 3.0, 6 cil., turbo, gas. 340 a 5.900 rpm Manual, 6 marchas 250km/h (limitada) 4,38 metros


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Cruze chega este mês às concessionárias

E é da Coreia do Sul que vem a receita da nova arma da GM na categoria sedãs médios. O Cruze, que chega ao País este mês - com fabricação nacional, promete conquistar o mesmo sucesso que já vem fazendo em outros países, resultado da junção bem acertada do design coreano com a mecânica européia. Comercializado em praticamente todos os mercados onde a GM atua, o Cruze é hoje um dos principais projetos globais da empresa norteamericana. No Brasil, ele será equipado com motor 1.8 16V flexível. A transmissão é manual de seis marchas e haverá também a opção automática de seis velocidades com active select, que permite que o motorista troque de marchas manualmente na alavanca (para quem quiser dirigir de maneira mais esportiva). O acabamento é sóbrio, sofisticado e envolvente. Tons de preto e cinza marcam a elegância que deve ser chamar a atenção dos clientes. Materiais mais agradáveis ao toque e acabamento mais cuidadoso também prometem agradar. Os comandos estão à mão e é fácil achar uma posição para dirigir graças ao volante com ajuste de altura. Se em comprimento e distância entre eixos ele se equivale ao Vectra, é na largura que o Cruze fará diferença. São sete centímetros a mais, o

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que reflete no conforto superior e numa provável estabilidade maior em curvas. O porta-malas leva 450 litros. O Cruze será feito em São Caetano do Sul (SP) e sua missão é substituir o Vectra. Porém, o sedã antigo poderá conviver com o novo.

EM ASSIS

Priscilla Clemente, gerente de marketing da Suprema Veículos, concessionária Chevrolet para Assis e região, revela que o Cruze chega este mês na Suprema e convida a população a conhecer o novo modelo da GM na concessionária. Ela também destaca que o carro terá potência (cv) 144 a 6300 (etanol) e 140 a 6300 (gasolina). De série, o Cruze virá com rodas 17” de alumínio e controles de piloto automático, som e bluetooth no volante, sistema de direção com assistência elétrica, sensor de chuva e botão AQS que ativa o sensor de qualidade do ar na entrada de ar externo e se identificar altos índices de poluentes, ativa automaticamente a recirculação. Já na versão mais equipada, a LTZ, o carro contará também com navegador integrado, monitor de cristal líquido de 7” para os sistemas de som, bluetooth e navegação e sensor de estacionamento traseiro.

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bichos_

VITRINE_

Conforto para os pets UM ANO! Por_Bruna Tiussu

(AE) - Ao adentrar a suíte do hotel, uma cama extremamente confortável, guloseimas, água fresca e um voucher que dá direito a um tratamento no spa. Tudo para o seu deleite, é verdade. Mas o surpreendente é que uma cópia fiel de cada uma destas mordomias, na medida exata para seu mascote, também faz parte da hospitaleira recepção do hotel Trump, em Las Vegas. Afinal, quem disse que seu animalzinho não tem direito a merecidas férias? O estabelecimento é apenas um exemplo daqueles que, além de permitirem a presença, passaram a tratar com rigorosa atenção os animais de estimação dos hóspedes. Coisa que agrada, e muito, aos viajantes que não veem sacrifício algum em fazer a mala também do melhor amigo e embarcar com ele a tiracolo. Ainda em Vegas, há como mimar ainda mais seu bichinho no Mandalay Bay. O hotel tem um menu especial para eles - os preços variam de US$ 9 a US$ 17. O prato que mistura hambúrguer, batata, abobrinha, cenoura e maçã devidamente temperado com salsinha vai fazer o seu cachorro abanar o rabo de alegria. Opções de hospedagem com a bandeira pet friendly se espalham pelo mundo todo. Um dos pioneiros são os resorts da rede Loews que, além de contar com ambiente especial para reduzir o impacto do jet leg nos bichinhos, estão com a promoção Grrreen Dog até 5 de setembro. São variados pratos totalmente orgânicos feitos especialmente para cães. No Brasil, spas dedicam áreas inteiras aos animais de estimação, como o Unique Garden, na Serra da Cantareira. O empreendimento tem playground com piscina e espaços exclusivos para quem quiser se divertir ao lado de seu bichinho.

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Na quarta-feira, dia 27 de julho, a loja Niella Baby comemorou um aninho com um lindo coquetel. Quem recebeu os cumprimentos na ocasião foram os empresários Letícia e Alex, proprietários do empreendimento. Com uma grande ampliação, a loja está em promoção até o dia 27 de agosto. Aproveitem!

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O Diretor Guel Arraes, da Globo

ção de núcleo de Guel - e no segundo semestre lançará o longa “O Palhaço”, do qual é diretor e que atualmente é a sua maior preocupação. “É um filme que faz as pessoas sonharem”, diz Selton Mello. Ele faz parte de um grupo de atores brasileiros que têm ampliado seus horizontes e atuado também como diretores e produtores. Além de Selton, esse grupo conta com nomes como José Wilker, Mariana Ximenes, Caio Blat e Márcio Garcia. No caso de Selton, por exemplo, ele acompanhou todos os passos da produção. Viajou durante um mês pelas cidades de Paulínia (SP) e Ibitipoca (MG), onde o longa foi filmado e, vestido com a roupa de palhaço do protagonista - interpretado por ele - ou sentado na cadeira de diretor, sempre estava perto dos atores. A rotina do ator ficou ainda mais pesada do que ele imagina-

xa a função de ator para as séries e seriados da Globo, emissora com a qual tem contrato. “Open Road”, que está sendo rodado em Los Angeles, terá a atriz Juliette Lewis no elenco. Jornada dupla - José Wilker, outro estreante por trás das câmeras, discorda. Há três anos, ele correu atrás da produção do filme “Giovanni Improtta”. Hoje, dirige e atua no longa que leva o nome do personagem bicheiro que ele viveu na novela “Senhora do Destino” (2004). Dois dias depois que a novela de Aguinaldo Silva chegou ao fim, Wilker ligou para o autor. Os direitos autorais foram aprovados e ele começou a buscar patrocínio. Com tantas funções acumuladas, dá para fazer tudo? Aparentemente, sim. Durante entrevista, Wilker, em dez minutos de conversa, atendeu duas vezes ao celular para resolver assuntos da produção. “Não posso me afastar

va. É que sua ideia inicial era apenas dirigir e convidar outro ator para o papel principal. Ele tentou escalar Wagner Moura ou Rodrigo Santoro para viver o protagonista, mas ambos estavam ocupados, respectivamente, com “Tropa de Elite 2” e “Heleno”. Selton tomou o papel para si e, hoje, cuida até da divulgação do longa. “Fico no Facebook, Twitter e no site do filme postando coisas”, conta. Com tanto empenho, a televisão tende a ficar cada vez mais distante dos planos do ator e diretor. Márcio Garcia pretende seguir pelo mesmo caminho. Atualmente envolvido com a produção “Open Road”, sua segunda direção, Márcio quer focar no cinema. Só que, ao contrário de Selton, ele ainda não se sente à vontade para dirigir e atuar ao mesmo tempo. “Se eu vou fazer um personagem, eu tenho de viver o universo dele. Já o diretor tem de viver todos os universos”, diz. Por isso, por enquanto, dei-

em momento algum”, disse. Para Mariana Ximenes, que acaba de entrar nessa onda, encontrar tempo para ser produtora executiva também foi um desafio. Na época de “Passione” (2010), enquanto a atriz interpretava a dissimulada Clara na ficção, ela já se reunia com a diretora Cláudia Jouvin para planejar como seria sua função atrás das câmeras, em “Um Homem Só”. No longa, ainda sem data de estreia, Mariana também será a protagonista. Nessa mesma esteira, está Caio Blat. Ele é produtor e protagonista de “Bróder”, filme exibido recentemente nas salas de cinema do País. Para tal, viveu durante dois meses no (bairro do) Capão Redondo, zona sul de São Paulo. “Acumulando as duas funções, acabei fazendo o personagem mais completo da minha vida”, conta o ator, que já anunciou que quer continuar atuando por trás das câmeras.

Nova safra Selton Mello faz parte de um grupo de atores brasileiros que têm ampliado seus horizontes e atuado também como diretores e produtores.

de talentos para o cinema brasileiro Por_Aline Nunes

(AE) - Com 25 anos de direção, o recifense Guel Arraes, 57 anos, sabia que um dia iria ceder sua cadeira no set para o ator Selton Mello. O artista, segundo Guel, sempre foi o ator mais atento em seus filmes. É assim desde “O Auto da Compadecida” (2000), primeira parceria dos dois. Um botão desajustado na roupa de alguém, uma câmera posicionada de forma equivocada ou uma luz que estoura-

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va no fundo do estúdio... “Ele sempre pegou esses detalhes”, diz Guel. O diretor apostou, incentivou e Selton foi em frente. Durante quatro anos (de 2004 a 2008), dirigiu o “Tarja Preta” no Canal Brasil. Em 2005, fez o curta “Quando o Tempo Cair”. Três anos depois, assinou seu primeiro longa: “Feliz Natal”. Mais recentemente, Selton assinou o último episódio do seriado “A Mulher Invisível” - com dire-

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tecnologia_ ça um amigo seu de enviar dinheiro para você usando os créditos do Facebook e que você possa usá-los em uma loja. Acho isso perfeitamente possível. Já vemos algumas coisas acontecendo, como um banco na Alemanha, o Fidor Bank. Ele permite trocar e guardar moedas virtuais usando o próprio sistema de internet banking. É uma ideia genial. AE - Estas moedas podem aumentar os crimes financeiros?

Moeda digital é mais segura que dinheiro físico, diz consultor Por_Filipe Serrano

(AE) - O consultor australiano Brett King é autor do livro “Bank 2.0” (ainda sem tradução) em que reúne as ideias sobre como os bancos precisam se adaptar à realidade digital. Ele falou com a reportagem após uma apresentação durante o Ciab 2011, principal evento do setor bancário do País, e fez uma previsão. “Em quatro anos, o celular será o principal canal bancário do Brasil”, disse. Em 2010, 2,2 milhões de contas bancárias acessaram serviços no celular, longe ainda das 37,8 milhões que usam a internet. AE - Moedas virtuais podem se tornar relevantes na economia? BRETT KING - As pessoas estão usando

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menos dinheiro físico no mundo. Quando o dinheiro se tornar completamente digital, qual será a diferença entre uma moeda física e uma moeda digital e virtual? Nenhuma. Vai ser cada vez mais difícil diferenciar os benefícios do dinheiro físico. Acho que as pessoas vão transferir dinheiro das mais diferentes formas. O Facebook, por exemplo, tem mais de 500 milhões de usuários com o potencial de criar um novo sistema econômico.

BRETT KING - Eu acho que isso é só rumor. Na realidade, a forma mais fácil de lavar dinheiro é usando notas físicas. É muito mais fácil lavar dinheiro assim do que com bitcoins. Quando todas as transações com uma moeda ficam registradas eletronicamente, isso é muito mais seguro do que dinheiro físico. Claro, criminosos sempre encontram uma forma de usar esses mecanismos. Mas aí o problema é outro. AE - Os bancos deixarão de ser importantes no futuro? BRETT KING - Nos EUA, umas 50 milhões de pessoas não têm nenhuma relação bancária, quase 20% da população, e esse número está crescendo, não diminuindo. As pessoas estão preferindo outras alternativas. Isso tem muito a ver com uma mudança de comportamento e os bancos estão perdendo a relevância para os consumidores. Os bancos não oferecem o tipo de serviço que as pessoas querem. Por exemplo, nos EUA, 70% das solicitações de cartões de crédito são recusadas. Então, se você tem uma empresa que se recusa a oferecer um serviço para os clientes, isso é um problema. No futuro, o cartão de crédito vai virar um aplicativo de celular que você simplesmente baixa no telefone. Quando isso acontecer, você precisará de um banco? Não, você precisará da Apple, do Google, de uma empresa de telecomunicações, mas de um banco?

AE - Mas já existem formas de pagar com celular há anos e ainda não é algo popular. BRETT KING - Um dos problemas é que é complicado transferir dinheiro usando um celular. Muitos bancos não permitem isso. Você é obrigado a fazer um cheque, a usar um caixa eletrônico, a ir à uma agência ou a usar o site do banco. O que os consumidores podem fazer não é o que eles querem, é o que os bancos deixam fazer. São duas coisas diferentes. É por isso que o PayPal cresceu, porque criou algo simples e fácil. AE - O Google Wallet pode se tornar um competidor forte de serviços como o PayPal? BRETT KING - Acho que, quando a pessoa usar o Wallet, ela não vai querer ter outros serviços que façam a mesma coisa. Por isso, o que está acontecendo hoje é uma grande disputa pela carteira digital entre as empresas. Todo mundo quer ser dono disso. Por isso as empresas estão se associando a fabricantes de celular. Mas as operadoras de celular não terão nenhum controle disso. São empresas como a Apple, o Google, BlackBerry, Microsoft e Nokia que vão controlar essas carteiras no futuro. Os bancos ficarão responsáveis apenas pela infraestrutura de pagamentos. NOVOS PROJETOS Um dos projetos de Brett King é criar um banco pensado desde o início para atender às novas tecnologias e que não tenha nenhuma agência física. Chamado de Movenbank, a ideia é que a partir dos smartphones os clientes possam ter acesso a qualquer serviço. Outro projeto bastante semelhante é do Bank Simple. Até um dos criadores do Twitter, Jack Dorsey, tem planos de criar um pequeno dispositivo que transforma smartphones em leitoras de cartão de crédito.

AE - Não é difícil imaginar uma pessoa usando créditos do Facebook para pagar por um café... BRETT KING - Sim, não há razão que impeESTILO LIVRE

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NOTAS_

FIQUE LIGADO!! Por_Equipe AE

PROCESSO DE SELEÇÃO os personagens da versão O SBT já está selecionando as crianças que vão interpretar ar o elenco da novela têm brasileira do sucesso “Carrossel”. Os interessados em integr do canal (www.sbt com. de ter entre 7 e 9 anos. As inscrições podem ser feitas no site na emissora. br). O SBT enfatiza que os testes serão realizados somente

BRASÕES E TATUAGENS Os filmes da série “Crepúsculo” acabam de se transformar em joias pela Dryzun. Ouro, prata e pedras preciosas compõem as peças, que variam de R$ 990 a R$ 2.490. A coleção, que levou um ano para ser desenvolvida, conta com 20 modelos. Colares, brincos, anéis e pulseiras são inspirados em brasões e tatuagens.

CARA NOVA Dream Fashion Tour. A Natalia Beber, 25 anos, é a mais nova integrante do Monange no evento na edição de Belo modelo, que mora em Nova York há dois anos, fez sua estreia para a Amsterdam Sauer. Horizonte. Gaúcha de Ijuí, Natalia tem, no currículo, campanhas

ROUPA DE OURO A Miss Minas Gerais, Izabela Drumond, 24 anos, usou como traje

típico, no Miss Brasil, a peça batizada de “Tributo ao Ouro de Minas Anglo Gold Ashanti”. A roupa, avaliada em R$ 1,5 milhão, foi toda feita de ouro e levou cerca de dez quilos do metal nobre. NO BRASIL Paulo. Em sua quarta Entre os dias 15 e 17 de setembro, o Dalai Lama estará em São entrada franca e inscrição visita ao País, ele fará uma conferência aberta ao público, com ainda, duas palestras e prévia no site www.dalailama.org.br/2011. A programação inclui, um simpósio direcionados para segmentos específicos.

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