Ano XXIV - 2020 - Edição 207 - R$ 15,00 - www.revistafacil.net
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Sumário Brasil
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Economia
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Turismo
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Arte & Cultura
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Moda
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Carro & Cia
44
Coluna Cinema & TV
48
Mundo
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Coluna Rogério Almeida
58
Coluna Gilson Feitosa
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Edição 207 - Ano XXV / 2020 Circulação: Dezembro-20 / Janeiro - 2021
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Economia
Plano de Desenvolvimento do Semiárido: O Resgate da Esperança
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m grande avanço! O Brasil é testemunha de um enorme passo rumo ao futuro com o novo direcionamento econômico e social que o Fórum de Desenvolvimento do Semiárido se propõe. Após a realização do Fórum, um novo horizonte se abre, com perspectivas reais em todos os setores, em especial os definidos e debatidos nos 13 eixos temáticos. É o futuro do semiárido se consolidando com as diretrizes do novo Plano de Desenvolvimento do Semiárido (PDS).
Durante três dias o Fórum mobilizou as principais autoridades do país para resgatar e reescrever o Plano de Desenvolvimento do Semiárido (PDS), que estava parado há 20 anos. Um desafio que visa transformar o semiárido nordestino na mais produtiva área agrícola do país, criando um oásis de oportunidades.
A abertura do Fórum, promovido pela Frente Parlamentar Mista em Prol do Semiárido, presidida pelo deputado federal, General Girão, contou com a presença do vice -presidente da República, Hamilton Mourão e de grandes apoiadores de vários estados, ministros, parlamentares, dentre várias autoridades e especialistas. O deputado federal Girão garante que vai conduzir, com empenho, o processo a partir da realização do Fórum,
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junto aos congressistas, em Brasília. “O meu compromisso é dar continuidade e prosseguimento a esta luta no Congresso Nacional, para que a gente vire a página. Vou lutar e pedir o apoio dos meus pares para aprovar o novo Plano de Desenvolvimento do Semiárido, que renasceu neste Fórum.” Realizado nos dias 3 a 5 de dezembro, em Mossoró (RN), o evento é um marco histórico que pode mudar o destino de mais de 20 milhões de pessoas que vivem na região. Um momento que reuniu conhecimento e convergências de propostas dos diferentes agentes, públicos e privados, interessados em desenvolver ações de fomento a investimentos, em empreendimentos que definirão um amplo programa de desenvolvimento econômico e social do semiárido. Para a Reitora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), Ludimilla Oliveira “ o Fórum representa esperança para a região. Temos certeza que teremos resultados fantásticos com ações concretas tendo a Ufersa como protagonista.”
Além dos debates, um pavilhão com Feira de Exposição apresentou tecnologias de aproveitamento de resíduos sólidos urbanos, produção agrícola, carcinicultura, produtos regionais de qualidade, como o mel, a cerveja de melão, projetos de logística, como um aeroporto indústria para Mossoró e diversos serviços e produtos ligados
Abertura do Fórum
ao desenvolvimento do semiárido, como a exposição de parceiros de crédito e financiamento e solução alternativa para a pavimentação de estradas.
Debates mobilizaram o Nordeste e a Ufersa
Os debates do Fórum foram realizados na Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), onde autoridades, professores, produtores, pesquisadores, especialistas, dentre outros, debateram sobre propostas que vão subsidiar a formulação de um Plano de Desenvolvimento do Semiárido, cujo objetivo é o aproveitamento das possibilidades econômicas da região e o alcance de metas socioeconômicas, hídricas e ambientais. Atualmente, 38% da população rural brasileira que reside do Semiárido se beneficia do bioma. O segundo dia do Fórum teve a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes. “Esse Fórum é a virada que o semiárido precisa e merece. Vamos avançar e fazer parcerias com países, como Israel, e inserir e Ufersa na cooperação”, disse o ministro. As discussões foram sobre os 13 Eixos Temáticos selecionados: Recursos Hídricos, Energia, Agronegócio,
Mercado, Relações Exteriores (comércio), Recursos Minerais, Segurança - Jurídica e Fundiária, Educação - Capacitação Turismo, Transporte e Logística, Novas tecnologias e Inovação, Comunicação -TI e Meio Ambiente.
Moderador da oficina de Agronegócios, o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho destacou que “o semiárido será dividido em duas fases: o antes, e o depois desse Fórum inovador.” Já o produtor e engenheiro Raimundo Gomes, destacou que “é o momento adequado de redescobrir o valor econômico do Semiárido. O sertão é próspero, um lugar de riquezas e oportunidades.” Os presentes tiveram oportunidade de debater e propor projetos e políticas públicas para agregar. Todo material reunido será compilado e ao final das discussões, um pequena síntese foi apresentada com as ideias centrais, a serem melhor trabalhadas, para que a Frente Parlamentar Mista em Prol do Semiárido possa iniciar a tramitação, no Congresso Nacional, de um Projeto de Lei que garanta a execução do Plano , com indicação das ações que irão nortear a sua execução. Os debates continuam por meio virtual por mais dois meses. FÁCIL | Lazer e Negócios NE 7
Garantia hídrica é essencial Para o presidente do Comitê Gestor do Fórum, Luiz Curado, da Codevasf a hora é de união para garantir a efetiva implementação do novo plano. “Água é palavra chave”. Para desenvolver a região é necessário planejamento, coordenação e água, sem a garantia hídrica não tem como desenvolver o Semiárido. No momento só existe a seca e carro pipa. É preciso garantir a água do Rio São Francisco e fazer um projeto de transposição de bacias doadoras, que irá garantir mais de 1.000 m3/s, permitindo a viabilização da hidrovia, a transposição, para o Semiárido, de água para o desenvolvimento e o consumo humano e animal”, destaca ele.
Curado destaca a capacidade produtiva da região. “O potencial dessa região é imensurável. Precisamos dar um basta nesse sofrimento, nos carros pipa, pois o semiárido é viável. “Esse Fórum foi a retomada dos sonhos”, ressalta o entusiasta Curado. Com o plano implementado estima-se que 1 milhão de hectares, só no Vale do São Francisco poderão se beneficiar com a produção irrigada de alta tecnologia, principalmente com a ampliação de fruticultura irrigada podendo gerar anualmente um valor bruto de R$ 70 bilhões, injetando cerca de R$ 10,5 bilhões em impostos e pelo menos três milhões de empregos diretos. Se agre-
gar alta tecnologia e grandes indústrias, a flutuação de mão de obra pode ser ainda maior.
Semiárido pode ser o celeiro do mundo
Dentre especialistas presentes no Fórum, um dos mentores e criadores do plano, Ruy Junqueira, especialista em recursos hídricos da Codevasf, o evento marca uma nova era. “A realização do Fórum demonstrou a vontade política do governo em promover a abertura da nova fronteira de oportunidades, pois o Semiárido não é um problema, é uma solução que já está consolidada nos pólos Petrolina - Juazeiro e Chapada do Apodi-Mossoró.
Terra de oportunidades
O sonho de todos os envolvidos no Fórum é ver a terra boa do semiárido produzindo e melhorando a vida das pessoas. Um exemplo de como isso é possível é o empresário Luiz Barcelos, proprietário da Agrícola Famosa, que saiu de São Paulo para se tornar o maior produtor de melão do mundo, em Mossoró. “A gente produz mais de 1 milhão de melões por dia. A cada safra, são colhidas 250 mil toneladas da fruta – a maioria é exportada para países como a Holanda e o Reino Unido. No ano passado, o faturamento chegou a 500 milhões de reais.
Encerramento das Oficinas Temáticas na Unifersa
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